Crescendo com o Rio - Secovi Rio

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Crescendo com o Rio

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Jubileu de Platina

Criada em 26 de setembro de 1942, a entidade, que representa o segmento de comér-

cio e serviços imobiliários em todo o território fluminense, tem mostrado a seus represen-

tados ao longo de sete décadas por que se tornou referência.

Pautado nos valores da tradição e da modernidade, o Secovi Rio quer ir além e pro-

porcionar mais benefícios. É nossa prioridade contribuir para o desenvolvimento do setor,

prestando serviços e levando informações importantes. Para tanto, estamos atentos à evo-

lução do mercado imobiliário, atuando nas esferas governamental, jurídica e de serviços.

Ao longo desses 70 anos, oferecemos cursos, palestras, seminários e treinamentos,

sempre com o objetivo de capacitar profissionais do setor, não apenas na Região Metro-

politana, como também no interior fluminense, por meio de nove unidades regionais.

A parceria com administradoras e síndicos faz do Secovi Rio uma instituição que ajuda a

promover o desenvolvimento econômico e a qualidade de vida. Dessa forma, o Sindicato

destaca-se como um dos agentes de transformação da sociedade brasileira.

Nosso compromisso para as próximas décadas é prosseguir com este trabalho que tem

como meta o fortalecimento do setor imobiliário e de condomínios. Mas esse desafio só

se tornará realidade se contarmos com o apoio e a participação de todos vocês.

Pedro Wähmann

EDITORAPublit Soluções Editoriais

COORDENAÇÃO EDITORIALGabriela Javier/ Publit Soluções Editoriais

PROJETO GRÁFICO, CAPA E DIAGRAMAÇÃOVinicius Dias / Publit Soluções Editoriais

TRATAMENTO DE IMAGENSPublit Soluções Editoriais

FOTO CAPAMark Turcan/Shutterstock

FOTO FOLHA DE ROSTOMark Schwettmann/Shutterstock

PESQUISAMariana Amaral/Astro Conteúdo

PESQUISA HISTÓRICARafael Alonso

TEXTOMarina Kezen/Publit Soluções Editoriais

Mariana Amaral/Astro Conteúdo

REVISÃOAlessandro Thomé

Clarisse Cintra

IMPRESSÃOPublit Soluções Editoriais

Foto: Celso Pupo/Shutterstock

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SECOVI RIO:como tudo começou

O ano era 1942, e, em 27 de maio, nascia a Associação Profissional das Empre-

sas de Compra, Venda e Locação de Imóveis – entidade que daria origem ao atual

Sindicato de Habitação. Era o início da profissionalização do setor de serviços

no país, um momento na história do Brasil que se refletiu em ações tão distintas

quanto a criação do Senac, do extinto Dasp e de uma série de organizações preo-

cupadas em coordenar interesses profissionais de grupos que exerciam atividades

correlatas. A Associação Profissional das Empresas de Compra, Venda e Locação

de Imóveis foi um primeiro passo em direção à organização do setor de imóveis,

mas só atuou sob esse nome e formato por alguns meses, pois se transformou,

no dia 26 de setembro do mesmo ano, com a expedição da Carta Sindical, em

uma verdadeira entidade sindical. Era o nascimento do Secovi Rio.

Batizada, na época, de Secovi RJ, a organização surgia dentro de um eferves-

cente contexto sindical, com o importante objetivo de defender os interesses

do segmento de comércio e serviços imobiliários. Em sete décadas, o Secovi

Rio atravessou uma série de períodos históricos marcantes – da Segunda Guerra

Mundial ao regime militar brasileiro – e enfrentou diversos cenários econômicos,

desde conjunturas inflacionárias até momentos de intensas reivindicações traba-

lhistas. E em todos os períodos, a atuação do Sindicato baseou-se em dois pilares:

o aprimoramento da gestão de condomínios e a preocupação com o problema

habitacional, com enfoque social.

Desde a sua fundação, o Secovi Rio jamais dissociou a sua posição da realida-

de socioeconômica do país. Muito pelo contrário. Historicamente, o desempe-

nho do Sindicato da Habitação sempre teve em vista a realidade vivida por signi-

ficativas parcelas dos trabalhadores brasileiros. Tanto que, para melhor entender

o ensejo que fomentou a criação do Sindicato da Habitação, é preciso olhar para

trás e relembrar o contexto político do Brasil na década de 1940, principalmente

no universo trabalhista.

Foto: Mark Schwettmann/Shutterstock

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Uma história de empregados e empregadores através dos séculos

Um momento de grandes avanços nas políticas sociais e econômicas, bem como

de expressivo apoio à industrialização, os anos 1940 são marcados por desdobra-

mentos significativos nas esferas do comércio e de serviços. Nesse período, os mais

diversos segmentos começaram a se articular, dando origem a um movimento de or-

ganização profissional e empresarial da sociedade brasileira. Pautados na ideia de que

a representação sindical seria um fator fundamental para o reconhecimento político

de uma determinada categoria, essas entidades passaram a promover a articulação in-

terna e externa dos segmentos que representavam, reunindo informações primordiais

para o melhor desempenho de cada atividade e dando forma e encaminhamento às

questões e demandas dos mais variados setores.

O boom do movimento sindical, por sua vez, tem suas raízes em períodos históri-

cos diferentes, sendo assim necessário voltar alguns séculos na linha do tempo para,

enfim, compreender o contexto que fomentou a inauguração do Secovi Rio. Para

traçar um histórico das entidades sindicais, é preciso retomar a ascensão do sistema

capitalista nos idos do Estado Moderno, regime em que o poder público constitui

a suprema autoridade. Para se assegurar no poder,

o monarca precisava atender não só aos interesses

da nobreza feudal, como também aos de um novo

grupo que começava a ganhar destaque no todo

social – a burguesia. É um momento da história em

que se pode apontar o início do movimento de as-

sociação de classes.

Em meados do século XII, a divisão dos artesões

em grupos profissionais reconhecidos pela autorida-

de local já era um fato recorrente em diversos cen-

tros urbanos. Chamadas de corporações de artes e

ofícios, essas organizações serviam para fiscalizar

os produtos fabricados, punir delitos relacionados à

atividade profissional e proteger aqueles que faziam

parte dessa classe em caso de doença ou dificul-

dades financeiras. Cada corporação era regida de

acordo com um conjunto de regras condizentes ao

exercício das respectivas profissões, e o lucro não

era permitido.

Em conjunto, essas corporações tinham força

para combater imposições feudais e, assim, defen-

der os interesses das profissões que agregavam.

Com o passar do tempo, criou-se uma hierarquia

econômica dentro de cada uma dessas corpora-

ções, visto que a produção doméstica de manu-

fatura já não atendia mais à demanda gerada

pela consolidação do mercantilismo. A eco-

nomia feudal já lançava sinais de falência, às

custas dos ideais que iam contra o lucro e a

usura, e as feiras e mercados cresciam cada

vez mais. Nesse contexto e tendo tais fatores

em vista, é fácil concluir que a formação das

corporações de ofício está intrinsecamente

ligada ao nascimento de um sistema em que

o crédito ganhava importância. Era o advento

da economia capitalista e de uma lógica que

se originava da classe que detinha os meios

de produção e, desse modo, fomentava a ne-

cessidade de um mercado consumidor.

É a partir desse cenário que empregados

e empregadores sentem a necessidade de se

associarem, para que, juntos, possam nego-

ciar suas condições de trabalho. Posto isto,

podemos avançar um pouco mais na linha do

tempo, para o período em que o movimen-

to sindical começava, de fato, a dar as caras.

Na Europa, a Revolução Industrial aumentou

exponencialmente a produção de bens de

consumo, acelerando o processo de feitura

e a quantidade de produtos oferecidos. Isso

movimentou a economia de tal modo que

grupos de operários resolveram juntar-se em

sociedade, nas famosas Trade Unions. Essas

organizações representavam as mais diversas

classes operárias e buscavam assegurar a seus

membros os devidos direitos.

Na mudança do século XVIII para o XIX, o

enfraquecimento dos Estados Absolutistas fez

com que os ideais liberais ganhassem cada

vez mais espaço na sociedade. A burguesia

conquistava, passo a passo, o cenário econô-

mico e reivindicava com veemência sua parti-

cipação política. Muitos operários começaram

a se organizar em sindicatos, e foi formada a

primeira Organização Internacional dos Traba-

lhadores. Nesse contexto, é importante frisar

que as lutas dos trabalhadores foram funda-

mentais para que fossem concedidas melho-

rias para a classe.

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Enquanto isso, em terras tropicais, a então capi-

tal do Brasil também passava por um processo de

desenvolvimento e mudanças. Nos primórdios da

ocupação da cidade, idos do século XVII, os visi-

tantes que passavam por ela já deixavam a impres-

são de que o cenário, cheio de belezas naturais,

era um importante diferencial. Desde a chegada

dos primeiros colonizadores portugueses, logo se-

guidos por outros de nacionalidade distintas, a re-

gião que viria a tornar-se a cidade de São Sebastião

do Rio de Janeiro estava destinada a constituir-se

como um dos polos centrais do Atlântico Sul.

A excelente localização para uma possível ci-

dade, a ser fundada no interior da Baía de Gua-

nabara, despontava como objeto de cobiça no

contexto da expansão atlântica europeia, em

marcha desde o século XV. Um dos marcos des-

se processo de conquista da centralidade foi a

necessidade de garantir o território sob o domí-

nio português quando os navegantes da França

pretenderam se instalar definitivamente na re-

gião. O acirrado conflito com os franceses obri-

gou os portugueses à colonização e ocupação

consistente da área. Diante do projeto colonial

francês no Rio de Janeiro – denominado Fran-

ça Antártica –, os portugueses perceberam que,

se quisessem garantir a posse da porção sul de

seus domínios na América, precisavam primeiro

garantir a posse daquela baía tão bem protegida

– quase uma fortaleza natural.

Por muitos séculos, a extensão da cidade se

limitava a uma área entre quatro morros fortifi-

cados situados a poucos metros das margens da

Baía de Guanabara: Morro do Castelo (berço da

cidade, destruído em 1922), Morro de São Bento,

Morro de Santo Antônio e Morro da Conceição.

A comunicação da cidade com os outros polos

que cresciam no entorno da baía se dava por via

da faixa litorânea entre os morros de São Bento

e do Castelo, lugar onde também aconteciam as

trocas comerciais da cidade. Mas rapidamente a

cidade se tornaria um centro mercantil de grande

importância no Atlântico Sul, tendo um papel cru-

cial no comércio triangular que envolvia a costa

de Angola e Portugal, além de ser ponto de abas-

tecimento para os navios que se dirigiam ao Rio

da Prata, em Buenos Aires.

O marco mais importante no que se refere à

dinâmica de relações da cidade, no entanto, foi a

descoberta dos grandes filões de ouro na região

de Minas Gerais, por volta de 1700. Foi o acon-

tecimento na história da América Portuguesa

que teve repercussões diretas no processo que

levaria à independência do Brasil e que mudaria

definitivamente o eixo econômico do território

brasileiro de Norte para Sul. A transferência da

capital para o Rio, em 1763, apenas consagrou

um processo que já havia se efetuado na primei-

ra metade do século XVIII.

A elevação da cidade à condição de capital

do país se deu por conta da preocupação por-

tuguesa em arrecadar mais para a Coroa, isto é,

fiscalizar de maneira mais efetiva a produção e o

escoamento de riquezas. Na tentativa de acom-

panhar as transformações pela qual a cidade pas-

sou a partir desse novo momento – o período do

vice-reinado (1763-1808) –, podemos destacar as

seguintes mudanças:

A invenção

do Rio

Foto: Steven Wright/Shutterstock

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• O porto da cidade seguiu se ex-

pandido em direção ao Saco de

SãoDiogo(CanaldoMangue),isto

é,emdireçãoàatualAvenidaRo-

driguesAlves.

• Ofluxodeimigrantesparaaregião

deMinas Gerais passou a contri-

buirparaomovimentonocentro

antigo da cidade através da Rua

Direita(atual1ºdeMarço)edoCais

dosMineiros.

• Projetou-seaRuadoPiolho(atual

FreiCaneca).

• Foi inaugurada a Rua das Belas

Noites(atualRuadasMarrecas).

• TambémoAterrodoPasseioPú-

blico,quepassouaseroprimeiro

espaçodelazerpúblicodacidade.

• FoiconstruídooAquedutodaLapa.

• Nessemomento,osextremosur-

banos da cidade ficavamdemar-

cados pelo Campo de Santana,

numaponta,eoOuteirodaGló-

ria,naoutra.

Tudo seguia orbitando o quadrilátero

onde se localizava a residência dos vice-

-reis, mais tarde rebatizado de Paço Impe-

rial, mas não havia dúvidas de que a cidade

se expandia para além dos seus marcos

originais. Nos arredores da área central de-

limitada pelos quatros morros que demar-

cavam a cidade, novos bairros ganhavam

contorno, na esteira do desmembramento

das antigas sesmarias, chácaras e fazendas,

como, por exemplo, a região da Glória.

Por essa via – Glória, Catete, Flamengo,

Botafogo –, gradativamente a cidade se

expandiria para o que seria futuramente a

sua reluzente Zona Sul. Em sentido oposto,

nos arredores do Campo de Santana, em

direção ao Norte, a cidade incorporaria a

chamada Cidade Nova na direção da Tijuca

e arredores. As tentativas iniciais para ins-

taurar na cidade um sistema de transporte

público remontavam aos primeiros ôni-

bus puxados por mulas, que, em 1837, se

dirigiam a regiões ainda afastadas, porém

emergentes, como Botafogo, Laranjeiras e

São Cristóvão.

Em 1856, foi fundada a bem-sucedida

Companhia Ferro-Carril do Jardim Botâni-

co (mais tarde rebatizada Botanical Gar-

densRailwayCompany). A primeira com-

panhia de bondes da cidade iniciou suas

operações com uma linha entre o centro

da cidade e o bairro da Glória (para logo

alcançar Botafogo) e se consolidou como

o caminho de expansão da cidade em di-

reção à sua Zona Sul. No que viria a ser a

Zona Norte da cidade, o aumento da ocu-

pação residencial também esteve atrelado

à construção de uma linha de bonde de

tração animal na década de 1870. Também

nas últimas décadas do século XIX, a Tiju-

ca se transformaria, de um retiro bucólico de ar

aristocrático, repleto de grandes chácaras de al-

gumas figuras importantes do período imperial,

em um bairro residencial consolidado.

A década de 1890 assistiria a uma nova etapa

no desenvolvimento urbano, fruto da eletrifica-

ção de trechos operados pelas diversas compa-

nhias de transporte. Nesse momento, uma das

grandes preocupações de investidores e go-

vernantes da cidade era a obtenção de fontes

seguras para o abastecimento da crescente de-

manda por eletricidade no Rio. Pioneiramente, o

Barão de Mauá havia inaugurado, em 1854, um

sistema de iluminação a gás em algumas partes

do centro da cidade, mas somente na virada do

século XIX para o XX a iluminação elétrica come-

çaria a ganhar espaço, por meio da iniciativa de

concessionários estrangeiros.

Na Zona Sul da cidade, o fim do século mar-

caria o “descobrimento” da região oceânica, das

maravilhosas praias que fazem parte da própria

essência da cidade do Rio de Janeiro. Em 1892,

a abertura de um túnel permitiu a chegada dos

bondes a Copacabana, e, em 1902, o bonde

chegaria oficialmente à área vizinha ao bairro,

viabilizando definitivamente o projeto imobiliário

de construção da Villa Ipanema.

Foto:Platslee / Shutterstock.com

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Modernização e transformação

Em termos de ocupação espacial da

cidade, a grande transformação estava

condicionada à implementação de um

sistema eficiente de transporte público.

Somente com uma oferta regular de

transporte novas regiões da cidade pode-

riam figurar como opções viáveis de mo-

radia para os cariocas de diferentes clas-

ses sociais. Portanto, a criação e posterior

ampliação e modernização das linhas de

trens suburbanos e bondes caminharam

paralelamente à própria expansão da ci-

dade do Rio de Janeiro para além dos sí-

tios originais da “cidade velha”.

Nessa era de grandes transformações

e deslocamentos, novas áreas atrairiam a

elite da capital: num primeiro momento

florescem regiões como Catete, Flamen-

go, Laranjeiras, Botafogo, na Zona Sul, e

Tijuca e Rio Comprido, na Zona Norte.

Mais tarde o movimento tomaria a dire-

ção das zonas oceânicas, até então lar-

gamente desabitadas, de Copacabana,

Ipanema e Leblon.

Cidade Maravilhosa

A república brasileira, que veio à luz em 1889, to-

mou como tarefa central nos primeiros anos do novo

século uma remodelação completa da sua capital. O

Rio de Janeiro, capital da República, deveria estar à

altura de um país que se modernizava, incrementava

suas rendas e perseguia os padrões europeus de cul-

tura e civilização que orientavam os homens da época.

O nome de Francisco Pereira Passos ficaria associa-

do a esse projeto grandioso de reformar de maneira

radical a cidade, abrindo-lhe as portas para a moder-

nidade e o século XX. Em dezembro de 1902, ele foi

nomeado prefeito pelo então presidente Rodrigues Al-

ves e perseguiu obstinadamente o objetivo moderniza-

dor, que englobava uma série de ações em diferentes

frentes: comportamentos e posturas, saúde e higiene

e reforma urbana. Era necessário, de acordo com os

valores desses dirigentes, que a cidade estivesse de

acordo e à altura dos novos tempos e rumos que se

projetavam no país. A construção da Avenida Central

(atual Rio Branco), concluída em 1906, grande marco

dessa época e do governo Pereira Passos, é o principal

exemplo desse tipo de consideração.

Estávamos diante do momento de criação da ideia

do Rio como Cidade Maravilhosa. Entre as muitas

obras dessa grande reforma destacavam-se: o início

da construção do Teatro Municipal (1905); a constru-

ção da Avenida Central (1906); as obras de construção

de um novo porto e uma moderna infraestrutura por-

tuária (ao longo da atual Avenida Rodrigues Alves) e as

melhorias no Canal do Mangue (1906); as melhorias e

o embelezamento do Campo de São Cristóvão (1906);

a inauguração da Avenida Beira-Mar e a construção da

Avenida Atlântica (1906); o aterramento das praias do

Foto: Nicku/Shutterstock

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Flamengo e de Botafogo (1906); a melhoria no

abastecimento de água para a capital e o alarga-

mento de diversas ruas da cidade. Ainda durante

a sua administração, foram liberadas verbas para

a construção da Biblioteca Nacional e para a

construção do novo edifício da Escola Nacional

de Belas Artes.

Em 1908, a grande Exposição Nacional em

comemoração ao centenário da abertura dos

portos, exibia uma nova cidade, que agora con-

jugava de maneira única a sua natureza exube-

rante com um complexo urbano modernizado

e integrado àquelas belezas naturais. O cami-

nho da Avenida Central e da nova cidade era o

mar. Foi nessa época que a cidade foi apelidada

de “Paris dos Trópicos”.

O ciclo de renovação da velha capital colonial

ocorreu com uma velocidade impressionante e

tornou-se uma constante na primeira metade do

século XX. Algumas dessas iniciativas tornaram-se

ícone da nova cidade, como o Teatro Municipal

(1909), os jardins da Avenida Beira-Mar (da Gló-

ria a Botafogo) e da Quinta da Boavista (1910), o

bondinho do Pão de Açúcar (1913), o calçadão

do Leme e a Avenida Atlântica, o desmonte do

Morro do Castelo (iniciado em 1922), a criação

do bairro da Urca (década de 1920); a remodela-

ção da Lapa; a criação da Cinelândia (década de

1930), o Cristo Redentor no alto do Corcovado

(1931), a construção da Avenida Presidente Vargas

(década de 1940); a construção dos edifícios da

Central do Brasil e do Ministério da Guerra (1941),

entre muitos outros.

O roteiro dessa constante reinvenção da ci-

dade do Rio de Janeiro foi ininterruptamente es-

crito durante o transcurso de todo o século XX e

segue nos dias atuais. A cidade continuou a ex-

pandir-se constante e rapidamente em todos os

sentidos. De 160 mil prédios registrados na cida-

de em 1933 passou-se a 355 mil em 1950, isto é,

mais do que dobrou em apenas dezessete anos.

A população metropolitana crescia de modo fre-

nético: 1.380 mil em 1930; 1.747 mil em 1940;

2.336 mil em 1950 e 3.140 mil em 1960.

Ao longo de sua história, a cidade não deixou

jamais de crescer geograficamente para novas

regiões promissoras, de atrair milhares de imi-

grantes, de produzir riquezas em novas frentes

e de influir de maneira decisiva na maneira pela

qual o país se interpretava e buscava seus cami-

nhos de desenvolvimento. Assim, a cidade se-

guia sendo a foto e o espírito de uma imaginária

carteira de identidade nacional.

Anos 1930: os sindicatoschegam ao Brasil

Enquanto o mundo passava por um turbulento período de

estabilização industrial, marcado pela formação das cidades e

pelo embate entre classes, o Brasil ainda era um país essencial-

mente agrícola. Assim, foi somente no último quartel do século

XIX que começaram a surgir as primeiras manifestações de asso-

ciações profissionais. Após a abolição da escravatura, em 1888,

o movimento de associações ganhou força em regiões onde o

desenvolvimento do capitalismo e da urbanização levou à for-

mação de núcleos operários. Em linhas gerais, essas primeiras

uniões eram fundadas a partir do conceito de auxílio mútuo e,

em um primeiro momento, não tinham como objetivo reivindi-

cações junto ao patronato.

Mas foi na década de 1930 que o movimento sindical tomou

a sua devida forma no Brasil. O ano foi um divisor de águas para

as relações trabalhistas no país, pois pela primeira vez o Estado in-

terveio na área das relações de trabalho e das classes sociais. Em

novembro de 1930 foi criado no Brasil o Ministério do Trabalho e,

com o Decreto nº 19.770, de 19 de março de 1931, foi regulada a

sindicalização em moldes rígidos. Antes disso, era possível regis-

trar uma série de leis relacionadas à proteção do trabalhador, mas

tratavam-se de iniciativas isoladas de deputados preocupados

com a questão social. Já no governo de Getúlio Vargas, o próprio

Poder Executivo se propôs a elaborar e realizar um programa tra-

balhista amplo e contínuo.

A política da Era Vargas tinha como principal alicerce leis refe-

rentes à organização dos sindicatos e à proteção ao empregado,

além de medidas que visavam à resolução de conflitos, como

no caso da criação da Justiça do Trabalho. No que diz respeito à

Julho de 1935 - Reunião plenária:homenagem e recepção da Federação à bancada dos empregadores - comércio etransportes - da Câmara Federal. Acervo Secovi Rio

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organização dessas entidades, o Governo Provisório inovou

ao lançar o Decreto nº 19.770, que regulamentava a forma-

ção sindical. As associações de trabalhadores tinham, então,

o direito de defender os “interesses econômicos, jurídicos,

higiênicos e culturais” de todos os empregados que exer-

cessem “profissões idênticas, similares ou conexas” junto ao

governo. De modo geral, o Ministério do Trabalho detinha

maior controle sobre as entidades sindicais.

Durante esse período, uma série de decretos estabele-

ceu novas normas para entidades sindicais, ora conferindo

mais autonomia, ora delegando mais controle ao governo.

Mas depois da instauração do Estado Novo, em 1937, no-

vos regulamentos ampliaram a monitoração do Ministério

do Trabalho sobre os sindicatos. Três anos depois, em 1940,

criou-se o Imposto Sindical, que determinava que todo assa-

lariado do setor urbano contribuísse com um dia de trabalho

anual em benefício do Sindicato de sua respectiva categoria

profissional. A contribuição compulsória incluía integrantes

de qualquer categoria econômica, profissional, diferenciada

ou autônoma. Foi um momento decisivo para o cenário sin-

dical brasileiro. Após a criação do Imposto Sindical, em três

anos toda a legislação referente aos problemas trabalhistas

e sindicais seria sistematizada na Consolidação das Leis do

Trabalho (CLT), promulgada no dia 10 de maio de 1943. E foi

nesse contexto que o Secovi Rio – enquanto unidade sindi-

cal legítima e reconhecida – deu os seus primeiros passos.

Em 26 de setembro de 1942, o Ministério do Trabalho

expediu a Carta Sindical, documento que reconhecia o Se-

covi Rio como representante de uma categoria profissional

perante as instâncias governamentais.

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1942: o nascimento do Secovi Rio

Às 16h30 do dia 27 de maio de 1942, os primeiros integrantes

do que mais tarde viria a ser o Sindicato da Habitação – Secovi

Rio se reuniram para transformar em entidade sindical o órgão

que os representava enquanto profissionais do segmento imo-

biliário. Para tal feito, foi convocada uma assembleia geral de

fundação e instalação da Associação Profissional das Empresas

de Compra e Venda e de Locação de Imóveis do Rio de Janei-

ro, na presença de representantes das empresas F.R. de Aquino

& Cia. Ltda., Cia. Imobiliária do Castelo S/A, Administradora de

Bens Imóveis Ltda., Lowndes & Son Ltda., Eugenia Leuenroth &

Cia., Administradora Urbs S/A, Cia. Imobiliária Itajubá Carioca

S/A, Locadora Nacional Ltda., Barros e Kraucher, Administrado-

ra Curvelo Ltda. e Atlas Administradora Ltda.

Consta na ata da reunião que a sessão teve como principal

preocupação a necessidade de a classe constituir-se em sindi-

cato. Essa seria a medida ideal para que o segmento de imóveis

pudesse melhor defender os seus interesses. Durante a assem-

bleia, foram abordados temas como as normas para organi-

zações sindicais no Brasil e estatutos. A reunião foi marcada

por um clima amistoso, em que foram descartadas quaisquer

inimizades entre os presentes e entre o sindicato em formação

e o Sindicato dos Corretores de Imóveis.

Ao fim da reunião, foi definida a primeira diretoria da entidade,

por meio de uma votação. Foram eleitos para diretores o Dr. Co-

aracy de Medeiros, e ainda Carlos Castrioto de Figueiredo e Melo,

Levindo Lopes e Donald Azambuja Lowndes. Para suplentes, Anto-

nio Ribeiro França Filho, Dr. Bastos de Oliveira, Marcelo Santiago e

José da Silva Oliveira. O Conselho Fiscal ficou nas mãos de Charles

Barrem, Armando Bastos e Bianor, tendo como suplentes Francis-

co Barros do Amaral, Lauro Dias e Armando Camarão.

Uma semana depois, foi realizada uma assembleia geral ex-

traordinária para adaptação da associação a sindicato de clas-

se. Às 15h45 do dia 4 de agosto de 1942, representantes de

quatorze firmas do segmento de imóveis se reuniram a fim

de aprovar os estatutos sindicais que a associação adotaria.

A votação foi unânime.

08 de outubro de 1942 - Eleição daprimeira diretoria e conselho fiscalAcervo Secovi Rio

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Ata da Assembleia Geral de Fundação e Instalação da Asso-ciação Profissional das Empresas de Compra e Venda e de Lo-cação de Imóveis do Rio de Janeiro

27/05/1942

Às 16:30 horas, presentes os representantes das empresas: F. R. de Aquino &

Cia. Ltda., Cia. Imobiliária do Castelo S/A, Administradora de Bens Imóveis Ltda.,

Lowndes & Son Ltda., Eugenia Leuenroth & Cia., Administradora Urbs S/A., Cia.

Imobiliária Itajubá Carioca S/A, Locadora Nacional Ltda., Barros e Kraucher, Ad-

ministradora Curvelo Ltda. e Atlas Administradora Ltda.

É aberta a sessão sendo aclamado presidente o Dr. Coaracy de Medeiros, da

firma F.R. de Aquino & Cia. Ltda., que convida para secretários Luis Donald Azam-

buja Lowndes, da empresa Lowndes & Son Ltda., e Bastos de Oliveira, da firma

Bastos de Oliveira S/A.

Em seguida, o Sr. Presidente explica os fins da reunião, frisando que era neces-

sário a classe constituir-se em sindicato, para melhor defender os seus interesses

e de acordo com os ditames da Carta Magna, promulgada em 1937. Travam-se

vários debates, esclarecendo o Dr. Bernardo Sheinkman, Secretário-Geral da Fe-

deração dos Sindicatos Patronais do Comércio do Distrito Federal, que o enqua-

dramento sindical brasileiro determinava expressamente a existência da categoria

econômica representada pelas empresas presentes no 5o Grupo da Confederação

Nacional de Comércio, enquanto a dos Corretores de Imóveis pertencia ao tercei-

ro grupo da mesma Confederação.

Explicou ainda o Secretário-Geral da Federação, que a organização sindical bra-

sileira vedava a interferência de uns grupos n’outros, e que mesmo para a cons-

tituição de uma Federação eclética, era indispensável o consentimento expresso

do Presidente da República (parágrafo único do art. 5o do Decreto-Lei no 2-321, de

9 de julho de 1940).

Com a palavra o Sr. Donald Lowndes agradece as informações prestadas e diz

estar o assunto amplamente esclarecido, pedindo que se assinale na ata dos traba-

lhos de hoje não existir qualquer sentimento inamistoso para com o Sindicato dos

Corretores de Imóveis com a Fundação da Associação, mas sim a finalidade de bem

servir os interesses da classe que a Associação passaria doravante a representar.

Antes de se proceder a leitura dos Estatutos são unanimemente aprovadas as

seguintes propostas: do Dr. Coaracy de Medeiros no sentido de ser lavrado um

voto de satisfação pelo fato de vir a pertencer à Associação o Sr. Antônio Ribeiro

França Filho, prestigioso “leader” do comércio nacional; do Sr. Donald Lowndes

um voto de admiração e apoio a S. Ex. o Sr. Ministro Marcondes Filho pela sua ma-

neira brilhante por que vinha dirigindo a pauta do Trabalho, Indústria e Comércio,

e do Dr. Bernardo Scheinkman de satisfação e congratulações com o Sr. Luiz Au-

gusto do Rego Monteiro, esforçado Diretor do DNT, por motivo do seu aniversário

natalício, que ocorria justamente no dia da Fundação da Associação.

2121

Page 12: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

Em seguida, procede-se à leitura dos Estatutos, artigo por artigo, sendo

discutido e votado cada item estatuário, depois de lida a sua redação final.

A questão da contribuição mensal encontra solução, mediante proposta do

Sr. Donald Lowndes, que lembra ser este o critério do Sindicato dos Segu-

radores. Aprovados os Estatutos, procede-se à eleição da primeira Diretoria,

explicando o Sr. Presidente da mesa que fora impossível proceder-se ao re-

gistro prévio da chapa, previsto pelos Estatutos, e que esta Diretoria dirigia

a Associação até a sua investidura sindical. Na forma da Lei procede-se à

eleição, verificando-se ter sido unanimemente eleita a seguinte chapa:

Para Diretores: Coaracy de Medeiros (F.R. de Aquino & Cia Ltda.), Carlos

Castrioto de Figueiredo e Melo (Administradora Urbs S/A), Levindo Lopes

(Administradora de Bens Imóveis Ltda.) e Donald Azambuja Lowndes (Lo-

wndes & Sons, Ltda.)

Suplentes: Antonio Ribeiro França Filho (Cia. Tamoio S/A), Dr. Bastos de

Oliveira (Bastos Oliveira S/A), Marcelo Santiago (Imobiliária Monte Sul do

Brasil Ltda.), José da Silva Oliveira (Atlas Administradora Ltda.).

Conselho Fiscal: Charles Barrem (Imobiliária do Castelo S/A), Armando

Bastos (Cia Imobiliária Santo Antonio), Bianor (Locadora Nacional Ltda.). Su-

plentes do Conselho Fiscal: Francisco Barros do Amaral (Imobiliária Pindo-

rama S/A), Lauro Dias (Coia Imobiliária Itajubá – Carioca S/A) e Armando

Camarão (Administradora Curvelo Ltda.).

Terminada a votação, procede-se a apuração e, verificando o resultado,

sob aclamações são dados como empossados todos os eleitos pelo Presi-

dente da Mesa, sendo suspensa a sessão por meia hora e a presente ata que

,conforme pelos presentes, é assinada pelos membros da mesa, sendo en-

cerrada a sessão às 18:40 horas.

22 2322 23

Page 13: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

Ata da Assembleia Geral Extraordinária para adaptação da Associação a Sindicato de Classe, realizada em 4 de agosto de 1942.

Às 15:45 horas, presentes 14 firmas associadas, por seus representantes,

o Dr. Coaracy de Medeiros, presidente da Associação Profissional das

Empresas de Compra e Venda e de Locação de Imóveis do Rio de Janeiro,

declara instalada a Assembleia Geral, em virtude de haver número legal, e

solicita que seja aclamado um presidente para dirigir os trabalhos, sendo

indicado pelo Sr. Donald Lowndes o Sr. Oswaldo do Valle Bastos, que

assume a presidência sob uma salva de palmas e convida o Sr. Dr. Oscar

Sant’Anna e Manoel Bastos de Oliveira para Secretários.

O Sr. Presidente procede à leitura do edital de convocação, publicado

em três jornais de grande circulação desta cidade, e diz que, conforme

se verifica da publicação e convocação feitas, a Assembleia tinha por fim

a aprovação do Estatuto do Sindicato em que se adaptará a Associação,

depois de consolidada a investidura por S. Ex. o Sr. Ministro do Trabalho,

Indústria e Comércio, representado na Mesa de Trabalhos pelo Assistente

Sindical, Dr. Mozart Sampaio Fortuna. Em seguida, são lidos, artigo por

artigo, os Estatutos do Sindicato elaborados pela Diretoria, segundo o

estatuto padrão recomendado pelo Ministério do Trabalho.

Terminada a leitura dos estatutos, e votados estes, quase sem discussão,

a Assembleia delibera, unanimemente, que se solicita imediatamente a

investidura sindical. Em seguida, é suspensa a sessão para a redação da

ata. Reaberto os trabalhos, são lidos os Estatutos novamente e a presente

ata que, conforme todos os presentes, é assinada pelos membros da mesa,

sendo levantados os trabalhos às 17 horas.

Listas das diretorias

fevereiro de 1945

Coaracy de Medeiros

presidente

Jonathas Nunes Pereira Filho

secretário

João Antonio de Almeida Gonzaga Junior

tesoureiro

julho de 1952

Jonathas Nunes Pereira Filho

presidente

Victor Oscar Sant’ana

secretário

Roberto Vilmar

tesoureiro

julho de 1954

Jonathas Nunes Pereira Filho

presidente

Alcides Leite de Morais

secretário

Ricardo de Paula Netto

tesoureiro

Julho de 1956

Jonathas Nunes Pereira Filho

presidente

Alcides Leite de Morais

secretário

Ricardo de Paula Netto

tesoureiro

agosto de 1956

Jonathas Nunes Pereira Filho

presidente

Alcides Leite de Morais

secretário

Ricardo de Paula Netto

tesoureiro

agosto de 1958

Arnon Affonso de Farias Mello

presidente

Décio Geraldo Branco Lefreve

secretário

Ildefonso Gadioli dos Santos

tesoureiro

24 2524 25

Page 14: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

agosto de 1960

Guilherme Corrêa Garcia Dale

presidente

Carlos Pereira de Almeida Raposo

secretário

Aldo José Caneca

tesoureiro

agosto de 1962

Guilherme Corrêa Garcia Dale

presidente

Carlos Pereira de Almeida Raposo

secretário

Aldo José Caneca

tesoureiro

agosto de 1964

Guilherme Corrêa Garcia Dale

presidente

Carlos Pereira de Almeida Raposo

secretário

Aldo José Caneca

tesoureiro

agosto de 1966

Guilherme Corrêa Garcia Dale

presidente

Carlos Pereira de Almeida Raposo

secretário

Edgard Guimarães de Almeida

tesoureiro

agosto de 1968

Guilherme Corrêa Garcia Dale

presidente

Carlos Pereira de Almeida Raposo

secretário

Edgard Guimarães de Almeida

tesoureiro

setembro de 1971

Guilherme Corrêa Garcia Dale

presidente

João Carneiro de Freitas

secretário

Mario Walter Nogueira

tesoureiro

setembro de 1974

Guilherme Corrêa Garcia Dale

presidente

Pedro José Maria Fernandes Wähmann

secretário

Mario Walter Nogueira

tesoureiro

setembro de 1977

Guilherme Corrêa Garcia Dale

presidente

Pedro José Maria Fernandes Wähmann

secretário

João Carneiro de Freitas

tesoureiro

setembro de 1980

Guilherme Corrêa Garcia Dale

presidente

Pedro José Maria Fernandes Wähmann

secretário

João Carneiro de Freitas

tesoureiro

junho de 1981

Guilherme Corrêa Garcia Dale

presidente

Pedro José Maria Fernandes Wähmann

secretário

Eva Marta Cordeiro de Matos

1ª tesoureira

setembro de 1983

Guilherme Corrêa Garcia Dale

presidente

Pedro José Maria Fernandes Wähmann

secretário

Eva Marta Cordeiro de Matos

tesoureira

setembro de 1986

Guilherme Corrêa Garcia Dale

presidente

Pedro José Maria Fernandes Wähmann

secretário

Eva Marta Cordeiro de Matos

tesoureira

26 2726 27

Page 15: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

setembro de 1989

Guilherme Corrêa Garcia Dale

presidente

Georges de Moraes Masset

1º vice-presidente

Pedro José Maria Fernandes Wähmann

2º vice-presidente

Romulo Cavalcante Mota

secretário

Eva Marta Cordeiro de Matos

tesoureira

abril de 1990

Georges de Moraes Masset

presidente

Pedro José Maria Fernandes Wähmann

1º vice-presidente

Augusto Alves Moreira

2º vice-presidente

Romulo Cavalcante Mota

secretário

Eva Marta Cordeiro de Matos

tesoureira

setembro de 1992

Georges de Moraes Masset

presidente

Pedro José Maria Fernandes Wähmann

1º vice-presidente

Augusto Alves Moreira

2º vice-presidente

Rômulo Cavalcante Mota

1º secretário

Paulo Cesar Leal

2º secretário

Eva Marta Cordeiro de Matos

1ª tesoureira

João Augusto Pessôa

2º tesoureiro

setembro de 1997

George de Moraes Masset

presidente

Pedro José Maria Fernandes Wähmann

1º vice-presidente

Augusto Alves Moreira

2º vice-presidente

Rômulo Cavalcante Mota

1º secretário

Paulo César Leal

2º secretário

Eva Marta Cordeiro de Matos

1ª tesoureira

João Augusto Pessôa

2º tesoureiro

abril de 1999

Pedro José Maria Fernandes Wähmann

presidente

Augusto Alves Moreira

1º vice-presidente

Manoel da Silveira Maia

2º vice-presidente

Rômulo Cavalcante Mota

1º secretário

Paulo César Leal

2º secretário

Eva Marta Cordeiro de Matos

1ª tesoureira

João Augusto Pessôa

2º tesoureiro

janeiro de 2004

Pedro José Maria Fernandes Wähmann

presidente

Augusto Alves Moreira

1º vice-presidente

Manoel da Silveira Maia

2º vice-presidente

Rômulo Cavalcante Mota

1º secretário

João Augusto Pessôa

2º secretário

Maria Teresa Mendonça Dias

1ª tesoureira

Ronaldo Coelho Netto

2º tesoureiro

janeiro de 2007

Pedro José Maria Fernandes Wähmann

presidente

Manoel da Silveira Maia

vice-presidente

Maria Teresa Mendonça Dias

vice-presidente financeiro e de desenvolvimento

Ronaldo Coelho Netto

vice-presidente administrativo

João Augusto Pessôa

vice-presidente de marketing

Rômulo Cavalcante Mota

vice-presidente jurídico

Leonardo Conde Villar Schneider

vice-presidente de assuntos condominiais

Antonio Paulo de Garcia Monnerat

vice-presidente de locações

28 2928 29

Page 16: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

janeiro de 2010

Pedro José Maria Fernandes Wähmann

presidente

Manoel da Silveira Maia

vice-presidente

Maria Teresa Mendonça Dias

vice-presidente financeira e de desenvolvimento

Ronaldo Coelho Netto

vice-presidente administrativo

João Augusto Pessôa

vice-presidente de marketing

Rômulo Cavalcante Mota

vice-presidente jurídico

Leonardo Conde Villar Schneider

vice-presidente de assuntos condominiais

Antonio Paulo de Garcia Monnerat

vice-presidente de locações

Alexandre Hermes Rodrigues Corrêa

diretor-adjunto de relações do trabalho*

De acordo com o estatuto do Secovi Rio, presidentes e vice-presidentes precisam ser eleitos, mas é possível nomear diretores-adjuntos. Alexandre Hermes Rodri-gues Corrêa foi nomeado em 2008 e reconduzido ao cargo em 2010

Rumo à profissionalização

Décadas após a fundação do Secovi Rio, o momento histórico certamente

não era o mesmo para movimentos sindicais. A agitação em torno do embate

entre classes, à vista da chegada de um novo milênio, daria vez à vontade de

compreender os verdadeiros trâmites do mercado, a fim de estabelecer normas

que teriam como objetivo principal conferir o equilíbrio entre patrões e empre-

gados. Ao longo dos anos 2000, o Sindicato se tornou um instrumento capaz de

intervir na realidade coletiva em prol de seus contribuintes e consumidores. Ou

seja, um verdadeiro representante da classe. Mas para entender de que maneira

o Secovi Rio adentrou essa era, é preciso voltar um pouco no tempo e lembrar

que os primeiros passos nessa direção foram dados nas gestões de Guilherme

Dale e George Masset.

De 1960 a 1989, Guilherme Correa Dale foi presidente do Secovi Rio e da

então chamada Federação de Turismo e Hospitalidade do Rio de Janeiro, órgão

que foi incorporado à Fecomércio-RJ no processo de unificação. A federação

congregava os sindicatos patronais do segmento de comércio e serviços que

compunham o Grupo 5 da Confederação Nacional do Comércio, ou seja, en-

globava categorias como empresas de compra, venda, locação e administração

de imóveis, empresas de asseio e conservação, casas de diversões, comércio

varejista de veículos e acessórios, institutos de belezas, entre outras. Sendo assim,

é fácil perceber que o Sindicato já dava às negociações coletivas a sua devida

importância. Também nos anos de Dale, o Secovi Rio teve um papel decisivo e

ajudou a viabilizar o primeiro Conai, mais tarde renomeado Conami (Congresso

esquerdaGuilherme Dale

direitaGeorge Masset

30 3130 31

Page 17: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

Nacional do Mercado Imobiliário), realizado

por iniciativa da Abadi (Associação Brasileira

das Administradoras de Imóveis).

Adentrando a década de 1990 e anteven-

do os avanços que seu sucessor na presidên-

cia, Pedro Wähmann, promoveria mais tarde,

Masset é apontado por funcionários e clien-

tes como importante nome na trajetória do

Sindicato. Ao longo de um mandato que ter-

minou prematuramente em agosto de 1999,

devido a seu triste falecimento, Masset per-

cebeu que o Sindicato precisava se preparar

para os novos tempos indo além do papel,

já muito importante, alcançado até então,

de meio fundamental de negociações co-

letivas entre categorias laborais. Com aguda

visão administrativa, o ex-presidente tinha em

mente o desenvolvimento do Sindicato para

além das paredes que o cercavam.

Foi sob o seu comando que o Sindicato de

Habitação passou, durante os anos 1990, por

um processo de informatização e expansão,

se desenvolvendo em uma entidade com

departamentos específicos a fim de atender

melhor seus contribuintes. Um bom exemplo

é o departamento jurídico, que, a partir da ini-

ciativa de Masset, passou a oferecer a seus re-

presentados atendimento instituído com data

e hora marcada. Mas o que verdadeiramente

deu o tom de uma nova fase sindical, muito

mais preocupada com o entorno social que o

Sindicato de Habitação se inseria, foi o primei-

ro investimento em comunicação: a coluna

Notícias Secovi Rio, publicada semanalmente

nos classificados dos jornais Extra e OGlobo.

O espaço, que chegou a contabilizar 104

edições por ano, foi o pontapé inicial para

a confirmação de um compromisso em le-

var informação à comunidade condominial,

incluindo síndicos e administradores. E vale

dizer que a coluna foi responsável por inau-

gurar um meio de comunicação entre o Sin-

dicato e seus contribuintes que deu tão certo

que foi peça-chave no processo de expansão

do Secovi Rio para além dos limites da capital

fluminense. Nesse período, o Sindicato pas-

sou a publicar, quinzenalmente, nos seguin-

tes veículos: FolhadosLagos, da cidade de

Cabo Frio; DiáriodoVale, de Volta Redonda;

Classitudo, de Nova Friburgo; ODebate, de

Macaé; MonitorCampista, de Campos dos

Goytacazes; e Classilagos, do município de

Maricá. A publicação deixou de circular, mas

o seu advento foi essencial para que o Sin-

dicato firmasse a sua representatividade no

interior do estado.

Com a trágica notícia da morte de Geor-

ge Masset, é o então diretor Pedro Wähmann

quem fica incumbido de assumir o lugar na

presidência até o fim do mandato vigente.

Neste momento deu-se o início de um novo

capítulo na história do Secovi Rio.

Em 7 de abril de 1999, Pedro Wähmann assu-

me a presidência do Sindicato de Habitação e,

logo de início, inaugura um modusoperandi par-

ticipativo, seguindo os passos iniciados pelas mu-

danças propostas pelo ex-presidente Masset. O

Secovi Rio avançaria ainda mais no estreitamento

do contato com os integrantes da categoria em

todos os setores. O Sindicato estava cada vez mais

atuante e, tendo isso em vista, a configuração das

diretorias precisou ser modificada.

O novo presidente começa por dividir as res-

ponsabilidades do Sindicato entre os seus di-

retores, no intuito de formar uma equipe que

pudesse trabalhar de forma mais equilibrada e

ainda mais eficaz. Foram criadas então direto-

rias específicas, que tinham mais autonomia

para trabalhar diretamente junto a seus departa-

mentos. Assim, os cargos de 1º e 2º tesoureiros

e 1º e 2º secretários foram substituídos pelos de

vice-presidentes. A meta de Pedro Wähmann,

nesse momento, era seguir instaurando uma

lógica cada vez mais participativa dentro do

Sindicato, bem como diversificar o número de

serviços colocados à disposição dos represen-

tados e dar agilidade no desenvolvimento das

atividades, a fim de estreitar a relação entre re-

presentante e representado.

Segundo as palavras do próprio presidente, o

Sindicato tinha entrado em processo de se tor-

nar, de fato, “um representante e um defensor de

seus representados”. E para isso era de suma im-

portância que o Secovi Rio assumisse uma faceta

multidisciplinar. Em meio à evolução do merca-

do, era necessária a preocupação com profissio-

nais de outras áreas, como recursos humanos,

contabilidade, direito trabalhista, previdenciário e

ambiental, ou seja, com todos os campos que

orbitam o universo da administração. Afinal, se

pensarmos nas diversas funções de uma admi-

nistradora de imóveis hoje em dia, veremos que

as expectativas e cobranças vão muito além das

arrecadações. Considerando que, atualmente, as

construções são finalizadas de forma cada vez

mais rápida, e tomando como média cinquenta

anos de vida útil de um edifício, é fácil perceber

que apenas cerca de dois ou três desses anos

ficam a cabo das construtoras. Já os demais 47

anos são responsabilidade da administração.

Um novo capítulo

Pedro Wähmann

32 3332 33

Page 18: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

A guinada do Secovi Rio, nesse momento, foi

justamente no sentido de fomentar a expansão

do Sindicato para áreas de interesse que pudes-

sem garantir a manutenção dos condomínios ao

longo das décadas. Durante esse período, foram

abertos novos canais de comunicação entre o Se-

covi Rio e seus representados; foram oferecidos

cursos de capacitação, oficinas e workshops para

profissionais do segmento, e, entre muitas outras

melhorias, foram instaurados novos departamen-

tos e coordenações, no intuito de otimizar a atua-

ção do Sindicato dentro e fora do Secovi Rio.

Paralelamente, é nessa época que o Dr. Pe-

dro Wähmann assume a liderança da câmara

que reúne os Secovis de diferentes estados. No

final dos anos 1980, a Confederação Nacional

do Comércio percebeu a importância do seg-

mento de habitação e criou o GEA, Grupo Es-

pecial de Assessoramento, um núcleo pequeno,

de caráter consultivo. Inclusive, o ex-presidente

George Masset foi um dos coordenadores desse

grupo. Mas, ao longo dos anos, os Secovis iam à

presidência da CNC buscando mais suporte em

suas atividades, e foi assim que o GEA foi trans-

formado em câmara. Originalmente chamada de

CCAI (Câmara de Comércio e Administração de

Imóveis), o órgão hoje é conhecido como CBCSI

(Câmara Brasileira de Comércio e Serviços Imo-

biliários) e foi uma consequência natural do au-

mento da demanda do segmento de imóveis.

Os lugares de liderança de George Masset e

Pedro Wähmann na CBCSI foram oportunida-

des incríveis que serviram tanto para confirmar

a aceitação da presidência do Secovi Rio quanto

para estreitar a relação entre os Secovis mais no-

vos, oriundos de estados menores e que tinham

muita proximidade com a vida política local. Esse

foi um processo que garantiu força política à câ-

mara no parlamento e, principalmente, uma voz

nacional do setor. Nas palavras do próprio Wäh-

mann, a câmara foi responsável por uma “união

nacional de pensamento”.

O Secovi Riohoje

Ao completar sete décadas, o Secovi Rio re-

presenta, em junho de 2012, mais de 33 mil con-

domínios comerciais, residenciais e mistos, além

de cerca de 5,4 mil administradoras e imobiliárias.

Ao todo, são mais de 3,5 milhões de pessoas que

contam com o Secovi Rio para defender seus in-

teresses no segmento de comércio e serviços

habitacionais. Só no estado do Rio de Janeiro, os

Foto: Ana Phelps/Shutterstock

34 3534 35

Page 19: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

condomínios e empresas do setor geram cem

mil empregos diretos e R$ 1,4 bilhão em salários

e encargos. São mais de R$ 750 milhões em ta-

rifas públicas, uma marca que revela a importân-

cia do segmento para a economia do país.

É por conta disso que a entidade é ponto

de referência do setor de comércio e serviços

imobiliários, tendo um papel fundamental no

acompanhamento de políticas trabalhistas para

o segmento. Sempre atento às modificações

políticas, econômicas e jurídicas, o Secovi Rio

cumpre a importante tarefa de estabelecer re-

lações de negociação coletiva entre os muitos

sindicatos profissionais no estado do Rio, além

de manter uma atuação efetiva no Conselho de

Relações do Trabalho, formado por empresá-

rios do setor. Anualmente, são negociadas treze

Convenções Coletivas de Trabalho dentro da re-

presentação do Sindicato.

Nos dias atuais, o Sindicato segue duas dire-

trizes essenciais, uma visão e uma missão. “Ser

ponto de referência na implantação de proces-

sos para o desenvolvimento do setor de comér-

cio e serviços imobiliários” e “promover o de-

senvolvimento do setor de comércio e serviços

imobiliários, propondo projetos e implementan-

do ações que contribuam para melhores resul-

tados e qualidade de vida dos seus representa-

dos”, respectivamente.

Unindo tradição e modernidade, o Secovi Rio

tem uma postura atuante no cenário político –

uma tática que busca transformações positivas na

sociedade brasileira, associando desenvolvimento

econômico e qualidade de vida. É uma entidade

que não deixa de marcar presença junto aos po-

deres Legislativo e Executivo por meio do acom-

panhamento de projetos e até mesmo de apre-

sentação de propostas para o setor imobiliário.

É importante ressaltar a atuação do Secovi

Rio junto à Confederação Nacional do Comér-

cio de Bens, Serviços e Turismo. Sob a liderança

de Pedro Wähmann, o Sindicato ocupa a coor-

denação geral da Câmara Brasileira de Comércio

e Serviços Imobiliários, entidade que congrega

os Secovis de todo o país. Partindo da premissa

de que o mercado imobiliário não só impulsiona

a economia como é um dos maiores geradores

de emprego no país, a câmara é um órgão con-

sultivo, composto por líderes do segmento, que

tem como principal objetivo debater questões

com implicações na atividade imobiliária e ofe-

recer estudos e sugestões que possam subsidiar

estratégias e ações políticas em apoio e defesa

da categoria. Tudo isso sob o guarda-chuva da

CNC, entidade sindical que representa os direitos

e interesses dos quase cinco milhões de empre-

endedores do comércio de bens, serviços e turis-

mo de todo o Brasil.

Hoje, o Secovi Rio promove, ainda, capacita-

ção e qualificação para síndicos, conselheiros,

profissionais de condomínios, administradoras

e imobiliárias: um trabalho que não fica apenas

na Região Metropolitana. Em constante proces-

so de expansão, o Sindicato conta com nove

representações regionais, pensando sempre em

chegar mais perto dos condomínios e empresas

de todo o estado. O Secovi Rio é ainda filiado

à Fecomércio-RJ (Federação do Comércio do

Estado do Rio de Janeiro) e à Confederação Na-

cional do Comércio.

Atualmente, a entidade ocupa um andar intei-

ro de um edifício localizado no Centro do Rio de

Janeiro, mas esse nem sempre foi o caso. A pri-

meira casa do Secovi Rio situava-se no terceiro

andar da Rua Nilo Peçanha, nº 155. Um pouco

mais tarde, mas ainda nos primórdios do Seco-

vi Rio, era possível agregar todo o Sindicato em

uma pequena salinha localizada na Rua México,

logradouro que, nesse período, já começava a

concentrar firmas e escritórios. Com o desen-

volvimento do mercado de imóveis e o paulatino

aumento da representatividade do Sindicato, uma

mudança de endereço fez-se necessária, e a sede

do Secovi Rio foi para um endereço não muito

distante do primeiro, na Rua do Carmo, nº 6.

Mas a guinada dada pelo Sindicato nos últi-

mos dez anos fez com que a sede trocasse de

lugar mais uma vez. Pensando sempre nos repre-

Foto: Mark Schwettmann/Shutterstock

36 3736 37

Page 20: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

sentados, o objetivo da mudança foi melhorar o

atendimento aos condomínios, às imobiliárias e

às administradoras de imóveis por meio da am-

pliação do Departamento Jurídico, de novos cur-

sos oferecidos pelo Centro de Capacitação, e de

tantos outros serviços. Desde o dia 24 de janeiro

de 2006, o Secovi Rio funciona na Avenida Almi-

rante Barroso, nº 52, 9º andar.

Os membros da atual diretoria – eleita em 18

de dezembro de 2007 – são os principais preo-

cupados em dar encaminhamento às demandas

do setor. Hoje em dia, sob a liderança do pre-

sidente Pedro Wähmann, estão Manoel Maia,

vice-presidente; Maria Teresa Mendonça Dias,

vice-presidente financeira e de desenvolvimen-

to; Ronaldo Coelho Netto, vice-presidente admi-

nistrativo; João Augusto Pessôa, vice-presidente

de marketing; Rômulo Cavalcante Mota, vice-

-presidente jurídico; Leonardo Schneider, vice-

-presidente de assuntos condominiais; Antonio

Paulo de Garcia Monnerat, vice-presidente de lo-

cações; e Alexandre Hermes Rodrigues Corrêa,

diretor adjunto de relações do trabalho.

Esses são os nomes que estão à frente do

Sindicato e que servem de farol para outras cen-

tenas de nomes sem os quais o Secovi Rio não

poderia existir. Funcionando hoje como uma ver-

dadeira empresa – com metas, planos estratégi-

cos, consultores etc. –, o Sindicato da Habitação

conta em seus vários departamentos com pro-

fissionais qualificados das mais diversas áreas do

conhecimento, cujo trabalho foi absolutamente

indispensável para que o Sindicato chegasse aos

seus setenta anos. Além de atender às necessi-

dades do setor de forma competente e eficaz, o

objetivo central do Secovi Rio e de todos os que

lá trabalham é oferecer soluções personalizadas

a todos os representados.

Mapas das sedes do Secovi Rio

* Sede atual:Avenida Almirante Barroso, nº 52, 9º andar.

A posse solene do grupo, celebrada em evento

no dia 19 de abril de 2007, no Hotel Iberostar, em

Copacabana, teve a presença do então ministro

das Cidades, Márcio Fortes, que ressaltou a im-

portância da atuação da entidade na esfera legis-

lativa em prol do desenvolvimento do setor da ha-

bitação e dos investimentos públicos em moradia.

Representando o governador Sérgio Cabral Filho,

o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes,

elogiou a representatividade do Secovi Rio, citan-

do o destaque nacional da organização.

A presença de ministros de Estado em ceri-

mônias como essa, aliás, atesta o prestígio da

organização nas esferas governamentais. No

evento que celebrou a posse da gestão anterior

à atual, em 18 de março de 2004, no hotel Le

Méridien, em Copacabana, esteve presente o

primeiro ministro das Cidades, Olívio Dutra, que

assumiu o cargo na pasta criada um ano antes

pelo então presidente da República, Luiz Inácio

Lula da Silva.

Aguardando imagem em alta resolucão do evento

Pedro Wähmann e o ministro Olívio Dutra

38 3938 39

Page 21: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

Na hora de comprar ou alugar um imóvel, as administradoras de imó-

veis cumprem um papel de suma importância, buscando sempre ofe-

recer a seus clientes uma gama de serviços que busque descomplicar

a vida de quem procura. A função da administradora de imóveis é zelar

pelos interesses do proprietário e do locador, visando manter a regula-

ridade das obrigações contratuais formalizadas entre todas as partes e

gerindo eventuais problemas.

Em troca de uma porcentagem do valor combinada previamente,

a administradora cuida de toda a divulgação, colocando anúncios em

mídias especializadas e placas, e promovendo a visita dos interessados

com acompanhamento de profissionais especializados. A administra-

dora tem a importante função de fazer as vistorias, todo o levantamen-

to cadastral – tanto do imóvel quanto dos interessados – e elaborar os

contratos de acordo com a legislação vigente. Em casos de embates

contratuais, muitas disponibilizam advogados especializados em Direi-

to Imobiliário, assessorando os clientes durante o tempo que durar a

demanda judicial. Há administradoras que fazem, ainda, a intermedia-

ção e solução entre familiares que herdaram algum tipo de patrimônio.

Por conta disso, essas empresas têm o compromisso de estar sempre

atualizadas em questões fiscais, tributárias e jurídicas, além de manter

uma estrutura capaz de zelar pelos bons resultados na administração e

com uma prestação de contas transparente.

Em resumo, a administradora de imóveis fazem uma ponte entre lo-

cador e locatário. É ela quem dá tranquilidade ao síndico em questões

como recrutamento e contratação de funcionários, vistoria das instala-

ções, elaboração de folhas de pagamento dos empregados e recolhi-

mento de taxas e impostos, entre outras. Tendo em vista tantas funções

essenciais, o Secovi Rio reconhece o trabalho dessas empresas como

um dos mais importantes e legítimos dentro do universo imobiliário.

Prova desse reconhecimento é a realização anual, desde 2000, de

uma grande festa, no mês de novembro, para os funcionários das admi-

nistradoras e imobiliárias em dia com as contribuições e suas famílias.

Excepcionalmente suspenso em 2012, por conta das comemorações

dos 70 anos do Secovi Rio, o evento, batizado de Um Dia Diferente,

conta com a participação média de mil pessoas por edição. O formato,

já consagrado, inclui café da manhã e churrasco durante toda a tar-

de, em um sítio com espaços de lazer e recreação infantil, distribuição

de brindes, sorteios de prêmios, além de serviços sociais gratuitos, em

parceria com o Senac Rio, como corte de cabelo e massagem, encer-

rando com um show musical. São recolhidas também toneladas de

alimentos não perecíveis para o Banco Rio de Alimentos.

O papel das administradoras

Peshkova/Shutterstock

40 4140 41

Page 22: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

Para o Sindicato da Habitação, o síndico é o principal interlocutor,

pois ele é o elo entre o Sindicato, as empresas prestadoras de serviço, os

funcionários do condomínio, os condôminos e os fornecedores. Mais

que isso, o síndico é o porta-voz de uma comunidade e o representante

desta junto ao Sindicato e à sociedade. É ele quem assume a responsa-

bilidade de supervisionar atividades de manutenção, segurança, planeja-

mento e prestação de contas, entre tantas outras.

De acordo com o artigo 1.348 do Código Civil, as atribuições do sín-

dico incluem representar o condomínio, fazer cumprir a Convenção,

contratar e demitir funcionários, zelar pela boa convivência entre os

condôminos, cuidar do sistema de segurança do prédio, preocupar-se

com a qualificação dos empregados, fazer manutenção preventiva e

manter as contas em dia.

A palavra condomínio significa “propriedade comum” e, sendo as-

sim, é preciso um esforço constante a fim de conciliar as vontades de

todos os moradores e promover a harmonia no edifício. A função ad-

ministradora não cessa no financeiro, já que um bom síndico é capaz

de administrar também pessoas. De acordo com uma pesquisa reali-

zada em 2011 no portal do Sindicato na internet, a principal dificuldade

na gestão é justamente resolver atritos entre vizinhos. Os conflitos são

tão recorrentes que aterrorizam os síndicos até mais que a inadimplên-

cia! Sendo assim, quem assume essa função precisa ter muito jogo

de cintura e, principalmente, não pode nunca pôr os seus interesses

pessoais à frente dos interesses da comunidade.

Um bom síndico precisa definir – e seguir – os direitos

e deveres de cada um dos condôminos e exigir a correta

utilização das áreas comuns, sempre cumprindo o regu-

lamento interno. Ele é também o representante legal do

condomínio, em juízo ou fora dele, e pode ser tanto con-

dômino quanto pessoa física ou jurídica estranha ao con-

junto de copropriedade. De todo modo, o síndico deve

ser eleito em assembleia geral, na forma prevista na Con-

venção. Por essas e outras razões, esse personagem tão

importante para o dia a dia predial é uma das figuras-chave

para o Secovi Rio, que não poupa esforços para organizar

eventos inteiramente dedicados a eles.

Além de oferecer cursos ligados a questões orçamentais

e de gestão de pessoas, tópicos que auxiliam na atuação

do síndico, o Sindicato da Habitação promove todo ano o

Dia do Síndico. Comemorado no dia 23 de abril (em pleno

feriado de São Jorge), o evento já é tradição e acontece

desde 2007. Foi somente no ano seguinte, no entanto, que

a festa assumiu o seu animado formato atual: um coquetel

dançante no Clube Militar, no Centro do Rio. Anualmen-

te, o Sindicato homenageia os “guerreiros do condomínio“

com uma grande festa, com coquetel, show dançante e

sorteio de prêmios.

O síndico

Mario Lopes/Shutterstock

42 4342 43

Page 23: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

Graças às ações do Secovi Rio ao

longo desses setenta anos, o perfil

atual do síndico no Rio mudou para

melhor. Eles agora estão mais bem in-

formados e, consequentemente, mais

eficientes. Por isso, nada mais justo do

que promover uma grande celebra-

ção para coroar esse mérito. A festa

deu tão certo que no ano de 2011, a

comemoração foi estendida à Regio-

nal dos Lagos. Pela primeira vez, Cabo

Frio foi sede de um jantar de confra-

ternização com os síndicos da região,

e, em 2012, a festa foi realizada tam-

bém em Teresópolis.

Agora, para resolver com eficiência

os problemas do dia a dia, dos mais

simples aos mais complicados, um

dos eventos mais importantes para a

troca de conhecimentos dentro do se-

tor imobiliário é o Fala, Síndico – um

fórum bimestral que cumpre o papel

crucial de solucionar dúvidas sobre o

dia a dia da gestão condominial. Afinal,

nada melhor do que falar com quem

entende do assunto. Cada edição con-

ta com a presença do corpo jurídico

do Sindicato, dedicado a responder

perguntas dos participantes. O fórum

também tem participação de advoga-

dos convidados e especialistas em Di-

reito Imobiliário contribuindo nos de-

bates. Com um formato simples, que

permite a troca de informação entre

profissionais do ramo, o encontro é

mais um serviço que busca facilitar a

convivência entre gestores, funcioná-

rios e moradores.

Ao assumir a função de síndico, o condômi-

no se vê frente a frente com diversas leis que re-

gem, diariamente, suas atividades. E, de tempos

em tempos, novas regras e determinações legais

aparecem para complicar ainda mais esse dia a

dia. Acontece que o descumprimento de boa par-

te dessas leis pode implicar pagamento de pesa-

das multas e até mesmo processos legais. É aí que

entra a assistência jurídica do Secovi Rio, um dos

diversos departamentos do Sindicato voltados a

solucionar problemas corriqueiros.

Com a missão de orientar, esclarecer e inter-

ceder pelos seus representados, o departamento

jurídico do Sindicato da Habitação é um dos mais

solicitados pelos contribuintes. É uma peça sin-

dical fundamental, uma vez que pretende fazer

com que as leis cheguem de forma clara a síndi-

cos, administradores e moradores de condomí-

nios, a partir do contato direto com esse público.

O serviço é realizado por uma equipe de ad-

vogados do Sindicato, especializada no segmen-

to imobiliário e preparada para sanar qualquer

tipo de dúvida que possa interferir no dia a dia

de um condomínio. Os temas podem ser rela-

cionados às áreas de gestão predial, locação de

imóveis, trabalhista, previdenciária ou tributária/

fiscal. O departamento jurídico realiza em média,

cerca de oito mil atendimentos anuais.

Mangostock/Shutterstock

44 4544 45

Page 24: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

O Sindicato presta atendimento personalizado em sua sede, no

Centro do Rio, com consultas previamente marcadas, mas as dú-

vidas podem ser enviadas via carta, fax ou e-mail. Também existe a

opção do Chat de Atendimento Jurídico, instalado no Portal Secovi

Rio, uma forma ágil de resolver questões simples e objetivas, que não

dependam de análise de documentos ou de pesquisa de legislação,

doutrina ou jurisprudência. A abertura desse canal on-line foi um ga-

nho e tanto para quem procura os serviços jurídicos, que ganharam

mais agilidade e exatidão nas respostas – que seguem sempre por

escrito, quanto para o Sindicato, que tem a oportunidade de mapear

com mais rapidez as demandas dos representados a partir da recep-

ção eletrônica das consultas.

Um setor de suma importância para o dia a dia do Sindicato, o

Departamento Jurídico se mostra ainda mais essencial quando há al-

guma mudança significativa na legislação brasileira, como foi o caso

da Lei do Inquilinato, que foi reformulada em 2009. Na ocasião, o Se-

covi Rio saiu na frente e lançou o livro ALeidoInquilinatoatualizada

pelaLeinº12.112,de9/12/2009–Artigos,comentários,perguntas

erespostasejurisprudência, que traz, de forma objetiva, tudo sobre

locação, incluindo as modificações introduzidas pela nova lei fede-

ral. Essa é apenas uma das diversas publicações encabeçadas pelo

setor jurídico do Secovi Rio, e que, em conjunto com os eventos

promovidos em diversos pontos do estado, exemplifica a presença

atuante e esclarecedora da entidade nas negociações trabalhistas de

seus representados.

Mas é importante frisar a atuação importantíssima do Secovi Rio

na atualização dessa lei, que dispõe sobre as locações de imóveis ur-

banos e que não sofria mudanças desde 1991. Vendo que a lei estava

ultrapassada, o departamento jurídico deu início a um minucioso pro-

cesso de análise que resultou em uma série de propostas para a sua

reformulação. O Sindicato acompanhou o processo de perto e enca-

beçou uma das principais mudanças, que diz respeito ao tempo de

permanência do inquilino em um imóvel em caso de inadimplência.

De acordo com a nova lei, inquilinos com aluguel em atraso podem

ser alvo de ação judicial de despejo com prazo de quinze dias para na

desocupação liminar do imóvel, se estiverem sem garantia locatícia. O

mesmo prazo pode ser utilizado para despejo, em trinta dias, caso não

seja feita a substituição do fiador que tiver se exonerado.

A ação teve o intuito de dinamizar o mercado imobiliário e impul-

sionar locações, uma vez que o tempo médio para a retomada do

imóvel é reduzido. A nova lei também incentiva o bom inquilino. Em

certos casos, se for pontual nos pagamentos, ele pode até ser deso-

brigado de registrar um fiador. Já em relação à multa rescisória con-

tratual, objeto de intermináveis conflitos, a lei atual ajusta-se ao novo

Código Civil e garante proporcionalidade no valor quando o imóvel

alugado é devolvido antecipadamente, entre outras mudanças. O Se-

covi Rio sempre acompanhou de perto projetos e apresentação de

propostas para a estabilidade do setor imobiliário, buscando incentivar

o mercado de locações, um segmento que permite ampliar o acesso

da população à moradia digna.

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Page 25: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

Nem todas as questões, no entanto, precisam ser levadas para um juiz. Mesmo com um de-

partamento jurídico disponível, é importante ter em vista que, a cada ano, quase dois milhões

de novos processos dão entrada na Justiça do Trabalho. Com tamanho volume, uma causa

simples pode passar anos perdida entre recursos e liminares. Foi aí que o Secovi Rio entrou

com a iniciativa de resolver conflitos entre empregados e empregadores do setor imobiliário

por meio de um conselho de conciliação.

Baseada na Lei 9.958, a Comissão de Conciliação Prévia, setor que teve atuação no Sindi-

cato até dezembro de 2010, foi a solução do Secovi Rio para as batalhas jurídicas que conges-

tionam os Tribunais do Trabalho, pondo na mesa apenas as partes interessadas, intermediadas

por representantes de empregado e empregadores, em igualdade de condições. Firmada em

1º de novembro de 2000, a iniciativa foi um passo decisivo para a modernização das relações

trabalhistas do segmento.

Partindo da premissa de que não existem patrões sem empregados e vice-versa, o Secovi

Rio visa à estabilidade entre os sindicatos patronal e laboral. Para equilibrar a difícil equação en-

tre contribuir com a manutenção do nível de emprego e, ao mesmo tempo, manter a sustenta-

bilidade dos condomínios, o primeiro passo é acreditar que negociar seja buscar uma maneira

de todos saírem ganhando.

É por isso que o departamento jurídico do Secovi Rio também realiza

a Convenção Coletiva de Trabalho, um instrumento resultante do acor-

do firmado entre os sindicatos patronal e laboral, cujo principal objetivo

é regular condições de trabalho aplicáveis aos contratos individuais da

categoria. Na prática, as convenções são negociações organizadas pelo

Conselho de Relações do Trabalho do Secovi Rio – um grupo de em-

presários do segmento que se reúne para debater questões que digam

respeito às relações mantidas entre condomínios, administradoras, imo-

biliárias e seus respectivos empregados.

O Conselho, do qual fazem parte, na gestão 2012, Alexandre Hermes

Rodrigues Corrêa (presidente), Maria Teresa Mendonça Dias, Dennys Ab-

dalla Muniz Teles e Fernando Schneider, tem relevante papel nas defini-

ções salariais do segmento, focando sua atuação no diálogo e no bom-

-senso, para que os lados patronal e laboral possam chegar a resultados

satisfatórios. É uma grande responsabilidade, afinal, os condomínios e em-

presas do setor representam, no Estado do Rio, 100 mil empregos diretos.

Sempre defendendo seus representados, o Secovi Rio atua também

com o intuito de influenciar as decisões governamentais, objeto de in-

tenso trabalho nessa sua longa jornada. Ao longo de setenta anos de

existência, essa ação tem traduzido o verdadeiro mote do Sindicato da

Habitação. Os serviços oferecidos, os eventos promovidos, as publica-

ções, tudo isso reafirma o lema principal da organização. Mas nenhuma

prática exemplifica tão bem os papéis de defensor e representante quan-

to as realizadas pela Coordenação de Relações Político-Institucionais

(CRPI) do Secovi Rio. Em conjunto com toda a estrutura do Secovi Rio,

os profissionais desse setor são responsáveis por defender os interesses

do mercado imobiliário.

O Estado é a estrutura organizacional que viabiliza a existência de

uma sociedade moderna. Além de prestar os serviços essenciais, tais

como segurança, justiça, garantia da moeda etc., é responsável por pro-

ver diretamente ou assegurar que sejam prestados pela iniciativa privada

um sem-número de outros serviços, como educação, saúde e assistên-

cia médica, transportes, infraestrutura e os demais que são imprescindí-

veis ao desenvolvimento social.

No estado democrático, os governos, que por concepção são elei-

tos, representam o pensamento médio da maioria da população e estão

legitimados para programar um modelo de gestão ou tomar decisões

que expressem o seu pensamento político, suas opções que condizem

com a escolha que atendam às demandas da sociedade às quais estão

comprometidos em atender. Portanto, o Estado não é autossuficiente.

Governa para a maioria da população e promove, juntamente com os

Foto: Marilyn Volan/Shutterstock

48 4948 49

Page 26: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

indivíduos – cidadãos usuários de serviços públi-

cos, consumidores, sujeitos de direito – e a ini-

ciativa privada, entendida como segmento eco-

nômico/produtivo, as condições imprescindíveis

ao desenvolvimento e reprodução da sociedade.

As decisões governamentais em uma socie-

dade complexa e diversa invariavelmente irão

beneficiar alguns setores econômico-sociais e

prejudicar outros. E esse ciclo se repete, varian-

do no tempo os conteúdos e setores atingidos,

que, não raro, podem se inverter de acordo com

a conjuntura, as necessidades objetivas, a capa-

cidade de mobilização e o projeto de governo.

Essa realidade torna o Estado ou o governo o

fórum privilegiado para a expressão dos segmen-

tos sociais e econômicos, os quais buscarão, de

forma legítima, influenciar as suas decisões, por

intermédio do convencimento (oferecimento de

informações) ou pressão (ameaça à legitimidade

do governo em relação à sociedade).

O “interesse público”, que é o instituto jurídi-

co abstrato que legitima a atuação do Estado,

pressupõe a construção do conceito que parte

das concepções iniciais dos governantes em in-

teração com a resultante das ações, convicções e

informações levadas a efeito pelos grupos socio-

econômicos. A interação entre Estado e socieda-

de é imprescindível não somente para assegurar

a possibilidade de maior eficiência nas decisões

governamentais, mas porque esse movimento vai

assegurando a manutenção da legitimidade ou a

gradativa perda desta, oxigenando a democracia

e os partidos políticos como seus representantes.

A participação de todos os cidadãos, em to-

das as tomadas de decisão no Congresso, é, po-

rém, impossível, mesmo que se lance mão de

plebiscitos. Como fazer então para ter sua voz

ouvida? Uma solução é estabelecer um diálogo

permanente entre o governo e a sociedade, por

meio de entidades, a partir da atuação de grupos

de representação de interesses, durante o pro-

cesso de elaboração das leis. É aí que entra o trabalho de defesa

das necessidades de determinadas categorias. E para pleitear ide-

ários do segmento imobiliário existe a CRPI – Coordenação de

Relações Político-Institucionais.

A CRPI existe desde 1992, mas foi consolidada e reestruturada

em 1999 – uma verdadeira vitória para o Secovi Rio, uma vez que

se trata de uma atuação de máxima importância no que diz respei-

to à evolução do setor de imóveis, mantendo acompanhamento

permanente de proposições legislativas e das propostas e progra-

mas de políticas públicas do Executivo, nos âmbitos municipal,

estadual e federal que sejam de interesse do setor imobiliário.

No Legislativo, os principais objetivos são o de incrementar e

aperfeiçoar a legislação pertinente aos assuntos de interesse do

setor imobiliário, além de analisar as proposições que possam in-

tervir no segmento. Já no Executivo, a Coordenação participa das

discussões e mantém representação em Conselhos e Grupos de

Trabalho, debatendo e propondo ações para o desenvolvimento

do segmento.

A isso, nos EUA, dá-se o nome de “advocacy“ – uma forma mui-

to comum de se participar ativamente da política pública. Tanto

que atividades desse tipo são regulamentadas na União Europeia,

nos Estados Unidos e em parte da América Latina. Mas por aqui,

onde a prática é conhecida como lobby, ainda há bastante re-

sistência, e, infelizmente, a palavra acabou sendo erroneamente

atrelada a um sentido pejorativo. No entanto, ações transparentes

como as da CRPI do Secovi Rio surgem justamente para inverter

essa lógica e provar que onde há democracia há lobby.

As atuações do Secovi Rio que buscam influenciar os processos

decisórios governamentais são mais eficientes porque foram con-

cebidas de forma estratégica e nada “messiânica”. Com isso, elas

estão livres da falsa convicção de “verdades”, direitos e justiça dos

pleitos, que não raro obscurece o processo, descartando-se a dinâ-

mica que envolve a construção do ambiente decisório e a ação dos

opositores. Uma vez traçados os objetivos, é imprescindível reunir

e sistematizar as informações necessárias quanto ao mérito e cir-

cunstâncias em que a política pública e/ou a ação governamental

se circunscrevem. A plataforma de subsídios e materiais que servirá

de instrumento de divulgação da posição do segmento deve ser

concebida de maneira que possa ser compreendida em sua ampli-

tude. Há aqui um forte componente de técnicas de comunicação.

50 5150 51

Page 27: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

O objetivo a ser alcançado deve passar pelo crivo dos seguintes as-

pectos, que podem viabilizar ou impedir o alcance dos resultados:

• Base jurídica/constitucional: o princípio da legalidade.

Aquiseincluiaconstitucionalidade,pressupostoimpres-

cindívelà tomadadequalquerdecisãogovernamental.

Essa análise assegurará sustentabilidade ao pleito e a

possibilidadedeanálisedoseumérito.

• Adequaçãodopleitoàstendênciasdapolíticagoverna-

mentaleaosprecedentesquepossamreforçá-lo.

• Identificação dos elementos de conjuntura político-

-econômica e social que podem influenciar direta ou

indiretamenteoalcancedosobjetivos.

• Análisedos “recursosdepoder” (financeiro, tecnológi-

co,organizacional,institucionalecultural)dequeoseg-

mentocorporativodispõe.Esseéumimportanteinstru-

mentoparaescolherasaçõesquepossamproduziros

efeitosmaisexpressivos.

• Identificaçãodossegmentos(atores)socioeconômicos

corporativos convergentes em relação às propostas e

aospotenciaisopositores,pormeiodeumaabordagem

direcionadaqueconsidereaagregaçãodeforçaeque

reduzaaeficáciadosrecursosdepoderdosopositores.

• A adoção sequenciada e oportuna das ações progra-

máticasedosmeiosutilizados,pressupondoomelhor

aproveitamentodosrecursosdepoder.

Além do contato pessoal com os agentes de decisões governamentais e formado-

res de opinião, a ação estratégica recomenda a participação qualificada em encon-

tros setoriais e temáticos, seminários, audiências públicas e eventos em geral, publici-

dade direcionada, segmentos específicos da mídia, mobilização social e participação

direta, além da grande novidade da sociedade da informação, que é a mobilização

por meio das redes sociais.

A atuação continuada e proativa é imprescindível para o Secovi Rio, pois as deci-

sões governamentais são recorrentes e influenciam diretamente as atividades de seus

representados. É por isso que o Sindicato se orgulha de erguer a bandeira da atuação

política objetiva e permanente, reconhecida pelos representados como uma partici-

pação legítima na elaboração de legislações. Por meio do compromisso e da transpa-

rência, o Secovi Rio vê as atividades exercidas pela CRPI como um meio que reafirma

a participação sociopolítica do Sindicato da Habitação e, mais que isso, como verda-

deiramente essenciais para o bom funcionamento do setor de imóveis.

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Page 28: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

Foi-se o tempo em que a medida de poder

de uma empresa recaía sobre a extensão de sua

folha de pagamentos. Atualmente, as mudanças

nas áreas de gestão revolucionaram as tradicio-

nais concepções do setor produtivo, e, em meio

aos avanços tecnológicos, um novo paradigma,

em que o fator humano é imprescindível para o

sucesso dos empreendimentos, se instaurou. Ou

seja, para sobreviver ao mercado hoje em dia, só

existe uma opção viável: contar com o auxílio de

profissionais qualificados.

A profissionalização é uma medida estratégi-

ca para o aprimoramento da qualidade dos servi-

ços oferecidos. E levando em conta a crescente

competitividade das empresas do mercado, ter

um time bem treinado é um grande diferencial

no que diz respeito à satisfação dos clientes. A

profissionalização promove, ainda, o desenvolvi-

mento da autoconfiança, o que resulta em em-

pregados não só mais capazes, como também

mais motivados e comprometidos.

Foi justamente a partir da necessidade de quali-

ficação do segmento que o Secovi Rio inaugurou,

em 2004, o Centro de Capacitação Imobiliária.

Percebendo a enorme demanda, uma vez que o

mercado imobiliário carioca se encontrava caren-

te de treinamento, o Sindicato assumiu a missão

de congregar conhecimento dos problemas da

categoria a fim de elaborar uma política de capaci-

tação do setor. É por isso que o núcleo de ensino

tem como meta desenvolver cursos e palestras

com o objetivo de profissionalizar os serviços de-

sempenhados nos condomínios e nas empresas

atuantes nas áreas representadas pela entidade.

O Centro de Capacitação é a primeira instituição especializada em qualificação

profissional do setor imobiliário no Rio de Janeiro e formatada de acordo com pes-

quisas de mercado. Antes de sua criação, entre fevereiro e abril de 2003, foi realiza-

da uma sondagem mercadológica com mais de duzentos representantes do ramo

de imóveis, entre síndicos, executivos e funcionários de condomínios e empresas.

Foi com base nas necessidades narradas por cada um deles que o Centro pôde

elaborar seu cronograma de treinamento, levando em consideração a localização

e preços acessíveis.

Desde a sua criação, o Centro vem oferecendo uma gama de cursos, palestras,

workshopse eventos destinados a profissionalizar todos aqueles que mantêm o

setor de habitação funcionando. Certamente, uma das grandes preocupações do

Sindicato tem sido provar para os profissionais do ramo o quanto a capacitação é

imprescindível, especialmente no cenário atual do mercado imobiliário. E foi com

esse objetivo que o Secovi Rio lançou, para o ano de 2010, o Programa Compro-

misso com a Qualidade – que incentivou condomínios, de janeiro a dezembro, a

investir na qualificação de seus colaboradores, fortalecer as relações e contribuir

para a qualidade de vida dos moradores.

Paralelamente à capacitação, o Secovi Rio realiza uma série de cursos avulsos e

eventos ao longo do ano, tanto em sua sede quanto nas unidades regionais situadas

em todo o estado. Os temas são variados, com aulas teóricas e práticas conduzidas

pelos maiores especialistas do segmento. As pautas são renovadas periodicamente,

a fim de atender ao maior número possível de representados. Em 2012, foi apresen-

tado o Programa Gerenciando Condomínios, uma série de cursos cuja missão é le-

var a síndicos, subsíndicos, conselheiros, gestores de condomínios, colaboradores

de administradoras de imóveis e pessoas interessadas em atuar na área questões

jurídicas, administrativas, financeiras e comportamentais, no intuito de aumentar a

eficiência e a eficácia da gestão condominial.

Atento aos avanços tecnológicos e, principalmente, à democratização do saber,

o Secovi Rio oferece, ainda, cursos e palestras com transmissão via web. É uma

ferramenta que, além de oferecer praticidade e comodidade, está ao alcance de

qualquer um com acesso à internet.

Para o Centro de Capacitação, o Sindicato contou, ainda, com a parceria de

instituições sérias na área de ensino técnico e formação profissional: Senac, Defesa

Civil e Corpo de Bombeiros. Além de fornecer apoio ao núcleo de ensino, os par-

ceiros que compraram a ideia de transformar o mercado imobiliário em um setor

competitivo, com profissionais qualificados, oferecem palestras e cursos rápidos

em programas de treinamento para condomínios, com dicas práticas sobre acesso

de pessoas ao prédio e à garagem, equipamentos de segurança, bem como o Guia

deprevençãoparacidadãos, com orientações para incêndios, cortes de energia,

evacuação de prédios e demais situações de risco.

Foto: Blaz Kure/Shutterstock

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Page 29: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

O tema da Segurança Predial, aliás, é uma das principais bandeiras do Secovi Rio,

visto que os novos métodos de ação dos assaltantes colocam, diariamente, em risco

muitos edifícios. Com o objetivo de preparar moradores, síndicos, zeladores, porteiros

e vigias a ampliarem o panorama de segurança em condomínios, o Sindicato toma

uma série de medidas para instaurar uma rotina nos condomínios que assegure a

tranquilidade de todos.

No ano 2000, antes mesmo de o Centro de Capacitação ser aberto, o Secovi Rio

havia formulado o Projeto Segurança Predial, visando reduzir a criminalidade nos pré-

dios residenciais do estado do Rio de Janeiro. Para além das palestras que o Sindicato

já ministrava para porteiros e síndicos, esse projeto tinha como principal objetivo sen-

sibilizar também os condôminos, uma vez que, bem informado, o morador é capaz

de colaborar decisivamente para evitar assaltos em seu condomínio. A principal pre-

missa da questão da segurança é a prevenção, e, muitas vezes, prevenir pode significar

apenas estar atento. No Secovi Rio, projetos desse naipe sempre buscam incentivar

medidas simples, como instruir moradores e funcionários a ficarem atentos à invasão

de bandidos disfarçados de entregadores ou prestadores de serviços.

Como já dizia o ditado popular: a ocasião faz o ladrão. E se ele é verdadeiro, a

melhor maneira de aumentar a segurança dos condomínios residenciais é reduzir as

suas vulnerabilidades. As medidas são das mais diversas e incluem desde o controle

de acesso de pessoas e veículos ao uso de recursos tecnológicos, como câmeras

de vigilância. Por isso, o Programa de Treinamento em Segurança Predial apostou

na capacitação de porteiros e no esclarecimento da população. Na época, um kit foi

distribuído a doze mil condomínios e entidades. Um manual listava duas razões para

o crime: vontade e oportunidade, e pleiteava ser possível evitar a segunda razão por

meio de medidas preventivas.

Pela ótica da prevenção, todos têm seu papel a cumprir no combate ao crime, e,

sendo assim, a segurança condominial é um conjunto de atitudes adotadas pelo síndi-

co, pelos moradores e pelos funcionários. Para esclarecer boa parte dessas questões,

um vídeo informativo ilustrava os truques mais usados por assaltantes para conseguir

driblar a vigilância e entrar nos condomínios. Por conta da parceria com a Polícia Mili-

tar, síndicos e porteiros podiam inscrever-se no programa por meio de qualquer Bata-

lhão. A cada vinte inscrições, uma palestra era programada. Paralelamente, um curso

de qualificação de porteiros, ministrado em parceria com o Senac, incluía o tema da

segurança em sua programação.

A instauração do Programa de Segurança Predial do Secovi Rio foi certeira, e, no

ano seguinte, o Sindicato levou o Prêmio Master Imobiliário 2001 pela iniciativa. O su-

cesso levou o programa a ser ampliado, incorporando também manutenção predial e

prevenção contra incêndio e pânico. Em conjunto com a abordagem pela proteção

contra crimes, os dois novos tópicos formavam o tripé sobre o qual se construía a

nova concepção de segurança, muito mais abrangente e moderna e, enfim, preocu-

pada com riscos à estrutura do prédio.

Por anos o programa foi referência, mas como o passar do tempo e os avan-

ços da sociedade, o Sindicato sentiu ser necessário dar mais um passo à frente na

busca pelo dia a dia pacífico nos condomínios. Então, em novembro de 2005, foi

lançado um novo programa de segurança predial, batizado de Trilogia–Práticas

paraumcondomínio seguro. Construído com base no mesmo tripé, o projeto

se baseava na ideia de que a segurança condominial não está limitada a ações

de combate à violência urbana, mas em tudo que possa ameaçar o sossego, o

patrimônio e a própria vida dos condôminos. Além do DVD, com uma abordagem

comportamental, o projeto também distribuiu aos síndicos fluminenses milhares

de cartilhas ilustradas em cores.

No fim, todos ganham: os funcionários de condomínios, com a qualificação e a

motivação para desenvolver suas atividades, e os condôminos, por terem seu patri-

mônio valorizado e bem conservado. Inteiramente didática, a publicação contém

valiosas dicas e orientações aos gestores prediais e é, até hoje, uma das maiores

armas do Secovi Rio em defesa da segurança predial.

Alphaspirit/Shutterstock

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Page 30: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

Sem sombra de dúvidas, a expansão do se-

tor de serviços é um fato incontestável. À me-

dida que a economia de cidades interioranas

cresce, aumentam também, por consequência,

as demandas do setor imobiliário. A expansão da

categoria imobiliária é sintomática do desenvol-

vimento urbano e, assim como nas grandes cida-

des, o mercado de imóveis no interior do estado

necessita de aparatos para prosperar: treinamen-

to de pessoal, assistência jurídica, informação,

ferramentas gerenciais e instrumentos para a

profissionalização do setor.

Um processo natural de evolução e interioriza-

ção da economia fluminense levou o Secovi Rio

a instalar Delegacias Regionais nos grandes cen-

tros, promovendo o intercâmbio de informações

e o fortalecimento das atividades imobiliárias em

todo o estado. Com necessidades e demandas

distintas daquelas da capital do estado, as empre-

sas e os condomínios localizados em outras cida-

des contam com a participação ativa do Secovi

Rio por intermédio de suas delegacias: Baixada

Fluminense, Costa Verde, Lagos, Litorânea, No-

roeste Fluminense, Norte Fluminense, Serra Im-

perial, Serra Norte, Serra Verde e Sul Fluminense.

As Delegacias Regionais do Secovi Rio fun-

cionam como uma espécie de franquia, com o

intuito de estender a representatividade e conso-

lidar a presença do Sindicato. O objetivo principal

é levar às regionais todos os serviços e produtos

oferecidos pelo Secovi Rio, mantendo a mesma

linha de pensamento da sede no que diz respeito

às suas ações e às respostas aos contribuintes. A

entidade fornece o conhecimento acumulado e

uma marca de confiança em troca da unidade de

ações em todo o estado do Rio de Janeiro.

Os mercados das diferentes regiões apresen-

tam diferentes necessidades de atuação. Assim,

as delegacias das regiões dos Lagos e Norte Nor-

deste, por exemplo, concentram suas atividades

nas questões trabalhistas. Já em Nova Friburgo e

Teresópolis, a maior demanda é por capacitação

profissional do segmento, por isso a regional ofe-

rece mais cursos e palestras entre programas di-

rigidos a porteiros, zeladores, síndicos e adminis-

tradores. O Secovi Rio está atento aos problemas

de cada canto do estado e decidido a contribuir

para o desenvolvimento do mercado de imóveis

em todo o Rio de Janeiro.

Regional Costa Verde

RegionalSul Fluminense

RegionalBaixada Fluminense

RegionalSerra Imperial

SedeSecovi Rio

Regional Lagos

Regional Litorânea

RegionalNorte Fluminense

RegionalNoroeste Fluminense

RegionalSerra Norte

RegionalSerra Verde

58 5958 59

Page 31: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

A melhor maneira de uma organização buscar a transparência e, ao mes-

mo tempo, aproximar-se de seu público é, certamente, por meio do diálo-

go. Mas como estabelecer essa troca de informações nos dias de hoje? Em

plena era da mídia digital, o Secovi Rio não fica para trás e nem abre mão

da tradição, preferindo apostar na diversidade de meios que possam levar

informações relevantes e que contribuam para uma gestão condominial efi-

ciente. Somados, esses espaços fortalecem a marca e, principalmente, bus-

cam atender a todos os representados do Sindicato de Habitação de forma

simples e intuitiva. É por isso que o Secovi Rio dá toda

a importância aos canais de comunicação, e, a cada

nova tendência midiática, aumenta a vasta coleção de

espaços destinados à informação.

Prova disso são os canais mais recentes: o Blog

Secovi Rio (secovirio.blogspot.com), as páginas nas

redes sociais Twitter (@secovirio) e Facebook (/seco-

virio) e um canal no YouTube – quatro indicadores do

quanto o Sindicato está ligado à modernidade. As re-

des sociais trouxeram uma nova dinâmica, já que antes

a comunicação tinha apenas uma via. Entre o Secovi

Rio e seus representados não havia de ser diferente.

Por meio dos novos canais, síndicos, administradores

e condôminos têm a oportunidade de sugerir, recla-

mar, elogiar, divulgar ou criticar.

Não é novidade para ninguém que a internet re-

volucionou a maneira como as pessoas interagem, e

os perfis no Twitter, Facebook e YouTube do Secovi

Rio acompanham essa tendência global de interação.

Com eles, o Sindicato pode divulgar informações pon-

tuais, como cursos, eventos e serviços, e notícias im-

portantes do mercado de imóveis, além de criar pro-

moções e interagir com os representados da melhor

forma possível. O importante é a qualidade do consu-

mo dessas informações pelo público. De certo, o bom

aproveitamento dessas redes contribui para resultados

positivos no desenvolvimento de qualquer empresa,

inclusive o Secovi Rio. É o Sindicato em sintonia com

a era das mídias sociais.

No blog, o Sindicato da Habitação conta com a

atuação de um departamento específico, a Coordena-

ção de Relações Político-Institucionais (CRPI), que tem

como principal objetivo acompanhar as proposições

legislativas nos âmbitos municipal, estadual e federal,

levando sugestões para projetos que interferem no se-

tor imobiliário. Esses canais pegam carona no sucesso

absoluto do Portal Secovi Rio, relançado em 2010.

60 6160 61

Page 32: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

Completamente reformulado, o site oficial do

Secovi Rio ganhou, em 2010, um visual moderno

para abrigar não só as notícias do mercado imo-

biliário como também os novos serviços que es-

tavam sendo oferecidos on-line. Assim, de forma

pioneira no setor, o website se transformou em

um verdadeiro portal. A fim de facilitar o dia a dia

dos condomínios e das empresas do segmento

de imóveis, a página na internet passou a ofere-

cer, além das áreas tradicionais, como Conven-

ções Coletivas, Legislações, Cursos e Eventos,

novidades interativas.

Dentre as atualizações, valem destacar o

Chat Atendimento Jurídico, uma ferramenta

para quem precisa solucionar dúvidas sem sair

de casa ou do escritório; a Loja Virtual, um es-

paço on-line onde estão disponíveis para venda

pesquisas, publicações e a assinatura anual da

Revista Secovi Rio; os Classificados, onde estão

listadas empresas que prestam serviços para

condomínios, bem como empresas do setor;

a seção Agende-se, um calendário indicando

quais são as datas para pagamento de INSS, 13º

salário, FGTS etc.; e a ferramenta de Inscrição

On-line, onde é possível realizar inscrições no Sindicato, por

meio do site, de maneira ágil e prática.

Mas como tudo na era da informática muda com uma rapidez

estonteante, o portal ganhou uma nova versão em 2012, para co-

memorar os setenta anos de Sindicato na crista da onda. O novo

site entrou no ar em abril, muito mais bonito, eficiente e integrado

às redes sociais, com a missão de aproximar ainda mais a entida-

de de seus representados. O portal também ficou mais integrado

com o blog, e todos os assuntos relacionados passaram a ser

postados também na página do Sindicato, na seção “Fórum”, sob

o tema “Projetos de Lei”.

Além disso, o site também inaugurou uma importante seção

periódica de enquetes, onde os visitantes interessados podem

concordar ou discordar em assuntos que afetam o segmento de

imóveis. Esse é mais um meio usado pelo Sindicato para entender

ao seu público e poder, assim, defendê-lo. Nos próximos anos,

novas ferramentas certamente virão. Não se pode prever o futuro

da internet, mas não há dúvidas de que o Secovi Rio estará lá.

www.secovirio.com.br

62 6362 63

Page 33: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

Quem já passou pela experiência de ter que

procurar uma casa ou apartamento para com-

prar ou alugar sabe muito bem o tamanho da dor

de cabeça que um serviço de baixa qualidade

pode causar. É por isso que, desde 2008, o Seco-

vi Rio encabeça a Rede Rio de Imóveis, site que

oferece cerca de 4.500 unidades para locação,

compra e venda na cidade do Rio de Janeiro. Por

meio do portal, as administradoras de imóveis e

imobiliárias representadas podem cadastrar seus

produtos e estabelecer negociações com clien-

tes potenciais. O serviço parte da ideia de que os

negócios individuais podem crescer a partir da

cooperação, ou seja, quando empresas concor-

rentes se unem em formato de rede. As imobili-

árias saem ganhando, já que aumenta o volume

de negociações, mas quem ganha mais ainda é

o consumidor, que terá muito mais opções de

oferta, além de ter suas demandas atendidas em

um tempo muito menor.

www.rederiodeimoveis.com.brEm resumo, a Rede Rio de imóveis foi cria-

da com o objetivo de alavancar os negócios

realizados pelas empresas associadas, mas tam-

bém visando mais segurança e praticidade para

quem quer alugar ou comprar/vender um imó-

vel no Rio de Janeiro. Quem acessa o site pode

encontrar grandes empresas do segmento de

administração e corretagem imobiliária, unidas

para prestar aos seus clientes um serviço de ex-

celência. Os imóveis estão cadastrados de forma

que o cliente possa fazer uma busca simples e

rápida, bastando indicar o perfil que deseja. Lá

ele encontrará fotos e/ou vídeos que mostram as

principais características do imóvel pesquisado,

como uma forma de conhecer as dependências

sem ter que sair de sua casa ou escritório.

As mídias “clássicas” também têm vez no Sin-

dicato da Habitação, que mantém a tradição de

zelar pelas questões relevantes para as catego-

rias que representa.

O ano era 1999, e o Sindicato de Habitação

adentrava uma fase de renovações. Mas para isso

precisava de um veículo de comunicação que afir-

masse esse desejo de mudança. Era o nascimento

da RevistaSecoviRio – uma publicação bimestral,

com tiragem média de mais de dezoito mil exem-

plares auditados e distribuída gratuitamente aos

condomínios, administradoras e imobiliárias em

dia com as contribuições do Sindicato.

Diferentemente dos canais on-line, o dina-

mismo e agilidade da RevistaSecoviRio não está

na rapidez, mas na sintonia com o público leitor.

É um veículo que começou a ser desenvolvido

justamente quando os efeitos da globalização da

economia se tornaram mais marcantes, e, sendo

assim, era crucial que houvesse um espaço para

se discutir o aumento da competição no mer-

cado, a paulatina sofisticação da prestação de

serviços e a necessidade de profissionalização

do setor, entre outros assuntos. Nesse contexto,

com a revista, o Secovi Rio assumiu o papel de

provedor de soluções que levassem ao cresci-

mento do setor imobiliário.

No editorial do primeiro número, a revista di-

zia: “É preciso socializar o conhecimento, lançar

ideias, refletir sobre novas tecnologias e méto-

dos, dividir experiências e formar uma massa crí-

tica que leve à efetiva evolução de toda a cate-

goria”. É por isso que estampados nas páginas da

revista estão temas atuais, entrevistas, consultas

jurídicas e matérias sobre temas de suma impor-

tância para a administração condominial. Para

maior comodidade, as edições podem ser lidas

também no Portal Secovi Rio.

64 6564 65

Page 34: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

Qual é o perfil de quem investe em imóveis? Quais são as opções

mais seguras na hora de alugar? Qual é a opinião dos melhores advo-

gados do mercado a respeito da legislação? Essas perguntas e muitas

outras nortearam o Investimob, informativo do Secovi Rio que circulou

durante dois anos (abril de 2010 a abril de 2012). Especialmente voltada

para investidores do setor imobiliário, com foco em locação, compra

e venda, e de periodicidade trimestral, a publicação divulgou entrevis-

tas com especialistas, pesquisas com dados de mercado e valores de

imóveis. Ou seja, foi um canal para ligar administradores, investidores,

empresários, locadores e locatários às informações mais precisas e re-

levantes do mercado de imóveis.

Além dos já citados Portal Secovi Rio, Revista Secovi Rio e colunas

publicadas nos jornais OGlobo e Extra, outro canal especializado dá con-

ta de manter os representados pelo Sindicato sempre a par dos tópicos

mais importantes do segmento de imóveis e habitação. É o Secovi Rio

Comunica – um boletim eletrônico de comunicação dirigido a empresá-

rios. Em cada e-mail, o periódico traz notícias sobre ações do Sindicato,

além de pautas sobre o que há de mais moderno no mundo dos negó-

cios imobiliários. De forma simples e cômoda, uma vez que as novidades

chegam quinzenalmente à caixa de e-mails das empresas representadas,

é possível ficar atualizado e redimensionar táticas empresariais, de acordo

com o movimento do setor.

66 6766 67

Page 35: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

São muitos os canais de comunicação que partem do

Sindicato para o mundo, mas o Secovi Rio não para por aí.

Hoje, o Sindicato é referência para a grande mídia e, a cada

dia, se fortalece como uma das mais importantes fontes de

informação do segmento de comércio e serviços imobili-

ários, atendendo aos principais veículos de comunicação

do país. É uma credibilidade que foi conquistada ao longo

de anos de competência e seriedade no trabalho.

No ano de 2009, a entidade passou por um verdadei-

ro boom de inserções na mídia, em veículos impressos,

Internet, rádio e TV. Na televisão, o Secovi Rio deu um sal-

to astronômico, indo de 16.500 segundos de matérias em

2008 para 173.394 segundos em 2009. Na mídia impressa

e on-line houve crescimento de 32% (de 371 para 489 in-

serções). Nas rádios, a participação também foi marcante:

14.796 segundos de matérias e entrevistas, um aumento

de 37% em relação a 2008.

Em 2011, o Secovi Rio se firmou como principal fon-

te de informação do segmento. O Sindicato da Habitação

marcou presença na mídia durante todo o ano, fornecen-

do dados relevantes sobre o mercado imobiliário flumi-

nense aos jornalistas de todo o país. Foram 595 ocorrên-

cias em jornais, revistas, sites e TV, além das participações

em programas de rádio. Isso significa um valor publicitário

de mais de R$ 2,7 milhões. Na mídia impressa, foram 237

aparições. Na mídia on-line foram contabilizadas, de janei-

ro a dezembro, 280 ocorrências. Ao longo do ano, foram

38 inserções na TV e 40 nas estações de rádio, totalizando

9 horas, 27 minutos e 7 segundos de mídia espontânea.

Os números são somente um indicativo de quanto o

nome do Sindicato cresceu nos últimos anos. Ao longo

de 2010, 2011 e 2012, o Secovi Rio, seus profissionais e

suas publicações foram fontes de informação de veículos

como FolhadeS.Paulo,OGlobo,OEstadodeS.Paulo,

RevistaÉpoca,VejaRio,Exame,G1,R7,ValorEconômico,

UOLNotícias, e tantos outros, em matérias que investiga-

vam assuntos referentes ao mercado imobiliário brasilei-

ro. A legitimidade da opinião do Sindicato é tanta que, em

2011, em um artigo sobre a bolha econômica brasileira, a

emissora inglesa BBC entrevistou o vice-presidente admi-

nistrativo do Secovi Rio. Não satisfeito em colaborar em

pautas somente no Brasil, o Sindicato de Habitação agora

é referência lá fora!

68 6968 69

Page 36: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

Já faz mais de duas décadas que o processo de globalização mudou o significado do que é

o sucesso para uma empresa. Nos dias de hoje, ter êxito no mercado de trabalho não depende

somente dos resultados alcançados no fim de cada mês, mas também do potencial de cresci-

mento da organização. Acontece que, para expandir, é preciso pensar para fora e buscar, em to-

dos os lugares, novos conceitos e estratégias inovadoras. De forma simples e direta, para acom-

panhar o crescimento de qualquer indústria, não basta apenas manter contato com profissionais

de várias regiões de seu país, é preciso estabelecer um intercâmbio de ideias com pessoas de

todos os continentes.

Foi pensando nisso que a equipe Secovi Rio idealizou o Fórum Internacional de Administra-

dores de Imóveis, um evento que busca suprir administradores de todo o país com informações

essenciais ao segmento por meio do intercâmbio de experiências bem-sucedidas nacionais e in-

ternacionais. Afinal, quando se trata do dia a dia de um condomínio, os problemas de todo o mun-

do são identificáveis, não importa a nacionalidade.

O primeiro Fórum Internacional aconteceu no Rio de Janeiro, em março de 2006. Estiveram

presentes, além do Brasil, representantes da Argentina, do Chile, da Colômbia, da Espanha, dos EUA,

da Guatemala, da União Europeia e do Uruguai para tratar de temas do interesse de administradores

de imóveis. O evento também visou aproximar legislações dos diversos países e estabelecer currícu-

los mínimos de ensino para a formação de administradores de imóveis, entre outras ações.

O contato com profissionais do mesmo setor, mas de nacionalidades diferentes, mostrou-se

muito enriquecedor para a evolução do mercado no Brasil. Tanto que, em setembro de 2006, o

Secovi Rio representou o país em Málaga, na Espanha, no XIV Congresso Nacional de Adminis-

tradores de Fincas. Nesse mesmo ano, em outubro, o Sindicato ainda

participou como representante nacional, em Montevidéu, Uruguai,

das II Jornadas Internacionales de Propiedad Horizontal, e em Tam-

pa (Flórida/EUA), na Conferência Nacional do Irem (Institute of Real

Estate Management).

O ano de 2006 foi um marco na história do Sindicato e abriu ca-

minho para uma série de outras experiências internacionais. Em 2007,

o Secovi Rio foi mais longe e se aproximou do mercado imobiliário

japonês por meio do Irem, trazendo de lá exemplos de gestões de su-

cesso, incluindo a capacitação e a profissionalização do setor imobili-

ário. Em 2008, o Sindicato organizou o segundo Fórum Internacional,

em conjunto com o XV Conami, e consagrou a realização de um dos

maiores eventos do segmento de administração imobiliária da Améri-

ca do Sul. A cada edição, o evento se firma como o encontro mais im-

portante do setor atualmente – uma verdadeira janela para o mundo.

Sabemos que em um futuro não muito distante o Rio de Janeiro

vai sediar dois dos eventos esportivos mais importantes do planeta – a

Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 — e, certamente,

as mudanças serão nítidas no setor de imóveis. Para debater o rumo

desse segmento, o Secovi Rio realiza nos dias 28 e 29 de setembro de

2012, no hotel Windsor Atlântica, a terceira edição do Fórum Interna-

cional de Administradores de Imóveis. Assim como nas duas edições

anteriores, o evento põe na mesa de debate um panorama da admi-

nistração imobiliária na Europa, nas américas Central, do Norte e do

Sul e no Japão, estimulando o networking, a troca de experiências, a

ampliação da participação das lideranças corporativas e o incremento

dos negócios dos participantes.

Vale lembrar que nesse fórum o Secovi Rio tem um motivo a mais

para comemorar: está completando setenta anos de atividades como

uma das mais atuantes e representativas entidades do setor no país.

A força do Secovi Rio na troca de experiências com entidades do

segmento no exterior fica evidente também nos convênios celebra-

dos nos últimos anos, com as seguintes organizações: IREM (Instituto

de Administração de Imóveis), o órgão que valida e faz cumprir o Có-

digo de Ética do setor imobiliário nos EUA; Cepi, Conselho Europeu

de Profissões Imobiliárias, com sede na Espanha; CGAI, Colégio de

Gestão e Administração Imobiliária do Chile; CGCAFE, Conselho Ge-

ral de Colegiados de Administradores de Imóveis da Espanha; AIERH,

Associação Imobiliária de Condomínios e Locações da Argentina; e

UNAI, União Nacional dos Administradores de Imóveis da Itália.

70 7170 71

Page 37: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

San Sebastian, Espanha (maio de 2004 – Con-gresso do CGCAFE)

Chicago (2008 – Irem Conference – USA)

Santiago, Chile (dezembro de 2004 – Congresso CGCAI)

Málaga, Espanha (setembro de 2006 – Congresso CGCAFE)

Mar del Plata, Argentina (novembro de 2005 – Congresso AEIRH)

Japão (2007 – Irem Conference – Capítulo Japão)

Boston, EUA (junho de 2012 – Educa-tion Conference & Exposition, do Nacional Apartment Association)

Montevidéu, Uruguai (outubro de 2006 – Congresso Caph)

Guatemala (maio de 2012 – Congreso Internacional de Adminis-tración Inmobiliaria)

Bogotá, Colômbia (março de 2007 – Colégio de Administradores de Propriedades Horizontais)

Huelva, Espanha (maio de 2005 – Con-gresso CGCAFE – Jovens Administradores)

San Diego (2011 – Irem Confe-rence – USA)

Gênova, Itália (setembro de 2004 – Congresso da Anaci)

Veneza, Itália (maio de 2009 – I Anaci Special Forum)

Luxemburgo (novembro de 2009 – Conferência Anual do Cepi)

Varsóvia, Polônia (maio de 2012 – Assem-bleia Anual do Cepi)

Pescara, Itália (setembro de 2011 – II Anaci Special Forum)

Roma, Itália (maio de 2012 – Con-gresso Internacional Unai)

Orlando (2010 – Irem Conference – USA)

Ao visualizarmosomapa-

-múndi, podemos perceber

exatamentecomooSindica-

to foi longe. E secontarmos

com essa tendência, a lista

aindavaicrescer!

72 7372 73

Page 38: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

Congregar líderes e os mais promissores profissionais do mercado imobiliário nacional para pro-

porcionar a troca de experiências e diagnosticar problemas e soluções. Revisar conceitos, motivar

ações e somar conhecimentos, tendo em vista sempre o profissionalismo, a fim de tornar o segmento

a cada dia mais competitivo, ágil e capaz. Esses são os objetivos do Conami (Congresso Nacional do

Mercado Imobiliário) – um encontro bienal de quem faz acontecer no cenário imobiliário do Brasil.

O evento visa propiciar aos profissionais do segmento a disseminação de conhecimentos e o com-

partilhamento de experiências, além de novas práticas e tecnologias que venham a contribuir para o

aperfeiçoamento do setor. A cada edição, o evento é sediado em uma cidade brasileira diferente, no in-

tuito de reunir representantes de todos os cantos do país ao redor de uma programação que traz sempre

palestras, painéis e debates com especialistas nas mais diversas áreas contidas na indústria de imóveis.

Na edição 2008, o Congresso Nacional aconteceu, mais uma vez, em conjunto com o II Fórum

Internacional de Administradores de Imóveis, o que acrescentou ao debate uma visão global do seg-

mento imobiliário. Ou, nas palavras do Dr. Pedro Wähmann, o evento agregou “soluções internacio-

nais para a crise mundial”.

Para levantar a moral e garantir ainda mais dedicação de um pro-

fissional de qualidade, é preciso reconhecer o valor de seu trabalho.

E que maneira de honrar um colega de profissão seria mais emble-

mática que uma cerimônia de premiação? Desde 2007, o Sindicato

da Habitação promove o Prêmio Secovi Rio, no intuito de homena-

gear pessoas e empresas que contribuem anualmente para o desen-

volvimento do setor imobiliário. O evento é uma chance única para

festejar as maiores conquistas do segmento em grande estilo. Com

direito a estatuetas e tapete vermelho, a premiação é capaz de fazer

qualquer profissional se sentir digno de um Oscar.

O principal objetivo de evento é, sem sombra de dúvidas, valo-

rizar o segmento imobiliário fluminense, já que o prêmio abrange

profissionais de todo o estado. O prêmio pretende prestigiar aqueles

que incentivam e desenvolvem o mercado por meio do reconheci-

mento aos que se sobressaem no setor. É uma atitude que fomenta

o desenvolvimento sustentável e a inovação. No Prêmio Secovi Rio,

podem concorrer pessoas que atuam no setor, tanto no ramo de

condomínio quanto no de compra, venda e locação de imóveis. Os

participantes disputam os três primeiros lugares nas categorias Mídia,

Condomínio Cidadão e Gestão do Síndico, além da categoria espe-

cial Personalidade do Segmento Imobiliário. Até 2011, também eram

eleitos os destaques na categoria Fornecedor/Prestador de Serviços.

Além de troféu e certificado, os vencedores podem levar para casa

prêmios em dinheiro para investir nos projetos que os levaram ao

pódio. É o caso da categoria Condomínio Cidadão, que tem como

princípio estimular o desenvolvimento de ações sociais que partem

das comunidades condominiais. Competem entre si casesdesenvol-

vidos por moradores e condomínios residenciais ou comerciais do

estado. Fica a cargo do síndico a apresentação do projeto. Nesse

caso, não importam os recursos financeiros empregados no desen-

volvimento dessas iniciativas, mas o potencial de alcance social que

elas têm. A categoria já premiou projetos como viveiros de plantas

medicinais, bibliotecas comunitárias, sistemas de aquecimento com

painéis solares, alfabetização de adultos, capacitação de artesãos e

até a organização de uma escolinha de futebol.

Já na categoria Gestão do Síndico, os candidatos têm a chance

de concorrer com mais um case de sucesso, uma vez que esse é

um prêmio que busca reconhecer práticas eficientes e inovadoras. A

categoria chamada de Mídia reconhece a melhor reportagem, artigo,

ensaio ou cobertura sequenciada de eventos que tenha tido como

tema o segmento de comércio e serviços imobiliários. Podem con-

correr veículos de todo o país (jornal, revista, internet, rádio ou TV),

74 7574 75

Page 39: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

desde que a matéria esteja relacionada a fatos ocorridos no estado do Rio de Janeiro. É

um prêmio que certamente busca incentivar a participação desses agentes no mercado

de imóveis, estimulando a produção de reportagens que contribuam para o desenvolvi-

mento do segmento de comércio e serviços imobiliários.

A categoria Personalidade do Segmento Imobiliário é a única que não aceita inscrições

prévias, e não é à toa. Esse troféu visa homenagear pessoas, sejam do âmbito privado ou

público, que tenham realizado alguma ação significativa em prol do engrandecimento e

desenvolvimento do segmento de comércio e serviços imobiliários.

Ao longo dos anos, foram homenageados: o empresário e advogado Leandro Ibagy,

em 2007, graças às ações nacionais junto às altas cortes do país na defesa da fiança

como sólida garantia para as locações; os empresários cariocas Geraldo Rezende Ciri-

belli e Paulo Victor da Costa Monnerat, em 2008, por ações em prol do segmento imo-

biliário, como a participação ativa na comissão organizadora do 1º Conami; o desem-

bargador Sylvio Capanema, em 2010, pela idoneidade, influência positiva para o setor

e contribuição para a evolução do segmento de comércio e serviços imobiliários; e o

secretário de segurança pública, José Mariano Beltrame, pela sua contribuição ao senti-

mento de paz nas comunidades carentes ocupadas pelas UPPs. Em todas as ocasiões, a

decisão de honra ficou a cabo da diretoria do Secovi Rio.

O Secovi Rio foi fundado em 26 de setembro de 1942. Atravessou

diversos períodos históricos – da 2ª Guerra Mundial, o fim do Estado

Novo – quando a Constituição de 1937 fixou as diretrizes da política social

e trabalhista, ao regime militar iniciado em 1964 – e enfrentou várias

conjunturas de forte espiral inflacionária, bem como de intenso incremento

de reivindicações trabalhistas. Em todos os cenários, a entidade primou

pela firme defesa de duas bandeiras: o permanente aperfeiçoamento da

gestão de condomínios e o enfoque social no problema habitacional.

O Secovi Rio acredita que a administração predial é fator de

qualidade de vida para as populações condominiais. Ao longo do tempo,

a organização constituiu-se em um fórum canalizador da experiência

interativa de condomínios e administradoras de imóveis. Para isso, sempre

incentivou a contínua modernização de ferramentas gerências, métodos

de gestão e concepções administrativas ligadas a condomínios, seja na

esfera legislativa, judiciária, ou da administração pública governamental.

Essas palavras são parte do discurso do deputado estadual Luiz Paulo Correa

da Rocha – o propositor da outorga da Medalha – e abrem o documento que

concede ao Secovi Rio uma grande homenagem: a Medalha Tiradentes, desti-

nada a premiar aqueles que prestaram serviços importantes à causa pública do

estado do Rio de Janeiro. Afinal, com setenta anos de referência no mercado

de imóveis, não há de ser surpresa para ninguém que o Sindicato da Habitação

tenha acumulado agraciações de toda sorte.

Certamente, uma das maiores honras para o Sindicato foi receber, em sessão

solene na Câmara dos Deputados, em Brasília, uma homenagem pelos seus 65

anos de atuação em prol do segmento de comércio e serviços imobiliários. O

evento aconteceu em 20 de setembro de 2007, no Plenário Ulysses Guimarães,

na presença do presidente do Secovi Rio, Pedro Wähmann, e de toda a Direto-

ria e assessorias do Sindicato, além de representantes do segmento de imóveis

de todo o Brasil. Durante a solenidade, o presidente da Câmara dos Deputados

ressaltou a justa homenagem da Câmara ao intenso trabalho do Secovi Rio no

campo habitacional, um setor de suma importância para o desenvolvimento sus-

tentável e um elemento primordial para a inclusão social.

Dia da Habitação - agosto de 2010 - diretoria do Secovi Rio e José Mariano Beltrame - Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro - entrega do Prêmio Secovi Rio - categoria Personalidade

76 7776 77

Page 40: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

“Hoje o Secovi Rio congrega mais de 31 mil condomínios, mais de

2.500 administradoras e imobiliárias, mais de um milhão de unidades

imobiliárias, num total de três e meio bilhões de pessoas, e é responsável

pelo pagamento de um bilhão de reais em salários a mais de cem mil

empregados diretos, e pelo recolhimento de cerca de 750 milhões de reais

em tarifas públicas. Sem dúvida, são números altamente expressivos que

atestam a relevância da instituição. Por tudo isso, as diversas homenagens

que aqui serão proferidas são justas, oportunas e, portanto, necessárias.

Parabenizo em nome da Câmara dos Deputados o Secovi Rio pelo

aniversário e pelo trabalho ao longo desses 65 anos.”

DEPUTADO ARLINDO CHINAGLIA

“Festejar os 65 anos do Secovi Rio permite-nos o reconhecimento do

importante trabalho realizado em prol do segmento imobiliário e do

empenho demonstrado na defesa de temas centrais como a inclusão

e a responsabilidade social. A entidade que sempre compreendeu a

administração predial como fundamental fator de qualidade de vida e

bem-estar amplia, a cada dia, seu potencial de canalizar a experiência

interativa dos condomínios e administradoras de imóveis.”

DEPUTADO EDUARDO SCIARRA

“Tendo aqui em Brasília uma competente assessoria parlamentar, o Secovi

Rio nos auxiliou na busca do entendimento, percebendo que nem sempre

a questão coorporativa exacerbada deve ser colocada diante dos objetivos

maiores, do desenvolvimento econômico, do combate à exclusão social,

da preservação do meio ambiente. Essa perspectiva de modernidade, que é

própria característica da democracia, eu tive a oportunidade de acompanhar

nas ações dos senhores. O Secovi Rio representa aquilo que a modernidade

democrática exige para o nosso país: buscar o entendimento e evitar

grandes embates.”

DEPUTADO JOSÉ EDUARDO CARDOZO

“Ao longo do tempo, o teto tem sido uma conquista fundamental do ser

humano. Ele é um fator referencial quando propriedade daqueles que vivem

sobre seu abrigo. Infelizmente, no Brasil esse processo não é muito fácil.

Devo reconhecer que essa situação está melhorando. Está na hora de todos

nós, sobretudo uma instituição como o Secovi, que tem se demonstrado

voltada para minorar o problema habitacional oferecendo os apoios

técnicos, se colocar à disposição do Congresso Nacional para que sejamos

sábios na produção das leis.”

DEPUTADO AYRTON XEReZ

Foto: Celso Pupo/Shutterstock78 7978 79

Page 41: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

Casos como esses se repetem na história do sindicato,

como, por exemplo, o recebimento das Medalhas da Or-

dem do Mérito Policial Militar, devido à parceria firmada, em

2000, entre o Sindicato e a Secretaria de Segurança Pública

do Estado do Rio de Janeiro para a execução do Programa

de Treinamento em Segurança Predial. São inúmeras as ho-

menagens recebidas pelo Sindicato, e a longa lista é mais

uma prova do compromisso do Sindicato da Habitação.

Igualmente honrosa é a participação do presidente do

Secovi Rio, Pedro Wähmann, no Conselho da Cidade do

Rio de Janeiro, um fórum consultivo para auxiliar a revisão

e o acompanhamento do Plano Estratégico da Prefeitura. O

Conselho é composto por 150 cidadãos de destacada posi-

ção na sociedade, seja por seu conhecimento das questões

do município, seja por sua contribuição pessoal ou profissio-

nal para a evolução da cidade. A escolha é fruto da projeção

do sindicato, não só na esfera municipal, mas também na

estadual e na federal.

Comprometido não só com avanço do seg-

mento de imóveis, mas também com o progres-

so do país como um todo, o Secovi Rio se or-

gulha de erguer a bandeira da Responsabilidade

social – um conceito relativamente novo, mas

fundamental para que empresas possam não

só competir no mercado, mas também contri-

buir para uma sociedade mais justa. Em todo o

mundo, somam-se ações que procuram debater

conceitos, práticas e indicadores que irão definir

uma verdadeira organização cidadã. Não basta

pensar apenas nos negócios. Para uma organiza-

ção se manter hoje em dia, é preciso pensar para

fora e levar em conta as condições globais do

entorno social. Partindo desse princípio, a gestão

empresarial não pode ser norteada apenas pelos

interesses da própria empresa, mas também pelo

interesse de colaboradores, clientes, fornecedo-

res, comunidades locais, autoridades públicas,

concorrentes e da sociedade em geral.

O Secovi Rio acredita nesse conceito, e é por

isso que, já há uma década, o sindicato vem de-

senvolvendo ações de cunho social – desde a

abertura de espaço para matérias de interesse da

coletividade até o apoio financeiro a instituições

especializadas. Desde 2007, o exercício da res-

ponsabilidade social da entidade está concentra-

do em dois eixos principais: compromisso com

ações socialmente inclusivas junto a populações

carentes por meio da Casa Maria de Nazaré, lo-

calizada na Rocinha, e promoção de campanhas

de doação de alimentos para o Banco Rio de Ali-

mentos, em uma iniciativa do Sesc Rio.

80 8180 81

Page 42: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

Por conta das ações de responsabilidade social do Secovi Rio, a Casa Maria

de Nazaré pôde ampliar os projetos Estudo Dirigido e Oficinas de Sucesso, que

atendem, juntos, cerca de 540 pessoas por mês. O trabalho é desenvolvido por pro-

fessores e voluntários que se dedicam semanalmente a crianças e jovens em suas

tarefas escolares com atividades de fixação de conteúdo. Além do reforço escolar,

a casa promove oficinas de música, dança, teatro, esportes, idiomas e arteterapia.

Além disso, o Sindicato da Habitação é uma “Empresa Solidária à Infância” do Unicef,

apoiando projetos e políticas públicas que ajudem a garantir os direitos das crianças

brasileiras. Presente em 191 países, o Unicef chegou ao Brasil em 1950 e, ao longo

das décadas, contribuiu para que várias conquistas dos direitos da infância se tor-

nassem realidade. É por isso que o Secovi Rio apoia o trabalho dessa instituição para

realizar, coletivamente, aquilo que nem sempre condomínios ou empresar conse-

guem fazer individualmente: investir na infância e na adolescência para oferecer a

cada menina e a cada menino as condições necessárias para que possam desenvol-

ver todo o seu potencial como cidadãos e profissionais.

Um dos grandes segredos do sucesso é o

saber. Para uma organização se destacar, é es-

sencial que, antes de tudo, seus profissionais

tenham conhecimento tanto de como anda o

cenário atual quanto de onde a sua própria em-

presa se posiciona nesse contexto. E, para isso,

são necessários dados. Dificilmente um negócio

consegue sobreviver no mercado sem coletar e

gerenciar informações. Na era da rede, da infor-

mática e da comunicação digital, em que núme-

ros podem ser compartilhados de um extremo a

outro do planeta em segundos, a posse da infor-

mação tornou-se um dos capitais mais importan-

tes das empresas. Em alguns casos, é mais valio-

so até que o patrimônio físico. Em resumo, uma

empresa não consegue sobreviver no mercado

competitivo sem coletar e gerenciar as informa-

ções relativas aos seus clientes, fornecedores e

concorrentes, além de indicadores econômicos

e sociais, produtos e serviços e demais fatores

que causam impacto, direta ou indiretamente,

em seus negócios.

Foi por isso que, após passar por um cresci-

mento, o Secovi Rio percebeu que precisava de

um departamento capaz de angariar esses nú-

meros. Então, baseado no modelo que já fun-

cionava na Fecomércio, o Secovi Rio criou, em

2008, o Centro de Pesquisa e Análise da Infor-

mação (Cepai) – departamento voltado para um

trabalho sistemático de identificação, coleta, tra-

tamento, análise e disseminação de informações

sobre o mercado imobiliário fluminense. Por

meio do centro, o sindicato divulga valores de

imóveis residenciais e comerciais ofertados para

locação e venda dos principais bairros do muni-

cípio do Rio, além dos valores médios de con-

domínios residenciais segmentados por região e

uma tabela dos principais índices econômicos. O

trabalho do centro também resultou em uma das

publicações de maior sucesso do Secovi Rio, o

Panoramadomercadoimobiliário.

O Cepai foi fundado com o objetivo de im-

plantar um sistema de inteligência competitiva.

Ou seja, todas as informações geradas pelo Cepai

auxiliam as empresas associadas, os parceiros e

a mídia a tomar decisões certeiras, baseadas em

dados confiáveis, de forma ágil e eficaz. Mas não

é só isso. O Cepai também realiza um serviço de

análise das informações geradas para orientar as

empresas do setor em suas decisões estratégicas.

Os dados são coletados nos jornais de grande

circulação, na internet, nas administradoras de

grande porte e na Rede Rio de Imóveis. Depois de

analisados, os números são divididos em quatro

categorias, a fim de facilitar a consulta: locação,

vendas, condomínio e índices econômicos, cada

qual com informações específicas de cada área,

como valor mínimo, médio e máximo em m2 dos

imóveis. A periodicidade dos relatórios é mensal,

o que faz do Cepai uma fonte não só legítima

como também altamente atualizada e condizen-

te com o contexto do mercado.

82 8382 83

Page 43: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

Profissionalização, um termo que implica uma série de qualidades: conhecimento, capa-

cidade e, principalmente, proficiência. Um verdadeiro profissional sabe dar valor à sua equi-

pe e não hesita em solucionar dúvidas, quando indeciso, mas também é capaz de caminhar

com os próprios pés e de resolver problemas com autonomia. E para dar conta do recado, é

preciso ter fontes confiáveis. Pensando nisso, o Secovi Rio inaugurou as Publicações Secovi

Rio, uma série de manuais que tem como meta ser o braço direito de síndicos, administra-

dores e – por que não? – condôminos.

Pode-se dizer que essa história começou quando, após o sucesso do premiado Programa

de Treinamento em Segurança, lançado pelo Sindicato no ano 2000, o Secovi Rio apresen-

tou o projetoTrilogia–PráticasparaumCondomínioSeguro, em 2005, com cartilha e DVD.

Mais do que uma versão atualizada de conceitos de segurança predial, o livro englobou

também questões críticas de manutenção e incêndio, tornando-se, assim, um manual de

indiscutível importância para quem se preocupa com a segurança no condomínio.

Daí em diante, ficou claro para o Sindicato o quanto era necessário disponibilizar para os

seus representados esclarecimentos sobre questões basais do mercado de habitação. E ao as-

sumir o papel de mediador da informação, o Secovi Rio teve a chance de se tornar um ponto

de referência na constituição de processos do segmento do comércio e serviços imobiliários.

Ao longo dos anos, foram muitos os lançamentos cujo objetivo era justamente defender, in-

termediar, informar e capacitar. Dentre os títulos, vale destacar:

Panorama do mercado imobiliário: um retrato do mercado imobiliário fluminen-

se. Chegou ao mercado em janeiro de 2010 e

foi atualizado e relançado em 2011. É um le-

vantamento completo realizado pelo departa-

mento de pesquisa do Secovi Rio, com dados

sobre compra, venda, locação, condomínios e

outros indicadores socioeconômicos.

Coletânea de leis processuais: orga-

nizado pelo advogado especialista em Direito

Imobiliário Geraldo Beire Simões, o livro traz,

em 284 páginas, dez novas leis processuais

que influenciam todos os segmentos da so-

ciedade, inclusive aquelas em que aparecem

as relações imobiliárias.

Entendendo o Supersimples: cartilha

com 31 perguntas e respostas sobre a inclusão

das empresas de administrações e locação de

imóveis de terceiros no regime do Supersim-

ples, o que está definido na Lei Complementar

nº 123, de 14 de dezembro de 2006, ou Estatu-

to Nacional da Microempresa e da Empresa de

Pequeno Porte.

84 8584 85

Page 44: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

Gestão condominial – Questões mais frequentes: de autoria do advoga-

do Hamilton Quirino, o livro funciona como

um manual com respostas sobre questões

referentes ao dia a dia dos condomínios nas

esferas administrativa, trabalhista, previ-

denciária e tributária.

Impressões do mercado imobiliá-rio japonês: um verdadeiro relato da visi-

ta da delegação brasileira a administradoras

de imóveis do Japão, em 2007.

Consultando o Jurídico: questões trabalhistas no condomínio: reúne dúvi-

das sobre temas do Direito do Trabalho, trazen-

do os assuntos mais frequentes nas consultas

feitas ao Departamento Jurídico do Secovi Rio.

A Lei do Inquilinato atualizada pela Lei nº 12.112: o segundo livro do Departa-

mento Jurídico reúne artigos, comentários,

perguntas e respostas e jurisprudência, de for-

ma objetiva e prática, para solucionar, em 332

páginas, qualquer incerteza sobre locação, in-

cluindo as modificações introduzidas pela Lei

Federal nº 12.112, de 2009.

86 8786 87

Page 45: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

Um espaço democrático dedicado a divulgar inovações que deram

certo no mercado imobiliário. Essa é a proposta da Feira Secovi Rio

de Condomínios, evento que desde 2007 vem batendo recordes de

público a cada edição. A feira oferece a visitantes ideias e soluções para

fazer dos condomínios espaços mais modernos, preocupados com a

responsabilidade social e a consciência ecológica e atentos ao desen-

volvimento sustentável. Unindo estandes, palestras, debates e entrete-

nimento, o encontro pretende agregar condôminos, síndicos, subsín-

dicos, conselheiros, administradores de imóveis e demais profissionais

interessados em conhecer novidades da área e debater temas do setor.

A última edição reuniu mais de duas mil pessoas, algumas das quais

saíram dos mais diversos estados do país e viajaram muitos quilôme-

tros só para prestigiar o evento. Tamanho sucesso pode ser atribuído

aos produtos que são lançados na feira, sim, mas apenas parcialmente.

Muitos dos visitantes estão mesmo é interessados em descobrir novas

soluções para o dia a dia da vida condominial. É por isso que, para

resolver preocupações como a do corte de gastos, uma das mais co-

muns entre os síndicos, o evento faz uma agenda de palestras com

quem entende do assunto: economistas, engenheiros, advogados,

gestores ambientais e outros especialistas.

Além de exposição de produtos, serviços voltados para condomí-

nios e palestras, o evento traz ainda o “Espaço Inovadores”, com alguns

dos lançamentos mais recentes da área de gestão condominial, biblio-

teca, cybercafé, sorteios, shows musicais e outras atrações que variam

a cada ano. Em 2010, a novidade foi a presença de profissionais do

Senac, que ofereciam, gratuitamente, serviços de shiatsu e massagem

nos pés, um mimo para amenizar o estresse de quem trabalha para

tornar a vida em condomínio mais harmônica. Isso sem falar na troca

de experiências entre os participantes que acontece intuitivamente nos

corredores, um fator que colabora para tornar as atividades condomi-

niais ainda mais profissionais.

Sendo assim, é fácil perceber o quanto o sucesso da Feira Seco-

vi Rio de Condomínios é um termômetro que reflete uma tendência

do setor: a expansão da indústria de comércio e serviços imobiliários.

É um movimento simbiótico: quanto mais o mercado cresce, mais o

evento abre espaço para novos estandes, novos palestrantes e novos

inscritos. E não havia de ser diferente, já que, no que diz respeito à atu-

ação do Secovi Rio, a evolução do setor é prioridade.

88 8988 89

Page 46: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

Na vida cotidiana, as imagens se proliferam rapidamente mediante os meios de co-

municação. A velocidade da informação e a rapidez da transformação dos mercados é

indiscutível, e diariamente todos nós – consumidores – somos bombardeados por uma

série de campanhas, logomarcas e slogans. E cada um destes tem algo a dizer. É por isso

que, para se destacar diante de tanta oferta, uma empresa comprometida com o seu tra-

balho precisa investir em uma identidade que comunique ao seu público os verdadeiros

valores da casa. Uma marca forte deve identificar os bens e serviços de uma organização

e diferenciá-los dos concorrentes.

Nem todo mundo sabe, mas nos primórdios do braço carioca do Sindicato da Habita-

ção, a palavra “Rio” não havia sido incorporada ao nome. Assim como os demais Secovis

do Brasil, o sindicato fluminense era conhecido pela sigla federal, ou seja, era conhecido

como Secovi RJ. A mudança para Secovi Rio aconteceu somente durante as comemo-

rações de 65 anos do sindicato. A ideia foi associar todo o poder e a força do nome Rio à

tradição e ao profissionalismo já reconhecidos do sindicato. A marca incorporou a nova

palavra de um modo inteligente: a letra I, de Secovi, e a letra R, de Rio, dividem a mesma

haste – um exemplo gráfico da integração do sindicato com a cidade.

Mas desafio mesmo é lembrar o primeiro logotipo do Secovi, uma obra de design em

que as letras formavam o desenho do símbolo da habitação da época: uma casa, com

direito a chaminé. Mas os anos foram se passando, as casas foram dando lugar a edifí-

cios cada vez mais altos, e o sindicato teve que se atualizar. O símbolo que caracteriza

o sindicato até hoje apareceu pela primeira vez no ano 2000. Foi-se a antiga casa, e em

seu lugar entrou a logo que traduz paz e segurança.

Uma boa marca vai além da mera identificação pelo nome ou logotipo. Ela também

deve transmitir uma série de informações, associações e expectativas, que contribuem

para a diferenciação no competitivo mercado dos tempos atuais. É esse o objetivo da

marca Secovi Rio.

A bandeira da moradia digna, a ampliação da nossa

atuação pelo interior do estado, a nossa vocação de

trabalhar integrado ao sistema confederativo sindical

e à cadeia produtiva da habitação, a nossa atuação

conjunta aos demais participantes da Câmara Brasileira

de Comércio e Serviços Imobiliários, que fortalecem

a ação e o pensamento nacional do setor, o fomento

do intercâmbio internacional buscando conhecer as

práticas de outros países, demonstram que aos setenta

anos o Secovi Rio combina a experiência da maturidade

e o vigor da jovialidade.

PEDRO WÄHMANN PRESIDENTE

90 9190 91

Page 47: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

O Secovi Rio passa a fazer parte de um cenário

promissor, em que o governo vem reforçando suas

ações em prol do setor da habitação. Com o número

crescente de lançamentos imobiliários, precisamos

estar preparados. O mercado, neste ano, permanece

aquecido e a nossa organização está apta a evoluir

junto com esse movimento.

MANOEL DA SILVEIRA MAIAVICE-PRESIDENTE

Oferecer novos serviços e produtos que agreguem

valor para os contribuintes é a missão da nossa área.

Atender com equidade a todos os representados é

uma das principais bandeiras do Secovi Rio. A meta da

vice-presidência de Desenvolvimento é incrementar e

ampliar cada vez mais os benefícios que já oferecemos

na capital para todos os cantos do estado.

MARIA TERESA MENDONÇA DIAS VICE-PRESIDENTE FINANCEIRA E DE

DESENVOLVIMENTO

92 9392 93

Page 48: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

Ao longo desses setenta anos, o Secovi Rio tem

aplicado em sua gestão as mais modernas técnicas

administrativas, investindo constantemente em seu

quadro de funcionários, preparando-se, assim, para

oferecer a seus representados serviços com o mais

alto grau de qualidade. O desenvolvimento do nosso

segmento está diretamente relacionado à capacitação

de funcionários e melhorias contínuas na administração

de condomínios, imobiliárias e administradoras.

RONALDO COELHO NETTO VICE-PRESIDENTE ADMINISTRATIVO

Para uma nova fase, uma identidade renovada. Seguindo

esse conceito, estamos nos dedicando à modernização

da marca e ao aperfeiçoamento de nossos serviços, o que

tem sido motivo de orgulho para todos os colaboradores.

Queremos nos adaptar ao mercado contemporâneo

sem deixar de lado as ideias de tradição e excelência.

Ao completarmos setenta anos, a intenção é conquistar

ainda mais os nossos representados.

JOÃO AUGUSTO PESSÔAVICE-PRESIDENTE DE MARKETING

94 9594 95

Page 49: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

Assim como em todas as áreas da sociedade, o setor

de habitação é regido por leis. Entre outras atribuições,

o Secovi Rio tem o papel de informar e instruir acerca

de questões jurídicas que nos cercam e interferem

no dia a dia de toda a comunidade. O atendimento

jurídico eficiente e o acompanhamento das decisões

do Judiciário continuam, portanto, entre as nossas

principais responsabilidades.

RÔMULO CAVALCANTE MOTA

VICE-PRESIDENTE JURÍDICO

A vida dentro do condomínio é reflexo da vida em

sociedade. Por isso, saber administrar um espaço

como esse é tarefa de extrema importância. Com

o crescimento das cidades, a tendência é que a

comunidade condominial também grande volume em

todo o País. Aos setenta anos, o Secovi Rio permanece

acompanhando esse movimento, com serviços

que possam auxiliar as empresas e os gestores de

condomínios a promoverem a qualidade de vida.

LEONARDO CONDE VILLAR SCHNEIDERVICE-PRESIDENTE DE ASSUNTOS

CONDOMINIAIS

96 9796 97

Page 50: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

Os setenta anos do Secovi Rio coincidem com o

aquecimento no setor de locações. A demanda crescente

é reflexo do aumento de renda da população, o que

beneficia também os locadores. Com a proximidade

dos grandes eventos esportivos que vão mudar a cara

da nossa cidade, a tendência é que o movimento se

intensifique. Nesse cenário, o sindicato reforça sua

atuação com ações que visam incrementar ainda mais

esse mercado.

ANTONIO PAULO DE GARCIA MONNERATVICE-PRESIDENTE DE LOCAÇÕES

A atuação do Secovi Rio ao longo desses setenta anos

revela uma busca constante pelo aprimoramento e a

implementação de processos que facilitem a rotina dos

seus representados. Nesse contexto, o sindicato, na

área de pessoal, vem desenvolvendo um trabalho com

foco na melhoria da qualificação dos profissionais do

mercado, buscando a excelência no atendimento e na

qualidade dos serviços prestados aos condôminos e

também nas empresas.

ALEXANDRE HERMES RODRIGUES CORRÊADIRETOR-ADJUNTO DE RELAÇÕES DO TRABALHO

98 9998 99

Page 51: Crescendo com o Rio - Secovi Rio

Este livro foi editado pela

Publit Soluções Editoriais

no Rio de Janeiro em 2012