Como medir fluência
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Como medir fluência?
A fluência de leitura é a ponte entre a leitura e a compreensão. A fluência refere-se à qualidade da leitura e é avaliada por indicadores de
Velocidade (palavras por minuto, num texto). Precisão (número de erros).
Prosódia (cadência, entonação, ritmo).
A fluência é medida a partir da leitura de textos conectados. O leitor recém-alfabetizado precisa adquirir fluência para poder ler sem dificuldade e concentrar sua atenção e memória na compreensão do que lê.
O quadro abaixo apresenta níveis de fluência desejáveis e necessários para assegurar o sucesso do aluno ao longo do Ensino Fundamental:
Como desenvolver a fluência na sala de aula?
A evidência científica disponível sobre o desenvolvimento da fluência sugere que:
A base: para ter fluência, o aluno precisa saber decodificar e identificar automaticamente as palavras.
Os textos: determinados textos com características semânticas, morfológicas e sintáticas são mais adequados para desenvolver fluência;
As técnicas:
o Exercícios para treinar o aluno a identificar rapidamente pistas ortográficas, morfológicas e sintáticas.
o Reler várias vezes o mesmo texto. Isso é muito mais eficaz do que ler muitos textos diferentes.
o Modelagem e correção imediata pelo professor.
o Prática espaçada e constante, ou pouco a cada dia.
Método Fônico
A expressão "método fônico" refere-se a qualquer método que, de uma forma ou outra, explicita, de forma mais ou menos sistemática, as relações ou correspondências entre letras e sons.
Método fônico é todo aquele que ensina, de forma explícita, a relação entre grafemas e fonemas. Esse ensino permite à criança descobrir o princípio alfabético e, progressivamente, dominar o conhecimento ortográfico próprio de sua língua.
A- Práticas pedagógicas eficazes
Os itens abaixo podem ser resumidos numa palavra: ensino didático, ou ensino estruturado. Em que consiste um bom ensino:
Revisão diária do material aprendido: o Deveres de casa com correção na sala de aula.
o Rever o que já foi aprendido ao apresentar novo conteúdo.
Apresentação de matéria nova:
o Explicitar os objetivos.
o Resumir o que será dito.
o Explicar o assunto, apresentando o conteúdo em pequenos passos e partindo do simples para o complexo.
o Demonstrar os procedimentos, pensar em voz alta.
o Avaliar os alunos com frequência, por meio de perguntas.
o Evitar digressões, focar no essencial.
Prática guiada:
o Depois de explicar e demonstrar, dar atividades para os alunos fazerem e supervisioná-los de perto.
o Percorrer as carteiras para ajudar os alunos em dificuldade.
o Explicar novamente ou de forma diferente, se as dificuldades forem comuns a vários alunos
o Repetir exercícios com prática guiada até que os alunos atinjam pelo menos 80% de sucesso na realização da tarefa.
Feedback:
o Dar feedback constante, freqüente.
o Dar feedback específico, salientando os progressos do aluno, identificando as dificuldades, gargalos e sugerindo caminhos para superar. Isso pode envolver nova explicação.
o Apresentar listas para autoavaliação.
Prática independente:
o Propor tarefas, exercícios e atividades bem orientadas, para observar se o aluno consegue resolver as questões sem internalizar erros.
o Fazer o aluno praticar de forma independente até ele demonstrar ser capaz de realizar as tarefas previstas com um índice de acertos de 95% ou mais.
o Corrigir os exercícios e atividades para assegurar que o aluno efetivamente aprendeu.
Revisões semanais e mensais.
o Começar a revisão pelo reensino do que já foi aprendido e do que ainda não foi inteiramente assimilado.
o Assegurar que o aluno aprendeu bem o conteúdo, de forma que ele seja capaz de transferir o que foi aprendido, ou seja, usar o conhecimento adquirido em novos contextos.
o Além de aprender, o aluno precisa reter o que foi aprendido. Reter significa ser capaz de acessar rapidamente o que já foi aprendido.
o Usar a revisão sistemática e avaliações freqüentes, pois elas facilitam aquisição e retenção dos conhecimentos, e, dessa forma, tornam possível a transferência da aprendizagem.
o
B- Práticas pedagógicas eficazes para alfabetizar
Ajudar a criança a adquirir o princípio alfabético. Isso se faz, sobretudo: o Promovendo o conhecimento das letras, seus nomes e formas
o Promovendo a associação entre fonemas e grafemas.
Ajudar a criança a adquirir o decodificar as palavras. Isso se faz, sobretudo:
o Usando técnicas de análise e síntese de fonemas.
o Usando palavras simples e conhecidas, de preferência fora de contexto.
o Testando o aluno por meio de pseudo-palavras.
o Usando palavras repetidamente, para promover a identificação automática das mesmas.
Ajudar a criança a adquirir fluência de leitura. Isso se faz sobretudo:
o Usando textos com estruturas morfo-sintáticas adequadas.
o Usando textos com vocabulário conhecido e estruturas repetitivas e previsíveis.
Ajudar a criança a adquirir o princípio ortográfico. Isso se faz, sobretudo:
o Promovendo a leitura.
o Promovendo o domínio das situações mais regulares, e depois, das menos regulares em situações de ditado e outras que permitam a análise da relação entre fonemas e grafemas.
Usar testes para avaliar as competências específicas e próprias da alfabetização, e não apenas testes voltados para medir processos mais complexos como o da compreensão e produção de textos.
C- Práticas pedagógicas eficazes para o ensino da língua
Leitura compartilhada. Professores e alunos compartilham a leitura de um texto. Nas séries iniciais, são usados livros de formato grande, para permitir a intimidade característica da leitura feita em casa pelos pais. Leitura guiada. Leitura feita em pequenos grupos com nível semelhante de fluência e compreensão. Por meio de diálogo, o professor orienta os alunos para aspectos importantes da leitura.
Escrita compartilhada. O texto é escrito conjuntamente pelos alunos, com apoio do professor. O objetivo é permitir aos alunos tomar consciência de todos os aspectos envolvidos no processo de escrita. O professor ajuda organizando a tarefa, decompondo a tarefa em passos discretos (por exemplo, fazer uma lista de idéias, redigindo a última frase), modelando o processo de escrita e "pensando alto".
Escrita guiada. O objetivo é orientar os alunos de forma mais específica no processo de escrita. O professor parte de um texto, por exemplo, identifica características salientes do mesmo e orienta os alunos para aplicar esse conhecimento para redigir um texto, parágrafo ou frase.