De fumante para fumante

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No Dia Mundial sem Tabaco, esta série de postagens retrata com verdade e humor os dilemas de um fumante assumido, consciente dos males do cigarro mas sem nenhuma vontade de parar. E quem não se lembra do primeiro cigarro, da primeira tossida com ele? Muitos de nós éramos adolescentes ainda. Na turma da 7ª série chamávamos o cigarro de "bastão cilíndrico nicotífico"( ! ). Nome imponente! Tão imponente quanto queríamos nos sentir, com ele aceso entre os dedos para chamar a atenção das meninas e afirmar que não éramos mais crianças. Era a época do comercial na TV: "O primeiro Valisére a gente nunca esquece." - Tudo a ver com as meninas da nossa idade. E nós meninos começando a engrossar a voz, encorpando o ombro e crescendo tão rapidamente que alguns até tropeçavam, desacostumados com as mudanças no corpo. Neste contexto, os primeiros cigarros... escondido de todos os adultos, no banheiro da escola, cabulando aula, misturando fumaça com as aulas de educação física. Que lembranças são essas infiltradas nos bastõezinhos, e no nosso inconsciente? Tal como bengala, também cilíndrica, hoje podemos rir do cigarro amparando a auto-afirmação, que com o tempo virou prazer, e o prazer virou vício. Que dia foi aquele em que pedi "fogo" pra acender o primeiro, que não apagou até hoje, tantos anos depois? Muito se conscientizou desde então, às turminhas novas que cresceram com aversão a cigarros. Meus filhos por exemplo. Há anos eles me pedem para que eu pare. E entre outros vícios que larguei, este é o que insiste, é o mais difícil, porque é um vício físico, químico e psicológico, de alta tolerância e dependência. Parabéns a todos os que conseguiram parar. E a quem está começando a sentir o desejo forte de parar também. Não vou me cobrar isso agora, e de ninguém. Mas espero de coração que esta série de posts faça muitos rirem e quem sabe, desperte para pensar no assunto, sem serem rígidos consigo mesmos. Disso já basta o sistema e a sociedade nos cobrarem. Se o primeiro cigarro a gente não esqueceu, o último também não esqueceremos. Que se tenha boas lembranças relacionadas, sem traumas, doenças etc. E se alguém teve algum familiar vítima de problemas com cigarro, acima de tudo perdoe-o, para que ele possa perdoar-se também. O tempo não volta, a vida segue em frente. NOTA: Elk Tyfalay, personagem fictício de Gutto Carrer Lima, não julga, não condena, nem tem a intenção de fazer apologia ao cigarro com estes posts, mas sim, de despertar consciência, divertindo, a partir da identificação de alguns pontos apenas, relacionados à vida de um fumante e seus dilemas. Afinal, eu sou um deles. Sou um de nós. Você encontrará os textos relativos a cada imagem, em posts individuais, no Blog Nascentes: http://guttocarrerlima.blogspot.com.br/2014/05/de-fumante-para-fumantes.html#links

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