CONALGO, Cláudia. Preparatório Para Exame Oral - Coleção Estudos Direcionados. 2010
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COLEÇÃO
Pergf 'tonta# e/ retfpoifcafr F e r n a n d o C a p e z
R o d r i g o C o l n a g o
coordenadores
Preparatório paraexame oral de
concursos públicos
Claudia Colnago
32
2a edição
2011
J r l E ditoraJ Saraiva
7/21/2019 CONALGO, Cláudia. Preparatório Para Exame Oral - Coleção Estudos Direcionados. 2010
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Editora
Saraiva
Ruo Henrique S áou mo nn, 270 , Ce rque ir a Céso r — Sõo Pouk) — SP
C E P 0 5 4 1 3 - 9 0 9
P A B X : ( 1 1 ) 3 6 1 3 3 0 0 0
S A Ü U R : 0 8 0 0 0 5 5 7 6 8 8D e 2 * o 6 ®, do s 8 : 3 0 ò s 1 9 : 3 0
so r o i v o ju i @ e d i ti xo so fo l v o . c o m. b rA c e sse : w w w i o r o i v o j u r . c o m. b r
FILIAIS
A A AA ZO N A S / R O N O d N I A / R O R A I M A / A C R ER u o C os ta A zev ed o , 56 - C en tr oF o n e: (9 2 ) 3 6 3 3 - 4 2 2 7 - F o x : ( 9 2 ) 3 6 3 3 - 4 7 8 2 - M o n ou s
B A H I A / S E R G I P ER u o A g r ip in o O ór eo , 23 - B r o tosF o ne : ( 7 1 ) 3 3 8 1 - 5 8 5 4 / 3 3 8 1 - 5 8 9 5F a x ( 7 1 ) 3 3 8 1 - 0 9 5 9 - S a t o d o r
B A U R U ( S Ã O P A U L O )R u o M o n s e n ho r C lo ro , 2 - 5 5 / 2 - 5 7 - C e n tr oF o n e: (1 4 ) 3 2 3 4 - 5 6 4 3 - F a x : ( 1 4 ) 3 2 3 4 - 7 4 0 1 - B o uru
C E A R Á /P I A U (/ M A R A N H Ã OA v . F i o m e n o G o m es , 6 7 0 - J o c or ec o ng oF o ne : ( 8 5 ) 3 2 3 8 - 2 3 2 3 / 3 2 3 8 - 1 3 8 4F a x : ( 8 5 ) 3 2 3 8 - 1 3 3 1 - F o rlo S e ro
D IS TR ITO FE DE R A LS 1A / S U I T r echo 2 l o te 85 0 - S e to r d e I n d u s tr io e A b as tec i men toF o ne : ( 6 1 ) 3 3 4 4 - 2 9 2 0 / 3 3 4 4 - 2 9 5 1F a x: ( 6 1 ) 3 3 4 4 - 1 7 0 9 - 8 ra s £ o
G O I Á S / T O C A N T I N SA v . I n dep en d en d o , 533 0 - S e to r A e rop or to
F o ne : ( 6 2 ) 3 2 2 5 - 2 8 8 2 / 3 2 1 2 - 2 8 0 6F a x: ( 6 2 ) 3 2 2 4 - 3 0 1 6 - G o i ô r ô
M A T O G R O S S O D O S U l /M A T O G R O SS OR u o 1 4 d e J u fc o , 3 1 4 8 - C e n t r oF o n e: ( 6 7 ) 3 3 8 2 - 3 6 8 2 - F a x : ( 6 7 ) 3 3 8 2 - 0 1 1 2 - C o m po G ro nd e
M I N A S G E R A I SR u o A lé m P o r á b o . 4 4 9 - l o o o r h oF o n e: ( 3 1 ) 3 4 2 9 - 8 3 0 0 - F o x: ( 3 1 ) 3 4 2 9 - 8 3 1 0 - B e lo H o riz o nte
P A R Ã / A M A P Á Tra ves so A pin og és , 1 8 6 - B a tis ta C om pa sF o ne : ( 9 1 ) 3 2 2 2 - 9 0 3 4 / 3 2 2 4 - 9 0 3 8F a x: ( 9 1 ) 3 2 4 1 - 0 4 9 9 - B e lé m
P A R A N Á / S A N T A C A T A R I N A
R u o C on se l h e ir o L ou ri n do , 28 95 - P r ad o V e lh oF o n e / F o x ( 4 1 ) 3 3 3 2 - 4 8 9 4 - C u ritib o
P E R N A M B U C O /P A R A Í B A / R . G . D O N O R T E / A LA G O A SRuo Corredor do B ispo, 185 — Boa V istoF o n e: (8 1 ) 3 4 2 1 - 4 2 4 6 - F a x : ( 8 1 ) 3 4 2 1 - 4 5 1 0 - R e á fe
R I 8 B R Ã 0 P R E T O (S Ã O P A U L O )A v . F r anc isco J u n qu e ir a , 125 5 - C en tr oF o ne : ( 1 6 ) 3 6 1 0 -5 8 4 3 - F a x: ( 1 6 ) 3 6 1 0 8 2 8 4 - R t e õ o P r eto
R I O D E J A N E I R O / E S P Í R I T O S A N T OR u o V i sc o n de d e S o n t o I s o be l, 1 1 3 o 1 1 9 - V i a I s a be lF o ne : ( 2 1 ) 2 5 7 7 -9 4 9 4 - f a x : ( 2 1 ) 2 5 7 7 - 8 8 6 7 / 2 5 7 7 - 9 5 6 5R i o d e i o n e i r o
R I O G R A N D E D O S U L
A v . A J . R e rm er, 231 - Fo r rop osF o n e / F o x ( 51 ) 3 37 1 -4 0 01 / 3 3 7 M 4 6 7 / 3 3 7 1- 15 6 7Po rto A legre
S Ã O P A U L OA v . A n tá r ti co , 92 - B o r ra F u n doF o n e : P A B X ( 1 1 ) 3 6 1 6 - 3 6 6 6 - S õ o P o u lo
1 0 2 . 5 9 6 . 0 0 2 . 0 0 1
I S B N 9 7 8 - 8 5 - 0 2 - 0 5 7 5 8 - 6 o b r a c o m p l e t a
I S B N 9 7 8 - 8 5 - 0 2 - 1 1 5 8 9 - 7 v o l u m e 3 2
O o d o s I n t e r n a c i o n a i s d e C a t a l o g a ç ã o n o P u b l i c a ç ã o ( C I P )
( C ô m o r a B r o s i l e i r o d o l i v r o , S P , B r o s i l )
C o l n a g o , C l a u d i a
P r e p a ra t ó ri o p o r o e x a m e o r o l d e c o n c u rs o s p ú b l i c o s /C l á ud io C o l n o g o . 2 . e d S ã o P o u l o : S o r oiv o , 2 0 1 1 . -( C o le ç ã o e s t u d o s d ir e c io n a d o s : p e r g u n ta s e r e s p o s ta s ; 3 2 /
c o o r d e n o d o re s F e r n o n d o C o p e z , R o d r ig o C o l n o g o )
1 . C o n c u r s o s p ú b l ic o s 2 . C o n c u r s o s p ú b l ic o s - B r o s i l3 . E x o m e s o r a i s 4 . P e r g u n t o s e r e s p o s t o s I . C o p e z ,
F e r n o n d o . I I . C o l n o g o , R o d r i g o . I I I T í t u l o . I V S é r i e .
E d i to do to mbé m c o mo l i vr o impr e sso e m 2 0 1 1 .
í n d i c e p o r o c a t á l o g o s i s t e m á t i c o :
1 . B r o s il: C o n c ur s os p ú b l i c o s : E x om e s o r o i s : P r e p o r o t ó r io s :
A d m i n is t ra ç ã o p ú b li c o 3 5 2 . 6 5 0 9 8 1
A rt e e d io g ro m a çá o R O Co m un ico çõ o
C o p a C o s o d e I d e i o s / D o n i e l R o m p o z z o
P r o d u ç ã o g r á f i c o M o c fR o m p i m
I m p r e s s ã o
A ca b a m e n to
Data de fechamento da edição: 21-12-2010
Dúvidas?
Acesse www.saraivajur.com.br
N e n h u m o p c r t e d e s t o p u b l ic a ç ã o p o d e r á s e r r e p ro d u z i d a p o r q u a l q u e r m e i oo u f o r m o s e m o p r é v i o o u t o r i z o ç õ o d o E d i t o r a S o r o i v o .A v i o l o ç õ o d o s d i r e i t o s o u t o r o i s é c r i m e e s t o b e l e c i d o n o L e i n . 9 . 6 1 0 / 9 8 ep u n i d o p e l o a r t i g o 1 8 4 d o C ó d i g o P e n o l .
7/21/2019 CONALGO, Cláudia. Preparatório Para Exame Oral - Coleção Estudos Direcionados. 2010
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SUMÁRIO
Entrevista com Dr. Fernando C apez ....................................................... 7
Entrevista com Dr. Hugo Nigro M a z z illi................................................ 9
Entrevista com Dr. Emerson G a rc ia ....................................................... 11
Entrevista com Dr. Pedro Franco de C am pos ...................................... 14
Entrevista com Dr. Marco Antonio Botto M uscari................................. 16
Entrevista com Dr. Márcio Fernando Elias Rosa ................................. 19
Entrevista com Dr. André Fígaro ............................................................ 22
Entrevista com Dra. Telma de Freitas F ontes........................................... 23
Apresentação ................................................................................................. 26
Questões ......................................................................................................... 28
Comunicação e voz na p ro va .................................................................... 71
Cuidados com a vo z ..................................................................................... 83
Códigos visuais na prova o ra l.................................................................... 96
Postura, comportamento e comunicação na prova .............................. 106
Como fazer na hora da prova ................................................................. 129
Comunicação na entrevista pessoal......................................................... 139
Síntese.............................................................................................................. 141
Referências...................................................................................................... 148
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ENTREVISTADO: FERNANDO CAPEZMembro do Ministério Público do Estado de São Paulo. Professorde Direito.
1) Se fosse possível mensurar, qual seria o peso da comunicação oral na hora da prova?
E certo que o candidato que chegou à fase oral do concurso jádemonstrou que possui conhecimento jurídico suficiente, porém oexame oral é de suma importância, pois é neste momento que oexaminador vai avaliar a postura e as iniciativas do candidato.Nisso se inclui a verificação do nível de estabilidade emocional docandidato, bem como o seu poder de persuasão, de argumentação.Daí decorre o grande peso do exame oral num concurso público.Não há como não exigir de um profissional do direito, como, porexemplo, um juiz ou promotor de justiça, controle emocional naexposição das ideias e uma razoável oratória. Pois esses requisitos
sempre deverão estar presentes num embate jurídico. Nisso consisteo grande peso do exame oral.A comunicação oral é avaliada, também, em outras fases do
concurso, como, por exemplo, na entrevista pessoal.
2) A postura do candidato pode interferir na avaliação?Sim. A pessoa para se sair bem em uma avaliação de exame
oral deve estar calma, tranqüila e convicta de que chegou a suahora. Essa certeza será de suma importância para o seu sucesso.Digo tudo isto porque, nesse momento, o candidato deve mostrarsegurança para expor suas respostas perante o examinador. Devetreinar bastante e assistir exames orais. Observando os erros dosoutros, ele aprenderá algumas técnicas, as quais contribuirãobastante para que se saia bem no seu exame.
Quando essa avaliação se prolongar muito, ou seja, tornando--se muito cansativa, sempre digo que o candidato deve pensar na
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orgulhosa conquista e na alegria que vivenciará após a realizaçãode um exame oral bem-sucedido.
3) Como o conteúdo deve ser transmitido?
O candidato deve prestar muita atenção nas perguntas doexaminador para não dar respostas vagas. O seu conhecimento
deve ser transmitido com objetividade e muita clareza, pois é oraciocínio lógico que demonstrará o poder de persuasão do
profissional num embate jurídico. Não pode esquecer, portanto, que
toda resposta deve ter começo, meio e fim.
4) Qual a importância da entrevista pessoal?Na entrevista pessoal o examinador vai se ater a perguntas
sobre a vida do candidato, como origem familiar, estudos,
profissão, posições do candidato sobre determinados assuntos do
noticiário etc. Consubstancia-se, dessa forma, também, numaespécie de avaliação, só que, no caso, pessoal e não jurídica. E na
entrevista pessoal que o examinador avaliará se o candidato possuiperfil para ingressar numa instituição da magnitude do Ministério
Público, Magistratura etc.
5) E para a profissão? A boa comunicação faz diferença?
E interessante destacar que a boa comunicação é muitoimportante em todos os instantes de nossa trajetória escolar e
profissional. Sou adepto da teoria de que a oratória deveria ser
ministrada desde os bancos escolares, pois, muitas vezes, a pessoa
é prejudicada na profissão por não ter uma boa técnica para expor
as suas ideias. Na área jurídica, a oratória assume especial relevo,
pois é o raciocínio lógico e a clareza na exposição das ideias quedenotam o poder de persuasão do profissional num embate
jurídico, levando o juiz a decidir num ou outro sentido. Dessa forma,sem uma boa oratória, o profissional do direito, muitas vezes,
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encontrará algumas barreiras para fazer valer o direito defendido.Não nos esqueçamos de que o profissional do direito é o verdadeirodefensor do Estado Democrático de Direito e, portanto, a sua voz,
o seu eco.
ENTREVISTA COM DR. HUGO NIGRO MAZZILLI Advogado desde 1973. Membro do Ministério Público do Estado de
São Paulo (1973-1998). Presidente da Associação Paulista do Ministério Público (1990). Membro do Conselho Superior do Ministério
Público (1994-1995). Membro da Comissão de Concurso do Ministério Público em dois Estados da Federação. Professor de Direito e Consultor
J urídico.
1) Se fosse possível mensurar, qual seria o peso da comunicação oral na hora da prova?
Realmente não há como mensurar o peso da comunicação oralna hora da prova; entretanto, a meu ver, a comunicação adequadaé pressuposto para a aprovação, tanto na prova escrita como naoral. Vejamos o caso da prova oral, que é objeto da sua questão.Na prova oral, de que adiantaria o candidato ao Concurso de
Ingresso à Magistratura ou ao Ministério Público ter um
conhecimento enciclopédico, se ficar bloqueado por timidez ou falta
de autocontrole? A banca de concurso está presumivelmente
procurando Magistrados ou Promotores em potencial, mas poderánão conquistar a banca um candidato que não saiba exprimir-se
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corretamente em vernáculo, ou que seja excessivamente lacônico,ou prolixo, ou confuso, ou tímido, ou vulgar, ou distraído, ounervoso, afora tantos outros problemas semelhantes. E por que esse
candidato não conquistaria a banca? Porque há poucas vagas e
muitos candidatos, e há diversos candidatos que mantêm uma boacomunicação na hora do exame (autocontrole, autossuficiência,firmeza, postura, clareza de raciocínio, atenção etc.), o que ajudana hora da transmissão do conhecimento.
2) A postura do candidato pode interferir na avaliação?
Em vista do que disse na resposta anterior, creio que a posturado candidato pode, sim, interferir na avaliação. É o caso clássico docandidato bem preparado que, estressado, cansado ou excessiva
mente nervoso, fica "bloqueado" no exame oral e não consegue sesair satisfatoriamente.
3) Como o conteúdo deve ser transmitido?
A meu ver, o conteúdo do conhecimento o candidato devetransmitir em primeiro lugar em bom português; em segundo, comboa técnica jurídica, evitando palavras vulgares ou imprecisas no
lugar das palavras corretas da ciência jurídica; em terceiro, de
maneira didática, ou seja, com clareza e de maneira pausada,
confiante e serena, sempre em busca dos fundamentos e não combase em meros detalhes.
4) Qual a importância da entrevista pessoal?
A entrevista pessoal, nos concursos de ingresso à Magistratura
e ao Ministério Público, é exigência da lei, que serve para que osmembros da banca tenham um contato não jurídico com o
candidato, e possam aprofundar aspectos que possam ter interesse
em seu currículo. Nela, não se há de exigir nem supor, a meu ver,"performance" semelhante à do exame oral, mas sim apenas
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comunicação formal e adequada, nos termos em que essa fase estáconcebida na legislação atual.
5) E para a profissão? A boa comunicação faz diferença?
Para a profissão, a comunicação faz a grande diferença, sejaa comunicação escrita, seja a verbal, cada uma no seu momento
certo. Sem dúvida, há grandes comunicadores por escrito que secomunicam mal verbalmente; também há o contrário. Mas o ideal
é um equilíbrio entre essas duas áreas tão importantes da
comunicação, especialmente nas carreiras como as do Advogado,
J uiz ou Promotor, pois seu trabalho se baseia no convencimentodos tribunais.
ENTREVISTA COM DR. EMERSON GARCIA
Consultor J urídico da Procuradoria-Geral de Justiça do Estado do Rio de J aneiro. Presidente da Banca de Direito Constitucional do I Concurso de Acesso à Carreira do Ministério Público Especial junto ao Tribunal de Contas do Estado do Rio de J aneiro. Titular da Banca Examinadora de Direito Eleitoral do XXVIII Concurso de Acesso à Classe Inicial da
Carreira do MPRJ. Titular da Banca de Direito Constitucional do
Concurso XXIX.
1) Se fosse possível mensurar, qual seria o peso da comunicação oral
na hora da prova?O uso da palavra, tanto escrita como oral, mostra-se impres
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cindível ao operador do direito, facilitando o fluxo de ideias e a
apreensão do seu entendimento a respeito de um dado assunto.
Não é a toa que a exigência da prova oral tem sido freqüente. O
peso que se lhe deve atribuir, creio eu, está diretamente
associado à sua teleologia, vale dizer, ao fluxo de ideias. É esse
o referencial a ser seguido na mensuração de sua importância.
Um candidato que não consiga expor suas ideias correrá o sério
risco de ser reprovado na última fase do certame, justamente a
prova oral. Por outro lado, o candidato fanho ou gago, péssimo
no discurso, mas que consiga transmitir suas ideias, terá plenas
chances de obter pontuação superior. De qualquer modo, o peso
da prova oral sempre será influenciado pelo grau de dificuldade
das anteriores fases do concurso, não sendo incomum a sua
suavização quando os candidatos tiverem sido expostos a níveis
extremos de dificuldade. Nesse caso, a oralidade termina por
sucumbir à escrita.
2) A postura do candidato pode interferir na avaliação?
Não há dúvidas. Um candidato arrogante ou pouco educado,
que esquece sua posição de "avaliado" e tenta avaliar o
"avaliador", tende a ser mais exigido. A razão de ser é simples: se
aparenta ter um conhecimento superior, há de ser avaliado emconformidade com ele. A máxima da igualdade entre os candidatos
tende a se ajustar às especificidades de cada um.
3) Como o conteúdo deve ser transmitido?
O candidato deve enfrentar o âmago do questionamento e,
sempre que possível, ilustrar a sua abordagem com a análise deaspectos periférios, demonstrando o domínio da temática.
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4) No seu Estado, a arguição oral é precedida do sorteio de um
ponto que será aplicado ao candidato. Como funciona?
Na presença da banca examinadora, o candidato sorteia um
número que corresponde a um ponto específico no programa doconcurso (previamente divulgado). A arguição se desenvolve sobre
esse ponto.
5) O sorteio prévio é melhor do que a arguição aleatória de
qualquer ponto constante do Edital ou Regulamento?
O sorteio do ponto, pelo próprio candidato, confere maiortransparência ao concurso. Evitam-se suspeitas de que um ponto foi
escolhido para beneficiar ou prejudicar um dado candidato. Sob a
ótica do examinador, seria muito mais confortável a arguição livre,
mas isto atrairia o referido efeito negativo.
4) Qual a importância da entrevista pessoal?A entrevista pessoal permite que seja avaliada a postura do
candidato em relação ao contexto social e à visão que tem da
realidade. No entanto, por não estar assentada em critérios
puramente objetivos, dificilmente poderá motivar a sua eliminação.
5) E para o exercício da profissão? A boa comunicação faz diferença?É essencial. De forma simples e objetiva: Promotor de J ustiça
que não se expressa bem é como "passarinho que não canta".
É uma peça meramente ornamental.
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ENTREVISTA COM DR. PEDRO FRANCO DE CAMPOS Procurador de J ustiça. Professor de Direito Penal na FMU; Professor de
Direito Penal - Parte Especial - no Complexo J urídico Damásio de Jesus. Por duas vezes, integrou a comissão de concurso de ingresso na
carreira. Atualmente é membro nato do Órgão Especial do Colégio de Procuradores de J ustiça. Fora do Ministério Público foi chefe de gabinete da extinta Secretaria Estadual de Defesa do Consumidor e
Secretário de Estado dos Negócios da Segurança Pública. Coautor em
obras jurídicas publicadas pela editora Saraiva. Autor de artigos e
pareceres publicados em revistas jurídicas
1) Se fosse possível mensurar, qual seria o peso da comunicação oral na hora da prova?
Normalmente a última fase de um concurso é a prova (exame)
oral. Daí por que a comunicação do candidato é sempre valorada
pela banca examinadora. A comunicação inclui, além do modo de
se expressar, a fonética, o raciocínio e não cometer, de formaalguma, erro de português.
2) A postura do candidato pode interferir na avaliação da banca?
Uma boa postura sempre ajuda. Olhar nos olhos do
examinador que está perguntando é uma boa postura. Não
responder cabisbaixo. No entanto, só uma boa postura não decideo concurso.
3) Como o conteúdo deve ser transmitido?
O conteúdo deve ser transmitido da forma mais clara possível.
O candidato, penso eu, deve pronunciar bem as palavras (não falarpara dentro). Procurar nas respostas mostrar que tem conhecimento
a respeito do tema indagado. Além disso, deve falar em um tomque seja bem compreendido pelos examinadores (não gritar...),
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para evitar que a banca examinadora não entenda o que ocandidato quer dizer na resposta.
4) Qual a importância da entrevista pessoal?
De grande importância. Pela minha experiência, já vi candidatoentrar na entrevista aprovado e sair - dela - reprovado noconcurso. Também é possível o candidato, não aprovado até omomento da entrevista, ser aprovado depois de uma entrevista
pessoal muito favorável. Posso dizer, sem medo de errar, a entrevista
pessoal (conversa com a banca normalmente logo em seguida à
prova oral) pode decidir - e muitas vezes decide - o concurso.O candidato deve ser verdadeiro, não mentir na entrevista porquenão vai conseguir manter a mentira por muito tempo.
5) E para a profissão? A boa comunicação faz diferença?
Como já disse, ter uma boa comunicação é sempre bom. Para
as profissões ligadas ao direito, certamente a escrita e a fala são
instrumentos de trabalho do dia a dia. E certo que existem grandesprofissionais do direito que são introvertidos e tímidos. No entanto,se for possível unir o conhecimento científico com boa comunicação
é evidente que o sucesso será maior.
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ENTREVISTA COM DR. MARCO ANTONIO BOTTO MUSCARI J uiz de Direito em São Paulo. Doutor e Mestre em Direito Processual
Civil pela USP. Professor da Faculdade de Direito Damásio de Jesus. Diplomado pela Escola de Formação de Governantes.
1) Se fosse possível mensurar, qual seria o peso da comunicação oral
na hora da prova?
Em três momentos do concurso, diria que é muito grande o
peso da comunicação oral: no exame psicotécnico, na prova oral e
na entrevista reservada que existe em alguns concursos públicos.Inegável que o psiquiatra ou o psicólogo, responsável pelacondução do exame psicotécnico, levará em conta a postura docandidato e a maneira como ele interage verbalmente com o
profissional e com os demais concursandos (nas dinâmicos de
grupo). Muito da nossa personalidade é aferível pela forma como
nos colocamos em termos de assertividade, titubeios, contato visual
etc., especialmente quando o avaliador é um profissional da áreada Psiquiatria ou da Psicologia.
Na prova oral, a importância da comunicação sobe de ponto.
Nesse instante, a banca examinadora já dispõe de dados robustos
sobre os conhecimentos técnicos do candidato, em virtude das
provas anteriormente realizadas com êxito. Penso que habilidades
orais podem fazer a diferença nesse momento, inclusive nadefinição da classificação geral dos aprovados (décimos de ponto
definem a ordem geral de classificação, com conseqüências que
repercutem ao longo da carreira; a escolha da comarca/
circunscrição/subseção judiciária, por exemplo, costuma ser feita
segundo a ordem de classificação no concurso).Nos concursos que têm entrevista reservada, visando ao
conhecimento de detalhes da vida íntima e das convicções pessoaisdo candidato, a banca examinadora pode ficar bem ou mal
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impressionada com as habilidades de comunicação do concur-sando. Embora profissionais do Direito se expressem frequentemente pela forma escrita, muitos são os momentos em que se lhes
exige comunicação oral: audiências, sessões do Tribunal do J úri e
solenidades que demandam um discurso são apenas algumas dassituações em que, mesmo os mais retraídos, terão de se expressar
de viva voz.
2) A postura do candidato pode interferir na avaliação?
Sem dúvida. O candidato tem que demonstrar postura
compatível com o exercício do cargo almejado. Como cidadãos,todos nós esperamos certa conduta daqueles que ocupam um cargopúblico; quando se trata se cargos elevados, como o de membro do
Ministério Público ou da Magistratura, nossa expectativa (legítima) é
ainda maior. A maneira de sentar-se, de empregar os gestos e dese dirigir às pessoas pode dignificar ou macular a imagem da
Instituição ou do Poder. Daí por que a banca examinadora costuma
analisar se a postura do candidato é (ou não) adequada aoexercício das funções estatais.
3) Como o conteúdo deve ser transmitido?
Em primeiro lugar, com simplicidade: nada de palavras
empoladas, que nenhum de nós empregaria cotidianamente. Emsegundo lugar, com clareza: muitas vezes sabemos o conteúdo, mas
nos perdemos ao externá-lo. Todos tivemos um professor quedominava a matéria lecionada, mas era uma tragédia durante as
aulas porque empregava um vocabulário pomposo demais e/ou
não tinha método algum na exposição.
4) Qual a importância da entrevista pessoal?
Decisiva. Como disse há pouco, a entrevista serve fundamentalmente para a banca tratar de aspectos da vida privada do
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candidato e conhecer algumas de suas convicções pessoais.Lembro-me que, em minha entrevista no concurso daMagistratura (1991), os examinadores perguntaram se eu era
contra a pena de morte e se pretendia exigir que a minha noiva
(hoje esposa) abandonasse os seus projetos profissionais paraacompanhar-me, após o casamento, pelas comarcas do interiordo Estado. A forma como são respondidas as indagaçõestransmite muito aos examinadores, mulheres e homens com muita
experiência de vida, quase sempre hábeis na captação de
mensagens e sinais subliminares.
5) E para a profissão? A boa comunicação faz diferença?
Faz toda a diferença. Ao longo da vida profissional, é possível
radicar-se num posto de trabalho compatível com nossas
propensões e características pessoais; alguém muito tímido, por
exemplo, dificilmente postulará um cargo de promotor de J ustiça do
Tribunal do J úri. No início da carreira, porém, tem-se que fazer detudo: júris, discursos em solenidades etc. Isto para não falar das
audiências, com debates orais e sentenças ditadas ao escrevente,
que acompanham defensores públicos, juizes e promotores por
muitos anos.
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ENTREVISTA COM DR. MÁRCIO FERNANDO ELIAS ROSA Membro do Ministério Público do Estado de São Paulo. Procurador de
J ustiça e atualmente Subprocurador-geral de J ustiça. Professor da Escola Superior do Ministério Público e do Complexo Jurídico Damásio
de Jesus. Autor de livros jurídicos editados pela Saraiva, como os volumes 19 e 20 da Coleção Sinopses J urídicas (Direito Administrativo).
1) Se fosse possível mensurar, qual seria o peso da comunicação oral na hora da prova?
A comunicação oral tem peso fundamental em todas as fasesdo concurso de ingresso e pode ser mesmo decisiva. O concurso,como sabemos, destina-se à verificação objetiva da capacidadetécnica dos candidatos e a comunicação oral é imprescindível paraa demonstração, pelo candidato, de que detém o domínio ou oconhecimento mínimo necessários para a sua classificação.
Há concursos que exigem, em uma das fases, a chamada prova
de tribunal e outros que incluem a fase oral. Evidentemente, nessesconcursos o exame dirá respeito aos temas próprios do conteúdoprogramático, ou seja, o candidato terá de apresentar respostasorais aos questionamentos técnicos formulados pela banca. Nessesconcursos, evidentemente, o peso da comunicação oral passa a serfundamental para a aprovação, porque deve revelar o grau deconhecimento técnico do candidato. O desenvolvimento do racio
cínio, o poder de convencimento, o domínio do tempo reservadopara a apresentação das respostas, dentre outros aspectos, dizemrespeito à comunicação e podem ser decisivos. O candidato bempreparado será sempre aquele que denotar possuir excelentepreparo técnico e suficiente comunicação oral. A comunicação oralpressupõe, como também sabemos, compreensão daquele a quemé dirigida a conversação. O candidato necessita ser compreendido
pelos examinadores e, por isso, o peso da boa comunicação oralserá sempre fundamental.
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2) A postura do candidato pode interferir na avaliação da banca?
Nos concursos públicos de ingresso às carreiras jurídicas a pos
tura dos candidatos não é examinada isoladamente, e nem a banca
examinadora pode guiar-se por critérios subjetivos. No entanto, nin
guém desconhece que a postura mantida em uma conversação podetambém ser fundamental. Ela interfere na relação entre as pessoas.
A postura pode ser chamada de cartão de visita do interlocutor,e por ela o candidato revela seus costumes, educação, modo de
comportar-se em público. J amais terá, como penso, caráter
eliminatório, mas ninguém pode dizer que a postura tenha papel
absolutamente irrelevante na arguição de um candidato. Bastaverificar que há concursos que expressamente exigem o uso detrajes compatíveis com as tradições forenses e, implicitamente,exigem também a manutenção de postura compatível com as
mesmas tradições. A postura ideal de um candidato será sempre
aquela que combinar com os costumes do local, das pessoas que
estejam no ambiente, mas que combine, antes de tudo, com os
hábitos do próprio candidato. Não parece razoável que o candidatotenha que efetuar algum tipo de representação na hora da prova ouda sua apresentação, mas é fundamental que esteja bem orientado
quanto ao melhor modo de proceder em público.
3) Como o conteúdo deve ser transmitido?
Em um exame oral ou na prova de tribuna, costuma-se dizerque o candidato deve ser objetivo, claro, suficientemente preciso,
conservando sempre a preocupação de ser compreendido ou de
que suas ideias sejam assimiladas pelos examinadores.
Devem ser evitados expedientes conhecidos e inaplicáveis,
como a repetição indevida de citações doutrinárias, de frases feitasou de períodos longos e sem conclusão.
O candidato deve manter-se com humildade, confessandoeventual desconhecimento e permitindo, assim, que outro questio
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namento lhe seja dirigido. Não contribui para o desfecho favorávelqualquer tentativa de fugir da pergunta ou de apresentar respostainusitada. Os examinadores estão sempre muito bem preparados e
sabem o que pode ser considerado correto ou incorreto. O candi
dato que consegue dirigir-se à banca com habilidade, corretapostura e domínio do vocabulário técnico, seguramente, terá maiorchance de aprovação ainda que não tenha resposta para todas asindagações que lhe sejam formuladas.
4) Qual a importância da entrevista pessoal?
A entrevista também não tem caráter eliminatório, mas é oúnico contato direto, reservado e pessoal estabelecido pelocandidato com a banca examinadora.
Há concursos que deixam clara a finalidade da entrevista,como ocorre no concurso de ingresso do Ministério Público do
Estado de São Paulo: a entrevista destina-se à apreciação da
personalidade, cultura e vida pregressa, social e moral do
candidato. Na entrevista devem ser abordados temas nãorelacionados ao conteúdo programático do concurso, permitindoque a banca conheça o candidato na sua vida social e familiar.
Para a entrevista, novamente, a postura e a comunicação oral
serão sempre fundamentais.
5) E para a profissão? A boa comunicação faz diferença?O exercício das carreiras jurídicas está sempre associado
às técnicas de comunicação, de persuasão, de convencimento.Para o advogado, o juiz, o promotor, o defensor público, o
procurador do Estado ou do Município e mesmo nas carreiras
policiais, a comunicação oral apresenta-se indispensável. Faz a
diferença porque pode revelar se o profissional está apto a obter o
resultado esperado do seu trabalho; faz a diferença porque indicao grau de profissionalismo e até mesmo a aptidão técnica.
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ENTREVISTA COM DR. ANDRÉ FÍGARO Procurador do Estado de São Paulo. Mestre em Direito do Estado
pela PUCSP. Professor de Direito Constitucional do Complexo Jurídico Damásio de Jesus.
1) Se fosse possível mensurar, qual seria o peso da comunicação oral na hora da prova?
A comunicação oral é decisiva no concurso público. Em regra,
as provas orais são eliminatórias e um desempenho abaixo da
média pode acarretar a exclusão do candidato.
2) A postura do candidato pode interferir na avaliação da banca?
Sem dúvida. Um dos objetivos das etapas finais dos concursos
públicos é exatamente a avaliação subjetiva e pessoal do candidato.
As profissões jurídicas são muito formais, e possuem linguagem ecódigos de conduta próprios. E fundamental que a postura do
candidato seja adequada a este universo. Sempre recomendamosque o candidato adote uma postura formal, utilize-se dos pronomes
de tratamento adequados, vista-se de forma sóbria. Estes elementosbuscam construir a imagem pessoal do candidato e demonstrar que
ele está apto a exercer o cargo público.
3) Como o conteúdo deve ser transmitido?
Sobretudo sem pressa, com calma. E natural que na prova oral
0 candidato esteja nervoso e ansioso para mostrar seuconhecimento, isto pode acarretar pressa e algum "atropelamento"
em suas respostas. Por este motivo, por mais que pareça óbvio, a
recomendação para prova oral é sempre realizá-la em três etapas:
1 - ouça a pergunta; 2 - pense; 3 - depois, somente depois,
responda. Não interrompa o examinador em nenhuma hipótese e,mesmo que saiba como responder, formule sua resposta com
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calma. Se possível, valorize sua resposta. Não diga apenas "sim" ou"não". Explique, formule, desenvolva e, porque não, ganhe tempo!
4) Qual a importância da entrevista pessoal?
A entrevista compõe a análise subjetiva do candidato e nela o candidato deve atender as recomendações sugeridas na resposta n. 2.
5) E para a profissão? A boa comunicação faz diferença?
Faz diferença para a vida. Quem se comunica bem, tende a ser
valorizado. Para as profissões jurídicas é um dos mais importantes
diferenciais, já que lidamos com o ato de convencer alguém. Umaboa comunicação define, em muitos casos, a vitória ou a derrotaem um processo judicial.
ENTREVISTA COM DRA. TELMA DE FREITAS FONTES
Procuradora do Estado de São Paulo. Mestre em Direito Constitucional pela USP.
1) Se fosse possível mensurar, qual seria o peso da comunicação oral
na hora da prova?Pessoalmente, acredito que 50% seria o peso da comunicação
oral durante o exame. Isso porque é através dela que o candidato
expressa e transmite o conhecimento que será avaliado pelo
examinador. A comunicação oral gramaticalmente incorreta/
correta, insegura/segura, dúbia/clara ou omissa/abrangente será,fatalmente, considerada para efeito de atribuição da nota pelo
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examinador, uma vez que revela o quão preparado o candidatoestá para desempenhar as funções do cargo disputado.
2) A postura do candidato pode interferir na avaliação?
Acredito que sim, uma vez que a postura do candidato pode ounão ser adequada ao exercício da função almejada e isso seráobservado pelo examinador. No entanto, considerando que o juízosobre a postura do candidato é bastante subjetivo e levando em
conta minha experiência pessoal ao prestar o concurso da
Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo, acredito que apenas
em casos extremos esse critério será utilizado para prejudicar oubeneficiar o candidato avaliado.
3) Como o conteúdo deve ser transmitido?Levando em consideração minha experiência pessoal, acredito
que o conteúdo deva ser transmitido, sempre que possível, de
maneira clara, direta, abrangente (revelando todo o conhecimento
que o candidato tem da questão proposta), sem rodeios que distanciem a discussão do foco da questão, caso contrário o candidatocansará o examinador sem transmitir a informação solicitada.
Entendo que, caso o candidato não domine a questão proposta,
deve tentar chegar a uma resposta através dos elementos que con
seguir extrair de sua memória, mas sem perder o foco da questão.
4) Qual a importância da entrevista pessoal?
Levando em consideração, mais uma vez, minha experiência
pessoal, acredito que a entrevista tem relevância caso o candidato
apresente notas limítrofes, que fiquem entre a sua aprovação oureprovação, já que os assuntos abordados na entrevista não sãotécnicos e o candidato é avaliado sob critérios extremamente
subjetivos. De outro lado, acredito que a experiência de vida docandidato, sua experiência profissional, sua visão da carreira
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pública na qual pretende ingressar, entre outros, são fatores quepodem favorecer ou não o candidato nas situações limítrofes jáapontadas, na medida em que podem influenciar o bom
desempenho das funções almejadas.
5) E para a profissão? A boa comunicação faz diferença?
Certamente, já que a comunicação oral é um dos meios pelosquais nos fazemos entender. Assim, a comunicação clara, segura,
precisa é uma ferramenta de trabalho muito valiosa, especialmente
nas carreiras jurídicas, em que o uso da comunicação oral se faz
muito presente, especialmente em audiências e sustentações orais,sendo essencial para que o profissional possa convencer seuinterlocutor da ideia jurídica defendida.
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APRESENTAÇÃO
Cada concurso tem suas peculiaridades, mas cada candidato
apresenta características que lhe são próprias e que podemdeterminar o seu sucesso e a desejada aprovação.
Não há receita única para a aprovação, mas ninguém duvidaque somente alcançará algum sucesso aquele que estiver vivamenteinteressado, dispensando horas e horas nas preparações queenvolvem cada fase do concurso.
A experiência profissional já revelou que candidatos queacreditam na possibilidade de aprovação têm maiores chances;candidatos que se postam na defensiva tendem a não conseguirgerar qualquer convencimento em quem os escuta ou aprecia osseus conhecimentos.
E preciso estar confiante e preparado. A preparação comrelação ao conteúdo é obtida através dos anos de estudo. J á a
preparação para a exposição deste conteúdo no momento da provaacontece através de orientações específicas e muito treino. Esta é asegurança que vai mostrar para a banca que o candidato realmenteconhece a matéria.
Os exames orais são os mais imprevisíveis, o candidato muitasvezes ficará exposto a uma situação pública na qual jamais estevee, por isso, pode, e é normal, ficar receoso do desempenho final.
A adequada preparação, que envolve técnicas aplicadas àsituação de cada um, e a aplicação de regras gerais - reveladasaqui - podem se constituir em ferramenta útil, e o candidato serevelar seguro quanto ao seu próprio desempenho.
O candidato deve saber que o percurso é árduo. A preparaçãoenvolve horas diárias de estudo durante meses ou anos.
Como cada fase tem suas peculiaridades, o candidato deve
ficar atento. Da mesma forma que há um período longo de preparopara a primeira fase preambular e a segunda dissertativa, o exame
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oral também exige investimento prévio. A maioria das pessoas temdificuldade em transmitir o conteúdo oralmente e este problemanão se resolve em um curto espaço de tempo.
A perseverança é uma característica comum entre os
aprovados. Não desistir é inerente ao sucesso nos concursos. O queo candidato precisa entender é que para a prova oral não adiantasomente dominar o conteúdo... tem de conseguir transmiti-lo comsegurança para a banca.
Atuando na área desde 2002 e tendo acompanhado concursosestaduais e federais nas mais diversas carreiras, posso dizer que opreparo focado é fundamental para o sucesso. Não importa se você
já foi reprovado em concursos anteriores. Sempre é tempo deconseguir alcançar seus objetivos e realizar seus sonhos.
Ao longo do texto vocês perceberão que falo em alunos ecandidatos. Considero alunos aqueles que tenho a oportunidade deorientar antes mesmo de chegarem à fase oral. São alunos que têmo interesse de iniciar seu preparo hoje, muitas vezes querendo saberse têm algum problema para ser tratado já.
Alguns vêm com queixas de falar muito rápido, de seremprolixos, disfluentes ou tímidos. E comum também a preocupaçãocom a articulação (dicção), pois muitas vezes as pessoas nãoentendem direito quando falam. Com estes alunos, o processo depreparação é mais tranqüilo e paulatino. Quando chegam noexame oral, percebo um estresse menor que os demais.
Refiro-me a candidatos quando falo sobre aqueles que estão jáestão na fase oral dos mais diversos concursos e recebem umapreparação mais intensa em função do prazo. Normalmenteprocuram orientação assim que recebem a confirmação que estãono oral e chegam bastante tensos com a proximidade da prova etodo o edital para ser revisado.
Se o candidato não tem problemas de fala, voz, fluência,
articulação, ou elaboração, o período mínino de preparação ficapor volta de quatro semanas. Realizado individualmente ou em
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pequenos grupos, os candidatos recebem tarefas diárias queenvolvem simulações e exercícios para voz e articulação.
Se houver, entretanto, qualquer problema, este período podenão ser suficiente e o candidato coloca em risco seu desempenho e
todo o investimento feito durante o período de estudo.Uma dica preciosa: comece a se preparar hoje porque a prova
oral chega antes que você imagina!Com o objetivo de orientar você, que pode não ter alguém
perto para ajudá-lo neste longo percurso até sua aprovação, coloconeste livro os principais pontos abordados em situações deorientações individuais, palestras e cursos nestes anos.
As questões que seguem foram realizadas por alunos emdiferentes estágios de estudo, em atendimentos individuais,palestras e/ou cursos.
As questões que não envolvem diretamente a comunicação oralexigiram a gentil contribuição de professores da área jurídica.
QUESTÕES
1) Como é a prova oral?A prova oral, em regra, identifica a última fase de avaliação dosconhecimentos do candidato e pressupõe a aprovação nas fasesanteriores, correspondendo à arguição dos candidatos pela bancaexaminadora, mas as regras dessa arguição podem variar segundoa carreira jurídica que organiza o concurso público.
Há provas orais que verificam os conhecimentos técnicos por
meio de perguntas e respostas e há provas que também exigem aexposição oral de um tema selecionado.
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ProvaPreambular
✓ Consiste na formulação de perguntas cujas
respostas são apresentadas em testes de múltipla
escolha, podendo ser válidos tanto enunciados
corretos como incorretos (assinale a alternativa
correta ou incorreta, por exemplo)
ProvaEscrita
✓ Consiste na apresentação, por escrito, de respostas
às perguntas formuladas pela banca, podendo
conter dissertação e peças processuais
Prova
Oral
✓ Abrange a apresentação pública do candidato e
da banca, devendo aquele responder às perguntas
que lhe forem dirigidas pelo tempo fixado no edital
do concurso (por exemplo, dez ou vinte minutos
para cada examinador), podendo incluir a susten
tação oral de um tema previamente selecionado
(prova de tribuna)
No procedimento dos concursos também são exigidas entrevistas pessoais do candidato e a realização de exames médicos epsicossociais, mas que não devem ter natureza eliminatória.
Confira no final do capítulo alguns exemplos de questõesextraídas de provas orais. Normalmente as perguntas são simples,objetivas e exigem precisão na elaboração das respostas.
4) Como são fixadas as regras para cada uma das fases e, especialmente, para o exame oral?
Todo concurso público pressupõe a adoção de regras objetivase capazes de possibilitar que qualquer interessado que estejahabilitado concorra.
As regras são fixadas a partir de previsão em lei, como ordenaa Constituição Federal, mas a regulamentação detalhada e precisao candidato obtém examinando o regulamento e o edital doconcurso a que estiver inscrito.
As regras, por isso, podem variar segundo a carreira e periodicamente podem ser revistas. Por isso, ao escolher uma carreira
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jurídica para tentar o ingresso, o candidato deve antes conhecer asregras do último concurso e já programar a sua preparação.O exame oral é apenas mais uma fase do concurso e segue asmesmas regras, mas, como vimos, apresenta peculiaridades que
precisam ser levadas em conta e valorizadas durante seu preparopara a prova.
Mesmo que a matéria, o tempo de duração, a forma como oscandidatos são organizados nos dias de prova sejam iguais, semprehá diferenças na abordagem de cada matéria em função dascaracterísticas pessoais de cada examinador.
Você pode ter tido, por exemplo, em um concurso anterior para
determinada carreira, um examinador de direito civil que preferiadefinições e neste atual concurso, para a mesma carreira, oexaminador faz questões baseadas em casos práticos. A preparaçãopara provas e elaboração das respostas para a mesma carreira, commesma matéria, acabam sendo diferentes em função da exigênciado examinador em questão.
Em função destas características peculiares a cada examinador, é interessante que o candidato pesquise concursos anteriores,onde o examinador já foi banca, para entender qual o tipo deabordagem feita, quais as características das perguntas e qual amelhor resposta.
5) Quais são as peculiaridades da prova oral?
As peculiaridades da prova oral são muitas e podem variarsegundo o concurso realizado.Concursos para mesma carreira, mas com âmbito estadual ou
federal podem ter características diferentes. Um exemplo: a provaoral do concurso da Magistratura em São Paulo tem aproximadamente cinqüenta minutos, podendo ser abordada no momentoda prova qualquer matéria que conste no edital. A da Magistratura
federal pode chegar até duas horas e meia de duração, com sorteioprévio de um ponto.
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Este é somente um exemplo para você entender que, novamente,assim como as provas são diferentes, o preparo também é. Nãovamos aqui discorrer sobre todas as particularidades dos concursos,
mas é importante que você saiba como é o seu concurso porque isto
vai direcionar todo o seu preparo e ter impacto direto no resultado.Para se ter uma noção do quanto este fator é importante,
sempre, em orientação para candidatos para determinadoconcurso, há necessidade da leitura do edital e de pesquisa sobre
as características desta prova para saber exatamente como o
candidato deve ser orientado.
Isto significa que antes de conhecer as características individuaisde cada examinador, duração de provas etc., há necessidade deentender exatamente quais as exigências gerais do concurso.
6) O que deve ser levado em conta além das particularidades de
cada prova?
Até entender como é o espaço físico, saber como chegar até lá,
a sala onde acontecerá a prova, conhecer o trajeto etc. sãoimportantes para não aumentar o estresse vivido momentos antesda prova e prevenir algum imprevisto por falta de planejamento.
Certa vez, em um atendimento, um candidato faria prova em
Brasília. Ele chegaria no dia, horas antes do horário da prova e
não conhecia bem o prédio onde estava a sala que aconteceriaa arguição.
Após conversarmos sobre a logística da viagem e o tempo que
teria livre até a prova, ele decidiu ir para Brasília um dia antes,
conhecer a sala onde aconteceria a arguição, assistir às provas de
outros colegas e descansar para a prova. Isto poupou imprevistos eproblemas de última hora, que poderiam prejudicar seu resultado etrouxe mais segurança para o candidato.
Saber quanto tempo levará até sua arguição, onde ficaráesperando, se poderá sair após sua prova ou terá que esperar até
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todos serem arguidos, se terá alimentação disponível. Enfim, fatoresnão tão importantes, mas que podem trazer certa tranqüilidade aocandidato por saber como os fatos acontecerão.
7] Como seriam as diferenças que devemos observar no caso de não haver a oportunidade de uma orientação individual e especializada?
O primeiro passo é sempre ler o edital com cuidado,entendendo as exigências do concurso em questão com relação às
características da prova. Conversar com profissionais da mesma
carreira pretendida e que já passaram pelo oral também pode ser
útil. O importante é que o candidato se prepare para a prova demaneira objetiva.Se o candidato é aluno de algum curso preparatório, sempre
é possível a orientação mais detalhada com professores. Além
de já terem passado pela prova com êxito, os professores têm a
experiência do acompanhamento de várias concursos. Não havendo esta possibilidade, o ideal é entender a prova em si.
São vários os tipos de prova, por exemplo: há concursos queexigem "prova de tribuna" ou que exigem simulação de um Ple
nário do J úri, como há carreiras que envolvem apenas a for
mulação de perguntas que devem ser respondidas em tempo pre
determinado.
Neste último, a duração varia entre quarenta minutos a duashoras e meia de prova. Diferente das provas anteriores, onde todos
respondem às mesmas questões, no oral cada candidato terá umaprova diferente.
Os examinadores também têm estilos diferentes de elaboração
de perguntas e exigências individuais com relação à elaboração dasrespostas, fatos que devem ser bastante claros para os candidatos.
Isto indica que pode ser arriscado para o candidato ter uma
única opção na elaboração das respostas. Estas têm que ser maislongas ou breves, de acordo com as características do examinador.
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Saber transmitir o conteúdo de maneira objetiva ou mais aprofundada deve fazer parte do preparo do candidato. Este treinopossibilitará ao candidato atender à expectativa do examinador em
questão e assim mostrar que domina o conteúdo e a forma de
expressá-lo. E fundamental que o candidato compreenda que quemdefine a forma da resposta é o examinador e não quem responde.
Assistir às provas de outros candidatos é fundamental paraconhecer o examinador e a forma de abordagem exigida comrelação ao conteúdo.
8) Como são as perguntas no oral?
As características das perguntas variam em função doexaminador que as elabora, mas normalmente são perguntas queexigem respostas não muito complicadas. A grande dificuldade dooral não é o conteúdo, mas sim conseguir colocar o assuntoquestionado de maneira clara, direta e imediata.
E fácil observar na seqüência de perguntas a influência daresposta do candidato sobre a próxima pergunta. E possível saber,
inclusive, se ele se equivocou ou colocou uma resposta incompleta.Sendo assim, podemos concluir que quem escolhe as perguntas
é o examinador, mas o candidato tem interferência direta nocaminho que a prova toma. E comum a segunda pergunta terrelação direta com a resposta dada na primeira pergunta. Assuntosdiferentes podem ser abordados e sempre há exceções, mas é muitocomum isto acontecer.
Como exemplo de perguntas, seguem abaixo algumas daselaboradas em provas orais:
Direito Penal e Processo Penal
O que é corpo de delito?
Há alguma exceção no art. 158 do CPP?
Como são contados os prazos no processo penal?
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O que é interpretação doutrinária?
O processo penal pode correr à revelia?
Dê exemplos do Princípio da Extraterritorialidade.
Os crimes praticados pelos diplomatas são ou não puníveis?
Há tratados ratificados pelo Brasil?
Que são crimes omissivos próprios e impróprios?
Dê exemplos:
Direito Constitucional
Quais são os princípios fundamentais da República?
O que é Estado Novo?O que é cidadania?
O nascituro tem cidadania?
C idadania é conceito novo, no direito positivo?
O casamento pressupõe pessoas de sexos diferentes?
E a união estável?
Leia o art. 77, § 2-, da CF. Explique.
O que é preâmbulo?
Qual sua importância nas CFs?
Direito Civil e Processo Civil
O que é morte presumida? _____________________________________
Explique morte presumida sem declaração de ausência.
Todo contrato é bilateral?O que é contrato unilateral?
Qual a diferença entre personalidade e capacidade de direito?
Explique o direito de ação processual e constitucional.
Qual a diferença entre união estável e casamento, no campo
sucessório? _____________________________________________________
O que é ação?
O que é posse?O que é inversão do ônus da prova?
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Direito Comercial
Qual a diferença entre sociedade e associação?
O que é letra de câmbio?
Quais são os direitos dos sócios? ____________________________
Na sociedade limitada qual o número mínimo de membros?
Como a sociedade limitada é administrada?
Leia o art. 1.061 do CC. Explique.
Quem pode ser empresário?
O que é trespasse?
O que é controle acionário?
Fale sobre prestação de serviço e Direito do Consumidor.
Direito Administrativo
O que é princípio da moralidade administrativa?
Por que há diferença entre subsídio e provento? Explique.
O servidor público estável pode ser demitido?
Quais as funções do governador?
O que é Estado?
O que são políticas públicas?
O que é ato administrativo absolutamente discricionário?
Explique.
O que é princípio da juridicidade?
Fale sobre os direitos fundamentais.
Qual a diferença entre direito e garantia?
Direito Tributário
O que é obrigação tributária?
Tributo pode ser criado por lei ordinária?
Fale sobre o princípio da extrafiscalidade.
Fale sobre a autonomia do Direito Tributário.
Fale sobre a operação mercantil do ICMS.
Qual a diferença entre capacidade econômica e contributiva?
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Quais os requisitos formais da CDA?
O que é isenção? Qual a natureza jurídica?
Quais as funções da lei complementar tributária?
O que é operação mercantil?
9) O que é levado em conta na fase oral?Obviamente, os conhecimentos demonstrados pelo candidato
em todas as fases do concurso, mas a avaliação certamente é influenciada por outros fatores, como a clareza na elaboração das frases,a correta postura, a comunicação adequadamente estabelecida.
Há necessidade de haver complementaridade entre a forma e oconteúdo. Este é fundamental para o sucesso, sem dúvida. Mas sea forma não estiver adequada, o candidato não conseguiráconvencer a banca sobre sua segurança no conteúdo.
Assim, não basta somente ter o conteúdo, mas não sabercolocá-lo. O conteúdo é fundamental para a elaboração da
resposta, sem ele o candidato não tem o que dizer. Se o conteúdofor inadequado, não basta ter boa forma.Entretanto, o oposto também é verdadeiro. A forma tem que
atender às exigências da situação. O candidato deve manter-seseguro durante a arguição, mostrando que consegue ter qualidadee controle da sua comunicação e também controle emocionalsob estresse.
Os recursos utilizados para a comunicação no cotidiano são diferentes, na maior parte dos casos, daqueles utilizados sob pressão.Isso significa que o candidato deve ter um bom autoconhecimentopara saber como se comunicar no dia a dia e quais são as variaçõesem situações tensas. Este monitoramento facilita o controle dacomunicação no momento da prova.
A dinâmica da prova avalia a postura e segurança do can
didato em situações de pressão, já que assumirá um cargo importante e poderá ter, muitas vezes, que se posicionar assertivamente
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no cotidiano profissional utilizando a sua comunicação comoferramenta de trabalho.
10) O que torna a prova oral a mais temida?
Num primeiro momento podemos citar o fato de que a maioriadas pessoas não gosta ou tem medo de falar em público e a provaoral, muitas vezes, é pública.
Se não for pública, mas com vários candidatos sendo arguidos
ao mesmo tempo, há o fato de falar em uma situação onde estará
sendo avaliado e, dependendo do seu desempenho, poderá não ser
aprovado. Todos aqueles fatores citados anteriormente sobre as características e exigências da prova interferem na avaliação que o can
didato faz da prova a que se submeterá. E normal que receie a prova.O candidato estará frente à banca e terá que convencê-la de que ele
é adequado para a aprovação, tornando-se um de seus pares.
Na maior parte das vezes, o candidato se preparou para
responder as perguntas somente pensando nas respostas, não sequestionando como o faria e se haveria necessidade de trabalharsua competência comunicativa para tal situação.
Outro detalhe absolutamente importante é que as pessoas
não se dão conta de que passarão pelo oral até sair o resultado
da segunda fase. Na verdade, o grande temor aconteceporque na maioria das vezes elas não estão preparadas paraa prova. Têm conteúdo, mas não sabem como colocá-lo de
forma adequada.
Posso dizer que a grande maioria dos candidatos chega com
muito conteúdo e muita dificuldade em escolher, no universo da
matéria, o que seria o melhor ou mais adequado para serabordado naquele momento.
Durante o período de preparação para a prova, onde assimulações são filmadas, quando têm a oportunidade de se
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assistirem, referem que a resposta poderia ser melhor. E a resposta
pode ser treinada no início mais uma ou duas vezes, trabalhandoseu estilo de elaboração e ajustando sua comunicação para a
prova. O cuidado com relação a este ajuste inicial é que, após os
primeiros dias, a resposta dada deve ser a considerada. Em umasituação real, os candidatos não podem ficar repetindo a respostapara melhorá-las.
Assim, pouco a pouco, os candidatos vão se familiarizando com
a situação de colocar o conteúdo oralmente e conseguem mostrar
seu conteúdo de forma clara e objetiva.
O aperfeiçoamento vem com a prática orientada. Costumodizer que a prática leva à perfeição se for orientada. O que vejo emorientação para concursos é que a prática sem orientação leva a
vícios difíceis de serem corrigidos.A dificuldade de explanar o conteúdo oralmente pode se dever
ao fato de que os alunos de direito são preparados para escrever
bem e transmitir toda a informação necessária pela escrita, que é a
oportunidade que têm para colocar ao juiz a sua argumentação,que será lida.
A escrita tem um estilo bem mais detalhista que a fala. Os textos
tendem a ser longos e esmiuçados. A tendência é colocar na hora
de responder a forma como os candidatos estão acostumados.
Sendo assim, poucos têm objetividade e clareza na primeira vez querespondem às perguntas.
11) A prova perante toda a banca é o único tipo de prova?
Não. Em alguns Estados ou carreiras, a prova oral é realizada
com vários candidatos arguidos ao mesmo tempo. O candidato
será arguido por todos os examinadores, mas individualmente, emum sistema de rodízio.
Os candidatos normalmente sentem-se menos tensos neste tipode prova por não haver a exposição pública e também pelo fato da
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situação ser mais próxima de outras já vivenciadas. As demaisexigências com relação à postura e elaboração permanecem asmesmas.
Em função da estrutura, não é possível ouvir as perguntas, já
que tanto os examinadores quanto os candidatos tendem a falarbaixo e não há microfones. Os candidatos neste tipo de concurso
recebem informações sobre o estilo de perguntas dos examinadoresatravés de colegas que já fizeram a prova.
12) Este tipo de prova é aplicado em qualquer concurso?
Não. Como vimos, cabe à lei ou a regulamento do concursoestabelecer como as provas são realizadas e qual a seqüência a serobservada. O modo de realização da prova oral também está
estabelecido no regulamento do concurso e é repetido no edital, isto
quando a lei já não estabelecer.
Assim, por exemplo, nas provas do Ministério Público do Estadode São Paulo o exame oral segue a forma de arguição pública,
sendo um candidato questionado por vez por toda a banca. Noconcurso da Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo, por
exemplo, as provas acontecem com vários candidatos sendo
arguidos ao mesmo tempo.
13) Como é a prova de tribuna?
Nos Estados em que a prova é a apresentação de um ponto
você terá, em média, quinze ou vinte minutos para falar. Istosignifica que haverá a explanação de conteúdo extenso, sem
qualquer tipo de apoio ou roteiro em mãos.
O roteiro deve estar em sua memória e ser visualizadomentalmente para a organização do discurso. Aqui, como já
falamos, o grande desafio é que seu público domina o conteúdo e
sabe o que falta na sua explanação.Pode parecer pouco, mas para quem não está acostumado a
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falar em público, é bastante e o treino o ajudará muito. Daí a dica,elaborar um roteiro e treinar antes da apresentação.
Segue abaixo um roteiro geral que pode auxiliá-lo na pre
paração. Dependendo da matéria abordada, você precisará fazer
adaptações.
14) Como o candidato se prepara para a prova de tribuna?O primeiro passo é o candidato se informar como é a prova de
tribuna no Estado em que ele deseja prestar e o tempo que terá
entre o sorteio e a apresentação do tema. Em alguns Estados esta
prova é a simulação de um júri, em outros a apresentação envolveum tema (por exemplo, de direito penal). O candidato deve assistiralguns júris, conhecer como ele se desenvolve na prática para
depois poder supor o que se passará no dia dos exames. Deve, no
outro caso, simular a apresentação de alguns temas, resumindo-os
em tópicos que servirão de guia para a defesa em Tribuna.O importante é não deixar a preparação para as vésperas dos
exames, porque a fase oral nestes concursos não se resume a essaapresentação, já que ainda haverá a arguição oral.
15) O que pode ser feito hoje para começar o preparo?
O candidato pode substituir as perguntas e respostas duas
vezes por semana por uma exposição de conteúdo e cronometrareste tempo. Mesmo que no início a exposição dure apenas cinco
minutos, não desista e vá aos poucos aumentando o tempo de fala.
Muitas vezes um curso de oratória comum, que há em todas as
cidades, pode auxiliá-lo no preparo para esta fase.
16) Como se inicia a prova de tribuna?
DIREITO PENAL - (SAUDAÇÃO)Por exemplo, a saudação poderá ser:
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"Augusta Banca Examinadora do Concurso de Ingresso para a
carreira do Estado de Excelentíssimos Senhores Examinadores";
"Excelentíssimos Membros da ...";
"Demais autoridades aqui presentes";
"Senhores candidatos".
A saudação da Banca Examinadora ou dos Examinadores
exige o emprego da linguagem técnica; o tratamento deve ser o
protocolar, estabelecido ou não em lei. Por exemplo, o
tratamento reservado para Magistrados e para Membros do
Ministério Público é de Vossa Excelência ou Excelentíssimo Senhor
Doutor, e jamais o candidato poderá se dirigir à Banca emlinguagem informal (você, doutor ou examinador). Os concursos
para a Magistratura e para o Ministério Público exigem que um
examinador seja indicado pela Ordem dos Advogados do Brasil,
a este examinador o tratamento também será o de Vossa
Excelência ou Excelentíssimo Senhor Examinador. Para dirigir-se à
Banca o candidato deve reservar tratamento diferenciado, porexemplo, Augusta Banca. Não deve, porém, exagerar na
saudação, consumindo minutos preciosos para a explanação do
ponto sorteado.
17) Como se inicia a exposição do conteúdo?
O candidato deve colocar o tema indicado já no início.
Por exemplo, se o tema sorteado for "Concurso de pessoas",o candidato deve começar com:
"O tema que me foi indicado é o relativo ao CONCURSO DE
PESSOAS, tratado na parte especial do Código Penal em vigor.
Passo, portanto, à apresentação dos aspectos que se me
apresentam mais relevantes para a presente exposição."
O candidato deve ter elaborado um roteiro prévio do tema,com a indicação de itens, subitens e de principais aspectos de modo
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a rememorá-los imediatamente. Não é permitido o uso de qualquertipo de roteiro durante a exposição. O exemplo dado abaixo deveser utilizado como instrumento de estudo e facilitador de
memorização. Por exemplo, sobre o Concurso de Pessoas, segundo
a doutrina penal podem ser úteis as noções de:✓ Concurso necessário e eventual - os crimes mono e
plurissubjetivos✓ Autoria
- conceito
- contribuições doutrinárias
✓ Participação- conceito✓ Teorias - restritiva e extensiva do autor, domínio final
✓ Teoria da causalidade - tipicidade indireta✓ Formas de autoria
✓ autoria mediata
✓ autoria intelectual
✓ autoria propriamente dita✓ coautoria
- coautoria direta
- coautoria parcial
✓ Teorias:
- unitária- dualista- pluralística
✓ Participação- conceito
- espécies
✓ Requisitos do concurso de pessoas
- pluralidade de condutas
- aspecto subjetivo- identidade de infração
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✓ Punibilidade- formas de participação- cooperação dolosa- menor importância
✓ Participação - omissão- divergências doutrinárias
✓ Comunicabilidade e incomunicabilidade- circunstâncias e condições de caráter pessoal- circunstâncias objetivas- elementares
18) Como se encerra a prova de tribuna?O candidato deve apresentar agradecimentos de forma
objetiva, agradecendo a oportunidade de poder expor seus conhecimentos perante a banca, bem como a atenção dispensada poresta durante sua apresentação.
A maneira formal de se referir à banca pode ser aqui utilizadanovamente.
A exposição do conteúdo nunca pode ser encerrada com "eraisto que eu tinha pra dizer" ou qualquer outra frase que tenha omesmo sentido. Estes são erros considerados primários em oratória.
19) Devo fazer um curso de oratória para me preparar para a prova de tribuna?
A apresentação de um ponto ou a simulação de um júri emuma prova de tribuna assemelha-se a uma apresentação empúblico, partindo do pressuposto que o candidato fará aexplanação lógica de uma matéria ou de uma argumentação.
Dependendo do seu desempenho em apresentações, vocêpode, sim, ter benefícios com um curso. Precisa somente levar emconta que nem todas as orientações de apresentações em público
são aplicáveis a concursos, particularmente porque nesta situação oseu público presumidamente sabe mais que você. Em uma prova,
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por exemplo, um candidato nunca deve fazer "pontes" com outramatéria e falar sobre ela, uma vez que a banca domina o conteúdoabordado e saberá que o candidato em questão não sabe explanarsobre aquele ponto.
Os benefícios seriam com relação à postura, gestos, movimentação corporal, elaboração do discurso e mesmo sua dessensibi-lização com o falar em público.
Algumas técnicas de introdução de apresentações em geralpodem não ser adequadas e você deve ficar atento às orientações do cursinho ou de alguém que já passou pela prova e foiaprovado.
Você deve conversar com pessoas com experiência neste tipo deprova antes de se preparar!
20) O curso vai fazer com que eu aprenda a ficar calmo na hora de me apresentar para a banca?
Pessoas que não têm experiência em apresentações em públicoreferem-se rotineiramente a algumas sensações ao estar na frentede um público. Alguns, muito tímidos, incomodam-se pelo fato deser o centro das atenções e de todos estarem olhando para ele. Piormesmo seria se estivesse sendo ignorado pelo público, não?
O início é sempre difícil, a respiração fica ofegante e parece queo coração vai "sair pela boca". Sim, isso acontece por reaçãofisiológica do organismo, que reage assim pelo medo. E normal.
O que o candidato precisa é de bastante preparo para conseguirpassar por este início e dar andamento ao seu discurso. Tendo a oportunidade de falar em público várias vezes, a
tendência é que algumas reações melhorem.Outra característica que deve ser levada em conta é o tempo de
preparo da apresentação. Alguns concursos definem o conteúdocom vinte e quatro horas de antecedência, sendo que este prazo
pode ser menor ainda.Quanto mais prática tiver, melhor será seu desempenho.
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21) Devo elaborar dissertações sobre tados os temas e tentar
reproduzi-las falando?
Em princípio, não é um bom conselho, porque a linguagem
escrita difere muito da oral e isto envolveria um investimento
grande de tempo, que nunca é suficiente para rever todo o edital.
O que pode ajudá-lo e funciona bem é o fichamento dos pontos
que serão sorteados. Isto ajuda a fixar e revisar a matéria na
véspera da prova. Escrever como se fala também pode ser um
bom início, faz com que a fala fique mais espontânea e próxima
ao dia a dia.
22) Quais seriam as principais diferenças entre a comunicação
escrita e a comunicação oral?
As duas são diferentes pelo próprio veículo ou pelo modo como
são estabelecidas e, por isso, funcionam de formas diferentes.
Vejamos as principais diferenças:
Comunicação Oral Escrita
Frases
Tendem a ser mais
curtas ou com mais
pausas para que ocomunicador possa
respirar.
Depende do estilo
do escritor, mas
podem ser mais
longas.
Informação
A informação está
no vocabulário ena forma de falar.
A mesma frase dita
de formas diferentes
passa informaçõesdiferentes.
Toda a informação
está nas palavras,que devem ser bem
escolhidas
e colocadas.
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Convencimento
O convencimento
acontece pelo
conteúdo do
discurso e pelasegurança ao falar.
O convencimento
acontece pelo
encadeamento
do raciocínioe pela habilidade
na comunicação
escrita.
TempoExige prontidão na
elaboração das
respostas.
Há a possibilidade
de pensar para
iniciar a resposta.
Vocabulário
Mais próximo doutilizado no
cotidiano, mas com
termos específicos
da área.
Mais formal econservador.
A linguagem
geralmente é
mais rebuscada.
23) Quando eu devo começar a me preparar para a prova?
O preparo para a prova oral deve iniciar quando você começa
a estudar, principalmente se a carreira que escolheu tem noprocesso de seleção a arguição oral. O correto é você se preparar
para a prova como um todo e não fase por fase. Além disso,existem concursos mais longos, e o candidato chega a ter meses
para treinar para a prova oral. Em outros, há o intervalo de
somente alguns dias entre o resultado da segunda fase e a datada prova, sendo impossível um preparo adequado. Mas, é
fundamental que a preparação para o oral acompanhe as outrasfases, porque assim você estará mais seguro no desenvolvimento
do concurso, sem contar que a partir do momento que você se
prepara para o oral, há uma melhora na memorização e nodomínio do conteúdo.
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Preparação para a prova oral [ü !/ Comece HOJE!
24) A preparação para as fases anteriores não ajuda para o exame oral?
Claro que sim. Todas as fases e o desempenho do candidato emcada uma é que determinarão a aprovação ou não. Logicamente, ocandidato acumula conhecimentos e deve demonstrá-los em todas asfases. A diferença é que na prova oral a ferramenta de demonstraçãode conhecimentos é a comunicação oral, que é completamentediferente da comunicação escrita. Logo, se o candidato está preparado para a segunda fase porque fez inúmeras dissertações, não quer
dizer que seu desempenho na prova oral será satisfatório. Para cadafase há necessidade de um cuidado especial e os candidatos namaioria das vezes estão menos preparados para a comunicação oraldo que para a comunicação escrita. E necessário treinar porque atécnica só se aperfeiçoa com a prática. Quanto mais tempo de treino,maiores as chances de sucesso na prova.
Lembre-se que a comunicação será a ferramenta para a
demonstração do conteúdo no momento da prova. E fundamentalque o candidato tenha domínio na utilização desta ferramenta.
25) Posso tentar responder oralmente como se estivesse escrevendo?A forma da comunicação na escrita é diferente da falada.
O que pode ser feito é escrever pensando na resposta falada edepois estudar estas respostas. Pode ser uma boa opção para iniciar
os estudos para a oral. Esta é uma forma de o candidato ir sefamiliarizando com a linguagem falada, mas com o tempo é melhorabandonar este recurso e responder prontamente, sem nenhum tipode apoio ou "muleta".
26) Todos precisam de orientação específica ou somente os que têm dificuldade?
A prova oral tem características não presentes em nenhuma outrasituação de fala em público ou similar. Logo, todos se beneficiam das
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orientações antes da realização da prova para adequar suacomunicação, mesmo aqueles que falam muito bem em situaçõescotidianas e apresentações em público ou sustentações orais.A situação de prova é bastante diferente das anteriormente citadas.
Além disso, existem peculiaridades inerentes a cada concurso,não somente pela carreira escolhida, mas também pela característica da banca examinadora.
27) Quais são as formas de estudar para se preparar para a prova oral?Como já foi dito anteriormente, o estudo para a prova oral deve
iniciar-se com o das outras fases e nunca ser postergado para o
último momento. A melhor maneira, principalmente para quem estácomeçando, é a elaboração de cinco a dez perguntas referentes àmatéria estudada naquele dia. Nesta fase você vai usar a elaboração de perguntas e respostas para também para a memorização deconteúdo, além de, é lógico, já estar se familiarizando com oconteúdo colocado oralmente.
O treino sistemático faz bastante diferença no comportamento
dos candidatos frente às perguntas. Acontece gradativamente umprocesso de aprendizado de como colocar o conteúdo estudadooralmente.
Prestar atenção à qualidade das respostas é muito importante.Preparar-se para as definições, por exemplo, ajudará bastante nomomento da arguição. Evite iniciar as definições com "ocorrequando" ou com "é quando". Não use exemplos para responder
definições. Sempre há uma forma mais elaborada de responder.
28) Que tipo de perguntas podem ser feitas?As perguntas devem ser mais objetivas. Falar o ponto estudado
não resolve porque na prova oral há necessidade de respostaselaboradas de forma objetiva.
Coloco a seguir alguns exemplos de perguntas que podem ser
feitas. Elas foram extraídas do livro de Legislação Especial, capítuloI, autor Rodrigo Colnago, da Coleção Estudos Direcionados:
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Legislação Especial - Capítulo I
1) Sobre o que dispõe essa lei?
2) Essa lei responsabiliza o agente em que esfera? ______________
3) De que se trata o direito de representação?4) Onde se encontra essa previsão legal?
5) Onde está disciplinado o exercício do direito à representação?
6) Como será exercido esse direito?
7) Quais são os requisitos do direito à representação?
8) O que é a deloctio criminis postulatória?
9) Quais os requisitos para a delação?10) As medidas administrativas podem ser promovidas de ofício?
11) A representação formulada perante o MP é condição objetiva
de procedibilidade?
12) Trata-se de que tipo de ação?
13) Qual a finalidade da lei de abuso de autoridade?
14) Onde está prevista a responsabilidade penal?15) Onde estão previstas as sanções penais?
16) Quem é o sujeito ativo?
17) E o sujeito passivo?
18) Qual é o elemento subjetivo?
19) A tentativa é admitida?
20) Por que o art. 3- da lei é de duvidosa constitucionalidade?
Você pode responder às questões sozinho em voz alta tendocomo objetivo o aprimoramento da elaboração da resposta e da
prontidão ao receber a pergunta.
Nesta situação não é possível colocar em prática o aprimo
ramento total da comunicação pessoal para o exame oral,
mas sim a qualidade da elaboração oral e da linha de raciocíniodo aluno.
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As pessoas perguntam-me sobre falar para o espelho. Estapode ser uma opção, mas pessoalmente prefiro a filmagem. Hojeos celulares têm câmeras que podem ser facilmente utilizadas e
você consegue ter uma avaliação objetiva do seu desempenho.
O ideal seria responder para alguém com a realização dafilmagem, já colocando em prática as orientações deste livro eaprimorando os recursos que terá que usar na prova. Quem já estáno exame oral deve fazer este treino de reposta, de preferência
com filmagem, diariamente, contando a partir de trinta dias antes
da prova.
29) Existe algo específico em cada concurso?A preparação do candidato sempre deve levar em conta as
particularidades da carreira na qual ele pretende ingressar e, porisso, deve priorizar o estudo de temas ou matérias historicamente
avaliadas em cada carreira. Assim, por exemplo, o candidato deve
conciliar o estudo teórico e prático de direito penal e processo penal
nos concursos de ingresso à carreira do Mf}porque na segunda fasedo concurso há, em alguns Estados, a exigência de uma peçaprocessual a ser apresentada pelo candidato.
30) O que é recomendado?
O que se recomenda, então, é que o candidato leve em contaas peculiaridades da carreira, identifique as suas áreas de atuaçãoe dê ênfase para questões que possam vir a ser formuladas.
Também como mero exemplo, sabe-se que as carreiras daProcuradoria do Estado e da Advocacia Geral da União exigem do
candidato conhecimentos amplos de direito público, de direito
constitucional, administrativo, tributário e de questões relacionadas
à atuação processual do Estado em J uízo. O candidato, além das
disciplinas básicas, deve pesquisar episódios recentes de atuação emanter-se informado.
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31) E a entrevista do candidato? Quem a realiza?
Há carreiras cujos concursos incluem a submissão do candidato
a uma entrevista pessoal realizada pela banca. A entrevista não é
pública. Muitas vezes é realizada após a arguição oral, mas em
alguns concursos pode acontecer até algumas semanas antes daprova. Deve girar em torno de aspectos pessoais - vida, trabalho,local da residência, interesse pela carreira etc. Não deve ser de
caráter eliminatório, porque é subjetiva e realizada de formaparticular, mas pela própria banca examinadora.
Na entrevista os examinadores fazem perguntas simples, que
devem ser respondidas de forma clara, objetiva e simpática. Osassuntos abordados não são jurídicos, mas o candidato devemanter o mesmo padrão de comunicação pessoal da prova:postura adequada, gesticulação e movimentações corporais
moderadas, contato visual eficiente e respostas seguras.
32) Como devo me preparar para a entrevista?
No capítulo próprio trataremos da postura que o candidatodeve manter, mas antecipo que o melhor será sempre ser natural etreinar para que seu discurso fique coerente e coeso. Não há como
prever todas as perguntas que serão feitas pela banca, mas
algumas mais comuns podem ser previamente preparadas. O fator
surpresa estará presente em todas as situações da prova oral, o que
exige certo grau de prontidão diante das respostas. Por este motivo,o candidato deve ter controle sobre os recursos que utiliza. Assim
saberá adequar as respostas da melhor maneira possível frente a
uma pergunta inesperada.
33) E os exames psicossociais?Eles são realizados na maioria das vezes semanas antes da
prova oral. Psicólogos e assistentes sociais são os responsáveis pelostestes e entrevistas. Não há uma regra para estes testes porque eles
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variam de acordo com o concurso e também com a forma de
trabalho dos profissionais envolvidos. São compostos por entrevistapessoal, testes psicológicos e dinâmicas de grupo.
A comunicação pessoal aqui também é a ferramenta para a
realização das dinâmicas e entrevistas.
✓entrevista pessoal;Exames U \
psicossociais n / ✓testes psicológicos;✓dinâmicas de grupo.
34) E como o candidato consegue manter-se atualizado para todas as fases do concurso?
Se a doutrina clássica não reformula seus conceitos, a jurisprudência se renova a cada dia. Por isso, deve o candidato
realizar pesquisas de jurisprudência, sobretudo dos Tribunais
Superiores. Além de conhecer as mais recentes posições do Plenário
do STF, o candidato deve examinar as decisões dos Tribunais que serelacionam com a carreira que pretende ingressar.
Assim, aquele que pretende ser J uiz do Trabalho deve, ao longo
de toda a preparação, examinar as decisões do Tribunal Regional e
do TST. Se a carreira escolhida é a do MR deve pesquisar sobre a
atuação do MR as deliberações do Conselho Superior e asrecomendações de Centros de Apoio e da Corregedoria. As pesquisasnão demandam grande esforço, podem ser realizadas pela internet.
Outra fonte importante são as decisões ou posicionamentos dos
membros da banca, bem como obras escritas por eles.
35) Como faço para estudar em grupo?Estudar em grupo é uma ótima opção porque seus colegas
podem ajudá-lo na elaboração do conteúdo, dando dicas para seuaprimoramento.
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A sugestão é uma reunião semanal, com o tempo de duraçãovariável com o número certo de participantes, sendo a matériacombinada previamente pelo grupo, já que quem não está no
exame oral provavelmente não terá qualquer matéria pronta para
elaborar as respostas. Chamo estas perguntas de "fechadas",quando a matéria é previamente acordada. Após esta primeirafase, as perguntas são direcionadas a apenas uma pessoa e osdemais fazem a arguição que deve ser cronometrada. E interessante
que o grupo preste atenção não somente no conteúdo, mas
também na postura, no contato visual, nos gestos, na elaboração,
nos vícios de linguagem. Isto trará uma potencialização noresultado do estudo, já que os candidatos estarão se preparandopara o oral e usando uma eficiente técnica de memorização.
Quando a orientação acontece para alunos que estão nas
vésperas da prova, a sugestão é diferente. As perguntas seriam
"abertas", com qualquer matéria que conste no edital. E importanteque o candidato saiba como responder de forma adequada e
mantendo o mesmo padrão na elaboração quando sabe a respostacompletamente e também quando sabe parcialmente. Se não
souber, não deve responder. O "chute" é algo muito arriscado para
o momento decisivo que é o oral.
36) Como deve ser o uso de termos técnicos na elaboração?
Lembre-se que você está falando com pessoas que,
obviamente, têm conhecimento do vocabulário jurídico. Logo, ostermos técnicos não só podem como devem aparecer durante toda
a elaboração do seu discurso. Deve-se tomar cuidado somente para
não ficar formal demais, o que pode soar como antipático pela
banca. O latim não deve ser usado.
Há alguns anos atrás, orientei um candidato que utilizava
muitas palavras complicadas, adequadas para um texto escrito,mas que soavam artificiais quando falava e não combinavam com
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sua idade, visto que era um candidato jovem. Com alguns ajustes,seu discurso continuou seguro, já que estava muito bem preparadoem conteúdo. Os termos mais comuns do vocabulário jurídico
foram mantidos, mas seu desempenho melhorou consideravelmente.
37] Quem já fala bem precisa de menos preparo?
Pessoas que já têm bom desempenho na comunicação oraltendem a ter mais facilidade do que aqueles que não falam muito
bem, ou falam pouco. O que não significa, necessariamente, que
precisem de menos preparo, já que a prova oral tem algumas
características específicas diferentes de outras situações.E muito comum estas pessoas se sentirem bem quando falame naturalmente tendem a incluir a oralidade durante o período de
estudos, o que já as deixa mais familiarizada com colocar oconteúdo oralmente.
Um risco que existe para pessoas que falam bastante é não
saberem dosar exatamente o que seria ideal para a prova e/ou
entrevista e falarem demais, não somente em tempo de duração daelaboração, mas também colocarem conteúdo em excesso ouequivocados. Lembre-se de que as respostas devem ser completas,
demonstrando o conteúdo estudado, mas objetivas.
38) O que seria mais indicado para estas pessoas?
O mais seguro é receberem orientações para não manterhábitos inadequados ou vícios. Por exemplo, é comum a colocaçãode detalhes em excesso que fogem do ponto específico da questão,o que não é considerado adequado e pode prejudicar o candidato
na hora da prova. Em situações de simulação com colegas, por
exemplo, este candidato pode pedir que apontem quando ele
começar a fugir da pergunta realizada.
Sempre oriento alunos e candidatos sobre a necessidade deatenção aos ajustes de comunicação pessoal às diferentes situações
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e/ou interlocutores. Não há uma forma única de comunicaçãoeficiente, mas sim a comunicação eficiente para as provas e todasas situações inerentes a elas como arguições, entrevistas pessoais,testes psicossociais etc.
39) Posso só pensar na resposta na hora de estudar?O aprimoramento da comunicação oral pode ser comparado
às diversas situações em que o indivíduo aprende a fazer algo naprática e somente desta forma. Ninguém aprende a cozinhar oudirigir somente pensando em como fazer. Se você só pensar nãoestará treinando a sua comunicação oral e consequentemente não
terá os benefícios deste treino.Quando recebem esta orientação, os alunos referem sobre a
dificuldade de falar em voz alta pelo fato de estudarem embibliotecas ou salas de estudo de cursinhos.
Entendo que esta atividade causaria problemas nestesambientes. Minha sugestão é que façam este treino em casa,durante aproximadamente dez minutos, diariamente. Ao final demeses, fará uma enorme diferença. Mas lembre-se: este treino temcomo objetivo sua preparação para o exame oral e você deve seguiras orientações específicas para a elaboração das respostas, quedevem ser objetivas e pontuais. Na maior parte das vezes os examinadores não gostam de respostas muito longas e dispersivas.
40) O fato de estudar em voz alta já prepara para a prova oral?Ler em voz alta não auxilia necessariamente na elaboração dasrespostas. Apesar de ser um método razoavelmente utilizado pelosalunos para não terem sono. O ideal é mesmo a elaboração deperguntas e respostas. A elaboração exigida na prova pode seraprendida e/ou aprimorada através da prática das simulações (noperíodo que antecede a prova) ou de perguntas feitas a respeito do
conteúdo estudado diariamente Além de não ser um métodoeficiente, existem outros motivos:
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Por que
se deve evitar ler em
voz alta?
Você pode desenvolver um problema
de voz que pode criar desconforto
ao falar (como uma dor de
garganta), diminuição da resistênciavocal ou até mesmo nódulos (calos)
nas pregas vocais por uso excessivo
e/ou inadequado da voz.
Os textos escritos são para leiturasilenciosa. Sendo assim, as frases e
os parágrafos tendem a ser longos,
o que facilita mais ainda osurgimento de problemas de voz.
41) E se este for o método mais eficiente para que o candidato memorize a matéria?
Se não houver outra forma, apesar de já haver feito váriastentativas:
Se houver necessidade
de realizar
leitura em
voz alta:
Faça períodos de repouso
vocal (estude com leiturasilenciosa, escreva ou faça
resumos) alternando o usoda voz durante o estudo.
Tome bastante água.
Consulte um fonoaudiólogopara obter orientaçõesespecíficas e assim cuide
para que sua voz chegue
saudável ao exame oral.
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42) Que situações do dia a dia eu posso aproveitar para treinar a minha comunicação?
Sempre oriento os alunos sobre o contínuo monitoramento dacomunicação pessoal e as inúmeras vantagens que este treino traz.
Você pode, de forma consciente, aproveitar todas as situaçõesdo cotidiano para aprimorar a sua comunicação. Como? Sendoclaro quando vai explicar algum conteúdo para um colega, olhandonos olhos de todos os interlocutores que você tiver a oportunidadede ter no dia, adequando o volume da sua voz aos diversos locaisde conversação, monitorando o uso de vícios de linguagem naelaboração, fazendo perguntas coerentes aos professores durante
as aulas etc.Lembre-se também de que o treino diário sobre o conteúdo
estudado é valioso!
43) Meu estilo de comunicação é objetivo: falo pouco e não gosto de me estender. Isto ajuda ou atrapalha?
Depende. Existem situações de prova em que você terá de ser
mais objetivo e não poderá mesmo se estender nas respostas. Emoutras situações, entretanto, a resposta exige uma elaboração maisextensa. O grande risco no seu estilo de comunicação é não colocartodo o conteúdo na resposta por achar que pouco é suficiente eperder nota com isto. Lembre-se de que as respostas devem serobjetivas e completas.
Outra situação bastante comum em arguições de candidatos
com mesmo estilo de comunicação que o seu é a quantidade deperguntas feitas pelo examinador. Como as respostas são maiscurtas, o examinador usa seu tempo fazendo mais perguntas.
Vale a pena trabalhar sua elaboração e aumentar a quantidadede informações nas respostas. Isto é possível e exige treino e orientação especializada.
44) Há o risco de esquecer o conteúdo enquanto elaboro a resposta?Sim, há, mas não é para desesperar, afinal, isso pode acontecer
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com qualquer um. O que varia é a forma como você encara o fato.Você pode se desestruturar e pôr a perder o que vem a seguir ouencarar o fato como algo comum numa situação de prova e ficarpronto para a próxima pergunta. Esquecer uma ou outra palavra é
normal. Quanto mais treinado você estiver, menor a probabilidadedisto acontecer.
Durante as simulações que realizo com os candidatos, osbrancos acontecem eventualmente e, sendo um momento depreparação e identificação do que pode acontecer de fato na prova,eles têm a oportunidade de vivenciar o problema e encontrar asolução antes da situação real da prova.
Antecipar problemas ou dúvidas comuns faz parte do papel doprofissional que prepara os candidatos para a prova oral.
45) E se o candidato falar tudo com detalhes, estendendo-se bastante na resposta? Quais as conseqüências deste estilo de comunicação?
Nenhum dos extremos é ideal. Na prova, como em outrassituações da vida, o melhor é o equilíbrio. Nem muito detalhe, nem
pouca informação, esta podendo ainda remeter a falta de domíniosobre a matéria. Basta entender o que seu examinador quer comoresposta e isto ele demonstra o tempo todo, durante as arguições.A sua forma de elaboração de resposta deve estar de acordo coma expectativa de cada examinador.
Aqueles comunicadores que tendem a falar tudo com detalhescorrem o risco de falar mais do que seria o ideal, entrando em
outros assuntos ou mesmo passando-se por chato.Outra impressão não satisfatória que este tipo de compor
tamento pode sugerir (e que a banca percebe pela própriaexperiência dos examinadores) é que o candidato está querendoganhar tempo, enrolando a banca. Pode também passar a imagemde um comunicador com o raciocínio bastante complicado ouprolixo, não conseguindo finalizar a resposta.
Em nenhuma das opções citadas anteriormente o candidatoterá qualquer tipo de benefício.
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46) Posso utilizar questões de concursos anteriores para estudar?
Se referente ao conteúdo já estudado, sim, pode. Mas fazer
perguntas de matérias de forma aleatória, só mesmo quando você
já tiver um bom domínio do conteúdo e isto normalmente acontece
nas últimas semanas antes da prova. No início isto pode ser
frustrante e atrapalhá-lo nos estudos.
O ideal é elaborar perguntas sobre o conteúdo que estudou no
dia, a fim de reforçar o que estudou e perceber pontos que
precisam ser revistos.
O principal objetivo do treino é identificar seu estilo de resposta
e, com orientações específicas, ir aos poucos melhorando sua comunicação. Na fase de estudo o objetivo não é a avaliação do conteúdo
propriamente dito, mas sim o aprimoramento da ferramenta que
será utilizada no exame oral, que é sua comunicação pessoal.
47) Há outra forma além de utilizar perguntas de concursos
anteriores?Como já foi dito, a melhor maneira de estudar para o oral é
praticando. Uma forma eficiente de estudar é com perguntas e
repostas. Assim você tem certeza de estar estudando a matéria de
forma correta. Precisa ficar atento, entretanto, à forma de elabo
ração, que é diferente da escrita.
Lembre-se que comunicação oral e comunicação escrita são
diferentes. Com o apoio do livro, entretanto, não há o risco de
elaboração de respostas erradas ou incompletas.
A elaboração das respostas na Coleção Estudos Direcionados
foi feita de forma completa e objetiva, sendo uma boa referência na
colocação do conteúdo.
Seguem a seguir exemplos de perguntas e respostas que podem
ser utilizados para estudo:
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7 - Em que consiste a teoria da adio libera in causa?
Resposta: p. 127A embriaguez não acidental jamais exclui a imputabilidade do
agente, seja voluntária, culposa, completa ou incompleta. Isso porque
ele, no momento em que ingeria a substância, era livre para decidir se
devia ou não o fazer. A conduta, mesmo quando praticada em estado
de embriaguez completa, originou-se de um ato de livre-arbítrio do
sujeito, que optou por ingerir a substância quando tinha possibilidadede não o fazer. A ação foi livre na sua causa, devendo o agente, poressa razão, ser responsabilizado. E a teoria da actio libera in causa
(ações livres na causa). Considera-se, portanto, o momento da
ingestão da substância e não o da prática delituosa. Essa teoria ainda
configura resquício da responsabilidade objetiva em nosso sistema
penal, sendo admitida excepcionalmente quando for absolutamente
necessário para não deixar o bem jurídico sem proteção.
101) Qual é a exceção à regra do art. 55 do CP?Resposta: p. 200
E o art. 46, § 4°, do Cf? com a redação determinada pela Lein. 9.714, de 25-11-1998. Assim, quando a pena privativa de
liberdade a ser substituída por uma restritiva de direitos for igual ouinferior a um ano, o seu tempo de duração será o mesmo. Por
exemplo: oito meses de detenção eqüivalem a oito meses de prestação de serviços à comunidade. Sendo a pena privativa superior aum ano, no entanto, o juiz poderá fixar uma duração menor do que
esse total, desde que não inferior à metade. Esse benefício foi
estendido também para a limitação de fim de semana e para as
interdições temporárias de direitos, por determinação expressa doart. 55 do CR
Direito Penal - Parte Geral
Autor: Rodrigo Colnogo
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2) Quais as ações nucleares do tipo penal?
Resposta: p. 115
São ações nucleares os verbos expor ou abandonar. Ambos
significam deixar o recém-nascido sem assistência, ao desamparo.
O primeiro verbo exprime uma conduta ativa, o recém-nascido é
removido do local onde lhe é prestada a assistência para outro
diverso, em que esta inexiste; ao passo que o segundo exprime uma
conduta omissiva: o sujeito ativo, sem remover a vítima para outro
local, deixa de prestar-lhe a devida assistência. Trata-se aqui do
abandono físico. Se o abandono for moral e não físico, poderá
constituir crime contra a assistência familiar (arts. 244 a 247).
19) O crime de dano constitui delito de menor potencial ofensivo?
Resposta: p. 238Nos moldes da Lei n. 9.099/95, o crime de dano simples
(capuf) constitui infração penal de menor potencial ofensivo, pois a
pena máxima prevista é igual a ó meses (pena - detenção, de 1 a
6 meses, ou multa). É possível a aplicação da suspensão condi
cional do processo (art. 89 da Lei n. 9.099/95), uma vez que a pena
mínima cominada é de detenção de 1 mês, portanto inferior a 1ano. No tocante ao crime de dano qualificado (parágrafo único, I a
III), somente é cabível a suspensão condicional do processo (art. 89
da Lei n. 9.099/95), uma vez que a pena mínima cominada é de 6
meses de detenção.
Direito Penal - Parte Especial I
Autor: Rodrigo Colnago
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3) Para a doutrina, em que casos essa presunção pode ser afastada?
Resposta: p. 197
Tem-se, assim, afastado essa presunção nas seguintes hipóteses:
vítima que aparentava ser maior de idade; que era experiente na
prática sexual; que já se demonstrava corrompida; vítima que forçou
o agente a possuí-la; que se mostrava despudorada, devassa.
6) A testemunha da formalização do documento pode ser consi
derada partícipe da falsidade ideológica?
Resposta: p. 173
Ao comentar a figura majorada do parágrafo único, afirma Celso
Delmanto: "Note-se, no caso de declaração perante o registro civil, na
presença de testemunhas, que estas são testemunhas da declaração e
não do fato declaração e não do fato declarado. Serão partícipes docrime só se tiverem agido com conhecimento da falsidade".
Ética Profissional da Advocacia
Autores: J osyanne Nazareth de Souza e Rodrigo Colnago
6) Qual o quorum para sessões do Conselho Federal?
Resposta: p. 96
O quorum se dá com a presença da maioria das delegações
(metade mais uma), exigindo-se o quorum especial de 2/3 dos
presentes para editar e alterar o Regulamento Geral, o Código de
Ética e Disciplinas, os Provimentos e para intervir nos ConselhosSeccionais (art. 78 do RGE).
Direito Penal - Parte Especial II
Autor: Rodrigo Colnago
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33) É necessária a notificação do cliente por parte do advogado quando da sua renúncia ao mandato?
Resposta: p. 26Para renunciar ao mandato, o advogado deverá notificar o
cliente de tal renúncia (art. 45 do CPC).
Direito Constitucional Autor: Rodrigo Colnago
41) Uma vez rejeitado o projeto pela Casa Revisora, o que se sucede?
Resposta: p. 166Ele será arquivado, de modo que somente poderá ser reapresen-
tado na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioriaabsoluta dos membros de qualquer uma das Casas do CongressoNacional, conforme determinam os arts. 65, caput e 67 da CF.
11) Como pode ser graduado o estado de sítio?
Resposta: p. 232O estado de sítio é a forma mais grave de legalidade especial
ou extraordinária.
Medicina Legal Autor: Ricardo Bina
1) O que são agentes cortocontundentes?Resposta: p. 101São os agentes que atuam com pressão sobre uma linha, ao
contrário dos contundentes que agem sobre uma área. Alémdisso, aqui não há o deslizamento como no cortante, mas pressãoou impacto.
Pode o instrumento estar ou não afiado, gerando hemorragiamais intensa. Não precisa necessariamente ter corte fino ou lâmina
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afiada, pois o impacto do instrumento cego ou quase sem corte,porsi só, tem o condão de romper os tecidos.
O lado com corte ou gume, ainda que cego, édenominado nadoutrina de canto-vivo.
Porém, a presença de um fio e da pressão sobre essa linha já éo suficiente para caracterizar o ferimento cortocontuso, pois somenteo impacto já pode gerar o rompimento dos tecidos.
Ao invés de apenas penetrar nos tecidos como ocorre com oagente perfurocortante, rompe os tecidos da área atingida por causado impacto.
São exemplos de instrumentos cortocontundentes: a tesoura, o
machado, os dentes, a espada, a mutilação ocasionada pelos trilhosdo trem etc.
1) O que são agentes perfurocontundentes?Resposta: p. 105São agentes que atuam com perfuração e impacto ao mesmo
tempo. A ação perfurante geralmente se dá pela velocidade e
energia do projétil (objetivo arremessado contra o alvo).Neste tipo de agente a ação é de pressão exercida sobre um
ponto, rompendo facilmente os tecidos. O mais comum é oprovocado pelos disparos de arma de fogo, objeto de estudo dabalística forense, mas qualquer objeto com ponta e arremessadocom força contra o tecido humano gera ferimento dessa natureza.
São instrumentos perfurocontundentes: as lanças, flechas,
pistolas de prego etc.
Direito do Consumidor Autora: José Luiz Ragazzi e Raquel Honesko
9) Qual o conceito de fornecedor?
Resposta: p. 16Segundo o art. 3-, "Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica,
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pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entesdespersonalizados, que desenvolvem atividade de produção,montagem, criação, construção, transformação, importação,exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou
prestação de serviços", ou seja, o legislador apresentou um conceitobastante amplo, com a finalidade de estabelecer, entre eles, umaresponsabilidade solidária, de todos aqueles consideradoscorresponsáveis por vícios ou defeitos dos produtos e serviços. Ouseja, podem ser considerados fornecedores, qualquer pessoa físicaou jurídica que forneça produtos ou preste serviços, como, porexemplo, loja, supermercado, farmácia, assim como hotel, empresa
de transportes, pedreiros, pintores etc.
12) Como compatibilizar a proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico?
Resposta: p. 27Para viabilizar tal situação, o fornecedor adéqua os serviços e
produtos à demanda do mercado de consumo em todos os seus
aspectos, ou seja, saúde, segurança, qualidade de vida, enteoutros, além de harmonizar e compatibilizar os interessesdecorrentes da boa-fé entre os envolvidos e o equilíbrio na relação,sempre com base nos princípios constitucionais informadores daordem econômica (art. 170 da CF).
Registros Públicos Autor: Gustavo Bregalda Neves
3) Quais cautelas devem ser observadas para a lavratura de registro tardio?
Resposta: p. 53Os registros de nascimento tardios de criança acima de doze
anos somente serão feitos mediante despacho do juiz competentedo lugar da residência do interessado.
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Se o registrando tiver menos de doze anos, o registro poderáser feito diretamente na serventia da circunscrição de residência dointeressado, independentemente de despacho. Neste caso, o oficialdeve tomar as seguintes cautelas: quando ele desconfiar da
declaração, poderá ir à casa do recém-nascido para verificar a suaexistência, ou exigir atestado do médico que tiver assistido ao parto, ouo testemunho de duas pessoas que não forem os pais e tiverem vistoo recém-nascido. O oficial deverá exigir apresentação da declaraçãode nascido vivo ou atestado médico. E recomendável que a criançaseja apresentada por ocasião do registro. Convém que os pais estejamacompanhados de duas testemunhas que conheçam o registrando; é
providência salutar a apresentação de certidão negativa de registronas circunscrições do lugar do parto e da residência dos pais à épocado nascimento. Por fim, é medida de cautela que as testemunhas, paise até mesmo a criança sejam entrevistados.
1) Quais os atos transcritos no Registro de Títulos e Documentos?Resposta: p. 69
Os atos transcritos no Registro de Títulos e Documentos são:instrumentos particulares para a prova das obrigações convencionaisde qualquer valor; penhor comum sobre coisas móveis; caução detítulos de crédito pessoal e da dívida pública federal, estadual oumunicipal, ou de bolsa ao portador; contrato de parceria agrícola oupecuária; mandado judicial de renovação do contrato de arrendamento para sua vigência, quer entre as partes contratantes, quer
em face de terceiros; quaisquer documentos para sua conservação.
Direito Civil: Contratos Autora: Eliana Raposo Maltinti
37) O que são "contratos de adesão"?
Resposta: p. 55Contratos de adesão, também chamados de "Standards", são
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aqueles em que há preponderância da vontade de um doscontratantes, o qual impõe o conteúdo do negócio, restando à outraparte somente duas opções: aderir ou não ao ajuste. Ex.: contratode TV a cabo.
Obs.: Não há que se falar em liberdade de convenção, hajavista não ser dada ao aderente a possibilidade de alterar ascondições impostas pelo estipulante.
2) O que distingue o contrato de empreitada da prestação de serviço?Resposta: p. 155a) a empreitada consiste em obrigação de resultado, ao passo
que a prestação de serviço é obrigação de meio;b) na empreitada, figura como objeto do ajuste a obra em si,
restando inalterada a remuneração, independentemente do tempode trabalho gasto; na prestação de serviço, o objeto é a atividadedo prestador, sendo a remuneração proporcional ao tempodedicado ao trabalho;
c) na empreitada, a execução dos serviços é fiscalizada pelo
próprio empreiteiro, enquanto na prestação de serviço tal deverincumbe a quem contratou o prestador, estando este subordinadoàquele;
d) na empreitada, é o empreiteiro quem assume os riscosinerentes ao negócio; na prestação de serviço, cabe ao patrãoresponder pelos mesmos.
Direito Tributário Autora: Eliana Raposo Maltinti
37) Qual o fundamento constitucional da substituição progressiva?Resposta: p. 104Muito embora a doutrina posicione-se de modo desfavorável
ao sistema de substituição progressiva, esta possui respaldoconstitucional no art. 150, § 7-, o qual dispõe que "a lei poderá
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atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição deresponsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fatogerador deve ocorrer posteriormente, assegurada a imediata epreferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato
gerador presumido".
17) Admite-se a quebra de sigilo bancário com base em mero procedimento administrativo fiscal?
Resposta: p. 160O STF entendia que não poderia haver quebra de sigilo
bancário com base em mero procedimento administrativo fiscal,
haja vista a necessidade de ordem judicial ou de CPI para tanto.Ocorre, contudo, que, com o advento da LC 105/2001, passou-sea admitir que as autoridades e os agentes tributários dos entesfederativos analisem documentos, livros e registros de instituiçõesfinanceiras, independentemente de autorização, desde que hajaprocesso administrativo instaurado ou procedimento fiscal em cursoe tal medida se afigure imprescindível.
Obs.: Atente-se que referida lei complementar, a qual deuorigem à Instrução Normativa n. 802/07 da Secretaria da ReceitaFederal do Brasil, tem sua constitucionalidade questionada perantea Suprema Corte, tendo em vista ofensa ao art. 5° incisos X, XII,XXXV, LIV, LV e LVII e ao art. 145, § 1?, da CF.
48) E se eu quiser utilizar perguntas de concursos anteriores? Há algum tipo de orientação específica?
Sempre depende de como está seu conteúdo e se está ou nãona fase oral. Vamos falar sobre as duas situações:
Se já estudou com as suas perguntas e com as dos livros daColeção Estudos Direcionados, posso pensar que já tem certodomínio da comunicação oral nas repostas.
Há no mercado alguns livros com uma compilação deperguntas já realizadas em concursos anteriores. Outra opção defonte são os cursinhos da cidade de São Paulo, que têm anotadas
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as perguntas dos concursos onde a prova é pública e a arguição éfeita pela banca a um candidato por vez. O acesso é simples,sendo que alguns mantêm perguntas de concursos recentes nopróprio site.
Tendo em mãos este material, o ideal é fazer uma seleção dasperguntas antes e assim ter a oportunidade de responder àquelasque sabe o conteúdo. Não adianta nesta fase ficar respondendo aqualquer conteúdo. O treino de "não me recordo" não vai te trazerbenefícios.
Se você já está no oral, é interessante sim responder àsperguntas de concursos anteriores. De preferência questões feitas
em concursos da mesma carreira. Se entre os componentes dabanca estiver um examinador que já participou de bancasanteriores, mais importante ainda.
No início escolha questões referentes a assuntos que dominebastante. Aos poucos, vá abrindo para todas as matérias queconstem no edital do presente concurso. Lembre-se de que nomomento da prova você terá de responder às questões que domina
completamente e as que domina parcialmente também.Responder de forma segura àquelas perguntas que não se tem
total certeza ou então àquelas que se tem somente metade doconteúdo é algo que tem que ser aprendido. Normalmente ocandidato está pronto para a prova oral quando consegue mantero mesmo padrão entre as respostas que domina completamente eas que domina parcialmente.
Aqui não incluímos a situação de "chutar" com convicção.Lembre-se que os examinadores dominam mais o conteúdo doque o candidato e na prova oral errar com segurança nãoconfere nota ao candidato. Se o candidato não souber nadasobre o que foi perguntado, o ideal é dizer mesmo que "não selembra" ou algo parecido e passar para a próxima pergunta,aproveitando ao máximo o tempo disponível para demonstração
de conhecimento.
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COMUNICAÇÃO E VOZ NA PROVA
1) Minha voz aguda pode me atrapalhar na prova?
Segundo a psicodinâmica, que é o impacto que a voz produzno interlocutor, a voz aguda (fina) pode passar impressões deimaturidade ou infantilidade de acordo com a forma como éutilizada no discurso. Isto não quer dizer que você seja imaturo ouinfantil, mas sua comunicação pode estar produzindo este impacto.Para não correr riscos de ter sua prova prejudicada pela sua voz, oideal seria você passar por uma avaliação com um fonoaudiólogoe um médico otorrinolaringologista para identificar a causa destavoz aguda e definir qual a conduta a seguir. Na maioria das vezesé possível, com tratamento, agravar o tom da voz.
2) E a voz muito baixa?Mais uma vez é importante falarmos sobre psicodinâmica.
A voz baixa pode transmitir insegurança ou timidez, dependendocomo é utilizada no contexto. Na maior parte das vezes não é umcomportamento preocupante porque os candidatos fazem uso daamplificação com o microfone no momento da arguição. Masprestem atenção, já vi candidatos usarem vozes tão baixas queeram praticamente áfonas (sem som). Nesta situação o microfonenão tem como ajudar. Mais uma vez, a sugestão é uma avaliação
com um fonoaudiólogo e um médico otorrinolaringologista paradefinir a conduta caso a caso.
3) É inadequado falar muito alto?O uso de volume mais forte do que o adequado para o local
em questão pode causar certo desconforto ao interlocutor, que podesentir-se invadido no seu espaço. Descartado qualquer problema de
audição (é comum pessoas que não escutam direito falarem maisalto), o ideal é que você comece a controlar o volume de voz muito
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antes da prova para não correr o risco de gerar uma impressãoruim com a banca. Sem contar que o volume excessivo é umacausa freqüente de disfonia (alteração na produção da voz), quepode trazer com conseqüência cansaço, dor e/ou ardor ao falar,
rouquidão, além de perda da resistência vocal.
4) Falo rápido demais. Isto pode me atrapalhar?Falar rápido demais pode transmitir ansiedade ou certa dificul
dade em elaborar o discurso em qualquer situação. Mesmo noaspecto pessoal acaba não trazendo benefícios para a comunicação.
Sem contar que quando a fala é acelerada há uma tendência
natural na perda da qualidade da articulação (dicção), o que podeprejudicar a inteligibilidade do que está sendo dito. Normalmente apessoa é obrigada a repetir o que disse porque o outro não entendeu.
A fala acelerada dificulta também as pausas respiratórias,reforçando para a banca a impressão de ansiedade e/ounervosismo.
Na prática, no momento da arguição, pode ser que oexaminador não entenda exatamente o que você falou e pergunte"como?" e você, por nervoso, mude o conteúdo da resposta porachar que ele queira ajudá-lo na elaboração da resposta.
O aumento da velocidade da fala em situações de estresse ébastante comum, dependendo do perfil do comunicador. A maneirade melhorar seu desempenho é também através do treino e
monitoramento.Certa vez, participando de um simulado para a prova oral comuma candidata, tive a oportunidade de ver seu desempenhoenquanto era arguida por uma banca formada por professores decursinho. Sua postura era boa, mas a velocidade de fala que usavaprejudicava seu desempenho.
Com orientações e exercícios apropriados, a candidata
conseguiu controlar este recurso e fez uma boa prova, tendo comoresultado sua aprovação.
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P s i c o d i n â m i c a
v o c a l
Tom
da voz
Pode ser grave, médio ou
agudo. O muito grave pode
transmitir autoritarismo.
O agudo pode passar
imaturidade ou infantilidade.O médio ou médio grave
seria o melhor.
Volume da voz
Pode ser fraco, médio ou forte.
Se for muito fraco podetransmitir insegurança, timidez
ou mesmo medo do outro.O volume forte pode dar
a impressão de falta de
respeito com o espaço dooutro. O médio seria o ideal,
com variações de acordo
com o tamanho do espaço
e a competição sonora.
Velocidade
da fala
Se for acelerada pode
transmitir ansiedade. Se for
muito lenta, certa dificuldadede elaboração ou calma
em excesso. A média, com
variações de acordo coma intenção no momento,seria a ideal.
Articulação(dicção)
E importante que seja clara,
sem distorções ou imprecisões, já que a articulação carrega
a preocupação em ser
compreendido.
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5) Por que a voz que eu escuto no gravador é diferente da voz que eu escuto quando falo?
E diferente mesmo e a voz real, aquela que todos ouvem, é a
que você escuta gravada. Isto acontece porque quando você fala a
voz é captada por meio do ar (via aérea), mas também por via da vibração da cabeça e dos ossículos presentes no ouvido (via óssea), dando a impressão que a voz é sempre mais grave do que realmente é.
Voz gravada Voz real
É interessante para o candidato que está no oral acostumar-seem ouvir sua voz gravada ou filmada para ficar tranqüilo na
situação de prova em que o microfone é utilizado.
6) Fico cansado quando falo durante 15 minutos. Qual a conse
qüência disto para a prova?
Não é considerado normal alguém apresentar cansaço em tão
pouco tempo falando em condições consideradas normais. Vocêestá apresentando baixa resistência vocal, que deveria ser avaliadapor profissionais da área para definir diagnóstico e conduta. Este
diagnóstico deve ser feito imediatamente para que o tratamento
adequado seja realizado a tempo.
Se não for tratado, podemos ter como conseqüência para a
prova desde perda no volume, mudança na qualidade vocal, alémde desconforto, dor ou ardor que também pode vir associado.
Imagine o problema do candidato que, além do estresse inerente à
prova, começa a perceber que a ferramenta para demonstração do
seu conteúdo está começando a falhar no meio do exame.
As provas orais têm, em média, uma hora duração, podendochegar a duas horas em alguns concursos e se você se cansa
rapidamente pode ter sim problemas ao longo da arguição.O ideal é procurar o diagnóstico e tratamento imediatamente.
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7] Quando começo a falar vou aumentando o volume sem perceber.
O que faço para conseguir controlar?
A melhor maneira de controlar o aumento de volume em fala
espontânea é fazer o monitoramento da sua voz a partir de hoje,
em todas as situações de fala.
Se o volume de voz for forte o tempo todo, vale a pena fazer uma
a avaliação audiológica para descartar uma deficiência auditiva leve,
que pode prejudicar o monitoramento do volume de voz.
Se sua audição for normal, o acompanhamento com um
fonoaudiólogo pode ser indicado nestes casos. Ele é o profissional
que pode ajudá-lo a monitorar seu volume de voz e melhorar suacomunicação, além de prevenir futuros problemas de voz advindos
de mau uso vocal.
Lembre-se de que a psicodinâmica de volume forte não é boa
(pode passar certa falta de limite com o espaço do interlocutor).
Peça ajuda para pessoas próximas o auxiliarem na tarefa.
8) Como as pessoas próximas podem ajudar quem fala muito alto e
não consegue controlar o volume de voz?
Chamando a sua atenção sempre que o volume da sua voz não
for o adequado ao local em que a situação de fala está
acontecendo. As formas de indicar que o volume de voz está mais
forte do que seria o ideal devem ser sutis para que os demais
interlocutores não percebam e os sinais utilizados podem sercombinados previamente.
Depois de algum tempo é esperado que a sua própria
percepção melhore e este monitoramento pode ser feito sem ajuda
de ninguém.
Mesmo tendo auxílio de pessoas próximas, é importante que o
comunicador em questão esteja realmente envolvido com estamudança comportamental para a obtenção do resultado.
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9) Na hora de falar tenho muitas ideias e acabo falando rápido com medo de esquecer o que vem em seguida. Isto é normal?
Isto é bastante comum no dia a dia e mais ainda quando aspessoas começam a fazer a elaboração oral das respostas.
E comum, mas não deve acontecer.Quem tem este hábito pode ter ruídos na sua comunicação,não apresentando o discurso de forma lógica ou não sabendoexatamente o que deve ser falado.
E comum você sentir um "turbilhão" de ideias vindo no momentoque recebe a pergunta, mas este conteúdo tem que ser organizadoantes de ser exposto. E assim que fazem as pessoas que falam beme estão acostumadas a falar em público. E isto também que acontece
com os candidatos que se preparam previamente com treino deperguntas e respostas. Eles aprendem a controlar ansiedade porterem aprimorado sua competência comunicativa para a prova.
Todas as pessoas pensam mais rápido do que falam e a organização deste pensamento para a banca traz clareza e domínio doconteúdo.
Alguns tendem a ser mais confusos que outros e isto temrelação direta com o estilo de comunicação e vai exigir maior
investimento de tempo direcionado para melhorar a elaboração.
10) O que significa falar bem?Falar bem significa usar a comunicação de forma adequada,
sendo compreendido pelo outro. Isto é, a forma de se comunicardeve ser adequada ao interlocutor em questão. Existe uma frase quediz "comunicação não é o que se fala, mas o que o outro entende".Por isso, as pessoas consideradas boas comunicadoras são aquelas
que realmente conseguem alcançar seus interlocutores através daclareza da mensagem, fazendo ajustes de acordo com o perfil dosinterlocutores e as exigências das situações.
Na prova oral isto normalmente exige clareza de ideias,objetividade no discurso, uso de vocabulário jurídico e certaformalidade no comportamento.
11)0 que é preciso para uma comunicação eficiente?Entender o que é preciso para uma comunicação eficiente exige
uma avaliação das características do(s) interlocutor (es) e da situação.
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Quando o candidato começa a se preparar para a prova éideal entender qual é o impacto que sua comunicação produz nosinterlocutores para poder ajustar os recursos utilizados para aprova. Entende-se como recursos: postura, movimentação
corporal, gestos, contato visual, expressões faciais, voz e a própriaelaboração.Além de ter conhecimento dos recursos que utiliza, das
impressões que passa no cotidiano, é necessário também sabercomo reagir sobre pressão e como os recursos utilizados no dia adia modificam-se nestas situações
A partir daí fica mais fácil conseguir fazer os ajustes necessários.Se não tem estes dados, não tem como fazer os ajustes.
Com certeza a forma de falar na hora da prova vai ser diferenteda que você usa com seus amigos, com seus pais ou professores.E a exigência da situação.
12) O sotaque tem peso na avaliação do candidato?Esta é uma pergunta freqüente de candidatos de outros Estados
ou mesmo do interior de São Paulo.A princípio, o sotaque é característico da região ou Estado do
candidato e não interfere no resultado do exame.
13) O que pode prejudicar o candidato no que se refere à comunicação?
Qualquer comportamento que funcione como um ruído nacomunicação:
✓ Gírias, que não combinam em hipótese alguma com aformalidade da prova. Elas não combinam com a formalidade
da prova, bem como com o cargo que assumirá assim que foraprovado no concurso.✓Vícios de linguagem como "né", "tá", "tipo", "tipo assim" , "ã"ou qualquer outra "muleta" que o candidato utilize durante aelaboração. Existem situações em que o público conta quantasvezes o apresentador usou determinada palavra e deixa deprestar atenção no conteúdo do discurso.✓ Termos muito coloquiais ou uso inadequado de algumas
palavras, "tamém" para "também", "fazeno" para "fazendo".A emissão das palavras deve ser clara e precisa. E através delas
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que você estará transmitindo a preocupação em ser compreendido, seu domínio na elaboração e no conhecimento da língua.✓ Falta de contato visual satisfatório com os examinadoresdurante a prova e na entrevista. Olhar nos olhos do interlocutor
transmite credibilidade e segurança, percepções importantes dabanca para a imagem do candidato.✓ Presença de "tiques" como piscar excessivamente os olhos,morder os lábios, mexer-se na cadeira, mexer nos óculos ou nocabelo. Estes comportamentos podem chamar mais a atençãodo que as características positivas do candidato. Se identificados com antecedência podem ser cuidados a tempo para não
prejudicarem a imagem do candidato nos momentos dearguição e entrevistas.✓ Prolixidade em excesso na elaboração das respostas. Aelaboração deve ser trabalhada de acordo com o estilo docandidato e de acordo com a exigência da banca. Apresente,entretanto, sempre respostas completas.✓ Objetividade extrema que pode comprometer a colocação doconteúdo. Falar demais ou de menos não é bom. Lembre-se deque as respostas devem ser completas.✓ Dificuldade na elaboração com relação à ordem dasinformações. Candidatos que não colocam as informações deforma lógica podem transmitir certa confusão mental,dificuldade na elaboração ou mesmo falta de conteúdo. Estaorganização é aprendida com treinos de perguntas erespostas.
✓ Repetição de palavras ou frases durante a elaboração, quepodem ser desde vocabulário jurídico, como "todavia",interjeições, como "entretanto", ou formas prontas de elaboração como "por meio do qual" etc. A repetição freqüente determos pode também funcionar como ruído em comunicação.✓ Gerúndio faz parte do português e pode ser usado, mas nãoem excesso.
✓ Iniciar definições com "é quando" ou com "ocorre quando"pode denotar falta de preparo do candidato ou mesmo
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dificuldade de elaboração. O treino de perguntas e respostasaqui novamente é a melhor forma de aprimorar o processo deelaboração, permitindo respostas mais claras e completas.
i" O•mm
" D
C
8o
ou
aCL
a>
ia>3cr O
Gírias
Se você usa gírias em fala
espontânea, substitua este hábito
o quanto antes. O objetivo é fazercom que elas desapareçam da
elaboração do discurso.
Vícios de linguagem
Os vícios de linguagem enfraquecem
o discurso e podem denotar faltade vocabulário ou dificuldade
de elaboração oral.
Termos muito coloquiais
A forma de falar deve ser formal,
como a situação exige.
Falta de contato visual
O contato visual adequado transmite
credibilidade, segurança e simpatia."Tiques"nervosos
Piscar excessivamente os olhos,morder lábios, mexer-se na cadeira,
mexer nos óculos ou no cabelo.
ProlixidadeFalar muito com muitos detalhes
pode levar o candidato a se
perder na resposta.
Objetividadeextrema
Se você fala pouco pode perdera oportunidade de expor oconteúdo estudado.
Repetição de palavras
Invista no vocabulário para facilitar
a elaboração das respostas.Gerúndio Pode ser usado, mas com critério.
Elaboração mal feitaEvitar "é quando" ou " ocorre
quando" nas definições.
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14) Falar bem no dia a dia significa bom desempenho no momento
da prova?
Depende. Há pessoas que se consideram bons falantes porque
falam muito, são simpáticas e têm muitos amigos. Isto não significa
necessariamente que sua elaboração é boa ou que seja clara numa
resposta. Significa que esta pessoa tem facilidade no relacionamento
interpessoal e é extrovertida. Não tem relação direta com a situação
de prova. Alguns candidatos, entretanto, conseguem sim usar esta
facilidade no trato com a banca, mas não é uma regra.
A elaboração adequada no momento da prova é objetiva, dire
cionada para a pergunta. Às vezes, o candidato extrovertido tendea falar bastante, mas talvez não enfatizando o que foi perguntado.
Mesmo alguém que tenha facilidade em falar e que se
comunique bem no dia a dia precisará de orientações e treino para
adequar sua comunicação às necessidades específicas da prova e
para que seu desempenho na prova seja bom.
Esta orientação vale para qualquer situação onde a comunicação é a principal ferramenta para demonstração de competên
cias. Todas as situações têm características e exigências específicas.
15) Não consigo olhar para meu interlocutor quando estou
pensando. O que fazer?
O contato visual com seu(s) interlocutor(es) é um hábito a ser
aprendido e é fundamental para causar uma boa impressão
durante a prova e a(s) entrevista(s), assim como o é em situações de
diálogo no dia a dia.
A exigência do tempo de contato varia muito, principalmen
te em função da cultura de determinado país. ALLAN & BARBARA
PEASE colocam que, no J apão e em alguns países da Ásia, o
contato visual prolongado pode ser considerado agressivo oudesrespeitoso.
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No Brasil, isto não acontece e a dificuldade em olhar no olho
do outro pode ter relação com timidez ou receio de ser invasivo,
como se o interlocutor pudesse não gostar de ser olhado.
Se você já sabe que tem esta dificuldade deve começar a
trabalhar este comportamento já. Como? Deve começar em
situações mais fáceis, com familiares ou amigos próximos, quando
você deverá manter o máximo de tempo que conseguir o contato
visual, tanto quando fala como quando escuta.
O contato visual mostra atenção ao interlocutor, além de
transmitir credibilidade e segurança.
16) Existe alguma regra com relação a este contato visual?
Fazendo referência a MICHAEL ARGYLE, pioneiro da psicologia
social, os autores ALLAN & BARBARA PEASE colocam que, na
maioria das culturas, há necessidade de contato visual por
aproximadamente 60 a 70% do tempo para que haja bom
entendimento entre os interlocutores.Apesar do contato visual ser algo inerente à comunicação e ser
obrigatório na nossa cultura, você não precisa fixar o olhar no seu
interlocutor durante todo o tempo de conversa. Um desvio para
pensar na resposta é normal, desde que, após isto, você volte o
olhar para seu examinador e mantenha o contato visual. Evite o
desvio durante a elaboração de cada frase na resposta. Este
comportamento pode transmitir insegurança ao seu interlocutor enão ser bom para sua imagem perante a banca.
17) Existe algum problema em sorrir durante a prova?
E muito comum encontrar pessoas que falam sorrindo e têm
bons feedbacks no cotidiano. E comum ouvir de alunos com este
hábito que as pessoas os acham simpáticos por sorriremfrequentemente. Os autores ALLAN & BARBARA PEASE colocam que,
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devido à lei de causa e efeito, o sorriso gera sentimentos positivosrecíprocos, já que normalmente o interlocutor o retribui. Isto valepara várias situações sociais.
Na situação formal, entretanto, que é uma prova oral, em que
você estará perante uma banca também formal e composta depessoas com muita experiência, um sorriso leve pode acontecer nomomento do cumprimento ou se o examinador fizer algumcomentário que possa caber o sorriso como resposta.
Um exemplo comum acontece quando o presidente da banca,
que é o primeiro a se dirigir ao candidato faz algum comentário
sobre, por exemplo, o time de futebol da cidade onde o candidatomora. Aqui não sorrir pode passar antipatia. Aqui o sorriso éadequado. E só!
Sorrir ou falar sorrindo para agradar a banca soa como umcomportamento não sincero, já não há por que sorrir durante a
elaboração das respostas.
18) Qual a impressão que passa alguém que fala sorrindo?Apesar de ser um comportamento comum e os sorridentes
serem tidos muitas vezes como simpáticos, felizes ou até mesmo
amáveis, estas pessoas podem também passar insegurança,
imaturidade ou até mesmo certa falsidade, já que ninguém tem
motivos para sorrir o tempo todo. Sem contar que é muito comumeste comportamento se exacerbar em situações de tensão,transformando-se em riso. Logo, de qualquer maneira o impacto dosorriso constante não é bom.
Imaturidade ou dificuldade em lidar com situações de estresse,
impressões comuns a quem sorri em situações de pressão e/ou
formais, não combina com o perfil procurado em nenhuma carreira
jurídica, o que pode, portanto, prejudicar (e muito) o candidato.
A orientação adequada para pessoas que começam a sorrirquando estão sob estresse, como reação ao estado emocional, é
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um monitoramento constante da comunicação em situaçõesdiversas, além da opção de um processo de dessensibilização quepode acontecer em cursos de apresentação em público.
No caso da pessoa já estar no exame oral, o indicado é fazer
simulação de arguição com colegas e participar de bancas simuladas que normalmente acontecem em vésperas de prova noscursinhos preparatórios.
CUIDADOS COM A VOZ
1) Como saber se eu tenho problema nas "cordas vocais"?
O nome popularmente conhecido como cordas vocais nãocorresponde ao correto, já que nós não temos "cordinhas" como as
do violão produzindo o som da voz. Na verdade as pregas vocais
são formadas por músculos e recobertas por mucosa.
No dia a dia, entretanto, há sinais e sintomas que podem indicar
problemas: qualquer desconforto ao falar, ou seja, dor, ardor,fadiga, cócegas, tosse, dor aguda, pigarro ou mesmo rouquidão
Para saber se existem problemas, o profissional a ser procuradoé o médico otorrinolaringologista. Por meio de aparelhos ele faráfilmagens e fotos da laringe. Esta é a melhor maneira de se ter
certeza do estado e funcionamento das pregas vocais.
2) Como a voz é produzida?
A voz é produzida na laringe, durante a expiração, quando o aré sonorizado pelas pregas vocais. As pregas vocais aproximam-se e
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quando o ar passa a vibração da mucosa que recobre a musculatura das pregas vocais produz um som.
Este som produzido na laringe é amplificado nas cavidades de
ressonância (laringe, faringe, cavidades oral e nasal) e modificado
nos órgãos fonoarticulatórios (língua, dentes, lábios e bochechas),onde as palavras são produzidas.
Estas estruturas são "emprestadas" dos sistemas respiratório(nariz, pulmões, laringe, por exemplo) e do sistema digestivo (boca,
lábios, língua e esôfago). Isto significa que a fala é uma função
sobreposta, já que esta não é a função primária de nenhuma das
estruturas envolvidas.
3) A voz pode se cansar?
Pode e é muito comum isto acontecer em situações de demandaexcessiva, quando a pessoa fala durante muito tempo, e/ou de ma
neira muito forte, o que pode acentuar-se em situações tensas, como
a prova oral. Pode também ser mais freqüente em períodos pré-mens-
truais, época em que as pregas vocais podem ter pequeno inchaço.Algumas pessoas têm uma boa resistência vocal, ou seja,
mantêm a mesma qualidade vocal, não ficando roucas e não
sentindo dor, ardor ou desconforto mesmo após falar bastante e/ou
em volume elevado, enquanto outras se cansam facilmente.
Perceber-se nas situações do dia a dia é a melhor forma de identificar um problema vocal.
Perceber-se nas situações do dia a dia é a melhor forma de
identificar um problema vocal.Saber quando está começando a
forçar a voz ou o início do cansaço vocal podem ser úteis na
prevenção de problemas.Perceber também o ruído ambiental e monitorar o volume de
voz em locais barulhentos também é uma forma de prevenir.
Algumas pessoas com baixa resistência ficam roucas todas as vezesque vão a festas, bares ou locais com mais ruídos.
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A maior parte das pessoas que têm baixa resistência vocal nãopercebem que fazem força para falar e tendem a aumentar oproblema ao longo do tempo.
4) O que fazer se isto ocorrer?Se você percebe que isto acontece, consulte um médico
otorrinolaringologista e um fonoaudiólogo especialista em voz paradiagnóstico e orientação o quanto antes. Se realmente for
identificado algum problema, sendo uma lesão ou uma alteração
funcional, há tempo para tratamento e grande possibilidade de
ótimos resultados. Como cada caso é ímpar, os profissionaisajudarão você a identificar o que faz mal para sua voz e as formasmais eficazes de solucionar o problema. Alguns tratamentos são
mais rápidos, outros podem levar alguns meses, tudo depende da
causa e do seu comprometimento com o resultado.
5) Existem remédios que podem ajudar antes da prova?
Não existem medicamentos quando o problema de voz éassociado a mau uso ou abuso (falar muito ou em forte intensidade,
por exemplo). Aqui a única forma de melhorar é mudando o
comportamento no dia a dia e fazendo exercícios vocais indicados
por um fonoaudiólogo. O tratamento terá resultados se iniciado
pelo menos algumas semanas antes da prova.Normalmente o tratamento envolve, além de exercícios,
mudança de comportamento no cotidiano, como diminuição da
demanda de fala, volume ou velocidade, por exemplo.
Se o problema de voz tiver associação com algum outro
problema (rinite alérgica ou refluxo gastro esofágico, por exemplo),pode-se associar fonoterapia ao uso dos medicamentos prescritos
pelo médico.
Problemas não associados ao uso vocal devem ser avaliadospor um médico e a conduta será a indicada a cada caso.
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O que é muito comum acontecer são crises de problemascrônicos, como rinite alérgica às vésperas da prova. Normalmentea orientação para estes candidatos é que passem por um médico o
quanto antes para consulta e orientações específicas como a melhor
forma de utilizar os medicamentos durante o período que antecedea prova, bem como para o dia da arguição.
6) E se o problema não for causado por mau uso ou abuso?
Se você está com dor de garganta deve consultar um médico
otorrinolaringologista para identificar a causa do problema e tomar
medicamentos indicados por ele.São inúmeras as causas de problemas de voz não relacionadassomente a mau uso vocal, podendo ter relação com alergias, ci
garro, refluxo gastroesofágico, alterações congênitas, problemasemocionais e estresse.
As vezes você pode precisar de medicamentos, como corti-
coides, anti-inflamatórios e antibióticos, que não devem ser ad
ministrados sem orientação médica. Sem contar que o médico é oprofissional que pode identificar a causa do problema e temcompetência técnica para indicar medicamentos.
A automedicação pode mascarar um problema de voz crônico,
atrasando o diagnóstico correto.
7) Soluções caseiras podem ser usadas no dia a dia de quem tem muita dor de garganta?
Em qualquer momento na vida, o ideal é identificar a causa
desta dor de garganta e não ficar utilizando paliativos que nãotrazem resultado. Pensando no investimento feito para o candidato
chegar ao exame oral e na importância da prova para definir o
futuro deste candidato, definitivamente este não é o momento para
não cuidar diretamente da causa do problema. Sem contar que avoz é o principal instrumento para o candidato na hora da prova.
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Não há porquê este candidato fazer a prova com algumdesconforto na laringe ou na faringe, colocando em risco o seuresultado no momento da arguição.
Além disso, não há comprovações científicas sobre o efeito de
soluções caseiras para a voz. Na verdade, você pode retardar umdiagnóstico adequado, mascarando o problema. Procure ummédico otorrinolaringologista.
8) Gargarejo resolve problemas de voz?
O gargarejo com água morna pode ser usado diariamente
durante o banho porque é um exercício que traz relaxamento paraa musculatura, mas não resolve o problema de voz. Além deste, ogargarejo com sal também pode trazer benefícios.
Os médicos podem indicar gargarejo com o uso de um
medicamento em casos específicos, dependendo das necessidades
do candidato.
9) É verdade que gelado faz mal?O gelado pode desencadear uma descarga de muco no trato
vocal, funcionando neste caso como defesa do organismo. A sen
sibilidade ao gelado varia de pessoa para pessoa, mas a orientação
é que você nunca deve tomar nada muito gelado.O cuidado deve ser aumentado em vésperas de prova.
E comum os candidatos, pelo estresse, terem baixa na imunidade e
ficarem gripados ou resfriados.
A conseqüência varia de pessoa para pessoa, mas sempre
acontecem casos de crises alérgicas, aumento da sensibilidade àpoluição, ar seco, ar-condicionado e variações climáticas, além deinsônia, enxaquecas, sinusites, gastrites etc.
Se você mora ou vai fazer prova em local com temperaturas
altas, situação onde a água em temperatura ambiente é morna,opte por temperar a água gelada com outra menos fria.
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Evitar o gelado pode ser uma medida de prevenção diante detantos desafios que vêm pela frente.
10) Quais os efeitos do cigarro para a saúde vocal?
A fumaça quente do cigarro faz o mesmo caminho do ar notrato vocal, agredindo a mucosa e podendo trazer para a laringeinfecções, inflamações, irritações e edemas.
11) Quais os efeitos das drogas para a saúde vocal?
As drogas não trazem conseqüência somente para a voz, como
todos sabemos. Os efeitos para o aparelho fonador variam deacordo com a droga utilizada.A fumaça da maconha faz o mesmo caminho da do cigarro,
mas tem a temperatura mais alta que a deste último, prejudicandoainda mais a mucosa. Há também prejuízo da articulação em
função do ressecamento da mucosa.
A cocaína inalada causa ulcerações na mucosa nasal e
também na mucosa da laringe, o que traz conseqüênciasdiretamente para a produção da voz.
12) O que faz bem para a voz?
A princípio tudo que faz bem para a saúde faz bem também
para a voz. Vamos relacionar alguns itens benéficos para suasaúde vocal:
✓ Repouso adequado durante a noite: você precisa estar des
cansado e bem para sua voz também estar bem.
✓ Alimentação saudável: os alimentos não passam pela laringe
e sim pelo esôfago. Mesmo assim, alguns trazem benefícios de
forma direta ou indireta:
- Maçã: tem pectina, substância que deixa a saliva mais
"fininha", facilitando a projeção da voz. Além disso, amastigação trabalha a musculatura utilizada na articulação;
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- Suco de laranja: diminui a quantidade de muco no tratovocal, também facilitando a projeção da voz;- Ingestão regular de fibras, frutas e verduras.
✓ Hidratação: o ideal é a ingestão de 2 litros de água, em média,
por dia. Faz bem para sua voz e para todo seu organismo.✓ Atividade física regular, principalmente caminhadas ealongamento.✓ Falar em volume médio e com intervalos de repouso para que
as pregas vocais possam "descansar".
O que faz bem para a voz
✓repouso adequado;
✓hidratação;
✓alimentos saudáveis;
✓atividade física regular;
✓falar sem forçar.
13) E o que faz mal?✓ Hábitos como falar muito e/ou em volume excessivo;
✓ Fumar ou falar em ambientes de fumantes;
✓ Ingestão de bebidas alcoólicas;
✓ Usar drogas;✓ Cantar sem técnica adequada;✓ Falar sem parar para respirar;
✓ Falar por muito tempo em ambiente com ar-condicionado;
✓ Falar em ambiente ruidoso ou ao ar livre, situações em que
comumente se fala em intensidade mais forte que o conside
rado saudável;
✓ Uso constante de balas e pastilhas que mascaram os sintomas
vocais;✓ Uso de medicamentos sem orientação médica.
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O que faz mal para a voz
✓falar muito e/ou em
volume excessivo;
✓fumar;
✓ingestão de bebidas alcoólicas;
✓usar drogas;
✓falar muito em ambiente
com ar-condicionado;
✓cantar sem técnica adequada;
✓falar sem parar para respirar;✓falar em ambiente ruidoso;
✓usar pastilhas ou sproys
sem orientação médica;
✓automedicação.
14) Rouquidão é normal?Rouquidão nunca é normal. Consulte um médico otorrino
laringologista se ela durar mais que 15 dias. E muito comum
pessoas roucas terem familiares com vozes parecidas e serem
também roucos. De qualquer forma, vale a pena investigar a causa
da rouquidão. Problemas simples como cansaço podem ter comoprimeiro sinal a rouquidão, mas problemas sérios como o câncertambém apresentam rouquidão.
Lembre-se que a sua voz será seu principal instrumento paratransmissão do conteúdo na hora da prova e se ela mostrar
insegurança a impressão transmitida poderá ser a de falta de
domínio do conteúdo
Há outro aspecto que vale a pena ser abordado. A voz
levemente rouca pode ser bonita, agradável e também tida, pelapsicodinâmica, como sexy. E, como na maioria das vezes o aluno
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estuda o dia todo e fala pouco, acaba não tendo uma queixa vocalimportante.
Aqueles que estudam em voz alta tendem a ter algum tipo de
queixa vocal, uma vez que falam durante várias horas no dia.
Algumas pessoas ficam roucas ou simplesmente ficam "semvoz" quando estão sob tensão emocional intensa, independente demau uso ou abuso vocal. Apesar de não terem, a princípio,problemas vocais, estas pessoas devem procurar um médico para
definição de conduta. Podem ser indicados, nestes casos,
tratamentos associados como fonoterapia e psicoterapia.
Se você tiver alguma dúvida, vale a pena consultar um médicootorrinolaringologista para a realização de um exame de laringe. Sehouver a oportunidade de uma consulta com uma fonoaudiólogo,
seria ainda melhor para sua voz e para sua prova.
15) O que fazer quando fica rouco?
A rouquidão pode ter as causas mais diversas: desde um simples
resfriado até mesmo carcinoma de laringe. O ideal num primeiromomento é falar pouco, não forçar a voz e hidratar-se bem. Avaliar
variáveis como tensão emocional, mudanças bruscas de tempe
ratura, ingestão de gelados etc., também podem auxiliar no diag
nóstico médico.
Se a causa da rouquidão for mal uso ou abuso vocal assiste-máticos e isolados, a tendência é que melhore com o repouso. E oque acontece após um show, onde você cantou e falou muito alto
ou quando grita durante o jogo de futebol. A tendência é quemelhore espontaneamente.
Se a rouquidão for freqüente, vale a pena procurar um médico
otorrinolaringologista e um fonoaudiólogo. O mau uso ou abuso
podem levar, por exemplo, a problemas como edema (inchaço) de
pregas vocais e nódulos (os chamados "calos"), patologias que seresolvem com diagnóstico preciso e fonoterapia.
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Outro cuidado importante é não fazer uso de automedicação, que,
como já dito anteriormente, pode mascarar ou retardar o diagnóstico.
16) A voz rouca pode comprometer o desempenho do candidato na
hora da prova?
A voz rouca tem como característica ser instável e ter baixa
resistência, ou seja, se cansa logo. Normalmente, o nervosismo
inerente à situação da prova oral tende a deixa a voz "embargada",
com "quebras" durante a emissão. Se a voz for ou estiver rouca no
dia da prova, o volume de voz pode ficar ainda mais fraco,
chegando às vezes a prejudicar a inteligibilidade do que está sendodito. As quebras de voz podem ainda desestabilizar o candidato,
gerando estresse durante a prova. Pela baixa resistência vocal o
candidato pode ter problemas para manter a mesma qualidade
vocal durante todo o tempo de arguição, começando a prova bem e
terminando com a voz mais rouca ainda.
J á aconteceram casos em que o candidato, apesar do esforçopara falar, não conseguia ser ouvido pela banca. A voz não resistiu
aos 50 minutos de prova e começou a falhar a ponto de compro
meter o resultado daquele candidato.
É importante identificar o problema com antecedência para
que possa ser tratado, garantindo com isso um bom desempenho
na prova.
Quando tenho oportunidade de identificar qualquer problemavocal nos alunos, faço o encaminhamento imediato a um médico
otorrinolaringologista. Assim, o aluno que ainda nem está na fase
oral, tem a chance de se cuidar bem antes da prova.
Se o problema for identificado em um candidato numa data
muito próxima à prova, pode não ser viável um tratamento em
função de dois motivos: o primeiro seria a necessidade de umperíodo mínimo para obtenção de resultados, já que dependendo do
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diagnóstico, o resultado com fonoterapia pode aparecer a curto
prazo ou não. Um segundo que faz parte da realidade de quem está
no exame oral é a rotina de estudos e revisão do edital que se
intensifica às vésperas.
17) Existem alimentos que devem ser evitados antes da prova?
Existem alimentos que devem ser evitados antes de situações em
que você irá usar sua voz de forma mais intensa ou profissio
nalmente. São eles:
Alimentos
que devem ser evitados
antes da
prova
Leite, derivados do leite e chocolate, queaumentam a viscosidade do muco ao
longo do trato vocal.
Alimentos gordurosos ou pesados, quedificultam a digestão.
Café, chá mate ou chá preto, que
desidratam a mucosa das pregas vocais.
Bebidas gasosas ou excessivamente
geladas e sorvetes.
18) E o que seria adequado?
A alimentação é fundamental para que o candidato se sinta
bem, independentemente do horário de realização da prova.
A refeição ideal é leve, como uma salada
Dicas gerais crua acompanhada de arroz e algum tipo
sobre de grelhado.
alimentação Tome bastante água umas três horas antes
antes da da prova. Assim você garante a hidratação
prova das pregas vocais, mas vai ter tempo de ir
ao banheiro antes da prova.
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Dicas gerais sobre
alimentação
antes da prova
Leve na bolsa ou no bolso algo para
comer durante a tarde. Opte por alimentos
saudáveis e leves, como fruta, barra de
cereal ou mesmo uma bolacha salgada.
19) Estudar em voz alta é prejudicial?Sim, a princípio este não seria o melhor método para a saúde
da voz, mas é prejudicial principalmente para aqueles que tembaixa resistência vocal e tendem a ser mais sensíveis às demandasvocais prolongadas. Quem estuda em voz alta tem no cotidiano
uma demanda vocal excessiva e prejudicial para a saúde vocal.Aquelas pessoas que não conseguem estudar de outra forma devemalternar as horas de leitura com algum outro método de estudo,como resumos e períodos breves de leitura silenciosa, por exemplo,e tomar muita água durante todo o tempo de leitura. O ideal seriaque procurassem um médico e orientações fonoaudiológicas pararealização de exercícios vocais diariamente, visando a prevenção depatologias vocais. E muito comum pessoas com este hábito teremalgum tipo de alteração na voz com o decorrer do tempo.
20) Gosto de cantar quando não estou estudando. Isto pode prejudicar a minha voz?
Depende de quanto e como usa a voz no dia a dia. Se você
estuda em voz alta, fala muito ao telefone, tem vida social intensa,seria bom ter períodos de repouso vocal intercalando todas asatividades em que usa a voz e procurar orientação especializadacom um fonoaudiólogo.
O grande problema não é só cantar, mas é a forma e aquantidade de tempo que se canta. Cada caso deve ser analisadode forma individual, mas é sempre bom pensar que a voz deve ser
poupada e qualquer hábito que possa prejudicar a sua voz podetrazer conseqüências para a sua prova.
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21) As pessoas dizem que "falo para dentro". Tem como corrigir isto?A forma mais eficiente é com o acompanhamento fonoau-
diológico individual. O primeiro passo é ver a causa deste "falarpara dentro" e as conseqüências que isto traz no dia a dia. A forma
de falar tem de combinar com a personalidade da pessoa e com asua função, profissão, mas também tem de ser efetiva e adequada."Falar para dentro" na hora da prova pode passar insegurança outimidez excessiva e prejudicá-lo. Sem contar que pode prejudicar acompreensão do que está sendo dito pelo volume que pode ficarmuito fraco. Existem casos que nem mesmo a amplificação pelomicrofone consegue fazer com que a banca ouça o candidato.
Este aspecto tende a piorar sob a tensão da prova, mas procurando um acompanhamento e seguindo as orientações, a probabilidade de manter um padrão vocal é grande.
22) Existem exercícios para serem feitos antes da prova?O ideal é fazer exercícios que possam deixar sua voz mais
projetada e um pouco mais grave, compensando, com isso, o fatode a voz ficar mais baixa e aguda em estado de tensão. Existemexercícios específicos também para deixar a articulação (dicção)mais precisa, aberta e clara.
Há, entretanto, a necessidade do acompanhamento de umfonoaudiólogo para poder monitorar o padrão de realização destes, já que, se realizados de forma inadequada, o resultado esperado
pode não acontecer ou até mesmo trazer tensão para a laringe.Estes exercícios devem ser feitos também antes das simulações,como já citado anteriormente, devem ter a mesma duração daprova e devem ser feitas diariamente nos dias que antecedem aprova.
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CÓDIGOS VISUAIS NA PROVA ORAL
1) Como o candidato deve se vestir?
Esta é uma pergunta importante que muitas vezes é negligenciada, comprometendo a imagem e a percepção do candidatoperante a banca e os demais candidatos.
A roupa, os cabelos e os acessórios farão parte da imagem queos examinadores terão de você e devem ser compatíveis com a
formalidade do exame oral. Nada deve chamar a atenção. O ideal é
que as pessoas nem se lembrem exatamente da roupa ou dos óculosque você estava usando na prova. O que deve ficar marcado para abanca são sua competência, segurança e simpatia. Logo, você deveescolher roupa e acessórios que transmitam esta percepção.
A forma como o candidato se apresenta fornece aos
interlocutores informações sobre ele e sua preocupação e respeito
com aquela situação.
Da mesma maneira que você se preparou estudando o conteúdoe treinou postura e estilo na elaboração das respostas, a escolha daroupa, cabelo e acessórios faz diferença e complementa o restante.
O dia da prova oral pode ser o mais importante na vida
daquela pessoa, o dia que marca o início de uma nova fase, ou o
alcance de um objetivo, ou ainda a concretização de um sonho.
2) Como as mulheres devem se vestir?
O tailleur, conjunto de saia e blazer, é obrigatório. E elegante e
deve ter um corte mais atual e charmoso. Isto quer dizer que você
não vai vestir uma roupa com cara de uniforme ou que parece ser
de uma velha senhora. Também não pode (de forma alguma) usaruma roupa muito justa ou que marque o corpo. A situação exige
uma vestimenta que demonstre respeito pela banca, seriedade ecompetência profissional.
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Decotes são proibidos, assim como transparências.Detalhes muito delicados como rendinhas, laços e babados
também devem ser evitados, a não ser que sejam bastante discretos
e que passem praticamente despercebidos.
3) Existem orientações específicas?
Quando você for provar a roupa ainda na loja, faça um testesentando-se. A saia tem que ser confortável e não incomodar.
O blozer (que durante a arguição ficará fechado) deve se manter
alinhado e também confortável quando você estiver sentada (é
muito comum o decote abrir na hora de se sentar, o que podecomprometer a sua imagem e o seu conforto na hora da prova).Se abrir ou precisar de contínuos ajustes, não compre. A roupa não
pode, em hipótese alguma, atrapalhar sua prova ou provocarqualquer tipo de ruído.
4) E com relação à saia?
A saia deve ser na altura do joelho, pouco acima dele nomáximo. Pode ter fenda, mas de preferência atrás e de tamanhomédio. Saia com fenda na frente ou na lateral são definitivamente
proibidas.
A saia lápis é a melhor e mais segura opção para a prova.
Saias rodadas ou balonês podem parecer mais infantis oudelicadas, dependendo do estilo e não seriam indicadas.
A saia tulipa é bonita e atual, mas deve ser usada em outros
eventos sociais e não na prova.
5) Existe alguma orientação específica para o blazer?
O blazer pode ser todo fechado ou ter um ou dois botões.
Depende do que você preferir. Você pode optar por um modelo que
não precisa de blusa por baixo ou um outro que pode ser usadocom top ou camisa.
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Existe o clássico modelo chanel, que é bastante elegante e
clássico, sendo também uma opção.
Alguns modelos têm pequenos detalhes como debruns ou
recortes ou fechamento com zíper, que fazem o blazer ficar mais
moderno. Outros bem bonitos têm a cintura marcada por um cinto.
Podem ser opções.
O ideal mesmo é provar e ver qual modelo combina mais com
seu biotipo e estilo.
6) E se a candidata preferir ir de vestido? É proibido?
Não é proibido. Neste caso a opção que pode ficar tambémelegante é usar blazer sobre vestido tubo.
7) E com relação ao sapato?
O sapato deve ser clássico. Pode ser chanel ou scarpin.
Não use sandálias.
Lembre-se de que os sapatos têm que ser confortáveis. Vocêpassará algumas horas com eles nos pés. Não precisa comprar
sapatos novos para a prova, mas, se forem usados, certifique-se
que estão limpos e engraxados. Existem produtos específicos para
camurças, que deixam os sapatos novos e que são encontrados
facilmente em lojas especializadas.
O salto sempre deixa a mulher mais elegante, mas é preciso
saber andar com ele! A altura deve ser de no máximo 7 centímetros. Sapatos mais altos que isso não são adequados porque
remetem a uma sensualidade que não combina com a situação
de prova.
8) E como devem ser os complementos?
Anéis, brincos e colares devem ser pequenos e discretos, massempre combinando com quem os está usando.
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Anéis poderosos devem ser guardados para outras situações.
Brincos longos podem balançar muito e chamar a atenção
dependendo da forma como a pessoa usa os movimentos de
cabeça na hora de se comunicar.
Pulseiras podem bater na mesa e se tiverem algum tipo de
berloque podem também chamar muito a atenção.
Vale aqui uma observação importante: os complementos não
podem ser utilizados como "muletas", ou seja, não é permitido ficar
mexendo nestes acessórios durante a arguição. Se você tiver este
hábito precisa se monitorar e acabar com ele.
9) Como deve ser a bolsa?
A bolsa deve ser pequena ou média, combinando com o traje
social que você estará usando. Não há necessidade de levá-la até
o local onde será a arguição. Pode deixá-la na sua cadeira.
10) Existe orientação para o uso da meia-calça?Em qualquer situação você pode usar meia calça. No inverno
elas são mesmo obrigatórias por causa da temperatura.
Dependendo da sua roupa e de como estiver o dia, cabe também
uma preta grossa fio 40 ou 60.
No verão, se você achar conveniente, pode usar uma meia
transparente para deixar as pernas mais bonitas. Normalmente esta
é uma escolha bastante pessoal.
11) A roupa deve ser a mesma independentemente da região da prova?
Dependendo do lugar onde é a prova e da época do ano em
que acontecerá, você deverá usar um ou outro tipo de roupa.
Por exemplo, se você vai fazer prova em regiões quentes, pode usar
blazer com manga três quartos e tecido mais leve. Se a sua provafor na região sul no inverno, sua roupa poderá ser de lã.
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12) E com relação às cores?
Sabe-se que o preto é campeão nas preferências. Você não é
obrigada a usar preto, mas sugiro evitar cores muito delicadas, que
podem sugerir fragilidade. O vermelho e o rosa pink também
devem ser evitados.
Algumas cores, como tonalidades variadas de cinza e marinho,
podem ser consideradas escolhas seguras. Existem também as
opções em risca de giz, clássicas e sempre corretas. O melhor é,
dentro do que é considerado seguro, optar por algo de acordo com
seu gosto pessoal e que combine com você e com a situação.
Profissionais especialistas em imagem referem que as pessoasficam mais bonitas se escolhem as cores certas. Você pode, com
critério, colocar um toque de cor na blusa usada sob o blazer , mas
de preferência com orientação de um profissional que entenda a
exigência em uma situação tão importante como a prova oral de
concurso público.
Tome cuidado porque a moda pode ser perigosa e a vendedorada loja não tem a menor ideia das suas necessidades para a prova.
13) O estampado é permitido?
Não, o estampado é definitivamente proibido para qualquer
situação da prova porque normalmente remete a informalidade e
chama a atenção. Lembre-se de que o que deve ser alvo de atenção
são seu conhecimento, segurança e simpatia.
Um xadrez clássico, como "Príncipe de Gales", pode ser opção
em períodos frios para as mulheres. Como citado anteriormente, o
tecido "risca de giz" é bastante usado no dia a dia e também está
autorizado aqui.
14) É permitido o uso de maquiagem?Não só é permitida, mas deveria ser obrigatória. A maquiagem
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ajuda a esconder as olheiras das infinitas horas de estudo e das
noites mal dormidas.
Além disso, deixa a mulher mais bonita. Deve ser, é claro,
adequada à situação de prova, bem leve e sóbria. Se você não
gostar ou não entender de maquiagem, peça orientações a um
profissional e faça um teste dias antes. Lembre-se de que é a sua
imagem que será avaliada antes mesmo do início da prova.
Se você for assistir às provas de colegas em outros dias, deve ir
também com uma maquiagem leve.
15) E o cabelo das mulheres?As mulheres não devem mexer no cabelo nos meses que
antecedem a prova. Simplesmente porque agora não é hora para
mudanças e vocês sabem como mexer no visual e no cabelo podem
afetar o emocional.
Sempre me perguntam sobre a relação entre comprimento de
cabelo e credibilidade. O cabelo deve ser sempre bem cuidado eestar com corte para causar uma boa impressão, mas não precisa
necessariamente ser médio ou curto. O mesmo vale para a cor.
Louras, morenas ou ruivas têm a mesma chance de passar, mas
sempre deve prevalecer o bom senso na escolha da cor do cabelo.
Deve combinar com sua pele e com você.
O cabelo preso com rabo de cavalo baixo (nunca com coque)
ou semipreso é indicado para aquelas mulheres que mexem nocabelo o tempo todo e que se sentem mais seguras se ele estiver
preso porque sabem que assim não vão entregar-se a este tique
durante a arguição.
Uma segunda hipótese em que a orientação é para prender o
cabelo é para aquelas mulheres que se sentem mais bonitas com o
cabelo assim. Nos demais casos não há por que prender ou usar openteado muito diferente do que você está acostumada.
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Vocês poderiam me perguntar se, neste caso, não seria mais
fácil parar de mexer no cabelo, já que este é um ato voluntário que
pode ser controlado. Respondo para vocês que cada caso é um
caso e que há sempre uma análise do que pode ser melhor para
aquele candidato.
16) Posso usar esmalte colorido?f
E melhor evitar. Deixe o colorido para a comemoração do seu
ingresso e use um bem clarinho no dia do psicossocial e da prova.
Por mais que esteja na moda e seja comum o uso de esmaltes
coloridos, algumas pessoas - que podem estar na sua banca -podem não gostar. É melhor não arriscar.
Você deve ir à manicure na véspera ou de manhã, se a sua
prova for no período da tarde.
As unhas devem estar impecáveis. Se você, homem ou mulher
tem o hábito de roer as unhas, comece hoje mesmo a cuidar deste
hábito que deixa as mãos feias e pode passar impressões nãobenéficas para a imagem do candidato.
17) E a roupa dos homens?
Os homens usarão o costume, que é o conjunto de paletó e
calça. Prezem pela qualidade no momento da compra.
Você pode escolher a cor que achar mais bonita, desde que
fique entre as seguintes: azul marinho e todas as nuances de cinza.O preto pode ser usado também.
O tecido pode ser liso ou com risca de giz, desde que as listras
sejam discretas.
Evite beges e marrons, bem como cores muito claras.
A camisa deve ser lisa. Pode ser branca, cinza ou azul clara.
Escolha a que fica melhor em você. Cuidado com o tamanho emodelo do colarinho. Ele não deve ser nem apertado, nem frouxo.
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Se seu rosto é fino, opte por colarinhos mais abertos, Se seu rosto
for retangular, quadrado ou redondo, a melhor opção são os
colarinhos mais pontudos.
Camisas com botões nos colarinhos são proibidos porque não
combinam com ambientes formais.
A gravata deve ser escolhida com carinho nas boas lojas.
Afinal, ela é o detalhe no traje masculino.
Prefira as cores e padronagens mais clássicas e seguras.
Vermelhos e vinhos ou bordos podem ser opções, bem como
azuis mais escuros com listras ou bolas miúdas. Existem também
várias opções de cinzas que podem complementar muito bem suaprodução. Para criar um equilíbrio no visual, opte por gravatas
lisas ou que tenham algum detalhe da cor da camisa que você
vai usar.
Tome bastante cuidado com moda e vendedores. Tenho visto
gravatas bonitas, em tons claros, que não seriam as ideais para a
prova. Existem nas lojas também cores fortes como verde, azul e atéroxo, que não devem ser usadas.
Ao finalizar o nó, a ponta da gravata deve ficar na altura da
fivela do cinto. Tome cuidado para não deixar a gravata torcida.
Alguns tipos de nó ou tecidos utilizados na confecção não deixam a
gravata reta após o nó ter sido feito e devem ser evitados.
Não precisa usar prendedor de gravata.
Sapatos, cinto e meias deverão ser pretos, que ficam bem comas cores sugeridas.
Com relação ao sapato, acredito que podemos comentar
algumas particularidades. Ele não precisa ser novo, mas deve estar
limpo e engraxado.
Se você for comprar um novo, opte pelos modelos mais
tradicionais. Novamente vale a orientação de tomar cuidado com oque está na moda.
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18) Os óculos ajudam a ficar mais sério?
Se você necessita de óculos e se sente bem assim pode fazer a
prova com eles, mas somente neste caso. Se você precisa de lentes
corretivas, mas não gosta de usar óculos, pode ir de lente sem
problema algum.
Se você usa óculos somente para alguma eventual leitura que
possa ser solicitada durante a prova, há a opção dos homens de
levá-los no bolso do paletó. Para as mulheres, que não têm várias
opções de bolso na roupa, precisamos analisar cada caso para ver
qual seria a melhor opção.
Seria bom também pensar no modelo dos óculos que será usado.
Existem inúmeras opções para escolher, mas é importante que os
óculos não "pesem" no rosto e que beneficie a imagem do candidato.
19) E nos dias que eu for assistir aos outros colegas. Como me vestir?
Se você está na fase oral, pode ter certeza de que todos os
examinadores o conhecem. Logo, não há como passar despercebido. Os homens devem ir de terno e gravata. As mulheres podem
ir de toilleur ou de costume (conjunto de calça e blozer, mas
levemente maquiadas e com o cabelo arrumado. É importante que
o candidato cuide do seu aspecto visual em todas as situações em
que terá algum contato com a banca.
20) Como deve ser o cabelo dos homens?
Curto e clássico. Por mais que seu cabelo seja moderno e bonito,
pode ser que não seja o melhor para sua prova e valha a pena
cortar um pouco. Pessoalmente já precisei orientar um candidato a
fazer isto. É uma mudança que vale a pena neste momento.
Pode passar gel se estiver acostumado a usá-lo ao menoseventualmente e se sentir bem com o resultado. Se nunca usou, o
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dia da prova não é o melhor para testes. Melhor deixar o cabelo
como o habitual.
Os homens devem cortar o cabelo uns 15 dias antes da prova
para não correr o risco de ficar curto demais ou que arrepie.
21) E a barba nos homens? Existe alguma orientação?
A barba deve estar perfeita. Homens com barba muito cerrada
podem deixar para fazê-la mais próxima da hora da prova em vez
de fazer no início da manhã. Se você usa barba e/ou bigode,
apresente-se com ambos muito bem aparados. Mas atenção... não
deixe barba ou bigode crescer para aparentar mais idade na prova.
Cuidado também com costeletas grandes que podem soar como
modernas demais.
22) Homem pode usar anel?
Anéis de formatura até são permitidos, mas não os considero
apropriados. Cabe aqui somente o uso da aliança de noivado oucasamento.
Outro complemento que não deve ser utilizado na hora da
prova é o relógio. A probabilidade de bater na mesa e fazer ba
rulho, causando constrangimento ao candidato é grande.
A mesma orientação vale para pulseiras.
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POSTURA, COMPORTAMENTO E COMUNICAÇ ÃO NA PROVA
1) Devo cumprimentar a banca com aperto de mãos?Normalmente não. Na forma tradicional que as provas são
realizadas, você será chamado pelo presidente da banca,
apresenta seu documento de identificação (RG) e já é convidado ase sentar.
Se a prova que você for fazer acontecer com vários candidatos
que serão arguidos ao mesmo tempo, você terá momentosindividuais com cada examinador. E melhor esperar a iniciativa delepara o cumprimento. Se isto acontecer, retribua no aperto de mãoa pressão que receber. Esta orientação é válida para ambos os
gêneros, em todas as situações.
Outra situação em que você pode ser cumprimentado é na
avaliação psicossocial. A orientação é a mesma: retribua no aperto
de mão a pressão que receber, deixando o outro decidir quandoterminar o cumprimento.
Nunca, em hipótese alguma toque de leve na mão do seu
interlocutor ou nas pontas de seus dedos, como se estivesse com
nojo de tocar-lhe as mãos ou aperte tão firmemente a ponto de
machucá-lo.
Outra dica, mantenha o contato visual durante o cumprimento,de preferência com um sorriso no rosto.
2) Qual deve ser a postura do candidato durante a arguição?
A postura deve ser formal e adequada à situação. O candidato
deve ficar bem sentado, em posição ereta e equilibrada, sempender para nenhum lado, apoiando-se em um dos braços da
cadeira, nem escorregar na cadeira ou debruçar-se sobre a mesapara falar perto do microfone.
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A postura pode ser considerada a base da imagem do candidato.Se não estiver adequada, pode prejudicar seu desempenho econsequentemente o resultado na prova e do concurso.
Este fator é tão importante que alguns editais citam como um
dos requisitos que serão avaliados durante a arguição.
3) O fato de o candidato se mexer na cadeira pode causar má impressão?
Sim, a banca pode analisar os movimentos como sinais de
ansiedade e/ou insegurança. E comum as pessoas mudarem algo
na posição quando estão desconfortáveis ou precisam de algunssegundos a mais para responder.Outro comportamento bastante comum é o balançar de pernas
e/ou pés, que podem transmitir ansiedade ou nervosismo e que devemser controlados no dia a dia e durante as simulações para a prova.
Na prova tradicional, o candidato ficará atrás de uma mesa e a
banca não conseguirá ver estes movimentos, a não ser que sejam
tão intensos e se reflitam no tronco. Mesmo assim é válida aorientação sobre o controle, uma vez que na entrevista pessoal e noteste psicossocial não haverá a mesa para "proteger" o candidato e
invariavelmente este comportamento não beneficia sua imagem.
4) Como saber o tipo de comunicação exigida na prova?
A dinâmica utilizada varia de acordo com o que foiestabelecido no edital da prova e o local onde esta acontece.
Dependendo da carreira, podem variar as exigências ou valorizar
mais uma ou outra característica.
Os tipos de perguntas e a exigência da banca sofrem certavariação de acordo com os diferentes tipos de prova.
5) Quando o microfone é utilizado?Normalmente utiliza-se o microfone quando a arguição de
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cada candidato é realizada de forma individual perante toda abanca examinadora. Normalmente temos o espaço físico semelhante à figura abaixo:
Nesta situação o candidato se sentará atrás de uma mesadistante a aproximadamente dois metros da banca examinadora
e falará ao microfone, sendo ouvido por todos os presentes no
local. O motivo é a amplificação da voz e facilitar o entendimentodas respostas.
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Alguns candidatos sentem medo de falar ao microfone, de seconfundirem na elaboração com o som amplificado ou aindaficam apreensivos por estranharem o som da própria voz.
Este receio inicial é trabalhado também com treino e o que
ouço destes candidatos após a prova é que eles nem se lembraramna hora do som amplificado porque estavam com a atençãocompletamente focada em entender o que os examinadoresperguntavam e na correta elaboração da resposta.
6) Quais são as orientações para o uso do microfone?
O microfone deve ficar a aproximadamente quatro dedos dedistância do queixo, evitando ficar na direção da boca para evitar aamplificação do ar na hora de falar, que provoca "pufs" e uma
sensação ruim aos interlocutores. Logo, o microfone nunca deveráficar "colado" na boca do candidato.
Atenção: a posição do microfone deve ser ajustada logo que
você se sentar. Ele deve ficar numa posição confortável o suficiente
para que você não precise mudar a postura, vindo para frente, nomomento da elaboração das respostas e também que esta posiçãoseja eficiente no que se refere à amplificação.
Em alguns concursos há uma pessoa para ajudá-lo, mas isto é
exceção. Na maioria das vezes você terá de fazer este ajuste
sozinho. E não deixe de fazê-lo. Um microfone fora da posição idealpode atrapalhar seu desempenho na prova, exigindo que desloqueseu corpo para a frente quando for responder.
7] Onde o candidato coloca as mãos?
As mãos devem ficar sobre a mesa sempre, com os antebraçostambém sobre a mesa, nunca os cotovelos.
Não permaneça com as mãos no colo, embaixo da mesa. Esta
postura, além de não transmitir segurança, pode dar a impressãode você estar escondendo algo como apertando as mãos de
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nervoso ou mexendo no canto das unhas, comportamento comumem situações.
8) Mas como exatamente as mãos devem ficar?
Enquanto estiver ouvindo ou esperando as perguntas, as mãospodem ficar com as palmas viradas para a mesa, juntas em conchaou com os dedos cruzados... o que for mais confortável para você.
Evite mexer nos cantos das unhas, mexer em anéis ou alianças,
apertar as mãos. A movimentação inerente à comunicação deve
acontecer enquanto a pessoa está falando. Enquanto ouve a
pergunta, não deve acontecer movimentos aleatórios, podendoestes ser considerados ruídos no processo comunicativo e transmitiransiedade ou nervosismo em excesso.
Os personagens utilizados nos desenhos foram feitos a títulode ilustração, ou seja, não há diferenças específicas neste aspecto
com relação a homens e mulheres. E uma forma de visualização
das diferentes posturas sugeridas para que você possa escolher
algumas.
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Z ll
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9) E no momento da elaboração das respostas?No momento da elaboração das respostas pode-se usar gestos,
contanto que não sejam exagerados, amplos demais ou em grandequantidade.
Os gestos complementam a comunicação e utilizados de maneiraadequada passam segurança e naturalidade. São inerentes à fala econsiderados importantes no momento da prova.
A ausência de gestos tende a levar a pessoa a fazer maismovimentos com a cabeça, uma vez que ela passa a marcar seudiscurso assim. Este comportamento não é natural e chama a atençãonegativamente.
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9) E na prova em que não se usa o microfone?
Num outro tipo de prova, os examinadores se colocam em
mesas separadas e a arguição de vários candidatos é realizada ao
mesmo tempo. Assim, os candidatos revezam-se, passando de
examinador em examinador. Alguns candidatos acham que este tipode prova é mais fácil. Na verdade, as exigências da banca com
relação a postura e conteúdo são as mesmas. Considero um risco
que pode beirar a displicência o candidato achar que este tipo deprova tem uma avaliação menos rigorosa.
A disposição do ambiente deste tipo de prova fica desta forma:
Aqui o candidato falará sem microfone, sendo que às vezes há
necessidade de usar a voz com volume mais baixo que o habitualpara não atrapalhar a mesa ao lado.
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J á orientei candidatos que tinham volume de voz mais forte eprecisamos trabalhar o monitoramento vocal para adequar ovolume utilizado pelo candidato ao exigido em prova.
11) Como o candidato deve proceder neste tipo de prova?
Dependendo do tipo de mesa eda cadeira, o candidato não poderá
se aproximar da mesa. Logo, deverá
se posicionar de forma adequada
na cadeira, adotando uma posturaparecida como a já descrita durante as situações de entrevistas.
Ilustração: Luiz Perez Lentini
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12) O que deve ser sempre observado pelo candidato com relação ao seu desempenho?
Alguns comportamentos devem acontecer em todos osmomentos da prova:
O contato visual deve ser eficiente. Isto quer dizer que vocêpode desviar um pouco o olhar para pensar, mas desde que voltelogo o olhar ao seu interlocutor, que é o seu examinador.
As expressões faciais devem transmitir segurança. Tenha certezaque você está usando-as corretamente. Evite expressões que podemsugerir nervoso, medo, insegurança, ironia ou mesmo arrogância.
Algumas expressões faciais ou tiques aparecem somente oumais frequentemente quando a pessoa está sob pressão e podemser controladas a partir do momento que são identificadas. Entre asmais comuns podemos citar: olhos arregalados, testa franzida,lábios pressionados, protrusão labial (bico), ou ainda o passar dalíngua entre os lábios, entre outros.
13) Como o candidato deve se portar numa prova de tribuna?Há dois tipos de prova de tribuna: explanação sobre um pontosorteado e simulação de júri.
Na explanação do ponto sorteado a situação se parece com ade uma aula ou apresentação em público.
A forma de início da apresentação, cumprimentos e abordagemdepende do que já acontece comumente nas provas e eu o
aconselho a pesquisar com colegas que já passaram pala prova oumesmo participar de algum curso preparatório na instituição.
E importante respeitar o tempo estipulado. Se você falar muitomenos pode denotar falta de conhecimento, mas se falar maispode transmitir falta de preparo por não conseguir administrartempo e conteúdo.
14) Existem dicas que podem fazer diferença na hora da prova?Sim, existem. Como já citado anteriormente, há dois tipos de
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prova de tribuna: explanação sobre um ponto sorteado e simulaçãode um júri.
Imagine que a sua prova é hoje e você foi chamado para ir atéa frente para iniciar sua explanação sobre um ponto.
Como fazer na hora
da prova
Caminhe olhando para frente com olhar
confiante. Nunca olhe para baixo ou tenha
qualquer tipo de reação infantil ao nervo
sismo que possivelmente esteja sentindo.
Posicione-se onde for indicado
e segure ou ajuste o microfone, deixando-oa aproximadamente quatro dedos de
distância do seu queixo.
Inicie sempre com um cumprimento
respeitoso, cuja forma, como citado
anteriormente, varia de concurso
para concurso.Mantenha contato visual com todos
os integrantes da banca.
Respeite o tempo, não encerrando muito
antes ou se prolongando demais.
Encerre com um agradecimento.
Outra forma de prova é a simulação de um júri.O candidato terá acesso ao material do processo horas antes da
prova, podendo assim se preparar.
Como já foi dito anteriormente quando falamos sobre os tipos
de prova, é importante assistir a vários júris antes, já que é uma situação em que a comunicação oral e os diferentes recursos utiliza
dos pelo promotor vão ser fundamentais na definição do resultado.Um curso de oratória pode ser um bom treinamento.
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15) Como devo me portar antes de ser arguido?
O seu comportamento deve ser formal como a situação exige
e deve ser mantido antes, durante e depois da arguição,
mantendo-se sentado, com postura ereta e semblante neutro. Evite
conversar com o colega ao lado ou mesmo reagir positivaou negativamente às respostas dos outros candidatos. Você pode
sair do recinto se houver necessidade mesmo fora do horário
de intervalo, mas não o faça mais de uma vez. Enquanto espera,não dê a impressão de que está "indo para a forca" ou qualquer
coisa parecida. Lembre-se de que a prova oral é difícil sim, mas
é a última fase para a realização do seu sonho e que dependesomente de você.
16) E nos outros dias em que não for a minha arguição?
Lembre-se sempre de que você estará sendo observado o
tempo todo, independentemente do concurso que estiver prestando.
Valem aqui as mesmas orientações do dia da prova: não converse
com quem estiver ao seu lado; não queira participar da prova docolega, respondendo em voz baixa ou mesmo articulando sem soma resposta ou ainda fazendo expressões faciais de felicidade ou
tristeza de acordo com o teor da pergunta. Não entre e saia da sala
porque esta atitude incomoda os demais e chama a atenção sobrevocê. Não se esqueça de ficar atento sempre à sua apresentação
pessoal (ver em vestuário).
17) Posso cumprimentar a banca dizendo que é um prazer estar ali
sendo arguido por eles?Definitivamente não. Por mais autênticos que sejam seu
sentimentos e intenções, este tipo de discurso não trará benefícios
para você. Ao contrário, não é bem visto.
Nem falar que é um prazer ou uma honra ou dizer que leu seulivro ou qualquer tipo de fala que pareça falsa ou que sugira certo
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exagero no trato com a banca. Isto fará com que o candidato percapontos.
18) Que tipos de comportamento podem me atrapalhar na hora da
prova?Além do que foi citado anteriormente, existem alguns compor
tamentos ou tiques que acabam chamando mais a atenção do queo candidato ou mesmo as suas respostas. Podemos citar:
movimentos curtos e freqüentes com os pés, colocar as mãos na
boca e/ou roer as unhas, mexer-se na cadeira, mudando de posição
a todo momento ou mesmo movimentar uma cadeira giratória deum lado para outro. Quando identificados, estes comportamentosdevem ser monitorados e eliminados do seu cotidiano para que não
apareçam em situações importantes ou tensas.Lembre-se de que mudanças comportamentais não acontecem
de um dia para outro e que seu preparo para a prova começa hoje!
Se você percebe algum tique ou hábito que pode atrapalhá-lo no
momento da arguição comece já. A maioria das pessoas queconheço e que chegaram ao oral referem que não acreditavam quepassariam para esta fase.
19) Mas quando este tipo de problema é identificado, o mais fácil
não seria somente evitá-lo nestas situações?
Esta não é a melhor opção. O que acontece é que a comunicação é um comportamento automático em que ao mesmo tempo
são observados vários tipos de ações, que vão desde o contatovisual com seu interlocutor, passando pela voz utilizada e, também,
pela forma como seu corpo se expressa nesta ou naquela situação,
além, é claro, da elaboração da resposta.
Numa prova, em que o candidato usa a comunicação oral para
transmissão do conteúdo estudado, a única variável deve ser oconteúdo. O resto dos instrumentos utilizados (voz, gestos, expres
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sões faciais e corporais) devem estar automáticos e adequadosàquela situação. Resumindo, o candidato não vai conseguir na horacontrolar esses comportamentos, colocando em risco sua atenção
na formulação das respostas.
Lembre-se de que forma e conteúdo são complementares e osdois devem ser trabalhados para sua prova.
20) Quais os comportamentos que podem entregar o candidato com
relação ao nervosismo?
Nervosos todos estão, o que é normal e esperado, afinal,
naquele momento o candidato na está só enfrentando a banca,mas também definindo o seu futuro. A diferença é como lidar como emocional em momentos de pressão.
Existem comportamentos considerados inadequados, pois
denotam certo descontrole sobre a situação da prova, que podem
ser citados como:
Morder os lábios, fazerbicos ou caretas enquanto
espera a elaboração
da pergunta.
Tamborilar os dedos
sobre a mesa.
Mexer em brinco,óculos, anel durante
todo o tempo.
Emissão de "é", "ã"no início e no meio
das respostas quando
precisar parar um pouco
para pensar.
Comportamentos que denotam
nervosismo
na hora da prova
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Comportamentos
que denotam nervosismo
na hora
da prova
Ser disfluente, ou seja,
gaguejar durante a prova.
Sorrir ou rir não havendo
situação compatível comeste comportamento (afinal,
a prova é uma situação
muito séria).
Não elaborar bem
as respostas, indo e
voltando no conteúdo.
21) Que tipos de comportamento podem denotar imaturidade?
Considero importante ressaltar que trabalhamos com
impressões. Às vezes o fato do candidato parecer imaturo não
significa necessariamente que ele é, mas esta pode ser a percepçãoda banca em função de recursos na comunicação utilizados pelo
candidato. Seguem abaixo alguns comportamentos que transmitemimaturidade ou infantilidade:
Comportamentos que denotam
imaturidade
na hora da prova
Mulheres com vozes agudas.
Uso do sorriso durante toda
a elaboração, sendo estauma característica da forma
de articulação da pessoa.
Usar gírias durante o
discurso.
Rir quando não sabe a
resposta.
Postura desleixada ao sentar.
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22) E arrogância?
Arrogância é uma outra impressão que pode prejudicar o
candidato. Seguem abaixo alguns comportamentos que podem
transmitir arrogância:
Queixo levantado.
Comportamentos que podem
denotar
arrogância na hora
da prova
Olhar os outros "de cima".
Fala muito incisiva.
Respostas diretas ou
pouco educadas.Voz em volume forte.
Expressões faciais que
remetem a mau humor
ou agressividade.
23) Quando falo em público fico vermelho. Existe alguma forma disto não acontecer na prova?
Qualquer reação fisiológica originária de situação de estresse
não é facilmente controlável, principalmente quando aparece
somente no momento de tensão e depois desaparece. O que pode
ser feito para que ocorra um processo de dessensibilização com a
situação de falar em público é você ficar exposto a esta situação quecausa o problema na pele, fazendo um curso de oratória ou mesmo
a realização de exposições freqüentes em público, como reuniões
de condomínio ou mesmo em igrejas.
Outra opção é você não se incomodar com o que acontece e
não permitir que isto atrapalhe o seu desempenho. Na maior
parte das vezes os interlocutores não se incomodam ou nãopercebem isto.
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24) Posso brincar com a banca?
Não, nunca, de forma alguma. A situação de exame oral não
abre espaço para este tipo de comportamento.
O máximo que pode acontecer é, no caso de a banca querer
deixá-lo menos tenso no início, o presidente pode tecer algum
comentário a respeito do seu currículo, como fazer referência à sua
cidade num tom menos formal que deve ser retribuído também no
mesmo tom e só.
25) Normalmente sou sério e não sorrio muito. Posso passar uma
impressão ruim, de mal humorado ou bravo?
Ser sério e não sorrir muito não vai prejudicá-lo na prova, mas
se você for mal humorado ou bravo ou então ficar com aspecto
muito sisudo sob pressão, pode sim passar uma impressão ruim.
Vale a pena parar e pensar no porquê de ter este compor
tamento. Seriedade é diferente de arrogância e a orientação é que
você realmente avalie as impressões que transmite no seu dia a dia,certificando-se do impacto do seu comportamento e da sua
comunicação.
Se, como colocado em uma segunda hipótese, este compor
tamento aparecer somente sob pressão, a orientação é primeira
mente se monitorar no dia a dia e fazer inúmeras simulações com
colegas, professores ou no próprio cursinho.
26) O fato de ser jovem pode atrapalhar?
O fato de você ser jovem não atrapalha se você apresentar
para a banca posturas, comportamentos e pontos de vista de
alguém maduro e pronto para assumir as responsabilidades da
carreira pretendida.O fato de ter um biotipo que aparente menos idade também não.
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Hoje em dia com a regra dos três anos de prática jurídica
posterior ao término do bacharelado para as carreiras da
Magistratura e Ministério Público, os candidatos nestes concursos
não são mais tão jovens como antes.
É sempre bom lembrar que não adianta somente ser, mas o
candidato tem de mostrar-se seguro, maduro e competente. Forma
e conteúdo são fundamentais para convencer a banca que você
merece ser aprovado.
27] Quando estou respondendo devo olhar para todos os
examinadores?
Enquanto responde você deve manter contato visual somente
com o examinador que está fazendo a arguição. Não se preocupe
em olhar para os outros.
Neste momento você deve ficar atento aos sinais não verbais
que o examinador pode apresentar, mostrando, por exemplo,
aprovação na resposta ou indicando que você deveria escolheroutra abordagem ou outra resposta.
Quanto mais você entender o que seu examinador quer e como
ele se comporta, mais fácil fica sua leitura sobre os sinais que ele
fornece durante a arguição. Em função deste fato, sempre que for
permitido ou possível, você deve assistir provas antes do seu dia.
28) Devo ficar com as mãos paradas ou posso gesticular? Onde as
mãos ficam?
Pode e deve gesticular. Os gestos complementam a comuni
cação verbal e podem ser usados para dar ênfase às partes mais
importantes do discurso.
Os candidatos devem evitar, entretanto gestos em excesso ealtos, que funcionam como ruído na comunicação pessoal.
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Se você preferir ficar sem mexer as mãos, não há problema,
desde que isto seja confortável para você e que não transfira estes
movimentos para outras partes do corpo.
29) Como devem ser minhas respostas? Devo fazer alguma
modificação de acordo com o examinador?
Sim, a maneira de elaboração e exposição do conteúdo varia
sempre de acordo com o interlocutor e com a situação. Isto é eficiente.
Há estilos diferentes de comunicação que podem ser obser
vados e monitorados em situações cotidianas.
Algumas pessoas falam muito, repetindo a informação de
formas diferentes, como se fossem professoras de pré-escola.
Outras falam bastante e contam tudo em detalhes, que, na maioria
das vezes, não interessam ao interlocutor, mas a ela mesma.
Existem ainda aquelas pessoas que ouvem muito e falam pouco e
quando falam são extremamente objetivas e concisas, passando
somente parte da informação e podendo deixar o interlocutor sementender o assunto na sua globalidade.
Após acompanhar concursos nestes últimos anos, posso dizer
que o estilo de pergunta de cada examinador se repete durante
todo o concurso, com uma única exceção surpreendente de um
examinador que mudava completamente as características das
perguntas de forma aleatória. Para este, treinávamos respostaslongas, médias e curtas, definições, comparações e casos
práticos. De qualquer forma o candidato estaria pronto para
responder.
O que você precisa é conhecer seus examinadores, pesquisar
perguntas de provas anteriores, ler suas obras e jurisprudências
para entender como deverá ser sua preparação a partir do perfil decada um e da banca como um todo.
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30) Como usar este recurso na hora da prova?
Existem inúmeras formas de transmitir uma informação ou
conteúdo e esta forma deve sempre ser adaptada ao interlocutor.
Você terá um examinador que gosta de respostas longas e com
detalhes. Outro vai preferir respostas mais curtas e objetivas, o quena verdade, acaba sendo o mais comum. Adaptando-se a cada umvocê fará uma prova melhor.
Concentre-se em responder o que o examinador perguntou esó! Por mais que domine a matéria, quem vai definir se quer mais
detalhes e quais detalhes é o examinador. As respostas têm de ser
objetivas e completas.Se você começar a falar tudo o que sabe sobre determinadoassunto podem acontecer duas situações, nenhuma benéfica paravocê: o assunto que você domina se esgota e o examinador é
forçado a mudar de matéria; o examinador acha que você está
querendo ganhar tempo e fica contrariado.
31) Como faço para treinar esta adaptação no conteúdo jurídico?Se você tem um estilo mais prolixo de elaboração e não
consegue identificar o que é mais e menos importante em
determinado assunto, efetivamente o seu treino deve começar hoje.
Você tem muito a aprender para se preparar para a prova.Existem também aqueles que não conseguem colocar conteúdo
além do que ele acha essencial... estes também precisam aprender acolocar as respostas completas, o que também exige bastante treino.
O importante, como citado acima, é você estar pronto para o
examinador que gosta de perguntas curtas, outro que gosta de
longas e outro que pergunta praticamente casos práticos.
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COMO FAZER NA HORA DA PROVA
1) O que fazer com os "brancos"?
A primeira coisa a fazer é não se preocupar com eles. O "branco"pode acontecer e pode estragar a sua prova se você der mais importância do que ele merece. Como exemplo, podemos citar aquela
palavra que está "na ponta da língua", que você sabe o significado,mas que naquele momento ela simplesmente decidiu não sair.
O melhor a fazer é pedir licença para a banca e explicar o que você
quer dizer, mas que não está se lembrando naquele momento.Se você se esquecer não só da palavra, mas de uma definiçãotoda, tente se acalmar e responder de alguma forma, mesmo quenão seja a que você considera a ideal.
O mais importante é você não se deixar levar pelo desespero
no momento e se prejudicar nas perguntas subsequentes.
Aqui vale uma orientação preciosa para você que não tem
alguém por perto com experiência em concurso e procura umprofissional que trabalha somente com apresentações em público,por exemplo.
A orientação comum em oratória e apresentações em público é
que o orador deve conduzir o assunto para um conteúdo que ele
domina, como que "enrolando". Isto funciona muito bem e as
pessoas que estão assistindo uma apresentação podem nemperceber as artimanhas do orador. Mas funciona porque o público,
na maioria das vezes, sabe menos que o palestrante. No concurso,
a situação é bem diferente. O examinador detém todo o conteúdo
e você pode se prejudicar se tentar "enrolá-lo".
Tive a oportunidade de orientar a tempo, semanas antes dasua prova, um candidato que havia recebido esta orientação e
estava fazendo todo seu preparo para a prova nesta direção.A probabilidade de fracasso seria grande.
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2) É permitido pedir para o examinador repetir a pergunta?
Sim, mas somente quando estritamente necessário ou seja
quando você não entendeu mesmo a pergunta. Pedir para repetir
várias perguntas durante a prova pode soar como nervosismo
excessivo, falta de conteúdo ou ainda dificuldade de compreensãoe nenhuma destas situações beneficia o candidato.
3) E a reformulação da resposta?
Esta solicitação não deve ser feita. Se não entendeu, peça para
o examinador repetir a pergunta e ele pode até reformulá-la, mas
por iniciativa própria e não por um pedido seu.Pedir para reformulá-la pode sugerir falta de conteúdo ouprolixidade do examinador, como se ele não tivesse feito uma boaelaboração.
4) Posso dispensar o microfone?
De forma alguma. Pelo nervosismo a voz tende a ficar mais fraca,
chegando em alguns casos a ficar quase sem som. O microfone vaiamplificar sua voz e torná-la audível para todos os examinadores.
Alguns candidatos me perguntam se o som da voz amplificada
não pode atrapalhar o raciocínio na hora da prova. A resposta é não,
não atrapalha. Após a prova, a maioria destaca que nem se lembrou
que sua voz estava sendo amplificada, tamanha a atenção dedicada
à elaboração das respostas.Para que você fique seguro e calmo eu aconselho o treino com
microfone durante a fase preparatória para a prova. A maioria dos
cursinhos fornece microfones para treino em períodos de oral.
Muitos candidatos referem ter medo do treino porque ficam
nervosos com a presença do microfone e seu desempenho não é o
mesmo de quando estão treinando sem microfone. Se este for seu
caso, a orientação é: você precisa se acostumar a falar com omicrofone por que terá que utilizá-lo na prova. Logo, o processo de
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dessensibilização deve começar o mais rápido possível para nãoatrapalhar seu resultado no momento da prova.
5) Posso ganhar tempo colocando respostas mais longas?
Não. E sabe por quê? Os examinadores não são ingênuos epercebem quando se está querendo "enrolar". Corre-se o risco,inclusive, de ser interrompido durante a elaboração da resposta,antes mesmo de colocar o conteúdo mais importante. Sem contar o
fato de ser advertido pela banca durante a prova. E realmente uma
situação desagradável que pode e deve ser evitada.
As respostas não devem ser curtas demais, afirmando ou negandouma pergunta feita pelo examinador. O ideal é que as respostas sejamelaboradas. Isto pode até ser visto como uma forma de "ganhar
tempo", mas é o correto em uma situação de prova. Respostas simplesdemais não combinam com a formalidade da prova.
6) Ou as respostas curtas são melhores?
Respostas completas são as melhores. Podem ser curtas, intermediárias e, eventualmente, um pouco mais longas. Cabe ao candidatoouvir a pergunta e responder exclusivamente ao que for perguntado.
Se seu concurso estiver em andamento você terá a chance de se
preparar a partir do que vê nas provas de outros candidatos.
Entender como cada examinador funciona, seu comportamentocom os demais candidatos e a forma de resposta que mais lheagrada faz parte da sua preparação.
Para as simulações diárias, você poderá utilizar como referênciaa coleção "Estudos Direcionados". Sempre oriento meus alunos a
usarem a coleção quando são arguidos em simulações com
pessoas que são da área jurídica, mas ainda não dominam o
conteúdo a ponto de colaborar com as respostas ou com pessoas
que não são da área jurídica, mas que estão dispostas a auxiliá-losna sua preparação.
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7) Quando a questão é sobre algo que eu domino, posso falar tudo a respeito ou devo esperar o examinador perguntar?
Você vai responder exatamente o que o examinador perguntar.Normalmente há certa correlação entre perguntas próximas. Deixe,
portanto, o examinador perguntar outros assuntos relacionados aotema. Não cabe a você se adiantar. Inadvertidamente, você podeesgotar um conteúdo que domina em uma única resposta e serobrigado a enfrentar as próximas sobre assuntos que não dominatão bem.
Lembre-se, entretanto, de que as respostas devem ser bemelaboradas e estruturadas, mas objetivas.
8) Como posso improvisar?Improviso não existe na prova oral. Não tem como colocar um
conteúdo não estudado. Lembre-se de que os examinadores sabemmais do que você sobre a matéria que está sendo arguida.
O improviso que normalmente é utilizado em cursos de oratória
não funciona para concursos públicos, simplesmente porque emsituações normais de palestras ou apresentação quem fala sabemais do que o público. Numa prova, isto não acontece, ou seja, oseu interlocutor sabe mais do que você sobre aquela matéria.
9) Só consigo mostrar segurança quando tenho certeza sobre o conteúdo. Como faço para disfarçar quando não sei?
Se não sabe, não arrisque!Não há disfarce quando não sabe. E não saber uma resposta écomum numa prova oral. Mantenha a calma para as próximas quevirão e que você acertará, com certeza.
A segurança virá com o treino constante e com o aumento dasua autoconfiança como comunicador. O que eu vejo sãocandidatos melhorando consideravelmente a prontidão nas
respostas e conseguindo colocar o conteúdo de forma adequadapara uma prova oral.
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Considero pronto o candidato que praticamente não muda suacomunicação quando domina a resposta e quando sabeparcialmente, mas coloca o que sabe com segurança.
Novamente: se não sabe mesmo, não responda. Se sabe um
pouco, coloque o que sabe.
10) Posso responder algo próximo ao que foi questionado e não necessariamente o objeto da questão?
Não, não pode. Na melhor hipótese, se fizer isto, o examinadorpoderá interrompê-lo e refazer a pergunta, achando que você nãoentendeu.
A pior é ele achar que você está se confundindo e que nãotem domínio da matéria. J á vi isto acontecer e as demais perguntas subsequentes serem elaboradas a partir de uma respostaequivocada.
11) Como fazer quando eu não souber a resposta?Não responda. E melhor dizer que "no momento não se
lembra" ou "não se recorda" a dizer que não sabe. Peço especialatenção para usar este recurso somente como última opção.O examinador pode, inclusive, ajudá-lo em algumas situações.
Algo que acontece com frequência é o candidato responderparcialmente e o examinador colaborar na elaboração, conduzindoas perguntas sobre o assunto.
Alguns alunos referem ter medo de dizer que não se recordame o examinador insistir na pergunta. Na prática isto pode atéacontecer, mas não é comum. O importante é você não se desesta-bilizar por não saber uma resposta. Outras virão e você vai acertar.
12) E quando eu souber parte da resposta?Se você souber parte da resposta coloque para a banca
somente o que sabe. Não invente. Não se arrisque a comprometera sua imagem com a banca falando algo inadequado.
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13) E se eu não tiver certeza?
Iniciar a resposta com "eu acho", "eu penso" ou "eu entendo"
enfraquece o conteúdo que vem a seguir. A conseqüência é: se vocêacertar o examinador vai saber que foi um "chute". Se você errar o
"eu acho" não vai amenizar o erro.Em questões em que o examinador pede sua opinião ou
posição sobre determinado assunto pode sim usar "eu entendo" ou
"eu penso", uma vez que é sua opinião em um assunto que temvárias teorias ou doutrinas. Neste caso não é uma resposta objetiva.
14) Preciso responder assim que o examinador terminar a pergunta ou posso esperar alguns segundos para iniciar a resposta?
O principal objetivo do treino é fazer com que você pratique aprontidão na elaboração das respostas. Se eventualmente houver
necessidade de alguns segundos a mais para estruturar sua elabo
ração, não há problema. E melhor esperar e começar bem do queiniciar a elaboração e ter que pedir licença para iniciar novamente.
Lembre-se, entretanto, de que se fizer isto repetidamentepoderá transmitir certa insegurança ou dificuldade na elaboraçãoou no conteúdo.
15) O que é melhor: falar tudo com detalhes ou dar respostas mais curtas e objetivas?
Depende do seu estilo e do estilo do examinador em questão.Como já foi dito anteriormente, as respostas devem ser completas evocê deve responder exatamente o que foi questionado e somente
o que foi questionado.
16) Posso repetir a pergunta na resposta?
O melhor é ir direto à resposta. Alguns candidatos referem que
preferem repetir a pergunta para ganhar algum tempo, o que,apesar de não ser ideal, não é um erro tão grave. Durante o treino
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tente não repetir a pergunta. Se na hora da prova você precisarmesmo de tempo, use este recurso. E melhor do que ficar repetindo"é..." até começar a responder.
17) Posso responder com exemplos?Não. Em último caso, para ter a chance de mostrar ao
examinador que você domina o conteúdo e não tem dificuldadesem elaboração, mas que pelo nervosismo não está conseguindo
naquele momento, você pode pedir a permissão para responder
com exemplo.
Evite terminar as respostas com um exemplo mais longo do queela. Você não mostra mais domínio do conteúdo e perde tempoprecioso da sua prova.
Isto não pode ficar se repetindo durante a prova, pois denotafalta de competência em comunicação e até mesmo falha no
conteúdo.
Definições são difíceis e devem ser exaustivamente treinadas
durante o período de estudos.
18) Como fazer com as definições?
Treinar, treinar e treinar... selecione palavras-chave que não
podem faltar em cada uma e treine. A prontidão nas respostas e
precisão no conteúdo você adquire somente com o treino. "A práticaleva à perfeição.77Por mais difícil que seja lembrar toda a definição,
posso assegurar para você que dá resultados.E proibido começar definições com 77ocorre quando77. Além de
deixar as respostas feias, esta forma tende a se repetir em várias
situações, denotando pobreza na elaboração do candidato.
Existem ainda formas de elaboração que são permitidas, desde
que não utilizadas em quase todas as respostas. Para ilustrar, posso
mencionar que, durante a preparação de um candidato há algunsanos, quase todas as respostas continham a frase 7/por meio do
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qual". Com isto, independentemente do conteúdo correto das
respostas, criava-se um ruído, com conseqüente impacto negativo
na comunicação e no desempenho do candidato.
19) Posso citar leis na elaboração da resposta?
Há sempre o risco de esquecimento ou de confusão, mas dizem
os especialistas que algumas normas precisam ser lembradas,
sobretudo pelo nome com que são conhecidas, como a Lei dos
Crimes Hediondos, o Código Nacional de Trânsito, o Código
Tributário Nacional, a Lei de Responsabilidade Fiscal, o Estatuto da
Criança e do Adolescente, o Código de Defesa do Consumidordentre tantas outras. Como há sempre o risco de confusão, o
candidato deve evitar citar o número da Lei, pois poderá desejar
citar uma e efetuar referência a outra. Algo como, segundo a Lei
n. 8.069/90, os direitos do consumidor são, quando em verdade
ele está se referindo ao CDC e não ao ECA.
20) E como usar a jurisprudência?
Os especialistas dizem que a referência deve ser genérica,
porque será impossível a lembrança imediata e sem consulta do
número do processo decidido pelos Tribunais. Por isso, o que se
recomenda é a referência às posições majoritárias do STF, do STJ,
do TST ou dos demais Tribunais. Não é recomendável que o
candidato fique preocupado com o número da ADIn ou dareclamação para que possa se referir ao posicionamento, por
exemplo, adotado pelo Supremo. O melhor será responder dizendo
que o entendimento conta com decisões favoráveis ou não dos
Tribunais, especificamente do STF ou do STJ. Ao se referir aos
Tribunais o candidato deve ter cuidado para empregar a correta
forma de designação: o Excelso Supremo Tribunal Federal ou oEgrégio Tribunal de Justiça, como também ao se referir aos órgãos
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da carreira a que alude o seu concurso, por exemplo, Egrégio
Conselho Superior, o Egrégio Colégio de Procuradores etc.
21) E as Súmulas? Preciso conhecê-las?
O que foi dito para o número das Leis não se aplica para as
Súmulas do STF ou do STJ. O candidato deve conhecê-las e pelo
número. Não raro a banca indaga do candidato o que expressa
a Súmula X ou Y do STF e, por isso, a leitura das Súmulas é
imprescindível. Apontam os Professores que as Súmulas recentes,
editadas em datas próximas ao concurso, precisam ser lidas e
compreendidas.
22) Posso usar a linguagem jurídica sem restrições?
Sim, mas com cuidado para não confundir a linguagem
técnica com afetação. Usar a terminologia adequada não
significa falar difícil, ao contrário, denota domínio da técnica de
comunicação. Há expressões jurídicas que têm sentido próprio eque diferem do sentido usual ou comum. Por isso, o candidato às
carreiras jurídicas não se pode deixar levar pelo nervosismo ou
pela pressa e tentar se livrar da pergunta com resposta por
demais objetiva e com linguagem inadequada. Vejamos alguns
exemplos: o candidato não pode empregar a expressão "casa"
para uma resposta jurídica e de direito constitucional no mesmo
sentido usual com que as pessoas se referem a "casa". Lá emsentido mais amplo, pode abranger o domicílio e o local de
trabalho; aqui, no emprego comum, significa apenas a morada
da pessoa ou da família.
Como dito, porém, é preciso tomar cuidado para não exagerar
no uso de expressões incomuns, que tornam o discurso afetado e
muitas vezes confuso. A linguagem precisa ser técnico-jurídica, masdireta e objetiva.
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Recomenda-se que o candidato, ao conhecer a banca doconcurso, procure pesquisar as obras, artigos ou parecereselaborados pelos examinadores para que conheça as opiniões
divulgadas. Isso não significa que as perguntas terão respostas nos
textos publicados, mas que o candidato, por interesse, cuidou de sepreparar adequadamente. Demonstra, no mínimo, respeito pela
banca e constitui cautela que todo candidato deve manter.
COMUNICAÇÃO NA ENTREVISTA PESSOAL
1) Como me portar na entrevista?
De forma natural, mas mantendo boa postura, movimentação
corporal moderada e bom contato visual com todos os elementosda banca.
Responda ao que foi questionado. Seja objetivo, nunca,
entretanto, esquecendo-se de ser simpático. Afinal, a banca não
vai querer escolher um candidato arrogante ou antipático.
Seja sincero. A verdade é sempre a melhor opção. Além doque quando o candidato mente ou conta uma "meia-verdade" sualinguagem corporal muda e a banca percebe que há algo deerrado naquele trecho do discurso.
A banca normalmente faz perguntas comuns e esperadas.
2) O que vai ser perguntado?
As perguntas são sempre de cunho pessoal, abordando
histórico de vida, preferências pessoais por hobbies, motivos daopção pela carreira etc.
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Por mais comum ou simples que seja a pergunta, seja sempresincero. Se você não lê nenhum livro sem ser da área jurídica desdeque começou a estudar para concursos, não diga que leu. Se não
assistiu aos filmes indicados ou ganhadores do Oscar, não diga que
assistiu. São informações simples, mas se não verdadeiras, podemacarretar uma situação delicada com a banca.
Outra pergunta bastante freqüente em todos os concursos: seestá prestando concurso para o Ministério Público, mas sempre
prestou para a Magistratura e for perguntado sobre isso, responda
a verdade. Hoje, por meio de sites de pesquisa, informações sobre
seu histórico em concursos podem ser facilmente obtidas e não háporque mentir ou omiti-las da banca.
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SÍNTESE
Dicas gerais de preparação
✓Selecione os concursosque você deseja prestar,recolha um exemplar do
último edital de concurso.
✓Selecione as disciplinas
que serão examinadas.
✓Elabore um roteiro
contendo todas as matérias
e itens que serão estudados.
✓Elabore uma relação de
livros de doutrina e da
legislação que irá utilizar -
divida-os por matérias.
✓Elabore um cronogramade estudos, dividindo as
matérias por tempo
disponível (seja sincero:
quantas horas pela manhã,
tarde ou à noite?).
Seja razoável e elabore ocronograma de acordo
com as suas possibilidades.
✓Inscreva-se em um curso
preparatório.
✓Acompanhe as aulas
efetuando anotações
possíveis.
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✓Faça os seus estudossolitários em conjunto coma preparação no curso,reveja dia após diaa matéria lecionada.Ao final de cada semana,todas as aulas deverãoter sido revistas.✓Guarde o seu material deestudo. Anote as aulas.
✓Faça resumos, leia bonslivros de doutrina,acompanhe as dicas dosseus professores e troqueideias com quem está namesma situação (lembre--se: ninguém disputa com
ninguém, todos podemconquistar uma vaga). _____
✓Para a primeira fase,dizem os mestres, asquestões objetivas muitasvezes decorrem do textode leis e da constituição.
Leia e releia.✓Para a segunda, conformeos mestres, é precisoconhecer a atuação prática.Elabore dissertações,mas peça a alguém paracorrigi-las.
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Dicas de Preparação para a Prova Oral
✓Prepare-se para o oral
todos os dias. Preste atençãona sua maneira de falar e
nas impressões transmitidas
durante as conversas.
Se no dia a dia você não
consegue convencer aspessoas, provavelmente
não conseguirá convencera banca examinadora.
✓Elabore todos os dias
algumas perguntas sobre oconteúdo estudado naquele
dia. Além de ser uma técnica
de memorização, você estará
se familiarizando com o fato
de colocar o conteúdo jurídico oralmente.Preste atenção, entretanto, na
qualidade das respostas.
Observe as orientações sobre
o que deve ser evitado naelaboração das respostas.✓Marque com um colega
para treinar perguntas e
respostas. O ideal seria
uma vez por semana
(mesmo que você não esteja
ainda próximo da prova).
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Como eu disse anterior
mente, é uma forma de
estudar e ir aprimorando
sua comunicação pessoal.*
E importante você ter um
interlocutor. Ele poderá
ajudá-lo no monitoramento
de comportamentos como:
contato visual, "tiques",
vícios de linguagem, além,
é claro, da objetividade na
colocação do conteúdo.
✓ Faça um curso de
oratória específico para
concursos, que existe em
São Paulo. Se você mora
em outras cidades, umcurso de oratória comum
pode ajudá-lo.
É importante ficar atento
a algumas técnicas que são
da oratória comum e que
não podem ser utilizadasem concursos, como o fato
de fazer "ganchos" com
outros conteúdos para
tentar "enrolar" a banca.
Isto é um erro grave
durante a prova que você
não pode cometer.
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✓Acredite que você vai sim
chegar lá! Já ouvi alunosdizendo que nunca procu
raram orientação antes para
não criar grandes expectativase depois terem decepções.
Na minha opinião, a grande
decepção é chegar na
véspera e perceber que vocêfoi displicente com a prova
oral e não se preparou deforma adequada. O preço
por este erro pode ser o de
não ser aprovado e ter de
começar tudo de novo!
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Dicas de preparação da voz
✓Se você desconfia ou tem certeza que
tem algum problema de voz, procure
um médico otorrinolaringologistae um fonoaudiólogo especialista
em voz para diagnóstico e orientação.
E faça isto hoje.
Não há tempo para este tipo de
tratamento quando houver a
necessidade da revisão de todas
as matérias do edital. Há outros
problemas em comunicação como
disfluência ou alterações na
articulação (dicção) que também
devem ser tratados previamente.
✓Para a realização de exercícios
vocais de Aquecimento eDesaquecimento, que deixam a
voz mais projetada e estável, o ideal
é você procurar um fonoaudiólogo
especialista em voz.
Este profissional saberá como
orientá-lo com relação aos exercícios.
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Diferenças
Comunicação Oral Escrita
Frases
Tendem a ser mais
curtas ou com maispausas para que ocomunicador possa
respirar.
Depende do estilo
do escritor, maspodem ser mais
longas.
Informação
A informação está
no vocabulário e naforma de falar. A
mesma frase dita deformas diferentes
passa informações
diferentes.
Toda a informaçãoestá nas palavras,
que devem ser
bem escolhidase colocadas.
Convencimento
O convencimento
acontece peloconteúdo do
discurso e pela
segurança ao falar.
O convencimento
acontece pelo
encadeamento
do raciocínioe pela habilidade
na comunicação
escrita.
TempoExige prontidão na
elaboração das
respostas.
Há a possibilidade
de pensar para
iniciar a resposta.
Vocabulário
Mais próximo do
utilizado nocotidiano, mas com
termos específicos
da área.
Mais formal econservador.
A linguagem
geralmente é
mais rebuscada.
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REFERÊNCIAS
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BEHLAU, M. S.; PONTES, R Higiene vocal: cuidando da voz. Rio de
J aneiro: Revinter, 2001.
BLOCH, Pedro. Você quer falar melhor? Rio de J aneiro: Revinter,2002.
BOONE, Daniel R. Sua voz está traindo você? Como encontrar e
usar sua voz natural. Porto Alegre: Artes Médicas,! 996.
DIMITRIUS, J o-EIlan; MAZZARELLA, Mark. Decifrar pessoas. São Paulo:Alegro, 2000.
LEEDS, Dorothy. Power speak: o poder da fala. Rio de J aneiro:
Record, 1988.PEASE, Allan & Barbara. Desvendando os segredos da linguagem
corporal. Rio de J aneiro: Sextante, 2005.
POLITO, Reinaldo. Assim é que se fala. São Paulo: Saraiva, 2000.
WEIL, Pierre; TOMPAKOW, Roland. O corpo fala. Petrópolis: Vozes,
2001.
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