Crit Rios de Corre o Das Reda Es e Das Quest Es Tipo d

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1 CRITÉRIOS ADOTADOS NA AVALIAÇÃO DE ASPECTOS MICROESTRUTURAIS DAS REDAÇÕES E DAS QUESTÕES DO TIPO D DO 2.º VESTIBULAR DE 2012 DA UNB Neste documento, são apresentados os critérios de avaliação de aspectos microestruturais da prova de redação e de questões do tipo D do 2.º Vestibular de 2012 da Universidade de Brasília UnB. Não serão tratados neste documento os aspectos macroestruturais do texto, como adequação ao gênero ou tipo textual, atendimento às características tipológicas e desenvolvimento de conteúdo. Não se pretende que este documento contemple todos os aspectos formais dos textos, mas que abranja procedimentos gerais que requerem padronização de critérios de avaliação. A) Procedimentos gerais de avaliação A prova objetiva e a proposta de produção de texto são analisadas pela banca de avaliadores antes da avaliação, para que haja uma visão do conjunto e seja observado se, no desenvolvimento do texto pelo candidato, há cópia de trechos de textos que constem da prova objetiva e da prova de redação. A banca de avaliação de aspectos formais de produções textuais (microestrutura), responsável pelos recursos relativos aos textos por ela corrigidos, considera as orientações a seguir. Qualquer extensão de texto escrito nas linhas é considerada para efeito de cálculo do número de linhas efetivamente escritas. Observação: marcações inadequadas de parágrafo; desrespeito às margens e rasuras são aspectos apenados. A linha integralmente riscada pelo candidato não é computada como efetivamente escrita. Observação: linha riscada em que haja palavra(s) ou parte de palavra é computada como efetivamente escrita. Nenhuma extensão de texto escrita fora do espaço reservado à transcrição do texto definitivo é considerada na avaliação. A presença de título no texto não é apenada, a não ser que haja determinação contrária expressa em comando da prova. A linha em que o título for escrito é contada para todos os efeitos, incluindo-se o de apenação, caso haja erro identificado como efetivamente escrita. Não é apenado o emprego de letras maiúsculas ainda que todas no título; a apenação restringe-

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    CRITRIOS ADOTADOS NA AVALIAO DE ASPECTOS MICROESTRUTURAIS DAS

    REDAES E DAS QUESTES DO TIPO D DO 2. VESTIBULAR DE 2012 DA UNB

    Neste documento, so apresentados os critrios de avaliao de aspectos microestruturais da

    prova de redao e de questes do tipo D do 2. Vestibular de 2012 da Universidade de Braslia

    UnB. No sero tratados neste documento os aspectos macroestruturais do texto, como adequao ao

    gnero ou tipo textual, atendimento s caractersticas tipolgicas e desenvolvimento de contedo.

    No se pretende que este documento contemple todos os aspectos formais dos textos, mas que

    abranja procedimentos gerais que requerem padronizao de critrios de avaliao.

    A) Procedimentos gerais de avaliao

    A prova objetiva e a proposta de produo de texto so analisadas pela banca de avaliadores

    antes da avaliao, para que haja uma viso do conjunto e seja observado se, no desenvolvimento do

    texto pelo candidato, h cpia de trechos de textos que constem da prova objetiva e da prova de

    redao.

    A banca de avaliao de aspectos formais de produes textuais (microestrutura), responsvel

    pelos recursos relativos aos textos por ela corrigidos, considera as orientaes a seguir.

    Qualquer extenso de texto escrito nas linhas considerada para efeito de clculo do nmero de

    linhas efetivamente escritas.

    Observao: marcaes inadequadas de pargrafo; desrespeito s margens e rasuras so

    aspectos apenados.

    A linha integralmente riscada pelo candidato no computada como efetivamente escrita.

    Observao: linha riscada em que haja palavra(s) ou parte de palavra computada como

    efetivamente escrita.

    Nenhuma extenso de texto escrita fora do espao reservado transcrio do texto definitivo

    considerada na avaliao.

    A presena de ttulo no texto no apenada, a no ser que haja determinao contrria expressa

    em comando da prova. A linha em que o ttulo for escrito contada para todos os efeitos,

    incluindo-se o de apenao, caso haja erro identificado como efetivamente escrita. No

    apenado o emprego de letras maisculas ainda que todas no ttulo; a apenao restringe-

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    se a emprego de minscula na primeira palavra do ttulo e/ou a emprego aleatrio de

    maisculas e minsculas.

    O quesito identificao do candidato se explcito na planilha de avaliao assinalado

    quando houver, no texto, assinatura, rubrica ou qualquer outra forma de identificao. Os

    nomes utilizados em determinada situao hipottica no comando da questo no so

    classificados como identificao, porm qualquer outro termo adicional a esse nome assim

    considerado.

    Comumente, nas propostas de questo discursiva e nas redaes, espera-se a elaborao de

    texto objetivo, referencial, que esteja de acordo com a variante padro da lngua portuguesa.

    Atenta-se, portanto, para os usos descritos e abonados por gramticos de referncia da lngua

    portuguesa.

    B) Aspectos avaliados

    Os tpicos de microestrutura avaliados em questo discursiva ou em redao esto expressos na

    planilha de avaliao. Os destaques por aspectos gramaticais objetivam tornar clara a identificao do

    erro pelos avaliadores, na avaliao dos textos, e pelos avaliandos, na fase dos recursos.

    A planilha de avaliao dos aspectos microestruturais utilizados no 2. Vestibular de 2012 da

    UnB apresenta a seguinte estrutura:

    Critrios de correo dos aspectos microestruturais

    O trabalho da banca examinadora desenvolve-se com base em critrios de avaliao que

    seguem a descrio, os ensinamentos, as orientaes, as determinaes e/ou as codificaes expressas

    em obras de referncias acerca de aspectos gramaticais e/ou lexicais da lngua portuguesa, tais como

    gramticas, dicionrios e/ou obras de sistematizao da grafia entre as ltimas, cita-se o

    Vocabulrio Ortogrfico da Lngua Portuguesa (VOLP).

    1. Grafia/acentuao grfica

    Parmetros de avaliao: gramticas de referncia, dicionrios da lngua e VOLP, incluindo-se as

    possibilidades aceitas na variante padro da lngua.

    Grafia/acentuao grfica

    Morfossintaxe/pontuao

    Propriedade vocabular

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    Na avaliao dos textos, a banca obedece ao que dispe o pargrafo nico do art. 2. do

    Decreto n. 6.583/2008, que promulgou o novo acordo ortogrfico da lngua portuguesa, a

    seguir transcrito: A implementao do Acordo obedecer ao perodo de transio de 1. de

    janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012, durante o qual coexistiro a norma ortogrfica em

    vigor e a nova norma estabelecida.

    Se algum erro de grafia ou de acentuao se repete no texto elaborado pelo candidato, ainda

    que no radical de palavras derivadas (consincia e consientizao, por exemplo), marca-se

    um nico erro, preferencialmente, em sua primeira ocorrncia.

    A identificao dos erros de grafia e acentuao depende, muitas vezes, da legibilidade, por

    isso o examinador tenta esgotar as possibilidades de decifrao da letra manuscrita e/ou do

    sinal grfico empregado no texto, o que feito por meio da utilizao de recursos

    tecnolgicos disponveis no sistema de correo do CESPE/UnB. Em caso de rasura que

    impea a discriminao das letras na leitura, ou de grafia que gere dvida, computa-se erro.

    No so apenados elementos que digam respeito ao talhe da letra do avaliando, ou seja, que

    demonstrem falha no desenho da letra, tal como um i aberto, com pingo deslocado, ou um

    acento deslocado para o final da palavra, ou, mesmo, colocado prximo a espao da linha

    superior, assim como a ausncia de pingo nas letras i e jota.

    considerado correto o uso:

    de siglas ainda que no tenham sido explicitadas anteriormente por extenso grafadas

    com letras maisculas: ONU, OAB; ou apenas com a inicial maiscula, no caso de serem

    pronunciadas como uma palavra: Petrobras, Prodasen1. Caso essas palavras sejam

    grafadas em maisculas (PETROBRAS, PRODASEN etc.), tal grafia tambm

    considerada correta.

    Obs.: aceito o plural de siglas com acrscimo de s minsculo ao final: CPIs; CPFs etc.

    de maisculas que indicam a singularizao dos nomes, tais como leis aprovadas pelo

    Congresso Nacional (Lei de Responsabilidade Fiscal, Estatuto do Idoso etc.); termos que

    representem altos conceitos polticos: Estado (no sentido de Nao), Unio, Constituio,

    Ministrio Pblico, Poder Executivo, Legislativo e Judicirio, Ministrio da Fazenda (ou

    qualquer outro); os nomes das regies brasileiras: Nordeste, Sudeste, Norte, Sul; nomes de

    rgos: Assembleia Legislativa do Estado do Piau, Cmara Municipal de Formosa etc.

    1 Conferir Antnio Houaiss. Elementos de bibliologia. So Paulo: Hucitec; Braslia: INL, Fundao Pr-Memria, 1983.

    Reimpresso fac-similar.

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    Obs.: as palavras/expresses Constituio, Estado(s), Municpio(s), Administrao Pblica,

    Fazenda Pblica, Cmara Municipal, Assembleia Legislativa, em sentido geral, tanto podem

    ser grafadas com iniciais maisculas, como esto na Constituio e(ou) na legislao

    infraconstitucional, quanto com letras iniciais minsculas.

    de abreviaturas em pronomes de tratamento e em referncias a leis ou artigos: Sr., art.,

    inc., sendo, entretanto, apenado o emprego de abreviaes como p/; vc; tb; pq; ta; n etc.

    de acento da vogal tnica se esta fizer parte da abreviatura: pg. (pgina).

    Neologismos e palavras de outros idiomas devem estar registrados com marca formal

    como aspas ou sublinhado , sendo apenada a ausncia dessa marca.

    No apenado o emprego de letras maisculas (BRASIL, por exemplo), em determinado

    vocbulo, se tal emprego evoca, em determinado contexto, registro de nfase, por parte do

    avaliando.

    Na translineao, a separao de slabas deve seguir as regras da gramtica 2.

    Obs.: desde que as regras de separao silbica tenham sido cumpridas, no so apenados os

    seguintes casos: (i) uma nica vogal deixada em uma das linhas; (ii) formao, por efeito da

    translineao, de palavras estranhas ao contexto (por exemplo: des -/ peito).

    Obs.: apenada ausncia de marca de translineao, assim como a colocao de hfen no incio

    da linha, se se trata de marca nica de translineao. No so considerados erros de translineao

    os espaos deixados ao final da linha. Em se tratando de palavra simples, o emprego de dois

    hifens um ao final da linha e o outro no incio da seguinte no apenado. Em se tratando

    de palavra composta, o emprego de hfen apenas ao final da linha no apenado.

    Os erros referentes a emprego (ou omisso) de acento grave, em locues ou em contexto que

    envolva regncia, so registrados como erros de acentuao grfica. Considera-se erro de

    acentuao grfica, tambm, o emprego equivocado (ou ausncia) dos acentos diferenciais

    de certas formas verbais, como tm, vm, contm/contm etc.

    2 Conferir Evanildo Bechara. Moderna gramtica portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 1999; e Celso Cunha e

    Lus F. Lindley Cintra. Nova gramtica do portugus contemporneo. 5. ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008.

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    2. Morfossintaxe/pontuao

    1 Pontuao

    Parmetros de avaliao: casos previstos nas gramticas de referncia, incluindo-se os

    facultativos.

    A obedincia s regras de pontuao tem por finalidade a organizao dos termos na orao e

    das oraes no perodo; por isso, apenado o emprego de sinais de pontuao no incio de

    uma linha.

    No apenado o emprego da vrgula, se facultativo. Nas enumeraes, por exemplo,

    facultativo o emprego de vrgula antes de etc.

    No caso de o contexto sob anlise exigir a colocao de duas vrgulas e nenhuma delas tiver

    sido empregada no texto, assinala-se somente um erro, preferencialmente, na primeira

    omisso.

    Apena-se o emprego de vrgula ao final de uma declarao, como, por exemplo, no trecho a

    seguir: Os softwares utilizados para usufruir do voip, tambm evoluem de forma acelerada,

    os softwares possibilitam a utilizao de recursos de transmisso de voz (...). Nesse exemplo,

    alm do erro no emprego da vrgula aps voip, que separa os termos essenciais da orao,

    identifica-se erro no emprego da vrgula aps acelerada, termo que encerra uma

    declarao.

    No se apena a ausncia de vrgula nos seguintes casos:

    antes de trecho adverbial (adjunto ou orao, incluindo-se as reduzidas) em ordem

    cannica, ou seja, ao final da orao/perodo, a no ser que haja sequncia de elementos

    de natureza adverbial e/ou ambiguidade a ser sanada. Assim, considera-se correta a

    construo: Estes dois elementos foram o estopim para que a bomba da violncia

    explodisse no interior.

    em advrbios deslocados, a no ser que haja ambiguidade.

    Apena-se a ausncia de vrgula nos casos em que ela seja necessria para isolar locues ou

    expresses adverbiais longas (formadas por trs ou mais palavras) deslocadas para o incio da

    orao, ou intercaladas entre oraes e termos da orao nesse caso, o emprego de sinal de

    pontuao independe da estrutura morfossinttica do elemento adverbial. No caso das

    oraes adverbiais deslocadas, apena-se sempre a ausncia de vrgula, independentemente

    da extenso da orao; nas oraes intercaladas, sem vrgulas, assinala-se apenas um erro.

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    Avalia-se a pontuao nas referncias a artigos e leis. Se a ordem na referncia for crescente,

    no se usa a vrgula, como, por exemplo, em: inc. II do art. 29 da CF; entretanto, caso a

    ordem apresentada seja decrescente, como, por exemplo, em: art. 29, inc II, da CF, a vrgula

    obrigatria, pois inc. II considerado elemento apositivo de art. 29. Considera-se,

    nesse caso, a existncia de relao direta entre o artigo e a Constituio, no sendo possvel

    estabelecer a ligao entre o inciso e a Constituio, pois, nessa ltima hiptese, h a perda de

    significado e de coerncia lgica. comum, porm, os avaliandos se confundirem e

    escreverem art. 29, da CF, caso em que a pontuao apenada.

    Apena-se a ausncia de ponto final apenas se for recorrente no texto. Nesse caso, considera-

    se um nico erro, que marcado, preferencialmente, na primeira ocorrncia da omisso.

    Apena-se a ausncia de ponto final aps palavras abreviadas: etc.; id. (idem), Dr. (doutor).

    Observaes

    Apena-se a colocao de ponto em siglas.

    Quando coincidir com o ponto-final, o ponto abreviativo acumula a funo deste, por isso

    apenada a repetio: Foram convidados para o debate: polticos, professores, engenheiros

    etc..

    Apena-se o emprego do sinal de dois-pontos quando, na introduo de uma explicao, j

    houver elemento que desempenhe essa funo, como, por exemplo, uma conjuno:

    Nos grandes centros, as pessoas vivem amedrontadas porque: o trnsito assustador, a

    violncia aumenta a cada dia.

    O emprego indevido de aspas ou a ausncia do sinal quando seu emprego for necessrio so

    marcados como erro de pontuao (morfossintaxe). A abertura de aspas sem fechamento (ou

    vice-versa) marcada como um nico erro.

    2 Emprego e colocao de termos /construo do perodo

    Parmetros de avaliao: casos previstos nas gramticas de referncia relativamente variante

    padro da lngua portuguesa.

    No se apena a alternncia no emprego dos pronomes demonstrativos de 1. e de 2. pessoas

    (este/esse; isto/isso); entretanto, nas referncias a tempo e local, cobra-se o emprego

    especfico do pronome (neste sculo, para o sculo atual; neste continente, para a Amrica do

    Sul, por exemplo); apena-se, tambm, o emprego indevido do pronome demonstrativo em

    aluso discriminada a termos j mencionados: aquele, para o referido em primeiro lugar, e

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    este, para o que foi nomeado por ltimo (A Constituio e a lei ordinria regulam tal

    assunto, esta nos aspectos especficos, aquela nos gerais).

    Apena-se o emprego do demonstrativo mesmo no lugar de pronome substantivo: Depois de

    ler o questionrio, percebi que era preciso reelaborar o mesmo-. Depois de ler o

    questionrio, percebi que era preciso reelabor-lo.

    Apena-se o emprego do pronome relativo cujo que no expresse relao de posse, bem como

    o emprego indevido de outro pronome relativo no lugar de cujo:

    O relatrio cujo eu revisei ontem. / O relatrio que o contedo revisei ontem. O relatrio

    cujo contedo revisei ontem.

    Apena-se o emprego do pronome relativo onde em referncia a antecedente que no

    expresse a noo de lugar: O uso do sistema de informaes est se fazendo presente por uma

    questo de estratgia onde servir para otimizar...

    Apena-se o emprego de verbo no gerndio para expressar futuro, quando no estiver em

    contexto de durao (gerundismo): Vou enviar/ Enviarei (vou estar enviando) o documento. /

    As agncias de viagem anunciam que tomaro (vo estar tomando) as devidas providncias

    para que os passageiros possam chegar a seus destinos com tranquilidade.

    Apena-se o descumprimento das normas de colocao pronominal nos seguintes casos:

    incio de perodo: (Me) informaram-me que haveria reunio naquela semana.

    contextos de oraes subordinadas com conjunes ou pronomes relativos: preciso que as

    pessoas se preparem(-se) para as novas exigncias do mercado de trabalho./ O contexto em

    que se encontra(-se).

    verbo antecedido por palavra de sentido negativo (no, ningum, nunca etc.): No se fez (-se).

    locuo verbal formada de particpio: Tenho lhe dito(-lhe).

    verbos no futuro do presente ou do pretrito: Considerar-se-iam / Considerariam(-se)

    corretos os procedimentos que estiverem de acordo com a lei.

    Obs.: no se apena, nas locues verbais, a colocao do pronome tono entre o verbo auxiliar e

    o principal, ainda que haja fator de atrao: Devia lhe falar; No queria lhe dizer.

    Apenam-se as construes ambguas do tipo: praticar o crime do artigo n...., solicitar

    danos morais etc.

    Apena-se a colocao de sujeito em construo impessoal com tratar-se de: Essa situao

    trata-se de um caso complexo.

    Apena-se a falta de paralelismo sinttico-semntico: (...) quando chega uma alegria e ao

    mesmo tempo tristeza, no podemos deixar o sonho apagar.

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    Obs.: no se apena a falta de paralelismo no emprego das conjunes alternativas: (...) seja por

    meio de pedido formal, ou por meio de solicitao informal.

    Em caso de perodos truncados ou com sequncia de oraes intercaladas sem a orao

    principal, marca-se a incorreo na linha em que se inicia o perodo.

    3 Concordncia nominal e verbal

    Parmetros de avaliao: casos previstos nas gramticas de referncia bem como os aceitos na

    variante padro.

    Apena-se o emprego do

    plural nos verbos impessoais fazer (em sentido de tempo) e haver (em sentido de

    existir):

    Fazia(m) muitos meses.

    Havia(m) muitos estudantes na manifestao.

    plural em verbos seguidos de preposio, em construo impessoal com o pronome se:

    Trata(m)-se dos melhores profissionais.

    Precisa(m)-se de empregados.

    Apela(m)-se para todos.

    plural quando o sujeito for composto pela expresso cada um de seguida de nome no

    plural:

    Cada um dos processos tem (tm) respaldo legal distinto.

    singular nos verbos existir, bastar, faltar, restar, sobrar com sujeito no plural:

    Faltam (Falta) professores para o ensino mdio.

    plural em relao a uma unidade:

    A obra custar R$1,25 bilho (bilhes).

    Ganhou R$1,87 milho (milhes).

    plural quando o sujeito coletivo estiver junto ao verbo e no vier especificado:

    O grupo veio (vieram) muito tarde.

    Apena-se a ausncia de concordncia entre o verbo transitivo direto com o pronome

    apassivador se e o sujeito: Buscam (Busca)-se novas formas de gerncia.

    Apena-se a ausncia de concordncia, em gnero e nmero, no emprego de particpios

    antecipados: Vistos (Visto) os ndices... / Dadas (Dado) as suas ideias...

    Apena-se o uso do infinitivo flexionado nas locues verbais: Os alunos devem serem

    estudiosos.

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    4 Regncia nominal e verbal

    Parmetros de avaliao: casos previstos nas gramticas de referncia e nos dicionrios de

    regncia, bem como os aceitos na variante padro.

    Apena-se construo com pronome relativo (que, o qual, os quais etc.) na qual se verifique

    desrespeito s regras de regncia verbal:

    O documento que fiz referncia no processo de grande importncia. O documento a que

    fiz referncia no processo de grande importncia.

    Apena-se o emprego do pronome lhe como objeto direto:

    Ns o (lhe) convidamos.

    Apena-se o emprego do pronome o como objeto indireto:

    A posio lhe (o) traz desconforto.

    Apena-se o emprego do pronome se com passiva analtica:

    Sempre (se) cobrado o pedgio.

    No se apena o emprego, com regncia transitiva direta, dos verbos visar, lembrar/esquecer,

    obedecer/desobedecer, assistir (presenciar), dado o registro de uso j consagrado nos

    dicionrios de regncia verbal (cf. Francisco Fernandes, Dicionrio de verbos e regimes, Ed.

    Globo, 1983).

    ATENO: os erros de morfossintaxe (pontuao; emprego e colocao de termos/construo

    do perodo; concordncia nominal e verbal; regncia nominal e verbal), em princpio, so

    apenados quantas vezes ocorrerem no texto. Entretanto, nas repeties literais (o mesmo verbo,

    por exemplo, com a mesma regncia), marca-se apenas um erro, preferencialmente, na primeira

    ocorrncia.

    O emprego de palavras repetidas marcado como um nico erro de morfossintaxe:

    Isso seria o mesmo, por exemplo, que a luta luta de irmos.

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    3. Propriedade vocabular

    Parmetros de avaliao: gramticas de referncia e dicionrios da lngua.

    Considera-se erro nesse aspecto:

    o estabelecimento de dilogo com o leitor (uso da funo apelativa da linguagem):

    No se impressione com as aparncias.

    o emprego de palavras repetidas de forma viciosa no mesmo pargrafo (considera-se

    apenas um erro, na primeira repetio).

    o emprego indevido de parnimos:

    O presidente avocou (evocou) a si a deciso sobre o projeto.

    O servidor autuou (atuou) o processo.

    Enquanto esperavam, ele deferiu (diferiu) o pedido com muita rapidez.

    Depois dos cumprimentos (comprimentos), ele iniciou a palestra.

    o emprego inadequado de uma expresso por outra:

    a cerca de/acerca de/h cerca de;

    a fim de/afim;

    medida que/na medida em que;

    ao encontro de/de encontro a;

    ao invs de (ao contrrio de)/em vez de (substituio);

    a princpio/em princpio/por princpio

    onde/aonde/donde;

    tampouco/to pouco;

    sob/sobre.

    o uso de expresses no dicionarizadas:

    de formas que (Dic. Houaiss: de forma que/a);

    demais disso;

    eis que (para introduzir orao causal);

    face de (Dicionrios Aurlio e Houaiss: em face de/ face de/face a);

    frente a (Dicionrios Aurlio e Houaiss: em frente de, no sentido de em face de);

    inobstante;

    lado outro;

    no que pertine (verbo inexistente);

    no que atine (verbo inexistente);

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    vez que (Dicionrios Aurlio e Houaiss: uma vez que).

    o uso de expresses coloquiais (em textos formais):

    arrebentar a boca do balo;

    bola da vez;

    estar a mil;

    estar com a corda toda.

    No se apena

    o emprego da expresso posto que com sentido causal;

    o emprego de adjetivo por advrbio (como independente por independentemente).

    Obs.: apenado o uso de figura de linguagem que comprometa a clareza do texto, provoque

    ambiguidade ou gere incoerncia.