Crise na grécia

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CRISE NA GRÉCIA

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CRISE NA GRÉCIA

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Entenda melhor a crise na Grécia A crise financeira da Grécia, país de apenas 11 milhões de habitantes, pode

ter profundas implicações para a economia mundial e a União Europeia. Há temores de que um agravamento da crise leve a um eventual calote da

dívida grega e que países como Portugal, Itália, Espanha e Irlanda acabem entrando pelo mesmo caminho.

Investidores observam com preocupação os cenários previstos por especialistas, como o de vários países sendo forçados a cortar drasticamente os seus gastos públicos e elevando taxas de juros para poder pagar suas dívidas, ou o de países deixando a chamada zona do euro e provocando uma dissolução da União Europeia.

Outro temor é com as perdas dos bancos que emprestaram dinheiro a esses países, perdas que podem levar a uma nova crise de crédito.

Esses temores se intensificaram no dia 23 de abril, quando a Grécia pediu formalmente ajuda financeira à União Europeia e ao Fundo Monetário Internacional para tirar o país de sua crise de débito.

O país está pedindo até 45 bilhões de euros em empréstimos de emergência aos países da zona do euro e ao FMI neste ano, mas existe a preocupação de o acordo não ser fechado e se vai ser necessária mais ajuda.

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Para honras seus compromissos, a Grécia deve receber, ao longo de três anos, um pacote de cerca de 110 bilhões de euros (aproximadamente US$ 143 bilhões), que inclui a participação de países da zona do euro e do FMI.

Entretanto, para conseguir esse empréstimo, o governo grego precisará cortar gastos e aumentar impostos -medidas previstas em um pacote de austeridade aprovado pelo parlamento do país.

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Por que a Grécia está nessa situação? A Grécia gastou bem mais do que podia na última década, pedindo

empréstimos pesados e deixando sua economia refém da crescente dívida.

Nesse período, os gastos públicos foram às alturas e os salários do funcionalismo praticamente dobraram. Enquanto os cofres públicos eram esvaziados pelo gastos a receita era atingida pela alta evasão de impostos, prática generalizada no país.

A Grécia estava completamente despreparada quando chegou a crise global de crédito.O deficit no orçamento, ou seja, a diferença entre o que o país gasta e o que arrecada, foi, em 2009, de 13,6% do PIB, um dos índices mais altos da Europa e quatro vezes acima do tamanho permitido pelas regras da chamada zona do euro.

Sua dívida está em torno de 300 bilhões de euros (o equivalente a US$ 400 bilhões ou R$ 700 bilhões). e parte desse montante - cerca de US$ 12,5 bi - vence no dia 19 de maio.

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Por que a situação causa tanta preocupação fora da Grécia? Todo mundo na zona do euro - e qualquer um que negocie com a

zona do euro - é afetado por causa do impacto da crise grega sobre a moeda comum europeia.

Teme-se que os problemas da Grécia nos mercados financeiros internacionais provoquem um efeito dominó, derrubando outros membros da zona do euro cujas economias estão enfraquecidas, como Portugal, Irlanda, Itália e Espanha. Todos eles enfrentam desafios para reequilibrar suas contas.

Em março passado, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou a classificação de Portugal de AA para AA-.Questões sobre o alto nível das dívidas na Europa foram levantadas em vários países.

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Ajuda; Depois de a crise ameaçar atingir outros países da

Europa, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeiao ofereceram à Grécia um pacote de ajuda 110 bilhões de euros (cerca de US$ 146 bilhões).

O governo se comprometeu a adotar medidas em contrapartida à ajuda. Entre as ações estão o congelamento de salários dos servidores públicos até 2013, o aumento de impostos, o corte no planos de aposentadoria, o fim de vários benefícios e a flexibilização das leis trabalhistas.

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O que a Grécia está fazendo quanto a isso?

A Grécia apresentou planos para cortar seu deficit para 8,7% em 2010, e para menos de 3% até 2012.Para alcançar isso, o Parlamento grego aprovou um pacote de medidas de austeridade para economizar 4,8 bilhões de euros.

O governo quer congelar os salários do setor público e aumentar os impostos, e ainda anunciou o aumento do preço da gasolina.

O governo ainda pretende aumentar a idade para a aposentadoria em uma tentativa de economizar dinheiro no sistema de pensões, já sobrecarregado.

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Como essas medidas foram recebidas na Grécia? De maneira nem um pouco positiva. Houve uma série

de protestos no país, alguns violentos. Várias greves atingiram escolas e hospitais e praticamente paralisaram o transporte público.

Muitos servidores públicos acreditam que a crise foi criada por forças externas, como especuladores internacionais e banqueiros da Europa central.

Os dois maiores sindicatos do país classificaram as medidas de austeridade como "anti-populares" e "bárbaras".

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O que acontece agora? A União Europeia afirmou que a primeira parcela do

pacote de empréstimo será paga antes do dia 19 de maio - data que vence parte da dívida grega. No total, cerca de 30 bilhões de euros (R$ 70 bi).

Em teoria, os fundos do pacote de ajuda da UE e do FMI e o pagamento de parte da dívida deveria proporcionar uma queda nos custos de empréstimo do governo e o euro deveria voltar a se fortalecer, depois de ter sofrido queda nas últimas semanas por causa do medo de a Grécia não conseguir pagar suas dívidas.

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A Grécia poderia simplesmente abandonar o euro? Operadores de câmbio já demonstraram medo de que

alguns países com grandes déficits no orçamento - como a Grécia, Espanha e Portugal - possam se sentir tentados a abandonar o euro.

Ao deixar a moeda comum, o país poderia permitir a desvalorização de sua moeda e, assim, melhorar sua competitividade.

Mas isso também causaria grandes rupturas nos mercados financeiros, provocando o medo entre os investidores de que outros países adotassem a mesma estratégia, potencialmente levando ao fim da união monetária.

Mas a União Europeia já demonstrou que quer manter a zona do euro unida e descartou a ideia de que países iriam abandonar a moeda.

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Como a situação da Grécia se compara a de outros países? A Grécia não é o único país da zona do euro a violar a

regra que afirma que o deficit orçamentário não deve ultrapassar 3% do PIB do país.

Na Grã-Bretanha, que não está na zona do euro, esse deficit chega a 13% do PIB. Na Espanha ele chega a 11,2%, na Irlanda a 14,3% e na Itália a 5,3%.

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Crise na Grécia faz bolsa de NY ter maiores perdas desde 2009 O índice Dow Jones chegou a operar em queda de mais de

9% ao longo do dia e fechou o pregão em queda de 3,2%. A Nasdaq também encerrou o dia no negativo, com perda de 3,44%.

A mesma tendência foi seguida mais cedo nas bolsas europeias. Em Londres, o índice FTSE 100 fechou o dia em baixa de 1,52%, enquanto na França o CAC 40 registrou perdas de 2,20%. Na Alemanha, a baixa foi menos acentuada e o DAX encerrou em -0,84%.

No Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acumulou perdas de mais 6% durante o dia, mas se recuperou ao fim do pregão e encerrou esta quinta-feira em baixa de 2,31%.

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Segundo o editor de negócios da BBC Robert Preston, o pânico no mercado foi precipitado por um “medo dos efeitos da crise na Grécia e em outros países europeus no sistema financeiro global”.

Analistas afirmam que as quedas refletem as incertezas do mercado sobre a capacidade da Grécia de pagar suas dívidas e também de que a crise grega possa se espalhar para outros países europeus, como Portugal e Espanha – que também tiveram a classificação de suas dívidas rebaixadas.

Os líderes europeus esperavam que o anúncio do pacote de 110 bilhões de euros prometido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelos países da zona do euro pudesse restaurar a confiança dos investidores.

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2010; O objetivo para este ano é reduzir o défice público em

40 %.

O Banco da Grécia anunciou que o défice orçamental do estado foi de 11.450 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, tendo o ministro das Finanças concluído que, com esta redução, o défice orçamental representava no primeiro semestre 4,9 por cento do PIB.

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Alunos: Carla Taís

Fabiana

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Larissa L.

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Thaís

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