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COMUNICAÇÃO TÉCNICA ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Nº 174284 Pré-tratamento mecânico Gerhard Ett Palestra apresentada no Curso de Tratamento de Superfície, apresentada na Associação Brasileira de Tratamento de Superfície – ABTS/SINDISUPER, 2016. A série “Comunicação Técnica” compreende trabalhos elaborados por técnicos do IPT, apresentados em eventos, publicados em revistas especializadas ou quando seu conteúdo apresentar relevância pública. ___________________________________________________________________________________________________ Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S/A - IPT Av. Prof. Almeida Prado, 532 | Cidade Universitária ou Caixa Postal 0141 | CEP 01064-970 São Paulo | SP | Brasil | CEP 05508-901 Tel 11 3767 4374/4000 | Fax 11 3767-4099 www.ipt.br

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COMUNICAÇÃO TÉCNICA ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Nº 174284

Pré-tratamento mecânico Gerhard Ett

Palestra apresentada no Curso de Tratamento de Superfície, apresentada na Associação Brasileira de Tratamento de Superfície – ABTS/SINDISUPER, 2016.

A série “Comunicação Técnica” compreende trabalhos elaborados por técnicos do IPT, apresentados em eventos, publicados em revistas especializadas ou quando seu conteúdo apresentar relevância pública. ___________________________________________________________________________________________________

Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S/A - IPT

Av. Prof. Almeida Prado, 532 | Cidade Universitária ou Caixa Postal 0141 | CEP 01064-970

São Paulo | SP | Brasil | CEP 05508-901 Tel 11 3767 4374/4000 | Fax 11 3767-4099

www.ipt.br

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Curso de Tratamentos de Superfície

Pré-Tratamento Mecânico

Gerhard Ett, Dr. Engº

Apoio:

ABTS - Associação Brasileira de Tratamento de Superfície

SINDISUPER - Sindicato da Indústria de Proteção, Tratamento e Transformação de Superfície de São Paulo

Gerhard Ett

Contatos: Gerhard Ett, Dr. Eng.

Chefe do Laboratório de Engenharia Térmica e Motores do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas)

Centro de Tecnologia Mecânica, Naval e Elétrica – CTMNE

[email protected] (11) 3767-4667

2

PRÉ-TRATAMENTO MECÂNICO

Conceitos

Máquinas Operatrizes

Jateamento

Abrasivos

Acabamento, Polimento e Superacabamento

3

Conceito:

São as operações mecânicas necessárias para

preparar uma peça, às condições ideais, para que

esta receba um acabamento superficial.

PRÉ-TRATAMENTO MECÂNICO

4

Melhor aderência

Melhor acabamento

Maior vida útil

Controle de rugosidade do revestimento (epitaxia)

Evitar a falha no revestimento

IMPORTÂNCIA:

5

Remoção de contaminantes superficiais

Preparação mecânica da superfície (rugosidade)

Controle de espessura final

Remoção de cavacos

APLICAÇÕES PRINCIPAIS

6

Irregularidade na composição superficial do substrato

como segregações, adições de liga não totalmente

dissolvidas, inclusões da areia de fundição

Dobramentos

Incrustações de grãos (rebolos, lixas, jateamento)

Porosidade, rugosidade inadequada do substrato

Lubrificantes, Óleos, graxas

Produtos de corrosão

Marca de dedos (oleosidade da pele)

DEFEITOS E CONTAMINANTES TÍPICOS

ENCONTRADOS SOBRE UMA SUPERFÍCIE

7

O controle da temperatura da superfície é vital para

os processos que não englobam a auto-refrigeração.

Uma elevação da temperatura de cerca 200ºC pode

mudar, de forma drástica, o comportamento do

revestimento / substrato.

Em alguns processos são utilizadas altas densidade

de corrente e numa área muito reduzida: danos

locais podem ocorrer aquecimento local /desigual na

peça.

CUIDADOS DURANTE AS OPERAÇÕES

8

JATEAMENTO

9

Consiste na projeção de partículas por ar, gás ou

água sob pressão a velocidade relativamente

elevada visando a remoção de elementos

contaminantes ou obtenção de um acabamento pré-

determinado.

Aplicações:

Limpeza, Acabamento, Rebarbação

Gravação, Martelamento (shot-peening)

JATEAMENTO

10

Pressão:

Força centrífuga

Ar comprimido

Jato líquido

Pressão direta

Sucção Gravidade

Elevação

Podem ser classificados pelos sistemas que utilizam:

EQUIPAMENTOS DE JATEAMENTO

11

Zirtec-MODÊLO GSX

JATEAMENTO POR SUCÇÃO

13

Vantagens:

• Baixo consumo de ar comprimido

• Equipamento barato

• Opera com suspensões aquosas

Desvantagens:

• Menor eficiência - comparado equipto. de pressão

• Menor velocidade (25m/s).

• Somente para granolumetria menores que 0,5mm

• Uso até pressão de 80 psi - 5,6 bar - 2,5 Kg/cm2.

JATEAMENTO POR SUCÇÃO

14

SUCÇÃO POR HIDROJATEAMENTO

O propulsor é um liquido (água,

detergente, solvente) que mantém

o abrasivo em suspensão.

Abrasivo não metálico de baixa

densidade, como casca de nozes.

Malha varia de 60 a 5000.

Vantagem: Ação branda sobre

superfícies usinadas de tolerância

bastante estreita.

Pequena alteração dimensional.

15

Fotos: Hydropressure /Hidrojatonacional

HIDROJATEAMENTO

16

HIDROJATEAMENTO

Equipamentos trabalham com água sob alta ou altíssima pressão, de 2.000psi a 50.000 psi.

Vantagens:

• Água pode ser reciclada em até 90%.

• Não há disposição dos abrasivos utilizados.

• Baixo consumo de água.

Desvantagens:

• Tratamentos de Efluentes, caso utilize Nitrito Sódio

-proteção contra a corrosão da superfície jateada.

• Filtros para reciclagem da água são dispendiosos.

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Vantagens:

• Maior eficiencia na remoção de cascas de oxidação de peças

pesadas e delicadas.

• O abrasivo é mantido sob a mesma pressão existente na linha

(5 a 12 bar) e desta forma entra por gravidade.

• Reciclagem do abrasivo

• Diversas granulametrias e tipos de abrasivos

• Velocidade até 45 m/s.

Desvantagem:

O equipamento custa o dobro se comparado ao de Sucção.

Para áreas grandes, com rapidez de remoção/ limpeza

JATEAMENTO POR PRESSÃO DIRETA

18

JATEAMENTO POR PRESSÃO DIRETA

Fotos: Tecjato

19

JATEAMENTO POR PRESSÃO DIRETA

Fotos: Huan Uei/ Aboytes

20

CARACTERISTICAS

Geometria do grão – arredondada (cortes mais brandos)

ou angular (maior corte, provoca anunciada aspereza)

Dureza do grão

Composição

Forma de fratura

Poder de absorver ou reter líquidos

PARAMETROS Pressão

Diâmetro do Bico

Distância Bico/substrato

Granulação abrasivo

Velocidade de varredura

Ângulo de incidência (60o)

JATEAMENTO

21

São dispositivos rotativos (1500 a 3000 rpm), providos

de palhetas que aceleram por centrifugação partículas

de abrasivos alimentas continuamente pelo centro.

Vantagens: energicamente muito mais eficientes que as

pistolas de sucção e os bicos de pressão.

Ex. Diâmetro 550 mm, motor 75 cv

arremessa 600 kg/min de granalha de aço.

Abrasivo: granalha de aço até casca de nozes.

Área de aplicação pode ter mais de um metro de

comprimento.

FORÇA CENTRIFUGA – “TURBINAS”

22

FORÇA CENTRIFUGA – “TURBINAS”

23

Manutenção Automotiva - Cabeçotes, válvulas, virabrequins

Manutenção Ferroviária - peças de motores

Manutenção Naval - Recuperação de antenas de radar

Manutenção Aeronáutica - Turbinas, hélices, trens de pouso

Moldes em geral - Limpeza, penning

Limpeza Hidrômetro - Conexões

Motores Elétricos - Rotores, carcaças, coletores

Eletrônica - Remoção de vernizes em fios, limpeza de

circuitos impressos.

Indústria Têxtil - Limpeza de pinças, de guias fios.

JATEAMENTO - APLICAÇÕES CONSAGRADAS

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Abrasivos para jateamento devem:

Garantir o acabamento superficial desejado,

Limpar com rapidez e eficiência,

Não desgastar muito o equipamento,

Ter o menor custo possível.

Produzidos em formatos angulares e esféricos,

naturais puros, sintéticos ou combinados em

diferentes granulometrias e com graus diversos de

dureza.

ABRASIVOS PARA JATEAMENTO

25

1. ÓXIDO DE ALUMÍNIO

É o mais utilizado, encontra-se nas cores cinza e marrom.

Dureza: 9,2 a 9,5 Mohs.

Substitui a areia na limpeza de superfícies a serem

revestidas.

Não é tóxico.

Muito eficiente para limpeza e ancoragem de

revestimentos galvanotécnicos e aspersão térmica.

ABRASIVOS PARA JATEAMENTO

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2. GRANALHA de AÇO ANGULAR ou ESFÉRICO

Constituído de ferro fundido branco com baixo teor de

cromo ou outros endurecedores ou aço.

Muito durável, porém dispendioso. A poeira é reduzida

em 1/5 em relação a areia e não adere na superfície.

Grande durabilidade -300 a 400 ciclos.

Esferas angulares são mais abrasivas.

Aplicações: Limpeza, acabamento e indispensável no

“shot-peening” (angulares).

ABRASIVOS PARA JATEAMENTO

27

SAE ASTM Médio

(mm) Aplicações

G14 10 a 14 1,7 Fundição pesada. Explo. Base de

turbinas

G16 12 a 16 1,4 Decapagem de chapas acima de 1” -

Fundição pesada

G25 16 a 25 1,0 Chassis de vagões ferroviários

G50 25 a 50 0,5 Preparação para revestimentos

galvânicos.

GRANALHAS DE AÇO - ANGULARES

28

SAE ASTM Médio

(mm) Aplicações

S660 8 a 12 2,0 Decapagem de peças de grande porte,

bloco de motores para tratores

S550 10 a 14 1,7 Blocos de motores para caminhões,

material ferroviário

S460 12 a16 1,4 Blocos de motores de automóveis

S390 14 a 18 1,2 Aplicação em tubos de paredes grossas

S280 18 a 25 0,9 Balancins de eixos de comando de

válvulas

S170 25 a 40 0,6 Quadros de bicicletas

GRANALHAS DE AÇO - ESFÉRICAS

29

3. MICROESFERAS DE VIDRO

Quimicamente neutras, encontrada em malhas muito

finas (aparência de talco - higroscópico)

Acabamento acetinado.

Aplicações: limpeza de moldes, carburadores,

rebarbação de precisão - agulhas hipodérmicas

(esferas de 40 m), “shot-peening” em ferramentas de

corte, gravação, ancoragem ou decoração.

ABRASIVOS PARA JATEAMENTO

30

4.CASCA de NOZES, de CASTANHA do PARÁ, SABUGO

de MILHO, CAROÇO de PESSEGO, etc:

Para peças que não podem sofrer alterações dimensionais,

peças de alta precisão.

Muito empregada para operações de rebarbamento de

plásticos quebradiços – mantém brilho da peça.

ABRASIVOS PARA JATEAMENTO

31

5. AREIA (Cuidado!)

Fácil de obter, barato.

Aderem sobre a superfície. Exige, muitas vezes, a imersão da peça em soluções contendo fluoretos ácidos para remover os resíduos silicosos para que não interfiram na qualidade dos revestimentos.

Causam danos permanentes a saúde (Silicose).

Fragmentam a pressões superiores a 3 a 4 kg/cm2.

Ciclos – 2 a 3 ciclos.

ABRASIVOS PARA JATEAMENTO

32

Jateamento com Areia - Silicose

A silicose é incurável, porém prevenível!

Sintomas podem surgir em menos de 10 anos.

A maior parte de partículas aspiradas (1-2 μm)

são removidas na expiração e sistema

mucociliar, as retidas causam danos

permanentes ao pulmão.

Além do pulmão lesado, pode haver

insuficiência cardíaca e esta levar a morte.

Prevenção: não uso da areia, ambiente

controlado e o uso de EPI´s.

33

6. CASCA DE ARROZ

Substituído pelo hidrojateamento.

Atualmente muito utilizada no tamboreamento.

7. PELOTAS DE GÁS CARBONICO (Gelo Seco)

Caro, porém não deixa resíduos.

ABRASIVOS PARA JATEAMENTO

vídeo

34

Peneiras

35

Peneiras

850 µm No. 20 20 mesh

710 µm No. 25 24 mesh

600 µm No. 30 28 mesh

500 µm No. 35 32 mesh

425 µm No. 40 35 mesh

355 µm No. 45 42 mesh

300 µm No. 50 48 mesh

250 µm No. 60 60 mesh

212 µm No. 70 65 mesh

180 µm No. 80 80 mesh

150 µm No. 100 100 mesh

OPENING / DESIGNATION

ISO ASTM TYLER

5.6 mm No. 3-1/2

3-1/2

mesh

4.75 mm No. 4 4 mesh

4.00 mm No. 5 5 mesh

3.35 mm No. 6 6 mesh

2.80 mm No. 7 7 mesh

2.36 mm No. 8 8 mesh

2.00 mm No. 10 9 mesh

1.70 mm No. 12 10 mesh

1.40 mm No. 14 12 mesh

1.18 mm No. 16 14 mesh

1.00 mm No. 18 16 mesh

125 µm No. 120 115 mesh

106 µm No. 140 150 mesh

90 µm No. 170 170 mesh

75 µm No. 200 200 mesh

63 µm No. 230 250 mesh

53 µm No. 270 270 mesh

45 µm No. 325 325 mesh

38 µm No. 400 400 mesh

32 µm No. 450 450 mesh

25 µm No. 500 500 mesh

1 micron = 1 micrometer (µm) = 0.001 millimeter (mm)

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Tipos de Abrasivos e suas Funções A Óxido de Alumínio Comum - cinza ou marrom (96-97%). Desbaste e retificação de Aços

Carbono, sem tratamento térmico, forjados, fundidos, uso geral

AA Óxido de Alumínio Branco (99%). Aços temperados, cementados, de alta liga utilizados na

construção de ferramentas de corte, etc. dureza de 60/64 Ra.

DA Óxido de Alumínio Combinado - Mistura proporcional de A + AA. Propriedades intermediárias

aos componentes acima. Aços de média dureza

DR Óxido de Alumínio Rosa - Propriedades semelhantes ao AA, porém mais friável, indicado para

a afiação de frezas, escariadores, machos, retificação de grandes áreas de contato, em aços

sensíveis ao calor.

C Carbureto (Carbeto) de Silício Preto - Desbaste e acabamento ferro fundido comum, metais

não ferrosos, materiais não metálicos.

GC Carbureto de Silício Verde -Retificação e afiação de Widia, vidro, pedras semi-preciosas, etc.

CA Mistura de A + C. Desbaste de ferro fundido ligado, fabricado só em liga resinóide

RC Carbureto de Silício combinado Mistura C+G - afiação de ferramentas de metal duro, borracha.

B Nitreto Cúbico de Boro (CBN) - Lapidação, retificação cambio, usinagem de aço-ferramenta

D Diamante - Rebolos para lapidação, retificar metal-duro, quartzo, cristal, pedras preciosas,

mármore,granito e materiais cerâmicos.

Alguns exemplos

37

Técnicas de medida de tamanho de partícula Método de peneiramento – mais comum e barato.

Partículas > 50 micra. Análise granulométrica é feita

através de peneiras de diferentes aberturas, padronizadas

internacionalmente. A série de peneiras normalmente

empregada é do tipo Tyler.

Microscopia Ótica (> 1 mícron) e eletrônica (< 0,001micra)

– caracterização (forma, morfologia, cor, padronização)

Difração a Laser - faixa de medição de 0,05 a 3.000 µm.

(alta densidade e desigual).

Classificação segundo a ASTM:

• Até granulação 220: o grão abrasivo é medido pelo nº de

malhas por polegada linear.

• Acima de 220 - classificados por sedimentação ou

ventilação.

38

VIBROACABAMENTO

(Tamboreamento)

39

Objetivo:

Acabamento de peças pequenas a médias, junto com

chips na eliminação de rebarbas e cantos ou para

arredondar ou polir.

Aplicações:

Rebarbar, brunir e abrilhantar peças

Ex. jóias, bijuterias, latão, alumínio, plásticos e

instrumentos em geral.

VIBROACABAMENTO (TAMBOREAMENTO)

40

Vantagens:

Alta freqüência das vibrações, entre 1000 e 2000 rpm

propicia um desbaste maior do material, ca. 6 vezes

mais rápido.

Uniformidade e rapidez do acabamento.

Desbastar marcas de usinagem.

Retirar oxidações, depósitos eletrolíticos ou pintura.

VIBROACABAMENTO (TAMBOREAMENTO)

41

Existem 3 fenômenos que ocorrem no vibroacabamento

(tamboreamento)

rebarbação, esmerilhamento e esmagamento.

VIBROACABAMENTO (TAMBOREAMENTO)

42

CHIPS são componentes que favorecem o efeito da

rebarbação ou polimento de peças com geometrias complexas.

Fatores de Controle para o Vibroacabamento

43

Chips - Materiais

Pedras naturais, quartzo.

Cerâmicos perfomados (cônico, triangular, esférico).

Plásticos com abrasivos (acabamento de peças delicadas como latão, zinco, ferro para niquelação decorativa).

Porcelanas perfomados (para separação de peças).

Meios metálicos (pino de aço temperado para brunimento de talhares).

Madeira (polimento de armação de óculos).

Casca de noz (para secagem ou limpeza de peças tamboreadas, polimento de peças delicadas – armação de óculos).

Fatores de Controle para o Vibroacabamento

44

Compostos Químicos

Deixam os chips limpos para que mantenham seu

poder cortante,

Decapagem,

Amortecem/ reduzem o impacto - peças.

Melhoram a eficiência do processo

Evitam a corrosão.

Fatores de Controle para o Vibroacabamento

45

Proporção entre meio e peça.

Depende do tipo de peça e do acabamento desejado.

Usual: volume de peças/volume de chips - 1:3.

Ex. Niquelação brilhante para uma peça de Zinco, usa-se

a relação de 1:7 (acabamento).

Fatores de Controle para o Vibroacabamento

46

MÁQUINAS VIBRATÓRIAS

47

Movimento descrito pela carga

de material em processamento

Fonte: Mavi

SISTEMA CONTÍNUO

vídeo

48

ESPIRATROM

49

VIBROACABAMENTO (TAMBOREAMENTO)

50

PARAMETROS DO TAMBOR

Chapa de aço com formato octogonal para melhor performance

do deslize da carga, revestido internamente com borracha para

evitar choques das peças com a parede - proteger da ação de

desgaste dos abrasivos.

PARAMETROS DE CARGA

1) Melhor acabamento quando se usa proporção 3:1 Chip/ Peças.

2) Adicionar água até atingir o nível da carga.

3) Adicionar o detergente químico na concentração indicada.

4) Acompanhar o tempo de acordo com o acabamento desejado.

FATORES DE CONTROLE

TAMBOR ROTATIVO

51

TAMBOR ROTATIVO

Quantidade chips/ peças Velocidade do Tambor

Tempo de operação

Material do Tambor Altura da carga

Nível de água

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ALTURA DE CARGA NO TAMBOR - Afeta o grau de ataque. - Nunca inferior a 50% da capacidade da cuba para evitar o

efeito cascata. Usual: 60 a 75%. NIVEL DE ÁGUA Reduz as batidas entre as peças. Cuidado c/ peças delicadas. VELOCIDADE DO TAMBOR Tambores de diâmetro grande deve girar mais lentamente para

obter o mesmo efeito. * Diâmetro = 60cm/ 20 rpm - Diâmetro = 40cm / 30 rpm. TEMPO DE TAMBOREAMENTO Depende da combinação dos fatores anteriormente citados.

TAMBOR ROTATIVO - Fatores de controle

53

Tambor rotativo:

Processos de rebarbação, polimento,

brilho e limpeza.

Indicado para peças fundidas, ferrosas,

não ferrosas e plásticas.

Tambor planetário:

Processos de rebarbação e polimento,

em peças de pequeno porte.

Reduz em 1/3 o tempo dos equipamento

tradicionais.

TAMBOR ROTATIVO

http://www.gvmaquinas.com.br/

54

Jateamento

com gelo seco

Jateamento com gelo seco é um sistema de limpeza industrial usado para preparar superfícies e remover contaminantes. As partículas sólidas de gelo seco são impulsionadas em alta velocidade para se obter um impacto sobre a superfície a ser limpa. Quando ocorre o impacto, as partículas não tóxicas mudam do estado sólido para o estado gasoso e assim simplesmente sublimam sem deixar resíduos, removendo os contaminantes indesejáveis da superfície, deixando-a limpa, seca e sem danos ao substrato. O jateamento de gelo seco pode ser aplicado em qualquer atividade industrial, substituindo na maioria das vezes os processos convencionais de limpeza tais como jateamento com areia, limalhas, vapor, solventes, água a alta pressão e limpeza normal.

55

Aplicações

Limpeza nas Instalações de Montagem Remoção das escórias de soldas;

Mantêm um funcionamento suave dos robôs;

Limpeza de ventiladores e exaustores industriais realizada com os ventiladores em seus lugares;

Segura nas imediações das linhas elétricas, redes de distribuição de óleo e linhas de adução de ar.

Indústria eletro-eletrônico Remoção de camadas de pintura;

Limpeza de circuitos eletrônicos;

Manutenção de máquinas e motores

Blocos do motor;

Pistões;

56

Indústria de alimentos Limpeza de pisos, paredes, equipamentos de ventilação;

Limpeza de peças para manutenção, equipamento de empacotamento, alimentadores de cola.

Indústria gráfica Limpeza de cilindros de rotogravura;

Limpeza de peças para manutenção.

Indústria de fundição Limpeza de moldes e caixas de machos quentes e frios na remoção de resíduos

e desmoldantes;

Limpeza de cuba de misturadores e ganchos de cabides de pintura;

Limpeza de peças para manutenção.

Indústria de pneumáticos / borracha Moldes de pneus;

Moldes de (vedação) gaxetas;

Moldes de sistemas de vedação;

Limpeza de resíduos de cola e resinas acumuladas nos equipamentos;

Limpeza de circuitos elétricos e painéis de comando.

57

Principais Características: 1. Tipo de abrasivo

2. Granulação (tamanho dos grãos abrasivos)

3. Dureza da liga (grau)

4. Estrutura (porosidade / densidade)

5. Liga (une os grãos abrasivos/ aglomerante/ ligante)

REBOLOS

58

1.Tipo de Abrasivo

O tipo de abrasivo (naturais/ artificiais, convencionais,

superabrasivos) é indicado, por exemplo, pelas letras

A, C, B ou D:

A – Óxido de Alumínio (Al2O3) – diferentes dureza /tenacidade

C – Carbeto de Silício (SiC)

B – Nitreto Cúbico de Boro (CBN)

D – Diamante

No geral, para a confecção de rebolos utilizam-se

grãos abrasivos obtidos artificialmente, menor custo.

REBOLOS

59

2. Granulação (tamanho do grão abrasivo)

Classificação + comum: Método de Peneiramento.

Por exemplo: Tamanho de grão 80

Obtido através de uma peneira cujo lado tem 1/80 de

polegada (aproximadamente 0,32 mm). Número de

malhas (aberturas) por polegada quadrada.

Quanto maior a numeração, menor o tamanho do grão.

REBOLOS - GRANULAÇÃO

2 mesh (# 2)

6 mesh (# 6)

12 mesh (#

12)

60

O rebolo (ou disco de retífica) é, basicamente, constituído de um

aglomerado de partículas duras (abrasivas), unidas por um

ligante com forma e dimensões definidas que tem a função de

cortar, desbastar, retificar, afiar, polir, etc. Distinguem-se das

demais ferramentas de corte por serem auto afiáveis.

A eficiência do rebolo está diretamente relacionado com o tipo,

granulação e dureza do abrasivo empregado, o ligante (liga) e a

porosidade existente

A dureza do rebolo depende da liga que segura os grãos abrasivos

(resistência ao arrancamento das partículas abrasivas).

REBOLOS

61

Escolha do Rebolo:

Um bom rebolo deve reter, por longo período, a

capacidade de corte.

Os grãos abrasivos são desagregados da liga quando

começam a perder seu corte, expondo novos grãos a

operação.

A escolha errada de um rebolo ou dos parâmetros de

retífica, resulta em considerável risco de causar trincas

na superfície da peça.

REBOLOS

62

3. Dureza: Não tem a ver com a dureza do grão, mas com a força com que a

liga segura os grãos abrasivos (resistência ao arrancamento das

partículas abrasivas).

O grau de dureza correto para uma operação é aquele que solta

os grãos abrasivos a medida em que os mesmos perdem seu

poder de corte e desbaste, expondo continuamente novas arestas.

Quanto + ligante, menos poros, maior superfície ligada = maior

resistência ao arrancamento das partículas abrasivas.

“Rebolos duros” tendem a manter bem a sua forma, mas tendem

a queimar, as partículas abrasivas não se soltam durante o

trabalho, há perda da afiação.

“Rebolos moles” - tendem a perder rapidamente a forma, tem

porém baixa tendência à queima, perdem com maior facilidade as

partículas abrasivas, mantendo a afiação do rebolo.

REBOLOS

63

5.1 Liga Vitrificada (V) - liga inorgânica (mistura de

feldspato e argila/ materiais cerâmicos) Característica: Friabilidade no corte e manutenção do

perfil.

Aplicação: trabalhos de precisão, porém não

resiste a grandes impactos.

Velocidade = 33 m/s.

Porosos e podem executar todos tipos de durezas.

Liga não sofre ataque ou reação química pela água,

óleo lubrificante e ácidos.

Baixa sensibilidade à altas temperaturas - estrutura

porosa.

REBOLOS - LIGAÇÃO

64

5.2 Liga Resinóide (B) - liga orgânica (fenol e formol

polimerizada), borracha ou resina natural. Característica: Resistência a impactos.

Aplicação: desbastes, cortes, rebarbação e tb.

operações de precisão.

Velocidade de 50 a 60 m/s em rebolos normais e de 80

a 100 m/s em rebolos reforçados com tela de fibra de

vidro ou anéis de aço.

Cuidado com óleos lubrificantes, manter pH 7-8.

Baixa porosidade - excelente acabamento superficial.

Elevada sensibilidade à altas temperaturas – deve ser

intensa e constante a refrigeração .

REBOLOS - LIGAÇÃO

65

5.3 Liga Mineral - cimento, magnesita ou silicatos.

Pouco elásticos

Pouco tenazes

5.4 Borracha (R)

Para rebolos transportadores das retificadoras sem

centro (centerless).

Usado em discos de corte refrigerados.

Boa qualidade superficial.

5.5 Metal (M)

Utilizados com Superabrasivos (CBN e Diamante).

REBOLOS - LIGAÇÃO

66

Identificação de Rebolos

A RT 38A 60 K V T

Face Formato Tipo do

Abrasivo

Tamanho

do grão

Dureza Liga Modificação

de Liga

FACE

FORMATO

67

REBOLOS

69

LIXAS

Todas as lixas independentemente de sua aplicação

são compostas, basicamente, por:

Costado – papel leve, pesado, a prova d’água, pano,

etc.

Grão abrasivo – óxido de alumínio, carbeto de silício,

etc.

Adesivo

E encontrados nas mais diversas formas: cinta, rolo,

disco, cone, tubos, etc.

70

POLIMENTO

71

O polimento é caracterizado pelo atrito entre a peça e o

abrasivo, desde a remoção do metal para obter um

padrão uniforme de riscos cada vez menores, até o

ponto em que os riscos desaparecem.

Não existe um método genérico para polimento, pois o

método escolhido varia muito com as características

mecânicas iniciais do material da peça (dureza e

defeitos).

POLIMENTO

73

Tipos de acabamentos:

Especular - nenhum defeito superficial visível,

refletividade máxima.

Brilhante – nenhum defeito superficial visível,

refletividade menor.

Acetinado brilhante – nenhum defeito superficial

visível, porém as linhas direcionais do acabamento

perceptíveis.

POLIMENTO

74

Acetinado normal – nenhum defeito superficial visível,

porém as linhas direcionais do acabamento já são mais

pronunciadas.

Acetinado – Alguns pequenos defeitos superficiais,

linhas do acabamento pronunciadas.

Fosco lustroso – acabamento com algum brilho, sem

linhas visíveis de acabamento mecânico.

Fosco – Acabamento sem brilho e sem linhas visíveis

de acabamento.

POLIMENTO – acabamentos

75

Características dos Abrasivos

Dureza do grão

Tamanho do grão

Capacidade de fraturar-se

Tamanho de partícula de fratura

Forma do grão

Forma de fratura

Capacidade de reter e absorver líquidos

Aderência do abrasivo (ex. lixa)

POLIMENTO

77

POLIMENTO

Abrasivo mais utilizados Material a polir

Óxido de alumínio fundido Níquel, cromo, aço inox

Óxido de cromo verde Aço inox, cromo, monel, platina.

Cal de viena Níquel, latão, metais macios

Sílica e Tripoli Alumínio, latão, alto brilho

Óxido de ferro “rouge” Metais preciosos: Ouro, prata.

Carbeto de Silício Retificação ligas-moles

Pedra pomes (silicato Al) Dentes, pés,

Diamante (pó/ pasta) Mármore, ceramicas, granito, etc

78

DUREZA DOS ABRASIVOS MAIS UTILIZADOS

POLIMENTO

Diamante - pasta ou pó, em diversas granulações.

Óxido de Alumínio - cinza escuro, branco ou marrom

Carbeto de Silício

Óxido de cromo verde

Sílica e Trípoli

Pedra pomes (silicato de alumínio)

Cal de Viena (dolomita)

.

10

9,5 a 9,75

9,2 a 9,5

8 a 9

7

5 a 6

3 a 5

1

ESCALA MOHS

79

Métodos de Medição da Dureza

Risco (escala de dureza de MOHS);

Ressalto (método SHORE);

Penetração (BRINNEL, VICKERS, ROCKWELL).

80

Medição de Dureza - Métodos

Dureza Materiais

Brinell HB Metais

Rockwell HR Metais

Meyer HM Metais

Vickers HV Metais, Cerâmicas

Knoop HK Metais, Cerâmicas

Shore SHORE Polímeros, Elastômeros, Borrachas

Barcol Barcol Alumínio, Borrachas, Couro, Resinas

IRHD IRHD Borrachas

81

LAPIDAÇÃO

Os tamanhos de grãos variam desde ultrafinos (0,5 a

1,5 micrometros) até extremamente grossos

(20 a 40 micrometros), e o material normalmente

empregado é o diamante policristalino

Pós de lapidação: SiC, Al2O3, B4C e diamante

lapidação ultra-sônica permite lapidar

componentes pequenos com elevadas taxas de

remoção, e a peça é consideravelmente maior

que o possível na lapidação manual

convencional.

82

Tabela para escolha da Pasta Diamantada

Mícron Aplicação Cor

0 - 1/2 Polimento Final Cinza

1-2 Super Polimento Laranja

0-2 Polimento Espelhado Vermelho

3-6 Acabamento de Peças Amarelo

4-8 Lapidação Fina Azul claro

6-12 Lapidação Verde

10-20 Semi Acabamento de pedras Lilás

20-40 Pequenos Desbaste - Aços Cartelos Azul

40-60 Desbaste Rápido Pré-Polimento Marrom

36-54 Preparação Dimensional Primeiros Desbastes Preto

http://www.geolit.com.br/brasil/pasta_diamantadas.shtml

83

Considerações gerais:

Quanto mais delgado o disco de corte, menor

potencia do motor é exigida, proporciona

considerável redução de rebarbas e há uma maior

rapidez da operação de corte.

Com os novos materiais , hoje existentes no

mercado, já é possível ter discos delgados e

resistentes.

O uso de EPI’s é muito importante!

DISCOS DE CORTE

84

DISCOS DE CORTE

borracha

diamantados

85

Muito empregado na remoção de cordões de solda

e no acabamento da superfície.

Desbastes em geral, nivelamento de superfícies,

remoção de corrosão, revestimentos e lixamentos de

cantos.

Pode ser utilizado em lixadeiras e esmerilhadeiras

elétricas ou pneumáticas de acordo com o diâmetro.

Velocidade ideal de trabalho (RPM):

115 mm = 8.500 e 178 mm = 6.000.

Grãos Abrasivos: # 36 e # 50.

DISCOS LAMELAS – “FLAP”

86

Flap disc – Óxido de Alumínio Zirconado

Durabilidade, excelente para aço inoxidável, Aluminio,

Titânio, Metais ferrosos e não ferrosos, desbaste de

soldas, rebarbação, eliminação de pontos de corrosão.

Flap disc – Óxido de Alumínio

Uso geral para metais ferrosos e não ferrosos como aço,

ferro, cobre, alumínio e latão.

Flap disc – Óxido de Alumínio Zirconado e Cerâmico

Corte rápido e desbaste pesado.

DISCOS LAMELAS – “FLAP”

87

DISCOS LAMELAS – “FLAP”

88

São ferramentas abrasivas utilizadas em máquinas

portáteis nas operações de:

• Limpeza de superfície antes da solda

• Preparação de chanfros para solda

• Desbaste em cordões de solda

• Rebarbação de peças fundidas

• Quebras de canto

• Remoção de defeitos superficiais

• Remoção de imperfeições em peças fundidas

• Preparação superficial para pintura ou revestimento.

DISCOS DE DESBASTE

89

Como são submetidos a muitos esforços - irregularidade

da área de contato, quantidade de material removido e

diferenças de pressão - devem ter certa flexibilidade e

capacidade de absorver impactos para evitar sua

ruptura. Geralmente fabricados em liga resinóide

reforçada com tela de fibra de vidro.

Existem discos específicos para Alumínio: Use-o para

evitar que empastem e para não haver queima em

qualquer tipo de Alumínio.

DISCOS DE DESBASTE

90

DISCOS DE DESBASTE

91

EXTRUDE HONING

92

Abrasivos em uma solução de alta viscosidade

são bombeados através de diâmetros internos.

No geral, peças com diâmetros internos

pequenos ( 5mm) e longas.

Existem equipamentos especializados para

operar com orifícios de 50 μm (0,05mm) a 750

μm (0,75mm) de diâmetro.

Exemplos: Agulhas de seringa, armas de fogo.

Agulha comum: Diâmetro externo: 0,41mm /

Diâmetro interno: 0,20 mm/ Comprimento: 38mm.

EXTRUDE-HONING

93

EXTRUDE-HONING

94

SCHLEPPSCHLEIFEN ESMERILHAMENTO POR ARRASTE

95

A operação de esmerilhamento (ou retificação) por arraste é

destinada a peças frágeis, de alto valor, geometria complexa e/ ou

materiais extremamente duros. Permite utilizar desde a retifica

agressiva e arredondamento de cantos pelo alisamento superficial

até o polimento com alto brilho.

As peças são fixadas em um dispositivo próprio e arrastadas através

de um abrasivo suspenso em líquido. A bacia pode girar, as peças

podem movimentar-se por vários eixos para obter o acabamento

desejado de forma uniforme.

Aplicações: Implantes, Pás de Turbinas, Peças de precisão como

bombas e compressores, peças de metal duro, peças sinterizadas.

ESMERILHAMENTO POR ARRASTE (SCHLEPPSCHLEIFEN)

96

SCHLEPPSCHLEIFEN

97

MARTELAMENTO SHOT PEENING

98

Tratamento mecânico superficial a frio para peças metálicas obtido pelo impacto sucessivo de partículas esféricas, em alta velocidade, (metálicas ou vidro) sobre uma superfície pelo processo de jateamento.

`

A estrutura cristalina dos metais é sempre porosa - maior ou menor grau - e operações como usinagem, repuxo, trefilação, tratamento térmico, etc. geram micro-tensões elevadas que alteram algumas de suas propriedades.

Aplicações: ferramentas de corte, estampo, molas planas ou helicoidais, virabrequins, bielas e peças submetidas a esforços alternados contínuos ou ao atrito.

• Molas Helicoidais: maior resistência a fadiga 200 a 550%

• Virabrequins: maior vida útil 3000%

• Brocas:maior vida útil 25 a 30%

• Matrizes forjadas: maior vida útil 400 a 800%.

MARTELAMENTO (SHOT PEENING)

99

O Martelamento proporciona:

Maior resistência a fadiga em peças submetidas a esforços alternados contínuos, como molas e barras de torção;

Maior resistência as oxidação (corrosão), as altas temperaturas, ao atrito, melhor a condutibilidade elétrica devido a selagem da microporosidade superficial e eliminação de microfissuras - compactação da estrutura cristalina superficial;

Uniformização de tensões em peças de alta responsabilidade, muitas vezes apenas em áreas restritas;

Controle da rugosidade para retenção de lubrificantes, suavizar fricções, uniformizar superfícies, fixar desmoldantes etc.

MARTELAMENTO (SHOT PEENING)

100

MARTELAMENTO

101

SUPERACABAMENTO

102

SUPERACABAMENTO

103

SUPERACABAMENTO

104

HONING

105

Muito utilizada após a retífica para

cilindros e camisas de motores de

combustão interna ou cilindros de

bombas de pistão.

Na operação inicial com granulação

mais grossa se cria riscos cruzados

e entre os riscos com abrasivos mais

finos se produz platôs para suportar

a carga.

HONING (BRUNIMENTO)

106

Trabalha-se com baixa velocidade de corte. Velocidade simultâneo de rotação e translação da ferramenta com a peça FIXA.

FERRAMENTAS:

óxido de alumínio, carbeto de silício, nitreto de boro ou diamante.

Vantagem:

As marcas da usinagem cruzados e oblíquos em relação ao eixo da peça facilitam a lubrificação.

HONING (BRUNIMENTO)

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HONING (BRUNIMENTO)

108

HONING (BRUNIMENTO)

109

HONING (BRUNIMENTO)

110

ULTRASOM

111

São transdutores ultrassônicos,

feitos de materiais piezoelétricos,

que, na passagem de energia

elétrica, geram ondas ultrasônicas,

criando vibrações e calor intenso. As peças são posicionadas em

cestos e imersas em soluções

desengraxantes. Na limpeza por imersão com

ultrassom ocorrem 02 ações de

limpeza: uma ação química

desengraxante do banho químico e

outra mecânica da onda

ultrassonora.

Ref: http://www.fisa.com http://www.setecsom.com.br

ULTRASOM

112

COMO AGE

Provocam a cavitação, ou seja, a formação de

bolhas, contendo quantidades variáveis de gás ou

vapor, no meio líquido.

O colapso (implosão) dessas bolhas libera energia

que pode romper as ligações da molécula da água,

provocando o aparecimento de radicais livres H+ e

OH-, altamente reativos e, como conseqüência,

promovendo a limpeza, por vários fatores, de

materiais nos quais, na maioria das vezes, o acesso

seria impossível, dentro de poros.

ULTRASOM

113

Limpeza de resíduos de usinagem,

Remoção de resíduos de borracha incrustados em

moldes de injeção,

Remoção de oleosidades de peças,

Resíduos de massa de polir em conexões, sem

afetar as dimensões das peças.

APLICAÇÕES

ULTRASOM

114

Ultrasom de Alta Intensidade

A implosão dessas pequenas bolhas gera um calor local intenso, formando um ponto de calor no meio do líquido frio que atinge 5.000o C, a uma pressão de 1.000 atmosferas e com duração de um bilionésimo de segundo. Apenas para comparação, esses valores correspondem à temperatura da superfície do Sol, à pressão do fundo do oceano e ao tempo de vida de um relâmpago.

O ultrasom consiste em ondas sonoras com uma freqüência acima de 18.000 ciclos por segundo, muito acima da capacidade do ouvido do ser humano.

Ref: Suslick e Arul Dhas - American Chemical Society.

ULTRASOM - Curiosidades

115

ULTRASOM

116

1. Muitos problemas com o revestimento aplicado podem ser evitados se houver uma maior atenção ao pré-tratamento mecânico.

2. A combinação dos tratamento mecânico e químicos permitem, muitas vezes, acelerar o processo de acabamento resultando num melhor acabamento e na redução de custos.

3. Um poro ou dobramento na base resultarão em falhas no revestimento, a curto ou longo prazo.

4. Nenhum revestimento poderá oferecer um ótimo desempenho sobre uma superfície preparada de forma inadequada, resultando em perda de tempo e de material.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

117

REFERENCIAS BIBILOGRÁFICAS Blastibrás, J. Walter Ltda.

Norton Ltda.

Cascadura Industrial S.A.

Electrocell Ind e Com Ltda

Superfinishing – Supfina.

Nagel – Large serie Honing Tools

Centro de processamento de Pós – CCP/ IPEN.

Construções Mecânicas CMV Ltda.

Microfinishing Systems 3 M

GV Industria de Máquinas e Equipamentos Ltda.

Matemática prática para Mecânicos – cx. Borel, et al. Ed. Hemus

Manual de Britagem – Fabrica de Aços Paulista S.A .

118

Cabines de Jateamento http://www.ancoblast.hpg.ig.com.br http://www.cmv-online.com.br/ http://www.pan-abrasives.com

Saúde http://conselho.saude.gov.br/docs/Reco%20004%20-%202002.doc

Jateamento com Gelo Seco http://www.aga.com.br/Web/Web2000/BR/WPP.nsf/pages/aplic_pc_cryo

Jateamento criogênico http://www.cryomatic.com

Tamboreamento http://www.mavi.com.br/brasil/brasil.htm

Chips http://vibrochips.com.br/default.asp

Acabamento http://olga-sa.com.br

Abrasivos http://www.sinaesp.com.br/associadas.asp

MAIORES INFORMAÇÕES

119

Contatos:

Obrigado!

Gerhard Ett

Contatos: Gerhard Ett, Dr. Eng.

Chefe do Laboratório de Engenharia Térmica e Motores do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas)

Centro de Tecnologia Mecânica, Naval e Elétrica – CTMNE

[email protected] (11) 3767-4667