Deputados da EMF querem drogas longe do meio escolar · longe do meio escolar. 2 (também) no...
Transcript of Deputados da EMF querem drogas longe do meio escolar · longe do meio escolar. 2 (também) no...
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(também) no Parlamento dos
Jovens. Estará na hora de dar a
conhecer aos alunos que vão
entrando a galeria dos 12 depu-
tados que nos representaram
tão condignamente?
E a repetição dos suces-
sos tem sido tão constante que,
visto de fora, nos colocam apre-
ensivos quanto às reações no
ano em que tal não venha a su-
ceder – o que acontecerá, inexo-
ravelmente, cedo ou tarde. Há
que insistir, portanto, que, tal
como (deveria ser) em qualquer
processo formativo, o mais im-
portante são as competências
que se aperfeiçoam ou adquirem
ao longo do percurso e não tanto
os resultados finais, muito de-
pendentes de acidentes e cir-
cunstâncias. (Têm razão: este
arrazoado é um protesto contra
uma orientação ministerial que
parece ver nos exames a pana-
ceia para todos os males e o fim
último de todo o processo edu-
cativo!)
Quanto ao Parlamento
dos Jovens, a parte fundamental
e mais instrutiva do conjunto das
atividades é a que se desenrola
na escola – a Fase Escolar – e
os objetivos que privilegia – a
educação para a cidadania, o
gosto pela participação cívica e
política, o conhecimento das
regras de um debate profícuo e
democrático, o respeito pela di-
versidade de opiniões, a melho-
ria das capacidades de expres-
são e argumentação, a reflexão
sobre temas da atualidade, a
introdução à participação em
processos eleitorais, nomeada-
mente. Objetivos com que a es-
cola e a educação deveriam es-
tar mais preocupados, atrevemo-
nos a dizer…
Saúda-se, a terminar, o
espaço e o prestígio que a ativi-
dade Parlamento dos Jovens
tem vindo a ganhar no conjunto
do Plano de Atividades, coorde-
nando-se com as disciplinas cur-
riculares, nomeadamente com
História, e alçando-se como um
ponto alto no ano letivo. Fruto da
reflexão que sobre ela é feita,
anualmente, tem vindo a aperfei-
çoar alguns aspetos logísticos e
a constituir-se como exemplo de
ação que, perturbando o mínimo
o decurso do dia-a-dia escolar,
não passa despercebida a nin-
guém e suscita múltiplas ativida-
des, no âmbito das disciplinas e
das turmas.
Para o ano cá estare-
mos!...
Q uando, nos idos
de 2008, a nossa
escola decidiu
participar no pro-
jeto Parlamento
dos Jovens, estavam os respon-
sáveis por essa ideia bem longe
de lhe augurar tamanho suces-
so. Nas seis edições que decor-
reram desde então, os nossos
deputados tiveram a honra de
ser escolhidos pelos seus pares
para representarem o nosso dis-
trito na fase nacional -– que de-
corre em Lisboa, na Assembleia
da República, no início de Maio
de cada ano, e que constitui co-
mo que “a medalha” atribuída
aos que mais se distinguiram no
conjunto das atividades, desde a
fase escolar à fase distrital -– em
nada menos que quatro ocasi-
ões. Assim aconteceu este ano,
mais uma vez -– a terceira con-
secutiva! Êxito assinalável, se
pensarmos que das cerca de
quatro centenas de escolas que
se inscrevem apenas “chegam”
à fase final sessenta e duas.
Honra, portanto, aos vencedores
-– os deputados Hugo Antunes e
Francisco Cardoso -– cujas com-
petência, entrega e dedicação
continuaram condignamente a
tradição de sucessivas
“gerações” de deputados. Não
será imodéstia, portanto, iniciar
este número especial de Artefac-
tos demonstrando o nosso orgu-
lho coletivo pelo êxito que os
nossos alunos vêm conseguindo
João Guedes
EMF: seis anos no top da política (portuguesa)
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O Parlamento dos Jovens
é uma iniciativa institucio-
nal da Assembleia da Re-
pública, em colaboração
com outras entidades, no-
meadamente o Ministério
da Educação e Ciência e
desenvolvida ao longo do ano letivo.
A participação das Escolas neste programa tem
como objetivos:
Educar para a cidadania, estimulando o gosto
pela participação cívica e política;
Dar a conhecer a Assembleia da República e as
regras do debate parlamentar;
Promover o debate democrático, o respeito pela
diversidade de opiniões e pelas regras de forma-
ção das decisões;
Proporcionar a experiência de participação em
processos eleitorais;
Incentivar a reflexão e debate sobre um tema,
definido anualmente.
Este ano o tema em debate foi: Drogas—
evitar e enfrentar as dependências.
O tema referido fez organizar os alunos do 8º e
9º anos da nossa escola, em 2 listas concorren-
tes, às eleições dos deputados que foram reali-
zadas no dia 14 de Janeiro de 2014, na Sala de
Formação.
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Membros da Lista A 1 - Hugo Antunes, 9ºD 2 - André Martins, 9ºC 3 - Francisco Cardoso, 9ºC 4- Gustavo Vieira, 9ºC 5 - Afonso Violante, 9ºE 6 - Joana Rovira, 9ºA 7 - Joana Cascão, 9ºA 8 - Joyce Medeiros, 9ºD 9 - Sofia Monteiro, 9ºD 10 - Catarina Matos, 9ºE
Propostas
1. Inclusão mais explícita da temática das drogas e dos problemas resultantes do seu consumo nos currículos escolares.
2. Criação de incentivos para que as empresas integrem pessoas que tenham efetuado curas de desintoxicação.
3. Inspeções intensivas e regulares a lugares de risco (escolas, discotecas…), aplicação mais rigo-rosa da legislação repressiva e aposta mais forte nas medidas e instituições que realizam a preven-ção e tratamento.
Propostas
1. Criar um projeto nacional que se realize em todas as Escolas ao longo do ano letivo, idêntico ao projeto nacional de “Educação pelos Pares” da Comissão Nacional da Luta Contra a Sida, com o objetivo de sensibilizar os alunos para a prevenção e consumo de drogas.
2. Criar um dia ou uma semana a nível nacional (como por exemplo o Dia do Trabalhador) para sen-sibilizar as pessoas, para que todos se lembrem dos problemas decorrentes do uso das drogas e que nesse dia, por exemplo, os supermercados e as escolas façam uma recolha que reverta para as para instituições de combate às drogas.
3. Aplicação rigorosa da legislação que proíbe as “smartshops”.
Membros da Lista B 1 - Mª Inês Fernandes, 8ºG 2 - Mariana Flores, 8ºG 3 - Andreia Saldanha, 8ºG 4- Carolina Teixeira, 8ºG 5 - Guilherme Simões, 8ºG 6 - Tomás Dinis, 8ºG 7 - Bárbara Rolim, 8ºG 8 - Diogo Gerardo, 8ºG 9 - João Bonifácio, 8ºG 10 - João Pedro Marcelino, 8ºG
N o dia 14 de janei-ro, decorreram, no auditório da nossa escola, entre as 9
e as 17 horas, as eleições para o Parlamento dos Jo-vens, tendo surgido 2 listas concorrentes. O ato decorreu com muito civismo, tendo votado todos os alunos do 5º ao 9º ano. A lista vencedora foi a A (alunos do 9ºA, C e D) que elegeu 9 deputados, segui-da da lista B (alunos do 8ºG) com 6 deputados. Esta atividade foi muito par-ticipada e motivante para os alunos.
N o dia 20 de janeiro, en-tre as 14.30 e as 17.00 ho-ras, estiveram presentes, na Sala de Formação, os 15 deputados eleitos com as seguintes finalidades: 1. Escolher as três propos-tas a apresentar à sessão Distrital; 2. Eleger os 3 deputados à referida sessão Distrital; 3. Eleger a candidata à pre-sidência da Mesa da sessão Distrital;
Após um debate bastante vivo e crítico entre os 15 presentes, foram aprovadas as seguintes propostas: Considerando que: 1º - A crise económica e social está a provocar um aumento do abuso de drogas e uma altera-ção dos padrões de consumo, originando o número mais ele-vado de novos toxicodependen-tes dos últimos dez anos.
2º - O uso de drogas resulta, a maior parte das vezes, de inte-rações entre o jovem e a socie-dade de consumo e das aparên-cias, das exigências da moda, da influência dos media, levan-do-o a querer sentir-se mais valorizado. 3º - O problema do uso das dro-gas não afeta apenas os seus utilizadores e as suas famílias, mas toda a sociedade.
Ele i ções
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4º - A escola, em estreita colaboração com a família, deve ter um papel essencial no esclarecimento, acom-panhamento, orientação e prevenção do consumo de drogas, na formação do espírito crítico, na criação de capacidades para en-frentar os problemas daí decorrentes, na promoção da autonomia intelectual. 5º - No dia-a-dia escolar o jovem deverá encontrar um ambiente amizade, compre-ensão e ajuda mas, tam-bém, de esclarecimento sobre as consequências do uso das drogas, de questio-namento sobre atitudes de risco, de resistência às pressões do grupo e de formação consciente de uma identidade pessoal positiva. 6º - Para tal, as escolas precisam de desenvolver estratégias de prevenção ativas e adaptadas às suas realidades locais, com prin-cípios e regras claramente defini-dos.
Medidas propostas: 1. Inclusão mais explícita da temática das drogas e dos pro-blemas resultantes do seu con-sumo nos currículos escolares, para a sensibilização e preven-ção da toxicodependência. 2. Recolha de fundos que rever-tam para instituições de comba-te às drogas e criação de incen-tivos para que as empresas in-tegrem pessoas que tenham efetuado curas de desintoxica-ção. 3. Inspeções intensivas e regu-lares a lugares de risco (escolas, discotecas…) e aplica-ção mais rigorosa da legislação repressiva.
Em seguida, foram eleitos os
seguintes deputados:
Efetivos: Hugo Antunes (9ºD) e Francisco Cardoso (9ºC) Suplente: Andreia Saldanha (8ºG). Candidatas à Presidência da Mesa da Sessão Distrital: Mari-ana Flores (8ºG). Suplente: Maria Inês (8ºG)
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N o âmbito do projeto Parlamento dos Jo-vens 2014, realizou-se no dia 20 de Janei-
ro, uma sessão orientada pelo deputado Nuno Encarnação do Partido Social Democrata (PSD), constituída por duas par-tes, uma de exposição e uma de apresentação de questões. No início da sessão, a diretora da escola, Dra. Adélia Louren-ço, agradeceu ao deputado a sua presença e às listas presen-tes o seu empenho. O professor Filipe Xavier aproveitou, tam-bém, para: "Felicitar as 2 listas pela campanha e pelas propos-tas" e agradeceu ao deputado ter-se deslocado à escola. As alunas Andreia Saldanha e Maria Inês, do 8ºG apresenta-ram o deputado Nuno Encarna-ção aos alunos presentes. O deputado Nuno Encarnação começou por agradecer à esco-la e aos professores coordena-dores do projeto pelo convite, tendo explicado o funcionamen-
O Deputado Nuno Encarnação e s t e v e n a n o s s a e s c o l a
to do Parlamento e incitando as escolas a discutires os proble-mas nacionais. Neste contexto, justificou as razões do pedido de ajuda de Portugal à Troika. De seguida, abordou o tema do PJ deste ano “DROGAS – Evi-tar e Enfrentar as Dependên-cias”, tendo acentuado a impor-tância deste assunto ser debati-do exaustivamente por toda a sociedade e o papel fundamen-tal dos jovens no combate “ a este flagelo social”. Por último, os alunos tiveram oportunidade de colocar várias questões: " Quais os fatores condicionan-tes da dívida pública?"; "O que acha dos cortes de salários e pensões?"; "Considera que Por-tugal precisa de novo resgate nos próximos dois anos?"; "O que pensa da taxa de desem-prego jovem ser superior a 30%?"; "Como vê a situação das escolas públicas em rela-ção aos colégios?". A nível local o deputado apon-
tou o Metro Mondego como um projeto, que defende como de-putado eleito por Coimbra, devi-do à sua importância. Esta manhã de contacto com o deputado Nuno Encarnação, foi de grande utilidade para a for-mação cívica dos alunos, permi-tindo que estes, para além de melhorarem o seu conhecimento sobre o Parlamento e o trabalho dos deputados, exercitassem a capacidade de análise e o espíri-to crítico, concretizados na apre-sentação de questões e na ex-pressão de opiniões. Iniciativas deste género são de maior relevância de modo a evi-denciar a atividade dos deputa-dos no seu círculo eleitoral, sen-do assim possível clarificar o papel que os mesmos podem e devem desempenhar perante os cidadãos e a comunidade local.
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N o dia 25 de fevereiro,
pelas 15 horas, decor-
reu na delegação do
IPJ, de Coimbra, as elei-
ções para a mesa da sessão distri-
tal.
A nossa candidata, Mariana Flores
teve um desempenho meritório, ten-
do representado muito bem a nossa
escola.
Eleições para a mesa da S e s s ã o D i s t r i t a l
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D ecorreu no dia 24 de março
entre as 9.30 e as 17.30, na
Casa da Cultura, César de
Oliveira, em Oliveira do Hos-
pital, a sessão distrital do Parlamento dos
Jovens.
A nossa escola, que foi a mais votada, foi
uma das 4 escolas selecionadas, conjun-
tamente com as escolas de Condeixa,
Oliveira do Hospital e Colégio de Lorde-
mão para representarem o circulo de Co-
imbra, na sessão nacional, que decorreu,
nos dias 5 e 6 de maio, na Assembleia da
República.
Muitos parabéns ao Hugo Antunes, Fran-
cisco Cardoso e Andreia Saldanha pela
sua excelente prestação, os quais iriam
defender o Projeto de Recomendação
Aprovado pelo círculo de Coimbra
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CÍRCULO DE COIMBRA
Projeto de Recomendação à Assembleia da República
Os deputados do círculo de Coimbra apresentam à Assembleia da Re-
pública as seguintes recomendações:
1. Promoção de ações e campanhas de informação para pais e filhos,
envolvendo testemunhos chocantes de casos reais, ajudando a parti-
cipando em campanhas solidárias de apoio e combate das drogas,
como por exemplo, corridas solidárias.
2. Dinamização de workshops e incentivo à prática desportiva para
criar hábitos de vida saudável.
3. Criação de informações concretas e planeadas estrategicamente no
sentido de impedir o tráfico de drogas ou de o combater, tanto em lu-
gares de risco público, como em escolas.
4. Criação de um projeto nacional “ A nossa smartshop”.
Aprovado na Sessão Distrital de Coimbra realizada em Oliveira do
Hospital, a 24 de março de 2014.
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1º dia
Trabalho nas Comissões
A pós muitos meses de
trabalho, a equipa da nossa escola
rumou, a 5 de maio de 2014, à As-
sembleia da República para a fase
nacional.
Após a refeição, pelas catorze e
trinta, os deputados dirigiram-se pa-
ra a porta principal, enquanto que
os professores acompanhantes e os
jornalistas entraram pela porta late-
ral da Assembleia da República. De
seguida, dirigiram-nos para as salas
das Comissões que tinham como
ordem de trabalhos: apresentação
das propostas de cada Círculo elei-
toral, esclarecimento de dúvidas e
discussão sobre o projeto escolhido.
Foi dada a permissão aos jornalis-
tas de se deslocarem de Comissão
em Comissão.
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N a segunda sala, reunia-
se a 2ª Comissão presidida pela de-
putada Ana Catarina Mendes, do PS
e com a presença, também, do depu-
tado Nuno Encarnação, do PSD. Os
Círculos de Coimbra, Lisboa, Évora,
Guarda, Leiria, Viseu, Santarém e
Aveiro, faziam parte desta Comissão.
Desta Comissão foi eleito, com 20
votos a favor, o projeto do Círculo de
Évora como projeto-base. Após a
eleição, foram entregues papéis pa-
ra os deputados alterarem, aditarem
ou eliminarem alguma proposta ao
projeto base. Esta tarefa foi dada a
todas as Comissões após a eleição
dos projetos-base. Foram também
escolhidas perguntas a fazer no dia
seguinte aos deputados convidados
à Sessão Plenária.
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À s 17 horas, foi servido o lan-
che a todos os presentes; novamente
a animação voltou e a diferença de
regiões não foi obstáculo ao estabele-
cimento das primeiras amizades.
E nquanto as Comissões ter-
minavam os seus trabalhos, os jorna-
listas e os professores tiveram direito
a uma visita guiada à exposição so-
bre os 40 ano0s do 25 de abril e a
algumas zonas da Assembleia da Re-
pública: a Sala dos Passos Perdidos
e a Sala das Sessões. A primeira fun-
ciona como sala de espera e, devido
à sua proximidade com a Sala das
Sessões, é utilizada também pelos
jornalistas para entrevistas a Deputa-
dos. A segunda é a sala onde se reú-
nem os deputados na Assembleia e
onde se legisla e fiscaliza o governo;
o que mais sobressaiu aos olhos dos
jornalistas foi a sua magnífica decora-
ção. Os jornalistas receberam, ainda,
as indicações necessárias para o dia
seguinte.
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A seguir a esta pe-
quena refeição, assistiu-se a
uma atuação dos alunos do 8º
ano do ensino articulado da Es-
cola Básica de Rio Tinto nº2,
que encantaram os presentes.
T endo terminada a atuação, foi servido
o jantar. Após a refeição, dirigimo-nos aos
autocarros para estes nos conduzirem até
aos alojamentos. As escolas do distrito de
Coimbra ficaram alojadas no Inatel de Oei-
ras.
2º d ia - 6 de maio
E ram 6 horas e trinta
da madrugada(!) quando se
começou a despertar na Pou-
sada. Os duches ficaram com-
pletos e nos quartos a arruma-
ção e a preparação da Sessão
já tinha começado. Às 7 horas
e trinta foi servido o pequeno-
almoço, de seguida entregaram
-se as chaves dos quartos e
depois seguimos para os auto-
carros que nos levaram à Assembleia da República para darmos início à Sessão Plenária.
Chegados à Assembleia, dirigimo-nos para a Sala do Senado onde os deputados se senta-
ram no hemiciclo, os jornalistas na sua bancada e os professores nas galerias. A Sala conta-
va com 124 deputados. O vice-presidente da Assembleia da República, Guilherme Silva
(deputado do PSD) fez, então, a abertura solene e deu as boas-vindas, tal como o Presidente
da Comissão da Educação, da Ciência e da Cultura, Abel Silva (deputado do CDS-PP) e deu-
se assim início à Sessão Plenária. A Mesa tinha como presidente Daniel Padez Conceição,
como vice-presidente Ana Margarida Duarte , como primeiro secretário João Pedro Soares e
como segundo secretário Ema Isabel Santos.
D eu-se início ao pe-
ríodo de perguntas aos deputa-
dos da Assembleia, de acordo
com a ordem das Comissões.
Estiveram presentes os seguin-
tes deputados: Pedro Pimpão,
do PSD, Rui Pedro Duarte, do
PS, Michael Seufert, do CDS-
PP, Paula Batista, do PCP, Pe-
dro Filipe Soares, do BE e He-
loísa Apolónia, do PEV.
Plenár io
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Q uando terminaram as perguntas,
os jornalistas foram para o corredor onde
aguardaram pela saída dos deputados para
os questionar.
A entrevista foi feita à deputada Paula Batista
do PCP. Não só a questionámos à cerca do
tema em causa, as toxicodependências, mas
também de problemas atuais como o desem-
prego juvenil.
Uma vez que alguns círculos apoiavam a le-
galização das drogas mais leves, a primeira
pergunta foi exatamente sobre isso, à qual a
deputada respondeu: "Não, não concordo.
Essa não a solução adequada. Esta tem sido
uma questão bastante polémica. Também há
a questão do alcoolismo e do consumo de
tabaco... Na minha opinião boa parte destes
problemas, seria muito mais suavizada se
houvesse mais emprego e estabilidade na
vida económica das pessoas, medidas sociais
adequadas para dissuadir o consumo dessas
substâncias e a existência obrigatória de ga-
binetes dedicados ao apoio e ajuda dos alu-
nos que têm esses problemas. Na escola é
fundamental porque todos sabemos que nor-
malmente quem faz consumos nas escola
são miúdos problemáticos! Só muito depois
deste acompanhamento é que devem vir as
tais medidas penalizado-
ras."
De seguida deixámos um pouco à parte o
assunto das drogas e questionámos a senho-
ra deputada como estaria o emprego/
desemprego quando chegasse a nossa altura
de trabalhar. "Bem com as novas medidas e
com esta "pseudo-saída" da troika, deixando
já definido os aumentos e despedimentos na
função pública, naturalmente que pode gerar-
se um agravamento na situação de Portugal."
Dada esta resposta perguntámos se achava
que a troika não deveria sair de Portugal até
nós ficarmos sem dívidas. "É indiferente que
a troika se mantenha ou não em Portugal! A
partir do momento em que deixa aqui um con-
junto de medidas e políticas e um acompa-
nhamento que se fala à volta de mais ou me-
nos 25 anos, com a aplicação destas medi-
das, Portugal tem uma corda ao pescoço
pronta a ser apertada a qualquer hora, a asfi-
xiar os portugueses. Portanto acho que devía-
mos romper com esta políticas e apresentar
propostas diferentes porque Portugal não é
um país pobre! Portugal tem alternativa! Não
pode é entregar a riqueza do país e o traba-
lho do povo português aos juros, à banca,
etc..."
ArteFactos entrevista deputada
Paula Ba t is ta do PCP
F I C H A T É C N I C A
Graf ismo
Armando Semedo
Repórter
Andreia Saldanha
Colaboradores
João Ferreira Guedes e Filipe Xavier
Fotograf ia
Andreia Saldanha
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D e seguida, os jornalistas dirigiram-se para uma conferência de imprensa
com o Presidente da Comissão da Educação, da Ciência e da Cultura, Dr. Abel Batista,
onde lhe foram colocadas várias questões. Quando a conferência terminou, os jornalis-
tas regressaram à Sala do Senado, onde se estavam a discutir as propostas elaboradas
no dia anterior, nas respetivas Comissões. O debate foi vivo, intenso, tendo sido sus-
penso, por volta das 13 horas, sendo retomado depois do almoço.
Conferência de Imprensa com o Presidente da Co-missão de Educação, da Ciência e da Cultura
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D irigimo-nos à Assembleia, onde os trabalhos recomeçaram. O debate
continuou animado e de uma lista de 20 propostas, foram votadas 10.
Chegado ao fim o trabalho intenso, foram feitos agradecimentos pelos presentes da
Mesa e pelos representantes das Mesas, elogiando o trabalho dos professores, dos
colegas deputados, dos jornalistas, dos representantes da Mesa e de toda a organi-
zação do projeto “Parlamento dos Jovens”. Foram, também, distribuídos diplomas
para os deputados e foi entregue aos alunos um lanche transportável, para que não
atrasasse o regresso.
19
Recomeço dos Trabalhos, encerramento e distribuição de Diplomas
20
F r a n c i s c o C a r d o s o
Opinião dos Deputados
A sessão nacional do
Parlamento dos Jovens foi , para
mim ,uma das melhores experiências de
sempre . Para além da componente letiva
e do conhecimento do funcionamento da
Assembleia da República , conheceram-se
e fizeram-se muitas amizades com jovens
H u g o A n t u n e s
P ara mim estes
dois dias que passámos em
Lisboa no âmbito do
Parlamento dos Jovens
foram , mais do que uma
atividade escolar , para mim
foi uma descoberta cultural ,
onde pude vestir a pele de
um deputado e conhecer
como funciona a Assembleia
da República . Gostei
também do facto de puder ter
conhecido vários
adolescentes de todo o país .
Espero voltar a participar
neste projeto e de voltar a
chegar a Sessão Nacional.
de todo o país . Foram dois dias
extremamente divertidos mas trabalhosos
onde tivemos a oportunidade de ser
ouvidos por deputados e onde nós próprios
éramos deputados. Tenho a certeza de
que vou participar outra vez no próximo
ano para tentar repetir esta experiência.
21
Opinião da jornalista
"N o início foi um pouco estra-
nho vermo-nos num ambi-
ente assim tão diferente e
com pessoas de todo o
país. Fizemos logo amizades o que facilitou
bastante a nossa integração e estadia.
Foi uma experiência incrível. Pudemos co-
nhecer a Assembleia da República, ficámos
a saber de todos os processos necessários
na formação de uma lei, pudemos também
saber a opinião de vários deputados sobre
os "pontos fracos" do nosso país e tivemos
a oportunidade estar numa conferência de
imprensa com o Presidente da Comissão de
Educação, Ciência e Cultura.
Assistimos a um espetáculo de uma turma
do oitavo ano de articulado que interpretou
músicas de artistas dos anos oitenta. Foi mui-
to bom, todos adoraram.
No fim do último dia o porta-voz de cada cír-
culo fez um discurso e notou-se que tinham
adorado estar ali presentes. O discurso mais
"comovente" e aplaudido foi o do porta-voz
do Porto.
A comida era muito boa. Fomos muito bem
tratados, explicaram-nos tudo muito bem e os
alojamentos eram bastante confortáveis.
Para mim, o mais interessante foi conhecer
pessoas novas e ver o trabalho que dá por as
leis em prática, não é como as pessoas pen-
sam. Foi uma experiência fantástica e a repe-
tir de certeza absoluta."
A n d r e i a S a l d a n h a
E voltámos a Coimbra...