como superar os principais desafios no uso do modelo

BIM: COMO SUPERAR OS PRINCIPAIS DESAFIOS NO USO DO MODELO

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como superar os principais desafios no uso do modelo

BIM


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ÍNDICE

ApresentaçãoAs pessoas e o BIMSeis desafios a serem superados no uso da modelagem da informaçãoSobre a AutodocLeituras recomendadas

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APRESENTAÇÃO

O BIM é um vetor de mudança e uma solução para muitos problemas da construção, capaz de aumentar a produtividade, viabilizar a automação de processos, reduzir custos e desperdícios e aprimorar o gerenciamento de informações ativas sobre construções.

Com um número de usuários crescentes e cada vez mais sofisticados, o BIM é um dos temas mais debatidos na indústria da construção nos últimos anos.

Essa filosofia de trabalho integra arquitetos, engenheiros e construtores na elaboração de um modelo digital preciso e que gere uma base de dados com informações topológicas e subsídios para orçamento, cálculo energético e previsão de insumos.

Extremamente abrangente e, ao mesmo tempo, específica, a modelagem da informação pode ser utilizada em todo o ciclo de vida de uma edificação, desde o estudo de viabilidade até sua demolição ou requalificação, passando por toda a etapa de operação.

Para o setor da Construção Civil, essa tecnologia agrega inúmeras vantagens, a começar pela diminuição de erros, inconsistências e incompatibilidades nos projetos. O modelo pode, por exemplo, incorporar informações sobre cronograma, sequência de obra, fases de implantação, além de gerar quantitativos e orçamentos assertivos, quando integrado às ferramentas de planejamento e orçamentação.

As possibilidades de aplicação e de ganhos sãogigantes, assim como os desafios que essa nova tecnologia traz. Questões relacionadas à interoperabilidade, à falta de profissionais qualificados, à necessidade de uma infraestrutura tecnológica robusta, e à complexidade intrínseca ao próprio BIM são alguns obstáculos.

Ao longo das próximas páginas, este material joga a luz sobre essas dificuldades, buscando indicar caminhos para superá-las.

Esperamos que seja uma experiência proveitosa para você. Tenha uma ótima leitura!


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AS PESSOAS E O BIM

Integração, compatibilização e colaboração são condições intrínsecas à metodologia BIM. Sem elas, pode até existir um modelo 3D, mas certamente não há modelagem da informação.

O BIM IMPÕE UM NOVO MODO DE FAZER

No processo de projeto tradicional, quando se utiliza o CAD, prevalece uma ordem cronológica e sequencial. A arquitetura dá o pontapé inicial, seguida da estrutura. Com a consolidação das soluções dessas duas disciplinas, as demais iniciam seus trabalhos. Ao final do processo,inconsistências são detectadas.


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A modelagem da informação altera tudo isso e cria a oportunidade para a verificação de incompatibilidades muito mais cedo. Mais além, ela viabiliza um processo de projeto e construção mais integrado que resulta em edificações de melhor qualidade, proporciona o custo maisbaixo e em menor tempo.

Esse novo workflow focado no compartilhamento promove novas interações entre os profissionais. Ele também exige diferentes habilidades, especialmente disposição para adotar um novo processo de trabalho altamente colaborativo.

O novo modelo de processo requer, ainda, que os contratantes tenham uma abordagem mais integral, com foco no custo e no desempenho do empreendimento a longo prazo.

Nesse cenário de transformação, uma figura chave para o sucesso é o BIM Manager. Profissional dedicado à condução do processo, esse gestor pode ser alguém da empresa (sócio ou funcionário consolidado) ou ser contratado. Mas é fundamental que tenha boa capacidade de se comunicar e conhecimentos sólidos sobre os processos da empresa, e não apenas domínio operacional da tecnologia.

Aliás, a experiência prática tem mostrado que empresas que têm em suas equipes profissionais capacitados, conseguem superar as dificuldades mais facilmente.


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PRINCIPAIS USUÁRIOS

O número e o perfil de pessoas envolvidas em um projeto BIM é tão amplo, quanto diverso. No caso de empreendimentos imobiliários, é possível identificar quatro personas principais, cada qual com seus objetivos e desafios:

Projetista de arquitetura - Exerce um papel fundamental na implementação do BIM, afinal, é do escritório de arquitetura que sai o primeiro arquivo no conceito BIM. Em sua rotina, o arquiteto precisa gerenciar vários problemas notificados pela compatibilização. A comunicação entre setores e a localização de problemas não resolvidos em projetos avançados são outras dificuldades comumente enfrentadas por esse profissional.

Coordenador - Seu papel principal é gerenciar a compatibilização e promover reuniões de validação dos problemas. O coordenador também responde pelo controle do cronograma e das entregas. Gerenciar a resolução dos problemas e lidar com a falta de visão geral do volume de pendências de cada projetista são algumas dores sentidas por este profissional.

Compatibilizador - É quem compatibiliza os arquivos fornecidos pela arquitetura com as demais disciplinas. Esse profissional reporta inconsistências nos projetos e gerencia os relatórios enviados para os projetistas. Muito do seu tempo é dedicado à produção e gerenciamento dos relatórios com inconsistências.

Incorporador - Em suas mãos está a prospecção para compra de novos terrenos, o controle dos custos do projeto e a contratação de projetistas. O incorporador deve acompanhar o desenvolvimento do projeto com uma visão holística, por isso mesmo, precisa conseguir visualizar o projeto não só em partes, mas também em sua totalidade.


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SEIS DESAFIOS A SEREM SUPERADOS NO USO DA MODELAGEM DA INFORMAÇÃO


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SEIS DESAFIOS A SEREM SUPERADOS NO USO DA MODELAGEM DA INFORMAÇÃO

Migrar para o BIM requer uma mudança de paradigma e novos fluxos de trabalho. Isso não se faz de um dia para o outro. Mas a tarefa é simplificada quando combina boa tecnologia, definição clara de processos e profissionais qualificados.

A implantação bem-sucedida do BIM requer quebras de paradigmas quanto às pessoas, processos e tecnologia. Vale lembrar que apenas a entrega de um modelo 3D não garante o uso pleno da tecnologia, muito menos os benefícios que a metodologia pode agregar.

Cases de frustração após a migração para o BIM não são raros. Eles são resultado, na maior parte das vezes, da falta de capacitação e de planejamento e se manifestam por atrasos nas entregas, perda de produtividade, desmotivação da equipe e baixa taxa de retorno do investimento.

Para não cair nessas armadilhas, é importante conhecer as principais pedras que podem ser encontradas ao longo de uma jornada de implementação do BIM. Confira a seguir os entraves mais comuns.


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A Construção Civil é conhecida por seu apego a métodos construtivos tradicionais. Tanto é que sofre com baixa eficiência e alto desperdício de recursos materiais e humanos. Um dos motivosé que o processo de transformação digital no Brasil evolui mais lentamente, do que em outros países.

Mas esse atraso tecnológico começa a mudar de figura quando o assunto é BIM. O país é líder em investimentos em softwares baseados na modelagem da informação. A adoção da tecnologia no Brasil (53%) é maior que a registrada em outros países, como Coreia do Sul (48%), Índia (47%) e China (47%). Esse movimento pode ser atribuído, em grande parte, às parcerias público-privadas e à ações como a obrigatoriedade de uso do BIM até 2021 em obras públicas.

O BIM é um processo complexo e de larga extensão. A implantação da metodologia completa, em todas as suas dimensões, demanda anos de desenvolvimento e maturidade. A recomendação é ir com calma e evoluir gradativamente em pequenos passos (baby steps). Para quem está iniciando nesta jornada, a dica é dar preferência à definição de um objetivo inicial simples, sem perder de vista objetivos futuros mais complexos.

1. FALTA DA CULTURA DE INOVAÇÃO NO SETOR

2. COMPLEXIDADE E AMPLITUDE DA SOLUÇÃO

Muitas iniciativas fracassam por falta de definição da empresa sobre o que se espera e sobre quais serão os usos do modelo.

Para os contratantes, o foco pode estar em reduzir erros e alterações de obra ou em obter informações para apoiar a operação da edificação. Para os projetistas, o objetivo pode estar mais relacionado à busca por confiabilidade na documentação produzida e antecipação de problemas de projeto. Há muitas possibilidades.


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O nível de conhecimento sobre o BIM pode variar bastante entre os projetistas e demais envolvidos. Para obter um grau adequado de disseminação e nivelamento, geralmente se recorre a workshops técnicos, com o apoio de consultores. Mas atenção: é importante que esses profissionais tenham experiência comprovada, sejam isentos na fase de planejamento estratégico e detenham conhecimentos profundos o suficiente para apoiar na fase operacional.

No fluxo de elaboração dos projetos em BIM, não se pode prescindir da utilização de ferramentas computacionais. Neste workflow, diversos softwares baseados nos conceitos BIM são utilizados nas diferentes etapas do projeto, seja para modelagem, análises de interferências, planejamento, orçamento, gerenciamento e outros.

Em um contexto de tráfego intenso de informações, dispor de acesso fácil à documentação e ao histórico do projeto é algo de alta criticidade. A solução, nesse caso, passa por dispor de ferramentas que permitam acessar os dados atualizados e centralizados em um mesmo lugar.

Quem trabalha com BIM sabe o quão desafiador é gerenciar várias soluções e estabelecer uma conexão com todas elas. Tecnologias como o 4BIMCollab foram desenvolvidas para minimizar esse problema, entre outras questões.

A solução permite o compartilhamento de arquivos (modelos 2D e 3D) em uma mesma base, para todas as equipes de disciplinas envolvidas no mesmo projeto. Também viabiliza a visualização do modelo BIM por todos, com a unificação de todas as disciplinas, possibilitando um acompanhamento da evolução em nuvem. Outro recurso interessante é a integração entre a equipe de compatibilização e os projetistas, concentrando reports de inconsistências em uma mesma base acessível por todos os envolvidos.

3. EQUALIZAÇÃO DO NÍVELDE CONHECIMENTO

4. COMPATIBILIZAÇÃO DE SOFTWARES E INTEGRAÇÃO DAS INFORMAÇÕES



O BIM é dependente de tecnologias e ferramentas, como hardwares e softwares específicos para modelagem e outras necessidades. Para que ele funcione com eficiência, pode ser necessária a aquisição de computadores com maior poder de processamento e de periféricos adequados aos requisitos e necessidades dos softwares voltados à modelagem 3D.

Geralmente esses equipamentos possuem placas gráficas dedicadas, processadores de última geração e memória RAM compatível com os tamanhos dos modelos desenvolvidos. Também é imprescindível haver uma sólida rede de comunicação, sem a qual, nada acontece.

5. INFRAESTRUTURA TECNOLÓGICA ROBUSTA



Desde que se começou a falar em BIM no Brasil, um obstáculo sempre presente foi o desenvolvimento de bibliotecas de objetos e componentes. Elas são essenciais para o desenvolvimento de qualquer projeto, desde a arquitetura, passando pela estrutura e demais disciplinas. O problema é que a quantidade de de fabricantes nacionais que disponibilizam bibliotecas BIM é muito pequena e tem aumentado a passos lentos. Isso dificulta a disseminação da tecnologia. OPEN BIMO mercado de modelagem de projetos possui softwares concorrentes. Revit (Autodesk) e Archicad (Graphisoft), por exemplo, são soluções consagradas para modelagem.

6. BIBLIOTECAS DE FORNECEDORES NACIONAIS

Há, ainda, Naviswork (Autodesk) e Solibri (Nemetschek) muito usados para checagem de modelos, entre tantos outros.

Para evitar os ruídos de comunicação e fazer com que esses programas conversem, foi criado o Open BIM, um processo colaborativo desenvolvido pela buildingSMART, organização internacional sem fins lucrativos que promove a criação e adoção de padrões internacionais abertos.

Dois formatos abertos foram desenvolvidos por essa instituição e já são amplamente utilizados em todo o mundo. O principal deles, o IFC (Industry Foundation Classes), já é suportado pelos principais programas disponíveis no mercado. Há também, o BIM Collaboration Format (BCF), muito aproveitado e útil na fase de compatibilização e revisões.



SOBRE AAUTODOC


Sinônimo de inovação e referência no mercado, a Autodoc desenvolve, desde 2003, soluções digitais específicas para a indústria da construção.

Utilizados por mais de dois mil clientes no Brasil e no exterior, os softwares Autodoc ajudam profissionais que projetam, planejam e constroem a otimizarem o seu tempo e elevarem sua produtividade.

Com infraestrutura robusta e equipe especializada, a Autodoc tem em seu portfólio soluções como:

Gera modelos federados, permite visualizar modelos 3D em RVT, IFC e NWD, e gerencia registros de issues e RFIs de modo centralizado.

Permite a digitalização dos processos de inspeção em obras, garantindo mobilidade à coleta de dados e auxiliando a melhoria contínua.

Software de gestão de documentos legais e fiscais que trabalha de forma inteligente e integrada com toda a rede de responsabilidades das relações de trabalho, minimizando riscos do contratante.

Sistema para digitalização de formulários de checklists.

Sistema de gestão baseado nas normas ISO 9001, ISO 14000, OHSAS 18000 e PBQP-H. Auxilia no planejamento, monitoramento, controle e avaliação de atividades fundamentais nas várias etapas do processo.

Solução para controle de acesso inteligente. Garante que somente colaboradores regularizados tenham acesso liberado ao canteiro de obras.



LEITURASRECOMENDADAS

Coletânea Implementação do BIM para Construtoras e Incorporadoras. Câmera Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).Disponível em http://cbic.org.br/bim

Guia AsBEA – Boas Práticas em BIM.Disponível em https://bityli.com/oWTkk

BIM Handbook: a guide to building information modeling for owners, managers, designers, engineers, and contractors.Eastman, C.; Teicholz, P.; Sacks, R.; Liston, K. New Jersey: John Wiley & Sons, 2008. Disponível em https://bityli.com/w1zzy ABNT NBR 12.006-2:2018 - Construção de edificação - Organização de informação da construção.Parte 2: - Estrutura para classificação de informação. Disponível em https://bityli.com/59o6a

ABNT NBR 15.965- 1: 2011 - Sistema de classificação da informação da construçãoParte 1: Terminologia e estrutura. Disponível em https://bityli.com/636Ql

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