Coração da Andaluzia Modo de chegar...Coração da Andaluzia No sopé da Serra Nevada e muito...

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MODO DE UTILIZAR ESTA GUIAFoi atribuído um número para cada um dos monumentos e luga-res de interesse mais representativos de Granada, situando-osnum plano e incluindo uma resenha de cada um deles. Nasecção dedicada aos passeios pela cidade são mencionados estesmonumentos e lugares com o seu número correspondente e,entre parêntese, a página da sua resenha, para os que desejemampliar a informação.

Índice

Europa

España

Andalucía

Granada

Altiplano de Granada:Baza y Huéscar

PonienteGranadino

GranadaSierra

Nevada

Alpujarra yValle de Lecrín

Costa Tropical - Granada

Guadix y El Marquesado

© Patronato Provincial de Turismo de GranadaDesenho e Produção: www.edantur.com

TURISMO DE GRANADA PATRONATO PROVINCIAL

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Coração da Andaluzia

Modo de chegar

Terra de encanto

Plano de Granada

A Alhambra e O Generalife

Legado patrimonial

Cantinhos com encanto

Passeios por GranadaO Albaicín, essência mouriscaO Centro, a herança cristãEl Realejo, mestiçagem de culturasParque das Ciências

Granada cultural

Em torno a Granada

Uma província monumental

Dados práticos

Mapa províncial

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Granada Monumental

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Modo de chegar

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A cidade de Granadapossui um sistema de comu-nicações moderno que a situam,por exemplo, a duas horas aproximadamentede Sevilha e a uma hora de Málaga, por estrada. A A-92 comunicaesta província com o Levante e com o Oeste andaluz, ao mesmotempo que a N-323 faz o mesmo com Madrid e a metade Sul daPenínsula.

Possui um aeroporto em Chauchina (Federico Harcía LorcaGranada-Jaén) perto da localidade de Santa Fe, situada nos arredo-res, e a poucos quilómetros do Porto de Motril.

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Coração da Andaluzia

No sopé da Serra Nevada e muito perto do Mediterrâneo estásituada Granada, no coração da Andaluzia, uma terra de Verãos sua-ves e cálidos e Invernos propícios para desfrutar dos desportos daneve, os quais encontram nos cumes mais grandes da Península umcenário privilegiado.

A sua situação estratégica possibilitou que, no decurso dos sécu-los, este último reduto muçulmano tenha sido o ponto de encontro decivilizações, nexo de união e de intercâmbio entre a cultura do norteda África, a oriental e a ocidental.

A terra que viu nascer o insigne poeta Federico García Lorcaesconde nas suas aldeias pitorescas e nos seus cenários naturais oencanto que atrai todos os anos milhares de visitantes provenientes detodos os cantos do mundo.

A Alhambra e Serra Nevada

Gravura de Granada na Idade Média

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Terra de encanto

Terra de grandes contrastes foi abandonadapor um saudoso Boabdil quem sabia o que perdia.A última capital de Al-Andalus oferece uma pos-tal difícil de igualar, na qual coexistem os cumescheios de neve, um dos maiores patrimónios exis-tentes em Espanha e, sobretudo, um encanto euma atracção palpável em cada uma das suas ruase vielas estreitinhas.

Iberos, romanos e visigodos antecederam acivilização que converteu Granada no referentecultural do Ocidente durante séculos: o Islão.

Em 1492 os Reis Católicos, após assediardurante meses Granada desde a cidade acampa-mento de Santa Fe, conseguiram derrocar o últimorei mouro, Boabdil el Chico. Abandonaria o seu que-rido reino acompanhado pela sua mãe, a qual legariapara a posteridade uma frase famosa dedicada ao seu filho: “Choracomo mulher o que não soubeste defender como homem”.

A partir deste momento Granada constitui-se no símbolo danova monarquia e da unidade de Espanha, convertendo-se em reinocristão, residência e túmulo real.

A l c á ç ovas, mesquitas, lagosa rt i ficiais mu ralhas coexistemcom os grandes templos,c o nventos e palácios senho-rias, fazendo da cidade daA l h a m b ra um conjunto har-mónico no qual conv i ve mestilos arquitectónicos tãod i ve rsos como o mu d é j a r,g ó t i c o, renascentista oub a rr o c o.

Partida de Boabdil, tela do século XIX

“Quem não conhece e admiraa Granada apesar de nunca a

ter visitado?

Pedro Antonio de Alarcón, século XIX

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Plano de Granada

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Legado patrimonial

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Fundado por Isabel aCatólica para ser esta-

belecido na Alhambra, foiconstruído no século XVI sobre parte

do antigo palácio dos reis muçulmanos, onde tin-ham sido transladadas as freiras em 1507. Do lega-do andalusí da fé a armadura mudéjar que cobre anave da igreja, uma das mais belas e antigas deGranada, bem como a pia da água bendita, umataça de uma fonte islâmica anterior.

O estilo gótico predominante é plasmado noseu tecto com artesões que recorda as abóbadaspendentes inglesas. O seu retábulo-mor está pro-fusamente decorado com pinturas e esculturas desantos, enquanto que no seu interior são expostaso b ras de artistas como Pedro de Mena ouBocanegra. Alberga o túmulo do escultor BernardoFrancisco de Mora.

Este monumento mudéjar mandado erigir no século XVI deve o seu nome ao dosseus proprietários, os mouriscos Lorenzo El Chapiz e Hernán López El Ferí. A cons-

trução, com uma decoração mui-to rica de estuques, é compostapor dois edifícios comunicadosentre si por um arco de estuque,sendo um reflexo fiel da fusão daarte islâmica e cristã. Lagos arti-f i c i a i s, galerias com arcadas,grandes colunas de mármore ebalaustrada renascentista, embe-lecem ainda mais esta Casa delChapiz que se supõe que na suaorigem fazia parte do palácioislâmico Dar al-Bayda, “la casablanca”. Desde 1932 é a sededa Escola de Estudos Árabes.

Casa do Chapiz2

O Salvador foi mandado erigirno terreno onde estava situada a anti-ga Mesquita Maior do Albaicín, daqual ainda se conserva o pátio dasabluções, bem como restos de colu-nas e um algibe muito profundo. Estajóia renascentista, cujo pórtico princi-pal foi traçado por Diego de Siloé,sofreu em 1936 um incêndio que adestruiu quase por completo sendonecessária a sua restauração, realiza-da no século XX.

O templo, que alberga tesouros tão valiosos como a pintura da Santa Ceia deBocanegra, a talha da imagem titular, de Pedro Duque de Cornejo, ou O Crucificado“Señor de la Sangre”, talha do século XVII, foi durante décadas uma das duas igrejas gra-nadinas com direito de asilo, sendo pendurados no seu claustro os sambenitos dos mou-riscos penitenciados pela Inquisição, expostos anteriormente na Catedral.

Igreja do Salvador5

Conhecida com o nome de Casa de Castri l p e l oS e n h o rio de Castril dos descendentes de Hern a n d ode Zafra, aos quais pertenceu a casa, é um dosmais belos palácios granadinos do Renascimento,hoje em dia sede do Museu Arq u e o l ó g i c o.O seu pórtico plateresco atribuído a Diego de Siloéconta com uma decoração muito bonita de relev o se colunas dóri c a s, na qual é possível admirar umareprodução da To rre de Comares. Às suas gra n d e sva randas decoradas com pilastras e veneras éimprescindível incluir o seu tecto mudéjar esplêndi-do enfeitado com artesões que cobre a escada quecomunica os diversos corpos do monumento. Op á t i o, constituído por arcos semicirculares sobreuma base de colunas de márm o r e, é o lugar idó-neo para passear.

Casa de Castril7

Construídos no século XI, são uns dos banhos islâmicos mais importantes que seconservam em Espanha e uma das obras mais antigas da Granada muçulmana, váriosséculos anterior à Alhambra.

Conhecidos com o nome de Banhos del Nogal no século XV e posteriormente dePalácios e da Porta de Guadix, na sua planta rectangular sobrepõem-se colunas e capi-téis romanos, algum que outro visigótico e do califado, para além de abóbadas decanhão com vitrais muito belos com o feitio de estrela. Conta com as dependênciashabituais: vestíbulo, sala de repouso, sala temperada, sala quente e sala de caldeiras.Restaurados no século XX, foram reconhecidos como Monumento Nacional.

El Bañuelo8

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Mosteiro de Santa Isabel la Real10

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Construído no século XV, no centro doAlbaicín, este palácio pertenceu à família realgranadina, sendo a última morada da mãe deBoabdil, a princesa Aixa, à qual faz alusão onome de Dar al-Horra.

A sua estrutura e decoração é a caracte-rística da arte nazarita, apresentando um alçado de duas plantas e com um torreãosituado na sua parte norte. Todo o edifício foi construído em redor de um pátio central,à volta do qual estão distribuídos os quartos, pórticos e uma pequena fonte cujas águasdesaguam num lago artificial, em baixo do qual está situado um grande algibe.

Possui uma beleza especial a decoração dos seus tectos planos de madeira comfiguras geométricas, os arcos de ferradura que levam até um miradouro esplêndido e acapela cristã que os Reis Católicos mandaram construir quando conquistaram Granada.

Palácio de Dar al-Horra11

Este pitoresco bairro granadino conservainumeráveis vestígios do recinto amura l h a d oque rodeou G ra n a d a. Muitos dos mesmos per-tencem ao período zirí, do século XI, e à alcáço-va antiga ou “cadima”. Apresentam gra n d e smuros de obra - d e - a rte de betão sólido reforçados com pedra e tijolo. Nestes restos encon-t ram-se também, numerosas torres e p o rt a s de acesso à cidade, como a de M o n a i t a, a delas Pe s a s ou o p o s t i go de San Lore n zo.

Muralhas do Albaicín12

Edificada sobre os cerros de Aynadamar,lugar muito apreciado pelos muçulmanos,cheio de jardins muito belos regados pelaságuas do Alfacar, a Cartuja começou a serconstruída em 1506 graças à ajuda de El GranCapitán, Gonzalo Fernández de Córdova. Serianecessário aguardar mais de três séculos paraque esta obra colossal fosse concluída, sendo,portanto, um reflexo fiel da mistura de estilosgótico, renascentista e, sobretudo, barroco.

O claustro, que dá acesso ao mosteiro,data do século XVII, a fachada de mármore cinzento com grandes colunas jónicas foiconstruída em 1794 por Joaquín Hermoso, enquanto que uma porta muito bela comvidros de Veneza separa o SanctaSanctorum do Altar-Mor, onde estásituado o sacrário actual o qualsubstituiu o antigo, arrebatadopelas tropas napoleónicas.

A S a c ristia de LaCartuja brilha com luz pró-pria, posto que está consi-d e rada uma das obra scimeiras de fins do barrocoespanhol. O seu rodapé é demármores de Lanjarón e o conjuntode gavetas são o fruto de 34 anos depaciência do lego cartuxo J. Manuel Vázquez.

No interior desse monumento emblemáti-co, reconhecido como Bem de Interesse Cultural, épossível admirar uma valiosa colecção de pinturas docartuxo Sánchez Cotán, bem como obras de Bocanegraou Carducho.

Mosteiro de la Cartuja14

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Legado patrimonial

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Actualmente sede da U n i v e rs i d a d e, estaimportante construção assistencial vinculada com osReis Católicos, que a fundaram a princípios do sécu-lo XVI para atender os feridos da Guerra deGranada, possui um estilo a cavalo entre o góticotardio e o renascentista. Este Monumento HistóricoArtístico erigido sobre a antiga alcáçova de Qadima, apresenta uma vasta planta qua-drada, com quatro pátios simétricos separados por uma grande cruz central, em cujo

centro está situado um altar para que os pacientes dispostosnas diversas naves pudessem ouvir a missa.

A sua fachada principal, com esculturas de Alonso deMena, apresenta quatrojanelas platerescas muitoornamentadas, albergandoo edifício no seu interiorobras artísticas de grande

interesse, como o con-junto de belas arma-

duras de madeira,p i n t u ras deBocanegra e os47 incunábulosou livros deminiaturas mui-to valiosos guar-

dados na sua Biblioteca.11

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Hospital Real13

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Legado patrimonial

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Benedito XV concedeu-lhe o título de Basílica em 1916 mediante bula papal a estetemplo que começou a ser erigido em 1737 e que não fo ram concluídas até 1759, pori n i c i a t i va do prior Alonso de Jesús e Ort ega e custeada com o dinheiro procedente daOrdem Hospitalar, para dar acolhimento aos restos do seu fundador, São João de Deus.

A Igreja barroca, de cruz latina, foi projectada e traçada como santuário por José deBada, mestre-mor das catedrais de Granada e Málaga, estando o seu interior orn a m e n-tado com muita riqueza com obras escultóricas e pictóricas como os frescos de Dieg o

Sánchez Sarabia. Com uma grande riqueza, tambémo retábulo da Capela-Mor, com o S a c r á ri o e a ima-gem da Imaculada presidindo-o.O pórt i c o, flanqueado por duas torres altas com cam-p a n á rio com sinos, foi concebido como um retábulo noqual podem ser admiradas as imagens de São João deD e u s, São Gabriel, São Rafael ou Santa Bárbara. Adestacar a capela ou aposento da Basílica, que ence-rra numerosos e belos relicári o s.

Basílica de San Juan de Dios15

A construção foi iniciada no ano1504, mas não foi acabada até décadasmais tarde, sob os auspícios da Duquesa deSessa, esposa do Gran Capitán, o qual seria ente-rrado aqui após a sua constru ç ã o, imperando o estilo renas-centista. A Igreja, de planta basilical, apresenta umaCapela-Mor muito bela, obra de Diego de Siloé, autor tam-bém do conjunto de cadeirões do coro. A destacar tambémo seu retábulo, que demorou mais de 25 anos em ser cons-t ru í d o. Num dos seus claustros, onde residiu a Impera t ri zIsabel, esposa de Carlos V, podem ser admirados elementosd e c o rativos mudéjares e góticos muito belos.

Obra cimeira do Renascimento espanhol, a Catedralda Anunciação, reconhecida Monumento Nacional eBem de Interesse Cultural, foi mandada erigir junto à

antiga Mesquita-Mor, começando a sua cons-trução, por ordem dos Reis Católicos, no iníciodo século XVI sob a direcção do MestreEnrique Egas. Anos mais tarde seria encarre-gado da obra Diego de Siloé, autor da deco-ração escultórica da Porta do Perdão, o pórti-co da Sacristia ou a Porta de São Jerónimo.A fachada principal real izada em estilob a rroco por Alonso Cano deixa num ex t r e m o

a magnífica torre do campanár i o. A C a p e l a -M o r, obra de Siloé, de planta circular e muito alta,

põe uma nota dourada na bra n c u ra do conjunto,contando a sua decoração com pinturas de Bocaneg ra

e José Risueño.Conta com cinco naves com um número igual de lanços prov i d o s

de capelas latera i s, sobressaindo em todo momento os seus gigantescospilares fo rmados por grandes colunas coríntias sobre as quais estão apoiadas

p i l a s t ras e muitos retábulos. A Imaculada de Alonso Cano que está na S a c ristia d aC a t e d ral, muito valiosa, é apenas um dos tesouros que este edifício alberga. No seumuseu podem ser admiradas muitas obras de ouri v e s a ria religiosa, como a custódia

o ferecida pela rainha Isabel a Católicap a ra a procissão do Corpus ou escultura sde Pedro de Mena.Num edifício anexo à Catedral estáCapela Real gótica, o lugar escolhido porF e rnando O Católico como panteão real .No altar-mor repousam os restos dosmonarcas nos belos sepulcros realizadospor Domenico Fa n c e l l i .

Diante da Capela Real da C a t e d ra l está situado este con-hecido Palácio tra n s fo rmado em Escola Muçulmana de LeiC o r â n i c a, fundada por Yusuf I em 1349. Com a conquista deG ranada pelos Reis Católicos foi destinada para Casa do Cabido.Do edifício muçulmano conserva o seu ora t ó ri o, que seria restau-rado no século XX, com o mihra b, vários conjuntos de estuquesd e c o rativos e uma cúpula de madeira coberta com laços dem a d e i ra talhada. A construção nazarita seria derrubada quase nasua totalidade no século XVIII, sendo edificado o monumento quepodemos admirar hoje em dia, com o seu pátio com arcadas, asua escada e uma fachada barroca com grandes va ra n d a s.

Palácio de la Madraza20

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Igreja de San Jerónimo16

Catedral17

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Esta antiga horta ou casa campes-tre de recreio nazarita do séculoXIII, que pertenceu à mãe deBoabdil está situada à beira da

v á r zea do Rio Genil, estando rode-ada nas suas origens de hort a smuito férteis e jardins. Diante da

t o rr e, com uma decoração muito rica no seu inte-rior estava situado um lago artificial ou tanque noqual eram organizados e celebrados jogos nava i s.Da construção actual, só a parte central é ori g i-nal, posto que os pavilhões laterais e o pórtico dee n t rada fo ram acrescentados no século XIX.Ainda é possível admirar restos dos estuques,bem como o tecto de madeira e os trabalhos emfo rma de laços.

Construído num lugar onde a tra-dição situa as masmorras para oscativos cristãos em tempos nazari-tas. Uma vez conquistada a cidade,passou a ser um convento de car-melitas no qual esteve alguns anoscomo prior San Juan de la Cruz.A sua fisionomia actual correspon-de ao século XIX e o seu interior éum alarde da imaginação orienta-lista da época. Os jardines, recon-hecidos como Monumento Na-cional, são uma mistura acertadade modelos franceses e ingleses,com fontes e reservatórios de águamuito belos.

Esta igreja tem a sua origem na Ermida dasSantas Úrsula e Susana, onde foi fundada uma Irmandade em 1545 pararender culto às Angústias de Nossa Senhora, um quadro ao óleo sobre madeiradoado por Isabel a Católica. A esta Irm a n d a d e, a qual pert e n c e ram Dom Juan de Áustri a

e Fernando VI, foi-lhe concedido pelo reiFelipe II em 1567 terrenos para erigir umHospital, junto ao qual o mestre Ort eg aedificou uma igreja barroca inaugura d ano século XVII.Possui uma fachada flanqueada porduas torres altas com campanário rema-tadas por telhas env i d raçadas e a deco-ração da capela da Vi rgem foi encomen-dada a artistas como Juan de Mena. Oseu interior alberga um belo retábulo-m o r, bem como pinturas e esculturas deg rande va l o r.

C o n s t ruída como “morabito”, lugar deoração dos muçulmanos, no século XIII, é o úni-co edifício deste tipo conservado em Granada.Diante da mesma teve lugar em 1492 o encon-tro entre os Reis Católicos e Boabdil, no qual esteúltimo entregou aos monarcas cristãos as chavesda cidade.

Um enorme arco de fe rra d u ra à entra d ac o nvida a conhecer o seu interi o r, de planta qua-d rada, coberto por uma cúpula esférica com o fe i-tio de uma estrela. Seria tra n s fo rmada em capelac ristã dedicada a San Fabián e San Sebastián.

Ermida de San Sebastián30

É a antiga Alhóndiga Gédida (Depósito dem e r c a d o rias), reconhecida como M o n u m e n t oA rquitectónico - Art í s t i c o, é o monumento mais anti-go do período andalusí e o único edifício deste tipoc o n s e rvado integ ramente em Espanha.

C o n s t ruído no século XIV, neste lago art i f i c i a le ram vendidas, compradas e arm a zenadas as mercadori a s. Destaca asua fachada monumental, o vestíbulo de entrada coberto poruma abóbada com trabalho de pedra em fo rma de laçose um pitoresco pátio no seu interi o r.

O seu nome actual é devido a queno século XVI porque noseu interior ficavam hos-pedados os mercadoresque traziam o carv ã op a ra a cidade, sendoutilizado posteri o rm e n-te como curral dec o m é d i a s. Foi restau-rado no século XXpor To rres Balbás.

Curral del Carbón21Nesta igreja gótica do século XVI, que fazia parte do Mosteiro de Santa Cruz la

Real, celebrava o Tribunal da Inquisição as suas festividades e nela receberam tambémsepultura durante séculos as famílias nobres granadinas.

O interior do templo é muito va s t o, com planta de cru zlatina e 5 capelas a cada lado, com elementos decora t i v o s

nos quais podem serapreciados os ares do

B a rr o c o. Os arcos,l evantados sobrecolunas estilizadas

ao gosto clássico,fo rmam uma loggia

estreita sobre a que seabre um terraço muito curi o s o

q u e, a modo de va randa, dá para ap raça do mesmo nome.

Igreja de Santo Domingo22

Legado patrimonial

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18Igreja de Nossa Sra. de las Angustias29

Carmen de los Mártires27

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Alcázar Genil31

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Cantinhos com encanto

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Se existe alguma palavra quepossa descrever este pitorescobairro de Granada é a de mis-tério. Misteriosas são as suasc a s a s - c ov a c a i a d a s, misturade cobre e cal, as suas vielasrepletas de jardins luares dep i t e i ras e figueira s - d a - i n d i a ,cravos e jasmim.Os ciganos, conforme contam as crónicas, chegaram com astropas cristãs dos Reis Católicos para as que trabalhavamcomo artesãos do metal, e assentaram-se neste bairro. A sua

arte misturou-se com a influência mourisca e, deste modo, nasceu o flamenco e a zam-bra, expressão artística genuína da cidade da Alhambra.

Arte, porém cultura e património também, da qual é expressão máxima doSacromonte a sua Abadia, fundada pelo arcebispo D. Pedro de Castro no século XVII.Esta Abadia conserva obras dos artistas mais importantes que trabalharam na cidadedesde o século XVII: Alonso Cano, Sánchez Cotán, Raxis ou Bocanegra.

Sacromonte3

Pa t rimónio da Humanidade é o bairro com mais sabor deG ranada, do qual é possível ex t rair a essência da cidade, um

r e f l exo fiel da herança cultural andalusí. Oaroma da flor de lara n j e i ra acompanha opasseante até o M i ra d o u ro de SanN i c o l á s, donde é possível contemplarumas vistas magníficas da AL H A M B R A ( 1 ) .Entre algibes (depósitos de água subterr â-

neos), vielas estrei-tas e jardins ex u b e-rantes estão os típi-cos “ c á r m e n e s ”, avivenda mais repre-s e n t a t i va deste bai-rr o, possivelmente com uma ori g e mmuçulmana, dimensões reduzidas e rode-ada de hortas e jardins orientados para aAL H A M B R A (1). São o resultado do despo-voamento dos bairros muçulmanos após aconquista cristã, com o conseguinte ex c e s-so de espaço. É uma tipologia que preten-de recrear no coração da cidade velhaespaços similares às hortas ou casas del a v o u ra muçulmanas.

Arrabalde judeu da Granada muçulmanadenominado Garnata al-Yahud, o bairrodo Realejo tem sido objecto de uma gran-de transformação desde essa época. Dassuas muralhas e portas, entre as que seencontravam as famosas de al Fajjarín ede Neched, dos Alfareros (oleiros) e dosMolinos (moinhos), já não ficam restos edo antigo traçado labiríntico, típico do

urbanismo muçulmano permanece apenas o das partes mais altas do bairro.Na actualidade, destaca no mesmo a preponderância das suas zonas planas

face às que estão situadas na ladeira da colina do Mauror, a que desce de TorresBermejas e que em 1410 albergou os habitantes de Antequera, pelo qual recebe onome de Antequeruela. Presentemente, podemos encontrar aqui alguns dos monu-mentos mais relevantes da cidade granadina.

O Centro Cultural Manuel de Falla oferecedurante todo o ano para os que gostam muitoda boa música e da arte, em geral, uma progra-mação própria de concertos e exposições.

Neste centro estão os escri t ó rios daOrquestra Cidade de Granada que organizaciclos de concertos que terão como cenário privi-legiado o magnífico Auditório Manuel de Falla.

Completam este centro o Arquivo que temtambém o nome do génio musical granadino e asua Casa Museu.

Centro Cultural Manuel de Falla26

Uma recreação fiel do primitivo mercadoonde se concentrava a actividade comercial daGranada muçulmana, e que teve os seus anosde esplendor durante a última época do reinonazarita. A fama adquirida foi devida à quali-

dade extraordinária da seda, especialidade principaldo comércio granadino.Tradicionalmente estes bazares estavam situados nocentro da cidade, com umas hospedarias onde oscomerciantes podiam ter acomodação e com umasportas em todas as entradas que eram fechadas à noi-te para evitar as pilhagens. Em fins do século XIX tevelugar um incêndio numa das lojas o eram fabricadosfósforos na rua Mesones e todo o bazar original ficoureduzido a cinzas.Reconstruído nos nossos dias, muito perto das ruasOfícios e Zacatín, alberga um sem-número de lojas,joalharias e ourivesarias nas quais é possível encontrardiversas amostras do artesanato granadino: cerâmica,prata, cestaria e marchetaria (diversos tipos de madei-ra com incrustações de osso e nácar).

Alcaicería18

Albaicín6

Realejo23

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Os inu m e r á veis cafés aoar livre onde poder desfru t a rda cozinha típica da cidade, oambiente cosmopolita e o seuaspecto alegre anunciam achegada ao conhecido comoPaseo de los Tr i s t e s, que erao caminho utilizado parasubir até o cemitéri o. Antigopasseio da Po rta de Guadixtem sido historicamente dos maisc o n c o rridos de Granada, tendosido construída no mesmo, noséculo XVII, a Casa das Chirimías,uma espécie de torre destinada aa l b e rgar os músicos que animav a mas celebrações na pra ç a .

A presença da CASA DOCHAPIZ (2) (pág. 12) sitia o via-jante na parte mais alta doAlbaicín, na qual também estãosituados edifícios muito interes-santes como a IG R E J A D OSALVADOR (5) (pág. 12) ou oConvento das Tomasas.

A vida palpita ao che-gar à Praça Larga, que tra zà memória a antiga Medinamuçulmana, cultura quedeixou no A l b a i c í n e xe m-plos muito ricos da suapresença. De facto, os res-tos das MU R A L H A S ( 1 2 )( p á g . 1 5 ) que estão situa-dos neste bairr o, e quep e r t e n c e ram à Alcáçov aCadima, são os mais anti-gos de toda a cidade,

como são também as suas por-tas, tão emblemáticas e pitores-cas como o A rco das Pe s a s ou aPo rta de Monaita.

Descendendo por estesmuros de pedra cheios de histó-ria encontramos o PALÁCIO DE

DA R A L- HO R R A ( 1 1 )(pág. 15), que confina como MOSTEIRO DE SANTAIS A B E L L A RE A L ( 1 0 )( p á g . 1 3 ) e a I g re j a ePraceta de San MiguelBajo . A Porta de Elvira,passagem obrigatória até ob a i rro dos “cárm e n e s ” ,situa novamente o visitantena parte mais baixa destazona tão bela de Granada,onde se pode optar por

continuar a visita até o pitorescob a i rro do SAC RO M O N T E ( 3 )(pág. 20) ou bem por admirar oHOSPITAL REAL (13) (pág. 15) eo MOSTEIRO DE LA CARTUJA(14) (pág. 14).

Ruelas estreitas cheias de encanto,jardins repletos de laranjeiras emflor, casas caiadas que transladamos viajantes até tempos passados,com todo o sabor andalusí. Entrarno bairro do Albaicín significamergulhar no coração de Grana-da, captar a sua essência e poderadmirar tradições ancestraislegadas pelos seus antigo smoradores.

A Plaza Nueva, imortalizada pordesenhador genial que ilustrou a obraContos da Alhambra, continua a ser

hoje em dia o centro neurál-gico da vida granadina. Pertoda mesma estão situadas aReal Chancillería, exemplodo repert ó rio decora t i voclassicista, e a I g reja deSanta Ana, obra mestra doestilo mudéjar.Desde a Carrera do Darro,um dos lugares escolhidos

pelos artistas para imortalizar a cidade,podem ser divisadas as ruínas da pon-te do Cadí, outrora nexo de uniãoentre o AL B A I C Í N (6 ) ( p á g . 2 0 ) e aAL H A M B R A ( 1 ) ( p á g . 1 0 ). Um passeiopela beirinha do rio irá levar até

m o numentos de com uma gra n d evalor como a CA S A D E CA S T R I L ( 7 )(pág. 12), os banhos árabes de ELBA Ñ U E L O ( 8 ) (pág. 13), o C o nve n t ode Santa Catalina de Zafra ou a I g re j ade San Pe d ro e San P a b l o.

O Albaicín, essência mourisca

Se perder-se pelas vie-las do Albaicín é a formamais idónea para conhecer

este bairro, também é muitorecomendável desfrutar dasvistas que oferecem osnumerosos miradouros situa-dos nesta zona. E que pode-mos dizer do Miradouro deSan Nicolás, com aALHAMBRA E O GENERALIFEaos seus pés 1 (pág. 10-11),do mesmo modo que o daCruz de Rauda, ou da Lona,donde divisar as cúpulas etorres das igrejas mais belasda cidade. Em San Cristóbala várzea, Serra Nevada e asmuralhas muçulmanas fun-dem-se numa única imagemdifícil de esquecer.

Dos 28 algibes que se conservam daGranada islâmica, que se abasteciam daAcéquia de Aynadamar, 23 estão nobairro do Albaicín. Alguns deles, como odo Peso de la Harina ou o da Praça doAbad, continuam em uso.

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A roçar o céu

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A Alhambra desde o Passeio dos Tristes

Carrera del Darro

Santa Catalina

Passeios por Granada

Page 13: Coração da Andaluzia Modo de chegar...Coração da Andaluzia No sopé da Serra Nevada e muito perto do Mediterrâneo está situada Granada, no coração da Andaluzia, uma terra de

As inumeráveis alternativas,quer de lazer quer culturaisque oferece o Centro deGranada, dominado pela suaCatedral colossal, fazemdesta zona da cidade emobjecto de desejo dosnu m e rosos visitantes quecada ano a visitam. Desdedesfrutar das cálidas tempe-raturas primaveris até des-cansar nas suas praçascheias de vida ou optar porvisitar monumentos comum grande valor artístico;tudo isto e muito mais aoalcance da mão.

A Gran Vía deixa àsua direita ALBAICÍN (6)(pág. 20) e introduz o visi-tante numa rede de ruasestreitas e praças nasquais estão situados edifí-cios muito belos. ABASÍLICA DE SAN JUANDE DIOS (15) (pág. 16)situada ao pé do queoutrora foi denominado obairro da Duquesa, em referên-cia à mulher do Gran Capitán,que mandou construir o MOS-TEIRO DE SAN JERÓNIMO (16)(pág. 16) ) como sepultura deseu marido tão valente.

As Praças da Trinidad e dosLobos, que deve o seu nome à

lenda capitolina, constituem doiscantinhos muito especiais deGranada, espaços situados mui-to perto do que foi no século

XVII o núcleo de intervenção daCompanhia de Jesus, que quiscriar um eixo viário e visualcristão no meio do labirinto dacidade muçulmana. Com essefim mandou construir, nos arre-dores do Jardim Botânico, aColegiada dos Santos Justo e

O Centro, a herança cristã

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P a s t o r, junto da Praça daUniversidade, onde está situadaa Faculdade de Direito.

A rua de San Jerónimo levaaté à porta da CATEDRAL (17)(pág. 17), contigua com oPalácio Episcopal e a CapelaR e a l, escolhida pelos ReisCatólicos para ser a sua últimamorada, o que dá uma ideia dopapel tão importante queG r a n a d a e s t ava destinada adesempenhar na construção donovo reino cristão.

Após desfrutar da imagemtão espectacular da Catedral,nada melhor que se misturarcom o bulício do ir e vir da gen-

te na ALCAICERÍA (18) (pág.21), recreação fiel do pujantemercado da seda nazari t a .Também pode optar por ir até àPraça de Bib-Rambla que está

muito perto, uma antiga expla-nada amuralhada que foi sendoaberta e enchendo de flores,convertendo-se num importan-te núcleo de convivência.

O percurso pelo centro his-tórico de Granada continua atéo PALÁCIO DA MADRAZA (20)(pág. 16) ), e a Praça de Isabel aC a t ó l i c a, para acabar noCO R R A L D E L CA R B Ó N ( 2 1 )(pág. 18), no bairro antigo deSan Matías, descansando do pas-seio na pequena praceta queenfeita a fachada do Palácio deAbrantes.

O Centro, salpicado de templos e edi-fícios civis majestosos, deve a sua monu-mentalidade aos Reis Católicos e ao seusucessor, Carlos V, os quais fizeram daGranada cristã toda uma cidade imperial.

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Fachada da Capela Real

Interior Capela Real

Praça Isabel a Católica

Bib-Rambla

Fonte do Triunfo e Hospital Real

Palácio Arcebispal

Passeios por Granada

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El Realejo, mestiçagem de culturas Parque das Ciências

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A que fora outrora o bairrojudeu da cidade muçulmanade Granada viu como a pas-sagem dos séculos tem idotransformando a sua fisiono-mia. Ficam poucos vestígios,salvo as partes mais altas dobairro, do traçado labirínticodas suas ruas, apesar de tersabido conservar a seduçãode uma forma de vida quenos sala, sobre t u d o, dasrelações humanas e a con-vivência.

As encostas íngre-mes do R e a l e j o a c o n-selham que a sua visitacomece pela parte maisalta do bairr o, ondeestão situados oCA R M E N D E L O SMÁ RT I R E S ( 2 7 ) ( p á g .1 9 ) e, à sua direita, oA u d i t ó rio Manuel deFalla e a CA S A MU S E U( 2 5 ) onde morou o genial músicog a d i t a n o. O percurso cultural tem,p a ra além disto, neste bairro duasvisitas obri g a t ó rias: a FU N DA Ç Ã ORO D R Í G U E Z AC O S TA ( 2 4 ) e oInstituto Gómez More n o.

As imponentes To rre sB e r m e j a s m o s t ram o seu perfi lentre os belos cármenes e pátioscaiados que vão dar pela ladeiraaté o b a i rro da Antequeruela.Pe rto da parte mais plana estásituado o antigo lavadeiro da p r a-ceta da Puerta del Sol, perto do

Parque das Ciências

Passeios por Granada Passeios por Granadanúcleo do Realejo, o Campo doP r í n c i p e, lugar escolhido para ocasamento do príncipe Juan.

Esta grande praça reúne mu i-tos bares, restaurantes e tabern a sinteressantes para o visitante, quepoderá fazer um descanso antesde continuar com um passeio queirá levá-lo até os edifícios religio-sos situados neste bairr o :C o nvento das Comendadoras deS a n t i a go, C o nvento de SantaC a t a l i n a, IG R E J A D E SA N TODO M I N G O ( 2 2 ) (pág. 19) ou a

I g reja de San Cecilio, diante daqual está o famoso Cristo dosF avo re s.

Os antigos currais de mora-dores, hoje em dia reconstru í d o s ,fundem-se com os palácios urba-nos senhoriais como a Casa dosT i ro s. Por último, se quiser atra-vessar o Genil, poderá admirar aER M I DA D E SA N SE B A S T I Á N( 3 0 ) (pág. 18), el AL C Á Z A RGE N I L ( 3 1 ) (Pág. 19) ou oPA R Q U E DA S CI Ê N C I A S ( 3 2 ).

Os sentidos são os gra n d e sprotagonistas da Sala Pe rc e p-ç ã o, um mundo cheio deilusões geométricas, lentes,espelhos e jogos de luzes capa-zes de enganar até os olhosmais observadores.

A Sala Explora a s s e g u ra ad i ve rsão dos mais pequenos,c rianças entre 3 e 7 anos, estan-do representado, pela sua par-t e, o unive rso da Física na S a l aE u re k a.

Rua do Realejo

Interior do parque

A ciência ao alcance detodos, o seu conhecimento maisaprofundo e a participação dosvisitantes. Estes são os princípiosbásicos do PARQUE DAS CIÊNCIASDE GRANADA (32). Com este fim,este grande mundo científi c ocriou salas de exposições inte-ractivas e com temáticas distin-tas para satisfazer os gostos detodos os públicos, oferecendouns serviços de qualidade.

Biosfera, que é o nome deuma Sala, é a área central doParque das Ciências, estruturadaa partir da base de uma linhaargumental básica: a vida no nos-so planeta. Oferece a oportuni-

dade de admirar o trabalho dasfo rmigas agri c u l t o ras, a cons-trução de uma colmeia ou viverem directo, apesar de um modosimulado, os temores de terraproduzidos por um terramoto.

O Planetário, uma cúpulade 10 metros de diâmetro,propõe uma viagem emocionan-te através das estrelas.

Projectores especiais per-mitem acompanhar a trajectóriados planetas e assistir a espectá-culos que acontecem mu i t oraras vezes, como os eclipsesdo Sol e da Lua ou a apareci-mento dos cometas.

Sala do parque

Lago artificial no Carmen de los Mártires

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Granada cultural

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A cidade de Granada é umponto de encontro para osque gostam da cultura. Osseus museus, teatros e umcalendário de festivais quese prolonga durante todo oa n o, configuram uma daso fe rtas mais completas detodo o país.

E ventos como o Fe s t i v a lInternacional de Música e Dança,c e l e b rado nos cantinhos maisbelos da cidade, o de Tango, Jazze o de Cinema de Jove n sRealizadores transformou-se empontos de encontro imprescindí-veis para muitos.

Trata-se também de umaoferta não circunscrita àcapital posto que fazemparte activa da mesma aslocalidades da comarca.Sem esquecer o flamen-co, senha de identidadede Granada, que podeser desfrutado nas Covasdo Sacro m o n t e, ondesão dançadas as popula-res “zambras” ciganas.

Pa ra além da suae n o rme riqueza patri m o-nial, a cidade da Alhambra alberg auma grande quantidade demuseus que tratam os temas maisd i ve rsos. O Museu das BelasA rt e s e o Museu da Alhambra,ambos no Palácio de Carlos V, oMuseu Arq u e o l ó g i c o, o M u s e udos Reis Católicos... e o P a rq u e

das Ciências,museu inte-ra c t i vo e Pla-n e t á rio ondequer os adul-tos quer osmais pequenospoderão desco-b rir o mu n d oapaixonante daCiência e oU n i ve rs o.

A terra queviu nascer aF e d e rico García Lorca possuimuitos teatros e diversas povo-ações, nos quais são celebradose ventos como a Semana doTeatro Musical, em Granada.

No Auditório Manuel deF a l l a, a Orquestra Cidade deGranada, uma das mais prestigia-das de Espanha, conta com adep-tos fiéis que estão sempre pre-sentes em todas as suasactuações.

Companhia Andaluza de Dança

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Festival de música no Generalife

MUSEUSGRANADACARMEN MUSEO MAX MOREAUC a rmen de los Geranios. Camino Nuevo San Nicolás, 12Y 958293310CASA MARIANA PINEDAÁguila, 19 Y 958262961-262838

CASA-MUSEO DE ÁNGEL BARRIOSReal de la Alhambra Y 958027900

CASA-MUSEO FEDERICO GARCÍA LORCA(HUERTA DE SAN VICENTE)V i rgen Blanca, s/n Y 958258466 www. h u e rt a d e s a nv i c e n t e. c o m

CASA MUSEO MANUEL DE FALLAAntequeruela Alta Y 958222188www.museomanueldefalla.com

CENTRO DE ARTE CONTEMPORÁNEO JOSÉ GUERREROOficios, 8 Y 958225185 www.centroguerrero.org

MUSEO ARQUEOLÓGICO Y ETNOGRÁFICOCasa de Castril. Carrera del Darro, 41 Y 958575408

MUSEO CASA DE LOS TIROS Pavaneras, 19 Y 958575466

MUSEO CUEVAS DEL SACROMONTEBarranco de los Negros, s/n Y 958215120www.sacromontegranada.com

MUSEO DE BELLAS ARTESPalacio de Carlos V Y 958575450

MUSEO DE LA ALHAMBRAPalacio de Carlos V Y 958027900

MUSEO DE LA CATEDRALGran Vía, 4 Y 958222959

MUSEO GÓMEZ MORENO-FUNDACIÓN RODRÍGUEZACOSTA Callejón Niño del Royo, 8 Y 9 5 8 2 2 7 4 9 7www.fundacionrodriguezacosta.com

MUSEO REYES CATÓLICOS Capilla Real. Oficios, 3 Y 958229239www.capillarealgranada.com

MUSEO DEL SACROMONTEAbadía del Sacromonte, 1Y 958221445

MUSEO DE SAN JUAN DE DIOS Casa de los Pisa Convalecencia, 1Y 958222144 / www.sanjuandedios-oh.es

PARQUE DE LAS CIENCIASAvda. del Mediterráneo, s/nY 958131900 / www. p a r q u e c i e n c i a s . c o m

ATARFEMUSEO DE CIENCIAS NATURALESErmita de los Tres Juanes. Parque de Sierra Elvira Y 958439008

MUSEO “EL ARCA DE LOS TIEMPOS”Parque Ramón Gardón Y 958439008

FUENTE VAQUEROSMUSEO CASA NATAL FEDERICO GARCÍA LORCAPoeta Federico García Lorca, 4 Y 958516453

VALDERRUBIO

CASA FEDERICO GARCÍA LORCAIglesias, 20 Y 958454466

VÍZNAR

EL MOLINO DE LA VENTA Y 958543304

TEATROSGRANADA

TEATRO ALHAMBRAMolinos, 56 Y y Fax: 958028000 Fax: 958226462

TEATRO ISABEL LA CATÓLICAAcera del Casino, s/n Y 958222907 Fax: 958229344

TEATRO JOSÉ TAMAYOC t ra. de Málaga, 100 (Antiguo Mercachana)Y 958028000

TEATRO MUNICIPAL ZAIDÍNCentro Cívico, Pintor Manuel Maldonado Y 958130985

ALFACAR

TEATRO MUNICIPAL DE ALFACARAvda. Fco. García Lorca, s/n Y 958543582

ARMILLA

TEATRO MUNICIPAL DE ARMILLANardos, s/n Y 958573141

FUENTE VAQUEROSTEATRO FEDERICO GARCÍA LORCAManuel de Falla, 2 Y 958516860

AUDITÓRIOSGRANADA

AUDITORIO MANUEL DE FALLAPaseo de los Mártires, s/n Y 958222188 Fax: 958228289 / [email protected]

ATARFE

CENTRO CULTURAL MEDINA ELVIRAAvda. Diputación Y 958436011 / 958438418

AC T I V I DADES CULT U R A I SGRANADACINE CLUB UNIVERSITARIO / AULA DE CINE Y 958243484

CIRCUITOS PROVINCIALES DE CINEY 958247373

PATRIMONIO FLAMENCO INVIERNO-PRIMAV E R A - Todo o año

CICLO DE MÚSICA Y POESÍA - Fevereiro

DÍA MUNDIAL DEL TEATRO - Março

FESTIVAL INTERNACIONAL DEL CÓMICMarço / www.e-veleta.com

FESTIVAL INTERNACIONAL DE TANGOMarço / Pintor López Mezquita, 3Y y Fax: 958272233 / 958294219 www.eltango.com

FESTIVAL JUVENIL EUROPEO DE TEATRO GRECOLATI-NO DE ANDALUCÍA - Abril

FESTIVAL INTERNACIONAL DE JÓVENES REALIZADORESAbril / Varela, 14-Bajo Y 958224963-958224909www.filmfestgranada.com

CERTAMEN DE TEATRO “MARIANA PINEDA” - Maio

FERIA PROVINCIAL DEL LIBRO - Maio

FESTIVAL INTERNACIONAL DE MUSICA Y DANZAJunho-julho / Cárcel Bajas, 19-3ºY 958276200 Fax: 958286868 www.granadafestival.org

LOS VERANOS DEL CORRAL - Julho, agosto y setembro

FESTIVAL DE ROCK DEL ZAIDÍN - Setembro

FESTIVAL DE FLAMENCO DEL ALBAYCÍN - Setembro

FERIA DEL LIBRO ANTIGUO Y DE OCA S I Ó N - Outubro

FESTIVAL INTERNACIONAL DE JAZZ - N ovembro Y 958215980 Fax: 958215982 www.jazzgranada.net

FESTIVAL INTERNACIONAL DE MAGIA “HOCUSPOCUS” - Novembro www.hocuspocusfestival.com

ENCUENTROS FLAMENCOS FESTIVAL DE OTOÑO DE GRANADA - Dezembro Y 958229344

PREMIO DE POESÍA CIUDAD DE GRANADA “FEDERICOGARCÍA LORCA” - Dezembro

ARMILLA

FESTIVAL DE TEATRO AFICIONADO DE ARMILLA - Data variável

CHAUCHINA

CERTAMEN INTERNACIONAL DE BANDAS DE MÚSICA DE ANDALUCÍAJ u l h o Y 958455120 [email protected]

PELIGROS

FESTIVAL DE LA COPLA - Maio

FESTIVAL INTERNACIONAL DE FOLCLORE VILLA DEPELIGROS - Julho

PINOS PUENTE

MUESTRA DE TEATRO CIUDAD DE PINOS PUENTE - Novembro

SANTA FE

CAPITULACIONES DE SANTA FEAbril Y 958247372

FESTIVAL DE TEATRO DEL HUMORMaio Y 958440606 / 958247371

VALDERRUBIOFESTIVAL FLAMENCO EN CASA MUSEO VALDERRUBIO - Julho

CUPÃO TURÍSTICO: Proporciona facilidades e descontos paravisitar monumentos, museus e lugares da cidade

Y 902 100 095 • www.cajagranada.es • www.turgranada.es

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Em torno a Granada

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Junto à Capital efazendo parte dacomarca de Granada,encontramos umrosário de povo-ações unidas pela suahistoria com a cidadeda Alhambra, com aqual partilham, tam-bém, a sua riquezapatrimonial.

O percurso pela fér-til Vega de G r a n a d a l e v ao visitante até pequenaslocalidades com umag rande tradição históri a ,como Santa Fe, fundadaem 1491 como quart e l -g e ral das tropas dos ReisCatólicos, um enclavedesde o qual seria lança-do o último ataque sobre o reino nazari t a .C o n s e rvam-se ainda nesta povoação asquatro p o rt a s da antiga cidadela: deG ranada, de Loja, de Sevilha e de Jaén.

Os matizes verdes das faixas de chou-pais e as hortas muito cuidadas que cara c-t e rizam os arredores de povoações comoC h a u c h i n a, Fuente Va q u e ro s ou C i j u e l a,onde contam as lendas que, Alhamar, fun-dador do reino deG r a n a d a, diri g i udesde aqui a recu-p e ração dos siste-mas de rega e osseus canais.

Os ve s t í g i o sarqueológicos mu i-to import a n t e sque datam da épo-ca pré-histórica atéo período mu ç u l-mano são o nexode união de locali-dades como Ve g a sdel Genil, C ú l l a rVe g a ou C h u rr i a n ade la Ve g a, ondeexistem ve s t í g i o sde uma antiga

c o n s t rução na Praça de la Constitución, na qual, diz a tra d i ç ã o, o lugaronde foi pactuada a rendição entre Boabdil e os emissários dos ReisCatólicos. Uma villa da época romana, com restos de banhos e cri p t a s ,a nuncia a entrada em Las Gabias.

A sudoeste da capital granadina, apenas a 16 km., está situada L aM a l a h á, nome proveniente doá rabe a l - M a l a h a, que signifi c a“Casa do Sal”. As suas salinasfo ram entregues pelos ReisCatólicos a El Zagal, e, hojeem dia as águas medicinais doseu b a l n e á r i o são um dos

seus atra c t i vos turísticos mais import a n t e s .Uma das vistas mais espectaculares de

G r a n a d a e da sua Vega (várzea) podeser contemplada desde o promontóri oonde está situada O t u r a. Não longe davilla está situado o lugar conhecido como nome “ S u s p i ro do Mouro ”, lugaronde o rei destronado Boabdil se des-pediu chorando do seu querido reino.A l h e n d í n e A r m i l l a, terri t ó rios povo a-dos desde a Antiguidade encerram op e r c u rso por este rico ve rgel gra n a d i n o

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Seguindo os passos deGarcía Lorca

Um dos poetas mais uni-v e rsais do nosso país, Fe d e ri c oGarcía Lorca, nasceu a 5 deJunho de 1898 em plenaVega granadina, numa peque-na casa de Fuente Va q u e ro s,que alberga a C a s a - M u s e uonde se conservam fo t o g ra-f i a s, documentos, cartas e pri-m e i ras edições do artista.

O autor do “R o m a n c e r oG i t a n o ” e de “Poeta enNueva Yo rk ” p a s s a ria osseus primeiros anos entre aCasa de Va l d e r r u b i o que pos-suía o seu pai e a H u e rta deSan Vicente, residência estiva lda família García Lorca, hojet ra n s fo rmada também emC a s a - M u s e u .

Em Alfacar está situadoum parque baptizado com oseu nome, onde parece serque estão sepultados os res-tos do poeta, ao pé de umaoliveira e sob um monólito.Foi inaugurado em 1986,ano do cinquentenário dasua morte, e está dedicado“à memória de Federi c oGarcía Lorca e de todas asvítimas da Guerra Civil”. Estásituado no B a r ranco deVíznar, onde Lorca foi fuzila-do na madrugada de 19 deAgosto de 1936.

Contam as crónicas que na ponte dePinos Ponte foi alcançado CristóvãoColombo por um emissário de Isabel aCatólica quando, interrompidas as neg o-ciações sobre a sua proposta transatlântica,a b a n d o n ava o assédio de Granada.

Igreja em Armilla Torreão árabe em Las Gabias

Santa Fe

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Em torno a Granada

e oferecem aos turistas luga-res de interesse como a i g re-ja de Nossa Senhora de laC o n c e p c i ó n, do século XVI,ou o j a z i go do Cortijo delos Huert o s.

Em torno às margens dorio Genil estão situadas loca-lidades como M a r a c e n a o u

A l b o l o t e, na qual destacao grande património art í s t i-co que alberga a i g reja dela Encarnación del hijo deDios e Anunciación deNuestra Señora.Os restos encontrados emA t a r fe a p r oximam os visi-tantes à antiga I l i b e ri s.Desde a antiguidade quesão muito conhecidas asp r o p riedades medicinais

dos Banhos de Sierra Elvira, das suas águas sulfatadas que brotam dasfontes termais subterr â n e a s .

Da importância histórica num passado remotodo âmbito terri t o rial ocupado hoje por P i n o sP u e n t e, falam-nos os restos da cidade romana deI l l u r c o, no C e rro de los Príncipes, as povoações ibe-ro-romanas em C e rro de las Agujetas e C e rro delos Infantes ou a villa tardorromana do C o rtijo deD a r a n go l e j a.

Nos arredores da Barragem de Cubillas estãosituados Pe l i g ro s, C a l i c a s a s e G ü ev é j a r. Esta últimasofreu em 1755 um tremor de terra muito fo rt eque destruiu por completo as suas casas e outroa b a l o, no Natal de 1884, conhecido como oTe rramoto da Andaluzia, obrigou a mudar o lugar

onde estava situada a aldeia pelo queocupa hoje em dia. P u l i a n a s e Ju n, queconstituem presentemente as zo n a sresidenciais da própria capital gra n a d i n a ,o ferecem aos turista um art e s a n a t omuito rico do barro e da cerâmica.Nas belas paisagens do P a rque Naturalda Serra de Huétor, constituídas porum conjunto de serras onde encontra-mos alternadamente barrancos profun-dos, frestas e regatos, estão situadas umg rupo de localidades que desfruta davantagem desta envo l vente pri v i l e g i a d ae, também, da sua situação muito pró-xima da cidade de G r a n a d a.

Em C o gollos Ve g a destaca aigreja paroquial do século XVIIque guarda no seu interior umaimagem da Puríssima atri buída aAlonso Cano, bem como os res-tos conservados dos seus B a n h o sá r a b e s. Entretanto, em N í v a r, ata-laia ára b e, sobressaem a Praça daIgreja e, na rua de Los Pretiles, oBalcón de Nívar, lugar onde fo iassinada a trégua entre Abe-namar e Juan II. Possui, também, oj a z i go de “Peña de Bart o l o ”,

com um valor arqueológico muito gra n d e.Em V í z n a r c o n s e rv a - s e, como parte do seu património arquitectóni-

c o, o Palácio de “El Cuzco”, constru í d ono ano 1800, onde permaneceu presoo genial poeta granadino Federi c oGarcía Lorca até ser assassinado.

Huétor Santillán alia o seu nomecom tradições árabes e cristãs. É pro-v á vel que H u é t o r d e ri ve do ára b ewa d i que significa ri o, enquanto queS a n t i l l á n é um apelativoque procede da conquistac ristã, quando a povo a ç ã otoma como padroeiro SanIllán. Também as refe r ê n-cias documentais mais anti-gas falam de Beas deG r a n a d a, situando-a nacalçada romana nadirecção de A c c i (G u a d i x) ,sendo esta a origem donome de Ve a s (ou Via).

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O arquitecto Diego de Siloé deixou ves-tígios da sua obra na povoação de Alfacar,que goza de uma fama merecida devido àelaboração de um pão magnífico, memóriada tradição mourisca, sendo esta localidadeconhecida como “a padaria de Granada”.

Alhendín

Albolote

Panorâmica de Alfacar Palácio de “El Cuzco” em Víznar

Víznar

Nívar

Cogollos Vega

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Uma província monumental

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O rico património que possui a pro-víncia de Granada dá uma ideia daimportância histórica e cultural doúltimo reduto de Al-Andalus.Apresentamos umas pequenas pince-ladas dos monumentos e jazigo sa rqueológicos da província, postoque o Patronato Provincial deTurismo dispõe de guias específicasdas comarcas granadinas nas quais épossível encontrar informação detal-hada de cada uma delas.

A comarca da COSTA TROPICALfoi durante séculos a porta de entradade culturas e civilizações que escolhe-ram este território para estabelecer-se edesenvolver as suas tradições e formasde vida. Da época pré-histórica Albuñolconserva importantes restos neolíticosna Cueva de los Murciélagos.

Os fenícios e romanos chegariamtambém em breve à costa granadinadesenvolvendo uma economia muitopróspera, baseada, essencialmente, nocomércio e troca de mercadorias. Umapujança económica que ficariam reflecti-

da nas construções desta época conser-vados ainda hoje em dia em Almuñécar:a necrópole fenícia de Puente de Noy, anecrópole púnica Laurita, um aquedutoromano, uma fábrica romana de peixesalgado, a Cova de los Siete Palacios eC o l u m b á rios, também da etapa doImpério.

As localidades do PONIENTE GRA-NADINO são ricas em restos arqueológi-cos, destacando oJazigo da Peña de losG i t a n o s em M o n t e-frío, com vestígios deenterramentos megalí-ticos, e os jazigos edólmenes de S i e rr aMartilla, em Loja.

Esta comarca foi azona fronteiriça entreo reino nazarita deGranada e os terr itó-rios cristãos, um factoque propiciou a proliferação dos caste-los e fortalezas. Da época muçulmanapodemos encontrar em Alhama deGranada uns banhos e termas que seencontram no interior do balneário dalocalidade.

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Na fábrica de peixe salgado El Majuelo,em Almuñécar, durante a época romana erafabricado o apreciado “garum” (espécie depatê elaborado com vísceras de peixe) queera ex p o rtado para todo o Império.

Com a chegada dosmuçulmanos a província deGranada as cidades seriamfortificadas e seriam erigidasAlcáçovas e castelos frontei-riços impressionantes.

A Costa Tro p i c a la l c a n ç a ria o seu máximoe s p l e n d o r, desenv o l v e n d oc o n s t ruções defe n s i va scomo o Castelo de SanM i g u e l, em A l mu ñ é c a r, quet e ria sido reconstruído naépoca cristã, o Castelo deS a l o b re ñ a, no qual destacaa To r re de Menage m ou ado Castell de Fe r ro.

Fábrica de peixe salgadoe Castelo em Almuñécar

Penha de los Gitanos, Montefrío

Castelo de Salobreña

Alhama de GranadaO castelo árabe de

Alhama de Granada, os res-tos do Castelo de Íllora, orecinto da Alcáçova de Loja,originário de época Omeya,ou os castelos de Moclín eMontefrío, ambos reconheci-dos como MonumentosN a c i o n a i s, são o melhorexemplo do passado muçul-mano nas terras do PonienteGranadino.

Castelo de Montefrío

Panorâmica e Castelo de Moclín

Castelos e Alcáçovas:O legado do Islão

Page 19: Coração da Andaluzia Modo de chegar...Coração da Andaluzia No sopé da Serra Nevada e muito perto do Mediterrâneo está situada Granada, no coração da Andaluzia, uma terra de

Em B a z a - H u é s c a r: ElA l t i p l a n o, ainda pode sercontemplada a Alcáçova deBaza, os restos do Castelo deCastril, e a Alcáçova das SeteTorres e as atalaias de Salare U m b r í a, em O r c e.Edificações que, na comarcade Guadix y Marq u e s a d o,têm o seu expoente máximona Alcáçova e as muralhasdos séculos X-XI localizadasna localidade de Guadix.

Com a conquista cristã chegaria oesplendor da arquitectura religiosa que dei-x a ria no Po n i e n t e o b ras tão monu m e n t a i scomo a i g reja gótica de laE n c a r n a c i ó n e a del Carmen, emAlhama de Granada, a i g reja deSan Gabriel, renas-centista, em L o j aou a I g re j a n e o c l á s-sica também de laE n c a r n a c i ó n, que evo-ca o Panteão de Agri p aem Roma, e a i g reja daVila de Montefrío.

A famosa Dama deB a z a foi encontrada nes-ta localidade de BA Z A-HU É S C A R: EL ALT I P L A N O(planalto), um exemplo dos restos mu i t o

ricos e importantes dearqueologia que fo ra me n c o n t rados. Po d e - s evisitar em B a z a o comple-xo arqueológico de laH oya de Baza, no C e rrodo Santuário de los Tre sP a go s, ou a cidade ibero-romana de B a s t i. EmO rc e destaca o C o m-plexo Palentológico de

Una provincia monumental

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Venta Micena e B a rranco del Paso,enquanto que em G a l e r a está situada anecrópole ibérica de T ú t u g i, onde fo ie n c o n t rada a Dama de Galera .

As povoações situadas mais aon o rte da comarca do A l t i p l a n o p o s-suem um grande passado senho-

rial, do que dão testemunho as casas palacia-nas e igrejas que fo ram edificadas como sím-bolo do esplendor da conquista cristã: aColegiada com Catedral da Encarnação, emB a z a, a Colegiada de Santa María la Mayo r,c o n s t ruída por Diego de Siloé, em H u é s c a r e

os Palácios dos Segura e os Belmonte, ambos em O rc e.O P a rque Temático Integral sobre o Megalitismo, em G o r a fe,

representa a maior concentração de dólmenes da Andaluzia, é um bome xemplo da riqueza arqueológica da comarca de GUA D I X YMA R Q U E S A D O. Tudo isto complementado, também, com os restos daC ova Horá, em D a rro, os jazigos neolíticos e do Bronze da Solana de

Z a m b o r i n o, em Fo n e l a s, a C ov ada água, com interessantes pintu-ras rupestres, de I z n a l l o z, a C ov ade las Ventanas d e P í ñ a r ou azona de Dólmenes de El Mencal.A localidade de G u a d i x b ri l h acom luz própria pela sua monu-m e n t a l i d a d e, destacando aC a t e d r a l, que alia os estilos góti-c o, renascentista e barr o c o, ou ai g reja de Santiago, com torr emudéjar e pórtico de Diego deSiloé. Também é uma visita mu i t oi n t e r e s s a n t e, na comarca, oC a s t e l o - P a l á c i o renascentista deLa Calahorr a, no qual destaca opátio com arcadas, reconhecidocomo Monumento Históri c oA rtístico Nacional.

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Alcáçova de las SieteTorres em Orce

Vista da Alcáçova deGuadix

Catedral de Guadix

A Catedral de Guadix, mandada erigirno mesmo lugar em que estava situada aantiga mesquita aljama, conta com ummuseu no qual estão expostos livros e peçasde ourivesaria muito valiosos.

Igreja de la Encarnación e Alcáçova de Loja

Colegiada Santa María, Huéscar

Colegiada de Baza Vista do Castelo de La Calahorra

Dólmenes de Gorafe