COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA MARIA GAI GRENDEL ENSINO … · ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO 1.0 -...
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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA MARIA GAI GRENDEL
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
1.0 - APRESENTAÇÃO
A comunidade escolar do Colégio Estadual Professora Maria Gai Grendel, após
reuniões, iniciou a elaboração desta proposta, colocando os ideais e os objetivos deste
Estabelecimento de Ensino. Nosso objetivo é despertar o senso crítico no processo de
desenvolvimento da criança, buscando a participação, respeito, construção do conhecimento e
formação do caráter e da cidadania.
É o processo da construção do conhecimento e preparação cultural do indivíduo para
melhor compreensão da sociedade em que vive, formando-o para participação política, o que
implica em direitos e deveres como cidadão.
O trabalho educacional na sua finalidade última vai formar um aluno voltado para uma
sociedade que tem na sua base a organização e o trabalho. Portanto a formação profissional e
educativa deve levar em conta a inserção do indivíduo na sociedade em busca do
conhecimento. Dentro da escola nossa finalidade é formar um cidadão humano, que saiba
respeitar e viver princípios de justiça, solidariedade, diálogo, a pluralidade cultural da
sociedade que o cerca.
2.0– IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
Colégio Estadual Professora Maria Gai Grendel – Ensino Fundamental e Médio
Código: 0463-6
Endereço: Rua Delegado Bruno de Almeida, 8801 – Fone: 41 3268-7165
Município: Curitiba Código: 0690-0
Site: www.ctamariagrendel.pr.gov.br e-mail: [email protected]
NRE: Curitiba Código: 09
Setor: Bairro Novo Área: 16
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
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2.1 – TURMAS E MATRÍCULAS
TurnosNº. de Vagas
2009Matriculas
2009Matriculas
2008Matriculas
2007
Manhã
7ª série: 100 – 3 Turmas8ª série: 60 – 2 Turmas1º E.M.: 40 – 1 Turma2º E.M.: 40 – 1 Turma3º E.M.: 25 – 1 Turma
7ª série: 998ª série: 501º E.M.: 312º E.M.: 393º E.M.: 23
7ª série: 578ª série: 671º E.M.: 302º E.M.: 17
6ª série: 247ª série: 848ª série: 51
Tarde5ª série: 110 – 4 Turmas6ª série: 140 – 4 Turmas
5ª série: 1016ª série: 121
5ª série: 926ª série: 86
5ª série: 936ª série: 46
Noite
8ª série: 30 – 1 Turma1º E.M.: 60 – 2 Turmas2º E.M.: 35 – 1 Turma3º E.M.: 40 – 1 Turma
8ª série: 201º E.M.: 592º E.M.: 323º E.M.: 34
1º E.M.: 182º E.M.: 353º E.M.: 40
1º E.M.: 532º E.M.: 473º E.M.: 61
2.2 - QUADRO PESSOAL
DIREÇÃO: Sonia Aparecida Hinça dos Santos
DIREÇÃO AUXILIAR: Elói Reni de Oliveira
SECRETÁRIO: Reginaldo Aparecido de Oliveira
EQUIPE PEDAGÓGICA: Inês Rosilma Bonato Tortato
Maria Elenir Ribeiro Baptista de Lima
PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL: 21
PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO: 15
AGENTES EDUCACIONAIS I: 08
AGENTES EDUCACIONAIS II: 03
3.0 – GESTÃO DEMOCRÁTICA
3.1 – CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa e fiscal,
com o objetivo de estabelecer, a Proposta Pedagógica do Estabelecimento de Ensino, critério
relativo à sua ação, a organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade, nos
limites da legislação em vigor e compatíveis com as diretrizes e políticas educacionais
traçadas pela Secretaria de educação da educação.
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3.2 – CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em
assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do Estabelecimento de
Ensino, tendo por objetivo avaliar o processo de ensino-aprendizagem na relação professor-
aluno e os procedimentos adequados a cada caso.
PARÁGRAFO ÚNICO – Haverá tantos Conselhos de Classe quanto forem às turmas
do Estabelecimento de Ensino.
O Conselho de Classe tem por finalidade:
a) interpretar e estudar os dados da aprendizagem na sua relação com o trabalho do
professor, na direção do processo ensino-aprendizagem, proposto pelo plano curricular;
b) acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos;
c) analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da turma, na
organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico;
d) utilizar procedimentos que assegurem a comparação com os parâmetros indicados pelos
conteúdos necessários de ensino, evitando a comparação de alunos entre si.
O Conselho de Classe é constituído pelo Diretor, Diretor auxiliar, Secretário,
Supervisor de Ensino, Orientador Educacional e professores que atuam na classe.
A presidência do Conselho de Classe está a cargo do Diretor que, em sua falta ou
impedimento, será substituído pelo Diretor Auxiliar, Supervisor de Ensino ou Orientador
Educacional.
O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em cada bimestre, em datas previstas
no Calendário Escolar, e, extraordinariamente, sempre que um fato relevante assim o exigir.
PARÁGRAFO ÚNICO – A convocação para as reuniões será feita através de edital,
com antecedência de 48 (quarenta e oito) horas, sendo obrigatória à presença de todos os
membros convocados, ficando os faltosos passíveis de desconto nos vencimentos.
São atribuições do Conselho de Classe:
I. emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino-aprendizagem,
respondendo a consultas feitas pelo Diretor e pela Equipe Pedagógica;
II. analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento
metodológico e processo de avaliação que afetem o rendimento escolar;
III. propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar, tendo em vista o
respeito à cultura do educando, integração e relacionamento com os alunos da classe;
3
IV. estabelecer planos viáveis de recuperação de alunos em consonância com o plano
curricular do Estabelecimento de Ensino;
V. colaborar com a Equipe Pedagógica na elaboração de planos de adaptação de alunos
transferidos quando necessário;
VI. decidir sobre a aprovação de alunos que, após a apuração dos resultados finais, não
atingiram a nota mínima solicitada, e que no entanto, apresentem condições para bem
acompanharem a série seguinte.
VII. Opinar sobre os procedimentos didáticos a serem utilizados nas diversas áreas do
conhecimento.
3.3 – A.P.M.F.
A associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF), conforme seu estatuto é
pessoa jurídica de direito privado, órgão de representação dos pais e professores do
Estabelecimento de Ensino, não tendo caráter político partidário, religioso, racial e nem fins
lucrativos, não sendo remunerados os seus Dirigentes e conselheiros.
São objetivos da APMF: discutir, colaborar e decidir sobre as ações para a
assistência ao educando, o aprimoramento do ensino e para a integração família – escola -
comunidade contribuindo, dessa forma para a melhoria do ensino; promover o entrosamento
entre a comunidade escolar através de atividades sócio – educativa - cultural-desportiva e
ainda contribuir para melhoria e conservação do aparelhamento e do estabelecimento escolar,
sempre dentro de critérios de prioridade, sendo as condições dos educandos fator de máxima
prioridade.
3.4 – GREMIO ESTUDANTIL
O Grêmio Estudantil Maria Gai Grendel é o órgão máximo de representação dos
estudantes do Colégio Estadual Professora Maria Gai Grendel localizado na cidade de
Curitiba e será fundado no corrente ano letivo. Sua sede será no Estabelecimento de Ensino, e
suas atividades reger-se-ão pelo Estatuto da Secretaria de Estado da Educação aprovado em
Assembléia Geral convocada para este fim.
3.5 – ELEIÇÕES (DIREÇÃO, CONSELHO ESCOLAR, REPRESENTANTE DE
TURMA, APMF, GRÊMIO ESTUDANTIL)
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Da Direção da Escola – A eleição da direção atualmente acontece de três em três anos
e permite a participação por meio de voto de todos os segmentos escolares e da comunidade e
segue legislação específica.
O Conselho Escolar – É formado por um colegiado composto por funcionários,
alunos, pais e outros segmentos. O Diretor é o presidente que tem o voto de minerva. Tem que
haver paridade.
Representante de Turma – Cada turma de aluno tem um representante elegido
democraticamente pelos seus pares. Havendo liberdade para vários candidatos na mesma sala,
com defesa de propostas de cada candidato com posterior eleição.
APMF – Composto por pais, funcionários e professores.
Grêmio Estudantil – Composto por um colegiado a partir de eleições democráticas
tendo a função de representar o Colégio colocando em prática as atividades as que regem.
4.0 - OBJETIVOS GERAIS
• Conseguir o autogoverno dos sujeitos participantes do processo educativo e
necessárias condições para o trabalho coletivo em sala de aula e na escola, para
que haja o desenvolvimento da autonomia e da solidariedade, e condições para
uma aprendizagem significativa, crítica, criativa e duradoura.
• Almejar uma disciplina consciente e interativa marcada pela: participação,
respeito, construção do conhecimento e formação do caráter e da cidadania.
• Formar uma pessoa capaz de pensar, de estudar, de relacionar-se com o outro.
5.0 – MARCO SITUACIONAL
5.1 - HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
O Colégio Estadual Professora Maria Gai Grendel – Ensino Fundamental e Médio, ex
Escola Isolada de Caximba, foi criada pela Resolução 3747/82 de 30 de dezembro de 1982
onde passa denominar-se Escola Estadual de Caximba. A Escola pela Resolução 3092/92
passa a denominar-se Escola Estadual Profª. Maria Gai Grendel em homenagem à
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alfabetizadora “Professora Maria Gai Grendel” moradora do bairro, que dedicou toda sua vida
a Escola. Sempre foi uma profissional exemplar, voltada para o social e muito preocupada
com a qualidade de ensino ofertada aos alunos. Foi criado e autorizado o funcionamento de 5ª
a 8ª séries para o ano letivo de 1994, Deliberação 030/80 Resolução 6387/93 de 02 de
dezembro de 1.993. O curso foi reconhecido pela Resolução 2769/02 em 09 de agosto de
2002, sendo Renovado o Reconhecimento pela Resolução 506/09 de 30 de abril de 2009. O
curso Ensino Médio foi Autorizado pela Resolução 1008/05 de 18 de abril de 2005,
prorrogado a Autorização pela Resolução 1063/08 de 15 de maio de 2008 e o Processo de
Reconhecimento já está em andamento. O Regimento Escolar foi aprovado pelo Ato
Administrativo nº 14/05 de 18/01/2005, constando em seu teor a impossibilidade de
aprovação em Regime de Progressão Parcial.
O Ensino Fundamental e Médio funciona em regime de seriação anual, obedecendo à
grade curricular própria, aprovada em conformidade com a legislação em vigor Lei n.º
9394/96.
O Estabelecimento de Ensino atende uma comunidade urbana que apresenta baixo
nível cultural, a grande maioria pertence à faixa assalariada, tendo como profissões
dominantes: vigias, vendedores ambulantes, pedreiro, carpinteiro, operários, mecânicos,
diaristas, empregadas domésticas, e alguns na informalidade, mantendo-se em subempregos.
A Religião predominante é a católica.
O Colégio encontra-se a cerca de 30 km de distancia do Núcleo Regional de Educação
de Curitiba.
Dispõe de Sala de Apoio a Aprendizagem para alunos da quinta série que se
encontram com dificuldades de aprendizagem. É oferecida nas disciplinas de Língua
Portuguesa e Matemática no período contrário ao de escolarização regular. O
encaminhamento a Sala de Apoio se dá por avaliação dos professores e equipe pedagógica em
concordância dos pais.
O Estabelecimento de Ensino ofertará as seguintes modalidades, organizadas em
séries:
a) Ensino Fundamental – 5ª a 8ª séries nos turnos manhã e tarde.
b) Ensino Médio – 1ª a 3ª séries no turno da manhã e noite.
5.2 - REALIDADE LOCAL
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O Estabelecimento de Ensino está alocado em uma chácara alugada pela SEED, e
oferece a modalidade de ensino Fundamental e Médio, intercalado em três turnos. O prédio
tem adaptações nas condições físicas, possuindo oito salas de aula, mais ficando a desejar em
alguns ambientes necessários como: refeitório, quadra de esportes, sala multiuso, dentre
outros. Está previsto a conclusão da obra do novo prédio escolar para o segundo semestre
desta ano.
5.3 - REALIDADE ATUAL
Nossa escola está em construção com previsão para o ano de 2009. Percebemos em
nossos alunos a falta de perspectivas, falta de interesse pelos estudos, perda acentuada dos
valores. Dentro das famílias notamos a falta de um referencial como exemplo a ser seguido,
devido à ausência dos pais, conflitos gerados por violência, situação financeira, refletindo nas
práticas educativas.
Para melhorar a busca à leitura, a biblioteca tem deixado sempre à disposição dos
alunos vários títulos para que escolham livremente. Quanto aos livros de literatura infantil
estes estão divididos em caixas que ficam à disposição dos professores para trabalhos e
leituras rápidas na sala.
Os livros didáticos, para-didáticos ficam à disposição dos alunos para pesquisas e
trabalhos locais. Somente o professor poderá levá-los para consultar fora da biblioteca. Estes
mesmos livros podem ser levados para a sala de aula desde que haja a supervisão do
professor.
A biblioteca está à disposição do professor tanto para fazer trabalhos de pesquisa
com seus alunos, seja individual ou coletivo, bem como para o uso da TV e do Vídeo. Esta
também pode ser usada para ensaios de apresentações por parte dos alunos, para palestras para
os alunos e outras reuniões da comunidade com atividades ligadas à escola.
Além dos livros, da TV e do vídeo, a biblioteca dispõe ainda de jornais e revistas
doados por entidades que servem tanto para pesquisa por parte dos alunos, como também
servem de material para recortes nas diversas aulas.
Procurando melhorar ainda mais o atendimento aos alunos, a biblioteca está
procurando enriquecer suas estantes com novos livros de literatura, modificando o sistema de
empréstimo onde cada livro terá na parte posterior interna dados como a data de devolução e
o sistema de empréstimo que é feito com a anotação dos nomes do aluno. O livro passará se
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possível para o sistema de fichas onda cada aluno terá uma ficha com seus dados, série, o
livro que está levando com a data de empréstimo e devolução do mesmo.
Nas eventuais faltas de professores, a pedagoga entra em sala, aplicando atividades
previamente elaboradas pelos mesmos. Estas atividades são deixadas em bancos de dados. A
grande dificuldade encontrada é a demora nas substituições de professores afastados, o que
gera indisciplina, defasagem nos conteúdos, acúmulo de funções das pedagogas, as quais
deixam de atender os alunos e pais e subsidiar os professores nas atividades e projetos, pois
estão em sala atuando como substitutas.
Os professores usam a Hora Atividade para elaboração de atividades, projetos,
correção de trabalhos, provas e atendimento aos pais. Ficam a disposição dos professores na
biblioteca, cópia do Regimento Escolar, Proposta Pedagógica e Projeto Político Pedagógico,
para que os mesmos tenham acesso e possam manuseá-los, ficando assim, inteirados das
normas e funcionamento de Estabelecimento. A Hora Atividade é organizada no horário
escolar por disciplina.
5.4 – REALIDADE EDUCACIONAL
A socialização do educando inicia dentro de sua comunidade, fazendo-se necessária
a interação escola e comunidade, pois isto possibilita na construção de projetos e na formação
completa do educando. Na realização de projetos comuns existe uma demarcação de
atribuições e responsabilidades individuais de cada grupo, sendo estabelecido um
relacionamento contínuo com a comunidade, onde os fatores políticos, sociais, culturais e
econômicos, contribuem para realização dos mesmos. Não há na demanda do Colégio alunos
portadores de Necessidades Educativas Especiais.
A integração através de espaços educativos, cria ambientes diversificados que
contribuem no convívio social e na construção do conhecimento.
Conviver em grupos sociais significa mostrar um comportamento dentro de normas e
regras ditadas pela sociedade, criadas pelos próprios membros para tornar a convivência
agradável dentro das necessidades. Essas normas e regras são mutáveis à medida que surgem
novas necessidades de convivência e interesses dentro de um processo histórico e
democrático. Essas mudanças significam ter consciência de que obedecer às leis não é uma
atitude comportamental, mas sim uma contribuição na elaboração de novas leis.
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Para fazer parte de um grupo social exigem-se normas de conduta, pois na busca da
justiça social é fundamental o desenvolvimento de atitudes de respeito e a valorização do
indivíduo nos seus direitos políticos, sociais e econômicos.
O Registro das Avaliações é realizado por meio de notas bimestrais, assim, ao
termino de cada bimestre são feitas reuniões envolvendo pais, alunos, professores, equipe
pedagógica e direção, para entrega de Boletim informativo, com o objetivo dos pais tomarem
ciência do:
• Rendimento e defasagem da aprendizagem;
• Assiduidade;
• Atitudes dentro e fora de sala de aula, abrindo espaço para o diálogo
oportunizando aos pais sanar as dificuldades, conversar com os professores e
equipe pedagógica.
• Encaminhamento para intervenções pedagógicas, como Sala de Apoio a
Aprendizagem para as quinta séries.
5.5 – ESTATÍSTICA
SÉRIE AP. TR. REP. DES. REM. TOTAL5ªA
ALUNOSPORC.
1341,9%
0619,4%
0619,4%
0516,1%
013,2%
31100,0%
5ªBALUNOS
PORC.19
73,1%03
11,5%02
7,7%027,7
00,0%
26100,0%
5ªCALUNOS
PORC.18
75,0%0
0,0%06
25,0%0
0,0%0
0,0%24
100,0%5ªD
ALUNOSPORC.
1866,7%
0311,1%
0414,8%
027,4%
00,0%
27100,0%
6ªAALUNOS
PORC.27
75,0%05
13,9%02
5,6%02
5,6%0
0,0%36
100,0%6ªB
ALUNOSPORC.
2775,0%
0513,9%
012,8%
038,3%
00,0%
36100,0%
6ªCALUNOS
PORC.25
69,4%05
13,9%03
8,3%02
5,6%01
2,8%36
100,0%7ªA
ALUNOS 24 01 04 03 01 33
9
PORC. 72,7% 3,0% 12,1% 9,1% 3,0% 100,0%7ªB
ALUNOSPORC.
2887,5%
026,3%
013,1%
013,1%
00,0%
32100,0%
8ªAALUNOS
PORC.23
95,8%0
0,0%0
0,0%01
4,2%0
0,0%24
100,0%8ªB
ALUNOSPORC.
2083,3%
028,3%
00,0%
028,3%
00,0%
24100,0%
8ªCALUNOS
PORC.21
80,8%03
11,5%01
3,8%01
3,8%0
0,0%26
100,0%1ºA-E.M.ALUNOS
PORC.14
50,0%03
10,7%02
7,1%08
28,6%01
3,6%28
100,0%1ºB-E.M.ALUNOS
PORC.17
60,7%02
7,1%01
3,6%07
25,0%01
3,6%28
100,0%1ºC-E.M.ALUNOS
PORC.18
62,1%01
3,4%0
0,0%10
34,5%0
0,0%29
100,0%2ºA-E.M.ALUNOS
PORC.22
71,0%02
6,5%02
6,5%05
16,1%0
0,0%31
100,0%2ºB-E.M.ALUNOS
PORC.23
71,9%01
3,1%0
0,0%07
21,9%01
3,1%32
100,0%2ºC-E.M.ALUNOS
PORC.21
72,4%02
6,9%0
0,0%04
13,8%02
6,9%29
100,0%3ºA-E.M.ALUNOS
PORC.24
61,5%06
15,4%02
5,1%07
17,9%0
0,0%39
100,0%
Legenda: AP – Aprovado, TR – Transferido, REP – Reprovado, DES – desistente, REM
- Remanejado
6.0 - MARCO CONCEITUAL
6.1 – CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
Trabalhar e consumir são direitos de todos, mas a realidade é que nem todos têm
acesso e oportunidades de emprego ou podem usufruir os produtos e serviços oferecidos. O
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Brasil ostenta uma das piores distribuições de renda, criando um abismo entre os mais ricos e
os mais pobres, a solução para esse problema depende tanto de políticas econômicas do
governo, quanto do comportamento dos cidadãos. Cabe a escola discutir estes temas com os
alunos que são os futuros integrantes do mercado de trabalho e de consumo, para que possam
lutar por direitos ligados à liberdade, à participação nas decisões públicas e na igualdade de
condições dignas, esse é um modo de construir a cidadania.
A sociedade atual contempla exclusivamente a questão do mercado, isso se dá ao fato
da globalização que provocou a universalização do acesso as tecnologias de informação e
comunicação que oferece à infra-estrutura necessária a informatização e ao desenvolvimento
da economia o que traz como conseqüência o desenvolvimento da sociedade como um todo,
mas sem preocupações com as questões sociais.
Hoje a sociedade vem tomando consciência de que a lógica de priorizar primeiro o
econômico e depois o social, não consegue dar conta das desigualdades sociais, pois neste
aspecto a questão da universalização do acesso é uma condição necessária, mas não suficiente
para sanar este problema.
Existe a necessidade de formar um cidadão pleno, mas o conceito de cidadania
encontra-se enfraquecido, ele está associado às necessidades de apenas uma pequena parte da
sociedade. Para que a cidadania seja plena, precisamos investir na autonomia do cidadão e na
democratização de informação, para isso o processo de organização deve ser horizontal, a
aprendizagem deve ser coletiva e se construir com acesso as informações.
Então se chega à conclusão de que a família é a primeira célula da sociedade e o
conjunto das famílias forma a sociedade que é institucionalizada. A família é um micro
sistema englobado em um macro sistema.
As normas e regras da sociedade deveriam ser criadas a partir das necessidades de
todos os seus membros e não de uma pequena minoria.
Hoje a sociedade está em momento de transição historicamente grande e acelerado,
onde os meios de comunicação e os avanços tecnológicos interferem e ditam o padrão de
comportamento, valores e costumes.
O aumento do misticismo nos mostra que cada indivíduo está em busca do seu próprio
eu, isso porque a sociedade encontra-se empobrecida nas relações, não se interage com
pessoas às vezes de outros países, sem levar em consideração os indivíduos que se encontram
ao seu próprio redor.
A sociedade à qual vivemos é individualista, consumista, competitiva e descartável,
não há continuidade a processos: políticos, sociais, educacionais, etc.
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6.2 – CONCEPÇÃO DE HOMEM
É o indivíduo dotado de vontade livre e de responsabilidade, com capacidade para
compreender e interpretar sua situação e sua condição (física, mental, social, cultural e
histórico), viver na companhia de outros segundo as normas e os valores morais definidos por
sua sociedade, agir tendo em vista fins escolhidos por deliberação e decisão, realizar as
virtudes e, quando necessário, contrapor-se e opor-se aos valores estabelecidos em nome dos
outros, consideradas mais adequadas à liberdade e à responsabilidade.
Reconhece-se como diferente dos objetos, cria e descobre significações, institui
sentidos, elabora conceitos, idéias, juízos e teorias. É dotado da capacidade de conhecer-
se a si mesmo e saber sobre o mundo, manifestando-se como sujeito percebedor, imaginante,
memorioso, falante e pensante.
O homem nasce dotado de qualidades que no decorrer de sua vida irão ou não se
manifestar, ele é produto de sua história. O homem não consegue viver sozinho, por ser um
ser social.
È impossível que o homem se desenvolva como homem no isolamento, igualmente é
impossível que o homem isolado produza um ambiente humano. O ser humano solitário é um
ser no nível animal. (que está claro, o homem partilha com outros animais).
A humanidade específica do homem e sua sociedade estão inextrincavelmente
entrelaçados.
Do século XV ao início do século XX, a investigação do humano realizou-se de três
maneiras diferentes.
1 – Período do humanismo – inicia-se no século XV e XVII. O humanismo não separa
homem e natureza, mas considera o homem um ser natural diferente dos demais,
manifestando essa diferença como ser racional e livre, agente ético, político técnico e
artístico.
2 – Período do positivismo – inicia-se no século XIX. Onde enfatiza a idéia do homem
como ser social e propõe um estudo científico da sociedade: a sociologia, que deve estudar os
fatos humanos usando procedimentos, métodos e técnicas empregados pelas ciências da
natureza.
3- Período do historicismo: final do século XIX é início do século XX. Insiste na
diferença profunda entre homem e natureza e entre ciências naturais e humanas. Os fatos
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humanos são históricos, dotados de valor e de sentido de significação e finalidade e devem ser
estudados com essas características.
O sujeito do conhecimento não é uma vivência individual, mas aspira à
universalidade, ou seja, à capacidade do conhecimento que seja idêntica em todos os seres
humanos, em todos os tempos e lugares.
6.3 – CONCEPÇÃO DA EDUCAÇÃO
O conceito de educação ao longo de toda vida é a chave que abre as portas do séc.
XXI. Ultrapassa a distinção tradicional entre educação inicial e educação permanente.
Aproxima-se de um outro conceito proposto com freqüência: o da sociedade educativa, onde
tudo pode ser ocasião para aprender e desenvolver os próprios talentos.
Nesta nova perspectiva a educação permanente é concebida como indo muito mais
além do que já se pratica especialmente nos países desenvolvidos: atualização, reciclagem e
conversão e promoção profissionais dos adultos. Deve ampliar todos as possibilidades de
educação, com vários objetivos, quer se trate de oferecer uma segunda ou terceira
oportunidade, de dar resposta à sede de conhecimento, de beleza ou de superação de si
mesmo, ou ainda, ao desejo de aperfeiçoar e ampliar as formações estritamente ligadas às
exigências da vida profissional, incluindo as formações práticas.
Em suma, a “educação ao longo de toda vida”, deve aproveitar todas as oportunidades
oferecidas pela vida.
6.4 – CONCEPÇÃO DA ESCOLA
A escola é lugar de concepção, realização e avaliação de seu projeto educativo, uma
vez que necessita organizar seu trabalho pedagógico, com base em seus alunos, equipe
docente, pedagógica e administrativa. Nessa perspectiva é fundamental que ela assuma suas
responsabilidades, sem esperar que as esferas administrativas superiores tomem essa
iniciativa, mas que lhe dêem as condições necessárias para levá-la a diante. Para tanto, é
importante que se fortaleçam as relações entre Escola e sistema de ensino.
O Colégio Estadual Professora Maria Gai Grendel passou a elaborar o Projeto Político
Pedagógico onde colocamos nossos objetivos e ideais. O papel da escola é possibilitar a
apropriação coletiva do saber, cujo conhecimento é algo que se constrói durante a
aprendizagem e que está em constante mudança, refletindo as transformações da sociedade,
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ao mesmo tempo contribuindo para estas transformações. O importante é o que e como se
aprende.
Assim a ênfase desloca-se dos conteúdos para os métodos de aprendizagem. Não
propomos nenhum modelo a ser atingido, consideramos que os objetivos devem brotar
naturalmente do próprio processo de desenvolvimento da criança, em interação com o meio
ambiente. É uma proposta flexível nunca concluída, isto é, está em constante renovação, é um
permanente processo de discussão das práticas, das preocupações individuais e coletivas.
Temos como objetivo:
- Oportunizar ao educando condições para crescer e educar-se, buscando alternativas para
buscar o meio em que vive:
- Promover situações em que o educando e o educador troquem informações, ajudando-se
mutuamente num crescimento uniforme;
- Proporcionar ambiente tranqüilo, onde ocorra o saber, sem que este seja uma obrigação e
sim alegria de aprender e prazer de ensinar;
- Possibilitar que todos os envolvidos no processo de Ensino - Aprendizagem sintam-se
sujeitos de sua própria história.
- Transformar a escola, isto é, aberta, viva, em constante interação com a realidade, dirigida
democraticamente;
- Facilitar o processo de centro de produção e difusão do conhecimento;
- Propiciar um ambiente em que o aluno encontre resposta para seus anseios, um lugar que
lhe dá alegria e a certeza de receber o que realmente precisa para poder enfrentar o desafio
do futuro;
- Incorporar a participação dos pais e da comunidade, criar um clima de entusiasmo e
valorização do trabalho realizado.
A missão primordial da escola é preparar os alunos para adquirirem hábitos novos,
como o amor pelo conhecimento, o respeito e o cuidado do que é público, como a própria
escola.
A escola deve provocar emoções nos alunos, que os leve a gostar de pensar, e a se
sentirem felizes por saber mais.
Os conceitos dados pela escola devem ser básicos na formação dos alunos. Esses
conceitos devem ser transformados em atitudes de uma vida cidadã. Uma vida cidadã crítica,
participativa, onde coloca suas idéias, as defendem e as coloca em prática.
6.5 – CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
14
Currículo é um termo usado para tratar de um documento onde estão os conteúdos
programados para cada área de estudo, sendo flexível. Também podemos designar a definição
de princípios e metas de um projeto, com alicerce do desenvolvimento deste, onde através de
discussões podem ser reelaborados.
Currículo é uma construção social do conhecimento, pressupondo a sistematização
dos meios para que esta construção se efetive; a transmissão dos conhecimentos e as formas
de assimilá-los, portanto, produção, transmissão e assimilação são processos que compõem
uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar, ou seja, o currículo
propriamente dito. Neste sentido o currículo refere-se à organização do conhecimento escolar.
O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do conhecimento
científico, que deve ser adequado à faixa etária e aos interesses do aluno. Daí a necessidade de
se promover, na escola, uma reflexão aprofundada sobre o processo de produção do
conhecimento escolar, uma vez que ele é, ao mesmo tempo, processo de produto. A análise e
a compreensão do processo de produção do conhecimento escolar ampliam a compreensão
sobre as questões curriculares.
Na organização curricular é preciso considerar alguns pontos básicos. O primeiro é o
de que o currículo não é um instrumento neutro. O currículo passa ideologia e a escola precisa
identificar e desvelar os componentes ideológicos do conhecimento escolar que a classe
dominante utiliza para a manutenção de privilégios. A determinação do conhecimento escolar,
portanto, implica uma análise interpretativa e crítica, tanto da cultura dominante, quanto da
cultura popular. O currículo expressa uma cultura.
O segundo ponto é o de que o currículo não pode ser separado do contexto social, u
ma vez que ele é historicamente situado e culturalmente determinado.
O terceiro ponto diz respeito ao tipo de organização curricular que a escola deve
adotar. Em geral, nossas instituições têm sido orientadas para a organização hierárquica e
fragmentada do conhecimento escolar. Com base em Bernstein (1989), chamo a atenção para
o fato de que a escola deve buscar novas formas de organização curricular, em que o
conhecimento escolar (conteúdo) estabeleça uma relação aberta e interelacione-se em torno de
uma idéia integradora. A esse tipo de organização curricular, o autor denomina de currículo
integração. O currículo integração, portanto, visa reduzir o isolamento entre as diferentes
disciplinas curriculares, procurando agrupá-las num todo mais amplo.
O quarto refere-se à questão do controle social, (conteúdos curriculares, metodologia
e recursos de ensino, avaliação e relação pedagógica). Por outro lado o controle social é
15
instrumentalizado pelo currículo oculto, entendido este como as “mensagens transmitidas pela
sala de aula e pelo ambiente escolar” (Cornbleth 1992, p. 56)
Orientar a organização curricular para fins emancipa tórios implica, inicialmente,
desvelar as visões simplificadas de sociedade, concebida como um todo homogêneo, e de ser
humano, como alguém que tente a aceitar papéis necessários à sua adaptação ao contexto em
que vive. O homem é um ser social que tem autonomia para argumentar e socializar - se.
6.6 – CONCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
A educação formal é um processo de direção e orientação da aprendizagem, mas nem
todas as aprendizagens pertencem a esse tipo. Fora de sala de aula, ocorrem aprendizagens de
natureza informal em número mais elevado do que as aprendizagens formais peculiares à
escola. Alunos e professores tendem a conceituar a aprendizagem somente em termos de
aquisições escolares formalizadas, especialmente as de natureza informativa ou cognitiva. De
certa maneira, os sistemas educacionais somente se justificam porque permitem executar em
programa de aprendizagem mais adequado e eficiente do que seria possível em outras
condições:
Em um sistema amplo, a aprendizagem é coextensiva à própria vida.
A importância da aprendizagem na vida do indivíduo varia enormemente de uma
espécie para outra. Na vida humana a aprendizagem se inicia com o, ou até antes do,
nascimento e se prolonga até a morte.
A condução do processo de ensino requer uma compreensão clara e segura do
processo de aprendizagem: em que consiste como as pessoas aprendem quais as condições
externas e internas que o influenciam. As pessoas estão sempre aprendendo em casa, na rua,
no trabalho, na escola, nas múltiplas experiências da vida.
A tarefa principal do professor é garantir o processo ensino e aprendizagem. Ensino e
aprendizagem são duas facetas de um mesmo processo. O professor planeja, dirige e controla
o processo de ensino, tendo em vista estimular e suscitar a atividade própria dos alunos para a
aprendizagem.
A aprendizagem escolar é, um processo de assimilação de determinados
conhecimentos e modos de ação física e mental, organizados no processo de ensino. Os
resultados de aprendizagem se manifestam em modificações na atividade externa e interna do
sujeito, nas relações com o ambiente físico e social.
16
No processo de ensino estabelecemos objetivos, conteúdos e métodos, mas a
assimilação deles é conseqüência da atividade mental dos alunos. Conhecimentos,
habilidades, atitudes, modos de agir não são coisas físicas que podem ser transferidas da
cabeça do professor para a cabeça do aluno. A aprendizagem efetiva acontece quando, pela
influência do professor, são mobilizadas as atividades física e mental próprias das crianças no
estudo das matérias.
O processo de ensino abrange a assimilação de conhecimentos, mas inclui outras
tarefas. Para assegurar a assimilação ativa, o professor deve antecipar os objetivos de ensino,
explicar a matéria, puxar dos alunos conhecimentos que já dominam, estimulá–los no desejo
de conhecer a matéria nova. Deve transformar a matéria em desenvolvimentos significativos e
compreensíveis, saber detectar o nível da capacidade cognitiva dos alunos, saber empregar os
métodos mais eficazes para ensinar, não um aluno ideal, mas alunos concretos que ele tem à
sua frente.
O ensino, assim, é uma combinação adequada entre a condução do processo de ensino
pelo professor e a assimilação ativa como atividade autônoma e independente do aluno. Em
outras palavras, o processo de ensino é uma atividade de mediação pela qual são providas as
condições e os meios para os alunos se tornarem sujeitos ativos na assimilação de
conhecimentos.
O ensino também é condicionado por outros elementos situacionais do processo
ensino – aprendizagem, tais como a organização do ambiente escolar, os mecanismos de
gestão da escola, o sistema de organização das classes, o conselho de pais, os livros didáticos
e o material escolar, a unidade de propósitos do grupo de professores, etc.
A relação entre ensino e aprendizagem não é mecânica, não é uma simples
transmissão do professor que ensina para um aluno que aprende. Ao contrário, é uma relação
recíproca na qual se destacam o papel dirigente do professor e a atividade dos alunos.
O ensino visa estimular, dirigir, incentivar, impulsionar o processo de aprendizagem
dos alunos. A unidade entre ensino e aprendizagem fica comprometida quando o ensino se
caracteriza pela memorização, quando o
professor concentra na sua pessoa a exposição da matéria, quando não suscita o envolvimento
ativo dos alunos. O processo de ensino, deve estabelecer exigências e expectativas que os
alunos possam cumprir e, com isso, mobilizem suas energias.
A aprendizagem do aluno é suscitada pelos seus interesses e necessidades. A escola
deve fazer muito mais do que isso, pois sua função é
17
introduzir os alunos no domínio dos conhecimentos sistematizados, habilidades e hábitos para
que, desenvolvem suas capacidades mentais. Por isso, a atividade de estudo deve ser
sistematicamente dirigida e orientada. O professor deve estar
atento para que o estudo ativo seja fonte de auto – satisfação para o aluno, de modo que sinta
que ele está progredindo, animando – se para novas aprendizagens.
O professor deve ter constância e firmeza na direção da classe: ordem nos cadernos,
livros, tarefas de casa e exercícios, manutenção de um clima de trabalho na classe, para
assegurar a atenção e concentração nas tarefas, atitudes de respeito para com o professor, com
os colegas e com o pessoal da escola; hábitos de educação e higiene pessoal; limpeza e
arrumação nas carteiras e na classe; tarefas bem feitas e corretas etc. Evidentemente é preciso
observar os limites de prudência e bom senso. As exigências quando ao trabalho escolar
surtem efeitos positivos quando são viáveis, não pedindo o impossível.
A seriedade profissional do professor requer o respeito aos alunos. O respeito se
manifesta, no senso de justiça, no verdadeiro interesse pelo crescimento do aluno, no
uso de uma linguagem compreensível, no apoio às suas dificuldades, nas atitudes firmes e
serenas (não gritar na classe, não menosprezar, não fazer ironias, etc.).
O ambiente escolar pode exercer um efeito estimulador para o estudo ativo dos alunos.
Os professores devem unir – se à direção da escola e aos pais para torná-la um lugar agradável
e acolhedor.
Onde for possível, deve – se organizar uma biblioteca com enciclopédias, livros de
literatura infantil, uma sala com brinquedos, jogos, aparelho de som, onde os alunos possam
fazer o recreio e ouvir músicas de vários estilos. Assim, o ambiente escolar pode concorrer
para suscitar o amor pela escola, à dedicação aos estudos, com reflexos sensíveis no
aproveitamento escolar dos alunos.
6.7 – CONCEPÇÃO DE CULTURA
Entende-se por Cultura toda criação humana historicamente construída o que se refere
tanto à produção das condições materiais de existência, quanto à organização política,
econômica e social, bem como a produção de símbolos, representações e significados, todas
resultantes das práticas sociais mediadoras das relações sociedade-natureza que se manifesta
nas dimensões técnico-científica, filosófica e artística do conhecimento, assim nesta
perspectiva teórica, cultura é um conceito que abrange todas as dimensões da produção
humana e do conhecimento, destacando o trabalho como uma produção cultural referindo-se
18
ao fato de que o trabalho produz arte, técnica e ciência de onde derivam as dimensões
artísticas e cientificas do conhecimento, gerando uma reflexão crítica sobre o ser constituído,
o ser a ação e o conhecer que se concretiza na dimensão filosófica do conhecimento.
6.8 – CONCEPÇÃO DE CIDADANIA
Na sociedade moderna o indivíduo é visto como homem (pessoa privada) e como
cidadão (pessoa pública) que designava originalmente o habitante da cidade fazendo parte da
sociedade burguesa tendo ações políticas do sujeito na vida da sociedade, porém o cidadão é
um individuo que possui direitos e deveres na sociedade em que vive necessitando respeitar e
defender seus interesses na vida pública.
O exercício da cidadania depende do poder político vigente onde a participação dos
cidadãos limita-se pela divisão de classes sociais que impossibilita o acesso igualitário aos
bens materiais e culturais, onde a República brasileira ainda não conseguiu uma política
democrática.
Os princípios básicos da democracia moderna dão o direito de todos os indivíduos à
liberdade de pensamento, associação, credo, locomoção, manifestação da opinião por meio de
imprensa e propaganda que são garantidos por lei.
Por isso, em nossa sociedade, o exercício da cidadania não é apenas uma questão de
aprendizagem, mas também de luta por condições dignas de vida, trabalho e educação, onde
os interesses comuns possam ser definidos e os indivíduos possam tomar consciência do papel
que desempenham na sociedade.
Temos como exemplo o voto que é um instrumento importante na participação
política, embora seja limitado, porém existem outras maneiras de participar, não só em
grandes movimentos políticos que abrem espaços para uma atuação mais direta e eficaz, mas
também na vida cotidiana.
O aprendizado político se faz nos pequenos espaços sociais, pelo relacionamento
diário com os outros, onde se aprende a conviver e respeitar as diferenças.
6.9 – CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
O conhecimento humano tem dois elementos básicos: o sujeito e o objeto. O sujeito é
o homem, o ser racional que quer conhecer. O objeto é a realidade com que coexistimos. O
homem se torna sujeito do conhecimento quando está diante do objeto a ser conhecido. A
19
realidade só se torna objeto do conhecimento perante um sujeito que queria conhecê-la. O
próprio homem pode ser objeto do conhecimento humano.
O sujeito (homem) possui três maneiras de conhecer um objeto, pelos sentidos
(conhecimento sensorial ou empírico), pelo raciocínio (pensamento lógico ou intelectual) ou
pela crença (conhecimento da fé).
Conhecer é para o homem uma questão de sobreviver, onde em geral todos os seres
vivos adaptam-se ao meio.
Assim conhecendo o meio, o homem adapta-se a ele e o transforma.
Visando à satisfação da curiosidade, à segurança psicológica e a necessidade de
transformar o meio, as várias gerações de homens coletam características e propriedades dos
objetos que compõem nossa realidade, deixando sua marca interpretativa do mundo.
Através dos cientistas temos a possibilidade de conhecer e utilizar a realidade de
forma concreta, requerendo esforço métodos apropriados, já os filósofos tentaram ir além de
nossa experiência imediata do mundo para descobrir o que é de fato a realidade e qual o
sentido da existência do ser humano, nos ensinando o poder do conhecimento e das idéias
bem como a importância do pensamento coerente e produtivo.
Como resultado dessa marca interpretativa temos sociedades organizadas em
diferentes instituições, leis e normas morais estabelecidas, programas de ensino e produção já
implantamos, religiões e credos estruturados.
6.10 – CONCEPÇÃO DE ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO DE ALUNOS QUE
CURSAM O ENSINO MÉDIO
A inserção do estágio não obrigatório no Projeto Político-Pedagógico da escola não
pode contrapor-se à própria concepção de escola pública, ainda que o estágio seja uma
atividade que vise a preparação para o trabalho produtivo, conforme Lei n° 11788 / 2008. A
função social da escola vai para além do aprendizado de competências próprias da atividade
profissional e, nesta perspectiva, vai para além da formação articulada às necessidades do
mercado de trabalho.
Conceber trabalho como princípio educativo pressupõe oferecer subsídios, a partir das
diferentes disciplinas, para se analisar as relações e contradições sociais, as quais se explicam
a partir das relações de trabalho. Isto implica em oferecer instrumentos conceituais ao aluno
para analisar as relações de produção, de dominação, bem como as possibilidades de
emancipação do sujeito a partir do trabalho.
20
Formar para o mundo do trabalho, portanto, requer o acesso aos conhecimentos
produzidos historicamente pelo conjunto da humanidade, a fim de possibilitar ao futuro
trabalhador se apropriar das etapas do processo de forma conceitual e operacional. Isto
implica em ir para além de uma formação técnica que secundariza o conhecimento, necessário
para se compreender o processo de produção em sua totalidade.
Os conhecimentos escolares, portanto, são a via para se analisar esta dimensão
contraditória do trabalho, permitindo ao estudante e futuro trabalhador atuar no mundo do
trabalho de forma mais autônoma, consciente e crítica.
Para tanto, o acesso aos conhecimentos universais possibilita ao aluno estagiário, não
somente sua integração nas atividades produtivas, mas a sua participação nela, de forma
plena, integrando as práticas aos conhecimentos teóricos que as sustentam.
Nesta perspectiva, o estágio pode e deve permitir ao estagiário que as ações
desenvolvidas no ambiente de trabalho sejam trazidas para a escola e vice-versa,
relacionando-as aos conhecimentos universais necessários para compreendê-las a partir das
relações de trabalho.
7.0 - MARCO OPERACIONAL
7.1 - PROCEDIMENTOS
ENSINO FUNDAMENTAL – 5º A 8º SÉRIES E ENSINO MÉDIO
2007 2008 2009Início 12/02 14/02 09/02
Termino 18/12 18/12 18/12
Dinâmicas: festivais, teatros, oficinas, danças, feira cultural, etc.
O planejamento realizou-se seguindo calendário escolar. No decorrer do ano
letivo realizamos diversos projetos envolvendo valores, conhecimentos gerais, recreações.
Para melhorar a busca à leitura, a biblioteca tem deixado sempre à disposição dos alunos
vários títulos para que escolham livremente. Os livros didáticos, para-didáticos ficam à
disposição dos alunos para pesquisas e trabalhos locais. Somente
o professor poderá levá-los para consultar fora da biblioteca. A biblioteca está à disposição do
professor tanto para fazer trabalhos de pesquisa com seus alunos, seja individual ou coletivo,
21
bem como para o uso da TV e do Vídeo da biblioteca, para passar vídeos para seus alunos.
Esta também pode ser usada para ensaios de apresentações por parte dos alunos, para palestras
para os alunos e outras reuniões da comunidade com atividades ligadas à escola.
Além dos livros, da TV e do vídeo, a biblioteca dispõe ainda de jornais e revistas
doados por entidades que servem tanto para pesquisa por parte dos alunos, como também
servem de material para recortes nas diversas aulas.
Procurando melhorar ainda mais o atendimento aos alunos, a biblioteca está
procurando enriquecer suas estantes com novos livros de literatura.
Sempre que necessário solicitamos a presença dos pais para eventos, reuniões,
conversas com as pedagogas e professores.
Alunos que apresentam problemas disciplinares são encaminhados às pedagogas,
onde conversam e tentam solucioná-los, caso não seja possível seus pais ou responsáveis são
convocados para ficarem cientes do ocorrido. Em situações extremas o Conselho Tutelar é
acionado.
7.2 –FUNÇÕES DO PEDAGOGO(A)
I. subsidiar a Direção com critérios para definição do Calendário Escolar, organização
das classes, do horário semanal e distribuição de aulas;
II. elaborar com o Corpo Docente, o Currículo Pleno e a Proposta Pedagógica de
Estabelecimento de Ensino, em consonância com as diretrizes curriculares da
Secretaria de Estado da Educação;
III. assessorar e avaliar a implementação dos programas de ensino e dos projetos
pedagógicos desenvolvidos no Estabelecimento de Ensino;
IV. elaborar o regulamento da Biblioteca Escolar, juntamente com seu responsável;
V. orientar o funcionário da Biblioteca Escolar, para a garantia de seu espaço pedagógico;
VI. acompanhar o processo de ensino atuando junto aos alunos e pais no sentido de
analisar os resultados da aprendizagem com vistas à sua melhoria;
VII. subsidiar o Diretor e o Conselho Escolar com dados e informações relativas aos
serviços de ensino prestados pelo Estabelecimento, e o rendimento do trabalho
escolar;
VIII. promover e coordenar reuniões sistemáticas de estudo e trabalho para o
aperfeiçoamento constante de todo pessoal envolvido nos serviços de ensino;
22
IX. coordenar o processo de seleção de livros didáticos adotados pelo Estabelecimento,
obedecendo às diretrizes e os critérios estabelecidos pela Secretaria de Estado da
Educação;
X. participar, sempre que convocado, de cursos, seminários, reuniões, encontros, grupos
de estudo e outros eventos;
XI. exercer as demais atribuições decorrentes deste Regimento e no que concerne à
especificidade de cada função;
XII. elaborar com o Corpo Docente os planos de recuperação a serem proporcionados aos
alunos que obtiverem resultado de aprendizagem abaixo do desejado;
XIII. analisar e emitir parecer sobre adaptação de estudos em casos de recebimento de
transferência, de acordo com a Legislação Vigente;
XIV. propor a Direção à implementação de projetos de enriquecimento curricular a serem
desenvolvidos pelo Estabelecimento de Ensino e coordená–los, se aprovados;
XV. estabelecer uma sistemática permanente de avaliação do Plano do Estabelecimento de
Ensino, a partir do rendimento escolar, do acompanhamento de egressos, de consultas
e levantamento junto à comunidade;
XVI. acompanhar as práticas de estágio não obrigatório desenvolvidas pelo aluno do ensino
médio, ainda que em via não presencial, para que este possa mediar a natureza do
estágio e as contribuições do aluno estagiário com o plano de trabalho docente, de
forma que os conhecimentos transmitidos sejam instrumentos para se compreender de
que forma tais relações se estabelecem histórica, econômica, política, cultural e
socialmente. Cabe ao pedagogo, também, manter os professores das turmas, cujos
alunos desenvolvem atividades de estágio, informados sobre as atividades
desenvolvidas, de modo que estes possam contribuir para esta relação práxica.
O P.P.P. visa à conscientização dos docentes quanto a sua participação não só no
processo ensino aprendizagem, como também os fatores que envolvem a socialização,
formando cidadãos conscientes de seu papel dentro da sociedade, tornando – se aliados num
trabalho junto à direção, equipe pedagógica, bem como a equipe administrativa viu valorizada
às suas funções nesse processo
7.3 – PLANO DE AÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS
Funcionários da Biblioteca:
23
A Biblioteca constituiu-se um espaço Pedagógico, cujo acervo estará à disposição de
toda Comunidade durante o horário de funcionamento da escola.
O acervo bibliográfico será fornecido pela Secretaria de Estado da Educação, por
doação de terceiros e adquiridos com a verba do Fundo Rotativo.
A Biblioteca devera ter regulamento próprio, onde estarão explicitados sua
organização, funcionamento e atribuições do responsável.
O regulamento da Biblioteca será elaborado pelo seu responsável, sob a orientação da
Equipe Pedagógica, com aprovação da Direção.
Funcionários da Equipe Administrativa:
A Equipe Administrativa e o setor que serve de suporte ao funcionamento de todos os
setores do Estabelecimento de Ensino, proporcionando condições para que os mesmos
cumpram suas reais funções.
A Equipe Administrativa, mencionada no caput deste artigo e composta por
Secretaria e Serviços Gerais.
Funcionários da Secretaria:
A Secretaria e o setor que tem a seu encargo todo o serviço de escrituração escolar e
correspondência do estabelecimento.
Os serviços de Secretaria são coordenados e supervisionados pela Direção, ficando a
ela subordinados.
O cargo de Secretaria e exercido por um profissional devidamente qualificado,
indicado pelo Diretor do Estabelecimento, de acordo com as normas da Secretaria de
Estado da Educação.
O Secretario terá tantos auxiliares, quantos permitidos pela Secretaria de Estado da
Educação, em ato específico.
Compete ao secretário:
Cumprir e fazer as determinações dos seus superiores hierárquicos;
24
Distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da Secretaria aos seus auxiliares;
Redigir a correspondência que lhe for confiadas;
Organizar e manter em dia a coletânea de Leis, regulamentos, diretrizes, ordens de
serviços, curriculares, resoluções e demais documentos;
Rever todo o expediente a ser submetido a despacho do Diretor;
Os funcionários devem ter uma participação ativa e democrática na implementação do
PPP, reconhecendo a importância do seu trabalho e do coletivo no andamento do processo
ensino aprendizagem, apresentando propostas que ajudem na formação de uma gestão
democrática onde expressem sua capacidade em construir e vivenciar práticas de integração
com toda a comunidade escolar nas tomadas de decisões garantindo a participação na
construção e na decisão de que escola e valores queremos formar.
Os funcionários devem ter a consciência de que seu papel na educação deve atender
as necessidades, cada um atuando de forma responsável, em sua função.
7.4 – A PARTICIPAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DAS ESCOLAS NA CONSTRUÇÃO
DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
A educação escolar no Brasil começou 1.500 com a chegada das famílias que vieram
nas Caravelas de Tomé de Souza.
Em 05 de outubro de 1.988 foi promulgada a atual constituição que assegurou os mais
amplos direitos à população, dentre eles a Educação escolar que é considerada dever do
estado.
Além de assegurar a Educação Básica, a Educação Especial para portadores de
necessidades Especiais, a educação de jovens e adultos, a educação superior, também em seu
artigo 206 estabelece princípios de Ensino. Entre eles, três são particularmente para os
funcionários de escolas públicas. (1) O da gestão democrática; (2) O da valorização dos
profissionais de Ensino; (3) O da garantia do padrão de qualidade.
A qualidade de ensino nas escolas públicas foi perdendo para os particulares que ofereciam
mais recursos e com clientelas com melhores condições culturais e materiais, entretanto hoje
o país vem tentando assegurar o princípio de padrão de qualidade na educação pois não quer
uma juventude mal instruída propiciando o aumento dos índices de marginalidade e exclusão.
25
A gestão democrática nas escolas é exercida pela atuação do Conselho Escolar que é
constituída por Direção, professores, funcionários, alunos, pais conforme a Proposta
Pedagógica da Escola.
Antigamente homens e mulheres se ocupavam das mesmas atividades, ou seja,
mulheres cuidavam da casa e das crianças e os homens se ocupavam dos afazeres do campo.
Com o tempo isso foi se diversificando, a tecnologia foi avançando e as mulheres também
foram se aperfeiçoando, pois se entendeu que entre ocupação e profissão é mais estável e
valorizada. Profissionalização nada mais é que o movimento de transformação de ocupação de
apoio para profissões reconhecidas e regulamentadas por uma habilitação escolar em nível
médio e superior. Daí a grande necessidade dos funcionários buscarem aperfeiçoamento, até
mesmo para se manterem no mercado de trabalho.
Os professores da rede pública no Brasil são organizados em associações, sendo que
apenas nos estados do Paraná, Distrito Federal e São Paulo estas são próprias. Só depois da
ditadura militar os funcionários procuraram se organizar em sindicatos unificados junto com
os professores.
Os funcionários da escola não tem como escapar do papel de educadores pois
pertencem ao corpo de trabalhadores da escola. Todos os segmentos da escola, direção,
professores e funcionários são educadores nas suas respectivas funções. Essa concepção não
se efetiva do dia para a noite, porém é necessário que se tenha uma posição clara e definitiva.
Ser funcionário como educador escolar vai muito além do que o bom atendimento
aos alunos e pais, ter sensibilidade dos problemas das crianças. Implica competências mais
complexas que são aperfeiçoadas no dia a dia.
O município que tem maior arrecadação de impostos pode oferecer melhores
salários, daí a importância da nota fiscal nas compras. A organização em sindicatos fortalece a
luta pelas melhorias.
O projeto político pedagógico elaborado coletivamente serve como instrumento para
o fortalecimento das ações das participações política dos integrantes dentro das escolas. É um
instrumento que organiza e sistematiza o trabalho escolar compreendido a pensar e o fazer da
escola, por meio das ações que une a reflexão, as atitudes e as ações.
A identidade profissional está sempre em contínuo processo de construção e
reconstrução. Esta emerge das práticas histórico-culturais dos grupos ou das categorias
profissionais em torno de um objeto social que os unificam num todo ou que os fazem
distintos e específicos numa sociedade. Sendo que os funcionários das escolas estão em
processo de reconstrução de sua identidade profissional, buscam redefinir a sua posição e seu
26
reconhecimento no mundo do trabalho no campo de educação. É preciso educar para
transformar. As lutas por direitos não são apenas de quem trabalha na educação, mas de todos
os trabalhadores organizados em seus sindicatos, associações ou nos movimentos populares
que lutam em defesa de melhores condições salariais, de vida e de trabalho em qualquer
atividade que exercem.
7.5 – METAS E AÇÕES
a) ASPECTOS METODOLÓGICOS, DINÂMICA PEDAGÓGICA DA ESCOLA:
Feira cultural; (2º semestre)
Semana de jogos; (2º semestre)
Pesquisa de campo; (durante o período letivo)
Projetos interdisciplinares; (semestralmente)
Torneios; (2º semestre)
Uso de recursos didáticos diferenciados como: filmes, transparências, slides, data Show,
etc. (durante o período letivo)
Proporcionar passeios aos alunos a cinemas, teatros, biblioteca pública, pontos
turísticos, museus. (durante o período letivo)
b) FORMAÇÃO DOCENTE E ADMINISTRATIVA:
Cursos de aperfeiçoamento e capacitação por área;
Capacitação para bibliotecária;
Tempo hábil para reunião com o corpo docente para troca de experiências;
Formação continuada
c) ASPECTOS FISICOS DA ESCOLA COM VISTAS A QUALIDADE PEDAGÓGICA
E ADMINISTRATIVA:
Espaços diferenciados para:
Laboratório de informática com acesso a informática,
Biblioteca atualizada;
27
Refeitório;
Quadra poli esportiva coberta;
Laboratório de biologia;
Sala de reuniões;
Anfiteatro;
Sala de vídeo;
sala ambiente;
Sala de recreação;
Arquitetura poli esportiva;
Educação inclusiva;
Espaço para horta;
Estacionamento
d) SEGURANÇA - MELHORIAS QUANTO A SEGURANÇA DE TODA
COMUNIDADE ESCOLAR
Inspetor de alunos, para atendimento de entrada e saída de alunos no portão:
Uso do uniforme ou carteirinha para facilitar a identificação dos alunos;
Fazer cumprir as normas do Regimento Escolar;
Trabalhar em parceria com a comunidade, Unidade de Saúde e Patrulha Escolar
promovendo palestras educativas;
e) RECURSOS DIDÁTICOS (MATERIAIS DIDÁTICOS E ESPAÇO VISANDO A
MELHORIA DO ESPAÇO PEDAGÓGICO)
Aceso a internet;
Assinatura de revistas;
Livros atualizados para a biblioteca;
Videoteca;
Data Show:
Laboratório de anatomia:
Livros de apoio voltado ao professor.
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f) RELACIONAMENTO DE TRABALHO NA INSTITUIÇÃO
Abrir as portas da escola para a comunidade;
Convidar os pais para prestigiarem os trabalhos, projeto e feiras desenvolvidos pelos
alunos;
Promover eventos onde haja integração entre pais, educandos e professores;
Promover encontros entre a equipe para viabilizar que as ações ocorram em parceria
com todos;
Confraternizações para melhorar a qualidade nos relacionamentos;
Manter a união da equipe, onde todos se ajudem mutuamente;
Oportunizar que todos possam exercer o direito a democracia expondo suas idéias,
dando suas opiniões e sugestões para melhoria da qualidade da Instituição;
g) DISCIPLINA ESCOLAR
Fazer se cumprir o Regimento Escolar;
Número menor de alunos em sala;
Patrulha Escolar;
Convocação dos pais;
Trabalhar valores (projetos)
8.0 – AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A avaliação do aproveitamento escolar, deve ser praticada como uma atribuição de
qualidade aos resultados da aprendizagem dos educandos, tendo por base seus aspectos
essenciais e, como objetivo final, uma tomada de decisão que direcione o aprendizado e,
consequentemente, o desenvolvimento do educando.
Na escola, a avaliação tem várias dimensões:
A avaliação que o educador ou os educadores faz(em) dos educandos;
A avaliação que o aluno faz de si mesmo como indivíduo e como aprendiz;
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A avaliação que a instituição faz do educador, a partir do resultado das avaliações dos
educandos;
A avaliação externa, realizada através de sistemas de provas.
Não há desenvolvimento humano sem avaliação. A avaliação, na escola, sempre
esteve presente, sob formas que, hoje, podemos considerar como inadequadas. Mas a
avaliação é sempre necessária, pois não há possibilidade de aprendizagem sem avaliação.
A avaliação é um processo e como tal deve ser encarada. Por isso, ela deve fazer parte
da rotina da sala de aula, sendo usada periodicamente com um dos aspectos integrantes do
processo ensino aprendizagem.
Verificações periódicas fornecem maior número de amostras e funcionam como
incentivo para que o aluno estude de forma sistemática e não as vésperas de uma prova. Como
diz Irene Carvalho, a tais verificações podem ser informais (trabalhos, exercícios, participação
nos debates, soluções de problemas, aplicação de conhecimentos, etc.) ou formais (provas
propriamente ditas).
A avaliação não tem um fim em si mesma, mas é um meio a ser utilizado por alunos e
professores para o aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem.
Para realizar uma avaliação integral do aluno, o professor deve fazer uso de todos os
recursos a seu alcance para obter o máximo de informações sobre o comportamento e o
aproveitamento escolar deste. Por isso, não convém utilizar apenas um instrumento de
avaliação, confiando nele como se fosse infalível. O mais recomendável é empregar técnicas
diversificadas e instrumentos variados.
A avaliação deve ser um instrumento para estimular o interesse e motivar o aluno a
maior esforço e aproveitamento e não uma arma de tortura ou punição. Susana Cols e Maria
Martí afirmam que “um aspecto fundamental para que a avaliação cumpra sua função
energizante é que o aluno conheça os resultados de sua aprendizagem, isto é”,
que logo após o término de uma prova saibam quais foram seus acertos e erros. Quanto mais
imediato for esse conhecimento, mais o incentivará a estudar, a corrigir as falhas e a continuar
progredindo.
O objetivo primeiro da avaliação do aproveitamento escolar não será a aprovação ou
reprovação do educando, mas o direcionamento da aprendizagem e seu conseqüente
desenvolvimento.
O ideal seria a inexistência do sistema de notas. A aprovação ou reprovação do
educando deveria dar-se pela efetiva aprendizagem dos conhecimentos mínimos necessários,
com o conseqüente desenvolvimento de habilidades, hábitos e convicções. Entretanto, diante
30
de intensa utilização de notas e conceitos na prática escolar e da própria legislação
educacional que determina o uso de uma forma de registro dos resultados de aprendizagem,
não há como, de imediato, eliminar as notas e conceitos da vida escolar.
A avaliação em nossa prática escolar, hoje sobre um juízo de qualidade que se faz
sobre uma determinada realidade é expressa por meio de algum símbolo, sendo ele numérico
ou verbal ou outro qualquer. Normalmente, na prática escolar, os símbolos que expressam
juízos de qualidade ou são numéricos ou verbais. As notas são símbolos, números e conceitos
(péssimo, ruim, regular, etc.) são símbolos verbais.
O desafio está na formulação de um projeto de avaliação que contemple as
necessidades institucionais, mas que não fragmente a experiência do aluno.
Em nenhum momento da escolarização podemos prescindir de uma avaliação
minuciosa e consciente. Deixar de avaliar, da mesma forma que fazê-lo parcialmente ou com
instrumentos inadequados ou de forma inadequada, significa provocar rupturas no processo de
aprendizagem e desenvolvimento do educando. Bem realizada, a avaliação dá suporte à ação
educativa, facilita o planejamento do professor e garante a existência de interações produtivas
entre educador e educando, assim como entre educandos.
A formação do ser humano em contexto escolar é função da qualidade da avaliação
que é feita tanto das aprendizagens quanto do desenvolvimento humano de cada educando.
A recuperação de estudos destina-se a alunos de menor rendimento, proporcionada
paralelamente pelo Estabelecimento de Ensino, visando à melhoria do rendimento, segundo o
artigo 24º, inciso V, alínea E da Lei nº 9394/96. É ofertada através de estudos paralelos ao
período letivo. Essa recuperação atende a todos que necessitam, pois visa a progressão dos
alunos nos passos seguintes do conhecimento.
Como instrumento a técnica de avaliação da recuperação de estudos paralela, são
utilizados explicitações do docente, pesquisas dirigidas, trabalhos em grupos, avaliações
escritas e outros.
Os resultados são incorporados aos das avaliações efetuadas durante o período letivo,
constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar.
A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo,
pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente dispõe de condições que lhe possibilitem
apreensão dos conteúdos básicos.
9.0 – DETERMINAÇÃO FINAL
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A construção do Projeto Político Pedagógico propões uma melhoria na prática
educacional, sendo de suma importância, tanto para os educadores quanto para os educandos.
Os profissionais “executores”, tem claro a importância para seu desenvolvimento pessoal e
profissional, devido ao acréscimo através das diversas leituras e pesquisas realizadas. Os
educandos procuram desenvolver atividades que o lúdico, o prático e o educativo, sem
perder em momento algum, o compromisso com os conteúdos e metas de cada área.
Construir o Projeto Político Pedagógico foi algo inovador para enfrentar o desafio de
transformação na forma d gestão exercida pelos interessados, o que implicou reorganizar o
processo de trabalho pedagógico e repensar a estrutura de poder.
O Projeto é uma utopia, pois é uma antecipação do que se tem para fazer. Na verdade,
é o futuro, um possível a se transformar em real, uma idéia a transformar-se em ato, se
compromete com o futuro. É uma totalidade articulada decorrente da reflexão e do
posicionamento a respeito da sociedade, da educação e do homem. É uma proposta de ação
político-educacional e não artefato técnico.
A construção do Projeto Político Pedagógico supõe diferentes níveis de articulação:
A situação real e a desejada, reduzindo a distância entre o discurso e a prática;
Os diferentes atos operacionais e administrativos, conceituais e pedagógicos;
O Projeto Pedagógico Institucional e o Projeto Pedagógico acadêmico.
O Projeto Político Pedagógico foi construído pela comunidade educacional.
10.0 - INTRODUÇÃO AS DIRETRIZES CURRICULARES
Fica evidente a necessidade da reformulação curricular, a partir do pressuposto de que
anteriormente o currículo era apresentado já pronto aos professores, sem considerar a
realidade da escola, dos alunos e da comunidade.
A partir do momento em que os membros da comunidade escolar puderam opinar na
construção de uma nova proposta curricular, aumentou – se a possibilidade de um ensino
voltado para as diferenças e para a diversidade cultural, valorizando assim os profissionais da
educação, garantindo uma gestão democrática e possibilitando a permanência e o sucesso de
todos os alunos, melhorando assim seu desenvolvimento sócio-cultural.
Nesta nova proposta, os professores devem trabalhar voltados a garantir uma relação
teoria-prática, desenvolvendo suas práticas pedagógicas, a fim de proporcionar aos alunos a
32
aquisição dos conhecimentos científicos, tecnológicos, históricos, filosóficos e sociais,
priorizando a formação humana dos educadores.
A construção da proposta foi realizada a partir de diversas discussões em todos os
níveis hierárquicos, o que propiciou a colaboração de todos os membros ligados à educação,
garantindo que as necessidades e opiniões da maioria, fossem respeitadas, pois neste processo,
todos se comprometem com esta proposta e esse desafio.
A proposta tem como finalidade, buscar a defesa da educação básica e da escola
pública, gratuita e de qualidade, como direito fundamental do cidadão, o resgate do papel
social da escola através da compreensão de sua realidade, levando-a a entender a base da
relação teoria e prática na ação pedagógica, além da própria relação homem e mundo,
estabelecendo assim uma coerência entre pensamento e ação, onde o educando através da
mediação pedagógica realizada pelos professores, se apropria da prática no pensamento, pela
sua capacidade de abstração, compreendendo o conjunto das relações sociais e produtivas,
adquirindo condições para nelas intervir, transformando seu pensamento em ação.
11.0 - DIRETRIZES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
Segundo a constituição vigente ao acesso ao ensino é garantindo, sendo ele público e
gratuito, a fim de promover a formação básica do cidadão e o desenvolvimento integral do
educando, cabendo aos profissionais de cada área, facilitar o acesso, a permanência e o direito
a um ensino de qualidade, para isso parte-se do princípio de que o processo de ensino
aprendizagem inicia-se a partir da realidade do aluno, criando condições para que este possa
vencer obstáculos e ampliar a sua leitura de mundo, podendo assim, exercer a sua cidadania.
O processo de universalização de um ensino de qualidade se dá com a preocupação da
escola em atender a diversidade social, econômica e cultural presentes na comunidade,
culminando com a inclusão de todos os indivíduos, assegurando imprescindivelmente o
acesso, a permanência, a aprendizagem, o atendimento a alunos com necessidades educativas
especiais, estabelecendo uma proposta de ensino que reconheça e valorize práticas culturais
que desenvolvam o pensamento crítico, tornando a educando capaz de combater qualquer tipo
de preconceito, valorizar a cultura dos povos, repensar a organização dos saberes escolar,
apropriar-se do conhecimento das diferentes linguagens presentes na escola na sociedade
brasileira, possibilitar a defesa de seus interesses e a participação plena na vida nacional em
igualdade de condições, enfim tornando a escola um lugar de encontro da comunidade.
33
Para que estes objetivos sejam alcançados os conteúdos pertinentes as diferentes
disciplinas procuram partir da realidade do educando, tendo como apoio a execução de
projetos multidisciplinares e a execução de atividades diversificadas, oferecendo uma
perspectiva crítica de análise, simplificando o processo de compreender e explicar o
mundo, valorizando a importância de retomar o significado da escola, dos saberes escolares,
da família, da sociedade, etc.
O processo de construção coletiva das diretrizes curriculares é válido, partindo do
pressuposto de que deixou de ser estanque e pré-estabelecida, passando a ter colaboração
direta dos profissionais de cada área, através de discussões, seminários e troca de
experiências, oportunizando a atualização do currículo, levando em consideração as
modificações na vida familiar, escolar, na sociedade, nas tecnologias, na informação, etc,
tendo como resultado final a articulação entre o conhecimento elaborado e os temas da vida
cidadã.
Através da hora-atividade, os profissionais têm a oportunidade de trocar experiências
com os demais, tomando ciência das dificuldades encontradas e buscando respostas coletivas
para saná-las, refletir sobre sua prática pedagógica, realizar estudos sobre novas e atuais
pedagogias que enriqueçam a qualidade de ensino, planejar atividades diferenciadas que
estimulem a melhoria do processo ensino-aprendizagem para que este processo se efetive com
melhores resultados, o ideal é que a hora-atividade seja em horário concentrados entre os
profissionais da mesma área do conhecimento.
12.0 – DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO ESPECIAL PAR A
CONSTRUÇÃO DE CURRÍCULOS INCLUSOS
As transformações econômicas ocorridas a partir do séc. XVIII foram responsáveis
também pela mudança na concepção dos sujeitos com necessidades educacionais especiais.
Consideravam-se apenas pessoas com deficiências sensacionais. Atualmente incorpora-se
uma ampla gama de alunos com necessidades educacionais especiais, que não
necessariamente, apresentam alguma deficiência como é o caso dos superdotados.
A organização da Educação Especial é determinada por um grupo de sujeitos que por
inúmeras razões não correspondem à expectativa de normalidade ditada pelos padrões raciais.
34
A deficiência passou historicamente do mito á segregação com a exclusão das pessoas,
os primeiros modelos para explicação das anomalias, física mentais ou sensoriais, foram
buscados na metodologia e no sobrenatural, esse período é denominado de pré-científico.
No século XIX com o desenvolvimento da medicina ocorre um novo enfoque centrado
em concepção clinicas que se ocupavam da doença, do tratamento e da cura, ainda mantendo-
se a segregação em instituições.
A Educação Especial passa ter uma concepção de inclusão social, ocorrendo uma
mudança em torno das pessoas com deficiência evidenciando que elas podem ser
participativas e capazes, compreendendo-se assim a organização da sociedade onde lhe são
proporcionadas às condições, o respeito e a valorização das suas diferenças que lhe ofereçam
oportunidades iguais e um espaço comum da vida em sociedade.
Com a inclusão de alunos portadores de deficiências especiais à escola vem sofrendo
um aumento na demanda de seu público-alvo com dificuldades de aprendizagem, o que na
maioria das vezes não se adapta às práticas homogêneas, assim o novo perfil do aluno passa a
incorporar as chamadas deficiência não acentuadas, ou leves, os distúrbios de aprendizagem,
evidenciando as contradições de um sistema educacional despreparado para lidar com os
diferentes estilos e ritmos de aprendizagem.
A escola tem o papel de conceber e praticar uma educação para todos com currículos
abertos e flexíveis que estejam comprometidos com o atendimento às necessidades
educacionais de todos os alunos, sejam eles especiais ou não. O conhecimento sistematizado
pela educação escolar deve oportunizar aos alunos idênticas possibilidades e direitos, ainda
que apresentem diferenças sociais culturais e pessoais efetivando-se a igualdade de
oportunidades.
O atendimento do número de alunos com necessidades educacionais especiais na
escola regular está condicionado tanto à adoção de currículo quanto ao efetivo funcionamento
de serviços de apoio pedagógicos especializados necessários para o acesso à aprendizagem e
participação desses alunos, e a atuação de um professor que possua habilitação em Educação
Especial.
Ressalta-se ainda que os alunos atendidos não constituam um grupo homogêneo onde
suas diferenças individuais devem ser respeitadas por meio da execução de propostas
diversificadas, o que acarretará em um pleno desenvolvimento individual de ensino.
Para que as adaptações possam ser desenvolvidas e colocadas em prática para todos os
alunos e não somente para aqueles que apresentam algum tipo de necessidade educacional
especial.
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Faz-se necessário que se conheça muito bem o aluno e suas peculiaridades de
aprendizagem. Pois dessa maneira poderá adequar e planejar a sua intervenção pedagógica
norteando-se nos conteúdos curriculares, sem a banalização de conceitos. Para a efetiva
realização dessa prática o número de alunos em sala de aula precisa ser de no máximo quinze
alunos por turma.
• PAPEL DO PROFESSOR NO PROCESSO DE INCLUSÃO EDUCACIONAL:
ASPECTOS POSITIVOS:
Desafio de trabalhar com potencial dos seres humanos, respeitando sua individualidade e
buscando uma “cultura comum”.
ASPECTOS NEGATIVOS:
Falta de uma estrutura física pertinente
Falta de profissionais capacitados (rede de apoio, psicológico, mais pedagogos, assistente
social e outros).
Muitos alunos em sala de aula impossibilitando um trabalho efetivo.
• PAPEL DA DIREÇÃO:
ASPECTOS POSITIVOS: Hoje se fala de inclusão educacional (comentários e debates)
ASPECTOS NEGATIVOS: A cultura do país não possibilita a prática, ou seja, nunca se
preocupou com a inclusão no que tange estruturas físicas nos setores e áreas.
• PAPEL DA EQUIPE TÉCNICA - PEDAGÓGICA
ASPECTOS POSITIVOS:
Ser mediador e facilitar no processo ensino-aprendizagem entre: família X escola; aluno X
professor; aluno X aluno.
ASPECTOS NEGATIVOS:
O calendário não contemplar cursos durante o ano letivo para a equipe pedagógica.
Maior número de profissionais para suprir estas dificuldades.
13.0 – IDENTIDADE DO ENSINO MÉDIO
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Dentro desta nova visão de reestruturação curricular do Ensino Médio do Estado do
Paraná, existe uma iniciativa de ação mesmo sendo em pouco tempo (3 anos) mas já
começaram a ter uma cara, isto é, a partir de encontros realizados entre os professores durante
2003 a 2005.
Partindo que currículo é um documento/discurso de objetivos, métodos e conteúdos e
que dele se faz necessário para o desenvolvimento dos saberes escolares.
É importante lembrarmos da história da educação (ensino) no mundo ocidental, pois
naquela época a escola era organizada para atender os alunos de acordo com a classe social à
qual pertenciam, mesmo antes de se falar da escola dos tempos modernos.
No período medieval a igreja tornou mediadora da escola pública, mas visando a
formação de monges. Quando a instrução da plebe não existiam. Caberia a estes a serem
cristãos, dóceis e conformados.
A partir do século XI, a escola passou a ser direcionada pelo clero, particularmente
nobreza e clero, os servos nenhuma instrução. A corte daquela época era o ensino da Arte.
Esta produção essencialmente Capitalista, criando-se junto ás fábricas, as escolas politécnicas
que tinha por objetivo o saber para os funcionários a operarem os equipamentos.
A partir do século XX o direito pela igualdade de direitos à instrução estava presente
através das propostas da escola pública.
Dentro desses aspectos históricos ficam claras as relações sociais e políticas permear-
se a elaboração dos currículos escolares. E nesta história a identidade do Ensino Médio estava
retratada em dois pontos:
• Privilégio a formação do aluno para o mercado de trabalho;
• Continuidade nos estudos.
Depois de um longo período de propostas e reformulações sobre a identidade do
Ensino Médio, os novos ramos políticos vividos pelo Brasil, os diferentes interesses sociais e
políticos articularam-se e estabeleceram consolidação da base unitária do Ensino Médio.
Tal proposta de currículo nos dias atuais é mais complexa do que do passado, pois as
relações sociais e de trabalho são mais complexas e fragmentadas. A idéia é formar um
currículo de nível de ensino para a formação humanista consistente e também possibilite uma
compreensão da lógica e dos princípios técnico - científicos que marcam o atual período
histórico e afetam as relações sociais e de trabalho.
O desafio é a formação de um estudante ter condições tanto de se inserir no mercado
de trabalho quanto de continuar seus estudos, ingressando no ensino superior.
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Para reformulação do currículo é necessário que o professor retome os estudos sobre a
história da produção do conhecimento e seus determinantes políticos, econômicos, sociais e
ideológicos, bem como dos métodos científicos que permitiam essa produção. Este é o
principal caminho para reformular um currículo estruturado e com uma proposta inovadora e
de qualidade.
Dentro desta proposta curricular destacamos as questões da interdisciplinaridade e a
contextualização, profundamente relacionada uma com a outra, enquanto princípios
integrados do currículo.
Então, precisamos construir uma identidade para o Ensino Médio que seja relevante ao
grau de complexibilidade de seus sujeitos e que contribua para sua formação crítica.
14.0 – DESAFIOS E DIFICULDADES A SEREM ENFRENTADOS NA
ELABORAÇÃO DO P.P.P.
Dificuldades:
reunir todos os professores, funcionários e envolvidos na escola para discussão (criar
mais espaço);
tempo muito restrito para elaboração das propostas;
falta de acesso as tecnologias;
estrutura física inadequada para por em prática o P.P.P.
falta de informação de como proceder à criação do P.P.P.
pouco tempo para vencer o conteúdo proposto.
Desafios:
conciliar diretrizes com os materiais didáticos;
entender melhor como funciona e é elaborado o P.P.P.;
buscar alternativas viáveis para por em prática o P.P.P.;
adequar o P.P.P. ao processo ensino-aprendizagem às inovações tecnológicas
oferecidas;
professores participarem ativamente da elaboração do P.P.P.;
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preparar o aluno para que estude para aprender. (mudar o hábito vicioso do aluno);
criar no aluno o hábito de estudo dentro e fora da escola;
resgatar valores e ética.
15.0 – PROPOSTA CURRICULAR
A Proposta Curricular é organizada por modalidades ofertadas: Ensino Fundamental e
Médio e por Disciplinas constantes na Matriz Curricular.
15.1 - FUNDAMENTAL
15.1.1 - ARTES
A) FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS
No transcorrer do ensino fundamental, espera-se que os alunos, progressivamente,
adquiram habilidades, sensibilidade e cognição em Artes Visuais, Dança, Música e Teatro,
diante da sua produção de arte e no contato com o patrimônio artístico, exercitando sua
cidadania cultural com qualidade.
O aluno poderá desenvolver seu conhecimento estético e habilidade artística nas
diversas linguagens da área de Arte (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro), tanto para
produzir trabalhos pessoais e grupais como para que possa, progressivamente, apreciar,
desfrutar, valorizar e emitir juízo sobre bens artísticos de distintos povos e culturas
produzidos ao longo da história e na contemporaneidade.
B) OBJETIVOS
• As artes visuais no fazer dos alunos: desenho, pintura, colagem, escultura, gravura,
modelagem, instalação, vídeo, fotografia, histórias em quadrinhos, produções
informatizadas;
• Criação e construção de formas plásticas e visuais em espaços diversos
( bidimensional e tridimensional );
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• Observação e análise das formas que produz e do processo pessoal nas suas correlações
com as produções dos colegas;
• Consideração dos elementos básicos da linguagem visual em suas 71articulações nas
imagens produzidas ( relações entre ponto, linha, plano, cor, textura, forma, volume, luz,
ritmo, movimento, equilíbrio );
• Reconhecimento e utilização dos elementos da linguagem visual representando,
expressando e comunicando por imagens: desenho, pintura, gravura, modelagem,
escultura, colagem, construção, fotografia, cinema, vídeo, televisão, informática;
• Contato e reconhecimento das propriedades expressivas e construtivas dos materiais,
suporte, instrumentos, procedimentos e técnicas na produção de formas visuais;
• Experimentação, utilização e pesquisa de materiais e técnicas artísticas
(pincéis, lápis, giz de cera, papéis, tintas, argila, goivas ) e outros meios
( máquinas fotográficas, vídeos, aparelhos de computação e de reprografia );
• Seleção e tomada de decisões com relação a materiais, técnicas, instrumentos na
construção das formas visuais.
C) OBJETO DE ESTUDO
Arte como Fonte de Humanização
D) CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Elementos Formais;
• Composição;
• Movimentos e Períodos.
E) CONTEÚDOS
5ª SÉRIE
a) ÁREA MÚSICA
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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ELEMENTOS FORMAIS
AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
COMPOSIÇÃO
RitmoMelodiaEscalas: diatônica pentatônicacromática Improvisação
MOVIMENTOS E PERÍODOS
Greco-RomanaOrientalOcidentalAfricana
b) ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ELEMENTOS FORMAIS
PontoLinhaTexturaFormaSuperfícieVolumeCorLuz
COMPOSIÇÃO
BidimensionalFigurativaGeométrica, simetriaTécnicas: Pintura, escultura, arquitetura...Gêneros: cenas da mitologia...
MOVIMENTOS E PERÍODOS
Arte Greco-RomanaArte AfricanaArte OrientalArte Pré-Histórica
c) ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
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ELEMENTOS FORMAIS
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciaisAção Espaço
COMPOSIÇÃO
Enredo, roteiro.Espaço Cênico, adereçosTécnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara...Gênero: Tragédia, Comédia e Circo.
MOVIMENTOS E PERÍODOS
Greco-RomanaTeatro OrientalTeatro MedievalRenascimento
d) ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ELEMENTOS FORMAISMovimento CorporalTempo
COMPOSIÇÃO
KinesferaEixoPonto de ApoioMovimentos articularesFluxo (livre e interrompido)Rápido e lentoFormaçãoNíveis (alto, médio e baixo)Deslocamento (direto e indireto)Dimensões (pequeno e grande)Técnica: ImprovisaçãoGênero: Circular
MOVIMENTOS E PERÍODOS
Pré-históriaGreco-RomanaRenascimentoDança Clássica
6ª SÉRIE
a) ÁREA MÚSICA
42
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ELEMENTOS FORMAIS
AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
COMPOSIÇÃO
RitmoMelodiaEscalasGêneros: folclórico, indígena, popular e étnicoTécnicas: vocal, instrumental e mistaImprovisação
MOVIMENTOS E PERÍODOSMúsica popular e étnica (ocidental e oriental)
b) ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ELEMENTOS FORMAIS
PontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
COMPOSIÇÃO
ProporçãoTridimensionalFigura e fundoAbstrataPerspectivaTécnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura...Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...
MOVIMENTOS E PERÍODOS
Arte IndígenaArte Popular Brasileira e ParanaenseRenascimentoBarroco
c) ÁREA TEATRO
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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ELEMENTOS FORMAIS
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciaisAção Espaço
COMPOSIÇÃO
Representação, leitura dramática, cenografia.Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas...Gêneros: Rua e arena, Caracterização
MOVIMENTOS E PERÍODOS
Comédia dell’ arteTeatro Popular Brasileiro e ParanaenseTeatro Africano
d) ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ELEMENTOS FORMAISMovimento CorporalTempoEspaço
COMPOSIÇÃO
Ponto de ApoioRotaçãoCoreografiaSalto e quedaPeso (leve e pesado)Fluxo (livre, interrompido e conduzido)Lento, rápido e moderadoNíveis (alto, médio e baixo)FormaçãoDireçãoGênero: Folclórica, popular e étnica
MOVIMENTOS E PERÍODOS
Dança Popular BrasileiraParanaenseAfricanaIndígena
7ª SÉRIE
a) ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS CONTEÚDOS BÁSICOS
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ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
COMPOSIÇÃO
RitmoMelodiaHarmoniaTonal, modal e a fusão de ambos.Técnicas: vocal, instrumental e mista
MOVIMENTOS E PERÍODOS
Indústria CulturalEletrônicaMinimalistaRap, Rock, Tecno
b) ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ELEMENTOS FORMAIS
LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
COMPOSIÇÃO
SemelhançasContrastesRitmo VisualEstilizaçãoDeformaçãoTécnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista...
MOVIMENTOS E PERÍODOS
Indústria CulturalArte no Séc. XXArte Contemporânea
c) ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ELEMENTOS FORMAIS Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciaisAção
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Espaço
COMPOSIÇÃO
Representação no Cinema e Mídias Texto dramáticoMaquiagemSonoplastiaRoteiroTécnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...
MOVIMENTOS E PERÍODOS
Indústria CulturalRealismoExpressionismoCinema Novo
d) ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ELEMENTOS FORMAISMovimento CorporalTempoEspaço
COMPOSIÇÃO
GiroRolamentoSaltosAceleração e desaceleraçãoDireções (frente, atrás, direita e esquerda)ImprovisaçãoCoreografiaSonoplastiaGênero: Indústria Cultural e espetáculo
MOVIMENTOS E PERÍODOS
Hip HopMusicaisExpressionismoIndústria Cultural Dança Moderna
8ª SÉRIE
a) ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ELEMENTOS FORMAIS AlturaDuraçãoTimbreIntensidade
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Densidade
COMPOSIÇÃO
RitmoMelodiaHarmoniaTécnicas: vocal, instrumental e mista Gêneros: popular, folclórico e étnico.
MOVIMENTOS E PERÍODOSMúsica EngajadaMúsica Popular Brasileira.Música Contemporânea
b) ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ELEMENTOS FORMAIS
LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
COMPOSIÇÃO
BidimensionalTridimensionalFigura-fundo Ritmo VisualTécnica: Pintura, grafite, performance.Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano...
MOVIMENTOS E PERÍODOS
RealismoVanguardasMuralismo e Arte Latino-AmericanaHip Hop
c) ÁREA ARTES TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ELEMENTOS FORMAIS
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciaisAção Espaço
COMPOSIÇÃO Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum... DramaturgiaCenografia
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SonoplastiaIluminaçãoFigurino
MOVIMENTOS E PERÍODOS
Teatro EngajadoTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro do AbsurdoVanguardas
d) ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ELEMENTOS FORMAISMovimento CorporalTempoEspaço
COMPOSIÇÃO
KinesferaPonto de ApoioPesoFluxoQuedasSaltosGirosRolamentosExtensão (perto e longe)CoreografiaDeslocamentoGênero: Performance e moderna
MOVIMENTOS E PERÍODOSVanguardasDança ModernaDança Contemporânea
F) METODOLOGIA
A Educação Artística estabelece pedagogicamente as inter-relações do ver, do saber e
do fazer, intimamente ligadas à concepção de ensino da arte como forma de conhecimento
sistematizado, trabalho e expressão. A Arte é uma das formas de apropriação e
desvendamento da realidade, cujo produto reflete o reorganizar e o transfigurar de sons, cores,
formas e movimentos através da materialização de uma nova idéia.
Verifica-se que este transfigurar é inerente ao ser humano, já que se tem o legado dos
antepassados que transformaram a natureza em cultura através do trabalho e há tais evidências
no campo artístico, também, através de pinturas parietais, esculturas em ossos e pedras e
tantos outros exemplos, até os dias atuais.
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G) AVALIAÇÃO
Ao avaliar, o professor precisa considerar a história do processo pessoal de cada aluno
e sua relação com as atividades desenvolvidas na escola, observando os trabalhos e seus
registros (sonoros, textuais, audiovisuais, informatizados). O professor deve guiar-se pelos
resultados obtidos e planejar modos criativos de avaliação dos quais o aluno pode participar e
compreender: uma roda de leitura de textos dos alunos ou a observação de pastas de trabalhos,
audição musical, vídeos, dramatizações, jornais, revistas, impressos realizados a partir de
trabalhos executados no computador podem favorecer a compreensão sobre os conteúdos
envolvidos na aprendizagem.
H) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo Ática 1991
CALDEIRA, Eny. Ensino da Arte: os pioneiros e a influencia estrangeira na arte – educação
em Curitiba.
FISCHER, Ernest. A necessidade da Arte. Rio de Janeiro: Zahar – 1979
JAPIASSU, R. Metodologia do Ensino de teatro São Paulo. Papirus, 2001
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Artes para os anos
finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba: Governo do Estado PR, 2008.
PENNA, (coord). É este o ensino de arte que queremos? Uma análise das propostas dos
parâmetros curriculares. João Pessoa, Ed. Universitária C. CHILAJPPGE, 2001
LOPONTE, LG. O ensino da arte na nova LDB: resgate histórico e perspectivas. São Paulo:
Perspectivas, 1996.
15.1.2 - CIÊNCIAS
A) FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS
Para o ensino de Ciências é necessária à construção de uma estrutura geral da área que
favoreça a aprendizagem significativa do conhecimento historicamente acumulado e a
formação de uma concepção de Ciências, suas relações com a tecnologia e com a sociedade.
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Devido à abrangência e pela natureza dos objetos de estudo das Ciências, é possível
desenvolver a área de forma muito dinâmica, orientando o trabalho escolar para o
conhecimento sobre fenômenos naturais, incluindo o ser humano e as tecnologias mais
próximas e mais distantes, no espaço e no tempo. Estabelecendo relações entre o que é
conhecido e as novas idéias, entre o comum e o diferente, entre o particular e o geral,
definindo relação entre os muitos elementos do universo de conhecimentos, são processos
essenciais à estruturação do pensamento, particularmente do pensamento científico.
O ensino de Ciências não se resume à apresentação de definições científicas, em geral
fora do alcance da compreensão dos alunos. Se a intenção é que os alunos se apropriem do
conhecimento científico e desenvolvam uma autonomia no pensar e no agir, é importante
conceber a relação de ensino e aprendizagem como uma relação entre sujeitos, envolvidos na
construção de uma compreensão dos fenômenos naturais e suas transformações, na formação
de atitudes e valores humanos.
No ensino de Ciências o discente deve perceber-se integrante, dependente e agente
transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles,
contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente. Dessa forma , fornecendo
subsídios para que cada educando possa utilizar os recursos naturais racionalmente, ajudando
na manutenção e melhoria da qualidade de vida desta e das futuras gerações, tornando-os
elementos ativos no desenvolvimento ambiental sustentável.
A importância no estudo das Ciências Naturais é a observação e informação que o
educando trás consigo. Portanto a ação do professor deve partir da vivência do aluno,
resgatando os conceitos e elementos que interagem o cotidiano ao conhecimento científico.
Portanto os conteúdos serão selecionados de acordo com o crescimento do saber e
compreensão da ciência na sociedade, sem fragmentar o conhecimento, somente a totalidade
garante ao educando a oportunidade de articular e apropriar-se do conhecimento científico
dentro da realidade em que vive.
B) OBJETIVOS
• Compreender a ciência como um processo de produção de conhecimento e uma
atividade humana, histórica, associada a aspectos de ordem social, econômica, política
e cultural.
50
• Reconhecer que a humanidade sempre se envolveu com o conhecimento da natureza e
que a ciência, em forma de desenvolvimento, relaciona-se com outras atividades
humanas.
• Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em sociedade, como
agente de transformações do mundo em que vive, em relação essencial com os demais
seres vivos e outros componentes do ambiente.
• Valorizar a vida em sua diversidade e a conservação dos ambientes.
• Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e condições
de vida, no mundo de hoje e em sua evolução história, e compreender a tecnologia
como meio para suprir necessidades humanas, sabendo elaborar juízo sobre
desvantagens e benefícios das práticas científico-tecnológicas.
• Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e coletivos
que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes.
• Confrontar as diferentes explicações individuais e coletivas, inclusive as de caráter
histórico para reelaborar suas idéias e interpretações.
• Elaborar perguntas e hipóteses, selecionando e organizando dados e idéias para
resolver problemas.
• Caracterizar as condições e a diversidade de vida no planeta Terra em diferentes
espaços, particularmente, nos ecossistemas brasileiros.
• Descrever cadeia alimentar de determinado ambiente, a partir de informações
previamente discutidas, identificando os seres vivos que são produtores, consumidores
e decompositores e avaliar como se dá a intervenção do ser humano no ambiente,
reconhecendo ou supondo as necessidades humanas que mobilizam as transformações
e prevendo possíveis alterações.
• Interpretar situações de equilíbrio e desequilíbrio ambiental relacionando informações
sobre a interferência do ser humano e a dinâmica das cadeias alimentares.
• Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados à energia, matéria,
transformações, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida.
• Caracterizar os movimentos visíveis de corpos celestes no horizonte e seu papel na
orientação espaço-temporal hoje e no passado da humanidade.
• Descrever os movimentos do Sol, da Lua e das estrelas em relação ao horizonte,
localizando os pontos cardeais.
• Identificar diferentes tecnologias que permitem às transformações de materiais e de
energia necessária a atividade humana essenciais hoje e no passado.
51
• Valorizar o trabalho em grupo. Sendo capaz de ação crítica e cooperativa para
construção coletiva do conhecimento.
• Situar o surgimento da Terra, da água, da atmosfera, de grupos de seres vivos e outros
eventos significativos em cada escala temporal para representar a história do planeta.
• Caracterizar ecossistema relevante na região onde vive, descrevendo o clima, o solo, a
disponibilidade de água e suas relações com os seres vivos, identificados em diferentes
habitat e níveis da cadeia alimentar.
• Identificar a composição, organização e a fisiologia dos organismos vivos.
• Apreciar o cuidado com o próprio corpo, com atenção para o desenvolvimento da
sexualidade e hábitos alimentares , de convívio e lazer.
• Compreender as diferentes dimensões da reprodução humana e os métodos
anticoncepcionais, valorizando o sexo seguro como forma de se evitar DSTs/ AIDS e
gravidez indesejável.
• Valorizar a alimentação humana, a obtenção e a conservação de alimentos, sua
digestão no organismo e o papel dos nutrientes na sua constituição e saúde.
• Elaborar dieta balanceada para seu próprio consumo, explicando a digestão dos
alimentos e a nutrição do corpo, mas também problematizar sobre o acesso das
famílias a esses produtos.
• Elaborar individualmente, ou em grupo, relatos orais, escritos, perguntas e suposições
acerca de temas em estudos, estabelecendo relações entre as informações obtidas por
meio de trabalhos práticos e de textos, registrando suas próprias sínteses mediante
tabelas, gráficos, esquemas, textos e maquetes.
• Compreender como as teorias geocêntricas e heliocêntricas explicam os movimentos
dos corpos celestes relacionando esses a dados e observação e à importância histórica
dessas visões.
• Constatar a importância da Física e da Química no passado e no cotidiano atual.
• Compreender os conceitos físicos, químicos e biológicos envolvidos em cada
conteúdo.
C) OBJETO DE ESTUDO
Conhecimento Científico
D) CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
52
• Astronomia
• Matéria
• Sistemas Biológicos
• Energia
• Biodiversidade
E) CONTEÚDOS
5ª Série
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
ASTRONOMIA
UniversoSistema solarMovimentos terrestresMovimentos celestesAstros
MATÉRIA Constituição da matériaSISTEMAS BIOLÓGICOS Níveis de organização Celular
ENERGIA Formas de energiaConversão de energiaTransmissão de energia
BIODIVERSIDADEOrganização dos seres vivosEcossistemaEvolução dos seres vivos
6ª Série
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
ASTRONOMIA Astros Movimentos terrestresMovimentos celeste
MATÉRIA Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS CélulaMorfologia e fisiologia dos seres vivos
ENERGIA Formas de energiaTransmissão de energia
BIODIVERSIDADEOrigem da vidaOrganização dos seres vivosSistemática
53
7ª Série
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
ASTRONOMIA Origem e evolução do UniversoMATÉRIA Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS CélulaMorfologia e fisiologia dos seres vivos
ENERGIA Formas de energiaBIODIVERSIDADE Evolução dos seres vivos
8ª Série
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
ASTRONOMIA AstrosGravitação universal
MATÉRIA Propriedades da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS Morfologia e fisiologia dos seres vivosMecanismos de herança genética
ENERGIA Formas de energiaConservação de energia
BIODIVERSIDADE Interações ecológicas
F) METODOLOGIA
A metodologia concretiza as intenções educativas em termos de capacidade que
devem ser desenvolvidas pelo docente ao longo da escolaridade do aluno. O professor,
consciente de que condutas diversas podem estar vinculadas ao desenvolvimento de uma
mesma capacidade, tem diante de si maiores possibilidades de atender à diversidade de seus
alunos.
A metodologia deve ser vista como um meio pelo qual os educandos desenvolvam as
capacidades que lhes permitam produzir e usufruir dos bens culturais, sociais e econômicos.
É preciso analisar os métodos referentes a procedimentos não do ponto de vista de
uma aprendizagem mecânica, mas a partir do propósito fundamental da educação, que é fazer
com que os alunos construam instrumentos para analisar, por si mesmos , os
resultados que obtêm e os processos que colocam em ação para atingir as metas a que se
propõem.
54
Faz-se necessário criar espaço para o educando pensar , discutir, analisar, argumentar
e formular questões, estimular o interesse pela investigação, experimentação que lhe permitirá
reconstruir suas idéias e assim ampliar sua compreensão de mundo para além do seu saber
cotidiano.
Os conteúdos serão trabalhados por meio de diferentes atividades, nas quais os alunos
passam por processos variados: observação, experimentação, comparação, elaboração de
hipóteses e suposições, debate oral sobre hipóteses, estabelecimento de relações entre fatos ou
fenômenos e idéias, leitura e escrita de textos informativos, elaborações em fontes variadas,
elaboração de questões para debate, organização de informações por meio de desenhos,
tabelas gráficas, esquemas e textos, confronto entre suposições e entre elas e os dados obtidos
por investigação e experimentação, a elaboração de perguntas e problemas, a proposição para
a solução dos mesmos, relatório de filmes e de apresentações de palestras.
Dessa forma o professor faz com que o aluno desenvolva posturas e valores
envolvendo aspectos da vida social, da cultura do sistema produtivo e das relações entre o ser
humano e a natureza. A valorização da vida em sua diversidade, a responsabilidade em
relação à saúde e ao meio ambiente, bem como posicionar-se crítica e construtivamente diante
de diferentes questões, atuando como cidadão consciente de seu papel dentro da sociedade.
G) AVALIAÇÃO
A concepção de avaliação deve ir além da visão tradicional que focaliza o controle
externo do aluno mediante notas ou conceitos, para ser compreendido como parte integrante e
intrínseca ao processo educacional.
A avaliação, ao não se restringir ao julgamento sobre sucessos ou fracassos do aluno,
tem a função de orientar a intervenção pedagógica. Acontece contínua e sistematicamente por
meio da interpretação qualitativa do conhecimento construído pelo aluno. Possibilita conhecer
o quanto ele se aproxima ou não da expectativa de aprendizagem que o professor tem em
determinados momentos da escolaridade, em função da atividade realizada.
A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão contínua para sua
prática, a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de conteúdos. Para o aluno,
é o instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades
para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. Para a escola, possibilita definir
prioridade e localizar quais aspectos das ações educacionais demandam maior apoio.
55
Os critérios de avaliação apontam as experiências educativas a que os alunos devem
ter acesso e são considerados essenciais para seu desenvolvimento e socialização e servir para
encaminhar a programação e as atividades de ensino e aprendizagem.
Critérios de avaliação:
• Pretende-se avaliar se o aluno, utilizando os dados de observação, reconhece que todo
ambiente é composto seres bióticos e abióticos. Se ele é capaz de identificar
características dos seres que permitem sua sobrevivência.
• Constatar a capacidade do educando de identificar e registrar seqüências de eventos
em um experimento ou em outras atividades, assim como se o aluno relaciona os
hábitos e as características do corpo humano a cada fase do desenvolvimento e
identificando as transformações ao longo desse desenvolvimento.
• Compreender o funcionamento da cadeia alimentar com relação à dependência
alimentar entre animais e vegetais.
• Comparar os cinco reinos da natureza.
• Perceber a disposição dos órgãos e aparelhos estudados e suas funções.
• Reconhecer a importância do sexo seguro para evitar DST e gravidez indesejável.
• Constatar como o saneamento básico se estrutura na sua região.
• Compreender que os microorganismos e fungos atuam como decompositores.
• Reconhecer e valorizar a importância dos conceitos físicos, químicos e biológicos no
seu cotidiano.
H) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHASSOT, A. A Ciência através dos tempos. São Paulo, Moderna, 1994.
CORRE, Geraldo José, O homem e a natureza. São Paulo, Martins Fontes, 1997.
SAVIANI, D. Escola e Democracia. Novo Manual do Unesco para o ensino das ciências I e
II. Lisboa, Editorial Estampa,1997.
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências para os
anos finais do Ensino Fundamental. Curitiba: Governo do Estado PR, 2008.
COSTA, Maria de I a Luz M. Vivendo Ciências/ - São Paulo: FTD,1999.
GOWDAK, Eduardo M. Coleção Ciências, novo pensar – São Paulo, FTD 2002.
15.1.3 - EDUCAÇÃO FÍSICA
56
A) FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS
A partir da busca do desenvolvimento integral do educando procurando formar o
cidadão crítico e consciente, pautados nos princípios da inclusão e da diversidade presente em
todas as faixas etárias do ensino, oferecendo ao aluno, através de uma diversidade de
experiências motoras, conhecimentos conceituais, técnicos e científicos da Educação Física, a
possibilidade de agir de forma consciente em relação às suas capacidades e limitações
explorando-as da melhor forma possível, ao mesmo tempo em que interage com a sociedade
que o cerca sem complexos nem frustrações, aprendendo como enfrentar todas as situações de
forma criativa; analisando criticamente todo o contexto que envolve as diversas modalidades
esportivas e atividades físicas, observando a relação das mesmas com o contexto social,
cultural e econômico que vive e vivenciando democraticamente as atividades de recreação e
lazer, as quais são seu direito como cidadão, o aluno poderá utilizar-se da Educação Física
Escolar como mais um instrumento do exercício de sua cidadania.
B) OBJETIVOS
• Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e construtivas com
os outros, reconhecendo e respeitando características físicas e de desempenho de si
próprio e dos outros, sem discriminar por características pessoais, físicas, sexuais ou
sociais;
• Repudiar qualquer espécie de violência, adotando atitudes de respeito mútuo, dignidade e
solidariedade nas práticas da cultura corporal de movimento;
• Conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar da pluralidade de manifestações de cultura
corporal do Brasil e do mundo, percebendo-as com recurso valioso para a integração entre
pessoas e entre diferentes grupos sociais e étnicos;
• Reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando hábitos saudáveis de
higiene, alimentação e atividades corporais, relacionando-os com os efeitos sobre a
própria saúde e de melhoria da saúde coletiva;
• Solucionar problemas de ordem corporal em diferentes contextos, regulando e dosando o
esforço em um nível compatível com as possibilidades, considerando que o
57
aperfeiçoamento e o desenvolvimento das competências corporais decorrem de
perseverança e regularidade e que devem ocorrer de modo saudável e equilibrado;
• Reconhecer condições de trabalho que comprometam os processos de crescimento e
desenvolvimento, não as aceitando para si nem para os outros, reivindicando condições de
vida dignas;
• Conhecer a diversidade de padrões de saúde, beleza e desempenho que existem nos
diferentes grupos sociais, compreendendo sua inserção dentro da cultura em que são
produzidos, analisando criticamente os padrões divulgados pela mídia e evitando o
consumismo e o preconceito;
• Conhecer, organizar e interferir no espaço de forma autônoma, bem como reivindicar
locais adequados para promover atividades corporais de lazer, reconhecendo-as como uma
necessidade do ser humano e um direito do cidadão, em busca de uma melhor qualidade
de vida.
C) OBJETO DE ESTUDO
O Corpo Humano
D) CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Esportes;
• Ginástica;
• Dança;
• Jogos e Brincadeiras;
• Lutas.
E) CONTEÚDOS
5ª Série
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
EsporteColetivosIndividuais
58
Jogos e Brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares Brincadeiras e cantigas de rodaJogos de tabuleiroJogos cooperativos
DançaDanças folclóricasDanças de ruaDanças criativas
GinásticaGinástica rítmicaGinástica circenseGinástica geral
LutasLutas de aproximaçãoCapoeira
6ª Série
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
EsporteColetivosIndividuais
Jogos e Brincadeiras
Jogos e brincadeiras popularesBrincadeiras e cantigas de rodaJogos de tabuleiroJogos cooperativos
Dança
Danças folclóricasDanças de ruaDanças criativasDanças circulares
GinásticaGinástica rítmicaGinástica circense Ginástica geral
LutasLutas de aproximaçãoCapoeira
7ª Série
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
EsporteColetivosRadicais
Jogos e Brincadeiras
Jogos e brincadeiras popularesJogos de tabuleiroJogos dramáticosJogos cooperativos
DançaDanças criativasDanças circulares
Ginástica Ginástica rítmicaGinástica circense
59
Ginástica gera
LutasLutas com instrumento mediadorCapoeira
8ª Série
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
EsporteColetivos Radicais
Jogos e BrincadeirasJogos de tabuleiroJogos dramáticosJogos cooperativos
DançaDanças criativasDanças circulares
GinásticaGinástica rítmicaGinástica geral
LutasLutas com instrumento mediadorCapoeira
F) METODOLOGIA
A metodologia a ser aplicada para o desenvolvimento das aulas no decorrer do ano
letivo contará com os recursos didáticos de pesquisas, análise de textos, debates, aulas
expositivas teóricas - práticas, utilização de multimeios e recursos alternativos, execução de
exercícios formativos e educativos com uma seqüência pedagógica
crescente, jogos pré - desportivos, competições, além de algumas atividades extracurriculares.
O trabalho será desenvolvido da forma mais prazerosa possível para que os alunos
possam estar motivados durante todo o ano letivo, sendo que, em contrapartida será exigido
dos mesmos a devida dedicação, cooperação e comprometimento para que as atividades
atinjam seus objetivos.
O aluno acompanhará todas as etapas de sua avaliação, conhecendo os motivos do
maior ou menor conceito diariamente, o que possibilitará ao mesmo identificar seus pontos
positivos e negativos, discutir criticamente os critérios de avaliação e melhorar seu
desempenho de forma consciente de acordo com os critérios de avaliação.
G) AVALIAÇÃO
A avaliação será diagnóstica, continuada e diária acompanhada por uma ficha de
60
avaliação.
Observando a evolução do aluno em relação à assimilação do conteúdo proposto para
a aula em questão, levando-se em consideração o estágio inicial de domínio do conteúdo até
um mínimo de aprendizagem e aplicação dos conteúdos, na teoria e na prática.
H) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SNYDERS, Georges. A alegria na Escola. Porto Alegre. Mahole, 1988
CARVALHO, Yara Maria de e Rubio, Kátia. Educação Física e Ciências Humanas. São
Paulo: Hucitec, 2001
KUNZ, Elenor, transformação didático – pedagógico do esporte. Ijuí. Uhijuí, 1994
MARCELINO, Nelson Carvalho. Lúdico, educação e educação física.Ijuí. Uiijuí, 1999.
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Educação Física para
os anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba: Governo do Estado
PR, 2008.
15.1.4 - ENSINO RELIGIOSO
A) FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS
Desde os primórdios da humanidade, a pessoa humana defronta-se com situações da
realidade vivida que lhe são verdadeiros desafios, situações limite: a morte, a doença, o
heroísmo, o amor, o nascimento, grandes opções (casamento, separação, profissão...)
Diante destas situações a pessoa se pergunta sobre o porquê delas, buscando o verdadeiro
sentido para a vida (para quê).
Por isso passa a indagar-se: de onde vim? Quem sou? O que acontece depois da morte? Por
que e para quê isso acontece comigo? O objeto do Ensino Religioso é o fenômeno religioso.
Assim há choque, tensão, angústia, conflito entre a realidade vivida (experiências pessoais,
vividas, consciente) e a realidade do inexplicável, que transcende o tempo, a consciência e o
mundo palpável.
Dependendo do tipo de tensão, as respostas se darão ao nível físico, social, psicológico,
afetivo ou em âmbito do imaginário. É neste campo da consciência, do imaginário, ponto de
61
tensão entre o Ser Humano é desafiado a buscar com maior profundidade o sentido da vida e
faz as experiências de infinito e de totalidade. E assim passa a viver a vida com intensidade e
desfrutá-la plenamente.
Por outro lado, a falta de sentido de vida, gera um sentimento de vazio e inutilidade que
pode acabar por se transformar em neurose.
Edgar Morin, em seu livro “O Enigma do Homem” exemplifica o irrompimento do
imaginário quando diz que: “...o homem das cavernas ao pintar os animais, não queria apenas
expressar arte, mas dava ao desenho (símbolo) um caráter de magia (proteção e sorte)”.
“O homem de Neanderthal, ao perguntar-se sobre a morte, explicava-a, não como perda,
mas como transformação e por isso enterrava os mortos. A morte era vista como crise e a
resposta é a ultrapassagem. Assim, a descoberta da transcendência vem garantir a
continuidade da vida e o medo da morte é solucionado pelos ritos, pela magia, pelos mitos”.
Há respostas e formulações que o ser humano faz, ao buscar o sentido da vida, que se
tornam mitos para responder ao irrespondível.
O mito surge para explicar e expressar uma realidade impossível de se explicitar por
categorias racionais. Por isso o mito se explica através do símbolo. O símbolo dispensa
explicações. Ele fala por si, remete a pessoa àquilo que é primordial, que é profundamente
essencial e necessário à identidade pessoal e coletiva que somos. Esses primordiais são os
caracteres primeiros (marcas, impressões, experiências), arcaicos e significativos, que estão
no inconsciente pessoal e coletivo, os quais chamam de arquétipos.
O símbolo remete ao ser humano além dos limites do tempo (histórico ou cronológico) e
do espaço.
Pelo símbolo o ser humano refaz a “viagem” ao ponto de origem de onde tudo saiu e
começou. Só a espécie humana é capaz de fazer esta “viagem”. Poderá fazer isso também no
nível do imaginário. O ponto de origem é a matriz onde os arquétipos, que se expressam em
mitos, emergem em sua forma compreensível – os símbolos.
Portanto a linguagem do imaginário é mítica, simbólica, de fé e pode se expressar por:
• Uma abertura pessoal ao transcendente, as quais chamam de religiosidade;
• Por gestos que suscitam a tentativa de dominar o inexplicável, colocando-o a
serviço próprio, caracterizando a magia;
• Gestos de adoração (ritos, festas, celebrações) dando origem à religião, que
reconhece a transcendência, o absoluto e é uma expressão comunitária;
62
Estas expressões estão intimamente ligadas à cultura. O ser humano fala do mundo
transcendente usando uma linguagem simbólico-cultural.
Hoje, num mundo secularizado em que vivemos muitas vezes o ser humano não
está engajado numa religião (comunidade de fé), mas ninguém consegue apagar dele, nem
ele próprio, a chama da busca da transcendência. É inerente ao ser humano o desejo de
ultrapassar seus limites, de experienciar o divino, o infinito, embora este desejo se
manifeste diferenciadamente em cada pessoa.
Se a escola tem o dever de promover uma educação total, isto é, da pessoa em todas as
suas dimensões (física, social, intelectual, ética, estética, afetiva e religiosa), o aspecto da
religiosidade não pode ser esquecido. Ele ajudará o educando a encontrar o sentido de vida
e compromissar-se com a sociedade visando melhorá-la, sem alienar-se.
Quanto ao termo religiosidade, aqui é encarado de forma distinta da que é entendido
por muitos. Não se trata de entrar pelo universo das práticas religiosas populares, onde se
misturam o místico e o misticismo, a fé e a crendice, a ciência e a superstição. Até cabem
no contexto da religiosidade essas expressões concretas, que por conta de preconceitos são
mal vistas por setores das religiões tradicionais.
“Não raro a religiosidade popular é manipulada para desmobilizar as consciências
prestes a se revoltarem contra o excesso de iniqüidade social. Desta forma ela funciona
como ópio e cai perfeitamente sob a crítica Marxista.”
No entanto, a religiosidade em pauta na proposta de trabalho na educação religiosa é
diferente. Trata-se de penetrar no núcleo mais profundo no mais recôndito do ser humano:
naquele específico, particular espaço onde arde a chama das
perguntas mais candentes, que dizem respeito à origem e ao sentido terminal do homem, da
história, do cosmos.
É nessa dimensão que o “homem lança, projeta externas suas redes simbólico-
religiosas, suas melodias sobre o universo inteiro, os confins do tempo e o confins do
espaço, na esperança de que céus e terras sejam portadores de seus valores.”
É a religiosidade que faz parte das estruturas básicas de nossa realidade, faz parte
mesmo da estrutura antropológica, psíquica e espiritual do homem e que por isso não pode
ser ignorada ou excluída da Educação formal. Nela “se articulam os grandes temas que
movem as consciências e as buscas humanas radicais: o sentido da vida, da dor, da
sobrevivência... o incondicionado e absolutamente importante da vida”. A religiosidade
tem a função de escorar, suscitar, animar e expressar esta experiência irredutível. Ela
63
transcende o espaço religioso e não pode ser usada para domesticar os oprimidos ou
legitimar a dominação dos poderosos, mas pode e deve ser um fator de libertação e
realização integral da pessoa humana.
“Ela é o espaço maior do encontro do homem com o mistério, com o Divino, com o
Sagrado”.
Com Rubem Alves perguntamos: “o que ocorre quando a secularização avança, o
utilitarismo se impõe e o sagrado se dissolve? Roubadas daquele centro sagrado que exigia
reverência dos indivíduos para com as normas da vida social, as pessoas perdem seus
pontos de orientação. Sobrevém a anomia. E a sociedade se estilhaça sob a crescente
pressão das forças centrífugas do individualismo”.
Quando valores tradicionais entram em colapso, a escola e a educação não podem
ignorar o peso dessa dimensão, desse universo simbólico “que proclama que toda realidade
é portadora de um sentido humano e invoca o cosmos inteiro para significar a validade da
existência humana”.
B) OBJETIVOS
- Compreensão da diversidade religiosa como expressão da cultura, uma vez que sagrado
compõe o universo cultural humano.
- Compreensão d análise das diferentes manifestações do sagrado.
- Compreensão dos conceitos básicos no campo religioso
C) OBJETO DE ESTUDO
O Sagrado
D) CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Paisagem Religiosa
64
• Universo Simbólico Religioso
• Textos Sagrados
E) CONTEÚDOS
5ª Série
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
Paisagem Religiosa
Universo Simbólico Religioso
Texto Sagrado
• Organizações Religiosas
• Lugares Sagrados
• Textos Sagrados: orais ou escritos
• Símbolos Religiosos
6ª Série
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
Paisagem Religiosa
Universo Simbólico Religioso
Texto Sagrado
• Temporalidade Sagrada
• Festas Religiosas
• Ritos
• Vida e Morte
F) METODOLOGIA
Trabalho com textos sobre a diversidade religiosa, com imagens, produção de
desenhos, composição pelos alunos expressando seu aprendizado.
Análise, palestras, depoimentos, pesquisas e dramatizações.
65
G) AVALIAÇÃO
A avaliação será contínua priorizando-se habilidades aos conteúdos como: raciocínio
lógico, análise, interpretação, pesquisas, produção, observações de disciplina e rendimento do
aluno.
H) REFERÊNCIAS BOBLIOGRÁFICAS
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso
para os anos finais do Ensino Fundamental. Curitiba: Governo do Estado PR, 2008.
PRIORE, Mary Del. Religião e Religiosidade no Brasil colonial. São Paulo, Ática, 1994
15.1.5 – GEOGRAFIA
A) FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS
Entendendo o espaço de vida dos homens como um produto histórico, construído pela
sociedade, cresce a importância do ensino de Geografia, na medida em que propicia ao
educando, futuro cidadão, o conhecimento crítico da realidade espacial e com isso, sua
participação consciente e responsável no processo social de produção do espaço geográfico.
Nesses termos, o ensino da Geografia, contribui diretamente para que os alunos
venham a ser agentes ativos da construção de espaço.
Concebendo a aprendizagem como um processo pessoal e intransferível, tem-se que
cada educando constrói o seu conhecimento, a partir de situações didáticas propostas pelo
professor, o responsável pelo ensino. Assim, conforme a afirmação de Paulo Freire de que
“aprender é (re) construir pela descoberta” o aluno vai progressivamente construindo o espaço
geográfico no plano de sua cognição, isto é, na esfera de seu conhecimento.
Dessa maneira, configura-se o objetivo maior do ensino da geografia, que conjuga o
plano de ação do educando: conhecer o espaço geográfico para melhor agir no processo de
sua construção.
66
Torna-se importante que os alunos possam perceber como atores na construção de
paisagens e lugares, resultado de múltiplas interações entre o trabalho social e a natureza, e
que estão plenos de significados simbólicos decorrentes da afetividade nascida com eles.
Vale destacar que uma das grandes contribuições dadas pelas novas correntes
fenomenológicas da Geografia foi a de buscar explicar e compreender o espaço geográfico,
não somente como produto de forças econômicas ou de formas de adaptações entre o homem
e a natureza, mas também dos fatores culturais.
Com essa proposta, os alunos estarão aprendendo uma Geografia que valoriza suas
experiências e a dos outros, e ao mesmo tempo estarão aprendendo a valorizar não apenas o
seu lugar, mas transcendendo a dimensão local na procura do mundo.
B) OBJETIVOS
- Recuperar questões relativas ao papel da natureza e a relação com o individuo dos grupos
sociais de forma geral, na construção do espaço;
- Utilizar diferentes escalas de tempo para situar e descrever transformações planetárias
(litosfera e biosfera), origem e evolução, crescimento de diferentes populações;
- Reconhecer fatores sócio-econômicos e ambientais que interferem nos padrões de saúde e
desenvolvimento das populações humanas por meio da interpretação ou análise de gráficos e
tabelas dos indicadores;
- Compreender que as melhorias nas condições a direitos políticos, os avanços tecnológicas e
as transformações sócio-culturais conquistados não são usufruídos por todos os seres
humanos e dentre as suas possibilidades, empenhar-se em democratizá-la;
- Valorizar o patrimônio sócio-cultural e respeitar a sócia-diversidade, reconhecendo-os como
direitos dos povos e individuais e elementos de fortalecimento da democracia;
-Utilizar a linguagem gráfica para obter informações e representar a especialidade dos
fenômenos geográficos;
- Compreender a espacialidade e temporalidade de fenômenos geográficos estudando em suas
dinâmicas e interações.
C) OBJETO DE ESTUDO
O Espaço Geográfico
67
D) CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Dimensão econômica do espaço geográfico;
• Dimensão política do espaço geográfico;
• Dimensão sócio ambiental do espaço geográfico;
• Dimensão demográfica e cultural do espaço geográfico.
E) CONTEÚDOS
5ª Série
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
Dimensão econômica do espaço geográfico;
Dimensão política do espaço geográfico;
Dimensão sócio ambiental do espaço geográfico;
Dimensão demográfica e cultural do espaço geográfico.
• Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.• Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.• A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.• A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico.• As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.• A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.• As diversas regionalizações do espaço geográfico.
6ª Série
68
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
Dimensão econômica do espaço geográfico;
Dimensão política do espaço geográfico;
Dimensão sócio ambiental do espaço geográfico;
Dimensão demográfica e cultural do espaço geográfico.
• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro. • A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.• As diversas regionalizações do espaçobrasileiro.• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.• Movimentos migratórios e suas motivações.• O espaço rural e a modernização da agricultura.• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.• A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico. • A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
7ª Série
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
Dimensão econômica do espaço geográfico;
Dimensão política do espaço geográfico;
Dimensão sócio ambiental do espaço geográfico;
• As diversas regionalizações do espaço geográfico. • A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano.• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.• O comércio em suas implicações socioespaciais.• A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações. • A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico. • As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.• O espaço rural e a modernização da
69
Dimensão demográfica e cultural do espaço geográfico.
agricultura. • A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.• Os movimentos migratórios e suas motivações. • As manifestações sociespaciais da diversidade cultural. • Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
8ª Série
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
Dimensão econômica do espaço geográfico;
Dimensão política do espaço geográfico;
Dimensão sócio ambiental do espaço geográfico;
Dimensão demográfica e cultural do espaço geográfico.
• As diversas regionalizações do espaço geográfico.• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.• A revolução tecnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.• O comércio mundial e as implicações socioespaciais.• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. • Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.• A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do espaço geográfico. • A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.• O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.
F) METODOLOGIA
70
Hoje o ensino da geografia é pensado fundamentalmente como uma tentativa de unir a
geografia crítica com o sócio-interacionismo, ou em outras palavras, como uma coleção de
conteúdos geográficos renovados e críticos, cuja preocupação pedagógica é levar o aluno a
construir os conceitos, e não meramente recebê-los prontos. Assim o aluno é incentivado a
refletir e discutir a se motivar com o estudo da dinâmica da sociedade e da natureza para o
homem com o estudo do espaço produzido pela humanidade.
A Geografia crítica escolar, por sua vez, vê o aluno como um ser humano que possui
diferentes potencialidades a serem desenvolvidos de acordo com a sua realidade (etária,
psicogenética, social e espacial).
Ser cidadão pleno supõe um conhecimento do meio em que vive, e o estudo do espaço
geográfico não deve ter uma finalidade meramente acadêmica ou escolar. Deve isto assim,
encontrar utilidade na vida prática, na reflexão sobre o mundo para nele se viver melhor,
promovendo, inclusive, sua transformação.
Outro importante pressuposto teórico-metodológico é elaborar uma geografia escolar
apropriada para o momento atual e suas indagações (globalização, nova problemática
ambiental, maior valorização do conhecimento e da força de trabalho qualificada com a
correlata desvalorização das matérias e da força de trabalho barata, redefinições do papel da
escola e consequentemente, do ensino de geografia etc).
É importante a percepção do papel social da escola e do ensino da geografia diante da
realidade mutável do espaço, das perspectivas para o século XXI, pois, praticamente já iniciou
o futuro do aluno como cidadão num mundo globalizado, onde o fundamental não é mais
saber ter preparado técnico (como a época do fordismo) ou ser mais um militante acrítico que
somente repete dogmas (como a outra vertente da dipolaridade, a “esquerda” tradicional). O
essencial é aprender a aprender, aprender a pensar por conta própria e agir.
Para que tudo isso ocorra o ensino da geografia deve partir da observação e a
caracterização dos elementos presentes na passagem. Este é o ponto de partida para uma
compreensão mais ampla das relações entre sociedade e natureza.
Observar, descrever, representar cartograficamente ou por imagem, os espaços, são
procedimentos que poderão ser utilizados mesmo que o aluno o faça com pouca autonomia,
requisitando a orientação do professor, com o decorre r do tempo irá adquirindo a autonomia
necessária para aprofundar seus conhecimentos, elaborar questões, confrontar suas opiniões,
ouvir os outros e se posicionar diante do grupo sobre suas experiências.
O trabalho com a construção da linguagem gráfica pode ser realizada considerando-se
os referenciais que os alunos já utilizavam para se localizar e orientar no espaço.
71
É fundamental o estudo de diferentes tipos de mapas, atlas, globo terrestre, atualizados
e em situações em que os alunos possam interagir com estes recursos.
O estudo do meio, o trabalho com imagens e a representação dos lugares próximos e
distantes são recursos didáticos interessantes, por meio das quais os alunos poderão construir
e reconstruir as percepções da imagem local e global.
A geografia, ao trabalhar com recortes temporais e espaciais, interpreta as múltiplas
relações entre a sociedade e a natureza de um determinado lugar.
G) AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser planejada, assim, relativamente aos conhecimentos que serão
recontextualizados e utilizados em estudos posteriores, no ensino médio e principalmente na
vida prática.
A avaliação esta inserida dentro do processo de ensino-aprendizagem deve ser
entendida como mais uma das formas utilizadas pelos professores para avaliar a sua
metodologia e o nível de compreensão dos conteúdos específicos tratados durante um
determinado período.
Nas avaliações tradicionais, que exigem dos alunos apenas a memorização dos
conteúdos abordados, o professor consegue apenas classificar os alunos que possuem maior
facilidade para decorar nomes ou descrever determinados assuntos. Ao propormos avaliar
uma turma de alunos, despertamos neles certo receio, todos saberão que serão avaliados de
uma maneira padronizada, ou seja, que desconsiderará a individualidade de cada aluno.
Diante disso, devem-se evitar avaliações que contemplem apenas uma das formas de
comunicação dos alunos, ou seja, apenas a escrita ou a interpretação de textos, porém não
podemos abandonar totalmente esta prática, pois o nosso aluno encontrará esse tipo de
situação na sociedade capitalista na qual ele está inserido.
Assim, esta diretriz propõe que o processo de avaliação esteja articulado com os
conteúdos estruturantes, os conceitos geográficos, o objetivo de estudo, as categorias espaço-
tempo, a relação sociedade-natureza e as relações de poder, contemplando escala local e
global e vice-versa. Que essa avaliação seja diagnóstica e continuada, e que contemplem
diferentes práticas pedagógicas, tais como: leitura, interpretação e produção de textos
geográficos; leitura e interpretação de fatos, imagens e principalmente diferentes tipos de
mapas; pesquisas bibliográficas, aulas de campo entre outros, cuja uma das finalidades seja a
apresentação de seminários; leitura e
72
interpretação de diferentes tabelas e gráficos; relatório de experiências práticas de aulas de
campo ou laboratório; construção de maquetes; produção de mapas mentais, entre outros.
Destaca-se ainda, que a proposta avaliativa deve estar bem clara para os alunos, ou
seja, que saibam como avaliados em cada atividade proposta. A avaliação deve ser um
processo não-linear de construção e reconstruções, assentado na interação e na relação
dialógica que acontece entre os sujeitos do processo-professor e aluno.
H) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, M. C. de geografia Ciência da Sociedade. São Paulo: Atlas, 1987 -
CARLOS, A. F. A. (org) A geografia na sala de aula. São Paulo: contexto, 1999
CAVALCANTE, L. de S. Geografia escolar e construção do conhecimento. Campinas:
Papirus,1999
CHRISTOFOLETTI, A. (org) Perspectivas da geografia . São Paulo: Difel, 1982
MORAES, A. C. R. de Pequena história crítica da geografia. São Paulo: Hucitec,1987.
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Geografia para os
anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba: Governo do Estado PR,
2008.
RAFESTIN, C. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática,1993.
SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro. Recorde, 2000.
SILVEIRA, M. L. Totalidade e fragmentação: O espaço global, o lugar e a gestão
metodológica, um exemplo argentino. IN: SANTOS, M. e outros (org) Fim de século e
globalização. São Paulo: Hucitec – Anpur,1993.
SPÓSITO, M. E. B. Parâmetros curriculares nacionais para o ensino de geografia: pontos e
contrapontos para uma análise. IN. CARLOS, A. N. F. e OLIVEIRA, A.V. Reformas no
mundo da educação: parâmetros curriculares e geografia. São Paulo: contexto, 1999.
15.1.6 - HISTÓRIA
A) FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS
Considerando-se a história como um produto da prática concreta do homem não
podemos nos ater simplesmente no estudo das sociedades enquanto causas e conseqüências ao
73
longo do tempo cronológico e sim estudá-lo em seu movimento contínuo, dinâmico, total, e
plural, concebendo-a em constante transformação.
A transmissão dos conteúdos de história não deve, portanto, ser baseada na mera
exposição desses conteúdos, lições e exercícios de fixação, pois conhecer implica num
movimento recíproco entre sujeito e objeto de estudo. Desse modo o aluno deve se
conscientizar de seu próprio processo de aquisição do conhecimento aprendendo o caminho
que devera percorrer para chegar à compreensão do que esta sendo estudado.
O aluno deve ser motivado a desenvolver e expressar seus pensamentos, adquirindo
capacidade de transcender os referenciais usados na divisão do tempo histórico que
consideram apenas as marcas do poder e da dominação.
Deve-se privilegiar a participação dos alunos, desenvolvendo-se um diálogo entre os
conhecimentos adquiridos pelos mesmos de modo informal e os saberes escolares, uma vez
que eles participam de vários espaços de convívio social, onde estabelecem contextos de
socialização, produzindo e reproduzindo uma serie de regras, valores, hábitos e costumes.
É fundamental desenvolver o interesse pelas várias formas de acesso ao conhecimento
histórico, diferentes fontes e linguagens: fotografia, vídeo, pintura, textos e documentos de
época. Cada uma exige do aluno habilidades de observação, identificação e compreensão,
além da própria linguagem, para estabelecer relação entre forma e conteúdo.
O trabalho com documentos deve ser priorizado, pois eles possibilitam a recuperação
de experiências de diversos sujeitos sociais que se expressam em várias linguagens. A criação
de projetos de trabalho que integrem as várias áreas do conhecimento e a problematização do
passado também deve ser priorizada.
A função do ensino de história deve superar os desafios de desenvolver o senso crítico,
rompendo com a valorização do saber enciclopédico, socializando a produção da ciência
histórica, passando da reprodução do conhecimento a compreensão das formas de como este
se produz, formando um homem político capaz de compreender a estrutura do mundo onde
ele se insere e nele intervir.
Os conhecimentos históricos tornam-se significativos quando contribuem para que os
alunos reflitam sobre suas vivências e suas inserções históricas. Por isso torna-se necessário
que aprendam a reconhecer costumes, valores e crenças em suas atitudes e hábitos cotidianos
e nas organizações da sociedade, a identificar os comportamentos, as visões de mundo, as
formas de trabalho, as formas de comunicação, as tecnologias em épocas datadas, e a
reconhecer que os sentidos e significados para os acontecimentos históricos e cotidianos estão
relacionados com a formação social e intelectual dos indivíduos e com as possibilidades e os
74
limites construídos na consciência de grupos e classes. E preciso dessa forma, extrair uma
resposta ativa do aluno, instigá-lo a desenvolver o saber, propiciando situações em que possa
emergir sua própria interpretação desses mesmos conteúdos. Dessa forma estará contribuindo
para a realização da finalidade do ensino de História que é ensinar o aluno a pensar
historicamente a formação da consciência histórica.
B) OBJETIVOS
- Localizar os momentos históricos em seu processo de sucessão e em sua
simultaneidade, e como duração;
- Identificar os diferentes ritmos de durações temporais, ou as várias temporalidades
(acontecimentos breves, conjunturais e estruturais);
- Estabelecer as relações entre permanências e transformações no processo histórico;
- Extrair informações atuais e de outros tempos;
- Comparar e redimensionar o presente em processos contínuos e nas relações que
mantém com o passado;
- Identificar momentos de ruptura ou de irreversibilidade no processo histórico.
C) OBJETO DE ESTUDO
A Experiência Humana no Tempo
D) CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Relações de Trabalho
• Relações de Poder
• Relações Culturais
E) CONTEÚDOS
5ª Série
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
75
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
A experiência humana no tempo.
Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.
As culturas locais e a cultura comum.
6ª Série
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
As relações de propriedade.
A constituição histórica do mundo docampo e do mundo da cidade.
A relações entre o campo e a cidade.
Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.
7ª Série
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
História das relações da humanidade com o trabalho.
O trabalho e a vida em sociedade.
O trabalho e as contradições da modernidade.
O trabalhadores e as conquistas de direito.
8ª Série
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
Relações de TrabalhoA constituição das instituições sociais.
76
Relações de Poder
Relações Culturais
A formação do Estado.
Sujeitos, Guerras e revoluções.
F) METODOLOGIA
Interpretação de Textos;
Trabalho de leitura explorando os vários significados de cada texto, buscando a
compreensão do conteúdo.
Produção de conhecimentos utilizados nos mais variados tipos de fontes.
Produção de narrativos;
Unindo elementos da leitura e da interpretação com o domínio da linguagem os alunos
produzirão explicações a partir de sua própria interpretação.
Interpretação de Mapas;
Desenvolvimento da capacidade de interpretar as informações históricas contidas nos
documentos através da leitura e análise.
Interpretação Iconográfica;
Observação e análise de documentos a fim de identificar e compreender o significado
das imagens. Levando-se em consideração que a iconografia em suas diversas técnicas e
suportes, é documento histórico de igual valor ao da documentação manuscrita ou impressa.
Vídeo;
Utilização de diferentes tipos de filmes (documentários, ficção e produção jornalística) com
análise do tempo, do espaço, e interpretações de termos conforme sua relação com os
assuntos estudados.
Literatura
A literatura, como qualquer outra fonte, é testemunho e documento de sua época. A literatura
de obras de ficção escrita em tempos diversos pode ser transformada em um instrumento
importante no aprendizado e na construção do saber históricas.
A ficção literária, assim como outras fontes, possibilita uma reconstituição de vários
elementos que interessam á historia, entre eles:
a) Os modos de vida, costumes e cotidiano das sociedades representadas;
b) Análise do papel das personagens e sua inserção social;
77
c) O contexto no qual a historia se passa: descrição dos ambientes, das relações
sociais, familiares e de poder dos preconceitos, da política, etc...
G) AVALIAÇÃO
A avaliação não está voltada apenas para aluno, mas também para o professor na sua
prática pedagógica, ou seja, avaliação de produção discente, da prática docente e auto-
avaliação discente e docente.
Para se optar entre os procedimentos de avaliação, deve-se considerar:
- os conteúdos
- os processos mentais
- os critérios de avaliação;
De acordo com a natureza da disciplina, pode utilizar de diferentes técnicas:
- provas orais, práticas (teatro), discursivas, objetivas;
- entrevistas, questionários;
- pesquisa;
- seminários;
- auto-avaliação.
Na avaliação enfatiza-se a totalidade do homem, superando através de estímulo à
participação, a cientificidade, envolvendo projetos interdisciplinares.
Coletando-se os resultados obtidos, o professor poderá reformular o projeto pedagógico
elaborado, oportunizando ao aluno conhecimentos relevantes para a solução de problemas,
oferecendo condições para o mesmo ser criativo e livre, além de capaz em suas iniciativas, a
responsável por suas ações.
H) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MOCELLIN, Renato. Para compreender a História ( coleção didática). São Paulo: Ed. Do
Brasil, 2001
SCHMIDT, Maria Auxiliadora M.S, Trindade, Judite Maria Barboza. Formação da sociedade
Brasileira. Curitiba: Ed. Da UFPR, 1992
MONTELLATO, Andréa Rodrigues Dias. História temática: tempos e culturas, 5ª série. São
Paulo: Scipione, 2002.
78
MATTOSO, Kátia de Queirós. Ser escravo no Brasil> São Paulo: Brasiliense, 1988
SCHMIDT, Maria, Nova História Crítica. São Paulo Nova Geração, 1999.
PRIORE, Mary Del. Religião e religiosidade no Brasil Colonial. São Paulo: Ática, 1994.
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de História para os anos
finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba: Governo do Estado PR, 2008.
15.1.7 - LÍNGUA PORTUGUESA
A) FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS
Vivemos numa sociedade onde a Informação é global (Internet, telejornais,
supermercado, etc.). A formação da escola é totalmente contrária se comparada com a
realidade, sendo que os alunos saem com informações compartimentalizadas sem
compreensão nenhuma dos conteúdos vistos na escola e na relação com o mundo.
A Língua Portuguesa atual no Ensino Fundamental não prepara o aluno para
compreender e ser crítico na vivência de seu mundo, sem uma visão ampla, científica
e compreensiva da realidade. O mercado de trabalho exige hoje em dia, um
profissional criativo, crítico, e que utilize a Interpretação do código da língua para vencer
obstáculos, e também que se forme um cidadão que possa interagir com o sistema, tornando-o
capaz de pensar e tomar decisões em sua vida pessoal e profissional.
Por sua importância, como objeto de estudo da disciplina a “língua”, ocupa lugar de
destaque com seus processos de construção de valores, culturas e validação de conceitos,
argumentações e os procedimentos de generalizar, relacionar e interpretar o mundo que nos
rodeia, permitindo relações e interpretações das informações gerais do planeta. Já a
manifestação artística pelas emoções e aflições do homem fica a encargo da literatura.
O desenvolvimento do código da Língua Portuguesa, não deve ser preocupação
exclusiva do professor desta disciplina, mas de todas que fazem parte das "Ciências Humanas
e Exatas", preferencialmente de forma gradativa, permitindo que os alunos ultrapassem cada
obstáculo, existente, no processo ensino-aprendizagem, evitando a memorização
indiscriminada de regras e normas gramaticais, de forma prejudicial ao aprendizado. A
pertinente presença da Língua Portuguesa é essencial e primordial ao
desenvolvimento do conhecimento interpretativo e, é claramente expresso nos objetivos
educacionais da nova lei.
79
O domínio da mesma deve ser entendido como um meio, um instrumento para
compreensão do mundo, podendo ser prático, mas permitindo ultrapassar o interesse imediato,
dando também condições ao indivíduo para transcender sua individualidade. A literatura vem
fazer o elo como língua portuguesa, servindo como um dos instrumentos que possibilita maior
extensão desta compreensão de mundo, pois os conhecimentos das obras literárias
representam algo mais que estudar ou reconhecer os escritores da época, bem como aprender
a reconhecer as características que identificam um texto como literário do não literário. Outro
passo a ser dado é a introdução do conceito de “estilo” de época, base para definição das
diferentes escolas literárias, ou seja, levar o aluno a estas questões pertinentes das escolas e
estilos literários, de modo a demonstrar forte relação entre o contexto histórico e o
desenvolvimento de um novo padrão estético.
Conciliar o ensino dos conceitos tradicionais com questões atuais prepara o aluno para
atuar como usuário e agente aperfeiçoador da Língua Portuguesa, levando-o ao exercício
pleno de sua cidadania.
Sob tais parâmetros a prática de ensino da Língua Portuguesa que permeia o Col. Est.
Professora Maria Gai Grendel, busca a simetria entre a realidade da comunidade escolar e as
necessidades salientadas por esta, uma vez que, a mesma encontra-se concatenada a uma
população com grande incidência de problemas sócio-econômicos. Essa realidade vem
prescrever a exigência dos alunos agregarem-se a atividade trabalhistas, muitas vezes,
optando por um horário de estudo acessível a tais funções. Isto torna ainda mais importante à
ocorrência de uma prática de ensino que corresponda aos anseios da clientela, cuja mesma,
deve fundamentar-se na formação do cidadão apto e capaz de executar ações que promovam o
bem comum.
B) OBJETIVOS
OBJETIVOS A SEREMALCANÇADAS EM LÍNGUA PORTUGUESA
• Possibilitar o desenvolvimento da capacidade de comunicação;• Considerar a Língua Portuguesa e literatura, como fonte de legitimação de
acordos e condutas sociais e com representação simbólica de experiências humanas manifestas nas formas de sentir, pensar e agir na vida social.
• Analisar os recursos expressivos da linguagem verbal, relacionando Textos e contextos mediante a natureza, função, organização, estrutura, de acordo com condições de produção/recepção (intenção, época, local, interlocutores da criação e propagação de idéias e escolhas).
• Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes manifestações da
80
linguagem verbal.• Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna, geradora de
significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade.• Compreender e utilizar as ciências como elemento de interpretação e
Intervenção, e a tecnologia como conhecimento sistemático de sentido prático;• Promover modelos explicativos para sistemas tecnológicos e naturais;
CONTEÚDOS A SEREMOBJETIVADOS EM LÍNGUA PORTUGUESA
• Ler e interpretar textos de interesses científico, tecnológico e literários;• Interpretar e utilizar diferentes formas de representação (tabelas, gráficos, expressões,
ícones, líricos, épicos, narrativos, abramaticos);Exprimir-se oralmente com coesão e clareza, usando a terminologia correta;Produzir textos adequados para relatar experiências, formular dúvidas ou
Apresentar conclusões;• Utilizar as tecnologias básicas adaptando-as ao contexto da sua escrita;• Formular questões a partir de situações reais e compreender aquelas já
Enunciadas;• Descobrir e sistematizar informações relevantes para a compreensão de
Situações-problema;• Articular o conhecimento científico, tecnológico e literário numa perspectiva
Interdisciplinar;• Utilizar elementos e conhecimentos para diagnosticar e equacionar questões
Sociais, ambientais, etc.;• Reconhecer o sentido histórico e prático da língua portuguesa e literatura, percebendo
seu papel na vida humana e em diferentes épocas e na capacidade humana de transformar o meio e as comunicações.
C) OBJETO DE ESTUDO
A Língua
D) CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O Discurso como Prática Social
Leitura
Escrita
Oralidade
E) CONTEÚDOS
5ª SÉRIE
81
a) LEITURA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Léxico;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
b) ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Argumentatividade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Divisão do texto em parágrafos;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Processo de formação de palavras;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
c) ORALIDADE
Tema do texto;
Finalidade;
Argumentatividade;
82
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
6ª SÉRIE
a) LEITURA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Aceitabilidade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Informações explícitas e implícitas;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Repetição proposital de palavras;
Léxico;
Ambiguidade;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
b) ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
83
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Processo de formação de palavras;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
c) ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Semântica.
7ª SÉRIE
a) LEITURA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
84
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação,
• recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
b) ESCRITA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
• Concordância verbal e nominal; • Papel sintático e estilístico dos pronomes na
organização, retomadas e sequenciação do texto;
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- significado das palavras;
- sentido conotativo e denotativo;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
c) ORALIDADE
• Conteúdo temático;
85
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
8ª SÉRIE
a) LEITURA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade Intencionalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Discurso ideológico presente no texto;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectivas do texto;
Progressão referencial no texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
Semântica:
86
- operadores argumentativos;
- polissemia;
- sentido conotativo e denotativo;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
b) ESCRITA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial no texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;
• Sintaxe de concordância;
• Sintaxe de regência;
• Processo de formação de palavras;
• Vícios de linguagem;
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- modalizadores;
- polissemia.
c) ORALIDADE
• Conteúdo temático ;
• Finalidade;
87
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;
• Semântica;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
F) METODOLOGIA
Optamos pela metodologia que melhor se adapte às reais necessidades do estudo da
língua e sua gramática, entendida como um conhecimento efetivo das regras da língua, usadas
na linguagem falada e/ou escrita, dentro de uma perspectiva textual, contextualizada,
delineada por uma análise lingüística dialética do processo de construção sócio-histórico da
língua.
Entendendo o homem como um ser ativo e de relações, a língua portuguesa, como tal,
baseia-se nas relações interpessoais e, por isso, precisa ser compreendida
numa metodologia de ensino que passe pelo critério de atendimento às necessidades
diagnosticadas, no ato da aprendizagem da língua, de um determinado indivíduo, esteja ele
inserido em uma classe (ou série), dentro de um planejamento escolar, de acordo com as
expectativas sociais existentes.
Logo, o ensino da língua, abordado na metodologia dialética, traz em seu bojo a
mobilização para o saber (despertar), a construção do conhecimento (confronto, representação
mental do estudo) e a elaboração da síntese desse conhecimento, implicando no ensino
exigente, no qual há a predominância da inteligência e a redução da memorização. Assim,
incluímos o aspecto desafiador, provocador do ato de ensinar, pelo qual o conhecimento
precisa ser vinculado a alguma finalidade, oferecendo ao aluno oportunidades nas quais ele
possa desenvolver a responsabilidade pela construção autônoma do conhecimento. Tal postura
metodológica leva a conhecer a gramática internalizada, isso é, o aluno passa a conhecer as
88
próprias regras, pensar sobre elas e as constituídas por outros meios (literário, jornalístico,
científico...) como também a descrevê-las junto ao grupo e conhecer outras formas de análise
lingüística, inclusive o "tradicional". Nesta prática, induz-se o aluno a assumir-se como
sujeito pensante, analítico, crítico, criativo.
O caminho, nesta perspectiva, é a análise do uso efetivo da língua e da literatura.
Apenas a transmissão do conhecimento não resolverá questão da aprendizagem e
principalmente o aluno não conquistará sua prática individual de análise crítica dos fatos
histórico-sociais da humanidade. Deste modo, a prática metodológica desencadeia múltiplas
estratégias de ensino condizentes à concepção da língua, da sociedade e do homem que
abordamos. Entre elas, destacamos a prática da escrita, as produções orais e leitura de textos
escritos; fundamentada na interpretação de textos produzidos pelos próprios alunos; a
pesquisa científica; no manejo de atividades interativas a prática da dinâmicas de grupo no
estímulo à leitura prazerosa e a leitura de textos literários para mostrar tanto a caracterização
de uma época historicamente determinada como à visão particularizada do autor daquele texto
específico, etc.; a participação efetiva dos alunos e professores nos projetos desenvolvidos, e
outras tantas estratégias que o professor, integrando toda a estrutura escolar, criativamente
realiza na sua sala de aula.
Considerando a Língua Portuguesa e a literatura como fonte de legitimação de acordo
e condutas sociais e como representação simbólica de experiências humanas manifestas nas
formas de sentir, pensar e agir na vida social verá que, a linguagem verbal representa a
experiência do ser humano na vida social e que esta, não é uniforme. A língua portuguesa
carrega consigo uma história de acumulação/redução de significados sociais e culturais, em
constante construção e modificação.
G) AVALIAÇÃO
Atualmente, cabe a cada um de nós o questionamento de seus próprios valores em
busca de diretrizes para uma nova educação, baseados no valor da vida humana.
Esta reflexão, que não deixa de ser uma avaliação dos procedimentos adotados até
hoje, leva-nos a uma mudança no enfoque do planejamento.
O planejamento assume também tamanha importância a ponto de se constituir como
objeto de teorização. Dentro dos conceitos convergentes, a importância do grupo, propiciará
uma melhor visão dos objetivos e conteúdos a serem desenvolvidos e um envolvimento
89
pessoal de cada um dos colaboradores, que discutem suas idéias antes do planejamento ser
fechado.
A vivência de um planejamento participativo aponta para dois riscos, a que está
sujeito: o risco da assessoria especializada agir em função da vivência pessoal, manipulando
os da maioria comunitária determinando o que, como, quando e porque, decidir e agir; o risco
da coordenação utilizar a comunicação para convencer a comunidade a aceitar seus projetos
pseudo-sociais, consultando-a apenas em aspectos secundários.
A avaliação não está voltada apenas para o aluno, mas também para o professor na sua
prática pedagógica, ou seja, avaliação de produção discente, da prática docente e auto-
avaliação discente e docente.
Para se optar entre os procedimentos de avaliação. Deve-se considerar:
- os conteúdos;
- os processos mentais;
- os critérios da avaliação;
De acordo com a natureza da disciplina, pode utilizar de diferentes técnicas:
- provas orais, práticas (teatro), discursivas, objetivas;
- entrevistas, questionário;
- pesquisa;
- seminários
- auto-avaliação
Na avaliação enfatiza-se a totalidade do homem, superando através de estímulo à
participação, a cientificidade, envolvendo projetos interdisciplinares.
Coletando-se os resultados obtidos, o professor poderá reformular o projeto
pedagógico elaborado, oportunizando ao aluno conhecimentos relevantes para a solução de
problemas, oferecendo condições para o mesmo ser criativo e livre, além de capaz em suas
iniciativas a responsável por suas ações.
H) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LUFT, Maria Helena: A palavra é sua. São Paulo. Ed. Scipione. 2005
NICOLACINFANTE: Palavra e Idéias. São Paulo. Ed. Scipione. 1995
FRASCOLLA, FER E PAES, Anna, Aracy S. E Naura S. Lendo e Interferindo. São Paulo.
SP. Ed. Moderna. 2001
90
GUSSO E FINAU, Angel Mari ChanosKi E Rossana Aparecida: Língua Portuguesa rumo ao
letramento. Curitiba. PR Base Editora e gerenciamento Pedagógico LTDA.
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa
para os anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba: Governo do
Estado PR, 2008.
15.1.8 - MATEMÁTICA
A) FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS
Em diferentes momentos históricos, a história da matemática oferece uma importante
contribuição ao processo ensino aprendizagem, mostrando a necessidade e preocupação de
diferentes culturas em estabelecer comparações entre os conceitos e processos matemáticos do
passado e do presente, criando condições para que o aluno desenvolva atitudes e valores mais
favoráveis diante do conhecimento. Gerando assim hábitos de investigação, proporcionando
confiança e desprendimento para analisar e enfrentar situações novas, uma visão ampla e
científica da realidade, a percepção da beleza e da harmonia, o desenvolvimento da
criatividade e de outras capacidades pessoais.
Dentro de um mundo globalizado o uso das tecnologias e a própria robótica
constituem um dos principais agentes de transformação da sociedade, mostrando que a escrita,
leitura, visão, audição, criação e aprendizagem são influenciados, cada vez mais pelos
recursos da informática. A disponibilidade de recursos modernos para produzir imagens
impõe a necessidade de atualização das imagens matemáticas, mostra a importância de
ensinar os alunos a fazer uso desses recursos.
Os jogos também são outras formas interessante de propor problemas, propiciar
soluções e contribuir para um trabalho de formação de atitudes, enfrentamento de desafios,
busca de soluções, desenvolvimento crítico e na criação de estratégias para alterar os
resultados não satisfatórios.
Todo esse processo é lento, trabalhoso, pois a busca de resolução de problemas de
diversos tipos exige do aluno uma busca regular onde os padrões matemáticos e a capacidade
de argumentação devem ser os elementos que fundamentarão o processo do conhecimento
matemático.
B) OBJETIVOS
91
Dentro do contexto da construção do conhecimento matemático a lógica é o que
permite a compreensão dos processos, possibilitando o desenvolvimento da capacidade de
argumentar e de fazer conjecturas e generalizações das situações problemas.
Para que o contexto matemático atinja sua finalidade é necessário que os objetivos
levem o aluno a:
• Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e
transformar o mundo a sua volta e perceber o caráter de jogo intelectual, característico
da matemática, como aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de
investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver problemas;
• Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos da
realidade, estabelecendo inter-relações entre eles, utilizando o conhecimento
matemático;
• Selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para interpretá-las e
avaliá-las criticamente;
• Resolver situações-problemas, sabendo validar estratégias e resultados,
desenvolvendo formas de raciocínio e processos, como intuição, indução, dedução,
analogia, estimativa, e utilizando conceitos e procedimentos matemáticos, bem como
instrumentos tecnológicos disponíveis;
• Comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e apresentar
resultados com precisão e argumentar sobre suas conjecturas, fazendo uso da
linguagem oral e estabelecendo relações entre ela e diferentes representações
matemáticas;
• Estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e entre
esses temas e conhecimento de outras áreas curriculares;
• Sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos
matemáticos, desenvolvendo a auto-estima e perseverança na busca de soluções;
• Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na
busca de soluções para problemas propostos, identificando aspectos consensuais ou
não na discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e
aprendendo com eles.
C) OBJETO DE ESTUDO
92
Educação Matemática
D) CONTEUDO ESTRUTURANTE
Números e Álgebra
Grandezas e Medidas
Geometria
Funções
Tratamento das Informações
E) CONTEUDOS BÁSICOS
5ª Série
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Sistemas de numeração• Números Naturais;• Múltiplos e divisores;• Potenciação e radiciação;• Números fracionários;• Números decimais.
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medidas de comprimento;• Medidas de massa;• Medidas de área;• Medidas de volume;• Medidas de tempo;• Medidas de ângulos;• Sistema monetário.
GEOMETRIAS• Geometria Plana;• Geometria Espacial.
TRATAMENTO DAINFORMAÇÃO
• Dados, tabelas e gráficos; • Porcentagem.
6ª Série
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA • Números Inteiros;• Números Racionais;• Equação e Inequação do 1º grau;• Razão e proporção;
93
• Regra de três simples.
GRANDEZAS E MEDIDASMedidas de temperatura;
• Medidas de ângulos.
GEOMETRIAS• Geometria Plana;• Geometria Espacial; • Geometrias não-euclidianas
TRATAMENTO DAINFORMAÇÃO
• Pesquisa Estatística;• Média Aritmética;• Moda e mediana;• Juros simples.
7ª Série
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Números Racionais e Irracionais; • Sistemas de Equações do 1º grau;• Potências;• Monômios e Polinômios;• Produtos Notáveis.
GRANDEZAS E MEDIDAS
• Medidas de comprimento• Medidas de área;• Medidas de volume;• Medidas de ângulos.
GEOMETRIAS
• Geometria Plana;• Geometria Espacial;• Geometria Analítica; • Geometrias não-euclidianas.
TRATAMENTO DAINFORMAÇÃO
• Gráfico e Informação;• População e amostra.
8ª Série
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Números Reais;• Propriedades dos radicais;• Equação do 2º grau;• Teorema de Pitágoras;• Equações Irracionais;• Equações Biquadradas;• Regra de Três Composta.
GRANDEZAS E MEDIDAS• Relações Métricas no Triângulo Retângulo;• Trigonometria no Triângulo Retângulo.
FUNÇÕES• Noção intuitiva de Função Afim.• Noção intuitiva de Função Quadrática.
GEOMETRIAS • Geometria Plana;
94
• Geometria Espacial;• Geometria Analítica;• Geometrias não-euclidianas.
TRATAMENTO DAINFORMAÇÃO
• Noções de Análise Combinatória; • Noções de Probabilidade;• Estatística;• Juros Compostos.
F) METODOLOGIA
Busca-se o desenvolvimento intelectual dos educandos, promovendo sua autonomia,
trabalhando a leitura e interpretação de textos matemáticos, ensinando-os a expressar-se
através da matemática, incentivando estratégias variadas de resolução de problemas,
habituando-os à procura dos porquês dos fatos matemáticos, estimulando a argumentação.
A realização dessas intenções depende, é claro, da atuação do professor , mas também
de estratégias de ensino adequadas. Por isso, estamos propondo aquelas que propiciam
descobertas e a troca permanente de idéias. Os aspectos apontados (autonomia de
pensamento, etc.) certamente contribuem para o enriquecimento promovido pelos conteúdos
selecionados e por seu tratamento, que mostram a presença e a utilidade da matemática em
diversas atividades humanas, sendo que os conteúdos estruturantes se articulam entre si e com
os específicos , com isso enriquecendo o processo pedagógico. No ensino fundamental, por
exemplo, ao trabalhar os conteúdos de geometria plana, vinculado ao conteúdo estruturante
geometrias, o professor pode buscar o conteúdo estruturante, números e álgebras, mais
precisamente no conteúdo específico equações, elementos para abordá-los.
Assim, os conteúdos específicos articulam-se entre si e os conteúdos estruturantes
transitam em outros conteúdos estruturantes, de modo que nenhum deles deve ser abordado
isoladamente.
a) Resolução de problemas:
Ao ter como prioridade a construção do conhecimento pelo fazer e pensar, o papel da
formulação e resolução de problemas é fundamental para auxiliar o aluno na apreensão dos
significados.
A resolução de problemas deve ter por meta:
• Fazer o aluno pensar;
95
• Desenvolver o raciocínio lógico do aluno;
• Ensinar o aluno a enfrentar situações novas;
• Levar o aluno a conhecer as primeiras aplicações da matemática.
• Tornar as aulas mais interessantes e motivadoras.
Com ênfase na formulação e resolução de problemas, será interessante que cada professor
inicie cada série com um exemplo de problema para ser analisado, e que esse seja de seu
cotidiano, pois assim fica mais claro e motivador sua análise.
Iniciando a abordagem do problema de maneira que o educando venha a compreender o
problema, colocando este para si mesmo fazendo algumas perguntas. Em seguida planejar
como resolver seu problema ou seja ele pensa nas maneiras que pode adotar para resolver e
qual a melhor estratégia:
Exemplo:
• Desenhar um diagramo;
• Estimar e checar,
• Fazer uma tabela, um gráfico;
• Escrever uma equação;
• Escrever uma sentença matemática e fazer os cálculos.
Assim ele elabora um plano perguntando para si mesmo, após fazer o planejamento,
ele precisará executar o plano e resolver o problema, posteriormente verificar se a resposta está
correta fazendo algumas perguntas para si mesmo, exemplo minha solução responde à pergunta
do problema? E finalmente escrever a resposta. Com isso os educandos poderão usar a
resolução de problemas para tomar decisões em muitas situações do cotidiano.
b) Modelagem Matemática:
A Modelagem matemática tem como pressuposto a problematização de
situações do cotidiano, colocando os educandos frente a problemas reais. Segundo Henry
Pollak (1987), em um estudo a respeito de “qual matemática a escola deveria prover aos
educandos para que fossem capazes de intervir matematicamente no mundo do trabalho”, listou
habilidades e destrezas que o indivíduo deveria ter ao final de um curso fundamental.
• Ser capaz de propor problemas com as operações adequadas.
96
• Conhecer técnicas diversas para propor e resolver problemas.
• Compreender as implicações matemáticas de um problema.
• Poder trabalhar em grupo(cooperativamente) sobre um problema.
• Ver a possibilidade de aplicar idéias matemáticas a problemas comuns e complexos.
• Estar preparado para enfrentar problemas abertos, já que a maioria dos problemas reais,
não estão bem formulados.
• Acreditar na utilidade e validade das matemáticas.
Com essas situações colocadas à frente suas características motivam e contribuem para que os
educandos possam tornar-se ativos, críticos e cooperativos dentro do meio social e cultural em
que vivem e assim resolver e elaborar expressões que posteriormente sirvam como suporte
para outras aplicações e teorias, sendo o ponto de partida situações motivadoras da realidade,
o ensino se desenvolve a partir dos modelos matemáticos que se apliquem à situação. A
modelagem matemática tem como objetivo interpretar e compreender os mais diversos
fenômenos do nosso cotidiano, devido ao poder que a modelagem proporciona pelas
aplicações dos conceitos matemáticos. Podemos descrever estes fenômenos, analisa-los e
interpreta-los com o propósito de gerar discussões reflexivas sobre tais fenômenos que cercam
nosso cotidiano.
c) Uso de Mídias Tecnológicas:
Em educação matemática o uso de mídias tecnológicas dinamizam os
conteúdos curriculares inovando as questões propostas no currículo enriquecendo as atividades
de ensino-aprendizagem, tornando esse processo muito mais dinâmico, prazeroso e eficaz. O
educando aprende a teoria visualizando através do uso da tecnologia, sendo usado à
calculadora, a internet, software, etc. Com esses recursos o educando tem atitudes positivas em
relação à matemática (gosto pela matemática, perseverança na busca de soluções e confiança
em sua capacidade de aprender a fazer matemática) vem através destes recursos, buscar a
construção, com compreensão, de conceitos, procedimentos e habilidades matemáticas sempre
na busca de relações, propriedades e regularidades com um espírito investigativo e uma
autonomia.Relacionar o conhecimento escolar com a vida e com o mundo, pois o aluno
interage com uma maior diversidade de recursos e materiais pedagógicos tem possibilidade de
fazer isso com mais eficácia estimula a curiosidade, a observação, a investigação e a troça de
experiências e vivências.
97
Toda essa tecnologia deve ser encarada como meio para uma aprendizagem significativa e não
como fim.
d) Etnomtemática:
Vivemos no momento o apogeu da ciência moderna, que é um sistema de
conhecimento que se originou na bacia do Mediterrâneo, há cerca de 3000 anos, e que se impôs
a todo o planeta. Essa rápida evolução é um período pequeno em toda a história da humanidade
e não há qualquer indicação que será permanente. Nessa evolução foi privilegiado o raciocínio
quantitativo, que pode ser considerado a essência da modernidade. Mais recentemente vemos
uma busca intensa de raciocínio qualitativo, particularmente através da inteligência artificial, o
que está em sintonia com a intensificação do interesse pelas etnomatemáticas, cujo caráter
qualitativo é fortemente predominante.
Estamos vivendo um momento próprio à efervescência intelectual da idade
média. Justifica-se, portanto, falar em um novo renascimento.
Etnomatemática é um dos indicadores desse novo renascimento. É importante
notar que a aceitação e incorporação de outras maneiras de analisar e explicar fatos e
fenômenos, como é o caso das etnomtemáticas, se dá sempre em paralelo com outras
manifestações da cultura. Não se faz etnomatemática sem a oportunidade de aprender o que
outros fazem. O principal na etnomatemática é justamente ter essa visão cultural da
humanidade como um todo, que resulta do intercâmbio de idéias entre indivíduos com
experiências as mais diversas. Na etnomatemática a contextualização e fundamental, as idéias
matemáticas, particularmente comparar, classificar, quantificar, explicar, generalizar e de
algum modo, avaliar, são formas de pensar presentes em toda a espécie humana.
e) História da Matemática:
A história da matemática constitui um dos capítulos mais interessantes do
conhecimento. Permite compreender a origem das idéias que deram forma à nossa cultura e
observar também os aspectos humanos do seu desenvolvimento: Envergar os homens que
criaram essas idéias e estudar as circunstâncias em que elas se desenvolveram.
A história é um valioso instrumento para o ensino/aprendizado da própria
matemática. Podemos entender porque cada conceito for introduzido nesta ciência e porque, no
fundo, ele sempre era algo natural no seu momento. Permite também estabelecer conexões com
98
a história, a filosofia, a geografia e várias outras manifestações da cultura. Conhecendo a
história da matemática percebemos que as teorias que hoje aparecem acabadas e elegantes
resultaram sempre de desafios que os matemáticos enfrentaram, que foram desenvolvidas com
grande esforço e, quase sempre numa ordem bem diferente daquela em que são apresentadas
após todo o processo de descoberta.
Dentro desse processo existem três formas de exposição da história da
matemática que são elas: linha da tempo, biografias dos grandes matemáticos e também a
apresentação da história da matemática organizada por tópicos. Esta construção deve ser
permanente entre educando e educador.
f) Investigação Matemática:
Com o propósito de deixar o ensino dos matemáticos mais dinâmicos e
compreensível para os alunos, previlegia-se uma abordagem que contemple o estudo de
questões ligadas ao mundo do trabalho e por meio da investigação matemática formando um
tripé: Ensino, Pesquisa e Extensão.
Os problemas sociais com desescolarização, desemprego ou subemprego, vem
se constituindo objeto de análise e pesquisa. Está evidenciado na sociedade que a falta de
Educação Básica tem sido considerado um fator de exclusão social, para tentar minimizar pelo
menos esse fosso, o da escolarização, que inviabiliza até mesmo a possibilidade das camadas
populares concorrerem a uma das poucas vagas existente no mercado de trabalho, considerando
que pelo excesso de mão de obra se exige cada vez mais qualificação do trabalhador. Com a
intenção de minimizar esse problema, propomos a execução de um projeto que inclua a
investigação matemática como uma abordagem metodológica, para o desencadeamento desse
projeto, necessitamos da: observação da realidade social, teorização, busca de hipóteses de
soluções. Nesta reflexão é que se coloca o desafio de despertar nos alunos de todos os níveis, o
desejo do aprender a aprender, um dos pilares da educação desse milênio. Segundo
Delors(1988) um relatório a UNESCO, a grande tendência desse século é a busca pela
formação continuada. Barbosa e Medeiros(2001) lembram que a educação na atualidade é
indispensável para melhorar a qualidade e competitividade nos setores produtivos, ampliar as
condições de empregabilidade do trabalhador e fortalecer a cidadania. Assim, investir em
estudo de metodologias e formas diferenciadas de promover a aprendizagem é estar
contribuindo para uma educação que possa promover maior participação dos indivíduos nas
soluções de problemas sociais via escolarização com processos mais compatíveis com as
99
exigências que se colocam na vida contemporânea. Percebe-se que tanto no currículo do Ensino
Fundamental como no Médio há conteúdos considerados básicos, que muitas vezes são
utilizados em situações do cotidiano e que ao serem abordados em sala de aula, os alunos
sentem dificuldades de aprendê-los, muitas vezes por não conseguirem estabelecer uma relação
direta desses com o cotidiano. É adequado que o professor seja capaz de propor aos alunos uma
diversidade de atividades de modo a atingir , além dos diversos objetivos curriculares, a
aprendizagem dos conteúdos matemáticos e também o desenvolvimento da capacidade de
aprender : Abrantes et. Al.(1999) ressalta que a sociedade atual exige-se capacidades de
formular e resolver problemas, de raciocinar criticamente, de modelar situações, de analisar
processos e resultados e também de usar metodologias diversificadas.
Para nos educadores tem sido um desafio lidar com universos absolutamente
distintos, porque existem concomitantes: globalização, mercado de trabalho, tecnologias
avançadas, progresso científico, convivendo com a desqualificação, desemprego, e tantos
outros problemas que não podem ser desconsiderados na nossa ação educativa.
G) AVALIAÇÃO
Os conceitos matemáticos estão baseados em blocos que permitem interpretar fatos e
dados e são generalizações úteis que permitem organizar a realidade, interpretá-la e predizê-
la.
Esses blocos estão organizados da seguinte forma;
• Números e álgebra – os números historicamente são assimilados pelo aluno
como instrumento para expressar a solução dos problemas que ele depara no
seu dia-a-dia. Dentro do processo de construção do conhecimento
matemático, o aluno perceberá a existência de diversos tipos de números e
seus significados, envolvendo operações para resolver situações-problemas.
O trabalho com as operações realizar-se-á na compreensão do significado e a
relação deste com cálculo e os diferentes tipos.
• Geometrias – o aluno desenvolve através dos conceitos geométricos a noção
espacial, que lhe permite compreender o mundo em que vive, contribuindo
assim na aprendizagem de números e medidas estimulando o aluno a observar
e perceber as semelhanças. Neste bloco
100
os permitimos as noções relativas à posição localização dentro de um lado
estabelecendo dessa forma coordenadas que permitam ao aluno estabelecer
conexões entre a matemática e outras áreas do conhecimento.
• Grandezas e medidas – dentro deste bloco busca-se mostrar que no dia-a-dia
do aluno que as grandezas e medidas estão nas atividades que realiza dentro
da sociedade em que está inserido, explorando a utilização de instrumentos
adequados, iniciando a discussão entre os algarismos duvidosos
(arredondamento) e algarismos significantes.
• Tratamento da informação – dentro deste bloco vamos estudar noções de
estatísticas e de probabilidade. A finalidade da estatística é fazer com que o
aluno compreenda e construa gráficos com dados coletados por ele e por
outra pessoa, demonstrando um meio de comunicação e relato de fatos do seu
dia-a-dia. A probabilidade é a compreensão de dados aleatórios que
possibilitam o resultado de um experimento ou um evento de situações-
problemas.
H) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABRANTES, P. Avaliação e educação matemática. Série reflexões em educação
matemática. Rio de Janeiro:MEM/USU/GEPEM, 1994.
ALEKSANDROV. A. D. et al. La matemática: su contenido, métodos y significado.
2. ed. Madrid: Alianza Editorial, 1976.
BARBOSA, J. C. Modelagem matemática e os professores: a questão da formação.
Bolema: Boletim de Educação Matemática, Rio Claro, n.15, p.5-23, 2001.
BARBOSA, R. M. Descobrindo a geometria fractal para sala de aula. 2 ed. Belo
Horizonte: Autentica, 2005.
BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma
nova estratégia. São Paulo: Contexto, 2006.
DANTE, L. R. Didática da Resolução de Problemas de Matemática. São Paulo:
Editora Ática, 2003.
D’AMBRÓSIO, U., BARROS, J. P. D. Computadores, escola e sociedade. São Paulo:
Scipione, 1988.
D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: arte ou técnica de explicar e conhecer. São
Paulo: Ática, 1998.
101
LOPES, A. C. Os parâmetros curriculares nacionais para o ensino médio e a submissão ao
mundo produtivo: o caso do conceito de contextualização.
Educação e Sociedade. Campinas, 2002 v. 23, n. 80, p. 11. (Disponível em: http:/
www.scielo.br (pdf). Acesso em: 05 de dez 2007.
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática para os
anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba: Governo do Estado PR,
2008.
15.1.9 - LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS
A) FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS
Como vivemos dentro um mundo globalizado a língua estrangeira acesso a
comunicação e mecanismos para uma prática discursiva de outras sociedades. Possui grande
valor educacional, posto que oferece ao aluno meios para criticar e avaliar discursos
construídos em outro contexto social e pensar criticamente o meio social em que vive.
É o procedimento para mostrar ao aluno os conhecimentos diversos estabelecendo
eixos entre diversas árias, tendo como base a interdisciplinaridade, sendo a linguagem uma
prática social e significativa, a língua estrangeira relaciona as pessoas em seus contextos
culturais e históricos, mostrando as diferenças culturais entre as sociedades. Deste modo
podemos dizer que a língua estrangeira deve ser utilizada como meio de construção de uma
vida digna e uma sociedade justa.
Pelas diretrizes dos Parâmetros Curriculares Nacional, espera – se que o aluno ao final
do Ensino Fundamental seja capaz de:
1 saber identificar as línguas estrangeiras e perceber que vive num mundo
plurilíngüe, no qual alguns idiomas desempenham papel hegemônico em
determinado momento histórico;
2 ter uma experiência de se expressar e ver o mundo, ampliando a compreensão
do próprio papel como cidadão de seu país e do mundo;
3 reconhecer que a aquisição de uma ou mais línguas permite acessar bens
culturais da humanidade;
4 ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer;
102
5 utilizar outras habilidades comunicativas de modo a poder atuar em situações
diversas.
B) OBJETIVOS
Por ir ao encontro do principal objetivo da escola de ensino fundamental (de 5ª a 8ª
séries), que é a formação global do aluno, o ensino de língua estrangeira é de grande
importância, e é direito do aluno ter acesso a essa língua.
Dentre os objetivos do ensino de língua estrangeira, destacam-se os seguintes:
a língua estrangeira contribui para que o aluno conheça outros povos e suas culturas,
pois a língua é expressão da cultura de um povo.
a língua estrangeira ajuda o aluno a refletir sobre sua própria língua ao fazer
comparações entre elas, percebendo que cada língua possui um funcionamento
intrínseco.
a língua estrangeira auxilia o aluno a ampliar sua visão de mundo, tornando-o um ser
mais crítico e reflexivo.
C) OBJETO DE ESTUDO
A Língua
D) CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O Discurso como Prática Social.
Leitura, escrita e oralidade por meio da pratica: a análise linguística.
E) CONTEÚDOS
5ª Série
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOSPara o trabalho com as práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão
103
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
Leitura
Tema do texto;Interlocutor;Finalidade;Aceitabilidade do texto;Informatividade;Elementos composicionais do gênero;Léxico;Repetição proposital de palavras;Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
Escrita
Tema do texto;Interlocutor;Finalidade do texto;Informatividade;Elementos composicionais do gênero;Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;Acentuação gráfica;Ortografia;Concordância verbal/nominal.
Oralidade
Tema do texto; Finalidade;Papel do locutor e interlocutor;Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala;Variações linguísticas;Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
6ª Série
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOSPara o trabalho com as práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a
104
Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
Leitura
Tema do texto;Interlocutor;Finalidade do texto;Informatividade;Situacionalidade;Informações explícitas; Discurso direto e indireto;Elementos composicionais do gênero;Repetição proposital de palavras;Léxico;Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
Escrita
Tema do texto; Interlocutor;Finalidade do texto;Discurso direto e indireto;Elementos composicionais do gênero;Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;Acentuação gráfica;Ortografia;Concordância verbal/nominal.
Oralidade
Tema do texto; Finalidade;Papel do locutor e interlocutor;Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala;Variações linguísticas;Marcas lingüísticas, coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.
7ª Série
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOSPara o trabalho com as práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a
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Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
Leitura
Conteúdo temático;Interlocutor;Finalidade do texto;Aceitabilidade do texto;Informatividade;Situacionalidade;Intertextualidade;Vozes sociais presentes no texto;Elementos composicionais do gênero;Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem.Semântica:- operadores argumentativos;- ambiguidade;- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;-expressões que denotam ironia e humor no texto.Léxico.
Escrita
Conteúdo temático;Interlocutor;Finalidade do texto;Informatividade;Situacionalidade;Intertextualidade;Vozes sociais presentes no texto;Elementos composicionais do gênero;Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);Concordância verbal e nominal;Semântica:- operadores argumentativos;- ambiguidade;- significado das palavras;- figuras de linguagem;- sentido conotativo e denotativo;- expressões que denotam ironia e humor no texto.
Oralidade Conteúdo temático; Finalidade;Aceitabilidade do texto;Informatividade;Papel do locutor e interlocutor;Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas;Adequação do discurso ao gênero;
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Turnos de fala;Variações linguísticas Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;Elementos semânticos;Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
8ª Série
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOSPara o trabalho com as práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
Leitura
Tema do texto;Interlocutor;Finalidade do texto;Aceitabilidade do texto;Informatividade;Situacionalidade;Intertextualidade;Temporalidade;Discurso direto e indireto;Elementos composicionais do gênero;Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;Polissemia;Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de linguagem.Léxico.
Escrita Tema do texto; Interlocutor;Finalidade do texto;Aceitabilidade do texto;Informatividade;Situacionalidade;Intertextualidade;Temporalidade;
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Discurso direto e indireto;Elementos composicionais do gênero;Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;Polissemia;Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;Processo de formação de palavras;Acentuação gráfica;Ortografia;Concordância verbal/nominal.
Oralidade
Conteúdo temático; Finalidade;Aceitabilidade do texto;Informatividade;Papel do locutor e interlocutor;Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas;Adequação do discurso ao gênero;Turnos de fala;Variações linguísticas;Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Semântica;Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
F) METODOLOGIA
Conceber-se a aprendizagem de línguas estrangeiras de uma forma articulada, em
termos dos diferentes componentes da competência lingüística, implica, necessariamente,
outorgar importância às questões culturais. A aprendizagem passa a ser vista, então, como
fonte de ampliação dos horizontes culturais. Ao conhecer outra(s) cultura(s), outra(s) forma(s)
de encarar a realidade, os alunos passam a refletir, também, muito mais sobre a sua própria
cultura; ampliam a sua capacidade de analisar o seu entorno social com maior profundidade,
tendo melhores condições de estabelecer vínculos, semelhanças e contrastes entre sua forma
de ser, agir, pensar e sentir e a de outros povos, enriquecendo a sua formação.
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De idêntica maneira, tanto através da ampliação da competência sociolingüística
quanto da competência comunicativa, é possível ter acesso, de forma rápida, fácil e eficaz, a
informações bastante diversificadas. A tecnologia moderna propicia entrar em contato com os
mais variados pontos do mundo, assim como conhecer os fatos praticamente no mesmo
instante em que eles se produzem. A televisão a cabo e a internet são alguns exemplos de
como os avanços tecnológicos nos aproximam e nos integram do/no mundo. Entretanto, nem
sempre os indivíduos usufruem desses recursos. Isso se deve, muitas vezes, apenas a
deficiências comunicativas: sem conhecer uma língua estrangeira torna-se extremamente
difícil utilizar os modernos equipamentos de modo eficiente e produtivo. Daí ser importante,
também, a aprendizagem de idiomas estrangeiros: atualmente, para estar em consonância com
os avanços da ciência e com a informação, é preciso possuir os meios de aproximação
adequados e a competência comunicativa é imprescindível para tanto.
Em síntese: é preciso pensar-se o ensino e a aprendizagem das línguas estrangeiras
modernas em termos de competências abrangentes e não estáticas, uma vez que uma língua é
o veículo da comunicação de um povo por excelência e são através de sua forma de expressar-
se que esse povo transmite sua cultura, suas tradições, seus conhecimentos.
G) AVALIAÇÃO
Atualmente, cabe a cada um de nós o questionamento de seus próprios valores em
busca de diretrizes para uma nova educação, baseados no valor da vida humana.
Esta reflexão, que não deixa de ser uma avaliação dos procedimentos adotados até
hoje, leva-nos a uma mudança no enfoque do planejamento.
O planejamento assume também tamanha importância a ponto de se constituir como
objeto de teorização. Dentro dos conceitos convergentes, a importância do grupo, propiciará
uma melhor visão dos objetivos e conteúdos a serem desenvolvidos e um envolvimento
pessoal de cada um dos colaboradores, que discutem suas idéias antes do planejamento ser
fechado.
A vivência de um planejamento participativo aponta para dois riscos, a que está
sujeito: o risco da assessoria especializada agir em função da vivência pessoal, manipulando
os da maioria comunitária determinando o que, como, quando e porque, decidir e agir; o risco
da coordenação utilizar a comunicação para convencer a comunidade a aceitar seus projetos
pseudo-sociais, consultando-a apenas em aspectos secundários.
109
H) REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
MORNO, Eliete Canesi & FARIA, Rita Brugin de “Star up” 5º.Ed. Ática
LAPORTA, Edgar “Practical English.” Ed. Ibep.
AMOS, Eduardo & PRESCHER, Elisabeth. “ACE”. Ed. Longman.
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira
Moderna para os anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba:
Governo do Estado PR, 2008.
15.2 – ENSINO MÉDIO
15.2.1 - ARTE
A) FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS
As diretrizes enunciadas neste documento buscam contribuir no fortalecimento da
experiência sensível e inventiva dos estudantes, do exercício da cidadania e da ética
construtora de identidades artísticas. Esse fortalecimento se faz dando continuidade aos
conhecimentos de arte desenvolvidos na educação infantil e fundamental em música, artes
visuais, dança, teatro e ampliando saberes para outras manifestações como às artes
audiovisuais .
Observando a nossa história de ensino e aprendizagem de arte na Escola Média nota-se
certo descaso de muitos educadores e organizadores escolares
principalmente no que se refere à compreensão da arte como um conhecimento humano
sensível-cognitivo voltado para um fazer e apreciar artísticos e estéticos e para uma reflexão
sobre sua história e contextos na sociedade humana. Isso tem interferido na presença, com
qualidade, da disciplina Arte no mesmo patamar de igualdade com as demais disciplinas de
Educação Escolar e inserida no projeto coletivo da Escola Básica.
Ao compor a área Linguagens e Códigos, na Escola Média, a arte é considerada
particularmente pelos aspectos estéticos e comunicacionais. Por ser um conhecimento humano
articulado no âmbito sensível-cognitivo, por meio da arte manifestamos significados,
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sensibilidades, modos de criação e comunicação sobre o mundo da natureza e da cultura. Isso
tem ocorrido com os seres humanos ao longo da história da humanidade.
Uma das particularidades do conhecimento arte está no fato de que, nas produções
artísticas, um conjunto de idéias é elaborado de maneira sensível, imaginativa, estética por
seus produtores ou artistas. De diversos modos, esse conjunto sensorial de idéias aparece no
produto de arte enquanto está sendo feito e depois de pronto ao ser comunicado e apreciado
por outras pessoas. Esse conhecimento, essa sabedoria de expor sensibilidades e idéias
estéticas na obra de arte é aprendida pelo produtor de arte ao longo de suas relações
interpessoais, intergrupais e na diversidade sociocultural em que vive.
Emoções e pensamentos elaborados, sintetizados, expressos por pessoas produtoras de
arte, e tornadas presentes nos seus produtos artísticos, mobilizam, por sua vez,
sensorialidades e cognições de seus apreciadores (espectadores, fruidores, públicos)
considerados, portanto, participantes da produção da arte e de sua história. É nas
relações socioculturais - dentre elas as vividas na educação escolar - que praticamos e
aprendemos esses saberes.
Por meio de práticas sensíveis de produção e apreciação artísticas e de reflexões sobre
as mesmas nas aulas de Arte, os alunos podem desenvolver saberes que os levem a
compreender e envolver-se com decisões estéticas apropriando-se, nessa área, de saberes
culturais e contextualizados referentes ao conhecer e comunicar arte e seus códigos. Nas
aulas de Arte há diversos modos de aprender sobre as elaborações
estéticas presentes nos produtos artísticos de música, artes visuais, dança, teatro, artes
audiovisuais e sobre as possibilidades de apreciação desses produtos artísticos nas diferentes
linguagens.
Por isso, é fundamental que na disciplina Arte os alunos possam dar continuidade aos
conhecimentos práticos e teóricos sobre a arte aprendidos em níveis anteriores da Escola
Básica e em sua vida cotidiana. Com isso estarão ampliando os saberes sobre produção,
apreciação e história expressas em música, artes visuais, dança, teatro e também artes
audiovisuais. Podem ainda incluir práticas artísticas em suas diversas interfaces,
interconexões e usos de novas tecnologias de comunicação e informação.
É assim, desenvolvendo conhecimentos estéticos e artísticos dos alunos, que a
disciplina Arte comparece como parceira das disciplinas trabalhadas na área Linguagens e
Códigos e nas demais áreas de conhecimento presentes no Ensino Médio. Ao participar
com práticas e teorias de linguagens artísticas nas dinâmicas da área Linguagens e Códigos,
a disciplina Arte deve colaborar no desenvolvimento de projetos educacionais interligados de
111
modo significativo, articulando-se a conhecimentos culturais aprendidos pelos alunos em
Informática (Cibercultura), Educação Física (Cultura e Movimento Corporal), Língua
Portuguesa e Língua Estrangeira (Cultura Verbal, trabalhando inclusive as artes literárias).
Para a realização de tais projetos educacionais são desejáveis diversas parcerias
formadas entre os professores responsáveis pelas várias disciplinas. Sem perder a clareza das
especificidades de cada uma delas, é possível ousar contatos entre as suas diversas fronteiras
de conhecimento e entrelaçá-las quando a serviço do alargamento cultural dos alunos. Trata-
se de momentos de disciplinaridades ou de trânsitos entre fronteiras de conhecimentos,
objetivando uma educação transformadora e responsável, preocupada com a formação e
identidade do cidadão.
São muitos os modos de organizar o ensino e a aprendizagem na disciplina Arte e de
saber integrá-la na dinâmica das outras disciplinas trabalhadas na área Linguagens e Códigos
desde que os alunos possam, de diversas maneiras, conhecer melhor as práticas e teorias de
produção, apreciação, reflexão das culturas artísticas em suas interconexões e
contextualizações socioculturais.
O sentido cultural da arte vai se desvelando na medida em que os alunos do Ensino
Médio participam de processos de ensino e aprendizagem criativos que lhes possibilitem
continuar a praticar produções e apreciações artísticas, a experimentar o domínio e a
familiaridade com os códigos e expressão em linguagens de arte. Além disso, esse sentido
cultural se revela em processos de educação escolar de arte que favorecem aos estudantes a
reflexão e troca de idéias, de posicionamentos sobre as práticas artísticas e a contextualização
das mesmas no mundo regional, nacional e internacional.
Por isso, a concretização e apreciação de produtos artísticos pelos alunos requer
aprender a trabalhar combinações, reelaborações imaginativas - criativas, intuitivas,
estéticas- a partir de diversos elementos da experiência sensível da vida cotidiana e dos
saberes sobre a natureza, a cultura, a história e seus contextos. É na travessia dessas mútuas e
múltiplas influências entre reelaborações imaginativas de arte e experiências com as
realidades culturais em que vivem que os adolescentes, jovens e adultos do Ensino Médio
vão desvelando o sentido cultural da arte e de seu conhecimento para suas vidas.
No Ensino Médio, os alunos podem continuar a descobrir, de modo instigante, que a
arte manifesta uma variedade de histórias dos modos apreciativos, comunicacionais e,
também, das maneiras criativas e das estéticas presentes nos fazeres artísticos. As pessoas
em seus fazeres artísticos nas diversas linguagens e códigos interligam , pelo menos, os
seguintes aspectos:
112
� elaborações inventivas com materiais, técnicas e tecnologias disponíveis na sociedade
humana;
� percepções e elaborações de idéias, de representações imaginativas com significados
das e sobre as realidades da natureza e das culturas;
� expressões-sínteses de sentimentos, de emoções colhidas da experiência com
mundo sociocultural.
Os estudantes que freqüentam o Ensino Médio, ao desenvolverem fazeres artísticos por
meio das linguagens e códigos da música, artes visuais, dança, teatro, artes audiovisuais,
podem aprender a desvelar uma pluralidade de significados, de interferências culturais,
econômicas, políticas atuantes nessas manifestações culturais.
Aos poucos os alunos, através de pesquisas, observações, análises, críticas, podem
descobrir como vão sendo tecidas e transformadas as histórias:
� dos produtores de arte ou artistas;
� dos seus produtos ou obras de arte;
� dos difusores comunicacionais da produção artística;
� dos públicos apreciadores de arte no âmbito da multiculturalidade.
Além disso, é nesse âmbito do apreciar e fazer artísticos, do refletir sobre sua história
produzida e em produção, que os sentidos do processo de ensino e aprendizagem de
linguagens artísticas -articulando-se às linguagens das culturas verbais, corporais e
informatizadas, trabalhadas nas outras disciplinas da área Linguagens e Códigos - vão sendo
experimentados, praticados pelos alunos e professores que estão convivendo nas escolas.
Em suma, acreditamos que as práticas artísticas e estéticas em música, artes visuais,
dança, teatro, artes audiovisuais, além de possibilitarem articulações com as demais
linguagens da área Linguagens e Códigos, pode favorecer a formação da identidade e de
uma nova cidadania do jovem que se educa na escola de Ensino Médio, fecundando uma
consciência de uma sociedade multi-cultural e onde ele confronte seus valores, crenças e
conhecimentos culturais no mundo no qual está inserido.
B) OBJETIVOS
Realizar produções artísticas, individuais e/ou coletivas, nas linguagens da arte
(música, artes visuais, dança, teatro, artes audiovisuais).
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Apreciar produtos de arte, em suas várias linguagens, desenvolvendo tanto a fruição
quanto a análise estética.
Analisar, refletir e compreender os diferentes processos da Arte, com seus diferentes
instrumentos de ordem material e ideal, como manifestações socioculturais e históricas.
Conhecer, analisar, refletir e compreender critérios culturalmente construídos e
embasados em conhecimentos afins, de caráter filosófico, histórico, sociológico,
antropológico, semiótico, científico e tecnológico, entre outros.
Analisar, refletir, respeitar e preservar as diversas manifestações e Arte - em suas
múltiplas funções - utilizadas por diferentes grupos sociais e étnicos, interagindo com o
patrimônio nacional e internacional, que se deve conhecer e compreender em sua dimensão
sócio-histórica.
C) OBJETO DE ESTUDO
Arte como Fonte de Humanização
D) CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Elementos Formais;
• Composição;
• Movimentos e Períodos.
E) CONTEÚDOS
a) ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ELEMENTOS FORMAIS
AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
COMPOSIÇÃO RitmoMelodiaHarmonia
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EscalasModal, Tonal e fusão de ambos.Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop ...Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mistaImprovisação
MOVIMENTOS E PERÍODOS
Música Popular BrasileiraParanaensePopularIndústria CulturalEngajadaVanguardaOcidentalOrientalAfricanaLatino-Americana
b) ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ELEMENTOS FORMAIS
PontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
COMPOSIÇÃO BidimensionalTridimensionalFigura e fundoFigurativoAbstratoPerspectivaSemelhançasContrastesRitmo VisualSimetriaDeformaçãoEstilizaçãoTécnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e esculturas, arquitetura, história em quadrinhos...
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Gêneros: paisagem, natureza-morta, Cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa, da Mitologia...
MOVIMENTOS E PERÍODOS
Arte OcidentalArte OrientalArte AfricanaArte BrasileiraArte ParanaenseArte PopularArte de VanguardaIndústria CulturalArte ContemporâneaArte Latino-Americana
c) ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ELEMENTOS FORMAIS
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciaisAção Espaço
COMPOSIÇÃO
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-FórumRoteiroEncenação e leitura dramáticaGêneros: Tragédia, Comédia, Drama e ÉpicoDramaturgiaRepresentação nas mídiasCaracterizaçãoCenografia, sonoplastia, figurino e iluminação DireçãoProdução
MOVIMENTOS E PERÍODOS Teatro Greco-RomanoTeatro MedievalTeatro BrasileiroTeatro ParanaenseTeatro PopularIndústria CulturalTeatro EngajadoTeatro DialéticoTeatro EssencialTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro de VanguardaTeatro Renascentista
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Teatro Latino-AmericanoTeatro RealistaTeatro Simbolista
d) ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ELEMENTOS FORMAISMovimento CorporalTempoEspaço
COMPOSIÇÃO
KinesferaFluxoPesoEixoSalto e QuedaGiroRolamentoMovimentos articularesLento, rápido e moderadoAceleração e desaceleraçãoNíveisDeslocamentoDireçõesPlanosImprovisaçãoCoreografiaGêneros: Espetáculo, indústria cultural, étnica, folclórica, populares e salão
MOVIMENTOS E PERÍODOS
Pré-história Greco-RomanaMedievalRenascimentoDança ClássicaDança PopularBrasileiraParanaenseAfricanaIndígenaHip HopIndústria Cultural Dança ModernaVanguardasDança Contemporânea
F) METODOLOGIA
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Adolescentes, jovens e adultos, na Escola Média, podem desenvolver o conhecimentos
em arte, na medida em que praticam modos de fazer produtos artísticos (experimentando
elaborações inventivas - percepções e imaginações com significado sobre a cultura -
expressões sínteses de sentimentos) e maneiras de fazer apreciações e fruições em cada
linguagem da arte ou em várias possibilidades de articulação. Na medida em que tais fazeres
são acompanhados de reflexões, de trocas de idéias, de pesquisas, de contextualizações
históricas e socioculturais sobre essas práticas, transformam conhecimentos estéticos e
artísticos anteriores em compreensões mais amplas e em prazer de conviver com a arte.
Ao serem propostos de maneira viva, instigante, os conteúdos e métodos educacionais
trabalhados no Ensino Médio podem ajudar os alunos a produzirem e apreciarem as
linguagens artísticas e a continuar a aprender arte à vida toda. Ao mesmo tempo, os assuntos
e as atividades de aprender arte, propostos no Ensino Médio, precisam ser cuidadosamente
escolhidos no sentido de possibilitar aos jovens o exercício de colaboração artística e estética
com outras pessoas com as quais convivem, com a sua cultura e com o patrimônio artístico da
humanidade.
O intuito do processo de ensino e aprendizagem de arte é, assim, o de capacitar os
estudantes a humanizarem-se melhor como cidadãos inteligentes, sensíveis, estéticos,
reflexivos, criativos e responsáveis, no coletivo, por melhores qualidades culturais na vida
dos grupos e das cidades com ética e respeito pela diversidade. Neste âmbito, dentre os
conhecimentos gerais em arte no Ensino Médio propomos que os alunos aprendam de modo
sensível-cognitivo e predominantemente, os conhecimentos arrolados neste texto, ou seja, as
de:
� realizar produções artísticas e compreendê-las;
� apreciar produtos de arte e compreendê-las ;
� analisar manifestações artísticas, conhecendo-as e compreendendo-as em sua
diversidade histórico-cultural.
� Realizar produções artísticas, individuais e/ou coletivas, nas linguagens da arte
(música, artes visuais, dança, teatro, artes audiovisuais) analisando, refletindo e
compreendendo os diferentes processos produtivos, com seus diferentes instrumentos de
ordem material e ideal, como manifestações socioculturais e históricas.
Nas aulas de Arte, os alunos do Ensino Médio, ao darem continuidade ao seu
aprendizado de fazer produtos em linguagens artísticas, podem aperfeiçoar seus modos de
elaborar idéias e emoções, de maneira sensível, imaginativa, estética tornando-as presentes
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em seus trabalhos de música, artes visuais, dança, teatro, artes audiovisuais. A partir das
culturas vividas com essas linguagens no seu meio sociocultural e integrando outros estudos,
pesquisas, confrontando opiniões, refletindo sobre seus trabalhos artísticos, os alunos vão
adquirindo conhecimento que se estendem para outras produções ao longo de sua vida com a
arte.
Em música, por exemplo, é desejável que os estudantes do Ensino Médio adquiram
conhecimento de produção como as de saber:
• fazer, criar improvisações, composições, arranjos, "jingles", trilhas sonoras, dentre
outras, utilizando vozes e/ou instrumentos acústicos ou eletrônicos ou inventados
• e construídos pelos próprios alunos; empregar formas de registros gráficos
convencionais ou não, na escrita e na leitura de partituras, bem como formas de
registros sonoros em áudio, rádio, vídeo, telas informáticas e outras integrantes de
mídias e artes audiovisuais.
• fazer interpretações de músicas presentes na heterogeneidade das manifestações
musicais que fazem parte do universo cultural dos jovens, incluindo também músicas de
outras culturas, bem como as decorrentes de processos de erudição e as que resultam de
novas estruturas comunicativas, ligadas ao desenvolvimento tecnológico.
O conhecimento de produção em artes visuais podem ser adquiridas por adolescentes,
jovens e adultos como as de saber:
• fazer trabalhos artísticos como, por exemplo, desenhos, pinturas, gravuras,
modelagens, esculturas, fotografias, reprografias, ambientes de vitrines, cenários,
design, artes gráficas (folhetos, cartazes, capas de discos, encartes, logotipos, dentre
outros). Além destes, podem saber fazer trabalhos artísticos em telas informáticas,
vídeos, CD-ROM, home-page, dentre outros integrando as artes audiovisuais ;
• analisar os sistemas de representação visual, audiovisual e as possibilidades estéticas
bem como de comunicação presentes em seus trabalhos, de seus colegas e de outras
pessoas;
• investigar em suas produções de artes visuais e audiovisuais, inclusive as
informatizadas, como se dão as articulações entre os componentes básicos dessas
linguagens - linha, forma, cor, valor, luz, textura, volume, espaço, superfície,
movimento, tempo etc-; analisar as intrínsecas relações de forma e conteúdo presentes
na sua própria produção em linguagem visual e audiovisual, aprofundando a
compreensão e conhecimento de suas estéticas;
119
Na linguagem artística da dança, as o conhecimento de produção dos alunos do Ensino
Médio podem constituir-se em saber:
• utilizar diferentes fontes para improvisação em dança (instruções diretas, descobertas
guiadas, respostas selecionadas, jogos etc) e composição coreográfica (a partir de
notícias de jornais, poesia, quadros, esculturas, histórias, elementos de movimento, sons
e silêncios, objetos cênicos); experimentar, investigar improvisação em dança e
composição coreográfica inclusive em artes audiovisuais, a partir de diversas fontes
culturais;
• trabalhar com as transições possíveis da improvisação à composição coreográfica e
observação, conhecimento, utilização de alguns recursos coreográficos (como rondó,
AB, ABA etc); aperfeiçoar a capacidade de discriminação verbal, visual, cinestésica e
de preparo corporal adequado em relação às danças criadas, interpretadas e assistidas;
O conhecimento de produção dos alunos da Escola Média em teatro, podem
caracterizar-se pelo saber:
• fazer criações de possibilidades expressivas corporais, faciais, do movimento, da voz,
do gesto; improvisar, atuar e interpretar personagens, tipos, coisas, situações; atuar
na convenção palco/platéia e compreender essa relação;
• pesquisar, analisar e adaptar textos dramáticos e não dramáticos com vistas à
montagem de cenas, performances ou espetáculos, inclusive os referentes a artes
audiovisuais - como televisão, vídeo, cinema, telas informáticas, dentre outros;
• Apreciar produtos de arte, em suas várias linguagens, desenvolvendo tanto a fruição
quanto a análise estética, conhecendo, analisando, refletindo e compreendendo critérios
culturalmente construídos e embasados em conhecimentos afins, de caráter filosófico,
histórico, sociológico, antropológico, psicológico, semiótico, científico e tecnológico,
dentre outros.
Além de saber fazer produções diversas em linguagens artísticas, espera-se que nas
aulas de Arte do Ensino Médio, os alunos adquiram capacidade também para apreciar,
fruir trabalhos de música, artes visuais, dança, teatro, artes audiovisuais. Essa capacidade
de apreciação frente a manifestações artísticas do próprio meio sociocultural dos estudantes, e
também as nacionais e internacionais que integram o patrimônio cultural edificado pela
humanidade no decorrer de sua história e nos diferentes espaços geográficos, estabelecem
inter-relações entre as linguagens artísticas e os demais conhecimentos da área Linguagens e
Códigos.
120
Quanto à apreciação/ fruição de produtos em linguagem da música espera-se que os
adolescentes, jovens e adultos da Escola Média adquiram capacidades de saber:
• alisar crítica e esteticamente, músicas de gêneros, estilos e culturas diferenciadas,
utilizando conhecimento e vocabulário musicais; e de fazer também interconexões e
diálogos com valores, conceitos e realidade, tanto dos criadores, como dos receptores,
apreciadores das comunicações/ expressões musicais;
• utilizar conhecimentos de "ecologia acústica" enfocando diversos meios ambientes
na análise, apreciação, reflexão e posicionamento frente a causas e conseqüências de
variadas "paisagens sonoras", projetando transformações desejáveis e de qualidade
para o coletivo das pessoas;
Com relação à apreciação de produtos de artes visuais e audiovisuais, os alunos
podem adquirir capacidade de saber :
• fruir, estudar e analisar as produções em artes visuais, tanto na produção artística em
geral como naquelas ligadas ao campo da comunicação visual como o designer, ou
ainda naqueles produzidos pelas novas mídias e artes audiovisuais, vídeo, televisão,
multimídia, CD-ROM, home-page, etc, conscientizando-se dos meios visuais e
audiovisuais de representação, comunicação e informação.
• investigar as articulações dos elementos e componentes básicos das linguagens visual
e audiovisual presentes nas produções artísticas em geral e nas do campo da
comunicação visual, das novas mídias e artes audiovisuais.
Quanto à apreciação em dança a expectativa é a de que os alunos tornem-se
competentes no saber:
• fruir diversas danças e saber perceber as relações entre as diferentes fontes
utilizadas nas composições e os diversos significados (pessoais, culturais, políticos)
articulados e veiculados nas danças criadas;
• observar e trabalhar a relação/necessidade de "ajuste", cooperação e respeito entre
as escolhas individuais e as grupais em sala de aula, que ocorrem nos diferentes
processos do fazer e do apreciar dança;
Com relação à apreciação de teatro, espera-se que os alunos tornem-se competentes no
saber:
• observar trabalhos teatrais como participantes espectadores; e pesquisar em
acervos de memória, outras experiências significativas de artistas e técnicos de teatro,
que se relacionem com suas experiências e preocupações.
121
• analisar, refletir, respeitar e preservar as diversas manifestações da arte - em suas
múltiplas linguagens - utilizadas por diferentes grupos sociais e étnicos, interagindo
com o patrimônio nacional e internacional, que se deve conhecer e compreender em sua
dimensão sócio-histórica.
Além de conhecer e de saber produzir e apreciar trabalhos de linguagens artísticas, outra
expectativa é a de que os alunos aprendam a valorizar a produção artística dos múltiplos
grupos sociais, em tempo e espaço diferenciados, com respeito e atenção referentes às suas
qualidades específicas enquanto manifestação, gerando tanto a fruição/apreciação quanto o
cuidado com a preservação destas manifestações artísticas e estéticas. Espera-se que os
estudantes aprendam a valorizar o trabalho dos profissionais e técnicos das Linguagens
artísticas, dos profissionais da crítica, da divulgação e circulação dos produtos de arte.
Assim, quanto à valorização de manifestações em música é importante que os
alunos aprendam a :
• conhecer, identificar e estabelecer relações entre as funções dos criadores
musicais (compositores de "jingles", de música popular, de música de concerto),
intérpretes (cantores, instrumentistas), arranjadores, regentes, técnicos diferenciados e
outros profissionais envolvidos na produção musical; adquirir conhecimentos sobre
profissões desta área e modificações que se deram no passar dos tempos, considerando
as diferentes características das áreas de atuação e de mercado de trabalho;
• lidar criticamente com o repertório musical do século XX em suas várias vertentes,
contextualizando-as e focando-as enquanto objeto de diálogo; pesquisar e analisar as
transformações pelas quais têm passado, e as interpenetrações entre elas.
Saber valorizar manifestações em artes visuais e artes audiovisuais requer dos alunos
saber adquirir conhecimento para:
• perceber homens e mulheres enquanto seres simbólicos e sociais que pensam e se
expressam através de signos também visuais, audiovisuais e que se desenvolvem pelo
contato sensível consciente com os signos de sua própria produção, da produção de
seus colegas, de sua cultura e do confronto com as demais culturas.
Em dança é importante valorizar suas manifestações artísticas e, por isso, os alunos
tornarem-se competentes para:
• aperfeiçoar conhecimentos sobre dançarinos/coreógrafos e grupos de dança
brasileiros e estrangeiros que contribuíram para a história da dança nacional,
reconhecendo e contextualizando épocas, regiões, países;
122
• refletir sobre os principais aspectos de escolha de movimento, fontes coreográficas,
gênero e estilo dos coreógrafos estudados e relacioná-los com as danças que criam em
sala de aula, contextualizando as diferentes opções.
Para valorizar as manifestações artísticas de teatro é importante os alunos adquirirem
conhecimento para:
• Aprofundar saberes sobre aspectos da história e estética do teatro que ampliem o
conhecimento da linguagem e dos códigos teatrais e cênicos;
• Valorizar o trabalho dos profissionais e técnicos da área, dos profissionais da
crítica e da divulgação e circulação da linguagem teatral.
Na escola básica, a arte, conhecimento humano, sensível-cognitivo, particularmente
estético e comunicacional, é presença urgente na história da aprendizagem cultural dos jovens
de nosso país, humanizando-se e ajudando a humanizar o mundo contemporâneo.
G) AVALIAÇÃO
A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão contínua sobre a
prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que
devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de
aprendizagem individual ou de todo grupo. Para o aluno, é o instrumento de tomada de
consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu
investimento na tarefa de aprender. Para a escola, possibilita definir prioridades e localizar
quais aspectos das ações educacionais demandam maior apoio.
H) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BUORO, Anamelia B. O olhar em construção: Uma experiência de ensino da arte na
escola. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2000.
LOPERA, José Alvarez & ANDRADE, José Manuel Pita. História geral da arte. Pintura I.
Espanha: Del Prado, 1995.
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Artes para os anos
finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba: Governo do Estado PR, 2008.
123
PEIRCE, C. Sanders. Semiótica e filosofia. São Paulo: Cultrix, 1993.
ROSSI, Maria Helena Wagner. Imagens que falam: leitura da arte na escola. Porto Alegre:
Mediação, 1995.
SANTAELLA, L. O que é semiótica. São Paulo: Brasiliense, 2004.
ZATTERA, Véra Stedile. ALDO LOCATELLI. Porto Alegre: Pallotti, 1995.
15.2.2 - BIOLOGIA
A) FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS
Cada Ciência particular possui um código intrínseco, uma lógica interna, métodos
próprios de investigação, que se expressam nas teorias, nos modelos construídos para
interpretar os fenômenos que se propõe explicar. Apropriar-se desses códigos, dos conceitos e
métodos relacionados a cada uma das Ciências particulares, compreender a relação entre
Ciência, Tecnologia e Sociedade, representa ampliação das possibilidades de compreensão do
mundo e de participação efetiva nesse mundo.
É objeto de estudo da Biologia, o fenômeno vida em sua diversidade de manifestações.
Esse fenômeno se caracteriza por um conjunto de processos organizados e integrados, quer no
nível de uma célula, de um indivíduo, ou ainda de organismos no seu meio. Um sistema vivo
é sempre fruto da interação entre seus elementos constituintes e da interação entre esse
mesmo sistema e demais componentes de seu meio. As diferentes formas de vida estão
sujeitas a transformações que ocorrem no tempo e no espaço, sendo, ao mesmo tempo,
propiciadoras de transformações no ambiente.
Ao longo da história da humanidade várias foram as explicações para o surgimento e a
diversificação da vida, de modo que os modelos científicos conviveram e convivem com
outros sistemas explicativos; o ensino da Biologia permite a compreensão da natureza e dos
limites dos diferentes sistemas explicativos, a contraposição entre os mesmos e a
compreensão de que a Ciência não tem respostas definitivas para tudo, sendo uma de suas
características a possibilidade de ser questionada e de se transformar.
Permite, ainda, a compreensão de que os modelos na Ciência servem para explicar tanto
aquilo que podemos observar, como também aquilo que nossos olhos não podem ver, que tais
124
modelos são produtos da imaginação humana e não a própria natureza; mas que, embora
imaginados, procuram sempre ter como critério de legitimação a realidade.
A presença de elementos da história e da filosofia da Biologia torna possível, aos
alunos, a compreensão de que há uma ampla rede de relações entre a produção científica e o
contexto social, econômico e político. Ao longo da história é possível verificar que a
formulação e o sucesso das diferentes teorias científicas estão associadas a seu momento
histórico. Questões atualmente bastante polemicas, como as que dizem respeito ao
desenvolvimento de tecnologia de intervenção no meio e aproveitamento de recursos naturais,
só podem ser devidamente julgadas e alternativas encaminhadas, a luz do conhecimento sobre
a dinâmica dos ecossistemas, dos organismos, enfim sobre o modo como a natureza se
comporta e a vida se processa.
O desenvolvimento da Genética e da Biologia Molecular, das Tecnologias de
Manipulação do DNA e de Clonagem, traz a tona aspectos éticos envolvidos na produção e
aplicação do conhecimento científico e tecnológico, chamando a reflexão sobre as relações
entre Ciência, Tecnologia e Sociedade. Conhecer a estrutura molecular da vida, os
mecanismos de perpetuação e diferenciação das espécies, de diversificação intraespecífica, a
importância da biodiversidade para a vida no planeta, permite significar tais construções e
intervenções, ponderar sobre os usos de cada uma dessas produções humanas, reconstruir
valores e se posicionar frente tais assuntos, superando a postura maniqueísta.
O desenvolvimento da física quântica mostrou uma realidade que demanda outras
representações, que permite compreender a estrutura microscópica da vida. Na Biologia
estabelecem-se modelos para as microscópicas estruturas de construção dos seres, de sua
reprodução e de seu desenvolvimento. E se debate, com questões existenciais de grande
repercussão filosófica, se a origem da vida é um acidente, uma casualidade que poderia não
ter acontecido ou se, pelo contrário, é a realização de uma ordem já inscrita na própria
constituição da matéria primeira.
Neste século presencia-se um intenso processo de criação cientifica, inigualável há
tempos anteriores. A associação entre Ciência e Tecnologia se amplia, tomando-se mais
presente no cotidiano e modificando cada vez mais o mundo e o próprio ser humano.
Questões relativas à valorização da vida em sua diversidade, 'a Ética nas relações entre seres
humanos e entre os mesmos, seu meio e o planeta, ao desenvolvimento tecnológico e sua
relação com a qualidade de vida, marcam fortemente nosso tempo, pondo em discussão os
valores envolvidos na produção e aplicação do conhecimento cientifico e tecnológico.
125
Não é possível tratar, no Ensino Médio, de todo o conhecimento biológico e tecnológico
a ele associado, já produzidos. Também não é desejável tratar esses conhecimentos de forma
descontextualizada, como se fossem produzidos por ninguém, em tempo algum, e se
constituíssem em um conjunto de fatos-hipóteses-teorias, linearmente traídas. A história da
Biologia mostra que esse conhecimento não é estático e que sua construção não é linear.
Ainda, no ensino de Biologia e de extrema relevância o desenvolvimento de posturas e
valores pertinentes às relações entre os seres humanos, entre eles e o meio, entre o ser humano
e o conhecimento, se o que se pretende enquanto educadores e a formação de indivíduos e
cidadãos capazes de pensar seu mundo e com ele interagir.
Mais do que fornecer informações, é fundamental que o ensino de Biologia se volte ao
desenvolvimento de competências que permitam ao aluno lidar com as informações
compreendê-las, elaborá-las, refutá-las, quando for o caso, enfim compreender o mundo e
nele agir com autonomia, fazendo uso dos conhecimentos adquiridos da Biologia e da
Tecnologia.
B) OBJETIVOS
O ensino da Biologia deve promover:
Compreender a Ciência como um processo de produção de conhecimento, um sistema
explicativo, que opera com modelos, tendo como critério de legitimação a realidade.
Compreender a Ciência como uma atividade humana, histórica, associada a aspectos de
ordem social, econômica, política e cultural.
Identificar relações entre conhecimento cientifico, produção de tecnologia e condições
de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica e compreender a tecnologia como
meio para suprir necessidades humanas, mas sabendo elaborar juízo sobre riscos e benefícios
das práticas tecnológicas.
Compreender a natureza como uma intrincada rede de relações, um todo dinâmico, do
qual o ser humano é parte integrante. Com ela interage, dela depende e nela interfere,
reduzindo seu grau de dependência, mas jamais sendo independente. Identificar a condição do
ser humano de agente e paciente de transformações intencionais por ele produzidas.
Relacionar degradação ambiental e agravos à saúde humana, compreendendo-a como
bem- estar físico, social e psicológico e não como ausência de doença.
126
Compreender a vida, do ponto de vista biológico, como fenômeno que se manifesta de
formas diversas, mas sempre como sistema organizado e integrado, que interage com o meio
físico-químico através de um ciclo de matéria e de um fluxo de energia.
Compreender a diversificação das espécies como resultado de um processo evolutivo,
que compreende dimensões temporais e espaciais.
Compreender que o universo é composto por elementos que agem interativamente e que
é essa interação que configura o universo como universo, a natureza como algo dinâmico, o
corpo como um todo integrado e que confere a célula a condição de sistema vivo.
Dar significado a conceitos científicos básicos em Biologia, tais como energia, matéria,
transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio dinâmico, hereditariedade e vida.
Articular conceitos das diferentes Ciências particulares na interpretação e análise de
fenômenos naturais e no embasamento da compreensão e julgamento de conquistas
tecnológicas.
Obter informações e dados através de observação, experimentação e leituras de textos
conceituais, combinando tais procedimentos a outros que permitam articulá-los a uma rede de
idéias, sendo capaz de elaborar conceitos e realizar generalizações.
Apresentar hipóteses acerca dos fenômenos em estudo, utilizando- se de dados e
articulações entre dados para validá-las ou refutá-las.
Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de
elementos da Biologia, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes
desenvolvidos no aprendizado escolar.
Organizar registros de dados, fatos, idéias, discussões e comunicados através da
produção de textos, esquemas, gráficos, tabelas, etc.
Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação critica e cooperativa para a
construção coletiva do conhecimento.
C) OBJETO DE ESTUDO
Fenômeno Vida
D) CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Organização dos seres vivos;
Mecanismos biológicos;
127
Biodiversidade;
Manipulação Genética.
E) CONTEÚDOS
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
Organização dos Seres Vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Manipulação Genética.
Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia efisiologia.
Mecanismos de desenvolvimento embriológico.
Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
Teorias evolutivas.
Transmissão das características hereditárias.
Dinâmica dos ecossistemas: relações entreos seres vivos e interdependência com o ambiente.
Organismos geneticamente modificados.
F) METODOLOGIA
Os avanços das pesquisas em didática das Ciências apontam a importância da análise
psicológica e epistemológica do processo de ensino e aprendizagem das Ciências, para
compreendê-lo e reestruturá-lo. Esse processo envolve a estrutura do conhecimento científica
e seu processo histórico de produção, que tem relações com várias atividades humanas,
especialmente a tecnologia, com valores humanos e concepções de Ciência. Deve-se também
levar em conta que os estudantes possuem um repertório de representações, de conhecimentos
intuitivos, adquiridos pela vivência, pela cultura e senso comum, acerca dos conceitos que
serão ensinados na escola.
O grau de amadurecimento intelectual e emocional do aluno e sua formação escolar são
relevantes na elaboração do conhecimento cientifico, considerando esses conhecimentos
128
prévios. o professor também carrega consigo muitas idéias de senso comum, ainda que tenha
elaborado parcelas do conhecimento científico.
É fundamental, portanto, que se estabeleça uma relação entre o aluno, o professor e o
conhecimento científico, na perspectiva da aprendizagem significativa do
conhecimento historicamente acumulado, da formação de uma concepção de Ciência e sua
relação com a Tecnologia e com a Sociedade.
No ensino médio, embora os alunos sejam capazes de elaborar conceitos, de articular
dados a redes de idéias, de compreender teorias científicas e sua construção espaço-temporal,
é preciso considerar que a apropriação de tais conceitos e dos procedimentos aí envolvidos é
processual e mediada pela interação professor / aluno.
É ao professor que cabe selecionar, organizar e problematizar conteúdos de modo a
promover um avanço no desenvolvimento intelectual do aluno, na sua construção como ser
humano, e que sejam importantes do ponto de vista de sua inserção social.
A construção do conhecimento tem como princípio básico o aprendizado através de
uma elaboração pessoal da representação do objeto de estudo. Neste sentido o aluno não é
considerado um ser desprovido de conhecimentos e o professor não é o único que conhece os
conteúdos. Os saberes espontâneos serão alvos de estudo e aprofundamento e fundamento e é
a partir deles que o conhecimento sistematizado é construído. Professores e alunos saem das
respectivas posições de atores e espectadores, colocados que foram nas outras formas de
ensino-aprendizagem, para assumirem posições, ambos, de agentes do processo. O centro do
processo deixa de ser a Biologia e o aluno assume a posição de destaque, já que o seu
aprendizado está na dependência direta da sua atuação sobre o conteúdo a ser ensinado.
Nessa perspectiva é de suma importância ensinar o aluno a aprender a aprender e ajudá-
lo a compreender que, quando aprende, não deve levar em conta apenas o conteúdo objeto de
aprendizagem, mas também como se organiza e atua para aprender. Dessa forma o ensino
deve ser compreendido no trabalho pedagógico como tendo conteúdos conceituais (objetos de
aprendizagem), conteúdos procedimentais (como se organizar para se apropriar dos objetos de
aprendizagem) e conteúdos atitudinais (normas, valores e atitudes adequados para conseguir
se organizar na apropriação dos objetos de aprendizagem).
G) AVALIAÇÃO
A avaliação será diagnóstica, continuada e diária acompanhada por uma ficha de avaliação.
129
Freqüência: serão consideradas para fins de avaliação a assiduidade e pontualidade do
aluno em aula, pois dela depende o sentido de continuidade do aprendizado dos conteúdos.
Participação: em que serão avaliados o esforço e dedicação do aluno para assimilar o
conteúdo proposto para determinada aula, levando-se ainda em consideração a interferência
positiva e/ou negativa do aluno no aprendizado dos colegas.
Aproveitamento: em que será avaliada a evolução do aluno em relação à assimilação do
conteúdo proposto para a aula em questão. Levando-se em consideração o estágio inicial de
domínio do conteúdo até um mínimo de aprendizagem e aplicação dos conteúdos.
H) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FAVARETTO, José Arnaldo; Mercadante, Clarinda. Biologia: volume único. 1ª ed. – São
Paulo: Moderna 2005.
ADOLFO, Augusto; Crozetta, Marcos; Lago, Samuel. Biologia: volumes I, II, III e único. 2ª
ed. São Paulo: IBEP, 2005.
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Biologia para o
Ensino Médio. Curitiba: Governo do Estado PR, 2008.
15.2.3 - EDUCAÇÃO FÍSICA
A) FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS
A partir da busca do desenvolvimento integral do educando procurando formar o cidadão
crítico e consciente, pautados nos princípios da inclusão e da diversidade explicitados nos
Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física, oferecendo ao aluno, através de uma
diversidade de experiências motoras, conhecimentos conceituais, técnicos e científicos da
Educação Física, a possibilidade de agir de forma consciente em relação às suas capacidades e
limitações explorando-as da melhor forma possível, ao mesmo tempo em que interage com a
sociedade que o cerca sem complexos nem frustrações de forma harmoniosa, autônoma,
crítica e criativa; analisando criticamente todo o contexto que envolve as diversas
modalidades esportivas e atividades físicas, observando a relação das mesmas com o contexto
social, cultural e econômico que vive e vivenciando democraticamente as atividades de
130
recreação e lazer, as quais são seu direito como cidadão, o aluno poderá utilizar-se da
Educação Física Escolar como mais um instrumento do exercício de sua cidadania.
B) OBJETIVOS
Identificar os meios para se ter qualidade de vida e seus benefícios para melhoria no
trabalho, na saúde, na família e na auto-estima.
Buscar reverter o quadro histórico da área de seleção entre indivíduos aptos e inaptos para
as práticas corporais, resultante da valorização exacerbada do desempenho e da eficiência.
C) OBJETO DE ESTUDO
O Corpo Humano
D) CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Esportes;
• Ginástica;
• Dança;
• Jogos e Brincadeiras;
• Lutas.
E) CONTEÚDO
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
EsporteColetivosIndividuaisRadicais
Jogos e Brincadeiras Jogos e brincadeiras popularesBrincadeiras e cantigas de rodaJogos de tabuleiroJogos dramáticos
131
Jogos cooperativos
Dança
Danças folclóricasDanças de salãoDanças de ruaDanças criativasDanças circulares
Ginástica
Ginástica artística/ olímpicaGinástica rítmicaGinástica de Condicionamento FísicoGinástica circenseGinástica geral
Lutas
Lutas de aproximaçãoLutas que mantêm a distânciaLutas com instrumento mediadorCapoeira
F) METODOLOGIA
A metodologia a ser aplicada para o desenvolvimento das aulas no decorrer do ano
letivo contará com os recursos didáticos de pesquisas, análise de textos, debates, aulas
expositivas teórico - práticas, utilização de multimeios e recursos alternativos, execução de
exercícios formativos e educativos com uma seqüência pedagógica crescente, jogos pré -
desportivos, competições, além de algumas atividades extracurriculares.
O trabalho será desenvolvido da forma mais prazerosa possível para que os alunos
possam estar motivados durante todo o ano letivo, sendo que, em contrapartida será exigido
dos mesmos a devida dedicação, cooperação e comprometimento para que as atividades
atinjam seus objetivos.
O aluno acompanhará todas as etapas de sua avaliação, conhecendo os motivos do
maior ou menor conceito diariamente, o que possibilitará ao mesmo identificar seus pontos
positivos e negativos, discutir criticamente os critérios de avaliação e melhorar seu
desempenho de forma consciente de acordo com os critérios de avaliação.
A avaliação será diagnóstica, continuada e diária acompanhada por uma ficha de
avaliação.
• Freqüência: serão consideradas para fins de avaliação a assiduidade e pontualidade do
aluno em aula, pois dela depende o sentido de continuidade do aprendizado dos conteúdos.
• Participação: em que serão avaliados o esforço e dedicação do aluno para assimilar o
conteúdo proposto para determinada aula, levando-se ainda em consideração a interferência
132
positiva e/ou negativa do aluno no aprendizado dos colegas.
• Aproveitamento: em que será avaliada a evolução do aluno em relação à assimilação do
conteúdo proposto para a aula em questão, levando-se em consideração o estágio inicial de
domínio do conteúdo até um mínimo de aprendizagem e aplicação dos conteúdos.
G) AVALIAÇÃO
A avaliação será diagnóstica, continuada e diária acompanhada por uma ficha de
avaliação.
• Freqüência: serão consideradas para fins de avaliação a assiduidade e pontualidade do
aluno em aula, pois dela depende o sentido de continuidade do aprendizado dos conteúdos.
• Participação: em que serão avaliados os esforço e dedicação do aluno para assimilar o
conteúdo proposto para determinada aula, levando-se ainda em consideração a interferência
positiva e/ou negativa do aluno no aprendizado dos colegas.
• Aproveitamento: em que será avaliada a evolução do aluno em relação à assimilação
do conteúdo proposto para a aula em questão, levando-se em consideração o estágio
inicial de domínio do conteúdo até um mínimo de aprendizagem e aplicação dos
conteúdos.
H) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: a história que não se conta. 2 Ed.
Campinas: Papirus, 1991
COLETIVO DE AUTORES: metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo. Cortez,
1992
ESCOBAR, M.O. Cultura corporal na escala: tarefas de educação física IN: revista
Motvivencia, nº 08, p 91- 10, florianópolis: Ijuí, 1995
GASPARIN, J.L. Uma didática para a pedagogia histórico – critica. Campina: Autores
Associados, 2002
LUCKESI, C.C. avaliação da aprendizagem escolar. 2 Ed. São Paulo: Cortez, 1995
133
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Educação Física para
os anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba: Governo do Estado
PR, 2008.
SOARES, Carmem Lucia. Educação Física: raízes européias e Brasil. 2 Ed. Campinas:
autores associados, 2001
15.2.4 FILOSOFIA
A) FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS
A filosofia, cada vez mais, ocupa-se com as condições e os princípios do conhecimento
que pretenda ser racional e verdadeira: com a origem a forma e o conteúdo dos valores éticos,
políticos, artísticos e culturais: com a compreensão das causas e das formas da ilusão e do
preconceito no plano individual coletivo: com as transformações históricas dos conceitos das
idéias e dos valores.
A Filosofia volta-se também para o estudo da consciência em suas várias modalidades
percepção, imaginação, memória, linguagem, inteligência, experiência, reflexão,
comportamento, vontade, desejo e paixões procurando descrever as formas e os conteúdos
dessas modalidades de relação entre o ser humano consigo mesmo e com os outros.
Finalmente, a Filosofia visa ao estudo e à interpretação de idéias ou significações gerais
como: realidade, mundo, natureza, cultura, história, subjetividade, objetividade, diferença,
repetição, semelhança, conflito, contradição, mudança, etc.
Sem abandonar as questões sobre a essência da realidade, a Filosofia procura diferenciar-se
das ciências e das artes, dirigindo a investigação sobre o mundo natural e o mundo histórico
(ou humano) num momento muito preciso: quando perdemos nossas certezas cotidianas e
quando as ciências e as artes ainda não ofereceram outras certezas para substituir as que
perdemos.
Em outras palavras, a Filosofia se interessa por aquele instante em que a realidade natural
(o mundo das coisas) e a históricas ( o mundo dos homens) tornam-se estranhas, espantosas,
incompreensíveis e enigmáticas, quando o senso comum já não sabe o que pensar e dizer e as
ciências e as artes ainda não sabem o que pensar e dizer.
134
Esta última descrição da atividade filosófica capta a Filosofia como análise (das condições
da ciência, da religião, da arte, da moral), como reflexão ( isto é, volta da consciência para si
mesma para conhecer-se enquanto capacidade para o conhecimento, o sentimento e a ação) e
como crítica ( das ilusões e dos preconceitos individuais e coletivos, das teorias e práticas
científicas, políticas e artísticas), essas três atividades (análise, reflexão e crítica) estando
orientadas pela elaboração filosófica de significações gerais sobre a realidade os seres
humanos. Além de análise, reflexão e crítica, a Filosofia é a busca do fundamento e do sentido
da realidade em suas múltiplas formas indagando o que são, qual sua permanência e qual a
necessidade interna que as transforma em outras. O que é oser e o aparecer – desaparecer dos
seres?
A Filosofia não é ciência: é uma reflexão crítica sobre os procedimentos e conceitos
científicos. Não é religião: é uma reflexão crítica sobre as origens e formas das crenças
religiosas. Não é arte: é uma interpretação crítica dos conteúdos, das formas, das significações
das obras de arte e do trabalho artístico. Não é sociologia nem psicologia, mas a interpretação
e avaliação crítica dos conceitos e métodos da sociologia e da psicologia, mas a interpretação,
compreensão e reflexão sobre a origem, a natureza e as formas do poder. Não é história, mas
interpretação do sentido dos conhecimentos enquanto inseridos no tempo e compreensão do
que seja o próprio tempo.
Conhecimento do conhecimento da transformação temporal dos princípios do saber e do
agir conhecimento da mudança das formas do real ou dos seres. A Filosofia sabe que está na
História e que possui uma história.
B) OBJETIVOS
• Distinguir a origem da palavra;
• Observar e por em prática a existência do conhecimento da evolução;
• Identificar e assimilar os variados conceitos filosóficos;
• Reconhecer a cultura como um dos aspectos mais importantes do nosso cotidiano;
• Observar a importância da ética em nossa sociedade;
• Conscientizar a importância da política nas diferentes classes sociais;
• Demonstra a importância do “eu” (pessoa).
135
C) OBJETO DE ESTUDO
A Filosofia
D) CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Mito e Filosofia
Teoria do conhecimento
Ética
Filosofia Política
Estética
Filosofia da Ciência
E) CONTEÚDOS
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
Mito e Filosofia
Saber mítico;Saber filosófico;Relação Mito e Filosofia;Atualidade do mito; O que é Filosofia?
Teoria do conhecimento
Possibilidade do conhecimento; As formas de conhecimento; O problema da verdade;A questão do método;Conhecimento e lógica.
Ética
Ética e moral;Pluralidade ética;Ética e violência;Razão, desejo e vontade;Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.
136
Filosofia Política
Relações entre comunidade e poder; Liberdade e igualdade política;Política e Ideologia;Esfera pública e privada;Cidadania formal e/ou participativa.
Estética
Natureza da arte; Filosofia e arte; Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc.; Estética e sociedade.
Filosofia da Ciência
Concepções de ciência; A questão do método científico;Contribuições e limites da ciência;Ciência e ideologia;Ciência e ética.
F) METODOLOGIA
• Aulas expositivas com o uso da transparências, quadro de giz;
• Variados textos retirados da Internet, revistas e jornais;
• Filmes
• Pensamentos filosóficos;
G) AVALIAÇÃO
• Avaliação contínua;
• Participação;
• Trabalhos individuais e em equipes;
• Questionários;
• Seminários;
• Avaliações escritas.
H) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Filosofia da Educação, São Paulo: MODERMA, 1996.
137
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia, São Paulo, 1999.
GALLO, Silvio. Ética e Cidadania – Caminho da Filosofia. São Paulo: PAPIRUS, 1998.
MONDIN, Batista. Curso de Filosofia I, II e III. São Paulo:PAULUS, 1999.
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Filosofia para o
Ensino Médio. Curitiba: Governo do Estado PR, 2008.
15.2.5 FÍSICA
A) FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS
O conhecimento científico compõe ao lado das demais formas de conhecimento e
criação, uma das mais notáveis realizações da humanidade, talvez a característica mais
distintiva da sociedade moderna, por permitir a um só tempo uma visão de mundo abrangente
e uma nova interação com o planeta, com uma dinâmica
de manipulação e transformação sem precedentes. O conhecimento físico é uma das muitas
faces da cultura científica, construída por incontáveis, mãos e mentes, erros e acertos,
necessidades e fantasias, buscas propositadas e encontros fortuitos.
É um conhecimento que permite elaborar modelos cósmicos para acontecimentos
ocorridos há bilhões de anos, muito anteriores ao surgimento da vida e da razão, e
simultaneamente criar novos materiais e inventar novos produtos e novas tecnologias ainda
não imaginadas.
A Física está incorporada em nossa cultura e no aparato social e tecnológico de nossos
dias, tornando-se, ao mesmo tempo, um instrumento necessário para a compreensão desse
mundo em que vivemos e para a atuação naquele que antevemos, sendo seu conhecimento
indispensável à constituição da cidadania contemporânea. Sendo tão amplos e variados os
conhecimentos desta ciência, incluindo especialidades, temas e tópicos tão complexos, não é
simples definir o quê, ou como se pretender ensinar física. em cada etapa da escolaridade A
questão que cabe encaminhar aqui, portanto, é como selecionar temas e tópicos para promover
seu aprendizado no ensino médio.
Espera-se que o ensino de Física contribua para a formação de uma cultura científica
efetiva que permita ao indivíduo a interpretação dos fatos, fenômenos e processos naturais,
situando e dimensionando a interação do ser humano com a natureza como parte da própria
natureza em transformação Ao mesmo tempo, essa cultura deve incluir também a
138
compreensão do conjunto de equipamentos e procedimentos, técnicos ou tecnológicos, que
cercam o cotidiano doméstico, social e profissional de todos nós.
É essencial que se explicite o processo de construção do conhecimento físico como um
processo histórico, produzido em sociedade, objeto de contínua transformação em sua relação
com a vida social, e associado com as outras formas de expressão e produção humana.
Ao propiciar esses conhecimentos, o ensino de Física deve permitir aos indivíduos a
articulação de toda uma visão de mundo, de uma compreensão dinâmica do universo, mais
ampla do que nosso entorno material imediato, capaz portanto de transcender nossos limites
temporais e espaciais. Vê-se assim que, ao lado de um carretar mais
prático, a Física revela também uma dimensão filosófica, com uma beleza e importância que
não devem ser subestimadas.
O ensino de Física reduz-se freqüentemente a apresentação de conceitos, leis e
fórmulas, de forma desarticulada do mundo vivido pelos alunos e professores e, não só mas
também por isso, vazios de significação. Privilegia a teoria e a abstração, desde o primeiro
momento, em detrimento de um desenvolvimento gradual da abstração que, pelo menos, parta
da prática e de exemplos concretos. Enfatiza a utilização de fórmulas, em situações artificiais,
desvinculando a linguagem matemática que essas fórmulas representam de seu significado
físico efetivo. Insiste na solução de exercícios repetitivos, pretendendo que o aprendizado
ocorra pela automatização ou memorização e não pela construção do conhecimento, das
competências. Apresenta o conhecimento como um produto acabado, fruto da genialidade de
mentes como a de Galileu, Newton ou Einstein, contribuindo para que os alunos concluam
que não resta mais nenhum problema significativo a resolver além disso, envolve uma lista de
conteúdos demasiadamente extensa, que impede o aprofundamento necessário e a instauração
de um diálogo construtivo com o mundo.
Por isso, trata-se menos de alterar a lista de tópicos de conteúdo conceitual ou de
redefinir os temas a serem discutidos, mas, sobretudo de dar ao ensino de Física novas
dimensões. Apresentar uma física que explique não só a queda dos corpos, o movimento da
lua ou das estrelas no céu, o arco-íris, mas também os raios laser, as imagens da televisão e as
formas de comunicação. Uma física que explique os gastos da "conta de luz" ou o consumo
diário de combustível e também as questões referentes ao uso das diferentes fontes de energia
em escala social, com seus riscos e benefícios, incluída a energia nuclear Uma física que
discuta a origem do universo e sua evolução. Que trate da geladeira ou dos motores a
combustão, das células fotoelétricas, das radiações presentes no dia a dia, mas também dos
princípios gerais que permitem generalizar todas essas compreensões. Uma física com a qual
139
o aluno possa perceber seu significado no momento em que aprende, não num momento
posterior do aprendizado. Para isso, e imprescindível considerar o mundo vivencial em que os
alunos estão, sua realidade próxima ou distante, através dos objetos e fenômenos com que
efetivamente lidam, ou com os problemas e indagações que movem sua curiosidade. Esse
deve ser o
ponto de partida e, de certa forma, também o ponto de chegada, ou seja, feitas as
investigações, abstrações e generalizações potencializadas pelo saber da física, em sua
dimensão propriamente física, o conhecimento volta-se novamente para os fenômenos
significativos ou objetos tecnológicos de interesse, agora com um novo olhar, como o
exercício de utilização do novo saber adquirido. Essa é sua dimensão aplicada ou tecnológica.
Essas duas dimensões de certa forma constituem-se em um ciclo, dinâmico, na medida em
que novos saberes levam a novas compreensões do mundo e a colocação de novos problemas.
Nesse quadro de transformações, o jovem adquirir a habilidade de aprender passa a ser
tão ou mais importante do que o próprio conhecimento aprendido. 0 saber de sua futura
profissão também está ainda em gestão. Dessa forma, a ênfase da questão precisaria também
ser deslocada "do que ensinar" para "quais competências e habilidades podem ser
promovidas", "quais atitudes e valores devem ser cultivados", de forma a possibilitar a
independência de ação e aprendizagem futura. Ou seja, é preciso analisar quais habilidades a
Física deveria buscar promover nessa direção.
Essa tarefa não é simples, já que não existem habilidades e competências em abstrato,
mas sempre concretizadas em situações de aprendizado, em temas específicos a serem
abordados. As habilidades e competências concretizam-se em ações, objetos, assuntos,
experiências, etc., parte integrante dos conteúdos, podendo ser desenvolvidas em tópicos
diferentes, assumindo formas diferentes em cada caso, tomando-se mais ou menos adequadas
dependendo do contexto em que estão sendo desenvolvidas. Competências e tópicos são,
portanto, duas dimensões profundamente interdependentes do conteúdo a ser trabalhado.
Iniciar essa discussão pelas habilidades e competências é uma opção que visa apenas reforçar
as mudanças necessárias relativamente às práticas atuais.
Além disso, da mesma forma que as diretrizes e objetivos da educação científica são
comuns as varias áreas científicas, os conteúdos também devem convergir, explicitando-se
assim a vantagem de um trabalho articulado entre as várias disciplinas.
B) OBJETIVOS
140
Compreender as ciências como construções humanas, entendendo como elas se
desenvolvem por acumulação, continuidade ou ruptura de paradigmas, relacionando o
desenvolvimento cientifico com a transformação da sociedade.
- Discutir a história da ciência e da física.
- Compreender a origem do homem no universo sob a ótica da física.
- Relacionar as medidas de intervalo, comprimento, massa e tempo.
- Resgatar e aprimorar conhecimento adquiridos no ensino fundamental, teorizando-os.
- Identificar funções gráficas e escalas.
- Compreender os princípios da dinâmica.
- Calcular força.
- Estudar a lei da inércia.
- Estudar a lei fundamental;
- Conhecer e utilizar conceitos, leis e teorias físicas;
- Entender o impacto das tecnologias associadas às ciências naturais na sua vida pessoal, nos
processos da produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social.
- Estudar a Lei da Ação e Reação;
- Calcular o atrito, plano inclinado, dinâmica dos movimentos curvilíneos;
- Calcular trabalho e energia; trabalho e potência;
- Discutir o surgimento da energia e suas primeiras utilizações até a revolução industrial;
- Identificar a situação física, utilizar modelos físicos, generalizar de uma a outra situação,
prever, avaliar, analisar previsões.
- Estudar: - Transferência ou transformações de energia;
- A conservação da energia;
-Princípio da conservação.
- Compreender: - Quantidade de movimento;
- Impulso de uma força;
- Colisões;
141
- Gravitação universal.
- Discutir: - Leis de Kepler;
- Lei da gravitação universal.
- Elaborar sínteses ou esquemas estruturados dos temas físicos trabalhos.
- Compreender e utilizar leis e teorias físicas.
- Reconhecer a física enquanto construção humana, aspectos de sua história e relações com o
contexto cultural, social, político e econômico.
- Elaborar sínteses ou esquemas estruturados dos temas físicos trabalhados.
- Dimensionar a capacidade crescente do homem principiada pela tecnologia.
- Discutir e compreender: - Estática.
- Equilíbrio estático dos sólidos; equilíbrio estático dos líquidos.
- Discutir e compreender tipos de: - Equilíbrio de um ponto material.
- Equilíbrio de um corpo externo e Hidrostática.
- Verificar experiências realizadas por Torricelli.
- Discutir e compreender: - Princípio de Pascal.
- Princípio de Arquimedes.
- Evolução da pedra lascada ao átomo.
- Tecnologia.
C) OBJETO DE ESTUDO
O Universo
D) CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Movimento
Termodinâmica
142
Eletromagnetismo
E) CONTEÚDO:
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
Movimento
Momentum e inércia Conservação de quantidade de movimento (momentum)Variação da quantidade de movimento = Impulso2ª Lei de Newton3ª Lei de Newton e condições de equilíbrioEnergia e o Princípio da Conservação da energiaGravitação
Termodinâmica
Leis da Termodinâmica:Lei zero da Termodinâmica1ª Lei da Termodinâmica2ª Lei da Termodinâmica
Eletromagnetismo
Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticasForça eletromagnética Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática, Lei de Coulomb, Lei de Ampère, Lei de Gauss magnética, Lei de FaradayA natureza da luz e suas propriedades
F) METODOLOGIA
Pesquisas desenvolvidas nas últimas décadas para subsidiar a prática do ensino de
Física e esclarecer os procedimentos de aprendizagem utilizados pelos alunos, apontam
alguns aspectos importantes a serem considerados:
• A importância de levar em conta os conhecimentos já adquiridos pelos alunos, suas
concepções prévias de conceitos físicos, construídos fora da escola, assim como suas
concepções acerca do mundo em que vivem.
• A necessidade do envolvimento do aluno em seu processo de aprendizagem, propiciando
formas de ensinar e aprender que privilegiem a construção do conhecimento pelo próprio
aluno, através do indispensável diálogo entre aluno, professor e ciência.
• O papel que a compreensão e os exemplos da história da ciência podem desempenhar
enquanto processo de construção humana.
143
• A utilização de diversos procedimentos, como estratégias de resolução de problemas e
outras, explicitando as especificidades das etapas que conduzem aos objetivos
pretendidos.
É importante considerar algumas estratégias específicas, a seguir enunciadas, que
reforçam as diretrizes acima apontadas:
Mundo vivencial.
• Partir dos elementos vivenciais, do mundo conhecido dos alunos, através de
levantamentos temáticos ou outras formas de diálogo que permitam explicitar as relações
do mundo com a Física.
• Utilizar os meios de informação contemporâneos que estiverem disponíveis na realidade
do aluno, tais como, notícias de jornal, livros de ficção científica, literatura, programas de
televisão, vídeos, etc, como instrumentos didáticos, incentivando diferentes leituras e/ou
análise crítica.
• Utilizar o saber vivencial de profissionais, especialistas, cientistas ou tecnólogos, através
de entrevistas ou outra forma de contato, como fonte de aquisição do conhecimento
incorporado as suas respectivas práticas.
• Estimular visitas a instalações de produção do saber ou da informação, tais como museus,
planetários, exposições, usinas, hidroelétricas, fábricas, instalações sociais relevantes, etc.,
de forma a permitir ao aluno a construir uma percepção significativa da realidade em que
vive.
• Propor e envolver turmas de alunos em projetos coletivos de construção do conhecimento,
em torno de temas amplos, como edificações/habitação ou veículos/transporte, ou em
torno de temas interdisciplinares mais próximos da Física como produção, distribuição e
uso social da energia.
O Sentido da Experimentação
• Privilegiar o fazer, manusear, operar, agir, em diferentes formas e níveis. Isso inclui
retomar o papel da experimentação, atribuindo-lhe maior abrangência, para além das
situações convencionais de laboratório. Experimentar pode significar observar situações e
fenômenos a seu alcance, desmontar objetos tecnológicos, construir aparelhos e outros
objetos simples, etc., sem prescindir também de situações de investigação tradicionais.
As Formas de Expressão
144
• Utilizar diferentes formas de expressão, desde a elaboração de textos ou jornais, o uso de
vídeos, até a linguagem corporal.
• Estimular o uso adequado dos meios tecnológicos (desde desenhos, fotos, máquinas de
calcular, microcomputadores, etc., até filmadoras), como forma de representar,
sistematizar e produzir conhecimento.
• Relacionar o conhecimento científico com outras formas de saber, discutindo e
explicitando a natureza de saberes diferente e suas abrangências.
A Responsabilidade Social
• Estimular a efetiva participação e responsabilidade social, discutindo possíveis ações na
realidade em que vivem desde difusão de conhecimentos a ações de controle ambiental ou
intervenções significativas no bairro ou localidade, de forma a que os alunos sintam-se de
fato detentores de um saber significativo.
G) AVALIAÇÃO
A avaliação, apesar de responsabilidade do professor, não deve ser considerada função
exclusiva dele. Delegá-la aos alunos, em determinados momentos, é uma condição didática
necessária para que construam instrumentos de auto-regulação para as diferentes
aprendizagens.
Levar em conta o progresso do estudante quanto o objetivo é garantir o objeto de
estudo. Dessa forma mostrar que a avaliação deve ter diversificações levando em
consideração todos os aspectos seja: a compreensão dos conceitos físicos; a capacidade de
analise de texto; a capacidade de elaborar um experimento, dentre outros.
No entanto, a avaliação não pode ser atingida para classificar os alunos, portanto deve
ser continuada e com recuperação paralela ao período letivo. Ou seja, avaliar com sentido de
aprendizagem a crescimento do estudante.
H) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
EISBERG, R; RESNICK.R: Física quântica. Rio de Janeiro, Editora Campus, 1979
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino
Médio. Curitiba: Governo do Estado PR, 2008.
145
15.2.6 GEOGRAFIA
A) FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS
Para a Geografia de hoje o espaço se constitui em uma produção social. E uma
construção das sociedades humanas, modelando a sua imagem esta "matéria prima" a
superfície terrestre, na qual as sociedades dão um sentido e nela imprimem suas idéias, seus
sonhos, seus valores..., conforme nos lembra Ph. Pinchemel. O espaço geográfico além de ser
projeção e expressão da sociedade é também um instrumento graças ao qual a sociedade se
constrói.
É preciso considerar que o espaço geográfico tem historicidade, ele é o espelho das
sociedades humanas que o construíram. tanto as sociedades indígenas como as sociedades
industriais projetam no espaço o "desenho" de suas instituições. 0 espaço geográfico tem por
substrato um espaço natural, o meio biofísico que constitui o habitat das comunidades animais
e vegetais que povoam a superfície terrestre e que apesar de todas as intervenções que vem
sofrendo no decorrer da história jamais poderá ser anulado.
Cada vez mais o espaço se constitui numa articulação entre o local e o mundial, visto
que hoje a reprodução das relações sociais dá-se fora das fronteiras do local ou do
país, influenciando ou determinando as relações sociais no interior de um local ou de uma
região. Com o término do estado-nação, a abertura de novas fronteiras e a organização de
novos blocos, a exemplo do Mercosul, novas relações de poder estão sendo estabelecidas e,
assim, novos paradigmas precisam ser criados para que a complexidade da vida seja mais bem
compreendida.
A ultima revolução vivida pelo mundo, da acessibilidade às informações com o uso de
satélites e da internet, mudam as relações de tempo e espaço, mudam as relações de trabalho
mais ainda estão longe de resolver a questão do processo de reprodução social, no entanto o
que ocorre na realidade é a exclusão social de milhões de pessoas que não são cidadãos
inserindo no contexto produtivo do contexto do PEA (população econômica ativa).
Assim reprodução social hoje, tem que inserir os conteúdos e métodos que transformem
os cidadãos “excluídos” em cidadãos inseridos, na sociedade competitiva que é essa nossa de
hoje.
146
As imagens de satélites cada vez mais acessíveis servem hoje a inúmeros profissionais,
sendo instrumento de desenvolvimento, de decisão, de avaliação econômica, de controle e de
observação militar. 0 cidadão precisa ter acesso aos instrumentos e conhecê-los bem para que
possa estar informado sobre as suas possibilidade e os seus limites.
A internacionalização da economia e da informação até agora não contribuíram para
minimizar a pobreza e a exclusão social: os guetos nas cidades do mundo desenvolvido e a
marginalidade do mundo chamada de subdesenvolvido, até quase uma década; a unificação da
Alemanha, o desaparecimento de países como a União Soviética, Iugoslávia, o retorno de
Hong Kong para a China, apenas para citar alguns exemplos, colocam-nos o seguinte
questionamento: como regionalizar esses espaços que ainda estão em processo de definição,
não tendo uma identidade espacial? As classificações convencionais sobre as regiões do
mundo (Primeiro Mundo, Segundo e Terceiro mundo) ou ainda mundo desenvolvido e mundo
subdesenvolvido, países subdesenvolvidos, industrializados, países subdesenvolvidos não
industrializados são insuficientes para explicar as novas e dinâmicas mudanças que implicam
regionalizações ainda transitórias. A dinâmica das mudanças mostram certos sinais, os quais
permitem realizar uma prospecção mas ainda indefinida.
Na reorganização do mundo atual, qual e a situação espacial da sociedade brasileira, em
que as desigualdades sociais continuam a ser maiores do mundo?
Embora seja difícil estabelecer com precisão o significado do conceito de região, e certo
que está ligado às formas de produção que existem em determinado momento histórico, o
processo de regionalização inicia-se mediante contatos comerciais, migrações e conquistas e
assume ritmos distintos, isto é, "duração e intensidades variadas.
Tanto as atividades desenvolvidas pelo homem vivendo em sociedade quanto à
produção do espaço geográfico resultante dos sistemas de produção passaram por várias
transformações no transcorrer da historia, o que impõe novas conceituações de região, que se
tornam cada vez mais complexas com a rápida incorporação dos avanços científicos ao
sistema de produção.
O espaço brasileiro atinge atualmente os mais altos níveis de especialização regional,
com concentração de atividades industriais, comerciais, e habitacionais e de riquezas. Parece
remota a possibilidade de reorganizar o território sem repensar o modelo econômico vigente
no País, o neoliberalismo, a economia de mercado e privatização que interferem nas várias
dimensões da vida humana, inclusive na especialidade dos fenômenos sociais.
É urgente construir ou reconstruir as paisagens, obedecendo a parâmetros que
favorecem a diversidade de estilos de vida, o que implica enfrentar as contradições do
147
capitalismo e compreender o conflito entre o novo e o já estabelecido. Isso só pode ser feito
conhecendo-se os processos naturais e antrópicos que levam ao exaurimento ou a degradação
da natureza e de seus recursos, tendo a compreensão das razões sociais, econômicas e
políticas responsáveis por certas praticas de utilização dos solos, dos rios, dos mares e do
próprio ar.
O modelo de desenvolvimento e a construção da paisagem brasileira geram focos de
concentração de renda, de produção de consumo, de informação, ilhados pela pobreza. Em
processo desordenado e caótico de urbanização formaram-se megalópoles
e os ritmos da natureza foram desconsiderados, o ambiente degradado e a qualidade de vida
inadequada para os seres humanos e os seres vivos em geral.
O desconhecimento da dinâmica dos sistemas naturais responsáveis pela vida na Terra e
o consumismo exacerbado levam a desastres ecológicos. As tecnologias modernas não
substituem e nem eliminam o papel da natureza na vida humana, pelo contrário, podem
acelerar a destruição de seus recursos. Hoje, o uso das tecnologias visando à preservação são
necessárias e, até mesmo, urgentes, já existindo nesse sentido manifestações das sociedades
civis organizadas do mundo inteiro, a respeito do ambiente e da preservação da vida no
planeta.
A tecnologia e as pesquisas podem contribuir para o conhecimento aprofundado das
porções da superfície terrestre já degradadas e o conhecimento de raros testemunhos de
ecossistemas ainda persistentes no meio da paisagem degradada pelas várias depredações
herdadas de sistemas econômicos que sempre visam o lucro imediato.
Hoje, existem documentos como as fotografias aéreas, os radares e as imagens de
satélites que podem mapear com relativa precisão a especialidade desses fenômenos e fazer
propostas para a recuperação daquilo que ainda é possível.
Embora sempre tenham existido na história da humanidade os deslocamentos espaciais
de pessoas e grupos, esses fenômenos culturais, sociais e econômicos são relevantes no nosso
mundo. Os membros da sociedade moderna possuem uma ampla capacidade e potencialidade
de mobilidade podendo migrar conforme as regras impostas pelo desenvolvimento da
formação social, econômica e espacial. Atualmente, o conhecimento das motivações, das
direções, dos fluxos e refluxos desses movimentos permitem-nos entender as novas
reorganizações espaciais em processo e os choques culturais de indivíduos ou de grupos.
O papel geopolítico e econômico da Geografia mais uma vez desponta como algo
importante na compreensão da realidade social e cultural da sociedade, no entanto, a
complexidade hoje é maior porque os vários entrelaçamentos se fazem imbricando
148
temporalidades e reorganizando espaços que até recentemente vinham sendo organizados pela
indústria e, hoje, em um mundo da produção muito mais tecnológico, com o uso do
computador e dos robôs, faz que a mão-de-obra abundante e barata deixe
de ter seu papel, passando o mercado a exigir outro profissional, capaz de se relacionar com
esse mundo de tecnologia moderna, de artes e linguagem diversificadas.
No entanto, coloca-se a seguinte questão: será que a tecnologia vai minimizar as
desigualdades sociais e as varias formas de exclusão social, de preconceitos existentes no
mundo? a liberação da mão-de-obra de serviços pesados e burocráticos rotineiros vai
certamente aumentar o índice de desempregados e o aumento das atividades informais.
A Geografia a fim como as demais ciências humanas e sociais tem na escola o
compromisso de contribuir para formar o homem inteiro, discurso lido em muitos momentos
mas muito difícil de realizar na prática do espaço social denominado ESCOLA. O professor
precisa deter um conhecimento aprofundado, especializado em determinada disciplina e
conhecer a interface com as demais disciplinas para desenvolver um trabalho integrado, não
compartimentado que ajudara os seus alunos a caminhar no sentido da "humanização" do
homem, ou seja, na consideração da necessidade de que esse homem precisa realizar-se em
muitas dimensões. 0 avanço do trabalho pedagógico faz-se na mediação que o mestre realiza
entre o conhecimento e o desenvolvimento intelectual, emocional e afetivo dos estudantes.
Como a Geografia pode auxiliar a pesquisar essa realidade social, considerando que a
meta e de que sejam cidadãos do mundo e como tal possam atuar no local em que vivem?
Essas são questões que poderão ter respostas apenas no coletivo dos professores e,
especialmente, na área hoje denominada “Ciências Humanas e Suas Tecnologias.”
As várias modalidades de linguagem que o mundo moderno oferece (final do Século
XX) funcionam como instrumentos fundamentais a serem apropriados pelos professores e
alunos para a compreensão da realidade de nosso século. 0 acesso as diferentes linguagens e
aos diferentes documentos na escola média pode ajudar os jovens a compreender melhor à
realidade espacial e temporal em que eles vivem para que atuem de forma comprometida com
as necessidades e interesses de seu grupo social.
A Terra esta cartografada, catalogada, fotografada. O acesso a toda a gama de
informações, instrumentos de base para toda a ação fundamentada no desenvolvimento da
informática e das atlas tecnológicas precisa urgentemente penetrar no trabalho do professor,
não de forma consumista mas com conhecimento de seus limites e
possibilidades. Os Sistemas de informação Geográficos (SIG), articuladores de grande massa
de informações; as fotografias aéreas; as imagens de satélites e cartas geográficas de
149
diferentes escalas são instrumentos importantes para o desenvolvimento do conhecimento mas
perigosos se o cidadão não estiver ciente do poder que representam nas mãos de grupos
minoritários que detêm a sua leitura e interpretação.
Aqueles que detêm esses conhecimentos podem ser responsáveis por grandes tarefas e
intervenções espaciais. Tais intervenções tanto podem atender a necessidade da maior parte da
sociedade como podem interferir na vida de grupos sociais que a duras penas conseguem
construir suas moradas em sítios pequenos e precários e, de repente, se vêem despojados sem
ter para onde ir. Grandes empreendimentos públicos ou privados podem alterar ambientes
humanos, flora e fauna sem que o cidadão comum tenha argumentos para defender suas
posições ou poder avaliar se tais empreendimentos são ou não necessários. Essa constitui a
tarefa da escola, analisar os fenômenos espaciais e a sua validade para o todo social.
A articulação entre a globalização e o lugar e um dos caminhos para orientar o ensino e
a aprendizagem da Geografia para compreender as relações espaciais que se estabelecem no
mundo moderno. E no lugar que o mundo moderno pode ser compreendido em suas múltiplas
dimensões, onde o conteúdo da vida cotidiana é redefinido pelas novas relações. A
compreensão da redefinição do lugar torna-se necessária e até mesmo urgente diante do
acelerado processo de globalização e de fragmentação que o mundo enfrenta. Não se pode
considerar apenas a economia e a rede de informações como os grandes construtores do
espaço; existe uma dimensão humana a ser considerada, ou seja, a maneira como o indivíduo
vive em um lugar, suas relações afetivas com o espaço que ele habita. Ali ele vive as
desigualdades e descontinuidades do espaço submetido a múltiplos fatores. Tanto o espaço
concreto como o espaço abstrato revelam-se igualmente como espaços vividos.
B) OBJETIVOS
• Usar o computador e a Internet para recepção e emissão de mensagens. Obter via Internet
informações em forma de textos, imagens e gráficos.
• Ler e construir tabelas e gráficos, a partir de dados estatísticos.
• Acessar os órgãos oficiais para obter informações, através de dados estatísticos, mapas e
cartogramas (IBGE, IPEA, UNESCO, etc.).
• Realizar a leitura da parte visível da paisagem e buscar analisá-la pelo lado não visível.
• Utilizar-se de diferentes linguagens para a apropriação do conhecimento de um
determinado espaço geográfico.
150
• Representar paisagens e fenômenos espaciais através de mapas, croquis, perfis do relevo,
desenhos e maquetes, etc.
• Atuar de forma comprometida com as necessidades e interesse do seu grupo social
• Realizar trabalhos de campo , desenvolvendo a capacidade de observar, entrevistar e
registrar as informações e relações obtidas a partir de observações.
• Conhecer o espaço geográfico através das várias escalas, transitando da escala local para a
escala mundial e vice-versa.
A seleção de conteúdos para cada ano , será realizada pelo conjunto de professores da
área, com base nos pressupostos teóricos e nas competências e habilidades a serem
desenvolvidas no ensino da Geografia.
C) OBJETO DE ESTUDO
O Espaço Geográfico
D) CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Dimensão econômica do espaço geográfico;
• Dimensão política do espaço geográfico;
• Dimensão sócio ambiental do espaço geográfico;
• Dimensão demográfica e cultural do espaço geográfico.
E) CONTEÚDOS
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
Dimensão econômica do espaço geográfico;
• A formação e transformação das paisagens.• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.
151
Dimensão política do espaço geográfico;
Dimensão sócio ambiental do espaço geográfico;
Dimensão demográfica e cultural do espaço geográfico.
• A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico. • A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. • A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.• O espaço rural e a modernização da agricultura.• O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.• A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.• Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios. • As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente.• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.• Os movimentos migratórios e suas motivações.• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.• O comércio e as implicações socioespaciais.• As diversas regionalizações do espaço geográfico. • As implicações socioespaciais do processo de mundialização.• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
F) METODOLOGIA
É preciso que o professor e os seus alunos observem e reflitam sobre o espaço vivido e
descubram as representações que os indivíduos inseridos nos diferentes grupos sociais tem
sobre o espaço de vida percebido.
André Frémont distingue três tipos de espaço nos quais os indivíduos se encontram: um
espaço de vida que compreende os lugares freqüentados por uma pessoa ou grupo social; um
espaço social que acrescenta aos lugares do espaço de vida as múltiplas inter-relações sociais
152
submetidas a uma rede e, por último, o espaço vivido em que se entrelaçam os dois anteriores
e os valores psicológicos que unem os homens entre si por laços imateriais.
Os diferentes olhares sobre os lugares, através das variadas linguagens, promove a
compreensão do espaço geográfico no qual o estudante e seu grupo social está inserido. Para
compreender e atuar sobre esse espaço produzido através das diferentes temporalidades é
preciso observar as permanências visíveis na paisagem e as invisíveis que estão presentes
muitas vezes apenas nas representações sociais ou até no imaginário das pessoas e dos grupos
sociais, as quais emergem através da fala das pessoas e de suas ações e intervenção no espaço
construído.
As mudanças perceptíveis através de vários sinais na paisagem visível permitem, em
uma análise minuciosa, antever o futuro de certo espaço geográfico. Uma paisagem pode ser
estudada sob diferentes perspectivas, sob diferentes óticas da Geografia quer seja a clássica
vidaliana, passando pela Geografia que utiliza a analise sistêmica; pela Geografia que utiliza
princípios marxista, considerando importante a contradição e o método dialético, com as
atuais correntes da percepção, do comportamento ou do imaginário. A diversidade de
enfoques é uma constante no estudo da paisagem, da natureza, do território e da sociedade,
tanto isso é real na universidade como na escola fundamental e média.
A análise da paisagem visível e reveladora do social; a sua observação, os signos nela
expressos e impressos permitem conhecer as sociedades que a construíram e a constroem, as
temporalidades que se entrelaçam e se entrelaçam na sua constituição. George Bertrand
afirma que a paisagem revela como o homem antropofizou a terra. Essa expressão demonstra
como os homens com suas diferentes culturas, economias e tempos edificaram a paisagem
segundo os aspectos técnicos, econômicos, sociais, culturais e ideológicos dos grupos
humanos em diferentes épocas. Assim, cada um dos elementos da paisagem exprime um
significante visível e expressa um significado invisível que a Geografia precisa buscar.
O trabalho de campo com o aluno pode representar muito para a consolidação da
educação geográfica do aluno que dialoga com o espaço geográfico e toma consciência das
relações que ele tem com espaços de outras grandezas.
O estudo do meio, considerado como método interdisciplinar, pode se constituir num
elo entre as disciplinas parcelares da área Sociedade e Cultura, ao utilizar uma diversidade de
linguagem e documentos e produzir novos conhecimentos sobre um determinado espaço ou
fenômeno espacial.
153
A concepção de trabalho interdisciplinar pressupõe um procedimento metodológico que
parta da idéia de que as ciências parcelares devem contribuir para a compreensão de
determinados temas que orientam o trabalho escolar. Respeita a especificidade da disciplina,
ou seja, os recortes necessários ao diálogo inteligente com
o mundo e cuja gênese encontra-se na história de cada ciência e de cada disciplina escolar.
O espaço geográfico é estudado pela Geografia, no entanto, para analisá-lo em
profundidade há que se utilizar dos conhecimentos de outras disciplinas. A leitura da
paisagem, a qual é resultante de múltiplas determinações históricas, geográficas, culturais e
até mesmo ideológicas podem ser problematizadas sob diferentes óticas, a fim de se conhecer
como o trabalho social produziu aquela realidade.
No mundo moderno ser desinformado e estar fragilizado diante da rapidez das
transformações que interferem e regulam a vida cotidiana de cada pessoa. Nessa perspectiva,
poderíamos afirmar que quem vê televisão tem acesso às informações e assim pode conquistar
a cidadania. No entanto, a avalanche de informações não garante a cidadania porque são
descontextualizadas, fragmentadas e expostas com muita rapidez, o que não permite ao
telespectador desavisado estabelecer relações, não conseguindo elevar essas informações à
categoria de conhecimento. Acreditamos que só uma prática social real pode produzir
conhecimento. A escola para muitos é o único local em que a reprodução e produção do
conhecimento se realiza, principalmente, no ensino médio, quando os jovens já tem uma
capacidade maior de observação.
G) AVALIAÇÃO
A avaliação e recuperação será contínua, diagnóstica e somatória, no decorrer do
desenvolvimento das atividades, priorizando-se as habilidades dos conteúdos, dentro das
seguintes dimensões e categorias: provas, trabalhos e execução de tarefas. Serão atribuídos
conceitos, considerando o desempenho, a participação, o interesse, a responsabilidade e a
assiduidade do aluno.
A avaliação tem um papel importante, pois explicita as expectativas de aprendizagem,
considerando objetivos e conteúdos propostos para a área e para o ciclo, a organização lógica
e interna dos conteúdos, as particularidades de cada momento da escolaridade e as
possibilidades da aprendizagem decorrentes de cada etapa do desenvolvimento cognitivo,
154
afetivo e social em uma determinada situação, na qual os alunos tenham boas condições de
desenvolvimento do ponto de vista pessoal e social. Os critérios de avaliação apontam as
experiências educativas a que os alunos devem ter acesso e são considerados essenciais para o
seu desenvolvimento e socialização.
H) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de & RIGOLIN, Tércio Barbosa. Geografia. São Paulo:
Ática, 2002.
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Geografia para os
anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba: Governo do Estado PR,
2008.
VESENTINI, J. Wiliam. Sociedade e Espaço. São Paulo: Ática, 1996.
15.2.7 HISTÓRIA
A) FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODÓGICOS
A História, enquanto disciplina escolar, ao se integrar na área Sociedade e Cultura para o
ensino médio, possibilita ampliar estudos sobre as problemáticas contemporâneas, atuando-as
nas diversas temporalidades, servindo como arcabouço para a reflexão das possibilidades de
mudanças e necessidades das continuidades.
A integração da História com as demais disciplinas que compõem as denominadas
Ciências Sociais permite sedimentar e aprofundar tema estudados no ensino fundamental,
redimensionando aspectos da vida em sociedade e do papel do indivíduo nas transformações
do processo histórico, completando a compreensão das relações entre a liberdade (ação do
indivíduo-sujeito da história) e a necessidade (ações determinadas pela sociedade - produto de
determinada história).
O papel das disciplinas que compõem a área de Ciências Humanas, para essa faixa etária e
o momento histórico que estão vivendo, deve ser entendido em suas dimensões amplas que
envolvem a formação de uma cultura educacional. Trata-se de uma sociedade marcada pelo
mundo tecnológico, com ritmos de transformações aparentemente muito acelerados, com
informações provenientes de vários espaços mas predominando a mídia audiovisual, na
155
fragmentação do conhecimento sobre os indivíduos e a sociedade e no domínio do mito do
consumo. As concepções políticas
e as referentes às ações humanas no espaço público e privado assim como as relações homem
natureza estão sendo modificadas. Os paradigmas científicos que sustentavam as bases
fundamentais dessas concepções estão sendo questionados e colocados em cheque pelas
realidades que glorificam o novo tecnológico mas não solucionam problemas antigos, que se
apóiam na racionalidade da ciência, mas se submetem a crenças religiosas diversas. Tais
constatações sobre as incertezas e mitos vividos pelos jovens da atual geração implicam em
delimitar com maior precisão o papel educativo da área, o sentido de possibilitar um ensino
médio de caráter humanista capaz de impedir a constituição de uma nova visão apenas
utilitária e profissional das disciplinas escolares.
A pesquisa histórica esforça-se atualmente em situar as articulações entre a micro e a
macro-história, buscando nas singularidades dos acontecimentos o todo histórico nelas
contidos, recuperando formas diversas de registros e ações humanas, tanto nos espaços
considerados tradicionalmente os de poder, como o Estado e as instituições oficiais, como nos
espaços privados das fábricas e oficinas, das casas e das ruas, das festas e das sublevações,
das guerras entre a nações e dos conflitos diários para a sobrevivência, das mentalidades em
suas permanências de valores e crenças e das transformações advindas com a modernidade da
vida urbana em seu aparato tecnológico.
O estudo de novos temas considerando a pluralidade de sujeitos em seus confrontos,
alterando concepções caladas apenas nos "grandes eventos" ou nas formas estruturais
baseadas nos modos de produção por intermédio do qual desaparecem de cena homens e
mulheres de "carne e osso", tem redefinido igualmente o tratamento metodológico para a
pesquisa. A investigação histórica passou a considerar a importância da utilização de outras
fontes documentais, além, da escrita, aperfeiçoando métodos de interpretação que abrangem
os vários registros produzidos. A comunicação entre os homens, além da escrita, é oral,
gestual, musical e rítmica. Nesse aspecto, os estudos de inspiração marxista que privilegiavam
inicialmente as análises das infra-estruturas econômicas e das lutas de classe, passaram a
pesquisar também a cultura, as idéias e valores cotidianos, presentes nas experiências das
classes sociais e nas formas de mediação entre elas. E passaram a
desenvolver interesse também pela linguagem como uma referência de análise dos discursos
políticos e do processo de construção da consciência de classe ou de identidades.
156
A contribuição mais substantiva da História para a melhor compreensão da sociedade
contemporânea e de nela o jovem se situar, reside, assim e mais efetivamente na possibilidade
de desenvolver capacidades de apreensão do tempo em seu sentido completo das vivências
humanas. o tempo histórico compreendido nessa complexidade utiliza o tempo cronológico,
institucionalizado, que possibilita especificar o lugar dos momentos históricos em seu
processo de sucessão, mas procura identificar também os diferentes níveis e ritmos de
durações temporais. A duração torna-se, nessa faixa etária, a forma mais consubstanciada de
apreensão do tempo histórico, ao possibilitar que alunos apreendam as relações das
continuidades e descontinuidades, das permanências e de mudanças em suas variáveis e em
todas as formas de reversibilidade.
Os ritmos da duração permitem identificar a velocidade em que as mudanças ocorrem e
como nos acontecimentos estão inseridas várias temporalidades - acontecimentos breves, com
datas e lugares determinados; acontecimentos conjunturais que, por sua vez, se inserem; em
acontecimentos de longa duração, com mudanças que parecem imperceptíveis -
acontecimentos estruturais
A formação das noções de tempo histórico em suas diversidades e complexidades pode
favorecer a formação do estudante como cidadão, aprendendo a discernir os limites e
possibilidades de sua atuação, na permanência ou na transformação da realidade histórica em
que vive. A formação de "cidadãos", é importante ressaltar, não ocorre sem reflexões sobre
seu significado.
Do ponto de vista da formação histórica do estudante, a questão da cidadania envolve
escolhas pedagógicas especificas para que ele possa conhecer e distinguir diferentes
concepções históricas acerca dela, delineadas em diferentes épocas. 0 significado, por
exemplo, que a sociedade brasileira atual tem de cidadania não é o mesmo que tinham os
atenienses da época de Péricles, assim como não é o mesmo que possuíam os revolucionários
franceses de 1789. O sentido que a palavra assume
para os brasileiros atualmente, de certa maneira, inclui os demais sentidos historicamente
localizados, mas ultrapassa os seus contornos, incorporando problemáticas e os anseios
individuais, de classes, de gêneros, de grupos sociais, locais, regionais, nacionais e mundiais
que projetam a cidadania enquanto práticas e realidades históricas.
B) OBJETIVOS
157
• Localizar os momentos históricos em seu processo de sucessão e em sua simultaneidade, e
como duração.
• Identificar os diferentes ritmos de durações temporais, ou as várias temporalidades
(acontecimentos breves, conjunturais e estruturais).
• Estabelecer as relações entre permanências e transformações no processo histórico.
• Extrair informações atuais e de outros tempos
• Comparar o presente em processos contínuos e nas relações que mantêm com o
passado• Redimensionar o presente em processos contínuos, e nas relações que mantêm com o
passado.• Identificar momentos de ruptura ou de irreversibilidade no processo histórico.
A seleção de conteúdos para cada ano, será realizada pelo conjunto de professores da
área, com base nos pressupostos teóricos e nos objetivos gerais e específicos a serem
desenvolvidas no ensino da História.
C) OBJETO DE ESTUDO
A Experiência Humana no Tempo
D) CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Relações de Trabalho
• Relações de Poder
• Relações Culturais
E) CONTEÚDOS
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Tema 1: Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.Tema 2 :Urbanização e industrialização
158
Relações Culturais
Tema 3: O Estado e as relações de poderTema 4: Os sujeitos, as revoltas e as guerrasTema 5: Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluçõesTema 6: Cultura e religiosidade
F) METODOLOGIA
A apropriação de conceitos e temas ocorre por intermédio de métodos oriundos das
investigações históricas, desenvolvendo capacidades de extrair informações das diversas
fontes documentais e interpretá-las, estabelecendo relações e comparações entre
problemáticas atuais e as de outros tempos. Fornecem também métodos que auxiliam a
capacidade de relativizar as próprias ações e as de outras pessoas no tempo e no espaço.
Finalmente, é necessário frisar a contribuição da história para as novas gerações,
considerando-se que a sociedade atual vive um presente contínuo, que tende a esquecer e
anular a importância das relações que o presente mantêm com o passado. Nos dias atuais, a
cultura capitalista impregnada de valores consumistas fornece uma valorização das mudanças
no novo cotidiano tecnológico e uma ampla difusão de informações sempre apresentadas
como novas e com explicações reducionistas que reduzem aos acontecimentos imediatos. 0
ensino de Historia, por meio de atividades especificas com as diferentes temporalidades,
especialmente com o tempo da media e longa duração, pode favorecer a reavaliação dos
valores do mundo de hoje, a distinção de diferentes ritmos de transformações históricas, o
redimensionamento do presente em processos contínuos e a construção de identidades com as
gerações passadas.
G) AVALIAÇÃO
A avaliação não está voltada apenas para aluno, mas também para o professor na sua
prática pedagógica, ou seja, avaliação de produção discente, da prática docente e auto-
avaliação discente e docente.
Para se optar entre os procedimentos de avaliação, deve-se considerar:
- Os conteúdos
159
- Os processos mentais
- Os critérios de avaliação;
De acordo com a natureza da disciplina, pode utilizar de diferentes técnicas:
- Provas orais, práticas (teatro), discursivas, objetivas;
- Entrevistas, questionários;
- Pesquisa;
- Seminários;
- Auto-avaliação.
Na avaliação enfatiza-se a totalidade do homem, superando através de estímulo à
participação, a cientificidade, envolvendo projetos interdisciplinares.
Coletando-se os resultados obtidos, o professor poderá reformular o projeto pedagógico
elaborado, oportunizando ao aluno conhecimentos relevantes para a solução de problemas,
oferecendo condições para o mesmo ser criativo e livre, além de capaz em suas iniciativas, a
responsável por suas ações.
H) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FAUSTO, Boris. A revolução de 30: história e historiografia. São Paulo: Brasiliense. 1970.
FAUST, Boris. História concisa do Brasil. São Paulo: Brasiliense. 1993.
FIGUEIREDO, Lucas. Ministério do silêncio: a história do serviço secreto brasileiro. Brasília:
Record, 2005.
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de História para os anos
finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba: Governo do Estado PR, 2008.
15.2.8 LÍNGUA PORTUGUESA
A) FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS
A disciplina na LDB 5692/71 vinha dicotomizada em Língua e Literatura (com ênfase
na literatura brasileira). A divisão repercutiu na organização curricular: a separação gramática,
estudos literários e redação. Os livros didáticos, em geral, e mesmo os vestibulares,
reproduziram o modelo de divisão. Muitas escolas até hoje mantêm professores especialistas
160
para cada tema e há até mesmo aulas específicas como se leitura/literatura, estudos
gramaticais e produção de texto não tivessem relações entre si. Presenciamos situações em
que o caderno do aluno era assim dividido.
A perspectiva dos estudos gramaticais na escola, até hoje, centra-se, em grande parte,
no entendimento da nomenclatura gramatical como eixo principal; descrição e norma se
confundem na análise da frase, essa deslocada do uso, da função e do texto.
Os estudos literários seguem o mesmo caminho. A história da literatura costuma ser o
foco da compreensão do texto. Uma história que nem sempre corresponde ao texto que lhe
serve de exemplo. O conceito de texto literário é discutível. Machado de Assis é literatura,
Paulo Coelho não. Por quê? As explicações não fazem sentido para o aluno nem a linguagem
e o estilo.
Sem dúvida que, em vista nesse quadro, fica o questionamento sobre como organizar o
currículo da disciplina no Ensino Médio. Bem sabemos que graves são os problemas oriundos
do domínio básico e instrumental, principalmente da língua escrita, que o aluno deveria ter
adquirido no Ensino Fundamental. Como resolvê-los? O diagnóstico sensato daquilo que o
aluno sabe e do que não sabe deverá ser o princípio das ações, entretanto as finalidades devem
visar a um saber lingüístico amplo, tendo a comunicação como base das ações.
Comunicação aqui entendida como um processo de construção de significados em que o
sujeito interage socialmente, usando a língua como instrumento que o define
como pessoa entre pessoas. A língua compreendida como linguagem que constrói e
desconstrói significados sociais.
A língua situada, no emaranhado das relações humanas, nas quais o aluno está presente
e mergulhado. Não a língua divorciada do contexto social vivido. Sendo ela dialógica por
princípio, não há como separá-la de sua própria natureza, mesmo em situação escolar.
Base de todos os saberes e dos pensamentos pessoais, seu estudo impõe um tratamento
transdisciplinar no currículo.
Os objetivos da Educação Básica, no art. 22 da LDB, já apontam à finalidade da
disciplina, ou seja, “desenvolver o educando, assegurar-lhe formação comum indispensável
para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos
posteriores.” De que forma o ensino da disciplina pode visar a esse desenvolvimento? Essa é a
primeira decisão a ser tomada na sua inclusão curricular.
Integrada à área Linguagens e Códigos, por sua natureza basicamente transdisciplinar de
linguagem entre as linguagens que estrutura e é estruturado no social, o estudo da língua
materna deve, pela interação verbal, permitir o desenvolvimento das capacidades cognitivas
161
dos alunos. Apenas, considerando-a como linguagem, ação em interação, podemos atender a
comunicabilidade esperada dos alunos.
B) OBJETIVOS
Os objetivos correspondem a uma visão da disciplina dentro da área e deverão ser
desenvolvidas no processo de ensino-aprendizagem, ao longo do Ensino Médio. A proposta
não pretende reduzir os conhecimentos a serem aprendidos, mas, sim, indicar os limites sem
os quais o aluno desse nível teria dificuldades para prosseguir nos estudos, bem como
participar ativamente na vida social.
Assim, espera-se que, ao final do Ensino Médio, o aluno objetive competências, em
relação à compreensão da Língua Portuguesa, que lhe possibilite:
- Considerar a língua portuguesa como fonte de legitimação de acordos e condutas sociais e
como representação simbólica de experiências humanas manifestas nas formas de sentir,
pensar e agir na vida social.
A linguagem verbal representa a experiência do ser humano na vida social, essa não é
uniforme. A linguagem é construto e construtora do social e gera a sociabilidade. Os sentidos
e significados gerados na interação social produzem uma linguagem que, apesar de utilizar
uma mesma língua, varia na produção e na interpretação.
A língua portuguesa é um produto de linguagem e carrega dentro de si uma história de
acumulação/redução de significados sociais e culturais. Entretanto, na atualização da língua,
há a variedade de códigos e subcódigos internalizados por situações extra-verbais que
terminam por se manifestar nas interações verbais estabelecidas.
Dar espaço para a verbalização da representação social e cultural é um grande passo
para a sistematização da identidade de grupos que sofrem processos de deslegitimação social.
Aprender a conviver com as diferenças, reconhecê-las como legítimas e saber defendê-las em
espaço público fará com que o aluno reconstrua a auto-estima.
A literatura é um bom exemplo do simbólico verbalizado. Guimarães Rosa procurou no
interior de Minas Gerais a matéria prima de sua obra: cenários, modos de pensar, sentir, agir,
de ver o mundo, de falar sobre o mundo, uma bagagem brasileira que resgata a brasilidade.
Indo às raízes, devastando imagens pré-conceituosas, legitimou acordos e condutas sociais,
por meio da criação estética.
162
- Analisar os recursos expressivos da linguagem verbal, relacionando textos/contextos,
mediante a natureza, função, organização, estrutura, de acordo com as condições de
produção/recepção (intenção, época, local, interlocutores participantes da criação e
propagação de idéias e escolhas ).
A língua dispõe dos recursos, mas a organização deles encontra no social sua matéria
prima. Mesmas estruturas lingüísticas assumem significados diferentes, dependendo das
intenções dos interlocutores. Há uma “diversidade de vozes” em um mesmo texto.
Normalmente o uso que fazemos desses recursos não é intencional, é comum dizer aquilo que
não queremos dizer ou interpretar de forma errônea o dito, daí as desculpas são muitas. Uma
entoação de voz pode transformar o sentido de um texto. A simples inversão de um adjetivo
modifica o significado de uma frase. O texto literário se apropria desse jogo do possível com
maestria. A propaganda faz o mesmo. A ambigüidade da linguagem faz os juristas provarem o
dito pelo não dito e vice versa.
Quanto mais dominamos as possibilidades de uso da língua mais nos aproximamos da
eficácia comunicativa estabelecida como norma ou a sua transgressão, denominada estilo. A
atenção sobre aquilo que não se mostra e como se mostra traz informações sobre quem produz
e para que produz.
Os gêneros discursivos cada vez mais flexíveis no mundo moderno nos dizem sobre a
natureza social da língua. Por exemplo, o texto literário se desdobra em inúmeras formas; o
texto jornalístico e a propaganda manifestam variedades, inclusive visuais; os textos orais
coloquiais e formais se aproximam da escrita; as variantes lingüísticas marcadas pelo gênero,
pela profissão, camada social, idade, região.
A funcionalidade dos discursos que estipula o como e o que dizer. A linguagem verbal é
dialógica e só podemos analisá-la em funcionamento, no ato comunicativo, considerando
todos os elementos implicados nesse ato.
Toda e qualquer análise gramatical, estilística, textual deve considerar a dimensão
dialógica da linguagem como ponto de partida. O contexto, os interlocutores, gêneros
discursivos, recursos utilizados pelos interlocutores para afirmar o dito/escrito, os significados
sociais, a função social, os valores e o ponto de vista determinam formas de dizer/escrever.
- Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes manifestações da linguagem
verbal.
A análise da dimensão dialógica da linguagem permite o reconhecimento de pontos de
vista diferentes sobre um mesmo objeto de estudo e a formação de um ponto de vista próprio.
163
A opção do aluno por um ponto de vista coerente, em situação determinada, faz parte de
uma reflexão consciente e assumida, mesmo que provisória. A importância de liberar a
expressão da opinião do aluno, mesmo que não seja a nossa, permite que ele
crie um sentido para a comunicação do seu pensamento. Deixar falar/escrever de todas as
formas, tendo como meta a organização dos textos.
A experiência escolar é necessária para que se chegue a isso e, mais, deve ser uma
necessidade sentida pelo próprio aluno. Não enxergamos outra saída, senão o diálogo, para
que o aluno aprenda a confrontar, defender, explicar suas idéias de forma organizada, em
diferentes esferas de prática da palavra pública, compreendendo e refletindo sobre as marcas
de atualização da linguagem (a posição dos interlocutores, o contexto extra-verbal suas
normas, de acordo com as expectativas em jogo, à escolha dos gêneros e recursos).
- Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e
integradora da organização do mundo e da própria identidade.
Podemos agora localizar o uso em um processo que exige competências complexas
cognitivas, emocionais e comunicativas.
O uso depende de se ter conhecimento sobre o dito/escrito (a leitura/análise), sobre a
escolha de gêneros e tipos de discurso. Tais escolhas refletem conhecimento e domínio de
“contratos” textuais não declarados, mas que estão implícitos. Tais contratos exigem que se
fale/escreva desta ou daquela forma, ou segundo estes ou aqueles modo/gênero. Disso saem às
formas textuais.
A competência do aluno depende, principalmente, do poder dizer/escrever, de ser
alguém que merece ser ouvido/lido.
O espaço da língua portuguesa na escola é garantir o uso ético e estético da linguagem
verbal; fazer compreender que pela e na linguagem é possível transformar/reiterar o social, o
cultural, o pessoal; convencer aceitar a complexidade humana, o respeito pelas falas, como
parte das vozes possíveis e necessárias para o desenvolvimento humano, mesmo que, no jogo
comunicativo, haja avanços/retrocessos próprios dos usos da linguagem; enfim fazer o aluno
se compreender como um texto em diálogo constante com outros textos.
Ao ler este texto, muitos educadores poderão perguntar onde está à literatura, a
gramática, a produção do texto escrito, as normas. Os conteúdos tradicionais foram
incorporados por uma perspectiva maior que é a linguagem, entendida como um espaço
dialógico, em que os locutores se comunicam. Nesse sentido todo conteúdo tem seu espaço de
estudo, desde que possa colaborar para a objetivação das competências em questão.
164
O ponto de vista, qualquer que seja, é um texto entre textos e será recriado em outro
texto, objetivando a socialização das formas de pensar, agir e sentir, a necessidade de
compreender a linguagem como parte do conhecimento de si próprio e da cultura e a
responsabilidade ética e estética do uso social da língua materna.
C) OBJETO DE ESTUDO
A Língua
D) CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O Discurso como Prática Social
Leitura
Escrita
Oralidade
E) CONTEÚDOS
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOSPara o trabalho com as práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.Leitura • Conteúdo temático;
• Interlocutor;• Finalidade do texto ;• Intencionalidade;• Aceitabilidade do texto;• Informatividade;• Situacionalidade;• Intertextualidade;• Temporalidade;• Vozes sociais presentes no texto;• Discurso ideológico presente no texto;• Elementos composicionais do gênero;
165
• Contexto de produção da obra literária;• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das
classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
• Progressão referencial;• Partículas conectivas do texto;• Relação de causa e consequência entre partes e
elementos do texto;• Semântica:
- operadores argumentativos;- modalizadores;- figuras de linguagem; - sentido conotativo e denotativo.
Escrita
• Conteúdo temático;• Interlocutor;• Finalidade do texto;• Intencionalidade;• Informatividade;• Situacionalidade;• Intertextualidade;• Temporalidade;• Referência textual;• Vozes sociais presentes no texto;• Ideologia presente no texto;• Elementos composicionais do gênero;• Progressão referencial;• Relação de causa e consequência entre as partes e
elementos do texto;• Semântica:
- operadores argumentativos;- modalizadores;- figuras de linguagem;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;
• Vícios de linguagem;• Sintaxe de concordância;• Sintaxe de regência.
Oralidade • Conteúdo temático; • Finalidade;• Intencionalidade;• Aceitabilidade do texto;• Informatividade;• Papel do locutor e interlocutor;• Elementos extralinguísticos: entonação,
expressões facial, corporal e gestual, pausas ...;• Adequação do discurso ao gênero;• Turnos de fala;• Variações linguísticas (lexicais, semânticas,
166
prosódicas, entre outras);• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, • repetição;• Elementos semânticos;• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos,
gírias, repetições, etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o
escrito.
F) METODOLOGIA
O processo de ensino/aprendizagem de Língua Portuguesa, no Ensino Médio, deve
pressupor antes uma visão sobre o que é linguagem verbal. Ela se caracteriza como
construção humana e histórica de um sistema lingüístico e comunicativo em determinados
contextos. Assim, na gênese da linguagem verbal estão presentes o homem, seus sistemas
simbólicos e comunicativos, em um mundo sociocultural.
As expressões humanas incorporam todas as linguagens, mas, para efeito didático, a
linguagem verbal será o material de reflexão, já que, para o professor de língua materna, ela é
prioritária como instrumento de trabalho.
O caráter sociointeracionista da linguagem verbal aponta para uma opção metodológica
de verificação do saber lingüístico do aluno, como ponto de partida para a decisão daquilo que
será desenvolvido, tendo como referência o valor da linguagem nas diferentes esferas sociais.
A unidade básica da linguagem verbal é o texto, compreendido como a fala e o discurso
que se produz, e a função comunicativa, o principal eixo de sua atualização e a razão do ato
lingüístico.
O aluno deve ser considerado como produtor de textos, aquele que pode ser entendido
pelos textos que produz e que o constitui como ser humano. O texto só existe na sociedade e é
produto de uma história social e cultural, único em cada contexto, porque marca o diálogo
entre os interlocutores que o produzem e entre os outros textos que o compõem. O homem
visto como um texto que constrói textos.
O processo de ensino/aprendizagem de Língua Portuguesa deve basear-se em propostas
interativas língua/linguagem, consideradas em um processo discursivo de construção do
pensamento simbólico, constitutivo de cada aluno em particular e da sociedade em geral.
Essa concepção destaca a natureza social e interativa da linguagem, em contraposição às
concepções tradicionais, deslocadas do uso social. O trabalho do professor centra-se no
167
objetivo de desenvolvimento e sistematização da linguagem interiorizada pelo aluno,
incentivando a verbalização da mesma e o domínio de outras utilizadas em diferentes esferas
sociais. Os conteúdos tradicionais de ensino de língua,
ou seja, nomenclatura gramatical e história da literatura são deslocadas para um segundo
plano. O estudo da gramática passa ser uma estratégia para
compreensão/interpretação/produção de textos e a literatura integra-se à área de leitura.
A interação é o que faz com que a linguagem seja comunicativa. Esse princípio anula
qualquer pressuposto que tenta referendar o estudo de uma língua isolada do ato interlocutivo.
Semelhante distorção é responsável pelas dificuldades dos alunos em compreender
estaticamente a gramática da língua que falam no cotidiano.
Em geral, as ações escolares são arquitetadas sob a forma de textos que não
“comunicam” ou são interpretados de forma diferente entre educadores e educandos. Há
estereótipos educacionais complexos e difíceis de serem rompidos, como no caso do ensino
das classificações apriorísticas de termos gramaticais. Nada contra ensiná-las, o problema está
em como ensiná-las, em razão do ato comunicativo. A gramática extrapola em muito o
conjunto de frases justapostas deslocadas do texto. O texto é único como enunciado, mas
múltiplo enquanto possibilidade aberta de atribuição de significados devendo, portanto ser
objeto, também, único de análise/síntese.
Esse procedimento de estudo da dimensão dialógica dos textos pressupõe abertura para
construção de significações e dependência entre aqueles que se propõem a estudá-los.
As sistematizações podem ser recorrentes a outros textos como as classificações da
gramática normativa ou das estéticas, produtos intertextuais reatualizados. Na prática da
avaliação desses produtos podem surgir adesões, contradições e até novas formas de
classificação. É o denominado a aprender, ou mais, aprender a escolher, sustentar as escolhas,
no processo de verbalização, em que processos cognitivos são ativados, no jogo do dialógico
do “eu” e do “outro”.
Essa postura exige a aceitação por parte de professores e alunos da capacidade de
avaliar-se perante a si mesmo e o outro de forma menos prepotente.
Haverá sempre o jogo da alteridade manifesto pela linguagem, o poder de manipular o
discurso autoritário do “ eu mando, você faz”, os papéis assumidos pelos interlocutores que
evitam ouvir os subalternos, porque esses não detêm, no turno dos diálogos, o poder
simbólico/econômico. As figuras mãe/pai/filho, professor/aluno, patrão/empregado podem
servir de exemplo.
168
Os papéis dos interlocutores, a avaliação que se faz do “outro” e a expressão dessa
avaliação em contextos comunicativos devem ser pauta dos estudos da língua, dessa forma
podemos falar em adequação da linguagem a situações de uso.
Disciplinas da área das Ciências Humanas podem ajudar em muito tal compreensão.
Relacionar os discursos com contextos sócio-históricos, ideologias, simulacros e pensar os
discursos em sua intertextualidade pode revelar a diversidade do pensamento humano.
Deve-se compreender o texto que nem sempre se mostra, mascarado pelas estratégias
discursivas e recursos utilizados para se dizer uma coisa que procura “enganar” o interlocutor
ou subjugá-lo. Com, pela e na linguagem as sociedades se constroem e se destroem. É com a
língua que as significações da vida assumem formas de poesia ou da fala cotidiana nossa de
cada dia.
Dirão muitos que esse não é trabalho só para o professor de português. Sem dúvida,
esse é um trabalho de todas as disciplinas, mas pode ser língua portuguesa o carro chefe de
tais discussões. A interdisciplinaridade pode começar por aí e consequentemente a construção
e o reconhecimento da intertextualidade.
G) AVALIAÇÃO
A sistematização da avaliação do desempenho do aluno e do seu rendimento escolar
será continua, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Na avaliação
serão utilizados instrumentos e técnicas diversificadas, tais como: provas orais e escritas,
pesquisas, trabalhos individuais e coletivos, tarefas e a participação do aluno nas aulas.
Dar-se-á relevância à atividade critica, às capacidades de síntese, à elaboração pessoal
sobre a memorização.
H) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FRASCOLLA, FER E PAES, Anna, Aracy S. E Naura S. Lendo e Interferindo. São
Paulo. SP. Ed. Moderna. 2001
GUSSO E FINAU, Angel Mari Chanoski E Rossana Aparecida: Língua Portuguesa
169
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa
para os anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba: Governo do
Estado PR, 2008.
15.2.9 MATEMÁTICA
A) FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS
À medida que nos vemos integrando ao que se denomina uma sociedade da informação,
crescentemente globalizada, as capacidades de comunicação, de resolver problemas, de tomar
decisões, de fazer inferências, de criar, de aperfeiçoar conhecimentos e valores, de trabalhar
cooperativamente são cada vez mais exigidas.
A Matemática no ensino médio tem um valor formativo, que ajuda a estruturar o
pensamento e o raciocínio dedutivo, porém ela também é uma ferramenta que serve para a
vida cotidiana e para muitas tarefas específicas de quase todas as atividades humanas, ou seja,
desempenha um papel instrumental.
Em seu papel formativo a Matemática contribui para o desenvolvimento de processos de
pensamento e a aquisição de atitudes cuja utilidade de alcance transcendem o âmbito da
própria Matemática, podendo formar no aluno a capacidade de resolver problemas genuínos,
gerando hábitos de investigação, proporcionando confiança e desprendimento para analisar e
enfrentar situações novas, propiciando a formação de uma visão ampla e científica da
realidade, o desenvolvimento da criatividade e de outras capacidades pessoais.
No que diz respeito ao caráter instrumental da Matemática no ensino médio, ela deve ser
vista pelo aluno como um conjunto de técnicas e estratégias tanto para serem aplicadas a
outras áreas do conhecimento quanto para a atividade profissional. Não se trata de só
pretender que os alunos possuam muitas e sofisticadas estratégias, mas de garantir que
desenvolvam a iniciativa e a segurança para adaptá-las a diferentes contextos usando-as
adequadamente no momento oportuno.
Por fim, cabe a Matemática do ensino médio apresentar para o aluno o conhecimento de
novas informações e instrumentos necessários para que seja possível a ele aprender para a
vida toda. Saber aprender e a condição básica para prosseguir se aperfeiçoando ao longo da
vida. Sem dúvida, cabe a todas as áreas do ensino médio auxiliar no desenvolvimento da
170
autonomia e da capacidade de pesquisa para que cada aluno possa confiar em seu próprio
conhecimento.
Analisar as funções da Matemática descritas acima nos leva a pensar que aprender
Matemática no ensino médio deve ser mais da que memorizar resultados dessa ciência, isto é,
a aquisição do conhecimento matemático deve estar vinculada com o domínio de um saber
fazer Matemática.
Esse domínio vem por um processo lento, trabalhoso, cujo começo deve ser uma
prolongada atividade sobre resolução de problemas de diversos tipos, com o objetivo de criar
intuições, de estimular à busca de regularidades, a generalização de padrões, a capacidade de
argumentação, que são elementos fundamentais para o processo de formalização do
conhecimento matemático.
B) OBJETIVOS
Para alcançar os objetivos da formação é preciso rever e redimensionar alguns dos
temas tradicionalmente ensinados, para que essa etapa da escolaridade possa complementar a
formação iniciada na escola básica e permitir o desenvolvimento das capacidades que são os
objetivos do ensino de matemática.
De fato, não basta revermos a forma ou metodologia de ensino se mantivermos o
conhecimento matemático restrito a informação (definições e exemplos) e exercitação
(exercícios de aplicação ou fixação). Quando os conceitos são apresentados de forma
fragmentada que, apesar de completa e aprofundada, mantém as idéias isoladas de qualquer
significação para o aluno e desconectadas umas das outras. E inútil acreditar-se, então, que o
aluno sozinho seja capaz de construir as múltiplas relações entre os conceitos e formas de
raciocínio envolvidas nos diversos conteúdos.
Por isso, esse documento se propõe indicar aspectos dos conteúdos e práticas que
precisam ser enfatizados e outros que devem merecer menor ênfase ou abandonados por parte
dos professores. No entanto, vamos nos ater apenas aos conteúdos mínimos do núcleo comum
fazendo algumas indicações sobre possíveis temas que podem compor a parte do currículo
flexível que cabe a cada unidade escolar. Quanto aos temas da parte flexível do currículo, eles
podem ser de aprofundamento ou se direcionarem para as necessidades e interesses da
comunidade da escola e da sociedade em que ela esta inserida.
171
Constituem elementos essenciais de um núcleo comum, uma série de temas e tópicos
em matemática que, ainda que possam corresponder às mesmas designações convencionais
serão apontados e qualificados a seguir com ênfases e significados específicos:
• Funções, P.A. e P.G., Trigonometria e Geometria Analítica
Um dos temas estudados no ensino médio é o conteúdo funções. Esse tema é
usualmente desenvolvido na primeira série e se restringe ao estudo das funções polinomiais
de 1º e 2º graus e das funções logarítmica e exponencial.
O ensino isolado deste conceito não permite a exploração do caráter integrador que ele
possui. Devemos observar que, uma parte importante da trigonometria diz respeito às funções
trigonométricas e seus gráficos. As seqüências, em especial P.A. e P. G., nada mais são que
particulares funções. As propriedades de retas e parábolas estudadas em geometria analítica
são propriedades dos gráficos das funções de 1º e 2º graus. Aspectos do estudo de polinômios
e equações algébricas podem ser incluídos no estudo de funções polinomiais, enriquecendo o
enfoque algébrico que é feito tradicionalmente.
Apesar de tudo isso, incorre-se ainda numa abordagem inadequada desse tema quando se
desprende uma enorme energia para alcançar a definição de função a partir do produto
cartesiano de conjuntos, estudo de relações, diagramas e a terminologia exagerada que muitas
vezes exige meses de trabalho sem significado para alunos até que eles possam chegar aos
primeiros exemplos e gráficos de funções. Não há motivo para o rigor na definição de função
se os aspectos importantes desse conceito e as diferentes conexões em: estabelecer a
correspondência entre as funções de 1º e 2º graus e seus gráficos e a resolução de problemas
que exigem o estudo da posição relativa de pontos, retas, circunferências e parábolas.
• Números e Álgebra
Com relação à Álgebra no ensino médio, ela contém dois temas centrais que são o estudo
de equações polinomiais e de sistemas lineares. Pensando-se no núcleo comum, esses dois
temas devem receber um tratamento que enfatize sua importância cultural, isto é, estender
seus conhecimentos sobre a resolução de equações de 1º e 2º graus e sobre a resolução de
sistemas de duas equações e duas incógnitas, aplicando em especial o segundo tema na
resolução de problemas simples de outras áreas do conhecimento. No entanto uma abordagem
mais qualitativa e profunda deve ser feita dentro da parte flexível do currículo.
172
• Geometria Plana e Espacial
Usar as formas geométricas para representar partes da realidade ou para visualizar partes
do mundo real é a capacidade importante para a compreensão e enfrentamento de problemas e
construção de modelos para resolução de problemas de dentro e fora da matemática.
Como parte integrante do raciocínio geométrico que esperamos que o aluno adquira
durante sua formação está o desenvolvimento das habilidades de
visualização, de desenho, de argumentação lógica e de aplicação na busca de solução para
problemas.
O ensino das propriedades métricas envolvem cálculos de distâncias, áreas e volume é
apenas uma parte do trabalho a ser desenvolvido. O centro do ensino de geometria na escola
média deve ser o estudo de: Propriedades de posições relativas de objetos geométricos;
propriedades de congruência e semelhança de figuras planas e espaciais; análise de diferentes
representações das figuras plana e espaciais; tais como desenho, planificações, construções
com instrumentos.
• Contagem, Estatística e Probabilidade
Descrever e analisar um grande número de dados, realizar inferências e fazer predições
com base numa amostra de uma população, aplicar as idéias de probabilidade e combinatória
a fenômenos naturais e do cotidiano das pessoas requer métodos de estatística e de contagem
e noções de probabilidade. Essas aplicações de matemática nas questões do mundo real
tiveram um crescimento muito grande, se tornaram bastante complexas e tem sido esquecidas
nos currículos tradicionais, pois o instrumental que os alunos recebem no ensino médio é
extremamente limitado para a compreensão dessas questões.
Os conceitos matemáticos que dizem respeito a conjuntos finitos de dados ganham
importância especialmente para as ciências sociais e para o cidadão comum que se vê imerso
numa enorme quantidade de informações de natureza estatística ou probabilística.
Nesse sentido, esses conteúdos devem ganhar maior espaço e empenho de trabalho no
ensino médio, mantendo de perto a perspectiva da resolução de problemas aplicados para se
evitar a teorização excessiva e estéril para a formação do indivíduo que não se tornará
especialista na área.
Nesse contexto as calculadoras e o computadores ganham importância como instrumentos
que permitem a abordagem de problemas com dados reais ao mesmo
173
tempo que o aluno tem a oportunidade de se familiarizar com as máquinas e os softwares.
Numa primeira síntese dos conteúdos conceituais do Núcleo Comum, pode-se arrolar
entre os temas e tópicos, respectivamente.
• Ampliar o conceito de número, ou seja, representar números reais sob diversas formas e
utilizá-los para interpretar situações da vida corrente; dominar o cálculo com números
racionais, por escrito, mentalmente ou usando calculadora, conforme seja mais
conveniente; utilizar, de acordo com a situação, valores exatos ou aproximados,
escolhendo a aproximação adequada.
• Desenvolver o cálculo algébrico, ou seja, resolver equações, inequações e sistemas,
resultantes sempre que possível de situações concretas.
• Desenvolver o conceito de função, ou seja, reconhecer diferentes tipos de funções em
situações de vida real; representar e analisar funções utilizando tabelas, gráficos ou outro
tipo de representações; utilizar o conceito de função para descrever e estudar fenômenos
do cotidiano, da Matemática e de outras ciências.
• Desenvolver processos e técnicas de tratamento de informação, ou seja, recolher,
organizar, representar e interpretar dados; interpretar criticamente estatísticas que
aparecem no dia – a - dia do cidadão comum, organizar contagens; utilizar o conceito de
probabilidade para resolver problemas simples ligados a jogos, sociologia, biologia, ...
• Desenvolver o conhecimento geométrico, ou seja, identificar, descrever e comparar
figuras geométricas; conhecer e aplicar propriedades e relações geométricas,
nomeadamente à congruência e a semelhança na análise de figuras e na resolução de
problemas; efetuar medições em situações reais com a precisão requerida ou estimando a
margem de erro; aplicar conhecimentos sobre perímetros, áreas e volumes na resolução de
problemas.
Sem pretender substituir com uma tabela o conjunto das argumentações, apresentamos um
quadro sintético associado a temas e tópicos aos procedimentos a serem desenvolvidos.
C) OBJETO DE ESTUDO
174
A Matemática
D) CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Números e álgebra
Geometrias
Funções
Tratamento da informação
E) CONTEÚDOS
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Números Reais;• Números Complexos; • Sistemas lineares;• Matrizes e Determinantes; • Polinômios;• Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.
GRANDEZAS E MEDIDAS
• Medidas de Área;• Medidas de Volume;• Medidas de Grandezas Vetoriais;• Medidas de Informática;• Medidas de Energia;• Trigonometria.
FUNÇÕES
• Função Afim;• Função Quadrática;• Função Polinomial;• Função Exponencial;• Função Logarítmica;• Função Trigonométrica;• Função Modular;• Progressão Aritmética;• Progressão Geométrica.
GEOMETRIAS • Geometria Plana;• Geometria Espacial;
175
• Geometria Analítica;• Geometrias não-euclidianas.
TRATAMENTO DAINFORMAÇÃO
• Análise Combinatória;• Binômio de Newton;• Estudo das Probabilidades; • Estatística;• Matemática Financeira.
F) METODOLOGIA
Consideramos que se aprende matemática fazendo matemática, que a aprendizagem dos
conceitos matemáticos se dá pela interação entre aluno-professor, e aluno-aluno; que o centro
da atividade matemática escolar deve ser a possibilidade de o aluno compreender e utilizar os
conhecimentos matemáticos.
Por isso ao organizar seu trabalho é preciso que o professor:
• esteja convencido de que o conhecimento matemático deve estar ao alcance de todos e que
a garantia de que todos os alunos aprendam deve ser uma de suas metas prioritárias;
• considere que a aprendizagem da matemática está ligada a compreensão, isto é, a
apreensão e atribuição de significados e que, apreender o significado de um objeto ou
acontecimento pressupõe identificar suas relações com outros objetos e acontecimentos e
que essas relações só se estabelecem se os alunos puderem estabelecer conexões entre as
idéias matemáticas e entre a matemática e as demais áreas do conhecimento;
• não trate os conteúdos da matemática de maneira estanque, como um fim em si mesmos;
• valorize a utilização de atividades de grupo que favoreçam a discussão, a confrontação e a
reflexão sobre as experiências matemáticas;
• de aos alunos oportunidades para que construam conceitos e aprendam procedimentos
trabalhando amplamente sobre problemas que lhes permitam dar significado à linguagem
e às idéias matemáticas;
• considere que os alunos têm ritmos, necessidades, tempos de aprendizagem diferentes;
• estimule processos de discussão e confrontação de idéias, de registros diversos, de leitura
e pesquisa;
• tenha plena consciência de sua responsabilidade como mediador entre o saber que o aluno
tem e o saber que a escola de nível médio pretende que ele desenvolva;
176
• utilize recursos didáticos diversos tais como: livros, televisão, vídeos, jornal, calculadoras
e computadores em suas aulas;
• deixe claro para o aluno quais são as suas responsabilidades na construção de seu
conhecimento matemático.
Estão explicitados a seguir alguns dos princípios que devem orientar o trabalho e as
reflexões do professor. Para isso foram empregados alguns termos como: resolução de
problemas, conexões, comunicações e recursos tecnológicos.
• Resolução de Problemas.
O desenvolvimento da capacidade de resolver problemas e um eixo organizador do ensino
da Matemática, visando dotar o aluno de um recurso que o ajude a resolver situações de
natureza diversa e a enfrentar com confiança situações novas.
A capacidade de resolver problemas desenvolve-se ao longo do tempo como resultado de
sucessivas experiências e da prática continuada de resolução de muitos tipos de problemas.
Como processo de aprendizagem, a resolução de problemas proporciona um contexto no
qual se constroem conceitos e se descobrem relações, permitindo ainda que o aluno perceba o
potencial e a utilidade da Matemática.
Como atividade, estimula o espírito de pesquisa, dando aos alunos oportunidade de
observar, experimentar, selecionar e organizar dados, relacionar, fazer conjecturas,
argumentar, concluir e avaliar.
Como atividade de pesquisa, deverá integrar o erro, que deve ser discutido pelo professor,
no sentido de levar o aluno a refletir sobre a dificuldade e a importância de tentar outro
caminho, transformando o erro num incentivo e evitando que desencadeie processos de
bloqueio.
• Conexões
Ao falarmos em conexão pretendemos relacionar dois aspectos em particular: as conexões
entre situações problema que surgem na vida ou. em outras disciplinas e
as suas representações matemáticas e as conexões entre duas representações matemáticas
equivalentes e entre os processos correspondentes a cada uma.
Com essas relações pretendemos que os alunos alarguem suas perspectivas vendo a
matemática como um todo integrado e não como uma sucessão de temas isolados e estanques
e perceber a sua relevância e utilidade dentro e fora do contexto escolar.
177
• Comunicação
Considerando a estreita dependência entre os processos de estruturação de pensamento e da
linguagem, é preciso promover atividades que estimulem e impliquem a comunicação oral e
escrita, levando o aluno a verbalizar os seus raciocínios, analisando, explicando, discutindo,
confrontando processos e resultados. A linguagem matemática na sua concisão e precisão
pode clarear e simplificar uma mensagem.
Comunicar-se em matemática significa ser capaz de utilizar o seu vocabulário e formas de
representação (símbolos, tabelas, diagramas, gráficos, expressões,... ), expressar e
compreender idéias e relações.
• Recursos tecnológicos
As calculadoras, que já fazem parte da vida diária, são hoje instrumentos fundamentais
para o desenvolvimento de aptidões ligadas ao cálculo, assim como meios facilitadores e
incentivadores do espírito de pesquisa. A sua utilização deve ser considerada parte integrante
do ensino aprendizagem da matemática. Quanto ao computador, pelas suas potencialidades no
campo da informação, da representação gráfica, da simulação, permite atividades não só de
exploração e pesquisa como de recuperação e desenvolvimento. Pode constituir um valioso
apoio para o aluno e para o professor, sugerindo-se a sua utilização sempre que oportuno e
possível.
G) AVALIAÇÃO
A avaliação investigativa inicial instrumentalizará o professor pára que possa pôr em
prática seu planejamento de forma adequada às características de seus alunos.
Esse é o momento em que o professor vai se informar sobre o que o aluno já sabe
sobre determinado conteúdo para, a partir daí, estruturar sua programação, definindo os
conteúdos e o nível de profundidade em que devem ser abordados. A avaliação inicial serve
para o professor obter informações necessárias para propor atividades e gerar novos
conhecimentos, assim como para o aluno tomar consciência do que já sabe e do que pode
ainda aprender sobre um determinado conjunto de conteúdos.
H) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
178
ABRANTES, P. Avaliação e educação matemática. Série reflexões em educação
matemática. Rio de Janeiro:MEM/USU/GEPEM, 1994.
ALEKSANDROV. A. D. et al. La matemática: su contenido, métodos y significado.
2. ed. Madrid: Alianza Editorial, 1976.
BARBOSA, J. C. Modelagem matemática e os professores: a questão da formação.
Bolema: Boletim de Educação Matemática, Rio Claro, n.15, p.5-23, 2001.
BARBOSA, R. M. Descobrindo a geometria fractal para sala de aula. 2 ed. Belo
Horizonte: Autentica, 2005.
BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma
nova estratégia. São Paulo: Contexto, 2006.
DANTE, L. R. Didática da Resolução de Problemas de Matemática. São Paulo:
Editora Ática, 2003.
D’AMBRÓSIO, U., BARROS, J. P. D. Computadores, escola e sociedade. São Paulo:
Scipione, 1988.
D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: arte ou técnica de explicar e conhecer. São
Paulo: Ática, 1998.
LOPES, A. C. Os parâmetros curriculares nacionais para o ensino médio e a submissão ao
mundo produtivo: o caso do conceito de contextualização.
Educação e Sociedade. Campinas, 2002 v. 23, n. 80, p. 11. (Disponível em: http:/
www.scielo.br (pdf). Acesso em: 05 de dez 2007.
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática para os
anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba: Governo do Estado PR,
2008.
15.2.10 QUÍMICA
A) FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS
A presença da química como ciência e tecnologia nos dias de hoje e indiscutível. E
reconhecido o papel importante da química no desenvolvimento científico-ecnológico e
social, mas também se toma consciência dos danos advindos de práticas impróprias que não
179
são específicas da química mas devidas a problemas sociais mais amplos de alcance político e
social.
Há diferentes meios através dos quais os indivíduos interagem com o conhecimento
químico. A tradição cultural difunde saberes, alguns que podem ser fundamentados
quimicamente e outros que se baseiam em crenças populares. Por exemplo, há fundamentos
químicos que justificam ações terapêuticas de certas plantas, e nos últimos anos a química e a
tecnologia estão investindo recursos na pesquisa dos princípios ativos existentes
principalmente no reino vegetal. Por outro lado, a
transmissão de crenças populares reforça uma visão distorcida do cientista e da atividade
cientifica. Assim, o alquimista sempre foi visto como feiticeiro, mágico e não como pensador,
inserido na forma de pensar de sua época.
Apesar da transmissão do conhecimento químico nestes últimos 40 anos ter sido
submetido a novas abordagens, uma delas objetivando a formação de futuros cientistas, outra
objetivando a formação da cidadania, e ainda outra visando à transmissão de informações
sobre a química no sistema produtivo, industrial e agrícola, no Brasil a abordagem da química
escolar continua praticamente a mesma Apenas às vezes “maquiada" e com aparentes lances
dessa modernidade. A essência continua a mesma, priorizando o academicismo.
Por exemplo, enfatiza-se por demais as propriedades periódicas tais como
eletronegatividade, raio atômico, potencial de ionização, etc., em detrimento de conteúdos
mais significativos sobre os próprios elementos químicos, como a ocorrência, métodos de
preparação, propriedades, aplicações e as correlações entre esses assuntos. Essas correlações
podem ser exemplificadas para o enxofre elementar: sua distribuição no globo terrestre segue
uma linha que está determinada pelas regiões vulcânicas: sua obtenção se baseia no seu
relativamente baixo ponto de fusão e suas propriedades químicas o tomam material
imprescindível para a indústria química.
Percebe-se, dessa forma, que o conhecimento químico está inserido na vida humana,
interligado com os demais campos do conhecimento. Dai a importância da presença da
química na escola formal e, especialmente, no ensino médio que completa a educação básica.
Conhecer Química significa compreender as transformações químicas que ocorrem no
mundo físico e assim poder julgar mais fundamentadamente, as informações advindas da
tradição cultural, da mídia e da escola e tomar suas próprias decisões, enquanto indivíduo e
cidadão, de acordo com sua faixa etária e grupo social.
180
B) OBJETIVOS
Descrever as aplicações da Química na saúde em linguagens discursivas. Identificar fontes
de informação e formas de obter informações relevantes para o conhecimento da química
(livro, computador, jornais, manuais, etc).
Compreender e utilizar conceitos químicos dentro de uma visão macroscópica lógico-
empírica).
Compreender os fatos químicos dentro de uma visão macroscópica (lógico-formal).
Selecionar e visualizar idéias e procedimentos científicos (leis, teorias, modelos) da
aplicação da química à saúde, identificando e acompanhando as variáveis relevantes.
Desenvolver conexões hipotético-lógicas que possibilitem previsões acerca das
transformações químicas que se aplicam à saúde.
Reconhecer aspectos químicos relevantes na interação individual e coletiva do ser humano
com o ambiente.
Reconhecer o papel da Química no sistema produtivo, industrial e rural.
Reconhecer as relações entre o desenvolvimento científico e tecnológico da Química na
saúde e aspectos sócio-políticos.
Reconhecer os limites éticos e morais que podem estar envolvidos no desenvolvimento da
Química e da tecnologia tanto beneficamente quanto em prejuízo da saúde.
C) OBJETO DE ESTUDO
A Química
D) CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Matéria e sua Natureza
Biogeoquímica
Química Sintética
E) CONTEÚDOS
CONTEÚDO CONTEÚDOS
181
ESTRUTURANTE BÁSICOSMatéria e sua NaturezaBiogeoquímicaQuímica Sintética
MATÉRIA• Constituição da matéria;• Estados de agregação;• Natureza elétrica da matéria;• Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...).• Estudo dos metais.• Tabela Periódica.
SOLUÇÃO• Substância: simples e composta;• Misturas;• Métodos de separação;• Solubilidade;• Concentração;• Forças intermoleculares;• Temperatura e pressão;• Densidade;• Dispersão e suspensão;• Tabela Periódica.
VELOCIDADE DAS REAÇÕES• Reações químicas;• Lei das reações químicas;• Representação das reações químicas;• Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas. (natureza dos reagentes, contato entre os reagentes, teoria de colisão)• Fatores que interferem na velocidade das reações (superfície de contato, temperatura, catalisador, concentração dos reagentes, inibidores);• Lei da velocidade das reações químicas;• Tabela Periódica.
EQUILÍBRIO QUÍMICO• Reações químicas reversíveis;• Concentração;• Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio);• Deslocamento de equilíbrio (princípio de Le Chatelier): concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalisadores;• Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks ).• Tabela Periódica
LIGAÇÃO QUÍMICA• Tabela periódica;• Propriedade dos materiais;
182
• Tipos de ligações químicas em relação às propriedades dos materiais;• Solubilidade e as ligações químicas;• Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares • Ligações de Hidrogênio;• Ligação metálica (elétrons semi-livres)• Ligações sigma e pi;• Ligações polares e apolares;• Alotropia.
REAÇÕES QUÍMICAS• Reações de Oxi-redução• Reações exotérmicas e endotérmicas;• Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas;• Variação de entalpia;• Calorias;• Equações termoquímicas;• Princípios da termodinâmica;• Lei de Hess;• Entropia e energia livre;• Calorimetria;• Tabela Periódica.
RADIOATIVIDADE• Modelos Atômicos (Rutherford);• Elementos químicos (radioativos);• Tabela Periódica;• Reações químicas;• Velocidades das reações;• Emissões radioativas;• Leis da radioatividade;• Cinética das reações químicas;• Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear);
GASES• Estados físicos da matéria;• Tabela periódica;• Propriedades dos gases (densidade/ difusão e efusão, pressão x temperatura, pressão x volume e temperatura x volume);• Modelo de partículas para os materiais gasosos;• Misturas gasosas;• Diferença entre gás e vapor;• Leis dos gases
FUNÇÕES QUÍMICAS• Funções Orgânicas• Funções Inorgânicas
183
• Tabela Periódica
F) METODOLOGIA
O ponto de partida para se compreender o processo de ensino- aprendizagem e a
concepção de que o ser humano e a resultante da interação do herdado com o ambiente,
sendo o conhecimento, portanto, uma constante construção e reconstrução Consequentemente,
o processo de aprendizagem seria caracterizado pelo aumento do conhecimento tendo como
agente o educando que, baseando-se na experiência vivida (idéias previas), elabora, constrói e
organiza o objeto desse conhecimento. 0 professor, com seus perfis conceituais, e o ambiente
educacional atuam como elementos provocadores da construção e reconstrução.
Entende-se que nesses processos, as concepções intuitivas devem ser confrontadas e
aproximadas das científicas (mudanças conceituais). Sendo a aprendizagem um processo
ativo, este deve priorizar a atividade intelectual com base em experiências reais. Entende-se
que o processo do ensino-aprendizagem da química na escola média, deve se iniciar
preponderantemente por fatos concretos, observáveis e mensuráveis, uma vez que os
conceitos que o aluno traz para a sala de aula advém principalmente de sua leitura do mundo
macroscópico. 0 referido processo deve continuar através da busca de explicações para os
fatos, interpretando-os microscopicamente, criando modelos explicativos. A complexidade
crescente dos conceitos vai sendo alcançada através de uma abordagem dinâmica das
interações entre as visões macroscópica e microscópica. Dessa maneira os conceitos podem
ser significativamente entendidos. Nessa ação coletiva, o professor deve atuar como
mediador.
Outro aspecto metodológico a ser considerado diz respeito às abordagens quantitativas.
Deve-se iniciar o estudo sempre pelos aspectos qualitativos (fatos) e só então introduzir
tratamento quantitativo. Este deve ser feito de tal maneira que os alunos percebam as relações
quantitativas sem a necessidade de utilização de algarítmos. Os alunos, a partir do
entendimento do assunto, poderão construir seus próprios algoritmos. Por exemplo, estudos
referentes ao equilíbrio químico devem ser iniciados não pela representação da equação com
flecha dupla ou pela dedução da constante de equilíbrio, mas sim por fatos químicos que não
se explicariam pelas noções de transformações irreversíveis que os alunos já tem
(coexistência de "produtos" e "reagentes") A constante de equilíbrio, por sua vez, deve ser
entendida como uma relação entre as concentrações de reagentes e produtos e não meramente
uma fórmula matemática. 0 valor de tal constante indica uma relação proporcional entre essas
184
concentrações. Ao mesmo tempo, indica a interdependência dinâmica entre as espécies em
equilíbrio. A
equação da constante de equilíbrio dessa forma, ganha sentido químico e não apenas
matemático.
Como se visa uma aprendizagem ativa, essas abordagens devem ser feitas através de
atividades elaboradas para provocar a especulação, a construção e a reconstrução de idéias.
Dessa forma, as atividades, além da coleta de dados obtidos em demonstrações, em
visitas, em relatórios de experimentos ou no laboratório, devem enfatizar a análise desses
dados, para que através de trabalho em grupo, discussões coletivas, se possa atingir os
conceitos. Por exemplo, a análise de dados referentes a um boletim de produção de uma
indústria siderúrgica pode servir de um ponto de partida para a compreensão das relações
quantitativas nas transformações químicas, e por conseguinte, nos processos produtivos.
Não se pode desvincular "teoria" e "laboratório" . As atividades experimentais, bem
como outros recursos, tem o papel de facilitar a aprendizagem. Ainda, na elaboração das
atividades deve-se considerar também o desenvolvimento de habilidades cognitivas e valores,
como controle de variáveis, tradução da informação de uma forma de comunicação para outra
(gráficos, tabelas, equações químicas), elaboração de estratégias para a resolução de
problemas, tomadas de decisão baseada em análises de dados, integridade na comunicação
dos dados, respeito às idéias dos colegas e as suas próprias, colaboração no trabalho coletivo,
etc.
G) AVALIAÇÃO
A avaliação se dará através de um processo de acompanhamento continuado desde a
tomada de conhecimento do conteúdo em questão, passando por sua problematização,
resolução através de pesquisa epistemológica, discussão e experimentação e análise, se
necessários, com o objetivo de verificar a real aprendizagem dos alunos, tomando o teste de
medidas em forma de avaliação teórica como uma forma de fixação do conteúdo e a auto-
avaliação como uma forma de absorver o entendimento e o interesse dos alunos nos
conteúdos propostos.
H) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
185
MACEDO, Magno Ubano de & CARVALHO, Antonio. Química. São Paulo: IBEP.
SARDELLA, Antonio. Curso de Química: volume III. 16º ed. – São Paulo: ÁTICA, 1997.
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Química para o
Ensino Médio. Curitiba: Governo do Estado PR, 2008.
PERUZZO, Tito Miragaia. Química: volume único. 1ª ed. – São Paulo: MODERNA, 1996.
15.2.11 SOCIOLOGIA
A) FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS
O mundo contemporâneo se mostra como um mosaico diverso e, ao mesmo tempo,
integrado em escala planetária, instigando alunos e professores a questionar seus
condicionantes e características, seus graves problemas sociais, econômicos, políticos,
demográficos, raciais, étnicos, religiosos e ecológicos. A mundialização proporciona um
paradoxo: excesso de informação e sensação, simultânea, de não-pertencimento a um grupo
social. Fenômeno indiscutivelmente polêmico, a desterritorialização do conhecimento, da
informação e do rompimento das fronteiras geográficas, agrava, ainda mais, a crise do ensino
gerada por rompimento das fronteiras geográficas, agrava, ainda mais, a crise do ensino
gerada por uma série de fatores endógenos ao sistema , escolar. No entanto, a cultura escolar
sacralizada através de práticas de sala de aula convencionais e de conteúdos selecionados a
partir de padrões estabelecidos aleatoriamente, se vê as voltas com a necessidade de responder
ao questionamento e as inquietações da juventude que freqüenta os bancos escolares e que
estão a exigir novas posturas daqueles que ensinam.
Nesse sentido, é interessante observar que, muitos dos temas antes restritos as disciplinas
da denominada área de ciências humanas, hoje, perpassam as propostas de currículo das
diferentes áreas dos conhecimentos, em nível internacional e nacional.
A década de noventa tem colocado novos desafios à educação e aos educadores. As
novas dinâmicas de desenvolvimento econômico e social exigem uma revisão das prioridades
para a educação, tanto no Brasil como na América Latina. De um lado, efetivamente, há um
contexto de recursos limitados em virtude da retração dos Estados na capacidade de
186
arrecadação fiscal e, de outro, o cenário configurado pela aceleração do avanço tecnológico
potencializa a necessidade de intercâmbio científico em nível regional e internacional.
Dentre os aspectos culturais e históricos convém destacar, no âmbito das reformas
propostas, a importância que determinados temas vem adquirindo no bojo das reformas
educativas, acerca da necessidade de se introduzir, nos sistemas de ensino, uma discussão
sobre Ética, valores morais e cidadania, dando nova dimensão as questões sociais que
conquistaram relevo no currículo da escola pública.
Nesse contexto, a Sociologia tem desempenhado, historicamente, o papel de focalizar os
problemas que moldam a realidade, questionando-se e buscando, em diferentes sentidos e de
diversas formas, respostas múltiplas para a construção de caminhos viáveis para a convivência
coletiva.
A Sociologia surgiu no contexto das revoluções burguesas, consolidadas ao longo do
século XIX e que configuraram a sociedade contemporânea capitalista. As relações de classe
– entre a burguesia e os trabalhadores - regidas por uma aparato jurídico, administrativo e
político, moldaram a dinâmica de funcionamento do Estado moderno: grandes corporações
apareceram, a noção de tempo foi alterada em função da necessidade de se otimizar a
produção; a organização do trabalho passou a ser regulamentada, cada vez mais, por uma
poderosa burocracia de Estado; a revolução industrial foi impulsionada por inovações
técnicas, aceleradas no inicio do século XX devido aos avanços da ciência.
O processo de urbanização e industrialização se tornou inexorável e irreversível,
configurando a idéia de um progresso infinito promovido pelas novas relações sociais de
produção e pelo advento da ciência moderna.
Como uma das conseqüências mais graves, ocorreu o crescimento desmesurado do setor
publico "em todas as sociedades, da industrial avançada a exportadora de bens primários do
Terceiro Mundo", abrangendo "todos os aspectos da sociedade - não apenas político, como
econômico (produção, finanças, distribuição), ideológico (educação escolar, os meios de
comunicação) e quanto à força legal (polícia, forças armadas...) o Estado parece deter a chave
para o desenvolvimento econômico, para a segurança social, para a liberdade individual e,
através de sofisticação crescente das armas, para a própria vida e a morte (...) (CARNOY,
1984, p.9).
Esse crescimento desmesurado do Estado, enquanto grande prestador de serviços
essenciais à população, ocasionou uma expansão das estruturas de organização e,
187
consequentemente, do aparato burocrático e dos canais de informação, alterando, em escala
ampliada, as possibilidades de comunicação entre as diferentes regiões do planeta.
Questões inerentes ao crescimento do Estado administrativo dizem respeito à própria
formação das sociedades modernas que, de forma crescente, passaram a exigir numero maior
de regras e normas coletivas.
No entanto, temos assistido, particularmente nos anos 90, o início da retração do Estado
enquanto aparato normatizador das relações contratuais, perdendo importância como cenário
principal para investigações e palco de negociação no mercado internacional, tendo a
economia ocupado esse espaço e se transformando no vetor de mudanças para programas de
governo, que pouco de diferenciam entre si.
Historicamente, porém, há percursos de construção dos conceitos e categorias que
conferiram estatuto científico a Sociologia, possibilitando que, nos dias atuais, as graves
questões que marcam as dinâmicas sociais, econômicas, políticas e culturais sejam
questionadas de perspectivas diferentes entre si.
Pensadores sociais diversos como Montesquieu (1689/1755), Rousseau (1712/1778),
Saint-Simon (1776/1825), Herbert Spencer (1820/1903), Augusto Comte (1798/1857) e Emile
Durkheim (1858/1917) focalizaram o olhar sobre as relações sociais e as complexas
instituições modernas. Discutiram sua origem, as divisões de poderes do Estado e a nova
organização social constituída no bojo do declínio da sociedade feudal, as conseqüências do
desenvolvimento da ciência e das inovações técnicas e, particularmente, Comte e Durkheim
se preocupam com a administração dos inevitáveis conflitos sociais e políticos.
No século XX, a Sociologia incorporou o pensamento de Karl Marx (1818/1883) e seu
principal colaborador, Friedrich Engels (1829/1903). Pensadores que realizaram estudos no
âmbito da economia, da filosofia política e da história, passaram a influenciar boa parte da
produção teórica do pensamento social a partir do inicio deste século, através de uma teoria
que conquistou estatuto cientifico: o "materialismo histórico".
B) OBJETIVOS
188
• Compreender os acontecimentos
sociais, aumentando nossa sensibilidade cultural e possibilitando o auto -
conhecimento.
• Estabelecer relações entre o
conhecimento teórico e as práticas sociais.
• Relacionar práticas sociais com
contextos diversos.
• Identificar na realidade social as
recentes mudanças da estrutura produtiva.
• Analisar e avaliar as dificuldades de
redefinição e de ingresso no denominado mercado de trabalho formal.
• Caracterizar as relações sociais de
produção em nível nacional e internacional.
• Identificar os movimentos sindicais no
país.
• Identificar funções desenvolvidas pelo
Estado, e funções cobradas ao Estado, analisá-las, compará-las.
• Observar nas práticas sociais o
respeito/desrespeito, conhecimento dos direitos e deveres no exercício da cidadania.
• Identificar os direitos (e respectivos
deveres) emergentes, cuja necessidade de institucionalização é reivindicada
socialmente.
• Caracterizar, reivindicar, criar na vida
escolar direitos/ deveres referentes às relações sociais aí vivenciadas.
• Identificar nas práticas sociais relações
patrimonialistas e clientelistas.
• Lidar de maneira construtiva com as
diferenças, de tal forma a atuar em equipe, construir, realizar e avaliar projetos de
ação escolar.
• Analisar fenômenos da mídia servindo-
se de conhecimentos sociológicos.
189
• Desenvolver a capacidade de pensar de
forma imaginativa e de nos distanciarmos de idéias preconcebidas sobre as relações
sociais.
C) OBJETO DE ESTUDO
As Relações Sociais
D) CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas
O Processo de Socialização e as Instituições Sociais
Cultura e Indústria Cultural
Trabalho, Produção e Classes Sociais
Poder, Política e Ideologia
Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais
E) CONTEÚDO
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas
• Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social;• Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber.• O desenvolvimento da Sociologia no Brasil.
O Processo de Socialização e as Instituições Sociais
• Processo de Socialização;• Instituições sociais: Familiares; Escolares;Religiosas;• Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc).
Cultura e Indústria Cultural • Desenvolvimento antropológico do
190
conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades;• Diversidade cultural;• Identidade;• Indústria cultural;• Meios de comunicação de massa; • Sociedade de consumo;• Indústria cultural no Brasil; • Questões de gênero;• Culturas afro brasileiras e africanas;• Culturas indígenas.
Trabalho, Produção e Classes Sociais
• O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;• Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais• Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições; • Globalização e Neoliberalismo;• Relações de trabalho;• Trabalho no Brasil.
Poder, Política e Ideologia
• Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;• Democracia, autoritarismo, totalitarismo• Estado no Brasil;• Conceitos de Poder;• Conceitos de Ideologia;• Conceitos de dominação e legitimidade;• As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais
• Direitos: civis, políticos e sociais;• Direitos Humanos;• Conceito de cidadania;• Movimentos Sociais;• Movimentos Sociais no Brasil;• A questão ambiental e os movimentos ambientalistas• A questão das ONG’s.
F) METODOLOGIA
Entre as diretrizes teórico-metodológicas que devem nortear o ensino da Sociologia no
ensino médio, destaquem-se: o compromisso com a ampliação dos exercícios da cidadania; a
compreensão, por parte de alunos e professores, dos condicionantes econômicos, políticos,
sociais, demográficos e culturais da realidade brasileira e a construção de referenciais críticos
de análise da sociedade contemporânea.
191
A construção de um campo de análise que amplie a capacidade de compreensão da vida e
do mundo, passa, necessariamente, pela busca de pensamentos diversos que possam
referenciar uma investigação dos problemas contemporâneos.
A sociedade brasileira pode ser privilegiada, enquanto objeto de análise e eixo de
trabalho, proporcionando uma via de mão dupla: do questionamento de seus problemas ao
campo teórico que possibilite sua compreensão e proponha novos caminhos de investigação e
críticas.
Nesse sentido, a concepção de ciências e suas relações com o conhecimento deve ser
construída pelos alunos do ensino médio, tendo em vista a necessidade de se estabelecer a
noção do conhecimento como algo ligado à ação - onde saber contar com as diferentes
linguagens necessárias para atuar em diferentes domínios – e fundamental para diluir a
desconexão entre teoria/pratica, entre capacidades manuais e intelectuais.
A ciência deve ser vista, assim na complexidade da relação estabelecida com os
conhecimentos gerados: se, por um lado, ela pode ser aplicada à produção tecnológica, por
outro, os desenvolvimentos tecnológicos também devem ser vistos dentro da sua capacidade
de gerar importantes conhecimentos com perfil cientifico, dentro de uma relação de
reciprocidade (IBARROLA e GALLART, 1994).
A concepção de ciência, dessa forma, deverá ser construída considerando-se sua relação
de reciprocidade com os conhecimentos pragmáticos que estruturam o mundo produtivo e o
desenvolvimento tecnológico, podendo ser abordada a partir das experiências de vida dos
próprios alunos, possibilitando, ao jovem estudante de ensino médio, potencializar a
capacidade de estabelecer relações entre o abstrato e o concreto. Acrescente-se, ainda, a
necessidade de compreensão da ciência como construtor, histórica e socialmente determinada
pelas dinâmicas de constituição da sociedade moderna, rompendo com a tradição positivista
que a consagrou como um repositório de verdades absolutas.
A compreensão do mundo do trabalho poderá ser construída a partir de uma perspectiva
crítica que aborde sua organização social contemporânea, a recente revolução na estrutura
produtiva e os diferentes determinantes da sua divisão técnica, em nível internacional,
observando-se, porém, as especificidades regionais e locais.
As relações de trabalho num mundo sem emprego mudam significativamente a
relevância do discurso sobre a detenção de conhecimentos pragmáticos, voltados apenas para
192
o atendimento de uma demanda social de mercado que esta desaparecendo. Faz-se necessário
alargar essa compreensão para além do mundo
formal do trabalho, destacando as potencialidades exigidas, atualmente, para inserção dos
indivíduos nas indefinidas relações de mercado.
Dessa forma, é desejável que os alunos desenvolvam pensamentos críticos e criativos
para utilizá-los, adequadamente, em diferentes níveis de análise e avaliação sobre as graves
conseqüências sociais marcadas pela recente reestruturação produtiva bem como sobre as
dificuldades de redefinição e de ingresso no denominado mercado de trabalho formal. Nesse
sentido, é de fundamental importância proporcionar uma visão sobre a constituição das
relações sociais de produção em nível internacional e nacional, bem como sobre as lutas
sindicais no país. Da mesma forma, é importante perceber, criticamente, o processo de
mundialização da economia e da inserção do país no mercado internacional.
A construção de uma concepção de sociedade deve permitir ao estudante do ensino
médio estabelecer relações entre os diferentes elementos que a compõem e categorias que a
definem: do particular par o geral, compreendendo a totalidade como expressão de
condicionantes diversas.
Pode-se levar o aluno a compreender a emergência dos temas que hoje ocupam o
cenário dos movimentos sociais manifestações de ordem étnica, religiosa, racial, sexual,
ecológica - que estão exigindo uma discussão sobre o multiculturalismo e o relativismo
cultural, tendo em vista a simultaneidade e complexidade dos fenômenos sociais, históricos,
culturais, econômicos; demográficos e políticos.
Pode-se proporcionar, assim, a compreensão de que diferentes manifestações culturais
são a legitima expressão de povos, nacionalidades, raças e etnias que, atualmente, buscam
novas significações para suas identidades coletivas. Pretende-se, através dessa discussão,
possibilitar a formação de uma identidade social e pessoal que permita ao aluno respeitar o
outro a partir do princípio da alteridade.
Aliados a esses, permanecem os temas consagrados pela produção teórica da área: a
compreensão da indústria cultural e suas relações entre a cultura de massa e a cultura de elite.
O Estado pode ser visto como instituição social, a partir da discussão de suas origens,
formas diferentes de desenvolvimento e dinâmicas de funcionamento. A crise de
governabilidade e, legitimidade do Estado contemporâneo poderá ser compreendida, nesse
contexto, como uma das expressões que marcam, profundamente, a necessidade de revisão
193
dos paradigmas que consagraram as democracias ocidentais e seus mecanismos de
funcionamento: a conquista de direitos e deveres; os exercícios da cidadania; a representação
política e as eleições em todos os níveis; o atendimento as demandas básicas das clausulas
sociais.
Trata-se, no presente momento, de reconhecer e legitimar a emergência de direitos que
dizem respeito às opções individuais em contextos marcados por diferenças raciais, étnicas,
religiosas, sexuais, políticas, culturais, etc.
É de fundamental importância, ainda, levar o aluno a entender as relações de poder
hierarquizadas na sociedade brasileira.
Pretende-se, assim, ampliar as possibilidades de exercício da cidadania a partir do
conhecimentos sobre a construção histórica dos direitos e deveres dos cidadãos, tendo em
vista a construção de noções de sociedade política, sociedade civil, direitos individuais e
coletivos, legitimidade e governabilidade, representação, participação e poder.
G) AVALIAÇÃO
A avaliação será continua no decorrer do desenvolvimento das atividades, priorizando: a
participação, interesse, trabalhos, execução de tarefas, responsabilidade.
A avaliação tem papel importante, pois explicita as expectativas de aprendizagem,
considerando objetivos e conteúdos propostos, a organização lógica dos conteúdos.
A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão continua para sua
pratica, a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de conteúdos. Para o aluno
é o instrumento de tomada da consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades
para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender.
Sociologia é a ciência que tem como objeto de estudo, basicamente, os fatos sociais, suas
origens, sua motivação, suas conseqüências e as possíveis formas de intervenção.
Fatos sociais ocorrem a todo o momento, alguns fazem parte do cotidiano de uma cultura
e outros provocam mudanças tão profundas no comportamento social que marcam uma época.
Aprender sociologia é desenvolver a capacidade de pensar de forma imaginativa e de nos
distanciarmos de idéias preconcebidas sobre as relações sociais.
194
A tarefa da sociologia é investigar a ligação que há entre o que a sociologia faz de nós e
o que fazemos de nós mesmos.
A preocupação em compreender o comportamento humano e a sociedade é um fato
recente, sugerido no principio do século XIX. O mundo contemporâneo é muito diferente do
passado e a missão da sociologia é ajudar-nos a compreender o mundo que vivemos e nos
alertar para aquilo que possa ocorrer no futuro.
H) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SILVA, Everaldo da. Sociologia. Indarial Editora Asselvi, 2005.
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Sociologia para o
Ensino Médio. Curitiba: Governo do Estado PR, 2008.
PERSIO, Santos de Oliveira. Introdução a Sociologia. Ensino Médio – Volume único. Editora
Ática.
15.2.12 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA. – INGLÊS
A) FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS
No âmbito da LDB, as línguas estrangeiras modernas recuperam, de alguma forma, a
importância que durante muito tempo lhes foi negada. Consideradas, muitas
vezes e de maneira injustificada, como disciplinas pouco relevantes, elas adquirem, agora, a
configuração de disciplinas tão importantes como qualquer outra do currículo, do ponto de
vista da formação do indivíduo. Assim, integradas à área de Linguagens e Códigos, as línguas
estrangeiras assumem a condição de serem parte indissolúvel do conjunto de conhecimentos
essenciais que permitem ao estudante aproximar-se de várias culturas e, consequentemente,
propiciam sua integração num mundo globalizado.
Ao figurarem inseridas numa grande área - Linguagens e Códigos -, as línguas
estrangeiras modernas assumem a sua função intrínseca que, durante muito tempo, esteve
camuflada: a de serem veículos fundamentais na comunicação entre os homens. Pelo seu
caráter de sistema simbólico, como qualquer linguagem, elas funcionam como meios para se
195
ter acesso ao conhecimento e, portanto, às diferentes formas de pensar, de criar, de sentir, de
agir e de conceber a realidade (Murrie, 1998, pp.4-5), o que propicia ao indivíduo uma
formação mais abrangente e, ao mesmo tempo, mais sólida.
É essencial, pois, entender-se a presença das línguas estrangeiras modernas inseridas
numa área e, não mais, como uma disciplina isolada no currículo. As relações que se
estabelecem entre as diversas formas de expressão e de acesso ao conhecimento justificam
essa junção: não nos comunicamos apenas pelas palavras: os gestos dizem muitos sobre a
forma de pensar das pessoas, assim como as tradições e a cultura de um povo esclarecem
muitos aspectos da sua forma de ver o mundo e de aproximar-se dele. Numa perspectiva
interdisciplinar e relacionada com contextos reais, o processo ensino-aprendizagem de línguas
estrangeiras adquire nova configuração ou, antes, requer a efetiva colocação em prática de
alguns princípios fundamentais que, via de regra, ficaram apenas no papel por serem
considerados utópicos ou de difícil viabilização.
Embora seja certo que os objetivos práticos citados anteriormente - a saber: entender,
falar, ler e escrever - a que a legislação e especialistas fazem referência são importantes, quer
nos parecer que o caráter formativo intrínseco à aprendizagem de línguas estrangeiras não
pode ser ignorado. Torna-se, pois, fundamental, conferir ao ensino escolar de línguas
estrangeiras um caráter que, além de capacitar o aluno a compreender e a produzir enunciados
corretos no novo idioma, propicie ao aprendiz a possibilidade de atingir um nível de
competência lingüística capaz de permitir-lhe ter acesso a informações de vários tipos, ao
mesmo tempo em que contribua para a sua formação geral enquanto cidadão.
Nessa linha de pensamento, deixa de ter sentido o ensino de línguas que objetiva,
apenas, o conhecimento metalingüístico e o domínio consciente de regras gramaticais que
permitem, quando muito, alcançar resultados puramente medianos em exames escritos. Esse
tipo de ensino, que acaba por tornar-se uma simples repetição, ano após ano, dos mesmos
conteúdos, cede lugar, na perspectiva atual, a uma modalidade de curso que tem como
princípio geral levar o aluno a comunicar-se, de maneira adequada, em diferentes situações da
vida cotidiana. Na verdade, pouco ou nada há de novo aí. O que tem ocorrido ao longo do
tempo é que a responsabilidade sobre o papel formador das aulas de línguas estrangeiras tem
sido tacitamente, retirado da escola regular e atribuído aos institutos especializados no ensino
de línguas. Assim, quando alguém quer ou tem necessidade, de fato, de aprender uma língua
estrangeira, inscreve-se em cursos extracurriculares, pois não se espera que a escola média
cumpra essa função.
196
Às portas do novo milênio, não é possível continuar pensando e agindo dessa forma. É
imprescindível restituir ao ensino médio o seu papel de formador. Para tanto, é preciso
reconsiderar, de maneira geral, a concepção de ensino e, em particular, a concepção de ensino
de línguas estrangeiras.
Evidentemente, é fundamental atentar para a realidade: o ensino médio possui, entre
suas funções, um compromisso com a educação para o trabalho (Mello, 1998, pp.37-38). Daí
não poder ser ignorado tal contexto, na medida em que, no Brasil atual, é de domínio público
a grande importância que o inglês e o espanhol têm na vida profissional das pessoas. Torna-
se, pois, imprescindível incorporar as necessidades da realidade ao currículo escolar de forma
a que os alunos tenham acesso, no ensino médio, àqueles conhecimentos que, de forma mais
ou menos imediata, serão exigidos pelo mercado de trabalho.
Por outro lado, como a lei prevê a possibilidade da inclusão de uma segunda língua
estrangeira moderna em caráter optativo, parece conveniente vincular tal oferta também aos
interesses da comunidade. É preciso observar a realidade local, conhecer a história da região e
os interesses da clientela a quem se destina esse ensino. Em suma: é
preciso, agora, não mais adequar o aluno às características da escola, mas, sim, a escola às
necessidades da comunidade.
Ainda um aspecto bastante relevante a considerar, já esboçado anteriormente, diz
respeito às competências a serem atingidas nos cursos de línguas. Atualmente, a grande
maioria das escolas baseia as aulas de língua estrangeira no domínio do sistema formal da
língua objeto, isto é, pretende-se levar o aluno a entender, falar, ler e escrever, acreditando
que, a partir disso, ele será capaz de usar o novo idioma em situações reais de comunicação.
Entretanto, o trabalho com as quatro habilidades lingüísticas citadas, por diferentes razões,
acaba, via de regra, centrando-se nos preceitos da gramática normativa, destacando-se a
norma culta e a modalidade escrita da língua. São raras as oportunidades que o aluno tem para
ouvir ou falar a língua estrangeira. Assim, com certa razão, alunos e professores desmotivam-
se, posto que o estudo abstrato do sistema sintático ou morfológico de um idioma estrangeiro
pouco interesse é capaz de despertar, pois se torna difícil relacionar tal tipo de aprendizagem
com outras disciplinas do currículo ou mesmo estabelecer a sua função num mundo
globalizado.
B) OBJETIVOS
197
- Compreender a maneira de expressão que pode ser interpretada em razão de aspectos
sociais ou culturais;
- Utilizar aspectos como coerência e coesão (oral e escrita);
- Saber distinguir entre variantes lingüísticas;
- Ter condições de escolher o vocábulo que melhor reflita a idéia que se pretende
transmitir;
- Dominar as estratégias verbais e não verbais (reconhecer os tempos verbais e
identificar suas formas);
- Saber traduzir, ler e interpretar;
- Conhecer as estruturas gramaticais, verbais e estruturais;
- Compreender os conteúdos com exercícios orais e escritos.
C) OBJETO DE ESTUDO
A Língua
D) CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O Discurso como Prática Social.
Leitura, escrita e oralidade por meio da pratica: a análise linguística.
E) CONTEÚDOS
CONTEÚDOESTRUTURANTE
CONTEÚDOSBÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOSPara o trabalho com as práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.Leitura • Tema do texto;
• Interlocutor;• Finalidade do texto; • Aceitabilidade do texto;• Informatividade;
198
• Situacionalidade;• Intertextualidade;• Temporalidade;• Referência textual;• Partículas conectivas do texto;• Discurso direto e indireto;• Elementos composicionais do gênero;• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;• Polissemia;• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;• Léxico.
Escrita
• Tema do texto; • Interlocutor;• Finalidade do texto;• Aceitabilidade do texto;• Informatividade;• Situacionalidade;• Intertextualidade;• Temporalidade;• Referência textual;• Partículas conectivas do texto;• Discurso direto e indireto;• Elementos composicionais do gênero;• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;• Polissemia.• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;• Acentuação gráfica;• Ortografia;• Concordância verbal/nominal.
Oralidade • Conteúdo temático; • Finalidade;• Aceitabilidade do texto;• Informatividade;• Papel do locutor e interlocutor;• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas;• Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala;
199
• Variações linguísticas;• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica;• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
F) METODOLOGIA
Ao pensar-se numa aprendizagem significativa é necessário considerar os motivos pelos
quais é importante conhecer-se uma ou mais línguas estrangeiras. Se, em lugar de pensarmos,
unicamente, nas habilidades lingüísticas, pensarmos em objetivos a serem atingidos, talvez
seja possível estabelecermos as razões que de fato justificam essa aprendizagem. Dessa
forma, o objetivo só poderá ser alcançado se, num curso de línguas, forem desenvolvidas as
demais objetivos que o integram e que, a seguir, estão esboçadas:
• Saber distinguir entre as variantes lingüísticas,
• Escolher o registro adequado à situação na qual se processa a comunicação,
• Ter condições de escolher o vocábulo que melhor reflita a idéia que se pretende
transmitir.
• Compreender de que forma determinada maneira de expressão pode ser
literalmente interpretada em razão de aspectos sociais e/ou culturais.
• Compreender em que medida esses enunciados refletem a forma de ser, de pensar,
de agir e de sentir de quem os produz. .
• Utilizar aspectos como coerência e coesão na produção em língua estrangeira (oral
e/ou escrita) . Todos os textos referentes à produção e à recepção em qualquer
idioma, regem-se por princípios gerais de coerência e coesão e, por isso, somos
capazes de entender e de sermos entendidos.
• Dominar as estratégias verbais e não verbais que entram em ação para compensar
falhas na comunicação (como o fato de não ser capaz de recordar,
momentaneamente, uma forma gramatical ou lexical) e para favorecer a efetiva
comunicação e alcançar o efeito pretendido (falar mais lentamente, ou enfatizando
certas palavras, de maneira proposital, para obter determinados efeitos retóricos,
por exemplo).
200
É necessário salientar que os componentes acima não devem ser entendidos como
segmentos independentes. A comparti-mentalização que nele figura tem caráter puramente
didático. Todos os componentes, no ato comunicativo, estão perfeitamente inter-relacionados
e interligados (Fernández, 1998,pp.38-39).
Nota-se, pois, “que os aspectos gramaticais não são os únicos que devem estar presentes
ao longo do processo ensino-aprendizagem de línguas. Para poder afirmar que um
determinado indivíduo possui um bom conteúdo comunicativo em uma dada língua, torna-se
necessário que ele possua um bom domínio de cada um dos seus componentes.” Assim, além
do conteúdo gramatical, o estudante precisa possuir um bom domínio do conteúdo
sociolingüístico, do conteúdo discursivo. Esses constituem os propósitos maiores do ensino
de línguas estrangeiras no ensino médio.
Portanto, se considerarmos que são esses os conteúdos a serem alcançados ao longo dos
três anos de curso, não mais poderá pensar, apenas, no desenvolvimento do conteúdo
gramatical: torna-se imprescindível entender esse componente como um entre os vários a
serem dominados pelos estudantes. Afinal, para poder comunicar-se numa língua qualquer
não basta, unicamente, ser capaz de compreender e de produzir enunciados gramaticalmente
corretos. É preciso, também, conhecer e empregar as formas de combinar esses enunciados
num contexto específico de maneira a que se produza a comunicação. Em outras palavras, é
necessário, como aponta Widdowson (1991, p.15), além de adquirir a capacidade de compor
frases corretas, adquirir o conhecimento de como essas frases são adequadas a um
determinado contexto.
Ainda outro ponto a ser considerado diz respeito à forma pela quais as diferentes
disciplinas da grade curricular podem e devem interligar-se. Trata-se, ademais, de buscar
caminhos para desenvolver o trabalho relacionando os diferentes conteúdos mencionados
anteriormente.
Um exemplo talvez auxilie a compreender melhor as afirmações anteriores. Se no livro
didático utilizado figura a frase, na língua estrangeira objeto de estudo, “Onde é a estação de
trens?”, além de chamar a atenção para a adequada construção gramatical do enunciado, será
necessário atentar para o contexto onde tal frase poderia ser produzida e para as razões que
confeririam importância ao fato de que o aluno seja capaz de produzi-la e de entendê-la. Seria
o caso, por exemplo, de verificar-se se o livro didático provém de algum país europeu, onde o
trem constitui um meio de transporte muito importante. Sendo assim, nas aulas da língua
estrangeira, além de destacar a correção lingüística, o professor poderia - ou deveria - estar
considerando a importância que um
201
enunciado como o referido pode ter numa situação e contextos reais e os motivos pelos qual
esse meio de transporte é tão utilizado em alguns países e nem tanto no Brasil.
Outro exemplo, talvez mais próximo da realidade dos professores de línguas
estrangeiras, uma vez que se refere a um conteúdo normalmente abordado em sala de aula: o
léxico referente à alimentação. É freqüente que esse conteúdo figure sob a forma de
exaustivas listas com nomes de alimentos na língua estrangeira. Essa forma de tratamento,
dificilmente permitirá que esse vocabulário chegue a tornar-se conhecimento significativo
para os alunos. Por outro lado, muitas vezes, os alunos acabam sentindo curiosidade por saber
como se diz, na língua objeto, determinado alimento que, via de regra, é típico do Brasil e
pouco - ou nada - conhecido em outros países. Assim, por que não buscar outras formas mais
adequadas para abordar essa questão? Em lugar de trabalhar com listas que pouco resultado
prático oferecem, já que se apóiam, quase que exclusivamente na realidade brasileira, o
professor pode tratar o tema da alimentação em conjunto com o professor de Geografia. Pode
ser feito um estudo do clima e do solo do país onde se fala a língua-alvo, para chegar-se a
discutir questões como hábitos alimentares. Dessa forma, além de trabalhar-se um conteúdo
relacionado à competência gramatical, estará sendo desenvolvida, pelo menos e
simultaneamente, a competência sociolingüística, posto que aspectos sociais e culturais
obrigatoriamente sejam abordados. Ademais, será uma maneira de deixar mais evidente que
nenhuma área do conhecimento prescinde de outras. Antes, o que ocorre é que elas estão
perfeitamente interligadas e inter-relacionadas e qualquer tentativa de desvinculá-las
redundará, com certeza, na criação de contextos altamente artificiais geradores de
desinteresse.
Conceber-se a aprendizagem de línguas estrangeiras de uma forma articulada, em
termos dos diferentes componentes da competência lingüística, implica, necessariamente,
outorgar importância às questões culturais. A aprendizagem passa a ser vista, então, como
fonte de ampliação dos horizontes culturais. Ao conhecer outra(s) cultura(s), outra(s) forma(s)
de encarar a realidade, os alunos passam a refletir, também, muito mais sobre a sua própria
cultura; ampliam a sua capacidade de analisar o seu entorno social com maior profundidade,
tendo melhores condições de estabelecer vínculos, semelhanças e contrastes entre a sua forma
de ser, agir, pensar e sentir e a de outros povos, enriquecendo a sua formação.
De idêntica maneira, tanto através da ampliação da competência sociolingüística quanto
da competência comunicativa, é possível ter acesso, de forma rápida, fácil e eficaz, a
informações bastante diversificadas. A tecnologia moderna propicia entrar em contato com os
mais variados pontos do mundo, assim como conhecer os fatos praticamente no mesmo
202
instante em que eles se produzem. A televisão a cabo e a Internet são alguns exemplos de
como os avanços tecnológicos nos aproximam e nos integram do/no mundo. Entretanto, nem
sempre os indivíduos usufruem desses recursos. Isso se deve, muitas vezes, apenas a
deficiências comunicativas: sem conhecer uma língua estrangeira torna-se extremamente
difícil utilizar os modernos equipamentos de modo eficiente e produtivo. Daí ser importante,
também, a aprendizagem de idiomas estrangeiros: atualmente, para estar em consonância com
os avanços da ciência e com a informação, é preciso possuir os meios de aproximação
adequados e a competência comunicativa é imprescindível para tanto.
Em síntese: é preciso pensar-se o ensino e a aprendizagem das línguas estrangeiras
modernas no ensino médio em termos de competências abrangentes e não estáticas, uma vez
que uma língua é o veículo de comunicação de um povo por excelência e são através de sua
forma de expressar-se que esse povo transmite sua cultura, suas tradições, seus
conhecimentos. A visão de mundo de cada povo altera-se em função de vários fatores e,
conseqüentemente, a língua também sofre alterações para poder expressar as novas formas de
encarar a realidade. Daí ser de fundamental importância conceber-se o ensino de um idioma
estrangeiro objetivando a comunicação real, pois, dessa forma, os diferentes elementos que a
compõem estarão presentes, dando amplitude e sentido a essa aprendizagem, ao mesmo
tempo em que os estereótipos e os preconceitos deixarão de ter lugar e, portanto, de figurar
nas aulas. Entender-se a comunicação como uma ferramenta imprescindível no mundo
moderno, com vistas à formação profissional, acadêmica ou pessoal, deve ser a grande meta
do ensino de línguas estrangeiras modernas no ensino médio.
G) AVALIAÇÃO
A avaliação e recuperação será contínua, diagnóstica e somatória, no decorrer do
desenvolvimento das atividades, priorizando-se as habilidades dos conteúdos, dentro das
seguintes dimensões e categorias: provas, trabalhos e execução de tarefas. Serão atribuídos
conceitos, considerando o desempenho, a participação, o interesse, a responsabilidade e a
assiduidade do aluno.
H) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
203
MORNO, Eliete Canesi & FARIA, Rita Brugin de “Star up” 5º.Ed. Ática
LAPORTA, Edgar “Practical English.” Ed. Ibep.
AMOS, Eduardo & PRESCHER, Elisabeth. “ACE”. Ed. Longman.
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira
Moderna para os anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba:
Governo do Estado PR, 2008.
204