CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA...
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CURSO DE BACHARELADO EM
ENGENHARIA ELTRICA
GOINIA
Abril / 2016
Ministrio da Educao
Secretaria de Educao Profissional e Tecnolgica
Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Gois
Campus Goinia C
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MINISTRIO DA EDUCAO
SECRETARIA DE EDUCAO PROFISSIONAL E TECNOLGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLGIA DE GOIS
PLANO DE CURSO
CNPJ 10870883/0001-44
Razo Social Instituto Tecnolgico Federal de Gois IFG GO
Nome Fantasia IFG / Campus Goinia
Esfera Administrativa Federal
Endereo Rua 75, n 46, Centro, Goinia - GO.
Cidade/UF/CEP Goinia GO 74055-110
Telefone/Fax (62) 3227-2700
Grande rea Engenharia
Habilitao, qualificaes e especializaes:
Habilitao: Bacharelado em Engenharia Eltrica
Carga Horria das Disciplinas 3.456 horas (Incluindo 128h de TCC)
Estgio Curricular Supervisionado 454 horas
Atividades Complementares 120 horas
Carga Horria Total 4.084 horas
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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE GOIS
Jernimo Rodrigues da Silva Reitor
Adriana dos Reis Ferreira
Pr-Reitora de Ensino
Ruberley Rodrigues Souza
Pr-Reitor de Pesquisa e Ps-Graduao
Sandro Di Lima
Pr-Reitor de Extenso
Weber Tavares da Silva Jnior
Pr-Reitor de Desenvolvimento Institucional
Alexandre Silva Duarte
Diretor Geral Campus Goinia
Hiplito Barbosa Machado Filho
Chefe do Departamento de reas Acadmicas IV
Equipe de Elaborao do Projeto:
Alana da Silva Magalhes
Arquimedes Lopes da Silva Edio Cardoso de Paiva
Joo Batista Jos Pereira Luis Gustavo Wesz da Silva
Marcos Antnio Cardoso de Lima Samir Youssif Wehbi Arabi
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SUMRIO
1 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................................................... 6
1.1 ASPECTOS SOCIOECONMICOS ........................................................................................................................ 9 1.2 A INSTITUIO - INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE GOIS (IFG) ..................... 12 PATRIMNIO ARQUITETNICO E URBANSTICO ART DCO DE GOINIA: ................................................................. 15
2 OBJETIVOS .................................................................................................................................................... 25
2.1 GERAL ........................................................................................................................................................... 25 2.2 ESPECFICOS .................................................................................................................................................. 25
3. REQUISITOS DE ACESSO ............................................................................................................................... 26
4. PERFIL PROFISSIONAL ................................................................................................................................... 32
4.1 PERFIL DO EGRESSO, HABILIDADES E COMPETNCIAS ...................................................................................... 34 4.2 PRTICA PROFISSIONAL .................................................................................................................................... 35
5. FUNCIONAMENTO ............................................................................................................................................. 41
5.1 REGIME ESCOLAR E INTEGRALIZAO DO CURSO ............................................................................................ 41 5.1.1 Regime Escolar ..................................................................................................................................... 41 5.1.2 Nmero de Vagas ................................................................................................................................. 41 5.1.3 Turnos de Funcionamento ................................................................................................................... 41 5.1.4 Prazo para a Integralizao Curricular .............................................................................................. 41
6. METODOLOGIA .................................................................................................................................................. 41
7. FUNDAMENTOS TERICO-METODOLGICOS ......................................................................................... 43
7.1 UMA NOVA FORMAO EM ENGENHARIA ........................................................................................................ 43 7.2 ACOMPANHAMENTO.......................................................................................................................................... 45 7.3 UMA NOVA CONCEPO DE CURRCULO .......................................................................................................... 48 7.4 NOVOS MTODOS DIDTICO-PEDAGGICOS ..................................................................................................... 50 7.5 UMA NOVA FORMA DE AVALIAR ...................................................................................................................... 52 7.6 UM NOVO PROFESSOR ....................................................................................................................................... 55 7.7 UM NOVO ESTUDANTE ...................................................................................................................................... 56 7.8 AUTO-AVALIAO DO CURSO .......................................................................................................................... 58
8. ORGANIZAO CURRICULAR ...................................................................................................................... 59
8.1 A MATRIZ CURRICULAR.................................................................................................................................... 59 8.2 DETALHAMENTO DAS DISCIPLINAS ................................................................................................................... 62
8.2.1 Ncleo de Contedos Bsicos ............................................................................................................ 62 8.2.2 Ncleo de Contedos Profissionalizantes ......................................................................................... 62 8.2.3 Ncleo de Contedos Especficos ..................................................................................................... 62 8.2.4 Disciplinas Complementares/Optativas ............................................................................................. 63 8.2.5 Carga Horria Total .............................................................................................................................. 63 8.2.6 Fluxograma ............................................................................................................................................ 64 8.3 Componentes Curriculares ..................................................................................................................... 65 8.3.1 Estgio Curricular Supervisionado ..................................................................................................... 65 8.3.2 Atividades Complementares ............................................................................................................... 65 8.3.3 Trabalho de Concluso de Curso ....................................................................................................... 66
8.3.4 EMENTA DAS DISCIPLINAS ............................................................................................................................. 67
9. CRITRIOS DE APROVEITAMENTO DE EXPERINCIAS ANTERIORES ............................................. 67
9.1 CRITRIOS DE AVALIAO DA APRENDIZAGEM APLICADOS AOS ALUNOS DO CURSO ...... 67
10. INSTALAES E EQUIPAMENTOS ............................................................................................................ 68
10.1 LABORATRIOS ............................................................................................................................................... 68
11. TECNOLOGIA DA INFORMAO .............................................................................................................. 73
12. PESSOAL DOCENTE E TCNICO ADMINISTRATIVO ENVOLVIDO NO CURSO .......................... 74
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12.1 PESSOAL DOCENTE ......................................................................................................................................... 74 12.2 TCNICO ADMINISTRATIVO .......................................................................................................................... 75
13. AUTO-AVALIAO DO CURSO .................................................................................................................. 75
14. CERTIFICADOS E DIPLOMAS EXPEDIDOS AOS CONCLUINTES DO CURSO ................................ 79
15. BIBLIOGRAFIA USADA ................................................................................................................................. 79
16. ANEXOS ............................................................................................................................................................. 81
16.1 ANEXO I EMENTA DAS DISCIPLINAS .................................................................................................. 81
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1 JUSTIFICATIVA
A histria de Goinia comea com as primeiras ideias de mudana da Capital em 1753,
proposta pelo, ento governador da Provncia de Gois, Dom Marcos de Noronha, que
ambicionava transferir a capital de Vila Boa para a atual Pirenpolis. Em 1830, o Marechal de
Campo Miguel Lino de Morais, segundo governador de Gois Imprio, props a mudana da
Capital para a regio do Tocantins, prximo de Niquelndia. A Capital de Gois, no incio do
sculo XIX, convivia com a estagnao econmica, provocada pelo trmino do ciclo do ouro na
regio.
Outro governador da provncia de Gois, Jos Vieira Couto de Magalhes, retoma o
assunto em 1863, exposto em seu livro: Primeira Viagem ao Rio Araguaia. A discusso sobre a
necessidade de mudana da capital prosseguiu. A constituio do Estado de 1891, inclusive
sua reforma de 1898 e a de 1918, previa taxativamente a transferncia da sede do governo,
havendo disposto esta ltima em seu Artigo 5: A cidade de Gois continuar a ser a capital do
estado, enquanto outra coisa no liberar o Congresso. Mas foi somente com o advento da
revoluo de 30, em 1933, que o interventor Federal, Pedro Ludovico Teixeira, tomou
providncias a respeito da edificao da cidade, tornando realidade um sonho que j durava
180 anos.
O objetivo poltico Pedro Ludovico Teixeira seguiu em conformidade com a Marcha para
o Oeste, movimento criado pelo governo de Getlio Vargas para acelerar o progresso e a
ocupao do Centro-Oeste incentivando as pessoas a migrarem para o centro do pas, onde
havia muitas terras desocupadas. A implantao de tal projeto s seria possvel com a garantia
de uma infraestrutura bsica ligando o Centro-Oeste ao Sul do Pas. As medidas adotadas
pelo interventor foram: a mudana da capital, construo de estradas internas e a reforma
agrria.
Criou-se, em 20 de dezembro de 1932, uma comisso encarregada de escolher o local
no qual seria construda a nova capital. O relatrio da comisso apontou um stio nas
proximidades do povoado de Campinas, local do atual bairro de Campinas, como lugar ideal
para a edificao da futura capital. Em 6 de julho do ano seguinte, Pedro Ludovico baixou um
decreto, encarregando o urbanista Atlio Corria Lima da elaborao do projeto da nova capital.
Outro urbanista, Armando de Godi, formado na Sua e na Frana de onde acabara de voltar,
reformula o antigo projeto, inserindo o parcelamento do Setor Oeste e fortes mudanas no
arruamento do Setor Sul. Em 1935, Armando assina o plano diretor da cidade. A pedra
fundamental da cidade de Goinia foi lanada em 24 de outubro de 1933 por Pedro Ludovico
Teixeira, como homenagem aos 3 anos do incio da Revoluo de 1930, em pleno altiplano,
onde se encontra atualmente o Palcio das Esmeraldas, na Praa Cvica. O local foi
determinado pelo urbanista Atlio Corria Lima.
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A Figura 01 mostra o para de Goinia, e a Figura 02 mostra o crescimento populacional.
Figura 01: Mapa de Goinia Fonte:
http://cidades.ibge.gov.br/painel/painel.php?lang=&codmun=520870&search=||infogr%E1ficos:-dados-gerais-do-
munic%Edpio
Figura 02: Evoluo populacional de Goinia
Fonte: http://cidades.ibge.gov.br/painel/painel.php?lang=&codmun=520870&search=||infogr%E1ficos:-dados-gerais-
do-munic%EDpio
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Caractersticas da Regio Metropolitana de Goinia
A Regio Metropolitana de Goinia possui 7.315,15 km de rea total e
2.173.006habitantes (297,05 de densidade populacional), distribudos em 20 municpios, de
acordo com os dados do IBGE. Do universo da sua populao, 98,02% vive em rea urbana e
apenas 1,98% em rea rural. A populao masculina (48,46%) levemente inferior feminina
(51,54%). Mais da metadeda populao da microrregio (59,91 %) reside no municpio de
Goinia.
Com a promulgao da Constituio Federal de 1988, foi transferida aos Estados a
competncia para instituir regies metropolitanas, assim, atravs da Lei Complementar n 27
de 1999, foi criada a Regio Metropolitana de Goinia constituda de 11 municpios. Com a Lei
Complementar n 78 de 2010 a Regio Metropolitana de Goinia RMG, passou a ser
constituda por 20 Municpios: Goinia, Abadia de Gois, Aparecida de Goinia, Aragoinia,
Bela Vista de Gois, Bonfinpolis, Brazabrantes, Caldazinha, Catura, Goianpolis, Goianira,
Guap, Hidrolndia, Inhumas, Nerpolis, Nova Veneza, Santo Antnio de Gois, Senador
Canedo, Terezpolis de Gois e Trindade. A Figura 03 a seguir apresenta o mapa da Regio
Metropolitana de Goinia.
Figura 03: Regio Metropolitana de Goinia
Fonte: Adaptada de Boletim de Conjuntura Econmica e do Mercado de Trabalho do Estado de Gois, n. 3, nov, 2013. (ISSN 2316-8706)
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A tabela 01, abaixo, apresenta dados populacionais da Regio Metropolitana de Goinia, baseados no CENSO de 2010.
Tabela 01:
1.1 Aspectos Socioeconmicos
Dados Setoriais A Tabela 02 abaixo apresenta o PIB (onde No clculo do PIB, os grandes setores de
Comrcio e Servios so agregados sob a nomenclatura Servios. Tambm so agregados
os grandes setores de Indstria e Construo Civil, sob a nomenclatura Indstria) da RMG
desagregado por municpios, bem como uma diversidade de dados complementares
relacionados ao PIB. Mais da metade do PIB da regio foi originado do setor de Servios. Em
termos de significncia para o PIB da RMG, nenhum municpio se comparou a Goinia, que
representou, em 2009, 67,85% do total do PIB da Regio Metropolitana e 25% do total do PIB
do Estado de Gois.
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Tabela 02:
A Tabela 03 abaixo apresenta a distribuio dos empregos formais da RMG por
municpio. Goinia concentrou o maior nmero de empregos formais nas trs reas
apresentadas (Indstria de Transformao, Comrcio e Servios), com destaque para o setor
de Comrcio (80,5%). O municpio de Aparecida de Goinia foi o segundo lugar em nmero de
empregos formais tambm nos trs setores apresentados.
Tabela 03:
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O Grfico da Figura 04 apresenta a taxa de crescimento do nmero de empregos
formais no Estado de Gois e na RMG, de 2006 a 2010. Pode-se constatar que a
empregabilidade na regio (em mdia 11,68%) cresceu a uma taxa superior do Estado de
Gois (em mdia 6,82%). No entanto, a empregabilidade na regio foi mais instvel que a do
Estado, ou seja, sofreu flutuaes com maior frequncia, o que possvel constatar pelo
grfico (a linha que representa o Estado bem mais prxima a uma reta) e por seu desvio
padro superior (0,083 para a regio e 0,013 para o estado). O nmero de trabalhadores
formalmente empregados na RMG caiu bastante de 2006 a 2007, mas voltou a subir a partir
desse ano. A quantidade de postos de trabalho no Estado de Gois, apesar das oscilaes,
subiu levemente no perodo.
Figura 04: Taxa de crescimento dos Empregos formais na RMG
A Tabela 04 abaixo, por sua vez, apresenta as 20 ocupaes que melhor remuneraram
em 2010. Em geral, foram ocupaes que exigem nvel tcnico ou superior. As profisses e
suas remuneraes so indicadores importantes sobre qual tipo de trabalho mais valorizado
ou menos valorizado na regio e apresentam uma referncia para a atuao na educao, em
seus diversos nveis e modalidades.
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Tabela 04:
1.2 A Instituio - Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Gois (IFG)
O Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Gois (IFG), criado pela Lei
Federal n 11.892, de 29 de dezembro de 2008, que transformou os Centros Federais de
Educao Tecnolgica (CEFETs) em Institutos Federais de Educao, Cincia e Tecnologia,
uma autarquia federal detentora de autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didtico-
pedaggica e disciplinar, equiparado s universidades federais. uma instituio de educao
superior, bsica e profissional, pluricurricular e multicmpus, especializada na oferta de
educao profissional, tecnolgica e gratuita em diferentes modalidades de ensino.
O IFG tem por finalidade formar e qualificar profissionais para os diversos setores da
economia, bem como realizar pesquisas e promover o desenvolvimento tecnolgico de novos
processos, produtos e servios, em estreita articulao com os setores produtivos e com a
sociedade, oferecendo mecanismos para a educao continuada.
A instituio oferece desde educao integrada ao ensino mdio ps-graduao. Na
educao superior, conta com os cursos de tecnologia, especialmente na rea industrial, e os
de bacharelado e licenciatura. Na educao profissional tcnica de nvel mdio, o IFG atua, na
forma integrada, atendendo tambm ao pblico de jovens e adultos, por meio do PROEJA.
Atualmente so ofertados ainda cursos de mestrado profissional e especializao lato sensu,
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alm dos cursos de extenso, de formao profissional de trabalhadores e da comunidade
(PRONATEC), de Formao Inicial e Continuada (FIC), que so cursos de menor durao, e os
cursos de educao a distncia.
O IFG atende mais de 20 mil alunos nos seus 14 campi em funcionamento: Anpolis,
Formosa, Goinia, Inhumas, Itumbiara, Jata, Luzinia, Uruau, Aparecida de Goinia, Cidade
de Gois, guas Lindas, Goinia Oeste, Senador Canedo e Valparaso.
1.2.1 Um pouco da Histria do Instituto Federal de Gois
O Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Gois, autarquia federal de regime
especial vinculada ao Ministrio da Educao, foi criado por meio da Lei n 11.892, em 29 de
dezembro de 2008, atendendo a uma proposta do governo federal, que desde 2003 editava
novas medidas para a educao profissional e tecnolgica. uma instituio equiparada s
universidades federais, que articula educao superior, bsica e profissional, pluricurricular e
multicampi (cursos tcnicos integrados ao ensino mdio, tcnicos subsequentes ao ensino
mdio, superiores de bacharelados, licenciaturas, engenharias e de ps-graduao),
especializada na oferta de educao profissional e tecnolgica.
A histria do Instituto Federal de Gois possui uma longa trajetria, com origem no incio do
sculo passado, no dia 23 de setembro de 1909, quando, por meio do Decreto n. 7.566, o
ento presidente Nilo Peanha criou 19 Escolas de Aprendizes Artfices, uma em cada Estado
do Pas. Em Gois, a Escola foi criada na antiga capital do Estado, Vila Boa, atualmente cidade
de Gois. Na poca, o objetivo era capacitar os alunos em cursos e oficinas de forjas e
serralheria, sapataria, alfaiataria, marcenaria e empalhao, selaria e correaria.
Em 1942, com a construo de Goinia, a escola foi transferida para a nova capital, se
transformando em palco do primeiro batismo cultural da Cidade. A Instituio recebeu ento o
nome de Escola Tcnica de Goinia, com a criao de cursos tcnicos na rea industrial,
integrados ao ensino mdio.
Com a Lei n. 3.552, em 1959, a instituio alcanou a condio de autarquia federal,
adquirindo autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didtico-pedaggica e disciplinar,
recebendo a denominao de Escola Tcnica Federal de Gois, em agosto de 1965.
No final dos anos 80, mais precisamente em 1988, a Escola Tcnica Federal de Gois
amplia sua presena no Estado com a criao da Unidade de Ensino Descentralizada de Jata,
hoje denominada Campus Jata.
Por meio do decreto sem nmero, de 22 de maro de 1999, a Escola Tcnica Federal
de Gois foi transformada em Centro Federal de Educao Tecnolgica de Gois (CEFET-
GO), uma instituio de ensino superior pblica e gratuita, especializada na oferta de educao
tecnolgica nos diferentes nveis e modalidades de ensino, com prioridade na rea tecnolgica.
A partir da a Instituio recebeu autorizao para ofertar cursos superiores.
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Os Institutos Federais prestam servio nao ao qualificar profissionais para os
diversos setores da economia brasileira, realizam pesquisas e desenvolvem novos processos,
produtos e servios em colaborao com o setor produtivo. O IFG vai continuar mantendo a
tradio da Escola Tcnica Federal de Gois e do CEFET Gois de oferecer educao pblica,
gratuita e de qualidade para os jovens e os trabalhadores do Estado.
1.2.2 Campus Goinia:
O Campus Goinia uma unidade do Instituto Federal de Educao, Cincia e
Tecnologia de Gois (IFG) - criado pela Lei Federal n 11.892, de 29 de dezembro de 2008. O
IFG uma autarquia federal detentora de autonomia administrativa, patrimonial, financeira,
didtico-pedaggica e disciplinar, equiparado s universidades federais.
O Campus Goinia oferece educao superior, bsica e profissional, pluricurricular,
especializada na oferta de educao profissional, tecnolgica e gratuita em diferentes
modalidades de ensino, tendo por finalidade formar e qualificar profissionais para os diversos
setores da economia, bem como realizar pesquisas e promover o desenvolvimento tecnolgico
de novos processos, produtos e servios, em estreita articulao com os setores produtivos e
com a sociedade, oferecendo mecanismos para a educao continuada.
A Instituio oferece desde educao integrada ao ensino mdio ps-graduao. Na
educao superior, conta com cursos de mestrado profissional, especializao lato sensu,
bacharelados, licenciaturas e superiores em tecnologia. Na educao profissional tcnica de
nvel mdio, atua, nas modalidades subsequente e integrada, atendendo tambm ao pblico de
jovens e adultos, por meio da Educao de Jovens e Adultos (EJA). So ofertados ainda
cursos de extenso, do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Tcnico e Emprego
(PRONATEC), de Formao Inicial e Continuada (FIC), e cursos de educao a distncia
(EAD).
Um pouco da histria do Campus Goinia:
1. Com mais de 100 anos completos em 2009, o Campus Goinia do IFG o pioneiro
na histria da Instituio, enquanto sede do Instituto Federal de Gois (IFG). Sua
histria remonta a antiga capital do Estado de Gois, Vila Boa, onde foi institudo por
meio do Decreto do presidente Nilo Peanha, em 23 de setembro de 1909, a
Escola de Aprendizes e Artfices, primeira instituio no Estado, voltada para
formao tcnica profissional.
2. Em 1942, com a mudana da capital do Estado para Goinia, a escola foi transferida
e recebeu a nova denominao de Escola Tcnica de Goinia, consolidando-se
como centro de excelncia no ensino tcnico profissionalizante.
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3. Em 1959 a Escola Tcnica de Goinia foi transformada em autarquia do Governo
Federal, passando denominao de Escola Tcnica Federal de Gois (ETFG). Em
1960, a ETFG estava organizada em quatro modalidades de ensino tcnico: o
Ginsio Industrial; o Colgio Tcnico Industrial; a Aprendizagem Industrial; e os
cursos intensivos de preparao de mo de obra industrial.
4. Com as mudanas ocorridas no cenrio educacional, em 1999, a Escola Tcnica
Federal de Gois foi transformada em Centro Federal de Educao Tecnolgica de
Gois (CEFET-GO), passando a atuar tambm no ensino superior.
5. Hoje, a denominao Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de
Gois (IFG) - Campus Goinia. A mudana concedeu maior autonomia
administrativa, financeira e pedaggica, equiparando a instituio s universidades
federais, para que possa contribuir ainda mais com a sociedade, capacitando
profissionalmente os cidados e oferecendo ensino de qualidade populao.
Patrimnio arquitetnico e urbanstico Art Dco de Goinia:
O Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Gois (IFG) Campus
Goinia, ainda enquanto Escola Tcnica Federal de Gois (1959 1999) teve parte do seu
prdio tombado pelo Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional (IPHAN), em 2003,
como um bem isolado e edifcio pblico que compe o acervo arquitetnico e urbanstico Art
Dco da cidade de Goinia.
Do permetro da rea de tombamento da Instituio, est inclusa toda a Quadra 118,
entre as ruas 75, 66, 79 e 62, no setor Central. Dentro do IFG, os seguintes espaos fsicos
foram tombados: o prtico; o pavilho com as salas de aula do bloco 100, voltado para Rua 75;
o Teatro do IFG; o pavilho com as salas de aula do bloco 200.
O tombamento de um bem, como parte do prdio do IFG Campus Goinia, no impede a sua
ocupao e modernizao, conforme as necessidades de se adaptar o antigo ao moderno,
mas, busca-se, por meio do tombamento, a manuteno e a preservao dos valores histricos
e culturais preservados de bens nacionais.
Estrutura fsica:
Com 32.780,43 m de construo, o Campus Goinia conta com uma estrutura
completa, visando proporcionar uma excelente formao profissional e humana aos alunos.
So: 76 salas de aulas; 45 salas administrativas; 5 salas para professores; 3 salas para
atendimento aos alunos; 56 laboratrios; 18 salas de informtica; Ginsio Poliesportivo;
Biblioteca; Teatro (capacidade para 226 pessoas); Cinemateca (capacidade para 80 pessoas),
3 miniauditrios Demartin Bizerra (capacidade para 84 pessoas), Auditrio Julieta Passos
(capacidade para 74 pessoas) e Sala Djalma Maia (capacidade para 56 pessoas); Miniginsio;
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Sala de Ginstica; Laboratrio Gastronmico; Salas para atendimento mdico, odontolgico e
psicolgico dos alunos.
Curso de Engenharia Eltrica no Campus Goinia:
O Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnolgica de Gois (IFG), tem como
misso ministrar o ensino profissional em seus nveis bsico, tcnico e tecnolgico de
qualidade; desenvolver a pesquisa aplicada produo de equipamentos tcnicos e
tecnolgicos, repassar tecnologia e prestar servios comunidade, aos setores pblicos e aos
produtivos, a fim de responder positivamente s demandas contextualizadas e conceber
solues para os desafios educacionais emergentes, mediante a formao profissional integral
de sua clientela. Seu atual projeto pedaggico se volta para o ensino, pesquisa e extenso,
que contemplam conhecimentos de carter geral e profissionalizante. No mbito geral, vista
formao do cidado, buscando seu desenvolvimento integral, atravs de uma slida formao
propedutica, que inclui aspectos cientficos, polticos, artsticos e desportivos. No campo
profissionalizante, se prope a contribuir para o crescimento do Estado, colocando no mercado
de trabalho tcnicos, tecnlogos, engenheiros especficos e docentes com uma consistente
formao tcnica nas reas industriais, de prestao de servios e formao de professores,
utilizando-se para isto, dos recursos da informtica e de equipamentos de alta tecnologia
A importncia do profissional da rea de Engenharia Eltrica, na atual configurao do
mercado de trabalho, pode ser observada em face do papel que ele desempenha na economia
brasileira. Contribuir para o desenvolvimento socioeconmico brasileiro significa firmar bases
slidas para o desenvolvimento sustentado da economia. Os principais desafios do setor
energtico residem na competitividade do mercado globalizado, sendo estes constitudos pela
reduo de custos, melhoramento do produto, do rendimento, do aumento da produtividade e
qualidade de vida. Alm disso, so necessrios procedimentos estratgicos por parte do setor
voltados para a adaptao de tecnologias importadas e a criao ou desenvolvimento de
tecnologia.
Justifica-se a implantao do Curso de Engenharia Eltrica no IFG campus de Goinia
devido constatao da importncia desse setor de servio e atividade dentro do contexto
regional, nacional e mundial.
Segundo a ANEEL matriz de energia brasileira em 2015 est composta de 8,946% de
Biomassa, 4,515% de Elica, 18,075% de Fssil, 61,534 de Hdrica, 1,355 de Nuclear, 0,015%
de Solar e 5,562% de Importao, conforme mostra a Figura 5.
O Brasil possui no total 4.296 empreendimentos em operao, totalizando 138.725.036
kW de potncia instalada. Est prevista para os prximos anos uma adio de 41.491.146 kW
na capacidade de gerao do Pas, proveniente dos 226 empreendimentos atualmente em
construo e mais 665 em Empreendimentos com Construo no iniciada.
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Figura 5. Distribuio da matriz de energia brasileira
O operador nacional do sistema eltrico ONS assume no planejamento da operao
eltrica de mdio prazo, uma taxa de 4,1% de crescimento de carga consolidada do sistema
integrado nacional. A Tabela 5 mostra a quantidade e potncia associada dos
empreendimentos de gerao de energia em operao, construo e outorga para as
diferentes categorias. Atualmente h investimentos na utilizao de fontes de energia elica,
fotovoltaica, hidreltrica e termoeltrica.
Tabela 5. Empreendimentos em Operao, Construo e Outorga.
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Segundo dados da ANEEL de toda a capacidade instalada no Brasil, 8,68% esto
instalados no estado de Gois (sendo que usinas de divisa so computadas em ambos os
estados). O Estado de Gois o quarto em capacidade instalada por Estado, onde destacam
os Estados de So Paulo (21,32%), Minas Gerais (17,22%) e Paran (16,14%).
O Estado de Gois possui vrios empreendimentos em operao, outros em construo
e outros com sua outorga assinada. A grande maioria destes empreendimentos em operao
corresponde a usinas hidreltricas, em torno de 3% de usinas termeltricas e menos de 1% de
pequenas centrais hidreltricas. Dentre os empreendimentos em construo o maior volume se
refere a usinas hidreltricas e aproximadamente 27% de pequenas centrais hidreltricas. Dos
empreendimentos outorgados a maioria se refere s usinas hidreltricas, em torno de 21% a
pequenas centrais hidreltricas e aproximadamente 12% de usinas termeltricas.
O desenvolvimento econmico e o aumento populacional mundial intensificam o
consumo e a produo de energia eltrica. Com isso novos empreendimentos e mais
investimentos so feitos em produo e distribuio de energia eltrica.
Nos municpios goianos de maior porte, em regies com acentuado processo de
industrializao ou com acelerado crescimento populacional foram investidos recursos na
construo e ampliao de subestaes e linhas de transmisso.
Por outro lado o setor de TIC (Tecnologia da Informao e Comunicaes) tem vivido
grande avano. De forma geral, o salto evolutivo das ultimas trs dcadas est relacionada
com o desenvolvimento dos computadores e mais recentemente da digitalizao do sinal de
voz, permitindo que as telecomunicaes falassem a mesma linguagem dos computadores.
Esse processo de digitalizao permitiu a convergncia de sons, dados e imagens e a
possibilidade de acesso on-time, full-time e ilimitado. Dessa forma, as telecomunicaes
passam a ser um servio intrnseco ao dia-a-dia do cidado. No Brasil, com o advento da Copa
do Mundo de Futebol j houve grande avano e atualizao das atuais infraestruturas de
telecomunicaes, porm ficou muito abaixo do esperado, havendo a necessidade de maiores
avanos e atualizaes em regies no agraciados com a Copa do Mundo de Futebol.
Em nmeros, podemos contar com dados da Pesquisa Anual de Servios de 2009 do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica sobre a distribuio da receita operacional lquida,
por grupos de atividade. Nesta publicao, estas atividades esto agrupadas, segundo as suas
categorias de uso, em diferentes segmentos, sendo o de Servios de informao e
comunicao, que engloba telecomunicaes; tecnologia da informao; servios audiovisuais;
edio e edio integrada impresso; e agncias de notcias e outros servios de informao,
nosso segmento de interesse.
De acordo com a Pesquisa Anual de Servios de 2009, durante o ano de 2009, as 918,2
mil empresas de servios no financeiros no pas, onde se encontra o segmento de Servio de
Informao e Comunicao, gerou uma receita operacional lquida (diferena entre a receita
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bruta e o pagamento de impostos, abatimentos, descontos e vendas canceladas) de R$ 745,4
bilhes e um valor adicionado (o valor bruto da produo menos o consumo intermedirio) de
R$ 418,1 bilhes. Elas ocupavam 9,7 milhes de pessoas e pagaram R$ 143,5 bilhes em
salrios, retiradas e outras remuneraes.
No grfico mostrado na Figura 6 possvel visualizar informaes sobre as atividades
dos Servios de informao e comunicao. possvel visualizar que, apesar do percentual de
pessoal ocupado e nmero de empresas no estar entre os mais significativos, a receita
operacional lquida, ou seja, o valor movimentado, excluindo-se impostos, corresponde a
28,8% do total (R$ 214,4 bilhes), sendo destaque como a maior porcentagem entre todos os
segmentos. Isso demonstra a importncia econmica da atividade dentro do nosso pas.
Figura 6. Participao dos Segmentos de Servios nas Principais Variveis dos Servios No
Financeiros do Brasil em 2009
Em 2009, apesar da atividade de Tecnologia da informao destacar-se como a
principal atividade do segmento no tocante ao nmero de empresas (67,3%), ao nmero de
pessoas ocupadas (49,6%) e ao total de salrios, retiradas e outras remuneraes pagos
(50,1%), a atividade de Telecomunicaes, caracterizada por empresas de grande porte e
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intensivas em capital, tambm teve bom desempenho no tocante a pessoal ocupado e total de
salrio. Alm disso, foi responsvel pela maior parcela da receita operacional lquida deste
segmento (59,7%), conforme mostrado na Figura 7.
Figura 7. Participao das Atividades no Segmento de Servios de TIC no Brasil em 2009
A atividade de Telecomunicaes apresentou ainda a maior mdia de pessoal ocupado
por empresa (43); o maior salrio mdio mensal (6,9 salrios mnimos); e a maior produtividade
(R$ 396,6 mil) dentre as atividades deste segmento, mostrado na Tabela 6.
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Tabela 6. Mdia de Pessoal Ocupado por Empresa, Salrio Mdio Mensal e Produtividade, Segundo
as Atividades dos Servios de TIC no Brasil em 2009
De acordo com as informaes apresentadas acima, justificvel o esforo para a
oferta de um curso que se ajuste em um ramo de atividade to promissor.
Alm da justificativa da importncia dessa rea dentro do cenrio nacional, tambm
possvel identificar certos pontos considerveis que demonstram a necessidade imediata da
oferta do Curso de Engenharia Eltrica no Campus Goinia do IFG. As informaes mostradas
a seguir foram retiradas de projetos do Observatrio do Mundo do Trabalho e da Educao
Profissional e Tecnolgica Ncleo Centro-Oeste, que mapeou informaes relacionadas
rea de Telecomunicaes na nossa regio.
A mais veemente justificativa para a implantao do curso encontra-se no documento
Metodologia e Relatrio Consolidado de Estudos e Pesquisas com Subsdios para a
Implantao dos Campi de Uruau, Itumbiara, Luzinia, Formosa, Anpolis e do Campus
Aparecida de Goinia, onde so apontadas algumas reas carentes de cursos tcnicos, para
as regies que compreende o Distrito Federal e a Microrregio Entorno de Braslia (atendidas
pelos Campi de Luzinia e de Formosa) e regio de Entorno da Grande Goinia (atendidas
pelo Campus Anpolis e o Campus Inhumas). A carncia identificada por meio de
cruzamento dos estudos e pesquisas socioeconmicas com a oferta de Cursos Tcnicos
levantados junto ao MEC/INEP, inclusive considerando as empresas de telecomunicaes e
polos de desenvolvimento da regio, e os cursos j ofertados por instituies de ensino
pblicas e privadas. Para melhor qualific-las, so identificadas as reas carentes em termos
de mdia, de elevada e de extrema carncia. E as duas regies citadas acima se encontram
com classificao de Elevada Carncia para cursos da rea de Telecomunicaes.
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Vrias empresas de telecomunicaes no Estado de Gois tm importado mo de obra
de outros Estados brasileiros e at mesmo de outros pases quando da necessidade de
implantao novos sistemas ou ampliao de sistemas de telecomunicaes.
Visto que o IFG, Campus Goinia, atende a alunos no s da Grande Goinia, mas de
outras cidades do interior do Estado, bem como alunos de outros Estados do Brasil, tem-se
ento um grande subsdio para a oferta do curso em questo no referido Campus. Vale
ressaltar que mesmo a regio citada mais afastada encontra-se a no mais que 150 km de
distncia de Goinia.
No mesmo projeto, apresentado um grfico com dados do nmero de trabalhadores
nos diferentes setores de atividade econmica na regio metropolitana de Goinia, o Setor de
Servios, mostrado na Figura 8. Pode-se perceber que ao longo dos anos esse setor vem
ganhando notoriedade e que j corresponde a uma parcela prxima ao dobro do nmero de
trabalhadores dos outros setores somados.
Figura 8. Nmero de Trabalhadores nos Setores de Atividade Econmica na Regio Metropolitana
de Goinia de 1985 a 2007 (TEM/RAIS, 2009)
Ainda podemos citar outros estudos realizados pelo Observatrio Nacional do Trabalho.
Um exemplo o projeto Anlise da Adequao da Oferta de Educao Profissional e
Tecnolgica Nova Dinmica do Mercado de Trabalho Formal na Mesorregio Centro Goinia,
no Estado de Gois, tambm realizado pelo Observatrio do Mundo do Trabalho.
No mundo e no Brasil, a fuso das telecomunicaes com internet, a partir da dcada
de XX, produziu mudanas radicais entre o mundo das velhas telecomunicaes e o das
TICs. Devido ampliao da convergncia tecnolgica e econmica no mbito das TICs e
tendncia da oferta generalizada de conexes de banda larga, est ocorrendo uma
movimentao das fronteiras das empresas, dos mercados e de setores das prprias TICs.
A infraestrutura de telecomunicaes suporta todos os setores de uma economia. H
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estudos em que se comprova ser esta infraestrutura fundamental para o desenvolvimento de
novos bens e servios para a sociedade do conhecimento. As rpidas mudanas tecnolgicas
e a proliferao de uma gama de novos servios tm atuado como catalisadores principais das
mudanas econmicas e das relaes globais. As transformaes por que passam alguns
pases, a partir da adequada regulao destas redes e de seus servios, combinadas com a
convergncia decorrente da inovao tecnolgica, permitem encaminhar preocupaes sociais,
em reas como meio ambiente, sade e educao.
O acesso em banda larga notadamente concentrado no Brasil: enquanto as classes
de maior renda e os residentes em reas mais densamente povoadas tm a Internet em alta
taxa de transmisso como parte de sua vida quotidiana, tanto as famlias que moram afastadas
dos grandes centros urbanos, quanto as que esto na parte de baixo da pirmide de
distribuio de renda continuam lutando para serem includos digitalmente.
A evoluo das estruturas de comunicao e o impulso que se espera ter do atual
processo de convergncia de redes, servios e terminais devem levar tambm a nova definio
de polticas publicas. No obstante ser necessrio atacar tambm outras importantes variveis,
tais como o analfabetismo digital e a baixa densidade de computadores pessoais por domiclio,
a disponibilidade de infraestrutura de telecomunicaes um fator-chave para a promoo do
acesso em banda larga.
H duas propostas do governo. Primeira, o Plano Nacional de Banda Larga, por meio
do Decreto n 7175/2010, que determinou a reativao da Telebrs para prestar apoio e
suporte a polticas pblicas de conexo internet em banda larga para universidades, centros
de pesquisa, escolas, hospitais, postos de atendimento, telecentros comunitrios e outros
pontos de interesse pblico. Segunda, a Medida Provisria n 495/2010, que incluiu a
promoo do desenvolvimento nacional como um dos princpios das licitaes, oferecendo
uma margem de preferncia de at 25% para os produtos com tecnologia desenvolvida no
pas. Assim, no s o governo federal pretende envidar esforos e recursos pblicos para
estender o uso da banda larga no pas, como tambm tem a inteno de promover uma poltica
industrial que favorea o setor.
A influncia das redes de telecomunicaes sobre o crescimento econmico maior em
pases em desenvolvimento e tambm mais intensa na adoo da banda larga do que no uso
da telefonia ou internet. Um estudo do IPEA conduzido por Macedo e Carvalho (2010) revelou
que os efeitos da penetrao da banda larga sobre o crescimento econmico pode ser mais
alto do que o previsto.
neste ambiente que surge a necessidade de implantao do curso de Engenharia
Eltrica no campus Goinia do IFG, visando formar profissionais que alm de possuir conceitos
tericos e prticos, tambm tenham habilidade de adaptar-se s evolues tecnolgicas que
por certo, ocorrem nesta rea em franca expanso.
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A Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (LDB), Lei n 9.394/1966, em
seu Artigo 1, considera que existem diversos processos formativos que se desenvolvem na
famlia, na convivncia humana, no trabalho, nas escolas, nos movimentos sociais, nas
organizaes da sociedade civil e nas manifestaes culturais e, sendo seu objetivo
disciplinar a educao escolar, estipula que esta deve vincular-se ao mundo do trabalho e
prtica social. Outro papel das instituies escolares o de socializao: que os indivduos
aprendam a conviver uns com os outros.
Instrumentos legais incorporados LDB, desde sua promulgao, vieram oferecer
condies de acessibilidade, permanncia e xito educacional a estudantes com deficincias,
como o caso da Lei n 7.853, de 24 de outubro de 1998, e a Lei n 10.436, de 24 de abril de
2002, que dispe sobre a Lngua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Tais mudanas tm
incorporado, na dimenso das prticas educativas, novas metodologias que caminham
paralelamente observao dos avanos cientficos e tecnolgicos, visando alcanar a
formao de cidados cientes de seus deveres e capazes de lutar por seus direitos.
A legislao educacional vigente ainda estabelece que sejam realizadas,
combinando transversalidade e disciplinaridade, a Educao em Direitos Humanos e a
Educao Ambiental, respectivamente institudas pela Resoluo CNE/CP n 01, de 30 de
maio de 2012, e pela Lei n 9.795, de 27 de abril de 1999. Relacionam-se a esses temas o
intuito de construir uma sociedade mais justa, igualitria e democrtica e o de fomentar
comportamentos compatveis com a preservao do meio ambiente.
A instituio de nvel de ensino superior merece destaque pelo fato de se constituir
como o lugar de formao dos jovens e, nesse contexto,
[...] considerada como uma das principais instituies de socializao e tem sido uma importante arena de luta entre diferentes projetos polticos ideolgicos da sociedade. Ao mesmo tempo em que as instituies de ensino superior tm exercido papel decisivo no processo de redemocratizao da sociedade, no seu interior ocorre um intenso processo de recontextualizao frente s mudanas que tm ocorrido no seu entorno [...]. (CORRA, 2010, p. 2-3).
Dessa forma, o currculo que se pretende efetivar trs como eixo norteador a
formao para baseada no pressuposto de que o trabalho do homem o integra com a natureza
e com a sociedade e nesta, permanentemente, se constri a cultura, a cincia e a tecnologia.
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2 OBJETIVOS
2.1 Geral
O Curso de Graduao em Engenharia Eltrica do Instituto Federal de Gois Campus
Goinia tem como objetivo formar engenheiros eletricistas capacitados a atender s diferentes
solicitaes profissionais, com uma viso crtica, criativa e inovadora, atravs de uma slida
formao bsica, geral e humanstica, associada sua formao profissional especfica. Tem
ainda, como caracterstica, a capacidade do trabalho em equipe, conhecimento tcnico,
formao tecnolgica e capacidade de mobilizao destes conhecimentos, para atuar no
mercado de trabalho de forma tica, empreendedora e consciente dos impactos
socioculturais.
2.2 Especficos
Para alcanar os objetivos gerais estabelecidos nesse plano o curso dever conferir ao
estudante capacidade e competncia para desempenhar as suas atividades profissionais junto
sociedade, nas diversas reas de conhecimento que compem a Engenharia Eltrica,
devendo ser capaz de empregar conhecimentos cientficos e tecnolgicos para a soluo de
problemas referentes :
Gerao, transmisso, distribuio e utilizao da energia eltrica;
Estudo da qualidade da energia eltrica e apresentao de mtodos de controle e
eficientizao dessa energia
Automao e controle de equipamentos e mquinas eltricas
Sistemas eltricos e eletrnicos de medio e controle
Sistemas de Telecomunicaes;
Materiais eltricos e eletrnicos
Equipamentos eletrnicos.
O egresso dever ser capaz de empregar conhecimentos de administrao, gesto e
ordenamento ambientais, com monitoramento e mitigao de impactos ambientais da gerao
e utilizao da energia eltrica. Tais objetivos daro legitimidade de atuao profissional ao
egresso, e sero construdos com base na abordagem epistemolgica e profissionalizante do
conhecimento. A educao ambiental e a conscientizao das populaes para o uso racional
de bens naturais (gua, solo e recurso solar, por exemplo) demonstram-se ferramentas
eficazes para concepo de alternativas econmicas viveis e de solues para convivncia
com as condies adversas do clima. O papel dos estudantes de Engenharia nesse processo
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vai alm daquele esperado para agentes ambientais junto s comunidades carentes, pois a
assimilao das tcnicas trabalhadas ao longo do curso de graduao viabiliza uma interseo
altamente desejvel entre ensino, pesquisa e extenso, que potencializa propostas de solues
com elevado grau de complexidade.
O engenheiro eletricista com o perfil desejado pelo Curso de Engenharia Eltrica do IFG
dever possuir uma formao que lhe permita o exerccio das seguintes competncias e
habilidades gerais em sua rea de atuao:
Planejar, supervisionar, coordenar e executar projetos e servios;
Supervisionar e avaliar criticamente a operao e a manuteno de sistemas;
Projetar, avaliar, desenvolver ou utilizar novos produtos, processos ou sistemas, analisando
no apenas os aspectos tcnicos e econmicos, mas tambm as possveis implicaes sociais
e ambientais, incorporando-os como aplicaes prticas no mbito de suas funes;
Reconhecer problemas e formular solues no mbito de suas funes, mediante aes
cientificamente fundamentadas, tecnicamente adequadas e socialmente significativas;
Incorporar sua rea de conhecimento e de atuao profissional avanos que ocorrem em
outras reas e na vida cotidiana e de transferir seus conhecimentos para a vida cotidiana e
para estas reas, visando contribuir para melhorar sua qualidade; iniciativa, criatividade,
vontade de aprender, abertura s mudanas, conscincia da qualidade e das implicaes
ticas do seu trabalho, enfrentando as novas situaes e os impactos das atuais grandes e
complexas transformaes tecnolgicas, mercadolgicas e sociais;
Expresso e comunicao com seu grupo, superiores hierrquicos ou subordinados, de
cooperao, de trabalho em equipe, de dilogo, de exerccio da negociao e de comunicao
interpessoal;
Pensar estrategicamente, agir conforme seus conhecimentos, introduzir modificaes no
processo de trabalho, atuar preventivamente, refletir e atuar criticamente na organizao onde
presta servios, na esfera pblica e nas instituies da sociedade civil, tornando-se interlocutor
legtimo e reconhecido;
Assumir postura empreendedora e de permanente busca de atualizao profissional.
3. REQUISITOS DE ACESSO
3.1 O acesso aos Cursos Superiores do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia
de Gois regulamentado atravs da Resoluo N. 19 de 26 Dezembro de 2011, (disponvel
em http://ifg.edu.br/images/arquivos/2012/conselho%20superior%20resolucao%20n%2019.pdf
)., descritas no CAPTULO IV, transcritas abaixo:
CAPITULO IV DAS FORMAS DE INGRESSO
http://ifg.edu.br/images/arquivos/2012/conselho%20superior%20resolucao%20n%2019.pdf
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Art. 16. O ingresso nos cursos de graduao do IFG dar-se- por meio de concurso vestibular,
no limite das vagas publicadas em edital pblico para o primeiro perodo de cada curso.
Art. 17. O preenchimento de vagas remanescentes, resultantes do cancelamento de matrcula,
mobilidade acadmica e desligamento de alunos, compreender as seguintes modalidades:
I Mudana de mobilidade/habitao no mesmo curso e campus
II Reingresso no mesmo curso e campus
III Mudana de campus para o mesmo curso
IV - Mudana de curso independente do campus de origem
V Transferncia Externa
VI Portador de diploma de Graduao
1. O preenchimento das vagas remanescentes nas situaes descritas no caput do
artigo ocorrer mediante processo seletivo e nas datas estabelecidas no calendrio acadmico
da Instituio.
2. O nmero de vagas remanescentes a que se refere o caput do artigo ser definido
com base nos dados de matrcula constante do Sistema de Gesto Acadmica, de
responsabilidade da Diretoria de Administrao Acadmica de Pr-Reitoria de Ensino.
Art. 18. O preenchimento das vagas remanescentes de que trata o artigo 17 do presente
regulamento ocorrer em duas etapas, contemplando, na primeira etapa, os incisos I e II e, na segunda
etapa, os incisos III a VI.
1. O preenchimento das vagas remanescentes nos incisos I e II do artigo 17 de que trata o
caput do artigo ocorrer no mbito dos Departamentos das reas Acadmicas da Instituio,
observando-se o ndice de rendimento acadmico do discente constante no Sistema de Gesto
Acadmico SGA.
4. O preenchimento das vagas remanescentes nos incisos III a VI do artigo 17 a que se refere
o caput do artigo ocorrer mediante processo seletivo conduzido pelo Centro de Seleo do IFG.
Art. 19. A admisso por reingresso no curso ser permitida uma nica vez, condicionado
existncia de vaga e de prazo legal para a concluso do mesmo.
1. Na admisso por reingresso o aluno estar sujeito ao cumprimento das adaptaes
curriculares decorrentes de alterao de matriz curricular do curso, quando houver.
2. Na admisso por reingresso mantm-se o nmero de matrcula do aluno no curso de
origem.
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3. Cabe aos Departamentos de reas Acadmicas deliberar sobre as solicitaes de
reingresso.
Art. 20. A transferncia ex-officio obedecer s condies e tramitao previstas e amparadas
por lei.
Pargrafo nico: Para a anlise das solicitaes de transferncia de que trata o caput do artigo o IFG
poder solicitar parecer da Procuradoria Federal IFG>
Art. 21. A abertura de edital pblico para a oferta de cursos e vagas em projetos especiais, para
demandas especficas, exigir parecer jurdico da Procuradoria Federal e do Ministrio da Educao.
3.2 Ingresso atravs de Processo Seletivo:
O Processo Seletivo consiste na classificao de candidatos matrcula inicial nos
Cursos Superiores do IFG mediante a realizao de provas, de carter eliminatrio e
classificatrio, abrangendo contedos das disciplinas do ncleo comum do Ensino Mdio. O
Processo Seletivo aberto exclusivamente aos portadores de Certificado de Concluso do
Ensino Mdio obtido por via regular, suplncia ou curso equivalente, e ainda aos que estejam
cursando o ltimo ano do Ensino Mdio na data da inscrio e que, em caso de aprovao,
poca da matrcula, tenham condies de comprovar documentalmente a concluso do referido
nvel de ensino. A comprovao da concluso do Ensino Mdio dever ser feita mediante
apresentao do Histrico Escolar e do Certificado de Concluso na data prevista para a
efetivao da matrcula pelo candidato aprovado, conforme previso em Edital.
Os candidatos que no atenderem s exigncias de documentao referente comprovao
da concluso do Ensino Mdio, e que eventualmente participarem do Processo Seletivo ficam
cientes que, em caso de aprovao e classificao, em nenhuma hiptese tero direito
matrcula.
O Processo Seletivo ser realizado por dois sistemas de preenchimento de vagas: o
Sistema Universal e a Reserva de Vagas (Lei 12.711/2012). Concorrero s vagas pelo
Sistema Universal todos os candidatos que comprovarem a concluso do Ensino Mdio,
provenientes da Rede Privada de Ensino, incluindo as conveniadas, filantrpicas, comunitrias
e confessionais, e os da Rede Pblica de Ensino.
Todos os candidatos concorrero inicialmente pelo Sistema Universal, inclusive os
optantes pela Reserva de Vagas, ou seja, caso o candidato optante pela Reserva de Vagas
possua pontuao suficiente para aprovao no Sistema Universal, ser classificado nesse
Sistema. Os candidatos, optantes pela Reserva de Vagas que no atingiram pontuao para a
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classificao no Sistema Universal, concorrero s vagas destinadas Reserva de Vagas em
que se inscreveram.
3.3 DAS ETAPAS E PROVAS DO PROCESSO SELETIVO:
O Processo Seletivo ser realizado em uma nica etapa, composta por Prova Objetiva e
Prova de Redao, ambas eliminatrias e classificatrias. Nesta etapa os candidatos
realizaro a Prova Objetiva, composta por 64 (sessenta e quatro) questes, 08 (oito) por
disciplina e uma Prova de Redao. A Prova Objetiva ser de mltipla escolha, sendo que
cada questo ter 05 (cinco) alternativas: A, B, C, D e E. Apenas uma das alternativas estar
em conformidade com o gabarito.
Nessa etapa o candidato far prova de todas as disciplinas constantes do programa do
Edital (Anexo III), divididas nas reas de conhecimento, conforme o quadro a seguir:
As questes podero conter abordagem interdisciplinar, as quais possibilitaro o dilogo entre
duas ou mais disciplinas e/ou reas de conhecimento. O programa das disciplinas o mesmo
para todos os cursos. Cada questo valer 01 (um) ponto multiplicado pelos pesos de cada
uma das disciplinas, conforme o curso escolhido pelo candidato e de acordo com o quadro
demonstrativo a seguir, demonstra-se o caso do curso de Engenharia Eltrica do IFG.
A Prova de Redao ser composta de um tema que o candidato dever desenvolver
seguindo a(s) proposta(s) contida(s) na prova. Ser apresentada uma coletnea de textos que
servir de base para a produo textual do candidato.
As vagas dos cursos superiores oferecidos pelo IFG sero preenchidas por trs
processos seletivos: Vestibular (regido por edital), Vestibular ENEM e SiSU nas respectivas
propores: 40%, 40% e 20%.
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O Vestibular ENEM o processo seletivo do IFG oferecido exclusivamente aos portadores de
Certificado de Concluso do Ensino Mdio, obtido por via regular, suplncia ou curso
equivalente, conforme Art. 5 do Decreto n 5.154 de 23 de julho de 2004, que participaram do
Exame Nacional do Ensino Mdio (ENEM) em pelo menos um dos ltimos trs anos, conforme
edital prprio do processo seletivo.
O Sistema de Seleo Unificada (Sisu) o sistema informatizado, gerenciado pelo Ministrio
da Educao (MEC), no qual instituies pblicas de ensino superior oferecem vagas para
candidatos portadores de Certificado de Concluso do Ensino Mdio, obtido por via regular,
suplncia ou curso equivalente, conforme Art. 5 do Decreto n 5.154 de 23 de julho de 2004,
participantes da ltima edio do Exame Nacional de Ensino Mdio (Enem), conforme edital
prprio do processo seletivo.
Caso no sejam preenchidas as vagas destinadas ao Vestibular, conforme chamadas e listas
previstas, estas podero ser destinadas classificao geral, primeiramente, do Vestibular
Enem e, ainda restando, da lista de espera do SiSU.
Caso no sejam preenchidas as vagas destinadas ao Vestibular Enem, conforme chamadas e
listas previstas em edital prprio do processo seletivo, estas podero ser destinadas
classificao geral, primeiramente, do Vestibular e, ainda restando, da lista de espera do SiSU.
Caso no sejam preenchidas as vagas destinadas ao SiSU, conforme chamadas e listas
previstas em edital prprio do processo seletivo, estas podero ser destinadas classificao
geral, primeiramente, do Vestibular e, ainda restando, do Vestibular ENEM.
3.3.1 Da Reserva de Vagas (Lei 12.711/2012)
O IFG reserva no mnimo 50% (cinquenta por cento) das vagas dos Cursos Superiores de
Bacharelado, Licenciatura e Tecnologia a candidatos oriundos de Escolas Pblicas, de acordo
com a Lei 12.711/12, regulamentada pelo Decreto 7.824/12 e Portaria Normativa MEC 18/2012
que dispem sobre a implementao da reserva de vagas nas instituies federais de ensino.
O percentual remanescente destina-se ao Sistema Universal.
Por escola pblica compreende-se a instituio de ensino criada ou incorporada, mantida e
administrada pelo Poder Pblico, nos termos do inciso I, do artigo 19, da Lei n. 9.394, de 20 de
dezembro de 1996.
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As escolas pertencentes ao Sistema S (SENAI, SESI, SENAC, SENART), escolas
conveniadas ou ainda fundaes ou instituies similares (mesmo que mantenham educao
gratuita) NO so consideradas instituies da Rede Pblica de Ensino para participao na
Reserva de Vagas (Lei 12.711/2012).
Somente podero concorrer s vagas reservadas (Lei 12.711/2012) para estudantes de
escola pblica os candidatos que:
a) Tenham cursado integralmente o Ensino Mdio em escolas pblicas, em cursos
regulares ou no mbito da modalidade de Educao de Jovens e Adultos; ou
b) Tenham obtido certificado de concluso do ensino mdio com base no resultado do
Exame Nacional do Ensino Mdio ENEM, do Exame Nacional para Certificao de
Competncias de Jovens e Adultos ENCCEJA ou de exames de certificao de competncia
ou de avaliao de jovens e adultos realizados pelos sistemas estaduais de ensino, os quais
devero entregar, alm do Certificado de Concluso do Ensino Mdio, cpia legvel do
Histrico Escolar do Ensino Mdio referente ao perodo anterior a obteno da certificao,
caso haja.
No podero participar da Reserva de Vagas (Lei 12.711/2012) os candidatos que
tenham estudado, em algum momento do Ensino Mdio, em escolas particulares, ainda que
com bolsa de estudos integral, e os que tenham estudado em escolas comunitrias,
filantrpicas ou confessionais, as quais, nos termos do Artigo 20 da Lei de Diretrizes e Bases
da Educao (Lei n. 9.394, de 20/12/1996), so consideradas instituies privadas de ensino,
ainda que a escola cursada pelo candidato seja mantida por convnio com o Poder Pblico.
No poder concorrer s vagas reservadas a candidatos oriundos de Escolas Pblicas o
candidato que tenha cursado o Ensino Mdio, parcial ou integralmente, em escolas localizadas
no exterior. Todos os candidatos que optarem, no ato da inscrio, por concorrer pela Reserva
de Vagas (Lei 12.711/2012) e que constarem na lista de candidatos classificados para a
correo da prova de redao devero entregar cpia legvel de documento oficial que
comprove que cursou integralmente o Ensino Mdio em escola(s) pblica(s). De acordo com a
Lei 12.711/2012, Decreto 7.824/12, Portaria Normativa n 18/2012 - MEC e conforme o quadro
de vagas disponibilizado em Edital (quadro exemplo abaixo), do total de vagas reservadas a
candidatos oriundos de escolas pblicas, no mnimo 50% (cinquenta por cento) so destinados
a candidatos com renda familiar bruta mensal igual ou inferior a 1,5 salrio mnimo per capita.
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Das vagas reservadas, no mnimo 56,68% (cinquenta e seis vrgula sessenta e oito por cento)
Censo IBGE/2010 so reservadas a candidatos oriundos de escolas pblicas,
autodeclarados pretos, pardos ou indgenas (PPI). O restante destina do aos demais
candidatos (DC) oriundos de escolas pblicas com renda familiar bruta mensal igual ou inferior
a 1,5 salrio mnimo per capita. O restante das vagas destinado a candidatos oriundos de
escolas pblicas com renda familiar bruta mensal superior a 1,5 salrio mnimo per capita,
onde , no mnimo 56,68% (cinquenta e seis vrgula sessenta e oito por cento) Censo
IBGE/2010 so reservadas a candidatos oriundos de escolas pblicas, autodeclarados pretos,
pardos ou indgenas (PPI). O restante destinado aos demais candidatos (DC) oriundos de
escolas pblicas com renda familiar bruta mensal superior a 1,5 salrio mnimo per capita.
Somente podero concorrer s vagas reservadas a candidatos com renda familiar bruta mensal
igual ou inferior a 1,5 salrio mnimo per capita aqueles que comprovarem a percepo de
renda familiar bruta igual ou inferior a 1,5 salrio mnimo per capita.
4. PERFIL PROFISSIONAL
As caractersticas que compem o perfil do egresso de um curso de graduao so, por
um lado, o resultado de um processo de formao acadmica e, por outro, a entrada para um
processo de integrao do profissional ao mercado de trabalho. Neste sentido, a especificao
do perfil do egresso de um curso de graduao exige a articulao entre a formao
acadmica e as exigncias da prtica profissional.
Na ltima dcada e nos primeiros anos deste sculo, aconteceram transformaes
tecnolgicas, polticas e sociais que tiveram forte impacto na expectativa da sociedade em
relao atuao dos profissionais liberais de praticamente todas as reas de atividade. Na
rea de engenharia eltrica, o conceito de competncia profissional foi profundamente
modificado, atingindo todas as suas especialidades.
Em primeiro lugar, o avano tecnolgico proporcionado por pesquisas e
desenvolvimentos passou a exigir novos conhecimentos. Pode-se destacar o avano na rea
de telecomunicaes (telefone celular, TV digital, etc.), na rea de eletrnica e microeletrnica
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(circuitos cada vez mais potentes com custos acessveis), controle e automao de processos
(robs e automao industrial), tecnologia e sistemas de informao (redes de computadores,
novas tecnologias), biomdica (ressonncia eletromagntica).
Mesmo a rea tradicional de sistemas de energia eltrica oferece hoje uma nova viso,
com transformaes de ordem econmica, o setor antes estatal passou a privado, e de ordem
tecnolgica, gerao distribuda, qualidade de energia, fontes alternativas e insero de novas
tcnicas e automao de processos.
Alm disso, hoje o conceito de formao profissional vai muito alm da qualificao
tcnica.
A transio de uma sociedade industrial para uma sociedade da informao, a
globalizao, o mercado altamente competitivo e o forte impacto das tecnologias sobre a
organizao social e o meio ambiente, levaram percepo de que ao engenheiro no cabe
mais apenas fazer tecnologia, mas tambm lidar com esta tecnologia. Dos novos engenheiros
ser exigido menos domnio de contedos e mais capacidade de resolver problemas, tomar
decises, trabalhar em equipe e comunicar-se.
A atual formao tecnicista deve ser substituda pela formao de cidados preparados
para coordenar informaes, interagir com pessoas e interpretar de maneira dinmica a
realidade, de forma a contribuir efetivamente nas decises a favor da sociedade.
Deve ser capaz de atuar julgando suas opes e decidindo sua forma de atuao ciente
das relaes sociais, polticas, ambientais, econmicas, cientficas e tecnolgicas do meio
onde se insere como indivduo e profissional, e de intervir de forma crtica, produtiva,
competente e eficaz, nos moldes do ambiente onde ir atuar, considerando as caractersticas
dessas relaes.
Diante de uma realidade em que as inovaes tecnolgicas se apresentam em um ritmo
acelerado, em que o conhecimento pode se tornar obsoleto em um curto perodo de tempo,
espera-se deste novo profissional a capacidade de aprender e a abertura s mudanas,
necessrias para adaptao rpida em diferentes funes, praticada em ambiente altamente
competitivo. Espera-se, desta maneira, que assuma atitude empreendedora e postura de
constante desenvolvimento profissional.
O novo profissional engenheiro deve ser capaz de absorver novas tecnologias, atuar em
reas novas, ter flexibilidade para atuar em reas interdisciplinares. Neste aspecto, uma
formao generalista de especial importncia. Quanto mais especializado for um engenheiro,
mais difcil ser sua adaptao s mudanas na engenharia e, mais restritas ser seu campo
de atuao.
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4.1 Perfil do Egresso, Habilidades e Competncias
Conforme o Artigo 30 da Resoluo do CNE/CES n 11/2002 o egresso de um curso de
Engenharia deve possuir uma formao generalista, humanista, crtica e reflexiva, estando
capacitado a desenvolver novas tecnologias, atuar de forma crtica na resoluo de
problemas, considerando aspectos polticos, econmicos, sociais, ambientais e culturais, com
viso tica e humanstica, em atendimento s demandas da sociedade.
De acordo com o pargrafo 40 da mesma resoluo, a formao do engenheiro deve
ser dotada de conhecimentos suficientes para o exerccio das seguintes competncias e
habilidades gerais:
Aplicar conhecimentos matemticos, cientficos, tecnolgicos e instrumentais
engenharia;
Projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados;
Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos;
Planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e servios de engenharia;
Identificar, formular e resolver problemas de engenharia e propor solues;
Desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e tcnicas;
Supervisionar a operao e a manuteno de sistemas;
Avaliar criticamente a operao e a manuteno de sistemas;
Comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e grfica;
Atuar em equipes multidisciplinares;
Compreender e aplicar a tica e responsabilidade profissionais;
Avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e ambiental;
Avaliar a viabilidade econmica de projetos de engenharia;
Assumir a postura de permanente busca de atualizao profissional.
Enfim, o projeto pedaggico do curso deve garantir ao egresso e instituio diretrizes
mnimas favorveis para aliar o programa formativo profissional funo social da instituio
universitria, legitimando-a como agente promotor do desenvolvimento social, econmico e
cultural da sua regio de insero e do pas. O currculo est estruturado programaticamente
para assegurar, atravs das suas aes pedaggicas, a formao de profissionais com base
no desenvolvimento de condutas e atitudes com responsabilidade tcnica e social, tendo
resguardado os princpios estabelecidos nas diretrizes curriculares nacionais (Resoluo
CNE/CES 11/2002):
I. Uso tecnolgico racional, integrado e sustentvel do ambiente
II. Emprego de raciocnio reflexivo, crtico e criativo e
III. Atendimento s expectativas humanas e sociais no exerccio de atividades profissionais.
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O curso dever ainda conferir habilidades e competncias ao profissional para:
Conhecer e compreender os fatores de produo e combin-los com eficincia tcnica e
econmica
Projetar e conduzir pesquisas, e interpretar e difundir os resultados
Utilizar e desenvolver novas tecnologias (inovao tecnolgica)
Gerenciar, operar e manter sistemas e processos
Conhecer e atuar em mercados do complexo agroindustrial
Compreender e atuar na organizao e gerenciamento empresarial e comunitrio
Atuar com esprito e aes empreendedoras
Atuar em atividades docentes no ensino superior e
Conhecer, interagir e influenciar nos processos decisrios de agentes e instituies, na
gesto de polticas setoriais do seu campo de atuao.
4.2 Prtica Profissional
A definio do campo de atuao do Engenheiro Eletricista est amparada em
instrumentos formais em vigor que regulamentam o exerccio profissional dos Engenheiros. O
pargrafo seguinte, transcrito da Resoluo n 1.010, de 22 de agosto de 2005 do CONFEA
(Captulo II das atribuies para o desempenho de atividades no mbito das
competncias profissionais, Art. 50), especifica as atividades inerentes ao exerccio
profissional dos Engenheiros:
Para efeito de fiscalizao do exerccio profissional dos diplomados no mbito das
profisses inseridas no Sistema CONFEA/CREA, em todos os seus respectivos nveis de
formao, ficam designadas as seguintes atividades, que podero ser atribudas de forma
integral ou parcial, em seu conjunto ou separadamente, observadas as disposies gerais e
limitaes estabelecidas nos artigos 7, 8, 9, 10 e 11 e seus 37 pargrafos, desta
Resoluo:
Atividade 01 Gesto, superviso, coordenao, orientao tcnica
Atividade 02 Coleta de dados, estudo, planejamento, projeto, especificao
Atividade 03 Estudo de viabilidade tcnico, econmica e ambiental
Atividade 04 Assistncia, assessoria, consultoria
Atividade 05 Direo de obra ou servio tcnico
Atividade 06 Vistoria, percia, avaliao, monitoramento, laudo, parecer tcnico, auditoria,
arbitragem
Atividade 07 Desempenho de cargo ou funo tcnica
Atividade 08 Treinamento, ensino, pesquisa, desenvolvimento, anlise, experimentao,
ensaio, divulgao tcnica, extenso
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Atividade 09 Elaborao de oramento
Atividade 10 Padronizao, mensurao, controle de qualidade
Atividade 11 Execuo de obra ou servio tcnico
Atividade 12 Fiscalizao de obra ou servio tcnico
Atividade 13 Produo tcnica e especializada
Atividade 14 Conduo de servio tcnico
Atividade 15 Conduo de equipe de instalao, montagem, operao, reparo ou manuteno
Atividade 16 Execuo de instalao, montagem, operao, reparo ou manuteno
Atividade 17 Operao, manuteno de equipamento ou instalao e
Atividade 18 Execuo de desenho tcnico.
4.3 Atribuies de acordo com o Ministrio do Trabalho e Emprego
(http://consulta.mte.gov.br/empregador/cbo/procuracbo/conteudo/tabela3.asp?gg=0&sg=2&gb=3)
Descrio
Os trabalhadores deste grupo de base realizam estudos e pesquisas, elaboram projetos e assessoram em problemas de engenharia eltrica e eletrnica. Suas funes consistem em: executar e dirigir estudos e projetos de engenharia eltrica e eletrnica, para construo, montagem ou manuteno de instalaes, aparelhos e equipamentos; elaborar e executar projetos de sistemas de produo e distribuio de energia eltrica; planejar e implantar sistemas de telecomunicaes; executar e dirigir projetos de montagem e manuteno de instalaes de vdeo e udio.
Tabela de Ocupaes
N da CBO: 0-23.05 Ttulo: Engenheiro eletricista, em geral
Descrio resumida: Elabora e dirige estudos e projetos de engenharia eltrica, estudando caractersticas e especificaes e preparando plantas, tcnicas de execuo e recursos necessrios, para possibilitar e orientar as fases de construo, instalao, funcionamento, manuteno e reparao de instalaes, aparelhos e equipamentos eltricos, dentro dos padres tcnicos exigidos:
Descrio detalhada: estuda as condies requeridas para o funcionamento das
TRABALHADORES DAS PROFISSES CIENTFICAS, TCNICAS, ARTSTICAS E TRABALHADORES ASSEMELHADOS
ENGENHEIROS, ARQUITETOS E TRABALHADORES ASSEMELHADOS
Engenheiros eletricistas e engenheiros eletrnicos
http://consulta.mte.gov.br/empregador/cbo/procuracbo/conteudo/tabela3.asp?gg=0&sg=2&gb=3
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instalaes de produo e distribuio de energia eltrica, da maquinaria e aparelhos eltricos de uso industrial e domstico e de outros implementos eltricos, analisando-as e decidindo as caractersticas dos mesmos, para determinar tipo e custo dos projetos; executa trabalhos de pesquisa e desenvolvimento, realizando estudos pertinentes para orientar a direo da empresa ou seus clientes na soluo de problemas de engenharia eltrica; projeta instalaes e equipamentos, preparando desenhos e especificaes e indicando os materiais a serem usados e os mtodos de fabricao, para determinar dimenses, volume, forma e demais caractersticas; faz estimativa dos custos de mo de obra, dos materiais e de outros fatores relacionados com os processos de fabricao, instalao, funcionamento e manuteno ou reparao, para assegurar os recursos necessrios execuo do projeto; supervisiona as tarefas executadas pelos trabalhadores envolvidos no processo, acompanhando as etapas de instalao, manuteno e reparao do equipamento eltrico, inspecionando os trabalhos acabados e prestando assistncia tcnica, para assegurar a observncia das especificaes de qualidade e segurana; estuda, prope ou determina modificaes no projeto ou nas instalaes e equipamentos em operao, analisando problemas ocorridos na fabricao, falhas operacionais ou necessidade de aperfeioamento tecnolgico, para assegurar o melhor rendimento e segurana dos equipamentos e instalaes eltricas. Pode operar um microcomputador no sistema CAD/CAM, executando desenhos e grficos.
N da CBO: 0-23.10 Ttulo: Engenheiro eletrnico, em geral
Descrio resumida: Elabora, executa e dirige projetos de engenharia eletrnica, estudando caractersticas e especificaes e preparando plantas, tcnicas de execuo e recursos necessrios, para possibilitar e orientar a construo, montagem, funcionamento, manuteno e reparao de instalaes, aparelhos e equipamentos eletrnicos e assegurar os padres tcnicos exigidos:
Descrio detalhada: estuda as condies requeridas para o funcionamento das instalaes de rdio, televiso e radar e de comunicaes, dos dispositivos de controle, comandos e outros aparelhos eletrnicos, analisando as caractersticas e finalidades propostas para os mesmos, para estabelecer as etapas e tarefas de pesquisa e desenvolvimento do projeto; projeta as instalaes e equipamentos eletrnicos, desenhando o conjunto e as diferentes partes para determinar dimenses, volume, forma e demais caractersticas; planeja e faz a diviso das instalaes em sistemas, componentes e peas, detalhando-os por meio de esquemas, planos, desenhos e outros recursos grficos, para facilitar a compreenso e execuo do projeto; esclarece as dificuldades do projeto ou aspectos relacionados com outros campos de conhecimento, consultando engenheiros eletricistas, engenheiros mecnicos, engenheiros civis, fsicos, desenhistas, calculistas, literatura tcnica e outras fontes, para possibilitar um seguro dimensionamento do projeto; supervisiona as tarefas executadas por desenhistas, maquetistas, projetistas e trabalhadores assemelhados, distribuindo, coordenando e orientando as atividades dos mesmos, para assegurar o desenvolvimento correto do projeto original; prepara previses detalhadas das necessidades de fabricao, montagem, funcionamento e reparao das instalaes e equipamentos, determinando e calculando materiais, seus respectivos custos e mo de obra, para estabelecer os recursos indispensveis execuo do projeto; acompanha as diferentes fases da produo e montagem, prestando assistncia e esclarecimentos tcnicos, para assegurar a observncia s caractersticas e prazos propostos; supervisiona os trabalhos de operao, conservao e reparao das instalaes e equipamentos eletrnicos, fiscalizando-os e orientando-os, para comprovar e garantir a observncia s especificaes tcnicas e normas de segurana; estuda e prope ou determina modificaes no
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projeto ou nas instalaes e equipamentos em operao, analisando problemas ocorridos na fabricao, falhas operacionais ou necessidades de aperfeioamento tecnolgico, para conseguir melhor rendimento e segurana dos equipamentos e instalaes.
N da CBO: 0-23.20 Ttulo: Engenheiro eletricista (produo de energia)
Descrio resumida: Elabora, executa e dirige projetos de sistemas de produo de energia eltrica, verificando os trabalhos a serem executados, os mtodos a serem empregados, o prazo de execuo e a disponibilidade de recursos materiais, humanos e financeiros, para atender s necessidades de instalao e operao dos equipamentos geradores de energia:
Descrio detalhada: desempenha tarefas similares s que realiza o engenheiro eletricista, em geral (0-23.05), porm especializado em instalaes de produo de energia eltrica.
N da CBO: 0-23.30 Ttulo: Engenheiro eletricista (distribuio de energia)
Descrio resumida: Elabora, executa e dirige projetos relativos ao transporte e distribuio de energia eltrica, estudando caractersticas, preparando programas e mtodos de trabalho e determinando recursos necessrios, para possibilitar a construo, montagem, manuteno e reparo das instalaes e equipamentos eltricos para os mencionados fins:
Descrio detalhada: desempenha tarefas similares s que realiza o engenheiro eletricista, em geral (0-23.05), porm especializado em instalaes e equipamentos para o transporte e distribuio de energia eltrica.
N da CBO: 0-23.35 Ttulo: Engenheiro de manuteno (eletricidade e eletrnica)
Descrio resumida: Elabora, executa e dirige projetos de manuteno eltrica e eletrnica, estudando caractersticas e preparando planos, mtodos de trabalho, recursos necessrios e outros dados requeridos, com base em especificaes tcnicas, para garantir o funcionamento de instalaes, aparelhos e equipamentos eltricos e eletrnicos, dentro dos padres tcnicos exigidos:
Descrio detalhada: desempenha tarefas similares s que realizam o engenheiro eletricista, em geral (0-23.05), e o engenheiro eletrnico, em geral (0-23.10), porm especializado em trabalhos de manuteno de sistemas e instalaes eltricas e eletrnicas.
N da CBO: 0-23.40 Ttulo: Engenheiro de telecomunicaes
Descrio resumida: Elabora, executa e dirige projetos de engenharia de telecomunicaes, estudando caractersticas, especificaes e preparando desenhos, mtodos de trabalho, recursos necessrios e outros dados requeridos, para possibilitar e orientar a construo, montagem, funcionamento, manuteno e reparao de instalaes e equipamentos de telecomunicaes:
Descrio detalhada: desempenha tarefas similares s que realiza o engenheiro eletrnico, em geral (0-23.10), porm especializado em equipamentos e instalaes de telecomunicaes.
N da CBO: 0-23.50 Ttulo: Engenheiro eletrnico (vdeo e udio)
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Descrio resumida: Elabora, executa e dirige projetos de engenharia eletrnica de vdeo e udio, estudando caractersticas e especificaes e preparando desenhos, mtodos de trabalho, recursos necessrios e outros dados requeridos, para possibilitar e orientar a construo, montagem, funcionamento, manuteno e reparo de instalaes e equipamentos de vdeo e udio:
Descrio detalhada: desempenha tarefas similares s que realiza o engenheiro eletrnico, em geral (0-23.10), porm especializado em instalaes e aparelhos de vdeo e udio.
N da CBO: 0-23.85 Ttulo: Tecnlogo em eletricidade e eletrnica
Descrio resumida: Elabora, executa e dirige projetos de manuteno e instalao eltrica e eletrnica, estudando caractersticas e preparando mtodos de trabalho, recursos necessrios e outros dados requeridos com base em especificaes tcnicas, para garantir o funcionamento de instalaes, aparelhos e equipamentos eltricos e eletrnicos, dentro dos padres exigidos:
Descrio detalhada: desempenha tarefas similares s que realiza o engenheiro eletricista, em geral (0-23.05), e o engenheiro eletrnico, em geral (0-23.10), porm executa projetos de alta tenso, subestaes e cabines primrias, orientando os servios dos tcnicos encarregados, para que os projetos e os servios sejam executados com segurana e perfeio; colabora nas instalaes eltricas de centrais telefnicas e aparelhagem de telecomunicaes, executando e interpretando desenhos tcnicos, elaborando croquis, para orientar os trabalhos dos encarregados na execuo das redes e subestaes; colabora na produo de aparelhos eletromecnicos, rdios, televisores e aparelhos de comunicao, por condutores e ondas, interpretando o desenho de circuitos eltricos, conhecendo os materiais e testando-os, para orientar o seu uso; supervisiona e orienta os trabalhos de instalaes eltricas, junto s empresas de radiodifuso e televiso, utilizando aparelhagem de som e imagem para que as apresentaes e o som sejam perfeitos.
N da CBO: 0-23.90 Ttulo: Outros engenheiros eletricistas e engenheiros eletrnicos
Descrio resumida: Incluem-se aqui os engenheiros eletricistas e eletrnicos no classificados nas anteriores epgrafes deste grupo de base, por exemplo, os que desempenham tarefas similares s que realizam o engenheiro eletricista, em geral (0-23.05) ou o engenheiro eletrnico, em geral (0-23.10), mas que so especializados em projetos, montagem e manuteno de instalaes e aparelhos, tais como calculadoras eletrnicas e mquinas eletrnicas de ordenao de dados, radar, dispositivos de sinalizao de controle automtico, equipamento de trao eltrica, aparelhos eletrodomsticos e outros aparelhos de comando eltrico e eletrnico.
4.3.1 Engenheiros eletricistas, eletrnicos e afins
Executam servios eltricos, eletrnicos e de telecomunicaes, analisando propostas
tcnicas, instalando, configurando e inspecionando sistemas e equipamentos, executando
testes e ensaios. Projetam, planejam e especificam sistemas e equipamentos eltricos,
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eletrnicos e de telecomunicaes e elaboram sua documentao tcnica; coordenam
empreendimentos e estudam processos eltricos, eletrnicos e de telecomunicaes.
2143-05 - Engenheiro eletricista - Engenheiro eltrico, Engenheiro eletrotcnico.
2143-10 - Engenheiro eletrnico.
2143-15 - Engenheiro eletricista de manuteno - Engenheiro de manuteno eltrica.
2143-20 - Engenheiro eletricista de projetos - Engenheiro de projetos eltricos,
Engenheiro eletrotcnico de projetos.
2143-25 - Engenheiro eletrnico de manuteno - Engenheiro de manuteno
eletrnica.
2143-30 - Engenheiro eletrnico de projetos - Engenheiro de projetos eletrnicos
2143-35 - Engenheiro de manuteno de telecomunicaes.
2143-40 - Engenheiro de telecomunicaes - Engenheiro de comutao, Engenheiro de
trfego telefnico, Engenheiro de transmisso.
2143-45 - Engenheiro projetista de telecomunicaes - Engenheiro de projetos de
telecomunicaes, Engenheiro de projetos de telefonia.
2143-50 - Engenheiro de redes de comunicao - Engenheiro de sistemas de
comunicao.
2143-55 - Engenheiro de controle e automao - Engenheiro de automao,
Engenheiro de controle, Engenheiro de instrumentao.
2143-60 - Tecnlogo em eletricidade - Engenheiro operacional em eletrotcnica.
2143-65 - Tecnlogo em eletrnica.
Condies gerais de exerccio
Trabalham em ramos de atividade econmica variados. Na rea industrial, encontram-se na
fabricao de mquinas, aparelhos e materiais eltricos e eletrnicos e de equipamentos de
telecomunicao. expressiva a presena desses engenheiros na atividade de servios de
apoio indstria, tais como empresas de manuteno, na gerao, distribuio e transmisso
de energia eltrica, gua e gs, e na construo civil. Trabalham em empresas pequenas,
mdias e grandes nas reas pblica e privada, como empregados ou prestadores de servios.
Suas atividades costumam se desenvolver em equipe multidisciplinar com superviso
ocasional. Em algumas atividades, podem estar submetidos a condies especiais de trabalho,
por exemplo, grandes alturas, altas temperaturas, rudo intenso, exposio a material txico,
alta tenso e radiao.
Formao e experincia
O exerccio profissional requer formao em uma das reas de Engenharia: eltrica, eletrnica
ou telecomunicaes ou curso de tecnlogo em uma das reas, com registro no CREA. O
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exerccio pleno das atividades ocorre, em mdia, com quatro anos de exerccio profissional. A
manuteno do emprego neste domnio requer de seus profissionais atualizao constante.
5. FUNCIONAMENTO
5.1 Regime Escolar e Integralizao do Curso
5.1.1 Regime Escolar
O Curso Engenharia Eltrica ser realizado em sistema de crditos semestrais.
5.1.2 Nmero de Vagas
O Curso Engenharia Eltrica oferecer 30 (trinta) vagas anuais com entrada no incio de
cada ano letivo.
5.1.3 Turnos de Funcionamento
O Curso Engenharia Eltrica funcionar no turno noturno de segunda-feira a sexta-feira
e no preferencialmente no turno matutino aos sbados, podendo em casos excepcionais ter
alguma disciplina ou atividade aos sbados no perodo vespertino. Alm de atividade
extraclasse que podero ser realizadas diuturnamente qualquer dia da semana.
5.1.4 Prazo para a Integralizao Curricular
O aluno do Curso Engenharia Eltrica prazo mnimo de 5 (cinco) anos e no mximo 10
(dez) anos para integralizar o curso.
6. METODOLOGIA
As prticas pedaggicas das disciplinas do curso podero usar as seguintes
metodologias:
Observao e arguio;
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Exerccios em sala e extraclasse;
Avaliao escrita;
Trabalhos individuais e em grupo;
Relatrios tcnicos;
Aulas prticas em Laboratrio;
Simulao atravs de softwares;
Seminrios;
Visitas Tcnicas.
Cada metodologia utilizada deve se pautar nas segu