Considerações sobre as barreiras de acesso as microfinanças 5_Mesa 1_Mauricio... · 2º e 3º...
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Objetivos
• Identificar os principais entraves ao acesso a serviços de microfinanças pela população de baixa renda;
• Propor ações que contribuam para a inversão do atual quadro;
• Apresentar as principais características de uma base informacional para o setor de microfinanças;
• Estudo de caso: Santa Marta, Rio de Janeiro.
Principais barreiras de acesso
• Custos de Transação
Uma das principais razões para a baixa penetração de serviços financeiros na
população de baixa renda são os altos custos de transação que incidem sobre as operações.
Um mercado segmentado cujas características centrais são: heterogeneidade de produtos e preços, regulamentação excessiva e dimensão espacial complexa. A obtenção e processamento de informações torna-se extremamente dispendiosa.
Escassez de informações sobre: o perfil socioeconômico tanto dos clientes e dos clientes em potencial quanto sobre características do ciclo de negócio dos mesmos.
Principais barreiras de acesso
• Falta de crédito produtivo
A atrofia do mercado de microcrédito é função de falhas do mercado de crédito.
A Encif 2003, no Estado do Rio de Janeiro, menos de 4% dos empreendedores tiveram acesso à crédito para a produção.
Principais barreiras de acesso
• Problemas da Oferta
1. Assimetria de informação
2. Baixa capitalização das instituições não financeiras
3. Baixa articulação institucional (público/privado)
4. Formação insuficiente
5. Desenvolvimento e difusão de novas tecnologias
Criação de um sistema de informações
SCM OSCIP Cooperativa Bancos Outros
Consultores
Serviços
Garantias
Investidores2º e 3º Pisos
LegislaçãoMercado
Demanda e indicadores financeiros
ExperiênciasMetodologias Empreendedores
Criação de um sistema de informações
Mercado: Perfil dos empreendedores, dinâmica socioeconômica dos territórios, abrangência e penetração, indicadores financeiros correntes, indicadores macroeconômicos.
Empreendedores Clientes das Microfinanceiras: Perfil, evolução socioeconômica.
Instituições operadoras: Operações, metodologias, produtos, estrutura, desempenho, desemprenho econômico-financeiro, governança corporativa.
Financiadores e Fomentadores: Produtos, critérios de avaliação, fundos de garantia, fundos de investimento em direitos creditórios – FIDC, outros fundos, investimento direto de pessoas físicas em instituições.
Criação de um sistema de informações
Estudo de casos: nacionais, outros países
Legislação e Regulamentação: Brasil, outros países
Treinamento: Agentes de crédito, gestores, conselho, marketing, Intrumentos financeiros, Matemática financeira
Cadastro de especialistas: Risco, gestão, gestão de pessoas
Avaliação: Instrumentos, especialistas
Estratégias
• Acesso a informações
A Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD) do IBGE é o
instrumento de levantamento de dados socioeconômicos mais disseminado sobre a população por amostragem de domicílios.
A cada ano, a pesquisa apresenta um Suplemento específico, visando compreender a diferentes aspectos da realidade da população.
Propor ao IBGE a realização de um Suplemento sobre microfinanças, capaz de produzir informações significativas para o setor.
Estratégias
• Acesso a informações
Propor a criação de Bolsas de Estudo em pesquisa e desenvolvimento em novas tecnologias e métodos de concessão de crédito (CAPES/ CNPQ/ FINEP).
Estratégias
• Baixa capitalização das instituições
Ação Produto
i. Aumentar a Liquidez Desenho de um sistema de garantias; desenho de um fundo ou implantação de um
fundo de recebíveis microcreditícios.
ii. Incentivo à expansão das Desenho de um sistema de incentivos parainstituições expansão das instituições existentes
Estratégias
• Baixa articulação institucional
Ação
i. Mobilizar IMFs e fomentadores parainvestirem nos territórios
ii.Mobilizar municípios ou “consórcio de municípios” dos territórios para implantar políticas de
incentivos locais para IMFs.
Estratégias
• Formação insuficiente
Ação Produto
i. Implantar um programa de Criar um programa de educaçãoeducação financeira específica para o financeira para os
Microempreendedor (demanda) microempreendedores.
ii. Implantar um sistema de Um sistema de voucher
capacitação continuada para IMFs para capacitação de conselhos,
gestores e agentes de crédito.
Estratégias
• Desenvolvimento e difusão de novas tecnologias
Ação Produto
i. Incentivar o desenvolvimento Financiamento de pesquisasde novas metodologias para o desenvolvimento de novas
tecnologias e modelos de negócios
ii. Difundir novas tecnologias, Componente tecnológico
através de bancos de dados públicos do sistema de informações
Estudo de caso
• O IETS com apoio da CNSeg realizou pesquisa socioeconômica nas favelas do Rio de Janeiro sobre microseguros.
• O objetivo era identificar quais os fatores que podem ter uma maior incidência na tomada de decisões de famílias de baixa renda para comprar seguros.
Estudo de caso
• Favelas pesquisadas
- Santa Marta
A favela possui 4.688 moradores, em 1370 domicílios. São 3,4 pessoas por domicílio.
PIA: 82,6% Ocupados: 49,8%
- Chapéu Mangueira
A favela possui 1752 pessoas, em 503 domicílios. São 3,4 pessoas por domicílio.
PIA: 89% Ocupados: 54,7%
- Babilônia
A favela possui 2162 moradores, em 641 domicílios.
PIA: 83% Ocupados: 52%
Estudo de caso
• Acesso a serviços bancários
Primeiramente, foi mensurado o acesso a serviços bancários com o propósito de identificar o grau de inclusão financeira dos domicílios das favelas.
Estudo de caso
• Acesso a serviços bancários nas favelas
30,138,8
46,3
20,628,4 29,135,8 37,9 35,1
0
20
40
60
80
100
Santa Marta Chapéu Mangueira Babilônia
%
Acesso a conta corrente Acesso a poupança Acesso a cartão de crédito
Fonte: IETS. Pesquina sobre microseguros nas favelas do RJ. (IETS/Overview), 2010.
Estudo de caso
• Acesso a empréstimos
Além da utilização de serviços bancários, foram identificados os tomadores de
empréstimos para consumo ou uso pessoal.
10,9% dos entrevistados em Santa Marta (151 entrevistados)
25% dos entrevistados em Chapéu Mangueira (126 entrevistados)
14,2% dos entrevistados em Babilônia (91 entrevistados)
Estudo de caso
• Distribuição dos empréstimos por fonte nas favelas
77,2
79,3
89,5
4,3
3,4
15,4
13,8
5,3
3,4
3,1
5,3
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Santa Marta
Chapéu Mangueira
Babilônia
Em banco / financeira Com empregador Com amigos/parentes Com outras pessoas Outro
Fonte: IETS. Pesquina sobre microseguros nas favelas do RJ. (IETS/Overview), 2010.
Estudo de caso
• Acesso a seguros
Um dos principais objetivos da pesquisa era avaliar o conhecimento sobre
seguros e acesso da população às diferentes modalidades.
Estudo de caso
• Conhecimento sobre seguros
40,1
56,9
63,4
59,9
43,1
36,6
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Santa Marta
Chapéu Mangueira
Babilônia
Conhece Seguro Não conhece Seguro
Fonte: IETS. Pesquisa sobre microseguros nas favelas do RJ. (IETS/Overview), 2010.
Estudo de caso
• Posse seguros nas favelas
59,943,1 36,6
20,6
42,124,619,5 14,8
38,8
0
20
40
60
80
100
Santa Marta Chapéu Mangueira Babilônia
%
Nunca possuiu Possui Não possui mais
Fonte: IETS. Pesquisa sobre microseguros nas favelas do RJ. (IETS/Overview), 2010.
Estudo de caso
• Distribuição por tipo de seguros encontrados nas favelas
25,9
16,2
23,4
19,6
17,2
27,5
17,2
14,9
17,6
11,1
12,7
7,8
3,2
8,0 8,0
3,2
5,8 3,4
5,7
16,1
12,7
9,8
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Santa Marta
Chapéu Mangueira
Babilônia
Seguro de vida Seguro/plano de saúde Seguro funeral Seguro para cartão de crédito Seguro de automóvel e motoSeguro residencial Garantia estendida Seguro de acidentes pessoais Capitalização Outros*
Fonte: IETS. Pesquisa sobre microseguros nas favelas do RJ. (IETS/Overview), 2010.* Nota: Os outros seguros corresponde ao seguro desemprego privado, prestamista, celular, cartão de débito, previdencia privada, previdencia pública, seguro de negocio, Educação, DPVAT, Viagem.
Estudo de caso
• Cobertura de seguros por gênero
23,637,8 31,2
18,7
45,1
19,20
20
40
60
80
100
Santa Marta Chapéu Mangueira Babilônia
%
Masculino Feminino
Fonte: IETS. Pesquisa sobre microseguros nas favelas do RJ. (IETS/Overview), 2010.