Cursos no C.E.I.C. Editorial Família – ideia...

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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 Fone : (21) 3252-1437 Ano IX - Edição 154 - JULHO / 2016 www.irmaoclarencio.org.br Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio pág.6 pág.2 pág.3 pág.4 pág.7 pág. 9 Vida Dádiva de Deus: Interseção na tragetória do espírito Na Seara Mediúnica: Influências espirituais pág.12 Reflexão: Petição e resposta pág. 11 Educação – Senda de Luz: Educação pág. 7 A Família na visão Espírita: Que fazes de teu filho Deus Causa Primeira: Entregue a Deus Semeando o Evangelho de Jesus: O óbulo da viúva Revista Espírita: Suicídio dos animais Estudando a Gênese: Espiritismo e ciência Nesta Edição : pág. 19 Suplemento Infantojuvenil: A abóbora inútil Agradecemos ao BUREAU DE IMPRESSÃO BELLA COPY pela colaboração na impressão deste Boletim. (www.bellacopy.com.br) pág. 3 pág. 5 pág. 4 pág. 2 pág. 6 SEGUNDA-FEIRA /19:30 às 21:00 Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão. TERÇA-FEIRA /19:30 às 21:00 • A vida de Yvonne do Amaral Pereira. • Curso de Orientação Mediúnica e Passes. • Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos. • Curso de Orientação e Treinamento para o Aten- dimento Fraterno. • Curso de Orientação para o Trabalho de Trata- mento Espiritual. • Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar/ livro: Mecanismos da Mediunidade). • Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o Invisível/livro: Recordações da Mediunidade QUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30 • Esperanto (término 19h). • Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível). QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo ( 2° Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon Denis (livro: Depois da Morte). 4 18:20 às 19:10 • Aprofundamento de O Livro dos Espíritos 4 19:30 às 21:00 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo ( 2° Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte). • Revista Espírita. Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30 • Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês). 4 09:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2 o e 4 o sábados do mês). 4 16:00 às 17:30 • Valorização da Vida (aberto a todos). • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo( 2° Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Curso de Orientação Mediúnica e Passes. O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês). • Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos. Cursos no C.E.I.C. Editorial Família – ideia genial A frase “Família, ideia genial de Deus” deu causa a várias reflexões e comentários. Será mesmo uma “ideia genial”? Se estudarmos os fundamentos doutrinários, veremos que sim, é uma ideia genial. Deus criou leis sábias e, dentre elas, a Lei de Sociedade que diz: “Deus fez o homem para viver em socieda- de. (...) No insulamento ele se embrutece e estiola”. (¹) Kardec nos fala que há duas espécies de famílias: as famílias formadas por laços espirituais e as famílias formadas pelos laços corporais. As primeiras são duráveis e se fortalecem com as reencarnações e aquelas formadas apenas pelos laços corporais são frágeis como a matéria e se extinguem com o tempo. (²). “A família é o grupo de espíritos normalmente necessitados, desajustados, em compromisso inadiável para a reparação, graças à contingência reencarnatória”. (³). Refletindo sobre esta colocação de Joanna de Ângelis, podemos observar a misericórdia de Deus que sempre nos dá oportunidade de construir laços de amor, levando-nos a ficar em sinto- nia com a lei maior do Universo: a Lei de Amor. Períodos difíceis acontecem em todo e qualquer empreendimento humano, mas, quando se pauta a caminhada nos ensinamentos de Jesus, fica mais fácil superar as dificuldades e adquirir resiliência. Poderíamos dar continuidade a tantas outras reflexões à luz da Doutrina Espírita, em cuja lite- ratura encontramos ricos ensinamentos. Porém, convidamos todos vocês para ampliar o estudo sobre a família, através do Encontro Espírita sobre a Família que a nossa Casa oferecerá neste mês. Não percam! Muitas bênçãos de Deus e Jesus para todas as famílias! (¹) O Livro dos Espíritos, questões 766 e 768. (²) O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XIV, item 8. (³) Estudos Espíritas, Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, lição 24.

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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220Fone : (21) 3252-1437

Ano IX - Edição 154 - JULHO / 2016www.irmaoclarencio.org.br

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio

pág.6

pág.2

pág.3

pág.4

pág.7

pág. 9

Vida Dádiva de Deus:Interseção na tragetória do espírito

Na Seara Mediúnica:Influências espirituais

pág.12Reflexão:Petição e resposta

pág. 11

Educação – Senda de Luz:Educaçãopág. 7

A Família na visão Espírita:Que fazes de teu filho

Deus Causa Primeira:Entregue a Deus

Semeando o Evangelho de Jesus:O óbulo da viúvaRevista Espírita:Suicídio dos animais

Estudando a Gênese:Espiritismo e ciência

Nesta Edição :

pág. 19Suplemento Infantojuvenil:A abóbora inútil

Agradecemos ao Bureau de Impressão Bella Copy pela colaboração na impressão deste Boletim.(www.bellacopy.com.br)

pág. 3

pág. 5

pág. 4

pág. 2

pág. 6

SEGUNDA-FEIRA /19:30 às 21:00• Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão.TERÇA-FEIRA /19:30 às 21:00• A vida de Yvonne do Amaral Pereira.• Curso de Orientação Mediúnica e Passes.• Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos.• Curso de Orientação e Treinamento para o Aten-dimento Fraterno.• Curso de Orientação para o Trabalho de Trata-mento Espiritual.• Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar/ livro: Mecanismos da Mediunidade).• Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o Invisível/livro: Recordações da MediunidadeQUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30• Esperanto (término 19h).• Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível).QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo ( 2° Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (livro: Depois da Morte).4 18:20 às 19:10• Aprofundamento de O Livro dos Espíritos4 19:30 às 21:00• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo ( 2° Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte).• Revista Espírita.Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30• Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês).4 09:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2o e 4o sábados do mês).4 16:00 às 17:30• Valorização da Vida (aberto a todos).• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo( 2° Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Curso de Orientação Mediúnica e Passes.• O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês).• Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos.

Cursos no C.E.I.C. Editorial

Família – ideia genialA frase “Família, ideia genial de Deus” deu causa a várias reflexões e comentários. Será

mesmo uma “ideia genial”?Se estudarmos os fundamentos doutrinários, veremos que sim, é uma ideia genial. Deus criou

leis sábias e, dentre elas, a Lei de Sociedade que diz: “Deus fez o homem para viver em socieda-de. (...) No insulamento ele se embrutece e estiola”. (¹)

Kardec nos fala que há duas espécies de famílias: as famílias formadas por laços espirituais e as famílias formadas pelos laços corporais. As primeiras são duráveis e se fortalecem com as reencarnações e aquelas formadas apenas pelos laços corporais são frágeis como a matéria e se extinguem com o tempo. (²).

“A família é o grupo de espíritos normalmente necessitados, desajustados, em compromisso inadiável para a reparação, graças à contingência reencarnatória”. (³).

Refletindo sobre esta colocação de Joanna de Ângelis, podemos observar a misericórdia de Deus que sempre nos dá oportunidade de construir laços de amor, levando-nos a ficar em sinto-nia com a lei maior do Universo: a Lei de Amor.

Períodos difíceis acontecem em todo e qualquer empreendimento humano, mas, quando se pauta a caminhada nos ensinamentos de Jesus, fica mais fácil superar as dificuldades e adquirir resiliência.

Poderíamos dar continuidade a tantas outras reflexões à luz da Doutrina Espírita, em cuja lite-ratura encontramos ricos ensinamentos. Porém, convidamos todos vocês para ampliar o estudo sobre a família, através do Encontro Espírita sobre a Família que a nossa Casa oferecerá neste mês. Não percam!

Muitas bênçãos de Deus e Jesus para todas as famílias!

(¹) O Livro dos Espíritos, questões 766 e 768.(²) O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XIV, item 8.(³) Estudos Espíritas, Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, lição 24.

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Clareando / Ano IX / Edição 154 / Julho . 2016 - Pág . 2

Deus - Causa Primeira

Universo e Vida, Áureo, psicografia de Hernani T. Sant’Anna, Editora FEB.

Se você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas : O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Com esse embasamento você saberá selecionar bons livros da Literatura Espírita.

• Sugestão do mês:

Entregue a Deus

Dia : 10 / 07 / 2016 - 16 horasCulto no Lar de

Leda Souza e Souza

Atividades Doutrinárias

Acesse oBoletIm Clareando

através do site www.irmaoclarencio.org.br

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InformatIvo do CeIC

Sugestão de Leitura

São muitos os corações que experimen-tam sofrimentos e que não dispõem das mesmas resistências que tu, interrogando--se como consegues avançar sem detença, apesar das rudes pelejas que travas. (...).

As resistências que demonstras diante dos inevitáveis testemunhos são resultados da tua entrega a Deus, deixando que Ele te conduza com firmeza e sabedoria, confor-me vem ocorrendo.

Fazes sempre a tua parte e aquela que te escapa, superior aos teus valores mentais e morais, deixas que seja realizada por Ele.

Em todos os transes, sabes que eles significam ver-dadeiras bênçãos, e os aceita com re-signação dinâmica, não permanecendo na lamentação, nem te entregando ao desânimo.

Na tua convivência com Deus já perce-bestes que Ele sempre está vigilante e ope-roso, ensejando-te os recursos superiores à tua capacidade atual de realização.

Por isso, avanças sempre no rumo da Grande Luz. (...).

Continua, desse modo, na tua postura de entrega a Deus.

O Pai Amantíssimo, que cuida da beleza

“Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”. (O Livro dos Espíritos, questão 1).

A prova da existência de Deus se encontra “Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá”. (O Livro dos Espíritos, questão 4).

das aves dos céus e do alimento, da alvura dos lírios e do seu perfume, que a tudo provê, não te deixaria de socorrer, fossem quais fossem os motivos que se erguessem entre ti e Ele, gerando dificuldades.

Em face da tua confiança na justeza das Leis Soberanas, as dores mais excru-ciantes e os desafios mais perturbadores tornam-se menores do que podem parecer, facultando-te enfrentá-los com naturalida-de e certa alegria interior.

Não ignoras que a cada lance vencido

alcanças um patamar de maior elevação do que o anterior. (...).

Avança, então, confiando em Deus, se-jam quais forem as armadilhas da existên-cia, todas elas defluentes das tuas necessi-dades interiores de ascensão.

Fonte: Libertação pelo Amor, Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, Editora LEAL.

Fazes sempre a tua parte e aquela que te escapa, superior aos teus valores mentais e morais, deixas

que seja realizada por Ele.

Universo e Vida, Áureo, psicografia de Hernani T. Sant’Anna, Editora FEB.

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Semeando o Evangelho de Jesus

O óbolo da viúva

Multa gente deplora não poder fazer todo o bem que desejara, por falta de recursos suficientes, e, se desejam pos-suir riquezas, é, dizem, para lhes dar boa aplicação. E sem dúvida louvável a intenção e pode até nalguns ser sin-cera. Dar-se-á, contudo, seja comple-tamente desinteressada em todos? Não haverá quem, desejando fazer bem aos outros, muito estimaria poder começar por fazê-lo a si próprio, por proporcio-nar a si mesmo alguns gozos mais, por usufruir um pouco do supérfluo que lhe falta, pronto a dar aos pobres o resto? Esta segunda intenção, que esses tais porventura dissimulam aos seus pró-prios olhos, mas que se lhes depararia no fundo dos seus corações, se eles os perscrutassem, anula o mérito do in-tento, visto que, com a verdadeira cari-dade, o homem pensa nos outros antes de pensar em si. O ponto sublimado da caridade, nesse caso, estaria em procu-rar ele no seu trabalho, pelo emprego de suas forças, de sua inteligência, de seus talentos, os recursos de que ca-rece para realizar seus generosos pro-pósitos. Haveria nisso o sacrifício que

“Eis que o Semeador saiu a semear.”

mais agrada ao Senhor. Infelizmente, a maioria vive a sonhar com os meios de mais facilmente se enriquecer de súbito e sem esforço, correndo atrás de quime-ras, quais a descoberta de tesouros, de uma favorável ensancha aleatória, do recebimento de inesperadas heranças, etc. Que dizer dos que esperam en-contrar nos Espíritos auxiliares que os secundem na consecução de tais obje-tivos? Certamente não conhecem, nem compreendem a sagrada finalidade do Espiritismo e, ainda menos, a missão dos Espíritos a quem Deus permite se comuniquem com os homens. Daí vem o serem punidos pelas decepções. (O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, nº 294 e nº 295).

Aqueles cuja intenção está isen-ta de qualquer ideia pessoal, devem consolar-se da impossibilidade em que se veem de fazer todo o bem que desejariam, lembrando-se de que o óbolo do pobre, do que dá privando-se do necessário, pesa mais na balança de Deus do que o ouro do rico que dá sem se privar de coi-sa alguma. Grande seria realmente

a satisfação do primeiro, se pudesse socorrer, em larga escala, a indigên-cia; mas, se essa satisfação lhe é ne-gada, submeta-se e se limite a fazer o que possa. Aliás, será só com o di-nheiro que se podem secar lágrimas e dever-se-á ficar inativo, desde que se não tenha dinheiro? Todo aquele que sinceramente deseja ser útil a seus irmãos, mil ocasiões encontrará de realizar o seu desejo. Procure-as e elas se lhe depararão; se não for de um modo, será de outro, porque nin-guém há que, no pleno gozo de suas faculdades, não possa prestar um serviço qualquer, prodigalizar um consolo, minorar um sofrimento fí-sico ou moral, fazer um esforço útil. Não dispõem todos, à falta de di-nheiro, do seu trabalho, do seu tem-po, do seu repouso, para de tudo isso dar uma parte ao próximo? Também aí está a dádiva do pobre, o óbolo da viúva.

Fonte: O Evangelho Segundo o Espi-ritismo, Allan Kardec, capítulo, itens 5 e 6, Editora FEB.

Estando Jesus sentado defronte do gazofilácio, a observar de que modo o povolançava ali o dinheiro, viu que muitas pessoas ricas o deitavam em abundância. - Nisso,veio também uma pobre que apenas deitou duas pequenas moedas do valor de dez centavos cada uma. - Chamando então seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu muito mais do que todos os que antes puseram suas dádivas no gazofilácio; - por isso que todos os outros deram do que lhes abunda, ao passo que ela deu do que lhe faz falta, deu mesmo tudo o que tinha para seu sustento. (São Marcos, cap. XII, vv. 41 a 44. - S. Lucas, cap. XXI. vv. 1 a 4).

1) Por que Jesus valorizou o óbolo da viúva?2) O que Jesus nos ensina nesta passagem: “Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu muito mais do que todos”?3) A falta de recursos materiais constitui impedimento para a prática da caridade?4) Aquele que se acha incapaz de ajudar o próximo com o pouco que tem, o fará se tiver muito?5) Por que não devemos

pedir bens materiais a Deus?5) Apenas com dinheiro podemos auxiliar o próximo?CONCLUSÃO:Todos somos chamados e sempre dispomos de meios para servir ao próximo. O mérito da nossa ajuda, entretanto, não

tem qualquer relação com o seu valor material, mas com a generosidade e o desprendimento que acompanham o gesto.

Fonte das reflexões: Roteiro Sistematizado para Estudo do livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, Fundação Allan Kardec, Editora Boa Nova, estudo 72.

Vamos refletir?

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Revista Espírita

Suicídio dos animais

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : Dr. HermannPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

"A prece é o resultado da ação do espírito que se volta para Deus, ou para núcleos de elevação espiritual, buscando apoio. Mas para isso, é necessário que haja uma determinação, um fortalecimanto, uma vontade capaz de conduzir o homem a este desempenho."

Há alguns dias o Morning Post contava a estranha história de um cão que se teria suicidado. O animal per-tencia a um Sr. Home, de Frinsbury, perto de Rochester. Parece que certas circunstâncias o tinham como sus-peito de hidrofobia e que, por con-seguinte, o evitavam e o mantinham afastado da casa tanto quanto possí-vel. Ele parecia experimentar muito pesar por ser assim tratado, e durante alguns dias notaram que estava de mau humor, sombrio e angustiado, mas sem mostrar ainda nenhum sin-toma da raiva. Quinta-feira viram-no deixar o seu nicho e dirigir-se para a residência de um amigo íntimo de seu dono, em Upnor, onde recusaram acolhê-lo, o que lhe arrancou um gri-to lamentoso.

“Depois de ter esperado algum tem-po diante da casa, sem conseguir ser admitido em seu interior, decidiu par-tir e viram-no ir para o lado do rio, que passa perto de lá, descer a ribanceira com passo deliberado; em seguida, e após voltar-se e soltar uma espécie de uivo de adeus, entrou no rio, mergu-lhou a cabeça na água e, ao cabo de um ou dois minutos, reapareceu sem vida à superfície”.

Segundo dizem, este ato de suicídio

“Allan Kardec, durante onze anos e quatro meses de trabalho intensivo (1858 – 1869), ofereceu-nos, ao vivo, toda a História do Espiritismo, no processo de seu desenvolvimento e sua propagação no século dezenove”. (Introdução, Revista Espírita de 1858, EDICEL).Assim se expressa Allan Kardec sobre a Revista Espírita, em O Livro dos Médiuns, item 35 (4º): “Variada coletânea de fatos, de explicações teóricas e de trechos isolados, que complementam o que se encontra nas duas obras precedentes (O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns, conforme item 35-3º), formando-lhes, de certo modo, a aplicação”.

extraordinário foi testemunhado por grande número de pessoas. O gênero de morte prova clara-mente que o animal não era hi-drófobo.

Este fato parece muito ex-traordinário. Sem dúvida encon-trará incrédulos. Contudo, diz o Droit, não lhe faltam preceden-tes.

A História nos conservou a lem-brança de cães fiéis, que se deram a uma morte voluntária, para não sobre-viverem aos seus donos. Montaigne cita dois exemplos tomados da Anti-guidade: “Hyrcanus, o cão do rei Ly-simachus, seu dono morto,

ficou obstinado sobre sua cama, sem querer beber nem comer, e no dia em que queimaram o corpo, correu e atirou-se ao fogo, onde foi queimado. O mesmo sucedeu com um cão cha-mado Pyrrhus, porque não saiu de cima do leito do seu dono desde que

este morreu; e quando o levaram, deixou-se levar e, finalmente, lançou--se na fogueira onde queimava o cor-po de seu Don”. (Ensaios, livro II, ca-pítulo XII). Nós mesmos registramos, há alguns anos, o fim trágico de um cão que, tendo incorrido na desgraça de seu dono, e não achando consolo,

tinha-se precipitado do alto de uma passarela no canal Saint-Martin. O re-lato muito circunstanciado que então fizemos do caso jamais foi contradita-do, nem deu lugar a qualquer reclama-ção das partes interessadas”.

(Petit Journal, 15 de maio de 1866).

Não faltam exemplos de suicídio entre os animais. Como foi dito aci-ma, o cão que se deixa morrer de ina-nição pelo pesar de haver perdido o dono, comete um verdadeiro suicídio. O escorpião, cercado por carvões em brasa, vendo que dali não pode sair, mata-se. É uma analogia a mais a constatar entre o espírito do homem e o dos animais.

Fonte: Revista Espírita, Allan Kar-dec, fevereiro de 1867, Editora FEB.

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Dos compromissos que tens diante da ensancha de viveres na Terra, o trabalho da educação dos teus filhos é dos mais significativos.

Constituindo-se em portentosa missão para os padrões do mundo, o labor da paternidade e da maternidade é daqueles que te poderá elevar a altos céus de ven-tura ou arrojar-te em bueiros de sombras de remorsos indizíveis.

O mundo, com todas as suas constitui-ções, instituições e costumes, vezes sem conta, tem-te feito chafurdar em valas de agonia, pelas dúvidas cruéis que te costumam assaltar no que se refere ao conduzimento dos filhos.

Deverá deixá-los fazer o que queiram, a fim de que te vejam como moderno e agradável?

Será melhor que os orientes para o que devem, de modo que te sintam como responsável e ami-go com o passar dos dias, ainda que hoje se rebelem, considerando-te um estra-ga prazer.

Deverás liberá-los para os vícios e li-cenças sociais, em nome do livre arbítrio deles?

Será melhor que os conduzas para a compreensão do valor do corpo carnal como instrumento de progresso, bem como para o fato de que toda liberdade real só tem sentido quando se assenta nos códigos da responsabilidade, mesmo que hoje te achem antiquado ou cafona.

Deverás liberá-los para a iniciação sexual dos enamoramentos infantis, que lhes poderão trazer insolúveis problemas?

Melhor seria que dialogasses com teus filhos, falando-lhes da seriedade

da relação afetiva de dois seres, e que mesmo diante da permissividade atual, na área da sexualidade como em tantas outras áreas, o sexo só tem valor ético e traz verdadeiras alegrias para a alma, à medida que quem o maneja tenha cres-cido psicológica e moralmente, a fim de que a sua prática não se converta numa ilhota de prazer pelo prazer, ocultando seus frutos, muitas vezes, nas fossas do abortamento, deixando profundas lesões emocionais, espirituais e mesmo físicas. Não te entristeças se, por enquanto, te lançarem a pecha de ultrapassado.

Deverás deixá-los à margem da tua fé, aguardando que possam optar sobre o que desejam seguir, quando ainda sejam crianças?

Melhor seria que compreendesses que a criança não está em condições para fazer escolhas e análises filosóficas, cabendo aos pais esse capítulo da sua orientação. Por outro lado, se deixas teus filhos sem os cuidados oriundos da tua crença, facilmente eles assimilarão, por influência do atavismo, as conveniências e acomodações mundanas, deixando sempre para mais tarde o envolvimento com o Cristo, o que se lhes converterá em sérios desastres, entendendo-se que

a grande leva de almas terrestres para aqui vêm, em razão das suas necessida-des de recomposição intelectual e moral, em função dos comprometimentos com o equívoco. Não te perturbes com a ati-tude dos que pensam diferente e, assim, queiram injetar-te suas ideias de fundo comodista, com laivos de aberrante ma-terialismo.

Vale que medites sobre o que fazes de teus filhos. Na certeza de que, em ver-dade, não te pertencem, será superválido que lhes ponhas na consciência os mapas da honestidade, da lealdade, da amizade.

Será importantíssimo que lhes apontes os rumos da fraternidade, da solidarie-dade, nas obras de Deus. Imprescindível que lhes orientes para o respeito a si mesmos, para o respeito aos semelhantes, coope-rando com o Criador para o erguimento do Reino do Bem no mundo.

Dialoga com teus fi-lhos com lúcida argu-mentação, ouvindo o que

têm a dizer-te com tranquilidade e compreensão, fazendo-os sentir que o nosso percurso humano é por demais meteórico e deveremos aproveitar o mundo para aprender e empreender o melhor, porque, como cidadãos do Universo, os lares da imensidão nos aguardam e todos nós, pais, filhos e irmãos na Terra, em realidade, somos todos irmãos, em Deus, na marcha de-terminada para a felicidade.

Fonte: Revelações da Luz, Camilo, psi-cografia de J. Raul Teixeira, Editora FRÁTER.

A Família na Visão Espírita

Para a sociedade o relaxamento dos laços de família seria uma recrudescência do egoísmo. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 775).

Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel”Paulo (I Timóteo, 5:6)

Que fazes de teu filho?Lembrai-vos de que a cada pai e a cada mãe perguntará Deus: Que fizestes do filho confiado a vossa guarda?

(E.S.E. cap. XIV, item 9)

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Estudando a Gênese

Espiritismo e ciência(*)

Assim como a Ciência propria-mente dita tem por objeto o estu-do das leis do princípio material, o objeto especial do Espiritismo é o conhecimento das leis do príncipio espiritual. Ora, como este último princípio é uma das forças da Na-tureza, a reagir incessantemente sobre o princípio material e reci-procamente, segue-se que o co-nhecimento de um não pode estar completo sem o conhecimento do outro. O Espiritismo e a Ciência se completam reciprocamente; a Ciência, sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria; ao Es-piritismo, sem a Ciência, fal-tariam apoio e comprovação. O estudo das leis da matéria tinha que preceder o da espi-ritualidade, porque a matéria é que primeiro fere os sentidos. Se o Espiritismo tivesse vindo antes das descobertas científi-cas, teria abortado, como tudo quanto surge antes do tempo.

Todas as ciências se enca-deiam e sucedem numa or-dem racional; nascem umas das outras, à proporção que acham ponto de apoio nas ideias e conhecimentos anteriores. A Astronomia, uma das primeiras cultivadas, conservou os erros da infância, até ao momento em que a Física veio revelar a lei das forças dos agentes naturais; a Química, nada podendo sem a Física, teve de acompanhá-la de perto, para depois marcharem ambas de acor-do, amparando-se uma à outra. A

Anatomia, a Fisiologia, a Zoologia, a Botânica, a Mineralogia, só se tor-naram ciências sérias com o auxílio das luzes que lhes trouxeram a Físi-ca e a Química. À Geologia nascida ontem, sem a Astronomia, a Física, a Química e todas as outras, teriam faltado elementos de vitalidade; ela só podia vir depois daquelas.

A Ciência moderna abandonou os quatro elementos primitivos dos an-tigos e, de observação em observa-

ção, chegou à concepção de um só elemento gerador de todas as trans-formações da matéria; mas, a maté-ria, por si só, é inerte; carecendo de vida, de pensamento, de sentimento, precisa estar unida ao princípio espi-ritual. O Espiritismo não descobriu, nem inventou este princípio; mas, foi o primeiro a demonstrar-lhe, por provas inconcussas, a existência;

estudou-o, analisou-o e tornou-lhe evidente a ação. Ao elemento ma-terial, juntou ele o elemento espiri-tual. Elemento material e elemento espiritual, esses os dois princípios, as duas forças vivas da Natureza. Pela união indissolúvel deles, fa-cilmente se explica uma multidão de fatos, até então, inexplicáveis (¹).

O Espiritismo, tendo por obje-to o estudo de um dos elementos constitutivos do Universo, toca

forçosamente na maior parte das ciências; só podia, por-tanto, vir depois da elabora-ção delas; nasceu pela força mesma das coisas, pela im-possibilidade de tudo se ex-plicar com o auxílio apenas das leis da matéria.

(*) Título criado para estes itens do capítulo. Título do capítulo completo: Caráter da Revelação Espírita.(¹) A palavra elemento não é empregada aqui no sentido de corpo simples, elementar, de moléculas primitivas, mas no de parte constitutiva do um todo. Neste sentido, pode dizer--se que o elemento espiritual tem parte ativa na economia do Universo, como se diz que

o elemento civil e o elemento militar figuram no cálculo de uma popula-ção; que o elemento religioso entra na educação; ou que na Argélia exis-tem o elemento árabe e o elementoeuropeu.

Fonte: A Gênese, Allan Kardec, capítulo I, itens 16 a 18, Editora FEB.

Esta obra “tem por objetivo o estudo dos três pontos até agora diversamente interpretados e comentados: a Gênese, os milagres e as predições, em suas relações com as novas leis que decorrem da observação dos fenômenos espíritas”.

(A Gênese, Introdução).

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Educação

Educação - Senda de Luz

Disse-nos o CRISTO: “brilhe vos-sa luz...” (¹).

E ele mesmo, o Mestre Divino, é a nossa divina luz na evolução pla-netária.

Admitia-se antigamente que a re-comendação do Senhor fosse mero aviso de essência mística, concla-mando profitentes do culto externo da escola religiosa a suposto relevo individual, depois da morte, na ima-ginária corte celeste.

Hoje, no entanto, reconhecemos que a lição de Jesus deve ser aplica-da em todas as condições, todos os dias.

A própria ciência terrena atual re-conhece a presença da luz em toda parte.

O corpo humano, devidamente es-tudado, revelou-se, não mais como matéria coesa, senão espécie de veí-culo energético, estruturado em par-tículas infinitesimais que se atraem e se repelem, reciprocamente, com o efeito de microscópicas explosões de luz.

A Química, a Física e a Astrono-mia demonstram que o homem ter-restre mora num reino entrecortado de raios.

Na intimidade desse glorioso im-pério da energia, temos os raios

mentais condicionando os elementos em que a vida se expressa.

O pensamento é força criativa, a exteriorizar-se, da criatura que o gera, por intermédio de ondas su-tis, em circuitos de ação e reação no tempo, sendo tão mensurável como o fotônio que, arrojado pelo fulcro lu-minescente que o produz, percorre o espaço com velocidade determinada, sustentando o hausto fulgurante da Criação.

A mente humana é um espelho de luz, emitindo raios e assimilando-os, repetimos.

Esse espelho, entretanto, jaz mais ou menos prisioneiro nas sombras espessas da ignorância, à maneira de pedra valiosa incrustada no cascalho da furna ou nas anfractuosidades do precipício. Para que retrate a irra-diação celeste e lance de si mesmo o próprio brilho, é indispensável se desentrance das trevas, à custa do es-meril do trabalho.

Reparamos, assim, a necessidade imprescritível da educação para to-dos os seres.

Lembremo-nos de que o Eterno Benfeitor, em sua lição verbal, fixou na forma imperativa a advertência a que nos referimos:

“Brilhe vossa luz.”

Isso quer dizer que o potencial de luz do nosso espírito deve fulgir em sua grandeza plena.

E semelhante feito somente pode-rá ser atingido pela educação que nos propicie o justo burilamento.

Mas a educação, com o cultivo da inteligência e com o aperfeiçoamen-to do campo íntimo, em exaltação de conhecimento e bondade, saber e virtude, não será conseguida tão só à força de instrução, que se im-ponha de fora para dentro, mas sim com a consciente adesão da vontade que, em se consagrando ao bem por si própria, sem constrangimento de qualquer natureza, pode libertar e po-lir o coração, nele plasmando a face cristalina da alma, capaz de refletir a Vida Gloriosa e transformar, conse-quentemente, o cérebro em preciosa usina de energia superior, projetando reflexos de beleza e sublimação.

Emmanuel

(¹) Mateus, 5:16 – Nota do autor es-piritual.

Fonte: Pensamento e Vida, psicogra-fia de Francisco Cândido Xavier.

“A Educação consiste na arte de formar os caracteres, incutir hábitos (...). Quando essa arte for conhecida, com-preendida e praticada o homem terá no mundo hábitos de ordem e de previdência para consigo mesmo e para com os seus, de respeito a tudo o que é respeitável”. (LE, q. 685- nota de Kardec).“Só a Educação poderá reformar os homens”. (LE, q. 796)

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Elucidações Doutrinárias

A questão do livre-arbítrio é uma das que mais têm preocupa-do filósofos e teólogos. Conciliar a vontade, a liberdade do homem com o exercício das leis naturais e a vontade divina, afigurava-se tan-to mais difícil quanto a fatalidade cega parecia, aos olhos de muitos, pesar sobre o destino humano. O ensino dos Espíritos veio eluci-dar esse problema. A fatalidade aparente, que semeia males pelo caminho da vida, não é mais que a consequência do nosso passado, que um efeito voltado so-bre a sua causa; é o complemento do pro-grama que aceitamos antes de renascer, atendendo assim aos conselhos dos nossos guias espiri-tuais, para nosso maior bem e ele-vação.

Nas camadas inferiores da cria-ção a alma ainda não se conhece. Só o Instinto, espécie de fatalidade, a conduz e só nos seus tipos mais evoluídos é que aparecem, como o despontar da aurora, os primeiros rudimentos das faculdades do ho-mem. Entrando na Humanidade, a alma desperta para a liberdade mo-ral. Seu discernimento e sua cons-ciência desenvolvem-se cada vez mais à proporção que percorre essa nova e imensa jornada. Colocada entre o bem e o mal, compara e es-colhe livremente. Esclarecida por suas decepções e seus sofrimentos, é no seio das provas que obtém a

“Deus não permite que ao homem tudo seja revelado neste mundo”. “O véu se levanta a seus olhos à medida que ele se depura”. “A Ciência lhe foi dada para seu adiantamento em todas as coisas; ele, porém, não pode ultrapassar os limites que Deus estabeleceu”.

(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 17, 18 e 19).

experiência e firma a sua estrutu-ra moral. Dotada de consciência e de liberdade, a alma humana não pode recair na vida inferior, ani-mal. Suas encarnações sucedem--se na escala dos mundos até que ela tenha adquirido os três bens imorredouros, alvo de seus longos trabalhos: a Sabedoria, a Ciên-cia e o Amor, cuja posse liberta-a, para sempre, dos renascimentos e da morte, franqueando-lhe o aces-so à vida celeste. Pelo uso do seu

livre-arbítrio, a alma fixa o próprio destino, prepara as suas alegrias ou dores. (...)

A Providência é o espírito su-perior, é o anjo velando sobre o infortúnio, é o consolador invisí-vel, cujas inspirações reaquecem o coração gelado pelo desespero, cujos fluidos vivificantes susten-tam o viajor prostrado pela fa-diga; é o farol aceso no meio da noite, para a salvação dos que er-ram sobre o mar tempestuoso da vida.

A Providência é, ainda, princi-palmente, o amor divino derraman-do-se a fluxo sobre suas criaturas. Que solicitude, que previdência nesse amor! (...)

A alma é criada para a felicida-

de, mas, para poder apreciar essa felicidade, para conhecer-lhe o jus-to valor, deve conquistá-la por si própria e, para isso, precisa desen-volver as potências encerradas em seu íntimo. Sua liberdade de ação e sua responsabilidade aumentam com a própria elevação, porque, quanto mais se esclarece, mais pode e deve conformar o exercido de suas forças pessoais com as leis que regem o Universo.

A liberdade do ser se exerce, portanto, dentro de um círculo limi-tado: de um lado, pelas exigências da lei natural, que não pode sofrer al-teração alguma e mesmo nenhum de-

sarranjo na ordem do mundo; de outro, por seu próprio passado, cujas consequências lhe refluem através dos tempos, até a comple-ta reparação. (...)

O destino é resultante, através de vidas sucessivas, de nossas pró-prias ações e livres resoluções. No estado de Espírito, quando somos mais esclarecidos sobre as nossas imperfeições e estamos preocupa-dos com os meios de atenuá-las, aceitamos a vida material sob for-ma e condições que mais nos pa-recem apropriadas a esse cometi-mento. (...)

Fonte: Depois da Morte, Léon De-nis, capítulo XL, Editora FEB.

"A fatalidade aparente, que semeia males pelo caminho da vida, não é mais que a consequência do nosso

passado..."

Livre arbítrio e providência

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Na Seara Mediúnica

Influências espirituaisCreia-se ou não, o intercâmbio

espiritual sucede, naturalmente, den-tro das leis de afinidade que regem a vida.

Onde o homem estagie o pensa-mento e situe os valores morais, aí ocorrem os mecanismos da sinto-nia, que facultam o intercurso espi-ritual.

Afinal, os Espíritos são os homens mesmos, desvestidos do invólucro material, prosseguindo conforme as próprias conquistas.

Quando atrasados, perseveram nos estados primeiros do seu processo de evolução; malévolos, continuam atados à malquerença; perversos, permanecem comprazendo-se nas aflições que promovem; invejosos, estagiam na paixão desgastante que os intoxica; perseguidores, dão lar-ga às tendências selvagens que cul-tivam; odientos, ampliam o círculo em que estertoram, contaminando aqueles que lhes tombam nas arma-dilhas.

Assim também ocorre com os que vivem a beleza e o amor, fomentam o trabalho e as artes, exercitam as vir-tudes e promovem o progresso, en-tesourando conquistas relevantes, de que se fazem depositários, irradiando o bem e mimetizando as criaturas que lhes facultam a assistência benéfica.

— * —

Não te permitas, desse modo, desli-zes morais.

Instaura o período da vigilância pessoal e vitaliza o dever na mente para exercê-lo nos sentimentos junto ao próximo.

Os que partem da Terra, forte-mente imantados aos vícios, reto-mam ávidos, sedentos, ansiosos, tentando continuar o infeliz progra-ma, ora interrompido, utilizando-se de áulicos afins que lhes cedam os órgãos físicos... Em consequência, a caravana das vítimas inermes, pa-decendo as rudes obsessões espiri-

Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é ine-rente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. (O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, item 159, Editora FEB).

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tuais, é muito grande.

— * —

Liberta-te das paixões inferiores, trabalhando as aspirações e plasman-do o futuro mediante a ação correta.

Muda os clichês mentais viciosos e renova as paisagens íntimas.

Faze a oração do silêncio, reflexio-nando sobre os reais valores da vida.

Vincula-te ao amor ao próximo, contribuindo de alguma forma para o bem de alguém, para o bem geral.

Sentindo açuladas as tendências negativas, desperta e reage, não te deixando hipnotizar pelos Espíritos perturbadores.

Sintoniza com Jesus, e Ele, o Ami-go Incondicional e Libertador, virá em teu socorro, favorecendo-te com a paz e a alegria.

Fonte: Alerta, Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Fran-co, lição 31, Editora LEAL.

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Noite de 22 de setembro de 1955.Com imensa alegria, recebemos

pela segunda vez a visita do Pro-fessor F. Labouriau que, contro-lando o médium, nos trouxe valio-so estudo, acerca da aura humana.

Meus amigos:Para alinhar algumas notas acer-

ca da aura humana, recordemos o que seja irradiação, na ciência atô-mica dos tempos modernos.

Temo-la, em nossas definições, como sendo a onda de forças dinâ-micas, nascida do movimento que provocamos no espaço, cujas ema-nações se exteriorizam por todos os lados.

Todos os corpos emitem ondula-ções, desde que sofram agitação ou que a produzam, e as ondas respec-tivas podem ser medidas pelo com-primento que lhes é característico, dependendo esse comprimento do emissor que as difunde.

A queda de um grânulo de chum-bo sobre a face de um lago, estabe-lecerá ondas diminutas no espelho líquido, mas a imersão violenta de um calhau de grandes proporções criará ondas enormes.

A quantidade das ondas for-madas por segundo pelo núcleo emissor é o fenômeno quedeno-minamos frequência, gerando oscilações eletromagnéticas que se fazem acompanhar da força de gravitação que lhes corres-ponde.

Assim é que cada corpo em mo-vimento, dos átomos às galáxias, possui um campo próprio de ten-são e influência, constituído pela ondulação que produz.

Para mentalizarmos o que seja um campo de influência, figuremo--nos uma lâmpada vulgar. Toda a área de espaço clareada pelos fó-tons que arroja de si expressa o campo que lhe é próprio, campo esse cuja influência diminui à me-dida que os fótons se distanciam do seu foco gerador, fragmentando-se ao infinito.

Qual ocorre com a matéria den-sa, sob estrita observação científi-ca, nosso espírito é fulcro de cria-ção mental incessante, formando para si mesmo um halo de eflúvios eletromagnéticos, com o teor de força gravitativa que lhes diz res-peito.

Nossos pensamentos, assim, te-cendo a nossa auréola de emana-ções vitais ou a ondulação que nos identifica, representam o campo em que nos desenvolvemos.

Mas se no físico a agitação da matéria primária pode ser instin-tiva, no plano da inteligência e da razão, em que nos situamos, pos-suímos na vontade a válvula de controle da nossa movimentação consciente, auxiliando-nos a di-rigir a onda de nossa vida para a ascensão à luz, ou para a descida às trevas.

Sentimentos e ideias, palavras e atos são recursos íntimos de trans-formação e purificação da nossa esfera vibratória, de conformida-de com a direção que lhes impri-mimos, tanto quanto as dores e as provas, as aflições e os problemas são fatores externos de luta que nos impelem a movimento renovador.

Sentindo e pensando, falando e

agindo, ampliamos a nossa zona de influência, criando em nós mesmos a atração para o engrandecimento na Vida Superior, ou para a miséria na vida inferior, segundo as nossas tendências e atividades para o bem ou para o mal.

Enriqueçamo-nos, pois, de luz, amealhando experiências santi-ficantes pelo estudo dignamente conduzido e pela bondade constru-tivamente praticada.

Apenas dessa forma regenera-remos o manancial irradiante de nosso espírito, diante do passado, habilitando-nos para a grandeza do futuro.

Constelações e mundos, almas e elementos, todos somos cria-ções de Deus, adstritos ao campo de nossas próprias criações, com o qual influenciamos e somos in-fluenciados, vivendo no campo universal e incomensurável da Força Divina.

Se nos propomos, desse modo, aprimorar nosso cosmo interior, caminhando ao encontro dos te-souros de amor e sabedoria que nos são reservados, sintonizemos, no mundo, a onda de nossa existên-cia com a onda do Cristo, e então edificaremos nas longas curvas do tempo e do espaço o atalho seguro que nos erguerá da Terra aos piná-culos da gloriosa imortalidade.

F. Labouriau

Fonte: Vozes do Grande Além, psicografia de Francisco Cândido Xavier, capítulo 15, Editora FEB.

Instruções de Além Túmulo

Acerca da aura humana

“São chegados os tempos em que os ensinamentos do Cristo têm de ser completados; em que o véu intencio-nalmente lançado sobre algumas partes desse ensino tem de ser levantado...”

(E.S.E., capítulo I, item 8).

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Vida - Dádiva de Deus

Penologia e EutanásiaP. — Quando uma pessoa vê diante de si um

fim inevitável e horrível, será culpada se abre-viar de alguns instantes os seus sofrimentos, apressando voluntariamente sua morte?

R. — É sempre culpado aquele que não aguarda o termo que Deus lhe marcou para a existência. E quem poderá estar certo de que, mau grado as aparências, esse termo tenha che-gado; de que um socorro inesperado não venha no último momento? (LE, questão 953).

... o próprio Cristo arrancou Lázaro às trevas do sepulcro, para que o amigo dileto conse-guisse dispor de mais tempo para completar o tempo necessário à própria sublimação. (Em-manuel)

Tão grande é a responsabilidade espiritual no suicídio, quanto na prática da eutanásia, ou morte suave, antecipada, conhecida na tradição popular por chá da meia-noite.

O suicídio, ou autoextermínio, constitui, sob o ponto de vista do Espiritismo, uma das mais sérias infrações às leis da vida.

Por ele, corta-se o fio da existência. É, as-sim, crime gravíssimo ante os códigos da Vida Imortal.

A eutanásia igualmente o é, seja por inicia-tiva de outrem ou do próprio indivíduo, seja através de processos violentos ou gradativos, pela ingestão de drogas letais, em doses con-tinuadas.

Entendemos, portanto, no suicídio e na eu-tanásia, tragédias morais, uma vez que ferem, frontalmente, a Vontade Divina, alterando-lhe os desígnios.

O suicídio, antecipando, conscientemente, a morte, é, em alguns casos, um, processo euta-násico.

A eutanásia, no entanto, executada à revelia da vítima, tem sentido de homicídio.

Nélson Hungria, grande penólogo brasilei-ro, em seus “Comentários ao Código Penal”, vol. V, arts. 121 a 136, oferece-nos valiosos subsídios contrários ao homicídio eutanásico, através de luminosos conceitos, de fundo es-sencialmente espírita.

Ouçamos o notável cultor das letras jurí-dicas: “Segundo um conceito generalizado, o homicídio eutanásico deve ser entendido como aquele que é praticado para abreviar piedosamente o irremediável sofrimento da vítima, e a pedido ou com o consentimento desta”, esclarecendo o eminente patrício que a tese de Binding e Hoche, autores alemães, “que patrocinavam a extensiva permissão da eutanásia, não teve ressonância alguma no di-reito positivo”.

E continua, inspirado: “O homem, ainda que irremediavelmente acuado pela dor ou mi-nado por um mal físico, não é precisamente a rês estropiada, que o campeiro abate. Repugna à razão e à consciência que se possa confundir com a prática deliberada de um homicídio o nobre sentimento de solidariedade e abnega-ção que manda acudir os enfermos e desgra-çados. Além disso, não se pode olvidar que o sofrimento é um fator de elevação moral (o destaque é nosso). Não nos arreceemos, nesta época de retomo ao espiritualismo, de formular também o argumento religioso: eliminar o so-frimento com, a morte é ato de estreito materia-lismo, é desconhecer que uma alma sobrevive ao perecimento do corpo e que a dor é o crisol em que essa alma se purifica e se redime para a sua progressiva ascensão às claridades eter-nas.” Ainda é nosso o destaque.

E, finalizando seus luminosos conceitos, es-creve o notável penólogo: “Mas, se devemos chorar sobre a dor alheia, quando sem cura e sem alívio, a lágrima de nossa compaixão e do nosso desespero, não podemos jamais inter-ceptar uma existência humana na sua função finalística, que se projeta além das coisas ter-renas.”

“A licença para a eutanásia deve ser repe-lida, principalmente, em nome do direito.” É ainda o consagrado Hungria.

Em face da Doutrina dos Espíritos, é o ho-micídio eutanásico um desrespeito às leis divi-nas, no que toca a um dos seus mais sublimes aspectos: o direito à vida!

“O indivíduo que autoriza a própria morte não está, não pode estar na integridade do seu

entendimento. O apego à vida é um sentimento tão forte, que o homem, no seu estado psíquico normal, prefere todas as dores e todos os calvá-rios à mais suave das mortes.”

“Defender a eutanásia é, sem mais nem me-nos, fazer a apologia de um crime. Não des-moralizemos a civilização contemporânea com o preconício do homicídio. Uma existência humana, embora irremissivelmente empolgada pela dor e socialmente inútil, é sagrada. A vida de cada homem, até o seu último momento, é uma contribuição para a harmonia suprema do Universo e nenhum artifício humano, por isso mesmo, deve truncá-la. Não nos acumplicie-mos com a Morte.”

Em que regiões pairava a mente de Nélson Hungria, quando insculpia tão luminosos con-ceitos, em desacordo com a jurisprudência de inúmeros países?

Fica a indagação...Muita vez, em nome da piedade, com a boa

intenção de abreviar ou suprimir sofrimentos do enfermo e de seus familiares e amigos, a eu-tanásia é praticada, o que lhe não tira a feição de assassínio.

Sem dúvida, boa é a intenção, porém o es-pírita, esclarecido, jamais a perfilhará, por en-tender, acima de tudo, que o sofrimento cris-tãmente suportado, até o final da existência corpórea, pode representar o término, o epílogo de provas necessárias à criatura, com vistas à Vida Maior.

A luz da Doutrina dos Espíritos, compreen-de que no instante derradeiro o socorro divino pode levantar o quase morto; restituí-lo à dinâ-mica da vida, graças aos infinitos recursos da Espiritualidade Superior.

Em nome do amor e da consolação, compre-ensíveis ante a intensidade do sofrimento, nas moléstias consideradas, sob o ponto de vista humano, incuráveis, não devemos subtrair do companheiro em processo redentor a oportuni-dade do resgate.

Fonte: O Pensamento de Emmanuel, Mar-tins Peralva, Editora FEB.

Interseção na trajetória do espírito

“Desconheceis as reflexões que seu Espírito (do agonizante) poderá fazer nas convulsões da agonia e quantos tormentos lhe pode poupar um relâmpago de arrependimento. (...) Minorai os derradeiros sofrimentos, quanto puderdes; mas, guardai-vos de abreviar a vida, ainda que de um minuto, porque esse minuto pode evitar muitas lágrimas no futuro”. (S. Luís).

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo V, item28).

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Reflexão

“Entre o pedido terrestre e o Suprimento Divino, é imperioso funcione a alavanca da vontade humana, com decisão e fir-meza, para que se efetive o auxílio solicitado.Buscando as concessões do Céu, desistamos de lhes opor a barreira dos nossos caprichos próprios.

* * *Suplicamos no mundo: Senhor, dá-nos a paz.Se persistimos, no entanto, a remoer conflito e ressentimento, cozinhando mágoas e esquentando desarmonia, decerto que a tranquilidade só encontrará caminho para morar conosco, quando tivermos esquecido as farpas da dissensão.

* * *Imploramos: Senhor, dá-nos saúde.Se continuamos, porém, acalentando sintomas e solenizando quadros mentais enfermiços, é indiscutível que o remédio só terá eficácia, em nosso auxílio, quando estivermos decididos a liquidar com as ideias de lamentação e doença.

* * *Pedimos: Senhor, dá-nos prosperidade.Mas se teimamos em dilapidar o tempo, reclamando contra o destino e hospedando chorosas rebeldias, é forçoso reconhe-cer que só adquiriremos progresso e reconforto, quando largamos queixa e azedume, concentrando esforços em melhoria e trabalho.

* * *Rogamos: Senhor, dá-nos compreensão.Se prosseguirmos, entretanto, censurando e criticando os outros, a descortinar faltas alheias, sem cogitar das próprias deficiências, é óbvio que só atingiremos a luz e a segurança do entendimento, quando nos voltarmos sinceramente para dentro de nós mesmos, verificando que somos tão humanos e tão falíveis quanto aqueles irmãos dos quais nos julgávamos muito acima.

* * *Confiemos em Deus e supliquemos o amparo de Deus, mas, se quisermos receber a Bênção Divina, procuremos esvaziar o coração de tudo aquilo que discorde das nossas petições, a fim de oferecer à Bênção Divina, clima de aceitação, base e lugar.”

Fonte: Rumo Certo, Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, Editora FEB.

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Relembrando as Passagens de Jesus

Anseio por um mundo novo

Aviso Importante Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das Reuniões Públicas, e para jovens, nos

horários das Reuniões Públicas Noturnas.

Jesus desceu da montanha com os doze apóstolos e parou num lugar plano. Estava aí numerosa multi-dão dos seus discípulos com mui-ta gente do povo de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e Sidônia. Foram para ouvir Jesus e serem curados de suas doenças. E aqueles que estavam atormentados por espíritos maus foram curados. Toda a multidão procurava tocar em Jesus, porque uma força saía dEle e curava todos.

Levantando os olhos para os discípulos, Jesus disse: “Feli-zes de vocês, os pobres, porque o Reino de Deus lhes pertence. Felizes de vocês que agora hão de rir. Felizes de vocês se os ho-mens os odeiam, se os expulsam, os insultam e amaldiçoam o nome de vocês, por causa do Filho do Homem. Alegrem-se nesse dia, pulem de alegria, pois será gran-de a recompensa de vocês no céu, porque era assim que os antepas-sados deles tratavam os profetas. Mas, ai de vocês, os ricos, porque já têm a sua consolação! Ai de vo-cês que agora têm fartura, porque vão passar fome! Ai de vocês que agora riem, porque vão ficar aflitos e irão chorar! Ai de vocês se todos os elogiam, porque era assim que os antepassados deles tratavam os falsos profetas”.

(Lucas, 6, VV 12 a 26).

O povo vem de todas as partes ao encontro de Jesus, porque a ação dEle faz nascer a esperança de uma sociedade nova, li-bertada da alienação e dos males que afligem os homens. Os vv. 20-26 proclamam o cerne de toda a atividade de Jesus: produzir uma sociedade justa e fraterna. Para isso, é preciso libertar os pobres e famintos, os aflitos e os que são perseguidos por causa da justiça. Isso, porém, só se alcança denunciando aqueles que geram a pobreza e a opressão depondo-os dos seus privilégios. Não é possível abençoar o pobre sem libertá-lo da pobreza. Não é possível libertar o pobre da pobreza sem denunciar o rico para libertá-lo da riqueza.

Fonte: Bíblia Sagrada, Novo Testamento, edição pastoral, Edi-ções Paulinas.

E assim nos relatam os evangelistas.

Esclarecendo:

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Notas Espirituais - Obras de André Luiz

Círculos da terra, do umbral e das trevas(*)

(Diálogo entre André Luiz e o bon-doso enfermeiro do Auxílio Lísias).

Narrativa de André Luiz: Foi, en-tão, que me lembrei de interpelá-lo sobre uma coisa que, de algumas ho-ras, me torturava a mente. Referira-se o Governador, quando nos dirigiu a palavra, aos círculos da Terra, do Um-bral e das Trevas, mas, francamente, não tinha eu, até então, qualquer no-tícia deste último plano. Não seria re-gião trevosa o próprio Umbral, onde vivera, por minha vez, em sombras densas, durante anos consecutivos? Não via, nas Câmaras, numerosos desequilibrados e doentes de toda espécie, procedentes das zonas um-bralinas? Recordando que Lísias me dera esclarecimentos tão valiosos da minha própria situação, no início da minha experiência em “Nosso Lar”, confiei-lhe minhas dúvidas íntimas, expondo-lhe a perplexidade em que me encontrava.

Ele esboçou uma fisionomia bas-tante significativa, e falou:

Lísias: - Chamamos Trevas às re-giões mais inferiores que conhece-mos.

Considere as criaturas como itine-rantes da vida. Alguns poucos seguem resolutos, visando ao objetivo essen-cial da jornada. São os espíritos no-bilíssimos, que descobriram a essên-cia divina em si mesmos, marchando para o alvo sublime, sem vacilações. A maioria, no entanto, estaciona. Te-mos, então, a multidão de almas que demoram séculos e séculos, recapi-tulando experiências. Os primeiros seguem por linhas retas. Os segundos caminham descrevendo grandes cur-vas. Nessa movimentação, repetindo marchas e refazendo velhos esforços,

ficam à mercê de inúmeras vicissitu-des. Assim é que muitos costumam perder-se em plena floresta da vida, perturbados no labirinto que tracejam para os próprios pés. Classificam-se, aí, os milhões de seres que perambu-lam no Umbral. Outros, preferindo ca-minhar às escuras, pela preocupação egoística que os absorve, costumam cair em precipícios, estacionando no fundo do abismo por tempo indeter-minado. Compreendeu? (...)

André Luiz: - Contudo, Lísias, pode-rá você dar-me uma ideia da localização dessa zona de Trevas? Se o Umbral está ligado à mente humana, onde ficará se-melhante lugar de sofrimento e pavor?

Lísias: - Há esferas de vida em toda parte - disse ele, solícito -; o vácuo sempre há de ser mera imagem lite-rária. Em tudo há energias viventes e cada espécie de seres funciona em de-terminada zona da vida. (...)

Lísias: – Naturalmente, – como aconteceu a nós outros –, você si-tuou como região de existência, além da morte do corpo, apenas os círcu-los a se iniciarem da superfície do globo para cima, esquecido do nível para baixo. A vida, contudo, palpita na profundeza dos mares e no âmago da terra. Além disso, há princípios de gravitação para o espírito, como se dá com os corpos materiais. A Terra não é somente o campo que podemos ferir ou menosprezar, a nosso bel-prazer. É organização viva, possuidora de certas leis que nos escravizarão ou libertarão, segundo nossas obras. É claro que a alma esmagada de culpas não poderá subir à tona do lago ma-ravilhoso da vida. Resumindo, devo lembrar que as aves livres ascendem

às alturas; as que se embaraçam no ci-poal sentem-se tolhidas no voo, e as que se prendem a peso considerável são meras escravas do desconhecido. Percebe?

Narrativa de André Luiz: Lísias, porém, não precisaria fazer-me esta pergunta. Avaliei, de pronto, o quadro imenso de lutas purificadoras, a desenhar-se ante meus olhos espirituais, nas zonas mais baixas da existência. Como alguém que precisa ponderar bastante, para exprimir-se, o companheiro pensou, pensou... e concluiu:

Lísias: - Qual acontece a nós ou-tros, que trazemos em nosso íntimo o superior e o inferior, também o plane-ta traz em si expressões altas e baixas, com que corrige o culpado e dá passa-gem ao triunfador para a vida eterna. Você sabe, como médico humano, que há elementos no cérebro do homem que lhe presidem o senso diretivo. Hoje, porém, reconhece que esses ele-mentos não são propriamente físicos e sim espirituais, na essência. Quem estime viver exclusivamente nas som-bras, embotará o sentido divino da direção. Não será demais, portanto, que se precipite nas Trevas, porque o abismo atrai o abismo e cada um de nós chegará ao local para onde esteja dirigindo os próprios passos.

(*) Título criado para este trecho do capítulo. Título do capítulo: As Tre-vas.

Fonte: Nosso Lar, André Luiz, psi-cografia de Francisco Cândido Xa-vier, capítulo 44 (trechos), Editora FEB.

“A vida não cessa. A vida é fonte eterna e a morte é o jogo escuro das ilusões. (...). Permutar a roupagem física não decide o problema fundamental da iluminação (...). É preciso muito esforço do homem para ingressar na academia do Evangelho do Cristo ...”.

André Luiz. (Nosso Lar, capítulo Mensagem de André Luiz, Editora FEB).

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Clareando / Ano IX / Edição 154 / Julho . 2016 - Pág . 15

Artigo

Melhor é repelirmos modismos

CEI – Europa estuda Yvonne PereiraA Coordenadoria do Conselho Internacional para a Europa (CEI – Europa) promoveu reu-nião na cidade de Basel, na Suíça, dias 2 e 3 de abril de 2016. Na oportunidade ocorreu o 1º Encontro Europeu para os Trabalhadores da Área da Mediunidade, focalizando a médium Yvonne do Amaral Pereira. O tema foi: “Mediunidade e Redenção: o exemplo de Yvonne do Amaral Pereira”.

Fonte: Revista Internacional de Espiritismo, maio-2016, Editora O Clarim.Link para consulta. http://grupochicoxavier.com.br/cei-europa-estuda-yvonne-pereira/

Para que nos imunizemos das perma-nentes investidas dos modismos que amea-çam cada vez mais os conceitos basilares da Terceira Revelação, é importante colocar em pauta, a guisa de alerta geral, reflexões que venham subsidiar reações audaciosas acopladas aos princípios cristãos.

O Espiritismo tem conceitos filosóficos de estruturas sólidas com proposta de su-bida racionalidade para a conduta huma-na. Não endossa quaisquer inquietações de ideias apressadas advindas de pretensos “mestres” que explodem em sugestões de práticas “modernas” para o Espiritismo.

A propósito das açodadas enxertias es-tranhas, complexas e esdrúxulas de alguns núcleos que se dizem espíritas, recorremos a Juvanir Borges de Souza, quando, em seu artigo publicado no Reformador de abril de 1996, entre outras reflexões adverte:

“Precatemo-nos, pois, contra os afoba-dos, os precipitados, que pretendem intro-duzir novidades no Espiritismo (...). (...) as Casas Espíritas e os espíritas precisam estar atentos contra a invasão de práticas não espíritas, de modismos prejudiciais de variada origem (...).”

O Espírito Vianna de Carvalho, na psico-grafia de Divaldo Pereira Franco, também admoesta (vide matéria intitulada Integra-ção Doutrinária - Reformador de abril de 1996):

“Mesmo sem um conhecimento real e profundo dos seus postulados científicos, das suas explicações filosóficas e da sua ética moral e religiosa, pessoas inadverti-das investem com frequência apresentando teses ingênuas e passadistas, métodos pro-

fanos transitórios, recursos culturais, de-sejosos de introduzi-los no Movimento, sempre ávido de novidades, porque cons-tituído por indivíduos quase sempre de-sequipados do conhecimento doutrinário em trânsito ligeiro pelas suas fileiras.”

Médiuns que não se orientam nos li-vros da Codificação entregam-se inermes aos planos ardilosos dos obsessores que subjugam, insuflando-lhes os mais bi-zarros conceitos e as mais estranhas prá-ticas, mormente nos viciosos relatos das vidências “mediúnicas” e nas famosas cirurgias “espirituais”, além de outras miraculosas terapias que vão das pirâmi-des às pedras cristalizadas num flagrante atentado contra o Espiritismo.

Existe, atualmente, nas hostes doutri-nárias, uma perigosa exaltação do me-diunismo, pelo qual os inimigos da luz impõem movimentos massificadores de efeitos retumbantes, objetivando clara-mente o aprisionamento mental e a escra-vidão psíquica dos incautos e ignorantes.

Obcecados, os inovadores de ocasião visam a desestabilizar o Movimento Doutrinário, desacreditando o Espiritis-mo para desacelerar a implantação do Consolador na Terra.

Atentemos, pois, para uma grave ad-vertência do insigne Léon Denis (No Invisível -página 9 - 17ª edição - 1996 - FEB).

“O Espiritismo será o que o fizerem os homens.”

Realmente, são os homens que con-correm para as confusões doutrinárias, lançando ideias pessoais como se fossem

princípios Kardequianos e sempre acei-tando e propagando mensagens duvido-sas, criando seus espiritismos particulares em prejuízo do corpo integral da Doutri-na.

A Doutrina Espírita é a renovação da mensagem do Cristo para a restauração dos códigos evangélicos na sua feição primitiva; portanto, ante as investidas das novidades desses modismos místicos, lembremos a lição de Kardec (O Livro dos Médiuns - Capítulo XX nº 230 - men-sagem de Erasto, página 290 - 61ª edição - 1995 - FEB).

“Melhor é repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade, uma só teo-ria errônea.”

Obviamente, o Centro Espírita é o ins-trumento mais importante para o fortale-cimento dos códigos divinos, expressos nas mensagens espíritas; contudo, esteja-mos atentos com os inovadores descom-promissados com a Doutrina. Usando o bom senso de forma estoica não admita-mos que a prática espírita saia dos trilhos da simplicidade e dos fundamentos da Codificação Kardequiana.

É necessário combater as invasões indesejáveis de modismos e teses absurdas nos Centros Espíritas, para que a luz no Paracleto seja mantida acesa, consoante esperam os coordenadores es-pirituais nesse transcendente projeto para a Terra.

Jorge Hessen

Fonte: Reformador – outubro 1996

Notícia - Espiritismo

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Artigo

A lição sabemos de cor só nos resta aprender“Observando conversas que

acontecem ao nosso redor, seja na antessala de um consultório, na fila de um banco, em um ponto de ônibus ou em outro lugar qual-quer, frequentado coletivamente, em poucos minutos, percebemos que quase sempre estamos rodea-dos por pessoas que parecem capa-citadas para apresentar a solução ideal para tudo que demande so-lução. Deparamo-nos com alguém opinando desde as mais singelas, como sobre a melhor receita para curar gastrite ou a para deixar pães de queijo mais crocantes, até a respeito do sabão em pó que lava melhor ou o shampoo que dá aos cabelos mais brilho. E não adianta você argumentar que o seu meio também leva a bom resultado, pois, para aquele que opina, do jeito que você faz estará sempre errado.

Até aí tudo bem, às questões banais não vale a pena despender energia com teimosias ditadas pela vaidade de deter a última palavra. Melhor aparentar ter acatado o pa-recer e continuar a proceder à sua moda.

Situação pior é quando o cidadão tem o seu emprego, que lhe confe-re responsabilidades e privilégios com remuneração de acordo com o cargo e, não satisfeito com o que lhe compete fazer bem, começa a censurar o trabalho alheio sem co-nhecimento e tampouco experiên-cia para tanto.

Podemos possuir nosso enten-dimento sobre como desempenhar determinados serviços e mesmo não concordar com a maneira como vem sendo desenvolvido, mas alardear os desacertos ou pon-tos fracos dos nossos semelhantes,

além de desrespeitoso, é falta de educação moral. Afinal, como nos sentiríamos, se mesmo imbuídos do melhor propósito, viéssemos a falhar e logo em seguida víssemos a nossa falha propagada tal qual fôssemos a mais indigna criatu-ra? É caso para refletirmos e, an-tes de impulsivamente apontarmos o lapso, nos colocarmos no lugar daquele que difamamos. Será que saberíamos acatar com 100% de indiferença as críticas não cons-trutivas? Além de tudo, é sabido que aprendemos mais com as ex-periências provenientes de nossos erros do que com o que realizamos acertadamente, pois, na maioria das vezes, os acertos pertencem àquela parcela de ações esperadas, enquanto que os erros nos levam à meditação e ao amadurecimen-to de expressão na vida. Então, se quem é expectador de quem atua insistir em manter-se na condicio-nal do tipo “Se fosse eu teria feito de tal modo”, “Se eu estivesse no lugar de fulano agiria de tal manei-ra”, estará desperdiçando momen-tos preciosos que poderiam ser destinados ao automelhoramento em vez de ficar tentando vivenciar hipoteticamente experiências que não lhe competem. É simples falar quando não se está de fato compro-metido nem com o conhecimento e muito menos com o dever da ques-tão. Tais opiniões, em algumas cir-cunstâncias, soam constrangedo-ramente aos ouvidos dos que, por nos conhecerem, sabem que não teríamos habilidade para agir me-lhor.

Desta forma, haverá razão para censurarmos com tanta veemên-cia profissionais a quem não te-

mos condições de nos equiparar por despreparo para o ofício? Na vida material, não raramente tare-fas, funções, missões representam provas difíceis e, que na maioria das vezes, só quem desempenha sabe a tensão emocional que gera, e, quem sabe, se vindo realmente acontecer o erro, a sua punição já não esteja contida na consciência do autor? Porém, generalizando, todos nos supomos aptos a esca-lar melhor que o técnico uma Se-leção de Futebol, bem como nos achamos capazes de solucionar as crises de governo do País. Pre-sunçosamente, imaginamos deter a fórmula mágica para todos os males. Se cada qual começar por melhorar a si próprio, tanto inte-lectualmente quanto moralmente, um dia chegará em que consegui-remos dar opiniões mais abaliza-das, porque, por enquanto, falar por falar é fácil. Entretanto, como apregoa a sabedoria popular que de médico e louco todos temos um pouco...

Ainda bem que isso é transitório e um dia a gente evolui.

(... “A lição sabemos de cor, só nos resta aprender...” são versos da canção” Sol de Primavera”, de Beto Guedes e Ronaldo Bastos).

Sandra Lado Cês Duarte

Complementação doutrinária:Verdadeiro sentido da palavra ca-ridade, como a entendia Jesus: “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros e perdão das ofensas”. (L.E. questão 886).

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Onde estará?

Cenas da Vida

A senhora, elegantemente trajada, comparece na porta-ria do lar espírita para buscar a criança que pretendia ado-tar.

– Quero perfilhar! – dizia a dama. – Tomarei todas as providências, mas quero es-colher.

E a diretora começou as apresentações.

– Esta não – falava a se-nhora, fitando doce menina de olhos escuros –, é morena demais.

E analisando uma por uma, continuava as apreciações:

– Esta não, tem jeito de se-relepe...

– Este não, tem olhos de gato assustado...

– Este não, está remelento...– de olhar muito frio...

– Esta não, é muito anêmi-ca...

Findo o exame de trinta e dois pequeninos, a senhora perguntou:

– E os outros? Onde estará a criança que eu busco?

Mas a diretora respondeu, com serenidade:

– Minha irmã, a senhora me perdoe, mas o nosso esto-que acabou e creio que agirá com acerto se procurar sua encomenda no Céu, pois, nas condições que deseja, penso que somente encontrará a sua criança entre os anjos...

Fonte: Almas em Desfile, Hilário Silva, psicografia de Francisco Cândido Xavier, lição 14, Editora FEB.

“Sim, em toda parte e em todos os dias, há desfile de almas. A vida garante a exibição. E cada pedaço do mundo é recanto de passarela por onde transitam as criaturas, dando mostras de si mesmas”.

Hilário Silva Fonte: Almas em Desfile, Introdução.

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"D entro de nós ainda existe uma selva onde se ocultam as feras do nosso personalismo... Correrá muito tempo, até que sejamos completamente desbravados pelo Evangelho.." Fonte: "Orações de Chico Xavier" - Carlos A. Baccelli

Lembrete Carinhoso aos Médiuns

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Estudar Kardec é libertar-se de dogmas, crendices e superstições. É aprender a viver como espírito imortal, a caminho da perfeição. “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.

Jesus, (João, 8:32)

“ Dedica uma das sete noites da semana ao

Culto do Evangelho no Lar, a fim de que Jesus

possa pernoitar em tua casa.”Joanna de ÂngelisFonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

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O Espaço universal é infinito ou limitado?“Infinito. Supõe-no limitado: que haverá para lá de seus limites? Isto te confunde a razão, bem o sei; no entanto, a razão te diz que não pode ser de outro modo. O mesmo se dá com o infinito em todas as coisas. Não é na pequenina esfera em que vos achais que podereis compreendê-lo.”Nota de Kardec: Supondo-se um limite ao Espaço, por mais distante que a imaginação o coloque, a razão diz que além desse limite alguma

coisa há e assim, gradativamente, até ao infinito, porquanto, embora essa alguma coisa fosse o vazio absoluto, ainda seria Espaço.O vácuo absoluto existe em alguma parte no Espaço universal?“Não, não há o vácuo. O que te parece vazio está ocupado por matéria que te escapa aos sentidos e aos instrumentos.”

Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 35 e 36, Editora FEB.

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Suplemento Infantojuvenil

A abóbora inútil

Querido leitorIndicaremos mensalmente um bom livro doutrinário infantojuvenil, escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?

Dica do mês :

a Cura do Cego de JerICó,adeIlson salles, edItora feB.

Certa abóbora cresceu forte e sadia num lindo quintal.Quando pequenina, sonhava em ser alguém de valor e

ficava horrorizada quando suas irmãs, as outras abóboras, eram levadas para servir de comida na mesa do patrão.

Ficava pálida de susto sempre que alguém aparecia, tor-cendo para não ser a escolhida.

Com o passar do tempo, tornou-se uma linda abóbora de casca alaranjada, dura e reluzente. Estava no auge de suas condições físicas e sentia- se orgulhosa de si mesma.

Quando alguém se aproximava procurando uma bela abóbora para fazer um refogado ou um saboroso doce, ela se encolhia, apavorada, escondendo-se das mãos hábeis na poda, afirmando:

— Eu é que não vou servir de alimento para ninguém! Vejam se tem cabimento!

Quando uma criança surgia, nas noites frias de junho, procurando uma abóbora para brincar, ela aconchegava-se às folhas procurando passar despercebida.

E ao ver uma de suas irmãs no alto do mourão da cerca, sem o miolo e com os olhos, nariz e boca iluminados por uma vela, para assustar os incautos, na brincadeira infan-til, ela balançava a cabeça, afirmando, convicta:

— Jamais me prestarei a esse papel. Que vexame!As outras irmãs, resignadas e conscientes da sua condi-

ção, lhe diziam: — Esse é nosso destino. Para que servirá nossa vida se não formos úteis de alguma maneira? Quem fará nossa tarefa?

Mas a linda abóbora, balançando a cabeleira de cachos de folhas, retrucava:

— Não eu. Desejo outra vida para mim. Não me pres-tarei a ser devorada. Muito menos a servir de espantalho para ninguém.

As outras se calavam, percebendo que não adiantava conversar, porque ela não mudaria de ideia.

O tempo foi passando. Daquela safra de abóboras pou-cas restavam. Cada qual tinha sido encaminhada para seu

“Quando você ensina, transmite. Quando você educa, disciplina. Mas, quando você evangeliza, salva”. (Amélia Ro-drigues).

destino e as últimas, que já não estavam tão boas, foram servir de alimentação aos porcos.

Mas aquela abóbora tão bem se escondeu no meio da vegetação aproveitando um buraco existente no solo, que passou despercebida.

Quando o empregado foi fazer a limpeza do terreno para novo plantio, encontrou-a bem escondidinha, suja de terra e toda estragada pelos vermes. Chamou o patrão e perguntou:

— Veja o que encontrei! Esta velha, suja e feia abóbora! O que faremos com ela?

O patrão olhou com asco e respondeu cheio de desprezo:— Jogue-a no lixo! Do jeito que está não serve nem mes-

mo para alimentar os porcos. É uma pena, porém não po-derá ser aproveitada. E a pobre abóbora, que desejara tanto um destino diferente, foi atirada no meio do lixo, cheia de arrependimento e de tristeza pela oportunidade que tinha perdido.

Compreendeu, afinal, que todos têm uma tarefa a cum-prir, e que a dela, abóbora, era servir às pessoas.

Cheia de humilhação, pois era muito orgulhosa, em meio aos detritos do monturo, tanto chorou e suplicou uma nova oportunidade que Deus a atendeu.

Após algum tempo, suas sementes caíram na terra e so-freram uma transformação.

E quem passasse perto daquele monte de lixo poderia ver uma linda plantinha, forte e sadia, que brotava rompendo o solo.

E essa plantinha se transformou num belo pé de abóbo-ras que, cheia de felicidade,

via os frutos nascendo, tenros e macios, para uma nova vida que o Senhor lhe concedera.

Autora: Tia Célia (Célia Xavier de Camargo)

Fonte: Revista O Consolador (www.oconsolador.com.br)