Correio Bão Também - Edição nº 003/Mai/2010

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Correio Bão Também - a roça é nossa! - Edição nº 003 - Mai/2010 - 1

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Informativo mensal da Área Rural do DF - Brasil

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PALAVRA DO EDITORÀ Equipe do Bão Também,

Ressalto a importância deste novo informativo rural. Sem compromissopolítico, falando e escrevendo os fatos como eles ocorrem, tenho certezaque suas informaçoes elevará o produtor rural a condição de produtor cida-dão.

Boa caminhada. José Gonçalves - Extensionista Rural-Emater/DF

Boa tarde prezados senhores,

No evento realizado pela Embrapa na segunda quinzena de abril, obtiveo jornal Correio Bão Também. Maravilhada com assuntos bem abordados,manifesto a minha admiração referente aos trabalhos desenvolvidos poresta equipe.

Saliento ainda que, as informações contidas no jornal são de grandeserventia, pois proporciona esclarecimentos/conhecimentos necessáriospara nós profissionais em agropecuária.

Agradeço a inicitiva de produzir o Correio Bão Também.Cordialmente,

Gabriela Borguin ([email protected])

Só estamos na terceira edição do Correio Bão Também, e o resultado

não poderia ser melhor! Várias pessoas dos mais diversos segmentos

têm contatado por emails, torpedos, telefonemas e outras formas de

comunicação, incentivando, dando sugestões, enfim, dando a sua

opinião a respeito do nosso jornal. E o mais importante, querendo ajudar,

participar desse trabalho que tanto nos enobrece. Continuem, meus

amigos, nos enviando sua colaboração! Porque esse feedback, esse

parecer dos leitores e colaboradores é muito importante para avaliarmos

o nosso trabalho e consequentemente fazermos os ajustes necessários.

No campo da política, tivemos a aprovação do “Ficha Limpa”, pelo

Senado Federal. Ficando, agora, a responsabilidade para o presidente

Lula sancionar. É um grande salto para a moralização, colocar um freio

nesses políticos corruptos que tanto nos envergonha. Devemos

continuar pressionando porque só assim conseguiremos impulsionar

nosso país para O Melhor, e nas próximas eleições vamos votar em “ficha

limpa”. Bão também!!!

CURSOS GRATUITOSO IBRADEC informa a todos os seus parceiros do Território das Águas

Emendadas, e demais municípios nos quais trabalha, que a partir demaio, dará início ao processo de capacitação dos produtores e técnicosdos Postos de Comercialização e Supermercados e Hotéis para utiliza-ção do Sistema de Comercialização Direta – SICOMD.

Os cursos serão ministrados gratuitamente para produtores e técni-cos já indicados pelas lideranças dos seguintes municípios:

Goiás: Água Fria, Cristalina, Flores de Goiás, Formosa, Luziânia,Padre Bernardo, Planaltina de Goiás, Cabeceiras, S. Domingos, SãoJoão da Aliança, Vila Boa.

Minas Gerais: Arinos, Buritis e Unaí.DF: Brazlândia, Ceilândia, Gama, Rio Preto, São Sebastião,

Sobradinho e Taquara.

O IBRADEC entrará em contato para agendar as datas dos cursos.Mais informações IBRADEC - (61) 3425-2699 - Fátima.

24 a 30.05 - Semana Nacional dos Alimentos Orgânicos - Pág 03

10.06 - I Seminário Programa Rural Sustentável do DF - Pág. 13

EVENTOS EM JUNHO/2010 DA GEMEC-EMATER/DF

04 a 06.06 - Exposição Agropecuária - Estádio Augustinho Lima -

Sobradinho/DF

03 a 06.06 - XVI Exposição Agropecuária - Parque de Exposições/DF

16 a 20.06 - VII Feira Nacional de Agricultura Familiar e Reforma Agrária

- Concha Acústica/DF

17 a 26.06 - Festa do Pimentão - Núcleo Rural Taquara-Pipiripau

18 a 20.06 - 8ª Festa do Leite - Curralinho - Brazlândia/DF

AGENDA RURAL

PALAVRA DO LEITOR

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A 6ª edição da SemanaNacional dos AlimentosOrgânicos é uma iniciativadas Comissões Estaduais deAgricultura Orgânica,agregadoras dos diversosparceiros envolvidos nessesegmento de produção econta com o apoio doMinistério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento -MAPA.Essa Semana Nacional já setornou um marco para adivulgação de informaçõestécnicas, legais, trabalhos epesquisas na área deorgânicos, bem como dosalimentos limpos, produzidossem uso de contaminantesquímicos. Como o fim últimode todo esse movimento dacadeia de orgânicos tambémé mais saúde e mais vida, asdiversas atividades visamatingir além de profissionaise produtores, a comunidadeem geral.

SEMANA NACIONAL DOS ALIMENTOS ORGÂNICOS

Colaboração: Massae Watanabe

de 24 a 28.05 - Segunda à Sexta-feira - Cursos do SENAR-DF sobre produção orgânica com capacitação de mão-de-obra.Local e Telefone: 3242-6646 (SENAR-DF)

24.05 - Segunda-feira - Abertura Oficial- 09h - Palestra: Mercado Consumidor de Produtos Orgânicosno Distrito Federal. Situação atual e perspectivas na ótica dasredes de supermercados e da venda direta. - ASBRA/MercadoOrgânico- 10h - Café da manhã orgânicoLocal: Auditório do Sebrae-DF

25.05 - Terça-feira - das 9h às 12h - Visita técnica à EmbrapaHortaliças (Gama-DF). Trabalho de campo - Equipe CNPH -manejo de adubação para os sistemas orgânicos de produ-ção; cultivares de hortaliças recomendadas para plantio ecompostagem.- das 13h às 16h - Palestras - Equipe CNPH - Rede de Pes-quisa em Agricultura Orgânica/Embrapa e Rede de Pesquisaem Agroecologia/EmbrapaLocal: Embrapa Hortaliças - Gama/DF

26.05 - Quarta-feira - 14h - Palestra: Orientações para ade-quação dos produtores aos mecanismos de controle para agarantia da qualidade orgânica. Palestrante: Rogério PereiraDias- 15h30 - Orientações sobre a venda governamental de produ-

tos para a merenda escolar. Palestrantre: Renato de Lima DiasLocal: Auditório da Emater/DF

27.05 - Quinta-feira - 14h30 - Palestra - “Saúde da terra,Saúde do Homem”. Alimento orgânico, a chave para a cura dohomem e do planeta. Palestrante: Dr. Alberto PeribanezGonzalez (Dr. em Fisiologia Cardiovascular).Local: Auditório do Sebrae-DF

28.05 - Sexta-feira - 8h30 - Seminário de Biodiversidade eTransição Agroecológica de Agricultores Familiares - EquipeEmater-DFLocal: Auditório da Emater-DF

29.05 - Sábado - das 06h às 09h - Distribuição de materialinformativo e degustação de produtos orgânicosLocal: Mercado Orgânico - Ceasa/DF

30.05 - Domingo - das 08h às 14h - Divulgação sobre alimen-tos orgânicos no Parque da Cidade (Distribuição de materialinformativo sobre alimentos orgânicos; Degustação de alimen-tos orgânicos e sorteio de brindes; Minicursos relacionados àprodução orgânica; Feira demonstrativa de produtos orgâni-cos; Distribuição de mudas da Embrapa Hortaliças/CDTOrg;Exposição tecnológica)Local: Parque da Cidade/Brasília-DF - ao lado da Admi-nistração, próximo ao Quiosque do Atleta

PROGRAMAÇÃO DAVI SEMANA DOS ALIMENTOS ORGÂNICOS NO DF

Para facilitar a identificação egarantir a qualidade dos pro-dutos orgânicos, a legislação

brasileira criou o Sistema Brasilei-ro de Avaliação da ConformidadeOrgânica – SISORG. O Ministério daAgricultura é responsável porcredenciar e fiscalizar as entidadesque verificam se os produtos orgâ-nicos que vão para o mercado es-tão de acordo com as normas ofici-ais. Os produtos orgânicos que sãoacompanhados e aprovados poressas entidades credenciadas pas-sam a utilizar o selo SISORG.

A partir de 2011 só poderão sercomercializados produtos orgâni-cos que estiverem com o selo. Oprazo para os produtores se ade-quarem à legislação termina em de-zembro deste ano. “Aqui no DF, as

iniciativas ainda são bastante mo-destas. Mas com certeza o mercadode produtos orgânicos está em fran-ca expansão e as adequações ocor-rerão aos poucos”, afirmouClaudimir Roberto Sanches, daSuperitendência Federal de Agricul-tura no DF.

Os produtores que trabalhamcom venda direta sem certificaçãodeverão possuir, também a partir dopróximo ano, a Declaração de Ca-dastro de Produtor Vinculado a Or-ganização de Controle Social. Estecadastro é feito junto a Superiten-dência Federal de Agricultura do

como identificar o produto orgânico no mercado

estado onde o produtor estásediado. Esse cadastro garante aoMinistério da Agricultura a rastrea-bilidade desses produtos para oscasos em que surjam dúvidas desua qualidade orgânica.

Outra maneira para o consumi-dor ter a garantia que o produto éorgânico será conferindo se o seunome está incluído no Cadastro Na-cional de Produtores Orgânicos,que está disponível na página doMinistério da Agricultura, nainternet:

(www.agricultura.gov.br) ou(www.prefiraorganicos.com.br).

Liliane Castelões - Embrapa Cerrados

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Pessoas simples, sofridas, de mãos eexpressões calejadas com a luta pelasobrevivência, mas ainda assim, com muitos

sonhos. Sonho de ter o direito à moradia, ter a terrapara cultivar e poder pagar as contas no final do mês.Sonho até mesmo de ter um banheiro para banhos.Coisas simples para um cidadão comum, mas paraas famílias assentadas no Núcleo Rural Monjolo,localizado entre o Recanto das Emas e o Núcleo RuralCasagrande, esta realidade está muito distante.

Famílias oriundas das Chácaras Santa Luzia eCabeceira do Valo - Estrutural, há dois anos, porexigência do contrato no Programa Social deUrbanização da Estrutural, promovido entre o BancoMundial e o GDF, foram removidas para o Monjolocom a promessa do GDF de que teriam casa comenergia elétrica, água e dois hectares de terra paraproduzir o que sabem: alimentos. Mas o governonão cumpriu o prometido.

Somente após a remoção das famílias, com aschácaras divididas e a maioria já plantadas,descobriram que o assentamento não tinha licençaambiental emitida pelo IBRAN, e tudo foiembargado. Sem a devida liberação não se podefurar fossas sépticas. Banheiros químicos foramdisponibilizados aos moradores porém, segundoPaulo Rosa de Jesus, presidente da associação local,por falta de pagamento os banheiros foramretirados.

Paulo relata que 17 chácaras da Etapa I ainda têmrestrições ambientais, e que de acordo com CarolinaLepschkenupp de Souza, representante do IBRAN,falta o estudo da fauna (atribuição da Emater/DF) e aanuência do Instituto Chico Mendes para a liberação

Assentamento Monjolo pede socorro!GENTE NOSSA

Famílias removidas, há dois anos, com a promessa de que teriam casa, energia elétrica, água e doishectares de terra para produzir o que sabem: alimentos. Mas o governo não cumpriu o prometido.

Mas há aqueles que esperam produzindo...

...criando galinhas, plantando milho...

...e cultivando hortaliças

definitiva da licença. Enquanto isso, os moradoresaguardam a liberação da Etapa II para, novamentese mudarem para o tão sonhado “pedaço de chão”.

Mas os moradores demonstram que a esperançade tão logo ver tudo resolvido, fala mais alto. A fé osmotiva a continuar lutando pela moradia prometida,com um mínimo de conforto e segurança, e produzirseu próprio sustento. “Mesmo com todos osproblemas o assentamento é um sonho e estoumuito feliz de estar aqui”, disse Ivone Dionísio doCouto. Dona Dalva vendeu uma máquina de costurae uma televisão para começar o plantio depimentão, “a Emater deu assistência, consegui umfinanciamento de custeio junto ao BRB e quando jáestava tudo plantado, veio o embargo e perdi tudo.Só sobrou a dívida com o banco e que ainda nãotenho como pagar”, lamentou dona Dalva.

D. Rosilda Gomes preocupa-se com o barracoque está caindo, “estamos aguardando paramudarmos pra outra chácara porque a nossa estáentre as 17 que deverão ser desocupadas”. AiltonLopes reclama da pouca assistência da Seapa e daEmater, “as sementes e o trator chegam muitodepois da época certa para o plantio”, disse ele.

Em um lugar onde falta tudo, a lista dereivindicações é grande porém, os moradorescitaram as principais faltas: Correio que não chega,porque não tem CEP; Transporte público não existe;Telefonia - não há orelhões na região; Estradas,quando não é atoleiro é muita poeira que adoeceprincipalmente os idosos e crianças; Segurançaprecária.

Um outro problema gerado pelo impassepromessas não cumprida pelo GDF, “é sobre ascontas de energia elétrica, que os moradores nãoestão pagando porque o GDF não cumpriu com aparte dele e ainda não entregou as casas. Não sesabe como vão negociar com a CEB, mas queremque o GDF os isentem dessas contas até a entregadas casas.” disse Paulo, presidente da associação.

Em meio a tantos problemas, incertezas e sem aliberação, há aqueles que esperam trabalhando aterra, cultivando plantações e criando animais. É ocaso de Ezequiel e Rodrigo Domingos, doisassentados na Etapa ll: Ezequiel veio com a família esem outra fonte de renda começou a plantar. Fezum encanamento de água para o cultivo defolhagens e hoje já tem comprador para toda aprodução. “Temos muitos problemas noassentamento, mas com trabalho e persistênciapode-se vencer as dificuldades”, enfatizou Ezequiel.

Moradores sonham com suas casasMonjolo, há 2 anos, esquecido pelos poderes

Fotos: Marcus Vinícius

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C riada por volta de1972 a Feira do Pro-dutor e Atacadista da

Ceilândia é a maior no ramode hortifrutigranjeiros doDistrito Federal. Administra-da pela Associação dos Fei-rantes e Produtores Rurais,Comerciantes e Atacadistasda Ceilândia e Entorno -AFEPRACE, a Feira do Produ-tor conta com uma área to-tal de mais de 150.000 m² ehá dez anos localiza-se na

Um dos projetos é o Des-perdício Zero que tem porfinalidade distribuir às famí-lias de baixa renda, crechese demais instituições caren-tes, cestas com alimentosque fazem parte da feira,doados pelos próprios pro-dutores à associação. “Faze-mos tudo de coração, inclu-sive o que vejo essas famíli-as passarem hoje eu já pas-sei um dia e é muito gratifi-cante agora poder ajudar”,diz Joana Guedes, diretorasocial da AFEPRACE e coor-denadora desse trabalho.

Outra iniciativa que sedestaca é a Escolinha de Fu-tebol coordenada pelo dire-

QNP 01 Área Especial 1 - Se-tor P Norte.

Com 346 boxes a feiraatende, no atacado, comer-ciantes e produtores ruraisda região e entorno, de se-gunda à segunda, das 5h às19h e chega a comercializarem torno de 14.000 tonela-das de produtos por mêscom um giro de recurso nacasa dos 10 milhões de reaismensais.

Responsável pela cria-ção de cinco mil empregos afeira se destaca, não somen-te por sua indiscutível im-

tor administravio, José Soa-res Pereira Júnior, mais co-nhecido por Zé Júnior: “nos-sos professores são cedidospelo Corpo de Bombeiros doDF e ministram as aulas nonosso campo, que tem todaa estrutura para atender àcomunidade e filhos de fei-rantes”, conta. Zé Júnior ex-plica que hoje já são mais de250 crianças atendidas naescolinha.

Existe ainda o Centro deCapacitação e Higienizaçãode Caixas Plásticas, uma par-ceria da AFEPRACE com oConselho de Desenvolvi-mento Rural Sustentável; e oCentro de Capacitação em

Ações Sociais

Feira na Ceilândia se destacapor suas Ações Sociais e por ser a maior do DF

AFEPRACE

portância comercial, mastambém pelos projetos soci-ais desenvolvidos pela asso-ciação aos produtores rurais,feirantes e seus familiares.

Segundo Vilson José deOliveira, presidente da feira,a prioridade é atender aosprodutores rurais da Feira daCeilândia e, também, aos fei-rantes e seus familiares. “Essaparceria com a AFEPRACE eo apoio recebido para a rea-lização dos projetos, temdado super certo e os resul-tados são bastante positi-vos” comenta Vilson.

Informática, uma ação con-junta com a Emater/DF, queatende aos produtores ruraisda feira, feirantes e seus fa-miliares, que aprendemcomputação.

A AFEPRACE conta atual-mente com 700 associados.Quem quiser ajudar comdoações de itens e serviços,contato: (61) 3373-2745 /3581-1122

A Feira do Produtor daCeilândia está em alta. Opresidente Vilson José deOliveira, foi escolhido parafazer parte do ComitêGestor da Olericultura doDF.

Colaboração: Ascom Afeprace

Já Rodrigo Domingos tem uma pequena granja. Tudo muitorústico mas, produzindo o suficiente. Mudou-se há cerca deum ano e hoje planta milho, cria galinha d‘angola e galinhacaipira. A água utilizada é trazida por caminhão pipa “porquenão pode furar cisterna enquanto não tiver a licença ambiental”,informou Rodrigo que falou também das necessidades daregião “os assentados precisam de maior capacitação paraproduzir mais”. Disse que existem alguns processos dosmoradores contra o GDF como: danos morais e materiais (22famílias); meio ambiente; e direito do cidadão.

Mesmo com todas as dificuldades, sem estrutura, algunssem água, outros sem energia, todos sem banheiros, morandoprecariamente. Quando perguntados pelo que esperam doassentamento, os olhos brilham ao sonharem com o prometido,mas sabem que terão de lutar muito para realizá-lo.

Nossos agradecimentos ao Sr. Manoel, à dona MariaAparecida e à dona Sirene Justiniano que em muitocontribuiram para a realização desta matéria.

Isso é Bão Também!!!

Brasília, 20 de maio de 2010Em atendimento à solicitação do veículo de comuni-

cação Correio Bão Também, informo que as ações vol-tadas à regularização ambiental do assentamento rurallocalizado nas chácaras 01,02, 19 e 20 do Núcleo RuralMonjolo, localizado na R.A do Recanto das Emas, estãoem fase de conclusão, visando o licenciamento de insta-lação e objetivando a sua sustentabilidade ecônomica,social e ambiental. Destaco, ainda, o grande esforço doGoverno do Distrito Federal no sentido de equacionartodos os aspectos relativos ao alcance dos objetivos pro-postos.

Ítens restantes:- Autorização do ICM BIO ao IBRAM quanto ao

licenciamento do assentamento, solicitação já encami-nhada pela Terracap;

- Levantamento primário da Fauna, serviço contrata-do pelo Programa Brasília Sustentável - SEDUMA e emfase de realização.

Sumar Magalhães Ganem

Engenheiro Agrônomo MSc. Emater-DF

Presidente do Grupo de Estudos Ambientais.

Em nota, a Emater-DF apresentouparecer sobre a situação do Monjolo:

continuação Assentamento Monjolo pede socorro!

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O governador do Distrito Federal, Rogério Rosso, anunciou mais de R$ 4

milhões em medidas que bene-ficiam os produtores rurais locais,durante o lançamento da terceiraedição da Feira AgroBrasília, a maiordo setor no Centro-Oeste. O Gover-nador participou da abertura doevento, acompanhado do chefe degabinete da Presidência daRepública, Gilberto Carvalho, dedeputados distritais e federais e dosecretariado local. Rosso assinouordens de serviço autorizandoobras, licitações, reparos e compras,com verba tanto do Governo do DFquanto da União.

Do total anunciado embenefícios, R$ 500 mil foram destina-dos à aquisição de sementes, mudase adubo pela Secretaria deAgricultura, Pecuária e Abasteci-mento (Seapa), que deverá colocá-los à disposição das cooperativas depequenos produtores do DistritoFederal. Outros R$ 500 mil foramdirecionados à recuperação de má-quinas agrícolas da Seapa, cedidasa cooperativas e núcleos de produ-ção. Por fim, R$ 1 milhão foi liberadopara que a secretaria compre 10 tra-tores que também serão utilizadospor cooperativas. Os R$ 2 milhõesdevem ser liberados de imediatopela Secretaria de Planejamento doDF à Secretaria de Agricultura.

Reivindicação antiga dos empre-endedores do campo, a pavimen-

Rosso anuncia pacote de R$ 4 milhões ao campo

tação de 300 quilômetros de estra-das vicinais do Distrito Federal ga-nhou R$ 1,5 milhão em recursos doGDF. As obras acontecerão em áreasrurais de Planaltina, Paranoá,Ceilândia, Brazlândia e de outrascidades do DF. A previsão é de queos trabalhos, que serão executadospelo Departamento de Estradas deRodagem do DF (DER-DF), sejamconcluídos em 90 dias.

LICITAÇÕESO governador autorizou ainda a

abertura de licitações para constru-ção de um galpão de vendas paraprodutores rurais do Gama, noNúcleo Ponte Alta, e para edificaçãode um mercado de peixes na Cen-trais de Abastecimento do DF

(Ceasa-DF). As obras devem custar,respectivamente, R$ 86 mil e R$ 451mil, e a previsão de conclusão paraambas é outubro deste ano. A maiorparte dos recursos — R$ 407 mil —para a construção do mercado depeixes sairá do Ministério da Pesca.A contrapartida do GDF será de R$44 mil.

Durante o evento de abertura daAgroBrasília, Rosso também entre-gou certificados de concessão e usoa dois agricultores pioneiros quetêm propriedades na área do Pro-grama de Assentamento Dirigido(PAD-DF). Os documentos recebi-dos dão garantia de compra poste-rior dos lotes na Companhia Imobi-liária de Brasília (Terracap). Mais de90% dos produtores do DF não têm

Governador assinou ordens de serviço autorizando obras, licitações, reparos e compras,com verba tanto do Governo do DF quanto da União.

Fonte: www.sa.df.gov.br

a titularidade das terras.O governo local promete resol-

ver o problema há muitos anos. Noano passado, a Medida Provisória460, que autoriza a venda direta dasáreas aos ocupantes, foi sancionadapelo presidente Luiz Inácio Lula daSilva e, segundo o GDF, deve acele-rar a regularização. “Esperamosentregar concessões a todos até ofim deste ano, e então a Terracapdeve iniciar a venda”, afirmou ogovernador.

A AgroBrasília é uma feira denegócios que traz inovações emgenética, sementes, maquinário eprodução rural para agricultores.Este ano, reuniu 290 expositores noParque de Exposições do PAD-DF.

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MATÉRIA DE CAPA

Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentávelse reúne com o Governador

Durante a Exposição daAgrobrasilia o governadordo Distrito Federal, Rogério

Rosso, a vice governadora, IveliseLonghi, o secretário de Agricultura,Wilmar Luiz e o presidente daEmater, Dílson Resende receberamos presidentes do Conselho deDesenvolvimento Rural Sustentáveldo DF - CDRS. A posição do CDRSsobre a regularização das terrasrurais no DF foi o principal motivodo encontro e o Governador secomprometeu, juntamente com suaequipe, em trabalhar forte e nãomedir esforços para que isso possaacontecer de uma forma transpa-rente e o mais rápido possível.

A titularização das terras rurais é

ainda um sonho de aproximada-mente 20 mil produtores rurais doDistrito Federal. Por ser grandeconhecedora da causa, IveliseLonghi, foi indicada pelo Governa-dor para dar continuidade às nego-ciações. Ficou determinado que oSecretário de Agricultura se encar-regasse em agendar outra reuniãocom a Vice Governadora.

Vale ressaltar o trabalho voluntá-rio e incansável do CDRS que se des-dobra em reuniões buscando o me-lhor para toda a Área Rural, defen-dendo os interesses dos pequenosagricultores que sempre são esque-cidos e ficam sem representa-tividade.

Isso é Bão Também!!!Rosso e Ivelise atentos às colocações dos presidentes de cada CDRS

Foi assinado pelo governadorRogério Rosso, durante aAgrobrasilia, Ordem de Serviço

para a construção do Galpão doProdutor do Gama. Há mais dequatro anos, em diversas reuniões,foi elaborado o projeto para suaconstrução, contando com aparticipação dos agricultoresfamiliares que apontaram anecessidade de um ponto decomercialização na localidade. Osconselhos de DesenvolvimentoRural junto com o Território das

Galpão do Produtor do GamaAguas Emendadas encaminharam oprojeto ao MDA onde foi aprovadoe destinado verba para suaconstrução. O GDF entrou com acontrapartida e devido aosprocessos burocráticos, só agora foiautorizado.

Parabéns ao Conselho deDesenvolvimento Rural, aoTerritório das Águas Emendadas, aoGDF, e principalmente, parabéns aospequenos agricultores que são osmaiores beneficiados.

Isso é Bão Também!

Foto: Marcus Vinícius

Foto: Marcus Vinícius

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Metade da população mundi-al que passa fome é formadapor pequenos agricultores

que não conseguem produzir para ali-mentar a própria família, afirmou a di-retora executiva do Programa Mundi-al de Alimentação da Organização dasNações Unidas (PMA/ONU), JosetteSheeran, ao destacar os programasbrasileiros de incentivo à agriculturafamiliar como modelo a ser reprodu-zido em outros países.

"Os programas que prestam aten-ção aos pequenos agricultores sãomuito importantes e o Brasil tem pro-gramas nos moldes que pretendemosimplementar no resto do mundo", afir-mou Josette Sheeran, que está no paísparticipando do Diálogo Brasil-Áfricasobre Segurança Alimentar, Combateà Fome e Desenvolvimento Rural.

Metade da população mundial que passa fomeé de pequenos agricultores, afirma ONU

Ela entregou ao presidente LuizInácio Lula da Silva o prêmio Campeãodo Mundo na Batalha Contra a Fome,concedido pelo PMA. Segundo JosetteSheeran, muitos governantes têm ver-gonha de falar sobre a fome no mundoe, o Brasil, além de levar o tema aosprincipais fóruns de discussão do mun-do, tem conseguido colocar em práti-ca o que defende.

"O que me impressionou é que nãoé só um discurso, mas o Brasil está fa-zendo o que prega. É o país que maistem evoluído no combate à fome, tra-zendo à tona bons programas", afir-mou. Segundo a diretora da ONU, emmuitos países a fome não é um pro-blema de escassez de alimentos, masde falta de habilidade para dar à po-pulação acesso a eles.

Ainda em relação à agricultura fa-miliar, a diretora do PMA destacou aparticipação do Brasil em outros paí-ses, principalmente por meio da Em-

presa Brasileira de Pesquisa Agrope-cuária (Embrapa), que tem trabalhado,tanto no Haiti como na África, para de-senvolver sementes adaptadas ao cli-ma dessas regiões.

"Não é apenas levar alimentos aoHaiti, mas pensar na produção de ali-mentos. A Embrapa tem um papel gi-gantesco e o reconhecimento impor-tante em todo o mundo no combate àfome, e é outra área que o mundo temmuito que aprender com o Brasil", dis-se.

O chefe da Coordenação-Geral deAções Internacionais de Combate àFome do Ministério de Relações Exte-riores, ministro Milton Rondó, disseque uma das principais "tecnologias"de combate à fome desenvolvidaspelo Brasil foi a "tecnologia de partici-pação social", já que os programas dedestaque internacional foram cons-truídos com a presença de represen-tantes de vários setores da sociedade.

Enquanto falava com os jornalistas,Josette Sheeran mostrou uma xícaraque simboliza a campanha de comba-te à fome no mundo a fim de dimen-sionar o problema da falta de alimen-tos para as populações mais pobresdo planeta. "Hoje, uma em cada seispessoas não consegue encher essa xí-cara de comida todos os dias", disse. OPMA é a maior agência humanitária domundo que fornece alimentos a cercade 90 milhões de pessoas por ano, amaioria crianças, em 80 países.

O presidente do Conselho Na- cional de Segurança Alimen- tar e Nutricional (Consea), Re-

nato S. Maluf, fez uma exposição, em11/05/2010, para ministros e repre-sentantes de 35 países africanos sobreo papel e a importância nacional e in-ternacional do conselho brasileiro.

"O Consea tem sido um espaçoimportante de participação social,aglutinador de visões diferentes, dapluralidade de idéias, da exposição deconflitos, mas sobretudo da pactuaçãoe da consertação, promovendo a arti-culação entre governo e sociedade ci-vil", disse ele.

O conselho, que foi criado em

Diálogo Brasil-África: presidente reforça papele importância do Consea

1993, desativado em 1995 e recriadoem 2003, é um órgão consultivo e deassessoramento da Presidência da Re-pública. "É importante que um órgãode tamanha importância, e com essepapel de articulação intersetorial, sejaum órgão da Presidência da Repúbli-ca", disse ele.

O presidente do Consea defendeuo direito humano à alimentação e asoberania alimentar dos países. "Nóstemos a segurança alimentar enutricional como objetivo de políticapública que deve ser construída sobdois princípios que para nós são fun-damentais - o princípio da soberaniaalimentar e o princípio do direito hu-mano à alimentação".

"Os programas de alimentação de-vem ser concebidos sob a ótica de que

este é um direito", disse. Ele falou tam-bém que a produção de alimentos de-ve ser pensada sob quatro perspecti-vas. "Interessa-nos as perspectivas so-cial, econômica, cultural e ambientalda produção de alimentos".

O representante do Consea apro-veitou para abordar a conjuntura in-ternacional. "O mundo vive hoje umaconjuntura particular, que é a conflu-ência de quatro grandes crises - e háquem fale em crise civilizatória. Nósestamos diante de uma crise energé-tica, uma crise alimentar, uma criseeconômica e uma crise ambiental, so-bretudo a climática", afirmou.

Na sua opinião, como a crise é detodo um sistema, a solução deve sersistêmica. "Essas crises são sistêmicase requerem respostas também sistê-

micas. Não se pode pensar em aumen-tar a produção de alimentos de qual-quer modo, não se pode aumentar aprodução de álcool de qualquer modo,elas têm que ser trabalhadas conjun-tamente, ou seja, de forma sistêmica".

Renato S. Maluf informou que oConsea apóia a política do Estado bra-sileiro de cooperação técnica interna-cional nesta área, e revelou que o pró-prio conselho tem participado de ini-ciativas neste sentido.

O "Diálogo Brasil-África sobre Se-gurança Alimentar, Combate à Fomee Desenvolvimento Rural" aconteceuaté 12/05/2010, no Palácio doItamaraty, em Brasília, reunindo minis-tros e representantes de 35 países afri-canos, além de Brasil, Jordânia e TimorLeste.

Danilo Macedo

Marcelo TorresF

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EMBRAPA CERRADOS

A partir da safra 2010/11 estarádisponível ao produtor, paracomercialização, uma nova cultivarda Embrapa, com resistência parcialà ferrugem asiática. A BRS 7560,lançada no ano passado, começaráa ser plantada em cultivo comercial.A cultivar tem grande potencial naluta contra a doença que gerou umcusto de US$ 1,74 bilhões na safra2008/2009, segundo o ConsórcioAntiferrugem. A principal vantagemé que ela apresenta uma boa resis-tência à ferrugem, menores danos eperdas de rendimento diante da do-ença.

A BRS 7560 tem mais estabilida-de de produção em situações de pre-sença da doença, especialmentequando as condições climáticas não

SOJA RESISTENTE À FERRUGEMpermitem que fungicida seja aplica-do no momento mais propício. Coma BRS 7560, o produtor não deixa deusar o produto, mas há uma redu-ção do número de aplicações. Outravantagem é que a cultivar tem cicloprecoce e é bem adaptada à regiãodo Cerrado.

Outras cultivares – Para o plan-tio na safra 2010/2011, também che-gam ao mercado outras duas culti-vares da Embrapa: BRS Juliana e BRSGisele. Ambas são transgênicas, pos-suem boa resistência a nematóidede galha e são bem adaptadas a re-giões de baixa latitude, como aBahia, Maranhão e Piauí. SegundoAuteclínio, as duas têm o ciclo tar-dio, com grau de maturidade em tor-no de 9.0. “Temos boas perspectivasde que elas sejam bem plantadas naregião”, enfatiza o pesquisador.

CHEGA AO MERCADO

ALIMENTAÇÃO ANIMALNOVAS ALTERNATIVAS

Pequenos e médios produtoresde leite do DF participaram, em abril,do Encontro Técnico sobre Alimen-tação Animal, no Centro de Transfe-rência de Tecnologias de RaçasZebuínas com Aptidão Leiteira(CTZL). Cerca de 50 produtores co-nheceram formas de utilizar ossubprodutos agrícolas e a mandio-ca na alimentação animal. O uso dealimentos alternativos pode reduziro gasto com a alimentação animal.

A planta de mandioca possui ex-celentes qualidades nutritivas. Tan-to as raízes como a parte aérea (fo-lhas e hastes) podem ser utilizadasnas formas frescas (no caso das vari-edades mansas), raspas, feno ousilagem. O aproveitamento integralda planta de mandioca é uma alter-nativa alimentar que combina a fon-te energética (na raiz) com a fonte

protéica (na parte aérea). Pode serconsiderada um complemento ali-mentar, principalmente na épocaseca do ano, quando a oferta daspastagens é bem menor.

Subprodutos agrícolas tambémpodem ser usados na alimentaçãode bovinos. Cascas de soja, polpacitríca, caroços de algodão sãoexemplos de subprodutos agrícolasque podem ser incorporados à die-ta alimentar dos animais. É uma for-ma de aproveitar materiais que nor-malmente seriam desprezados econsequentemente abaixar os cus-tos com alimentação animal.

O Encontro Técnico sobre Ali-mentação Animal faz parte da pro-gramação de capacitação do CTZL-Gama/DF, promovido em parceriacom Emater-DF. Os cursos são gra-tuitos e têm como objetivo oferecerestratégias para a melhoria da pro-dução leiteira no DF e entorno.

Clarissa Lima

Liliane Castelões

No dia 11 de maio de 2010 naAgrobrasília, o governador RogérioRosso, por intermédio da Secretariade Estado de Agricultura, Pecuária eAbastecimento-SEAPA, entregoudois caminhões baús, para osprodutores rurais da Associação dosProdutores Rurais da Fazenda Larga- APROFAL- Planaltina/DF e para aAssociação dos Produtores Rurais deAlexandre de Gusmão - ASPAG -Brazlândia/DF.

O Projeto proposto faz parte doPrograma Nacional de Desenvolvi-mento Sustentável dos TerritóriosRurais - PRONAT. É uma ação daSecretaria de DesenvolvimentoTerritorial do Ministeìrio do Desen-vovimento Agrário (SDT/MDA)como parte do PRONAF, tem comoestratégia de atuação a abordagemterritorial do desenvolvimento.

E como uma de suas premissas,tem também o desenvolvimentoterritorial sustentável. E, nessaperspectiva uma das estratégiaspara a inserção sustentável daprodução da agricultura familiar

Secretaria de Agriculturaentrega caminhões baús

PRONAT/DF

nos mercados, feiras e centros decomercialização e capacitação, éassegurá-los com um meio detransporte eficiente e eficaz para oescoamento de suas produções.

Como se trata de regiões comgrande número de agricultoresfamiliares em suas vizinhanças, comos mesmos objetivos, as co-munidades próximas serão tambémbeneficiadas com o caminhão. Aexpectativa visa à inclusão social ede num futuro próximo, a melhoriana renda familiar, geração de maisempregos.

Os projetos do PRONAT sãoelaborados de forma colegiadaentre agricultores familiares,gestores públicos, entidades dasociedade civil e demais atoresterritoriais. Busca-se o forta-lecimento da Agricultura Familiar,como segmento gerador deemprego e renda, através das linhasde ações de Infraestrutura, Serviços,Agroindústria, Associativismo,Crédito Rural e Capacitação deAgricultores.

As ações do PRONAT/DF, estão na Gerência de Fomento à AgriculturaFamiliar – GAF, coordenado pelo Secretário Executivo, Dr. Agnaldo Alves

Pereira e sua equipe técnica.SEAPA-GAF- PRONAT/ DF - Gerente da GAF - Edmar Ferreira da SilvaEquipe Técnica: Ana Amélia de Castro – Jefferson Virgínio – Rosilda de

Sousa - Contatos: (61) 3274-9067

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Correio Bão Também - a roça é nossa! - Edição nº 003 - Mai/2010 - 11

Alimento rico em proteínas, a

quinoa conquista uma posi- ção de destaque na dieta de

brasileiros que buscam uma alimen-tação saudável. Ela adquire impor-tância crescente nos cardápios deconsumidores exigentes e dispostosa pagar caro pelo produto. Apesardo potencial do mercado, o Brasiltem uma produção pequena dessepseudocereal. Devido à alta renta-bilidade, ele pode ser uma opçãointeressante para o produtor rural noCerrado. Para contribuir com eles, aEmbrapa Cerrados realiza desde1990 um trabalho pioneiro com aquinoa, para adaptá-la ao Brasil.

Quinoa produção no Brasil conta com reforço

Neste ano, a unidade da Embra-pa iniciou uma nova etapa do pro-grama de melhoramento da quinoa,com o objetivo de lançar cultivarescom maior produtividade, com ca-racterísticas alimentares diferencia-das, que sejam próprias para dife-rentes épocas de plantio. Segundoo pesquisador Walter Quadros, aideia é criar opções de cultivarespara produtores que atuam com altatecnologia e também para agricul-tores familiares e que produzem or-gânicos, o que é uma exigência domercado.

O primeiro passo da pesquisa é areestruturação de um banco degermoplasma, que já está em curso.Quadros destaca que a ideia é obtercultivares mais uniformes que a BRS

Clarissa Lima Piabiru, a primeira variedade dequinoa adaptada às condições bra-sileiras, que foi lançada pelaEmbrapa Cerrados, mas que não estádisponível para comercialização.Essa cultivar apresenta falta de uni-formidade na maturação dos frutos,o que prejudica a mecanização dacolheita.

“A perspectiva é baratear o pro-duto para o produtor e consequen-temente para o consumidor”, avaliaQuadros. Dessa forma, os benefíci-os do pseudocereal podem ser am-pliados para toda a população.Como é muito nutritiva, a quinoatem grande potencial para ser utili-zado em trabalhos sociais e na me-renda escolar ou fornecido a pesso-as com carências nutricionais.

No final da época de chuvas,inicia-se o melhor períodopara o plantio do maracujá

no Cerrado. A recomendação é deFábio Faleiro, pesquisador daEmbrapa Cerrados. “O período quese iniciou em abril e vai até maio éépoca interessante para o plantio,pois as mudas no campo sofrerãomenos ocorrência de doenças”, afir-ma. Além disso, ele explica que osdias menores de inverno nos mesesseguintes não estimulam oflorescimento da planta, que ocorreapenas em situações com mais de 11horas de luz por dia. Dessa forma, aplanta só vai apresentar flores quan-do estiver maior, em condições maisfavoráveis para o desenvolvimentodos frutos.

No plantio, o produtor precisa to-mar cuidado com o reaprovei-

tamento de sementes. “Não reco-mendamos essa prática, por causade perdas provocadas por genes in-desejáveis”, explica o pesquisador.De acordo com ele, no maracujá háa diminuição do vigor e da produti-vidade, de forma semelhante ao queocorre com o milho. Ambas são plan-tas que dependem de polinizaçãocruzada e, nesse processo de repro-dução, algumas características inte-ressantes podem ser perdidas. Nocaso desse tipo de planta, as pesqui-sas de melhoramento trabalhampara obter híbridos. “Eles são maisuniformes, oferecem mais produti-vidade e resistência”, explica Fábio.

Em 2008, a Embrapa Cerradoslançou três híbridos que estão emfase de avaliação em todo o país etêm-se revelado bem produtivos namaioria das condições. O BRS Sol doCerrado apresenta como vantagema menor dependência da poliniza-ção manual, além de frutos grandese arredondados. O BRS Ouro verme-

MaracujáFim da chuva, início do plantio de

lho apresenta uma parte dos frutoscom a coloração avermelhada nacasca, pois é resultado de cruzamen-to com uma variedade nativa, dequem herdou a maior resistência adoenças. O BRS Gigante Vermelhotem frutos grandes e tem muita pro-dutividade. Segundo o pesquisador,essas fruteiras podem ser plantadasem todo o país, em áreas que sejambem drenadas e não sujeitas a gea-das.

Além da preocupação com a es-colha da semente, o pesquisador Fá-bio Faleiro destaca que o produtorprecisa ter em mente a importânciade adotar tecnologia para ampliar aprodutividade da lavoura. Uma de-las é a polinização manual, cuja uti-lização gera aumento de produtivi-dade entre 40 e 50%. “Essa é uma cul-tura que exige mão-de-obra etecnologia, não deve ser plantadade forma amadora”, defende.

Rumos da pesquisa – Fruta típi-ca do Brasil, o maracujá tem no Cer-

rado o principal centro de diversida-de. Por isso, a pesquisa sobre o frutona Embrapa Cerrados tem como umde seus focos a obtenção de novoshíbridos, com boa produtividade eresistência a doenças. Além disso, otrabalho de melhoramento tem bus-cado desenvolver plantas com po-tencial ornamental, medicinal, entreoutras frentes.

Algumas espécies silvestres,como a que produz frutos com ca-racterísticas semelhantes àjaboticaba ou que descasca comomexerica, estão também com a pes-quisa de melhoramento em curso.Segundo o pesquisador, o principalobjetivo nessa linha não é o plantioem grande escala comercial, massim levar o conhecimento da diver-sidade do fruto para a população eatender nichos de agricultura urba-na (fundos de quintal e pequenaschácaras) e de pequenos agriculto-res que comercializam frutos em fei-ras comunitárias.

Clarissa Lima

EMBRAPA CERRADOS

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Correio Bão Também - a roça é nossa! - Edição nº 003 - Mai/2010 - 12

1- Fase inicial, quando ocorre decomposição de restos vegetaisprincipalmente por fungos, bactérias e actinomicetos. A temperatura dapilha de composto aumenta, atingindo 40 a 45 °C nos primeiros dias,subindo até 60 °C ainda na primeira ou segunda semana, sendo esteconsiderado o pico de temperatura ideal. O composto ainda está cru eimaturo. Aproximadamente aos 20 dias, a temperatura começa a cair para40 °C.

2- É a fase denominada de semicura ou bioestabilização. Ocorre atransformação da matéria orgânica com início da produção de húmus.Nessa fase, o composto está sob temperatura ambiente e atuam minhocas,carrapatos, protozoários.

3- É a fase de cura, maturação e humificação. Ocorre o amadurecimento docomposto, com grande produção de húmus. Na pilha, são encontradasformigas, besouros, aranhas. A textura do composto nessa fase já é bemhomogênea.

PROCESSO AERÓBICO - Processo controlado de decomposição microbiana realizado na presença deoxigênio para obtenção de fertilizante orgânico a partir de resíduos vegetais e ou animais.

FASES DA COMPOSTAGEM

COMPOSTAGEM DE ESTERCO E PALHA

- Utilizar local sombreado e cobrir as pilhas com lona ou folhas debananeira. Deve ser protegido do vento e de insolação, com pequenodeclive, não sujeito à enxurrada e empoçamento de água;

- Deve ser próximo a fontes de água e permitir otimização da mão-de-obra.

LOCAL

- Deve ser de restos vegetais (galhos e folhas) e animais (esterco), evitando-se dejetos humanos e de animais carnívoros.

- Utilizar matéria-prima rica em nitrogênio como leguminosas, ervasespontâneas e plantas aquáticas, pois também são ricas em outrosnutrientes. Quando se trabalhar com partes velhas de vegetais, árvores esuas partes, pode-se compensar a falta de nitrogênio com camadas deleguminosas ou torta de mamona.

- No material disponível para confecção do composto, a proporção entreas quantidades de carbono (C) e nitrogênio (N) (relação C/N) ideal para oinício da compostagem é 30 para 1 (30/1) porque os organismosresponsáveis pela fermentação do material orgânico necessitam de 30partes de carbono para cada parte de nitrogênio usado. Se a relação C/Nfor menor que 20/1, haverá perda de nitrogênio e de enxofre causandocheiro desagradável, devendo-se acrescentar terra ou serragem. E se arelação C/N for alta, acima de 35/1, o processo será lento e frio. Nesse caso,deve-se acrescentar fonte rica em nitrogênio.

- Sugere-se três maneiras de se alcançar a proporção 30/1:- 75% de restos vegetais variados + 25% de esterco bovino;- 80% de restos vegetais variados + 20 % de esterco de galinha

ou cama-de-matriz;- 50% de restos vegetais frescos + 50% de restos de vegetais

velhos.

- Materiais fibrosos de difícil decomposição, como galhos, ramos, cascade arroz e serragem, não devem passar de 10% na compostagem. No casode galhos e ramos, devem ser quebrados de 5 a 12 cm (usando umapicadeira), pisoteados e urinados por animais (cama). O ideal é que omaterial vegetal do composto, de maneira geral, tenha o tamanho acimaindicado e que a pilha de composto tenha diversidade de materiais(palhadas diversas, esterco, urina de animais, folhagens). Assim, o produtofinal ficará rico em nutrientes, húmus, microrganismos.

A MATÉRIA-PRIMA

EMATER/DF

A compostagem melhora o aproveitamento, multiplica e desinfeta a matéria orgâ-

nica disponível na propriedade;fornece macro e micronutrientes

Roberto Guimarães gradualmente; estrutura o solo efavorece o enraizamento; contribuipara saúde e resistência das plantas;ativa a vida do solo, criando condi-ções para aumento de populaçõesde organismos benéficos habitantesdo solo.

Foto: Marcos de Lara Maia

Foto: Marcos de Lara Maia

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Correio Bão Também - a roça é nossa! - Edição nº 003 - Mai/2010 - 13

- Planejar as dimensões das pilhas compatíveis com um bom nível dearejamento delas.

- Montar as pilhas sobre pedaços de madeira;- Podem-se usar tubos perfurados em meio às pilhas ou, na montagem

delas, deixar bambu, que depois de retirados, formarão canais ou orifíciosem várias partes da pilha;

- Revirar as pilhas aos 15, 30 e 45 dias manualmente ou com trator. Estaé a forma mais utilizada e tem como vantagem a homogeneização daspilhas, expondo sementes de invasoras e microrganismos indesejáveis atemperaturas que os elimine.

- Um bastão pode ser usado para arejar a pilha.- Em pátios de compostagem de grande porte, devem-se usar processos

de aeração forçada.

DIMENSÕES DA PILHA - As dimensões da pilha de composto sãofundamentais para que ocorra arejamento adequado. A pilha deve ter asdimensões de 1,5 a 2,0 m de largura por 1,5 m de altura, com comprimentovariável de acordo com a quantidade de material disponível. Essasdimensões permitem obter melhor eficiência em relação à temperatura defermentação necessária para ocorrer a maturação do composto.

UMIDADE - A umidade deve ficar em torno de 50% a 60%. Na prática, ocomposto, quando comprimido com as mãos, deve formar um “bolinho”úmido ao tato e não escorrer água ou, no máximo, pingar pouca água.Para manter a umidade ideal, deve-se cobrir a pilha com palha, folhas debananeira ou lona plástica. O local deve ser protegido do sol e da chuva (àsombra de uma árvore ou em uma área coberta).

TEMPO DE COMPOSTAGEM E ENRIQUECIMENTO DA PILHA - Ocomposto ficará pronto depois de um prazo variável entre 70 e 120 dias,dependendo do valor C/N inicial do monte, do tamanho e da quantidadedo material vegetal utilizado, da adição de inoculantes, entre outros fatores.Ao final da compostagem, a relação C/N deverá estar entre 18 e 20 e atemperatura próxima a do ambiente.

- O próprio composto semicurado pode servir como inoculante paradiminuir o tempo de preparo de outra pilha. Para isto, utilizam-se tambémcaldas de microrganismos adquiridas no mercado ou elaboradas peloprodutor.

- O composto pode ser enriquecido com calcário, gesso, cinza naproporção máxima de 1% do peso estimado da pilha de composto. O pó-de-rocha e os fosfatos naturais poderão entrar na proporção de até 2%,espalhados entre as camadas do monte, durante a montagem da pilha.Outros tipos de enriquecimento podem ser feitos com leguminosas, terra.

LEMBRETE: O composto libera no primeiro ano 40% a 80% donitrogênio, 50% a 80% do fósforo, cálcio, magnésio e enxofre e 100% dopotássio contido nele, tendo também efeitos cumulativos positivos nafertilidade do solo em termos biológicos, físicos e químicos.

COMPOSTAGEM DE ESTERCO E PALHA

EMATER/DF

O composto é usado na quantidade de 2 a 4 kg por m²,dependendo do solo e das culturas a serem plantadas.

AREJAMENTO DA PILHA DE COMPOSTO

O Programa Rural Sustentável do DF enfoca a melhoria da qualidade devida da população rural do Distrito Federal e da Região do Entorno - RIDE. Nosúltimos anos, o setor agroalimentar (agropecuária e indústria de alimentos ebebidas) teve uma pequena participação no PIB local, indicando a necessidadede investimentos no sentido de agregar valor à produção agrícola, de formaintegrada e sustentável, explorando nichos de mercado para produtos comqualidade diferenciada.

Em linhas gerais, o Programa prevê a realização de obras e a prestação deserviços, com os seguintes objetivos: implantação e/ou recuperação e àcertificação das atividades produtivas; integração dos planos de desenvolvi-mento econômico e ambiental; regularização fundiária; capacitação técnicados produtores rurais; desenvolvimento tecnológico; fortalecimento da capa-cidade institucional das agências de fomento.

8h às 9h - Credenciamento

9h - Sessão de AberturaJosé Itamar Feitosa - secretário de Esta-do de Planejamento, Orçamento e Ges-tão

9h15 às 10h15 - “Desenvolvimento RuralSustentável - experiências e desafios”Moderador: Sumar Ganem - EMATER

10h15 às 11h15 - PALESTRA 1 - Brasília50 anosPalestrante: Andrey Rosenthal Schlee -UnB

11h15 às 11h50 - PALESTRA 2 - O Pro-grama de Desenvolvimento Rural Susten-tável do Distrito FederalPalestrante: Lauro Bassi - Consultor

11h50 às 12h30 - Perguntas e Debate12h30 - Almoço

14h às 14h20 - “Desenvolvimento RuralSustentável do Distrito Federal”Moderador: Paulo César Ávila - ADASA

PALESTRA 3 - “O Programa Produtor daÁgua no Brasil e as ações na Bacia doPipiripau-DFPalestrante: Devanir Garcia dos Santos -ANA

14h20 às 14h40 - PALESTRA 4 - Reabi-litação ambiental das terras rurais do DFPalestrante: Alba Evangelista Ramos -SEAPA

14h40 às 15h - PALESTRA 5 - Gestãoambiental no espaço rural do DFPalestrante: Marcos de Lara Maia -EMATER

15h às 15h20 - Perguntas e debate15h20 às 15h40 - Coffee break

15h40 Às 16h - “Rumos para o desenvol-vimento rural sustentável do DF”Moderadora: Graciete Guerra da Costa -SEPLAG

PALESTRA 6 - Mercados e políticas pú-blicas para o setor agrícola do DFPalestrante: Pedro Henrique Zuchi da Con-ceição - UnB

16h às 16h20 - PALESTRA 7 - OEmpreendedorismo na área rural: desafi-os e potencialidadesPalestrante: Ricardo Caldas - UnB

16h20 às 16h40 - PALESTRA 8 - Alterna-tivas sustentáveis para a propriedade ru-ralPalestrante: José Felipe Ribeiro -EMBRAPA

16h40 às 17h - Perguntas e debate17h30 - Encerramento

INFORMAÇÕES / INSCRIÇÕESEscola de Governo do Distrito Federal

(EGOV)3342-1034 / 3342-1916

egov.inscricao@seplag.df.gov.brwww.escoladegoverno.seplag.df.gov.br

PROGRAMAÇÃO

I SEMINÁRIO

Programa Rural Sustentáveldo DFAuditório da CAESBAv. Sibipiruna, Lotes 13/21 - Águas Claras10 de junho de 2010das 8h às 18h

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Correio Bão Também - a roça é nossa! - Edição nº 003 - Mai/2010 - 14

AGROBRASÍLIA 2010

maior feira tecnológicado Centro-Oeste

Grande público visita a

Na primeira quinzena de maio(de 11 a 15), mais de 51 milpessoas passaram pela mai-

or feira tecnológica do Cerrado, rea-lizada no Programa de Assentamen-to Dirigido do Distrito Federal (PAD-DF), a sessenta quilômetros deBrasília. A terceira edição da Agro-brasília 2010 reuniu 290 expositores.A expectativa no volume de negó-cios pode ultrapassar a soma de R$100 milhões.

No último dia da feira, 15/05, vá-rias autoridades passaram pelo lo-cal, como o ex-governador de Goiás,Íris Resende (produtor de soja noMato Grosso), o deputado federalAlberto Fraga (pecuarista) e otricampeão mundial de Fórmula 1,Nelson Piquet, que, apesar de nãoter afinidade com o assunto, visitoua Agrobrasília 2010. Para o ex-gover-nador, “foi um privilégio conheceresta feira pois acompanho a evolu-ção da agricultura brasileira há mui-tas décadas”, destacou.

O Deputado Federal ficou im-pressionado com a “pujança e aquantidade de máquinas expostas”e defendeu mais investimentos e di-vulgação para o evento. “Os preçosestão muitos bons e adquiri uma má-quina para usar na minha proprie-dade. Precisamos transformar essafeira num cartão de visita do GDF”,revelou. O ex-piloto também conhe-ceu as tecnologias, máquinas eimplementos agrícolas expostos noParque Ivaldo Cenci. “A feira estámuito bonita e fiquei empolgadocom o que vi”, declarou.

O presidente da Emater-DF,Dílson Resende, destacou que os re-sultados já superaram as expectati-

vas. “Mais de três mil produtores fa-miliares da região participaram doevento. Tivemos também a visita dosministros sul-africanos que realiza-ram inúmeros contatos”, informou.Atualmente, a Emater-DF participade projetos de cooperação técnicade extensão rural em países africa-nos. A visita fez parte da programa-ção do Diálogo Brasil-África sobreSegurança Alimentar, Combate àFome e Desenvolvimento Rural, or-ganizado pelo governo federal.

João Carlos Werlang, presidenteda Cooperativa Agropecuária do DF(Coopa-DF), reafirmou o objetivo darealização destas feiras tecnológicas.“Queremos trazer mais conheci-mentos e tecnologia para os produ-tores do Centro-Oeste”, afirmou.Para o secretário de Agricultura,Wilmar Luís da Silva, Brasília foi oberço de uma revolução no campo.“Já estamos pensando naAgrobrasília 2011. Nosso objetivoagora é promover a internaciona-lização da feira, com a consolidaçãodo evento na parte de negócios”, ex-plicou.

A Agrobrasília 2010 foi uma rea-lização da Cooperativa Agrope-cuária da Região do Distrito Federal(Coopa-DF) e teve a coordenação eo apoio da Empresa de AssistênciaTécnica e Extensão Rural do DF(Emater-DF) e da Secretaria de Agri-cultura (Seapa-DF).

IRRIGATECOs organizadores da Agrobra-

sília já planejam a realização, aindaeste ano, no Parque TecnológicoIvaldo Cenci, do Irrigatec, eventovoltado para as tecnologias de cul-turas irrigadas, abrangendo tantoagricultores familiares quanto pa-tronais.

Ascom - Seapa-DF

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Correio Bão Também - a roça é nossa! - Edição nº 003 - Mai/2010 - 15

Por: Eurico de Andrade - Visite Blog: http://tabui.blogspot.com

CONTOS & CAUSOS

Lá no Abacaxi, currutela de uma rua só, a muitasléguas de Tabuí, era noite de lua cheia. Tempo frescoe época de colheita. Todo mundo gente muitosimples. Divertimento com aquela lua toda era umabaita festa ao som duma viola doída, uma boasanfoninha reco-reco, um cavaquinho e um pandeiro.Cada um arranhando mais que o outro. Imitandocaipiras de fama. Aqueles do rádio. Cantadorescantavam cantigas apaixonadas, com olhinhos atéfechados, sonhando com sucesso fácil da cidadegrande. Bem diferente de ter que enfrentar cabo deguatambu dia-a-dia.

Festa cada vez mais animada. Tanto dentroquanto fora do rancho. De terra batida. Forquilhano meio para segurar a cobertura de sapê. Lá forasó movimento. Homens e mulheres, cansados detanto arrastar o pé e balançar o esqueleto, tomavamuma branquinha pra esquentar o peito, proseandoenquanto queimavam um pitinho. Lua cheia,misturada com noite fresquinha e pinguinha,clareava e contribuíam para o bom desenrolar dosproseamentos.

Enquanto isso, no salão, lotado, dança corriasolta. Rela-rela pra tudo quanto é canto. Lá noAbacaxi ninguém cuida da vida do outro. Semfutricas. Cada um faz o que acha certo, é respeitadopelo que é e pelo que faz. Mas num cantinho maisescuro, embora ninguém nem olhasse, tinha umcasalzinho que garrou a dançar no comecinho da

Mais logo numa moitafesta, assim que o sol se pôs, e não parou mais. Nãoparou é maneira de dizer. Porque parados, no meio dorancho, ficavam tempão danado. Agarradinhos. Coisacom coisa encostadinha e latejando.

Lá pelas tantas da madrugada, rancho abarrotadode gente, contrário do clima lá fora, calor derretianeguinho. Até tocadores deixaram de sonhar e járeclamavam. Sanfoninha espumando melecada desuor. Pandeirinho nem mais respondia à pandeiração.Só casalzinho tava nem aí. Dançava e dançava cadavez mais agarradinho, esfregando as coisas, no bem-bom, olhinhos até fechados. Queriam que o mundoacabasse em moita. Com aquela quentura toda nãoteve outro jeito. Rapaz garrou numa suadeira danada.Molhado dos cabelos da cabeça até a ponta do dedãodo pé grande. Mocinha também. Ruge escorrianaquele rostinho aveludado. Vestidinho de chita todomolhado, grudado no corpo, mostrando formasapetitosas. Músculos fortes de uma cabrocha dosertão. Assim meio tonta, resolve falar alguma coisapara o desejo contido arder menos. Abre um olhinho...O outro olhinho... Desgruda a cabecinha do peito domancebo e diz pra ele, caprichando e dobrando alíngua nos pronomes:

- Mas você sua, heim?E o rapaz, sonhando com o mais logo numa moita,

candidamente, sem nem pensar, responde rapidinho:- E ieu tamém vô sê seu!!!... 

MURAL DA ROÇA

VENDO/TROCO - R$ 18.000,00 - Trator Agrale4100 com todos implementos agrícolas. Superconservado - (61) 9655-8761 / 3380-1170 - Salatiel

VENDO chácara Ponte Alta de Baixo, 8hec., casa4 quartos, piscina, sauna, salão de festa, churras-queira, currais, galinheiros - (61) 9983-4336

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PROCURO PARCEIRO AGRÍCOLA que tenha ex-periência ou formação em atividade agrícolapara produção orgânica: hortaliças, plantas medici-nais, condimentos (especiarias) e produção de mu-das. - Preferência casal sem filhos, e que possammorar na propriedade (Núcleo Rural Sarandi) - proxi-midades de Planaltina-DF.OFEREÇO: casa; trator agrícola (Agrale 4100 comimplementos); galpões; trituradeira e ensiladeira;disponibilidade de água para irrigação de pequenasáreas...CONTATO: 61 9999-1997 ou 9965- 5570 - e-mail:[email protected]

A Empresa de Assistência Técnica e ExtensãoRural do Distrito Federal (Emater-DF), junto comoutras 26 entidades, passa a compor a CâmaraSetorial da Cadeia Produtiva de Hortaliças do Dis-trito Federal (CSH/DF). O decreto que institui acriação dessa câmara e a participação da Emater-DF foi publicado no dia 21.05.2010, pelo Gover-no do Distrito Federal.

O objetivo da Câmara Setorial da Cadeia Pro-dutiva de Hortaliças do DF será discutir políticas,estratégias e diretrizes voltadas à produção,beneficiamento, industrialização e comerciali-zação de hortaliças. Segundo o decreto nº 31.703,de 20 de maio de 2010, a câmara também deverápromover o intercâmbio entre, produtores rurais,trabalhadores, fornecedores, consumidores e

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Decreto institui Câmara Setorial daCadeia Produtiva de Hortaliças do DFDândria Daia - Ascom Emater-DF empresários da cadeia produtiva de hortaliças e

o Governo do Distrito Federal. Além da Emater-DF, integram a composição

da CSH-DF seis Secretarias de Estado do DistritoFederal, tendo a Secretaria de Agricultura, Pecu-ária e Abastecimento entre elas, associações, fe-derações e sindicatos de produtores do DF, a Com-panhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb),a Agência Reguladora de Águas, Energia e Sane-amento Básico do DF (Adasa), o Instituto BrasíliaAmbiental (Ibram), o Serviço Brasileiro de Apoioa Micro e Pequena e Empresa do Distrito Federal(Sebrae/DF), a Embrapa e dois bancos públicos.

Outras empresas ou entidades poderão serconvidadas pela câmara para participarem dasdiscussões – mas sem direito a voto –, desde queo convite seja aprovado pelos membros desig-nados no decreto.

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Correio Bão Também - a roça é nossa! - Edição nº 003 - Mai/2010 - 16

Até chegar aqui Antonio Olímpio per-correu um longo caminho de acer-tos e erros. Há onze anos iniciou na pro-

dução de cultivo protegido e em momento deempolgação, como ele mesmo conta, da noitepara o dia sofreu um prejuizo de mais de 50 milreais só com a produção de tomates. Foi o come-ço do desacerto. Sozinho, não conseguiu segu-rar as perdas na produção e chegou ao fundo.Mas eis que o poder família é o bem maior queDeus nos deu e há três anos José e Manoel sejuntaram ao irmão para fortalecer o grito de guer-ra: “Vamos produzir!”.

Com contrato de cinco anos renovável pormais cinco, arrendaram uma chácara de 46 hec-tares. Na época não havia energia elétrica na pro-priedade e graças à uma vizinha, que lhes cedeuenergia de 110 wolts, deram início à pequena pro-dução de hortaliças folhagens em área de meiohectare irrigado. E logo vieram os dissabores como furto do microtrator Tobata e dos canos do sis-tema de irrigação. Mas os irmãos estavam juntose não desanimaram. Com duas nascentes na chá-cara a produção só foi crescendo e passaram acultivar, também, pimenta-de-cheiro, quiabo,maxixe, além das folhagens em geral. Hoje con-tam com uma área de quatorze hectares irriga-dos, “É água que nasce aqui. Pura e limpa!”,enfatiza José.

Entusiasmados, contam de suas últimas aqui-sições: um trator usado, que segundo José, redu-zirá em 70% a mão-de-obra e uma camionete baúpara as entregas que são feitas por ManoelOlímpio. “É tudo investimento próprio, não temajuda de governo, de banco ou de qualquer pro-

Unidos pelo mesmo sonho

grama. Vendemos bens da família para investir-mos na propriedade.” conta Antonio.

A propriedade gera doze empregos diretos emesmo com a aquisição do trator, os irmãos nãopensam em demissões, “Muito pelo contrário!Com o trator o cultivo tende a crescer e os funcio-nários atuarão no aumento da produção, tantode plantio quanto no beneficiamento das horta-liças”, diz Antonio. Outras transformações são vi-síveis como o investimento no paiol debeneficiamento das hortaliças, “Estamos fazen-do tudo de acordo com as normas técnicasexigidas pela Saúde. Com o registro teremos con-dições de ampliar nossas entregas, que hoje con-ta com pontos fixos no Gama, Santa Maria, Pe-dregal, Valparaíso eIpê.”, explica Antonio.

Os irmãos Antonio,José e Manoel Olímpiocompõem o retrato daAgricultura Familiar:muito trabalho, poucoincentivo, luta de sol asol mas, motivadospela felicidade de per-manecerem juntos,sempre família, lutan-do pelos mesmos so-nhos e objetivos.

Isso é Bão Também!

AGRICULTURA FAMILIAR

Os irmãos Antonio e José Olímpio, felizes com as perspectivas de crescimento da produção

Fotos: Marcus Vinícius

CONTATOS:- Antonio Olímpio(61) 9103-1808

- José Olímpio(61) 9688-9386