COLÉGIO ESTADUAL “PROFESSOR VIDAL VANHONI” … · a municipalização do Ensino Fundamental de...
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COLÉGIO ESTADUAL “PROFESSOR VIDAL VANHONI”ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
VERSÃO PRELIMINAR
PARANAGUÁ
2010
“O P. P. P. constitui-se em processo democrático de decisões,
pois implementa uma forma de organização do trabalho
pedagógico que supera conflitos, elimina relações competitivas
autoritárias, rompendo com a rotina do mando impessoal e
com a burocracia que permeia as relações no interior da
escola; diminuindo os efeitos fragmentários da divisão do
trabalho que reforça as diferenças e hierarquiza os poderes de
decisão”.(VEIGA, 2005, p.13).
SUMARIO
1. APRESENTAÇÃO
2. JUSTIFICATIVA
3. ATO SITUACIONAL
4. ATOCONCEITUAL
4.1 PRINCÍPIOS NORTEADORES
4.2 OBJETIVOS DA ESCOLA
4.3 ORGANIZAÇÀO CURRICULAR
4.4 INSTÂNCIAS COLEGIADAS
4.5 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
5. ATO OPERACIONAL
5.1 INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS
5.2 AÇÕES DO COLÉGIO
5.3 A FAMÍLIA E A COMUNIDADE
5.4 FORMAÇÃO CONTINUADA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
COLÉGIO ESTADUAL “PROFESSOR VIDAL VANHONI”ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
IDENTIFICAÇÃO
Denominação da instituição:Colégio Estadual “Professor Vidal Vanhoni” – Ensino Fundamental e Médio
Endereço completo: Rua: Maneco Viana, S/N Bairro/Distrito: Jardim Eldorado
Município: Paranaguá
NRE : Paranaguá
CEP: 83206-250
DDD: 41
Telefone: 3423-2726
Fax: 3423-2726
E-mail: [email protected]
Entidade mantenedora: Governo do Estado do Paraná
CNPJ/MF: 76.592.468/0001-84
Ensino Fundamental – 5ª/8ª série Res. 421/01 – D.O.E. 23/03/01Educação de Jovens e Adultos (Presencial) – Ensino Médio Res. 1741/01 – D.O.E. 24/03/99
PARANAGUÁ2010
1.Apresentação
O Projeto Político -Pedagógico do Colégio “Professor Vidal Vanhoni ”Ensino
Fundamental e Médio foi construído tendo como pressuposto a Lei de Diretrizes e
Bases, Lei Nº 9.394/96 que estabelece no seu art. 12, Inciso I, que os
estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema
de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica.
Nosso Projeto Político -Pedagógico é fruto de uma construção coletiva, que
traz em sua estrutura os ideais dos diversos agentes que fazem parte desta
comunidade escolar.
Este documento norteará toda a organização e trabalho escolar e traz em
seu contexto parte da história construída , encaminhando planejamentos e
ações para uma prática educativa que vise a socialização dos conhecimentos. É a
própria organização do trabalho pedagógico escolar como um todo, em suas
especificidades, níveis e modalidades, no nosso caso as séries finais do ensino
fundamental regular , a fase II e ensino médio EJA.
Nele estão expressos nossa concepção de sociedade, de homem, escola,
educação, cultura, trabalho, cidadania, conhecimento, ensino, aprendizagem,
avaliação, tornando-se um documento de constante reflexão e de discussão de
práticas pedagógicas, alicerçando o trabalho pedagógico escolar enquanto
processo de construção contínua da organização escolar.
2.Justificativa
O Projeto Político Pedagógico visa que se assegurem ações de cunho
educativo, filosófico ou social .Indica o rumo que a escola deve percorrer em sua
forma de planejamento,tendo por base a organização do trabalho escolar de
forma integral. É um instrumento que busca um caminho que remeterá à
realização da melhor maneira possível da função educativa para a construção de
seu caminho pedagógico, através do envolvimento efetivo entre profissionais da
educação, alunos e comunidade em geral, na tomada de decisões e no
funcionamento da organização escolar, permitindo dessa forma, a conquista de
uma gestão democrática construída no cotidiano das relações escolares.
Dessa forma, seu objetivo é estabelecer uma identidade própria,
contemplada na sua práxis pedagógica, conhecendo a clientela atendida, nível
sócio-econômico e cultural dos alunos , a fim de melhor atendê-los em suas
especificidades.
Justifica-se portanto a elaboração deste Projeto Político Pedagógico como o
norteador de todo o processo educativo a ser realizado neste estabelecimento de
ensino. Servirá como instrumento de planejamento coletivo, devendo resgatar a
unidade do trabalho escolar e garantir que não haja uma divisão entre os que
planejam e os que executam. Nesse processo todos os segmentos planejam
garantindo a visão do todo, e todos executam, mesmo que apenas parte desse
todo.
3. ATO SITUCIONAL
O Colégio Estadual “Prof. Vidal Vanhoni” está situado em
Paranaguá,município brasileiro, localizado no litoral do estado do Paraná. É uma
cidade histórica, a mais antiga do estado. Segundo a estimativa de população
realizada em 2009 pelo IBGE, possui 139.796 habitantes. Tendo em seu porto a
principal atividade econômica.
O Colégio situa - se na zona urbana, no bairro Jardim Eldorado, que possui
uma infra – estrutura privilegiada, todo asfaltado, cercado por escolas públicas e
particulares, farmácias, supermercados, lojas comerciais, igrejas, etc. A maioria da
clientela é oriunda de classe média-baixa, e temos uma porcentagem de alunos de
baixíssima renda, provenientes de vilas próximas e distantes ao bairro. São
adolescentes que compreendem a faixa etária de 11 a 17 anos,possuindo muitos
educandos com distorção idade/série , alunos que na maioria são advindos de
outros bairros e também da zona rural,formando assim uma clientela bem
diversificada.
O colégio atende também os educandos da Educação de Jovens e Adultos
(EJA) sujeitos que possuem diferentes experiências de vida e que em algum
momento afastaram-se da escola por fatores sociais, econômicos , políticos e/ou
culturais e principalmente pela evasão escolar nas séries iniciais do Ensino
Regular ,também devido às necessidades do trabalho como garantia de
sobrevivência e problemas familiares. No atendimento a EJA . O Colégio abrange
não somente alunos do próprio município,bem como outros advindos de
localidades das regiões próximas.
O estabelecimento tem como Entidade Mantenedora o Governo do Estado
do Paraná e é supervisionado pelo Núcleo Regional de Educação/NRE e pela
Secretaria do Estado da Educação/SEED. O CNPJ/MF da instituição é
76.416.965/0001-21 e o código 1840.
O colégio foi inaugurado em 21 de janeiro de 1999. O objetivo de seu
funcionamento foi dar atendimento à clientela escolar de 5ª a 8ª séries do 1º grau
regular e o Curso E.J.A do Ensino Fundamental e Médio, que pertencia ao
Colégio Municipal “Presidente Kennedy”- Ensino de 1º e 2º graus, por ter ocorrido
a municipalização do Ensino Fundamental de 1ª a 4ª série.
O estabelecimento foi criado e autorizado pela Resolução nº 113/99, de
11/01/99, tendo sua Implantação e Autorização do Ensino Fundamental e Médio,
no Parecer nº 457/99, de 21/02/99.
O Curso Supletivo Ensino Fundamental e Médio foi reconhecido pela
Resolução nº 1209/00.
O colégio recebeu este nome em homenagem ao professor Vidal Vanhoni,
nascido na localidade da Quintilha no município de Paranaguá no dia 07 de março
de 1921. Formado para o Magistério de Geografia e História pela Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras do Paraná e Bacharel em direito pela Universidade
Federal do Paraná em 1950.Foi Vereador na Câmara Municipal de Paranaguá ,
Secretário de estado da Educação e Cultura em 1956, Deputado Estadual pelo
PSD – Partido Social Democrático em 1958 e Presidente da Assembléia
Legislativa do Estado do Paraná em 1960,assumindo a cadeira na Assembléia
Legislativa em 1963,onde foi nomeado Procurador , cargo em que veio a se
aposentar,falecendo em 04/02/1997.
O Colégio Estadual Professor Vidal Vanhoni oferece Ensino Fundamental
de 5ª a 8ª série; e a Nova Proposta da EJA. Atualmente possui 635 alunos
matriculados no Ensino Fundamental Regular – matutino e vespertino– 5ª a 8ª
série e 705 alunos matriculados na Nova Proposta da EJA – noturno –Fase 2 e
Fase 3.
3.1 Organização do Espaço Físico do Colégio
O Colégio é constituído por 14 salas de aula, sendo uma utilizada no período
diurno para a Sala de Apoio.
O espaço físico está dividido em 06 blocos, 5 destinados a sala de aula,com
03 salas cada um e 01 bloco destinado a direção,cozinha
,despensa,secretaria,sala de professores,biblioteca e um banheiro para
funcionários. Possui 01 pátio coberto, 01 quadra de esportes e banheiros
masculino e feminino para os alunos .
Seu corpo administrativo está composto por
Direção geral - Tânia Regina de Freitas Moreira
Direção auxiliar – Marisa Celestino
Secretária geral – Soraya Correia Cordeiro
Agentes Educacionais II –
Claudete Cordeiro da Silva
Everlli Rodrigues Carvalho Ferreira
Joelma Ribeiro
Karoline Souza Espíndola
Lucimeri Lopes de Faria Duarte
Patrícia Fernandes Machado
Sandra Mara Alves Barreto
Simone Silva Bitencourt Bestel
Agentes Educacionais I:
Alessandra de Lara Pinto
Berenice Pinheiro
Claudia da Silva Muniz
Elizabete Domingos Ferreira
Luciane Mendes
Lurdes Gutowski Albini
Márcia Barbosa
Maria de Lurdes Marin
Neuza Maria Elias de Carvalho
Noeli Carmo Assumpção
Rosimeri da Silva Lopes
Zuleide Lopes da Silva
Professores –
Adelio Coelho Ramos
Adriano Gonçalves;
Airton Delponte
Adriane de Oliveira
Ariosvaldina R. Teles
Aldine Nobrega
Adriana Aparecida M. De Carvalho
Alessandra Griguç
Ariosvaldina r. Telles
Alysson dos Santos Muniz
Bruno Heidy Uetaqui
Carina Gonçalves Capete Ricardo
Cíntia Beatriz Cordeiro Rosa
Carla Renata Siqueira de Almeida
Cristiane do Amaral Machado
Cristiani Maria Lima dos Santos
Clodoaldo A . da Silva
Camille Lira Stanicia Teodoro
Debora Peniche Taira
Edison Branco Pereira
Edicélia Maria dos Santos de Souza
Eliezer David G. Lopes
Evelize Sabino Alves
Fernanda Rosina
Felipe Vanhoni Jorge.
Geise Ferreira Costa
Gracília Maria Ramos Marques
Juciana Cit Claudino
Juliana de Felix Caneptraro
Kelly Christine Alvares Mino
Luciane do Rocio Mafra Nascimento
Luciene Ferreira da Silva
Luciana Lopes de Farias Xavier
Lializ Orzenn Waess
Lúcia Helena Mendes Sóccio
Márcia dos Santos Leal
Manoel M. Da Veiga
Marco Antonio Fernandes dos Reis
Marilene Santos Bello Jakibalis
Maria do Rocio Correa
Nadia Regina Teixeira
Neuzeli Paula dos Santos
Norma Lopes Kobora
Patricia Renata Lopes
Priscila Cristina Chami
Rodolfo de Almeida Bonaldi
Rosi Mery Mendes
Sanah Haidar Tassi
Scarlet Amparo Ganassoli Salgado
Vanessa Castilho Correia
Vivian C. G. Rebello
Vilma Ana Damborowiski
Wolffe Henrre Skrzypietz
Pedagogas –
Márcia Bueno de Souza
Neuzamaria Nicolau
Suzana do Rocio S. Portineri
Vera Lúcia M. Spitz
Denise Rachel V. Mansur Nascimento
Rafaela Correa Costa.
3.2 Organização da Entidade Escolar
Ensino Fundamental
Ensino Fundamental regular
Duração do Curso: 08 anos – Séries Finais do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª
séries.
Carga Horária Total: 4000 horas aula – período matutino, vespertino
Ensino fundamental – fase II EJA (sede)
Carga horária total do curso: 1440/1452 horas-aula ou 1200/1210 horas
Oferta: forma presencial, organizada individual e coletivamente .
Ensino Fundamental – fase II EJA (APEDEs)
Carga horária total do curso: 1440/1452 horas-aula ou 1200/1210 horas
Oferta: forma presencial e coletivamente .
Ensino Médio
Ensino Médio (sede)
Carga horária total do curso: 1440/1452 horas-aula ou 1200/1210 horas
Oferta: forma presencial, organizada individual e coletivamente .
Número de turmas: 14 turmas
Ensino Médio (APEDEs)
carga horária total do curso: 1440/1452 horas-aula ou 1200/1210 horas
Oferta: forma presencial e coletivamente .
O atendimento das turmas descentralizadas é realizado em salas cedidas
pela Prefeitura Municipal através da Secretaria Municipal de Ensino em Tempo
Integral .
Contamos hoje com atendimento descentralizado nas escolas:
Número de Escolas: 06 escolas
Número de turmas: 14 turmas
3.3Horário de Atendimento
Ensino Fundamental
Regular
Ensino Fundamental
Regular
Ensino Fundamentale
Médio EJA
Período matutino
Início : 7 he30 min
Término: 11he50min
Período vespertino
Início : 13 he30 min
Término:17he50min
Período noturno
Início : 19 h
Término: 22he50min
A hora -atividade é organizada de acordo com a instrução Nº02/2004-
SUED,sendo ela um tempo reservado ao Professor em exercício de docência,
para estudos, avaliação e planejamento .
A hora atividade do professor é de acordo com o número de disciplinas,
sendo para cada 04 hora/aulas, 01 hora atividade.
Organograma
CORPO DISCENTE
OU ALUNOS
CORPO DOCENTE FUNCIONÁRIOS
OU PROFESSORES
EQUIPE DIREÇÃO E
PEDAGÓGICA DIREÇÃO AUXILIAR
GRÊMIO CONSELHO
ESTUDANTIL ESCOLAR APMF
4. ATO CONCEITUAL
A partir de uma concepção que tem como opção teórica a pedagogia
progressista, o colégio Estadual “Professor Vidal Vanhoni” compreende a
educação como um dos processos de formação da pessoa humana. Processos
através do qual as pessoas se inserem na sociedade, transformando-se e
transformando a sua realidade.
Acreditamos que proporcionando o acesso ao saber historicamente
acumulado pela humanidade, reavaliando a realidade social na qual o aluno está
inserido,estaremos cumprindo a função social da escola que é a emancipação
humana através do saber e a democratização deste saber para que possamos ter
uma sociedade alicerçada nos direitos individuais e coletivos ,na superação de
exclusão e preconceito,no respeito a diversidade e no direito do uso dos benefícios
proporcionados pelos avanços científicos, tecnológicos e culturais, onde possamos
ser e formar um homem crítico, criativo , comprometido consigo,com o outro , com
a natureza e com a formação de uma humanidade mais justa e democrática. Para
tanto precisamos ofertar uma educação comprometida com a formação plena .
O Colégio apresenta as concepções/visões/princípios que norteiam seu
projeto político pedagógico, detalha como embasa suas concepções no que se
refere a: aprendizagem, escola e educadores; como prevê e pensa a educação
inclusiva, o acolhimento às diferenças de gênero, etnia, raça e religião. Define sua
linha pedagógica e teóricos utilizados para embasar sua prática pedagógica diária,
levando em conta os princípios de: Visão de mundo, sociedade, homem,
conhecimento, escola e processo de ensino-aprendizagem.
Visão de mundo-
O mundo se transforma constantemente, e o homem é sujeito da própria
educação. Dessa forma, através da reflexão sobre o ambiente, ele contribuirá para
as mudanças e melhorias. No mundo tecnológico, não perderá de vista a qualidade
de vida.
Concepção de homem -
Indivíduo concreto, histórico, inserido no contexto de relações sociais. Ser que
transforma e é transformado. Participante ativo na construção da história e do
conhecimento, devendo ser solidário nas relações com a natureza, com seus
semelhantes, na busca constante da harmonia consigo e com o mundo. Cidadão
crítico, em condições de compreender e atuar no mundo em que vive, consciente
de seu papel nas mudanças sociais.
Concepção de Sociedade-
Espaço de interação humana no qual se reflete a maneira de ser, agir e pensar de
um povo. Local onde deve-se primar pela solidariedade,fraternidade, justiça,
igualdade de direitos e liberdade de expressão,respeitando a diversidade,
concebendo-a como parte da condição humana. Entende-se que o mundo
transforma-se constantemente e de forma acelerada e que o homem deve ser
sujeito da própria história. Dessa forma, será através da construção do
conhecimento, da crítica social e da vivência de relações humanas, que o homem
contribuirá para as melhorias e mudanças sociais e, mesmo que vivendo num
mundo tecnológico não perderá de vista a qualidade de vida, participando como
sujeito motivado e com objetivos claros; críticos e criativos, sendo assim, cidadãos
preocupados com a sociedade na qual está inserido, consciente de seus direitos e
cumpridores dos seus deveres.
Concepção de Escola
Espaço de produção cultural e intelectual,de socialização de saberes, que auxilia
na formação da competência acadêmica, humana e na transformação da
sociedade. Deve ser democrática, acolhedora, mediadora e significativa para o
aluno. A escola é um espaço de acesso à cultura elaborada, que leva em conta o
conjunto das dimensões da formação humana, onde o conhecimento é
compartilhado e sistematizado, tendo a tarefa de formar seres humanos com
consciência de seus direitos e deveres e capaz de refletir e analisar a realidade
com o objetivo de transformá-la , através dos novos desafios, das novas formas de
trabalho, de organização social, do combate às drogas, à violência, e à exclusão,
sempre atenta às diferenças sociais, à preservação do meio ambiente, como
problemas que exigem novas soluções e muito mais empenho da educação.
Concepção de conhecimento -
A educação faz parte do conhecimento humano, cabe a ela, a função de dar
sentido à história do homem e fazer com que este se descubra no mundo, ou
descubra o seu mundo.
Cabe à escola, à educação, formar indivíduos íntegros e críticos, para saberem
escolher o melhor caminho para o conhecer, para o transformar, cidadãos que
possam exercer com dignidade o ato da cidadania. O conhecimento deve ser
construído, progressivamente, através da atividade própria do aluno e também
através das interações sociais, isto é, de aluno para aluno , e entre o professor e
os alunos.
Hoje, a inclusão de alunos com necessidades educativas especiais é uma
realidade , e nossa escola está aberta para receber estes alunos,
atendendo e respeitando as diferenças individuais, através da flexibilização e
adaptação curricular, como também atender à diversidade de alunos com vistas a
inclusão de todos no processo de ensino e de aprendizagem, visando a
preservação da dignidade, o fortalecimento da identidade social e o exercício da
cidadania de cada um dos envolvidos neste processo. Porém, em relação aos
espaços físicos ,precisamos de
4.1 PRINCÍPIOS NORTEADORES DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Segundo Veiga ( 2004 ), a abordagem do P.P.P. como organização do
trabalho da escola como um todo, está fundada nos princípios que deverão nortear
a escola democrática, pública e gratuita:
a) Igualdade de condições para acesso e permanência na escola –
Sabemos que nem todos têm oportunidade de freqüentar a escola na
idade regular. Então, como diz Saviani, há uma desigualdade no ponto de partida,
mas temos o dever de promover a igualdade no ponto de chegada; garantir o
acesso e a permanência do aluno na escola. Promover a igualdade de
oportunidades, mas mantendo a qualidade.
b) Qualidade que não pode ser privilégio de minorias econômicas e sociais
Portanto a escola deve propiciar qualidade para todos. A qualidade
formal e a política. Segundo Demo ( 1994 ), a qualidade forma “significa a
habilidade de manejar meios, instrumentos, formas, técnicas, procedimentos diante
dos desafios do desenvolvimento. “
Para Veiga ( 2004 ), a qualidade política é condição imprescindível de
participação. Está voltada para os fins, valores, conteúdos.
Demo ( 1994 ), chama a atenção para o fato de que a qualidade
centra-se no desafio de manejar os instrumentos adequados para fazer história
humana. A qualidade formal está relacionada com a qualidade política e esta
depende da competência dos meios. Ainda Demo ( 1994 ) afirma, que a escola de
qualidade tem obrigação de evitar de todas as maneiras possíveis repetências e a
evasão. Tem que garantir a meta qualitativa do desempenho satisfatório de todos.
Qualidade para todos ... É preciso garantir a permanência dos que nela
ingressarem. Qualidade implica consciência crítica e capacidade de ação, saber e
mudar.
c) Gestão democrática (abrange as dimensões pedagógicas, administrativas
financeira).
Segundo Veiga ( 2004), ela exige uma ruptura histórica na prática
administrativa da escola, com o enfrentamento das questões de exclusão e
reprovação e da não – permanência do aluno na sala de aula, o que vem
provocando a marginalização das classes populares ... A gestão democrática visa
romper com a separação entre ... o pensar e o fazer, entre teoria e prática. A
gestão democrática busca principalmente o repensar da estrutura do poder da
escola, tendo em vista sua socialização. A socialização do poder propicia a prática
da participação coletiva, que atenua o individualismo; da reciprocidade, que elimina
a exploração; da solidariedade, que supera a opressão; da autonomia, que anula a
dependência de órgãos intermediários que elaboram políticas educacionais das
quais a escola é mera executora. A gestão democrática inclui a ampla participação
dos representantes dos diferentes segmentos da escola nas decisões/ações
administrativo – pedagógicas ali desenvolvidas.
d) Liberdade
O princípio de liberdade está sempre associado à idéia de autonomia.
A autonomia e a liberdade fazem parte da própria natureza do ato pedagógico. A
autonomia remete – nos para regras e orientações criadas pelos próprios sujeitos
da ação educativa, sem imposições externas.
Para Rios ( 1982 ), a escola tem uma autonomia relativa e a liberdade
é uma experiência de educadores e constrói - se na vivência coletiva, interpessoal.
Portanto, “somos livres com os outros e não apesar dos outros” .
Se pensamos na liberdade da escola, devemos pensá-la na relação
entre toda a comunidade escolar. “Ninguém pode ser livre se, em volta dele, há
outros que não o são!” ( Heller, 1982 )
Por isso a liberdade deve ser considerada, também, como liberdade
para aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a arte e o saber direcionados para
uma intencionalidade definida coletivamente.21
O conflito é fonte de idéias novas, podendo levar a discussões abertas
entre determinados assuntos, o que se revela positivo, pois permite a expressão e
exploração de diferentes pontos de vista, interesses e valores.
Administrar conflitos consiste exatamente na escolha e implementação
de estratégias mais adequadas para se lidar com cada tipo de situação .Implica
trabalhar com grupos e tentar romper alguns dos estereótipos vigentes na
organização.
e) Valorização do Magistério
A qualidade do ensino , está estreitamente ligada à formação ( inicial e
continuada ), condições de trabalho, remuneração, elementos esses
indispensáveis à profissionalização do magistério. É preciso valorizar a experiência
e o conhecimento que os professores têm a partir de sua prática pedagógica. A
formação continuada é direito de todos os profissionais que trabalham na escola,
uma vez que não só ela possibilita a progressão funcional baseada na titulação, na
qualificação e na competência dos profissionais, mas também propicia,
fundamentalmente, o desenvolvimento profissional dos professores articulado com
as escolas e seus projetos. Ela não deve limitar-se a conteúdos curriculares, mas
a questões como cidadania, gestão democrática, avaliação, metodologia de
pesquisa e ensino, novas tecnologias de ensino, etc.
4.2 OBJETIVOS DA ESCOLA
Os objetivos da escola foram embasados nos objetivos do Ensino
Fundamental. Esta etapa da escolarização deve garantir a formação básica do
cidadão e o desenvolvimento integral do educando, mediante:
I – O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos
o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II – Compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade:
III – O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a
aquisição de conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV – O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e
de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
V _ Desenvolver no educando a capacidade de compreensão da importância do
mundo do trabalho, suas diversidades, suas transformações no decorrer do tempo
histórico, seu vínculo com a realidade local, regional, nacional e mundial;
VI _Criar sujeitos críticos, participativos, que situe-se no seu tempo, acompanhe
as transformações e se torne um agente transformador.
4.3 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
Para Veiga ( 2004 ), o currículo é um importante elemento constitutivo
de organização escolar. Ele é uma construção social do conhecimento,
pressupondo a sistematização dos meios para que esta construção se efetive; a
transmissão dos conhecimentos historicamente produzidos e as formas de
assimilá-los, portanto, a produção, transmissão e assimilação são processos que
compõem uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar, ou
seja, o currículo propriamente dito.
O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do
conhecimento científico, que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos
alunos. Daí a necessidade de se promover, na escola, uma reflexão aprofundada
sobre o processo de produção do conhecimento escolar, uma vez que ele é , ao
mesmo tempo, processo e produto. A análise e a compreensão do processo de
produção do conhecimento escolar ampliam a compreensão sobre as questões
curriculares.
O currículo não é um instrumento neutro, pois passa ideologia, e a escola
precisa identificar e desvelar os componentes ideológicos do conhecimento escolar
que a classe dominante utiliza para a manutenção de privilégios.
O conhecimento corporificado no currículo carrega as marcas indeléveis das
relações sociais de poder. O currículo é capitalista. O currículo reproduz -
culturalmente – as estruturas sociais. O currículo tem um papel decisivo na
reprodução de estruturas de classes da sociedade capitalista. O currículo é um
aparelho ideológico do Estado capitalista. O currículo transmite a ideologia
dominante. O currículo é, em suma, um território político. “ ( Silva, 2001 )
A determinação do conhecimento escolar, portanto, implica uma análise
interpretativa e crítica, tanto da cultura dominante, quanto da cultura popular, pois
o currículo expressa uma cultura e não pode ser separada do contexto social. E é
aí que entra o “currículo oculto “, entendido este, como as “mensagens
transmitidas na sala de aula e no ambiente escolar”. Assim, toda gama de visões
do mundo, as normas e os valores dominantes são passados aos alunos no
ambiente escolar, na relação pedagógica, nas rotinas escolares, no material
didático e mais especificamente por intermédio dos livros didáticos.
Segundo Silva ( 2001 ), o currículo oculto é constituído por aqueles
aspectos do ambiente escolar que, sem fazer parte do currículo oficial, explícito,
contribuem de forma implícita, para a aprendizagem social relevante. ... São
atitudes, comportamentos, valores e orientações que permitem que crianças e
jovens se ajustem da forma mais conveniente às estruturas e as formas de
funcionamento.
Veiga ( 2004 ) afirma que orientar a organização curricular para fins
emancipatórios implica, inicialmente desvelar as visões simplificadas de
sociedade, concebida como alguém que tende a aceitar papéis necessários à sua
adaptação ao contexto em que vive. Controle social, na visão crítica é uma
contribuição e uma ajuda para a contestação e a resistência à ideologia veiculada
por intermédio dos currículos escolares.
O Colégio Estadual Professor Vidal Vanhoni almeja através do diálogo, da
construção do processo democrático, buscar alternativas que possam possibilitar
aos educandos o acesso às formas do saber sistematizado, o conhecimento dos
conteúdos acumulados historicamente, trabalhando o currículo de forma crítica
para atingirmos os objetivos a qual a escola se propõe.
MATRIZ CURRICULAR
ENSINO FUNDAMENTAL DE 5/8ª SÉRIE
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR VIDAL VANHONI – E.F.M
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: PARANAGUÁ NRE: PARANAGUÁ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 FORMA: Simultânea
MODULO: 40 semanas CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1000H/A- 833 HORAS
BASE
NAC I ONA L
COMUM
DISCIPLINAS / SÉRIE5 6 7 8
LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4
ARTES 2 2 2 2
EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2
MATEMATICA 4 4 4 4
CIÊNCIAS 3 3 3 4
HISTÓRIA 3 3 4 3
GEOGRAFIA 3 3 3 3
ENSINO RELIGIOSO* 1 1 0 0
PD
L.E.M. INGLÊS 3 3 3 3
TOTAL C.H.Semanal 25 25 25 25
(*)Indicativo de Obrigatoriedade
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR VIDAL VANHONI – E.F.M
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: PARANAGUÁ NRE: PARANAGUÁ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2009 FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1452 H/A ou 1200/1210 HORAS
DISCIPLINASTotal deHoras
Total dehoras/aula
LÍNGUA PORTUGUESA 226 272
ARTES 54 64
LEM - INGLÊS 160 192
EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64
MATEMÁTICA 226 272
CIÊNCIAS NATURAIS 160 192
HISTÓRIA 160 192
GEOGRAFIA 160 192
ENSINO RELIGIOSO* 10 12
Total de Carga Horária do Curso 1200/1210 horas ou 1440/1452 h/a
*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO MÉDIO
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR VIDAL VANHONI – E.F.M
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: PARANAGUÁ NRE: PARANAGUÁ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2009 FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440 H/A ou 1200 HORAS
DISCIPLINASTotal deHoras
Total dehoras/aula
LÍNGUA PORT. E LITERATURA 174 208
LEM – INGLÊS 106 128
ARTE 54 64
FILOSOFIA 54 64
SOCIOLOGIA 54 64
EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64
MATEMÁTICA 174 208
QUÍMICA 106 128
FÍSICA 106 128
BIOLOGIA 106 128
HISTÓRIA 106 128
GEOGRAFIA 106 128
TOTAL 1200 1440
Total de Carga Horária do Curso 1200 horas ou 1440 h/a
4.4 INSTÂNCIAS COLEGIADAS
As instâncias colegiadas que fazem parte do nosso colégio são:
APMF(Associação de Pais ,Mestres e Funcionários) , Conselho Escolar e o
Grêmio Estudantil.
A APMF é o órgão que visa estabelecer a integração escola-comunidade,
através do planejamento e da execução de atividades sociais, culturais e
esportivas, possibilitando a aproximação da Comunidade com a escola .É parceira
na busca de soluções para os problemas do cotidiano escolar, dando suporte a
Direção e Equipe, somando esforços para uma educação de qualidade.
A Associação de Pais, Mestres e funcionários não visa distribuir lucros,
bonificações e vantagens a dirigentes, conselheiros mantenedores ou integrantes,
sob nenhum pretexto, e deverá empregar, suas rendas, exclusivamente, na
Unidade Escolar, atendendo à Proposta Pedagógica, e à manutenção de seus
objetivos institucionais.
No exercício de suas atribuições, a APMF deverá manter rigoroso respeito
às disposições legais, de modo a assegurar observância aos princípios
fundamentais da política educacional vigente no Estado (De acordo com o
Estatuto da APMF em vigor).
Todas as atividades desenvolvidas pela APMF, deverão estar respaldadas
pelo referido estatudo, e devidamente registradas em Ata.
O Grêmio Estudantil contribui para a formação e o enriquecimento
educacional de nossos alunos ,constituindo um meio de participação na vida
escolar, o que favorece a formação para a cidadania, tornando-se um espaço de
discussão, criação e tomada de decisão acerca do processo escolar, bem como
fortalecendo noções a respeito de direitos, deveres e convivência comunitária.
O Conselho Escolar deve envolver a comunidade, estimulando-a a
acompanhar a rotina escolar, sempre na busca da escola pública de qualidade,
onde os integrantes, formados por pais,professores,funcionários e membros da
comunidade,deverão deliberar sobre questões relativas a prática pedagógica e
administrativa da escola,assegurando um ambiente democrático e transparente.
O conselho deverá reunir-se sempre que se fizer necessário a fim de
resolver problemas específicos da comunidade escolar,promovendo participação e
atuação dentro das normas que regem a escola como um todo,propiciando cada
vez mais ,um ambiente favorável à aprendizagem e às relações humanas.
Essas normas,deverão estar esclarecida no regimento escolar,servindo
como suporte para a prática e funcionamento do mesmo.
PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
É função da escola realizar a mediação entre o conhecimento prévio dos
alunos e o sistematizado, propiciando formas de acesso ao conhecimento
científico. Nesse sentido os alunos caminham, ao mesmo tempo, na apropriação
do conhecimento sistematizado, na capacidade de buscar e organizar informações,
no desenvolvimento de seu pensamento e na formação de conceitos. O processo
de ensino deve, pois, possibilitar a apropriação dos conteúdos e da própria
atividade de conhecer .
A escola é local onde ocorre o saber-fazer. É constituída por características
políticas, sociais, culturais e críticas. Deve ser considerada como em contínuo
processo de desenvolvimento influenciando e sendo influenciada pelo ambiente,
onde existe um feedback dinâmico e contínuo.
É neste ambiente de produções e produto que se insere o professor, o
educador, não como um indivíduo superior, em hierarquia com o educando, como
detentor do saber-fazer, mas como um igual, onde o relacionamento ente ambos
concretiza o processo de ensinar-aprender.
O papel do professor é o de dirigir e orientar a atividade mental dos alunos,
de modo que cada um deles seja um sujeito consciente, ativo e autônomo. É seu
dever conhecer como funciona o processo ensino-aprendizagem para descobrir o
seu papel no todo e isoladamente.
4.5 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
A avaliação é o momento mais importante do processo de ensino e
aprendizagem . É ela quem subsidia o professor que refletindo sobre o que o aluno
aprendeu e o que não aprendeu, faz uma auto – avaliação do seu próprio
desempenho e nesse instante busca novas alternativas, recicla, reelabora e
viabiliza o saber como movimento.
Segundo Veiga ( 2004 ), “acompanhar as atividades e avaliá-las,
levam – nos à reflexão, com base em dados concretos”. O erro faz parte do
processo e deve ser encarado como um termômetro, neste seguimento.
Se a avaliação é um ato contínuo, que prioriza as aprendizagens de
cada um, então precisamos buscar com mais seriedade e respeito as
aprendizagens de nossos alunos, levando em conta o que cada um aprendeu; pois
a avaliação existe para melhorar e não para reprovar e o professor deve utilizar
diferentes linguagens ( verbal, oral, escrita, gráfica, numérica, pictórica ), isto é,
considerar as diferentes aptidões dos alunos, oferecendo – lhes oportunidades de
expressarem o conhecimento da maneira que melhor lhe convier.
A avaliação deve contribuir para favorecer a democratização da cultura
e ter seu sentido amplificado, isto é, o de ser uma alavanca do progresso do aluno,
um sistema de informação para alunos e professores sobre o andamento do
processo ensino – aprendizagem, sobre dificuldades, falhas, necessidades de
revisão, reforço, etc. Dessa maneira, adquire um sentido comparativo do antes e
do depois da ação do professor, da valorização dos avanços perdendo o caráter de
mero instrumento de seletividade.
Entendemos que a prática de ser flexível, utilizando o processo
contínuo é aplicada em nossa escola, mas o que o mercado de trabalho,
Universidades e Faculdades exigem é o saber sistemático, não valorizando o
saber fragmentado ou acumulado durante toda a vivência do aluno.
Uma avaliação requer ritmo e instrumentos diferenciados; requer,
sobretudo, um educador questionador. O importante não é só a mudança de
instrumentos, mas sim a mudança de postura pedagógica, tornando a avaliação
mais flexível, contínua, pois esta permitirá ao educador detectar a situação ou o
nível em que encontramos em relação aos objetivos, o que ajudará no momento de
replanejar as ações.
A avaliação deverá ser diária, valorizando todas as aprendizagens do aluno.
A periodicidade do registro das avaliações será bimestral com peso 10,0 e média
para aprovação 6,0 computando um mínimo de 24,0 pontos no ano.
O registro da avaliação terá a somatória de atividades como:
caderno, participação em campanhas, trabalhos, mini – projetos, etc.
Os projetos que forem trabalhados no bimestre, com aprovação da
Direção e equipe pedagógica terão peso 10,0. Estes projetos poderão ser
interdisciplinares e deverão ter fundamentação teórica e critérios avaliativos.
Os alunos que faltarem, poderão fazer a avaliação quando retornarem,
trabalhos extras em casa; desde que justificada a ausência com atestado ou
autorizada pela equipe pedagógica.
A verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
• avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período
sobre os de eventuais provas finais.
5. ATO OPERACIONAL
5.1 INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS
O Colégio Estadual Professor Vidal Vanhoni visa atender aos alunos que
necessitam de um atendimento escolar especial, com Salas de Apoio no contra –
turno para alunos de 5ª série e em relação as séries seguintes,a recuperação de
estudos será ofertada paralelamente. Os casos extremos serão estudados e
acompanhados individualmente por pedagogos e professores .
Para os alunos com necessidades educacionais especiais
trabalharemos com um currículo flexível, através de adaptações curriculares,
oportunizando aos alunos idênticas possibilidades e direitos, diminuindo assim o
número de repetência e evasão escolar. Também serão encaminhados para as
Salas de Recurso mais próxima da residência do aluno, uma vez que o Colégio
não dispõe de Sala de Recurso.
O Colégio Estadual “Professor Vidal Vanhoni” fará propostas de
recuperação de estudos embasada na LDB 9394/96. Estas propostas serão
feitas através de Classificação e Reclassificação.
A Classificação ocorrerá em qualquer série ou etapa, exceto a primeira
do ensino fundamental, e será feita: por meio de promoção para alunos que
cursaram, com aproveitamento a série ou fase anterior, na própria escola; por
Transferência para candidatos procedentes de outras escolas; independente de
escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola, que defina o grau de
desenvolvimento e experiência do candidato e permita inscrição na série
adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema de ensino.
A Reclassificação será feita através da avaliação do grau de
desenvolvimento e experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas
curriculares, a fim de encaminhá-lo ao período de estudos compatível com sua
experiência e desempenho independentemente do que registre o seu histórico
escolar.
5.2 AÇÕES DO COLÉGIO
• Atualização constante do PPP, a fim de atender as necessidades da
escola e sua clientela.
• Através de reuniões pedagógicas mensais, viabilizar estudos e
planejamentos com reflexão sobre o processo de ensino -aprendizagem ,
discutindo as práticas escolares, com projetos de recuperação de estudos
e questões relacionadas com a indisciplina .
• Presença permanente de monitor no laboratório de informática, a fim de
atender aos alunos e professores.
• Informatização dos procedimentos relativos ao Conselho de Classe.
• Implantação de sistema de sonorização no colégio, inclusive nas salas de
aula.
• Manutenção da TV Pendrive.
• Incentivar a leitura através de obras literárias, dramatizações,conto de
histórias,teatro e clube do livro.
• Criar a semana cultural, com apresentações e exposições de trabalhos,
envolvendo oficinas de artes plásticas, dança, música e teatro.
• Priorizar ações voltados para a cidadania e o meio ambiente;árvores e
flores foram plantadas no pátio da escola pelos alunos ,na tentativa de
valorizar a vida e o meio ambiente
• - Participar de campanhas e eventos;fazendo arrecadação de alimentos
e material de limpeza para doação a Asilo , provopar e crianças de
comunidades carentes.
• - Promover encontros, eventos para aproximar a escola, a comunidade
e os pais; promover tardes de beleza, com a colaboração de escolas de
cabeleireiro e manicure, fim de tarde na quadra, onde pais e filhos
participam de jogos e amistosos de basquete.
• Trabalhar com as diferenças sociais, raciais, com igualdade; promover palestras com profissionais capacitados como Conselho Tutelar, Patrulha Escolar, Profissionais da Saúde e pessoas da comunidade sobre temas como: sexo na adolescência, prevenção ao uso de drogas, direitos e deveres de pais, filhos e escola.31
• - Resgatar os valores e a educação junto à família; convidando aquelas que apresentam maiores problemas de estruturação a estarem periodicamente na escola,onde pedagogos passam mensagens que salientem a importância da participação de pais no desenvolvimento dos educandos.
• Oficializar a “Festa da Primavera”, com os representantes instituidos por
eleição, “Garoto e Garota Primavera”.
• Manter e ampliar a biblioteca, bem como, materiais pedagógicos para
atendimento a professores e alunos.
• Dar continuidade e suporte ao Grêmio Estudantil .
• Organização de espaço para realização de atividade de jogos, danças, e
música( Com aquisição de instrumentos musicais e profissional habilitado
para o desenvolvimento do projeto).
• Incentivar jogos intersalas e Escolares.
• Incentivar cultivo de horta escolar , assim como jardinagem.
• Construção de bancadas no pátio do colégio, para apresentações de
teatro, leitura e outras práticas.
• Resgatar as datas cívicas , através de palestras e Hinos.
• Criação de um informativo na escola sobre vários temas , onde os alunos
poderão participar, opinando, mandando poesias, receitas, mensagens,
etc.
• Prática de atividades extra-classe , como excursões educativas, passeios
ecológicos, entre outros.
• As ações da direção deverão ser desenvolvidas durante o período de
anos de gestão.
TRABALHANDO PROJETOS
A pedagogia de projetos veio para inovar o trabalho pedagógico,
tornando-o mais dinâmico. Deve ser trabalhado paralelamente com os conteúdos
específicos para que produza uma aprendizagem significativa. Sua utilização deve
ter como objetivo o conhecimento a ser alcançado. Os temas devem ser de
interesse dos educandos e permear todos os conteúdos a serem desenvolvidos,
fazendo interação entre todas as disciplinas.
Existem temas que são de suma importância e farão parte dos
projetos a serem desenvolvidos em nosso colégio: cidadania, violência, meio
ambiente, indisciplina ... e conseqüentemente poderão abordar outros temas, que
venham trazer crescimento para os nossos alunos.
Projeto Família Vidal
Tem por objetivos principais resgatar a participação e o compromisso das famílias
para com o desempenho escolar de seus filhos; promover a elevação da auto-
estima dos pais e melhorar a relação entre pais e filhos; melhorar a comunicação;
efetuar parcerias; estimular a participação da comunidade escolar.
CONCLUSÃO
Para que nossa escola concretize as ações deste Projeto Político
Pedagógico é preciso antes termos clareza do nosso aluno, do ser cidadão que
desejamos formar, contando sempre com profissionais comprometidos com a
transmissão de conhecimentos e valores e respeito ao semelhante;
“Pois é sobretudo na escola que a criança e o adolescente encontram
condições de enriquecimento no campo das relações interpessoais, de
desenvolvimento do senso crítico, de consciência da responsabilidade social, do
sentimento de solidariedade e de participação, de exercício de criatividade, de
manifestação franca e livre do pensamento, de desenvolvimento, em fim, de suas
potencialidades e talento, em necessário preparo ao pleno exercício da cidadania.
“ ( Olímpio de Sá, 2004 )
É importante que os professores possam entender os sujeitos para
quem dirigem seu trabalho, os sujeitos que querem ajudar a formar e a se
transformar em cidadãos plenos. Esse conhecimento seria originário da própria
dinâmica escolar. Afinal de contas, os mestres lidam com jovens o tempo todo:
eles são o objeto da sua atenção e seu trabalho, são os seus alunos. Entender que
esse aluno é muito mais complexo do que simples educando.
Bibliografia -
Moacir Gadotti : Autonomia da Escola. Princípios e Propostas.
São Paulo: Cortez, 1997.
Lúcia Maria Gonçalves de Resende.
A Escola: Espaço do Projeto Político Pedagógico.
Campinas: 1994.
Demerval Saviani.
Escola e Democracia: Polêmicas do nosso tempo.
Campinas: 1994.
Ilma Passos Veiga.
Projeto Político Pedagógico da escola.
Campinas : Papirus, 1995.
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