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1 COMPOSIÇÃO ZOOPLANCTÔNICA DA BAÍA SINHÁ MARIANA, PANTANAL DE BARÃO DE MELGAÇO, MT 1 ALESSANDRA TAVARES MORINI 2 e VANGIL PINTO-SILVA 3 RESUMO: Este estudo tem como objetivo investigar a composição zooplanctônica da baía Sinhá Mariana (Pantanal Mato-Grossense). As coletas foram realizadas no período de abril de 1998 a fevereiro de 1999, em duas estações de amostragem: estação I (região litorânea) e estação II (região pelágica) e em diferentes profundidades. Foram registrados 77 taxa durante o período de estudo, distribuídos nos grupos: Rotifera (47 taxa), Cladocera (22 taxa), Copepoda (7 taxa) e Diptera (1 taxon). A riqueza de espécies foi maior no período de cheia para as estações I e II. Constatou-se um aumento no número de taxa acidentais nos períodos de enchente e cheia. A variação na composição do zooplâncton na baía pode ser atribuída à influência do pulso de inundação proveniente do regime hidrológico dos rios Cuiabá e Mutum, o qual alimenta, constantemente, a baía Sinhá Mariana. 1 Este trabalho foi desenvolvido sob os auspícios do Projeto Ecologia do Gran Pantanal (UFMT/MPI), Programa SHIFT – Studies on Human Impact on Forests and Floodplains in the Tropics, da Cooperação Brasil-Alemanha (CNPq/IBAMA/DLR). 2 Bióloga, M.Sc. Rua 26, nº 90 – Boa Esperança, CEP 78068-590, Cuiabá, MT 3 Professor, Doutor. Departamento de Botânica e Ecologia/IB/UFMT. Av. Fernando Corrêa da Costa, s/nº. CEP; 78000-000, Cuiabá, MT.

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COMPOSIÇÃO ZOOPLANCTÔNICA DA BAÍA SINHÁ MARIANA,

PANTANAL DE BARÃO DE MELGAÇO, MT1

ALESSANDRA TAVARES MORINI2 e VANGIL PINTO-SILVA3

RESUMO: Este estudo tem como objetivo investigar a composição zooplanctônica da

baía Sinhá Mariana (Pantanal Mato-Grossense). As coletas foram realizadas no período

de abril de 1998 a fevereiro de 1999, em duas estações de amostragem: estação I (região

litorânea) e estação II (região pelágica) e em diferentes profundidades. Foram

registrados 77 taxa durante o período de estudo, distribuídos nos grupos: Rotifera (47

taxa), Cladocera (22 taxa), Copepoda (7 taxa) e Diptera (1 taxon). A riqueza de espécies

foi maior no período de cheia para as estações I e II. Constatou-se um aumento no

número de taxa acidentais nos períodos de enchente e cheia. A variação na composição

do zooplâncton na baía pode ser atribuída à influência do pulso de inundação

proveniente do regime hidrológico dos rios Cuiabá e Mutum, o qual alimenta,

constantemente, a baía Sinhá Mariana.

1 Este trabalho foi desenvolvido sob os auspícios do Projeto Ecologia do Gran Pantanal (UFMT/MPI),Programa SHIFT – Studies on Human Impact on Forests and Floodplains in the Tropics, da CooperaçãoBrasil-Alemanha (CNPq/IBAMA/DLR).2 Bióloga, M.Sc. Rua 26, nº 90 – Boa Esperança, CEP 78068-590, Cuiabá, MT3 Professor, Doutor. Departamento de Botânica e Ecologia/IB/UFMT. Av. Fernando Corrêa da Costa, s/nº.CEP; 78000-000, Cuiabá, MT.

III Simpósio sobre Recursos Naturais e Sócio-econômicos do Pantanal Os Desafios do Novo Milênio De 27 a 30 de Novembro de 2000 - Corumbá-MS
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ZOOPLANKTON COMPOSITION OF SINHÁ MARIANA BAY – PANTANAL

OF BARÃO DE MELGAÇO, MT

ABSTRACT: The goal of this research was to investigate the zooplankton composition of

“Sinhá Mariana Bay” (Pantanal of Barão de Melgaço – MT). The samples were taken

from April/1998 to February/1999 in two sampling stations: station I (littoral) and station

II (pelagic area) and different depths. It was registered 77 taxa during the period of study

distributed in the following groups: Rotifera (47 taxa), Cladocera (22 taxa), Copepoda (7

taxa) e Diptera (1 taxon). Species richness was higher during overflowing in both

stations. It was observed, during the study, an increase in the number of accidentals

taxa, during the high water period in both stations. The variation in the composition of

zooplankton in the bay was attributed to the influence of the flood pulse originated from

hydrological regime of the Cuiabá River and the Mutum River that constantly supply the

Sinhá Mariana Bay.

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INTRODUÇÃO

Os lagos do sistema Pantanal Mato-Grossense apresentam mecanismos peculiares

de funcionamento, porque estão sujeitos a flutuações do nível da água em virtude das

enchentes que ocasionam inundações generalizadas (Espíndola et al., 1996). Assim, um

pulso regular permite que organismos desenvolvam adaptações e estratégias de

sobrevivência e melhor uso de hábitats e de recursos, principalmente por aqueles que são

excepcionalmente terrestres ou aquáticos.

A composição das comunidades em um lago relaciona-se aos distintos hábitats

existentes e às condições ambientais específicas de cada um, dentro do balanço total de

substâncias (Schäfer, 1984). Segundo Nogueira e Matsumura-Tundisi (1996), o plâncton

responde prontamente às mudanças que ocorrem no ambiente, funcionando assim como

indicador ecológico e auxiliando no entendimento das interações existentes entre os

processos físicos num extremo e as respostas biológicas no outro.

Segundo Espindola e Niselli (1996), a comunidade de zooplâncton representa um

componente importante dos sistemas aquáticos que é constituído por um conjunto

extremamente variável de organismos cujos comportamentos biológicos são amplamente

determinados por vários fatores ambientais, como predação, competição e recursos

alimentares, além das variáveis abióticas, como temperatura, concentração de oxigênio

dissolvido, flutuação do nível da água, vento e precipitação.

Alguns trabalhos foram realizados no Pantanal Mato-Grossense quanto à

comunidade planctônica: Matsimura-Tundisi (1986) estudou a distribuição de calanóida

em diferentes sistemas aquáticos do Brasil, abordando os lagos do Pantanal Mato-

Grossense na pesquisa; Turner e Da Silva (1992) estudaram a comunidade de Rotifera na

baía Acurizal; Lima (1995), abordou aspectos da composição, densidade e diversidade de

espécies de zooplâncton e fitoplâncton do lago Recreio e Hardoim (1997) estudou a

comunidade de Testacea, no rio Bento Gomes e vazante Birici, Pantanal de Poconé, MT.

A necessidade de pesquisas que contribuam para o melhor conhecimento dos

sistemas aquáticos e, principalmente, para a compreensão do funcionamento do sistema

Pantanal, levaram à realização deste trabalho que irá abordar a composição da

comunidade zooplanctônica da baía Sinhá Mariana.

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MATERIAL E MÉTODOS

A baía Sinhá Mariana está localizada à margem esquerda do rio Cuiabá (16º14’S e

55º58’W), pertencente ao Pantanal de Barão de Melgaço, segundo Adámoli (1986) (FIG.

1). É um lago perene, tem o formato alongado e está permanentemente conectado ao rio

Cuiabá, através de sangradouros. Recebe água constante do rio Mutum e constitui um

alargamento desse rio. No período de cheia, a baía Sinhá Mariana liga-se à baía de

Chacororé, formando uma imensa área alagável.

As coletas foram realizadas a cada dois meses, no período compreendido de

abril/1998 a fevereiro/1999, correspondendo neste estudo com as épocas distintas de

vazante (abril/maio), estiagem (julho/agosto), enchente (outubro/novembro) e cheia

(janeiro/fevereiro). Duas estações de amostragem foram determinadas: estação I -

compreende a região litorânea, próxima à ligação com o rio Cuiabá, e é caracterizada

pela presença de plantas aquáticas; e estação II – localiza-se na região pelágica (área

aberta) da baía, próxima a entrada do rio Mutum.

As amostras de zooplâncton foram coletadas em profundidades (superfície e nas

profundidades correspondentes a 10% e 1% de penetração de luz) e realizadas com o

auxílio de uma garrafa tipo Van Dorn (5 litros), sendo filtrados em cada profundidade, 20

litros de água em uma rede cônica com 61µm de abertura de malha. As amostras foram

fixadas e preservadas com solução de formol 4%.

A identificação foi feita utilizando as seguintes bibliografias: Smirnov (1974,

1992, 1996), Rocha e Matsumura Tundisi (1976); Koste (1978), Matsumura-Tundisi

(1983); Korinek (1984); Reid (1985); Korovchinsky (1992); Segers (1995); José de Paggi

(1995); Paggi (1995); Elmoor-Loureiro (1997).

Foi aplicado o Índice de Constância, segundo Dajoz (1972).

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FIG. 1. Localização da área de estudo, baía Sinhá Mariana – Barão de Melgaço,

Pantanal Mato-Grossense.

Fonte: CT – DSG/1976.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram identificados 77 taxa durante o período de estudo (os taxa Ptygura sp. e

Camptocercus sp. não ocorreram nas amostras quantitativas por serem menos

abundantes). O maior número de taxa corresponde ao grupo Rotifera com 21 gêneros e

47 espécies; Cladocera, com dezoito gêneros e 22 espécies; Copepoda, com seis

gêneros e sete espécies e Diptera, com um gênero e uma espécie (Tabela 1).

A estação I apresentou maior riqueza de espécies (70 taxa) em relação à estação

II (65 taxa). Do total de taxa encontrados nas duas estações, dez taxa ocorreram apenas

na estação I e cinco na estação II. Tanto para a estação I como para a estação II, os

meses que correspondem ao período de cheia foram os que apresentaram as maiores

ocorrências de espécies e os meses que correspondem ao período de estiagem, o inverso

(Tabela 1 e FIG. 2).

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TABELA 1. Ocorrência das espécies de zooplâncton em duas estações de coleta,

região litorânea (I) e região pelágica (II), da Baía Sinhá Mariana durante o

período de estudo.

(x): presente (-): ausenteMeses Abr/98 Mai/98 Jul/98 Ago/98 Out/98 Nov/98 Jan/98 Fev/98

Taxa/Estações I II I II I II I II I II I II I II I II

Asplanchna sp. x x - x - x - x - x x x x x - x

Brachionus zahniseri x x x x - - - - - - - - - - x -

B. falcatus falcatus x x x - - - - - - - - - x x x -

B. caudatus personatus x x x x - - - x - x x x x x x x

B. c. austrogenitus - - - - - x x x x x x x - - x -

B. patulus - - - - - - - - x - x x x x - x

B. dolabratus x - - x - x - x - x - - - x - x

B. bidentata - - x - x - x - - x - x - - - -

B. quadridentatus - - x - x - x - x - x x x x x -

B. mirus - x - - x x - x x x - x - - - -

Cephalodella sp. x x - x - - - - - - - - - - - -

Collotheca sp. - - x - - - - - - - - - - - - -

Euchlanis sp. - - - - - - - - - - - - x x x x

Filinia longiseta x x x x x x x x x x x x x - x x

F.terminalis x x x x x x - x x x x x x - x x

F. opoliensis - - - - - - - - - - x - - - x x

F.pjeleri - - - - x x - x x - x - - x - -

Hexarthra intermedia x - - - - - - x - x - x - - x -

Keratella americana x x x x x x - x x x x x x x x x

K. tropica x - x x - - - - - - x x - x x x

K. lenzi - - - - - - - - x - x - x x x -

Lecane luna x x x x x - x x x - x - x x x x

L. leontina - x - x x - - - x - x x x x x x

L. ludwigii - - x x - - - - - - x - x - x x

L. (Hemimonostyla)inopinata

- - x x - - - - - - - - - - - -

L .(Monostyla) lunaris - x - - - - - - - - - - x x x x

L. (M) bulla x x x - x - - - - - x x x x x x

L. (M) quadridentata - - - - - - - - - - - - x x - x

Lepadella ovalis - - - - - - - - - - - - x x x x

L. pterygoides - - - - - - - - - - - - x - - -

Lepadella sp, x - x - x - - - x - x - x - x -

Machrochaetus sericus x - - - - - - - - - - - x - - x

Mytilina mucronata - - - - x - x - - - - x - x - x

Monommata sp. - - - - - - - - - - - - x x - x

Notholca sp. - - - - - - - - - - - - - x - -

Platyias quadricornis - - x x x - - - - - x x x x x x

Polyarthra sp. x x x x - x x x - x x - x x x x

Synchaeta sp. - - - x x x - x - - - - - - - -

Testudinella mucronata x x - x - - - - - - - - x - x x

T. patina - x - x x - x - - - x - x x x x

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TABELA 1. continuaçãoTaxa/Estações I II I II I II I II I II I II I II I II

Trichocerca insignis x x x x - x x x x x x x x - x x

T. flagellata - x - - - - - - - - - - - - - -

T. elongata - - x - - - - - - - - - - - - -

T. cylindrica - - - - x x - x x x x x x x - x

T. bicristata - - - - x - x x x - - - x x x x

Trichotria tetractis - - - x x x - - - x x - x - x x

Alona monacantha - - - x - - - - - - x - x x - -

Alona sp. - x - - - - - - - - - - - - - -

Alonella dentifera - - - - - - - - - - x - - - - -

Biapertura intermedia - - x x x x x - x - - - - - - -

B. karua - - - - - - - - - - - - x - - -

Bosmina hagmani x x x x x x - x - x x x - - - -

Bosminopsis deitersi x x x x x x x x - x x x x x x x

Ceriodaphnia cornuta - x x x - - - - - x - x x x - x

Chydorus erynotus - - - - - - - - - - - - - x x -

Daphnia gessneri - x - - - - - - - - - - - - - -

Diaphanosoma birgei x x x x x x - x x x x x x - x x

D. brevireme - - - - - - - x - - - - - - x x

Disparalona dadayi - - x x x - - - x - - x x x x -

Disparalona sp. - - - - - - - - x - - - - - - -

Ephemeroporushybridus

- - - - x - - - - - - - x - - -

Euryalona orientalis - - - - - - - - - - - - x - - -

Ilyocryptus spinifer - - x x - - - - - - - - x x - x

Kurzia latissima - - - - - - - - - - x - x - - x

Macrothhrix laticornis - - - - x - - - - - x - x x - -

Moina minuta x x x x - x x x x x x x x x x x

Notoalona globulosa - - - - - - - - - - - - - - x -

Nauplios x x x x x x x x x x x x x x x x

Notodiaptomusdeeveyorum

x x x x - x - x - x x x x x x -

N. deitersi x x x x x x x x - - x x x x - -

Copepodito I x x x x x x x x x x x x x x x x

CII x x x x - x x x - x x x - x x x

CIII x x x x - x x x - x x x x x x x

CIV x x x - - x x x - x x x - x - -

Mesocyclops sp. - - - - x - - x - x - - - - - -

Microcyclops sp. - x - - - - - - - - - - - - - -

Paracyclops fimbriatus - - - - x x x x x - - - x x x -

Thermocyclops sp. - - - - - - - - - - - - - - x x

Cyclopoida sp. 1 x - x x - - x - - - - - - x - -

Copepodito I x x x x - x x x x x x x x x x x

CII x x x x - x - x x x x x x x x x

CIII - x x x - x - - - - - x x - - x

CIV - - x x - - - - - - x - - - - -

Chaoborus (larvas) x - x x - - x - x - x - x x x x

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FIG. 2. Variação temporal do número de taxa identificados em cada estação.

A composição da comunidade zooplanctônica apresentou variação na riqueza de

espécies, tanto em relação às estações de amostragem quanto aos períodos na baía Sinhá

Mariana. As estações I e II apresentaram maior riqueza de taxa nos meses

correspondentes ao período de cheia (estabelecimento de espécies típicas de região

litorânea e pelágica, respectivamente) e menor riqueza no período de estiagem. No

período de cheia, a riqueza de espécies na estação I foi maior comparada à estação II.

Observa-se que no período de estiagem, a estação II apresentou maior riqueza de

espécies do que a estação I. Nesse período, a ausência de bancos de macrófitas na

região litorânea pode ter contribuído para essa diferença na riqueza de taxa observados

entre as duas estações. Constatou-se, por exemplo, que o taxa de Lecane, típicos de

hábitats com ampla vegetação aquática, não foram constantes no período de estiagem

mas passaram a ser no período de cheia, no qual se estabeleceram extensos bancos de

macrófitas.

A diferença na riqueza de taxa entre as estações na estiagem pode estar

relacionada com a ausência de bancos de macrófitas, com as condições físicas e

químicas da água e quantidade e qualidade de alimento disponível.

Lopes et al. (1997), ao estudarem o reservatório de Segredo, não encontraram o

taxa de Lecane como constantes nas estações de amostragens, explicados pela

inexistência de vegetação aquática nesse ambiente.

0

10

20

30

40

50

Abr/9

8

Mai

/98

Jul/9

8

Ago/

98

Out

/98

Nov

/98

Jan/

99

Fev/

99

núm

ero

de ta

xa

Estação I Estação II

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Lansac-Toha et al. (1997) registraram diferença quanto à riqueza de espécies

entre as regiões marginais (27 taxa) e centrais (treze taxa).

As maiores alterações temporais obtidas no número de taxa foram registradas

para Rotifera. Observa-se que, na estação I, o acréscimo foi de dezenove taxa para o

mês de janeiro em relação ao de agosto. O mesmo grupo, na estação II, obteve um

acréscimo de quinze taxa para o mês de fevereiro em relação ao de julho. Rotifera foi o

grupo que apresentou o maior número de taxa em ambas as estações. Isso se deve ao

fato de ser um grupo composto de organismos mais oportunistas que Cladocera e

Copepoda.

Uma maior riqueza de taxa desse grupo já foi obtida por vários trabalhos

realizados em ambientes de água doce, como os de Koschsiek et al., (1971), Robertson e

Hardy, (1984), Pinto-Coelho, (1987) e Nunes et al., (1996), entre outros.

No Pantanal de Barão de Melgaço, Marins et al. (1978) registraram para o lago

Recreio cinco taxa para Rotifera, quatro taxa para Cladocera e duas para Copepoda.

Lima (1995), estudando o mesmo lago, identificou catorze taxa de Rotifera, dez de

Cladocera, seis de Protozoa, dois de Copepoda e um taxon de Diptera. Assim,

observa-se que o número de taxa identificados na baía Sinhá Mariana segue o padrão

geralmente observado para lagos rasos tropicais.

Ao estudar a composição da comunidade zooplanctônica, em lagoas na planície

de inundação do alto rio Paraná, Campos et al. (1996) registraram número de taxa

semelhante ao obtido neste estudo, onde o grupo Rotifera apresentou maior riqueza,

seguido por Cladocera e Copepoda.

Na estação I, o grupo Rotifera obteve o maior número de taxa em janeiro, com

29 espécies, e o menor, em agosto, com dez espécies. Para os Cladocera, o maior

número de taxa foi registrado em janeiro/1999 (doze espécies) e, o menor, em

agosto/1998 (três espécies). Em relação à Copepoda e Diptera, ambos não apresentaram

uma grande variação no número de taxa entre os períodos, sendo que não houve

ocorrência de Diptera no mês de julho/1998. Na estação II, o grupo Rotifera obteve seu

maior número de taxa no mês de fevereiro/1999 (28 taxa); Cladocera foram

encontrados nove taxa no mês de maio/1998; Copepoda, quatro taxa em janeiro/1999 e,

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Diptera com um taxon nos meses de maio/1998, janeiro/1999 e fevereiro/1999, não

ocorrendo nos outros meses (FIG. 3).

FIG. 3. Número de taxa de Rotifera, Cladocera, Copepoda e Diptera registrados nas

estações I e II durante o período de estudo.

Dentre o grupo Rotifera, as famílias mais representativas em número de taxa

foram: Brachionidae (catorze taxa) e Lecanidae (sete taxa). De acordo com Bozelli e

Esteves (1991), essas duas famílias são consideradas típicas e as mais frequentes em

ambientes tropicais.

Em relação ao grupo Cladocera, a família Chydoridae foi a mais representativa

em número de taxa e são cladóceros típicos de região litorânea. Entretanto, esses taxa

ocorreram de forma acidental tanto na estação I (onze taxa) como na estação II (seis

taxa).

As espécies do grupo Cladocera consideradas constantes, na maioria dos

períodos estudados, são tipicamente planctônicas: Moina minuta, Bosminopsis deitersi,

Diaphanosoma birgei e Bosmina hagmani. Esses taxa estão também entre os mais

freqüentes no médio rio Paraná (Paggi e José de Paggi, 1990 apud Lansac-Töha et al.

1997) e na região amazônica (Robertson e Hardy, 1984).

Est. I

0

5

10

15

20

25

30

Abr

/98

Mai

/98

Jul/9

8

Ago

/98

Out

/98

Nov

/98

Jan/

99

Fev/

99

Meses

nº d

e ta

xa

Rotifera Cladocera Copepoda Diptera

Est. II

0

5

10

15

20

25

30

Abr

/98

Mai

/98

Jul/9

8

Ago

/98

Out

/98

Nov

/98

Jan/

99

Fev/

99

Mesesnº

de

taxa

Rotifera Cladocera Copepoda Diptera

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Segundo Margalef (1983), o gênero Diaphanosoma ocorre em ambientes de

águas quentes, e é representado por numerosas espécies nos trópicos, o que justifica a

freqüência da espécie na baía Sinhá Mariana.

Conforme Lima (1995), as espécies Bosmina hagmani e B. tubicen registradas

no lago Recreio, são indicadoras de condições moderadamente eutróficas. Marins et al.

(1978) registraram, neste mesmo lago, espécies características de ambientes

oligotróficos, como Daphnia gessneri e Bosminopsis deitersi e, de acordo com Lima op

cit. algumas já desapareceram, como Daphnia, ou foram substituídas por outras

características de ambientes eutrofizados, como Notodiaptomus deitersi e as espécies de

Bosmina encontradas no lago.

Dentro desse contexto, pode-se dizer que na baía Sinhá Mariana foram

identificadas espécies características de ambientes oligotróficos, como Bosminopsis

deitersi e Daphnia gessneri, embora essa última tenha ocorrido acidentalmente na

estação II e apenas no período de abril de 1998, e espécies indicadoras de condições

mais eutróficas, como Bosmina hagmani e Notodiaptomus deitersi, as quais foram

constantes nas duas estações durante o período estudado.

A família Cyclopidae foi a mais representativa em número de taxa (cinco taxa)

para o grupo Copepoda. Porém, as espécies dessa família apresentaram-se menos

freqüentes ao longo do período estudado se comparadas às espécies de Diaptomidae:

Notodiaptomus deitersi e N. deeveyorum.

A variação da composição do zooplâncton é atribuída à fltutuação do nível

hidrológico. A maior riqueza de espécies no período de cheia deve-se à interconexão

dos diferentes ambientes da planície de inundação, o que contribuiu para o incremento

de novas espécies nos ambientes lênticos de planície de inundação.

Observou-se que espécies típicas de região litorânea foram encontradas no

período de cheia na região pelágica, confirmando que a elevação do nível fluviométrico

propicia o deslocamento dessas espécies para a região central da baía. A presença de

bancos de macrófitas, na região litorânea no perído de cheia, pode ter contribuído para a

ocorrência de espécies típicas dessa região, como as representada pelas famílias

Chydoridae e Macrothricidae. Durante esse período, a intensa comunicação rio-baía, a

influência das águas de outras baías, formando uma imensa área alagável, e o

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estabelecimento de extensos bancos de macrófitas propiciaram a diversificação de

hábitats, bem como maior contribuição faunística desses ambientes, como constatado

para a estação I.

A variação, no número de taxa constantes, acessórios e acidentais, obtida para

cada período analisado, está apresentada na FIG. 4. Pode-se observar que durante o

período de estudo houve um aumento de taxa acidentais nos meses de outubro

(dezessete taxa), novembro (21 taxa), janeiro (quinze taxa) e fevereiro (dezessete taxa)

em relação aos meses de julho (treze taxa) e agosto (catorze taxa).

FIG. 4. Variação temporal no número de taxa constantes, acessórios e acidentais.

As estações I e II apresentaram maior índice de constância para os taxa

acidentais: 48% e 55%, respectivamente (FIG. 5). Do total de espécies acidentais

encontradas na estação I e II, nove ocorreram apenas na estação I (Collotheca sp.,

Lepadella pterygoides, Trichocerca elongata, Alonella dentifera, Biapertura karua,

Disparalona sp., Ephemeroporus hybridus, Euryalona orientalis e Notoalona

globulosa) e cinco, na estação II (Notholca sp., Trichocerca flagellata, Alona sp.,

Daphnia gessneri e Microcyclops sp.).

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FIG. 5. Índice de constância(%) dos taxa constantes, acessórios e acidentais nasestações I e II.

O aumento no número de taxa acidentais nos meses correspondentes ao período

de enchente e cheia e o maior índice de constância de taxa acidentais nas estações I e II,

durante o período de estudo, confirmam a instabilidade de condições do ambiente em

função da flutuação do nível da água, favorecendo o desenvolvimento de taxa

fortemente ajustados à essas alterações ambientais, bem como a grande diversidade de

nichos presentes em cada fase do ciclo hidrológico.

CONCLUSÕES

A flutuação do nível da água gerou mudanças, resultando em diferenças quanto à

composição e riqueza da comunidade zooplanctônica. A composição da comunidade de

zooplâncton variou em termos de riqueza de espécies, tanto para os períodos quanto

para as estações. A riqueza de espécies é determinada pelo intercâmbio da região

litorânea e pelágica, em função do estabelecimento de bancos de macrófitas e pelo

regime hidrológico. Verificou-se, portanto, um único padrão para a baía Sinhá

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Mariana, quanto à riqueza do zooplâncton total em relação à flutuação do nível da

água: maior riqueza na cheia e menor na estiagem.

.

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