companheiros do verde 18

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VERDE Companheiros do Informativo do Meio Ambiente e Cidadania Ano I.: Nº 18.: 2ª Quinzena SETEMBRO – 2010 Saiba mais sobre a capacitação que o Serviço Florestal Brasileiro tem feito com peritos da Polícia Federal para identificar madeiras Pág. 3 Alerta contra as doenças do período de chuvas no DF Pág. 10 A luta da OAB/DF pela PEC do Cerrado Pág. 5 C achoeiras, um passeio a cavalo, as delícias da culinária, o cheiro da lenha queimando no fogão. Conhecer estes lugares, e vivenciá-los, é uma experiência sem igual. Velhos costumes e um modo de vida peculiar sobrevivem nestas propriedades. Numa entrevista com Inêz Ávila, Presidente do Sindicato de Turismo Rural de Brasília, conheça o trabalho desenvolvido para oferecer ao brasiliense mais qualidade e opções de lazer no campo. Turismo Rural

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Informativo sobre o meio ambiente e cidadania

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VERDECompanheiros do

Informativo doMeio Ambiente e

Cidadania

Ano I.: Nº 18.: 2ª Quinzena setembro – 2010

Saiba mais sobre a capacitação que o Serviço Florestal Brasileiro tem

feito com peritos da Polícia Federal para identificar madeiras

Pág. 3

Alerta contra as doenças do período de chuvas no DF

Pág. 10

A luta da OAB/DF pela PEC do Cerrado

Pág. 5

Cachoeiras, um passeio a cavalo, as delícias da culinária, o cheiro da lenha queimando no fogão. Conhecer estes lugares, e vivenciá-los, é uma experiência

sem igual. Velhos costumes e um modo de vida peculiar sobrevivem nestas propriedades.

Numa entrevista com Inêz Ávila, Presidente do Sindicato de Turismo Rural de Brasília, conheça o trabalho desenvolvido para oferecer

ao brasiliense mais qualidade e opções de lazer no campo.

Turismo Rural

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Companheiros do

VERDE setembro 20102 Ano I.: Nº 18 – 2ª Quinzena

eDItorIALNesta edição conheceremos o trabalho do

Sindicato de Turismo Rural de Brasília, com projetos ambientais em andamento

para aumentar as opções de lazer do brasiliense, na página 06.

Na editoria Comunidade - página 05, acom-panhe o artigo que a OAB/DF preparou para sua informação sobre a PEC Cerrado, e toda a luta no Congresso em prol do reconhecimento de Bioma Brasileiro para o Cerrado. Instituições que defen-dem e trabalham pelo bem comum merecem toda atenção e reconhecimento.

O aumento de materiais reciclados no país se deve às políticas públi-cas favoráveis em andamento, conseqüentemente, empregos gerados com esta prática e a redução de materiais espalhados pelas cidades gerando lixões, leia mais sobre o assunto na página 12 editoria Reciclagem.

Ainda sobre reciclagem, temos na página 08 o artigo “Os estigmas de trabalhar com o lixo”, resultado de um trabalho apresentado na 8ª Jor-nada Científica de Pós-graduação da Fiocruz, que a partir de entrevistas, traçou um perfil das pessoas que tiram o sustento do lixo e analisou como percebem saúde e doença em um ambiente de trabalho onde não faltam riscos e preconceitos.

Dê sua sugestão, o Companheiros do Verde é para construirmos juntos!Tenha uma boa leitura!

Olga Christina Pedra

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Publicação: Solução Audio Visual Ltda.End.: Condomínio San Diego, Lt. 15, sobreloja 03 Jardim Botânico - CEP 71.680-362Fone/fax: (61) 9666 2947Email: [email protected]

[email protected]ção Geral: Olga Christina PedraDireção Administrativa e Financeira: Evelynne PedraProjeto Gráfico / Diagramação: Sérgio Linhares

Contatos para consultas sobre espaço publicitário:

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Colaboradores: André Gubert, Leonardo Barreto.

Webmaster: Felipe Gelbcke

Fontes de pesquisas: Ag. Câmara, Ag. Senado, Ag.

Brasil, Embrapa, Adasa, Ministério do Meio Am-

biente, Ag. Brasília, Emater/DF, OAB/DF, IBAMA.

Distribuição gratuita: Órgãos do GDF, Administração do Lago Sul, Adminis-tração do Jardim Botânico, Câmara Legislativa, Câmara Federal e Senado, Esplanada dos Ministérios, Campus do Uniceub, Rodoviária do Plano Piloto e locais de grande circulação em Brasília e na cidade de Goiânia.*Os artigos assinados não traduzem a opinião do jornal ‘Companheiros do Verde’.

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COMPANHEIROS DO [email protected]

TELEFONES PÚBLICOS DE EMERGÊNCIACorpo de Bombeiros..............................193Defesa Civil..........................................199Disque-denúncia...................................181Polícia civil..........................................197Polícia Militar.......................................190Secretaria dos Direitos Humanos............100Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher.................................................180

TELEFONES ÚTEISCentral De Serviços Alcoólicos Anônimos..................................3226.0091

CVI – Centro de Valorização do Idoso.................................0800 644 1401Delegacia de Proteção ao Menor e Adolescente..............................3361.1049Promotoria de Defesa do Consumidor.............................. 3343.9851

SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICACEB....................................0800 61 0196CAESB................................................115PROCON.............................................151DETRAN..............................................154

NOSSAS PRAÇASPraça das fontes

A Praça das Fontes localiza-se ao lado da Torre de TV, tornando-se um novo ponto turístico de Brasília e local de passeio nestes dias de clima quente. Totalmente revitalizada, conta com iluminação colorida para o horário noturno, pronta para receber o brasiliense que gosta de dar uma caminhada.

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VERDEsetembro 2010 3Ano I.: Nº 18 – 2ª Quinzena

MEU BRASIL

Medida Provisória impulsiona atuação da Embrapa no exterior

Serviço Florestal capacita peritos da Polícia Federal para identificar madeiras

Tramita na Câmara a Medida Provisória 504/10, que viabiliza a atuação da Empresa Brasileira de Pesquisa

Agropecuária (Embrapa) no exterior. O texto publicado no Diário Oficial da União (DOU) na semana passada autoriza a empresa a exercer suas atividades de desenvolvimento tecnológico fora do território nacional.

A MP acrescenta um parágrafo à lei de criação da Embrapa (Lei 5.851/72), que não trazia a previsão de que a empresa de pesquisa atuasse fora do Brasil. Para executar os projetos no exterior, a Embrapa precisava firmar acordos ou parcerias com organizações internacionais.

Com a medida, a Embrapa passa a ter a possibilidade, por exemplo, de manter conta corrente no exterior e discutir diretamente com representantes de outros países medidas para o estabelecimento de escritórios internacionais e para o envio de material de pesquisa.

A expectativa é que a instituição

responda com maior rapidez às demandas internacionais por suas tecnologias e aumente a interação com outras organizações do mesmo gênero. A Embrapa já mantém 68 acordos de cooperação técnica com mais de 46 países e com 89 instituições estrangeiras.

A empresa tem parcerias com laboratórios nos Estados Unidos e na Europa (França, Holanda, e Inglaterra) para o desenvolvimento de pesquisas e acordos de transferência de tecnologia para países em desenvolvimento na África, na América do Sul, na América Central e no Caribe.

A Embrapa é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com personalidade jurídica de direito privado, autonomia administrativa e financeira.

O combate à exploração ilegal de madeira ganhou reforço com a capacitação de 19 peritos da Polícia Federal realizada no Serviço Florestal Brasileiro, do Ministério do Meio Ambiente. Durante uma semana, especialistas de oito estados - cinco deles da

região Norte -, mais o Distrito Federal, participaram de um curso para aprender a identificar madeiras.

A atuação em estradas e serrarias ajuda a descobrir que, às vezes, a fraude começou bem antes. Se a serraria tem madeiras de tipos ou quantidades diferentes daquelas que cons-tam no sistema de controle do órgão ambiental competente, é possível que a irregularidade tenha iniciado na fase de extração.

Os peritos da Polícia Federal usaram no curso um software gratuito desenvolvido pelos pesquisadores do Laboratório de Pro-dutos Florestais (LPF) do Serviço Florestal que reúne 60 características diferentes de 158 espécies encontradas no comércio, in-clusive daquelas presentes na lista da Con-venção Internacional das Espécies Ameaça-das (Cites).

O sistema digital traz informações como cor, cheiro, anéis de crescimento, po-

rosidade e parênquima, além de imagens ampliadas da estrutura da madeira que ajudam o profissional a consultar dados específicos e a tirar dúvidas na hora de identificá-las.

As capacitações para identificação de madeira têm sido realizadas desde 1984 para agentes do Ibama, servidores de órgãos estaduais de meio ambiente, integrantes de batalhões ambientais e policiais. Esta é a primeira vez que o Serviço Florestal ministra, em Brasília, as aulas do “Curso de Identificação Macroscópica no Combate à Exploração, Transporte e Comér-cio Ilegal de Madeira”, promovido pelo Departamento de Polícia Federal.

Maquiavel dizia que uma par-te da política

é passível de ser con-trolada por estratégias e lances arquitetados. Já uma outra parte é indeterminada, impre-visível e indomada, como a sorte.

Pois foi a sorte que colocou o tema da conservação ambiental em primeiro lugar na agenda dos presidenciáveis José Serra e Dilma Rousseff. Ambos estão interessados no cabedal extraordinário de votos obtidos por Marina Silva. Para tanto, terão que aprimorar as propostas ver-des de seus programas.

A tarefa não será fácil. Tanto PSDB quan-to PT possuem visões desenvolvimentistas. Isso é compreensível. Afinal, essa escola oferece “soluções” mais rápidas para gargalos de infra--estrutura e para o desafio de alocar pessoas desempregadas. Todos temos ainda um certo fetiche por ver aquelas linhas de fábrica enor-mes e lotadas...

É errado pensar que Marina trouxe a alter-nativa a esse modelo de desenvolvimento. Ela nunca teve um programa. O que ela tinha era um tema, um convite para começarmos a pensar no assunto.

Deu certo. Serra e Dilma, que ignoravam a questão ambiental, agora vão ter que se de-bruçar sobre ela. A disposição verde dos dois candidatos não pode não ser sincera. Mas se for efetiva, já é alguma coisa. Marina conseguiu o que queria: o debate da questão ambiental como ponto central de campanha!

Uma chance inesperada para o verdeLeonardo Barreto – Cientista Político e autor do blog

www.casadepolitica.blogspot.com

Política sustentável!

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VERDE setembro 20104 Ano I.: Nº 18 – 2ª Quinzena

O Consulado-Geral dos Estados Unidos e a National Basketball Association (NBA, liga de basquete norte-americana) parti-

ciparam de um programa de responsabilidade social com ações comunitárias no Morro do Can-tagalo, em Copacabana.

Dois consagrados atletas que disputaram campeonatos pela NBA e que agora são instru-tores do programa Américas Team Camp, Bru-ce Bowen e Ron Harper vão fazer palestras na favela, mostrando a importância da educação, do esporte, da liderança, do desenvolvimento da personalidade e da necessidade de cuidar da saúde e do bem-estar.

Os ex-jogadores darão um curso para apro-ximadamente 50 alunos com idade entre 8 e 12 anos que vivem na comunidade do Cantagalo.

Segundo a adida de Imprensa, Cultura e Educação do Consulado dos Estados Unidos no Rio, Heidi Arola, a iniciativa visa à inclusão social. Ela informou que a NBA e o consulado trabalharam em parceria na reforma de uma quadra e no oferecimento de novos equipamen-tos para aperfeiçoamento das habilidades dos jovens do Morro do Cantagalo num dos esportes mais populares dos Estados Unidos.

A NBA convidou 14 técnicos latino-ame-ricanos, selecionados pela Fiba Américas, a as-sociação internacional de basquete no continen-te, para participar do programa de treinamento como forma de promoção do esporte na região. “A NBA tem uma grande paixão pelo jogo e por ajudar a comunidade”, disse o vice-presidente da liga norte-americana para a América Latina, Philippe Moggio.

Até 2015, 99 países vão precisar de mais 1,9 milhão de professores em sala de aula para conseguir universalizar a educação básica. Mais da metade desses profissionais precisarão ser contratados apenas na África Subsaariana. A estimativa é da Organização das Nações

Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que criou o Dia Mundial do Professor, para lembrar a importância desse profissional.

O tema das comemorações deste ano é A Reconstrução Começa pelos Professores. A intenção é destacar o papel crucial que os educadores desempenham em áreas que estão em situação de emergência, em momentos pós-conflitos e de crise social, econômica ou humanitária.

Além da África Subsaariana, a Unesco alerta que países de outras regiões deverão enfrentar um déficit de professores em função do aumento do número de estudantes. Entre elas estão a Eu-ropa Oriental, América do Norte, as regiões Sul e Oriental da Ásia e os estados árabes. A entidade não tem dados sobre o Brasil.

A Unesco vai realizar diversos eventos em todo o mundo para lembrar a data. Um deles é uma exposição virtual em homenagem aos professores que está disponível no site da entidade em três línguas.

Universalizar educação básica requer 1,9 milhão de novos professores até 2015, estima Unesco

NBA e Consulado dos Estados Unidos levam basquete para favela do Rio

Angola em lista de 22 países com crise alimentar

prolongada

As Nações Unidas pediram à comunidade internacional que repense as formas de ajuda

a países que sofrem com crises alimentares prolongadas.

O apelo foi feito por duas agências da ONU que lidam com a questão: a Organização para Agricultura e Alimentação, FAO, e o Programa Mundial de Alimentos, PMA.

Em Roma, sede da FAO, foi divulgado o relatório “Estado da Insegurança Alimentar no Mundo 2010”. Pelo documento, 22 nações estão atravessando uma crise alimentar prolongada. Entre elas, Angola, país de língua portuguesa, no sul da África.

Segundo a ONU, desastres naturais, conflitos e instituições frágeis são algumas das causas para uma situação duradoura de fome. No relatório, a ONU pede “soluções de longo prazo” para ajudar os países a recuperarem sua capacidade produtiva.

Dos 22 países na lista da FAO com crise alimentar prolongada, 17 são africanos. Os outros cinco são: Afeganistão, Coréia do Norte, Haiti, Iraque e Tadjiquistão.

Em média, a proporção de pessoas subnutridas em países que enfrentam o problema é quase três vezes maior que em outras nações em desenvolvimento.

Mais de 166 milhões de pessoas estão vivendo em situação de conflitos duradouros. O número representa cerca de 20% do total de famintos no mundo.

INtERNACIoNAL

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Companheiros do

VERDEsetembro 2010 5Ano I.: Nº 18 – 2ª Quinzena

CoMUNIdAdE

Leia mais, conheça e participe do COMPANhEIROs DO VERDE também na Internet:

www.companheirosdoverde.com.br

Projeto Anjo da Quadra capacita porteiros do dFpara prevenção de crimes

O projeto Anjo da Quadra – criado pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejus) – tem o objetivo de combater a violência urbana e prevenir crimes comuns em

áreas residenciais, como roubos e furtos, seqüestros, uso de drogas e até estupros. A intenção é proporcionar maior segurança aos moradores.

O público alvo do programa, criado em maio do ano passado, são os porteiros, vigias, trabalhadores domésticos e a comunidade em geral. “Apresentamos aos participantes a linguagem básica da

segurança para inibir o crime. Ensinamos, por exemplo, como se deve agir no momento de um roubo, além de técnicas preventivas para evitar assaltos”, explicou Luiz Carlos Azevedo, palestrante do projeto e servidor público.

Mais de cinco mil pessoas já receberam o certificado do curso que ensina diversas técnicas de proteção contra assaltos e violência física ou psicológica. O curso apresenta ainda questões voltadas à contratação de empregados domésticos e esclarece sobre o perigo das drogas e a violência gerada pelo seu uso.

Como manter contato imediato para obter apoio da autoridade policial é um dos destaques. “Não temos apenas o 190, da Polícia Militar, podemos telefonar também para o 193 (Central de Atendimento e Despacho/Ciade), para o 181 (Secretaria de Segurança Pública) ou para o 197 (Polícia Civil)”, ensina Azevedo.

As palestras acontecem até quatro vezes por semana. O projeto Anjo da Quadra atende condomínios, prefeituras, empresas e administrações regionais. As palestras são agendadas mediante solicitações que podem ser feitas por meio dos telefones (61) 3355-8335, 3355-8606 ou 9145-6280.

CERVO-DO-PANTANAL

O cervo-do-pantanal é característico de áreas inundáveis e de varjões de cerrado, onde se alimenta de capim e brotos de plantas de diversas famílias, especialmente

leguminosas. Possui membranas que unem seus dedos, facilitando sua locomoção dentro d’água. É o maior cervídeo da América do Sul, pesando cerca de 100 kg.

Está ameaçado de extinção devido a caça ilegal, destruição de seu habitat, doenças introduzidas por animais domésticos.

VIDA EM EXTINÇÃO

Para conscientizar a população sobre a importância da responsabilidade social, o UniCEUB promoveu a caminhada do ensino responsável, no estacionamento 10 do Parque da Cidade. A iniciativa fez parte da 6ª edição do Dia da Responsabilidade Social do Ensino Superior Par-

ticular, que ocorre em todo o país.Segundo a professora Renata Bittencourt, assessora acadêmica do UniCEUB, a atividade é im-

portante para a formação dos alunos da universidade. “A Instituição preocupa-se em formar pessoas que pensem no futuro melhor, na sustentabilidade social. O intuito é formar profissionais responsá-veis, integrados ao contexto social”, afirma Bittencourt.

Durante o evento, houve atendimento gratuito dos alunos de Nutrição, Enfermagem e Biomedi-cina sob a orientação dos professores. Para os esportistas, os alunos de Educação Física ministraram minicursos sobre condicionamento físico.

Atendimento à comunidade Diariamente, o UniCEUB promove atendimento gratuito nas áreas jurídica e da saúde, no Edi-

fício União, localizado no Setor Comercial Sul. Os alunos dos cursos de Direito, Psicologia, Nutrição e Fisioterapia têm a oportunidade de prestar serviços à população carente por meio do Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) e das clínicas-escola.

UniCEUB promove caminhada pela educação responsável social

A publicação Indicadores de Desenvolvimento Sus-tentável, divulgada pelo IBGE em 1° de setembro desse ano trouxe dados bastante preocupantes

sobre o desmatamento do Cerrado. Segundo essa pu-blicação, 48% da área total desse bioma foi desmatada até o ano de 2008, taxa de devastação que supera a da Amazônia. Ainda segundo o relatório, pelo menos 131 espécies de plantas e 99 de animais estão ameaçadas.

Esses dados reforçam ainda mais o empenho da OAB/DF na luta pela aprovação da PEC 504/2010, em tramitação perante a Comissão de Constituição e Justi-ça da Câmara dos Deputados, atualmente na relatoria do deputado Federal Nelson Trad (PMDB-MS), que não se reelegeu. Tal Emenda à Constituição, se aprovada, dará status de Patrimônios Ambientais Nacionais aos biomas do Cerrado e da Caatinga. A iniciativa visa corrigir desi-gualdades no tratamento dado pela constituinte aos tais ecossistemas brasileiros e tenta, pelo menos, em tese, frear a degradação ambiental a que estão expostos.

A falta de uma proteção constitucional mais efetiva ao Cerrado é injustificável se tivermos em conta que este bioma ocupa 23,92% do território nacional e se estende ao longo de 12 estados e pelo menos 1/4 do território nacional. O Cerrado é maior que a Mata Atlântica, a Caa-tinga, os Pampas e o Pantanal.

Os principais rios brasileiros, nascem e crescem no Cerrado. O Aqüífero Guarani, os rios São Francisco, Para-ná e o Tocantins dependem de áreas de recarga que estão no Cerrado. Estima-se que 95% da população brasileira necessitam de energia elétrica gerada com águas pro-venientes, ao menos em parte, do Cerrado. Estas águas movimentam as usinas de Tucuruí, Serra da Mesa, Lagea-do, todo o sistema São Francisco, Itaipu e todo o sistema Paraná, além das futuras usinas de Belo Monte, Santo Antônio, Jirau e Estreito. E se o problema é a biodiversida-de, o Cerrado é a savana com maior riqueza de espécies de plantas no mundo, de acordo com a Universidade de Brasília, que catalogou mais de 12 mil espécies da flora entre os anos de 1988 e 2007.

Entendemos que a articulação pela aprovação da PEC não constituirá um freio ao desenvolvimento, mas fortalecerá a necessidade de uma agenda de desenvolvi-mento sustentável da região compreendida por esse bio-ma. Por isso temos certeza, como membros da Comissão de Meio Ambiente da OAB/DF, que a aprovação da PEC é uma medida que dificultará o avanço no desmatamento descontrolado do Cerrado, uma das nossas maiores ri-quezas.

Conrado Donati Antunes, advogado, colaborador da Comissão de Meio Ambiente da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

Pedro Ivo Velloso Cordeiro, advogado, membro da Comissão de Meio Ambiente da Seccional do Distrito Fe-deral da Ordem dos Advogados do Brasil.

A Luta da OAB/DF pela aprovação da PEC do Cerrado.

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VERDE setembro 20106 Ano I.: Nº 18 – 2ª Quinzena6ENtREvIStA

Maria Inês Ávila - Presidente do Sindicato de Turismo Rural e Ecológico do Distrito

Federal.

O Turis-m o Rural

é uma ativi-dade desen-volvida no campo, com-p r o m e t i d a com a pro-dução, agre-gando valor a

produtos e serviços e resgatando o patri-mônio natural e cultural da comunidade.

Conhecer estes lugares, e vivenciá--los, é uma experiência sem igual.

Entrevistamos a presidente do Sindicato de Turismo Rural, Inês Ávila, que informa sobre novos projetos , e os segmentos oferecidos para o lazer do brasiliense.

Companheiros do Verde – O inte-resse pelo turismo em áreas rurais vem

crescendo a cada dia. Quais os segmen-tos compõem as propriedades de turis-mo rural do Distrito Federal?

Inês Ávila – A visitação às proprieda-des de turismo rural, é não só uma opção de lazer e entretenimento, mas também, o resgate da cultura e da história do ho-mem do campo. São oferecidas diversas opções que vão desde os hotéis fazenda, os restaurantes rurais, os pesque-pague, chácaras de lazer, ecoturismo, até sítios pedagógicos, que são propriedades que tem se especializado no atendimento às escolas, oferecendo atrativos para que as crianças possam vivenciar os conteúdos aprendidos em sala de aula.

CV – Como o Sindicato de turismo rural tem atuado na conservação do meio ambiente?

IA – A conservação do meio am-

biente é a tônica de uma propriedade de turismo rural, sendo assim, cada vez mais estão se preocu-pando em se adequarem às políticas ambientais. O RURALTUR, através de parceria com o SEBRAE, vem incentivando a obten-ção do licenciamento am-biental.

CV – Quais projetos o Sindicato Rural tem para o 2011?

IA – Um dos grandes desafios é cada vez mais mostrar a gama de opções de lazer e entretenimento

que são oferecidos pelas propriedades de turismo rural, sendo assim, continu-aremos promovendo o Festival do Tu-rismo Rural. O Festival possibilita que mais pessoas conheçam este universo, através da visitação e da oportunidade de usufruir das promoções oferecidas neste período.

Outro projeto, é o Conexão Susten-tável. Trata-se de um projeto integrado de turismo rural pedagógico, uma parce-ria entre o RURALTUR, SEBRAE, SINE-PE, onde as propriedades, voltadas ao turismo pedagógico estão se organizando para oferecerem um produto especializa-do neste segmento.

Outros projetos, são o Torneio de truco, o Circuito de Caminhadas e o ro-teiro integrado promovido pelas proprie-dades de turismo rural.

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Companheiros do

VERDEsetembro 2010 7Ano I.: Nº 18 – 2ª Quinzena

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Companheiros do

VERDE setembro 20108 Ano I.: Nº 18 – 2ª Quinzena

sAúDE E bEM VIVEr

A figura do catador de lixo não é novi-dade, como ilustra a antiga imagem do garrafeiro, mas nunca tantas pes-

soas se dedicaram à atividade, reflexo do desemprego e empobrecimento. Lançando uma perspectiva positiva sobre o tema, que inclui o ponto de vista dos catadores sobre si mesmos, a assistente social e pós-gradu-anda da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp) Denise Chrysóstomo de Moura Juncá estudou trabalhadores de um lixão, um aterro sanitário e uma cooperativa de catadores loca-lizados no Rio de Janeiro, além de associações de reciclagem em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul. A partir de entrevistas, traçou um perfil dessas pesso-as que tiram o sustento do lixo e analisou como percebem saú-de e doença em um ambiente de trabalho onde não faltam riscos e preconceitos.O trabalho foi apre-sentado na 8ª Jornada Científica de Pós-graduação da Fiocruz.

A figura do catador de lixo não é novidade, como ilustra a antiga imagem do garrafeiro, mas nunca tantas pessoas se dedicaram à atividade, reflexo do desemprego e empobreci-mento. Lançando uma perspec-tiva positiva sobre o tema, que inclui o ponto de vista dos cata-dores sobre si mesmos, a assistente social e pós-graduanda da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp) Denise Chrysóstomo de Moura Juncá estudou tra-balhadores de um lixão, um aterro sanitário e uma cooperativa de catadores localizados no Rio de Janeiro, além de associações de reciclagem em Minas Gerais e no Rio Gran-de do Sul. A partir de entrevistas, traçou um perfil dessas pessoas que tiram o sustento do lixo e analisou como percebem saúde e doença em um ambiente de trabalho onde não faltam riscos e preconceitos.O trabalho foi apresentado na 8ª Jornada Científica de Pós-graduação da Fiocruz.

“’Cair no lixo’, como os catadores costumam dizer, não é uma escolha, mas uma necessidade”, explica a pesquisado-ra. “Mas não deixa de haver entre eles a certeza de que desempenham um trabalho digno, que exige habilidades específicas, uma rotina e normas de conduta”. Denise propõe uma visão crítica sobre a suposta inclusão social de pessoas que, de outra forma, estariam excluídas do mercado de trabalho. “Muitas vezes ocorre uma inclu-

são perversa, em que o ganho de dinheiro suficiente para sobreviver não é acompa-nhado pela melhoria na qualidade de vida e os vínculos mantidos com a sociedade são estigmatizantes”.

Entre os trabalhadores que atuam em aterros sanitários e lixões e aqueles que fa-zem parte de cooperativas e associações parece haver uma diferença fundamental: a percepção do lixo como matéria prima, e não como resto. “Em cooperativas e as-sociações, os catadores se percebem como agentes ambientais, vencendo o estigma

que cerca o trabalho com o lixo”, a pes-quisadora observa. Mas seja em aterros, cooperativas ou associações, a noção de saúde é a mesma. “Os catadores reco-nhecem doenças de pele e é comum ou-vir reclamações sobre dores articulares ou problemas alérgicos, mas sempre de forma vaga e sem relação direta com o lixo. O catador só se considera doente quando fica impossibilitado de trabalhar”. Os aciden-tes provocados por materiais cortantes e

pelo intenso trânsito de cami-nhões são reconhecidos como os maiores riscos no trabalho com o lixo. “Muitas vezes os catadores improvisam prote-ção para os braços e pernas, mas o acidente é atribuído, na maioria das vezes, ao descuido do trabalhador”, explica.

É comum encontrar fa-mílias inteiras trabalhando no lixo. “Já conheci mulheres que amamentavam recém--nascidos no lixão”, recorda a pesquisadora. “É muito com-plicado atribuir a doença ex-clusivamente ao contato com

o lixo no ambiente de trabalho. Quem trabalha nesta atividade geralmente vive em condições precárias também no que diz

respeito a habitação e alimenta-ção. Existem catadores que ganham até dez salários mínimos mensais, mas a mé-dia de ganhos é de um a três salários para o sustento de toda a família”. Entre traba-lhadores de cooperativas e associações o atendimento médico é mais comum, seja através de convênios de saúde ou pelo en-caminhamento ao serviço médico público. Já nos lixões, não é raro encontrar o uso de medicamentos achados no lixo ou de ervas e simpatias indicadas pela sabedo-ria popular.

Fonte: Fundação Oswaldo Cruz

Os estigmas de trabalhar com o lixopor raquel Aguiar

Trabalhador usa luvas para manipular o lixo em cena rara. GeralmenTe os caTadores improvisam proTeções com panos e sacos

plásTicos.

Andy Crump/TDR/HPR/OMS

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Companheiros do

VERDEsetembro 2010 9Ano I.: Nº 18 – 2ª Quinzena

sAúDE E bEM VIVEr

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Acidentes oculares em ambientes domésticos são mais comuns do que se imagina. Algumas situações corriqueiras como a utilização de água sanitária podem causar danos a visão. Porém pesquisas mostram que 98% dos acidentes poderiam ser evitados se fossem tomados os devidos cuidados.

Entre os acidentes oculares que podem acontecer dentro de casa muitos envolvem agentes químicos. As pessoas acabam colocando em risco sua visão por se descuidarem em situações cotidianas, como lavar roupas e deixar que os produtos espirrem nos olhos. O oftalmologista Jonathan Lake conta que nesses casos, o local deve ser lavado com água filtrada em abundância. “Em casos de acidentes oftalmológicos é indicado que o indivíduo procure atendimento médico, mesmo que haja sensação de alívio, pois alguns produtos podem continuar agindo sem a pessoa perceber. Somente assim poderá verificar o estado do olho internamente”. Outras substâncias ácidas, inclusive corrosivas, podem afetar a visão e chegar a causar cegueira, entre eles: soda cáustica, detergente e cal. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, dos 410 casos que são registrados diariamente, 25 são irreversíveis.

Os traumas, muitas vezes provocados por uma topada na quina de um móvel, também são bastante comuns. Dr Jonathan ressalta que o perigo está em tentar amenizar o traumatismo mexendo ou simplesmente coçando, pois ele não sabe o tamanho da agressão. “O paciente deve isolar o olho imediatamente, cobrindo com um copo ou óculos bem limpos e se dirigir ao hospital. Isso protegerá o local de outras agressões e possíveis infecções”, explica o médico.

Uma dica importante do oftalmologista é de que as pessoas utilizem sempre os óculos de proteção especiais para desen-volver as atividades corriqueiras do dia a dia e que podem representar algum risco para a visão. Essa medida simples e preventiva pode evitar que substâncias químicas e objetos atinjam os olhos e comprometam a saúde visual. Jonathan alerta, ainda, que esses óculos não são os de grau ou os escuros tradicionais. São específicos para proteção ocular e também são vendidos em óticas.

Atividades simples dentro de casa ou instrumentos inocentes podem resultar na perfuração da córnea, problemas de retina e vítreo ou ainda, desenvolver uma catarata

Oferece:Sabores saudáveis

Primavera

Receita Salada PrimaveraIngredientes:

1 pé de alface, 1 maço de rúcula 1 manga cortada em cubos, 3 colheres(sopa) de vinagre1 colher(sopa) de mostarda, 2/3 de xícara(chá) de azeite,

2 colheres(café) de canela ½ xícara de tomate cereja cortado em quatro,

sal e pimenta branca a gosto.Modo de preparo:

Bata o vinagre com a mostarda e adicione o azeite em fio fino até engrossar. Tempere com o sal, a pimenta e a canela e mexa delicadamente. Higienize as folhas de rúcula e alface e rasque-as com as mãos. Em uma travessa arrume as folhas de rúcula, os pedaços de manga e tomate. Regue com o molho e sirva imediatamente. Bom apetite!

Lívia Nogueira - CRN 4073 DF

Delivery109 Sul 61.3242-1736 209 Norte .61.3038-8159

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A estação das flores também é uma época de grande variedade de frutas, legumes e verduras. Esta é uma boa chance para começar a investir em uma ali-mentação mais saudável. Uma opção excelente é usar as frutas para deixar as saladas ainda mais saborosas e co-loridas . Pedaços de manga, abacaxi, morango ou maçã dão um toque agridoce na salada tornando-a ainda mais saudável sem pesar nas calorias. Frutas como a manga e a maçã são excelentes fontes de fibras que além de pro-porcionarem sensação de saciedade ajudam na redução do colesterol, e ainda são ricas em vitaminas e minerais que desempenham papeis importantes na manutenção do organismo.

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Companheiros do

VERDE setembro 201010 Ano I.: Nº 18 – 2ª Quinzena10CIdAdANIA

“A minha fé, nas densas trevas, resplandece mais viva.”Mahatma Gandhi

Além da dengue, população deve to-mar cuidado com infecções intestinais, leishmaniose e leptospirose. Chuvas

carregam fezes de animais para mananciais, poços, cacimbas e outras fontes de água. Uma das medidas essenciais é ferver ou desinfetar a água, utilizando gotas de água sanitária.

A chegada das chuvas potencializa a dis-seminação de várias doenças. De imediato, a população fica mais suscetível a infecções in-testinais e diarréias, por exemplo. “As primei-ras chuvas carregam fezes de animais para os mananciais, poços, cacimbas e outras fontes de água”, explica o médico chefe do Núcleo de Controle de Endemias da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Dalcy Albuquerque Filho. “Por isso, é preciso ter cuidados redobrados com a qualidade da água que se bebe”.

Albuquerque alerta os brasilienses sobre o que fazer para evitar as principais doenças associadas ao início do período chuvoso no Distrito Federal. Uma das medidas essenciais é tratar a água, fervendo-a ou desinfetando-a com gotas de hipoclorito de sódio, a popular água sanitária. Também recomenda-se evitar contato com enxurradas e água de chuva, prin-cipalmente no meio urbano. Elas podem carregar a sujeiras e detritos contaminados. Outras boas medidas de prevenção são lavar as mãos antes e depois comer, após usar o banheiro e caprichar na higiene alimentar.

Tramita na Câmara o Projeto de Lei 7746/10, que inclui no currículo obrigatório do ensino médio brasileiro disciplina com noções básicas de ciência política.

Segundo o texto, os alunos do ensino médio teriam aulas de conteúdo técnico (e não partidário) sobre a representação política, a história do voto no Brasil e as atribui-ções dos diferentes cargos políticos e dos três Poderes, entre outros assuntos.

O prazo para os sistemas de ensino incluírem a disciplina na grade horária será de três anos, caso o projeto seja aprovado.

A proposta altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB - Lei 9.394/96), que hoje estabelece a oferta obrigatória, no ensino médio, de Português, de Matemática, do “conhecimento do mundo físico e natural” e da “realidade social e polí-tica”, especialmente do Brasil, além de Artes, Educação Física, uma língua estrangeira, Filosofia e Sociologia.

Alerta contra as doenças da época das chuvas no dF

Ciência Política poderá estar na grade do ensino médio

Dia das Crianças é na 29ª Feira do Livro de BrasíliaVídeo-game, boneca, skate, bicicleta

e patins são algumas opções escolhidas pelos pais para presentear os seus filhos no Dia das Crianças. Mas por que também não surpreendê-los com um belo livro? O melhor lugar para isso, certamente, é a 29ª Feira do Livro de Brasília, que começa nesta sexta-feira, 8, com muitos lançamentos, atividades recreativas, teatro, contação de histórias e diversão para o público infantil. O evento vai até 17 de outubro, no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade (ExpoBrasília).

Os visitantes mirins da feira terão a oportunidade de entrar em contato com vários escritores de livros infantis e descobrir um pouco sobre o mundo mágico da literatura, além de conhecer como esses livros são feitos. “Será uma oportunidade única não apenas para comemorar o Dia das Crianças, mas também o Dia Nacional da Leitura, ambos celebrados na mesma data”. É o que afirma Iza Antunes, patrona e curadora da feira.

Este ano, a feira prioriza o talento de autores do Distrito Federal. Entre os artistas locais com mais tempo de estrada está o poeta Nicolas Behr, matogrossense e radicado na cidade desde 1974. Ele será o homenageado do Café Literário e afirma que escolher autores locais é muito importante para cidade, sobretudo porque o ganhador do Prêmio Jabuti de melhor livro de contos e crônicas este ano foi o jornalista brasiliense José Rezende Júnior. Mais informações podem ser obtidas pelo site www.feiradolivro.com.br.

VErDE EM EXTINÇÃO PINhEIRo-BRASILEIRo

É a única espécie do gênero Araucária encontrada no Brasil. É uma árvore cuja ocorrência nomeou extensa formação nos estados do Sul do Brasil e está hoje ameaçada de extinção. É a árvore-sím-

bolo do Estado do Paraná, das cidades de Curitiba e Araucária, das localidades paulistas de Campos do Jordão, São Carlos, Taboão da Serra e Itapecerica da Serra. Possui grande importância, pois controla a quali-dade da fauna e flora do bioma.

A despeito de ocupar extensas áreas, a sua exploração indiscrimi-nada colocou-a na lista oficial das espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção (Brasil, 1992). Dos 20 milhões de hectares originalmente cobertos pela Floresta de Araucária, restam, atualmente, cerca de 2% dessa área. Particularmente no Estado do Paraná, as serrarias e o uso industrial foram as principais responsáveis pelo desmatamento.

Foto: F. Glauberto

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Companheiros do

VERDEsetembro 2010 11Ano I.: Nº 18 – 2ª Quinzena

gAStRoNoMIA

A origem do tomate nos remete as Améri-cas Central e do Sul em uma época antes da descoberta de Cristóvão Colombo do

continente americano, onde povos já se utiliza-vam desse fruto em sua alimentação. O mais provável é que a partir da civilização Inca no Peru o tomate tenha sido conhecido por ou-tros povos.

A Europa conheceu o tomate trazido pelos conquistadores que retornavam da Améri-

ca no século XVI, inicialmente na Espanha e logo em seguida espalhou por todo continente. Mas a aceitação européia não teve consenso, a Inglaterra proibiu o consumo por achar que se tratava de uma planta venenosa, alguns historiadores creditam nessa versão a semelhança do tomateiro com a temida mandrágora que era uma erva com propriedades medicinais mas também alucinógenas, que poderia matar e era muito utili-zada em rituais de bruxaria e magia negra. Outro possível motivo que trouxe

temor ao tomate está na uti-lização de pratos e talhe-

res feitos de estanho, muito utilizados pela nobreza

européia dessa época, que ao contato com a acidez natural do tomate causa-va uma intoxicação, mas a população mais pobre que utilizava pratos de ma-deira não teria enfrentado tais problemas.

A Itália recebeu o tomate e inicialmente chamou de pomodoro, pela semelhança com a maçã e transformou em um dos principais acompanhamentos para vários tipos de prato, como: molho ao sugo, bolonhesa, a la parmigianna, etc. Antonio Latine escreveu um livro (Lo Scalco alla Moderna) que seria o primeiro registro da utilização do tomate em receitas entre os anos de 1642 e 1694 onde tratava de receitas da cozinha Napolitana.

Os EUA também achavam que o tomate era venenoso e conta uma lenda que só começou fazer parte da alimentação no início do século XIX quando um senhor chamado Robert Johnson chocou a cidade de Nova Jer-sey ao comer um punhado de tomates em frente ao tribunal central e não morrer, nem mesmo adoecer, provando assim que a fruta era saudável. Mas o auge da popularização norte-americana do tomate veio no final do século XIX quando um comerciante de frutas chamado Joseph Campbell, no desfio de comercializar vegetais enlatados, lançou uma famosa linha de sopas enla-tadas, entre elas a Campbell’s Tomato Soup, que se tornaria um dos maiores fenômenos do comércio alimentício de todos tempos.

CURIOSIDADES DA GASTRONOMIAcom André Gubert [email protected]

A hIsTóRIA DO TOMATE

• 1,5kgdetomatesmadurosesem

sementes

• 1cebolagrande

• 1cenouragrande

• 20folhasdemanjericãofresco

• 2raminhosdesalsinhafresca

• 4folhasdesalsão

• 5colheresdesopadeazeitede

oliva

• Salagosto

Ingredientes*

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Companheiros do

VERDE setembro 201012 Ano I.: Nº 18 – 2ª Quinzena

RECICLAgEM

Política Nacional de Resíduos Sólidos deve aumentar reciclagem no país

“Estou firmemente convencido que só se perde a liberdade por culpa da própria fraqueza.”

Mahatma Gandhi

O Brasil produz 57 milhões de toneladas de lixo por ano e, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), só 2,4% dos resíduos sólidos urbanos são recicla-

dos. Esse percentual é pequeno quando comparado com o de ou-tros países. Contudo, empresas do setor de reciclagem enxergam uma chance de aumentá-lo significativamente.

A expectativa deve-se, principalmente, à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sancionada no mês passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A lei cria regras para o tra-tamento do lixo e, para especialistas em reciclagem, abre uma grande oportunidade para o setor. A avaliação foi feita pelos par-ticipantes do Congresso Internacional de Negócios da Indústria da Reciclagem, aberto em São Paulo. O evento fez parte da feira Expo Sucata e reuniu empresários e representantes da sociedade ligados à gestão do lixo.

“Alguns países da Europa reciclam 45% dos seus resíduos. Podemos chegar lá”, afirmou Stefan David, consultor de recicla-gem da Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidros (Abividro) durante a palestra que abriu o evento.

Segundo ele, a PNRS estabelece que todos os agentes en-volvidos na fabricação, distribuição, venda e consumo de produ-tos sejam responsáveis pelos seus resíduos. Estabelece também o fechamento de todos os chamados lixões – locais em que o lixo é depositado sem tratamento ou separação – até o ano de 2014. Isso, de acordo com David, vai obrigar a sociedade e o Poder Público a buscar alternativas para o lixo produzido nas cidades. O aumento da reciclagem é, com certeza, uma delas.

Para que isso realmente saia do papel, entretanto, empresários cobram ações do governo federal. Apesar de sancionada, a política de resíduos ainda não foi regulamentada e, portanto, não existem normas claras para sua aplicação nos estados e municípios.