DE COV NAS TINTAS - Associação Portuguesa de Tintas · 7 utilizado para a limpeza dos materiais...
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GUIA PARA
A REDUÇÃO
DE COV
NAS TINTAS
DECORATIVAS
Elaborado por
CEPE Technical Committee
Decorative Paints
Í
P r e f á c i oUm guia para a redução de COV nas tintas decorativas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
E n q u a d r a m e n t oUma abordagem europeia para a redução de COV nas tintas decorativas . . . . . . 4
N ú m e r o sO mercado europeu de tintas decorativas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
F o n t e s d e e m i s s ã oAs emissões de COV e as tintas decorativas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
R e d u ç ã o d e C O VOportunidades para a redução da emissão de COV nas tintas decorativas . . . . . . 8
U m a a b o r d a g e m e u r o p e i aA proposta do CEPE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 1
I m p l e m e n t a ç ã o Implementação da proposta do CEPE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 3
P r o p o s t a d o C E P E p a r a a r e d u ç ã o d e C O VCategorias de produtos e limites . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 4
D e f i n i ç õ e sTermos e categorias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 5
ÍNDICE
2
PDurante as últimas décadas a utilização
de produtos aquosos no mercado
decorativo cresceu de tal forma que
hoje representa aproximadamente 70%
do volume total. Este crescimento não
se deu inicialmente por razões ambien-
tais, mas sim pelo interesse nas
características funcionais especiais ou
outros elementos convenientes dos
produtos aquosos.
Durante este período, houve em todos
os países Europeus um crescimento de
consciência quanto à necessidade de
protecção ambiental. A indústria das
tintas está activamente, no âmbito do
seu programa mundial Coatings Care®
à procura de progressos, dirigindo
muitos dos seus esforços de investi-
gação e desenvolvimento para este
objectivo.
Esta brochura cobre as questões e
mostra as possibilidades de redução do
uso de compostos orgânicos voláteis
(COV) nas tintas decorativas. Faz
também uma proposta que resultará
numa redução significativa das
emissões de COV. Esta proposta baseia-
se no seguinte: conhecimento das
tecnologias correntes e emergentes;
conhecimento das diferentes culturas
existentes na Europa; compreensão da
exigência das expectativas quanto às
funções de protecção e preservação
das tintas decorativas e consideração
pelas diferentes condições climatéricas
entre o Norte e o Sul da Europa.
Esta proposta foi elaborada pela
Comissão Técnica de Tintas Decorativas
do CEPE (Conselho Europeu da Indústria
das Tintas, Tintas de Impressão e Tintas
para Belas Artes).
As 16 associações nacionais que são
membros do CEPE, representando
aproximadamente 1100 fabricantes de
tintas decorativas na Europa, estiveram
envolvidas na elaboração desta brochu-
ra, tal como todos os comités apropria-
dos dentro do CEPE. Por isso esta
brochura, que se baseia na riqueza do
conhecimento e da experiência,
apresenta-se como um guia exequível,
P r e f á c i o
UM GUIA PARA A REDUÇÃO DECOV NAS TINTAS DECORATIVAS
3
de fácil compreensão e prático, para
tratar as complicadas questões relati-
vas à redução de COV nas tintas
decorativas.
Esta brochura será de interesse para
todas as organizações activas, directa
ou indirectamente ligadas à indústria e
comércio de tintas decorativas, incluin-
do produtores de matérias primas,
fabricantes e comerciantes. Além disso,
como contributo inicial a uma
legislação harmonizada na Europa
sobre a redução da emissão de COV
pelas tintas decorativas, pretende
constituir um enquadramento para os
representantes políticos na Europa
Comunitária. Por último, mas não
menos importante, tem a função de
possibilitar e encorajar a cescente
utilização de tintas decorativas com
baixo teor de solventes por utilizadores
profissionais e privados.
EA Comisão Europeia e os Estados
Membros da UE reconheceram que é
necessário fazer ainda mais para
melhorar a qualidade do ar na Europa
para proteger a saúde dos cidadãos. Por
isso estão a ser elaboradas duas novas
Directivas. A futura Directiva sobre Tectos
de Emissão exigirá que os estados
membros da UE reduzam as suas
emissões de vários poluentes do ar,
incluindo COV, para níveis mais baixos, a
partir do ano 2010. A futura Directiva
sobre o Ozono exigirá que os Estados
membros tomem medidas adicionais
para limitar a concentração de Ozono no
ar a um nível máximo de 120 microgra-
mas por metro cúbico. Estas Directivas
podem levar os Estados Membros a
solicitar ao sector das Tintas Decorativas
a tomada de medidas para reduzir as
emissões resultantes do uso dos seus
produtos.
Na União Europeia há um considerável
interesse na melhoria da qualidade do ar,
dando particular atenção à redução da
emissão de óxidos de enxofre e nitrogé-
nio, amónia e compostos orgânicos
voláteis (COV). A redução da emissão de
COV tem particular importância para a
indústria das tintas.
A emissão de COV terá uma redução
considerável com a implementação da
Directiva sobre a Emissão de Solventes1).
Esta Directiva tem um impacto directo
em muitos sectores da Indústria das
tintas mas não no sector de tintas
decorativas, pelo facto de estas não
serem geralmente aplicadas em
estaleiros fixos.
Desde 1996, o CEPE, com a ajuda das
suas associações e companhias
membros, redigiu proactivamente uma
proposta para a redução das emissões
de COV das tintas decorativas. Embora
esta proposta tenha sido apresentada à
Comissão Europeia sob a forma de
rascunho, prioridades impediram que
fosse levada adiante pela Comissão. Em
1999, a Comissão Europeia nomeou
consultores independentes para estudar
a potencial possibilidade de redução das
emissões de COV pelas tintas decorati-
vas. O CEPE acolheu bem esta iniciativa
e, usando a proposta de 1996 como
base, dialogou de forma aberta e apoian-
te com os consultores.
Depois da publicação do relatório, no
segundo Semestre de 2000, o CEPE
empreendeu um programa detalhado de
consultas aos seus membros para rever
tanto o relatório como a sua proposta de
1996. Este trabalho resultou numa
proposta revista tendo em conta as
mudanças no mercado e os avanços da
tecnologia que tiveram lugar desde
1996. Esta nova proposta do CEPE para a
redução das emissões de COV pelas
tintas decorativas é apresentada detalha-
damente nesta brochura.
4
E n q u a d r a m e n t o
UMA ABORDAGEM EUROPEIAPARA A REDUÇÃO DE COV NAS
TINTAS DECORATIVAS
1) Directiva do Conselho 1999/13/CE, de 11 Março 1999,respeitante à limitação de compostos orgânicos voláteis em certas actividades e instalações
5
NN ú m e r o s
O MERCADO EUROPEUDE TINTAS DECORATIVAS
Vendas anuais:
Cerca de 3 .300 .000 Toneladas
Volume de negócios:
Cerca de 7 .000 .000 .000 Euros
Quota de mercado total de tintas:
60%
Número de fabricantes:
Cerca de 3000
Número de revendedores:
Cerca de 100 .000
Número de utilizadores profissionais:
Cerca de 2 .500 .000
Número de utilizadores DIY:
Mais de 100 .000 .000
FAs emissões efectuadas pelos meios de
transporte são a mais importante fonte
de poluição do ar. Os veículos a gasoli-
na e a diesel emitem uma variedade de
poluentes: Óxidos de Nitrogénio (Nox),
Monóxido de Carbono (CO) e partículas,
bem como compostos orgânicos
voláteis (COV). Todos eles podem
afectar a qualidade do ar.
Também são emitidas grandes
quantidades de COV por fontes naturais,
por exemplo as florestas. A acção da luz
solar nos Nox e COV leva à formação de
ozono ao nível do solo, um poluente de
longa distância, que poderá ter impacto
nas zonas rurais, a alguma distância
das fontes de emissão originais. O
Ozono pode irritar os olhos e os
pulmões, causando dificuldades
respiratórias, e pode reduzir a resistên-
cia às infecções. Também pode danifi-
car alguma vegetação, colheitas e
árvores.
Altos níveis de ozono observam-se
normalmente em dias calmos e
soalheiros de verão, quando o ar está já
poluído com Nox e COV (Ex. zonas
urbanas com trânsito). Devido ao tempo
necessário para as reações químicas se
darem, a formação do ozono tende a
ocorrer em zonas a favor do vento
relativamente à fonte de poluição. O
resultante « smog » pode persistir por
vários dias e pode ser transportado a
longas distâncias.
Os COV emitidos pelas tintas decorati-
vas devem-se quase exclusivamente
aos solventes usados nos produtos. A
maior parte destes solventes são
emitidos durante a aplicação e
secagem das tintas.
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F o n t e s d e e m i s s ã o
AS EMISSÕES DE COV E ASTINTAS DECORATIVAS
7
utilizado para a limpeza dos materiais
de aplicação. As tintas aquosas, embora
usando predominantemente água como
suporte, geralmente contêm uma
pequena quantidade de solvente
orgânico. Este solvente é adicionado
para obter os resultados e as proprieda-
des de aplicação necessárias. Cerca de
70% das tintas decorativas usadas na
União Europeia são aquosas.
Embora o uso das tintas decorativas
contribua para a emissão total de COV,
representa menos de 3% das emissões
totais na União Europeia. O uso directo
de tintas decorativas dá origem a 425-
475.000 toneladas de emissões de COV
e além disso estima-se que o uso
associado de solvente, principalmente
para limpeza, adiciona aproximadamen-
te 100.000 toneladas a esta quantida-
de. A emissão total de cerca de
550.000 toneladas de COV representa
menos de 20% do total das vendas em
toneladas.
As tintas decorativas podem ser
categorizadas como as que usam
tecnologias de base solvente e as que
usam tecnologias de base aquosa. As
primeiras usam solvente orgânico como
fase líquida principal.
A maior parte das tintas de base
solvente não requerem a adição de
solventes ou diluente antes da
utilização mas o solvente é várias vezes
ROs processos de diminuição das
emissões, aquando da aplicação, não
são uma opção para as tintas decorati-
vas dado que os produtos são
geralmente aplicados em estruturas e
instalações em obra e não em oficina.
A redução das emissões só pode ser
conseguida através do uso de produtos
com uma quantidade reduzida de
solvente.
A emissão de solventes provém tanto
das tintas aquosas como das tintas de
base solvente.
O papel dos produtos de
base solvente
Os produtos de base solvente desem-
penham em papel importante no merca-
8
R e d u ç a o d e C O V
OPORTUNIDADES PARAA REDUÇÃO DA EMISSÃO DE COV NAS
TINTAS DECORATIVAS
do e por várias razões são muitas vezes
preferidos aos produtos aquosos. Estas
preferências devem-se a aspectos tais
como aparência estética, rendimento e
aplicabilidade.
Há diferenças regionais na divisão do
mercado entre produtos aquosos e
produtos de base solvente. As razões
para a variação da preferência incluem o
clima, geografia, cultura, arquitectura,
base de clientes, práticas de construção
e costumes.
As opções para a redução
de COV
As principais opções para a redução de
COV são:
1) Substituição dos produtos de base
solvente por produtos aquosos
2) redução do teor de solventes nos
produtos de base solvente
3) redução do teor de solventes nos
produtos aquosos
9
Substituição dos
produtos de base solvente
É teoricamente possível substituir os
restantes produtos de base solvente
tradicionais por versões aquosas. No
entanto, para certas aplicações, os
últimos não atingem a qualidade e o
rendimento necessários. Os produtos de
base solvente têm por vezes as seguin-
tes vantagens:
● Melhor aplicação e secagem em
condições adversas (ex. baixa
temperatura, elevada humidade)
● Melhor rendimento em substratos
difíceis
● Melhor aplicabilidade
● Níveis mais elevados de comporta-
mento da película (ex: resistência
mecânica ou química)
● Melhor aparência estética
As tecnologias para produtos aquosos
estão continuamente a melhorar, mas a
indústria não acredita que os produtos
de base solvente possam ser totalmen-
te substituídos num futuro próximo.
Redução do teor de
solventes nas tintas de base
solvente
É possível produzir produtos de base
solvente com um baixo teor de solven-
tes e podem ser usadas modernas
tecnologias de alto teor em sólidos para
formular produtos que oferecem muitos
dos atributos dos produtos tradicionais
de base solvente, mas com um teor
significativamente reduzido de solven-
tes. Embora sejam mais caros e tenham
uma secagem mais lenta, podem
desempenhar um papel importante na
redução das emissões de COV.
Redução do teor de
solventes nas tintas aquosas
O uso de solventes nas tintas aquosas é
por vezes crítico para a performance do
produto, o que é particularmente
verdadeiro no caso dos produtos
aquosos que foram formulados para
substituir produtos de base solvente. A
redução da quantidade de solventes nos
produtos aquosos é importante, mas
não primordial na minimização das
emissões de COV.
Consequências da
Redução de COV
Embora o mercado seja já 70% de base
aquosa e os produtos aquosos e
produtos com alto teor de sólidos
estejam a ser usados para substituir
alguns produtos de base solvente
tradicionais, ainda podem ser efectua-
das mais reduções na emissão de COV
por qualquer das opções acima. No
entanto, isto levará ainda algum tempo.
A indústria terá de reformular uma vasta
e importante parte da sua actual gama
de produtos, o que será apenas atingido
após um período de vários anos. Além
disso, reduções mais profundas
envolverão mudanças significativas em
alguns produtos. A indústria não pode,
em muitas áreas de produto, fabricar
produtos de baixo teor em COV idênticos
aos produtos actualmente existentes. As
1 0
diferenças significativas que irão ocorrer
terão de ser comunicadas aos utilizado-
res finais, o que exigirá uma comuni-
cação detalhada e extensiva e um
programa de formação entre produtores
de tintas e utilizadores.
As mudanças terão também consequen-
cias económicas significativas, resultan-
tes do aumento de I&D, do custo das
matérias primas e re-investimento em
equipamento. A vasta complexidade e
importância das questões associadas à
redução da emissão de COV pelas tintas
decorativas exige que qualquer aborda-
gem seja cuidadosamente formulada.
A proposta do CEPE baseia-se num
detalhado conjunto de informações
recolhidas na indústria europeia e por
isso utiliza um detalhado e variado
conhecimento do mercado, exigencias
dos clientes e das tecnologias. A
proposta do CEPE vai maximizar a
redução da emissão de COV, ao mesmo
tempo que aborda correctamente os
problemas de mercado. Sem qualquer
mudança na procura entre produtos de
base solvente e produtos aquosos, esta
proposta efectuará uma redução da
emissão de COV na Europa de cerca de
45%.
1 1
UU m a a b o r d a g e m e u r o p e i a
A PROPOSTA DO CEPE
dos produtos aquosos equivalentes.
Atendendo à tecnologia actual, o estabe-
lecimento dos novos limites conduz, na
prática, ao fim dos produtos de base
solvente.
Em algumas categorias, ex. tintas de
interior e exterior para caixilharias e
paineis de madeira ou de metal, os
limites para os produtos de base solven-
te requerem efectivamente o uso de
tecnologia com alto teor em sólidos.
Algumas categorias, ex. primários de
aderência, permitem o uso continuado
dos produtos existentes de base solven-
te. Nestas categorias, os produtos
baseados nas tecnologias alternativas
não preenchem as exigências dos utiliza-
dores finais. Além disso, estas categorias
de produtos contribuem apenas de uma
forma muito limitada para a emissão de
COV.
A proposta reduz os limites de COV em
duas fases. Esta abordagem apresenta
um número de vantagens, incluindo o
faseamento do trabalho técnico,
minimizando as consequências económi-
cas e permitindo um maior tempo de
adaptação aos novos produtos por parte
dos utilizadores.
Os limites de COV estabelecidos para os
produtos de base solvente na primeira
fase são mais elevados do que na
A proposta do CEPE foi formulada tendo
em conta os seguintes princípios:
● Ser aplicável aos sectores profissio-
nal e DIY do mercado.
● Ter em conta as diferenças significa-
tivas existentes na Europa.
● Ser independente da tecnologia,
tendo em consideração os produtos
aquosos e os produtos de base
solvente.
● Ser simples e compreensível.
Nesta proposta o mercado é dividido em
categorias de produtos. São estabeleci-
dos limites de COV para os produtos
aquosos e de base solvente.
Em algumas categorias, por ex. paredes
interiores e tectos, o uso continuado dos
produtos de base solvente tradicionais já
não tem uma completa justificação e por
isso os limites estabelecidos para estes,
nestas categorias, estão ao mesmo nível
segunda fase. Isto justifica-se principal-
mente para permitir o uso, na fase 1, dos
corantes actualmente existentes adicio-
nados às tintas quando misturados na
loja. Os corantes usados nesta operação
contêm geralmente solventes, sendo
apropriado incluir a sua contribuição
para a emissão total.
Por exemplo, existem várias expressões
que poderiam ser usadas para quantifi-
car o teor de COV de um dado produto.
Cada uma tem as suas vantagens e
desvantagens, mas após muita reflexão o
CEPE recomenda, para as tintas decorati-
vas, a expressão do teor de COV em
gramas por litro de tinta pronta a utilizar.
Esta expressão é facilmente entendida
por pessoal não técnico e técnico e é
facil de calcular e verificar. Além disso,
permite o cálculo rápido da emissão de
COV de qualquer quantidade de tinta
decorativa.
Através da consideração dos problemas
e uso apropriado das várias opções
disponíveis para a redução de COV, a
proposta do CEPE garante que a redução
de COV ocorra onde for técnica e
Para alcançar os limites finais de COV
para os produtos aquosos, os solventes
nestes corantes terão de ser reduzidos
significativamente ou eliminados. Muitos
dos sistemas tintométricos correntemen-
te em uso nos estabelecimentos não
serão compatíveis com os novos
corantes e terão de ser modificados ou
substituídos. Os custos e o tempo
necessário associados a estas mudanças
significam que a redução associada não
pode ser totalmente alcançada na
primeira fase.
A proposta também dá todas as
definições necessárias, às quais foi dada
uma consideração cuidadosa. Para ter
sucesso, qualquer definição dada precisa
ser fácil de compreender, firme, e
quando apropriado e possível, compatível
com qualquer outra legislação e iniciati-
vas Europeias.
economicamente viável. Permite aos
nossos clientes continuar a usar
produtos de base solvente onde forem
genuinamente necessários, assegurando
assim que a qualidade exigida pelo
mercado é mantida. Minimiza as
consequências económicas e estabelece
objectivos que podem ser atingidos pela
indústria em geral e não apenas pelos
grandes fabricantes.
No entanto, ao mesmo tempo, permite
uma mudança progressiva e controlada
para produtos com baixo teor em COV
onde for possível.
1 2
1 3
3. A legislação permitirá uma maior
publicidade às mudanças requeridas
e envolvimento dos utilizadores: Isto
resultará num melhor impulsio-
namento do mercado para os novos
produtos.
A proposta do CEPE é apropriada tanto
como base de um acordo voluntário da
indústria como para legislação. No
entanto a maneira mais eficaz de
implementar esta proposta é sob a
forma de legislação Europeia
harmonizada.
As razões pelas quais a legislação terá
mais sucesso do que um acordo
voluntário são as seguintes:
1. Não há nenhum mecanismo
apropriado pelo qual um acordo
voluntário possa ser implementado,
dado existirem 3000 fabricantes de
tintas decorativas na Europa, muitos
dos quais não estão representados
por nenhuma associação comercial.
2. Os produtos de substituição serão
muito diferentes dos produtos
correntes e um acordo voluntário
resultaria inevitavelmente na preser-
vação de alguns produtos antigos no
mercado por parte de alguns
fabricantes, arruinando assim os
esforços daqueles que mantêm o
acordo.
Similarmente, uma abordagem
Europeia harmonizada terá mais
sucesso porque:
1. há consequências económicas
consideráveis resultantes das
mudanças. Estas devem ser resolvi-
das num contexto global Europeu e
podem ser minimizadas por uma
abordagem harmonizada.
1. uma série de iniciativas distintas a
nível nacional enfraquecerá os
esforços da indústria e conduzirá à
confusão na indústria e entre os
utilizadores.
As mudanças significativas nos
produtos afectarão fabricantes de tintas
decorativas, fornecedores de matérias
primas, revendedores e utilizadores
finais de várias formas e embora o
detalhe da proposta minimise o efeito, o
espaço de tempo entre as duas fases
será crítico para uma implementação
bem sucedida. A conclusão da segunda
fase em 2010 constituirá um objectivo
ambicioso mas realista.
II m p l e m e n t a ç ã o
IMPLEMENTAÇÃO DAPROPOSTA DO CEPE
TIPO DE PRODUTO TIPO/ TEOR MÁX. COV G/L
NÍVEL DE BRILHO FASE 1 FASE 2
Tintas para paredes e tectos interiores Aquosa
Brilho <25@60° 75 30
Base solvente
Brilho <25@60° 400 30
Aquosa
Brilho ≥25@60° 150 100
Base solvente
Brilho ≥25@60° 400 100
Tintas para paredes exteriores de alvenaria e Aquosa 75 40
substratos minerais Base solvente 450 450
Tintas para madeira ou metal, remates e Aquosa 150 130
guarnições para interiores e exteriores Base solvente 400 300
Tintas transparentes, vernizes e protectores Aquosa 150 130
coloridos semi-transparentes e opacos para Base solvente 500 400
madeira ou metal, para interiores e exteriores
Protectores coloridos de poder enchedor Aquosa 150 130
mínimo para interiores e exteriores Base solvente 700 700
Primários com propriedades selantes ou de Aquosa 50 50
bloqueio para utilização em madeira ou em Base solvente 450 350
paredes e tectos
Primários fixadores para estabilizar substratos ou Aquosa 50 50
conferir propriedades hidrófobas Base solvente 750 750
Tintas de alto desempenho de 1 componente Aquosa 140 140
Base solvente 600 600
Tintas de alto desempenho de 2 componentes Aquosa 140 140
(secagem por reacção) Base solvente 550 500
Tintas multi coloridas Aquosa 150 100
Base solvente 400 100
Tintas de efeitos decorativos Aquosa 300 200
Base solvente 500 200
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P r o p o s t a d o C E P E : c a t e g o r i a s d e p r o d u t o s e l i m i t e s
1 5
DTinta de base solvente
Tinta cuja viscosidade é ajustada com
solvente orgânico.
Protector colorido (lasure)Uma tinta que origina uma película
transparente ou semi-transparente para
decoração e protecção contra os
agentes atmosféricos e que permite
manutenção fácil. Estes produtos
podem conter biocidas para proteger a
película ou a madeira do azulamento e
de bolores. Em alguns países o termo
protector colorido opaco usa-se para
significar uma tinta aplicada de forma a
que a estrutura superficial da madeira
se mantenha visível.
Protector colorido depoder enchedor mínimo Protector Colorido que tem, de acordo
com EN 927-1: 1996, uma espessura
média inferior a 5 µm quando testada
segundo o método 5A da ISO
2808:1997.
Tintas de alto desempenho(«high performance»)Tinta cujo comportamento é superior ao
das tintas decorativas convencionais e
que se destina a uma ou mais das
seguintes finalidades:
Tintas decorativasTintas que são aplicadas nos edifícios,
remates, guarnições e estruturas
associadas com fins decorativos,
funcionais e de protecção. São aplica-
das em obra por aplicadores profissio-
nais ou por particulares. As tintas de
protecção de alto desempenho estão
explicitamente excluídas desta
definição.
Tintas de protecção dealto desempenho («highperformance»)Tintas funcionais usadas para preservar
a integridade estrutural de estruturas e
equipamentos industriais, tubagens,
instalações fabris e edifícios da deterio-
ração pela exposição à água, agentes
químicos ou atmosféricos. São aplica-
das por utilizadores profissionais em
oficina/estaleiro ou em obra.
COVCompostos orgânicos voláteis usados
ou associados ao uso de tintas decora-
tivas e que tenham um ponto de
ebulição inicial à pressão normal, igual
ou inferior a 250ºC.
Teor de COVO teor em COV, expresso em gramas de
COV por litro, contido numa tinta
decorativa pronta a utilizar, incluindo
todos os corantes e diluentes.
Tinta aquosaTinta cuja viscosidade é ajustada com
água.
● Pavimentos
● Assegurar padrões de higiene na
indústria alimentar ou de bebidas
ou em serviços de saúde
● Resistência aos graffiti
● Retardar fogo
● Resistência à corrosão
Tintas multi coloridasTintas especiais adequadas para se
obter um efeito a dois tons ou multi
colorido, directamente a partir da
aplicação base, por pulverização, a rolo
ou trincha. Geralmente aplicado a
substratos de grandes dimensões.
Tintas de efeitos decorati-vosTintas especialmente concebidas para
obtenção de efeitos estéticos especiais.
Aplicam-se geralmente sobre substra-
tos pré-pintados ou bases («base
coats»), durante o período de secagem,
com o auxílio de utensílios variados (por
ex. esponja, pano, espátula, rolo especi-
al, pente, trincha, etc.). Para se
conseguir um efeito homogéneo em
grandes áreas, é necessário que a
película não seque demasiado rápido.
D e f i n i ç õ e s
DEFINIÇÕES DE TERMOS E CATEGORIAS
Avenue E. Van Nieuwenhuyse 4BE-1160 BrusselsTel: +32 (0)2 676 7480Fax: +32 (0)2 676 7490E-Mail: [email protected]: www.cepe.org