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PROJETO PEDAGÓGICO
Curso de Bacharelado em Filosofia
Projeto Pedagógico de Curso
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Reitor Jardelino Menegat Pró-Reitor Acadêmico Daniel Rey de Carvalho Pró-Reitor de Administração Júlio César Lindemann Diretora da Escola de Saúde e Medicina Cristine Savi Fontanive Diretora da Escola de Educação, Tecnologia e Comunicação Anelise Pereira Sihler Diretor da Escola de Exatas, Arquitetura e Meio Ambiente Douglas José da Silva Diretor da Escola de Humanidades, Negócios e Direito José Eduardo Pires Campos Junior Coordenador do Curso de Filosofia Luiz Cláudio Batista de Oliveira
Projeto Pedagógico de Curso
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Série UCB Legislação e Normas UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA - ESCOLA DE HUMANIDADES, NEGÓCIOS E DIREITO Normalização Gerente Sistema de Bibliotecas Leila Barros Cardoso Oliveira Elaboração Núcleo Docente Estruturante Rochelle Cysne Frota D’Abreu Marcos Félix Gomes de Carvalho José Eduardo Pires Campos Júnior Almir Serra Martins Menezes Neto Luiz Cláudio Batista de Oliveira Dilnei Giseli Lorenzi Coordenadora-Geral Acadêmica Sandra Mara Bessa Ferreira Coordenadora-Geral de Planejamento e Avaliação Denise Maria dos Santos Paulinelli Raposo Assessoras da Coordenação-Geral Acadêmica Ana Paula Costa e Silva Chris Alves Cynthia Vieira Rodrigues Jussara Mendonça de Oliveira Seidel Mércia Helena Sacramento Yara Dias Fortuna Equipe Editorial/Revisão Aline Teixeira de Souza Kelmara Nunes Reis da Silva Priscilla Maria Silva dos Santos Projeto Gráfico e Capa Gerência de Relacionamento e Comunicação Sette Graal
Universidade Católica de Brasília – EPCT QS 7 Lote 1 – Águas Claras, DF - CEP: 71966-700
(61) 3356-9000 www.ucb.br
Ficha elaborada pelo Sistema de Bibliotecas da Universidade Católica de Brasília (SIBI/UCB) Bibliotecária Joanita Pereira Basto CRB1/2.430
U58p Universidade Católica de Brasília. Escola de Humanidades, Negócios
e Direito.
Projeto pedagógico [recurso eletrônico] : curso de bacharelado em Filosofia / Escola de Humanidades, Negócios e Direito.
(Série UCB Legislação e Normas).
Inclui referências bibliográficas.
Disponível em: <www.ucb.br>.
1. Universidades e faculdades. 2. Filosofia – Estudo e ensino. I. Título. II. Série.
CDU 378:1
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SUMÁRIO
1. INFORMAÇÕES GERAIS DO CURSO 7
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA REGIÃO, DA UNIVERSIDADE E DO CURSO.Erro! Indicador
não definido.
1.1.1 Contexto Regional Erro! Indicador não definido.
1.1.1.1 Área de Influência Erro! Indicador não definido.
1.1.1.2 Áreas de Atuação Acadêmica da IES Erro! Indicador não definido.
1.1.2 Contexto Institucional Erro! Indicador não definido.
1.1.2.1 A Mantenedora Erro! Indicador não definido.
1.1.2.2 A Universidade Católica de Brasília Erro! Indicador não definido.
1.1.2.3 Missão Erro! Indicador não definido.
1.1.2.4 Princípios institucionais Erro! Indicador não definido.
1.1.2.5 Valores institucionais Erro! Indicador não definido.
1.1.2.6 Visão de futuro Erro! Indicador não definido.
1.1.3 Contexto do Curso 7
2. ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA 9
2.1 CONCEPÇÃO DO CURSO 11
2.1.1 Coerência do Curso com as Diretrizes Curriculares NacionaisErro! Indicador não
definido.
2.1.2 Articulação do Curso com as Políticas InstitucionaisErro! Indicador não definido.
2.1.3 Objetivos do Curso 11
2.1.4 Competências e Habilidades 11
2.1.5 Perfil do Egresso do Curso 13
2.1.6 Diferenciais competitivos do Curso 14
2.2 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR 15
2.2.3 Atividades Complementares 16
2.2.4 Atividades práticas profissionais Erro! Indicador não definido.
2.2.5 Estágio não obrigatório e monitoria Erro! Indicador não definido.
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2.3 PROPOSTA PEDAGÓGICA 16
2.3.1 Metodologia de Ensino 16
2.3.1.1 Desenvolvimento do Processo de Ensino e de AprendizagemErro! Indicador
não definido.
2.3.1.2 Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no Processo de Ensino e de
Aprendizagem Erro! Indicador não definido.
2.3.1.3 Coerência do Currículo com a Proposta Pedagógica Erro! Indicador não definido.
2.3.1.4 Adequação dos conteúdos curriculares à Educação das Relações Étnico-
Raciais e à Educação dos Direitos Humanos Erro! Indicador não definido.
2.3.1.5 Adequação dos conteúdos curriculares à Política Nacional de Educação
Ambiental Erro! Indicador não definido.
2.4 METODOLOGIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Erro! Indicador não definido.
2.4 ATIVIDADES DE EXTENSÃO RELACIONADAS AO ENSINO Erro! Indicador não definido.
2.5 ATIVIDADES DE PESQUISA RELACIONADAS AO ENSINO Erro! Indicador não definido.
2.7 SISTEMA DE AVALIAÇÃO 17
2.7.1 Autoavaliação institucional e do curso 17
2.7.2 Avaliação da Aprendizagem 18
3. CORPO SOCIAL Erro! Indicador não definido.
3.1 CORPO DISCENTE Erro! Indicador não definido.
3.1.1 Formas de Acesso Erro! Indicador não definido.
3.1.2 Apoio e atenção ao discente Erro! Indicador não definido.
3.1.3 Acompanhamento de Egressos Erro! Indicador não definido.
3.1.4 Registro acadêmico Erro! Indicador não definido.
3.1.5 Políticas de inclusão e de acessibilidade Erro! Indicador não definido.
3.2 CORPO DOCENTE Erro! Indicador não definido.
3.2.1 Perfil docente Erro! Indicador não definido.
3.2.2 Formação continuada docente Erro! Indicador não definido.
3.3 GESTÃO DA ESCOLA E DO CURSO Erro! Indicador não definido.
3.3.1 Direção da Escola Erro! Indicador não definido.
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3.3.2 Coordenação do Curso Erro! Indicador não definido.
3.3.3 Colegiado do Curso Erro! Indicador não definido.
3.3.4 Núcleo Docente Estruturante Erro! Indicador não definido.
3.3.5 Corpo técnico e administrativo Erro! Indicador não definido.
4. INFRAESTRUTURA 20
4.1 Instalações Gerais 20
4.1.1 Recursos audiovisuais e multimídia 21
4.1.2 Espaços físicos utilizados para o desenvolvimento do curso 21
4.2 Sistema de Bibliotecas 23
4.3 Laboratórios Formação Geral 24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 26
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1. INFORMAÇÕES GERAIS DO CURSO
Denominação do Curso: Filosofia
Modalidade: Presencial
Regime de matrícula: Semestral
Tempo de integralização Seis semestres
Turno de Funcionamento: Integral Matutino (X) Vespertino Noturno (X)
Carga Horária Total DISC. ES AC PP TCC TOTAL
1760 160 480 2400
Situação Legal do Curso Autorização: Reconhecimento/Renovação:
Documento Resolução CONSEPE
N. Documento nº 16/2016
Data Documento 25 de maio de 2016
Data da Publicação 25 de maio de 2016
1.1.1 Contexto do Curso
O Curso de Filosofia da Universidade Católica de Brasília existe desde 1989, data da
autorização para abertura da Licenciatura. Foi reconhecido pelo Ministério da Educação e
Cultura em 1993, data de conclusão da sua primeira turma de formandos. Até o ano de 2016
eram ofertadas vagas somente para a licenciatura. A partir do primeiro semestre de 2017
passou-se a ofertar o bacharelado na modalidade presencial e a licenciatura no ambiente
virtual de aprendizagem. A opção pelo bacharelado se deu em virtude das especificidades da
formação do pesquisador de filosofia. As ações do bacharel pesquisador de filosofia são
imprescindíveis para o contexto do século XXI, pois cada vez mais as diversas áreas de atuação
profissional necessitam contar com aquele que tem a reflexão crítica e sistemática como modo
de ampliar as inúmeras situações que se desenrolam nos âmbitos político, social e cultural.
O curso de Bacharelado de Filosofia na modalidade presencial procura enfatizar a
aprendizagem na concepção e desenvolvimento das atividades de uma educação reflexiva,
tendo como centro o contexto, as características e as necessidades dos estudantes.
Considerando a necessidade de promover competências do profissional e do cidadão, a
aprendizagem do estudante se desenvolve a partir da mobilização de recursos para a
resolução de situações-problema contextualizadas.
A utilização de metodologias e ferramentas de comunicação (síncrona e assíncrona) para a
garantia de uma dinâmica com forte interação entre os atores (estudantes, professores e
gestores) resulta numa sólida comunidade de aprendizagem. O eixo da intersubjetividade na
construção de competências é privilegiado na interação propiciada pelas ferramentas de
comunicação e nas metodologias avaliativas de trabalho cooperativo, por meio do
desenvolvimento das habilidades relacionadas à comunicação efetiva e eficaz.
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Procura-se a implementação de estratégias pedagógicas com o objetivo de os estudantes
desenvolverem competências no trabalho cooperativo, na solução de problemas, na
investigação crítica e criativa. O eixo da subjetividade no desenvolvimento das competências
se mostra de forma mais aguda na formação do estudante, de modo que este seja sujeito ativo
na realização de novos conhecimentos e instrumentos de análise filosófica dos diferentes
contextos com os quais terá contato.
E, para viabilizar suas ações, o curso investe prioritariamente em:
● Capacitação de pessoal – investimento na capacitação continuada dos professores e
demais atores envolvidos para que possam participar de forma significativa dos
processos interativos mediados por tecnologias da informação e da comunicação.
● Qualidade dos materiais didáticos – livros, textos, e hipertextos – utilizados para
incentivar o exercício da reflexão crítica e a pesquisa fundamentais para a
compreensão dos conteúdos dos componentes curriculares do curso.
● Suporte tecnológico – adoção da Internet e demais ferramentas como plataforma
tecnológica privilegiada para o desenvolvimento do estudante em virtude do seu
potencial de interatividade e de inclusão social.
O Curso de Bacharelado em Filosofia da UCB pretende ser inovador, porque
permite uma visão plena da filosofia e permite repensar o papel que a filosofia pode
desempenhar para o entendimento e esclarecimento das questões clássicas e
contemporâneas da filosofia, além de propiciar análise fundamentada de tensões políticas e
ideológicas e para a efetivação de diálogos críticos acerca das problemáticas socioculturais.
Ademais, ele perpassa campos transversais de análise, de modo a permitir debates constantes
com outras áreas igualmente importantes e necessárias, para melhor perfilar os problemas da
constituição daquilo que chamamos de mundo. Sendo a filosofia um saber inter e
transdisciplinar por natureza, é importante destacarmos que a análise filosófica não sofre dos
vícios, vicissitudes e limitações de outros tipos de análise meramente disciplinares e
extremamente especializadas. Isso não quer dizer que o pensamento filosófico seja
generalista, mas ele permite um questionamento rigoroso que ultrapassa a indagação
meramente subjetivista do investigador.
O curso conta com dois periódicos: Periagogé, ligado à pesquisa e ao ensino; e
Dialógos, ponte entre pesquisa, ensino e extensão. A revista Periagogé conta com artigos
escritos por estudantes de graduação, mestrado e doutorado de todo o Brasil, o que melhora
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a produção acadêmica de nossos próprios estudantes. A revista Dialógos permite aos
estudantes um melhor conhecimento da atividade extensiva de seu próprio saber, permitindo
que os estudantes saiam da obscuridade meramente disciplinar e consigam adentrar nas
pesquisas que envolvam experiências inter e transdisciplinares.
2. ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Tendo por fundamento a proposta dos DCNs, preconiza-se o estudo das seguintes áreas
primárias do saber filosófico: História da Filosofia, Teoria do Conhecimento, Ética, Lógica,
Filosofia Geral: Problemas Metafísicos.
Ademais, seguindo ainda a proposta das DCNs, o curso de Filosofia propõe também
como componentes curriculares secundários, ainda que não menos essenciais: Filosofia
Política, Filosofia da Ciência, Epistemologia, Estética, Filosofia da Linguagem e Filosofia da
Mente.
Tanto o eixo principal quanto o eixo auxiliar contemplam atividades de cunho teórico e
prático e integralizam os créditos de cunho obrigatório. Os componentes curriculares optativos
oferecerão a possibilidade de orientação e construção individual do estudante de acordo com
seus interesses profissionais, acadêmicos ou mesmo pessoais, e serão todas elas componentes
curriculares com forte repercussão nas discussões filosóficas contemporâneas vinculadas à
herança da tradição ocidental.
Sendo assim, o Curso de Filosofia da UCB procura enfatizar em sua organização
didática e pedagógica os seguintes aspectos a partir das Diretrizes Curriculares Nacionais
(DCNs) de Filosofia:
● A dimensão ético-política – a releitura da sociedade sob o viés ético-político em que a
dignidade da pessoa seja considerada o ponto de partida fundamental.
● A abrangência universal própria da filosofia – busca de temas filosóficos cujos
desdobramentos não se limitem ao campo teórico, mas sobretudo prático-social, e
que exijam um posicionamento crítico e responsável diante da realidade em que se
está inserido. Assim, podem ser destacados alguns aspectos fundamentais que
aparecem durante todo o fluxo do curso. São eles:
a) Responsabilidade ético-política:
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O bacharel em filosofia não pode ficar indiferente e apático quanto aos rumos da vida
política em seu país e no mundo. Ele é obrigado a estar permanentemente informado e
integrado às questões dessa natureza. Precisa buscar meios efetivos de intervir no processo de
construção democrática, promovendo debates e não se esquivando de um posicionamento
crítico bem fundamentado.
b) Responsabilidade com o outro:
O bacharel em filosofia deve pensar que o outro foi uma realidade esquecida ao longo
da formação filosófico-ocidental e que é necessária uma abertura à sua voz e interpelação. Os
marginalizados da história, aqueles que foram explorados e vencidos, precisam dar a sua
versão dos fatos e precisam ser ouvidos. Dessa maneira, o compromisso da filosofia está em
resgatar essa fala, a fim de melhor comprometer-se com um ideário de justiça e bem-estar
social.
c) Responsabilidade com a natureza:
Também a natureza foi esquecida e explorada pela civilização técnico industrial.
Reduzida a mero objeto de consumo, chegou-se ao ponto da completa descartabilidade,
quando, por exemplo, da construção da bomba atômica. Isso significa que ela, a natureza, é a
nossa base, o princípio último que permeabiliza as nossas relações sociais e que, se não for
considerada enquanto tal, a vida daqui a alguns anos será insustentável. Logo, o filósofo
precisa estar vigilante quanto ao problema socioambiental e precisa buscar meios de frear a
destruição de sistemas bióticos. Deve buscar alternativas ecológicas e comprometer-se,
também, com a vida dos outros habitantes não-humanos da natureza, que são indefesos e que
também têm direito à vida.
d) Responsabilidade Social:
Nossa contemporaneidade foi constituída sob a lógica da competição e do
individualismo, cujo acento está na ideia de sucesso e progresso a todo custo. O bacharel em
filosofia tem de pensar em termos de coletividade e colaboração: o sucesso que não é para
todos, não é para ninguém; o progresso que não atinge a todos é um falso progresso.
Isso significa que o bacharel em filosofia, ainda que tenha de se adequar ao mercado
para a manutenção da própria vida, não pode perder de vista que sua escolha profissional
exige sacrifício, entrega e obrigação com os mais fracos: ele busca outro mundo possível, no
qual o capital seja um meio para a vida e não o seu fim último.
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2.1 CONCEPÇÃO DO CURSO
2.1.3 Objetivos do Curso
Geral:
● Formar pesquisadores de Filosofia dentro dos princípios fundamentados que regem as
Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs).
Específicos:
● Formar pesquisadores de Filosofia que possam atuar em áreas afins.
● Formar pesquisadores que tenham conhecimento das principais áreas da filosofia e
saibam fazer uma leitura de mundo que exceda as análises corriqueiras, jornalísticas e
superficiais.
● Contribuir para a formação do pesquisador de filosofia enfatizando a relevância e a
necessidade de uma atuação interdisciplinar e transdisciplinar.
2.1.4 Competências e Habilidades
A preocupação da educação deve se voltar para o desenvolvimento de cidadãos
críticos, conscientes e que saibam lidar com a enorme gama de conhecimento disponível,
interagindo com ele por meio das possibilidades advindas do constante avanço tecnológico,
sem se descuidar de valores imprescindíveis como criatividade, coerência, comprometimento,
empatia e transparência, os quais devem fazer parte do comportamento de todos aqueles que
compõem a comunidade acadêmica da Universidade Católica de Brasília.
Dessa forma, todo o processo de aprendizagem se dá por meio do relacionamento dos
diversos atores sociais que se manifesta nas bases de uma educação voltada para: o
desenvolvimento de capacidades cognitivas e socioemocionais de comunicação, interação,
colaboratividade e boa relação interpessoal; a solução de problemas; a aprendizagem; o
autodesenvolvimento e a autonomia; a agilidade mental e a reflexão, os quais perpassam as
competências e habilidades a serem desenvolvidas no curso.
De acordo com o que está previsto nas Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos
de Filosofia, as competências e habilidades a serem desenvolvidas pelos estudantes são
enfatizados em cinco âmbitos, entendidos como uma tipologia das competências, que
norteiam o processo educativo. Tais competências são tomadas como o
potencial/potencialidade do estudante futuro bacharel de mobilizar habilidades de forma
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internalizada para o enfrentamento das mais diversas situações. Nesse sentido, consideramos
três tipos de situações possíveis a serem enfrentadas pelo estudante ao final de sua formação
universitária:
situações relativas à profissão (mercado de trabalho),
situações relativas à pesquisa, e
situações relativas à cidadania.
A seguir, apresentamos os cinco âmbitos e as respectivas competências para o curso
de Bacharelado em Filosofia:
1. Do conhecimento:
● Interpretar textos filosóficos no seu contexto específico relacionando-os ao contexto
contemporâneo.
● Articular as implicações conceituais dos sistemas e problemas filosóficos (éticas,
políticas, estéticas, epistêmicas etc.).
2. Da aplicação do conhecimento:
● Conhecer o contexto hermenêutico do discurso científico, poético, literário, filosófico,
artístico etc.
● Conhecer as possibilidades de análise pós-metafísica.
3. Da capacidade de análise:
● Mover-se no campo da interdisciplinaridade.
● Filosofar a partir da própria realidade e dos problemas concretos.
● Reconhecer os desafios da atual conjuntura política, cultural, educacional, ética e
social.
4. Da comunicação e atitudes
● Relacionar elementos de interpretação intertextual e intercontextual de diferentes
perspectivas estéticas, epistêmicas, éticas e políticas.
5. Da capacidade de aprendizagem
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● Saber fazer uma análise filosófica de um dado acontecimento, atualizando-o a partir
de uma interpretação abrangente, radical e sistêmica.
● Saber redigir textos filosóficos.
Todas as competências indicadas geram habilidades, atividades, indicadores de êxito, os quais
são relacionados aos diferentes componentes curriculares que constituem o curso.
2.1.5 Perfil do Egresso do Curso
Pesquisa e análise crítica são as atividades nas quais se empenha o egresso do
Curso de Filosofia da UCB e para as quais deve estar preparado. De um modo geral, o papel de
um Filósofo é pensar de modo crítico e independente, questionando até às raízes os
problemas, buscando os fundamentos últimos das questões, a partir do rigor próprio do
pensamento filosófico. Sendo assim, o mercado de trabalho para o bacharel em Filosofia tem
sido ampliado gradativamente, se considerado o fato de que a procura pela formação
humanística e pelo conhecimento clássico tem crescido de modo considerável, mesmo nas
áreas tradicionalmente técnicas, se levado em conta também que as pessoas têm sentido
cada vez mais a defasagem de sua própria formação, as quais, por natureza e por implicações
de ordens diversas, requerem saber filosófico. Isso tem ocorrido em razão da compreensão
acerca da necessidade da filosofia e das contribuições que o estudo dela pode trazer. Sendo
assim, o bacharel em Filosofia tem sido requisitado para trabalhos de pesquisa em áreas que
se relacionam diretamente ao arcabouço filosófico, bem como naquelas que de um modo ou
de outro a ele se refere. Ademais, tem crescido o número de filósofos que atuam em diversas
áreas de recursos humanos, como consultores nas áreas de ética, política e na formação
humanística de um modo geral.
Vale ressaltar também que segundo as DCNs de Filosofia, “os egressos podem contribuir
profissionalmente também em outras áreas, no debate interdisciplinar, nas assessorias
culturais etc.” (http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES0492.pdf). Além disso, “o
licenciado deverá estar habilitado para enfrentar com sucesso os desafios e as dificuldades
inerentes à tarefa de despertar os jovens para a reflexão filosófica [...]”
(http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES0492.pdf)
Além do mais, o perfil do profissional egresso do curso de Filosofia deve apresentar
uma sólida formação em História da Filosofia; capacidade de refletir criticamente sobre a
realidade social, histórica, política e cultural; capacidade de compreender a importância das
questões acerca do sentido e da significação da existência humana, bem como a promoção
Projeto Pedagógico de Curso
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integral da cidadania e do respeito à pessoa, conforme a tradição de defesa dos direitos
humanos.
2.1.6 Diferenciais competitivos do Curso
Um dos diferenciais do curso é a organização curricular e metodologia fundamentada
no desenvolvimento de competências que permitem aos egressos uma visão abrangente do
campo de atuação profissional e das suas necessidades em termos de conceitos, conteúdos e
práticas. O curso tem também como diferencial o seu desenho pedagógico, que está centrado
no estudante e nos processos de interação. Tal desenho dá condições ao estudante para que
possa se organizar e controlar sua própria aprendizagem, a partir da criação de um contexto
motivacional positivo, de um alto grau de atividade do corpo discente e de uma forte interação
com o docente e os demais educandos. O curso de bacharelado em Filosofia ganha amplitude
por promover o desmascaramento dos binômios simplistas que envolvem as atuais análises da
conjuntura ética, política, epistêmica e social, bem como de despertar no estudante o amor
pelo estudo rigoroso, disciplinado e incansável. Por isso o curso enfatiza o desenvolvimento de
habilidades relacionadas à análise crítica, à redação diferenciada, à compreensão caracterizada
da gênese lógico conceitual no interior das estruturas e sistemas, ao registro permanente das
práticas investigativas, à reflexão acerca dos desdobramentos dos movimentos sociais e
culturais, ao desenvolvimento da noção de intersubjetividade na ciência e no saber, ao
incremento de reflexões que escapem dos perigos dos dogmatismos, ao desenvolvimento de
diferentes âmbitos de ética aplicada, à compreensão das diferentes motivações histórico-
antropológicas.
Pode-se ainda ressaltar que é prioridade do curso a leitura de obras dos próprios filósofos,
antes de sugerida a leitura em comentadores, para que não se caia no risco grave de se formar
em filosofia tendo pouca familiaridade com textos clássicos da filosofia ocidental. O bacharel
em filosofia não terá um conhecimento mastigado dos acontecimentos, o que tem sido cada
vez mais comum em contextos de popularização do conhecimento, mas saberá compreender o
caminho lógico argumentativo de um texto e produzir reflexões sustentadas em rigor lógico
argumentativo.
Portanto, o curso está voltado para o respeito à diversidade; a qualidade de ensino; o
estímulo à autonomia; a ênfase no aprender a conhecer, fazer, ser e conviver; a participação
cooperativa do educando; e a utilização das novas tecnologias de informação e comunicação.
Projeto Pedagógico de Curso
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Um bacharel em filosofia pode atuar em organizações como conselheiro, revisor de textos,
pode prestar serviços de consultoria quando o saber filosófico for requerido e pode empenhar-
se em práticas ativistas que promovam os direitos humanos, a justiça e a promoção do Bem
Comum.
2.2 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
Na organização dos componentes curriculares, por semestre, são considerados os
seguintes parâmetros:
I - A quantidade mínima é de quatro créditos.
II - A quantidade de créditos dos componentes curriculares deve obedecer a múltiplos
de quatro.
III - Cada crédito equivale a 20 horas, à exceção de atividades práticas autorizadas pela
Pró-Reitoria Acadêmica.
IV - A carga horária mínima dos componentes curriculares é de 80 horas.
V - O número mínimo de encontros semanais no semestre é de 20 horas.
Os componentes curriculares são organizados de acordo com as seguintes categorias:
I - Teórica – com 75% de Atividade Teórica e 25% de Atividade Supervisionada.
II - Teórico-Prática – com 25% de Atividade teórica, 50% de Atividade prática com
professor e 25% de Atividade supervisionada.
III - Teórico-Prático-Profissional I – com 18,75% de Atividade Teórica, 18,75% de
Atividade Prática com professor e 62,5% de Atividade Prática sem professor.
IV - Teórico-Prático-Profissional II – com 9,375% de Atividade Teórica, 9,375% de
Atividade Prática com professor e 81,25% de Atividade prática sem professor.
V - Estágio sem Preceptor I – com 37,5% a 9,375% de Atividade prática com professor e
62,5% a 90,625% de Atividade prática sem professor.
VI - Estágio sem Preceptor II – com 18,75% a 9,375% de Atividade prática com
professor e 81,25% a 90,625% de Atividade prática sem professor.
VII - Estágio com Preceptor – 100% de Atividade Prática com professor.
VIII - TCC – 100% de Atividade Prática com professor.
As Atividades Supervisionadas configuram-se como atividades realizadas pelos
estudantes fora de sala de aula, sob a supervisão do professor, com registro obrigatório no
Projeto Pedagógico de Curso
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Ambiente Virtual de Aprendizagem, pelo estudante e, no Plano de Ensino, pelo professor
(atividades propostas, critérios de avaliação e prazos de entrega) para as categorias Teóricas e
Teórico-Prática.
As categorias Teórico-prático-profissional I e II não possuem atividades
supervisionadas, e sim, Atividades Práticas cujo detalhamento deve estar no Plano de Ensino e
o acompanhamento também deve ser registrado no Ambiente Virtual de Aprendizagem.
Os componentes curriculares somam 2400 horas, que correspondem a 100 créditos.
São 2080 horas de componentes obrigatório e 160 horas de componentes optativos. Além
disso, os estudantes devem realizar 160 horas de Atividades Complementares a serem
somadas ao total de horas no curso, perfazendo 2400 horas. O número de semestres para
integralização é de no mínimo 6 (seis) e no máximo 12 (doze).
2.2.3 PROPOSTA PEDAGÓGICA
2.3.1 Metodologia de Ensino
Os pressupostos que orientam o processo de ensino e de aprendizagem da Escola
Exatas, Arquitetura e Meio Ambiente consideram os estudantes como sujeitos do processo de
construção e reconstrução do conhecimento. O desenvolvimento das potencialidades do
estudante deve ser mediado e estimulado pelos professores, visando à apropriação do
conhecimento, numa prática pedagógica indissociável entre Ensino, Pesquisa e Extensão.
Nesse sentido, há um compromisso com a dimensão humana, científica, ética, técnica
e social da formação dos estudantes, desde a perspectiva de desenvolvimento de
competências e habilidades, organização e planejamento da estrutura curricular, programação
das atividades didáticas e da avaliação do processo de ensino e de aprendizagem.
A concepção pedagógica fundamenta-se: no espírito crítico; na valorização de atitudes
e estratégias problematizadoras; na inovação; na inserção do estudante na realidade local e no
seu papel como protagonista do processo de ensino e de aprendizagem, que se dará em
diferentes cenários, incluindo aqueles mediados pelas novas tecnologias educacionais e
práticas metodológicas inovadoras.
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2.7 SISTEMA DE AVALIAÇÃO
2.7.1 Autoavaliação institucional e do curso
Os cursos da UCB são submetidos à autoavaliação desde os anos de 1990. Ao longo de
todo esse tempo, a Universidade vem desenvolvendo melhorias no processo e cuidando da
relação com a comunidade, para que melhor subsidie suas decisões estratégicas.
Com a lei do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), publicada
em 2004, as Comissões Próprias de Avaliação (CPA) passaram a ser uma determinação e a UCB
reestruturou o processo instituindo sua CPA de acordo com as determinações da regulação.
A CPA, constituída pela Portaria/Reitor UCB 154/04 de 27 de maio de 2004, é formada
por 3 representantes do corpo docente, 2 do corpo discente, 3 do corpo técnico-
administrativo e 2 da sociedade civil organizada, sendo coordenada por um docente.
A CPA estruturou instrumentos de autoavaliação para que fossem aplicados
semestralmente. Os instrumentos avaliam: os serviços terceirizados; a estrutura de apoio ao
ensino (englobando infraestrutura e biblioteca) e o ensino/aprendizagem, utilizando-se de 2
modelos, um para o docente e outro para o discente. Os instrumentos vêm sendo melhorados
ao longo do tempo e do desenvolvimento dos trabalhos, com reuniões da CPA e outros
eventos relativos.
Nos últimos dois anos, os instrumentos são aplicados de acordo com a descrição e
periodicidade abaixo:
● Instrumentos “Terceirizados” e “Apoio ao Ensino”: anualmente.
● Instrumento “Ensino/Aprendizagem”: semestralmente.
Os períodos de aplicação são amplamente divulgados para a comunidade acadêmica,
visando à participação de todos.
Outra avaliação institucional de grande importância para os cursos de Graduação é o
Sistema Interno de Avaliação do Estudante (SIAE), que tem como objetivo avaliar o
desempenho do estudante em formação nos Cursos de Graduação (Licenciaturas,
Bacharelados e Tecnológicos). O SIAE está ancorado na proposta geral do Exame Nacional de
Desempenho dos Estudantes (ENADE), art. 5° da lei n°10.861 de 14/04/2004, qual seja a de
avaliar o desempenho dos estudantes em relação aos conteúdos programáticos previstos nas
diretrizes curriculares, bem como as habilidades e competências para a atualização
Projeto Pedagógico de Curso
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permanente e os conhecimentos sobre a realidade brasileira, mundial e sobre outras áreas do
conhecimento (Portaria nº 211, art. 1º. de 22/06/2012).
Com o intuito de alcançar o melhor acompanhamento dos estudantes, o SIAE se
fundamenta na proposta de uma avaliação interna, diagnóstica e integrada ao processo de
ensino e de aprendizagem, numa perspectiva projetiva. É um instrumento direcionado à
avaliação do desenvolvimento das competências dos estudantes em suas áreas específicas de
formação, por meio da aplicação do exame para aqueles que já possuem 50% ou mais de carga
horária concluída. Os resultados possibilitam a revisão da formação dos estudantes em um
movimento permanente de melhoria do processo educativo.
Os cursos participam do Sistema Interno de Avaliação do Estudante (SIAE) conforme o
calendário do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES). Como regra geral,
essa avaliação deve ser priorizada em relação a outras formas de avaliação realizadas por
iniciativa dos cursos.
A análise da participação dos estudantes na prova SIAE gera relatórios, entregues às
Coordenações de Curso, com resultados do desempenho dos estudantes. Esses resultados
servem de apoio à gestão e visam à implementação de ações para a melhoria do processo de
ensino e de aprendizagem.
Ademais, os cursos são recorrentemente avaliados externamente, conforme prevê o
SINAES. Os resultados obtidos são, sem dúvida, balizadores para melhorias nos cursos a partir
das reflexões que geram.
2.7.2 Avaliação da Aprendizagem
Para a Escola de Humanidades e Direito, do ponto de vista pedagógico, cada estudante
traz consigo conhecimentos prévios, concepções e percepções que devem ser consideradas no
processo de aprendizagem, a qual não pode ser vista como um produto, mas um processo que
requer e estimula competências, como as de refletir, analisar, interpretar, comparar, criar,
argumentar, concluir, processar, questionar, solucionar. Nesse sentido, a avaliação deve ser
aplicada como prática de retorno, de revisão de conteúdos, de visualização do erro no
processo, momento especial de retomada do aprendizado e de redirecionamento da atuação
de professores e estudantes.
Ao longo do curso, os mecanismos de avaliação, em coerência com as metodologias
ativas utilizadas ao longo dos componentes curriculares, são dispostos na forma de avaliações
teóricas e práticas, estudos de casos clínicos interdisciplinares, seminários, mesas redondas,
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relatórios, oficinas de preparação para seminários entre outras modalidades de avaliação. A
participação do estudante nas atividades também é considerada no momento da construção
do seu conceito final. Além da avaliação de conteúdos específicos a cada semestre, a
integração entre estes também é avaliada, visando à valorização de uma visão crítica do
conhecimento.
Dessa forma, a avaliação da aprendizagem do estudante se constituirá de testes,
avaliações escritas individuais teóricas ou práticas, seminários, trabalhos, projetos,
desenvolvimento de produtos e outros meios que possibilitem a verificação de seu progresso
ao longo de cada componente curricular. Todos os resultados parciais serão comunicados aos
estudantes por meio do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), obedecendo ao prazo
máximo de até 15 dias após sua realização para que possa acompanhar seu próprio progresso
ao longo do semestre.
A nota mínima para aprovação será 7,0, associada ao requisito mínimo de 75% de
frequência do estudante, resguardadas as especificidades de componentes curriculares que
podem ampliar tais exigências, como TCC e Estágios Supervisionados. A avaliação será descrita
em notas de 0 a 10, fracionada em múltiplos de 0,1. Serão realizadas, no mínimo, duas
avaliações diferentes ao longo do semestre, sendo uma delas avaliação individual. O peso das
avaliações individuais deve representar o mínimo de 60% da nota de cada componente
curricular.
No caso de componentes curriculares ofertados na modalidade a distância, a avaliação
de aprendizagem sustenta-se assim na proposta de estudo autônomo, estimulando a
construção do próprio conhecimento, e formaliza-se, conforme definição nos Planos de
Ensino, nos seguintes instrumentos:
− Atividades propostas (individuais ou em grupo).
− Interações professor-estudante e estudante-estudante nos fóruns e
demais atividades desenvolvidas no AVA.
− Provas e atividades práticas e de laboratórios presenciais.
Cabe ressaltar que o Decreto nº 5.622, de dezembro de 2005, em seu artigo 4º, inciso II,
parágrafo 2º, determina que “os resultados dos exames presenciais deverão prevalecer sobre
os demais resultados obtidos em quaisquer outras formas de avaliação a distância”. Assim, as
avaliações e/ou atividades práticas e de laboratório realizadas presencialmente
Projeto Pedagógico de Curso
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corresponderão sempre a um valor maior na escala de distribuição de notas das unidades de
ensino, sobre os demais tipos de atividades programadas desenvolvidas no AVA.
No caso específico do curso de Filosofia na modalidade presencial, são efetivados os
processos interativos em sala de aula, especialmente em virtude do caráter e da natureza da
formação filosófica, onde o exercício constante do debate, do diálogo, da argumentação e do
confronto de ideias torna-se fundamental para a compreensão dos problemas instaurados pela
e na tradição filosófica ocidental. O processo de recuperação do desempenho do estudante
acontece no decorrer do semestre letivo. Isso significa que o estudante é acompanhado e
orientado durante todo o período da sua formação. O professor é orientado a implementar
ações que visem a efetiva formação discente de modo que este alcance o mínimo desejado
para aquele que pretende a conclusão do curso.
3. INFRAESTRUTURA
3.1 Instalações Gerais
A Instituição reconhece que a aprendizagem acontece em diferentes espaços
acadêmicos e extrapola o ambiente da sala de aula tradicional. Entretanto, não há como negar
que, na atualidade, a sala de aula ainda se revela um espaço privilegiado para o
desenvolvimento do processo de aprendizagem. Para atender a comunidade universitária, a
sala de aula dos tempos modernos precisa incorporar elementos de conforto ambiental e de
modernização, a exemplo de equipamentos e ferramentas tecnológicas tais como recursos
audiovisuais, internet, entre outros. Esses elementos viabilizam a utilização de novas
metodologias de ensino e imprimem uma nova dinâmica às aulas, motivam estudantes e
professores e elevam a qualidade do ensino.
A integração entre Ensino, Pesquisa e Extensão, também demanda laboratórios bem
equipados que respondam à pluralidade e às especificidades dos cursos oferecidos pela
Instituição no âmbito da graduação e da pós-graduação, bem como a implantação de ações de
inovação técnico-científica.
A Universidade, a partir de uma perspectiva de crescimento e atualização constantes,
exige um contínuo redimensionamento da sua estrutura física, particularmente dos espaços de
aprendizagem, de investigação e de cultura. Nesse sentido, a reorganização e a ampliação de
espaços obedecem necessariamente a um projeto arquitetônico institucional, respeitando as
diretrizes de mobilidade e acessibilidade, a harmonia das suas edificações, a criação de
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espaços acolhedores, as finalidades acadêmicas, e de conservação. Entre as inovações
presentes, destacamos as salas de aula inovativas.
4.1.1 Recursos audiovisuais e multimídia
A Universidade dispõe de equipamentos audiovisuais tais como projetores, tela
interativa, máquina fotográfica, filmadora, videocassete, DVD e equipamentos de som para
atender a demanda de professores e estudantes da instituição.
Tabela 1 – Recursos audiovisuais e multimídia.
TIPO DE EQUIPAMENTO QUANTIDADE
Televisor 3
Videocassete 1
Projetor multimídia 284
Filmadora 2
DVD Player/Blu-ray 4
Sistema de som portátil 3
Caixa amplificada acústica 6
Câmera digital 2
4.1.2 Espaços físicos utilizados para o desenvolvimento do curso
A Universidade Católica de Brasília conta com ampla estrutura física. Nesse contexto, o
curso dispõe de salas de aula com microcomputadores ligados à internet, recursos multimídia
como data show e caixas de som, além de quadro branco.
Os estudantes também contam com auditórios nos quais são realizadas atividades das
disciplinas e eventos científicos, que vão desde palestras com profissionais convidados
externos à Instituição a eventos científicos, amplamente incentivados pela Universidade.
Além destes, o curso usufrui dos seguintes espaços:
● SALA DE PROFESSORES E SALA DE REUNIÕES
A Universidade Católica de Brasília dispõe, em seu Câmpus I, de cinco salas de
professores, uma em cada um dos seguintes blocos: Prédio São João Batista de La Salle
– Bloco Central (sala B108); Prédio São Gaspar Bertoni – Bloco M (sala M112); Prédio
São Marcelino Champagnat – Bloco K (sala K241); Prédio São João Bosco – Bloco G
(sala G102); Prédio Ciências da Saúde – Bloco S (sala S212). Em todas as salas de
professores, existem gabinetes de trabalho para uso coletivo dos professores, com
computadores e recursos de software e internet, além de espaços propícios a
pequenas reuniões. Atendem adequadamente aos requisitos de limpeza, iluminação,
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acústica, ventilação, conservação, acessibilidade, instalações sanitárias e comodidades
necessárias às atividades desenvolvidas.
● GABINETES DE TRABALHO PARA DOCENTES
Em todas as salas de professores existem gabinetes de trabalho para uso coletivo dos
professores, com computadores e recursos de software e internet.
● ESPAÇO DE TRABALHO PARA COORDENAÇÃO DO CURSO E SERVIÇOS ACADÊMICOS.
Duas salas localizadas no Bloco K que servem de suporte para as atividades de
planejamento e estudos dos professores do curso. As salas são equipadas com mesas,
cadeiras, computadores e impressora e são utilizadas também para as reuniões do
corpo docente.
● SALAS DE AULA
A UCB dispõe atualmente de 171 salas de aula, equipadas com projetor, equipamento
de som, computador com monitor e acesso à internet, 05 destas salas possuem
projetor com tela interativa, todas possuem mesas em L para os professores, cadeiras
estofadas e sistema de ventilação ou aparelho de ar-condicionado. A quantidade de
salas atende à demanda de oferta dos componentes curriculares.
● SALAS INOVATIVAS
Referência de utilização nas melhores universidades do mundo, a sala inovativa é
sinônimo de modernização do ensino em sala de aula. Com uma nova proposta de
aprendizagem e uma resposta à mudança de paradigma em que vivemos no mundo,
na tecnologia e em especial, na educação, as Salas possuem um papel fundamental:
serem um elo facilitador aos estudantes, como um modelo inovador de ensino.
● SALAS GOOGLE
Resultado da parceria da UCB com a Google, as salas Google são espaços de
aprendizagem diferenciados, estruturados para fomentar a criatividade, a
aprendizagem colaborativa e o uso de ferramentas de tecnologia. Nesse sentido, além
de permitir várias configurações de ambiente, que possibilitam a utilização de
estratégias e metodologias dinâmicas com foco na aprendizagem ativa e colaborativa,
também disponibiliza chromebooks para uso individual dos estudantes.
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3.2 Sistema de Bibliotecas
Desde que foi instituído, o Sistema de Bibliotecas (SIBI) tem disponibilizado
mecanismos de apoio ao processo pedagógico, implantado ferramentas utilizadas nas
melhores bibliotecas universitárias do Brasil e Exterior, visando fornecer aos seus usuários
subsídios para embasamento de suas pesquisas e produção acadêmico-científica. O SIBI
também é responsável por reunir, organizar e preservar o conhecimento produzido pela
comunidade universitária, e também incentiva a disseminação e o acesso aberto à produção
da UCB.
O SIBI participa de redes de cooperação com instituições que produzem e/ou oferecem
acesso à informação especializada, para atender melhor à necessidade do seu público. Entre
seus principais parceiros estão: CAPES; CBBU; IBICT; OPAS/BIREME; ReBAP e Rede Pergamum.
A Biblioteca Central localizada no Câmpus I, em Taguatinga, ocupa uma área de 4.197m²,
distribuídos em andar térreo e pavimento superior, e a Biblioteca de Pós-Graduação, localizada
no Câmpus II, Asa Norte, ocupa uma área de 357,41m². Para melhor atender seus usuários, a
biblioteca conta com os seguintes espaços:
✓ Sala Google: com capacidade para 45 pessoas, está disponível para a
realização de treinamentos, eventos do Sistema de Bibliotecas ou da UCB e
projeção de vídeos. Sua estrutura é composta por: TV LCD 42 polegadas;
Aparelho de DVD; Videocassete; Projetor multimídia; 8 computadores com
acesso à internet.
✓ Sala e.e.cummings: disponível para apresentações, reuniões, treinamentos,
entre outros.
✓ Cabine de estudo em grupo: a utilização das cabines para estudo em grupo
atende, exclusivamente, a comunidade acadêmica da UCB. A Biblioteca Central
possui 25 (vinte e cinco) unidades com capacidade para quatro pessoas, e a
Biblioteca da Pós-Graduação, 3 (três) unidades.
✓ Espaço de estudo coletivo: esses espaços dispõem de inúmeras mesas e
também algumas baias, que são utilizadas pela comunidade acadêmica para
estudos e/ou realização de trabalhos.
✓ Salas docentes: espaço destinado para uso exclusivo dos docentes, mediante
agendamento.
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✓ Esquina da ciência: é um espaço Americano criado para divulgar e promover
as ciências. Única no Brasil, ela é aberta a qualquer pessoa que tenha interesse
em obter mais informações sobre: meio ambiente, tecnologia, internet, saúde,
entre outros, com foco nos estudos e pesquisas realizadas em parceria dos
Estados Unidos com o Brasil.
✓ Espaço para exposições.
O acervo do Sistema de Bibliotecas (SIBI) é composto por, aproximadamente, 300 mil
volumes diversificados. São eles: livros, teses e dissertações, folhetos, DVDs, fitas VHS, CD-
ROMS, jornais e revistas técnico-científicas impressas (mais de 1900 títulos). O SIBI, por meio
do Repositório Institucional e o Portal de Revistas Eletrônicas, reúne, organiza, preserva e
dissemina o conhecimento gerado pela comunidade acadêmica, promovendo a acessibilidade
e visibilidades a esses conteúdos.
Um dos diferenciais do SIBI é oferecer à comunidade acadêmica da UCB acesso ao
Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES/MEC), que dispõe de mais de 37 mil publicações periódicas internacionais e nacionais e
as mais renomadas publicações de resumos, cobrindo todas as áreas do conhecimento. Inclui
também uma seleção de importantes fontes de informação científica e tecnológica de acesso
gratuito na web.
3.3 Laboratórios Formação Geral
A Seção de Laboratórios de Informática – SLAB oferece aos estudantes e professores os
recursos de informática necessários para o desenvolvimento da formação acadêmica
disponibilizando uma estrutura de 27 Laboratórios de Informática, instalados nos Câmpus I, II
e Unidade Dom Bosco. Dentre estes, sete são salas públicas, que têm por finalidade:
Apoiar a condução dos componentes curriculares de todos os cursos da UCB
que necessitam pedagogicamente de recursos computacionais.
Oferecer suporte para treinamentos e capacitação de docentes e discentes.
Disponibilizar aos usuários os recursos necessários às suas atividades
extraclasse para a elaboração e impressão de monografias, trabalhos
acadêmicos e pesquisas na Internet.
Das sete salas públicas, uma é preparada e equipada exclusivamente para os
estudantes dos cursos de Tecnologia de Informação, que encontram nesse espaço todas as
características e softwares específicos do seu curso.
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Os outros 20 laboratórios distribuídos entre os câmpus I, II e Asa Sul (Unidade Dom
Bosco) são destinados ao desenvolvimento das aulas, utilizados pelos mais diversos cursos,
conforme descrição a seguir:
Tabela 2 – Laboratórios de Informática.
Legenda:
FG/B – Laboratórios para a Formação Geral/Básica – assinale com X. FP/E – Laboratórios para a Formação Profissionalizante/específica – assinale com X. PP/PSC - Laboratórios para a Prática Profissional e Prestação de Serviços à Comunidade – assinale com X.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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________. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Resolução CNE/CP nº 1, de 17 de junho de 2004. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/res012004.pdf. Acesso em: 13 de ago. 2015.
________. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental. Resolução CNE/CP nº 2 de 15 de junho de 2012. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=10988-rcp002-12-pdf&category_slug=maio-2012-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 13 de ago. 2015.
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