Crescendo com o Rio - Secovi Rio
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Crescendo com o Rio
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Jubileu de Platina
Criada em 26 de setembro de 1942, a entidade, que representa o segmento de comér-
cio e serviços imobiliários em todo o território fluminense, tem mostrado a seus represen-
tados ao longo de sete décadas por que se tornou referência.
Pautado nos valores da tradição e da modernidade, o Secovi Rio quer ir além e pro-
porcionar mais benefícios. É nossa prioridade contribuir para o desenvolvimento do setor,
prestando serviços e levando informações importantes. Para tanto, estamos atentos à evo-
lução do mercado imobiliário, atuando nas esferas governamental, jurídica e de serviços.
Ao longo desses 70 anos, oferecemos cursos, palestras, seminários e treinamentos,
sempre com o objetivo de capacitar profissionais do setor, não apenas na Região Metro-
politana, como também no interior fluminense, por meio de nove unidades regionais.
A parceria com administradoras e síndicos faz do Secovi Rio uma instituição que ajuda a
promover o desenvolvimento econômico e a qualidade de vida. Dessa forma, o Sindicato
destaca-se como um dos agentes de transformação da sociedade brasileira.
Nosso compromisso para as próximas décadas é prosseguir com este trabalho que tem
como meta o fortalecimento do setor imobiliário e de condomínios. Mas esse desafio só
se tornará realidade se contarmos com o apoio e a participação de todos vocês.
Pedro Wähmann
EDITORAPublit Soluções Editoriais
COORDENAÇÃO EDITORIALGabriela Javier/ Publit Soluções Editoriais
PROJETO GRÁFICO, CAPA E DIAGRAMAÇÃOVinicius Dias / Publit Soluções Editoriais
TRATAMENTO DE IMAGENSPublit Soluções Editoriais
FOTO CAPAMark Turcan/Shutterstock
FOTO FOLHA DE ROSTOMark Schwettmann/Shutterstock
PESQUISAMariana Amaral/Astro Conteúdo
PESQUISA HISTÓRICARafael Alonso
TEXTOMarina Kezen/Publit Soluções Editoriais
Mariana Amaral/Astro Conteúdo
REVISÃOAlessandro Thomé
Clarisse Cintra
IMPRESSÃOPublit Soluções Editoriais
Foto: Celso Pupo/Shutterstock
SECOVI RIO:como tudo começou
O ano era 1942, e, em 27 de maio, nascia a Associação Profissional das Empre-
sas de Compra, Venda e Locação de Imóveis – entidade que daria origem ao atual
Sindicato de Habitação. Era o início da profissionalização do setor de serviços
no país, um momento na história do Brasil que se refletiu em ações tão distintas
quanto a criação do Senac, do extinto Dasp e de uma série de organizações preo-
cupadas em coordenar interesses profissionais de grupos que exerciam atividades
correlatas. A Associação Profissional das Empresas de Compra, Venda e Locação
de Imóveis foi um primeiro passo em direção à organização do setor de imóveis,
mas só atuou sob esse nome e formato por alguns meses, pois se transformou,
no dia 26 de setembro do mesmo ano, com a expedição da Carta Sindical, em
uma verdadeira entidade sindical. Era o nascimento do Secovi Rio.
Batizada, na época, de Secovi RJ, a organização surgia dentro de um eferves-
cente contexto sindical, com o importante objetivo de defender os interesses
do segmento de comércio e serviços imobiliários. Em sete décadas, o Secovi
Rio atravessou uma série de períodos históricos marcantes – da Segunda Guerra
Mundial ao regime militar brasileiro – e enfrentou diversos cenários econômicos,
desde conjunturas inflacionárias até momentos de intensas reivindicações traba-
lhistas. E em todos os períodos, a atuação do Sindicato baseou-se em dois pilares:
o aprimoramento da gestão de condomínios e a preocupação com o problema
habitacional, com enfoque social.
Desde a sua fundação, o Secovi Rio jamais dissociou a sua posição da realida-
de socioeconômica do país. Muito pelo contrário. Historicamente, o desempe-
nho do Sindicato da Habitação sempre teve em vista a realidade vivida por signi-
ficativas parcelas dos trabalhadores brasileiros. Tanto que, para melhor entender
o ensejo que fomentou a criação do Sindicato da Habitação, é preciso olhar para
trás e relembrar o contexto político do Brasil na década de 1940, principalmente
no universo trabalhista.
Foto: Mark Schwettmann/Shutterstock
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Uma história de empregados e empregadores através dos séculos
Um momento de grandes avanços nas políticas sociais e econômicas, bem como
de expressivo apoio à industrialização, os anos 1940 são marcados por desdobra-
mentos significativos nas esferas do comércio e de serviços. Nesse período, os mais
diversos segmentos começaram a se articular, dando origem a um movimento de or-
ganização profissional e empresarial da sociedade brasileira. Pautados na ideia de que
a representação sindical seria um fator fundamental para o reconhecimento político
de uma determinada categoria, essas entidades passaram a promover a articulação in-
terna e externa dos segmentos que representavam, reunindo informações primordiais
para o melhor desempenho de cada atividade e dando forma e encaminhamento às
questões e demandas dos mais variados setores.
O boom do movimento sindical, por sua vez, tem suas raízes em períodos históri-
cos diferentes, sendo assim necessário voltar alguns séculos na linha do tempo para,
enfim, compreender o contexto que fomentou a inauguração do Secovi Rio. Para
traçar um histórico das entidades sindicais, é preciso retomar a ascensão do sistema
capitalista nos idos do Estado Moderno, regime em que o poder público constitui
a suprema autoridade. Para se assegurar no poder,
o monarca precisava atender não só aos interesses
da nobreza feudal, como também aos de um novo
grupo que começava a ganhar destaque no todo
social – a burguesia. É um momento da história em
que se pode apontar o início do movimento de as-
sociação de classes.
Em meados do século XII, a divisão dos artesões
em grupos profissionais reconhecidos pela autorida-
de local já era um fato recorrente em diversos cen-
tros urbanos. Chamadas de corporações de artes e
ofícios, essas organizações serviam para fiscalizar
os produtos fabricados, punir delitos relacionados à
atividade profissional e proteger aqueles que faziam
parte dessa classe em caso de doença ou dificul-
dades financeiras. Cada corporação era regida de
acordo com um conjunto de regras condizentes ao
exercício das respectivas profissões, e o lucro não
era permitido.
Em conjunto, essas corporações tinham força
para combater imposições feudais e, assim, defen-
der os interesses das profissões que agregavam.
Com o passar do tempo, criou-se uma hierarquia
econômica dentro de cada uma dessas corpora-
ções, visto que a produção doméstica de manu-
fatura já não atendia mais à demanda gerada
pela consolidação do mercantilismo. A eco-
nomia feudal já lançava sinais de falência, às
custas dos ideais que iam contra o lucro e a
usura, e as feiras e mercados cresciam cada
vez mais. Nesse contexto e tendo tais fatores
em vista, é fácil concluir que a formação das
corporações de ofício está intrinsecamente
ligada ao nascimento de um sistema em que
o crédito ganhava importância. Era o advento
da economia capitalista e de uma lógica que
se originava da classe que detinha os meios
de produção e, desse modo, fomentava a ne-
cessidade de um mercado consumidor.
É a partir desse cenário que empregados
e empregadores sentem a necessidade de se
associarem, para que, juntos, possam nego-
ciar suas condições de trabalho. Posto isto,
podemos avançar um pouco mais na linha do
tempo, para o período em que o movimen-
to sindical começava, de fato, a dar as caras.
Na Europa, a Revolução Industrial aumentou
exponencialmente a produção de bens de
consumo, acelerando o processo de feitura
e a quantidade de produtos oferecidos. Isso
movimentou a economia de tal modo que
grupos de operários resolveram juntar-se em
sociedade, nas famosas Trade Unions. Essas
organizações representavam as mais diversas
classes operárias e buscavam assegurar a seus
membros os devidos direitos.
Na mudança do século XVIII para o XIX, o
enfraquecimento dos Estados Absolutistas fez
com que os ideais liberais ganhassem cada
vez mais espaço na sociedade. A burguesia
conquistava, passo a passo, o cenário econô-
mico e reivindicava com veemência sua parti-
cipação política. Muitos operários começaram
a se organizar em sindicatos, e foi formada a
primeira Organização Internacional dos Traba-
lhadores. Nesse contexto, é importante frisar
que as lutas dos trabalhadores foram funda-
mentais para que fossem concedidas melho-
rias para a classe.
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Enquanto isso, em terras tropicais, a então capi-
tal do Brasil também passava por um processo de
desenvolvimento e mudanças. Nos primórdios da
ocupação da cidade, idos do século XVII, os visi-
tantes que passavam por ela já deixavam a impres-
são de que o cenário, cheio de belezas naturais,
era um importante diferencial. Desde a chegada
dos primeiros colonizadores portugueses, logo se-
guidos por outros de nacionalidade distintas, a re-
gião que viria a tornar-se a cidade de São Sebastião
do Rio de Janeiro estava destinada a constituir-se
como um dos polos centrais do Atlântico Sul.
A excelente localização para uma possível ci-
dade, a ser fundada no interior da Baía de Gua-
nabara, despontava como objeto de cobiça no
contexto da expansão atlântica europeia, em
marcha desde o século XV. Um dos marcos des-
se processo de conquista da centralidade foi a
necessidade de garantir o território sob o domí-
nio português quando os navegantes da França
pretenderam se instalar definitivamente na re-
gião. O acirrado conflito com os franceses obri-
gou os portugueses à colonização e ocupação
consistente da área. Diante do projeto colonial
francês no Rio de Janeiro – denominado Fran-
ça Antártica –, os portugueses perceberam que,
se quisessem garantir a posse da porção sul de
seus domínios na América, precisavam primeiro
garantir a posse daquela baía tão bem protegida
– quase uma fortaleza natural.
Por muitos séculos, a extensão da cidade se
limitava a uma área entre quatro morros fortifi-
cados situados a poucos metros das margens da
Baía de Guanabara: Morro do Castelo (berço da
cidade, destruído em 1922), Morro de São Bento,
Morro de Santo Antônio e Morro da Conceição.
A comunicação da cidade com os outros polos
que cresciam no entorno da baía se dava por via
da faixa litorânea entre os morros de São Bento
e do Castelo, lugar onde também aconteciam as
trocas comerciais da cidade. Mas rapidamente a
cidade se tornaria um centro mercantil de grande
importância no Atlântico Sul, tendo um papel cru-
cial no comércio triangular que envolvia a costa
de Angola e Portugal, além de ser ponto de abas-
tecimento para os navios que se dirigiam ao Rio
da Prata, em Buenos Aires.
O marco mais importante no que se refere à
dinâmica de relações da cidade, no entanto, foi a
descoberta dos grandes filões de ouro na região
de Minas Gerais, por volta de 1700. Foi o acon-
tecimento na história da América Portuguesa
que teve repercussões diretas no processo que
levaria à independência do Brasil e que mudaria
definitivamente o eixo econômico do território
brasileiro de Norte para Sul. A transferência da
capital para o Rio, em 1763, apenas consagrou
um processo que já havia se efetuado na primei-
ra metade do século XVIII.
A elevação da cidade à condição de capital
do país se deu por conta da preocupação por-
tuguesa em arrecadar mais para a Coroa, isto é,
fiscalizar de maneira mais efetiva a produção e o
escoamento de riquezas. Na tentativa de acom-
panhar as transformações pela qual a cidade pas-
sou a partir desse novo momento – o período do
vice-reinado (1763-1808) –, podemos destacar as
seguintes mudanças:
A invenção
do Rio
Foto: Steven Wright/Shutterstock
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• O porto da cidade seguiu se ex-
pandido em direção ao Saco de
SãoDiogo(CanaldoMangue),isto
é,emdireçãoàatualAvenidaRo-
driguesAlves.
• Ofluxodeimigrantesparaaregião
deMinas Gerais passou a contri-
buirparaomovimentonocentro
antigo da cidade através da Rua
Direita(atual1ºdeMarço)edoCais
dosMineiros.
• Projetou-seaRuadoPiolho(atual
FreiCaneca).
• Foi inaugurada a Rua das Belas
Noites(atualRuadasMarrecas).
• TambémoAterrodoPasseioPú-
blico,quepassouaseroprimeiro
espaçodelazerpúblicodacidade.
• FoiconstruídooAquedutodaLapa.
• Nessemomento,osextremosur-
banos da cidade ficavamdemar-
cados pelo Campo de Santana,
numaponta,eoOuteirodaGló-
ria,naoutra.
Tudo seguia orbitando o quadrilátero
onde se localizava a residência dos vice-
-reis, mais tarde rebatizado de Paço Impe-
rial, mas não havia dúvidas de que a cidade
se expandia para além dos seus marcos
originais. Nos arredores da área central de-
limitada pelos quatros morros que demar-
cavam a cidade, novos bairros ganhavam
contorno, na esteira do desmembramento
das antigas sesmarias, chácaras e fazendas,
como, por exemplo, a região da Glória.
Por essa via – Glória, Catete, Flamengo,
Botafogo –, gradativamente a cidade se
expandiria para o que seria futuramente a
sua reluzente Zona Sul. Em sentido oposto,
nos arredores do Campo de Santana, em
direção ao Norte, a cidade incorporaria a
chamada Cidade Nova na direção da Tijuca
e arredores. As tentativas iniciais para ins-
taurar na cidade um sistema de transporte
público remontavam aos primeiros ôni-
bus puxados por mulas, que, em 1837, se
dirigiam a regiões ainda afastadas, porém
emergentes, como Botafogo, Laranjeiras e
São Cristóvão.
Em 1856, foi fundada a bem-sucedida
Companhia Ferro-Carril do Jardim Botâni-
co (mais tarde rebatizada Botanical Gar-
densRailwayCompany). A primeira com-
panhia de bondes da cidade iniciou suas
operações com uma linha entre o centro
da cidade e o bairro da Glória (para logo
alcançar Botafogo) e se consolidou como
o caminho de expansão da cidade em di-
reção à sua Zona Sul. No que viria a ser a
Zona Norte da cidade, o aumento da ocu-
pação residencial também esteve atrelado
à construção de uma linha de bonde de
tração animal na década de 1870. Também
nas últimas décadas do século XIX, a Tiju-
ca se transformaria, de um retiro bucólico de ar
aristocrático, repleto de grandes chácaras de al-
gumas figuras importantes do período imperial,
em um bairro residencial consolidado.
A década de 1890 assistiria a uma nova etapa
no desenvolvimento urbano, fruto da eletrifica-
ção de trechos operados pelas diversas compa-
nhias de transporte. Nesse momento, uma das
grandes preocupações de investidores e go-
vernantes da cidade era a obtenção de fontes
seguras para o abastecimento da crescente de-
manda por eletricidade no Rio. Pioneiramente, o
Barão de Mauá havia inaugurado, em 1854, um
sistema de iluminação a gás em algumas partes
do centro da cidade, mas somente na virada do
século XIX para o XX a iluminação elétrica come-
çaria a ganhar espaço, por meio da iniciativa de
concessionários estrangeiros.
Na Zona Sul da cidade, o fim do século mar-
caria o “descobrimento” da região oceânica, das
maravilhosas praias que fazem parte da própria
essência da cidade do Rio de Janeiro. Em 1892,
a abertura de um túnel permitiu a chegada dos
bondes a Copacabana, e, em 1902, o bonde
chegaria oficialmente à área vizinha ao bairro,
viabilizando definitivamente o projeto imobiliário
de construção da Villa Ipanema.
Foto:Platslee / Shutterstock.com
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Modernização e transformação
Em termos de ocupação espacial da
cidade, a grande transformação estava
condicionada à implementação de um
sistema eficiente de transporte público.
Somente com uma oferta regular de
transporte novas regiões da cidade pode-
riam figurar como opções viáveis de mo-
radia para os cariocas de diferentes clas-
ses sociais. Portanto, a criação e posterior
ampliação e modernização das linhas de
trens suburbanos e bondes caminharam
paralelamente à própria expansão da ci-
dade do Rio de Janeiro para além dos sí-
tios originais da “cidade velha”.
Nessa era de grandes transformações
e deslocamentos, novas áreas atrairiam a
elite da capital: num primeiro momento
florescem regiões como Catete, Flamen-
go, Laranjeiras, Botafogo, na Zona Sul, e
Tijuca e Rio Comprido, na Zona Norte.
Mais tarde o movimento tomaria a dire-
ção das zonas oceânicas, até então lar-
gamente desabitadas, de Copacabana,
Ipanema e Leblon.
Cidade Maravilhosa
A república brasileira, que veio à luz em 1889, to-
mou como tarefa central nos primeiros anos do novo
século uma remodelação completa da sua capital. O
Rio de Janeiro, capital da República, deveria estar à
altura de um país que se modernizava, incrementava
suas rendas e perseguia os padrões europeus de cul-
tura e civilização que orientavam os homens da época.
O nome de Francisco Pereira Passos ficaria associa-
do a esse projeto grandioso de reformar de maneira
radical a cidade, abrindo-lhe as portas para a moder-
nidade e o século XX. Em dezembro de 1902, ele foi
nomeado prefeito pelo então presidente Rodrigues Al-
ves e perseguiu obstinadamente o objetivo moderniza-
dor, que englobava uma série de ações em diferentes
frentes: comportamentos e posturas, saúde e higiene
e reforma urbana. Era necessário, de acordo com os
valores desses dirigentes, que a cidade estivesse de
acordo e à altura dos novos tempos e rumos que se
projetavam no país. A construção da Avenida Central
(atual Rio Branco), concluída em 1906, grande marco
dessa época e do governo Pereira Passos, é o principal
exemplo desse tipo de consideração.
Estávamos diante do momento de criação da ideia
do Rio como Cidade Maravilhosa. Entre as muitas
obras dessa grande reforma destacavam-se: o início
da construção do Teatro Municipal (1905); a constru-
ção da Avenida Central (1906); as obras de construção
de um novo porto e uma moderna infraestrutura por-
tuária (ao longo da atual Avenida Rodrigues Alves) e as
melhorias no Canal do Mangue (1906); as melhorias e
o embelezamento do Campo de São Cristóvão (1906);
a inauguração da Avenida Beira-Mar e a construção da
Avenida Atlântica (1906); o aterramento das praias do
Foto: Nicku/Shutterstock
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Flamengo e de Botafogo (1906); a melhoria no
abastecimento de água para a capital e o alarga-
mento de diversas ruas da cidade. Ainda durante
a sua administração, foram liberadas verbas para
a construção da Biblioteca Nacional e para a
construção do novo edifício da Escola Nacional
de Belas Artes.
Em 1908, a grande Exposição Nacional em
comemoração ao centenário da abertura dos
portos, exibia uma nova cidade, que agora con-
jugava de maneira única a sua natureza exube-
rante com um complexo urbano modernizado
e integrado àquelas belezas naturais. O cami-
nho da Avenida Central e da nova cidade era o
mar. Foi nessa época que a cidade foi apelidada
de “Paris dos Trópicos”.
O ciclo de renovação da velha capital colonial
ocorreu com uma velocidade impressionante e
tornou-se uma constante na primeira metade do
século XX. Algumas dessas iniciativas tornaram-se
ícone da nova cidade, como o Teatro Municipal
(1909), os jardins da Avenida Beira-Mar (da Gló-
ria a Botafogo) e da Quinta da Boavista (1910), o
bondinho do Pão de Açúcar (1913), o calçadão
do Leme e a Avenida Atlântica, o desmonte do
Morro do Castelo (iniciado em 1922), a criação
do bairro da Urca (década de 1920); a remodela-
ção da Lapa; a criação da Cinelândia (década de
1930), o Cristo Redentor no alto do Corcovado
(1931), a construção da Avenida Presidente Vargas
(década de 1940); a construção dos edifícios da
Central do Brasil e do Ministério da Guerra (1941),
entre muitos outros.
O roteiro dessa constante reinvenção da ci-
dade do Rio de Janeiro foi ininterruptamente es-
crito durante o transcurso de todo o século XX e
segue nos dias atuais. A cidade continuou a ex-
pandir-se constante e rapidamente em todos os
sentidos. De 160 mil prédios registrados na cida-
de em 1933 passou-se a 355 mil em 1950, isto é,
mais do que dobrou em apenas dezessete anos.
A população metropolitana crescia de modo fre-
nético: 1.380 mil em 1930; 1.747 mil em 1940;
2.336 mil em 1950 e 3.140 mil em 1960.
Ao longo de sua história, a cidade não deixou
jamais de crescer geograficamente para novas
regiões promissoras, de atrair milhares de imi-
grantes, de produzir riquezas em novas frentes
e de influir de maneira decisiva na maneira pela
qual o país se interpretava e buscava seus cami-
nhos de desenvolvimento. Assim, a cidade se-
guia sendo a foto e o espírito de uma imaginária
carteira de identidade nacional.
Anos 1930: os sindicatoschegam ao Brasil
Enquanto o mundo passava por um turbulento período de
estabilização industrial, marcado pela formação das cidades e
pelo embate entre classes, o Brasil ainda era um país essencial-
mente agrícola. Assim, foi somente no último quartel do século
XIX que começaram a surgir as primeiras manifestações de asso-
ciações profissionais. Após a abolição da escravatura, em 1888,
o movimento de associações ganhou força em regiões onde o
desenvolvimento do capitalismo e da urbanização levou à for-
mação de núcleos operários. Em linhas gerais, essas primeiras
uniões eram fundadas a partir do conceito de auxílio mútuo e,
em um primeiro momento, não tinham como objetivo reivindi-
cações junto ao patronato.
Mas foi na década de 1930 que o movimento sindical tomou
a sua devida forma no Brasil. O ano foi um divisor de águas para
as relações trabalhistas no país, pois pela primeira vez o Estado in-
terveio na área das relações de trabalho e das classes sociais. Em
novembro de 1930 foi criado no Brasil o Ministério do Trabalho e,
com o Decreto nº 19.770, de 19 de março de 1931, foi regulada a
sindicalização em moldes rígidos. Antes disso, era possível regis-
trar uma série de leis relacionadas à proteção do trabalhador, mas
tratavam-se de iniciativas isoladas de deputados preocupados
com a questão social. Já no governo de Getúlio Vargas, o próprio
Poder Executivo se propôs a elaborar e realizar um programa tra-
balhista amplo e contínuo.
A política da Era Vargas tinha como principal alicerce leis refe-
rentes à organização dos sindicatos e à proteção ao empregado,
além de medidas que visavam à resolução de conflitos, como
no caso da criação da Justiça do Trabalho. No que diz respeito à
Julho de 1935 - Reunião plenária:homenagem e recepção da Federação à bancada dos empregadores - comércio etransportes - da Câmara Federal. Acervo Secovi Rio
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organização dessas entidades, o Governo Provisório inovou
ao lançar o Decreto nº 19.770, que regulamentava a forma-
ção sindical. As associações de trabalhadores tinham, então,
o direito de defender os “interesses econômicos, jurídicos,
higiênicos e culturais” de todos os empregados que exer-
cessem “profissões idênticas, similares ou conexas” junto ao
governo. De modo geral, o Ministério do Trabalho detinha
maior controle sobre as entidades sindicais.
Durante esse período, uma série de decretos estabele-
ceu novas normas para entidades sindicais, ora conferindo
mais autonomia, ora delegando mais controle ao governo.
Mas depois da instauração do Estado Novo, em 1937, no-
vos regulamentos ampliaram a monitoração do Ministério
do Trabalho sobre os sindicatos. Três anos depois, em 1940,
criou-se o Imposto Sindical, que determinava que todo assa-
lariado do setor urbano contribuísse com um dia de trabalho
anual em benefício do Sindicato de sua respectiva categoria
profissional. A contribuição compulsória incluía integrantes
de qualquer categoria econômica, profissional, diferenciada
ou autônoma. Foi um momento decisivo para o cenário sin-
dical brasileiro. Após a criação do Imposto Sindical, em três
anos toda a legislação referente aos problemas trabalhistas
e sindicais seria sistematizada na Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), promulgada no dia 10 de maio de 1943. E foi
nesse contexto que o Secovi Rio – enquanto unidade sindi-
cal legítima e reconhecida – deu os seus primeiros passos.
Em 26 de setembro de 1942, o Ministério do Trabalho
expediu a Carta Sindical, documento que reconhecia o Se-
covi Rio como representante de uma categoria profissional
perante as instâncias governamentais.
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1942: o nascimento do Secovi Rio
Às 16h30 do dia 27 de maio de 1942, os primeiros integrantes
do que mais tarde viria a ser o Sindicato da Habitação – Secovi
Rio se reuniram para transformar em entidade sindical o órgão
que os representava enquanto profissionais do segmento imo-
biliário. Para tal feito, foi convocada uma assembleia geral de
fundação e instalação da Associação Profissional das Empresas
de Compra e Venda e de Locação de Imóveis do Rio de Janei-
ro, na presença de representantes das empresas F.R. de Aquino
& Cia. Ltda., Cia. Imobiliária do Castelo S/A, Administradora de
Bens Imóveis Ltda., Lowndes & Son Ltda., Eugenia Leuenroth &
Cia., Administradora Urbs S/A, Cia. Imobiliária Itajubá Carioca
S/A, Locadora Nacional Ltda., Barros e Kraucher, Administrado-
ra Curvelo Ltda. e Atlas Administradora Ltda.
Consta na ata da reunião que a sessão teve como principal
preocupação a necessidade de a classe constituir-se em sindi-
cato. Essa seria a medida ideal para que o segmento de imóveis
pudesse melhor defender os seus interesses. Durante a assem-
bleia, foram abordados temas como as normas para organi-
zações sindicais no Brasil e estatutos. A reunião foi marcada
por um clima amistoso, em que foram descartadas quaisquer
inimizades entre os presentes e entre o sindicato em formação
e o Sindicato dos Corretores de Imóveis.
Ao fim da reunião, foi definida a primeira diretoria da entidade,
por meio de uma votação. Foram eleitos para diretores o Dr. Co-
aracy de Medeiros, e ainda Carlos Castrioto de Figueiredo e Melo,
Levindo Lopes e Donald Azambuja Lowndes. Para suplentes, Anto-
nio Ribeiro França Filho, Dr. Bastos de Oliveira, Marcelo Santiago e
José da Silva Oliveira. O Conselho Fiscal ficou nas mãos de Charles
Barrem, Armando Bastos e Bianor, tendo como suplentes Francis-
co Barros do Amaral, Lauro Dias e Armando Camarão.
Uma semana depois, foi realizada uma assembleia geral ex-
traordinária para adaptação da associação a sindicato de clas-
se. Às 15h45 do dia 4 de agosto de 1942, representantes de
quatorze firmas do segmento de imóveis se reuniram a fim
de aprovar os estatutos sindicais que a associação adotaria.
A votação foi unânime.
08 de outubro de 1942 - Eleição daprimeira diretoria e conselho fiscalAcervo Secovi Rio
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Ata da Assembleia Geral de Fundação e Instalação da Asso-ciação Profissional das Empresas de Compra e Venda e de Lo-cação de Imóveis do Rio de Janeiro
27/05/1942
Às 16:30 horas, presentes os representantes das empresas: F. R. de Aquino &
Cia. Ltda., Cia. Imobiliária do Castelo S/A, Administradora de Bens Imóveis Ltda.,
Lowndes & Son Ltda., Eugenia Leuenroth & Cia., Administradora Urbs S/A., Cia.
Imobiliária Itajubá Carioca S/A, Locadora Nacional Ltda., Barros e Kraucher, Ad-
ministradora Curvelo Ltda. e Atlas Administradora Ltda.
É aberta a sessão sendo aclamado presidente o Dr. Coaracy de Medeiros, da
firma F.R. de Aquino & Cia. Ltda., que convida para secretários Luis Donald Azam-
buja Lowndes, da empresa Lowndes & Son Ltda., e Bastos de Oliveira, da firma
Bastos de Oliveira S/A.
Em seguida, o Sr. Presidente explica os fins da reunião, frisando que era neces-
sário a classe constituir-se em sindicato, para melhor defender os seus interesses
e de acordo com os ditames da Carta Magna, promulgada em 1937. Travam-se
vários debates, esclarecendo o Dr. Bernardo Sheinkman, Secretário-Geral da Fe-
deração dos Sindicatos Patronais do Comércio do Distrito Federal, que o enqua-
dramento sindical brasileiro determinava expressamente a existência da categoria
econômica representada pelas empresas presentes no 5o Grupo da Confederação
Nacional de Comércio, enquanto a dos Corretores de Imóveis pertencia ao tercei-
ro grupo da mesma Confederação.
Explicou ainda o Secretário-Geral da Federação, que a organização sindical bra-
sileira vedava a interferência de uns grupos n’outros, e que mesmo para a cons-
tituição de uma Federação eclética, era indispensável o consentimento expresso
do Presidente da República (parágrafo único do art. 5o do Decreto-Lei no 2-321, de
9 de julho de 1940).
Com a palavra o Sr. Donald Lowndes agradece as informações prestadas e diz
estar o assunto amplamente esclarecido, pedindo que se assinale na ata dos traba-
lhos de hoje não existir qualquer sentimento inamistoso para com o Sindicato dos
Corretores de Imóveis com a Fundação da Associação, mas sim a finalidade de bem
servir os interesses da classe que a Associação passaria doravante a representar.
Antes de se proceder a leitura dos Estatutos são unanimemente aprovadas as
seguintes propostas: do Dr. Coaracy de Medeiros no sentido de ser lavrado um
voto de satisfação pelo fato de vir a pertencer à Associação o Sr. Antônio Ribeiro
França Filho, prestigioso “leader” do comércio nacional; do Sr. Donald Lowndes
um voto de admiração e apoio a S. Ex. o Sr. Ministro Marcondes Filho pela sua ma-
neira brilhante por que vinha dirigindo a pauta do Trabalho, Indústria e Comércio,
e do Dr. Bernardo Scheinkman de satisfação e congratulações com o Sr. Luiz Au-
gusto do Rego Monteiro, esforçado Diretor do DNT, por motivo do seu aniversário
natalício, que ocorria justamente no dia da Fundação da Associação.
2121
Em seguida, procede-se à leitura dos Estatutos, artigo por artigo, sendo
discutido e votado cada item estatuário, depois de lida a sua redação final.
A questão da contribuição mensal encontra solução, mediante proposta do
Sr. Donald Lowndes, que lembra ser este o critério do Sindicato dos Segu-
radores. Aprovados os Estatutos, procede-se à eleição da primeira Diretoria,
explicando o Sr. Presidente da mesa que fora impossível proceder-se ao re-
gistro prévio da chapa, previsto pelos Estatutos, e que esta Diretoria dirigia
a Associação até a sua investidura sindical. Na forma da Lei procede-se à
eleição, verificando-se ter sido unanimemente eleita a seguinte chapa:
Para Diretores: Coaracy de Medeiros (F.R. de Aquino & Cia Ltda.), Carlos
Castrioto de Figueiredo e Melo (Administradora Urbs S/A), Levindo Lopes
(Administradora de Bens Imóveis Ltda.) e Donald Azambuja Lowndes (Lo-
wndes & Sons, Ltda.)
Suplentes: Antonio Ribeiro França Filho (Cia. Tamoio S/A), Dr. Bastos de
Oliveira (Bastos Oliveira S/A), Marcelo Santiago (Imobiliária Monte Sul do
Brasil Ltda.), José da Silva Oliveira (Atlas Administradora Ltda.).
Conselho Fiscal: Charles Barrem (Imobiliária do Castelo S/A), Armando
Bastos (Cia Imobiliária Santo Antonio), Bianor (Locadora Nacional Ltda.). Su-
plentes do Conselho Fiscal: Francisco Barros do Amaral (Imobiliária Pindo-
rama S/A), Lauro Dias (Coia Imobiliária Itajubá – Carioca S/A) e Armando
Camarão (Administradora Curvelo Ltda.).
Terminada a votação, procede-se a apuração e, verificando o resultado,
sob aclamações são dados como empossados todos os eleitos pelo Presi-
dente da Mesa, sendo suspensa a sessão por meia hora e a presente ata que
,conforme pelos presentes, é assinada pelos membros da mesa, sendo en-
cerrada a sessão às 18:40 horas.
22 2322 23
Ata da Assembleia Geral Extraordinária para adaptação da Associação a Sindicato de Classe, realizada em 4 de agosto de 1942.
Às 15:45 horas, presentes 14 firmas associadas, por seus representantes,
o Dr. Coaracy de Medeiros, presidente da Associação Profissional das
Empresas de Compra e Venda e de Locação de Imóveis do Rio de Janeiro,
declara instalada a Assembleia Geral, em virtude de haver número legal, e
solicita que seja aclamado um presidente para dirigir os trabalhos, sendo
indicado pelo Sr. Donald Lowndes o Sr. Oswaldo do Valle Bastos, que
assume a presidência sob uma salva de palmas e convida o Sr. Dr. Oscar
Sant’Anna e Manoel Bastos de Oliveira para Secretários.
O Sr. Presidente procede à leitura do edital de convocação, publicado
em três jornais de grande circulação desta cidade, e diz que, conforme
se verifica da publicação e convocação feitas, a Assembleia tinha por fim
a aprovação do Estatuto do Sindicato em que se adaptará a Associação,
depois de consolidada a investidura por S. Ex. o Sr. Ministro do Trabalho,
Indústria e Comércio, representado na Mesa de Trabalhos pelo Assistente
Sindical, Dr. Mozart Sampaio Fortuna. Em seguida, são lidos, artigo por
artigo, os Estatutos do Sindicato elaborados pela Diretoria, segundo o
estatuto padrão recomendado pelo Ministério do Trabalho.
Terminada a leitura dos estatutos, e votados estes, quase sem discussão,
a Assembleia delibera, unanimemente, que se solicita imediatamente a
investidura sindical. Em seguida, é suspensa a sessão para a redação da
ata. Reaberto os trabalhos, são lidos os Estatutos novamente e a presente
ata que, conforme todos os presentes, é assinada pelos membros da mesa,
sendo levantados os trabalhos às 17 horas.
Listas das diretorias
fevereiro de 1945
Coaracy de Medeiros
presidente
Jonathas Nunes Pereira Filho
secretário
João Antonio de Almeida Gonzaga Junior
tesoureiro
julho de 1952
Jonathas Nunes Pereira Filho
presidente
Victor Oscar Sant’ana
secretário
Roberto Vilmar
tesoureiro
julho de 1954
Jonathas Nunes Pereira Filho
presidente
Alcides Leite de Morais
secretário
Ricardo de Paula Netto
tesoureiro
Julho de 1956
Jonathas Nunes Pereira Filho
presidente
Alcides Leite de Morais
secretário
Ricardo de Paula Netto
tesoureiro
agosto de 1956
Jonathas Nunes Pereira Filho
presidente
Alcides Leite de Morais
secretário
Ricardo de Paula Netto
tesoureiro
agosto de 1958
Arnon Affonso de Farias Mello
presidente
Décio Geraldo Branco Lefreve
secretário
Ildefonso Gadioli dos Santos
tesoureiro
24 2524 25
agosto de 1960
Guilherme Corrêa Garcia Dale
presidente
Carlos Pereira de Almeida Raposo
secretário
Aldo José Caneca
tesoureiro
agosto de 1962
Guilherme Corrêa Garcia Dale
presidente
Carlos Pereira de Almeida Raposo
secretário
Aldo José Caneca
tesoureiro
agosto de 1964
Guilherme Corrêa Garcia Dale
presidente
Carlos Pereira de Almeida Raposo
secretário
Aldo José Caneca
tesoureiro
agosto de 1966
Guilherme Corrêa Garcia Dale
presidente
Carlos Pereira de Almeida Raposo
secretário
Edgard Guimarães de Almeida
tesoureiro
agosto de 1968
Guilherme Corrêa Garcia Dale
presidente
Carlos Pereira de Almeida Raposo
secretário
Edgard Guimarães de Almeida
tesoureiro
setembro de 1971
Guilherme Corrêa Garcia Dale
presidente
João Carneiro de Freitas
secretário
Mario Walter Nogueira
tesoureiro
setembro de 1974
Guilherme Corrêa Garcia Dale
presidente
Pedro José Maria Fernandes Wähmann
secretário
Mario Walter Nogueira
tesoureiro
setembro de 1977
Guilherme Corrêa Garcia Dale
presidente
Pedro José Maria Fernandes Wähmann
secretário
João Carneiro de Freitas
tesoureiro
setembro de 1980
Guilherme Corrêa Garcia Dale
presidente
Pedro José Maria Fernandes Wähmann
secretário
João Carneiro de Freitas
tesoureiro
junho de 1981
Guilherme Corrêa Garcia Dale
presidente
Pedro José Maria Fernandes Wähmann
secretário
Eva Marta Cordeiro de Matos
1ª tesoureira
setembro de 1983
Guilherme Corrêa Garcia Dale
presidente
Pedro José Maria Fernandes Wähmann
secretário
Eva Marta Cordeiro de Matos
tesoureira
setembro de 1986
Guilherme Corrêa Garcia Dale
presidente
Pedro José Maria Fernandes Wähmann
secretário
Eva Marta Cordeiro de Matos
tesoureira
26 2726 27
setembro de 1989
Guilherme Corrêa Garcia Dale
presidente
Georges de Moraes Masset
1º vice-presidente
Pedro José Maria Fernandes Wähmann
2º vice-presidente
Romulo Cavalcante Mota
secretário
Eva Marta Cordeiro de Matos
tesoureira
abril de 1990
Georges de Moraes Masset
presidente
Pedro José Maria Fernandes Wähmann
1º vice-presidente
Augusto Alves Moreira
2º vice-presidente
Romulo Cavalcante Mota
secretário
Eva Marta Cordeiro de Matos
tesoureira
setembro de 1992
Georges de Moraes Masset
presidente
Pedro José Maria Fernandes Wähmann
1º vice-presidente
Augusto Alves Moreira
2º vice-presidente
Rômulo Cavalcante Mota
1º secretário
Paulo Cesar Leal
2º secretário
Eva Marta Cordeiro de Matos
1ª tesoureira
João Augusto Pessôa
2º tesoureiro
setembro de 1997
George de Moraes Masset
presidente
Pedro José Maria Fernandes Wähmann
1º vice-presidente
Augusto Alves Moreira
2º vice-presidente
Rômulo Cavalcante Mota
1º secretário
Paulo César Leal
2º secretário
Eva Marta Cordeiro de Matos
1ª tesoureira
João Augusto Pessôa
2º tesoureiro
abril de 1999
Pedro José Maria Fernandes Wähmann
presidente
Augusto Alves Moreira
1º vice-presidente
Manoel da Silveira Maia
2º vice-presidente
Rômulo Cavalcante Mota
1º secretário
Paulo César Leal
2º secretário
Eva Marta Cordeiro de Matos
1ª tesoureira
João Augusto Pessôa
2º tesoureiro
janeiro de 2004
Pedro José Maria Fernandes Wähmann
presidente
Augusto Alves Moreira
1º vice-presidente
Manoel da Silveira Maia
2º vice-presidente
Rômulo Cavalcante Mota
1º secretário
João Augusto Pessôa
2º secretário
Maria Teresa Mendonça Dias
1ª tesoureira
Ronaldo Coelho Netto
2º tesoureiro
janeiro de 2007
Pedro José Maria Fernandes Wähmann
presidente
Manoel da Silveira Maia
vice-presidente
Maria Teresa Mendonça Dias
vice-presidente financeiro e de desenvolvimento
Ronaldo Coelho Netto
vice-presidente administrativo
João Augusto Pessôa
vice-presidente de marketing
Rômulo Cavalcante Mota
vice-presidente jurídico
Leonardo Conde Villar Schneider
vice-presidente de assuntos condominiais
Antonio Paulo de Garcia Monnerat
vice-presidente de locações
28 2928 29
janeiro de 2010
Pedro José Maria Fernandes Wähmann
presidente
Manoel da Silveira Maia
vice-presidente
Maria Teresa Mendonça Dias
vice-presidente financeira e de desenvolvimento
Ronaldo Coelho Netto
vice-presidente administrativo
João Augusto Pessôa
vice-presidente de marketing
Rômulo Cavalcante Mota
vice-presidente jurídico
Leonardo Conde Villar Schneider
vice-presidente de assuntos condominiais
Antonio Paulo de Garcia Monnerat
vice-presidente de locações
Alexandre Hermes Rodrigues Corrêa
diretor-adjunto de relações do trabalho*
De acordo com o estatuto do Secovi Rio, presidentes e vice-presidentes precisam ser eleitos, mas é possível nomear diretores-adjuntos. Alexandre Hermes Rodri-gues Corrêa foi nomeado em 2008 e reconduzido ao cargo em 2010
Rumo à profissionalização
Décadas após a fundação do Secovi Rio, o momento histórico certamente
não era o mesmo para movimentos sindicais. A agitação em torno do embate
entre classes, à vista da chegada de um novo milênio, daria vez à vontade de
compreender os verdadeiros trâmites do mercado, a fim de estabelecer normas
que teriam como objetivo principal conferir o equilíbrio entre patrões e empre-
gados. Ao longo dos anos 2000, o Sindicato se tornou um instrumento capaz de
intervir na realidade coletiva em prol de seus contribuintes e consumidores. Ou
seja, um verdadeiro representante da classe. Mas para entender de que maneira
o Secovi Rio adentrou essa era, é preciso voltar um pouco no tempo e lembrar
que os primeiros passos nessa direção foram dados nas gestões de Guilherme
Dale e George Masset.
De 1960 a 1989, Guilherme Correa Dale foi presidente do Secovi Rio e da
então chamada Federação de Turismo e Hospitalidade do Rio de Janeiro, órgão
que foi incorporado à Fecomércio-RJ no processo de unificação. A federação
congregava os sindicatos patronais do segmento de comércio e serviços que
compunham o Grupo 5 da Confederação Nacional do Comércio, ou seja, en-
globava categorias como empresas de compra, venda, locação e administração
de imóveis, empresas de asseio e conservação, casas de diversões, comércio
varejista de veículos e acessórios, institutos de belezas, entre outras. Sendo assim,
é fácil perceber que o Sindicato já dava às negociações coletivas a sua devida
importância. Também nos anos de Dale, o Secovi Rio teve um papel decisivo e
ajudou a viabilizar o primeiro Conai, mais tarde renomeado Conami (Congresso
esquerdaGuilherme Dale
direitaGeorge Masset
30 3130 31
Nacional do Mercado Imobiliário), realizado
por iniciativa da Abadi (Associação Brasileira
das Administradoras de Imóveis).
Adentrando a década de 1990 e anteven-
do os avanços que seu sucessor na presidên-
cia, Pedro Wähmann, promoveria mais tarde,
Masset é apontado por funcionários e clien-
tes como importante nome na trajetória do
Sindicato. Ao longo de um mandato que ter-
minou prematuramente em agosto de 1999,
devido a seu triste falecimento, Masset per-
cebeu que o Sindicato precisava se preparar
para os novos tempos indo além do papel,
já muito importante, alcançado até então,
de meio fundamental de negociações co-
letivas entre categorias laborais. Com aguda
visão administrativa, o ex-presidente tinha em
mente o desenvolvimento do Sindicato para
além das paredes que o cercavam.
Foi sob o seu comando que o Sindicato de
Habitação passou, durante os anos 1990, por
um processo de informatização e expansão,
se desenvolvendo em uma entidade com
departamentos específicos a fim de atender
melhor seus contribuintes. Um bom exemplo
é o departamento jurídico, que, a partir da ini-
ciativa de Masset, passou a oferecer a seus re-
presentados atendimento instituído com data
e hora marcada. Mas o que verdadeiramente
deu o tom de uma nova fase sindical, muito
mais preocupada com o entorno social que o
Sindicato de Habitação se inseria, foi o primei-
ro investimento em comunicação: a coluna
Notícias Secovi Rio, publicada semanalmente
nos classificados dos jornais Extra e OGlobo.
O espaço, que chegou a contabilizar 104
edições por ano, foi o pontapé inicial para
a confirmação de um compromisso em le-
var informação à comunidade condominial,
incluindo síndicos e administradores. E vale
dizer que a coluna foi responsável por inau-
gurar um meio de comunicação entre o Sin-
dicato e seus contribuintes que deu tão certo
que foi peça-chave no processo de expansão
do Secovi Rio para além dos limites da capital
fluminense. Nesse período, o Sindicato pas-
sou a publicar, quinzenalmente, nos seguin-
tes veículos: FolhadosLagos, da cidade de
Cabo Frio; DiáriodoVale, de Volta Redonda;
Classitudo, de Nova Friburgo; ODebate, de
Macaé; MonitorCampista, de Campos dos
Goytacazes; e Classilagos, do município de
Maricá. A publicação deixou de circular, mas
o seu advento foi essencial para que o Sin-
dicato firmasse a sua representatividade no
interior do estado.
Com a trágica notícia da morte de Geor-
ge Masset, é o então diretor Pedro Wähmann
quem fica incumbido de assumir o lugar na
presidência até o fim do mandato vigente.
Neste momento deu-se o início de um novo
capítulo na história do Secovi Rio.
Em 7 de abril de 1999, Pedro Wähmann assu-
me a presidência do Sindicato de Habitação e,
logo de início, inaugura um modusoperandi par-
ticipativo, seguindo os passos iniciados pelas mu-
danças propostas pelo ex-presidente Masset. O
Secovi Rio avançaria ainda mais no estreitamento
do contato com os integrantes da categoria em
todos os setores. O Sindicato estava cada vez mais
atuante e, tendo isso em vista, a configuração das
diretorias precisou ser modificada.
O novo presidente começa por dividir as res-
ponsabilidades do Sindicato entre os seus di-
retores, no intuito de formar uma equipe que
pudesse trabalhar de forma mais equilibrada e
ainda mais eficaz. Foram criadas então direto-
rias específicas, que tinham mais autonomia
para trabalhar diretamente junto a seus departa-
mentos. Assim, os cargos de 1º e 2º tesoureiros
e 1º e 2º secretários foram substituídos pelos de
vice-presidentes. A meta de Pedro Wähmann,
nesse momento, era seguir instaurando uma
lógica cada vez mais participativa dentro do
Sindicato, bem como diversificar o número de
serviços colocados à disposição dos represen-
tados e dar agilidade no desenvolvimento das
atividades, a fim de estreitar a relação entre re-
presentante e representado.
Segundo as palavras do próprio presidente, o
Sindicato tinha entrado em processo de se tor-
nar, de fato, “um representante e um defensor de
seus representados”. E para isso era de suma im-
portância que o Secovi Rio assumisse uma faceta
multidisciplinar. Em meio à evolução do merca-
do, era necessária a preocupação com profissio-
nais de outras áreas, como recursos humanos,
contabilidade, direito trabalhista, previdenciário e
ambiental, ou seja, com todos os campos que
orbitam o universo da administração. Afinal, se
pensarmos nas diversas funções de uma admi-
nistradora de imóveis hoje em dia, veremos que
as expectativas e cobranças vão muito além das
arrecadações. Considerando que, atualmente, as
construções são finalizadas de forma cada vez
mais rápida, e tomando como média cinquenta
anos de vida útil de um edifício, é fácil perceber
que apenas cerca de dois ou três desses anos
ficam a cabo das construtoras. Já os demais 47
anos são responsabilidade da administração.
Um novo capítulo
Pedro Wähmann
32 3332 33
A guinada do Secovi Rio, nesse momento, foi
justamente no sentido de fomentar a expansão
do Sindicato para áreas de interesse que pudes-
sem garantir a manutenção dos condomínios ao
longo das décadas. Durante esse período, foram
abertos novos canais de comunicação entre o Se-
covi Rio e seus representados; foram oferecidos
cursos de capacitação, oficinas e workshops para
profissionais do segmento, e, entre muitas outras
melhorias, foram instaurados novos departamen-
tos e coordenações, no intuito de otimizar a atua-
ção do Sindicato dentro e fora do Secovi Rio.
Paralelamente, é nessa época que o Dr. Pe-
dro Wähmann assume a liderança da câmara
que reúne os Secovis de diferentes estados. No
final dos anos 1980, a Confederação Nacional
do Comércio percebeu a importância do seg-
mento de habitação e criou o GEA, Grupo Es-
pecial de Assessoramento, um núcleo pequeno,
de caráter consultivo. Inclusive, o ex-presidente
George Masset foi um dos coordenadores desse
grupo. Mas, ao longo dos anos, os Secovis iam à
presidência da CNC buscando mais suporte em
suas atividades, e foi assim que o GEA foi trans-
formado em câmara. Originalmente chamada de
CCAI (Câmara de Comércio e Administração de
Imóveis), o órgão hoje é conhecido como CBCSI
(Câmara Brasileira de Comércio e Serviços Imo-
biliários) e foi uma consequência natural do au-
mento da demanda do segmento de imóveis.
Os lugares de liderança de George Masset e
Pedro Wähmann na CBCSI foram oportunida-
des incríveis que serviram tanto para confirmar
a aceitação da presidência do Secovi Rio quanto
para estreitar a relação entre os Secovis mais no-
vos, oriundos de estados menores e que tinham
muita proximidade com a vida política local. Esse
foi um processo que garantiu força política à câ-
mara no parlamento e, principalmente, uma voz
nacional do setor. Nas palavras do próprio Wäh-
mann, a câmara foi responsável por uma “união
nacional de pensamento”.
O Secovi Riohoje
Ao completar sete décadas, o Secovi Rio re-
presenta, em junho de 2012, mais de 33 mil con-
domínios comerciais, residenciais e mistos, além
de cerca de 5,4 mil administradoras e imobiliárias.
Ao todo, são mais de 3,5 milhões de pessoas que
contam com o Secovi Rio para defender seus in-
teresses no segmento de comércio e serviços
habitacionais. Só no estado do Rio de Janeiro, os
Foto: Ana Phelps/Shutterstock
34 3534 35
condomínios e empresas do setor geram cem
mil empregos diretos e R$ 1,4 bilhão em salários
e encargos. São mais de R$ 750 milhões em ta-
rifas públicas, uma marca que revela a importân-
cia do segmento para a economia do país.
É por conta disso que a entidade é ponto
de referência do setor de comércio e serviços
imobiliários, tendo um papel fundamental no
acompanhamento de políticas trabalhistas para
o segmento. Sempre atento às modificações
políticas, econômicas e jurídicas, o Secovi Rio
cumpre a importante tarefa de estabelecer re-
lações de negociação coletiva entre os muitos
sindicatos profissionais no estado do Rio, além
de manter uma atuação efetiva no Conselho de
Relações do Trabalho, formado por empresá-
rios do setor. Anualmente, são negociadas treze
Convenções Coletivas de Trabalho dentro da re-
presentação do Sindicato.
Nos dias atuais, o Sindicato segue duas dire-
trizes essenciais, uma visão e uma missão. “Ser
ponto de referência na implantação de proces-
sos para o desenvolvimento do setor de comér-
cio e serviços imobiliários” e “promover o de-
senvolvimento do setor de comércio e serviços
imobiliários, propondo projetos e implementan-
do ações que contribuam para melhores resul-
tados e qualidade de vida dos seus representa-
dos”, respectivamente.
Unindo tradição e modernidade, o Secovi Rio
tem uma postura atuante no cenário político –
uma tática que busca transformações positivas na
sociedade brasileira, associando desenvolvimento
econômico e qualidade de vida. É uma entidade
que não deixa de marcar presença junto aos po-
deres Legislativo e Executivo por meio do acom-
panhamento de projetos e até mesmo de apre-
sentação de propostas para o setor imobiliário.
É importante ressaltar a atuação do Secovi
Rio junto à Confederação Nacional do Comér-
cio de Bens, Serviços e Turismo. Sob a liderança
de Pedro Wähmann, o Sindicato ocupa a coor-
denação geral da Câmara Brasileira de Comércio
e Serviços Imobiliários, entidade que congrega
os Secovis de todo o país. Partindo da premissa
de que o mercado imobiliário não só impulsiona
a economia como é um dos maiores geradores
de emprego no país, a câmara é um órgão con-
sultivo, composto por líderes do segmento, que
tem como principal objetivo debater questões
com implicações na atividade imobiliária e ofe-
recer estudos e sugestões que possam subsidiar
estratégias e ações políticas em apoio e defesa
da categoria. Tudo isso sob o guarda-chuva da
CNC, entidade sindical que representa os direitos
e interesses dos quase cinco milhões de empre-
endedores do comércio de bens, serviços e turis-
mo de todo o Brasil.
Hoje, o Secovi Rio promove, ainda, capacita-
ção e qualificação para síndicos, conselheiros,
profissionais de condomínios, administradoras
e imobiliárias: um trabalho que não fica apenas
na Região Metropolitana. Em constante proces-
so de expansão, o Sindicato conta com nove
representações regionais, pensando sempre em
chegar mais perto dos condomínios e empresas
de todo o estado. O Secovi Rio é ainda filiado
à Fecomércio-RJ (Federação do Comércio do
Estado do Rio de Janeiro) e à Confederação Na-
cional do Comércio.
Atualmente, a entidade ocupa um andar intei-
ro de um edifício localizado no Centro do Rio de
Janeiro, mas esse nem sempre foi o caso. A pri-
meira casa do Secovi Rio situava-se no terceiro
andar da Rua Nilo Peçanha, nº 155. Um pouco
mais tarde, mas ainda nos primórdios do Seco-
vi Rio, era possível agregar todo o Sindicato em
uma pequena salinha localizada na Rua México,
logradouro que, nesse período, já começava a
concentrar firmas e escritórios. Com o desen-
volvimento do mercado de imóveis e o paulatino
aumento da representatividade do Sindicato, uma
mudança de endereço fez-se necessária, e a sede
do Secovi Rio foi para um endereço não muito
distante do primeiro, na Rua do Carmo, nº 6.
Mas a guinada dada pelo Sindicato nos últi-
mos dez anos fez com que a sede trocasse de
lugar mais uma vez. Pensando sempre nos repre-
Foto: Mark Schwettmann/Shutterstock
36 3736 37
sentados, o objetivo da mudança foi melhorar o
atendimento aos condomínios, às imobiliárias e
às administradoras de imóveis por meio da am-
pliação do Departamento Jurídico, de novos cur-
sos oferecidos pelo Centro de Capacitação, e de
tantos outros serviços. Desde o dia 24 de janeiro
de 2006, o Secovi Rio funciona na Avenida Almi-
rante Barroso, nº 52, 9º andar.
Os membros da atual diretoria – eleita em 18
de dezembro de 2007 – são os principais preo-
cupados em dar encaminhamento às demandas
do setor. Hoje em dia, sob a liderança do pre-
sidente Pedro Wähmann, estão Manoel Maia,
vice-presidente; Maria Teresa Mendonça Dias,
vice-presidente financeira e de desenvolvimen-
to; Ronaldo Coelho Netto, vice-presidente admi-
nistrativo; João Augusto Pessôa, vice-presidente
de marketing; Rômulo Cavalcante Mota, vice-
-presidente jurídico; Leonardo Schneider, vice-
-presidente de assuntos condominiais; Antonio
Paulo de Garcia Monnerat, vice-presidente de lo-
cações; e Alexandre Hermes Rodrigues Corrêa,
diretor adjunto de relações do trabalho.
Esses são os nomes que estão à frente do
Sindicato e que servem de farol para outras cen-
tenas de nomes sem os quais o Secovi Rio não
poderia existir. Funcionando hoje como uma ver-
dadeira empresa – com metas, planos estratégi-
cos, consultores etc. –, o Sindicato da Habitação
conta em seus vários departamentos com pro-
fissionais qualificados das mais diversas áreas do
conhecimento, cujo trabalho foi absolutamente
indispensável para que o Sindicato chegasse aos
seus setenta anos. Além de atender às necessi-
dades do setor de forma competente e eficaz, o
objetivo central do Secovi Rio e de todos os que
lá trabalham é oferecer soluções personalizadas
a todos os representados.
Mapas das sedes do Secovi Rio
* Sede atual:Avenida Almirante Barroso, nº 52, 9º andar.
A posse solene do grupo, celebrada em evento
no dia 19 de abril de 2007, no Hotel Iberostar, em
Copacabana, teve a presença do então ministro
das Cidades, Márcio Fortes, que ressaltou a im-
portância da atuação da entidade na esfera legis-
lativa em prol do desenvolvimento do setor da ha-
bitação e dos investimentos públicos em moradia.
Representando o governador Sérgio Cabral Filho,
o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes,
elogiou a representatividade do Secovi Rio, citan-
do o destaque nacional da organização.
A presença de ministros de Estado em ceri-
mônias como essa, aliás, atesta o prestígio da
organização nas esferas governamentais. No
evento que celebrou a posse da gestão anterior
à atual, em 18 de março de 2004, no hotel Le
Méridien, em Copacabana, esteve presente o
primeiro ministro das Cidades, Olívio Dutra, que
assumiu o cargo na pasta criada um ano antes
pelo então presidente da República, Luiz Inácio
Lula da Silva.
Aguardando imagem em alta resolucão do evento
Pedro Wähmann e o ministro Olívio Dutra
38 3938 39
Na hora de comprar ou alugar um imóvel, as administradoras de imó-
veis cumprem um papel de suma importância, buscando sempre ofe-
recer a seus clientes uma gama de serviços que busque descomplicar
a vida de quem procura. A função da administradora de imóveis é zelar
pelos interesses do proprietário e do locador, visando manter a regula-
ridade das obrigações contratuais formalizadas entre todas as partes e
gerindo eventuais problemas.
Em troca de uma porcentagem do valor combinada previamente,
a administradora cuida de toda a divulgação, colocando anúncios em
mídias especializadas e placas, e promovendo a visita dos interessados
com acompanhamento de profissionais especializados. A administra-
dora tem a importante função de fazer as vistorias, todo o levantamen-
to cadastral – tanto do imóvel quanto dos interessados – e elaborar os
contratos de acordo com a legislação vigente. Em casos de embates
contratuais, muitas disponibilizam advogados especializados em Direi-
to Imobiliário, assessorando os clientes durante o tempo que durar a
demanda judicial. Há administradoras que fazem, ainda, a intermedia-
ção e solução entre familiares que herdaram algum tipo de patrimônio.
Por conta disso, essas empresas têm o compromisso de estar sempre
atualizadas em questões fiscais, tributárias e jurídicas, além de manter
uma estrutura capaz de zelar pelos bons resultados na administração e
com uma prestação de contas transparente.
Em resumo, a administradora de imóveis fazem uma ponte entre lo-
cador e locatário. É ela quem dá tranquilidade ao síndico em questões
como recrutamento e contratação de funcionários, vistoria das instala-
ções, elaboração de folhas de pagamento dos empregados e recolhi-
mento de taxas e impostos, entre outras. Tendo em vista tantas funções
essenciais, o Secovi Rio reconhece o trabalho dessas empresas como
um dos mais importantes e legítimos dentro do universo imobiliário.
Prova desse reconhecimento é a realização anual, desde 2000, de
uma grande festa, no mês de novembro, para os funcionários das admi-
nistradoras e imobiliárias em dia com as contribuições e suas famílias.
Excepcionalmente suspenso em 2012, por conta das comemorações
dos 70 anos do Secovi Rio, o evento, batizado de Um Dia Diferente,
conta com a participação média de mil pessoas por edição. O formato,
já consagrado, inclui café da manhã e churrasco durante toda a tar-
de, em um sítio com espaços de lazer e recreação infantil, distribuição
de brindes, sorteios de prêmios, além de serviços sociais gratuitos, em
parceria com o Senac Rio, como corte de cabelo e massagem, encer-
rando com um show musical. São recolhidas também toneladas de
alimentos não perecíveis para o Banco Rio de Alimentos.
O papel das administradoras
Peshkova/Shutterstock
40 4140 41
Para o Sindicato da Habitação, o síndico é o principal interlocutor,
pois ele é o elo entre o Sindicato, as empresas prestadoras de serviço, os
funcionários do condomínio, os condôminos e os fornecedores. Mais
que isso, o síndico é o porta-voz de uma comunidade e o representante
desta junto ao Sindicato e à sociedade. É ele quem assume a responsa-
bilidade de supervisionar atividades de manutenção, segurança, planeja-
mento e prestação de contas, entre tantas outras.
De acordo com o artigo 1.348 do Código Civil, as atribuições do sín-
dico incluem representar o condomínio, fazer cumprir a Convenção,
contratar e demitir funcionários, zelar pela boa convivência entre os
condôminos, cuidar do sistema de segurança do prédio, preocupar-se
com a qualificação dos empregados, fazer manutenção preventiva e
manter as contas em dia.
A palavra condomínio significa “propriedade comum” e, sendo as-
sim, é preciso um esforço constante a fim de conciliar as vontades de
todos os moradores e promover a harmonia no edifício. A função ad-
ministradora não cessa no financeiro, já que um bom síndico é capaz
de administrar também pessoas. De acordo com uma pesquisa reali-
zada em 2011 no portal do Sindicato na internet, a principal dificuldade
na gestão é justamente resolver atritos entre vizinhos. Os conflitos são
tão recorrentes que aterrorizam os síndicos até mais que a inadimplên-
cia! Sendo assim, quem assume essa função precisa ter muito jogo
de cintura e, principalmente, não pode nunca pôr os seus interesses
pessoais à frente dos interesses da comunidade.
Um bom síndico precisa definir – e seguir – os direitos
e deveres de cada um dos condôminos e exigir a correta
utilização das áreas comuns, sempre cumprindo o regu-
lamento interno. Ele é também o representante legal do
condomínio, em juízo ou fora dele, e pode ser tanto con-
dômino quanto pessoa física ou jurídica estranha ao con-
junto de copropriedade. De todo modo, o síndico deve
ser eleito em assembleia geral, na forma prevista na Con-
venção. Por essas e outras razões, esse personagem tão
importante para o dia a dia predial é uma das figuras-chave
para o Secovi Rio, que não poupa esforços para organizar
eventos inteiramente dedicados a eles.
Além de oferecer cursos ligados a questões orçamentais
e de gestão de pessoas, tópicos que auxiliam na atuação
do síndico, o Sindicato da Habitação promove todo ano o
Dia do Síndico. Comemorado no dia 23 de abril (em pleno
feriado de São Jorge), o evento já é tradição e acontece
desde 2007. Foi somente no ano seguinte, no entanto, que
a festa assumiu o seu animado formato atual: um coquetel
dançante no Clube Militar, no Centro do Rio. Anualmen-
te, o Sindicato homenageia os “guerreiros do condomínio“
com uma grande festa, com coquetel, show dançante e
sorteio de prêmios.
O síndico
Mario Lopes/Shutterstock
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Graças às ações do Secovi Rio ao
longo desses setenta anos, o perfil
atual do síndico no Rio mudou para
melhor. Eles agora estão mais bem in-
formados e, consequentemente, mais
eficientes. Por isso, nada mais justo do
que promover uma grande celebra-
ção para coroar esse mérito. A festa
deu tão certo que no ano de 2011, a
comemoração foi estendida à Regio-
nal dos Lagos. Pela primeira vez, Cabo
Frio foi sede de um jantar de confra-
ternização com os síndicos da região,
e, em 2012, a festa foi realizada tam-
bém em Teresópolis.
Agora, para resolver com eficiência
os problemas do dia a dia, dos mais
simples aos mais complicados, um
dos eventos mais importantes para a
troca de conhecimentos dentro do se-
tor imobiliário é o Fala, Síndico – um
fórum bimestral que cumpre o papel
crucial de solucionar dúvidas sobre o
dia a dia da gestão condominial. Afinal,
nada melhor do que falar com quem
entende do assunto. Cada edição con-
ta com a presença do corpo jurídico
do Sindicato, dedicado a responder
perguntas dos participantes. O fórum
também tem participação de advoga-
dos convidados e especialistas em Di-
reito Imobiliário contribuindo nos de-
bates. Com um formato simples, que
permite a troca de informação entre
profissionais do ramo, o encontro é
mais um serviço que busca facilitar a
convivência entre gestores, funcioná-
rios e moradores.
Ao assumir a função de síndico, o condômi-
no se vê frente a frente com diversas leis que re-
gem, diariamente, suas atividades. E, de tempos
em tempos, novas regras e determinações legais
aparecem para complicar ainda mais esse dia a
dia. Acontece que o descumprimento de boa par-
te dessas leis pode implicar pagamento de pesa-
das multas e até mesmo processos legais. É aí que
entra a assistência jurídica do Secovi Rio, um dos
diversos departamentos do Sindicato voltados a
solucionar problemas corriqueiros.
Com a missão de orientar, esclarecer e inter-
ceder pelos seus representados, o departamento
jurídico do Sindicato da Habitação é um dos mais
solicitados pelos contribuintes. É uma peça sin-
dical fundamental, uma vez que pretende fazer
com que as leis cheguem de forma clara a síndi-
cos, administradores e moradores de condomí-
nios, a partir do contato direto com esse público.
O serviço é realizado por uma equipe de ad-
vogados do Sindicato, especializada no segmen-
to imobiliário e preparada para sanar qualquer
tipo de dúvida que possa interferir no dia a dia
de um condomínio. Os temas podem ser rela-
cionados às áreas de gestão predial, locação de
imóveis, trabalhista, previdenciária ou tributária/
fiscal. O departamento jurídico realiza em média,
cerca de oito mil atendimentos anuais.
Mangostock/Shutterstock
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O Sindicato presta atendimento personalizado em sua sede, no
Centro do Rio, com consultas previamente marcadas, mas as dú-
vidas podem ser enviadas via carta, fax ou e-mail. Também existe a
opção do Chat de Atendimento Jurídico, instalado no Portal Secovi
Rio, uma forma ágil de resolver questões simples e objetivas, que não
dependam de análise de documentos ou de pesquisa de legislação,
doutrina ou jurisprudência. A abertura desse canal on-line foi um ga-
nho e tanto para quem procura os serviços jurídicos, que ganharam
mais agilidade e exatidão nas respostas – que seguem sempre por
escrito, quanto para o Sindicato, que tem a oportunidade de mapear
com mais rapidez as demandas dos representados a partir da recep-
ção eletrônica das consultas.
Um setor de suma importância para o dia a dia do Sindicato, o
Departamento Jurídico se mostra ainda mais essencial quando há al-
guma mudança significativa na legislação brasileira, como foi o caso
da Lei do Inquilinato, que foi reformulada em 2009. Na ocasião, o Se-
covi Rio saiu na frente e lançou o livro ALeidoInquilinatoatualizada
pelaLeinº12.112,de9/12/2009–Artigos,comentários,perguntas
erespostasejurisprudência, que traz, de forma objetiva, tudo sobre
locação, incluindo as modificações introduzidas pela nova lei fede-
ral. Essa é apenas uma das diversas publicações encabeçadas pelo
setor jurídico do Secovi Rio, e que, em conjunto com os eventos
promovidos em diversos pontos do estado, exemplifica a presença
atuante e esclarecedora da entidade nas negociações trabalhistas de
seus representados.
Mas é importante frisar a atuação importantíssima do Secovi Rio
na atualização dessa lei, que dispõe sobre as locações de imóveis ur-
banos e que não sofria mudanças desde 1991. Vendo que a lei estava
ultrapassada, o departamento jurídico deu início a um minucioso pro-
cesso de análise que resultou em uma série de propostas para a sua
reformulação. O Sindicato acompanhou o processo de perto e enca-
beçou uma das principais mudanças, que diz respeito ao tempo de
permanência do inquilino em um imóvel em caso de inadimplência.
De acordo com a nova lei, inquilinos com aluguel em atraso podem
ser alvo de ação judicial de despejo com prazo de quinze dias para na
desocupação liminar do imóvel, se estiverem sem garantia locatícia. O
mesmo prazo pode ser utilizado para despejo, em trinta dias, caso não
seja feita a substituição do fiador que tiver se exonerado.
A ação teve o intuito de dinamizar o mercado imobiliário e impul-
sionar locações, uma vez que o tempo médio para a retomada do
imóvel é reduzido. A nova lei também incentiva o bom inquilino. Em
certos casos, se for pontual nos pagamentos, ele pode até ser deso-
brigado de registrar um fiador. Já em relação à multa rescisória con-
tratual, objeto de intermináveis conflitos, a lei atual ajusta-se ao novo
Código Civil e garante proporcionalidade no valor quando o imóvel
alugado é devolvido antecipadamente, entre outras mudanças. O Se-
covi Rio sempre acompanhou de perto projetos e apresentação de
propostas para a estabilidade do setor imobiliário, buscando incentivar
o mercado de locações, um segmento que permite ampliar o acesso
da população à moradia digna.
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Nem todas as questões, no entanto, precisam ser levadas para um juiz. Mesmo com um de-
partamento jurídico disponível, é importante ter em vista que, a cada ano, quase dois milhões
de novos processos dão entrada na Justiça do Trabalho. Com tamanho volume, uma causa
simples pode passar anos perdida entre recursos e liminares. Foi aí que o Secovi Rio entrou
com a iniciativa de resolver conflitos entre empregados e empregadores do setor imobiliário
por meio de um conselho de conciliação.
Baseada na Lei 9.958, a Comissão de Conciliação Prévia, setor que teve atuação no Sindi-
cato até dezembro de 2010, foi a solução do Secovi Rio para as batalhas jurídicas que conges-
tionam os Tribunais do Trabalho, pondo na mesa apenas as partes interessadas, intermediadas
por representantes de empregado e empregadores, em igualdade de condições. Firmada em
1º de novembro de 2000, a iniciativa foi um passo decisivo para a modernização das relações
trabalhistas do segmento.
Partindo da premissa de que não existem patrões sem empregados e vice-versa, o Secovi
Rio visa à estabilidade entre os sindicatos patronal e laboral. Para equilibrar a difícil equação en-
tre contribuir com a manutenção do nível de emprego e, ao mesmo tempo, manter a sustenta-
bilidade dos condomínios, o primeiro passo é acreditar que negociar seja buscar uma maneira
de todos saírem ganhando.
É por isso que o departamento jurídico do Secovi Rio também realiza
a Convenção Coletiva de Trabalho, um instrumento resultante do acor-
do firmado entre os sindicatos patronal e laboral, cujo principal objetivo
é regular condições de trabalho aplicáveis aos contratos individuais da
categoria. Na prática, as convenções são negociações organizadas pelo
Conselho de Relações do Trabalho do Secovi Rio – um grupo de em-
presários do segmento que se reúne para debater questões que digam
respeito às relações mantidas entre condomínios, administradoras, imo-
biliárias e seus respectivos empregados.
O Conselho, do qual fazem parte, na gestão 2012, Alexandre Hermes
Rodrigues Corrêa (presidente), Maria Teresa Mendonça Dias, Dennys Ab-
dalla Muniz Teles e Fernando Schneider, tem relevante papel nas defini-
ções salariais do segmento, focando sua atuação no diálogo e no bom-
-senso, para que os lados patronal e laboral possam chegar a resultados
satisfatórios. É uma grande responsabilidade, afinal, os condomínios e em-
presas do setor representam, no Estado do Rio, 100 mil empregos diretos.
Sempre defendendo seus representados, o Secovi Rio atua também
com o intuito de influenciar as decisões governamentais, objeto de in-
tenso trabalho nessa sua longa jornada. Ao longo de setenta anos de
existência, essa ação tem traduzido o verdadeiro mote do Sindicato da
Habitação. Os serviços oferecidos, os eventos promovidos, as publica-
ções, tudo isso reafirma o lema principal da organização. Mas nenhuma
prática exemplifica tão bem os papéis de defensor e representante quan-
to as realizadas pela Coordenação de Relações Político-Institucionais
(CRPI) do Secovi Rio. Em conjunto com toda a estrutura do Secovi Rio,
os profissionais desse setor são responsáveis por defender os interesses
do mercado imobiliário.
O Estado é a estrutura organizacional que viabiliza a existência de
uma sociedade moderna. Além de prestar os serviços essenciais, tais
como segurança, justiça, garantia da moeda etc., é responsável por pro-
ver diretamente ou assegurar que sejam prestados pela iniciativa privada
um sem-número de outros serviços, como educação, saúde e assistên-
cia médica, transportes, infraestrutura e os demais que são imprescindí-
veis ao desenvolvimento social.
No estado democrático, os governos, que por concepção são elei-
tos, representam o pensamento médio da maioria da população e estão
legitimados para programar um modelo de gestão ou tomar decisões
que expressem o seu pensamento político, suas opções que condizem
com a escolha que atendam às demandas da sociedade às quais estão
comprometidos em atender. Portanto, o Estado não é autossuficiente.
Governa para a maioria da população e promove, juntamente com os
Foto: Marilyn Volan/Shutterstock
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indivíduos – cidadãos usuários de serviços públi-
cos, consumidores, sujeitos de direito – e a ini-
ciativa privada, entendida como segmento eco-
nômico/produtivo, as condições imprescindíveis
ao desenvolvimento e reprodução da sociedade.
As decisões governamentais em uma socie-
dade complexa e diversa invariavelmente irão
beneficiar alguns setores econômico-sociais e
prejudicar outros. E esse ciclo se repete, varian-
do no tempo os conteúdos e setores atingidos,
que, não raro, podem se inverter de acordo com
a conjuntura, as necessidades objetivas, a capa-
cidade de mobilização e o projeto de governo.
Essa realidade torna o Estado ou o governo o
fórum privilegiado para a expressão dos segmen-
tos sociais e econômicos, os quais buscarão, de
forma legítima, influenciar as suas decisões, por
intermédio do convencimento (oferecimento de
informações) ou pressão (ameaça à legitimidade
do governo em relação à sociedade).
O “interesse público”, que é o instituto jurídi-
co abstrato que legitima a atuação do Estado,
pressupõe a construção do conceito que parte
das concepções iniciais dos governantes em in-
teração com a resultante das ações, convicções e
informações levadas a efeito pelos grupos socio-
econômicos. A interação entre Estado e socieda-
de é imprescindível não somente para assegurar
a possibilidade de maior eficiência nas decisões
governamentais, mas porque esse movimento vai
assegurando a manutenção da legitimidade ou a
gradativa perda desta, oxigenando a democracia
e os partidos políticos como seus representantes.
A participação de todos os cidadãos, em to-
das as tomadas de decisão no Congresso, é, po-
rém, impossível, mesmo que se lance mão de
plebiscitos. Como fazer então para ter sua voz
ouvida? Uma solução é estabelecer um diálogo
permanente entre o governo e a sociedade, por
meio de entidades, a partir da atuação de grupos
de representação de interesses, durante o pro-
cesso de elaboração das leis. É aí que entra o trabalho de defesa
das necessidades de determinadas categorias. E para pleitear ide-
ários do segmento imobiliário existe a CRPI – Coordenação de
Relações Político-Institucionais.
A CRPI existe desde 1992, mas foi consolidada e reestruturada
em 1999 – uma verdadeira vitória para o Secovi Rio, uma vez que
se trata de uma atuação de máxima importância no que diz respei-
to à evolução do setor de imóveis, mantendo acompanhamento
permanente de proposições legislativas e das propostas e progra-
mas de políticas públicas do Executivo, nos âmbitos municipal,
estadual e federal que sejam de interesse do setor imobiliário.
No Legislativo, os principais objetivos são o de incrementar e
aperfeiçoar a legislação pertinente aos assuntos de interesse do
setor imobiliário, além de analisar as proposições que possam in-
tervir no segmento. Já no Executivo, a Coordenação participa das
discussões e mantém representação em Conselhos e Grupos de
Trabalho, debatendo e propondo ações para o desenvolvimento
do segmento.
A isso, nos EUA, dá-se o nome de “advocacy“ – uma forma mui-
to comum de se participar ativamente da política pública. Tanto
que atividades desse tipo são regulamentadas na União Europeia,
nos Estados Unidos e em parte da América Latina. Mas por aqui,
onde a prática é conhecida como lobby, ainda há bastante re-
sistência, e, infelizmente, a palavra acabou sendo erroneamente
atrelada a um sentido pejorativo. No entanto, ações transparentes
como as da CRPI do Secovi Rio surgem justamente para inverter
essa lógica e provar que onde há democracia há lobby.
As atuações do Secovi Rio que buscam influenciar os processos
decisórios governamentais são mais eficientes porque foram con-
cebidas de forma estratégica e nada “messiânica”. Com isso, elas
estão livres da falsa convicção de “verdades”, direitos e justiça dos
pleitos, que não raro obscurece o processo, descartando-se a dinâ-
mica que envolve a construção do ambiente decisório e a ação dos
opositores. Uma vez traçados os objetivos, é imprescindível reunir
e sistematizar as informações necessárias quanto ao mérito e cir-
cunstâncias em que a política pública e/ou a ação governamental
se circunscrevem. A plataforma de subsídios e materiais que servirá
de instrumento de divulgação da posição do segmento deve ser
concebida de maneira que possa ser compreendida em sua ampli-
tude. Há aqui um forte componente de técnicas de comunicação.
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O objetivo a ser alcançado deve passar pelo crivo dos seguintes as-
pectos, que podem viabilizar ou impedir o alcance dos resultados:
• Base jurídica/constitucional: o princípio da legalidade.
Aquiseincluiaconstitucionalidade,pressupostoimpres-
cindívelà tomadadequalquerdecisãogovernamental.
Essa análise assegurará sustentabilidade ao pleito e a
possibilidadedeanálisedoseumérito.
• Adequaçãodopleitoàstendênciasdapolíticagoverna-
mentaleaosprecedentesquepossamreforçá-lo.
• Identificação dos elementos de conjuntura político-
-econômica e social que podem influenciar direta ou
indiretamenteoalcancedosobjetivos.
• Análisedos “recursosdepoder” (financeiro, tecnológi-
co,organizacional,institucionalecultural)dequeoseg-
mentocorporativodispõe.Esseéumimportanteinstru-
mentoparaescolherasaçõesquepossamproduziros
efeitosmaisexpressivos.
• Identificaçãodossegmentos(atores)socioeconômicos
corporativos convergentes em relação às propostas e
aospotenciaisopositores,pormeiodeumaabordagem
direcionadaqueconsidereaagregaçãodeforçaeque
reduzaaeficáciadosrecursosdepoderdosopositores.
• A adoção sequenciada e oportuna das ações progra-
máticasedosmeiosutilizados,pressupondoomelhor
aproveitamentodosrecursosdepoder.
Além do contato pessoal com os agentes de decisões governamentais e formado-
res de opinião, a ação estratégica recomenda a participação qualificada em encon-
tros setoriais e temáticos, seminários, audiências públicas e eventos em geral, publici-
dade direcionada, segmentos específicos da mídia, mobilização social e participação
direta, além da grande novidade da sociedade da informação, que é a mobilização
por meio das redes sociais.
A atuação continuada e proativa é imprescindível para o Secovi Rio, pois as deci-
sões governamentais são recorrentes e influenciam diretamente as atividades de seus
representados. É por isso que o Sindicato se orgulha de erguer a bandeira da atuação
política objetiva e permanente, reconhecida pelos representados como uma partici-
pação legítima na elaboração de legislações. Por meio do compromisso e da transpa-
rência, o Secovi Rio vê as atividades exercidas pela CRPI como um meio que reafirma
a participação sociopolítica do Sindicato da Habitação e, mais que isso, como verda-
deiramente essenciais para o bom funcionamento do setor de imóveis.
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Foi-se o tempo em que a medida de poder
de uma empresa recaía sobre a extensão de sua
folha de pagamentos. Atualmente, as mudanças
nas áreas de gestão revolucionaram as tradicio-
nais concepções do setor produtivo, e, em meio
aos avanços tecnológicos, um novo paradigma,
em que o fator humano é imprescindível para o
sucesso dos empreendimentos, se instaurou. Ou
seja, para sobreviver ao mercado hoje em dia, só
existe uma opção viável: contar com o auxílio de
profissionais qualificados.
A profissionalização é uma medida estratégi-
ca para o aprimoramento da qualidade dos servi-
ços oferecidos. E levando em conta a crescente
competitividade das empresas do mercado, ter
um time bem treinado é um grande diferencial
no que diz respeito à satisfação dos clientes. A
profissionalização promove, ainda, o desenvolvi-
mento da autoconfiança, o que resulta em em-
pregados não só mais capazes, como também
mais motivados e comprometidos.
Foi justamente a partir da necessidade de quali-
ficação do segmento que o Secovi Rio inaugurou,
em 2004, o Centro de Capacitação Imobiliária.
Percebendo a enorme demanda, uma vez que o
mercado imobiliário carioca se encontrava caren-
te de treinamento, o Sindicato assumiu a missão
de congregar conhecimento dos problemas da
categoria a fim de elaborar uma política de capaci-
tação do setor. É por isso que o núcleo de ensino
tem como meta desenvolver cursos e palestras
com o objetivo de profissionalizar os serviços de-
sempenhados nos condomínios e nas empresas
atuantes nas áreas representadas pela entidade.
O Centro de Capacitação é a primeira instituição especializada em qualificação
profissional do setor imobiliário no Rio de Janeiro e formatada de acordo com pes-
quisas de mercado. Antes de sua criação, entre fevereiro e abril de 2003, foi realiza-
da uma sondagem mercadológica com mais de duzentos representantes do ramo
de imóveis, entre síndicos, executivos e funcionários de condomínios e empresas.
Foi com base nas necessidades narradas por cada um deles que o Centro pôde
elaborar seu cronograma de treinamento, levando em consideração a localização
e preços acessíveis.
Desde a sua criação, o Centro vem oferecendo uma gama de cursos, palestras,
workshopse eventos destinados a profissionalizar todos aqueles que mantêm o
setor de habitação funcionando. Certamente, uma das grandes preocupações do
Sindicato tem sido provar para os profissionais do ramo o quanto a capacitação é
imprescindível, especialmente no cenário atual do mercado imobiliário. E foi com
esse objetivo que o Secovi Rio lançou, para o ano de 2010, o Programa Compro-
misso com a Qualidade – que incentivou condomínios, de janeiro a dezembro, a
investir na qualificação de seus colaboradores, fortalecer as relações e contribuir
para a qualidade de vida dos moradores.
Paralelamente à capacitação, o Secovi Rio realiza uma série de cursos avulsos e
eventos ao longo do ano, tanto em sua sede quanto nas unidades regionais situadas
em todo o estado. Os temas são variados, com aulas teóricas e práticas conduzidas
pelos maiores especialistas do segmento. As pautas são renovadas periodicamente,
a fim de atender ao maior número possível de representados. Em 2012, foi apresen-
tado o Programa Gerenciando Condomínios, uma série de cursos cuja missão é le-
var a síndicos, subsíndicos, conselheiros, gestores de condomínios, colaboradores
de administradoras de imóveis e pessoas interessadas em atuar na área questões
jurídicas, administrativas, financeiras e comportamentais, no intuito de aumentar a
eficiência e a eficácia da gestão condominial.
Atento aos avanços tecnológicos e, principalmente, à democratização do saber,
o Secovi Rio oferece, ainda, cursos e palestras com transmissão via web. É uma
ferramenta que, além de oferecer praticidade e comodidade, está ao alcance de
qualquer um com acesso à internet.
Para o Centro de Capacitação, o Sindicato contou, ainda, com a parceria de
instituições sérias na área de ensino técnico e formação profissional: Senac, Defesa
Civil e Corpo de Bombeiros. Além de fornecer apoio ao núcleo de ensino, os par-
ceiros que compraram a ideia de transformar o mercado imobiliário em um setor
competitivo, com profissionais qualificados, oferecem palestras e cursos rápidos
em programas de treinamento para condomínios, com dicas práticas sobre acesso
de pessoas ao prédio e à garagem, equipamentos de segurança, bem como o Guia
deprevençãoparacidadãos, com orientações para incêndios, cortes de energia,
evacuação de prédios e demais situações de risco.
Foto: Blaz Kure/Shutterstock
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O tema da Segurança Predial, aliás, é uma das principais bandeiras do Secovi Rio,
visto que os novos métodos de ação dos assaltantes colocam, diariamente, em risco
muitos edifícios. Com o objetivo de preparar moradores, síndicos, zeladores, porteiros
e vigias a ampliarem o panorama de segurança em condomínios, o Sindicato toma
uma série de medidas para instaurar uma rotina nos condomínios que assegure a
tranquilidade de todos.
No ano 2000, antes mesmo de o Centro de Capacitação ser aberto, o Secovi Rio
havia formulado o Projeto Segurança Predial, visando reduzir a criminalidade nos pré-
dios residenciais do estado do Rio de Janeiro. Para além das palestras que o Sindicato
já ministrava para porteiros e síndicos, esse projeto tinha como principal objetivo sen-
sibilizar também os condôminos, uma vez que, bem informado, o morador é capaz
de colaborar decisivamente para evitar assaltos em seu condomínio. A principal pre-
missa da questão da segurança é a prevenção, e, muitas vezes, prevenir pode significar
apenas estar atento. No Secovi Rio, projetos desse naipe sempre buscam incentivar
medidas simples, como instruir moradores e funcionários a ficarem atentos à invasão
de bandidos disfarçados de entregadores ou prestadores de serviços.
Como já dizia o ditado popular: a ocasião faz o ladrão. E se ele é verdadeiro, a
melhor maneira de aumentar a segurança dos condomínios residenciais é reduzir as
suas vulnerabilidades. As medidas são das mais diversas e incluem desde o controle
de acesso de pessoas e veículos ao uso de recursos tecnológicos, como câmeras
de vigilância. Por isso, o Programa de Treinamento em Segurança Predial apostou
na capacitação de porteiros e no esclarecimento da população. Na época, um kit foi
distribuído a doze mil condomínios e entidades. Um manual listava duas razões para
o crime: vontade e oportunidade, e pleiteava ser possível evitar a segunda razão por
meio de medidas preventivas.
Pela ótica da prevenção, todos têm seu papel a cumprir no combate ao crime, e,
sendo assim, a segurança condominial é um conjunto de atitudes adotadas pelo síndi-
co, pelos moradores e pelos funcionários. Para esclarecer boa parte dessas questões,
um vídeo informativo ilustrava os truques mais usados por assaltantes para conseguir
driblar a vigilância e entrar nos condomínios. Por conta da parceria com a Polícia Mili-
tar, síndicos e porteiros podiam inscrever-se no programa por meio de qualquer Bata-
lhão. A cada vinte inscrições, uma palestra era programada. Paralelamente, um curso
de qualificação de porteiros, ministrado em parceria com o Senac, incluía o tema da
segurança em sua programação.
A instauração do Programa de Segurança Predial do Secovi Rio foi certeira, e, no
ano seguinte, o Sindicato levou o Prêmio Master Imobiliário 2001 pela iniciativa. O su-
cesso levou o programa a ser ampliado, incorporando também manutenção predial e
prevenção contra incêndio e pânico. Em conjunto com a abordagem pela proteção
contra crimes, os dois novos tópicos formavam o tripé sobre o qual se construía a
nova concepção de segurança, muito mais abrangente e moderna e, enfim, preocu-
pada com riscos à estrutura do prédio.
Por anos o programa foi referência, mas como o passar do tempo e os avan-
ços da sociedade, o Sindicato sentiu ser necessário dar mais um passo à frente na
busca pelo dia a dia pacífico nos condomínios. Então, em novembro de 2005, foi
lançado um novo programa de segurança predial, batizado de Trilogia–Práticas
paraumcondomínio seguro. Construído com base no mesmo tripé, o projeto
se baseava na ideia de que a segurança condominial não está limitada a ações
de combate à violência urbana, mas em tudo que possa ameaçar o sossego, o
patrimônio e a própria vida dos condôminos. Além do DVD, com uma abordagem
comportamental, o projeto também distribuiu aos síndicos fluminenses milhares
de cartilhas ilustradas em cores.
No fim, todos ganham: os funcionários de condomínios, com a qualificação e a
motivação para desenvolver suas atividades, e os condôminos, por terem seu patri-
mônio valorizado e bem conservado. Inteiramente didática, a publicação contém
valiosas dicas e orientações aos gestores prediais e é, até hoje, uma das maiores
armas do Secovi Rio em defesa da segurança predial.
Alphaspirit/Shutterstock
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Sem sombra de dúvidas, a expansão do se-
tor de serviços é um fato incontestável. À me-
dida que a economia de cidades interioranas
cresce, aumentam também, por consequência,
as demandas do setor imobiliário. A expansão da
categoria imobiliária é sintomática do desenvol-
vimento urbano e, assim como nas grandes cida-
des, o mercado de imóveis no interior do estado
necessita de aparatos para prosperar: treinamen-
to de pessoal, assistência jurídica, informação,
ferramentas gerenciais e instrumentos para a
profissionalização do setor.
Um processo natural de evolução e interioriza-
ção da economia fluminense levou o Secovi Rio
a instalar Delegacias Regionais nos grandes cen-
tros, promovendo o intercâmbio de informações
e o fortalecimento das atividades imobiliárias em
todo o estado. Com necessidades e demandas
distintas daquelas da capital do estado, as empre-
sas e os condomínios localizados em outras cida-
des contam com a participação ativa do Secovi
Rio por intermédio de suas delegacias: Baixada
Fluminense, Costa Verde, Lagos, Litorânea, No-
roeste Fluminense, Norte Fluminense, Serra Im-
perial, Serra Norte, Serra Verde e Sul Fluminense.
As Delegacias Regionais do Secovi Rio fun-
cionam como uma espécie de franquia, com o
intuito de estender a representatividade e conso-
lidar a presença do Sindicato. O objetivo principal
é levar às regionais todos os serviços e produtos
oferecidos pelo Secovi Rio, mantendo a mesma
linha de pensamento da sede no que diz respeito
às suas ações e às respostas aos contribuintes. A
entidade fornece o conhecimento acumulado e
uma marca de confiança em troca da unidade de
ações em todo o estado do Rio de Janeiro.
Os mercados das diferentes regiões apresen-
tam diferentes necessidades de atuação. Assim,
as delegacias das regiões dos Lagos e Norte Nor-
deste, por exemplo, concentram suas atividades
nas questões trabalhistas. Já em Nova Friburgo e
Teresópolis, a maior demanda é por capacitação
profissional do segmento, por isso a regional ofe-
rece mais cursos e palestras entre programas di-
rigidos a porteiros, zeladores, síndicos e adminis-
tradores. O Secovi Rio está atento aos problemas
de cada canto do estado e decidido a contribuir
para o desenvolvimento do mercado de imóveis
em todo o Rio de Janeiro.
Regional Costa Verde
RegionalSul Fluminense
RegionalBaixada Fluminense
RegionalSerra Imperial
SedeSecovi Rio
Regional Lagos
Regional Litorânea
RegionalNorte Fluminense
RegionalNoroeste Fluminense
RegionalSerra Norte
RegionalSerra Verde
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A melhor maneira de uma organização buscar a transparência e, ao mes-
mo tempo, aproximar-se de seu público é, certamente, por meio do diálo-
go. Mas como estabelecer essa troca de informações nos dias de hoje? Em
plena era da mídia digital, o Secovi Rio não fica para trás e nem abre mão
da tradição, preferindo apostar na diversidade de meios que possam levar
informações relevantes e que contribuam para uma gestão condominial efi-
ciente. Somados, esses espaços fortalecem a marca e, principalmente, bus-
cam atender a todos os representados do Sindicato de Habitação de forma
simples e intuitiva. É por isso que o Secovi Rio dá toda
a importância aos canais de comunicação, e, a cada
nova tendência midiática, aumenta a vasta coleção de
espaços destinados à informação.
Prova disso são os canais mais recentes: o Blog
Secovi Rio (secovirio.blogspot.com), as páginas nas
redes sociais Twitter (@secovirio) e Facebook (/seco-
virio) e um canal no YouTube – quatro indicadores do
quanto o Sindicato está ligado à modernidade. As re-
des sociais trouxeram uma nova dinâmica, já que antes
a comunicação tinha apenas uma via. Entre o Secovi
Rio e seus representados não havia de ser diferente.
Por meio dos novos canais, síndicos, administradores
e condôminos têm a oportunidade de sugerir, recla-
mar, elogiar, divulgar ou criticar.
Não é novidade para ninguém que a internet re-
volucionou a maneira como as pessoas interagem, e
os perfis no Twitter, Facebook e YouTube do Secovi
Rio acompanham essa tendência global de interação.
Com eles, o Sindicato pode divulgar informações pon-
tuais, como cursos, eventos e serviços, e notícias im-
portantes do mercado de imóveis, além de criar pro-
moções e interagir com os representados da melhor
forma possível. O importante é a qualidade do consu-
mo dessas informações pelo público. De certo, o bom
aproveitamento dessas redes contribui para resultados
positivos no desenvolvimento de qualquer empresa,
inclusive o Secovi Rio. É o Sindicato em sintonia com
a era das mídias sociais.
No blog, o Sindicato da Habitação conta com a
atuação de um departamento específico, a Coordena-
ção de Relações Político-Institucionais (CRPI), que tem
como principal objetivo acompanhar as proposições
legislativas nos âmbitos municipal, estadual e federal,
levando sugestões para projetos que interferem no se-
tor imobiliário. Esses canais pegam carona no sucesso
absoluto do Portal Secovi Rio, relançado em 2010.
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Completamente reformulado, o site oficial do
Secovi Rio ganhou, em 2010, um visual moderno
para abrigar não só as notícias do mercado imo-
biliário como também os novos serviços que es-
tavam sendo oferecidos on-line. Assim, de forma
pioneira no setor, o website se transformou em
um verdadeiro portal. A fim de facilitar o dia a dia
dos condomínios e das empresas do segmento
de imóveis, a página na internet passou a ofere-
cer, além das áreas tradicionais, como Conven-
ções Coletivas, Legislações, Cursos e Eventos,
novidades interativas.
Dentre as atualizações, valem destacar o
Chat Atendimento Jurídico, uma ferramenta
para quem precisa solucionar dúvidas sem sair
de casa ou do escritório; a Loja Virtual, um es-
paço on-line onde estão disponíveis para venda
pesquisas, publicações e a assinatura anual da
Revista Secovi Rio; os Classificados, onde estão
listadas empresas que prestam serviços para
condomínios, bem como empresas do setor;
a seção Agende-se, um calendário indicando
quais são as datas para pagamento de INSS, 13º
salário, FGTS etc.; e a ferramenta de Inscrição
On-line, onde é possível realizar inscrições no Sindicato, por
meio do site, de maneira ágil e prática.
Mas como tudo na era da informática muda com uma rapidez
estonteante, o portal ganhou uma nova versão em 2012, para co-
memorar os setenta anos de Sindicato na crista da onda. O novo
site entrou no ar em abril, muito mais bonito, eficiente e integrado
às redes sociais, com a missão de aproximar ainda mais a entida-
de de seus representados. O portal também ficou mais integrado
com o blog, e todos os assuntos relacionados passaram a ser
postados também na página do Sindicato, na seção “Fórum”, sob
o tema “Projetos de Lei”.
Além disso, o site também inaugurou uma importante seção
periódica de enquetes, onde os visitantes interessados podem
concordar ou discordar em assuntos que afetam o segmento de
imóveis. Esse é mais um meio usado pelo Sindicato para entender
ao seu público e poder, assim, defendê-lo. Nos próximos anos,
novas ferramentas certamente virão. Não se pode prever o futuro
da internet, mas não há dúvidas de que o Secovi Rio estará lá.
www.secovirio.com.br
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Quem já passou pela experiência de ter que
procurar uma casa ou apartamento para com-
prar ou alugar sabe muito bem o tamanho da dor
de cabeça que um serviço de baixa qualidade
pode causar. É por isso que, desde 2008, o Seco-
vi Rio encabeça a Rede Rio de Imóveis, site que
oferece cerca de 4.500 unidades para locação,
compra e venda na cidade do Rio de Janeiro. Por
meio do portal, as administradoras de imóveis e
imobiliárias representadas podem cadastrar seus
produtos e estabelecer negociações com clien-
tes potenciais. O serviço parte da ideia de que os
negócios individuais podem crescer a partir da
cooperação, ou seja, quando empresas concor-
rentes se unem em formato de rede. As imobili-
árias saem ganhando, já que aumenta o volume
de negociações, mas quem ganha mais ainda é
o consumidor, que terá muito mais opções de
oferta, além de ter suas demandas atendidas em
um tempo muito menor.
www.rederiodeimoveis.com.brEm resumo, a Rede Rio de imóveis foi cria-
da com o objetivo de alavancar os negócios
realizados pelas empresas associadas, mas tam-
bém visando mais segurança e praticidade para
quem quer alugar ou comprar/vender um imó-
vel no Rio de Janeiro. Quem acessa o site pode
encontrar grandes empresas do segmento de
administração e corretagem imobiliária, unidas
para prestar aos seus clientes um serviço de ex-
celência. Os imóveis estão cadastrados de forma
que o cliente possa fazer uma busca simples e
rápida, bastando indicar o perfil que deseja. Lá
ele encontrará fotos e/ou vídeos que mostram as
principais características do imóvel pesquisado,
como uma forma de conhecer as dependências
sem ter que sair de sua casa ou escritório.
As mídias “clássicas” também têm vez no Sin-
dicato da Habitação, que mantém a tradição de
zelar pelas questões relevantes para as catego-
rias que representa.
O ano era 1999, e o Sindicato de Habitação
adentrava uma fase de renovações. Mas para isso
precisava de um veículo de comunicação que afir-
masse esse desejo de mudança. Era o nascimento
da RevistaSecoviRio – uma publicação bimestral,
com tiragem média de mais de dezoito mil exem-
plares auditados e distribuída gratuitamente aos
condomínios, administradoras e imobiliárias em
dia com as contribuições do Sindicato.
Diferentemente dos canais on-line, o dina-
mismo e agilidade da RevistaSecoviRio não está
na rapidez, mas na sintonia com o público leitor.
É um veículo que começou a ser desenvolvido
justamente quando os efeitos da globalização da
economia se tornaram mais marcantes, e, sendo
assim, era crucial que houvesse um espaço para
se discutir o aumento da competição no mer-
cado, a paulatina sofisticação da prestação de
serviços e a necessidade de profissionalização
do setor, entre outros assuntos. Nesse contexto,
com a revista, o Secovi Rio assumiu o papel de
provedor de soluções que levassem ao cresci-
mento do setor imobiliário.
No editorial do primeiro número, a revista di-
zia: “É preciso socializar o conhecimento, lançar
ideias, refletir sobre novas tecnologias e méto-
dos, dividir experiências e formar uma massa crí-
tica que leve à efetiva evolução de toda a cate-
goria”. É por isso que estampados nas páginas da
revista estão temas atuais, entrevistas, consultas
jurídicas e matérias sobre temas de suma impor-
tância para a administração condominial. Para
maior comodidade, as edições podem ser lidas
também no Portal Secovi Rio.
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Qual é o perfil de quem investe em imóveis? Quais são as opções
mais seguras na hora de alugar? Qual é a opinião dos melhores advo-
gados do mercado a respeito da legislação? Essas perguntas e muitas
outras nortearam o Investimob, informativo do Secovi Rio que circulou
durante dois anos (abril de 2010 a abril de 2012). Especialmente voltada
para investidores do setor imobiliário, com foco em locação, compra
e venda, e de periodicidade trimestral, a publicação divulgou entrevis-
tas com especialistas, pesquisas com dados de mercado e valores de
imóveis. Ou seja, foi um canal para ligar administradores, investidores,
empresários, locadores e locatários às informações mais precisas e re-
levantes do mercado de imóveis.
Além dos já citados Portal Secovi Rio, Revista Secovi Rio e colunas
publicadas nos jornais OGlobo e Extra, outro canal especializado dá con-
ta de manter os representados pelo Sindicato sempre a par dos tópicos
mais importantes do segmento de imóveis e habitação. É o Secovi Rio
Comunica – um boletim eletrônico de comunicação dirigido a empresá-
rios. Em cada e-mail, o periódico traz notícias sobre ações do Sindicato,
além de pautas sobre o que há de mais moderno no mundo dos negó-
cios imobiliários. De forma simples e cômoda, uma vez que as novidades
chegam quinzenalmente à caixa de e-mails das empresas representadas,
é possível ficar atualizado e redimensionar táticas empresariais, de acordo
com o movimento do setor.
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São muitos os canais de comunicação que partem do
Sindicato para o mundo, mas o Secovi Rio não para por aí.
Hoje, o Sindicato é referência para a grande mídia e, a cada
dia, se fortalece como uma das mais importantes fontes de
informação do segmento de comércio e serviços imobili-
ários, atendendo aos principais veículos de comunicação
do país. É uma credibilidade que foi conquistada ao longo
de anos de competência e seriedade no trabalho.
No ano de 2009, a entidade passou por um verdadei-
ro boom de inserções na mídia, em veículos impressos,
Internet, rádio e TV. Na televisão, o Secovi Rio deu um sal-
to astronômico, indo de 16.500 segundos de matérias em
2008 para 173.394 segundos em 2009. Na mídia impressa
e on-line houve crescimento de 32% (de 371 para 489 in-
serções). Nas rádios, a participação também foi marcante:
14.796 segundos de matérias e entrevistas, um aumento
de 37% em relação a 2008.
Em 2011, o Secovi Rio se firmou como principal fon-
te de informação do segmento. O Sindicato da Habitação
marcou presença na mídia durante todo o ano, fornecen-
do dados relevantes sobre o mercado imobiliário flumi-
nense aos jornalistas de todo o país. Foram 595 ocorrên-
cias em jornais, revistas, sites e TV, além das participações
em programas de rádio. Isso significa um valor publicitário
de mais de R$ 2,7 milhões. Na mídia impressa, foram 237
aparições. Na mídia on-line foram contabilizadas, de janei-
ro a dezembro, 280 ocorrências. Ao longo do ano, foram
38 inserções na TV e 40 nas estações de rádio, totalizando
9 horas, 27 minutos e 7 segundos de mídia espontânea.
Os números são somente um indicativo de quanto o
nome do Sindicato cresceu nos últimos anos. Ao longo
de 2010, 2011 e 2012, o Secovi Rio, seus profissionais e
suas publicações foram fontes de informação de veículos
como FolhadeS.Paulo,OGlobo,OEstadodeS.Paulo,
RevistaÉpoca,VejaRio,Exame,G1,R7,ValorEconômico,
UOLNotícias, e tantos outros, em matérias que investiga-
vam assuntos referentes ao mercado imobiliário brasilei-
ro. A legitimidade da opinião do Sindicato é tanta que, em
2011, em um artigo sobre a bolha econômica brasileira, a
emissora inglesa BBC entrevistou o vice-presidente admi-
nistrativo do Secovi Rio. Não satisfeito em colaborar em
pautas somente no Brasil, o Sindicato de Habitação agora
é referência lá fora!
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Já faz mais de duas décadas que o processo de globalização mudou o significado do que é
o sucesso para uma empresa. Nos dias de hoje, ter êxito no mercado de trabalho não depende
somente dos resultados alcançados no fim de cada mês, mas também do potencial de cresci-
mento da organização. Acontece que, para expandir, é preciso pensar para fora e buscar, em to-
dos os lugares, novos conceitos e estratégias inovadoras. De forma simples e direta, para acom-
panhar o crescimento de qualquer indústria, não basta apenas manter contato com profissionais
de várias regiões de seu país, é preciso estabelecer um intercâmbio de ideias com pessoas de
todos os continentes.
Foi pensando nisso que a equipe Secovi Rio idealizou o Fórum Internacional de Administra-
dores de Imóveis, um evento que busca suprir administradores de todo o país com informações
essenciais ao segmento por meio do intercâmbio de experiências bem-sucedidas nacionais e in-
ternacionais. Afinal, quando se trata do dia a dia de um condomínio, os problemas de todo o mun-
do são identificáveis, não importa a nacionalidade.
O primeiro Fórum Internacional aconteceu no Rio de Janeiro, em março de 2006. Estiveram
presentes, além do Brasil, representantes da Argentina, do Chile, da Colômbia, da Espanha, dos EUA,
da Guatemala, da União Europeia e do Uruguai para tratar de temas do interesse de administradores
de imóveis. O evento também visou aproximar legislações dos diversos países e estabelecer currícu-
los mínimos de ensino para a formação de administradores de imóveis, entre outras ações.
O contato com profissionais do mesmo setor, mas de nacionalidades diferentes, mostrou-se
muito enriquecedor para a evolução do mercado no Brasil. Tanto que, em setembro de 2006, o
Secovi Rio representou o país em Málaga, na Espanha, no XIV Congresso Nacional de Adminis-
tradores de Fincas. Nesse mesmo ano, em outubro, o Sindicato ainda
participou como representante nacional, em Montevidéu, Uruguai,
das II Jornadas Internacionales de Propiedad Horizontal, e em Tam-
pa (Flórida/EUA), na Conferência Nacional do Irem (Institute of Real
Estate Management).
O ano de 2006 foi um marco na história do Sindicato e abriu ca-
minho para uma série de outras experiências internacionais. Em 2007,
o Secovi Rio foi mais longe e se aproximou do mercado imobiliário
japonês por meio do Irem, trazendo de lá exemplos de gestões de su-
cesso, incluindo a capacitação e a profissionalização do setor imobili-
ário. Em 2008, o Sindicato organizou o segundo Fórum Internacional,
em conjunto com o XV Conami, e consagrou a realização de um dos
maiores eventos do segmento de administração imobiliária da Améri-
ca do Sul. A cada edição, o evento se firma como o encontro mais im-
portante do setor atualmente – uma verdadeira janela para o mundo.
Sabemos que em um futuro não muito distante o Rio de Janeiro
vai sediar dois dos eventos esportivos mais importantes do planeta – a
Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 — e, certamente,
as mudanças serão nítidas no setor de imóveis. Para debater o rumo
desse segmento, o Secovi Rio realiza nos dias 28 e 29 de setembro de
2012, no hotel Windsor Atlântica, a terceira edição do Fórum Interna-
cional de Administradores de Imóveis. Assim como nas duas edições
anteriores, o evento põe na mesa de debate um panorama da admi-
nistração imobiliária na Europa, nas américas Central, do Norte e do
Sul e no Japão, estimulando o networking, a troca de experiências, a
ampliação da participação das lideranças corporativas e o incremento
dos negócios dos participantes.
Vale lembrar que nesse fórum o Secovi Rio tem um motivo a mais
para comemorar: está completando setenta anos de atividades como
uma das mais atuantes e representativas entidades do setor no país.
A força do Secovi Rio na troca de experiências com entidades do
segmento no exterior fica evidente também nos convênios celebra-
dos nos últimos anos, com as seguintes organizações: IREM (Instituto
de Administração de Imóveis), o órgão que valida e faz cumprir o Có-
digo de Ética do setor imobiliário nos EUA; Cepi, Conselho Europeu
de Profissões Imobiliárias, com sede na Espanha; CGAI, Colégio de
Gestão e Administração Imobiliária do Chile; CGCAFE, Conselho Ge-
ral de Colegiados de Administradores de Imóveis da Espanha; AIERH,
Associação Imobiliária de Condomínios e Locações da Argentina; e
UNAI, União Nacional dos Administradores de Imóveis da Itália.
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San Sebastian, Espanha (maio de 2004 – Con-gresso do CGCAFE)
Chicago (2008 – Irem Conference – USA)
Santiago, Chile (dezembro de 2004 – Congresso CGCAI)
Málaga, Espanha (setembro de 2006 – Congresso CGCAFE)
Mar del Plata, Argentina (novembro de 2005 – Congresso AEIRH)
Japão (2007 – Irem Conference – Capítulo Japão)
Boston, EUA (junho de 2012 – Educa-tion Conference & Exposition, do Nacional Apartment Association)
Montevidéu, Uruguai (outubro de 2006 – Congresso Caph)
Guatemala (maio de 2012 – Congreso Internacional de Adminis-tración Inmobiliaria)
Bogotá, Colômbia (março de 2007 – Colégio de Administradores de Propriedades Horizontais)
Huelva, Espanha (maio de 2005 – Con-gresso CGCAFE – Jovens Administradores)
San Diego (2011 – Irem Confe-rence – USA)
Gênova, Itália (setembro de 2004 – Congresso da Anaci)
Veneza, Itália (maio de 2009 – I Anaci Special Forum)
Luxemburgo (novembro de 2009 – Conferência Anual do Cepi)
Varsóvia, Polônia (maio de 2012 – Assem-bleia Anual do Cepi)
Pescara, Itália (setembro de 2011 – II Anaci Special Forum)
Roma, Itália (maio de 2012 – Con-gresso Internacional Unai)
Orlando (2010 – Irem Conference – USA)
Ao visualizarmosomapa-
-múndi, podemos perceber
exatamentecomooSindica-
to foi longe. E secontarmos
com essa tendência, a lista
aindavaicrescer!
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Congregar líderes e os mais promissores profissionais do mercado imobiliário nacional para pro-
porcionar a troca de experiências e diagnosticar problemas e soluções. Revisar conceitos, motivar
ações e somar conhecimentos, tendo em vista sempre o profissionalismo, a fim de tornar o segmento
a cada dia mais competitivo, ágil e capaz. Esses são os objetivos do Conami (Congresso Nacional do
Mercado Imobiliário) – um encontro bienal de quem faz acontecer no cenário imobiliário do Brasil.
O evento visa propiciar aos profissionais do segmento a disseminação de conhecimentos e o com-
partilhamento de experiências, além de novas práticas e tecnologias que venham a contribuir para o
aperfeiçoamento do setor. A cada edição, o evento é sediado em uma cidade brasileira diferente, no in-
tuito de reunir representantes de todos os cantos do país ao redor de uma programação que traz sempre
palestras, painéis e debates com especialistas nas mais diversas áreas contidas na indústria de imóveis.
Na edição 2008, o Congresso Nacional aconteceu, mais uma vez, em conjunto com o II Fórum
Internacional de Administradores de Imóveis, o que acrescentou ao debate uma visão global do seg-
mento imobiliário. Ou, nas palavras do Dr. Pedro Wähmann, o evento agregou “soluções internacio-
nais para a crise mundial”.
Para levantar a moral e garantir ainda mais dedicação de um pro-
fissional de qualidade, é preciso reconhecer o valor de seu trabalho.
E que maneira de honrar um colega de profissão seria mais emble-
mática que uma cerimônia de premiação? Desde 2007, o Sindicato
da Habitação promove o Prêmio Secovi Rio, no intuito de homena-
gear pessoas e empresas que contribuem anualmente para o desen-
volvimento do setor imobiliário. O evento é uma chance única para
festejar as maiores conquistas do segmento em grande estilo. Com
direito a estatuetas e tapete vermelho, a premiação é capaz de fazer
qualquer profissional se sentir digno de um Oscar.
O principal objetivo de evento é, sem sombra de dúvidas, valo-
rizar o segmento imobiliário fluminense, já que o prêmio abrange
profissionais de todo o estado. O prêmio pretende prestigiar aqueles
que incentivam e desenvolvem o mercado por meio do reconheci-
mento aos que se sobressaem no setor. É uma atitude que fomenta
o desenvolvimento sustentável e a inovação. No Prêmio Secovi Rio,
podem concorrer pessoas que atuam no setor, tanto no ramo de
condomínio quanto no de compra, venda e locação de imóveis. Os
participantes disputam os três primeiros lugares nas categorias Mídia,
Condomínio Cidadão e Gestão do Síndico, além da categoria espe-
cial Personalidade do Segmento Imobiliário. Até 2011, também eram
eleitos os destaques na categoria Fornecedor/Prestador de Serviços.
Além de troféu e certificado, os vencedores podem levar para casa
prêmios em dinheiro para investir nos projetos que os levaram ao
pódio. É o caso da categoria Condomínio Cidadão, que tem como
princípio estimular o desenvolvimento de ações sociais que partem
das comunidades condominiais. Competem entre si casesdesenvol-
vidos por moradores e condomínios residenciais ou comerciais do
estado. Fica a cargo do síndico a apresentação do projeto. Nesse
caso, não importam os recursos financeiros empregados no desen-
volvimento dessas iniciativas, mas o potencial de alcance social que
elas têm. A categoria já premiou projetos como viveiros de plantas
medicinais, bibliotecas comunitárias, sistemas de aquecimento com
painéis solares, alfabetização de adultos, capacitação de artesãos e
até a organização de uma escolinha de futebol.
Já na categoria Gestão do Síndico, os candidatos têm a chance
de concorrer com mais um case de sucesso, uma vez que esse é
um prêmio que busca reconhecer práticas eficientes e inovadoras. A
categoria chamada de Mídia reconhece a melhor reportagem, artigo,
ensaio ou cobertura sequenciada de eventos que tenha tido como
tema o segmento de comércio e serviços imobiliários. Podem con-
correr veículos de todo o país (jornal, revista, internet, rádio ou TV),
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desde que a matéria esteja relacionada a fatos ocorridos no estado do Rio de Janeiro. É
um prêmio que certamente busca incentivar a participação desses agentes no mercado
de imóveis, estimulando a produção de reportagens que contribuam para o desenvolvi-
mento do segmento de comércio e serviços imobiliários.
A categoria Personalidade do Segmento Imobiliário é a única que não aceita inscrições
prévias, e não é à toa. Esse troféu visa homenagear pessoas, sejam do âmbito privado ou
público, que tenham realizado alguma ação significativa em prol do engrandecimento e
desenvolvimento do segmento de comércio e serviços imobiliários.
Ao longo dos anos, foram homenageados: o empresário e advogado Leandro Ibagy,
em 2007, graças às ações nacionais junto às altas cortes do país na defesa da fiança
como sólida garantia para as locações; os empresários cariocas Geraldo Rezende Ciri-
belli e Paulo Victor da Costa Monnerat, em 2008, por ações em prol do segmento imo-
biliário, como a participação ativa na comissão organizadora do 1º Conami; o desem-
bargador Sylvio Capanema, em 2010, pela idoneidade, influência positiva para o setor
e contribuição para a evolução do segmento de comércio e serviços imobiliários; e o
secretário de segurança pública, José Mariano Beltrame, pela sua contribuição ao senti-
mento de paz nas comunidades carentes ocupadas pelas UPPs. Em todas as ocasiões, a
decisão de honra ficou a cabo da diretoria do Secovi Rio.
O Secovi Rio foi fundado em 26 de setembro de 1942. Atravessou
diversos períodos históricos – da 2ª Guerra Mundial, o fim do Estado
Novo – quando a Constituição de 1937 fixou as diretrizes da política social
e trabalhista, ao regime militar iniciado em 1964 – e enfrentou várias
conjunturas de forte espiral inflacionária, bem como de intenso incremento
de reivindicações trabalhistas. Em todos os cenários, a entidade primou
pela firme defesa de duas bandeiras: o permanente aperfeiçoamento da
gestão de condomínios e o enfoque social no problema habitacional.
O Secovi Rio acredita que a administração predial é fator de
qualidade de vida para as populações condominiais. Ao longo do tempo,
a organização constituiu-se em um fórum canalizador da experiência
interativa de condomínios e administradoras de imóveis. Para isso, sempre
incentivou a contínua modernização de ferramentas gerências, métodos
de gestão e concepções administrativas ligadas a condomínios, seja na
esfera legislativa, judiciária, ou da administração pública governamental.
Essas palavras são parte do discurso do deputado estadual Luiz Paulo Correa
da Rocha – o propositor da outorga da Medalha – e abrem o documento que
concede ao Secovi Rio uma grande homenagem: a Medalha Tiradentes, desti-
nada a premiar aqueles que prestaram serviços importantes à causa pública do
estado do Rio de Janeiro. Afinal, com setenta anos de referência no mercado
de imóveis, não há de ser surpresa para ninguém que o Sindicato da Habitação
tenha acumulado agraciações de toda sorte.
Certamente, uma das maiores honras para o Sindicato foi receber, em sessão
solene na Câmara dos Deputados, em Brasília, uma homenagem pelos seus 65
anos de atuação em prol do segmento de comércio e serviços imobiliários. O
evento aconteceu em 20 de setembro de 2007, no Plenário Ulysses Guimarães,
na presença do presidente do Secovi Rio, Pedro Wähmann, e de toda a Direto-
ria e assessorias do Sindicato, além de representantes do segmento de imóveis
de todo o Brasil. Durante a solenidade, o presidente da Câmara dos Deputados
ressaltou a justa homenagem da Câmara ao intenso trabalho do Secovi Rio no
campo habitacional, um setor de suma importância para o desenvolvimento sus-
tentável e um elemento primordial para a inclusão social.
Dia da Habitação - agosto de 2010 - diretoria do Secovi Rio e José Mariano Beltrame - Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro - entrega do Prêmio Secovi Rio - categoria Personalidade
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“Hoje o Secovi Rio congrega mais de 31 mil condomínios, mais de
2.500 administradoras e imobiliárias, mais de um milhão de unidades
imobiliárias, num total de três e meio bilhões de pessoas, e é responsável
pelo pagamento de um bilhão de reais em salários a mais de cem mil
empregados diretos, e pelo recolhimento de cerca de 750 milhões de reais
em tarifas públicas. Sem dúvida, são números altamente expressivos que
atestam a relevância da instituição. Por tudo isso, as diversas homenagens
que aqui serão proferidas são justas, oportunas e, portanto, necessárias.
Parabenizo em nome da Câmara dos Deputados o Secovi Rio pelo
aniversário e pelo trabalho ao longo desses 65 anos.”
DEPUTADO ARLINDO CHINAGLIA
“Festejar os 65 anos do Secovi Rio permite-nos o reconhecimento do
importante trabalho realizado em prol do segmento imobiliário e do
empenho demonstrado na defesa de temas centrais como a inclusão
e a responsabilidade social. A entidade que sempre compreendeu a
administração predial como fundamental fator de qualidade de vida e
bem-estar amplia, a cada dia, seu potencial de canalizar a experiência
interativa dos condomínios e administradoras de imóveis.”
DEPUTADO EDUARDO SCIARRA
“Tendo aqui em Brasília uma competente assessoria parlamentar, o Secovi
Rio nos auxiliou na busca do entendimento, percebendo que nem sempre
a questão coorporativa exacerbada deve ser colocada diante dos objetivos
maiores, do desenvolvimento econômico, do combate à exclusão social,
da preservação do meio ambiente. Essa perspectiva de modernidade, que é
própria característica da democracia, eu tive a oportunidade de acompanhar
nas ações dos senhores. O Secovi Rio representa aquilo que a modernidade
democrática exige para o nosso país: buscar o entendimento e evitar
grandes embates.”
DEPUTADO JOSÉ EDUARDO CARDOZO
“Ao longo do tempo, o teto tem sido uma conquista fundamental do ser
humano. Ele é um fator referencial quando propriedade daqueles que vivem
sobre seu abrigo. Infelizmente, no Brasil esse processo não é muito fácil.
Devo reconhecer que essa situação está melhorando. Está na hora de todos
nós, sobretudo uma instituição como o Secovi, que tem se demonstrado
voltada para minorar o problema habitacional oferecendo os apoios
técnicos, se colocar à disposição do Congresso Nacional para que sejamos
sábios na produção das leis.”
DEPUTADO AYRTON XEReZ
Foto: Celso Pupo/Shutterstock78 7978 79
Casos como esses se repetem na história do sindicato,
como, por exemplo, o recebimento das Medalhas da Or-
dem do Mérito Policial Militar, devido à parceria firmada, em
2000, entre o Sindicato e a Secretaria de Segurança Pública
do Estado do Rio de Janeiro para a execução do Programa
de Treinamento em Segurança Predial. São inúmeras as ho-
menagens recebidas pelo Sindicato, e a longa lista é mais
uma prova do compromisso do Sindicato da Habitação.
Igualmente honrosa é a participação do presidente do
Secovi Rio, Pedro Wähmann, no Conselho da Cidade do
Rio de Janeiro, um fórum consultivo para auxiliar a revisão
e o acompanhamento do Plano Estratégico da Prefeitura. O
Conselho é composto por 150 cidadãos de destacada posi-
ção na sociedade, seja por seu conhecimento das questões
do município, seja por sua contribuição pessoal ou profissio-
nal para a evolução da cidade. A escolha é fruto da projeção
do sindicato, não só na esfera municipal, mas também na
estadual e na federal.
Comprometido não só com avanço do seg-
mento de imóveis, mas também com o progres-
so do país como um todo, o Secovi Rio se or-
gulha de erguer a bandeira da Responsabilidade
social – um conceito relativamente novo, mas
fundamental para que empresas possam não
só competir no mercado, mas também contri-
buir para uma sociedade mais justa. Em todo o
mundo, somam-se ações que procuram debater
conceitos, práticas e indicadores que irão definir
uma verdadeira organização cidadã. Não basta
pensar apenas nos negócios. Para uma organiza-
ção se manter hoje em dia, é preciso pensar para
fora e levar em conta as condições globais do
entorno social. Partindo desse princípio, a gestão
empresarial não pode ser norteada apenas pelos
interesses da própria empresa, mas também pelo
interesse de colaboradores, clientes, fornecedo-
res, comunidades locais, autoridades públicas,
concorrentes e da sociedade em geral.
O Secovi Rio acredita nesse conceito, e é por
isso que, já há uma década, o sindicato vem de-
senvolvendo ações de cunho social – desde a
abertura de espaço para matérias de interesse da
coletividade até o apoio financeiro a instituições
especializadas. Desde 2007, o exercício da res-
ponsabilidade social da entidade está concentra-
do em dois eixos principais: compromisso com
ações socialmente inclusivas junto a populações
carentes por meio da Casa Maria de Nazaré, lo-
calizada na Rocinha, e promoção de campanhas
de doação de alimentos para o Banco Rio de Ali-
mentos, em uma iniciativa do Sesc Rio.
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Por conta das ações de responsabilidade social do Secovi Rio, a Casa Maria
de Nazaré pôde ampliar os projetos Estudo Dirigido e Oficinas de Sucesso, que
atendem, juntos, cerca de 540 pessoas por mês. O trabalho é desenvolvido por pro-
fessores e voluntários que se dedicam semanalmente a crianças e jovens em suas
tarefas escolares com atividades de fixação de conteúdo. Além do reforço escolar,
a casa promove oficinas de música, dança, teatro, esportes, idiomas e arteterapia.
Além disso, o Sindicato da Habitação é uma “Empresa Solidária à Infância” do Unicef,
apoiando projetos e políticas públicas que ajudem a garantir os direitos das crianças
brasileiras. Presente em 191 países, o Unicef chegou ao Brasil em 1950 e, ao longo
das décadas, contribuiu para que várias conquistas dos direitos da infância se tor-
nassem realidade. É por isso que o Secovi Rio apoia o trabalho dessa instituição para
realizar, coletivamente, aquilo que nem sempre condomínios ou empresar conse-
guem fazer individualmente: investir na infância e na adolescência para oferecer a
cada menina e a cada menino as condições necessárias para que possam desenvol-
ver todo o seu potencial como cidadãos e profissionais.
Um dos grandes segredos do sucesso é o
saber. Para uma organização se destacar, é es-
sencial que, antes de tudo, seus profissionais
tenham conhecimento tanto de como anda o
cenário atual quanto de onde a sua própria em-
presa se posiciona nesse contexto. E, para isso,
são necessários dados. Dificilmente um negócio
consegue sobreviver no mercado sem coletar e
gerenciar informações. Na era da rede, da infor-
mática e da comunicação digital, em que núme-
ros podem ser compartilhados de um extremo a
outro do planeta em segundos, a posse da infor-
mação tornou-se um dos capitais mais importan-
tes das empresas. Em alguns casos, é mais valio-
so até que o patrimônio físico. Em resumo, uma
empresa não consegue sobreviver no mercado
competitivo sem coletar e gerenciar as informa-
ções relativas aos seus clientes, fornecedores e
concorrentes, além de indicadores econômicos
e sociais, produtos e serviços e demais fatores
que causam impacto, direta ou indiretamente,
em seus negócios.
Foi por isso que, após passar por um cresci-
mento, o Secovi Rio percebeu que precisava de
um departamento capaz de angariar esses nú-
meros. Então, baseado no modelo que já fun-
cionava na Fecomércio, o Secovi Rio criou, em
2008, o Centro de Pesquisa e Análise da Infor-
mação (Cepai) – departamento voltado para um
trabalho sistemático de identificação, coleta, tra-
tamento, análise e disseminação de informações
sobre o mercado imobiliário fluminense. Por
meio do centro, o sindicato divulga valores de
imóveis residenciais e comerciais ofertados para
locação e venda dos principais bairros do muni-
cípio do Rio, além dos valores médios de con-
domínios residenciais segmentados por região e
uma tabela dos principais índices econômicos. O
trabalho do centro também resultou em uma das
publicações de maior sucesso do Secovi Rio, o
Panoramadomercadoimobiliário.
O Cepai foi fundado com o objetivo de im-
plantar um sistema de inteligência competitiva.
Ou seja, todas as informações geradas pelo Cepai
auxiliam as empresas associadas, os parceiros e
a mídia a tomar decisões certeiras, baseadas em
dados confiáveis, de forma ágil e eficaz. Mas não
é só isso. O Cepai também realiza um serviço de
análise das informações geradas para orientar as
empresas do setor em suas decisões estratégicas.
Os dados são coletados nos jornais de grande
circulação, na internet, nas administradoras de
grande porte e na Rede Rio de Imóveis. Depois de
analisados, os números são divididos em quatro
categorias, a fim de facilitar a consulta: locação,
vendas, condomínio e índices econômicos, cada
qual com informações específicas de cada área,
como valor mínimo, médio e máximo em m2 dos
imóveis. A periodicidade dos relatórios é mensal,
o que faz do Cepai uma fonte não só legítima
como também altamente atualizada e condizen-
te com o contexto do mercado.
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Profissionalização, um termo que implica uma série de qualidades: conhecimento, capa-
cidade e, principalmente, proficiência. Um verdadeiro profissional sabe dar valor à sua equi-
pe e não hesita em solucionar dúvidas, quando indeciso, mas também é capaz de caminhar
com os próprios pés e de resolver problemas com autonomia. E para dar conta do recado, é
preciso ter fontes confiáveis. Pensando nisso, o Secovi Rio inaugurou as Publicações Secovi
Rio, uma série de manuais que tem como meta ser o braço direito de síndicos, administra-
dores e – por que não? – condôminos.
Pode-se dizer que essa história começou quando, após o sucesso do premiado Programa
de Treinamento em Segurança, lançado pelo Sindicato no ano 2000, o Secovi Rio apresen-
tou o projetoTrilogia–PráticasparaumCondomínioSeguro, em 2005, com cartilha e DVD.
Mais do que uma versão atualizada de conceitos de segurança predial, o livro englobou
também questões críticas de manutenção e incêndio, tornando-se, assim, um manual de
indiscutível importância para quem se preocupa com a segurança no condomínio.
Daí em diante, ficou claro para o Sindicato o quanto era necessário disponibilizar para os
seus representados esclarecimentos sobre questões basais do mercado de habitação. E ao as-
sumir o papel de mediador da informação, o Secovi Rio teve a chance de se tornar um ponto
de referência na constituição de processos do segmento do comércio e serviços imobiliários.
Ao longo dos anos, foram muitos os lançamentos cujo objetivo era justamente defender, in-
termediar, informar e capacitar. Dentre os títulos, vale destacar:
Panorama do mercado imobiliário: um retrato do mercado imobiliário fluminen-
se. Chegou ao mercado em janeiro de 2010 e
foi atualizado e relançado em 2011. É um le-
vantamento completo realizado pelo departa-
mento de pesquisa do Secovi Rio, com dados
sobre compra, venda, locação, condomínios e
outros indicadores socioeconômicos.
Coletânea de leis processuais: orga-
nizado pelo advogado especialista em Direito
Imobiliário Geraldo Beire Simões, o livro traz,
em 284 páginas, dez novas leis processuais
que influenciam todos os segmentos da so-
ciedade, inclusive aquelas em que aparecem
as relações imobiliárias.
Entendendo o Supersimples: cartilha
com 31 perguntas e respostas sobre a inclusão
das empresas de administrações e locação de
imóveis de terceiros no regime do Supersim-
ples, o que está definido na Lei Complementar
nº 123, de 14 de dezembro de 2006, ou Estatu-
to Nacional da Microempresa e da Empresa de
Pequeno Porte.
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Gestão condominial – Questões mais frequentes: de autoria do advoga-
do Hamilton Quirino, o livro funciona como
um manual com respostas sobre questões
referentes ao dia a dia dos condomínios nas
esferas administrativa, trabalhista, previ-
denciária e tributária.
Impressões do mercado imobiliá-rio japonês: um verdadeiro relato da visi-
ta da delegação brasileira a administradoras
de imóveis do Japão, em 2007.
Consultando o Jurídico: questões trabalhistas no condomínio: reúne dúvi-
das sobre temas do Direito do Trabalho, trazen-
do os assuntos mais frequentes nas consultas
feitas ao Departamento Jurídico do Secovi Rio.
A Lei do Inquilinato atualizada pela Lei nº 12.112: o segundo livro do Departa-
mento Jurídico reúne artigos, comentários,
perguntas e respostas e jurisprudência, de for-
ma objetiva e prática, para solucionar, em 332
páginas, qualquer incerteza sobre locação, in-
cluindo as modificações introduzidas pela Lei
Federal nº 12.112, de 2009.
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Um espaço democrático dedicado a divulgar inovações que deram
certo no mercado imobiliário. Essa é a proposta da Feira Secovi Rio
de Condomínios, evento que desde 2007 vem batendo recordes de
público a cada edição. A feira oferece a visitantes ideias e soluções para
fazer dos condomínios espaços mais modernos, preocupados com a
responsabilidade social e a consciência ecológica e atentos ao desen-
volvimento sustentável. Unindo estandes, palestras, debates e entrete-
nimento, o encontro pretende agregar condôminos, síndicos, subsín-
dicos, conselheiros, administradores de imóveis e demais profissionais
interessados em conhecer novidades da área e debater temas do setor.
A última edição reuniu mais de duas mil pessoas, algumas das quais
saíram dos mais diversos estados do país e viajaram muitos quilôme-
tros só para prestigiar o evento. Tamanho sucesso pode ser atribuído
aos produtos que são lançados na feira, sim, mas apenas parcialmente.
Muitos dos visitantes estão mesmo é interessados em descobrir novas
soluções para o dia a dia da vida condominial. É por isso que, para
resolver preocupações como a do corte de gastos, uma das mais co-
muns entre os síndicos, o evento faz uma agenda de palestras com
quem entende do assunto: economistas, engenheiros, advogados,
gestores ambientais e outros especialistas.
Além de exposição de produtos, serviços voltados para condomí-
nios e palestras, o evento traz ainda o “Espaço Inovadores”, com alguns
dos lançamentos mais recentes da área de gestão condominial, biblio-
teca, cybercafé, sorteios, shows musicais e outras atrações que variam
a cada ano. Em 2010, a novidade foi a presença de profissionais do
Senac, que ofereciam, gratuitamente, serviços de shiatsu e massagem
nos pés, um mimo para amenizar o estresse de quem trabalha para
tornar a vida em condomínio mais harmônica. Isso sem falar na troca
de experiências entre os participantes que acontece intuitivamente nos
corredores, um fator que colabora para tornar as atividades condomi-
niais ainda mais profissionais.
Sendo assim, é fácil perceber o quanto o sucesso da Feira Seco-
vi Rio de Condomínios é um termômetro que reflete uma tendência
do setor: a expansão da indústria de comércio e serviços imobiliários.
É um movimento simbiótico: quanto mais o mercado cresce, mais o
evento abre espaço para novos estandes, novos palestrantes e novos
inscritos. E não havia de ser diferente, já que, no que diz respeito à atu-
ação do Secovi Rio, a evolução do setor é prioridade.
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Na vida cotidiana, as imagens se proliferam rapidamente mediante os meios de co-
municação. A velocidade da informação e a rapidez da transformação dos mercados é
indiscutível, e diariamente todos nós – consumidores – somos bombardeados por uma
série de campanhas, logomarcas e slogans. E cada um destes tem algo a dizer. É por isso
que, para se destacar diante de tanta oferta, uma empresa comprometida com o seu tra-
balho precisa investir em uma identidade que comunique ao seu público os verdadeiros
valores da casa. Uma marca forte deve identificar os bens e serviços de uma organização
e diferenciá-los dos concorrentes.
Nem todo mundo sabe, mas nos primórdios do braço carioca do Sindicato da Habita-
ção, a palavra “Rio” não havia sido incorporada ao nome. Assim como os demais Secovis
do Brasil, o sindicato fluminense era conhecido pela sigla federal, ou seja, era conhecido
como Secovi RJ. A mudança para Secovi Rio aconteceu somente durante as comemo-
rações de 65 anos do sindicato. A ideia foi associar todo o poder e a força do nome Rio à
tradição e ao profissionalismo já reconhecidos do sindicato. A marca incorporou a nova
palavra de um modo inteligente: a letra I, de Secovi, e a letra R, de Rio, dividem a mesma
haste – um exemplo gráfico da integração do sindicato com a cidade.
Mas desafio mesmo é lembrar o primeiro logotipo do Secovi, uma obra de design em
que as letras formavam o desenho do símbolo da habitação da época: uma casa, com
direito a chaminé. Mas os anos foram se passando, as casas foram dando lugar a edifí-
cios cada vez mais altos, e o sindicato teve que se atualizar. O símbolo que caracteriza
o sindicato até hoje apareceu pela primeira vez no ano 2000. Foi-se a antiga casa, e em
seu lugar entrou a logo que traduz paz e segurança.
Uma boa marca vai além da mera identificação pelo nome ou logotipo. Ela também
deve transmitir uma série de informações, associações e expectativas, que contribuem
para a diferenciação no competitivo mercado dos tempos atuais. É esse o objetivo da
marca Secovi Rio.
A bandeira da moradia digna, a ampliação da nossa
atuação pelo interior do estado, a nossa vocação de
trabalhar integrado ao sistema confederativo sindical
e à cadeia produtiva da habitação, a nossa atuação
conjunta aos demais participantes da Câmara Brasileira
de Comércio e Serviços Imobiliários, que fortalecem
a ação e o pensamento nacional do setor, o fomento
do intercâmbio internacional buscando conhecer as
práticas de outros países, demonstram que aos setenta
anos o Secovi Rio combina a experiência da maturidade
e o vigor da jovialidade.
PEDRO WÄHMANN PRESIDENTE
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O Secovi Rio passa a fazer parte de um cenário
promissor, em que o governo vem reforçando suas
ações em prol do setor da habitação. Com o número
crescente de lançamentos imobiliários, precisamos
estar preparados. O mercado, neste ano, permanece
aquecido e a nossa organização está apta a evoluir
junto com esse movimento.
MANOEL DA SILVEIRA MAIAVICE-PRESIDENTE
Oferecer novos serviços e produtos que agreguem
valor para os contribuintes é a missão da nossa área.
Atender com equidade a todos os representados é
uma das principais bandeiras do Secovi Rio. A meta da
vice-presidência de Desenvolvimento é incrementar e
ampliar cada vez mais os benefícios que já oferecemos
na capital para todos os cantos do estado.
MARIA TERESA MENDONÇA DIAS VICE-PRESIDENTE FINANCEIRA E DE
DESENVOLVIMENTO
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Ao longo desses setenta anos, o Secovi Rio tem
aplicado em sua gestão as mais modernas técnicas
administrativas, investindo constantemente em seu
quadro de funcionários, preparando-se, assim, para
oferecer a seus representados serviços com o mais
alto grau de qualidade. O desenvolvimento do nosso
segmento está diretamente relacionado à capacitação
de funcionários e melhorias contínuas na administração
de condomínios, imobiliárias e administradoras.
RONALDO COELHO NETTO VICE-PRESIDENTE ADMINISTRATIVO
Para uma nova fase, uma identidade renovada. Seguindo
esse conceito, estamos nos dedicando à modernização
da marca e ao aperfeiçoamento de nossos serviços, o que
tem sido motivo de orgulho para todos os colaboradores.
Queremos nos adaptar ao mercado contemporâneo
sem deixar de lado as ideias de tradição e excelência.
Ao completarmos setenta anos, a intenção é conquistar
ainda mais os nossos representados.
JOÃO AUGUSTO PESSÔAVICE-PRESIDENTE DE MARKETING
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Assim como em todas as áreas da sociedade, o setor
de habitação é regido por leis. Entre outras atribuições,
o Secovi Rio tem o papel de informar e instruir acerca
de questões jurídicas que nos cercam e interferem
no dia a dia de toda a comunidade. O atendimento
jurídico eficiente e o acompanhamento das decisões
do Judiciário continuam, portanto, entre as nossas
principais responsabilidades.
RÔMULO CAVALCANTE MOTA
VICE-PRESIDENTE JURÍDICO
A vida dentro do condomínio é reflexo da vida em
sociedade. Por isso, saber administrar um espaço
como esse é tarefa de extrema importância. Com
o crescimento das cidades, a tendência é que a
comunidade condominial também grande volume em
todo o País. Aos setenta anos, o Secovi Rio permanece
acompanhando esse movimento, com serviços
que possam auxiliar as empresas e os gestores de
condomínios a promoverem a qualidade de vida.
LEONARDO CONDE VILLAR SCHNEIDERVICE-PRESIDENTE DE ASSUNTOS
CONDOMINIAIS
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Os setenta anos do Secovi Rio coincidem com o
aquecimento no setor de locações. A demanda crescente
é reflexo do aumento de renda da população, o que
beneficia também os locadores. Com a proximidade
dos grandes eventos esportivos que vão mudar a cara
da nossa cidade, a tendência é que o movimento se
intensifique. Nesse cenário, o sindicato reforça sua
atuação com ações que visam incrementar ainda mais
esse mercado.
ANTONIO PAULO DE GARCIA MONNERATVICE-PRESIDENTE DE LOCAÇÕES
A atuação do Secovi Rio ao longo desses setenta anos
revela uma busca constante pelo aprimoramento e a
implementação de processos que facilitem a rotina dos
seus representados. Nesse contexto, o sindicato, na
área de pessoal, vem desenvolvendo um trabalho com
foco na melhoria da qualificação dos profissionais do
mercado, buscando a excelência no atendimento e na
qualidade dos serviços prestados aos condôminos e
também nas empresas.
ALEXANDRE HERMES RODRIGUES CORRÊADIRETOR-ADJUNTO DE RELAÇÕES DO TRABALHO
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Este livro foi editado pela
Publit Soluções Editoriais
no Rio de Janeiro em 2012