DA CHARNECA LAMACENTA - fnac-static.com...11 Capítulo um o silêncio das ovelhas A neblina...
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Histórias da Quinta
O MONSTRO DA
CHARNECA LAMACENTA
Martin Howardilustrado por Andy Janes
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QuintaMossy Bottom
Bem-Vindo à
GelatariaA velhapedreira
Esconderijosecreto doAgricultor
Papagaio de papel perdido
do Choné
Bicicletaperdidado Bitzer
Tesouroenterrado
Restosde piza
Os porcos(Buuuuuuu)
Coisa azulesquisita
Desinfetantelíquido
(piscina)
Calças lavadasdo Agricultor
O touroamigável (ouentão não!!)
18.o esconderijosecreto de ossos
do Bitzer
Sandes meio comida (queijo
e compota)
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Galinhasirritantes
Prancha de surf do Bitzer
Charneca Lamacenta
12.o esconderijo secreto de ossos
do Bitzer
Esconderijo secreto de piza
A lixeira(cenas fixes) Velhota
confusa
Escotilha estranha...
(Extraterrestres!!!)
A cidade
M a rTúnel detoupeira
N.º 12
Um tubarãoperdido
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Choné é o líder do Rebanho. É esperto, fixe e mantém sempre a calma quando as outras ovelhas perdem a cabeça.
O AgricultorApesar de gerir a quinta com o constante apoio do Bitzer, o Agricultor desconhece por completo a inteligência (e a estupidez) quase humana do seu Rebanho.
BitzerO fiel cão do Agricultor e grande amigo do Choné, Bitzer é o sofredor cão-pastor que faz o seu melhor para manter os parceiros do Choné em segurança.
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NutsO Nuts é a ovelha mais maluca de todas. As suas loucuras estão sempre a metê-lo em apuros. Felizmente, o Choné está por perto para o ajudar.
O MONSTROAaaarrr! O monstro está à solta, e cheio de fome…
O RebanhoUma família grande e feliz (e ligeiramente tresloucada). As ovelhas gostam de brincar e de criar o caos em conjunto, mas normalmente são o Choné e o Bitzer que resolvem os problemas daí resultantes.
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ÍNDICECapítulo um
O SILÊNCIO DAS OVELHAS ....11Capítulo Dois
Coisas que fazem«aaaarrruu!» à noite. .............19
Capítulo três
quem tem medodo monstro mau? ..................31
Capítulo Quatro
O caminho para a charneca lamacenta .........43
Capítulo CinCo
Operação armadilha para o monstro .......................57
Capítulo seis
Apanhar um monstro ..........71Capítulo sete
O despertar do medo ..........83Capítulo oito
O Prado do Terror ..................93ativiDaDes .............................................96rebanho ao mar – uma espreitadela ao novo livro ........102
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Capítulo um
o silêncio das ovelhas
A neblina estendia-se pelo prado, invadindo a
quinta desde a Charneca Lamacenta. Roncos pro-
fundos e sonolentos faziam tremer as vigas do ce-
leiro da Quinta. O Rebanho dormia, iluminado
pelos raios de luar que penetravam por entre as
fendas das paredes, o seu ressonar coletivo que-
brado apenas por um horrível som de sorver e
lamber os lábios. No seu sonho, Shirley nadava de
bruços num mar de bolos.
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Mas nem toda a gente na Quinta dormia. Os
morcegos esvoaçavam pelas chaminés em ruínas
da quinta. Uma única luz brilhava numa janela
alta. Era possível ver a silhueta do Agricultor a cor-
tar os pelos do nariz com uma tesoura de podar.
E lá em baixo, alguém, ou algo, avançava pelo
terreno da quinta silenciosamente: uma figura
sombria com neblina a rondar-lhe os tornozelos.
Rosnava num tom grave que ia subindo de volume
a cada passo. Emergiu à luz da lua enquanto a fome
lhe roía o estômago.
Um bocadinho de baba caiu-lhe do canto da
boca.
Estava esfomeado.
Precisava de se alimentar.
Ossos, pensou para si mesmo. Uns belos ossos
fresquinhos. E uma chávena de chá.
O Bitzer saiu do nevoeiro e parou junto a um
portão onde se podia ver um sinal tombado.
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Cuidado com o Mo
Ronco!
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O estômago voltou a roncar-lhe. Envergonha-
do, o Bitzer esfregou a barriga, desejando ter-se
lembrado de trazer um biscoito consigo. Mas as
rondas noturnas estavam quase terminadas. Den-
tro em breve, estaria a preparar-se para uma noite
tranquila com o seu osso preferido e uma chávena
de chá. Agora, o que faltava fazer?
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Verificou a sua lista. O Rebanho estava a dor-
mir no celeiro, o Agricultor estava na casa, os
patos estavam a fazer um jogo de cartas noturno
e os porcos estavam a ressonar como retroescava-
doras. Mas havia algo de que se tinha esquecido.
Resmungando consigo mesmo, virou a página e
observou-a ao luar. As galinhas! Depois de bater
com o lápis na prancheta, dirigiu-se ao galinhei-
ro, entoando:
— Pum pum pa puuum.
Os arbustos restolharam. As orelhas do Bitzer
espetaram-se. É só o vento, pensou enquanto che-
gava ao galinheiro e entrava.
Uma galinha, duas galinhas, três galinhas…
o Bitzer ia riscando-as da lista, sorrindo para si
mesmo ao ouvir a Beryl a cacarejar de surpresa e a
pôr um ovo enquanto dormia. O pequeno-almoço
tinha acabado de chegar.
Quatro galinhas, cinco galinhas…
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