Curso de Graduação em Medicina · Bibliotecária Jadiana Dantas Castro CRB1/3.010 U58p...
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Projeto Pedagógico de Curso
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Reitor Jardelino Menegat Pró-Reitor Acadêmico Daniel Rey de Carvalho Pró-Reitor de Administração Júlio César Lindemann Diretora da Escola de Saúde e Medicina Cristine Savi Fontanive Diretora da Escola de Educação, Tecnologia e Comunicação Anelise Pereira Sihler Diretor da Escola de Exatas, Arquitetura e Meio Ambiente Douglas José da Silva Diretor da Escola de Humanidades, Negócios e Direito José Eduardo Pires Campos Junior Coordenador do Curso de Medicina Osvaldo Sampaio Netto
Projeto Pedagógico de Curso
3
Série UCB Legislação e Normas UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - ESCOLA DE SAÚDE E MEDICINA Normalização Gerente Sistema de Bibliotecas Leila Barros Cardoso Oliveira Elaboração Núcleo Docente Estruturante Osvaldo Sampaio Netto Antônio Carlos de Souza Demétrio Antônio Goncalves da Silva Gomes Nadja Nóbrega de Queiroz Tânia Torres Rosa Tatiana Fonseca da Silva Assessores do Curso de Medicina Antônio Carlos de Souza Claudia Mendonça Magalhaes Gomes Garcia Coordenadora-Geral Acadêmica Sandra Mara Bessa Ferreira Coordenadora-Geral de Planejamento e Avaliação Denise Maria dos Santos Paulinelli Raposo Assessoras da Coordenação-Geral Acadêmica Ana Paula Costa e Silva Chris Alves Cynthia Vieira Rodrigues Jussara Mendonça de Oliveira Seidel Mércia Helena Sacramento Yara Dias Fortuna Equipe Editorial/Revisão Aline Teixeira de Souza Kelmara Nunes Reis da Silva Priscilla Maria Silva dos Santos Projeto Gráfico e Capa Gerência de Relacionamento e Comunicação Sette Graal
Universidade Católica de Brasília – EPCT QS 7 Lote 1 – Águas Claras, DF - CEP: 71966-700
(61) 3356-9000 www.ucb.br
Ficha elaborada pelo Sistema de Bibliotecas da Universidade Católica de Brasília (SIBI/UCB) Bibliotecária Jadiana Dantas Castro CRB1/3.010
U58p Universidade Católica de Brasília. Escola de Saúde e Medicina. Projeto pedagógico [recurso eletrônico] : curso de bacharelado em Medicina /
Escola de Saúde e Medicina. (Série UCB Legislação e Normas). Inclui referências bibliográficas. Disponível em: <www.ucb.br>. 1. Universidades e faculdades. 2. Medicina – Estudo e ensino. I. Título. II. Série.
CDU 378:61
Projeto Pedagógico de Curso
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SUMÁRIO
1. INFORMAÇÕES GERAIS DO CURSO .................................................................................... 6
1.1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA REGIÃO, DA UNIVERSIDADE E DO CURSO. .................................... 6
1.1.1.1 Contexto Regional .............................................................................................. 6
1.1.1.2 Área de Influência ............................................................................................................ 6
1.1.1.2 Áreas de Atuação Acadêmica da IES .................................................................................... 7
1.1.1.3 Contexto Institucional ........................................................................................ 7
1.1.1.4 A Mantenedora ................................................................................................................ 7
1.1.1.5 A Universidade Católica de Brasília .................................................................................. 9
1.1.1.6 Missão ............................................................................................................................ 12
1.1.1.7 Princípios institucionais .................................................................................................. 12
1.1.1.8 Valores institucionais ..................................................................................................... 14
1.1.1.9 Visão de futuro ............................................................................................................... 15
1.1.1.10 Contexto do Curso ............................................................................................ 15
2. ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA ......................................................................... 16
2.1.1 CONCEPÇÃO DO CURSO .......................................................................................... 17
2.1.1.1 Coerência do Curso com as Diretrizes Curriculares Nacionais .......................... 17
2.1.1.2 Articulação do Curso com as Políticas Institucionais ........................................ 18
2.1.1.3 Objetivos do Curso ............................................................................................ 20
2.1.1.4 Competências e Habilidades ............................................................................ 20
2.1.1.5 Perfil do Egresso do Curso ................................................................................ 25
2.1.1.6 Diferenciais competitivos do Curso .................................................................. 26
2.1.2 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR .................................................................................... 27
2.1.2.1 Matriz Curricular .............................................................................................. 28
2.1.2.2 Ementário e bibliografia ................................................................................... 30
2.1.2.3 Atividades Complementares ............................................................................. 88
2.1.2.4 Estágio curricular e atividades práticas ........................................................... 89
2.1.2.5 Trabalho de Conclusão de Curso ...................................................................... 92
2.1.2.6 Estágio não obrigatório e monitoria ................................................................ 92
2.1.3 PROPOSTA PEDAGÓGICA ......................................................................................... 93
2.1.3.1 Metodologia de Ensino ..................................................................................... 93
2.1.3.2 Desenvolvimento do Processo de Ensino e de Aprendizagem ....................................... 96
2.1.3.3 Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no Processo de Ensino e de
Aprendizagem ............................................................................................................... 99
2.1.3.3 Coerência do Currículo com a Proposta Pedagógica ...................................... 100
2.1.3.4 Adequação dos conteúdos curriculares à Educação das Relações Étnico-Raciais e à
Educação dos Direitos Humanos ................................................................................. 103
2.1.3.5 Adequação dos conteúdos curriculares à Política Nacional de Educação Ambiental .. 104
Projeto Pedagógico de Curso
5
2.1.4 METODOLOGIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ................................................. 105
2.1.5 ATIVIDADES DE EXTENSÃO RELACIONADAS AO ENSINO ................................ 106
2.1.6 ATIVIDADES DE PESQUISA RELACIONADAS AO ENSINO ................................. 109
2.1.7 SISTEMA DE AVALIAÇÃO ................................................................................. 115
2.1.7.1 Autoavaliação institucional e do curso........................................................... 115
2.1.7.2 Avaliação da Aprendizagem ........................................................................... 117
3. CORPO SOCIAL .............................................................................................................. 119
3.1.1 CORPO DISCENTE............................................................................................ 119
3.1.1.1 Formas de Acesso ........................................................................................... 119
3.1.1.2 Apoio e atenção ao discente .......................................................................... 119
3.1.1.3 Acompanhamento de Egressos ...................................................................... 122
3.1.1.4 Registro acadêmico ........................................................................................ 124
3.1.1.5 Políticas de inclusão e de acessibilidade ........................................................ 125
3.1.2 CORPO DOCENTE ............................................................................................ 129
3.1.2.1 Perfil docente ................................................................................................. 129
3.1.2.2 Formação continuada docente ....................................................................... 130
3.1.3 GESTÃO DA ESCOLA E DO CURSO ................................................................... 130
3.1.3.1 Direção da Escola ........................................................................................... 130
3.1.3.2 Coordenação do Curso ................................................................................... 131
3.1.3.3 Colegiado do Curso ......................................................................................... 131
3.1.3.4 Núcleo Docente Estruturante ......................................................................... 132
3.1.3.5 Corpo técnico e administrativo....................................................................... 133
4. INFRAESTRUTURA ......................................................................................................... 133
4.1.1 INSTALAÇÕES GERAIS ........................................................................................... 133
4.1.1.1 Recursos audiovisuais e multimídia ................................................................ 134
4.1.1.2 Espaços físicos utilizados para o desenvolvimento do curso .......................... 135
4.1.2 SISTEMA DE BIBLIOTECAS ...................................................................................... 137
4.1.3 LABORATÓRIOS FORMAÇÃO GERAL ......................................................................... 138
4.1.4 LABORATÓRIOS DE FORMAÇÃO ESPECÍFICA ............................................................... 139
4.1.5 LABORATÓRIO DE HABILIDADES E SIMULAÇÃO DA UCB (LHS-UCB) ............................. 142
4.1.6 CENÁRIOS DE ATIVIDADES PRÁTICAS MÉDICAS .......................................................... 142
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................. 147
6
1. INFORMAÇÕES GERAIS DO CURSO
Denominação do Curso: Medicina
Modalidade: Presencial
Endereço de Oferta: QS 07, EPCT Lote 01 Universidade Católica de Brasília – CEP 71966-900
Regime de matrícula: Semestral
Tempo de integralização 6 anos (12 semestres)
Turno de Funcionamento: Integral Matutino Vespertino Noturno Totais
Vagas anuais: 100 100
Estudantes por turma Teórica: 50
Estudantes por turma Prática: 25
Carga Horária Total DISC. ES AC PP TCC TOTAL
4720 2720 100 160 7700
Situação Legal do Curso Autorização: Reconhecimento:
Documento Portaria Portaria
N. Documento Nº 1313 Nº 36
Data Documento 04/07/2001 19/04/2012
Data da Publicação D.O.U. de 06/07/2001 D.O.U. de 20/04/2012
N. Parecer/Despacho
Conceito MEC (CC) 4
Conceito Preliminar de Curso (CPC)
Ano: 2016 Conceito: 3
1.1.1 Contextualização da Região, da Universidade e do Curso
1.1.1.1 Contexto Regional
O surgimento da Universidade Católica de Brasília (UCB) está atrelado à história de
Brasília, uma cidade que nasce com a vocação para a administração pública federal. Assim, é
preciso considerar em seu projeto pedagógico, as contradições do sistema político e econômico
específicos dessa realidade e, também, a demanda por uma formação acadêmica, profissional e
ética.
Nesse sentido, a UCB se coloca no mercado como uma instituição confessional-
filantrópica que prima pela formação de qualidade, desenvolvendo suas atividades de forma
indissociável entre Pesquisa, Ensino e Extensão, considerando a necessidade da região por
profissionais altamente qualificados no setor terciário e na administração pública.
1.1.1.2 Área de Influência
A UCB é a única Universidade privada do Distrito Federal-DF. Tem estudantes matriculados
em cursos de Pós-Graduação e Pós-Pós-Graduação Lato e Stricto Sensu, nas modalidades
presencial e a distância. Dispõe de mais de 600 mil m2 de área e conta com infraestrutura que
7
privilegia o atendimento às demandas dos cursos/programas por ela oferecidos, que vão desde
salas de aula equipadas com acesso à internet, recursos multimídia e laboratórios de ponta.
O avanço da modalidade de Educação a Distância veio atender às novas exigências sociais
de formação. A UCB dispõe de Polos de Educação a Distância (PEAD), distribuídos em vários
locais do território nacional e no exterior – Angola, EUA e Japão – que contam com toda a
infraestrutura necessária para a realização dos encontros presenciais que ocorrem durante os
semestres. Os polos são viabilizados por uma aliança estratégica entre instituições de ensino e
a UCB, caracterizando-se como uma grande rede de Educação a Distância e como uma ação com
vistas à democratização do acesso ao Ensino Superior.
1.1.1.2 Áreas de Atuação Acadêmica da IES
A UCB atua em diferentes áreas, distribuídas nas seguintes Escolas, a saber:
I - Escola de Educação, Tecnologia e Comunicação II - Escola de Exatas, Arquitetura e Meio Ambiente III - Escola de Humanidades, Negócios e Direito VI - Escola de Saúde e Medicina
As Escolas são órgãos de administração intermediária, que atuam no plano tático e que
têm atribuições de dirigir e executar as atividades de ensino, pesquisa e extensão, incluindo as
atividades de educação continuada, no âmbito de sua competência. Têm a responsabilidade de
executar o planejamento acadêmico-pedagógico e dar suporte ao desenvolvimento das
atividades gerais da Universidade. A gestão das Escolas e Cursos estão devidamente detalhadas
no item 3, “Corpo Social”, deste documento.
1.1.1.3 Contexto Institucional
1.1.1.4 A Mantenedora
A UNIÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO CATÓLICA (UBEC) é uma associação civil,
confessional, de direito privado, de caráter assistencial, educacional e filantrópico e sem fins
econômicos, comunitária e reconhecida como de utilidade pública. Inscrita no CNPJ/MF sob o
nº 00.331.801/0001-30, fundada em 8 de agosto de 1972, na cidade de Brasília-DF, registrada
no Cartório do 1º Ofício do Registro Civil de Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas de Brasília-
DF, sob nº de ordem 1.132, no Livro A-6, datado de 12 de agosto de 1972, com sede à Avenida
Dom Bosco, nº 2.139, Silvânia-GO e, com Escritório Executivo no SMPW Quadra 05, Conjunto
13, Lote 8 – Núcleo Bandeirante-DF.
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Mantenedora: UNIÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO CATÓLICA - UBEC
End.: SMPW Quadra 05 Conjunto 13 (Escritório executivo) n.: Lote 08
Bairro: Park Way Cidade: Brasília CEP: UF: DF
Fone: (61) 3383-9000 Fax: (61) 3383-9030
Site: http://www.catolica.edu.br/ubec/
Constituída como Associação Civil, religiosa de direito privado e de caráter assistencial,
educacional e filantrópica, a UBEC é formada pela união de cinco Províncias Religiosas e uma
Diocese: a Província Lassalista de Porto Alegre – Irmãos Lassalistas; a Província São José da
Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo – Padres e Irmãos
Estigmatinos; a Província Marista do Centro Norte do Brasil – Irmãos Maristas; a Inspetoria São
João Bosco – Salesianos de Dom Bosco; a Inspetoria Madre Mazzarello – Irmãs Salesianas; a
Diocese de Itabira/Coronel Fabriciano.
A Diretoria da UBEC adota o modelo de Governança Corporativa (aprovado pela
Assembleia Geral nº 84, de 17/18 de novembro de 2009), na intenção de aumentar a eficiência
e eficácia no trato das ações desenvolvidas em todas as instâncias da UBEC.
Atualmente, além da UCB, a UBEC mantém: o Centro Educacional Católica de Brasília
(CECB), o Centro Educacional Católica do Leste de Minas Gerais (CECMG), o Centro Universitário
do Leste de Minas Gerais (UNILESTE), o Colégio Padre de Man (CPM), em Minas Gerais, a
Faculdade Católica do Tocantins (FACTO) e a Faculdade Católica Recife (FCR).
As linhas de ação, abaixo especificadas, indicam as formas de ser e de atuar da UBEC em
sua missão evangelizadora e educativa:
Manter estabelecimentos de Ensino, em todos os níveis e modalidades.
Criar, manter e desenvolver atividades, para assegurar sua sustentabilidade e
qualificação de seus serviços.
Promover ações assistenciais e de prestação de serviços.
Manter/gerir obras sociais, centros de saúde e hospitalares, centros de
formação, centros culturais, meios de comunicação social, editoração, projetos
esportivos e outros, que se enquadrem em seus Princípios Fundantes e suas
Finalidades e sua Missão.
Desenvolver projetos que visem à proteção do meio ambiente.
Criar, manter e promover ações conjuntas em obras e instituições que atuem
no âmbito da educação, do ensino, da pesquisa, da saúde e da assistência social,
bem como do meio ambiente, dos meios de comunicação e das emissoras de
rádio e de televisão.
9
1.1.1.5 A Universidade Católica de Brasília
A Universidade Católica de Brasília (UCB), mantida pela União de Educação e Católica
(UBEC), é regida pela legislação pertinente em vigor, pelos Estatutos da Mantenedora, no que
couber, por seu Estatuto, pelo Regimento Geral e por atos normativos internos.
A UCB possui dois câmpus em Brasília, situados na QS 07 Lote 01 EPCT, Águas Claras -
CEP: 71966-700 - Taguatinga/DF - Telefone: (61) 3356-9000 (Câmpus I) e na SGAN 916, Módulo
B, Avenida W5 - CEP: 70790-160 - Brasília/DF – Telefone: (61) 3448-7134 (Câmpus II). A UCB
também se utiliza da infraestrutura de uma Unidade na Asa Sul – SHIGS 702, Conjunto 2, Bloco
A - CEP: 70330-710 - Brasília/DF – Telefone: (61) 3226-8210.
Mantida: Universidade Católica de Brasília – UCB
End.: QS 07 – Lote 1 – EPCT
Bairro: Águas Claras Cidade: Taguatinga CEP: 71966-700 UF: DF
Fone: (61)3356 9000 Site: http://www.ucb.br
A UCB goza de autonomia didático-científica, administrativa e disciplinar, dentro dos
limites fixados pela legislação federal e por seu Estatuto, adotando o seguinte modelo
organizacional:
Figura 1 – Organograma Institucional.
Toda a gestão da UCB, conforme apresentada no organograma acima, orientando-se
pelos princípios cristãos, pauta sua atuação no respeito aos direitos fundamentais da pessoa
humana e tem como finalidades: formar cidadãos e profissionais conscientes e competentes;
10
promover a educação cristã pelo diálogo entre razão e fé, integrando os diversos ramos do
saber, tendo como compromisso a busca da verdade; incentivar o exercício da justiça, o
fortalecimento da sociedade humana, a compreensão e promoção dos direitos e deveres da
pessoa; promover a evangelização da cultura; desenvolver ensino de qualidade; promover a
pesquisa científica, tecnológica, filosófica, teológica e cultural em geral, bem como as atividades
de educação continuada; desenvolver atividades de extensão, colocando à disposição da
comunidade os resultados das atividades de ensino e pesquisa, mediante cursos e serviços
especiais; colaborar com entidades públicas e privadas na busca de um modelo integrado de
desenvolvimento, fundado no respeito e na assimilação dos valores culturais, sem perder de
vista a formação da consciência crítica para o exercício da cidadania, bem como o caráter
universal do saber.
A história da UCB está ligada à própria organização da UBEC, em 1972, graças à iniciativa
de diretores de Colégios Religiosos de Brasília, sob a liderança do Padre José Teixeira da Costa
Nazareth. Em um primeiro momento, foi criada a instituição responsável por manter a futura
Universidade Católica de Brasília, a União Brasileira de Educação Católica. Logo em seguida, foi
criada a Faculdade Católica de Ciências Humanas (FCCH), em 1974, como primeira unidade de
ensino.
O registro em cartório da Ata da Assembleia, Estatuto e Posse da 1ª Diretoria, realizado
no dia 12 de agosto de 1972, oficializou o grupo de diretores de Escolas Católicas de Brasília na
fundação da UBEC - sociedade civil de direito privado e objetivos educacionais, assistenciais,
filantrópicos e sem fins lucrativos -, cujo principal objetivo foi criar, na cidade de Brasília, uma
Universidade Católica. Eram cerca de dez congregações, todas com mais de 100 anos de
experiência internacional em Educação.
Daquelas instituições iniciais, permaneceram seis associadas à frente da UBEC, como
dito acima. A primeira unidade, a Faculdade Católica de Ciências Humanas (FCCH), foi sediada
provisoriamente no Plano Piloto de Brasília, tendo início em 12 de março de 1974, com os cursos
de Economia e Administração de Empresas, que funcionaram no Colégio Sagrado Coração de
Maria, e com o curso de Pedagogia, cujas aulas ocorreram no Colégio Marista, na região
administrativa de Taguatinga. Nos anos de 1980, duas outras Faculdades: a Faculdade Católica
de Tecnologia e a Faculdade de Educação reuniram-se à FCCH. Nessa época, alteraram-se
Estatutos e Regimentos, em razão da nova realidade conjuntural, permitindo uma estrutura de
ensino coerente e adequada à sua própria expansão, sendo então instaladas as Faculdades
Integradas da Católica de Brasília (FICB).
Os cursos na área de Educação, de capacitação dos docentes da Secretaria de Educação
do DF e a graduação na área de Ciência e Tecnologia foram priorizados, levando-se em conta o
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conhecimento, experiências históricas e proposições das FICB nessa área. A criação da Faculdade
Católica de Tecnologia, reunindo os cursos de Ciências (Matemática, Física, Química e Biologia)
e o Curso Superior de Tecnologia em Processamento de Dados, mostrava a expansão gradativa
e segura da Católica. Em março de 1985, o câmpus, posteriormente denominado Câmpus I, em
Taguatinga, foi inaugurado com o primeiro prédio, hoje denominado São João Batista de La Salle.
Em 1987, a Instituição oferecia cursos de graduação, tais como o de Ciências Biológicas, Ciência
da Computação, Engenharia de Software, Filosofia, Física, Letras, Matemática e Química, com
opções em licenciatura e bacharelado, além dos cursos de especialização e mestrado da pós-
graduação.
O desenvolvimento das FICB confirmava as possibilidades dos trabalhos acadêmicos
consolidando os objetivos, diretrizes de ação e metas na elaboração do projeto para o
reconhecimento das FICB como Universidade. Uma das ações necessárias para isso foi a
implantação do Curso de Mestrado em Educação, cujas atividades começaram em 1994.
De acordo com a Portaria nº 1.827, de 28 de dezembro de 1994, a Católica foi
reconhecida pelo Ministério da Educação e do Desporto como Universidade Católica de Brasília
(UCB) e, no dia 23 de março de 1995, foi oficialmente instalada em seu Câmpus I, em Taguatinga.
Na ocasião, o Chanceler, Irmão Gentil Paganotto, teve a atribuição de nomear o reitor, Padre
Décio Batista Teixeira e entregar a Universidade à comunidade. Durante a gestão do Padre
Décio, a UCB contava com 377 professores, 6.990 estudantes e 488 funcionários administrativos.
Esse considerável corpo acadêmico ajudou o reitor a superar as inúmeras dificuldades no
processo de organização da Universidade.
Esse momento marca o início das edificações que hoje totalizam 112.460 m² de área
construída nos câmpus da UCB, com prédios modernos e funcionais. De março de 1995 até 1998
existiam na UCB 20 cursos de graduação e 24 cursos de pós-graduação lato sensu (destes, 4
cursos na modalidade a distância), além de 3 cursos de pós-graduação stricto sensu.
Acompanhando essa linha de planejamentos bem estruturados, viu-se que, para consolidação
da pós-graduação stricto sensu, a instalação de uma sede própria para esse segmento era
imprescindível, sendo então realizada essa instalação no Plano Piloto de Brasília, em 1998, no
Câmpus II, acompanhada da implantação de outros cursos de mestrado, como: Economia
(1998), Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação (1998), Psicologia (1999),
Educação Física (1999), Planejamento e Gestão Ambiental (2000), Ciências Genômicas e
Biotecnologia (2000), Direito (2003), Gerontologia (2005). A expansão do stricto sensu se
12
fortaleceu com a criação dos cursos de doutorado em Ciências Genômicas e Biotecnologia
(2003).
1.1.1.6 Missão
Atuar solidária e efetivamente para o desenvolvimento integral da pessoa humana e da
sociedade, por meio da geração e comunhão do saber, comprometida com a qualidade e os
valores éticos e cristãos, na busca da verdade.
1.1.1.7 Princípios institucionais
A Universidade Católica de Brasília faz parte da rede brasileira e mundial de Instituições
de Educação Católica e traz em si a marca do compromisso em promover processos educativos
que contribuam para a construção da dignidade da vida. Nesse sentido, professa e se
compromete, diante da comunidade humana, a seguir os seguintes princípios fundantes:
O sentido cristão da existência humana, a valorização da vida em todas as suas
formas, o respeito à dignidade da pessoa humana e à liberdade pessoal, a busca
da verdade e do transcendente e o relacionamento da pessoa humana consigo
mesma, com os outros, com o mundo e com Deus.
O confronto, no diálogo entre a fé e a cultura, de critérios e itinerários culturais
e religiosos diferentes.
A competência no Ensino, em todos os seus níveis e modalidades.
A construção da comunidade, pelo testemunho solidário do convívio fraterno e
da corresponsabilidade.
A formação da consciência e do agir cristãos no âmbito social, para a
consolidação da cidadania e a construção de uma sociedade mais justa e
fraterna.
A busca constante da eficiência e da eficácia na gestão acadêmica,
administrativa e financeira, de acordo com o modelo de Governança
Corporativa, assumido pela UBEC.
A formação da consciência em relação ao meio ambiente e ao desenvolvimento
sustentável.
São princípios que acompanham todo o fazer educativo da UCB, a saber:
13
Pastoralidade
A UCB é uma Instituição de Ensino, Pesquisa e Extensão, conforme a natureza de uma
Universidade, mas é também uma comunidade educativa confessional. Assim, tem sua
referência numa experiência de fé, por meio da qual busca ser fermento evangélico no mundo
social. Daí a importância de compreender a pastoralidade como o primeiro princípio
estruturante da Instituição.
Extensionalidade
O princípio da extensionalidade, sob essa ótica, é valor epistemológico, ético e político
buscado pela Instituição no seu processo educativo. Esse valor perpassa, transversalmente,
todas as atividades de ensino-aprendizagem, visando oferecer condições para a geração de
competências científicas, profissionais e humanas no mundo do trabalho e em todos os espaços
onde a vida pode acontecer.
Sustentabilidade
Entre os diversos segmentos que compõem a sociedade, estão as instituições de
educação superior, colaboradoras importantes por meio do ensino, da pesquisa e da extensão,
na construção de um conhecimento compatível com a sustentabilidade do desenvolvimento,
bem como com a equidade, o equilíbrio e a conservação do planeta e da humanidade. A
sustentabilidade torna-se um princípio da Instituição à medida que pautar o seu processo de
ensino e de aprendizagem, considerando, dentre outros, o aspecto ecológico, econômico,
ecumênico, educacional e ético.
Indissociabilidade
As atividades do Ensino, da Pesquisa e da Extensão são tempos, espaços e processos de
aprendizagem, em vista da formação do educando e da transformação social. Para tanto, a
Universidade precisa constituir-se, cada vez mais, numa comunidade de aprendizes onde se
desenvolvem os talentos, as competências e as habilidades necessárias para a formação pessoal,
profissional e social. A atitude aprendente é, portanto, o elemento integrador das diversas
formas de produção e comunicação do conhecimento.
A indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão é, acima de tudo, um princípio
pedagógico e político que deve permear todas as ações que são realizadas na Universidade.
14
Assim, em cada ação realizada devem estar presentes: o princípio do ensino como processo de
autonomia na aprendizagem; o princípio da pesquisa como processo de autonomia da
investigação científica; o princípio da extensão como autonomia na ética e na relevância social
do conhecimento. Para a UCB, é o “mesmo ator, na mesma atividade” que promove a
indissociabilidade.
1.1.1.8 Valores institucionais
Para o cumprimento dos valores institucionais a UCB empenha suas forças com foco em
valores indispensáveis e necessários à sociedade, alinhados à visibilidade pública da Igreja
Católica, quais sejam:
Ser testemunho da Igreja na sociedade.
Ser espaço dinâmico de encontro e tensão entre experiência de fé e saber científico,
em contínua busca de sentido.
Cumprir sua responsabilidade sociopolítica conforme as orientações da Igreja.
Pronunciar-se com competência sobre questões político-econômico-sociais, tendo
presentes princípios ético-religiosos.
Prestar serviços à Igreja e à sociedade.
Como comunidade educativa católica:
Atender a todos os estudantes, sejam quais forem suas convicções.
Ser, para todos, lugar de experiência religiosa; de estímulo à busca do
transcendente; de apresentação da proposta cristã sem proselitismo.
Proporcionar aos estudantes um ambiente favorável para o cultivo de sua
identidade e a formação de lideranças cristãs, sendo um lugar de síntese entre
fé e razão, sempre em espírito ecumênico, no sentido mais amplo do termo.
Como Universidade:
Testemunhar e construir comunhão e fraternidade na comunidade
acadêmica e estendê-las à comunidade local.
Ter presentes, em suas opções, as necessidades das classes populares.
Respeitar a diferença e propiciar o crescimento dos integrantes da
comunidade acadêmica.
Oferecer, à sociedade e à Igreja, profissionais com fundamentada formação
ética, cultural, tecnológica e científica.
15
1.1.1.9 Visão de futuro
Em 2020, no seu Jubileu de Prata, a Universidade Católica de Brasília será uma
instituição de referência no ensino, na pesquisa e na extensão, indissociáveis e comprometidos
com o desenvolvimento sustentável e a justiça social.
Para a consecução dessa visão de futuro, a UCB desenhou objetivos estratégicos com
base nas perspectivas de crescimento e na consolidação desta Universidade como referencial
de qualidade no Ensino Superior, dentro do cenário local, regional e nacional, bem como pelas
diretrizes de sua mantenedora.
A UCB estabeleceu alguns projetos como balizadores e prioritários para o seu
desenvolvimento, bem como a sua correlação entre futuras metas e ações. Esse processo
contará com uma avaliação permanente e ajustável, em função de um conjunto de fatores
internos e externos inter-relacionados.
Os projetos têm por finalidade apresentar os principais elementos que compõem o
processo de revitalização do modelo de gestão da Universidade Católica de Brasília e estabelecer
os pilares do planejamento estratégico, visando ao desenvolvimento do Projeto de
Universidade.
1.1.1.10 Contexto do Curso
No final da década de 90 a Universidade Católica de Brasília (UCB), depois de consolidar-se
por 29 anos na Educação Superior e por seis anos como Universidade, já havia estabelecido sua área
de saúde, com os cursos de Educação Física, Fisioterapia, Nutrição, Odontologia, Enfermagem,
Farmácia e Biologia.
A justificativa para a criação de mais um curso de Medicina no Distrito Federal (DF), a somar-
se ao oferecido pela Universidade de Brasília, ancorava-se no fato de que, à época, embora a relação
entre o número de médicos por habitante no DF fosse da ordem de 2,64 médicos por 1000 habitantes,
esta relação era, de fato, fortemente menor uma vez que para o Distrito Federal confluíam (e ainda
confluem) pacientes dos Estados de Minas Gerais, Bahia, Maranhão e Goiás o que tornava urgente a
ampliação do número de equipamentos e profissionais de saúde.
Com a infraestrutura já instalada e ciente da relevância social deste curso para a região, a UCB
propôs a abertura do curso de Medicina no Câmpus I (Taguatinga), partindo de princípios legais,
institucionais, filosóficos e socioculturais perfeitamente identificados com o perfil pedagógico de sua
Mantenedora e com os anseios da comunidade na qual estava inserida. Assim, a partir da Resolução
do Conselho Universitário de n° 05/99, de 26/11/1999 e, posteriormente, da Portaria Ministerial n°
1313/01, de 04/07/2001, publicada no Diário Oficial da União em 06/07/2001 que autorizava o
16
funcionamento, o curso de Medicina inicia suas atividades no dia 15 de agosto de 2001, no Câmpus I
da UCB.
Em outubro de 2010, foi realizada a terceira avaliação do curso, com visita in loco dos
avaliadores do INEP/MEC. De acordo com o Relatório de Avaliação do Instrumento para
Reconhecimento do Curso de Medicina, Protocolo nº 201000454, o Curso de Medicina foi
avaliado com Conceito de Curso (CC) igual a 4 nas três dimensões avaliadas: Organização
Didático-Pedagógica, Corpo Docente e Instalações Físicas.
A portaria de reconhecimento do curso, portaria nº 36, de 19 de abril de 2012, foi
publicada no Diário Oficial da União nº 77, aos 20 de abril de 2012.
Em 15 de agosto de 2018 o curso completará 17 anos de atividade com o ingresso da
trigésima quinta turma. Nestes 17 anos, aproximadamente 900 médicos foram formados pelo
curso de Medicina da UCB, nas vinte e duas turmas que já concluíram a graduação. Dentre os
professores que compõe o quadro docente do curso de Medicina da UCB, há uma base sólida,
de cerca de um terço dos docentes, que está presente desde a primeira turma. Estes,
juntamente com os docentes que vieram a integrar o quadro ao longo dos anos, são os principais
responsáveis por manter a motivação inicial e por buscar o aperfeiçoamento contínuo, ambos
tão necessários à qualidade da formação dos nossos estudantes.
2. ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
A organização didático-pedagógica do curso de Medicina da UCB contempla as
demandas de natureza econômica, social, cultural, política e ambiental. Isso está explícito nos
componentes curriculares escolhidos para compor a grade curricular do curso e implícito nos
Planos de Ensino das diversas disciplinas. As políticas institucionais de ensino, pesquisa e
extensão, atualmente em vigor na UCB, estão implementadas no curso de Medicina.
A estrutura curricular proposta atende aos aspectos de flexibilidade,
interdisciplinaridade, acessibilidade pedagógica e atitudinal, compatibilidade da carga horária
total, com a previsão de horários protegidos para o estudo e ampla articulação da teoria com a
prática.
Os conteúdos curriculares, além de possibilitarem de maneira excelente, o
desenvolvimento do perfil profissional do egresso, são coerentes com as Diretrizes Curriculares
Nacionais (DCNs), com os objetivos do curso e com as necessidades sociais. Os estudantes têm
acesso, de maneira transversal, em um grande número de disciplinas, a conteúdos pertinentes
às políticas de educação ambiental, de educação em direitos humanos e de educação das
relações étnico-raciais.
17
Considerando que a universidade visa o desenvolvimento da capacidade reflexiva e
crítica em uma abordagem interdisciplinar e transdisciplinar, o curso busca implementar tais
aspectos procurando possibilitar ao acadêmico o desenvolvimento de uma visão profunda e
global sobre o processo saúde-doença, combinando os conhecimentos específicos das áreas
técnicas com a abordagem de temas diversos. Portanto, o encadeamento lógico das disciplinas
tanto dos eixos de Formação Geral e de Formação Básica, assim como do eixo de Formação
Específica, permite um arranjo em espiral e de complexidade crescente dos raciocínios utilizados
para trabalhar as diversas outras disciplinas que compõem a matriz curricular. A reflexão
proporcionada pelos componentes curriculares dos eixos de formação geral e de formação
básica orienta e embasa o eixo específico do curso.
Reflexão advinda preliminarmente serve de base a consolidação dos demais eixos,
constituindo uma totalidade de inteligibilidade, estruturalmente harmônica, formando uma
unidade aos participantes do processo de ensino-aprendizagem.
2.1.1 Concepção do Curso
2.1.1.1 Coerência do Curso com as Diretrizes Curriculares Nacionais
O curso de Medicina da Universidade Católica de Brasília foi estruturado tendo como
base o documento Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em Medicina da
Câmara Nacional de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação do Ministério da
Educação, Resolução CNE/CES nº 3, de 20 de junho de 2014.
Desta forma, os eixos de formação do estudante são os preconizados pelas DCNs:
- Atenção à saúde.
- Gestão em saúde.
- Educação em saúde.
Esses eixos são transversais aos componentes curriculares de todos os semestres, de
modo a permear o curso com conceitos e práticas relativos à atenção, gestão e educação em
saúde.
Ainda em relação às DCNs, o curso de Medicina da UCB procura prover o estudante de
bases teóricas e práticas relativas às questões éticas e de formação humanística, ou seja, há a
preocupação em formar um estudante tecnicamente qualificado, mas, preponderantemente,
informado e habilitado a entender as questões sociais, principalmente aquelas que são
determinantes no processo saúde-doença.
A formação dos estudantes do curso de Medicina da UCB inclui o estágio curricular
obrigatório de formação em serviço, em regime de internato, nos serviços conveniados ou em
18
regime de parcerias estabelecidas com a Secretaria de Estado de Saúde do Governo do Distrito
Federal.
2.1.1.2 Articulação do Curso com as Políticas Institucionais
Assim como assumido no PDI da Universidade Católica de Brasília, o curso de Medicina
propõe-se a adoção de um Projeto Pedagógico “que privilegie a integração dos saberes, a
centralidade na aprendizagem, o protagonismo estudantil, a pesquisa como eixo da
estruturação curricular e do processo de construção do conhecimento, a extensão como
acessibilidade ao conhecimento e o compromisso social e a avaliação como reflexão do ensinar
e do aprender.” Além disso, adota como princípios o processo autoral e o foco na aprendizagem,
na perspectiva de uma prática social consciente, em uma sociedade que vive em um ritmo
acelerado de mudanças e transformações.
A política de pesquisa da UCB “considera a atividade de pesquisa como forma de
aprendizado, que possibilita a introdução dos estudantes no complexo e fundamental processo
de “aprender a aprender”, familiarizando-os com os métodos para a construção do saber. Visa
à integração da graduação com a pós-graduação, para salvaguardar os interesses científicos e
pedagógicos, indispensáveis à formação profissional. Além disto, como parte da
indissociabilidade, a pesquisa cumpre o papel de estimular a curiosidade pela investigação
científica e produção de conhecimento nas atividades de ensino e nas ações de extensão”. O
curso de Medicina incentiva e estimula a pesquisa tanto em atividades em sala de aula quanto
em atividades extracurriculares, de modo a formar um profissional ávido pelo processo de
construção do próprio conhecimento. Os estudantes são, desde os primeiros semestres,
estimulados a participarem, como autores, de congressos, seminários, grupos de pesquisa, etc.
No curso de Medicina, a Extensão é assumida como um processo de aprendizagem, por
meio do qual o acadêmico compreende o conhecimento como “um projeto ético e político, com
o objetivo de formar um cidadão competente e capaz de intervenções propositivas na
sociedade”.
Uma opção política da UCB é no sentido da internacionalização, um caminho para a
inserção nas redes globais de produção e circulação de conhecimento, fomentando parcerias
com universidades em todos os continentes. O curso de Medicina estimula seus acadêmicos a
participarem de todas as oportunidades de intercâmbios de modo a ampliar a troca de saberes
entre esta universidade do centro oeste brasileiro e universidades americanas, europeias,
asiáticas e africanas.
19
Dentre os projetos e programas que o curso participa podemos citar:
- Programa de Monitoria da UCB, que visa despertar no estudante o interesse pela
carreira docente e pela pesquisa, oferecendo a oportunidade de inserção destes estudantes nas
diversas atividades dos cursos de graduação. As atividades de monitoria são incluídas no
currículo de graduação como Atividades Complementares.
- Programas e projetos de pesquisa: além da pesquisa inerente a cada componente
curricular e que acontece como práxis no cotidiano das disciplinas, os estudantes de Medicina
da UCB também participam de projetos de pesquisa oficiais ao longo da graduação. Este
envolvimento é muito significativo para a formação médica, uma vez que coloca o estudante
frente aos dilemas científicos atuais e o insere na comunidade científica nacional e internacional.
O Curso de Medicina da UCB dispõe de Grupos de Pesquisa cadastrados no CNPq, os quais são
formados por docentes do Curso de Medicina, docentes dos Programas de Pós-Graduação da
UCB, dentre eles os docentes dos programas de “Biotecnologia e Ciências Genômicas” e
“Gerontologia”, docentes de outras instituições como a UnB, USP e PUC-RS, e, estudantes de
Iniciação Científica – IC.
- Programas e projetos de Extensão: o Curso de Medicina articula ações para o
atendimento médico em comunidades nas quais a Universidade desenvolve programas de
extensão, por exemplo, nas comunidades do Areal e Riacho Fundo. Os estudantes do curso de
Medicina têm participado ativamente das equipes da UCB no Projeto Rondon. Além disso, a
participação da Medicina no Projeto SER+ também é bastante significativa. Tanto o Rondon
quanto o SER+ são projetos de extensão comunitária nos quais os estudantes colocam-se a
serviço de comunidades socialmente fragilizadas.
- Relação com os cursos de pós-graduação: os Cursos de Pós-Graduação destinam-se à
formação de recursos humanos qualificados ao ensino e à pesquisa médica. Os maiores vínculos
do curso de Medicina com os cursos de Pós-Graduação são com as áreas de Psicologia,
Biotecnologia, Educação Física e Gerontologia.
- Intercâmbios Internacionais: a UCB, por meio da Assessoria de Relações Internacionais
(ARI), organiza e facilita o processo de intercâmbio internacional e disponibiliza aos estudantes
regularmente matriculados, a possibilidade de participar dos Programas de Mobilidade
Acadêmica.
20
2.1.1.3 Objetivos do Curso
O curso de Medicina da UCB, por concordar com a formação do médico generalista
proposta na DCN/2014, assume como seus os objetivos descritos nesse documento:
“Prover o graduado em Medicina de uma formação geral, humanista, crítica,
reflexiva e ética, com capacidade para atuar nos diferentes níveis de atenção à
saúde, com ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da
saúde, nos âmbitos individual e coletivo, com responsabilidade social e
compromisso com a defesa da cidadania, da dignidade humana, da saúde
integral do ser humano e tendo como transversalidade em sua prática, sempre,
a determinação social do processo de saúde e doença”.
E por objetivos específicos:
Capacitar para a promoção, prevenção das enfermidades e reabilitação da
saúde.
Integrar o conhecimento da Ciência Médica com a Prática Clínica.
Articular a Educação Médica com os serviços de atenção à saúde da região, de
modo a atender às demandas sociais e comunitárias emergentes, relativas à
promoção da saúde, educação e assistência social.
Incentivar a interação multiprofissional, no âmbito dos vários cursos da área de
saúde.
Estudar e propor soluções para os problemas de saúde individual e coletiva, por
meio da criação de modelos reproduzíveis de atenção à saúde.
Capacitar para a Educação Médica Continuada.
Desenvolver atividades extensivas, integradas ao ensino e à pesquisa, por meio
da prestação de serviços às comunidades preferencialmente mais carentes de
atendimento básico na área de saúde.
Compreender os princípios, diretrizes e políticas do sistema de saúde, e
participar de ações de gerenciamento e administração para promover o bem-
estar da comunidade.
2.1.1.4 Competências e Habilidades
A preocupação da educação deve se voltar para o desenvolvimento de cidadãos críticos,
conscientes e que saibam lidar com a enorme gama de conhecimento disponível, interagindo
com ele por meio das possibilidades advindas do constante avanço tecnológico, sem se
21
descuidar de valores imprescindíveis como criatividade, coerência, comprometimento,
empatia e transparência, os quais devem fazer parte do comportamento de todos aqueles que
compõem a comunidade acadêmica da Universidade Católica de Brasília.
Dessa forma, todo o processo de aprendizagem se dá por meio do relacionamento dos
diversos atores sociais que se manifesta nas bases de uma educação voltada para: o
desenvolvimento de capacidades cognitivas e socioemocionais de comunicação, interação,
colaboratividade e boa relação interpessoal; a solução de problemas; a aprendizagem; o
autodesenvolvimento e a autonomia; a agilidade mental e a reflexão, os quais perpassam as
competências e habilidades a serem desenvolvidas no curso.
As competências e habilidades esperadas para os estudantes do curso de Medicina da
UCB são as constantes na DCN, consideradas em cada esfera (atenção à saúde, gestão em saúde
e educação em saúde):
Na Atenção à Saúde, o graduando será formado para considerar sempre as
dimensões da diversidade biológica, subjetiva, étnico-racial, de gênero,
orientação sexual, socioeconômica, política, ambiental, cultural, ética e demais
aspectos que compõem o espectro da diversidade humana que singularizam
cada pessoa ou cada grupo social, no sentido de concretizar:
I- Acesso universal e equidade como direito à cidadania, sem privilégios nem
preconceitos de qualquer espécie, tratando as desigualdades com equidade e
atendendo as necessidades pessoais específicas, segundo as prioridades
definidas pela vulnerabilidade e pelo risco à saúde e à vida, observado o que
determina o SUS;
II- Integralidade e humanização do cuidado por meio de prática médica contínua
e integrada com as demais ações e instâncias de saúde, de modo a construir
projetos terapêuticos compartilhados, estimulando o autocuidado e a
autonomia das pessoas, famílias, grupos e comunidades e reconhecendo os
usuários como protagonistas ativos de sua própria saúde;
III- Qualidade na atenção à saúde, pautando seu pensamento crítico, que conduz
o seu fazer, nas melhores evidências científicas, na escuta ativa e singular de
cada pessoa, família, grupos e comunidades e nas políticas públicas, programas,
ações estratégicas e diretrizes vigentes;
IV- Segurança na realização de processos e procedimentos, referenciados nos
mais altos padrões da prática médica, de modo a evitar riscos, efeitos adversos
22
e danos aos usuários, a si mesmo e aos profissionais do sistema de saúde, com
base em reconhecimento clínico epidemiológico, nos riscos e vulnerabilidades
das pessoas e grupos sociais;
V- Preservação da biodiversidade com sustentabilidade, de modo que, no
desenvolvimento da prática médica, sejam respeitadas as relações entre ser
humano, ambiente, sociedade e tecnologias, e contribua para a incorporação de
novos cuidados, hábitos e práticas de saúde;
VI- Ética profissional fundamentada nos princípios da Ética e da Bioética,
levando em conta que a responsabilidade da atenção à saúde não se encerra
com o ato técnico;
VII- Comunicação, por meio de linguagem verbal e não verbal, com usuários,
familiares, comunidades e membros das equipes profissionais, com empatia,
sensibilidade e interesse, preservando a confidencialidade, a compreensão, a
autonomia e a segurança da pessoa sob cuidado;
VIII- Promoção da saúde, como estratégia de produção de saúde, articulada às
demais políticas e tecnologias desenvolvidas no sistema de saúde brasileiro,
contribuindo para construção de ações que possibilitem responder às
necessidades sociais em saúde;
IX- Cuidado centrado na pessoa, na família e na comunidade, no qual prevaleça
o trabalho interprofissional, em equipe, com o desenvolvimento de relação
horizontal, compartilhada, respeitando-se as necessidades e desejos da pessoa
sob cuidado, família e comunidade, a compreensão destes sobre o adoecer, a
identificação de objetivos e responsabilidades comuns entre profissionais de
saúde e usuários no cuidado;
X-Promoção da equidade no cuidado adequado e eficiente das pessoas com
deficiência, compreendendo os diferentes modos de adoecer, nas suas
especificidades.
Na Gestão em Saúde, a Graduação em Medicina visa à formação do médico
capaz de compreender os princípios, diretrizes e políticas do sistema de saúde, e
participar de ações de gerenciamento e administração para promover o bem-
estar da comunidade, por meio das seguintes dimensões:
23
I- Gestão do Cuidado, com o uso de saberes e dispositivos de todas as densidades
tecnológicas, de modo a promover a organização dos sistemas integrados de
saúde para a formulação e desenvolvimento de Planos Terapêuticos individuais
e coletivos;
II- Valorização da Vida, com a abordagem dos problemas de saúde recorrentes
na atenção básica, na urgência e na emergência, na promoção da saúde e na
prevenção de riscos e danos, visando à melhoria dos indicadores de qualidade
de vida, de morbidade e de mortalidade, por um profissional médico generalista,
propositivo e resolutivo;
III- Tomada de Decisões, com base na análise crítica e contextualizada das
evidências científicas, da escuta ativa das pessoas, famílias, grupos e
comunidades, das políticas públicas sociais e de saúde, de modo a racionalizar e
otimizar a aplicação de conhecimentos, metodologias, procedimentos,
instalações, equipamentos, insumos e medicamentos, de modo a produzir
melhorias no acesso e na qualidade integral à saúde da população e no
desenvolvimento científico, tecnológico e inovação que retroalimentam as
decisões;
IV-Comunicação, incorporando, sempre que possível, as novas tecnologias da
informação e comunicação (TICs), para interação à distância e acesso a bases
remotas de dados;
V-Liderança exercitada na horizontalidade das relações interpessoais que
envolvam compromisso, comprometimento, responsabilidade, empatia,
habilidade para tomar decisões, comunicar-se e desempenhar as ações de forma
efetiva e eficaz, mediada pela interação, participação e diálogo, tendo em vista
o bem-estar da comunidade;
VI-Trabalho em Equipe, de modo a desenvolver parcerias e constituição de redes,
estimulando e ampliando a aproximação entre instituições, serviços e outros
setores envolvidos na atenção integral e promoção da saúde;
VII-Construção participativa do sistema de saúde, de modo a compreender o
papel dos cidadãos, gestores, trabalhadores e instâncias do controle social na
elaboração da política de saúde brasileira;
24
VIII-Participação social e articulada nos campos de ensino e aprendizagem das
redes de atenção à saúde, colaborando para promover a integração de ações e
serviços de saúde, provendo atenção contínua, integral, de qualidade, boa
prática clínica e responsável, incrementando o sistema de acesso, com equidade,
efetividade e eficiência, pautando-se em princípios humanísticos, éticos,
sanitários e da economia na saúde.
Na Educação em Saúde, o graduando deverá corresponsabilizar-se pela
própria formação inicial, continuada e em serviço, autonomia intelectual,
responsabilidade social, ao tempo em que se compromete com a formação das
futuras gerações de profissionais de saúde, e o estímulo à mobilidade acadêmica
e profissional, objetivando:
I- Aprender a aprender, como parte do processo de ensino-aprendizagem,
identificando conhecimentos prévios, desenvolvendo a curiosidade e formulando
questões para a busca de respostas cientificamente consolidadas, construindo
sentidos para a identidade profissional e avaliando, criticamente, as
informações obtidas, preservando a privacidade das fontes;
II- Aprender com autonomia e com a percepção da necessidade da educação
continuada, a partir da mediação dos professores e profissionais do Sistema
Único de Saúde, desde o primeiro ano do curso;
III- Aprender interprofissionalmente, com base na reflexão sobre a própria
prática e pela troca de saberes com profissionais da área da saúde e outras áreas
do conhecimento, para a orientação da identificação e discussão dos problemas,
estimulando o aprimoramento da colaboração e da qualidade da atenção à
saúde;
IV- Aprender em situações e ambientes protegidos e controlados, ou em
simulações da realidade, identificando e avaliando o erro, como insumo da
aprendizagem profissional e organizacional e como suporte pedagógico;
V- Comprometer-se com seu processo de formação, envolvendo-se em ensino,
pesquisa e extensão e observando o dinamismo das mudanças sociais e
científicas que afetam o cuidado e a formação dos profissionais de saúde, a
partir dos processos de auto avaliação e de avaliação externa dos agentes e da
25
instituição, promovendo o conhecimento sobre as escolas médicas e sobre seus
egressos;
VI- Propiciar a estudantes, professores e profissionais da saúde a ampliação das
oportunidades de aprendizagem, pesquisa e trabalho, por meio da participação
em programas de Mobilidade Acadêmica e Formação de Redes Estudantis,
viabilizando a identificação de novos desafios da área, estabelecendo
compromissos de corresponsabilidade com o cuidado com a vida das pessoas,
famílias, grupos e comunidades, especialmente nas situações de emergência em
saúde pública, nos âmbitos nacional e internacional;
VII- Dominar língua estrangeira, de preferência língua franca, para manter-se
atualizado com os avanços da Medicina conquistados no país e fora dele, bem
como para interagir com outras equipes de profissionais da saúde em outras
partes do mundo e divulgar as conquistas científicas alcançadas no Brasil.
De forma mais ampla, é também uma competência esperada para o estudante do curso
de Medicina da UCB, compreender temas exteriores ao âmbito específico de sua profissão,
ligados à realidade brasileira e mundial e as demais áreas do conhecimento.
2.1.1.5 Perfil do Egresso do Curso
Como perfil do egresso, a UCB empenha-se em formar profissionais que sejam:
I. Éticos e comprometidos com as questões sociais, culturais e ambientais.
II. Humanistas e críticos, apoiados em conhecimentos científico, social e cultural, historicamente
construídos, que transcendam o ambiente próprio de sua formação.
III. Protagonistas do saber, com visão do mundo em sua diversidade para práticas de letramento,
voltadas para o exercício pleno de cidadania.
IV. Proativos, solidários, autônomos e conscientes na tomada de decisões pautadas pela análise
contextualizada das evidências disponíveis.
V. Colaborativos e propositivos no trabalho em equipes, grupos e redes, atuando com respeito,
cooperação, iniciativa e responsabilidade social.
No decorrer do curso o egresso adquire competência em mobilizar conhecimentos,
habilidades e atitudes, utilizando os recursos disponíveis, e exprimindo-se em iniciativas e ações
que traduzem desempenhos capazes de solucionar, com pertinência, oportunidade e sucesso,
os desafios que se apresentam à prática profissional, em diferentes contextos do trabalho em
saúde, traduzindo a excelência da prática médica, prioritariamente nos cenários do SUS.
26
O curso de Medicina da Universidade Católica de Brasília, em consonância com o Projeto
Pedagógico Institucional dessa IES, procura formar um profissional apto a pensar criticamente,
revelando abertura e flexibilidade para o diálogo; habilitado a transitar nas diferentes áreas do
conhecimento; com facilidade para o manuseio internacional do conhecimento; disposto
a atuar em equipe, demonstrando espírito de cooperação; comprometido com a resolução de
problemas, demonstrando ser capaz de assumir desafios e riscos; disposto a propor e
desenvolver projetos de interesse e relevância social; competente e ético, contribuindo para a
melhoria de sua qualidade de vida, de sua família e da sociedade; empreendedor, contribuindo
para a geração de empregos e para o desenvolvimento do país; com habilidade para cuidar da
própria formação, como tarefa que dura para toda a vida.
2.1.1.6 Diferenciais competitivos do Curso
São diferenciais do curso de Medicina da UCB:
- Inserção precoce do estudante em atividades nas comunidades.
- Diversidade de cenários.
- Integração interdisciplinar.
- Estímulo institucional pela autonomia do estudante quanto ao seu trajeto de aprendizagem.
- Corpo docente heterogêneo, mesclando profissionais titulados com diferentes formações,
tempo de experiência e habilidades com novas tecnologias.
- Estímulo institucional pela formação de redes estudantis.
- Material pedagógico de alta qualidade.
- Instalações confortáveis, limpas e condizentes com um ótimo ambiente para o estudo.
- A carga horária total do curso de Medicina da UCB é superior à carga horária mínima
estabelecida pelas DCNs, proporcionando aos estudantes um ensino altamente qualificado com
maior tempo de formação prática.
Além disso, são diferenciais competitivos de todos os Cursos que compõem a Escola de
Saúde e Medicina o fato de termos o discente como protagonista do processo de ensino-
aprendizagem; o docente como agente facilitador e mediador deste processo; o saber
fundamentado na pesquisa e a articulação entre ensino, pesquisa e extensão. As atividades
acadêmicas são realizadas em laboratórios de aulas práticas e de pesquisas, clínicas escolas, e
laboratórios dos programas de pós-graduação, além dos inúmeros cenários de práticas no SUS,
por meio dos convênios firmados com a Universidade.
27
2.1.2 Organização Curricular
Na organização dos componentes curriculares, por semestre, são considerados os
seguintes parâmetros:
I - A quantidade mínima é de 4 créditos.
II - A quantidade de créditos dos componentes curriculares deve obedecer a múltiplos
de 4.
III - Cada crédito equivale a 20 horas, à exceção de atividades práticas autorizadas pela
Pró-Reitoria Acadêmica.
IV - A carga horária mínima dos componentes curriculares é de 80 horas.
V - O número mínimo de encontros semanais no semestre é de 20 semanas.
Os componentes curriculares são organizados de acordo com as seguintes categorias:
I - Teórica – com 75% de Atividade Teórica e 25% de Atividade Supervisionada.
II - Teórico-Prática – com 25% de Atividade teórica, 50% de Atividade prática com
professor e 25% de Atividade supervisionada.
III - Teórico-Prático-Profissional I – com 18,75% de Atividade Teórica, 18,75% de
Atividade Prática com professor e 62,5% Atividade Prática sem professor.
IV - Teórico-Prático-Profissional II – com 9,375% de Atividade Teórica, 9,375% de
Atividade Prática com professor e 81,25% Atividade prática sem professor.
V - Estágio sem Preceptor I – com 37,5% a 9,375% de Atividade prática com professor e
62,5% a 90,625% de Atividade prática sem professor.
VI - Estágio sem Preceptor II – com 18,75% a 9,375% de Atividade prática com professor
e 81,25% a 90,625% Atividade prática sem professor.
VII - Estágio com Preceptor – 100% de Atividade Prática com professor.
VIII - TCC – 100% de Atividade Prática com professor.
As Atividades Supervisionadas configuram-se como atividades realizadas pelos
estudantes fora de sala de aula, sob a supervisão do professor, com registro obrigatório no
Ambiente Virtual de Aprendizagem, pelo estudante e, no Plano de Ensino, pelo professor
(atividades propostas, critérios de avaliação e prazos de entrega) para as categorias Teóricas e
Teórico-Prática.
28
As categorias Teórico-prático-profissional I e II não possuem atividades supervisionadas,
e sim, Atividades Práticas cujo detalhamento deve estar no Plano de Ensino e o
acompanhamento também deve ser registrado no Ambiente Virtual de Aprendizagem.
Os componentes curriculares somam 7600 horas, que correspondem a 376 créditos. São
7360 horas de componentes obrigatório e 240 horas de componentes optativos. Além disso, os
estudantes devem realizar 100 horas de Atividades Complementares a serem somadas ao total
de horas no curso, perfazendo 7700 horas. O número de semestres para integralização é de no
mínimo 12 e no máximo 24.
2.1.2.1 Matriz Curricular
CURSO: GPS06 - MEDICINA
CURRÍCULO: GPS06B02 - CURRÍCULO 02
HABILITAÇÃO: BACHARELADO REGIME: SERIADO TURNO: INTEGRAL STATUS: ATIVA
Nº Período Cód.
Disciplina Disciplinas Obrigatórias
CH Total
1 1º GVNFG011 INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO SUPERIOR 80
2 1º GPS06045 PRÁTICAS PROFISSIONAIS EM MEDICINA 160
3 1º GPNBS018 INTEGRAÇÃO MORFOFUNCIONAL DO CORPO HUMANO 160
4 1º GPNBS015 DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO E TECIDOS 80
5 1º GPNBS014 BIOLOGIA MOLECULAR 80
6 1º GVNBS021 SAÚDE COLETIVA 80
7 2º GVNFG010 INICIAÇÃO À PESQUISA CIENTÍFICA 80
8 2º GPNBS019 MECANISMOS DE LESÃO E REPARO 160
9 2º GPNBS017 GENÉTICA E BIOTECNOLOGIA 80
10 2º GPS06065 MORFOLOGIA DE ÓRGÃOS E SISTEMAS 240
11 3º GVNFG013 HUMANIDADE, SOCIEDADE E ÉTICA 80
12 3º GPNBS020 PRÁTICAS EM SAÚDE COLETIVA 80
13 3º GPS06051 FISIOLOGIA DE ÓRGÃOS E SISTEMAS 160
14 3º GPS06054 INTEGRAÇÃO EM LINHAS DE CUIDADO DA SAÚDE I 80
15 3º GPS06085 PROCESSOS PATOLÓGICOS 160
16 4º GVNFG008 EMPREENDEDORISMO 80
17 4º GPS06049 BASES FARMACOLÓGICAS DA TERAPÊUTICA 80
18 4º GPS06086 SEMIOLOGIA 320
19 4º GPS06055 INTEGRAÇÃO EM LINHAS DE CUIDADO DA SAÚDE II 80
20 4º - DISCIPLINA OPTATIVA 80
21 5º GPS06073 PRÁTICAS EM CLÍNICA MÉDICA I 320
22 5º GPS06070 PRÁTICAS EM BASES DA CIRURGIA 80
23 5º GPS06069 PRATICAS EM ANESTESIOLOGIA 80
24 5º - DISCIPLINA OPTATIVA 80
25 6º GPS06074 PRÁTICAS EM CLÍNICA MÉDICA II 240
26 6º GPS06071 PRÁTICAS EM CLÍNICA CIRÚRGICA I 80
29
27 6º GPS06076 PRÁTICAS EM DERMATOLOGIA 80
28 6º GPS06047 APLICAÇÕES CLÍNICAS DA FARMACOTERAPIA 80
29 6º GPS06052 GESTÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE 80
30 6º - DISCIPLINA OPTATIVA 80
31 7º GPS06075 PRÁTICAS EM CLÍNICA MÉDICA III 160
32 7º GPS06077 PRÁTICAS EM GINECOLOGIA 160
33 7º GPS06079 PRÁTICAS EM OBSTETRÍCIA 160
34 7º GPS06084 PRÁTICAS EM SAÚDE MENTAL 80
35 7º GPS06078 PRÁTICAS EM IMAGENOLOGIA 80
36 8º GPS06083 PRÁTICAS EM PEDIATRIA 240
37 8º GPS06072 PRÁTICAS EM CLÍNICA CIRÚRGICA II 80
38 8º GPS06081 PRÁTICAS EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA 80
39 8º GPS06082 PRÁTICAS EM OTORRINOLARINGOLOGIA 80
40 8º GPS06080 PRÁTICAS EM OFTALMOLOGIA 80
41 8º GPS06053 HABILIDADES TÉCNICAS E ATITUDINAIS NAS RELAÇÕES MÉDICAS
80
42 9º GPS06059 INTERNATO EM MEDICINA GERAL DE FAMÍLIA E COMUNIDADE 720
43 10º GPS06056 INTERNATO EM CLÍNICA CIRÚRGICA 320
44 10º GPS06058 INTERNATO EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 320
45 11º GPS06057 INTERNATO EM CLÍNICA MÉDICA 320
46 11º GPS06060 INTERNATO EM PEDIATRIA 320
47 11º GPS06061 INTERNATO EM SAÚDE COLETIVA 80
48 12º GPS06063 INTERNATO EM URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS 320
49 12º GPS06062 INTERNATO EM SAÚDE MENTAL 320
Nº Período Cód.
Disciplina Disciplinas Optativas
50 GVNFG012 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS
51 GVNFG014 INGLÊS INSTRUMENTAL
52 GPS06050 CLÍNICA NEURO MORFOFUNCIONAL
53 GPS06067 PESQUISA CLÍNICA
54 GPS06064 MEDICINA DO ESPORTE
55 GPS06046 ABORDAGEM CLÍNICA DAS DOENÇAS GENÉTICAS
56 GPS06048 ATIVIDADES ESPECIAIS EM MEDICINA
57 GPNBS024 TOXICOLOGIA
58 GPS06068 POLÍTICA DE SAÚDE NO BRASIL
59 GPG03051 NUTRIÇÃO E METABOLISMO
60 GVS06066 NEGÓCIOS E CONECTIVIDADE GLOBAL
61 GVNBE005 TEXTOS E PRÁTICAS DIGITAIS
CH Básica: 7360
CH Mínima Optativa: 240
CH Mínima Atividade Complementar:
100
CH Total: 7700
88
2.1.2.3 Atividades Complementares
As Atividades Complementares, ou atividades acadêmico-científico-culturais, ou no caso
das licenciaturas, atividades teórico-práticas, têm como objetivo enriquecer o processo
formativo do estudante, por meio da diversificação de experiências, dentro e fora do ambiente
universitário. Além disso, evocar os acadêmicos para as linhas de ação da UCB por meio do
ambiente educativo que estimule atitudes de confiança, liberdade interior, alegria, bem como,
a capacidade de construir o futuro que almeja. Visa também integrar o desenvolvimento
regional, nacional e internacional, atuando como agente transformador.
Consideram-se como Atividades Complementares aquelas que tenham cunho
acadêmico e que propiciem ao estudante as condições para o desenvolvimento de
competências que contribuam para o aprimoramento da formação básica e específica do futuro
profissional, bem como a integração com a sociedade e a capacidade de desenvolver ações
sociais.
Propicia o aproveitamento de conhecimentos, adquiridos pelo estudante, por
intermédio de estudos e práticas independentes, presenciais ou a distância, como: viagens de
estudo, oficinas, monitorias e estágios não obrigatórios; programas de iniciação científica;
programas de extensão; estudos complementares e cursos realizados em outras áreas afins,
congressos, simpósios, ações sociais, publicações e apresentação de trabalhos.
No curso, as Atividades Complementares deverão compor um mínimo de 100 horas, o
que permite que o estudante siga um planejamento determinado a partir de seus próprios
interesses.
Essas atividades constituem-se parte integrante do currículo, sendo, portanto,
obrigatórias e devendo ser realizadas ao longo do curso, contabilizadas a partir do primeiro
semestre da Graduação e validadas mediante pedido comprovado do estudante à Coordenação
do Curso.
Os critérios e a forma de integralização de componentes curriculares específicos para
conclusão de cada Curso estão normatizados no Regulamento Geral da Graduação.
A regulamentação para a validação das horas de Atividades Complementares segue as
orientações e definições do documento de Normas e Procedimentos Acadêmicos para os cursos
de Graduação da Universidade Católica de Brasília, aprovado pelo CONSEPE.
De acordo com o Regulamento Geral da Graduação, o curso de Medicina da UCB valida
as categorias abaixo listadas para fins de certificação, devendo a carga horária ser distribuída
em pelo menos duas das categorias especificadas.
89
I - Atividades de apoio ao ensino: exercícios de monitoria, representação de turma e
projetos especiais.
II - Atividades de pesquisa: participação em projeto de Iniciação Científica e participação
em grupo de estudo de aprofundamento de temática específica, orientado e acompanhado por
docente.
III - Atividades de extensão: participação em atividades, cursos ou projetos de extensão
na UCB ou em outras instituições, realização de estágio não obrigatório e participação em
Empresa Junior.
IV - Eventos e cursos: participação em congressos, seminários, semanas temáticas,
semana universitária, palestras, conferências, oficinas, cursos de atualização e eventos culturais;
aprovação em disciplinas eletivas, escolhidas dentre as disciplinas oferecidas nos diversos
cursos.
V - Publicações e apresentação de trabalhos: apresentação oral de trabalhos, mostras e
condução de oficinas, bem como publicações impressas e virtuais.
As atividades complementares possibilitam o estudante a flexibilizar a sua formação
acadêmica de acordo com suas áreas de maior interesse.
2.1.2.4 Estágio curricular e atividades práticas
O Curso de Medicina opera no âmbito do SUS, através de convênio com a Secretaria de
Saúde do Distrito Federal (SES-DF) e nos próprios serviços da UCB, sendo que as atividades
práticas de ensino devem priorizar a atenção básica, incluindo as áreas de clínica médica,
pediatria, ginecologia e obstetrícia, cirurgia, saúde coletiva e mental.
De acordo com as DCNs, a carga horária mínima do estágio curricular deve ser de 35%
(trinta e cinco por cento) da carga horária total do Curso de Graduação em Medicina. Ainda de
acordo com as DCNs o mínimo de 30% (trinta por cento) da carga horária prevista para o
internato médico da Graduação em Medicina deve ser desenvolvido na Atenção Básica e em
Serviço de Urgência e Emergência do Sistema Único de Saúde (SUS), respeitando-se o mínimo
de dois anos deste internato. Nas atividades do internato previsto no parágrafo anterior e
dedicadas à Atenção Básica e em Serviços de Urgência e Emergência do SUS, predomina a carga
horária dedicada aos serviços de Atenção Básica sobre o que é ofertado nos serviços de Urgência
e Emergência. As atividades do regime de internato voltadas para a Atenção Básica são
coordenadas e voltadas para a área da Medicina Geral de Família e Comunidade. Os 70%
(setenta por cento) da carga horária restante do internato incluem, necessariamente, aspectos
essenciais das áreas de Clínica Médica, Cirurgia, Ginecologia-Obstetrícia, Pediatria, Saúde
90
Coletiva e Saúde Mental, em atividades eminentemente práticas. O Curso de Medicina da UCB
cumpre todas essas premissas que são estabelecidas nas Diretrizes Curriculares Nacionais.
O estágio supervisionado em regime de Internato proporciona ao estudante a
oportunidade de vivenciar a prática profissional, conhecer as realidades sociais, aplicar os
conhecimentos científicos e desenvolver a capacitação profissional necessária para o ingresso
no mercado de trabalho. O objetivo principal deste estágio é proporcionar ao estudante, através
de atividades com grau crescente de complexidade e autonomia: a aproximação do futuro
cenário de prática profissional, a vivência e problematização da forma de organização social, do
modelo assistencial, do trabalho em equipe e das condições de saúde da população, o
treinamento em serviço, conduzindo à aplicação dos conhecimentos adquiridos durante o curso,
além de desenvolver no estagiário o espírito de equipe e de liderança participativa,
considerando os aspectos relevantes nos relacionamentos interpessoais com chefias,
funcionários e clientes em uma unidade de saúde.
O estágio curricular obrigatório em regime de Internato é a última fase da graduação,
em que o estudante recebe orientações predominantemente práticas em estágios
supervisionados nas áreas básicas e fundamentais da Medicina Geral de Família e Comunidade,
Saúde Coletiva, Clínica Cirúrgica, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Clínica Médica, Saúde
Mental e Urgência e Emergência.
O estágio curricular em regime de internato deve ser cumprido de forma integral, sendo
condição indispensável e fundamental a frequência em 100% da carga horária em cada um dos
componentes curriculares que o compõem.
Com duração de quatro semestres (dois anos), a partir do nono semestre de curso, o
estágio curricular obrigatório está estruturado conforme a Lei nº 12.871, de 22 de outubro de
2013 e as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Medicina de 20 de junho de 2014. Para
matrícula no internato o estudante deve ter sido aprovado em todos os componentes
curriculares anteriores. As normas e regras do estágio curricular em regime de internato estão
previstas no Regimento do Internato do Curso de Medicina da UCB.
As atividades do internato são desenvolvidas principalmente nos serviços de saúde da
Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), com atividades em unidades básicas
de saúde e atividades em nível secundário e terciário.
Para o internato são reservadas 2720 horas, correspondendo a 35,3% da carga horária
total do curso. Destas 2720 horas, 38,2% ocorrem em “atenção básica” e “urgência e
emergência” com predomínio da atenção básica, conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais
do Curso de Medicina de 20 de junho de 2014.
91
As atividades dos internos seguem uma programação geral e uma programação
específica elaborada pelos docentes supervisores de Internato. Em termos de programação
geral, o internato visa à formação geral do médico e para isso o interno assume durante esse
período, a responsabilidade pelo atendimento e condução dos pacientes, sempre orientado por
docentes. É vedada ao interno qualquer decisão que não seja do conhecimento do docente
responsável pelo estágio.
No Curso de Medicina da UCB, além do internato, as atividades práticas são
desenvolvidas de forma integrada com a teoria, nos quatro anos iniciais e representam
aproximadamente 50% da carga horária total nesses anos.
As atividades práticas ocorrem nos cenários:
1- Região de Saúde Oeste
a. Hospital Regional da Ceilândia, atendimento secundário, com 320 leitos
b. Ambulatórios de diversas especialidades
c. Unidade Básica de Saúde (UBS) Urbana e Rural
d. Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Ceilândia
e. Centro de Atenção Psicossocial (CAPS)
2- Hospital de Base do Distrito Federal - atendimento em Urgência e Emergência, com 833
leitos
3- Região de Saúde Sudoeste
a. Hospital Regional de Taguatinga – atendimento secundário, com 440 leitos
b. Clínica da Família
c. Policlínica
4- Região de Saúde Centro-Sul
a. Hospital Materno Infantil de Brasília – atendimento secundário, com 309 leitos
b. Hospital Regional do Guará – atendimento secundário, com 30 leitos
c. Centro de Saúde
d. UPA do Núcleo Bandeirante
5- Região de Saúde Centro-Norte
a. Hospital Regional da Asa Norte – atendimento secundário, com 310 leitos
b. Unidade Básica de Saúde Granja do Torto e Vila Planalto
6- Instituto de Saúde Mental, com 40 leitos
7- Ambulatório multidisciplinar da UCB/UBEC
8- Hospital da Criança de Brasília José de Alencar, atendimento secundário e terciário, com 17
leitos
92
9- Hospital das Forças Armadas, atendimento secundário e terciário, com 274 leitos.
O estudante é inserido desde o início do curso nos cenários de atenção básica à saúde,
o que permite que ele acumule mais experiências no campo de prática médica ao longo de sua
formação. O vínculo longitudinal do estudante com cenários do SUS se mantém até o final do
curso com progressão do nível de complexidade. O desenvolvimento de atitudes e o
treinamento de habilidades estão estruturados longitudinalmente. As atividades desenvolvidas
compreendem o treinamento de habilidades clínicas, realização de exame físico, de
procedimentos médicos, de exames laboratoriais, das técnicas de comunicação social, acesso
aos meios contemporâneos de informação médica e capacitação para a leitura crítica. Durante
o curso o estudante também é instado a participar de atividades de pesquisa e extensão, bem
como de intercâmbios, atividades esportivas e culturais. Todas estas atividades são voltadas ao
desenvolvimento das competências e habilidades gerais do estudante, conforme definidas nas
Diretrizes Curriculares Nacionais.
2.1.2.5 Trabalho de Conclusão de Curso
No curso de Medicina não há Trabalho de Conclusão de Curso, o que está de acordo com
as Diretrizes Curriculares Nacionais de graduação em Medicina, conforme Resolução CNE/CES
3/2014, publicada no DOU de 23/06/2014.
Para potencializar as atividades de pesquisa, o curso realiza anualmente um Congresso
Médico com inscrição de temas livres, possui uma revista indexada – Revista de Medicina e
Saúde de Brasília - para incentivar a publicação cientifica e Grupos de Pesquisa cadastrados no
CNPq com respaldo institucional.
2.1.2.6 Estágio não obrigatório e monitoria
O estágio não obrigatório é desenvolvido pelo estudante como atividade opcional,
visando ao aperfeiçoamento profissional na área de conhecimento de seu curso. Considerada
atividade riquíssima sob a perspectiva de agregar conhecimento prático ao conteúdo trabalhado
em sala de aula, contribuindo efetivamente para a formação profissional do estudante para o
mercado de trabalho. É normatizado nas instituições cedentes pela Lei nº 11.788, de 25/09/2008
que, em seu Art. 2º estabelece que:
Art. 2º. O estágio poderá ser obrigatório ou não obrigatório, conforme determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso. § 1º Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma.
93
§ 2 º Estágio não obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória.
A UCB conta com o Projeto de Estágio e Empregabilidade (PROJEM) que busca ajudar
o estudante na escolha de estágios não obrigatórios condizentes com seus interesses de
aprofundamento e prática profissionais. Nesse sentido, estabelece parcerias com empresas
públicas e privadas, bem como com agentes de integração entre as IES e o mercado de trabalho.
As vagas de estágios e empregos são divulgadas pelo Pós-Graduação OnLine (GOL) e em avisos
nos murais da Universidade.
No curso, os estudantes são incentivados a realizar estágios não obrigatórios a partir
do segundo semestre.
Dentre suas atividades práticas, o curso conta com o Programa de Monitoria, instituído
pela Portaria nº127/99, em conformidade com o proposto na LDBEN, Lei nº 9394/96 em que se
prevê:
Os discentes da educação superior poderão ser aproveitados nas tarefas de ensino e pesquisa pelas respectivas instituições, exercendo funções de monitoria, de acordo com seu rendimento e seu plano de estudos (LDB, 1996).
As atividades de monitoria foram estabelecidas e aprovadas pelo Conselho de Ensino,
Pesquisa e Extensão (CONSEPE) nas Normas e Procedimentos Acadêmicos, para os Cursos de
Pós-Graduação, e consubstanciadas na Resolução 65/2007, regulamentando, norteando e
assegurando as bases de execução do Programa de Monitoria, reafirmando ainda sua relevância
como espaço efetivo de ensino e de aprendizagem.
2.1.3 Proposta Pedagógica
2.1.3.1 Metodologia de Ensino
Os pressupostos que orientam o processo de ensino e de aprendizagem da Escola de
Saúde e Medicina consideram os estudantes como sujeitos do processo de construção e
reconstrução do conhecimento. O desenvolvimento das potencialidades do estudante deve ser
mediado e estimulado pelos professores, visando à apropriação do conhecimento, numa prática
pedagógica indissociável entre ensino, pesquisa e extensão.
Neste sentido, há um compromisso com a dimensão humana, científica, ética, técnica e
social da formação dos estudantes, desde a perspectiva de desenvolvimento de competências e
94
habilidades, organização e planejamento da estrutura curricular, programação das atividades
didáticas e da avaliação do processo de ensino e de aprendizagem.
A concepção pedagógica fundamenta-se: no espírito crítico; na valorização de atitudes
e estratégias problematizadoras; na inovação; na inserção do estudante na realidade local e no
seu papel como protagonista do processo de ensino e de aprendizagem, que se dará em
diferentes cenários, incluindo aqueles mediados pelas novas tecnologias educacionais e práticas
metodológicas inovadoras.
Nas disciplinas do Núcleo de Formação Básica da Escola de Saúde e Medicina os
conteúdos, além de integrados, são trabalhados por temas que remetam à importância da
pesquisa científica, além da relevância social. Desta forma, a indissociabilidade entre ensino,
pesquisa e extensão está presente a cada aula, na formação básica dos estudantes. O
desenvolvimento dos conteúdos de cada tema está atrelado a objetivos específicos e
metodologias ativas, juntamente com tecnologias acessíveis. Espera-se, com esta metodologia
de ensino, formar profissionais competentes e cientes de suas responsabilidades profissionais e
sociais. As disciplinas da Escola de Saúde e Medicina contemplam os seguintes conteúdos
integrados:
No âmbito interdisciplinar, a saúde das coletividades é objeto de estudo que envolve as
necessidades sociais de saúde, apresentando um papel fundamental na defesa da vida e da
saúde enquanto direito coletivo indispensável à construção da cidadania. Sua base estruturante
de ações está na epidemiologia, na política, no planejamento, na gestão, na promoção da saúde
e prevenção de doenças. No cenário do século XXI, verificam-se mudanças significativas na
estrutura social, tais como a transição demográfica, afetada diretamente pelo envelhecimento
populacional, e a transição epidemiológica, influenciada pelos modelos de atenção à saúde,
estilos de vida, dentre outros. Além disso, o Sistema Único de Saúde (SUS), pautado em
princípios constitucionais, orienta grande parte da formação do profissional de saúde brasileiro
e norteia as transformações sociais em saúde.
As disciplinas que tratam da saúde coletiva e são ofertadas a todos os cursos da Escola
de Saúde e Medicina bem como as disciplinas oferecidas pelo curso de Medicina que versam
sobre o tema, propiciam modificação das práticas no desenvolvimento de competências
socioemocionais em saúde e a gênese de sujeitos críticos, reflexivos, humanistas, cidadãos e
éticos, capazes de tomar decisões adequadas ao perfil epidemiológico da população. Assim,
apresentam aos estudantes as diferentes realidades de saúde brasileiras, bem como o próprio
SUS como elemento formador. Além disso, proporcionam conhecimentos da epidemiologia, da
vigilância em saúde, e do planejamento e gestão em saúde. Estes componentes curriculares
envolvem atividades de campo em diferentes cenários de práticas, com vivência em
95
comunidades e partilha de saberes e experiências científicas e populares em saúde, que
contribuem com a formação destes profissionais, em conformidade com as Diretrizes
Curriculares Nacionais (DCNs) para o curso de Medicina.
No curso de Medicina, além do internato, as atividades práticas também são
desenvolvidas, de forma integrada com a teoria, nos quatro primeiros anos. Além disso, deve
ser ressaltado que a diretriz de inovação também está presente nas atividades pedagógicas, com
a agregação de metodologias ativas de ensino e aprendizagem, centradas no estudante, como
sujeito ativo e no docente como dinamizador dos processos de aprendizagem, portanto, ambos
são produtores solidários de conhecimentos e de práticas docente-assistenciais.
Há um estímulo contínuo e permanente no sentido de que os estudantes dominem a
leitura e interpretação de textos científicos em inglês e espanhol. Desde o primeiro semestre do
curso os professores fazem atividades baseadas em textos científicos em língua estrangeira.
Nas atividades de práticas médicas, o estudante participa diretamente no cuidado dos
pacientes. Nessa fase os estudantes vivenciam problemas reais. As atividades curriculares estão
estruturadas na aprendizagem por competência, em ambientes com profissionais e equipes
cooperativas e colaborativas. Para estes componentes curriculares as diretrizes são:
Habilidades e atitudes semiológicas: os estudantes deverão desenvolver a
capacidade de aplicar os conhecimentos científicos e médicos para a solução dos problemas de
saúde dos pacientes. Os estudantes deverão desenvolver a capacidade para julgar as
informações científicas recentes e avaliá-las de forma crítica quanto ao benefício decorrente da
aplicação destas.
Habilidades e atitudes de comunicação: os estudantes deverão demonstrar
habilidades de comunicação eficaz e mostrarem-se sensíveis às necessidades dos pacientes e
estabelecerem boa relação com os demais membros da família.
Gestão: os estudantes deverão conscientizar-se e participar de forma ativa das
discussões sobre os determinantes da saúde e adquirir capacidade para atuar com liderança nas
políticas da saúde pública no contexto do sistema de saúde do SUS.
Educação continuada: os estudantes serão estimulados a desenvolver independência
no processo de aprendizagem e autonomia para dar continuidade à educação médica ao longo
da vida profissional.
96
Reflexão: os estudantes desenvolverão o hábito da reflexão quanto à influência da
atitude médica, dos valores e estilos pessoais, no exercício profissional e deverão avaliar o
impacto destas influências sobre si próprio.
2.1.3.2 Desenvolvimento do Processo de Ensino e de Aprendizagem
A integração dos saberes, a centralidade na aprendizagem, a pesquisa como eixo da
estruturação curricular, a extensão como partícipe do processo de construção do conhecimento
e do compromisso social e a avaliação como reflexão do ensinar e do aprender são os pontos
norteadores da concepção didático-pedagógica da UCB, que se assenta no tripé ensino, pesquisa
e extensão.
Os fundamentos das Metodologias Ativas são elementos importantes da filosofia
educacional da UCB e figuram há muito tempo em seus documentos institucionais. Tais
fundamentos consideram o estudante protagonista no processo de aprendizagem, no ensino,
na pesquisa e na extensão, com foco simultâneo no “conteúdo do sujeito” e no “conteúdo da
matéria”. Propõe-se, assim, uma prática educativa calcada na cooperação, interatividade, olhar
crítico, reflexivo e criativo, comprometido com a pesquisa orientada para o desenvolvimento
sustentável, por meio do uso integrado e reciprocamente qualificador das modalidades
presenciais e a distância, com ênfase na utilização das Tecnologias da Informação e da
Comunicação (TIC).
Pretende-se fazer com que o estudante compreenda sua responsabilidade pela
aprendizagem no processo de ensino organizado pelo professor. Dentre as Metodologias Ativas
e estratégias de ensino utilizadas na Universidade destacam-se: Metodologia da
Problematização; Aprendizagem Baseada em Problemas; Estudo de Caso; Pesquisa; Pesquisa-
Ação; Projeto de Intervenção; Seminário; Saída de Campo.
Do total da carga horária dos componentes curriculares presenciais, 25% (uma das
quatro horas-aulas por dia letivo) será realizado no formato de supervisão dos estudantes pelo
docente. Ou seja, das quatro horas das aulas teóricas ou laboratoriais, por turno de aula, uma
será destinada à realização de atividades práticas pelos estudantes, sob a supervisão dos
professores, com registro obrigatório pelo professor no Plano de Ensino (atividades, critérios de
avaliação e prazos de entrega) e pelo estudante no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).
Essa iniciativa traz inúmeras vantagens. Dentre elas, possibilita:
1) Melhor aproveitamento do tempo em sala de aula.
2) Proposição de atividades práticas que conduzem à melhoria na formação dos
estudantes, favorecendo a aplicação de metodologias ativas.
97
3) Construção de um portfólio de atividades realizadas no semestre e organizadas no
Ambiente Virtual de Aprendizagem, propiciando a ampliação do uso das TIC.
O fundamental dessa proposta é a percepção de que se trata de uma metodologia que
valoriza a autonomia e a proatividade do estudante, em sua relação com o conhecimento, com
a mediação do professor que orienta e acompanha as atividades. Dentre as atividades que
podem ser realizadas nessa hora-aula, citam-se: fóruns, wikis, produção de textos (resumos,
resenhas, relatórios, entre outros), vídeos, experimentos em laboratórios, visitas técnicas,
observação guiada, pesquisas, organização e participação de eventos, além de produtos
específicos de cada uma das áreas de conhecimento dos cursos.
A metodologia empregada consta de atividades teóricas, teórico-práticas e práticas. Os
estudantes desenvolvem suas atividades nas áreas de abrangência e nos serviços de saúde da
Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), nos próprios serviços da UCB e em unidades
conveniadas, de acordo com os procedimentos preconizados pelo curso e com as diretrizes e
normas estabelecidas.
Atividades teóricas:
Nos Estudos Dirigidos, os estudantes têm à disposição os objetivos educacionais antes
de cada encontro. Nesta atividade, os monitores e os docentes ocupam o papel de facilitadores.
Nos Tutoriais, os estudantes trazem para as discussões materiais didáticos, oferecidos
na plataforma Moodle, artigos científicos, livros e vídeos. As discussões são feitas em grupos. O
docente ocupa o papel de facilitador e oferece situações contextualizadas baseadas na sua
experiência. O conteúdo teórico está discriminado na forma de objetivos. A participação no
Tutorial é avaliada – assiduidade, participação, bibliografia, atualização, capacidade de análise,
cooperação, colaboração e respeito – em cada atividade. O estudo prévio dos objetivos
educacionais e a socialização em grupo são itens fundamentais.
Nos Seminários, o professor define temas e datas para a apresentação. São formados
pequenos grupos. Os temas dos seminários são relacionados às atividades práticas a serem
desenvolvidas no componente curricular.
Atividades práticas:
As atividades práticas são realizadas no Laboratório de Habilidades do HUCB-ICDF, nos
laboratórios da UCB e ainda nos cenários disponibilizados pelos hospitais ou Unidades Básicas
de Saúde conveniados.
98
Nas atividades em situações simuladas são mimetizados situações e cenários de modo
a integrar a atividade prática ao tema estudado. Os estudantes, em pequenos grupos, passam
por “estações” que simulam cada uma das etapas envolvidas no atendimento aquele paciente.
Nas Discussão de Caso Clínico, são apresentados casos, reais ou fictícios, preparados
pelos docentes. A discussão dos casos “reais” acontece muitas vezes após visitas as enfermarias
das respectivas clínicas. Por ocasião desta atividade, os estudantes realizam anamnese, exame
físico e evolução de pacientes. Em momento posterior, grupos de 2 ou 3 estudantes, de forma
sistematizada, apresentam o caso para toda a turma. Mais uma vez, os monitores e docentes
ocupam o papel de instrutores para o preparo do caso, devendo discutir os aspectos mais
relevantes. A apresentação e a discussão contemplam as ações de cuidados à saúde praticadas
por outros profissionais: enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, farmacêuticos,
assistentes sociais dentre outros.
Nas atividades de Discussão do Erro, um estudante é o responsável pela interpretação
de uma situação. O roteiro do caso clínico será oferecido para que ele o estude, com o apoio do
docente. Antes da atividade, o estudante é preparado com uso de materiais de simulação. A
participação do estudante como “ator” é sempre voluntária. Os monitores têm participação
ativa e o papel do médico que irá realizar o atendimento inicial é realizado pelo docente. Todos
os demais estudantes são expectadores do atendimento, convidados também a comentar os
“erros e os acertos” do atendimento que presenciaram.
Nas Atividades com Monitores, estes devem seguir o plano de monitoria e cumprir o
papel de facilitador de estudo cooperativo. Todas as atividades práticas têm a participação dos
monitores. Eles orientam os estudantes em todas as atividades de estudos, no treinamento em
habilidades e no preparo dos casos clínicos.
Para a avaliação de habilidades é preconizada a utilização da ferramenta “Mini-Osce”
(Avaliação de Habilidades Clínicas de forma Objetiva e Estruturada) em situações e cenários
simulados.
Estas atividades privilegiam a transdisciplinaridade e a interdisciplinaridade uma vez que
os conceitos trabalhados extrapolam os componentes curriculares e, ao mesmo tempo, fazem
interconexões entre eles. O estudante aprende de forma sistêmica e não compartimentalizada.
99
2.1.3.3 Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no Processo de Ensino e de
Aprendizagem
Nas primeiras décadas do século XXI, tem sido emblemática a utilização das TIC em
processos de ensino e de aprendizagem. O surgimento de novas possibilidades de produção de
conhecimento estimula nova postura de professores e estudantes frente à utilização de
tecnologias, acarretando mudanças significativas nos processos educacionais. Para tanto, é
necessário incentivar os estudantes a aprender a aprender, avançando e compreendendo a
importância da sua participação no processo de aula-pesquisa-intervenção e na utilização das
tecnologias como suporte à aprendizagem. As aulas, nessa perspectiva, se transformam em
processos contínuos de pesquisa e de comunicação, nos quais se dá a construção do
conhecimento em um equilíbrio dinâmico entre o individual e o grupal, entre o professor-
mediador e estudantes-participantes-ativos.
A tecnologia da informação modifica o ambiente de aprendizagem e essa alteração deve
estender-se à Universidade. O ambiente tecnológico, caracterizado pela abundância de fontes
de informação, é um espaço privilegiado de pesquisa, tornando a informação impressa
rapidamente desatualizada. Nesse contexto, o papel do professor é o de facilitador do processo
de aprendizagem, devendo desenvolver habilidades para que o estudante aprenda a aprender
e seja capaz de gerenciar o volume de informações disponíveis, avaliando sua qualidade. Isso
requer foco e desenvolvimento de habilidades básicas de leitura, interpretação, escrita e cálculo,
adaptados às novas tecnologias e ao ciberespaço.
Cabe ao professor adotar abordagens diferenciadas, que não se limitem à exposição
teórica, adotando estratégias que façam os estudantes passarem do status de consumidores
para produtores de conhecimento, o que exige a habilidade de: aprender em situações
dinâmicas; gerenciar grande quantidade de informação; encontrar significado por meio da
produção de sentido, em mensagens diversas e numerosas, que geralmente não se acham
organizadas previamente em textos publicados; construir um entendimento próprio a partir de
informação incompatível e inconsistente.
Diante de tantas habilidades propostas, vislumbramos uma educação cada vez mais
voltada para a pesquisa, para processos abertos de gerenciamento e soluções de problemas
educacionais no qual o grupo cooperativo cumpre um papel central e a autonomia e a autoria
dos estudantes sejam a principal meta na aprendizagem a ser alcançada.
100
2.1.3.3 Coerência do Currículo com a Proposta Pedagógica
A matriz curricular é estruturada, em todos os cursos de Pós-Graduação da UCB, por
meio da oferta de componentes curriculares: do Núcleo de Formação Geral; do Núcleo de
Formação Básica das Licenciaturas; do Núcleo de Formação Básica dos Cursos Superiores de
Tecnologia e do Núcleo de Formação Básica das Escolas, conforme se descreve a seguir:
Núcleo de Formação Geral (NFG) – Contribui para a formação humanística dos
estudantes da UCB, na perspectiva da indissociabilidade entre ensino, pesquisa
e extensão, consolidando o pleno desenvolvimento do educando, referente a
uma análise crítica e reflexiva, inovadora e criativa, de atitudes e valores para a
cidadania, com atenção às dimensões éticas, políticas e sociais.
Núcleo de Formação Básica das Licenciaturas (NFBL) – Garante que o eixo de
formação comum contemple plenamente o perfil desenhado para o egresso.
Núcleo de Formação Básica dos Cursos Superiores Tecnológicos (NFBCSTs) –
Promove uma formação voltada para a empregabilidade e para o
desenvolvimento de carreiras sólidas, por meio de um ambiente dinâmico e
permanente sintonia com o mercado.
Núcleo de Formação Básica das Escolas (NFBE) – Contribui para a formação
profissional do estudante a partir da identidade da Escola.
A oferta dos componentes curriculares do Núcleo de Formação Geral acontecerá da
seguinte forma:
Bacharelados - 4 (cada um com 4 créditos/80 horas):
Componente curricular Modalidade Período
Introdução à Educação Superior Virtual 1º
Iniciação à pesquisa científica Virtual 2º
Humanidade, Sociedade e Ética Virtual 3º
Empreendedorismo Virtual 4º
Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS
(Optativa)
Presencial ou Virtual Distinto para cada curso.
Todos os componentes curriculares do Núcleo de Formação Geral serão ofertados
obrigatoriamente, para os cursos reconhecidos, na modalidade a distância.
101
A oferta de componentes curriculares do Núcleo de Formação Básica da Escola de Saúde
e Medicina e que compõe a grade curricular do curso de Medicina será efetivada conforme
distribuição e períodos letivos indicados abaixo:
Componente curricular Modalidade Período
Integração Morfofuncional do Corpo Humano Presencial 1º
Desenvolvimento embrionário e tecidos Presencial 1º
Biologia Molecular Presencial 1º
Saúde Coletiva Virtual 1º
Mecanismos de Lesão e Reparo Presencial 2º
Genética e Biotecnologia Presencial 2º
Práticas em Saúde Coletiva Presencial 3º
O currículo do curso de Medicina foi construído fundamentado no princípio do
estudante como protagonista no processo de ensino e de aprendizagem e tem a busca do
conhecimento como determinante principal de sua formação. Nesta perspectiva do
desenvolvimento da autonomia discente serão utilizadas estratégias de metodologias ativas no
desenvolvimento dos diversos componentes curriculares para a formação do estudante,
observando-se a necessidade de formação geral; formação básica profissional e formação
específica.
Núcleo de Formação Específica do Curso de Medicina
Os componentes curriculares que compõem o Núcleo de Formação Específica do Curso
de Medicina visam garantir as habilidades e competências específicas descritas nas Diretrizes
Curriculares para a formação do Médico e desenvolvem-se a partir do cumprimento dos
componentes curriculares do curso.
Além dos estágios curriculares no regime de internato, o Curso de Medicina desenvolve
atividades práticas nos componentes curriculares, de forma integrada com a teoria, desde o
primeiro semestre, dentro da proposta de inovação nas atividades pedagógicas, com a
incorporação de metodologias ativas de ensino e aprendizagem, centradas no estudante como
sujeito ativo e no docente como mediador dos processos de aprendizagem.
No primeiro semestre é desenvolvido o componente curricular de Práticas Profissionais
em Medicina, onde o estudante tem conhece a história da medicina, os direitos e deveres do
profissional médico, as bases de dados da área da saúde e medicina e desenvolve atividades de
102
habilitação em comunicação com práticas integradas de prevenção de saúde e atuação na
comunidade.
Do segundo ao oitavo semestre são desenvolvidos componentes curriculares com uma
articulação no sentido vertical, com crescente grau de complexidade ao longo do curso e no
sentido horizontal, estabelecendo conexões entre os componentes curriculares do próprio
semestre.
Componentes curriculares do Núcleo de Formação Específica
MORFOLOGIA DE ÓRGÃOS E SISTEMAS
FISIOLOGIA DE ORGÃOS E SISTEMAS
INTEGRAÇÃO EM LINHAS DE CUIDADO DA SAÚDE I
PROCESSOS PATOLÓGICOS
BASES FARMACOLÓGICAS DA TERAPÊUTICA
SEMIOLOGIA
INTEGRAÇÃO EM LINHAS DE CUIDADO DA SAÚDE II
PRÁTICAS EM CLÍNICA MÉDICA I
PRÁTICAS EM BASES DA CIRURGIA
PRÁTICAS EM ANESTESIOLOGIA
PRÁTICAS EM CLÍNICA MÉDICA II
PRÁTICAS EM CLÍNICA CIRÚRGICA I
PRÁTICAS EM DERMATOLOGIA
APLICAÇÕES CLÍNICAS DA FARMACOTERAPIA
GESTÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE
PRÁTICAS EM CLÍNICA MÉDICA III
PRÁTICAS EM GINECOLOGIA
PRÁTICAS EM OBSTETRÍCIA
PRÁTICAS EM SAÚDE MENTAL
PRÁTICAS EM IMAGENOLOGIA
PRÁTICAS EM PEDIATRIA
PRÁTICAS EM CLÍNICA CIRÚGICA II
PRÁTICAS EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA
PRÁTICAS EM OTORRINOLARINGOLOGIA
PRÁTICAS EM OFTALMOLOGIA
HABILIDADES TÉCNICAS E ATITUDINAIS NAS RELAÇÕES MÉDICAS
A partir do nono semestre são realizados os estágios curriculares no regime de
internato:
INTERNATO EM MEDICINA GERAL DE FAMÍLIA E COMUNIDADE
INTERNATO EM CLÍNICA CIRÚRGICA
INTERNATO EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
INTERNATO EM CLÍNICA MÉDICA
INTERNATO EM PEDIATRIA
INTERNATO EM SAÚDE COLETIVA
INTERNATO EM URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
INTERNATO EM SAÚDE MENTAL
103
2.1.3.4 Adequação dos conteúdos curriculares à Educação das Relações Étnico-Raciais e à
Educação dos Direitos Humanos
A Resolução CNE/MEC nº 1, de 17 de junho de 2004, institui as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana. E a Resolução CNE/CP n° 1, de 30 de maio de 2012, institui as Diretrizes
Nacionais para a Educação em Direitos Humanos (EDH).
As observações, recomendações e definições presentes nessas Resoluções, bem como
no Parecer CNE/CP nº 03, de 10 de março de 2004 devem orientar as definições curriculares e
as políticas institucionais no que tange à Educação das Relações Étnico-raciais e ao Ensino de
História e Cultura Afro-brasileira e Africana, bem como as políticas para a Educação dos Direitos
Humanos. Neste sentido, institui a obrigatoriedade da inclusão de conteúdos relacionados ao
tratamento destas questões, tendo como meta promover a educação de cidadãos atuantes e
conscientes na sociedade brasileira, marcadamente multicultural e pluriétnica, buscando
relações étnico-sociais positivas para a construção de uma sociedade democrática, justa e
igualitária.
A educação das Relações Étnico-raciais, segundo a Resolução CNE/MEC nº 1/2004 (art.
2º, §1), tem por objetivo “a divulgação e produção de conhecimentos, bem como de posturas e
valores que eduquem cidadãos quanto à pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de
interagir e de negociar objetivos comuns que garantam, a todos, respeito aos direitos legais e
valorização de identidade, na busca da consolidação da democracia brasileira”. Já o Ensino de
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana tem por objetivo “o reconhecimento e valorização
da identidade, história e cultura dos afro-brasileiros, bem como a garantia de reconhecimento
e igualdade de valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas,
europeias e asiáticas” (Resolução CNE/MEC nº01/2004, art. 2º §2º).
E é pela educação para o atendimento aos Direitos Humanos que alcançaremos uma
sociedade melhor e mais justa. A própria Resolução CNE/CP n° 1/2012 afirma que “a Educação
em Direitos Humanos emerge como uma forte necessidade capaz de reposicionar os
compromissos nacionais com a formação de sujeitos de direitos e de responsabilidades.”.
Reafirma ainda que tal educação “poderá influenciar a construção e a consolidação da
democracia como um processo para o fortalecimento de comunidades e grupos
tradicionalmente excluídos dos seus direitos.”. Toda a compreensão da EDH se fundamenta nos
seguintes princípios: dignidade humana; igualdade de direitos; reconhecimento e valorização
104
das diferenças e das diversidades; laicidade do Estado; democracia na educação;
transversalidade, vivência e globalidade; sustentabilidade socioambiental.
Cabe ressaltar que os princípios que orientam a Resolução CNE/CP nº02/2012 (que
institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental) e a Resolução CNE/CP
nº 01/2012 (que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação em Direitos
Humanos) são princípios norteadores da educação preconizada pela UCB, assumidos em sua
missão. Dessa forma, as questões relacionadas à formação de uma consciência cidadã, marcada
pelo respeito à diversidade, pela defesa dos direitos civis, políticos, sociais, ambientais,
econômicos e culturais, na construção de uma sociedade justa e equânime, representam o
projeto de formação desta Universidade, encontrando-se presentes em suas políticas
institucionais. Assim, os conteúdos que suportam esta proposta formativa são trabalhados de
forma mais abrangente, em componentes curriculares de formação humanística geral, como
“Introdução a Educação Superior”, “Iniciação a Pesquisa Científica”, “Humanidade, Sociedade e
“Ética” e “Empreendedorismo”. Ademais, esses conteúdos são contemplados de maneira
transversal por meio da oferta de palestras, mesas-redondas, encontros e eventos culturais ao
longo dos semestres.
2.1.3.5 Adequação dos conteúdos curriculares à Política Nacional de Educação Ambiental
O Decreto nº 4.281/2002, que regulamenta a Lei nº 9.795/1999 (Política Nacional de
Educação) e a Resolução CNE/CP nº02, de 15 de junho de 2012 (Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Ambiental), compõe o marco legal específico que orienta a atuação da UCB em
relação à Educação Ambiental.
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental (Resolução
CNE/CP nº02/2012, art. 3º), a Educação Ambiental “visa a construção de conhecimentos, ao
desenvolvimento de habilidades, atitudes e valores sociais, ao cuidado com a comunidade de
vida, a justiça e a equidade socioambiental, e a proteção do meio ambiente natural e construído”
e não deve ser implantada como disciplina ou componente curricular específico (art. 8º).
Da mesma forma que a Universidade aborda as questões da Educação das Relações
Étnico-Raciais, do Ensino da História e da Cultura Afro-Brasileira e Africana e da Educação em
Direitos Humanos, as questões e conteúdos relacionados à Educação Ambiental também são
tratados de forma transversal e nos componentes curriculares do Núcleo de Formação Geral,
citados anteriormente. Por fim, cabe destacar que a Educação Ambiental, em especial seu
105
aspecto de sustentabilidade, é contemplada na missão da UCB, orientando a gestão da
Universidade e sua atuação por meio dos programas e projetos de pesquisa e extensão.
O curso de Medicina, além disso, orienta os professores no sentido de que
insiram em seus Planos de Ensino, itens (aulas, textos, projeções de filmes, casos
clínicos, etc.) que abordem os temas citados. Desta forma as temáticas relativas às
questões indígena, ambiental, relações étnico-raciais e de direitos humanos irão
perpassar todos os componentes curriculares, “transversalizando” a discussão destes
temas.
2.1.4 METODOLOGIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
A Educação a Distância (EAD) propicia novas formas e oportunidades de aprendizagem,
cria espaços virtuais de interação e reorganiza de maneira flexível as dimensões espaciais e
temporais dos processos educacionais. Na estratégia da formação, EAD é uma oportunidade de
reinvenção da prática pedagógica, de experiência promotora de mais autonomia por parte dos
estudantes, de acesso às novas mídias e de um redimensionamento do papel dos professores e
estudantes.
Neste contexto, a UCB entende ser ponto importante para a formação de seus egressos
a oferta de componentes na modalidade a distância, como forma de melhor prepará-los para as
exigências do mercado de trabalho, que também tem se apropriado das tecnologias de
comunicação e informação em suas atividades e ações.
Dessa maneira, na matriz do curso são ofertados os componentes curriculares
institucionais de Formação Geral, quais sejam Introdução à Educação Superior; Iniciação à
pesquisa científica; Humanidade, Sociedade e Ética; Empreendedorismo e Língua Brasileira de
Sinais – LIBRAS (Optativa), das Escolas e específicas do curso, Saúde Coletiva, totalizando 5% da
carga horária do curso, respeitando-se, assim, o limite máximo de 20% de oferta de
componentes curriculares nessa modalidade, conforme orienta o Ministério da Educação e
Cultura por meio da Portaria nº 4.059 de 10 de dezembro de 2004.
O modelo de educação a distância adotado tem por princípios a elaboração de
conteúdos exclusivos e a interação efetiva e presente dos docentes, aliados a um ambiente
virtual de aprendizagem altamente interativo e encontros presenciais periódicos, o que expressa
o diferencial de qualidade educativa da UCB.
106
A comunicação e a interação dos professores com os estudantes e dos estudantes entre
si são constantes ao longo do curso e acontecem de forma síncrona e assíncrona, mediadas pelas
ferramentas disponíveis no ambiente virtual de aprendizagem. Os momentos interativos
caracterizam-se por atividades que favoreçam a aprendizagem, a troca de experiências e de
informações entre os estudantes e entre estes e os professores.
Cada professor é responsável pela gestão de seu componente curricular (entendida no
ambiente virtual como uma Unidade de Estudo - UE) da sua área de conhecimento e possui as
seguintes atribuições: divulgar o plano de ensino; criar condições de aprendizagem por meio da
promoção de discussões relacionadas ao conteúdo, da proposição de questões e situações-
problema e da ampliação dos temas apresentados no material didático; acompanhar o processo
de organização dos estudos pessoais e coletivos; responder às solicitações dos estudantes;
instigar a participação dos estudantes nos espaços de interação; mediar discussões nos
ambientes de interação; incentivar e mediar o trabalho cooperativo entre os estudantes;
intermediar, quando necessário, as relações entre os estudantes e a Assessoria(s) e/ou
Coordenação do curso; avaliar os estudantes; promover estratégias e atividades de
recuperação; orientar trabalhos e projetos de pesquisas. Cabe ainda ao professor conduzir as
atividades presenciais estabelecidas para o seu componente curricular no plano de ensino.
2.1.5 ATIVIDADES DE EXTENSÃO RELACIONADAS AO ENSINO
A UCB, atenta ao Art. 207 da Constituição (1988), atua com base na indissociabilidade
entre ensino, pesquisa e extensão. A extensão é definida como um processo educativo
interdisciplinar de caráter científico, cultural e social cujo objetivo é promover a interação entre
a Universidade e a sociedade com a participação da comunidade acadêmica. Tem como foco
aumentar o protagonismo estudantil e a dimensão acadêmica que impacte na formação do
estudante.
As atividades extensionistas na UCB possuem diferentes modalidades:
1. Projetos: conjunto de ações de caráter comunitário, educativo, cultural, científico
e tecnológico, com objetivo bem definido e prazo determinado. O prazo é definido
de acordo com o tempo necessário para alcançar os objetivos da proposta. Tem
característica multidisciplinar, ajustados às linhas de pesquisa institucionais.
2. Programas: conjunto articulado de atividades de caráter orgânico-institucional,
vinculados a normas, leis, recomendações ou diretrizes e orientadas a um objetivo
107
comum. São ações de médio ou longo prazo, de caráter multidisciplinar, ajustadas
às linhas de pesquisas institucionais.
3. Prestação de serviços: está relacionada à realização das práticas obrigatórias dos
cursos ou programas. A prestação de serviços deve ser produto de interesse
acadêmico e científico, sendo encarada como um trabalho social. Configura-se
como tarefa profissional fundamentada em habilidades e competências inerentes
a cada profissão, tais como: atendimento jurídico, à saúde humana, ao público nas
áreas de educação, ciências e tecnologia ou ainda para exames e laudos técnicos,
além de prestação de serviços eventuais como assessorias, consultorias e
curadoria.
4. Eventos: ações pedagógicas de caráter teórico ou prático, planejadas e
organizadas de modo sistemático, com carga horária de 4 a 180 horas. São
organizadas na forma de apresentação pública, livre ou para clientela específica,
objetivando a difusão de conhecimento. Tais atividades podem ocorrer no âmbito
das Escolas, com a participação dos cursos que a compõem ou somente no âmbito
dos cursos. Podem ser: palestras, cursos, workshops, seminários, congressos,
exposições, espetáculos, festivais.
5. Ligas acadêmicas: associações civis e científicas livres, de duração indeterminada,
sem fins lucrativos, que visam complementar a formação acadêmica em uma área
específica da saúde, por meio de atividades de ensino, pesquisa e extensão. Nelas,
são desenvolvidas atividades extraclasses com ações voltadas para a promoção da
saúde, da educação e da pesquisa, contribuindo para o desenvolvimento científico
e o aprimoramento do futuro profissional.
6. Ações extensionistas: atividades sazonais desenvolvidas no âmbito do curso,
envolvendo pelo menos três componentes curriculares. As atividades
extensionistas estão sustentadas nas seguintes linhas de atuação:
Sustentabilidade ambiental: consiste em ações que objetivam a manutenção das funções e
dos componentes dos ecossistemas para assegurar que continuem factíveis, capazes de se
autorreproduzir e adaptarem-se às alterações, mantendo assim a variedade biológica.
Sustentabilidade econômica: ações que pretendem realizar práticas econômicas,
financeiras e administrativas que visam ao desenvolvimento econômico de um país ou
empresa, preservando o meio ambiente e garantindo a manutenção dos recursos naturais
para as futuras gerações.
Justiça social e direitos humanos: ações que visam à manutenção do direito à vida, a
privacidade, a igualdade, a liberdade, além de outros, conhecidos como direitos
108
fundamentais, que podem ser divididos entre direitos individuais, coletivos, difusos e de
grupos. Seu foco está na construção moral e política baseada na igualdade de direitos e na
solidariedade coletiva.
Humanização da saúde: ações integradas que visavam mudar substancialmente o padrão
de assistência à saúde, com o objetivo de provocar mudanças progressivas, sólidas e
permanentes na cultura de atendimento à saúde, em benefício tanto dos usuários-clientes
quanto dos profissionais.
Educação e tecnologia: ações que visam causar mudanças no processo de ensino buscando
novas soluções para tornar o aprendizado mais significativo, prático, fácil, interativo e até
mesmo divertido para as pessoas.
Dentre os projetos existentes, destacamos os seguintes:
Ser +
O Projeto SER+ caracteriza-se como atividade complementar integrante das atividades
complementares constantes nos currículos dos cursos de graduação desta Instituição de Ensino
Superior. É um projeto acadêmico que pretende oferecer ao (à) estudante a oportunidade de,
ao participar do dia a dia de uma determinada comunidade, entender sua dinâmica, seus
problemas, suas peculiaridades e, ajudá-la a pensar soluções. É a Universidade estreitando
relações com a comunidade.
RONDON
De acordo com o Ministério da Defesa “O Projeto Rondon tem por finalidade levar as
Instituições de Ensino Superior e seus estudantes àquelas regiões do Brasil menos favorecidas,
dando-lhes a oportunidade de conhecer essas realidades, socializar seus saberes e, na interação
com as comunidades, elaborar propostas e criar soluções participativas, de modo a atenuar as
deficiências estruturais locais, contribuir para o bem-estar dessas populações, e,
simultaneamente, consolidar a formação dos universitários como cidadãos”. O Projeto Equipes
Rondon UCB foi institucionalizado em 2006. Esse projeto oferece uma excelente oportunidade
para que os/as estudantes realizem trabalhos voluntários tanto durante a capacitação, quanto
durante as operações que ocorrem em julho ou janeiro/fevereiro, ou após o término.
109
Projeto Centro de Convivência do Idoso (CCI)
O Projeto CCI constitui um espaço que, conjuntamente com o princípio da
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, promove um ambiente para a solidificação
de conhecimentos nas diferentes áreas da saúde, bem como proporciona experiências salutares
para as pessoas idosas.
Em virtude do desenvolvimento da ciência e da tecnologia, cujas descobertas
proporcionaram aumento da expectativa de vida, a população tem envelhecido rapidamente.
Neste sentido, torna-se necessário haver uma atuação mediante estudos interdisciplinares, que
são realizados pelos diferentes cursos de graduação e pelo Programa de Pós-Graduação Stricto
Sensu em Gerontologia que compõe a Escola de Saúde e Medicina, visando trabalhar os
aspectos relativos ao envelhecimento e preparar os profissionais de saúde para atuação junto à
população idosa, em cada área específica. Nessa perspectiva, a Escola de Saúde e Medicina
oferece atividades diversas para cerca de 300 idosos semestralmente, proporcionando a
convivência e a troca de experiências entre eles e a comunidade acadêmica, além de orientações
e atendimentos voltados para a saúde, buscando o envelhecimento saudável.
2.1.6 ATIVIDADES DE PESQUISA RELACIONADAS AO ENSINO
A Universidade considera a iniciação científica como fundamento da formação do
estudante desde o início da Pós-Graduação. Essa preocupação se concretiza na oferta do
componente curricular Iniciação à Pesquisa Científica, em que o estudante tem contato com as
principais questões referentes à fundamentação conceitual da ciência, especialmente aquelas
relacionadas aos aspectos filosóficos e históricos. Contribui ainda para a elaboração de trabalhos
acadêmicos, utilizando as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e
ampliando os conteúdos estudados no componente curricular Introdução à Educação Superior
(IES), que salienta a relevância da pesquisa científica para a formação acadêmica e profissional.
É importante ressaltar que estreitar o contato do estudante da Pós-Graduação com a
pesquisa passa pelo hábito da leitura, por meio da qual aprofunda os conhecimentos adquiridos,
familiarizando-se com o vocabulário técnico das obras especializadas. O contato com os textos
científicos contribui para o desenvolvimento das competências comunicativas e a necessidade
de compartilhar conhecimento. Para tanto, a UCB conta com oficinas de formação do estudante
para pesquisa em Banco de Dados e uso adequado das normas na apresentação de trabalhos.
110
Para além das atividades de iniciação à pesquisa integradas às atividades de ensino,
realizadas a partir de pesquisas exploratórias, trabalhos de conclusão de curso, pesquisas de
campo e bibliográficas, a UCB também apoia o surgimento de novos talentos em todas as áreas
do conhecimento, por meio de programas de iniciação científica. O fomento à pesquisa se dá
por meio de editais internos; editais externos e apoio à participação de pesquisadores em
eventos científicos na Pós-Graduação e Pós-Pós-Graduação.
Dentre os objetivos institucionais para a oferta dessas atividades está o de contribuir
para a formação de recursos humanos para a pesquisa, incentivando a participação discente
ativa em projetos de pesquisa com qualidade acadêmica, mérito científico e orientação
adequada, individual e continuada.
Na Graduação, a inserção dos estudantes em atividades de pesquisa e inovação se faz
por meio de bolsas de Iniciação Científica (IC), bolsas de Iniciação Tecnológica e Inovação (ITI) e
por meio da vinculação dos projetos de conclusão de curso aos projetos de pesquisa
institucionais.
O Programa de Iniciação Científica concede bolsas em três modalidades:
1. Programa Interno (PIC/UCB): utiliza recursos financeiros próprios e engloba
estudantes voluntários. Nesse caso, as bolsas são distribuídas em forma de cotas e
seguem critérios estabelecidos em editais específicos.
2. Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC – CNPq/UCB): com
fomento do Governo Federal, as bolsas institucionais do PIBIC são distribuídas
anualmente sob a forma de cotas, a partir dos critérios estabelecidos em editais
anuais, que consideram os méritos técnicos e científicos da proposta.
3. Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e
Inovação (PIBITI/CNPq/UCB): voltado à formação e ao engajamento de estudantes
de Pós-Graduação em atividades de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e
inovação.
A UCB possui pesquisadores aptos a atender a editais externos de financiamento à
Ciência e Tecnologia, com reconhecimento local, regional, nacional e internacional. A instituição
viabiliza as pesquisas por meio de sua infraestrutura laboratorial, alocação de horas para as
atividades, bem como recursos para custeio e investimento. O apoio é oferecido tanto para
projetos aprovados por agências de fomento (CNPq, FINEP, CAPES, Fundações de Amparo à
111
Pesquisa, organismos internacionais e outros) como para atividades inovadoras ou projetos
desenvolvidos em conjunto com empresas privadas.
Possui também um programa próprio de apoio à participação de seus pesquisadores em
eventos científicos que contribuam para a divulgação dos resultados de projetos de pesquisa.
A UCB participa da organização e da realização dos Congressos de Iniciação Científica do
Distrito Federal disponibilizando logística, infraestrutura e o apoio técnico de seu núcleo de
eventos, em um esforço conjunto com as outras instituições do DF que possuem Programa de
Iniciação Científica PIBIC/CNPq.
Durante estes eventos, pesquisadores de instituições externas ao DF avaliam os
trabalhos dos estudantes, como parte do processo de avaliação do Programa PIBIC. Desde 2009,
os melhores trabalhos de cada sessão são premiados com a concessão de certificados aos
estudantes e seus orientadores. Além dos Congressos anuais de IC do DF, cuja participação é
obrigatória, muitos trabalhos desenvolvidos por estudantes da UCB são encaminhados e aceitos
para apresentação em congressos locais, nacionais e internacionais.
A UCB conta com diversos programas de Pós-Pós-Graduação stricto sensu que oferecem
oportunidades de pesquisa para os estudantes desta IES e egressos de outras IES.
A Escola de Saúde e Medicina possui as seguintes linhas de pesquisa:
1. Saúde e doença nos ciclos da vida.
2. Políticas públicas, educação em saúde e saúde da família.
3. Ciências genômicas, genética molecular e de populações e biotecnologia molecular.
4. Atividade física, saúde e desempenho humano.
5. Longevidade e qualidade de vida.
6. Saúde, cultura e desenvolvimento humano.
Os Programas de Pós-graduação Stricto sensu em Ciências Genômicas e Biotecnologia,
Educação Física, Gerontologia e Psicologia fazem parte da Escola de Saúde e Medicina. As linhas
de Pesquisa desenvolvidas em cada Programa são:
Programa e Pós-graduação em Ciências Genômicas e Biotecnologia
Biologia molecular de microrganismos, plantas e animais: Investiga a organização de
material genético em procariotos e eucariotos, a estrutura e caracterização de genes, a
112
manipulação genética de microrganismos, a prospecção de genes e proteínas relacionadas a
defesas em plantas.
Melhoramento genético molecular de plantas:Investiga a caracterização e isolamento
de genes, o desenvolvimento de marcadores, a construção de mapas genéticos, o mapeamento
de caracteres qualitativos e quantitativos (QTLs), o melhoramento assistido por marcadores, a
quantificação e uso da variabilidade de bancos de germoplasma.
Genética de populações de microrganismos, plantas, animais e humanas. Investiga a
diversidade de populações naturais, a estrutura de populações e evolução, a estrutura de
acasalamento em populações naturais, os mecanismos evolutivos (fluxo gênico e deriva em
populações naturais), além de estudos voltados para a conservação de germoplasma e
filogeografia de espécies tropicais.
Genoma de microrganismos e plantas. Investiga o mapeamento de genoma estrutural
e funcional, a estrutura do genoma eucarioto e procarioto, a montagem de "contigs", o
transcriptoma, e sequências em bancos de dados e anotação.
Bioinformática aplicada ao genoma e proteoma. Investiga sequencias biológicas,
bancos de dados biológicos, o alinhamento múltiplos de sequencias, árvores filogenéticas e a
predição de estrutura secundária e terciária de proteínas.
Diagnóstico e epidemiologia molecular de microrganismos, plantas e animais:
Investiga a caracterização de microrganismos fitopatogênicos e de vírus vegetais; o diagnóstico
molecular de microrganismos fitopatogênicos; a epidemiologia molecular; taxonomia e análise
morfológica e molecular; a diagnose e detecção.
Interação patógeno-hospedeiro em vegetais e animais.Investiga a caracterização de
genes envolvidos na interação patógeno-hospedeiro, a biologia molecular dos patógenos, os
métodos moleculares para estudo da interação, a fisiologia do patógeno e patogênese, a
virulência e escape imunológico.
Programa de Pós-graduação em Gerontologia:
Aspectos Físicos, Biológicos, Epidemiológicos e Tecnológicos do Envelhecimento:
Investiga as mudanças fisiológicas que ocorrem no corpo humano com o envelhecimento, bem
como a prevenção de doenças crônico-degenerativas, realizando estudos epidemiológicos sobre
o envelhecimento e inovações da tecnologia para pessoas idosas. Possui projetos de pesquisa
113
integradores, com perfil inovador, que gera produtos de convergência com a Área de
Concentração (Longevidade e Qualidade de Vida), ajudando promover a desenvolvimento e a
inserção social.
Aspectos Psicossocioculturais e Artísticos do envelhecimento: Investiga as mudanças
psicológicas e socioculturais relacionadas ao envelhecimento e as adaptações agudas e crônicas
que ocorrem nas pessoas idosas, levando em conta o desenvolvimento artístico da realidade
social no mundo moderno. Reúne projetos de pesquisa integradores, com perfil inovador, que
pretendem gerar produtos de convergência com a Área de Concentração “Longevidade e
Qualidade de Vida”, ajudando promover o desenvolvimento e a inserção social.
Programa de Pós-graduação em Educação Física
Aspectos Biológicos Relacionados à Atividade Física e Saúde: investiga as mudanças
fisiológicas fundamentais e as adaptações agudas e crônicas que ocorrem no corpo humano
submetidos a diferentes tipos de exercício.
Aspectos Socioculturais e Pedagógicos Relacionados à Atividade Física e Saúde:
investiga a atividade física e saúde envolvendo aspectos socioculturais e pedagógicos.
Exercício Físico, Reabilitação, e Doenças Crônicas não Transmissíveis: investiga o papel
de exercício na prevenção e evolução de doenças crônicas não transmissíveis.
Desempenho Humano: investiga o desempenho humano na área esportiva, educacional
e na saúde.
Programa de Pós-graduação em Psicologia
Saúde Mental e Ações Terapêuticas: estuda os processos de saúde e de adoecimento
no curso do desenvolvimento humano. Investiga os processos psicopatológicos e de saúde
mental, de avaliação diagnóstica e de intervenções terapêuticas. Interessa-se ainda por temas
relativos à religiosidade, à morte, à sexualidade e aos processos de subjetivação.
Desenvolvimento Humano em Contextos Socioeducativos: investiga os processos
psicológicos de desenvolvimento e aprendizagem e o comportamento humano em situações de
saúde e risco, sua interação com os contextos socioculturais e educativos, sobretudo família e
escola. Estuda, ainda, as questões afeitas à formação e atuação de profissionais das áreas de
saúde e educação.
114
Sistemas Conjugais/Familiares e Cultura: investiga a saúde e o desenvolvimento dos
processos relacionais nos sistemas conjugal e familiar, em múltiplos contextos ao longo do ciclo
de vida familiar, bem como aspectos psicossocioculturais de conflitos com a lei tais como
violência intrafamiliar, drogadição e tráfico de drogas, comportamentos infratores de jovens,
assim como questões relativas à sexualidade.
Cultura Contemporânea e Relações Humanas: investiga as dimensões da cultura
contemporânea que dizem respeito ao impacto, sobre as relações humanas e sobre as
subjetividades, das novas linguagens e tecnologias, novas estratégias e valores sociais, bem
como suas expressões tradicionais. Seus principais eixos temáticos, em uma perspectiva
interdisciplinar, são: “relações de gênero”, “poder, alteridade e formas de violência”, “trabalho”,
“nomadismos e diversidade”, “religiosidades”.
O curso de Medicina apresenta linhas de pesquisa, com Grupos de Pesquisa
cadastrados no CNPq e certificados pela Universidade. Estes grupos contam com professores
engajados em diversas áreas e que desenvolvem projetos de pesquisa, nos quais há pleno
estímulo para a participação dos estudantes por meio de financiamento de bolsas de iniciação
científica pela UCB ou CNPq.
Atualmente o curso possui cadastrados no CNPq cinco Grupos de Pesquisa com
reconhecimento institucional:
Aspectos biológicos, psicológicos, socioculturais e espirituais relacionados à criança, ao
adulto e ao idoso: dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/7894601057721414
Morbidades Infecciosas: dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/4098023359447114
Conhecimento, Inovação e E-Medicina:dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/4610457000684188
Perfil das morbidades cirúrgicas nos hospitais do Distrito Federal:
dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/7770854047816893
Estudos da densidade mineral óssea e sistema cardiovascular e endócrino:
dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/4988526876862230
Além desses grupos a produção científica dos estudantes pode ser divulgada por meio
de apresentação de trabalhos no Congresso Médico anual e na publicação de artigos na Revista
de Medicina e Saúde de Brasília, periódico online editado pelos professores do curso que
apresenta indexações, ISSN e qualificação no sistema Qualis-Capes.
115
A participação dos estudantes em eventos científicos relacionados à medicina, no Brasil
e exterior, é continuamente estimulada.
A Universidade conta com Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), uma Comissão de Ética
no uso de Animais (CEUA), bem como apresenta laboratório de Bioensaios e Biotério, que
apoiam e regulamentam questões diversas relativas às atividades de pesquisa.
2.1.7 SISTEMA DE AVALIAÇÃO
2.1.7.1 Autoavaliação institucional e do curso
Os cursos da UCB são submetidos à autoavaliação desde os anos de 1990. Ao longo de
todo esse tempo, a Universidade vem desenvolvendo melhorias no processo e cuidando da
relação com a comunidade, para que melhor subsidie suas decisões estratégicas.
Com a lei do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), publicada
em 2004, as Comissões Próprias de Avaliação (CPA) passaram a ser uma determinação e a UCB
reestruturou o processo instituindo sua CPA de acordo com as determinações da regulação.
A CPA, constituída pela Portaria/Reitor UCB 154/04 de 27 de maio de 2004, é formada
por 3 representantes do corpo docente, 2 do corpo discente, 3 do corpo técnico-administrativo
e 2 da sociedade civil organizada, sendo coordenada por um docente.
A CPA estruturou instrumentos de autoavaliação para que fossem aplicados
semestralmente. Os instrumentos avaliam: os serviços terceirizados; a estrutura de apoio ao
ensino (englobando infraestrutura e biblioteca) e o ensino/aprendizagem, utilizando-se de 2
modelos, um para o docente e outro para o discente. Os instrumentos vêm sendo melhorados
ao longo do tempo e do desenvolvimento dos trabalhos, com reuniões da CPA e outros eventos
relativos.
Nos últimos dois anos, os instrumentos são aplicados de acordo com a descrição e
periodicidade abaixo:
Instrumentos “Terceirizados” e “Apoio ao Ensino”: anualmente.
Instrumento “Ensino/Aprendizagem”: semestralmente.
116
Os períodos de aplicação são amplamente divulgados para a comunidade acadêmica,
visando à participação de todos.
Outra avaliação institucional de grande importância para os cursos de Pós-Graduação é
o Sistema Interno de Avaliação do Estudante (SIAE), que tem como objetivo avaliar o
desempenho do estudante em formação nos Cursos de Pós-Graduação (Licenciaturas,
Bacharelados e Tecnológicos). O SIAE está ancorado na proposta geral do Exame Nacional de
Desempenho dos Estudantes (ENADE), art. 5° da lei n°10.861 de 14/04/2004, qual seja a de
avaliar o desempenho dos estudantes em relação aos conteúdos programáticos previstos nas
diretrizes curriculares, bem como as habilidades e competências para a atualização permanente
e os conhecimentos sobre a realidade brasileira, mundial e sobre outras áreas do conhecimento
(Portaria nº 211, art. 1º. de 22/06/2012).
Com o intuito de alcançar o melhor acompanhamento dos estudantes, o SIAE se
fundamenta na proposta de uma avaliação interna, diagnóstica e integrada ao processo de
ensino e de aprendizagem, numa perspectiva projetiva. É um instrumento direcionado à
avaliação do desenvolvimento das competências dos estudantes em suas áreas específicas de
formação, por meio da aplicação do exame para aqueles que já possuem 50% ou mais de carga
horária concluída. Os resultados possibilitam a revisão da formação dos estudantes em um
movimento permanente de melhoria do processo educativo.
Os cursos participam do Sistema Interno de Avaliação do Estudante (SIAE) conforme o
calendário do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES). Como regra geral,
essa avaliação deve ser priorizada em relação a outras formas de avaliação realizadas por
iniciativa dos cursos.
A análise da participação dos estudantes na prova SIAE gera relatórios, entregues às
Coordenações de Curso, com resultados do desempenho dos estudantes. Esses resultados
servem de apoio à gestão e visam à implementação de ações para a melhoria do processo de
ensino e de aprendizagem.
Ademais, os cursos são recorrentemente avaliados externamente, conforme prevê o
SINAES. Os resultados obtidos são, sem dúvida, balizadores para melhorias nos cursos a partir
das reflexões que geram.
Desde a criação, o curso de Medicina já participou de quatro ciclos ENADE, nos anos de
2007, 2010, 2013 e 2016.
117
Os resultados obtidos pelo curso de Medicina da UCB no ENADE e nas demais avaliações
do MEC estão compilados na tabela abaixo:
ENADE CPC CC IDD
2007 3 3 3 3
2010 3 3 4 --
2013 3 3 -- --
2016 2 3 -- 3
O curso de Medicina da UCB aderiu ao consórcio centro-oeste do Teste de Progresso
(TP) no ano de 2013. Desde então, os dados obtidos são utilizados para correção e readequação
das estratégias de ensino-aprendizagem e dos planos de ensino.
O Teste de Progresso é uma avaliação cognitiva de caráter formativo. Ele não tem a
intenção de selecionar ou classificar, mas acompanhar o processo de ensino-aprendizagem.
Constituído de uma prova institucional, avalia individualmente se o ganho de conhecimento por
parte do estudante está sendo contínuo e progressivo e como o conhecimento está sendo
elaborado e consolidado nas áreas básicas e clínicas. Ele permite que o estudante proceda a sua
autoavaliação e a escola avalie o alcance do currículo vigente.
O TP avalia os objetivos finais do currículo como um todo. A associação entre as escolas
é importante para a confecção de questões de alta taxonomia (resolução de problemas). Uma
qualificação das questões é realizada antes da finalização do teste. A prova é aplicada para todos
os estudantes do primeiro ao sexto ano ao mesmo tempo, na mesma hora com as mesmas
regras. O consórcio é composto atualmente por dezessete cursos de medicina do Centro-Oeste.
Os dados são analisados pela teoria clássica dos testes. A partir de 2016, a teoria de resposta a
item também, passou a ser utilizada com o objetivo de qualificar mais a avaliação. Os dados
compilados são encaminhados para a coordenação do curso com recomendações sobre as
estratégias e ações a serem implementadas na gestão curricular.
O Sistema Interno de Avaliação do Estudante – SIAE foi aplicado para o curso de
medicina no primeiro semestre de 2015 com uma participação de 138 estudantes; o resultado
apresentou uma média de 4,65 ± 1,04 com coeficiente de variação de 22,37%.
2.1.7.2 Avaliação da Aprendizagem
Para a Escola de Saúde e Medicina, do ponto de vista pedagógico, cada estudante traz
consigo conhecimentos prévios, concepções e percepções que devem ser consideradas no
118
processo de aprendizagem, a qual não pode ser vista como um produto, mas um processo que
requer e estimula competências, como as de refletir, analisar, interpretar, comparar, criar,
argumentar, concluir, processar, questionar, solucionar. Nesse sentido, a avaliação deve ser
aplicada como prática de retorno, de revisão de conteúdo, de visualização do erro no processo,
momento especial de retomada do aprendizado e de redirecionamento da atuação de
professores e estudantes.
Ao longo do curso, os mecanismos de avaliação, em coerência com as metodologias
ativas utilizadas ao longo dos componentes curriculares, são dispostos na forma de avaliações
teóricas e práticas, estudos de casos clínicos interdisciplinares, seminários, mesas redondas,
relatórios, oficinas de preparação para seminários entre outras modalidades de avaliação. A
participação do estudante nas atividades também é considerada no momento da construção do
seu conceito final. Além da avaliação de conteúdos específicos a cada semestre, a integração
entre estes também é avaliada, visando à valorização de uma visão crítica do conhecimento.
Dessa forma, a avaliação da aprendizagem do estudante se constituirá de testes,
avaliações escritas individuais teóricas ou práticas, seminários, trabalhos, projetos,
desenvolvimento de produtos e outros meios que possibilitem a verificação de seu progresso ao
longo de cada componente curricular. Todos os resultados parciais serão comunicados aos
estudantes por meio do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), obedecendo ao prazo
máximo de até 15 dias após sua realização para que possa acompanhar seu próprio progresso
ao longo do semestre.
A nota mínima para aprovação será 7,0, associada ao requisito mínimo de 75% de
frequência do estudante, resguardadas as especificidades de componentes curriculares que
podem ampliar tais exigências, como TCC e Estágios Supervisionados. A avaliação será descrita
em notas de 0 a 10, fracionada em múltiplos de 0,1. Serão realizadas, no mínimo, duas avaliações
diferentes ao longo do semestre, sendo uma delas avaliação individual. O peso das avaliações
individuais deve representar o mínimo de 60% da nota de cada componente curricular.
No caso de componentes curriculares ofertados na modalidade a distância, a avaliação
de aprendizagem sustenta-se assim na proposta de estudo autônomo, estimulando a
construção do próprio conhecimento, e formaliza-se, conforme definição nos Planos de Ensino,
nos seguintes instrumentos:
Atividades propostas (individuais ou em grupo).
119
Interações professor-estudante e estudante-estudante nos fóruns e
demais atividades desenvolvidas no AVA.
Provas e atividades práticas e de laboratórios presenciais.
.
Cabe ressaltar que o Decreto nº 5.622, de dezembro de 2005, em seu artigo 4º,
inciso II, parágrafo 2º, determina que “os resultados dos exames presenciais deverão prevalecer
sobre os demais resultados obtidos em quaisquer outras formas de avaliação a distância”. Assim,
as avaliações e/ou atividades práticas e de laboratório realizadas presencialmente
corresponderão sempre a um valor maior na escala de distribuição de notas das unidades de
ensino, sobre os demais tipos de atividades programadas desenvolvidas no AVA.
A coordenação do curso de Medicina orienta todo o seu corpo docente no sentido de
que propicie diversas oportunidades avaliativas aos estudantes, com a previsão, em Plano de
Ensino, do processo de recuperação. Essas podem ser realizadas por uma forma de uma
avaliação escrita, por produção de um texto na área do componente curricular ou por reposição
de uma atividade prática.
3. CORPO SOCIAL
3.1.1 CORPO DISCENTE
3.1.1.1 Formas de Acesso
O ingresso ao Curso, conforme consta nas Normas e Procedimentos Acadêmicos e nos
Editais dos processos seletivos, poderá ocorrer por diversas formas a saber:
Processo seletivo para acesso ao Ensino Superior: vestibular ou nota do ENEM.
Programa Universidade para Todos (ProUni, Lei nº 11.096, 13 de janeiro de 2005).
Transferência.
Transferência ex officio.
3.1.1.2 Apoio e atenção ao discente
A UCB disponibiliza para a comunidade acadêmica inúmeros serviços que visam dar
apoio e atenção ao discente de maneira a viabilizar uma vida acadêmica tranquila, cujo foco seja
de fato a formação integral desse estudante. Dentre os serviços ofertados ao estudante,
destacam-se:
120
Serviço de Orientação e Acompanhamento Psicopedagógico (SOAPPE), que
contribui para a promoção da qualidade de vida dos estudantes e funcionários, em
seus aspectos pedagógicos e psicológicos implicados no desempenho acadêmico e
profissional. Presta atendimento psicológico individual e em grupo, orientação
pedagógica individual e em grupo, reorientação profissional; oficinas pedagógicas e
rodas terapêuticas, dentre outras ações pontuais de cunho psicológico e/ou
pedagógico.
Serviço de Orientação Inclusiva (SOI), que visa à garantia da qualidade de ensino
acadêmico, com atenção especial na acessibilidade de estudantes e colaboradores
em situação de deficiência que tem como parte do seu cotidiano o ambiente
universitário.
Ouvidoria, que é uma instância de constante diálogo com a comunidade acadêmica,
recebendo e encaminhando para soluções as manifestações desta. Cabe ao Ouvidor
administrar com independência, imparcialidade e autonomia toda a demanda do
setor, dialogando constantemente com os demais gestores, tanto da área
acadêmica quanto da administrativa e outros agentes externos na busca de
respostas e soluções às questões que lhe são formuladas.
A própria concepção pedagógica dos cursos contribui para que o estudante receba toda
a atenção de que necessita logo ao chegar à Universidade. O componente curricular Introdução
à Educação Superior traz em sua gênese a proposta de que o estudante será acolhido em um
contexto diferenciado de estudo, que é o Ensino Superior e, dessa forma, terá uma visão do que
é Universidade e condições de compreender os sentidos da formação acadêmica, ambientando
no espaço da Universidade e conhecendo as melhores práticas de comunicação no meio
acadêmico.
O estudante é, ainda, estimulado a participar de eventos internos e externos e de
projetos de pesquisa e/ou extensão que irão compor sua formação acadêmica como
componente curricular, tendo carga horária reconhecida para a integralização de seu curso.
Eventos e atividades acadêmicas de relevância são divulgados pelos cursos a seus estudantes,
bem como as possibilidades de intercâmbio.
No que tange ao processo de intercâmbio, os cursos contam com o apoio da Assessoria
de Relações Internacionais, que tem como missão estimular o processo de internacionalização
da Universidade Católica de Brasília. O estudante participante de tais programas é beneficiado
com a isenção de taxas escolares durante sua permanência no exterior. Outro instrumento de
121
estímulo para a participação dos estudantes em ações de mobilidade internacional é através da
oferta de bolsas de estudo em parceria com instituições conveniadas à UCB.
É também uma importante ação de apoio às atividades acadêmicas a participação dos
estudantes nos Centros e Diretórios Acadêmicos. Na UCB, o Programa de Relações Estudantis –
Prelest é responsável pelo suporte às ações de mobilização e representação estudantil.
Todos os cursos de Graduação da UCB elegem representantes de turma, buscando
promover a escuta ativa dos seus estudantes. A representação de turma é exercida, única e
exclusivamente, em ambientes acadêmicos da UCB. A UCB destaca, de modo específico, as
seguintes contribuições da função de representante de turma:
I - Permitir a participação do corpo discente, de maneira mais intensa, no processo
acadêmico.
II - Viabilizar a representação dos estudantes junto à Coordenação de Curso, à direção da
Escola e aos outros setores da UCB, por delegação do coordenador.
III - Ampliar e facilitar a comunicação entre o corpo discente e os docentes, coordenação
e direção.
Os critérios para a eleição dos representantes de turma estão estabelecidos do
Regulamento Geral da Graduação.
O curso de Medicina da UCB conta com assessoria acadêmico-pedagógica própria para
conduzir a bom termo questões do âmbito da aprendizagem e/ou das relações interpessoais
que possam vir a afetar o processo ensino-aprendizagem. Esta assessoria conversa com
professores e estudantes ouvindo-os em seus mais diversos pleitos, para finalmente, orientá-los
resolutivamente.
A coordenação do curso de Medicina também apoia constantemente as associações
discentes no âmbito do curso:
Centro Acadêmico de Medicina Armando Bezerra (CAMAB), que além da integração
dos estudantes, desempenha um importante papel na interlocução estudantes-direção do
curso. O CAMAB a cada semestre promove a acolhida aos calouros e é fundamental na
organização do Congresso Médico (evento anual que estimula a produção de artigos
acadêmicos).
122
A Coordenação Local de Estágios e Vivências (CLEV-UCB) oferece estágios
internacionais vinculados a IFMSA (International Federation of Medical Students’ Associations).
A IFMSA é uma organização internacional, presente em 88 países. Estes países são
representados pelas suas executivas nacionais de Medicina ou por outra forma de
representatividade estudantil médica e estão unidos no intuito de discutir temas relativos à
saúde, formação médica, pesquisa científica, intercâmbios, trocas de experiência, entre outros.
Os campos de estágio internacional oferecidos pela parceria são estágios em prática médica
(Standing Committee on Professional Exchange - SCOPE) ou pesquisa (Standing Committee on
Research Exchange - SCORE).
Ligas acadêmicas que são entidades constituídas por estudantes, sob a orientação
de pelo menos um docente, que buscam aprofundar temas em uma determinada área da
Medicina. Atualmente estamos com 16 ligas atuantes, promovendo ações técnico-científicas, de
pesquisa e extensão;
Associação Atlética Acadêmica de Medicina da Universidade Católica de Brasília, que
realiza a preparação para as viagens relacionadas aos jogos acadêmicos (Intermed), ensaios e
organização da “bateria” do curso e a formação de equipes para a prática desportiva.
Envolvendo estudantes de todos os semestres, representa uma instância de socialização,
principalmente – mas não somente - para os estudantes que não são brasilienses.
3.1.1.3 Acompanhamento de Egressos
O acompanhamento de egressos da Universidade Católica de Brasília segue os princípios
de relacionamento continuado e de parceria pedagógica estratégica.
O princípio de relacionamento continuado (PRC) refere-se ao postulado de que o
acompanhamento dos egressos é apenas uma das etapas de um processo ou sistema de
relacionamentos da Instituição. Esse processo ou sistema inicia-se ainda antes da entrada do
estudante na UCB, através da assistência aos potenciais pré-ingressos e os serviços oferecidos
aos estudantes das instituições de ensino médio pelo Programa de Orientação Profissional (POP-
UCB), em parceria com as Direções das Escolas e as Coordenações dos Cursos. A segunda etapa
dá-se quando da passagem do estudante pela Instituição. A terceira consiste na oferta de serviço
de apoio dado especificamente aos estudantes concluintes da Graduação, sob a
responsabilidade dos Cursos e atendendo às especificidades de cada um deles. Por fim, a última
etapa do processo de relacionamento continuado consiste no acompanhamento dos egressos,
por meio da manutenção de vínculo entre esses e a Universidade.
123
O princípio de Parceria Pedagógica Estratégica (PPE) é referente ao postulado de que o
protagonismo do estudante (preconizado pelos fundamentos das metodologias ativas) não é
interrompido ou finalizado com a cerimônia de colação de grau. Na Universidade Católica de
Brasília, os egressos são concebidos e tratados como um rico cabedal de conhecimentos sobre
a Universidade e seus cursos, sobre o mercado de trabalho e as demandas da sociedade e sobre
os diferentes setores da economia nos quais os egressos estão diretamente inseridos e atuando.
Pelas razões acima, o capital de conhecimento dos egressos é tido na UCB como insumo
fundamental para retroalimentar o seu sistema de ensino e de aprendizagem e para o repensar
de suas práticas didático-pedagógicas, de pesquisa e de extensão. Desse modo, os egressos são
vistos não como “ex-estudantes”. Ao contrário, para muito além disso, são tidos como
“parceiros” privilegiados da Instituição, a qual beneficiam e por meio da qual são beneficiados.
3.1.3.1 Da Operacionalização do Acompanhamento
A operacionalização da política de acompanhamento de egressos dos cursos de
Graduação da UCB se dá por meio de quatro canais ou ferramentas:
a. Mapa do Perfil dos Egressos e Concluintes
O mapeamento é feito no âmbito do Curso, anual ou semestralmente. Mediante o envio
de questionário de survey, o mapeamento permite traçar o perfil dos egressos, dos concluintes
e, não menos importante, possibilita a comparação desses dois perfis.
O questionário enviado aos egressos coleta e dá tratamentos metodológicos estatísticos
e analíticos a dados relativos aos seguintes fatores: empregabilidade, empreendedorismo,
envolvimento em educação continuada, faixas salariais e de renda, áreas específicas de atuação,
nível de contentamento com a profissão escolhida, nível de satisfação com a eficácia e eficiência
da formação recebida na UCB e com o exercício da profissão, avaliação da adequação da Matriz
Curricular do Curso às demandas do sociedade e do mercado, dentre outros.
O questionário enviado aos concluintes, por sua vez, coleta e dá tratamento a dados
concernentes às expectativas e estratégias de entrada no mercado, tanto empregatícias quanto
empreendedoras; à área específica em que o concluinte pretende vir a atuar; às expectativas de
faixa salarial ou de renda; ao planejamento de educação continuada, dentre outros.
124
b. Agremiação de Egressos e Concluintes
A Associação de Egressos e Concluintes dá-se no âmbito do Curso. A associação tem
estatuto próprio. Cada associação tem por objetivo principal congregar estudantes concluintes,
egressos e apoiadores do Curso.
c. Código de Honra do Egresso
O Código de Honra do Egresso é desenvolvido no âmbito da Universidade e é retirado,
com pequenas adaptações, de seu PPI. O principal objetivo do Código é reforçar o vínculo do
egresso com os valores éticos a ele preconizados durante seu período de Graduação na
Universidade.
d. Encontro Anual de Egressos e Concluintes
O Encontro Anual de Egressos dá-se no âmbito do Curso, em parceria com a Associação
de Egressos e Concluintes, sendo de caráter pedagógico e consultivo.
3.1.1.4 Registro acadêmico
A comunidade acadêmica, para acesso aos registros acadêmicos, está organizada em
grupos/perfis, identificados por código de acesso único (RA/ID).
Os estudantes possuem acesso exclusivamente via Portal do Estudante, para
informações relativas à sua Vida Acadêmica (Histórico Escolar, Declarações, Renovação de
Matrícula, Dados Cadastrais etc.). Fisicamente, a documentação do estudante está arquivada
em pastas suspensas, ordenadas cronologicamente pelo “Registro Acadêmico do Estudante”
(RAA) regularmente matriculado ou ainda vinculado ao Curso. A Documentação dos Estudantes
Formados, Desligados e ou Cancelados, estão armazenadas em envelopes numerados e caixas
do tipo “Box”. O acesso a esse acervo é restrito.
Os professores contam com os recursos do Portal Institucional para o relacionamento
com as suas turmas durante o período letivo. Pelo Portal é possível registrar a frequência, lançar
os resultados finais, entrar em contato com a turma e enviar material de apoio ao ensino.
Os gestores (diretores/coordenadores) acessam o sistema e possuem permissões para
consulta à Base podendo participar do Processo de Renovação de Matrícula, realizando
inclusão/exclusão de Disciplinas.
125
Funcionários administrativos lotados nas direções de cursos ou áreas estratégicas da
Instituição também têm acesso às ferramentas, conforme perfil, para consulta de dados
acadêmicos ou financeiros.
3.1.1.5 Políticas de inclusão e de acessibilidade
Segundo a legislação brasileira, o termo acessibilidade é definido como “possibilidade e
condição de alcance para utilização, como segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e
equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de
comunicação, por pessoa com deficiência” (BRASIL, 1994).
A partir dessa definição, pode-se considerar que um espaço construído, quando
acessível a todos, é capaz de oferecer oportunidades igualitárias a seus usuários. Sabe-se que a
dificuldade de acesso não se restringe apenas aos usuários de cadeira de rodas, pessoas com
deficiência auditiva, visual ou intelectual, mas também àqueles que possuem mobilidade
reduzida temporária, gerada por fatores como idade, gravidez e lactantes.
Semestralmente, o Serviço de Orientação Inclusiva (SOI) verifica a condição de
acessibilidade dos espaços de uso e passagens de áreas livres dos câmpus da UCB, seguindo
orientações das normas de acessibilidade NBR 90/50. Isso contribui para que os setores
específicos da Prefeitura do câmpus façam a manutenção adequada das rotas de passagens da
pessoa com deficiência física, por exemplo, ou para a verificação e ajuste de qualquer barreira
nas edificações e mobiliário.
A Universidade Católica de Brasília atende aos critérios de acessibilidade especificados
na Portaria Federal Nº 3.284/2003 e do Decreto 6581/08possibilitando ao estudante,
colaborador e público com deficiência, autonomia nos espaços de aprendizagem, de
atendimento ao público e nas demais áreas do espaço acadêmico.
Em atendimento a essa demanda por inclusão e permanência de seus estudantes na
educação superior, a UCB oferece inúmeras ações, criando as condições para que todos
usufruam em plenitude de todas as oportunidades de aprendizagem e formação. Os
“Referenciais de Acessibilidade para a Educação Superior e a avaliação in loco do Sistema
Nacional de Avaliação da Educação Superior” (BRASIL, 2013, p. 36-39) apresentam um quadro
síntese com o espectro de acessibilidade, sua definição e prática/exemplos relacionados às IES,
o qual reproduzimos abaixo, indicando as ações realizadas institucionalmente para atender aos
requisitos legais previstos no documento em epígrafe:
126
Quadro 2 – Ações Institucionais de Acessibilidade.
Espectro de Acessibilidade
Definição Ações empreendidas
Acessibilidade atitudinal
Refere-se à percepção do outro sem preconceitos, estigmas, estereótipos e discriminações. Todos os demais tipos de acessibilidade estão relacionados a essa, pois é a atitude da pessoa que impulsiona a remoção de barreiras.
A UCB investe constantemente em sua infraestrutura para o atendimento aos estudantes com necessidades específicas, em campanhas que tratam da diversidade, em programas e projetos de extensão que atendam à comunidade interna e externa, promovendo, dessa forma, uma convivência saudável e respeitosa entre seus diversos atores sociais. Atende à legislação no que diz respeito à contratação de profissionais com deficiência. Há uma evidente preocupação institucional no cuidado com a formação de valores em seus estudantes. O cuidado e o acolhimento com vistas à inclusão antecedem à chegada do estudante à instituição que recebe tratamento diferenciado desde o processo seletivo seja na oferta de ambiente adequado, no acompanhamento profissional quando da realização da prova, nos recursos físicos para acesso à avaliação até a correção das provas. Toda a comunicação com a sociedade, por meio de seu portal, oferece condições de acessibilidade visual. Em todas as palestras abertas ao público interno e externo contam com intérprete de LIBRAS e acessibilidade física em seus ambientes.
Acessibilidade arquitetônica
Eliminação das barreiras ambientais físicas nas residências, nos edifícios, nos espaços e equipamentos urbanos.
O espaço físico da UCB foi projetado para atender a diferentes necessidades de sua comunidade acadêmica, contando com: - Rampas de acesso em vários pontos da área externa da Universidade e na área interna aos edifícios, rampas ou elevadores, possibilitando a circulação. - Vagas nos estacionamentos próximas às rampas e porta de acesso aos blocos, que permitem o embarque e desembarque de pessoas em condição de mobilidade reduzida. - Adaptações existentes dos banheiros estão de acordo com as exigências arquitetônicas de acessibilidade. Há adaptações nas bancadas (lavabos), algumas portas são de estilo sanfonadas (PVC), o que permite o acesso de cadeiras de rodas; as barras de apoio encontram-se fixadas à
127
Espectro de Acessibilidade
Definição Ações empreendidas
parede; o vaso sanitário é de modelo comum com altura adaptada; e há espaço condizente para locomoção das cadeiras de rodas. - Existem bebedouros adaptados na área de circulação interna e telefones públicos em todos os blocos e uma unidade de telefone público próprio para deficientes auditivos (TDD). - Há também mobiliário adaptado nas salas de aula.
Acessibilidade pedagógica
Ausência de barreiras nas metodologias e técnicas de estudo. Está relacionada diretamente à concepção subjacente à atuação docente: a forma como os professores concebem conhecimento, aprendizagem, avaliação e inclusão educacional irá determinar, ou não, a remoção das barreiras pedagógicas.
Os estudantes da UCB portadores de deficiências são encaminhados assim que chegam ao Serviço de Orientação Inclusiva, contando com tratamento acolhedor e especializado, como: acesso a Softwares que facilitam o acesso à informação; intérpretes de LIBRAS; ledores e transcritores; entre tantos outros. Os professores e coordenadores de curso são orientados sobre o atendimento a ser dado ao estudante de maneira a criar uma rede de atendimento de qualidade que contribua efetivamente para a sua aprendizagem. O projeto SOI desenvolveu material informativo que relata aspectos relevantes sobre o estudante com surdez, suas relações com o professor e o apoio da intérprete de Libras no ambiente de ensino e de aprendizagem. Com isso, pretende-se ampliar os conhecimentos do docente e evitar que este venha a prejudicar o desenvolvimento do estudante com o componente curricular e o curso.
Acessibilidade Programática
Eliminação de barreiras presentes nas políticas públicas (leis, decretos, portarias, normas, regulamentos, entre outros).
A UCB promove processos de sensibilização como a inclusão componentes curriculares específicos institucionais para a formação dos estudantes, como: LIBRAS; Ética e Sociedade; Bioética, entre outros, os quais tratam do respeito à diversidade, às relações étnico-raciais e de gênero etc. Ademais, promove recorrentemente eventos de conscientização e informação sobre as temáticas da inclusão e os direitos que vão sendo paulatinamente agregados a essa população. Cuida especialmente dos estudantes que chegam com dificuldades advindas da formação precária que trazem da educação
128
Espectro de Acessibilidade
Definição Ações empreendidas
básica ao ofertar como mecanismos de nivelamento, componentes curriculares básicos como: Introdução à Educação Superior; Leitura e Produção de Textos; Tópicos de Matemática, entre outros. Oferece ainda cursos de extensão de em LIBRAS, Formação de Lideranças, Comunicação oral, entre outros.
Acessibilidade nas comunicações
É a acessibilidade que elimina barreiras na comunicação interpessoal (face a face, língua de sinais), escrita (jornal, revista, livro, carta, apostila etc., incluindo textos em braile, uso do computador portátil) e virtual (acessibilidade digital).
A UCB conta com a presença de intérpretes e ledores na sala de aula em consonância com a Lei de Libras – e Decreto de Acessibilidade. Investe na acessibilidade às formas digitais de comunicação com a comunidade interna e externa.
Acessibilidade digital
Direito de eliminação de barreiras na disponibilidade de comunicação, de acesso físico, de equipamentos e programas adequados, de conteúdo e apresentação da informação em formatos alternativos.
A UCB promove todas as condições para que os recursos digitais para facilitar a aprendizagem do estudante sejam disponibilizados de forma fácil e rápida. No portal da UCB, evidenciam-se as condições de acessibilidade visual, como aumento de fonte, alteração de cor. Os estudantes também recebem suporte técnico para utilização plena dos recursos digitais no AVA, os quais são adaptados de acordo com a necessidade e realidade do estudante. Para os estudantes com deficiência visual, os recursos oferecidos são: scanner acoplado ao computador, réguas de leitura, kit de escrita Braille com prancheta, reglete, punção e folhas Braille; digitalização de textos; ledor e transcritor; impressão em Braille em parceria com a Biblioteca Braille de Taguatinga – Dorina Nowill. Está ainda disponível, no Sistema de Biblioteca da UCB, o total geral de 203 exemplares em Braille (coleções de livros, periódicos e folhetos). Em audiolivros, são 144 gerais de títulos e 198 exemplares.
Como se pode constatar, a UCB, em conformidade com os “Referenciais de
Acessibilidade para a Educação Superior e a avaliação in loco do Sistema Nacional de Avaliação
da Educação Superior” (2013, p. 5) contribui efetivamente para “materializar os princípios da
inclusão educacional que implicam assegurar não só o acesso, mas condições plenas de
participação e aprendizagem a todos os estudantes”.
129
3.1.2 CORPO DOCENTE
3.1.2.1 Perfil docente
O corpo docente do Curso de Medicina é formado por especialistas, mestres e doutores,
em regime de trabalho de tempo parcial, integral ou horista, experientes no magistério superior.
A proposta institucional de formação integral da pessoa humana reveste o papel do docente de
fundamental importância. Assim, espera-se um perfil de educador que expresse os seguintes
compromissos:
Conhecer e tomar para si o Projeto Pedagógico do Curso, de modo que sua
práxis docente esteja articulada com todo o processo de formação e objetivos
do curso, assim como com os diferentes atores envolvidos.
Estender a sua ação docente para além da sala de aula, compreendendo que as
atividades de pesquisa e extensão são também espaços de aprendizagem
interdependentes, que existem diferentes formas de aprender e que a
perspectiva esperada é a de foco na aprendizagem, e não na transmissão ou na
instrução.
Valorizar e apropriar-se de estratégias formativas bem-sucedidas, com o foco
no processo de aprendizagem, e não na instrução, pesquisando a própria
atividade docente e, a partir disso, desenvolver e validar diferentes estratégias
formativas.
Manter relações construtivas e éticas com os estudantes de modo a promover
autonomia, comprometimento e desenvolvimento de estratégias efetivas de
estudo e aprendizagem.
Utilizar metodologias de ensino e avaliação coerentes com a proposta de
formação integral da pessoa, de modo que estes processos contemplem
habilidades teóricas, técnicas e de cidadania.
Dispor-se e comprometer-se com a produção de conhecimento e com a
preparação das novas gerações.
Dominar e desenvolver as competências pretendidas para o perfil dos egressos.
O perfil docente descrito confere homogeneidade e identidade à Escola de Saúde e
Medicina, mantendo-se coerente com o perfil do educador descrito no PPI. Homogeneidade,
contudo, não implica ausência de diversidade. Nesse sentido, o corpo docente deve constituir-
se de profissionais de formação acadêmica consistente, com diferentes níveis de titulação e
130
experiências profissionais acadêmicas e não acadêmicas. Essas características podem garantir
formação de alto nível e generalista. Além disso, a perspectiva de diversidade propicia melhor
adequação da formação docente às diferentes atividades de ensino, pesquisa e extensão.
3.1.2.2 Formação continuada docente
A Universidade, atenta aos universos culturais dos estudantes que chegam à
Universidade, busca detectar práticas pedagógicas favorecedoras da expressão desses universos
estimulando a formação docente voltada à valorização da pluralidade cultural. Para tanto,
estimula a formação continuada dos docentes visando a mudanças em cognições (posturas) e
práticas (formas de agir). Essa formação pode ser realizada a partir de palestras, oficinas,
workshops, cursos, entre outros.
3.1.3 GESTÃO DA ESCOLA E DO CURSO
3.1.3.1 Direção da Escola
A UCB atua em diferentes áreas, distribuídas nas seguintes Escolas:
Escola de Educação, Tecnologia e Comunicação.
Escola de Exatas, Arquitetura e Meio Ambiente.
Escola de Humanidades, Negócios e Direito.
Escola de Saúde e Medicina.
As Escolas têm como objetivos principais: a) fortalecer a indissociabilidade entre ensino,
pesquisa e extensão, em consonância com a missão da Universidade, integrando a comunidade
universitária e fomentando a inovação e o empreendedorismo; b) harmonizar os recursos
humanos, materiais e financeiros, com uma gestão voltada para a qualidade, a eficiência e a
eficácia no uso dos recursos, visando à sustentabilidade institucional; c) dar suporte no
planejamento estratégico e tático das atividades universitárias no seu âmbito acadêmico e
administrativo.
Cada Escola tem um diretor como responsável geral, um coordenador do Núcleo de
Formação Básica da Escola e coordenadores de curso de Graduação ou programas de Pós-
Graduação que atuarão em consonância aos propósitos pedagógicos definidos junto à reitoria.
As Escolas são compostas pelas áreas: Cursos de Graduação e de Pós-Graduação (Stricto
Sensu e Lato Sensu), Programas e Projetos e Núcleo de Formação Básica e Específica.
131
Conta com uma estrutura de apoio composta pelas seguintes unidades: Atividade
Pedagógica, Espaços de Aprendizagem, Atividade Administrativa e Atendimento Estudantil.
O Curso de Medicina pertence à Escola de Saúde e Medicina.
A Escola de Saúde e Medina é composta por nove cursos de graduação: Biomedicina,
Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Medicina, Nutrição, Odontologia e
Psicologia; cinco cursos de especialização lato sensu: Fisioterapia Traumato-Ortopédica e
Desportiva, com Ênfase em Terapia Manual, Fisioterapia em terapia intensiva, Medicina
Genômica, Nutrição Funcional com Práticas Gastronômicas, Treinamento Físico Aplicado à
Saúde e ao Alto Rendimento; e quatro programas stricto sensu de Mestrado e Doutorado: em
Ciências Genômicas e Biotecnologia, Educação Física, Gerontologia e Psicologia.
A gestão imediata da Escola de Saúde compete, de forma compartilhada, ao Diretor, ao
Coordenador do Núcleo de Formação Básico da Escola, ao Coordenador de Extensão e aos
Coordenadores e Assessores dos Cursos de Graduação e Pós-graduação.
Com vistas a alcançar seus objetivos, a Escola de Saúde e Medicina busca desenvolver
suas atividades de forma interdisciplinar, promovendo a cooperação entre todas as áreas dos
cursos da Escola, com o seu envolvimento em projetos de ensino, pesquisa e extensão, de modo
a favorecer a formação de uma consciência dos estudantes quanto à importância do
atendimento integral e complementar aos beneficiários dos serviços de saúde.
3.1.3.2 Coordenação do Curso
O delineamento atual do PPI da UCB conduz a um perfil de gestor que, para além de
acompanhar, possa atuar de modo crítico e proativo na condução do grupo de pessoas, no
processo de formação e na busca de soluções para os desafios que se apresentam. A gestão dos
cursos é realizada pelo coordenador do curso com apoio de assessores pedagógicos cujas
atribuições estão descritas no Regulamento Geral da Graduação.
3.1.3.3 Colegiado do Curso
O Colegiado do Curso de Medicina corresponde a um fórum que tem por
finalidade promover a racionalização e a otimização dos procedimentos pedagógicos e
administrativos, por meio da discussão e deliberação sobre assuntos referentes ao cumprimento
da missão, visão de futuro e valores da UCB, bem como do cumprimento das propostas
constantes no PPC. O colegiado é formado por docentes que atuam no curso, independente de
sua titulação, formação ou dedicação; e por representantes do corpo discente e técnico-
132
administrativo. A constituição do colegiado e seu funcionamento encontram-se descritos no
Regulamento Geral da Graduação.
3.1.3.4 Núcleo Docente Estruturante
O NDE de um curso de Graduação constitui-se de um grupo de docentes, com
atribuições acadêmicas de acompanhamento, atuante no processo de concepção, consolidação
e contínua atualização do Projeto Pedagógico do Curso. (Resolução CONAES n. 01/2010, art.1).
Os critérios para a constituição do NDE, seu papel, função e atuação estão descritos na
Resolução CONSEPE 053/2016:
[...] Art. 3º. O NDE deve ser constituído por 05 (cinco) professores pertencentes ao corpo docente do curso, que exerçam liderança acadêmica percebida na produção de conhecimentos na área, no desenvolvimento do ensino, e em outras dimensões entendidas como importantes pela instituição, e que atuem sobre o desenvolvimento do curso. §1º: O Coordenador do Curso deve, obrigatoriamente, ser um dos integrantes do NDE. §2º: Os demais membros devem ser escolhidos de forma a privilegiar a representatividade das áreas dos cursos e sua assessoria. Art. 4º. Quando houver alterações, a Coordenação de Curso deve enviar à Direção da Escola a qual o curso está vinculado, o quadro atualizado contendo identificação do Colegiado de Curso (anexo I) e do Núcleo Docente Estruturante (anexo II). Parágrafo único: Após a validação da Direção da Escola, os quadros devem ser encaminhados à Pró-Reitoria Acadêmica para homologação. Art. 5º. São critérios para a constituição do NDE: I. ter pelo menos 5 (cinco) de seus membros com titulação acadêmica obtida em programas de Pós-Graduação stricto sensu e, destes, pelo menos 3 (três) com titulação de doutor; II. ter todos os membros em regime de trabalho de tempo parcial ou integral, sendo pelo menos 3 (três) em tempo integral. Parágrafo único: Para composição do NDE é importante considerar o tempo de experiência docente no curso, o envolvimento do docente com a implementação do PPC e, no caso dos Cursos Superiores de Tecnologia, considerar ainda a experiência profissional fora da docência, na área de formação. Art. 6º. O NDE se constitui como um órgão representativo de caráter deliberativo no que se refere aos aspectos acadêmicos do curso. Art. 7º. Cada reunião do NDE deve ser registrada em ata. Parágrafo único: A função de Secretário do NDE será exercida por um de seus membros ou de forma ad hoc pelo Analista de Planejamento Educacional, quando o curso contar com este profissional. Art. 8º. São atribuições do NDE: I. Cuidar da qualidade pedagógica do curso por meio: a) da análise dos Instrumentos de Avaliação interna e externa; b) do apoio aos processos de avaliação institucionais; c) do acompanhamento, da sensibilização e da mobilização dos estudantes para o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE); d) da análise das avaliações realizadas e, consequente, elaboração de relatório e plano de ação que deve ser encaminhado à Comissão Própria de Avaliação CPA;
133
e) do acompanhamento e da discussão de estratégias de atenção e orientação da aprendizagem de estudantes com dificuldades de aprendizagem e/ou com deficiências que necessitem de adaptação curricular; f) do acompanhamento e intervenção nos processos relacionados à evasão e repetência; g) da discussão e revisão periódica da proposta formativa do curso e de seu PPC; h) de outros procedimentos que se reconheça necessário. II. Contribuir para a consolidação do perfil profissional do egresso do curso; III. Zelar pela integração curricular interdisciplinar entre as diferentes atividades de ensino constantes no currículo; IV. Indicar formas de incentivo ao desenvolvimento de linhas de pesquisa e extensão, oriundas de necessidades da Graduação, de exigências do mercado de trabalho e afinadas com as políticas públicas relativas à área de conhecimento do curso; V. Zelar pelo cumprimento das Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Graduação. Art. 11. O curso que apresenta em sua proposta formativa mais de uma habilitação deve constituir NDE para cada habilitação. Art. 12. O curso que apresenta em sua proposta formativa mais de uma modalidade – presencial e a distância – deve constituir um único NDE.”
3.1.3.5 Corpo técnico e administrativo
Entende-se que o corpo técnico e administrativo da UCB é parte integrante e
fundamental na consolidação dos objetivos do Projeto Pedagógico dos Cursos da UCB. Assim, o
perfil desse funcionário relaciona-se com:
Criação de uma responsabilidade coletiva, partilhada com todos os atores do processo
de formação, por meio da colaboração.
Compromisso com o desenvolvimento profissional para o bom desempenho das suas
atividades na UCB.
Compromisso com a sustentabilidade e conservação do patrimônio da UCB e dos
recursos físicos sob sua responsabilidade.
Cuidado no trato e encaminhamento dos processos e trâmites documentais, fornecendo
e divulgando informações pertinentes, com respeito ao sigilo e privacidade exigidos.
A UCB oferece regularmente cursos que visam à contínua formação de seus
funcionários.
4. INFRAESTRUTURA
4.1.1 Instalações Gerais
A instituição reconhece que a aprendizagem acontece em diferentes espaços
acadêmicos e extrapola o ambiente da sala de aula tradicional. Entretanto, não há como negar
134
que, na atualidade, a sala de aula ainda se revela um espaço privilegiado para o desenvolvimento
do processo de aprendizagem. Para atender a comunidade universitária, a sala de aula dos
tempos modernos precisa incorporar elementos de conforto ambiental e de modernização, a
exemplo de equipamentos e ferramentas tecnológicas tais como recursos audiovisuais, internet,
entre outros. Esses elementos viabilizam a utilização de novas metodologias de ensino e
imprimem uma nova dinâmica às aulas, motivam estudantes e professores e elevam a qualidade
do ensino.
A integração entre ensino, pesquisa e extensão, também demanda laboratórios bem
equipados que respondam à pluralidade e às especificidades dos cursos oferecidos pela
instituição no âmbito da Graduação e da Pós-Graduação, bem como a implantação de ações de
inovação técnico-científica.
A Universidade, a partir de uma perspectiva de crescimento e atualização constantes,
exige um contínuo redimensionamento da sua estrutura física, particularmente dos espaços de
aprendizagem, de investigação e de cultura. Nesse sentido, a reorganização e a ampliação de
espaços obedecem necessariamente a um projeto arquitetônico institucional, respeitando as
diretrizes de mobilidade e acessibilidade, a harmonia das suas edificações, a criação de espaços
acolhedores, as finalidades acadêmicas, e de conservação. Entre as inovações presentes,
destacamos as salas de aula inovativas.
4.1.1.1 Recursos audiovisuais e multimídia
A Universidade dispõe de equipamentos audiovisuais tais como projetores, tela
interativa, máquina fotográfica, filmadora, videocassete, DVD e equipamentos de som para
atender a demanda de professores e estudantes da instituição.
Tabela 1 – Recursos audiovisuais e multimídia.
TIPO DE EQUIPAMENTO QUANTIDADE
Televisor 3
Videocassete 1
Projetor multimídia 284
Filmadora 2
DVD Player/Blu-ray 4
Sistema de som Portátil 3
Caixa amplificada acústica 6
Câmera digital 2
135
4.1.1.2 Espaços físicos utilizados para o desenvolvimento do curso
A Universidade Católica de Brasília conta com ampla estrutura física. Neste contexto, o
curso dispõe de salas de aula com microcomputadores ligados à internet, recursos multimídia
como data show e caixas de som, além de quadro branco.
Os estudantes também contam com auditórios nos quais são realizadas atividades das
disciplinas e eventos científicos, que vão desde palestras com profissionais convidados externos
à instituição a eventos científicos, amplamente incentivados pela Instituição.
Além destes, o curso usufrui dos seguintes espaços:
SALA DE PROFESSORES E SALA DE REUNIÕES
A Universidade Católica de Brasília dispõe, em seu Câmpus I, de cinco salas de
professores, uma em cada um dos seguintes blocos: Prédio São João Batista de La Salle – Bloco
Central (sala B108); Prédio São Gaspar Bertoni – Bloco M (sala M112); Prédio São Marcelino
Champagnat – Bloco K (sala K241); Prédio São João Bosco – Bloco G (sala G102); Prédio Ciências
da Saúde – Bloco S (sala S212). Em todas as salas de professores, existem gabinetes de trabalho
para uso coletivo dos professores, com computadores e recursos de software e internet, além
de espaços propícios a pequenas reuniões. Atendem adequadamente aos requisitos de limpeza,
iluminação, acústica, ventilação, conservação, acessibilidade, instalações sanitárias e
comodidades necessárias às atividades desenvolvidas.
GABINETES DE TRABALHO PARA DOCENTES
Em todas as salas de professores existem gabinetes de trabalho para uso coletivo dos
professores, com computadores e recursos de software e internet.
ESPAÇO DE TRABALHO PARA COORDENAÇÃO DO CURSO E SERVIÇOS ACADÊMICOS.
A Universidade Católica de Brasília possui instalações compatíveis com sua estrutura
organizacional e necessidade administrativa. A Escola de Saúde e Medicina está localizada na
sala 211, do Bloco S, Câmpus I. Sua área total é de 265 m2, utilizados pelo diretor, colaboradores
administrativos, coordenadores, assessores e docentes para as atividades da Escola. Além disso,
a Escola conta com um anexo, com área de 31 m2, utilizado como Sala de Reuniões e que
também funciona como Arquivo Geral da Escola de Saúde e Medicina.
As instalações da Escola de Saúde e Medicina são adequadas ao pleno desenvolvimento
das atividades administrativas e acadêmicas. Apresenta uma ampla área de recepção, com
136
cadeiras, mesas, armários e computadores individuais para a realização de atendimento ao
corpo discente e docente. A equipe administrativa é constituída por seis auxiliares, sendo cinco
para atendimento à graduação e pós-graduação e um para as atividades de extensão
universitária; dois assistentes; sete analistas de suporte acadêmico-administrativo, sendo dois
analistas destinados ao atendimento da Pós-Graduação. Além disso, no mesmo espaço, estão
localizadas a Direção, as Coordenações dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação, as
Coordenações de Extensão e o Núcleo de Formação Básica da Escola de Saúde e Medicina.
Também existe uma área para os assessores dos cursos de graduação e programas de pós-
graduação. Dispõe ainda de dois sanitários, um feminino e outro masculino, uma copa e um
toucador.
Todas as salas dos Coordenadores de Cursos e Programas estão devidamente equipadas
com mesa, cadeiras, armário e computador, com acesso a um pool de impressoras. No espaço é
possível a realização de atendimentos individualizados ou em grupos com privacidade.
O formato arquitetônico e organizacional possibilita a agilidade dos processos
acadêmico-administrativos, a padronização dos processos e do atendimento discente; a
integração de ações de ensino, pesquisa e extensão, bem como a melhor comunicação entre os
coordenadores de cursos e programas.
SALAS DE AULA
A UCB dispõe atualmente de 171 salas de aula, equipadas com projetor, equipamento
de som, computador com monitor e acesso à internet; 5 destas salas possuem projetor com tela
interativa, todas possuem mesas em L para os professores, cadeiras estofadas e sistema de
ventilação ou ar-condicionado. A quantidade de salas atende à demanda de oferta dos
componentes curriculares.
SALAS INOVATIVAS
Referência de utilização nas melhores universidades do mundo, a sala inovativa é
sinônimo de modernização do ensino em sala de aula. Com uma nova proposta de aprendizagem
e uma resposta à mudança de paradigma em que vivemos no mundo, na tecnologia e em
especial, na educação, as Salas possuem um papel fundamental: serem um elo facilitador aos
estudantes, como um modelo inovador de ensino.
137
SALAS GOOGLE
Resultado da parceria da UCB com a Google, as salas Google são espaços de
aprendizagem diferenciados, estruturados para fomentar a criatividade, a aprendizagem
colaborativa e o uso de ferramentas de tecnologia. Neste sentido, além de permitir várias
configurações de ambiente, que possibilitam a utilização de estratégias e metodologias
dinâmicas com foco na aprendizagem ativa e colaborativa, também disponibiliza chromebooks
para uso individual dos estudantes.
4.1.2 Sistema de Bibliotecas
Desde que foi instituído, o Sistema de Bibliotecas (SIBI) tem disponibilizado mecanismos
de apoio ao processo pedagógico, implantado ferramentas utilizadas nas melhores bibliotecas
universitárias do Brasil e Exterior, visando fornecer aos seus usuários subsídios para
embasamento de suas pesquisas e produção acadêmico-científica. O SIBI também é responsável
por reunir, organizar e preservar o conhecimento produzido pela comunidade universitária, e
também incentiva a disseminação e o acesso aberto à produção da UCB.
O SIBI participa de redes de cooperação com instituições que produzem e/ou oferecem
acesso à informação especializada, para atender melhor a necessidade do seu público. Entre
seus principais parceiros estão: CAPES; CBBU; IBICT; OPAS/BIREME; ReBAP e Rede Pergamum.
A Biblioteca Central localizada no Câmpus I, em Taguatinga, ocupa uma área de 4.197m²,
distribuídos em andar térreo e pavimento superior e a Biblioteca de Pós-Graduação, localizada
no Câmpus II, Asa Norte, ocupa uma área de 357,41m². Para melhor atender seus usuários, a
biblioteca conta com os seguintes espaços:
Sala Google (Biblioteca Central): disponível para apresentações, reuniões,
treinamentos, entre outros.
Cabine de estudo em grupo: a utilização das cabines para estudo em grupo
atende, exclusivamente, a comunidade acadêmica da UCB. A Biblioteca Central
possui 25 (vinte e cinco) unidades com capacidade para quatro pessoas, e a
Biblioteca da Pós-Graduação, 3 (três) unidades.
Espaço de estudo coletivo: estes espaços dispõem de inúmeras mesas e
também algumas baias, que são utilizadas pela comunidade acadêmica para
estudos e/ou realização de trabalhos.
138
Salas docentes: espaço destinado para uso exclusivo dos docentes, mediante
agendamento.
Esquina da ciência: é um espaço criado para divulgar e promover as ciências.
Única no Brasil, ela é aberta a qualquer pessoa que tenha interesse em obter
mais informações sobre: meio ambiente, tecnologia, internet, saúde, entre
outros, com foco nos estudos e pesquisas realizadas em parceria dos Estados
Unidos com o Brasil.
Espaço para exposições.
O acervo do Sistema de Bibliotecas (SIBI) é composto por, aproximadamente 300 mil
volumes diversificados. São eles: livros, teses e dissertações, folhetos, DVDs, fitas VHS, CD-
ROMS, jornais e revistas técnico-científicas impressas (mais de 1900 títulos). O SIBI, por meio do
Repositório Institucional e o Portal de Revistas Eletrônicas reuni, organiza, preserva e dissemina
o conhecimento gerado pela comunidade acadêmica; promovendo a acessibilidade e
visibilidades a esses conteúdos.
Um dos diferenciais do SIBI é oferecer à comunidade acadêmica da UCB acesso ao Portal
de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES/MEC),
que dispõe de mais de 37 mil publicações periódicas internacionais e nacionais e às mais
renomadas publicações de resumos, cobrindo todas as áreas do conhecimento. Inclui também
uma seleção de importantes fontes de informação científica e tecnológica de acesso gratuito na
web.
4.1.3 Laboratórios Formação Geral
A Seção de Laboratórios de Informática – SLAB oferece aos estudantes e professores os
recursos de informática necessários para o desenvolvimento da formação acadêmica
disponibilizando uma estrutura de 27 Laboratórios de Informática, instalados nos câmpus I, II e
Unidade Dom Bosco. Dentre estes, sete são salas públicas, que têm por finalidade:
Apoiar a condução dos componentes curriculares de todos os cursos da UCB que
necessitam pedagogicamente de recursos computacionais.
Oferecer suporte para treinamentos e capacitação de docentes e discentes.
Disponibilizar aos usuários os recursos necessários às suas atividades extraclasse
para a elaboração e impressão de monografias, trabalhos acadêmicos e
pesquisas na Internet.
139
Das sete salas públicas, uma é preparada e equipada exclusivamente para os estudantes
dos cursos de Tecnologia de Informação, que encontram nesse espaço todas as características
e softwares específicos do seu curso.
Os outros 20 laboratórios distribuídos entre os câmpus I, II e Asa Sul (Unidade Dom
Bosco) são destinados ao desenvolvimento das aulas, utilizados pelos mais diversos cursos,
conforme descrição a seguir:
Tabela 2 – Laboratórios de Informática.
LABORATÓRIOS ESPECÍFICO LOCALI-
ZAÇÃO
ÁREA
(M2)
CAPACI-
DADE FG/B FP/E PP/PSC
Laboratório de rede de computadores X C103 77 30
Laboratório de Informática – Perícia Digital x B007 74 35
Laboratório de Informática X X A013 52 27
Laboratório de Informática X X B106 78 35
Laboratório de Informática X X B107 78 34
Laboratório de Informática X X C102 77 35
Laboratório de Informática X X R01A 80 40
Laboratório de Informática x x R01B 80 36
Laboratório de Informática x x K033 40 21
Laboratório de Informática x x K134 54 27
Laboratório de Informática x x K261 54 21
Laboratório de Informática x x M107 93 54
Laboratório de Informática x x M108 80 44
Laboratório de Informática x x M109 61 34
Laboratório de Informática x x M110 61 34
Laboratório de Informática x x M111 80 48
Laboratório de Informática x x M113 80 48
Laboratório de Informática x x M114 80 44
Legenda:
FG/B – Laboratórios para a Formação Geral/Básica – assinale com X. FP/E – Laboratórios para a Formação Profissionalizante/específica – assinale com X. PP/PSC - Laboratórios para a Prática Profissional e Prestação de Serviços à Comunidade – assinale com X.
4.1.4 Laboratórios de Formação Específica
Os laboratórios de ensino para a área de saúde prezam pela excelência e são adequados
às demandas da Unidade Educacional de Saúde do Núcleo de Formação Básica da Escola da
Saúde e Medicina e também do Núcleo de Formação Específica do Curso de Medicina,
permitindo uma ampla abordagem do processo educacional.
140
Com o intuito de favorecer o ambiente universitário de diálogo e convívio entre futuros
profissionais, a UCB oferta disciplinas comuns aos cursos da Escola de Saúde e Medicina,
entendendo que este é um caminho importante para a formação do egresso, uma vez que
estimula a atuação interdisciplinar e multiprofissional, preconizadas pelas diretrizes curriculares
nacionais. Os espaços de aprendizagem comuns aos cursos são os laboratórios de anatomia,
biologia celular, biologia molecular, histologia, imunologia, microbiologia, microscopia,
parasitologia, patologia e química. Todos estes ambientes, com capacidade máxima para até 25
estudantes, são bem equipados e atendem às particularidades de cada área do conhecimento
do Núcleo de Formação Básica da Escola de Saúde e Medicina, nos quais são desenvolvidas
atividades de ensino, pesquisa e extensão. Ademais, o suporte técnico às atividades práticas
nestes espaços é realizado por profissionais habilitados.
Os laboratórios são coordenados por uma área específica da Universidade, que gerencia
administrativamente estes espaços de aprendizagem, visando à aquisição de equipamentos e
reagentes necessários ao funcionamento adequado das aulas práticas das disciplinas atendidas,
bem como o acompanhamento dos profissionais que desempenham atividades de suporte
técnico. Cabe destacar ainda que, nos laboratórios nos quais a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária solicita um colaborador responsável técnico, esta exigência é obedecida.
LABORATÓRIOS DE ANATOMIA HUMANA
Os laboratórios de Anatomia Humana atendem estudantes de disciplinas e atividades
extraclasse. Estes espaços apresentam um acervo adequado de peças humanas bem como um
excelente acervo de peças sintéticas do corpo humano. Nas aulas, as peças anatômicas são
expostas em bancadas adequadas e grupos de estudantes se revezam para observar as
principais estruturas do corpo humano, com a orientação do professor.
LABORATÓRIO DE BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR
O laboratório de Biologia Celular e Molecular, além de ser utilizado para o
desenvolvimento de projetos de pesquisa, está adequadamente equipado para atender aulas
práticas de disciplinas. Os equipamentos deste laboratório possibilitam a espectrofotometria,
cultura e transformação bacteriana, extração, purificação e caracterização de proteínas,
extração de DNA e proteínas e amplificação de regiões específicas de DNA de diferentes
genomas via reação em cadeia da polimerase (PCR), testes sorológicos, dentre outros. Nestes
espaços as aulas acontecem em grupos que realizam as atividades práticas com orientação do
docente.
141
LABORATÓRIOS DE MICROSCOPIA
Os laboratórios de Microscopia compreendem o laboratório de Histologia e Embriologia,
laboratório Multidisciplinar e laboratório de Histopatologia. Nestes ambientes são
desenvolvidas as aulas práticas de disciplinas que contemplam conteúdos de histologia,
embriologia e patologia. Estes espaços estão equipados com microscópios para uso individual,
sistema de captação de imagem microscópica, laminário histológico e histopatológico. Além
disso, para o estudo anatomopatológico, os laboratórios de microscopia e histopatologia
disponibilizam peças anatômicas com processos patológicos, alguns dos quais são raros,
representando, portanto, uma oportunidade de aprendizado.
LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA E HIGIENE DOS ALIMENTOS
No laboratório de Microbiologia e Higiene de Alimentos acontecem as atividades
práticas que contempla o conteúdo de microbiologia. Nestes espaços grupos de estudantes
realizam as atividades práticas com orientação do professor. Durante as aulas práticas, os
estudantes aprendem sobre as principais características relacionadas à classificação dos
microrganismos, fatores relacionados ao crescimento microbiano, dentre outros.
LABORATÓRIOS DE QUÍMICA
Nos laboratórios de química da UCB são desenvolvidas as atividades práticas de
disciplinas de Biologia Celular e Molecular. Este espaço está adequadamente equipado para a
realização de práticas de Bioquímica, realizada nessas disciplinas.
LABORATÓRIO DE PARASITOLOGIA
No laboratório de Parasitologia acontecem as aulas práticas da disciplina Mecanismos
de Lesão e Reparo. Este ambiente apresenta microscópios binoculares, lupas estereoscópicas
binoculares, lâminas parasitológicas permanentes, além de equipamentos e materiais
adequados ao preparo de lâminas a fresco. Durante as aulas práticas, são realizados estudos da
identificação e diagnóstico parasitológico, genético e imunológico.
LABORATÓRIOS ESPECÍFICO LOCALI-
ZAÇÃO ÁREA (M2)
CAPACI-DADE FG/B FP/E PP/PSC
Laboratório de anatomia X X M317 70 25
Laboratório de anatomia x x M318 64 25
Laboratório de anatomia X X M320 61 25
Laboratório de Biologia Celular e Molecular
X X M326/M32
7 123 25
142
LABORATÓRIOS ESPECÍFICO LOCALI-
ZAÇÃO ÁREA (M2)
CAPACI-DADE FG/B FP/E PP/PSC
Laboratório de Microscopia X X M312 61 25
Laboratório de Microbiologia e Higiene dos alimentos
X X M123/M12
4 158 25
Laboratório de Química X X M301 97 25
Laboratório de Parasitologia x x M122 79 25
Legenda: FG/B – Laboratórios para a Formação Geral/Básica – assinale com X. FP/E – Laboratórios para a Formação Profissionalizante/específica – assinale com X. PP/PSC - Laboratórios para a Prática Profissional e Prestação de Serviços à Comunidade – assinale com X.
4.1.5 Laboratório de Habilidades e Simulação da UCB (LHS-UCB)
O Laboratório de Habilidades e Simulação da UCB (LHS-UCB) é um espaço multifuncional
e transdisciplinar, localizado no subsolo do prédio de ambulatórios é constituído por um
complexo de 10 salas.
Além destas salas, para apoio às atividades do laboratório existem, adjacente a este, um
auditório com capacidade para 50 discentes, 2 salas de aula teórica (com capacidade para 25 e
15 discentes), 1 sala para uso exclusivo dos docentes e 1 sala de apoio para docentes e discentes
em atividades práticas.
O LHS-UCB forma um complexo de cenários estratégicos nas atividades de ensino-
aprendizagem, tornando real a integração da teoria e da prática. Cada ambiente, adaptado para
treinamento em cuidados em saúde, em comunicação e em simulações de alta fidelidade em
manequins, foi planejado e mobiliado reproduzindo múltiplos cenários em cuidados com saúde
e seus agravos: consultórios com vidro espelhado para simulação de atividades em
comunicação, enfermaria e sala de atendimentos de urgência/emergência. Dessa forma, podem
ser realizadas atividades de treinamento em cuidados médicos e cirúrgicos, procedimentos
invasivos em urgência e emergência, terapia intensiva, ginecologia e obstetrícia.
O LHS-UCB é utilizado para aulas práticas dos cursos da Escola de Saúde e Medicina,
desde o primeiro ano até treinamento dos internos em urgências e emergências no último
período do curso de Medicina, sendo também utilizado para a realização de avaliações do tipo
OSCE e mini-OSCE.
4.1.6 Cenários de Atividades Práticas Médicas
O Curso de Medicina opera no âmbito do SUS, através de convênio com a Secretaria de
Saúde do Distrito Federal (SES-DF), contemplando diferentes cenários onde as atividades
143
práticas específicas são desenvolvidas, incluindo cenários de atividade básica, média e alta
complexidade, proporcionando a oportunidade para o estudante desenvolver as habilidades e
competências inerentes a formação médica.
As atividades de vivência e ensino-aprendizagem práticas são desenvolvidas dentro da
lógica da regionalização, com vinculo territorial, predominando a Região Oeste, onde estão
situados cenários de baixa e média complexidade - incluindo o Hospital Regional da Ceilândia
(HRC), Unidades Básicas de Saúde, nelas, sob a lógica da Estratégia de Saúde da Família e
Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
O convênio com a SES-DF contempla outros cenários de alta complexidade e em
atendimentos de Urgência e Emergência.
- CENTRO AMBULATORIAL DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA
Foi inaugurado em 30 de abril de 2004 como uma instituição Filantrópica que tem por
Missão ser um Centro Médico de Excelência, voltado às ações de Saúde, Ensino e Pesquisa. Com
cerca de 5.300 m² de área construída e quatro pavimentos. Em 2013 o Instituto de Cardiologia
do Distrito Federal assumiu a gestão administrativa da unidade. No ano de 2018 a gestão
retornou para a UCB/UBEC com o intuito de iniciar as atividades de um centro ambulatório
integrado e multidisciplinar.
A atividade ambulatorial é realizada pelos professores do curso de Medicina que
ministram os conteúdos curriculares práticos e no internato com assistência que proporciona
atendimento à população da região geoeconômica onde está localizado.
- REGIÕES DE SAÚDE DA SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL
O Distrito Federal em comunhão com o decreto 7508/2011 foi dividido em regiões
administrativas de Saúde. Estas são responsáveis através de suas superintendências, pelas
Unidades Básicas de Saúde (UBS) e unidades hospitalares. As UBS de acordo com as portarias 77
e 78/2017 (que ordenam a reformulação da Atenção Primária) funcionam com equipes de Saúde
da Família. Em paralelo e em consonância à atenção primária, as unidades hospitalares
compreendem um número variável de leitos, de acordo com a comunidade em que estão
inseridas.
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- HOSPITAIS REGIONAIS DA SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL
Os Hospitais Regionais são unidades de saúde da Secretaria de Estado de Saúde do
Distrito Federal. Estas unidades prestam atendimento ambulatorial, Pronto Socorro e
internação, nas áreas de Cirurgia Geral, Traumato-Ortopedia, Ginecologia, Obstetrícia, Cirurgia
Pediátrica, Cirurgia Plástica, Pediatria, Cirurgia Torácica, Clínica Médica, Alergia, Cardiologia,
Unidade de Terapia Intensiva de Adulto, Terapia Intensiva Pediátrica, Terapia Intensiva
Neonatal, Unidade Intermediária Neonatal, Dermatologia, Endocrinologia, Gastroenterologia,
Infectologia, Medicina Nuclear, Neurologia e Neurocirurgia, Oftalmologia, Otorrinolaringologia,
Pneumologia, Proctologia, Psiquiatria, Radiologia, Urologia, Análises Clínicas, Farmácia
Hospitalar, Anatomia Patológica, Anestesiologia, Fisioterapia, Serviço de Nutrição e Serviço
Social.
O principal cenário de vivência dos estudantes do curso, nos hospitais da Secretaria de
Estado de Saúde do Distrito Federal, é o Hospital Regional da Ceilândia – HRC. Além dele, o
Hospital Regional do Guará – HRGu, o Hospital Regional de Taguatinga - HRT, o Hospital de Base
do DF - HBDF, o Hospital Regional da Asa Sul-HRAS, o Hospital Regional da Asa Norte – HRAN e
o Instituto de Saúde Mental – ISM também fazem parte dos cenários disponibilizados para os
estudantes na SES-DF.
- UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DA SES/DF
Nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) os estudantes prestam atendimento ao usuário,
com foco na Estratégia de Saúde da Família, entendendo que esta deve ser a principal porta de
entrada do SUS. O estudante atua entrevistando e orientando os usuários visando a promoção,
prevenção e reabilitação em saúde, além de fornecer informações sobre seus direitos e deveres,
normas, códigos e legislação pertinentes à demanda apresentada, não só a ele como a sua
família. Há, também, a vivência quanto aos direitos dos cidadãos em risco pessoal e social
(violências: física, sexual, psicológica, intrafamiliar, negligências; acidentes: de trânsito, quedas,
queimaduras e outros) dos diversos segmentos sociais (criança, adolescente, mulher, homem,
idoso, pessoa com deficiência) de modo a garantir e viabilizar benefícios e serviços sociais
existentes no SUS, Órgãos Públicos e outras entidades prestadoras de assistência social.
Nestes cenários os estudantes desenvolvem atividades com as equipes
multiprofissionais no acompanhamento de usuários e assessoram atividades específicas das
especialidades e de interesse da área de modo a garantir o atendimento integral do usuário -
Palestras em Educação em Saúde, Oficinas, Seminários etc. Podem observar o desenvolvimento
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de projetos e programas de intervenção assistencial ou educativa que possibilitem a remoção
ou minimização dos fatores sociais que interferem negativamente no tratamento do usuário e
do servidor da saúde.
- HOSPITAL DAS FORÇAS ARMADAS
O Hospital das Forças Armadas (HFA) é um hospital terciário da rede militar do
Ministério da Defesa. Inaugurado em 27 de março de 1972, possui a missão de prestar
assistência Médico-Hospitalar aos militares das Forças Armadas e seus dependentes, à
Presidência da República e a outros segmentos da sociedade, bem como desenvolver de
maneira permanente o ensino e a pesquisa. O HFA presta atendimento ambulatorial,
emergencial e internação nas clinicas de cardiologia, cirurgia cardiovascular, cirurgia geral,
cirurgia pediátrica, cirurgia plástica, cirurgia torácica, cirurgia vascular e endovascular, clínica
médica, coloproctologia, dermatologia, endocrinologia, endocrinologia pediátrica, fisioterapia,
gastroenterologia, geriatria, ginecologia e obstetrícia, hematologia, infectologia, nefrologia,
neurocirurgia, neurologia, oftalmologia, oncologia, ortopedia e traumatologia,
otorrinolaringologia, pediatria, pneumologia, psicologia, psiquiatria, reumatologia e urologia.
Além disso, oferece serviços de diagnóstico e terapia complementar com o laboratório de
análises clínicas, hemodinâmica, medicina hiperbárica, medicina nuclear, radiologia, unidade de
terapia intensiva adulto e neonatal.
- HOSPITAL DA CRIANÇA DE BRASÍLIA JOSÉ ALENCAR
O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB), inaugurado em novembro de 2011,
foi construído pela Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de
Câncer e Hemopatias (Abrace). Este hospital disponibiliza consultas, cirurgias ambulatoriais,
diagnóstico básico e por imagem, quimioterapia, diálise peritoneal, hemodiálise e
procedimentos ambulatoriais sob sedação, em ambientes próprios para este público. O hospital
foi viabilizado em conjunto com a Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES/DF),
por meio de convênio celebrado entre a Abrace, Ministério da Saúde e Ministério Público do
Trabalho, além de recursos captados junto à comunidade civil. O HCB atende exclusivamente
pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e é gerido pelo Instituto do Câncer Infantil e Pediatria
Especializada (ICIPE). A missão do HCB é assistir a população de 29 dias a 18 anos, referenciada
para atenção especializada de média e alta complexidade, com integralidade e resolutividade
humanizada, promovendo ensino e pesquisa e inovações no modelo de gestão, em parceria com
o Governo do Distrito Federal (GDF).
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- OUTROS CENÁRIOS
Cenários outros são apresentados aos estudantes no processo formativo; parcerias com
escolas públicas, além do Centro Educacional Católica de Brasília (CECB) e Organizações Não
Governamentais como abrigos, creches e asilos são ambientes utilizados para realização de
atividades educativas com foco na promoção de saúde e prevenção de doença, além da
realização de pesquisas importantes para o conhecimento desta população e nas suas
necessidades.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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________. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental. Resolução CNE/CP nº 2 de 15 de junho de 2012. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=10988-rcp002-12-pdf&category_slug=maio-2012-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 13 de ago. 2015.
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