Daniel - Lição 11 - o Homem Vestido de Linho - (Dn 10) - Subsídios
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LIÇÃO 11 – O HOMEM VESTIDO DE LINHO (Dn 10)
SUBSÍDIOS PARA OS PROFESSORES DA EBD-ADEJA
ESBOÇO
Introdução:
1. Última visão de Daniel; gradação na experiência espiritual (Antônio);
2. A auto-disciplina de oração e jejum de Daniel (Baldwin, Hernandes);
3. Teofania (Elienai);
4. Soberania de Deus (Baldwin).
I:
1. A vida devocional de Daniel lhe proporcionava grandes revelações da parte de
Deus (Elienai, Baldwin); 1.1,2
2. O motivo da tristeza de Daniel (Boyer, Hernandes); 1.3
II:
1. A data da visão, Páscoa (Elienai);
2. O homem vestido de linho (Elienai); 2.1
3. Comparação do que ocorreu com Daniel e Paulo e seus respectivos
companheiros (Antônio, Hernandes).
III:
1. Doutrina dos anjos – Principados, territorialidade, anjos bons e maus (Elienai,
Shedd, Antônio, Pfeiffer, Joiner); 2.3, 3.2
2. Doutrina da oração (Boyer, último § Hernandes, Pfeiffer, Champlin); 3.3
3. A fraqueza do homem diante das revelações de Deus e o fortalecimento
proporcionado pelo toque do anjo (Baldwin, Boyer, Hernandes). 2.2, 3.1
INTRODUÇÃO
1. BALDWIN: “Como a revelação anterior, também esta é prefaciada por auto-
disciplina e jejum da parte de Daniel; mas aquele que lhe aparece, embora
sendo descrito como "um homem", é mais radiante do que Gabriel e maior do
que Miguel, e tem poder para fortalecer a Daniel (11:1). Longe de estar
2
enlevado pela visão, Daniel vê esvair-se toda a sua força, não consegue falar,
perde mesmo a sua consciência. Três vezes ele precisa ser tocado pelo seu
visitante celestial antes de estar pronto para receber a revelação que lhe foi
destinada. Tal reação não está confinada a contextos apocalípticos (Dt 5:26; At
9:8; 22:11), sendo uma salutar lembrança da majestade de nosso Deus e da
espantosa condescendência que representa a encarnação. (...)
20, 21. A guerra celestial será dirigida primeiramente contra a Pérsia e a
Grécia, porque ambos terão poder sobre o povo de Deus. Embora este esteja
aparentemente indefeso, não obstante, tem do seu lado o mensageiro divino,
que é assistido por Miguel. O conflito será de proporções tais que chegará a
causar dúvidas quanto a se o povo de Deus conseguirá sobreviver, e a visão
tempo por propósito transmitir uma certeza inabalável de que, por mais
desesperadora que seja a situação, Deus tem o controle sobre ela de maneira
tão completa que pode até revelar a seqüência dos acontecimentos antes de
estes terem lugar. De fato, eles já estão inscritos no Seu livro (ARA:
"escritura") da verdade, o que, embora figurativo, expressa de um modo muito
próprio o controle e conhecimento que Deus tem do passado, presente e futuro
(SI 139:16: MI 3:16), pois eles estaco oficialmente lançados em seus
registros”.
2. BOYER: “Humilhar-se e lutar em oração a favor do próximo, que muitas vezes
é dominado pelas potestades invisíveis do ar (Ef 6.12), a ponto de não poder
fazer a vontade de Deus (v. 13; 1 m 2.1,2). Temos a mesma promessa feita a
Daniel, a de alcançar vitória em oração e pranto contra esses seres, que para os
homens são invencíveis”.
3. ANTÔNIO GILBERTO: “Estes três capítulos finais de Daniel revelam a
culminância da crescente experiência espiritual do profeta, a qual é para todos
nós um chamamento para uma vida profunda com Deus. De início, ele
interpretou os sonhos e eventos de outros (caps. 2,4,5). A seguir, descreve
visões suas (cap. 7). Depois é transportado em visão a outra terra (cap. 8). A
isso segue-se a visita de um dos mais celebrados anjos (cap. 9). Por fim o
profeta vê em visão o próprio Filho de Deus na sua preencarnação (cap. 10).
2
3
Foi portanto uma experiência espiritual sempre crescente. Assim deve ser a de
cada um de nós”.
4. HERNANDES DIAS LOPES: “Daniel é um dos maiores exemplos de oração
que temos na Bíblia. Ele ora com seus amigos, e os magos são poupados da
morte (Dn 2.17,18). Ele ora com as janelas abertas para Jerusalém, e Deus o
livra da cova dos leões (Dn 6.10). Ele ora confessando seu pecado e os pecados
do povo, pedindo a restauração do cativeiro babilônico (Dn 9.3). Agora, Daniel
ora novamente em favor de sua nação (Dn 10.1-3)”.
5. ELIENAI CABRAL: “O título desse capítulo desperta curiosidade porque
apresenta uma figura que revela alguém singular, diferente de todas as figuras
de linguagem que ilustra o próprio Deus e, que, de forma teofânica, indica a
Pessoa de Jesus Cristo. Era, de fato, a revelação do Cristo pré-encarnado, que
corresponde com a visão de Ezequiel (Ez 1.26) e depois, no Novo Testamento,
com o Apocalipse de João (Ap 1.12-20). Em todo este capítulo, "o homem
vestido de linho" é o personagem central das revelações feitas a Daniel.
Temos que considerar que os três últimos capítulos desse livro trazem a última
visão e revelação que Daniel teve da parte de Deus. O capítulo 10 se constitui,
de fato, numa preparação para a revelação que Deus queria dar a Daniel”.
I – UMA VISÃO CELESTIAL (Dn 10.1-3)
1. ELIENAI CABRAL: “I - A SENSIBILIDADE ESPIRITUAL DE DANIEL
(10.1-3) Indiscutivelmente, Daniel é um dos modelos de vida devocional mais
importante da Bíblia. Ele soube conciliar sua atividade palaciana com a sua
vida devocional. No exílio, mesmo servindo a reis pagãos, Daniel não se
descuidou de estar em oração, três vezes por dia. Ele não estava em Jerusalém
para adorar ao Senhor no Templo, mas fazia do seu quarto de dormir o seu
altar de adoração e serviço a Deus através da oração. Foi desse modo que ele
teve as grandes revelações dos desígnios de Deus para o seu povo.
“Foi revelada uma palavra a Daniel" (10.1). A palavra revelação significa,
essencialmente, trazer à luz alguma coisa nova. A Daniel foi revelado coisas
extraordinárias acerca do seu povo e acerca de coisas futuras, não apenas
concernentes a Israel, mas abrangentes a todo o mundo, inclusive à igreja.
Porém, nos capítulos 10, 11 e 12, toda a revelação fala de fatos que 3
4
acontecerão "nos últimos dias" Daniel, era um homem sensível à voz de Deus,
comprometido com a verdade e que dizia apenas o que Deus ordenasse. Daniel
não enfeitava a profecia. As figuras de linguagem utilizadas por Deus para
ilustrar as revelações eram extremamente fiéis ao que Deus queria revelar”.
2. BALDWIN: “A verdade da palavra é enfatizada, mas envolvia grande conflito;
esta expressão enigmática se refere à luta e ao esforço envolvidos em
compreendê-la. Custou muita fadiga e sofrimento (cf. Is 40:2, "milícia"); "o
tempo determinado era longo" (AV) provém de uma interpretação rabínica. Tal
custo pessoal para o vidente pode ser comparado com o "fardo" (ARA:
"sentença") de Zacarias 9:1; 12:1 (AV, RV). Enquanto antes Daniel havia dito
expressamente que não tinha compreendido a visão (8:27), à luz desta
revelação ele passa a entender tanto a palavra falada como a visão, mas a visão
deste capítulo (versículos 5, 6) não necessita de compreensão no mesmo
sentido que as outras. Evidentemente Daniel pressupôs que todas as visões
tinham relação com o mesmo assunto”.
3. BOYER: “Estive triste por três semanas completas (v. 2). Daniel se humilhava
(v. 12), orava e jejuava porque os samaritanos tinham levantado uma
perseguição contra os judeus que estavam reconstruindo o Templo em
Jerusalém, conseguindo um decreto do rei para que a obra parasse (Ed 4). (...)
Quanto mais perto estamos de Cristo, tanto mais sentimos a infidelidade do
próximo e queremos por este interceder (Rm 9.1-3)”.
4. HERNANDES DIAS LOPES: “Daniel, contudo, mesmo distante, aflige sua
alma e chora pelo povo. Os fardos do povo de Deus precisam pesar em nosso
coração. Jamais seremos verdadeiros intercessores a não ser que sintamos o
peso das aflições do povo sobre nossos ombros. (...) Daniel jejua e ora por duas
razões: muitos judeus haviam se esquecido de Jerusalém e mostravam pouco
interesse em voltar do exílio; os poucos que voltaram, enfrentavam
dificuldades sem precedentes para reconstruir o templo e a cidade. Os
samaritanos haviam apelado ao rei da Pérsia e a obra ficou paralisada. Parecia
que os poucos que haviam retornado, fizeram-no sem um verdadeiro motivo.
Parecia que tudo fora em vão. Por essa razão, Daniel orava e jejuava”.
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II – A VISÃO DO HOMEM VESTIDO DE LINHO (Dn 10.4-9)
1. ELIENAI CABRAL: “’e no dia vinte e quatro do primeiro mês’ (10.4). Esse
era o mês de Nisan (março-abril) e Daniel cita esse dia para declarar que era o
final das três semanas que ele esteve confinado em oração e jejum. Essa data
envolvia os dias da celebração da Páscoa em Israel, que era o dia em que Deus
havia tirado Israel da escravidão egípcia. Neste contexto de oração e jejum,
Daniel se lembra da sua vida de juventude há setenta anos atrás quando, em
Jerusalém, podia celebrar com alegria a Páscoa e, naquele momento que estava
vivendo, estava fora da sua terra. Isso tudo o levou a um profundo sentimento
de recordações e de oração pela restauração do seu povo. (...)
"e eis um homem vestido de linho" (10.5). Deus sempre utilizou figuras de
linguagem que pudessem aclarar suas revelações. O "homem vestido de linho"
que lhe aparecera era literal, ainda que de forma magnífica e angelical.
Segundo alguns estudiosos, esse "homem" pode ser uma aparição teofânica do
próprio Cristo, cuja descrição pode ser comparada a visão que João, o apóstolo,
teve na Ilha de Patmos (Ap 1.13-16). Ora, uma teofania significa Deus
manifestando-se, tomando formas distintas para falar com o homem. Na Bíblia,
temos teofanias (manifestações de Deus) e temos angelofanias (manifestações
angelicais). Geralmente, essas manifestações são com formas humanas. No
caso da experiência de Daniel, quem poderia ser: um anjo ou o próprio Deus?
Alguns exegetas não veem o "homem vestido de linho" como uma teofania,
mas insistem em que o personagem é o de um ser angelical. Porém, o contexto
bíblico fortalece a ideia de que seja, de fato, o próprio Deus manifestando-se de
modo pessoal e visível como "um homem" a Daniel”.
2. ANTÔNIO GILBERTO: “O versículo 7 mostra que podemos ver e ouvir algo
de particular da parte de Deus, sem que ninguém mais veja ou ouça. Fato
parecido aconteceu a Paulo, quando da sua conversão na estrada de Damasco:
"Os que estavam comigo, viram a luz, sem contudo perceber o sentido da voz
de quem falava comigo" (At 22.9). Isso acontece ainda hoje, segundo a
vontade e o plano de Deus.
3. HERNANDES DIAS LOPES: “Em segundo lugar, ele passou por profundo
quebrantamento (v. 8). Quando Daniel ficou sozinho diante do ser celestial, seu
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corpo enfraqueceu. Daniel cai prostrado diante do fulgor do anjo. Diante da
manifestação da glória de Deus os homens se prostram e se humilham. A glória
de Deus é demais para o frágil ser humano suportar”.
III – DANIEL É CONFORTADO POR UM ANJO (Dn 10.10-21)
1. ELIENAI CABRAL: “Na criação dos anjos o Criador os classificou em
categorias especiais de serviços (CI 1.16). Os anjos não são meras figuras de
retórica. Eles são seres criados por Deus para executarem a vontade divina.
Eles existem para cumprirem os interesses de Deus no universo. O autor da
Carta aos Hebreus diz que os anjos são "espíritos ministradores, enviados para
servir a favor dos que hão de herdar a salvação" (Hb 1.13,14). Da mesma sorte,
os espíritos que se rebelaram e acompanharam a Lucifer na sua rebelião contra
Deus, os quais denominamos como "anjos caídos" obedecem as ordens do seu
chefe, Satanás (Is 14.12-15; Ap 12.7-12; Mt 25.41). Eles são realidades
invisíveis e muito atuantes no mundo que se opõe contra toda a obra de Deus
( Ef 2.2; 6.12; Cl 1.13,16).
Existem opiniões de que o ser espiritual do versículo 5 é o mesmo que fala com
Daniel nos versículos 10-12. Outros entendem que são dois seres angelicais. O
primeiro ser angelical do v. 5 e uma teofania, ou seja, uma aparição especial de
Deus a Daniel. O segundo ser angelical dos vv. 10-12 a visto como um anjo
com poderes delegados por Deus para consolar o coração de Daniel e lhe
revelar acerca do conflito angelical nos céus por causa da oração de Daniel.
(...)
"o príncipe do reino da Pérsia" e "o príncipe do reino da Grécia". (10.13,20).
Subtende-se que Satanás designou dois dos seus anjos para influenciarem os
reis da Pérsia e da Grécia e colocá-los contra o povo de Deus, Israel. No
contexto do conflito no céu do capitulo 10, essas figuras procuraram impedir e
resistir ao anjo Gabriel, mensageiro de Deus que tinha a resposta a oração de
Daniel. Deus enviou o arcanjo Miguel, defensor dos interesses divinos para
com Israel, a fim de possibilitar o cumprimento da missão do anjo Gabriel.
Satanás tem sua própria organização angelical e esse texto indica que ele
estabelece categorias de comandos. No caso do texto de Dn 10.13,20, Satanás
incumbe anjos perversos com poder delegado para agir contra as nações do
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mundo. Sic) espíritos que assumem territórios, e alguns teólogos, interpretam
esta ação demoníaca como ação de "espíritos territoriais", que exploram
culturas e crendices para aprisionar mentes e corações contra a possibilidade de
conhecerem o Deus Verdadeiro. Segundo Paulo, esses espíritos atuam nas
regiões celestiais para resistirem e criarem obstáculos a obra de Deus e a
realização da sua vontade”. (...)
São espíritos territoriais. Alguns dos nossos teólogos rejeitam a expressão
"espíritos territoriais", mas não podem negar a existência de demônios
designados pelo Diabo para interferirem e regerem sobre aquelas nações. E
interessante notar que "o homem vestido de linho" que falava com Daniel
declarou que Miguel, o anjo de Deus, era o "príncipe" de Israel, para defender e
proteger os interesses de Deus na vida desse povo (Dn 12.1). (...)
(10.18,19) Daniel foi confortado pelo anjo. Daniel descobriu que os opositores
da obra em Jerusalém, não eram apenas os samaritanos e palestinos que se
opunham contra tudo, mas tinha por trás de toda essa oposição, a ação de
demônios. Mas Daniel confortado pelo anjo quando lhe diz que "em muito
amado" por Deus. (10.20) O anjo revela a Daniel que "o príncipe da Grécia" na
figura de um dos espíritos satânicos também se levantaria para se opor ao povo
de Deus num tempo bem próximo daquele que ele, Daniel, estava vivendo. A
revelação foi feita ainda dentro do período do Império Medo-persa, mas logo
passaria, e outro império haveria de surgir, suplantando o medo-persa, que era
o Império Grego. Aquele anjo embaixador de Deus anunciou a Daniel que ele
enfrentaria as milícias espirituais com o apoio de Miguel, o príncipe de Deus a
favor de Israel. A grande lição que aprendemos com este capítulo é que no
mundo temos uma guerra espiritual sobre as nossas cabeças. Trata-se de uma
guerra invisível, mas temos a promessa da vitória porque Deus cumpre a sua
Palavra”.
2. BALDWIN: “10-12. A mão que tocou a Daniel transmitia força e capacitou-o
a se mover da posição prostrada em que se encontrava, tal como a palavra de
comando para ficar em pé. As ordens de Deus já trazem consigo a capacitação
necessária, mas ser nomeado como recebedor de uma mensagem divina
especial era sem dúvida um privilégio muito caro. A notável expressão homem
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muito amado (cf. 9:23; 10:19) significa "alguém em quem Deus tem prazer".
Poucas pessoas são assim descritas nas Escrituras: Abraão foi chamado "amigo
de Deus" (II Cr 20:7; Is 41:8; Tg 2:23), mas não, tanto quanto sabemos, em seu
próprio tempo de vida; Maria foi saudada como tendo achado graça diante de
Deus (Lc 1:28, 30); acima de todos, o Servo do Senhor era aquele em quem
Ele tinha o Seu prazer (Is 42:1; Mt 3:17). E, para cada urna dessas pessoas, o
sofrimento foi inevitável. (...)
15-17. Apesar do toque fortalecedor do v. 10, Daniel se encontrava novamente
prostrado, e ainda por cima mudo (cf. Sl 39.9). Ele estava literalmente privado
da capacidade de falar até receber um segundo toque sobrenatural, desta vez
nos seus lábios, sendo-lhe dado de novo o poder para falar. Dores, usualmente
a palavra usada para o trabalho de parto, também usada, porém, em sentido
metafórico (Is 213), implica pelo menos em alguma "coisa nova" como
conseqüência do sofrimento.
3. BOYER: “O grande desejo de Deus é que o crente ore. Veja como Daniel em
oração era um homem “mui amado” (9.23; 10.11). Deus chama a atenção do
universo para aquele que está orando: “Desde o primeiro momento foram
ouvidas as tuas palavras”. Deus não chamou a atenção para o zelo maravilhoso
de Saulo, nem para a sua grande sinceridade, ou mesmo para a sua justiça legal
(Fp 3.4-6) , mas levou Ananias a notar como ele orava (At 9.11). (...)
O príncipe do reino da Pérsia se pôs defronte de mim (v. 13). Queremos notar
quatro pontos: (1) esse príncipe não era o rei ou qualquer oficial na terra,
porque o anjo não podia vencê-lo sem o auxílio do arcanjo Miguel; (2) assim
como Deus tem anjos, Satanás também os tem (Mt 25.41; Ap 12.7); (3) os
filhos de Deus têm de lutar não contra homens visíveis, mas contra hostes de
anjos iníquos e espíritos malignos que infestam a atmosfera terrestre (Ef 6.12).
Tais potestades do ar são chefiadas por Satanás (Ef 2.2); (4) não se podem
vencer esses seres invisíveis com armas carnais (2 Cr 10.4). Isso quer dizer que
não podemos empregar armas de fogo, espadas de aço, gases asfixiantes ou
bombas atômicas, nem a astúcia da política. Não se vence o mal com o mal.
Ganharemos a vitória com a Palavra de Deus, a oração e toda a armadura de
Deus (Ef 6.10-19).
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4. ANTÔNIO GILBERTO: "o príncipe do reino da Pérsia" (v. 13). Esse príncipe
não era de origem terrena. Tratava-se de um anjo diabólico tão forte, que a
vitória, no caso aí abordado, só foi decidida quando Miguel, o poderoso
arcanjo, entrou em ação e assim a resposta da oração chegou a Daniel. Houve
pois conflito no ar entre anjos bons e maus. Assim como Deus tem anjos que
protegem nações, Satanás também tem os dele, que operam, mas a seu modo.
Esse anjo mau da Pérsia controlava os destinos desse país, mas foi desbancado
pelos anjos de Deus. "E eu obtive vitória sobre os reis da Pérsia" (v. 13). (...)
Pelo fato de os anjos maus serem invisíveis, aqui no mundo geralmente
percebemos apenas os efeitos das suas ações, e não a causa, que são eles
mesmos. Assim sendo, não adianta combatermos os efeitos surgidos e sim a
causa, e somente teremos vitória nisso, na força do Senhor. (...)
O confortador celestial (10.15-19). Daniel ficou de fato fortalecido com a
assistência do anjo. Quando entre os seres humanos o crente não encontra
fortalecimento, os anjos de Deus lho podem dar. Três vezes está dito nos
versículos 18,19 que Daniel foi fortalecido. Que privilégio é termos os anjos de
Deus a nosso favor!
5. HERNANDES DIAS LOPES: Em terceiro lugar, Daniel experimentou
gloriosa consolação (v. 12). O Daniel que está prostrado ouve, agora, palavras
doces e encorajadoras. Ouve que é amado no céu (v. 11). Toma conhecimento
que suas orações foram ouvidas (v. 12). Ouve que o que é ligado na terra é
ligado no céu. Ouve que Deus aciona Seus anjos para atender Seus filhos
quando esses se pôe de joelhos em oração (v. 12b). Por isso, Daniel não deve
ter medo (v. 12).
A resposta à oração de Daniel foi imediata (v. 12). Daniel aplicou o coração
para compreender e para se humilhar diante de Deus. Nós temos feito isso?
Hoje as pessoas que julgam compreender querem ser grandes. (...)
A resposta foi também imediata (v. 12b). Deus não apenas respondeu a oração
de Daniel, mas destacou um anjo para trazer a resposta a ele. (...)
Daniel recebe três toques especiais de Deus. Em primeiro lugar, recebe o toque
para se levantar (v. 10-14). O anjo do Senhor toca em Daniel. Ele estava
prostrado com o rosto em terra e enfraquecido. Deus o levanta por meio de Sua 9
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voz e de Seu toque. Mas o que pode levantar esse homem? Saber que é amado
no céu (v. 11); saber que os céus se movem em resposta a suas orações (v. 12);
saber que o futuro está nas mãos de Deus (v. 14).
Em segundo lugar, recebe o toque para abrir a boca e falar (v.16,17). Daniel é
tocado nos lábios como Isaías. Quando é tocado, ele sente dores (como de
parto). Ele se sente fraco e desfalecido. Apenas aqueles que se quebrantam
diante de Deus têm poder para falar diante dos homens. Daniel está extasiado
diante do fulgor da revelação do anjo que o tocou (v. 17). Apenas podem falar
com poder aos homens, aqueles que ficam em silêncio diante de Deus.
Em terceiro lugar, recebe o toque para ser fortalecido (v.18-21). O anjo de
Deus toca Daniel agora para o fortalecer. O anjo lhe diz: “Não temas” (v. 19).
O anjo reafirma que ele é amado no céu (v. 19). O anjo ministra paz àquele que
está aturdido por causa do fulgor da revelação. Duplamente o anjo lhe
encoraja: “Sê forte, e tem bom ânimo”. (...)
Não eram apenas os desencorajadores ou os samaritanos que se opunham à
obra, nem mesmo os reis persas que atenderam aos samaritanos, mas,
sobretudo, os anjos caídos (v. 13,20). Nossa principal guerra não é contra o
desânimo nem contra os homens, mas contra os principados e potestades. O
apóstolo Paulo diz que os homens não crêem porque o príncipe deste mundo
cega o entendimento dos incrédulos (2Co 4.4).
Esse precioso texto nos ensina, outrossim, sobre as armas apropriadas para
vencer esse conflito. Para ter vitória nesse conflito precisamos nos entregar à
oração, ao jejum, ao pranto e ao quebrantamento. Precisamos discernimento
para entender a luta que se trava no mundo visível e também no invisível.
Como Daniel, precisamos entender que há poder de Deus liberado por meio da
oração. Precisamos continuar orando, mesmo que a resposta demore a chegar
até nós, não obstante, já ter sido deferida no céu.
6. CHARLES PFEIFFER:
ANJO (hebraico malak e grego aggelos, “agente,” “mensageiro”).
Natureza e Hierarquia dos Anjos
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Os anjos são uma ordem sobrenatural de seres celestiais criados separadamente
por Deus antes da criação do mundo (cf. Jo 38.6,7) e chamados de espíritos
(Hb 1.4,14), Embora sem organismo corpóreo, foi-lhes permitido aparecer
frequentemente na forma de homem (Gn 19.1,5,15; At 1.11). As Escrituras os
descrevem como seres pessoais, mais elevados que a raça humana (Sl 8.4,5) e
não meras personificações. Eles não são seres humanos glorificados (1 Co 6.3;
Hb 1.14). Possuem mais do que conhecimento humano, mas ainda assim não
são oniscientes (2 Sm 14.20; 19.27; Mt 24.36; 1 Pe 1,12).
São mais fortes que os homens, mas não são onipotentes (Sl 103.20; 2 Pe 2,11;
2 Ts 1.7). Também não são onipresentes (Dn 10.12-14). As vezes são
capacitados para realizar milagres (Gn 19.10-11). O NT revela que existem
grandes multidões de anjos no céu (Mt 26.53; Hb 12.22; Ap 5.11), Os anjos
tem, individualmente, diferentes capacitações e hierarquias (veja Querubim;
Serafim), e são altamente organizados (Rm 8.38; Ef 1.21; 3.10; Cl 1.16), Dois
dos anjos mais importantes são Gabriel (Dn 8.16; 9.21; Lc 1.19,26) e Miguel, o
arcanjo (Dn 10.13,21; 12.1; Judas 9; Ap 12.7). Satanás era um dos querubins e
era chamado “querubim ungido para proteger” (Ez 28,14). Portanto, ele era um
dos mais elevados bem como um dos mais dotados dentre as hostes celestiais
(Ez 28.1315) até que caiu.
O Ministério dos Anjos
O trabalho dos anjos e variado. Seu principal papel no NT e o de mensageiros
ou porta-vozes divinos. Um anjo falou com Zacarias (Lc 1.11-20), com Maria
(Lc 1.26-38), com Jose (Mt 1.20-24; 2.13,19), com os pastores de ovelhas (Lc
2.9-15), com Cornélio (At 10.3,6,22), com Paulo (At 27.23), e com João no
Apocalipse. Anjos proclamam juízos divinos por todo o Apocalipse. Os santos
anjos permanecem na presença de Deus e o adoram (Mt 18.10; Hb 1.6; Ap
5.11,12). Eles ministram aos santos (Hb 1.14) dando assistência, proteção e
livramento (Gn 19.11; Sl91.11; Dn 3.28; 6.22; At 5.19); guiam-nos (At 8.26;
12.7-10); as vezes, trazem encorajamento (Dn 9.21; At 27.23,24); interpretam a
vontade de Deus (Dn 7.16; 10.5,11; Zc 1.9ss) e a executam com relação tanto
aos indivíduos quanto as nações (Gn 19.12-16; 2 Sm 24.16). (...) Eles são
instrumentos de Deus para punir seus inimigos (2 Rs 19.35; At 12.23) e punir
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ate mesmo o seu próprio povo (2 Sm 24.16). Um de seus grandes privilégios e
mostrar as características do céu aos remidos (Ap 21.9-22.6), por cuja
conversão eles se regozijaram (Lc 15.10).
Os anjos tiveram uma grande participação na vida de Cristo, aparecendo tanto
antes quanto apos o seu nascimento (Mt 1.20; Lc 1.30; 2.9,13), para fortalecê-
lo apos a sua tentação (Mt 4.11) e no jardim do Getsemani (Lc 22.43). Um anjo
rolou a pedra em sua ressurreição (Mt 28.2-7), e dois apareceram e
confirmaram seu retorno em sua ascensão (At 1.11). O Senhor Jesus poderia ter
solicitado a seu Pai 12 legiões de anjos para livrá-lo de seus inimigos (Mt
26.52).
Anjos Caídos
Os anjos malignos, dos quais Satanás e o príncipe (Jo 12.31; 14.30; Ef 2.2; cf.
6.12), se opõem aos bons (Dn 10.13), perturbam o bem-estar do homem as
vezes adquirindo o controle que Deus tem sobre as forças da natureza (Jo 1.12-
19) e as doenças (Jo 2.4-7; cf. Lc 13.16; At 10.38). Eles tentam o homem para
pecar (Gn 3.1-7; Mt 4,3; Jo 13.27; 1 Pe 5.8) e espalham falsas doutrinas (1 Rs
22.2123; 2 Co 11.13,14; 2 Ts 2.2; 1 Tm 4.1). No entanto, sua liberdade para
tentar e testar o homem esta sujeita a vontade permissiva de Deus (Jo 1.12;
2.6).
Embora eles ainda tenham a sua habitação no céu e, às vezes, tenham acesso ao
próprio trono de Deus (Jo 1.6), serão lançados a terra por Miguel e seus anjos
antes da Grande Tribulação (Ap 12.7-9), e finalmente serão lançados no lago
de fogo e enxofre “preparado para o diabo e seus anjos” (Mt 25.41). Os anjos,
como seres criados separadamente, não se casam nem se dão em casamento
(Mt 22.30; Lc 20.36). Em contraste, os homens são todos participarates da raça
humana e descenderam do primeiro casal, Adão e Eva. Deus, portanto, não
pode lidar com os anjos através de um representante e, sendo assim, os anjos
caídos não podem ser remidos por um comandante federal como o homem (por
exemplo, “em Adão” e “em Cristo”, Rm 5.12ss.; 1 Co 15.22).
Com que base Deus, então, separou os santos anjos (Mt 25.31; Mc 8.38)
daqueles que pecaram (2 Pe 2.4; cf. Judas 6)? Com base em sua obediência,
amor e lealdade a Ele. Aqueles que seguiram a Lúcifer em sua rebelião contra
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Deus (Is 14.12-17; Ez 28.12-19) desse modo pecaram e caíram. Alguns destes
foram colocados em cadeias eternas (Judas 6), mas os outros ainda estão livres
e ativos e são chamados de demônios. Aqueles anjos que continuaram firmes
em amor, lealdade e obediência a Deus foram confirmados em um caráter de
justiça. Assim, os anjos podiam pecar ou permanecer puros ate serem
totalmente testados e confirmados em justiça. Uma vez que Deus e imutável,
nos aprendemos disto que Adão e Eva da mesma forma poderiam ter amado a
Deus, permanecido leais a Ele, e lhe obedecido e sido confirmados em justiça;
ou se rebelado e pecado, como fizeram, e se perderem. A grande diferença
entre os anjos caídos e o homem e que, enquanto o homem pode ser salvo
através de um representante substituto, ou seja, Cristo, tomando-o como
Salvador e vindo sob seu comando total, os anjos caídos não podem. Cristo
teria que morrer uma vez para que cada anjo perdido e separado fosse salvo.
ORAÇÃO
O Vocabulário Bíblico
A terminologia da oração e rica e variada na Bíblia Sagrada. O termo geral
hebraico e tepilla, de uma forma do verbo palal; o termo grego e proseuche,
onde o passivo médio e proseuchomai. A ideia básica da palavra hebraica e a
intercessão, e da palavra grega e o voto, mas essa etimologia não e mais o
determinante de seu significado. As duas palavras podem ser usadas de forma
abrangente para qualquer tipo de solicitação, intercessão ou ação de graças. (...)
Outras expressões do AT são ‘‘suplicar” ou “procurar o favor” de Jeová {pi‘el
de hala, literalmente “tornar-se agradável a sua face”), “curvar-se em
adoração” (shaha), “aproximar-se” (nagash), “ver” ou “encontrar” para suplicar
(paga'), “implorar” (za‘aq) para reparar uma falta, “pedir” (sha’al), “suplicar”
vatkar) ou “comparecer perante a face do Senhor”. Alem de proseuchomoai,,
os autores do NT usam os termos “implorar” (deomai), “solicitar” (aiteo) ou
simplesmente “pedir” (erotao) quando se referem a oração. (...) Entre as
palavras mais especificas para oração estão entygkano (“interceder”),
proskyneo (“adorara, e eucharisteo (dar graças). (...)
Novo Testamento
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Jesus nos Sinóticos. A vida sinótica de Jesus e uma vida de oração,
especialmente em Lucas. Jesus tinha o habito de se retirar para um lugar
isolado a fim de orar, muitas vezes antes do nascer do sol e ate mesmo durante
toda a noite (Mc 1.35; Lc 5,16; 6.12). (...)
Os últimos dias de Jesus em Jerusalém, antes de sua paixão, foram divididos
entre o ensino diário no Templo e a oração noturna no monte das Oliveiras (Lc
21,37ss.). (...)
Esse comportamento tornou-se um modelo para a comunidade cristã primitiva
(cf. At 1.14,24; 2.42,46; 5.20,21,42; 6.4,6; 10.9; 12.5ss.;16.25; 20.7ss.), e o
próprio Senhor Jesus tomou-se, para o crente, o grande exemplo da oração
vigilante e sincera (cf. “Vigiai e orai”, Mc 14.38; Lc 21.36). Segundo Lucas,
ate mesmo duas de suas palavras na cruz são orações - palavras de intercessão
(23.34) e de confiança (23.46). A última, baseada no Salmo 31.5, equivale a
uma oração que o Talmude recomenda que os judeus fiéis façam todas as
noites antes de dormir (“Nas tuas mãos, entrego o meu espírito”, Berakoth 5b).
Inicialmente, parece que o Senhor Jesus não havia ensinado seus discípulos a
participarem de sua vida de oração, ao contrario de João Batista e outros
mestres religiosos (Lc 5.33). Mas quando pediram (Lc 11,1), Ele ensinou-lhes
a oração do “Pai Nosso”, que veio a ser chamada de “Oração do Senhor” (Mt
6.913; Lc 11.2-4). (...) A menção direta do “Pai” (Lc 11.2) torna toda essa
oração especialmente crista. Não se trata de uma oração que une os homens de
todas as crenças, mas ela e distintamente a oração daqueles que são “filhos de
Deus” através e Jesus Cristo (cf, a forma aramaica do verbo “Aba” que aparece
em duas grandes passagens relacionadas a “adoção”, a saber, Romanos 8.15 e
Gálatas 4.6). Dessa forma, o Senhor Jesus transferiu aos discípulos a especial
consciência de Deus como “Pai”, o que para eles se tornou a base de toda a
suplica (cf. Jo 20.17). Sua própria oração no Getsemani e um eco da oração ao
da oração ao “Pai” em diversos pontos (por exemplo, “Aba”, “tentação”, “Seja
feita a tua vontade”).
O Senhor Jesus advertiu contra a hipocrisia, a incoerência e a monotonia das
orações (Mt 6.5-8), mas não contra a ousadia ou a persistência. Embora Ele
insista que o “Pai sabe o que vos e necessário antes de vos lho pedirdes” (Mt
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6.8; cf. v. 32), Jesus recomendou a insistência em duas de suas parábolas (Lc
11.5-13; 18.1-8), especialmente em relação as realidades do Espirito Santo
(11.13), e a vindicação finai (18.7ss.). A determinada expectativa da
consumação, enunciada por Jesus em “Venha o teu reino” tem o seu eco no
termo maranata” de 1 Coríntios 16.22 e na expressão equivalente “Ora, vem,
Senhor Jesus”, de Apocalipse 22.20.
Outras ênfases memoráveis no ensino de Jesus sobre a oração são: ta) Sua
exclusão de toda ansiedade quanto as coisas materiais (Mt 6.11,19-34); (o) Sua
radical garantia de que a oração do crente será atendida (Mt 7.7; 18.19; Mc
11.23ss.); e (c) Sua inseparável ligação entre a oração e o perdão (Mt 6.12,14;
7.1-12; 18.15-22; Mc 11.25; cf. Mt 5.23ss.). No homem, a relação entre a
oração e Deus depende de sua relação com os outros homens; o perdão vem
pela oração, e se não houver um perdão mutuo, a própria oração será ineficaz.
(...)
Em seu discurso de despedida, Jesus deu aos discípulos varias garantias de
resposta a oração (14.13ss.; 15.7,16; 16.23ss.). Essa oração e feita “em nome
de Jesus" (cf. “segundo sua vontade”, 1 Jo 5.14) e representa uma das bênçãos
que se tornou possível pelo fato de Jesus ir "para o Pai” (14.126; 16.24-28).
Essa promessa não e uma forma de mágica pela qual o homem manipula Deus
de acordo com seus próprios desejos, mas e sempre qualificada pela vontade de
Deus ou pelo nome de Jesus Cristo. Paulo e Judas teriam acrescentado que ela
diz respeito a oração que esta sendo elaborada dentro do crente pelo Espirito
(Ef 6.18; Jd 20).
7. CHAMPLIN:
Ensinamentos de Jesus sobre a oração:
“a. Jesus enfatizou a paternidade de Deus, o qual é retratado como generoso
para com os seus filhos (ver Mat. 7:7-11). b. O indivíduo se reveste de grande
valor perante Deus, pelo que também pode esperar a resposta para as suas
orações (ver Mat. 10:30; 6:25 e SS, e 7:7-11). c. A verdadeira oração é
espiritual, e não formal (ver Mal. 6:5-8). d. Há grande poder na oração, pelo
que também deve ser usada perseverantemente. (Ver Mar. 11:23 e Mat. 7:20).
e. A oração deve ser feita com fé (ver Mat. 17:20). f. A oração deve ser
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perseverante (ver Luc. 18:1-8). g. A oração precisa ser governada com uma
disposição amorosa e perdoadora (ver Mal. 18:21-35). h. A oração pode
envolver coisas práticas e terrenas (ver Mat. 7:6-11 e 6:11). i. A oração visa
também elevadas realidades espirituais (ver o décimo sétimo capitulo do
evangelho de João). j. A oração pode solicitar força espiritual (ver Mat.
6:13)."1. A oração tem por escopo o avanço na direção do reino de Deus sobre
a terra e sua - final inauguração (ver Mat. 6:10,13). m. O próprio Jesus nos
deixou o exemplo mais elevado de uma vida de oração (ver Luc. 5:15; 6:12;
João 12:20-28 e 17:6-19)”. (...)
Outros conceitos neotestamentários sobre a oração: a. O livro de Atos frisa a
natureza coletiva da oração, como também o faz o trecho de Tia. 5:13-18.
Paulo enfatiza a mesma verdade em Efé. 6:18. A igreja cristã nasceu dentro da
atmosfera da oração (ver Atos 1:4), pois em resposta à oração é que o Espírito
Santo veio sobre a comunidade da igreja (ver Atos 1:4 e 2:4). Em períodos de
crise, a igreja apelou para a oração (ver Atos 4:21 e ss). b. A igreja cristã,
mediante os seus lideres, sempre se| dedicou à oração (ver Atos 9:40; l0:9;
16:25 e 2828). A oração deve ser praticada em benefício da comunidade cristã
(ver Atos 20:28.36 e 21 :5). c. A oração é possível por causa do nosso Sumo
Sacerdote, divino humano, o qual garante o cumprimento do desejo sincero de
corações crentes (ver Heb. 4:14-16. Ver também Heb. 5:7-10, que ilustra a
necessidade de oração, dentro da vida de oração do Senhor Jesus, porquanto
nos ensina a necessidade de submissão e obediência). d. A oração é um meio
de entrarmos em nossos privilégios espirituais em Cristo (ver Heb 10:19 e ss),
pois procura apelar para o poder de Deus, a fim de termos forças na vida. A
oração penetra para além do véu, chegando ao próprio Santo dos Santos, até à
presença de Deus (ver Heb. 6:19). e. A oração nos confere sabedoria espiritual
(ver Tia. 1:5-8). f. A oração deve ser oferecida com base nas motivações certas,
pois não pode servir ao egoísmo e ao pecado (ver Tia. 4:1-3). g. A oração pode
curar o corpo, e deve ser usada com essa finalidade (Tia. 5:13-18). h. A oração
deve ser ousada, e assim será eficaz (ver I João 3:21 e ss). i. A oração sempre
deve estar sujeita à vontade de Deus, sendo limitada por ela (ver I João 5:14-
I6).
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