Ct sam qde-agua-pescado
-
Upload
morgana-machado-machado -
Category
Documents
-
view
94 -
download
0
Transcript of Ct sam qde-agua-pescado
Aspectos da qualidade da água e do
pescado na aqüicultura
Suzana Sendacz
Principais tópicos
•Impactos antropogênicos nos ecossistemas aquáticos: causas e efeitos
•Aporte excessivo de nutrientes (N e P) em de viveiros, pesqueiros e tributários de represas de abastecimento
•Aqüicultura X deterioração da qualidade da água
•Conseqüências de elevadas cargas de N e P: florações de cianobactériasFatores ambientais que influenciam a formação de floraçõesProdução de toxinasConseqüências para a aqüicultura
•Cianobactérias água • Patógenos pescado}
Mineração
Transporte e navegação
Aqüicultura
Pesca
Turismo
Recreação
Usos industriais
Hidroeletrecidade
Abastecimento público
Agricultura Afeta o ambiente de acordo com a modalidade com a qual o cultivo é pratidado:
• Extensiva
• Semi-intensiva
• Intensiva
Problemas ambientais potencialmente associados aos cultivos aquáticos:
•Alteração da paisagem
•Deterioração da qualidade da água
•Impactos sobre a diversidade aquática
Impactos antropogênicos nos ecossistemas aquáticos
Von Sperling, 1996
A determinação da carga de nutrientes, principalmente nitrogênio e fósforo, é um elemento básico para a avaliação e a caracterização de impactos nos ambientes aquáticos, e uma das primeiras medidas na geração de subsídios para o controle do processo de eutrofização.
Aqüicultura X deterioração da qualidade da água
Adição de insumos – elevada carga de entrada
Sistema de cultivo é um grande produtor de resíduos
Grandes perdas de N e P para o ambiente
Degradação de habitats e biota
Corpos receptores: recebimento de uma carga constante resulta numa eutrofização acelerada
Parâmetros de qualidade da água, segundo a Resolução CONAMA 357/2005 (Conselho Nacional do Meio Ambiente)
cultivo natural ou intensivo de organismos aquáticosconsumo humano classe 2efluentes
Parâmetros ambiente lótico ambiente lênticoValores limites para efluentes
Fósforo Total (mg/L) ≤0,050
Nitrogênio Total ≤2,18 ≤1,27 ≤1,27 (mg/L)
Clorofila a ≤ 0,030 ≤ 0,030 ≤ 0,030(mg/ L)
≤0,050 ≤0,030
}
Pereira, 2008
0
0,3
0,6
0,9
Paraíso 8 Lagoas Ueda PisciculturaPeter
Onze
Nitrogênio (mg.l -1)
0
50
100
150
200
Paraíso 8 Lagoas Bettini Sta Clara Magic City
Fósforo (ug.l -1)
Parelheiros
Mogi
Biritiba
Balainho
Sendacz e colaboradores, 2005
Projeto Negowat : Pesqueiros
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 150
50
100
150
200
800
1000
Sistema ProdutorAlto Tietê
PesqueirosPesqueirosTributários
Alto Tietê CabeceirasGuarapiranga
Con
cent
raçõ
es d
e P
ug/L
2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 340
50
100
150
200
800
Con
cent
raçõ
es d
e P
ug/L
TributáriosTributáriosTributáriosTributários Sistema Sistema Sistema Sistema Produtor Produtor Produtor Produtor Alto TietêAlto TietêAlto TietêAlto Tietê
ImpactosImpactosImpactosImpactos PesqueirosPesqueirosPesqueirosPesqueirosPesqueirosPesqueirosPesqueirosPesqueirosImpactosImpactosImpactosImpactos
Guarapiranga Alto Tietê Cabeceiras
Conama 357/05
Nitrogênio Total ( mg.l -1)
0
0,65
1,3
1,95
2,6
3,25
3,9
4,55
Guarapiranga seca Tietê Cabeceiras secaGuarapiranga chuva Tietê Cabeceiras chuvaPesqueiros Guarapiranga seca Tributários Taiaçupeba chuvaPesqueiros Guarapiranga chuva Tributários Jundiaí chuvaImpactos Parelheiros chuva Impactos Balainho chvua
Pesqueiros Tietê Cabeceiras secaPesqueiros Tietê Cabeceiras chuvaPesqueiros Balainho chuva
Ca
rga
NT
kg.d
ia-1
0,0
0
100,0
0
200,0
0
300,0
0
400,0
0
500,0
0
600,0
0
700,0
0
800,0
0
Itaim
Parelheiros(Jaceguava)
Itaim
Caixa de dissipação
Embu-guaçu
Pesq. 8 Lagoas
Pesq. Haras Fish
Pesq. Ás de Ouros
Mata preservada
Agricultura 2
Ponte Nova jusante
Canal Biritiba-Jundiaí
Taiaçupeba jusante
Ponte Nova jusante
Canal Biritiba-Jundiaí
Taiaçupeba jusante
Balainho
Taiaçupeba MD
Rib. Vargem Grande
Canal Biritiba-Jundiaí
Eucalipto
Cogumelo
Agricultura
Pesq. Pousada da
Pesq. Bettini
Piscicultura Peter
Pesq. Sombra e Agua
Pesq. Onze
Guara
pira
nga s
eca
Tie
tê C
abeceira
s s
eca
Guara
pira
nga c
huva
Tie
tê C
abeceira
s c
huva
Pesqueiro
s G
uara
pira
nga s
eca
Trib
utá
rios T
aia
çupeba c
huva
Pesqueiro
s G
uara
pira
nga c
huva
Trib
utá
rios J
undia
í chuva
Impacto
s P
are
lheiro
s c
huva
Impacto
s Bala
inho c
hvu
aP
esqueiro
s T
ietê
Cabeceira
s s
eca
Pesqueiro
s T
ietê
Cabeceira
s c
huva
Pesqueiro
s B
ala
inho c
huva
Carga Fósforo kg.dia -1
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
Itaim
Parelheir
os(Ja
cegu
ava)
Itaim
Mata pr
eserv
ada
Agricu
ltura
2
Pesq. 8
Lagoa
sEE B
iritiba
Ponte
Nova j
usante
Balainh
oRib. V
argem G
rand
e
Eucalip
toCogu
meloAgri
cultu
raPes
q. Bett
ini
Piscicu
ltura
Pete
r
Pesq. S
ombra
e Agu
a Fre
sca
Pesq. O
nze
Guarapiranga seca Tietê Cabeceiras secaGuarapiranga chuva Tietê Cabeceiras chuvaImpactos Parelheiros chuva Tributários Taiaçupeba chuvaPesqueiros Guarapiranga seca Tributários Jundiaí chuvaPesqueiros Guarapiranga chuva Impactos Balainho chvua
Pesqueiros Tietê Cabeceiras secaPesqueiros Tietê Cabeceiras chuvaPesqueiros Balainho chuva
•razão entre a carga e a área da bacia de drenagem•representam a perda anual de nutrientes por unidade de área, sendo representados normalmente por Kg.Km-2.ano-1 ou kg.ha-1.ano-1
•o ambiente a ser monitorado é abordado como se fosse uma caixa-preta, ou seja, não se considera o comportamento interno para a avaliação da interferência de determinada atividade •dados de entrada e saída são determinados e os resultados indicam a influência da atividade sem detalhar os processos internos envolvidos
•este modelo é adequado para adoção de medidas mitigadoras
COEFICIENTES DE EXPORTAÇÃO
Eutrofizaçãoartificial
Mudanças na qualidade da água
Redução de OD Biodiversidade aquática
Morte extensiva de peixes
Perda de qualidades cênicas
Florações de microalgas e cianobactérias
•Aumento no custo do tratamento da águade abastecimento•Conseqüências relacionadas à saúde publica
Fatores que influenciam as florações•Carga de nutrientes•Tempo de retenção•Estratificação•Temperatura
MECANISMOS DE CORREÇÃO E PREVENÇÃO DE EUTROFIZAÇÃO
Existe uma série de técnicas que são geralmente utilizadaspara a minimização e prevenção dos efeitos da eutrofização
cultural. Em geral, estas metodologias envolvem os seguintes processos:
a) Diminuição e remoção da entrada de nitrogênio e fósforo
b) Aeração do hipolímnioc) Remoção periódica das macrófitas aquáticas
d) Remoção dos sedimentos do fundoe) Diminuição do tempo de residência
f) Isolamento químico do sedimento
Florações decianobactérias
Tsukamoto & Takahashi, 2007
Fatores ambientais que influenciam a formação de florações
Intensidade luminosa:•Tolerância a altas intensidades luminosas•Requerem pouca energia para a manutenção das funções celulares•As cianobactérias utilizam mais efetivamente a energia luminosa do que outras espécies fitoplanctônicas, pois fazem uso de outros pigmentos além da clorofila a
Aerótopos:
•Células com densidade < que a água•Capacidade de controlar a flutuabilidade•Mecanismos de ajuste à profundidade para maximizar o uso da radiação solar
Mycrocistis aeruginosa
Estabiblidade da população
•não sofrem impactos significativos devido à herbivoria: o consumo de cianobactérias é
evitado pelos predadores herbívoros, são nutricialmente inadequadas e produzem toxinas
•competição entre spp fitoplanctônicas: predação sobre outras algas favorece a manutenção
da floração de cianobactérias
Fosforo e Nitrogênio:
•Maior afinidade por P e N que outros organismos fotossintéticos
•Capacidade de armazenar fósforo
•Capacidade de fixar nitrogênio atmosférico
Mycrocistisaeruginosaapresenta a mais ampla distribuição
•Sant’Anna & Azevedo (2000): nos ambientes aquáticos brasileiros foram registradas 20 spp de cianobactérias potencialmente tóxicas
Anabaena é o gênero com >no. de spp potencialmente tóxicas
Grande aumento de ocorrência de Cylindrospermopsis raciborskii
Cianobactérias
Toxinas(cianotoxinas)
Consumo de alimentocontaminado
Ingestão de águaAtividades de recreação
Saúde humana
São produzidas e liberadas para o meio ambientedurante a decomposição da célula
neurotoxinas
hepatotoxinas
Rota intravenosa
Irrigação com água contaminada por toxinas: alface, batata e feijãoSuplementos alimentares à base de cianobactériasBioacumulação na cadeia trófica em peixes, moluscos e zooplâncton
Hepatotoxinas
Os gOs gOs gOs gêêêêneros de neros de neros de neros de cianobactcianobactcianobactcianobactéééériasriasriasrias Microcystis, Microcystis, Microcystis, Microcystis, Anabaena, Anabaena, Anabaena, Anabaena, NodulariaNodulariaNodulariaNodularia, , , , OscillatoriaOscillatoriaOscillatoriaOscillatoria, , , , Nostoc Nostoc Nostoc Nostoc e e e e CylindrospermopsisCylindrospermopsisCylindrospermopsisCylindrospermopsis ((((CarmichaelCarmichaelCarmichaelCarmichael, 1992) , 1992) , 1992) , 1992) produzem produzem produzem produzem hepatoxinashepatoxinashepatoxinashepatoxinas.
AAAAçãçãçãçãoooo mais lenta, causando a morte entre poucas mais lenta, causando a morte entre poucas mais lenta, causando a morte entre poucas mais lenta, causando a morte entre poucas horas e poucos dias, em decorrhoras e poucos dias, em decorrhoras e poucos dias, em decorrhoras e poucos dias, em decorrêêêência de ncia de ncia de ncia de hemorragia intrahemorragia intrahemorragia intrahemorragia intra----hephephephepáááática e choque tica e choque tica e choque tica e choque hipovolhipovolhipovolhipovolêêêêmicomicomicomico. . . . SSSSinainainainais observados, de acordo com is observados, de acordo com is observados, de acordo com is observados, de acordo com CarmichaelCarmichaelCarmichaelCarmichael & Schwartz,1984:& Schwartz,1984:& Schwartz,1984:& Schwartz,1984:prostraprostraprostraprostraçãçãçãção o o o anorexia anorexia anorexia anorexia vvvvôôôômitos mitos mitos mitos dor abdominal dor abdominal dor abdominal dor abdominal ddddiarriarriarriarrééééiaiaiaia
Estas toxinas são agora reconhecidas como potentes promotoras de tumores hepáticos (Falconer,1991). A ocorrência de espécies potencialmente produtoras dessas substâncias nos nossos ambientes aquáticos precisa ser melhor investigada e monitorada.
Neurotoxinas
produzidas por espproduzidas por espproduzidas por espproduzidas por espéééécies e cepas inclucies e cepas inclucies e cepas inclucies e cepas incluíííídas nos das nos das nos das nos ggggêêêêneros : neros : neros : neros : Anabaena ((((Carmichael etCarmichael etCarmichael etCarmichael et al.,al.,al.,al., 1990), 1990), 1990), 1990), Aphanizomenon ((((MahamoodMahamoodMahamoodMahamood & & & & CarmichaelCarmichaelCarmichaelCarmichael, 1986), , 1986), , 1986), , 1986), Oscillatoria ((((Sivonen etSivonen etSivonen etSivonen et al.,al.,al.,al., 1989), 1989), 1989), 1989), Trichodesmium ((((Hawser etHawser etHawser etHawser et al.,al.,al.,al., 1991) e 1991) e 1991) e 1991) e Cylindrospermopsis (Lagos (Lagos (Lagos (Lagos etetetet al., in al., in al., in al., in presspresspresspress). ). ). ). JJJJáááá ssssãããão conhecidas pelo menos cinco o conhecidas pelo menos cinco o conhecidas pelo menos cinco o conhecidas pelo menos cinco neurotoxinas produzidas a partir de espneurotoxinas produzidas a partir de espneurotoxinas produzidas a partir de espneurotoxinas produzidas a partir de espéééécies cies cies cies desses gdesses gdesses gdesses gêêêênerosnerosnerosneros.
Os sinais de envenenamento em animais Os sinais de envenenamento em animais Os sinais de envenenamento em animais Os sinais de envenenamento em animais selvagens e domselvagens e domselvagens e domselvagens e doméééésticos,sticos,sticos,sticos, incluem: incluem: incluem: incluem: desequildesequildesequildesequilííííbriobriobriobriofasciculafasciculafasciculafasciculaçãçãçãçãoooo muscularmuscularmuscularmuscularrespirarespirarespirarespiraçãçãçãção ofegante o ofegante o ofegante o ofegante convulsconvulsconvulsconvulsõõõões es es es mortemortemortemorte
Contaminações por toxinas de cianobactérias:
1988 – Bahia, 200 pessoas com gastroenterite, reservatório Itaparica, com morte de 80 crianças
1996 – Caruaru, PE, 130 pacientes renais crônicos intoxicados – quadro clínico de hepatotoxicose; 60 pacientes em tratamento de hemodiálise morreram. Microcistina e cilindrospermopsina ocorreram no sistema de purificação da água na clínica, e microcistinas, em amostras do sangue e fígado dos pacientes intoxicados (Azevedo, 1996).
Remoção de toxinas de cianobactérias:
•Técnicas de detecção e remoção não são ainda muito difundidas; o tratamento convencional (coagulação + filtração + desinfecção) remove parcialmente as toxinas quando se encontram dissolvidas na água
•Avaliação à exposição humana pelo consumo de água ainda é deficiente
•Produção de toxina varia de acordo com vários fatores (genética, estado fisiológico e variáveis ambientais); existem populações tóxicas e não tóxicas
Conseqüências para a Aqüicultura:
•Produto não poderia ser colhido sob densidades de cianobactérias que
ultrapassem limite legal da Classe 2
•Efluente não poderia ser lançado no corpo receptor
A densidade máxima admissível de cianobactérias é regulada através da Resolução CONAMA 357/2005 e da Portaria do Ministério da Saúde no. 518/2004
limite máximo admissível
Aqüicultura (classe 2) 50 mil células/mLCONAMA 357/2005
Saúde Pública (para produção 10 mil células/mL monito ramento da água brutade água potável 20 mil células/mL proibição do uso de algicidas,
Portaria do Ministério da p/ evitar liberação de to xinas Saúde no. 518/2004
Cianotoxinasmicrocistinas 1 ug/L água tratadacilindrospermopsinas 15 ug/L água tratadasaxitoxinas 3 ug/L água tratada
Portaria do Ministério da Saúde no. 518/2004
Tsukamoto & Takahashi, 2007
Cianobactérias X peixes
•Bioacumulação: toxina seria transferida através da cadeia alimentar
•OMS: ingestão diária tolerável (TDI) – 0,04 ug de toxina/kg de peso/dia
(Magalhães et al., 2001)
•Peixes: poucos dados sobre a transferência ao longo da cadeia alimentar;
microcistina se concentra nas vísceras e órgãos internos, concentrações
menores no músculo (Xie et al., 2005)
•Literatura atual é controversa
•Tomada de decisões de ordem sanitária sobre o manejo do pescado
Microcistinas X carpa prateadaSheila Bueno Giordano, 2007
Objetivo: analisar a incorporação de microcistina por peixesCarpa prateada: peixe fitoplanctófago, potencial regulador de florações de algas
introduzido no Brasil em 1980Xie & Liu, 2001: eliminaram florações em cercados depois de 10 a 20 diasgrande eficácia na redução de colonias de cianobactérias
•Interpretação dos resultados obtidos é complexa, pois altas concentrações de cianobactériasnão estão diretamente relacionadas a altas concentrações de microcistinas;•Diferentes cepas de cianobactérias podem produzir diferentes concentrações de toxinas •peixes carnívoros apresentaram concentrações + elevadas de microcistina do que peixes fitoplanctófagos•Magalhães e colaboradores, 2001: toxinas continuaram a ser detectadas no músculo e fígado de Tilapia rendali mesmo após o declínio da floração de Microscystis aeruginosa
Tanques-rede
Agravante: insumos alimentares são lançados no próprio reservatório
•Alta taxa de sedimentação de resíduos sob as gaiolas•Deposição de restos de alimento e fezes nas imediações de tanques rede•Acúmulo de materia orgânica e nutrientes •Liberação de N e P para a água•Elevada demanda de oxigênio•Redução de OD, ambiente anóxico•Intenso aporte de N e P acarreta proliferação de algas nas redondezas
Tanques-rede potencializam os problemas enfrentados pela aqüicultura, tais como:Deterioração da qualidade da águaDisseminação de doençasAtração de predadoresIntrodução de espécies não nativas
Capacidade de suporte
Objetivos: estabelecer a biomassa máxima de uma dada população suportável na área,considerando, segundo Beveridge (2004):
•entrada de nutrientes
•dimensão do sistema
•tempo de residência da água
•taxa de sedimentação dos nutrientes
Em cultivos intensivos, a capacidade de suporte (ou a biomassa máxima de peixes) que o sistema pode sustentar é fortemente excedida
Tanques escavados
Possibilidade de tratamento do efluente com a finalidade de reter parte dos nutrientes
•Biofiltros ou wetlands artificias
•Tanques de decantação
Sipaúba-Tavares e colaboradores (2002): utilização de macrófitas aquáticas flutuantes para absorver nutrientes
•Técnicas de Boas Práticas de Manejo (Boyd & Queiroz, 2001)
Atividades de manejo necessárias para diminuir o potencial de poluição e melhorar a qualidade da água através de :
• controle da entrada de N e P: adequação da quantidade e qualidade da ração fornecida
• controle do tempo de retenção da água
Tratamento de efluentes de carcinicultura por macrófitas aquáticas flutuantes
Gustavo Gonzaga Henry-SilvaI; Antonio Fernando Monteiro CamargoII
Pesque-pague
0,0000,0300,0600,0900,1200,1500,1800,2100,2400,2700,3000,3300,3600,390
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29
fee-fishing ponds
mg/L
winter summer
0,000
0,030
0,060
0,090
0,120
0,150
0,180
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29
fee-fishing
mg/
L
winter summer
A
B
Mercante e colaboradores, 2004A – Fósforo B – clorofila a
A toxina microcistina foi detectada em 47% dos pesqueiros (Honda e colaboradores, 2006)
Avaliação da qualidade sanitária e ocorrência de patógenos de interesse em saúde pública (Morita e colaboradores, 2006a e 2006b):
•8 spp de Aeromonas•1/3 dos pesqueiros coliformes fecais acima do recomendado pela Resolução CONAMA 20/86
•Salmonella ausência é condição obrigatória para peixes in natura
•elevado no. de propriedades apresentou coliformes fecais e Salmonella produtos em desacordo com a legislação, peixes com baixa qualidade higiênica e sanitária, impróprios para o consumo humano.
(Sant’Anna e colaboradores, 2006)
RECOMENDAÇÕES PARA O APRIMORAMENTO DA ATIVIDADE
•Controle da entrada de N e P
•Desenvolvimento de estratégias para controlar a floração de cianobactérias, que afeta diretamente a sobrevivência e a sanidade dos animais e a qualidade da água do efluente.
Referências bibliográficas
Agostinho, A.A.; Gomes, L.C. & Pelicice, F.M. 2007 Ecologia e Manejo em Recursos pesqueiros em reservatórios do Brasil.Maringá: Eduem. 501p.Azevedo, S.M.F.O. 1998 Toxinas de Cianobactérias : Causas e conseqüências para a Saúde Pública. Med on line, Rio de Janeiro, 1:1-16. Brandão, L.H & Domingos, P. 2006 Fatores ambientais para a floração de cianobactérias tóxicas. Saúde e Ambiente em Revista, 1(2):40-50.Carmichael, W.W. 1992 Cyanobacteria secondary metabolites – the cyanotoxins. J.Applied Bacteriol., 72:445-459 Falconer, I.R. 1991 Tumor promotion and liver injury caused by oral consumption of cyanobacteria. Environmental Toxicology and Water Quality Journal 6:177-184FUNASA 2003 Cianobactérais tóxicas na água para consumo humano na Saúde Pública e processos de remoção em água para consumo humano.Brasília. Ministério da Saúde: Fundação Nacional de Saúde 56p. Giordano, S.B. 2007 Estudos sobre a incorporação de microcistinas de cianobactérias em carpa prateada –Hypophthalmichthyes molitrix. Dissertação de Mestrado, FURG Henry-Silva, G.G. & Camargo, A.F.M. 2008 Tratamento de efluentes de carcinicultura por macrófitas aquáticas flutuantes. Revista Brasileira de Zootecnia, Honda, R.Y.; Mercante, C.T.J.; Vieira, J.M.S.; Esteves, K.E.; Cabianca, M.A.A. & Azevedo, M.T.P. 2006Cianotoxinas em pesqueiros na Região Metropolitana de São Paulo. In: Esteves, K.E. & Sant’Anna, C.L. (orgs). Pesqueiros sob uma visão integrada de meio ambiente, saúde pública e manejo. Um estudo na Região Metropolitana de São Paulo. São Carlos: RiMa. p. 105-120.Magalhães, V.F; Soares, R.M. & Azevedo, S. M. 2001 MCYST contamination in fish from Jacarepaguá Lagoon (Rio de Janeiro, Brazil): ecological implication and human health risk. Toxicon 39:1077-1085.
Mercante, C.T.J.; Cabianca, M.A.; Silva, D.; Costa, S.V. & Esteves, K.E. 2004 Water quality in fee-fishing ponds located in the metropolitan region of São Paulo city, Brazil: an analysis of the eutrophication process. Acta Limnologica Brasiliensia, 16(1):95-102Morita, M.; Matté, G.R.; Dropa, M.; Marques-Azevedo, V. & Matté, M.H. 2006a Ocorrência de bactérias do gênero Aeromonas em pesqueiros e aspectos da doença para o homem e peixes. In: Esteves, K.E. & Sant’Anna, C.L. (orgs). Pesqueiros sob uma visão integrada de meio ambiente, saúde pública e manejo. Um estudo na Região Metropolitana de São Paulo. São Carlos: RiMa. p. 77-90.Morita, M.; Matté, G.R.; Dropa, M.; Marques-Azevedo, V. & Matté, M.H. 2006b Utilização de indicadores bacterianos e a pesquisa de Salmonella spp na avaliação da qualidade sanitária de águas de pesqueiros. In Esteves, K.E. &Sant’Anna, C.L. (orgs). Pesqueiros sob uma visão integrada de meio ambiente, saúde pública e manejo. Um estudo na Região Metropolitana de São Paulo. São Carlos: RiMa. p. 91-104Pereira, J.S. 2008 Avaliação do impacto de piscicultura sobre o corpo receptor. Dissertação de Mestrado. Instituto de Pesca. 56 p. Sant’Anna, C.L. & Azevedo, M.T.P. 2000 Contribution for the knowledge of potentially toxic cyanobacteria from Brazil. Nova Hedwigia, 71(3-4): 359-385.Sant’Anna, C.L.; Gentil, R.C. & Silva, D. 2006 Comunidade fitoplanctônica de pesqueiros da Região Metropolitana de são Paulo. In Esteves, K.E. & Sant’Anna, C.L. (orgs). Pesqueiros sob uma visão integrada de meio ambiente, saúde pública e manejo. Um estudo na Região Metropolitana de São Paulo. São Carlos: RiMa. p. 49-62.Sipaúba-Tavares, L.H.; Fávero, E.G.B. & Braga, F.M.S. 2002 Utilization of macrophyte biofilter in effluent from aquaculture. Brazilian Journal of biology, 62(3):12-15.
.
Sendacz, S.; Monteiro Jr., A.J.; Mercante, C.T. & Menezes, L.C.B. 2005 Cargas de nutrientes (Nitrogênio e Fósforo) na bacia do Alto Tietê (Cabeceiras e Guarapiranga). no Sistema Produtor alto Tietê, São Paulo. Relatório Projeto Negowat. 13 p.Starling, F.L.R.M. 1998 Development of biomanipulation strategies for the remediation of eutrophication problems in a n urban reservoir, Lago Paranoá, Brazil. Tese de Ph.D., University of Stirling, Scotland, 225 p. Tsukamoto, R.Y. & Takahashi, N.S. 2007 Cianobactérias + civilização = problemas para a saúde, a aqüicultura e a Natureza. Panorama da Aqüicultura, setembro/outubro 2007: 24-33Tundisi, J.T. 2005 Água no século XXI. Enfrentando a escassez. São Paulo: RiMa, IIE, 2. ed. 248p.Von Sperling, M. 1996 Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. DESA-UFMG.Xie P. & Liu, J.K. 2001 Practical success of biomanipulation using filter-feeding fish to control cyanobacteria blooms: a synthesis of decades of research and application in a subtropical hypereutrophic lake. The Scientific World 1:337-356.