DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · Orientadora: Elvira Lopes Nascimento 2 RESUMO: ... gêneros...
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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE
VOLU
ME I
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
MARTA COMUNELLO NOGUEIRA
ARTIGO CIENTÍFICO
MANOEL RIBAS 2011
TITULO: Jornal Escolar – práticas de letramento envolvendo a leitura e produção de gênero textuais da mídia jornalística.
Autora: Marta Comunello Nogueira 1
Orientadora: Elvira Lopes Nascimento 2
RESUMO: Nosso Projeto foi elaborado a partir da necessidade de desenvolvermos ações pedagógicas que viabilizassem um processo de ensino-aprendizagem pautado na concepção interacionista do ensino-aprendizagem da linguagem. Nessa perspectiva, os movimentos didáticos desenvolvidos na sala de aula são vistos como espaços para interlocuções reais, em que se trabalham as interações como momentos de produção de linguagem e lugar de constituição de sujeitos enunciadores. Partindo de duas ferramentas didáticas, o modelo didático de gêneros textuais e a sequência didática para a transposição didática de objetos de ensino-aprendizagem em atividades seqüenciadas (NASCIMENTO, 2009), o artigo de opinião constituiu o eixo norteador do trabalho com a leitura, a produção e a análise lingüística. O projeto passou por fases bem delineadas que compreenderam pesquisa bibliográfica para ampliação de nossos saberes sobre a questão dos gêneros como instrumentos de ensino e aprendizagem de língua portuguesa, análises descritivas de textos do gênero que apontassem para os objetos ensináveis em nosso contexto de trabalho, o planejamento do projeto em inúmeras oficinas e, finalmente, a implementação desse projeto em escola pública de nosso município. Os dados apresentados neste artigo demonstram que o processo todo pelo qual passamos no PDE teve a sua validação comprovada, uma vez que o trabalho desenvolvido propiciou desenvolvimento de nossas capacidades profissionais, assim como propiciou o desenvolvimento de nossos alunos, tanto em leitura quanto em produção de textos escritos do gênero em foco.
Palavras-chave: gêneros textuais; artigo de opinião, ensino e aprendizagem de língua portuguesa.
ABSTRACT:Our project was developed from the need to develop pedagogical practices that ensure the teaching-learning process guided the design of interactive teaching and learning of language. From this perspective, educational movements developed in the classroom are seen as spaces for real dialogues, where work interactions as moments of language production and place of incorporation of subject
1Professora de Língua Portuguesa. Graduação em Letras-Português/Literatura, Licenciatura Plena em Filosofia, Especialização em Língua Portuguesa e Administração, Supervisão e Orientação Educacional. Professora – PDE 2009.2Doutorado em Filologia e Língua Portuguesa, mestrado em Linguística Aplicada. Professora associada da Universidade Estadual de Londrina, atua no curso de Letras e no Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem.
speakers. Starting from two teaching tools, the didactic model of textual genre and sequence of instruction in the didactic transposition of objects in the teaching-learning activities sequenced (Nascimento, 2009), the opinion piece was the guiding line of work with reading, production and linguistic analysis. The project went through well defined phases that included literature research to extend our knowledge on the issue of gender as teaching and learning of Portuguese, descriptive analysis of texts of the genre that they point to objects teachable in the context of our work, project planning in numerous workshops and, finally, implementing in public school in our country. Data presented in this article demonstrate that the whole process we go through the PDE had proven its validation, since the work led to development of our professional capabilities, as well as providing the development of our students in both reading and in production written texts of the genre in focus.
Keywords: textual genre; opinion articles, teaching and learning of Portuguese Language.
INTRODUÇÃO
A questão do discurso argumentativo configurado no gênero artigo de opinião
sempre constitui um problema para os professores da Educação Básica, sobretudo
no Ensino Fundamental. Essa dificuldade pode ser justificada pela formação
profissional deficiente que não oferece subsídios teóricos e metodológicos eficazes
para uma “didática das línguas” (Dolz, 2009), disciplina fundamental para formação
dos professores de língua/linguagem.
Sobre o ponto de vista dos alunos, o argumentar está se tornando cada vez
mais distante do uso cotidiano da linguagem, uma vez que as interações orais e
escritas modernas estão transformando práticas discursivas dos nossos alunos num
“amontoados” de frases desarticuladas, repletas de “internetês”, de expressões
coloquiais, levando ao empobrecimento da linguagem que também se deve a
influência dos meios de comunicação.
Vemos filmes em que os diálogos já não se apresentam com a elegância de
antigamente, temos uma programação televisiva carregada de programas de
auditórios em que presenciamos o uso de gírias, de expressões coloquiais, da falta
de concordância verbal e nominal na articulação da linguagem.
A leitura é um fator cada vez menos presente na vida/cotidiano de nossos
alunos, dificultando a compreensão de mundo, o aprimoramento de vocabulário, o
desenvolver da argumentação.
Assim sendo, até que ponto, os gêneros do discurso argumentativo podem
contribuir para desenvolver capacidades de compreensão da realidade social?
Como podemos contribuir para tornar nosso aluno do Ensino Fundamental um leitor
que dá sentido ao texto recorrendo a inferências de base textual e contextual?
Através de um processo de compreensão e atividades dialógicas e reflexivas, é
necessário tirar o aluno da atitude passiva e mecânica da recepção e criação do
texto, substituindo-a por uma atitude crítica e responsiva.
Enfim, como implementar atividades didáticas que propiciem a
compreensão de textos e a produção escrita como um processo criador, ativo,
construtivo e crítico?
Nesse contexto, é que o objetivo geral da nossa pesquisa foi o de propiciar
aos educandos condições de apropriação de informações e conhecimentos,
desenvolvendo capacidades discursivas e linguísticas, tornando-os leitores e
produtores competentes, capazes de identificar elementos explícitos e implícitos nos
textos, estabelecendo situações e formação efetiva de cidadania dentro de uma
sociedade que exige cada vez mais e participação ativa e consciente do sujeito de
forma intelectual e comunitária.
Os objetivos específicos que nortearam a busca desse objetivo geral foram:
- Utilizar-se da linguagem jornalística como meio de expressão, informação e
comunicação, refletindo sobre o contexto de produção e os interlocutores.
- Conscientizar-se do uso da língua como representação simbólica das experiências
humanas na vida social.
- Estabelecer articulações discursivas no texto, marcando as por mecanismos de
coesão.
- Valorizar as tecnologias da comunicação, aplicada nos processos de pesquisa e de
busca de informações, assim como ferramenta propiciadora de interação social.
Sabemos que atualmente, faz-se necessário ampliar e democratizar as
práticas de letramento bem como, o universo de textos e gêneros que circulam
dentro do espaço escolar e no âmbito social.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Como objeto de pesquisa de nosso projeto foi os gêneros do discurso e/ou
textuais, o foco principal de ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa iniciaremos
essa sessão pela reflexão sobre os PCNs. Segundo pesquisas atuais, estes indicam
que a concepção baktiana sobre os gêneros discursivos pode contribuir para o
desenvolvimento da competência linguística, textual e discursiva dos usuários da
língua, para tanto é necessário ter contato com os diversos gêneros que circulam
socialmente, assim como reconhecer suas características estruturais. Segundo
Bakhtin (1990, 1997, p.100); “os gêneros do discurso/textuais são uma ponte de
acesso para a interação verbal entre os homens nas esferas sociais”.
As Diretrizes Curriculares em consonância com os PCNs também
preconizam o ensino baseado nos gêneros textuais e/ou discursivos. Conforme o
texto das DCs, temos:
Considerando o percurso histórico da disciplina de Língua Portuguesa na Educação Básica, e confrontando esse percurso com a situação de analfabetismo funcional, de dificuldade de leitura compreensiva e produção de textos pelos alunos, as DCEs de Língua Portuguesa requerem novos posicionamentos em relação as práticas de ensino. (DCEs, 2008).
Essas considerações estão presentes nas DCEs através de uma proposta
que dá ênfase à Língua viva, dialógica, em constante movimentação,
permanentemente reflexiva e produtiva. (DCEs, 2008). As DCEs preconizam a
adoção das práticas de linguagem como ponto central do trabalho pedagógico.
Ainda segundo as Diretrizes Curriculares Estadual, é tarefa da escola possibilitar
que seus alunos participem de diferentes práticas sociais, que utilizem a leitura, a
escrita e a oralidade, com a finalidade de inserí-los nas diversas esferas de
interação e comunicação.
Nesse sentido, é preciso que a escola seja um espaço que promova, por
meio de uma gama de textos com diferentes funções sociais, o letramento do aluno,
para que ele se envolva nas práticas de uso da língua, sejam de leitura, oralidade e
escritas, através de práticas discursivas que compreendam, além dos textos orais e
escritos, a integração da linguagem verbal com outras linguagens promovendo o
multiletramento.
Enfim, o trabalho com gêneros, deverá considerar que a língua é
instrumento de poder e que o acesso ao poder, ou sua crítica, é legítimo e é direito
para todos os cidadãos de forma autônoma e democrática.
Bronckart (2003) diz que “a apropriação dos gêneros é um mecanismo
fundamental de socialização, de inserção prática nas atividades comunicativas
humanas”.
Ele considera que todo indivíduo de uma determinada comunidade
linguística, ao agir com a linguagem, é confrontado permanentemente com um
universo de textos pré-existentes, organizados em “gêneros”, que se encontram
sempre em um processo de permanente modificação e que não são em números
teoricamente ilimitado. Sendo assim, o indivíduo necessita conhecer e diferenciar
cada gênero dentro de um contexto sócio-discursivo para melhor se comunicar.
Para Mercushi (1996), os gêneros textuais são inúmeros, apresentam
características sócio-comunicativas definidas por conteúdos, propriedades
funcionais, estilo e composição própria.
Segundo Scheneuwly (1994) é no processo de desenvolvimento dos
indivíduos, na sua participação em diferentes atividades sociais que vai lhes
possibilitar a construção de conhecimentos sobre os gêneros e sobre os esquemas
para sua utilização.
Por outro lado, a circulação, conforme Saito (2007), sobretudo os veículos nas
mídias, tem tornado evidente que não podemos ignorar os textos multimodais, ou
seja, aqueles que empregam duas ou mais modalidades simióticas em sua
composição. Ainda segundo Saito, o movimento atual para formação dos
profissionais da linguagem é o de que precisamos estar preparados para atender as
situações em que indivíduos efetivamente utilizam a linguagem como instrumento de
interação, de alteração ou reprodução social.
Em concordância ao exposto, faz-se necessário trabalhar os gêneros
textuais de tal forma que possam contribuir na orientação para a transposição
didática de gêneros, facilitando a compreensão e a capacidade de linguagem nos
alunos, tornando-os mais capazes na utilização dos recursos discursivos e
lingüísticos necessários para sua vivência social.
Todo exemplar de texto produzido pertence a um gênero, assim como todo
gênero de texto nasce de uma prática social. Sendo assim, a situação de ação de
linguagem deve constituir um ponto de partida para o estudo de um gênero textual.
Para Bronckart (2003), “a situação de produção se constitui por um conjunto
de versões particulares do agente e das suas representações sobre o mundo físico e
o mundo sócio-objetivo”. Para o autor, o contexto de produção precisa considerar
fatores importantes como: o momento de produção, o produtor, o destinatário, o
suporte, o intuito discursivo e a instituição social na qual ocorre interação.
Para Dolz, Pasquier e Schneuwly (2003), “uma ação da linguagem consiste
em produzir, compreender, interpretar e/ou memorizar um conjunto organizado de
enunciados orais ou escritos”. A partir da diversidade de gêneros que circulam nas
práticas sociais cabe ao professor organizar a progressão dos conteúdos de forma a
abranger atividades didáticas que focalizem o contexto de produção e a arquitetura
interna dos textos. E esse é um trabalho didático que vai exigir do professor a
elaboração de atividades seqüenciadas, ou seja, de sequências didáticas.
Contudo, para que o professor elabore o planejamento das atividades
didáticas sobre uma prática social de referência, ou seja, sobre um gênero textual,
os autores do Grupo de Genebra (Dolz, pasquier, Schneuwly, Bronckart) postulam
que o planejamento do professor parta de um estudo sobre gênero, configurando
aquilo que denominam “modelo didático do gênero”. Esse “modelo didático” aponta,
para o professor que está planejando a sua ação docente, os objetos ensináveis
sobre o gênero, que sejam adequados para uma determinada turma, em um
determinado contexto de ensino e aprendizagem.
Como afirma Nascimento (2008), “as práticas de linguagem são todas
aquelas práticas efetivas que podemos recolher/juntar nos diversos contextos
sociais e o modelo didático do gênero nos fornece potenciais para o ensino” . Nesse
quadro, o modelo didático passa a ser uma ferramenta didática pela qual o professor
vai organizar as atividades para o ensino formal da língua, um instrumento de
mediação que propicia o trabalho de planejamento do professor e, a partir do qual,
esse professor irá trabalhar para o desenvolvimento ao aprendiz.
Como recomenda a autora, a aula de Língua Portuguesa é um lócus
privilegiado para mediação do ensino e aprendizagem das práticas discursivas, e em
nosso caso particular, para o enfoque dos gêneros da mídia impressa, uma vez que
o nosso interesse recai sobre o gênero Artigo de Opinião.
A proposta de transposição didática com que trabalhamos, se fundamenta
nas propostas de pesquisadores do grupo de Genebra (Dolz, Pasquier, Bronckart) e
baseia-se no planejamento, elaboração, sistematização e aplicação de sequência
didática (SD), que de acordo com os autores é “uma sequência de módulos de
ensino organizados conjuntamente para melhorar uma determinada prática de
linguagem”, cujo objetivo é “confrontar os alunos com práticas de linguagem
historicamente construídas, os gêneros textuais, para lhes dar a possibilidade de
reconstruí-los e delas se apropriarem” (Dolz, & Schneuwly, 2004, p.51).
Como há uma infinidade de gêneros e estes estão sempre em constante
transformação, a proposta de argumento de gêneros de acordo com as
características do domínio social em que emergem, assim como das características
discursivas é uma ferramenta que se mostra muito útil para o professor secionar o
gênero que será alvo do planejamento didático. Além disso, as características dos
gêneros em um determinado agrupamento, uma vez apropriadas pelos alunos,
podem ser transpostas para o trabalho com outro gênero do mesmo agrupamento.
Por exemplo: o aprendizado em relação às fases de uma sequência argumentativa
no gênero artigo de opinião pode ser transferido para o gênero carta de reclamação
sem que este último gênero tenha sido tomado como objeto de ensino
sistematizado. (BARROS, 2009, p. 136). As práticas de linguagem de referências
são todas aquelas práticas efetivas que podemos recolher/juntar nos diversos
contextos sociais.
A organização das atividades sequênciadas em torno de uma prática
discursiva (gênero textual) constitui uma ferramenta com a qual o professor planeja
as atividades didáticas de modo a abarcar todos os eixos de ensino: a leitura, a
oralidade, a escrita, a análise lingüística.
Em relação à metodologia das sequências didáticas, Nascimento (2007, p.
70 e 71), propõe um esquema ampliado do planejamento didático (sequência
didática) para o Ensino Fundamental, tomando como base a proposta de Dolz e
Schneuwly, (2003).
Nascimento (2009); Esquema de uma sequência didática
1º Apresentação da
Situação
1) O Aluno deve ser exposto ao projeto coletivo de produção de
um gênero
2) Sensibilização ao genro textual na forma como circula
socialmente 9leitura ou audição de textos do gênero).
3) Sensibilização ao tema dizível pelo gênero de referencia.1) Produção inicial para diagnóstico das dificuldades
2ª A primeira
produção
relacionadas à leitura e à produção escrita.
2) Início do processo de avaliação formativa: a partir da
produção inicial, definem-se os pontos em que o professor
precisa intervir e adaptam-se as oficinas às atividades que
visem às dificuldades.Uma sequência de oficinas com objetivos explícitos a partir dos
problemas detectados na produção inicial da turma:
1) Trabalhar as dificuldades de níveis diferentes,
compreendidas em cinco campos: motivacionais,
enunciativos, procedimentais, textuais, linguísticos e as que
estão relacionadas à apropriação do sistema da escrita:
3ª As oficinas
a) Atividades de leitura, compreensão e interpretação com a
diversidade de textos.
b) Atividades de leitura para a construção de
significados:estratégias de seleção, de antecipação, de
inferência, de verificação.
c) Atividades de leitura compartilhada e individuais.
d) Elementos do contexto de produção: função social do
gênero, locutor, intenção, destinatário, suporte, tema.
e) Atividades de observação da gestão monológica do texto:
locutor e leitor ausentes nos textos produzidos pelos alunos.
f) Planejamento, leitura e revisão do texto produzido.
g) O tipo textual predominante: sequência narrativa,
argumentativa, injuntiva, descritiva, dialogal.
h) Mecanismos de coesão por conexão, por coesão nominal e
verbal.
i) Unidades gramaticais, lexicais e sintáticas.
j) Atividades com ortografia para apropriação do funcionamento
do código.
k) Atividades relacionadas ás dificuldades de escrita
diagnosticadas.
l) Atividades com a ortografia para apropriação do
funcionamento do código.
m) Atividades orais.
2) Organização do trabalho em duplas para oportunizar o
avanço na apropriação da escrita.
3) Registrar os objetos de aprendizagem pela elaboração
coletiva de uma grande apropriação da escrita.
4) Registrar os objetos de aprendizagem pela elaboração
coletiva de uma grade de controle.
5) Estratégias de auto-avaliação e/ou avaliação em pares e/ou
avaliação coletiva.
4ª A produção final
1) Atividade em que o aluno pratica as noções e os instrumentos
elaborados separadamente nas oficinas.
2) Finalização do percurso de avaliação formativa nessa
sequência didática.
3) Completar a interação planejada no projeto de classe,
enviando os textos aos destinatários.
Quadro 1: Esquema do dispositivo para o trabalho em sequência didática, conforme
curso do PDE (2009), ministrado por Elvira Lopes Nascimento, UEL.
Como se pode observar no esquema proposto pela autora, o enfoque nos
gêneros como objeto de ensino e aprendizagem se organiza em uma série de
oficinas que apresentam objetivos bem específicos, todas integradas ao objetivo
maior que é o desenvolvimento de capacidades de linguagem do aluno.
METODOLOGIA
Os autores afiliados no interacionismo sócio-discursivo (Bronckart,
Scheunuly, Dolz e Nascimento) constituem o suporte teórico e metodológico dessa
pesquisa.
As atividades do Projeto foram desenvolvidas com os alunos da 8ª série da
Escola Estadual Nereu Ramos – Ensino Fundamental, os quais trabalharam o artigo
de opinião como objeto de ensino-aprendizagem, possibilitando condições de
construção e ampliação de conhecimentos, bem como o desenvolvimento da
capacidade discursiva, crítica, através da Sequência Didática para a transposição do
texto argumentativo.
Mediante o contexto sócio-cultural de nossos alunos, é indispensável relatar
aspectos relevantes que dizem respeito ao meio educacional em que estudam.
A Escola Estadual Nereu Ramos – Ensino Fundamental. está localizada à
Rua Oscar Lopes Munhoz, 852, no município de Manoel Ribas, Paraná.
Essa Instituição de Ensino, foi criada para funcionar em 1970 com o nome
de Ginásio Estadual Nereu Ramos, em homenagem ao Senhor Nereu Ramos por
seu histórico político bem sucedido.
A Escola mencionada oferta o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries,
funcionando nos três períodos: manhã, tarde e noite.
Com relação ao aspecto físico, possui 4 pavimentos construídos.
Vivemos no auge da globalização, da economia e das comunicações, numa
época marcada pelas contradições, individualismo e mudança de paradigmas. Neste
contexto atual, a Escola deve atuar de forma autônoma, democrática, a partir de
entendimento, compreensão e análise do real.
A Escola Estadual Nereu Ramos possui alunos pertencentes à classe
média, mas sua grande maioria pertence à classe baixa, os quais apresentam
problemas econômicos, afetivos e outros. Grande parte dos alunos são oriundos da
zona rural do município.
Atualmente a Escola tem espaço físico adaptado às necessidades
especiais, pois conta com a presença de um aluno cadeirante e uma aluna com
deficiência auditiva, ambos têm atendimento especializado na 6ª série. (7º ano). No
entanto, o espaço geral da Escola é restrito. O espaço da biblioteca e sala de
informática se misturam. Não tem refeitório, nem quadra de esportes própria.
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo de ensino
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento. É realizada de forma contínua, cumulativa e processual, objetivando
o aprimoramento, o desenvolvimento integral do educando, através de métodos e
instrumentos avaliativos diversificados.
Atendendo às determinações Federais e Estaduais vigentes, são
trabalhados temas diversos, dentro das disciplinas, realizando ações práticas
pluriculturais e interdisciplinares.
A Escola Estadual Nereu Ramos participa constantemente de avaliações
externas institucionais como Prova Brasil, Olimpíada de Português e Matemática,
Projeto Agrinho, e eventos esportivos sempre objetivando o desenvolvimento do
saber e a formação plena de cidadania.
Todos os envolvidos no processo educativo desta Escola são igualmente
responsáveis e comprometidos, dentro da especificidade de cada função,
desenvolvendo de forma satisfatória o cumprimento de suas atividades, visando uma
melhor qualidade de ensino.
Os alunos são distribuídos em turmas heterogêneas, sem distinção alguma.
Os recursos didáticos/tecnológicos desempenham papel importante no
desenvolvimento do ensino aprendizagem e são necessários para sua efetivação.
Atualmente a escola disponibiliza instrumentos tecnológicos, capazes de permitir
uma ação pedagógica mais eficiente, valorizando o ensinar e o aprender de forma
mais atrativa. Alguns recursos estão disponíveis, ou seja, à disposição dos
professores, como, biblioteca, laboratório de informática, data show, TV pendrive e
outros recursos que permitem o uso de metodologias modernas e variadas.
A escola também conta com Sala de Recursos e Sala de Apoio, oferecendo
aos alunos que necessitam um atendimento complementar diferenciado,
subsidiando através de métodos, atividades diversificadas e extra-curriculares, os
conteúdos defasados no processo ensino-aprendizagem.
A gestão democrática e as decisões no âmbito escolar são de caráter
coletivo, segundo as leis e normas emanados pelo NRE, SEED e pela APMF.
As matrizes curriculares em vigor foram elaboradas de maneira que atende
a comunidade escolar, de acordo com sua realidade e as diversidades: cultural,
social e econômica, pois o papel da Escola é propiciar condições no aprimoramento
de conhecimentos e formar cidadãos capazes de participar na vida sócio-econômica,
cultural e política, de maneira crítica, reflexiva, emancipatória e responsável.
O currículo é um projeto educacional planejado e desenvolvido a partir de
uma seleção de cultura e das experiências, a fim de socializá-las e capacitá-las para
ser cidadãos solidários, como ser histórico social.
Os princípios norteadores da Proposta Pedagógica são organizados
conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais.
Assim, o conjunto proposto pela dimensão histórica da disciplina, os
fundamentos teórico metodológicos, os conteúdos estruturantes, o encaminhamento
metodológico, a avaliação e a bibliografia constituem as DCs para a Educação
Básica.
O objetivo da educação escolar é formar cidadãos autônomos, capazes de
atuar com competência e dignidade no exercício de seus direitos e deveres,
assumindo a valorização da cultura, da interação e da comunicação discursiva
dentro do contexto social em que está inserido.
Com relação a Proposta Pedagógica, sabemos que a mesma é a identidade
da escola, pois estabelece as diretrizes básicas e a linha de ensino e de atuação na
comunidade, formalizando um compromisso assumido por todos os envolvidos no
processo educacional.
Mediante a Grade Curricular e o plano de Trabalho Docente, evidencia-se a
necessidade de trabalhar conteúdos relacionados às áreas específicas do
conhecimento de forma global.
A disciplina de Língua Portuguesa propicia:
- a realização de estudos e pesquisas;
- debates;
- estudo de obras literárias;
- leitura e compreensão de textos;
- produção textual;
- estimula e desenvolve estudos através dos gêneros textuais e o seu contexto de
produção.
- Trabalha com a oralidade e escrita, aprimorando a competência lingüística, bem
como os estudos gramaticais, a coesão e a coerência ou seja, contempla o estudo
dos gêneros textuais.
A Grade Curricular propõe a diversidade disciplinar que a Escola oferece.
O acervo da biblioteca conta atualmente com aproximadamente 9.000 mil
obras que estão à disposição de alunos e professores, objetivando o aprimoramento
de conhecimentos e enriquecimento da cultura, a ampliação vocabular, enfim
proporciona condições básicas e relevantes na construção do saber e na formação
cultural e social de todos os envolvidos no processo de ler, pesquisar e conhecer.
Tendo em vista esse contexto educacional e movidos pela necessidade de
inovar, partimos para a descrição do gênero textual que foi selecionada para a
transposição didática.
O modelo didático representou um grande esforço para nós porque ele
concentra a análise de um corpus de textos do gênero num total de 5 exemplares.
As análises, compreenderam todos os níveis apontados por Bronckat, (2003).
Finalizado o modelo didático do gênero (Schneuwly; Dolz, 2004.
Nascimento, 2009) que apontou as dimensões ensináveis, passamos para a
construção da Sequência Didática que foi implementada em 2010 na Escola já
citada.
Por se tratar de uma 8ª série, selecionou-se objetos de ensino que tinham
objetivos bem delineados para essa turma. Em seguida preparamos todo o material
didático que daria suporte ao Projeto e passamos para a implantação efetiva na sala
de aula.
RESULTADOS E DISCUSSÕES DOS RESULTADOS.
A sequência didática totalizou 11 oficinas que foram desenvolvidas com os
alunos da 8ªC da Escola mencionada neste Artigo, no ano de 2010 e serão
sintetizados na sinopse a seguir:
Oficina 1- Apresentação do Projeto e Produção
O gênero Artigo de Opinião foi apresentado aos alunos de maneira coletiva,
através de textos de opinião retirados de revistas, jornais, livros, internet. Os alunos
realizaram uma leitura individual e coletiva dos textos de opinião apresentados, em
seguida, organizaram um mural nas paredes da sala com artigos de opinião
retirados de diversos suportes.
Oficina 2- Produção inicial
Os alunos pesquisaram na internet, jornais e revistas temas polêmicos que
despertassem o interesse. Após realizada a pesquisa, eles apresentaram os temas
dos textos para a turma. Em seguida, cada um escolheu seu tema e produziu seu
próprio texto.
Oficina 3- Reconhecimento do gênero artigo de opinião
Foram apresentados aos alunos vários artigos de opinião de diferentes
gêneros, os alunos separarem os textos conforme suas características. Os artigos
de opinião foram selecionados para serem fixados no mural da sala.
Os alunos listaram os temas dos textos separadamente e anotaram no
caderno, enfatizando a referência dos mesmos aos temas polêmicos, os quais
fazem emergir vários pontos de vista.
Oficina 4- O Contexto de produção do Artigo de Opinião:
Nesta oficina, os alunos compreenderam o que é; produtor/autor do texto;
lugar de produção; intenção; destinatário; suporte do texto.
Organizaram listas no caderno com o resultado das análises.
Foi possível identificar além dos temas, quem são os interlocutores envolvidos na
produção, qual é o suporte onde veicula o texto, quem é o editor e produtor, a quem
é dirigido o texto, qual é o público leitor, qual a intenção, em que contexto sócio-
histórico se deu a produção.
Oficina 5- Como se configura o Artigo de Opinião
Os alunos identificaram e discutiram sobre o tema apresentado: Você acha que
deve existir censura na TV?, reconhecendo pelo menos um argumento que a autora
utilizou para defender sua tese. Em seguida organizaram as opiniões a respeito do
assunto abordado no texto. Reconhecimento da conclusão do texto.
Oficina 6- Identificando questões polêmicas
Os alunos listaram as opiniões que circulam próximas a eles sobre a seguinte
questão:
Os pais devem controlar os programas de TV para os filhos?
Após ouvir as opiniões, os alunos opinaram sobre as questões polêmicas,
elaborando argumentos consistentes sobre suas opiniões.
Oficina 7- Ampliando o conhecimento sobre o tema debatido
Através de pesquisa, os alunos buscaram informações, fundamentos que
sustentassem a argumentação de forma objetiva e consistente. A professora
orientou-os, indicando as fontes de pesquisa, as quais contribuíram no processo de
aprendizagem.
Elaborada a pesquisa, os alunos apresentaram oralmente os resultados os
dados coletados durante a fundamentação do conteúdo.
Oficina 8- Análise Linguística
Os alunos analisaram e encontraram no texto proposto os pronomes,
advérbios, conjunções usados para articular as idéias, os argumentos do texto.
Em seguida, foi proposta uma atividade, na qual os alunos puderam usar
elementos coesivos dentro das frases, elaborando períodos mais complexos e
utilizando os sinais de pontuação adequadamente.
Oficina 9- Produção final do artigo de opinião
Juntamente com os alunos, a professora elaborou uma lista dos principais
elementos que compõem o Artigo de Opinião e fixou-a na sala de aula. Após a
escolha do tema, cada aluno produziu o seu texto.
Oficina 10- Refacção do texto produzido
Os alunos, ao revisarem o texto, observaram os elementos de articulação que
promovem a produção de um bom artigo de opinião. Para auxiliar os alunos, o
professor apresentou algumas das principais dificuldades apresentadas por eles,
promovendo uma atividade de reflexão e aprimoramento da produção textual.
Oficina 11- Apresentação da produção final do artigo de opinião
Ao final das atividades, os alunos passaram a limpo seus textos e colocaram
no mural da escola para que os leitores desse espaço, pudessem ler as diferentes
opiniões, enriquecendo sua visão sobre o assunto exposto, podendo assim
modificarem ou reforçarem suas próprias opiniões.
Mediante a organização e ampliação da Sequência Didática foi necessário
priorizar o conhecimento prévio dos alunos, trabalhar a contextualização dos textos,
o contexto de produção, os recursos argumentativos, as abordagens inferidas nos
textos analisados, bem como o discurso e os elementos de coesão.
Ao desenvolver a Sequência Didática, foi possível proporcionar aos alunos,
leituras, análises e produções textuais críticas e questionadoras, possibilitando
vários posicionamentos. Para isso, fez-se necessário desenvolver em sala de aula
atividades com textos autênticos que circulam nas diversas esferas sociais, porque
para se produzir um bom texto argumentativo, é importante este gênero textual. Ao
concluirmos as atividades, percebemos que o contato com os textos cotidianos
exerciam a capacidade de interação e construção, visando um melhor entrosamento
e desenvolvimento social e cultural do leitor/produtor.
Para enfatizar a importância de se trabalhar o Artigo de Opinião nas escolas
apresentamos o breve relato de uma aluna ao final das atividades: “O artigo de
Opinião favoreceu o conhecimento e a argumentação em sala de aula, após os
debates, aprendemos a defender nossa opinião de maneira mais correta e
civilizada”. (Ana Paula, 2010).
Os alunos gostaram muito do debate, o qual foi planejado e produzido
mediante argumentações a favor e contrárias ao uso da TV.
Houve uma participação boa dos alunos, somente alguns alunos não
participaram eficientemente das discussões, na exposição dos argumentos, alguns
por timidez, outros por falta de interesse ou até mesmo a falta de conhecimento em
relação aos temas propostos.
Mediante toda análise pós elaboração e implementação da Sequência
Didática, é possível afirmar que os objetivos propostos foram de certa forma
alcançados, uma vez que as produções finais da maioria dos alunos foram
satisfatórias, puderam desenvolver a capacidade discursiva e lingüística dos
mesmos.
No entanto, outras atividades poderiam ter sido desenvolvidas para melhor
trabalhar a prática pedagógica, como slides, filmes, textos literários objetivando uma
maior discussão em torno de gêneros textuais, pois foram colocados em pauta
somente alguns temas polêmicos em decorrência de escassez do tempo. Mesmo
assim, a maioria dos alunos gostou e se empenhou na produção das atividades
propostas.
A produção final dos textos foi planejada para ser digitada no laboratório de
informática da Escola, porém o mesmo não estava funcionando devido a falta de
espaço físico e agente administrativo à disposição para auxiliar no uso dos
computadores.
De uma forma geral, os alunos buscaram desenvolver a reflexão crítica,
através de uma atitude responsiva ativa, a qual proporcionou multiletramento e
principalmente a participação efetiva da maioria dos alunos em sala de aula.
Em especial, como educadora, posso afirmar que também a mim o Projeto
proporcionou avanço significativo na prática pedagógica, sempre é possível evoluir,
desenvolver e o PDE – Plano de Desenvolvimento Educacional é uma proposta que
viabiliza a melhoria da qualidade educacional.
CONCLUSÃO
Atualmente uma escola competente deve conviver com a complexidade
humana e social, considerando o espaço-tempo em que vivemos e com projeções
positivas de futuro para toda a humanidade.
As práticas pedagógicas devem ser efetivas na consolidação de uma
pedagogia que ensine a cada um de forma significativa, para que realmente ocorra a
aprendizagem de maneira integral e formativa do cidadão.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais assumem a concepção de linguagem
como interação que se realiza nos gêneros discursivos. Interagir pela linguagem
consiste em realizar uma atividade discursiva num determinado contexto histórico e
em determinadas circunstâncias de interlocução.
Portanto, o processo ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa tem sido
um desafio permanente. É considerado instrumento fundamental na construção e
elaboração de conhecimentos em todas as áreas do saber. É um dos elementos
principais na formação do aluno como cidadão consciente e participativo, no entanto,
faz-se necessário valorizar todo o processo de ensinar e aprender para alcançar
uma educação de qualidade, capaz de transformar o mundo para melhor.
Ao final desta etapa do nosso árduo e significativo trabalho, o qual sempre
almejamos buscar novos métodos, maneiras diferentes na aplicação de uma ação
pedagógica capaz de conseguir resultados verdadeiramente positivos no processo
ensino-aprendizagem, não posso deixar de agradecer, primeiramente a Deus por me
possibilitar encarar este desafio e me fortalecer nos momentos difíceis, à minha
família pelo apoio e incentivo durante todo o curso (PDE), entendendo a falta da
minha presença como um meio de crescimento pessoal e profissional, à minha
professora orientadora, Elvira Lopes Nascimento, pela dedicação, responsabilidade
e principalmente pela boa vontade e competência com que age na construção de um
processo educacional amplo, voltado para o bem comum, sem deixar de considerar
as particularidades e fundamentalmente a formação efetiva de cidadania. Enfim, a
todos que colaboraram nesta jornada de busca ao saber.
Sabemos que trabalhar com a linguagem é acima de tudo, poder contribuir
na evolução de uma língua. A qual não é imóvel, estática e sim dinâmica e viva.
Conhecer, aprofundar, trabalhar e desenvolver gêneros textuais permite-nos
interagir através da linguagem de uma forma plena e competente.
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