Da crise ao crescimento: a experiência do Brasil MINISTRO GUIDO MANTEGA Rio de Janeiro, 07 de julho...

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Da crise ao crescimento: Da crise ao crescimento: a experiência do Brasil a experiência do Brasil MINISTRO GUIDO MANTEGA Rio de Janeiro, 07 de julho de 2004 II SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE FUNDOS DE PENSÃO

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Da crise ao crescimento:Da crise ao crescimento:a experiência do Brasila experiência do Brasil

MINISTRO GUIDO MANTEGARio de Janeiro, 07 de julho de 2004

II SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE FUNDOS DE PENSÃO

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O cenário econômico mudou muito desde o início do ano passado

A crise de 2002 foi superada

Bons fundamentos econômicos foram restabelecidos

O crescimento foi retomado

Está em curso a implementação de um novo modelo de desenvolvimento

                     

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Elevação do Superávit Primário e equilíbrio fiscal

Fundamentos macroeconômicos sólidos

4,44,03,63,5

3,2

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

set/

99

dez/

99

mar

/00

jun/

00

set/

00

dez/

00

mar

/01

jun/

01

set/

01

dez/

01

mar

/02

jun/

02

set/

02

dez/

02

mar

/03

jun/

03

set/

03

dez/

03

mar

/04

Empresas estataisGovernos RegionaisGoverno Federal

Superávit Primário (% PIB)

mai/04 4,3%

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Inversão na trajetória da dívida pública. Um novo modelo de desenvolvimento

A nova estratégia é crescer com redução do endividamento público

No passado, o

endividamento público foi usado

para sustentar

uma taxa de câmbio

irrealista e fracassou

no fomento ao

crescimento

0

10

20

30

40

50

60

70

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

set/

02

dez/

02

dez/

03

mai

/04

Dívida Pública Líquida (% PIB)

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Inflação sob controle

Fundamentos macroeconômicos sólidos

-0,5

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

jan/

02fe

v/02

mar

/02

abr/

02m

ai/0

2ju

n/02

jul/

02ag

o/02

set/

02ou

t/02

nov/

02de

z/02

jan/

03fe

v/03

mar

/03

abr/

03m

ai/0

3ju

n/03

jul/

03ag

o/03

set/

03ou

t/03

nov/

03de

z/03

jan/

04fe

v/04

mar

/04

abr/

04m

ai/0

4

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

18,0

var% mensal var% ac. 12 meses

IPCA (IBGE)

Meta: 5,5% +/- 2,5%

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Melhora no saldo comercial, nas contas correntes e na relação dívida externa/exportações

Fundamentos macroeconômicos sólidos

Transações Correntes e Saldo Comercial 12M (US$ bilhões) Dívida Externa/ Exportações (%)

-40

-30

-20

-10

0

10

20

30

40

1T94

3T94

1T95

3T95

1T96

3T96

1T97

3T97

1T98

3T98

1T99

3T99

1T00

3T00

1T01

3T01

1T02

3T02

1T03

3T03

1T04

Transações Correntes Saldo comercial

341 342377 377

473503

429

361 349

294

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

US$ 15 bi. no 1o sem.04

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Crescimento com forte expansão das exportações

Fundamentos macroeconômicos sólidos

Aumento da produtividade e da competitividade para alcançar padrões internacionais

Ganhos de mercado:- Soja, Carne, Frango, Açúcar, Café,

Algodão

Setores Econômicos Dinâmicos:- Aviões, Automóveis, Agronegócio

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Equilíbrio mais saudável do Balanço de Pagamentos

Um novo modelo de desenvolvimento

No passado, priorizou-se a atração de capitais

financeiros e o déficit em contas correntes não elevou o

investimento

A nova estratégia é atrair capitais

produtivos, que elevem o nível de

investimento

-5

0

5

10

15

20

25

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

Poupança Bruta (% PIB) Déficit em TCC FBKF (% PIB)

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Redução das taxas de juros

Bom desempenho do setor exportador Superávit

em transações correntes

Redução da dívida externa

Aumento da

credibilidade

do país

Atração de

capital externo não pela

conta financeira, mas sob a

forma de IDE

Aumento do fluxo

de comércio

Um novo modelo de desenvolvimento

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Melhor gestão macroeconômica reduziu o impacto de choques externos

Fundamentos macroeconômicos sólidos

Crise de

1998

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

fev-98 fev-99 fev-00 fev-01 fev-02 fev-03 fev-04

Spre

ad d

o EM

BI+

Bra

sil (e

m p

bs) Choques de 2001

Crise de

2002

Choques de 2004

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Reversão do PIB já no terceiro trimestre de 2003

Retomada do crescimento

PIB a preços de mercado com ajuste sazonal

(var % anualizada)6,0

0,7

-4,6

-3,5

2,1

5,96,8

3T02 4T02 1T03 2T03 3T03 4T03 1T04

As taxas de crescimento do Brasil estiveram entre as mais elevadas do mundo até 1980. O país tem condições de voltar a crescer aceleradamente.

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Recuperação da IndústriaRetomada do crescimento

Produção Industrial (IBGE)

94

96

98

100

102

104

106ja

n/03

fev/

03

mar

/03

abr/

03

mai

/03

jun/

03

jul/03

ago/

03

set/

03

out/

03

nov/

03

dez/

03

jan/

04

fev/

04

mar

/04

abr/

04

Índice com ajuste sazonal Média móvel 6 meses

A recuperação A recuperação começou no 2T03começou no 2T03

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Investimentos: Indústria de Bens de CapitalRetomada do crescimento

Produção Industrial de Bens de Capital (IBGE)

90

95

100

105

110

115

120

125ja

n/0

3

fev/

03

mar

/03

abr/

03

mai

/03

jun/0

3

jul/03

ago/

03

set/

03

out/

03

nov

/03

dez/

03

jan/0

4

fev/

04

mar

/04

abr/

04

Índice com ajuste sazonal Média móvel 6 meses

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Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação (FGV)

Retomada do crescimento

Demanda Global Prevista

5244

56

12 1510

40

46

29

Abr-J un/2002 Abr-J un/2003 Abr-J un/2004

Aumento Diminuição Saldo

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Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação (FGV)

Retomada do crescimento

Há expectativa de crescimento também da demanda internaHá expectativa de crescimento também da demanda interna

5546

54

1116

11

44 43

30

Abr-J un/2002 Abr-J un/2003 Abr-J un/2004

Aumento Diminuição Saldo

4434

57

14 13 7

30

50

21

Abr-J un/2002 Abr-J un/2003 Abr-J un/2004

Aumento Diminuição Saldo

Demanda Interna Prevista Demanda Externa Prevista

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O país precisa de grandes investimentos em infra-estrutura

O Governo não dispõe de recursos suficientes para todos os investimentos necessários

O setor privado é um parceiro fundamental:

Como viabilizar a elevação dos investimentos?

Um novo ciclo de desenvolvimento

Ambiente macroeconômico estávelAmbiente macroeconômico estável

Ambiente institucional favorável aos Ambiente institucional favorável aos

investimentosinvestimentos

Novos instrumentos para a viabilizar infra-Novos instrumentos para a viabilizar infra-

estrutestrutuurara

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Aperfeiçoamento dos marcos regulatórios- Novo modelo do setor elétrico e do saneamento- Agências reguladoras com mandato fixo para a diretoriac

Ambiente Institucional Favorável ao Investimento

Reforma Tributária

Lei de Falências

Lei de Inovações

Reforma do Judiciário

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Novo Sistema de Informações de Crédito

Aperfeiçoamento legal na Construção

Civil

Conta Investimento isenta de CPMF

Medidas de Fomento do Mercado de Capitais

Aperfeiçoamento de regras do mercado de capitais em colaboração com o setor privado

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Conselho Nacional de Desenvolvimento

Industrial Modernização produtiva

Inovação

Comércio Exterior

Retomada de uma Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior

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Parcerias Público-Privadas

Novos Mecanismos de Investimento

O setor público e o setor privado realizam investimentos em parceria, associando eficiência privada e visão pública de longo prazo:

O setor público contrata serviços e oferece ao investidor privado remuneração complementar para viabilizar o investimento privado.

O setor privado assume os riscos de construção e operação, o que induz à eficiência.

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Contratos de longo prazo

Investimentos em infra-estrutura, com demanda constante e retorno estável

Possibilidade de complementação de tarifas pelo setor público

Remuneração do parceiro privado vinculada a padrões de desempenho

Cláusulas de garantia de pagamento da contraprestação pública (contra risco político)

Características dos Contratos de PPPParcerias Público-Privadas

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Estabilidade macroeconômica

Crescimento econômico continuado

Ambiente institucional estável

Aumentos de produtividade e crescimento das exportações

Aumento da lucratividade:- Rentabilidade das 500 maiores

empresas caiu a 0,8% em 2002, mas elevou-se a 12,4% em 2003

Um cenário que entusiasme os empreendedores

Despertar os “espíritos animais” dos

empreendedores

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A retomada do crescimento já é uma realidade

Conclusões

Um novo modelo de desenvolvimento está em curso

Com o apoio do Governo e a participação do setor privado o Brasil inicia um novo ciclo de prosperidade