Deficiência Visual e Auditiva:Implicações na Infância ...ªncia... · Deficiência Visual e...
Transcript of Deficiência Visual e Auditiva:Implicações na Infância ...ªncia... · Deficiência Visual e...
Deficiência Visual e
Auditiva:Implicações na Infância e
Adolescência
Fabiana Guedes
Universidade de São Paulo
Universidade Gama Filho
ECOAR - Estudos em Corpo e Arte - EACH/USP
NAFAS -CEPEUSP
Um Outro Olhar para Prática
Profissional
É fundamental um outro olhar, capaz de observar e analisar atentamente os anseios, necessidades, vulnerabilidades e potencialidades de um dado contexto e, a partir daí, ajudar as pessoas a construírem um novo status de saúde.
Isso implica em um olhar para a saúde com outro enfoque, que não se restringe à doença nem às morbidades e comorbidades decorrentes.
É necessário pensar sobre si, sua prática profissional, seus semelhantes e o mundo a seu redor .
Sensibilidade Visual
As imagens e os raios de luz atravessam a córnea , o humor aquoso, a pupila, o cristalino e o humor vítreo.
Todos esses meios devem estar transparentes para que a luz possa passar por eles e chegar à retina.
Da retina, são encaminhados para o cérebro através do nervo óptico por meio de estímulos elétricos.
Fisiologia da Visão
O Nervo Óptico, ou segundo par craniano, é responsável por levar impulsos nervosos gerados na Retina até o Córtex Cerebral, onde essas informações são transformadas em imagens.
Nós temos dois nervos ópticos, um para cada olho, que se cruzam numa região chamada Quiasma Óptico.
Fisiologia da Visão
O quiasma óptico é uma estrutura em formato de X formada pelo encontro de dois nervos ópticos.
No quiasma óptico as fibras da parte medial de cada retina cruzam para projetarem para o outro lado do cérebro, enquanto que as fibras da parte lateral da retina continuam no mesmo lado.
Como resultado temos que cada hemisfério cerebral recebe informações sobre o campo visual contralateral de ambos os olhos.
Deficiência Visual
Conceito:
Situação irreversível de diminuição da
resposta visual, em virtude de causas
congênitas ou hereditárias, mesmo após
tratamento clínico e/ou cirúrgico e uso de
óculos convencionais.
Deficiência Visual
Classificação
Quanto à intensidade
Aquele que lê em Braile. Pessoa cuja percepção da luz, embora possa auxilia-la em seus movimentos e
orientação, é insuficiente para aquisição de conhecimentos por meios visuais.
a. Visão subnormal ou baixa visão
b.Cegueira
Aquele que lê com ampliação ou lupas. Possui dificuldade em desempenhar tarefas visuais, mesmo
com prescrição de lentes corretivas, mas pode aprimorar sua capacidade de realizar tais
tarefas com a utilização de estratégias visuais compensatórias, baixa visão e outros recursos e
modificações ambientais.
Deficiência Visual
Visão central é aquela na qual a imagem cai no centro
da retina, em uma área chamada mácula, e essa visão é
cheia de detalhes.
É importante na leitura para perto, para longe e nas
atividades que exigem percepção de detalhes.
Deficiência Visual
Classificação
Quanto ao comprometimento do campo visual Comprometimento periférico
Deficiência Visual
• Visão periférica é aquela que se forma fora da mácula, na periferia da retina.
• Essa visão é pouco rica em detalhes, percebe-se a presença dos objetos e movimentos, mas nada nítido.
• É importante para se locomover, principalmente à noite (com pouca iluminação).
Deficiência Visual
Diferenças entre Retina Central e a Retina Periférica
Características Retina Central Retina Periférica
Melhor desempenho Visão fotópica Visão exotópica
Receptor mais freqüente Cone( receptores da
visão cromática)
Bastonetes (apresentam
maior sensibilidade a luz
de baixa intensidade)
Circuito mais freqüente Linha exclusiva Projeção convergente
Sensibilidade á
intensidade
Baixa Alta
Discriminação de formas Ótima Baixa (precária)
Visão de cores Ótima Precária
Resultado de lesão Cegueira total
localizada
Cegueira noturna
Fonte: LENT, 2010.
Deficiência Visual
A percepção visual é o aspecto mais apurado e sofisticado da modalidade visual.
Submodalidades de Percepção Visual
Localização espacial Nos permite identificar em que posição
no campo de visão aparece um
determinado objeto .
Medida da intensidade Possibilita estimar o brilho de cada
objeto em relação ao ambiente em que
se encontra.
Discriminação de formas Nos permite diferenciar e reconhecer
os objetos segundo os seus contornos.
Detecção de movimento Através da qual percebemos que alguns
objetos se movem, enquanto outros
permanecem parados .
Visão de cores Capacidade de distinguir diferentes
tons e nuances de cores.
Deficiência Visual
• Curiosidades:
• Visão de Cores: Capacidade de distinguir diferentes tons e nuances de cores.
• Os neurocientistas da atualidade calculam que somos capazes de ver cerca de sete milhões de cores diferentes!
• Como o cérebro é capaz de identificar tantas cores?
Deficiência Visual
• Como o cérebro é capaz de identificar tantas cores?
• As cores denominadas primárias, produzem todas as cores que somos capazes de ver.
• Os cones( receptores da visão cromática) possuem três tipos diferentes de pigmentos, cada um deles absorvendo preferencialmente uma das três cores primárias ( vermelho, verde e azul).
• Os bastonetes possuem um único tipo de pigmento – a rodopsina-, cuja maior absorbância situa-se na faixa do azul.
• Os bastonetes apresentam maior sensibilidade a luz de baixa intensidade, mas seu único pigmento não lhes permite informar ao cérebro sobre cores.
LENT, 2010.
Deficiência Visual
Já repararam que nós mulheres sabemos diferenciar muito bem as cores?
Conseguimos saber muito bem o que é um cinza-grafite, verde-água, azul-turquesa, etc.
E quando vamos escolher os esmaltes tem vários tons de vermelho e eles são diferentes. Já os homens nomeiam as cores com palavras simples: vermelho, verde, azul, sem detalhes.
Como nós mulheres possuímos dois cromossomos X, temos uma variedade maior de cones que os homens, e isso reflete na maneira detalhada como descrevemos as cores.
Deficiência Visual
È uma anomalia genética na qual ocorre ausência ou mutação do gene que codifica um dos três pigmentos visuais dos cones (LENT, 2010).
Dificuldade para distinguir vermelho e verde ou outras cores.
Daltonismo total :
Causado por lesão do cérebro é conhecida como acromatopsia ( é uma condição rara).
Ou incapacidade de enxergar todas as cores, decorrente de defeitos nos cones, as células fotossensíveis da retina.
Visão de Cores
Daltonismo
Causas
Congênitas:
• Malformações oculares,
• Glaucoma congênito,
• Catarata congênita.
Deficiência Visual
• Causas
• Adquiridas:
• Traumas oculares,
• Catarata,
• Degeneração senil de mácula,
• Glaucoma,
• Alterações retinianas relacionadas à hipertensão arterial ou diabetes.
Deficiência Visual
Patologias
Degeneração macular:
10% da população sofre de degeneração macular.
A doença é a principal causa de cegueira no mundo , em faixas etárias acima de 50 anos.
Patologias
Degeneração macular:
Embaçamento da visão central, dificuldade para ler, escrever, costurar e realizar outras atividades que exijam visão em detalhe podem ser sintomas de degeneração macular.
A degeneração macular é uma doença em que o afinamento e o rompimento da retina prejudicam o funcionamento da mácula( parte sensível responsável pela nitidez, detalhamento, percepção de cores e visão para a leitura.
Patologias
Toda patologia ocular que possa causar
alterações na cápsula do cristalino e/ou no
meio ao seu redor (humor aquoso e vítreo)
podem levar ao desenvolvimento de
catarata congênita ou adquirida.
LENT,2010.
Patologias
Catarata:
• Perda de transparência do
cristalino, originando
perturbações na
diminuição da acuidade
visual. A visão periférica
também está normalmente
afetada.
Patologias
Catarata
Causas:
Traumática, congênita, por uso de
medicamentos e inflamatório,
porém a causa mais comum é a
relacionada a idade .
Estima-se que mais de 50% das
pessoas acima de 60 anos e
algumas mais jovens sofram de
catarata.
Patologias
Glaucoma:
• É uma patologia do olho em que a pressão intra-ocular é elevada por produção excessiva ou deficiência na drenagem do humor aquoso.
• Compreensão das células nervosas causando danos ou morte dessas células.
• Resulta em perda de permanente de visão e restrição da visão periférica.
Patologias
Glaucoma:
Quais os fatores de risco?
Pessoas acima de 45 anos com histórico familiar.
Pressão intra-ocular atipicamente elevada
Descendentes de etnias africanas ou asiáticas
Miopia
Uso elevado de corticóides
Lesão ocular prévia
Patologias
• Glaucoma congênito :
• O glaucoma na infância, considerado em todas as suas formas de apresentação, ocorre em 1:10.000 nascidos vivos, enquanto que o glaucoma congênito do tipo primário, especificamente, ocorre em aproximadamente 1:30.000 nascidos vivos ( Dickens, 1996).
• O glaucoma congênito é uma doença relativamente rara, porém constitui a causa mais importante de cegueira na infância.
Patologias
Síndrome de Usher :
De origem genética, a síndrome tem graus variáveis e associa
a surdez, presente já no nascimento, com a perda gradual da
visão, que se inicia na infância ou na adolescência.
A doença afeta primeiro a visão noturna e depois a periférica,
das laterais, preservando por mais tempo a central. Causa
também sensibilidade à luz forte.
Patologias
Visão e Diabetes:
• A circulação problemática causada pelo acumulo de glicose nos
vasos sanguíneos, afeta a retina podendo com o tempo levar a
distúrbios da visão e cegueira.
• A perda de visão é 25 vezes mais freqüente em quem tem diabetes.
• Dados da Sociedade Brasileira que a falta de informação e a
ausência de sintomas pode causar cegueira em 40% dos diabéticos.
• Dificuldade de foco, glaucoma e danos na retina são as principais
complicações oftalmológicas que provocadas pelo diabetes.
Identificação
Na criança :
Desvio de um dos olhos,
Não seguimento visual de
objetos,
Não reconhecimento visual de
familiares,
Baixo aproveitamento
escolar,
Atraso de desenvolvimento.
Deficiência Visual
Identificação
No adulto:
Borramento súbito ou paulatino da visão seguido de
vermelhidão, mancha branca nos olhos, dor,
lacrimejamento, flashes, retração do campo de visão que
pode provocar esbarrões e tropeços em móveis.
Deficiência Visual
Fatores de risco:
Histórico familiar de deficiência visual por doenças de caráter hereditário;
Histórico pessoal de diabetes ou hipertensão;
Não realização de cuidados pré-natais e prematuridade;
Não utilização de óculos de proteção para a realização de determinadas tarefas;
Não imunização contra a rubéola da população feminina em idade reprodutiva.
Deficiência Visual
Fatores de risco:
Rubéola :
Quando a gestante contrai a rubéola no início da gestação, a chance de malformação congênita no primeiro mês é de 50%, no segundo, 30%.
A rubéola congênita também pode provocar aborto, parto prematuro e, no bebê, os sintomas mais freqüentes são:
Surdez; retardo do crescimento intra-uterino; microftalmia (malformação que deixa os olhos muito pequenos), catarata e retinopatia(doenças degenerativas não inflamatórias da retina); cardiopatia; lábios leporinos, microcefalia e retardo mental.
Características
AFETIVAS
Menor auto-confiança;
Menor auto-estima;
Menor desenvolvimento social;
Altamente verbais;
Dependente de outros e com receio de se movimentar;
Ansiedade;
Medo de situações e ambientes não conhecidos;
Insegurança em relação às suas possibilidades;
Deficiência Visual
COGNITIVAS:
Consciência cognitiva tende a ser menor,
pois há limitação na captação de estímulos.
Falta de relação entre o objeto visualmente
percebido e a palavra e falta de experiências
práticas;
Defasagem no nível cognitivo, por dificuldade
na formação e utilização de conceitos.
Deficiência Visual
MOTORAS Seguem a mesma seqüência de desenvolvimento motor, mas
num ritmo mais lento, devido a ausência de movimentos. Defasagem da imagem corporal; Defasagem na lateralidade; Defasagem na expressão facial e corporal; Maior tempo de reação entre a prontidão postural e o
movimento inerente; Possuem menos equilíbrio; Correr e arremessar são habilidades de difícil execução; Tendência a ter sobrepeso
Deficiência Visual
Algumas características podem ser apresentadas, ou não, independentemente do indivíduo ser cego, mas devido à falta de vivência motora;
Deficiência Visual
Deficiência Visual
Não há nenhuma pesquisa mostrando que indivíduos
com deficiência visual apresentam QI inferior a indivíduos que apresentam visão normal.
Há sim dificuldades na elaboração de conceitos, visual (sintético) e não-visual (analítico)
Deficiência Visual
Comportamentos Estereotipados
Maneirismo:
● Fricção dos olhos
● Balanceiro de partes do corpo
● Gestos repetitivos com as mãos
Causas:
● Estimulação sensorial
● Privação Social
● Auto – regulação / Superestimulação
● Reação a agentes externos e estressantes
Processo Ensino – Aprendizagem
Necessidades Básicas
Mapa mental;
Conhecimento dos materiais;
Conhecimento da acuidade visual do aluno (ficha de anamnese);
Evitar padrões de movimento e estimulação rítmica pré-determinados.
Deficiência Visual
Dicas
Modificar o ambiente espaços e equipamentos para
evitar acidentes
A luminosidade do ambiente pode ajudar na localização
dos espaços para os alunos com baixa visão
Evitar ambientes com excesso de ruídos, pois a poluição
sonora pode comprometer o desenvolvimento do aluno
Usar bolas com cores fortes e guizos
Dicas
Incluir nas aulas atividades que trabalhem
habilidades motoras básicas, equilíbrio,
imagem corporal, alinhamento postural e
que envolvam amigos videntes e
familiares.
Algumas Modalidades
Deficiência Visual
Atletismo
Judô
Natação
Goal-Ball e Torball
Futebol de salão
Ciclismo
Audição
A audição é a modalidade sensorial que
permite aos animais e ao homem
perceber sons.
Sons são certas vibrações do meio que
se transmitem ao órgão receptor da
audição e são transformadas em
potenciais bioelétricos para
processamento no sistema auditivo.
Características do Som
CARACTERÍSTICA DETERMINADA POR UNIDADE DE MEDIDA
Intensidade Comprimento da
onda
Quanto > a onda, mais FORTE o
som. Quanto < o comprimento
da onda, mais FRACO o som
Decibel (db)
Freqüência No de ondas num
determinado
período de tempo
Quanto > o no de ondas, mais
ALTO o som (agudo). Quanto <
o no de ondas, mais BAIXO o
som (grave)
Hertz (Hz) ou ciclos
por segundo
Deficiência Auditiva
Como nossa audição funciona?
1- O som (sons ambientais, ruídos e a fala) é captado pelo pavilhão auricular, atravessa todo o conduto auditivo externo e choca-se contra o tímpano(2), pondo-o em
movimento.
2- Como o tímpano está preso aos três ossículos da orelha média, através do martelo, todo o sistema, tímpano e ossículos, vibra fazendo com que o som alcance os líquidos da cóclea(3).
3- Na cóclea o som alcança as células ciliadas e estas transforma-o em impulsos nervosos estimulando as fibras do nervo auditivo(4). Daí estes impulsos chegam ao cérebro onde os interpretamos.
Definição:
• Deficiência auditiva é a perda parcial ou
total das possibilidades auditivas
sonoras, variando em graus e níveis.
Deficiência Auditiva
Graus de severidade da deficiência
auditiva
Audição Normal - Diminuição da audição em até 15 dB.
Deficiência Auditiva Suave – Perdas entre 16 e 25 dB.
Surdez Leve – Perdas entre 26 e 40 dB.
Surdez Moderada - Perdas entre 41 e 55 dB
Surdez Moderadamente Severa – Perdas entre 56 e 70 dB
Surdez Severa – Perdas entre 70 e 90 dB.
Surdez Profunda – Acima de 91 dB
Deficiência Auditiva
Classificação da deficiência
auditiva
Quanto ao período de aquisição, podem ser:
Congênitas (já nasce surdo e é pré-lingual – antes da aquisição de linguagem)
Adquiridas (perde a audição no decorrer da vida, podendo ser pré-lingual ou pós-lingual).
Deficiência auditiva congênita - 62%
dos casos.
Deficiência auditiva adquirida – 38%
dos casos.
Deficiência Auditiva
Classificação da deficiência auditiva
Congênita
a. hereditariedade,
b. viroses maternas (rubéola , sarampo) doenças tóxicas da gestante (sífilis, citomegalovírus, toxoplasmose),
c. ingestão de medicamentos ototóxicos (que lesam o nervo auditivo) durante a gravidez.
Deficiência Auditiva
Classificação da deficiência auditiva
Adquirida
a. predisposição genética (otosclerose),
b. meningite,
c. ingestão de remédios ototóxicos,
d. exposição a sons impactantes (explosão)
e. viroses
Deficiência Auditiva
Classificação da deficiência
auditiva
Quanto a etiologia, podem ser:
Pré-natais (fatores genéticos e doenças adquiridas pelas mães).
Peri-natais (provocado por parto prematuro, anóxia cerebral e trauma de parto).
Pós-natais (doenças adquiridas ao longo da
vida como, caxumba e meningite).
Prevenção
Qualquer bebê recém-nascido pode apresentar um problema auditivo no nascimento ou adquiri-lo nos primeiros anos de vida.
Isto pode acontecer mesmo que não haja casos de surdez na família ou nenhum fator de risco aparente.
Por isto peça ao pediatra para fazer o Teste da Orelhinha quando a criança nascer
Qualquer problema auditivo deve ser detectado ao nascer, pois os bebês que têm perda auditiva diagnosticada cedo e iniciam o tratamento até os 6 meses de idade apresentam desenvolvimento muito próximo ao de uma criança ouvinte.
Fatores de risco para a surdez do bebê
0 a 28 dias
HISTÓRIA FAMILIAR
INFECÇÃO INTRAUTERINA
ANOMALIAS CRÂNIO-FACIAIS
PESO INFERIOR A 1.500 GR AO NASCER
MEDICAÇÃO OTOTÓXICAS
Fatores de risco para a surdez do bebê
0 a 28 dias
MENINGITE BACTERIANA
NOTA APGA MENOR DO QUE 4 NO PRIMEIRO MINUTO DE NASCIDO E MENOR DO QUE 6 NO QUINTO MINUTO
VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UTI NEONATAL POR MAIS DE 5 DIAS
OUTROS SINAIS FÍSICOS ASSOCIADOS À SÍNDROMES NEUROLÓGICAS
Fatores de risco para a surdez do
adulto
• USO CONTINUADO DE WALKMAN
• POLUIÇÃO SONORA
• TRABALHO EM AMBIENTE DE ALTO NÍVEL DE PRESSÃO SONORA
• INFECÇÃO DE OUVIDO CONSTANTE
Fatores de risco para a surdez
Indivíduos expostos constantemente a
grandes intensidades sonoras em geral
apresentam limiares de audibilidade mais
altos que os demais, o que inicialmente se
deve a uma hiperfunção do reflexo de
atenuação, mas depois se converte em um
enrijecimento das articulações entre
os ossículos.Como conseqüência
ocorre a surdez.
Fatores de risco para a surdez
Os indivíduos mais suscetíveis de surdez por
poluição sonora são os músicos (roqueiros e
músicos de trios elétricos).
Além deles, também são suscetíveis os operários de
construção que lidam com britadeiras e indivíduos
que trabalham em ruas de muito movimento.
Deficiência Auditiva
Tipos de deficiência auditiva
a. Deficiência auditiva condutiva
b. Deficiência auditiva sensório-neural
c. Deficiência auditiva mista
Deficiências – Definições
Condutiva :
Localizada no ouvido externo e/ou médio, tem
como causa otites e essas perdas, geralmente, podem
ser reversíveis após tratamento.
Causas da deficiência auditiva
condutiva
Cerume ou corpos estranhos do conduto
auditivo externo.
Otite (inflamação)externa:
Otite média
Deficiência Auditiva
Causas da deficiência auditiva condutiva
Estenose (redução de calibre ou ausência do conduto auditivo externo).
Perfurações da membrana timpânica:
Fissuras Palatinas
Obstrução da tuba auditiva
Deficiência Auditiva
Deficiências – Definições
Neurossensorial:
Localizada no ouvido interno, é
irreversível e geralmente causada
por rubéola maternal e meningite.
Causas da deficiência auditiva sensório-neural
Causas pré-natais:
1. Hereditárias.
2. Não hereditárias
Causas perinatais:
1. Prematuridade e/ou baixo peso ao nascimento
2. Trauma de Parto
Causas pós-natais
1. Infecções
2. Drogas ototóxicas
3. Perda auditiva induzida por ruído (PAIR)
4. Traumas físicos que afetam o osso temporal
Deficiência Auditiva
Deficiências – Definições
Mista :
Localizada no ouvido externo, médio e
interno, geralmente causada por
fatores genéticos;
Central:
Localiza-se desde o tronco cerebral
até o córtex cerebral.
• O aumento da poluição sonora nas últimas décadas tem sido muito prejudicial.
• Estatísticas levantadas entre 1971 e 1990, época que marcou o auge do Heavy Metal e do Punk, mostram que o número de pessoas entre 18 e 44 anos com problemas relacionados à audição aumentou em 17%. Entre 46 e 64 anos, o aumento foi de 26%.
• Os dados são da National Health Interview Survey.
Deficiência Auditiva
Curiosidades
Deficiência Auditiva
Curiosidades
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mostram que 10% da
população mundial sofre de problemas auditivos.
A rubéola, que atinge mulheres durante a gestação, é uma das
principais causas da surdez congênita.
A falta de controle de doenças que se tornaram epidêmicas, como a
meningite, e as lesões causadas pelo comércio livre e o uso indiscriminado de
drogas ototóxicas (tóxicas para o ouvido), são agravantes da surdez no Brasil, o
que já não acontece em países de primeiro mundo.
A audição é tão importante que, dentre os órgãos do sentido, o ouvido é o
único que permanece em alerta as 24 horas do dia.
Houve muitas mortes (1500) e
esterilizações forçadas de deficientes
auditivos no holocausto. Eles foram
considerados sem utilidade pelos alemães.
Deficiência Auditiva
Curiosidades
QUADRO I
Qualidade do Som Decibéis Tipo de Ruído
muito baixo 0-20 farfalhar das folhas
baixo 20-40 conversação silenciosa
moderado 40-60 conversação normal
alto 60-80 ruído médio de fábrica ou
trânsito
muito alto 80-100 apito de guarda e ruído de
caminhão
ensurdecedor 100-120 ruído de discoteca e de avião
decolando
Aparelhos auditivos
Só devem ser usados com recomendação médica, depois da avaliação do otorrinolaringologista e depois de se investigar as causas da perda auditiva.
Tipos de aparelhos — intracanal (colocado dentro do conduto auditivo); microcanal (não aparece, fica na entrada do conduto auditivo); e externo retro-auricular (colocado atrás da orelha).
Aparelhos
Micro canal
É posicionado no conduto auditivo, como avanço da tecnologia foi possível o desenvolvimento do micro canal de uma forma que seja adaptado dentro do canal do ouvido, é recomendado para perdas de audição leves, moderadas e profundas .
Aparelhos
Intra canal
Seus componentes são menores que o do intra-auricular porém fica mais escondido no ouvido é recomendado para perdas de audição leves e moderadas.
Aparelhos
Intra auricular
É posicionado no pavilhão auricular, ele é recomendado para perdas de audição moderadas e severas.
Aparelhos
Retro auricular
É posicionado atrás do ouvido e o som é transmitido (conduzido) para o ouvido através de um molde que é adaptado no ouvido, ele é recomendado para perdas de audição leve, moderada e profunda.
Aparelhos
O implante coclear é um
dispositivo eletrônico de
alta tecnologia, que
estimula eletricamente as
fibras nervosas
remanescentes, permitindo
a transmissão do sinal
elétrico para o nervo
auditivo, afim de ser
decodificado pelo córtex
cerebral.
Como posso me comunicar
melhor com a pessoas com
deficiência auditiva ?
Não é correto dizer que alguém é
surdo-mudo. Muitas pessoas surdas não
falam porque não aprenderam a falar.
Muitas fazem a leitura labial, outras não;
Deficiência Auditiva
Como posso me comunicar
melhor com a pessoa com
deficiência auditiva ?
Quando quiser falar com uma pessoa
surda, se ela não estiver prestando
atenção em você, acene para ela ou
toque em seu braço levemente;
Deficiência Auditiva
Como posso me comunicar melhor com a pessoa com
deficiência auditiva ?
Quando estiver conversando com uma pessoa surda, fale de maneira clara, pronunciando bem as palavras, mas não exagere. Use a sua velocidade normal, a não ser que lhe peçam para falar mais devagar;
Deficiência Auditiva
Como posso me comunicar melhor com a pessoa com deficiência
auditiva ?
Fale diretamente com a pessoa, não de lado ou atrás dela.
Faça com que a sua boca esteja bem visível. Gesticular ou segurar algo em frente à boca
torna impossível a leitura labial. Usar bigode também atrapalha;
Deficiência Auditiva
Como posso me comunicar melhor com a pessoa com deficiência
auditiva ?
Se você souber alguma linguagem de sinais, tente usá-la.
Se a pessoa surda tiver dificuldade em entender, avisará.
De modo geral, suas tentativas serão apreciadas e estimuladas;
Deficiência Auditiva
Como posso me comunicar melhor com a pessoa com deficiência auditiva ?
Seja expressivo ao falar.
Como as pessoas surdas não podem ouvir mudanças sutis de tom de voz que indicam sentimentos de alegria, tristeza, sarcasmo ou seriedade, as expressões faciais, os gestos e o movimento do seu corpo serão excelentes indicações do que você quer dizer;
Deficiência Auditiva
Como posso me comunicar melhor com a
pessoa com deficiência auditiva ?
Enquanto estiver conversando, mantenha sempre
contato visual, se você desviar o olhar, a pessoa
surda pode achar que a conversa terminou.
Deficiência Auditiva
Como posso me comunicar melhor com a pessoa com deficiência auditiva ?
Nem sempre a pessoa surda tem uma boa dicção.
Se tiver dificuldade para compreender o que ela está dizendo, não se acanhe em pedir para que repita.
Geralmente, as pessoas surdas não se incomodam de repetir para que sejam entendidas
Deficiência Auditiva
Como posso me comunicar melhor com a pessoa com deficiência auditiva ?
Se for necessário, comunique-se através de bilhetes. O importante é se comunicar, seja qual for o método;
Quando a pessoa surda estiver acompanhada de um intérprete, dirija-se à pessoa surda, não ao intérprete supondo que ela não possa entendê-lo.
Deficiência Auditiva
Características
Afetivas
Associam-se mais com pares semelhantes;
Podem apresentar menor desenvolvimento social;
Ansiosos e medrosos porque sabem que não podem ser avisados rapidamente de um perigo iminente;
Podem apresentar capacidade de concentração reduzida (distração)
Deficiência Auditiva
Características
Cognitivas
Capacidade de compreender abstrações
pode ser diminuída;
Maior dificuldade na formação de
conceitos.
Deficiência Auditiva
Características
Psicomotoras
Não possuem repertório de feedback
auditivo, afetando a capacidade de
relacionar espaço e movimento.
Possuem movimentos sem propósito -
hiperatividade
Deficiência Auditiva
Características
Psicomotoras
Postura pobre;
As vezes possuem uma marcha onde
arrastam os pés;
Desenvolvimento motor pode estar
abaixo do normal;
Equilíbrio e agilidade podem ser
deficientes.
Deficiência Auditiva
Função Pulmonar no DA
No deficiente auditivo o
padrão respiratório(devido á
falta de percepção e
monitoramento do som por
elas produzido) encontra-se
alterado, apresentando uma
dificuldade em administrar
o fluxo aéreo a expelir ar
antes de concluir a fala.
Exercícios respiratórios
Melhorar as funções ventilatórias e respiratórias
Evitar aumento do volume residual
Suporte psicológico e diminuição da ansiedade (STUNK et al, 1991)
Aumentar a mobilidade torácica
Mobilizar o diafragma
Exercícios
Deve-se aplicar exercícios
específicos respiratórios e
de desbloqueio torácico.
Função
Melhorar a mecânica
respiratória.
Diminuir a rigidez torácica.
Aumentar a
expansibilidade torácica.
• Educação Física:
• Pode contribuir significativamente para melhoria da
linguagem do indivíduo (comunicação total)
• Dança como expressão não-verbal
• Cuidados com exercícios que bloqueiem o campo
visual.
Deficiência Auditiva
• Relação Professor / Aluno DA
• Usar todos os recursos possíveis para
comunicar-se procurando certificar-se de que
o aluno compreendeu a mensagem;
• Manter-se em frente ao aluno enquanto estiver
falando;
• Considerar as limitações, mas enfatizar as
capacidades.
Deficiência Auditiva
• Relação Professor / Aluno DA
• Não mudar constantemente as regras de uma determinada atividade;
• Não demonstrar impaciência quando não estiver entendendo o que o aluno quer dizer;
• Não articular exageradamente as palavras;
• Substituir as pistas sonoras por visuais, se necessário.
Deficiência Auditiva
Educação Física Principais Atividades a serem trabalhadas no DA:
Equilíbrio estático e dinâmico
Estimulação proprioceptiva
Coordenação motora
Controle corporal
Consciência corporal
Noções espaço-temporais
Ritmo
Condicionamento físico
Exercícios respiratórios e relaxamento
Jogos e atividades em grupo.
Seqüência 1
Três meio
polichinelo, 1 giro
de 360o , um
agachamento, duas
palmas com os
braços e mãos
sobre a cabeça e
termina na pose ao
lado:
Seqüência 2
Dar quatro passos a
frente, elevar
alternadamente um dos
joelhos ao mesmo tempo
que estralha os dedos,
fazer quatro circunduções
do quadril, fazer quatro
saltitos com pés unidos
para trás e acabar na pose
ao lado:
OBRIGADA!
É aprendendo que sabemos se é possível ensinar. E ensinar não é transferir conhecimento , mas criar as possibilidades para sua produção ou sua construção. Quem ensina aprende a ensinar e quem aprende ensina ao
aprender.
Paulo Freire
Contato:
Email:[email protected]
Blog:http://fabianaguedesatividadefisica.blogspot.com.br
Blog:http://atividadefisicaepromocao.blogspot.com.br