COLÉGIO ESTADUAL DORAH GOMES DAITSCHMAN ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 5 APRESENTAÇÃO O Projeto...
Transcript of COLÉGIO ESTADUAL DORAH GOMES DAITSCHMAN ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 5 APRESENTAÇÃO O Projeto...
COLÉGIO ESTADUAL DORAH GOMES DAITSCHMAN
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
PONTA GROSSA- 2010
SUMÁRIO
PREÂMBULO........................................................................................................... 04
IAPRESENTAÇÃO................................................................................................... 05
JUSTIFICATIVA........................................................................................................ 06
OBJETIVOS.............................................................................................................. 07
MARCO SITUACIONAL.............................................................................................08
1.- REALIDADE PONTAGROSSENSE..................................................................... 08
1.1-Aspectos Econômicos......................................................................................... 08
1.2-Aspectos Sociais................................................................................................. 09
1.3-Aspectos Culturais …...........................................................................................10
DIAGNÓSTICO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO.......................................... 11
MARCO CONCEITUAL ….........................................................................................12
PRESSUPOSTOS EPISTEMOLÓGICOS ….............................................................20
AVALIAÇÃO.............................................................................................................. 22
CURRÍCULO............................................................................................................. 28
Educação Ambiental................................................................................................. 29
Educação Etnico-Raciais.......................................................................................... 32
História e Cultura Afro-Brasileira.............................................................................. 34
Educação Inclusiva................................................................................................... 37
Prevenção ao Uso Indevido de drogas..................................................................... 39
A Integração das Tecnologias no Educação........................ ….................................40
MARCO OPERACIONAL …......................................................................................42
PRESSUPOSTOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS..................................................... 42
PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA …......................................................44
DEFINIÇÃO DOS PAPÉIS DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO........................ 45
ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA................................................................. 47
PARCERIAS E ÓRGÃOS COLABORADORES....................................................... 48
PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS............................................................... 49
CONSELHO DE CLASSE......................................................................................... 49
CONSELHO ESCOLAR............................................................................................ 51
PROJETOS DESENVOLVIDOS............................................................................... 53
CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................... 57
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................... 58
4
PREÂMBULO
O Colégio Estadual Dorah Gomes Daitschman- Ensino Fundamental e Médio,
situado à Rua Cades, nº 151, Jardim Santa Mônica, no município de Ponta Grossa,
estado do Paraná, foi Criado e Autorizado a funcionar pela Resolução nº 746/98,
publicada no Diário Oficial de 07/04/98 e, teve o seu curso, Ensino Fundamental,
Reconhecido pela Resolução nº 2747/01, publicado no Diário Oficial de 26/12/01.
Em 2004, o Colégio passou a ofertar o Ensino Médio à sua clientela através
da Resolução nº 151/04, publicado no Diário Oficial de 15/03/04.E,em 2005 teve o
seu curso de Ensino Médio Reconhecido através da Resolução nº 989/05, publicado
no Diário Oficial de 01/04/05.
A Renovação do Reconhecimento do curso foi através da Resolução 6074/06,
publicado no Diário Oficial de 31/01/2007.
O Colégio é mantido pelo Governo do Estado do Paraná e administrado pela
Secretaria de Estado da Educação – SEED nos termos da legislação em vigor, com
a finalidade de ministrar o Ensino Fundamental de 5º a 8º séries e o Ensino Médio,
nos períodos diurno e noturno.
A partir do ano letivo de 2009, o Colégio passou a ofertar o Ensino Médio por
Blocos de Disciplinas Semestrais, estruturado por séries organizadas em Blocos I e
II, com duração de três anos letivos, divididos em seis semestres.
5
APRESENTAÇÃO
O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Dorah Gomes Daitschman
– Ensino Fundamental e Médio nasceu da necessidade de se organizar, normatizar
e registrar o esforço conjunto da comunidade escolar, tendo em vista o processo
ensino-aprendizagem, embasando-se nos resultados das experiências vivenciadas a
serviço do ensino e da educação, na construção de uma sociedade mais justa, livre
e igualitária,
O Projeto Político pedagógico traduz o trabalho coletivo dos profissionais
envolvidos com a educação pública, representa a preocupação e o
comprometimento dos educadores com a melhoria do ensino ofertado, contribuindo
significativamente com ações que possibilitem a concretização da permanência do
aluno no Colégio com êxito.
Participaram deste processo professores, pedagogos, direção, comunidade e
alunos que, imbuídos de um mesmo ideal não mediram esforços na construção e
elaboração no presente projeto.
Pretende-se expor de maneira clara e precisa as idéias básicas do trabalho
pedagógico, projetos, atividades, proposta curricular, avaliação e gestão a serem
desenvolvidos pelo Colégio.
Acredita-se que o presente Projeto contribuirá significativamente na melhoria
dos problemas cotidianos encontrados pelos docentes e profissionais da área da
educação e, na minimização dos problemas educativos e vivenciais inerentes à
clientela escolar.
6
JUSTIFICATIVA
Este trabalho representa um esforço do Colégio e uma exigência da
Secretaria de Estado da educação na construção de um Projeto Político Pedagógico
que contemple as atividades pedagógicas e educacionais, ao mesmo tempo
apresente diretrizes para uma administração comunitária e participativa.
Atendendo as exigências legais e, procurando nortear todas as atividades e
ações a serem desenvolvidas pelo Colégio na construção de um espaço para o
crescimento, para o diálogo, para o ensino e, para a vivência harmônica entre todos
os componentes do processo educacional, o Colégio ofertará a comunidade e aos
seus alunos, um ensino com base nos seguintes princípios, fundamentados na
Constituição Federal e, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
I- Igualdade de condições para o acesso e permanência do aluno na escola;
II- Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e
o saber;
III- Gratuidade do ensino em escola mantida pelo Poder Público Estadual, com
isenção de taxas e contribuições de qualquer natureza;
IV- Valorização dos profissionais do ensino;
V- Gestão democrática e colegiada no ensino público estadual;
VI- Garantia de padrão de qualidade de ensino;
VII- Respeito à liberdade e apreço a tolerância;
VIII- Valorização da experiência extra-escolar.
7
OBJETIVOS
O Projeto Político Pedagógico elaborado pelo Colégio Estadual Dorah Gomes
Daitschman tem como objetivos:
- organizar, sistematizar e fundamentar todo o processo educacional da
instituição,proporcionando condições para que os componentes da comunidade
escolar possam participar ativamente das atividades educacionais, contribuindo na
construção do cidadão livre, comprometido com a sociedade na vivência solidária e
na prática de relações democráticas;
- reconhecer o educando enquanto sujeito da própria aprendizagem, como um ser
social;
- priorizar na formação de educando como cidadão, o desenvolvimento global de sua
personalidade e potencialidade;
- promover a permanência do aluno no processo de escolaridade com sucesso;
- proporcionar condições adequadas e necessárias ao desenvolvimento do aluno no
meio em que vive, fazendo-o participar das atividades da família e da comunidade;
- oportunizar ao corpo técnico-administrativo e docente, espaço para reflexão, troca
de experiência e estudos para aprimoramento cultural e profissional;
- incentivar o desenvolvimento de experimentos pedagógicos junto aos docentes,
objetivando a melhoria da qualidade do ensino ofertado;
- garantir a gestão democrática, participativa e compartilhada.
8
MARCO SITUACIONAL
Na atualidade a sociedade capitalista interfere na realidade escolar de uma
maneira imediatista, só se pensa no hoje. Faz-se necessário a valorização do
conhecimento, o resgate de valores sociais e novas perspectivas de futuro para
motivar os educandos.
A escola pública hoje deve ser um ambiente aberto para a transformação da
sociedade, a valorização dos profissionais da escola e do patrimônio público, e deve
ter como meta formar o cidadão participativo, um ser consciente de seus direitos e
deveres, atuando no mundo em que vive como agente transformador.
Almejamos que a responsabilidade da comunidade educacional do Colégio
Dorah na convivência social e na organização e administração do Colégio permita e
facilite a participação, e que essa participação garanta a todos como cidadãos:
- em termos políticos: o exercício do poder a serviço da liberdade, a
participação de todos, mediante formas de real representação nas decisões que lhe
dizem respeito e nos destinos da sociedade e das diversas comunidades das quais
fazem parte, e de criarem novas associações;
- em termos culturais: a possibilidade de reflexão, amadurecimento intelectual,
moral e afetivo, direito ao conhecimento e ao exercício da criatividade e respeito aos
valores culturais;
- em termos espirituais: a liberdade de credo e manifestação de crença.
1.- REALIDADE PONTAGROSSENSE
1.1.- ASPECTOS ECONÔMICOS
Ponta Grossa foi criada oficialmente em 15 de setembro de 1823. Está
situada no segundo planalto paranaense. Ocupa uma área de 2.112, 6 Km² e possui
cerca de 300.000 habitantes. Possui um dos maiores entroncamentos rodo-
ferroviário do sul do país.
9
Ponta Grossa apresenta pontos positivos e negativos como qualquer outra
cidade do país. Como pontos negativos ela apresenta: concentração de terras nas
mãos de uma minoria em detrimento dos demais, gerando como conseqüência o
êxodo rural, o inchaço da cidade, proliferação de um número cada vez maior de
favelas e desempregados. Exploração da mão-de-obra barata, pela desqualificação
do homem para o trabalho na grande cidade, o analfabetismo, doenças causadas
pela desnutrição.
Como pontos positivos a cidade apresenta: área industrial em franco
desenvolvimento, centenas de indústrias instaladas na região contribuem na
geração do desenvolvimento da economia, do sistema educacional, da saúde e
cultura.
O Sistema bancário instalado no município, ,possui agências de renome em
todo país, o comércio é bem desenvolvido e atuante, atende a cidade e regiões
adjacentes.
A malha rodo-ferroviária da cidade em perfeitas condições de tráfego facilita o
escoamento da produção agrícola e industrial e, possibilita a rapidez de locomoção e
o intercâmbio das pessoas de um município para outro.
A economia da cidade de Ponta Grossa vai se alterando pouco a pouco com
o advento do surto de industrialização iniciado nos anos 70, caracterizando o
município como agro-industrial, fugindo da designação de região agrária que até
então a cidade era conhecida.
1.2.- ASPECTOS SOCIAIS
Ponta Grossa apresenta um acentuado desnível social que se reflete
notoriamente em relação ao centro e a periferia. Constata-se uma cultura
conservadora, principalmente relacionada às famílias e clãs tradicionais.
A incidência das drogas nas escolas e nas ruas, o problema da violência e da
marginalização é constante na realidade da cidade. O município apresenta pontos
positivos de interação que procuram minimizar esta situação de desnível social.
10
Através de iniciativas públicas e privadas e da própria população estão sendo
desenvolvidos programas com o objetivo de minimizar os problemas sociais, tanto
em relação às necessidades básicas como também as necessidades afetivas,
psicológicas e espirituais. Destro das comunidades religiosas as entidades procuram
dar apoio financeiro, moral e espiritual às famílias desamparadas.
A mídia, através dos meios de comunicação, instituições educacionais e de
prestação de serviços tem procurado despertar a consciência crítica da população
para que busquem as mudanças necessárias nas estruturas organizacionais para
que a sociedade seja mais justa e mais humana. Existem na cidade diversos
projetos sociais tanto público como privados e religiosos que auxiliam a população
mais carente e marginalizada provendo o que lhe é mais premente e necessário.
1.3- ASPECTOS CULTURAIS
Ponta Grossa é uma cidade bem servida de escolas e instituições
educacionais. Conta com o Sistema Municipal de Educação que ampara a Educação
Infantil através dos Centros Municipais de Educação Infantil e atende o ensino de 1º
a 4º séries.
O Sistema Estadual de Educação atende a grande maioria da população com
escolas e colégios que ofertam o ensino fundamental, médio e profissionalizante. O
Ensino Público Superior é atendido pela Universidade Estadual de Ponta Grossa e
Universidade Tecnológica Federal que oferecem à população a graduação, pós-
graduação e cursos de aperfeiçoamento.
A iniciativa privada está presente na formação dos jovens princesinos, por
meio das suas escolas, colégios, Faculdades e Centros Universitários, contribuindo
significativamente para o desenvolvimento da cidade, proporcionando uma abertura
de escolha para a população.
A Universidade Estadual de Ponta Grossa, através de seus projetos de
extensão levam o conhecimento científico e tecnológico à população. Os programas
de capacitação docente, cursos de pós-graduação são ofertados durante o ano todo
aos interessados. Festivais de teatro, música, projetos especiais na área de
11
preservação ambiental são desenvolvidos pela UEPG para enlevar e despertar
talentos que nem sempre tem oportunidade de serem mostrados.
A cidade dispõe de uma Biblioteca Pública Municipal, um Museu atendido
pela UEPG, dois teatros, um municipal, um particular, pertencente à Rede Marista
de Ensino, parques ecológicos, um Centro de Cultura, onde diversos eventos são
organizados ao público, vários cinemas instalados nos dois maiores shoppings da
cidade.
A SEED através do seu programa de capacitação tem oferecido gratuitamente
aos profissionais da educação, cursos, seminários e encontros, procurando atualizar
os conhecimentos dos docentes e demais funcionários da educação.
Mas, apesar de tantos esforços, projetos e iniciativas, a cidade ainda conta
com um número muito grande de crianças e pessoas analfabetas e excluídas do
sistema educacional princesino.
DIAGNÓSTICO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
NÚMERO DE ALUNOS
NÍVEIS ALUNOSFUNDAMENTAL 5ª A 8ª
SÉRIES
502
ENSINO MÉDIO 285
TOTAL GERAL 787
12
NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS
Serviços Gerais 6
Auxiliar Administrativo 5
Secretária 1
Direção 1
Direção Auxiliar 1
Equipe Técnico Pedagógica 5
Docentes 45
Total Geral 64
V- MARCO CONCEITUAL:
CONCEPÇÃO DE HOMEM:
No sentido antropológico do termo, afirma-se que todo e qualquer indivíduo
nasce no contexto de uma cultura e, ao longo de sua vida, ajuda a produzi-la . Não
existe homem sem cultura, mesmo que não saiba ler, escrever e fazer contas. É
como se fosse possível dizer que o homem é biologicamente incompleto: não
sobreviveria sozinho sem a participação das pessoas e do grupo que o gerou. A
cultura é o conjunto de códigos simbólicos reconhecíveis pelo grupo a partir dos
quais se produz conhecimentos: nele o indivíduo é formado desde o momento de
sua concepção nesses mesmos códigos e, durante a infância, aprende os valores do
grupo. Por intermédio deles é mais tarde introduzido nas obrigações da vida adulta,
da maneira como cada grupo social as concebe.
O indivíduo se constitui enquanto membro do grupo através da construção de
sua identidade cultural, que possibilita sua permanência no grupo , e constrói,
simultaneamente, sua personalidade, que o caracterizará como indivíduo único no
grupo.
13
Interessa-nos destacar a premissa de que o homem, com seu trabalho
socialmente produtivo , recria e transforma o mundo em que vive; aceitamos além
disso, que esta realidade criada pelo homem tende a refazer-se cada vez mais rica e
complexa. Tratando-se portanto, de um processo histórico que requer o
conhecimento constante das etapas já percorridas, a conclusão de que o homem
cria o mundo , significa por conseguinte , que o mundo cria o homem.
O indivíduo aprende e utiliza somente as formas de ação que existirem em
seu meio , assim como ele aprende somente a língua ou as línguas que aí forem
faladas.
Não podemos esquecer que ele está conclamado a modificar as estruturas
sociais que oprimem e imprimem mudanças reais ao mundo em que ele vive.
O homem é um ser histórico na medida em que é criador e pelo ato criativo
poderá ir além das metas alcançadas. O homem supera-se a si mesmo tanto quanto
for capaz de superar as marcas alcançadas. Uma educação que se limite a
ultrapassar o tesouro cultural, os valores já experimentados de uma geração a outra,
de um homem a outro, de uma civilização a outra, é um atentado à própria dinâmica
do desenvolvimento humano e social. O homem é renovador de formas
transformador de estruturas, recriador de relações.
Assim, cabe ao homem compreender o mundo em que vive, apropriar-se de
informações, estudar, pensar, refletir e dirigir suas ações segundo as necessidades
que são impostas historicamente aos homens.
CONCEPÇÃO DE MUNDO
Observando a história da humanidade e as condições da vida social,
podemos notar facilmente que coexistem aspectos culturais velhos e novos.
As instituições escolares vêm sendo pressionadas a repensar seu papel
diante das transformações que caracterizam o acelerado processo de integração e
reestruturação capitalista mundial.
Já não há um mundo com princípios e objetivos fixos capazes de pautar a
vida humana nas suas relações e aspirações, de explicar e justificar as angústias,
14
injustiças, carências e frustrações.Já não há respostas prontas para grandes
questões, nem certezas que mobilizem as gerações de maneira unidirecional.
Hoje, uma visão mais abrangente de mundo acabou originando a crise do
conhecimento, isto é, a crise de um paradigma dominante que se faz pequeno
demais para conter a compreensão humana, dando origem à conseqüente
emergência do processo de introdução dessa visão mais abrangente.Esse novo
paradigma propõe uma nova postura científico-filosófica e preconiza a retomada de
uma visão da realidade de forma integrada, dinâmica, complexa e complementar.
Entre nós e o mundo que nos circunda vive a nossa interpretação. Percepção
e processamento mental se aliam na nossa construção da realidade. Podemos
afirmar que entre a nossa percepção da realidade e o nosso enunciado a seu
respeito existe um outro mundo balizado pelas nossas experiências, pelo nosso
conhecimento, pelos nossos sentimentos, pela nossa interpretação. Esse mundo
interior que direciona o nosso relacionamento com a realidade externa é uma
resultante. Ele vai sendo erigido com o correr da vida, com o que aprendemos ou
deixamos de aprender, com o que sentimos ou deixamos de sentir, com o que
pensamos ou deixamos de pensar. Esse mundo interior passa a funcionar como um
filtro mental por onde passam todas as informações a respeito do mundo externo a
fim de serem compreendidas e catalogadas. Uma real transformação ocorre quando
alteramos alguns pressupostos básicos de pensamento, alguns componentes desse
filtro mental que direciona nossa atuação no mundo.
CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE:
A sociedade atual é organizada de forma hierárquica, devido ao sistema
capitalista aliado à fatores históricos nacionais oriundos do regime de escravidão , e
cabe a escola oportunizar ao aluno condições para ser um protagonista capaz de
efetuar leitura do mundo em que vive com a finalidade de agir como agente
transformador. Um dos principais fatores de “sofrimento” social é a corrupção, que
também se faz presente na escola, é necessário que seja trabalhada em sala de
aula, uma vez que a mentalidade de nosso aluno é a de só fazer se valer algo que é
considerado um lucro, sem lucro, não há produção. Se faz urgente a necessidade de
15
inversão desse valor, trocando-o pela valorização do conhecimento e a experiência
adquirida na produção do conhecimento.
O papel da escola é o de contribuir para a qualificação da cidadania a fim de
tornar a sociedade mais justa, solidária e integrada.
CONCEPÇÃO DE CIDADANIA:
‘’Ser cidadão á participar de uma sociedade tendo direitos e deveres’’.
‘’Cidadania é liberdade em companhia’’.
Se o ser cidadão é ter direitos, implica também na construção de novos
direitos e a revisão dos já existentes.
Participar é ser e fazer parte do grupo social construindo um amanhã maior e
melhor para toda a coletividade a partir da construção ou queda de paradigmas.
Devemos lembrar que a sociedade em que vivemos é construída de pessoas
diferentes entre si, não só em função de suas personalidades singulares, como
também relativamente a categorias ou grupos. Essa diversidade torna enriquecedora
e por que não dizer bem conflituosa as relações entre pessoas envolvidas.
Assim há a necessidade de que a educação trabalhe a formação ética das
alunas e está cada vez mais evidente que a escola deve assumir-se como um
espaço de vivência e de discussão , privilegiando a construção de significados éticos
necessários e construtivos de toda e qualquer ação de cidadania, promovendo
discussões sobre a dignidade do ser humano, igualdade de direitos , formas de
discriminação , importância da solidariedade e observância das leis.
Portanto, é preciso questionar a posição que está reservada aos educandos
no ambiente escolar, nos grupos comunitários entre outros.
Diante disso há uma expectativa na sociedade para que a educação se
posicione na linha de frente da luta contra as exclusões, contribuindo para a
promoção e integração de todos os alunos, voltando-se à construção da cidadania ,
não como meta a ser atingida num futuro distante, mas como prática efetiva.
A sociedade necessita de uma educação de qualidade, que garanta as
aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos autônomos , críticos e
16
participativos capazes de atuar com competência, dignidade e responsabilidade no
sociedade em que vivem , ser atendidas suas necessidades individuais , sociais ,
políticas e econômicas.
CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO:
A educação não pode servir unicamente para desenvolver inteligência, mas
deve contribuir para ampliar as perspectivas do homem e torná-lo útil para a
sociedade e para o mundo.
O escopo primordial da educação é dotar o homem de instrumentos culturais
capazes de impulsionar as transformações materiais e espirituais exigidas pela
dinâmica da sociedade. A educação aumenta o poder do homem sobre a natureza
e, ao mesmo tempo, busca conformá-lo, enquanto indivíduo, aos objetivos de
progresso e equilíbrio social da coletividade a que pertence.
“Podemos perceber que o conhecimento, a capacidade de selecionar e
processar informações, a criatividade e a iniciativa, são fundamentais para o
desenvolvimento e a modernidade’’. (MELLO, 1993)
Portanto , diante deste cenário , é que a educação prioritamente é convocada
a propor uma prática adequada às necessidades sociais , políticas , econômicas e
culturais da realidade brasileira , considerando os interesses e motivação dos alunos
, garantindo aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos autônomos ,
críticos e participativos , capazes de compreender e interagir em seu ambiente
social.
Daí a necessidade de resignificar o saber escolar , e a formação do educador,
levando o mesmo a aprender com o seu aluno e com o mundo, oportunizando
espaço para o desenvolvimento da cidadania, a qual exige que todos tenham acesso
e condições iguais dos meios culturais necessários para que possa participar e
interferir de forma responsável na vida em sociedade.
17
CONCEPÇÃO DE ESCOLA:
A escola, com todas as suas contradições e limites, ocupa um lugar
privilegiado na vida dos adolescentes e jovens, e influi, intencionalmente ou não, na
construção de suas identidades e projetos de vida, entre outros aspectos.
Essa Escola pretende contribuir para o viver do seu aluno numa sociedade
democrática, justa, que ofereça oportunidades de realização pessoal e coletiva e
que possa fazê-los construtores de uma visão de mundo, onde ele fará uma leitura
interpretativa das relações sociais das relações dos homens entre si e com a
natureza.
Na definição do papel da Escola, faz-se necessário acreditá-la como uma das
mais importantes instituições da realidade global, capaz de interferir na modificação
dos seres humanos, desenvolvendo seu potencial cognitivo, afetivo, psicomotor e
social.
Assim pensando concebemos uma Escola que dentro de seus limites físicos e
humanos atenda o acesso, a permanência, o reingresso e o sucesso no processo
educativo de toda a população que busque aqui, o seu desenvolvimento pleno.
‘’Assim , propõe-se que a escola atue com o compromisso de uma formação
cultural e política sólida e abrangente, que possibilite uma compreensão crítica da
situação atual e favoreça a participação e a cooperação’’.
A função da escola é criar condições que garantam para todos o
desenvolvimento de capacidades e a aprendizagem de conteúdos necessários à
vida em sociedade, oferecendo instrumentos de compreensão da realidade e
também favorecendo a participação dos alunos em relações sociais e políticas
diversificadas e cada vez mais amplas.
A escola como está estruturada hoje, “sem recursos” , está trabalhando no
sentido de combater a desigualdade pois ainda para muitos alunos , infelizmente, a
escola se torna o único local de acesso a cultura e convívio social , pois , nossa
comunidade é culturalmente pobre e não tem condições sócio-econômicas que
favoreçam outro tipo de acesso. A escola , embora não reconhecida e valorizada
pelas organizações sociais e governamentais, é o principal instrumento de luta pela
cidadania nesta sociedade capitalista em que vivemos.
18
O papel da escola hoje é oportunizar ao aluno o conhecimento sistematizado
de maneira formal e informal, mas devido a mudança da função social da escola,
esta mostra-se assistencialista. A escola deve ser entendida e identificada como um
espaço de ensino –aprendizagem e vivência de valores.
CONCEPÇÃO DE ENSINO – APRENDIZAGEM:
O processo de ensino não é desvinculado do processo de aprendizagem que
compreende a aquisição do conhecimento promovendo uma nova maneira de ver,
sentir e agir perante as necessidades impostas pelo meio individual e social de cada
ser.
A aprendizagem vincula novas idéias, conceitos e experiências aos
conhecimentos que o indivíduo já possui. A escola precisa estar atenta as
diversas influências para que possa propor atividades que favoreçam a construção
de conhecimentos, a interação social e a aprendizagem significativa.
As reflexões sobre as atuações em sala de aula e os debates ajudam a
conhecer os fatores que interferem na aprendizagem dos alunos. Ao serem
considerados, provocam mudanças significativas no diálogo entre ensino e
aprendizagem e repercutem de maneira positiva no ambiente escolar, na
comunidade, na família pois os envolvidos passam a atribuir sentido ao que fazem e
ao que aprendem.
VALORES
O ser humano é destinado a viver em comunidade a sua vocação. À qual
deve responder como ser liberto e libertador na busca da plenitude pessoal e social.
Procura encontrar a sua realização plena na busca da felicidade, na descoberta e
aceitação de si mesmo, no relacionamento com Deus e com os outros, na ação que
transforma o mundo e aproxima as pessoas entre si com seus semelhantes. A
pessoa humana que pretendemos formar se caracteriza fundamentalmente como:
-um ser biopsíquico – que tem corpo individualizado, com emoções e sensações
19
harmoniosas. Pessoa que sabe elaborar dinamicamente os mecanismos
inconscientes que impedem seu crescimento integral;
- um ser econômico – respeitoso da realidade ecológica e sábio administrador de si
e do seu meio, usando equilibradamente todos os bens;
- um ser social – fraterno, solidário, na luta pelos direitos dos cidadãos, aberto às
necessidades das pessoas, numa atitude dialógica;
− um ser político – comprometido com as causas sociais, na igualdade e na
identidade, sentido de gratuidade, no exercício da liberdade responsável, na
convivência solidária e na prática de relações democráticas;
− um ser cultural – respeitoso e cultivador dos conhecimentos, bens, valores e
significados do seu grupo, de outros grupos humanos, capaz de recriar ou
reinterpretar esse mesmo patrimônio num processo pessoal de assimilação e
enriquecimento;
- um ser espiritual ou religioso – optante por um compromisso de autêntica vivência
espiritual, numa profunda abertura ao transcendente.
A idéia do Projeto Político Pedagógico é a da utopia, que abriga, que está
sempre ligada a idéia de esperança. Nela se articulam certeza e incerteza do
alcance dos objetivos. Esperança é movimento, é sustentada pela ação do homem,
que explora as potencialidades do presente, começando a criar aí o futuro.
A comunidade educacional do Colégio Dorah Daitschman acredita que
utilizando todos os recursos que dispõe e o trabalho conjunto, conseguirá planejar e
mobilizar desde já o esforço na concretização de um Projeto Político Pedagógico
que contemple a todos, procurando vencer os desafios através de ações criativas
que possibilitem a transformação da sociedade e da realidade da escola atual.
20
PRESSUPOSTOS EPISTEMOLÓGICOS
LINHA PEDAGÓGICA ADOTADA
O Projeto político do Colégio está embasado nas Diretrizes Curriculares para
as Escolas Públicas do Estado do Paraná, as quais expressam a preocupação com
a melhoria do ensino no sentido de responder às necessidades sociais e históricas,
que caracterizam a sociedade brasileira.
Para a compreensão pedagógica do Colégio, sistematização do
conhecimento científico tendo em vista o processo de transmissão-assimilação, o
Colégio Dorah adotará a Pedagogia Construtivista Sócio Interacionista como forma
de trabalho e construção do conhecimento, pois de acordo com Vygotski “ o
conhecimento manifesta-se na interação social”, destaca a importância da
experiência partilhada, na comunhão de situações, do diálogo, da colaboração,
concebendo, desse modo,o aprendizado como um processo de trocas e,
portanto,verdadeiramente social.
A linha pedagógica adotada implica em um tipo de ensino diferenciado,
presume a prática de atividades e decisões educativas que suporiam não só uma
aquisição de conhecimentos por parte dos alunos, mas também a formação de
cidadãos com melhor capacidade de solução de problemas e capacidade crítica.
O Construtivismo sustenta a idéia de que o indivíduo não é um mero produto
do ambiente nem um simples resultado de suas disposições internas, mas, sim, uma
construção própria que vai se produzindo dia à dia, como resultado da interação
entre dois fatores. Segundo Piaget “o conhecimento não é uma cópia da realidade,
mas, uma construção do ser humano”. A interação com a realidade fará com que os
esquemas do indivíduo estejam constantemente mudando, ou seja, com aquisição
de experiências com determinadas tarefas, as pessoas vão utilizando ferramentas
cada vez mais complexas e especializadas. Portanto, dessa assertiva a nossa
proposta de ensino parte do conhecimento mais simples para o mais complexo.
O conhecimento é um produto da interação social e da cultura. A contribuição
de Vygotski foi de conceber o sujeito como um ser eminentemente social. Foi o
pioneiro ao formular alguns postulados que foram retomados pela Psicologia, e
21
deram lugar a importantes observações sobre o funcionamento dos processos
cognitivos.
Os processos psicológicos superiores são adquiridos, primeiro, num contexto
social e, depois, se internalizavam. A contribuição de Vygotski significa para as
posições construtivistas, que a aprendizagem não pode ser considerada uma
atividade individual, mas, sim, social.
Segundo Ausubel “ o conhecimento que se transmite, em qualquer situação
de aprendizagem, deve ser estruturado não só em si mesmo, mas levado em
consideração o conhecimento que o aluno já possui”.
De acordo com Ausubel “ a aprendizagem deve ser uma atividade
significativa para a pessoa que aprende e tal significação está diretamente
relacionada com a existência de relações entre o conhecimento novo e o que o
aluno já possui”. (CARRETERO, 1997).
A pedagogia tem se preocupado com o estudo de fatores que implicam no
desenvolvimento cognitivo. Dentre os fatores mais destacados temos: a maturação,
o puro exercício, a experiência, o ambiente físico social, incluindo, também, a
linguagem e outros.
Portanto, o Colégio adotará como forma de trabalho pedagógico um ensino
voltado para o social, para a interação, para a utilidade prática e a sua utilização no
trabalho. As ações em sala de aula e no cotidiano do colégio serão norteadas por
princípios que favoreçam a:
1-Dignidade da pessoa humana
Respeito aos direitos humanos
Repúdio à discriminação de qualquer tipo
Acesso à condições de vida digna
Respeito mútuo nas relações inter-pessoais, públicas e privadas
22
2. Igualdade de direitos
- Garantia de igualdade e possibilidade e exercício de cidadania
- Princípio da equidade ( que existem diferenças étnicas, culturais, religiosas, de
gênero, faixa etária, religiosas) e desigualdades sócio-econômicas.
3- Participação
- Princípio democrático da representação política e participação popular.
4- Co-responsabilidade pela vida social
- Implica em partilhar com todos a responsabilidade pelo destino da vida coletiva.
AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem é compreendida como um conjunto de atuações
que tem por finalidade orientar a ação pedagógica. É parte integrante do processo
educacional. Acontece contínua e sistematicamente frente a interpretação qualitativa
do conhecimento construído pelo aluno.
O professor tem na avaliação subsídios para uma reflexão contínua de sua
práxis educativa . A partir dela pode reformular seu planejamento, adequando-o às
necessidades de cada momento e,desta forma retomar os conteúdos que são os
meios para o alcance dos objetivos anteriormente propostos e reconhecidos como
apropriados para o processo de aprendizagem individual ou em grupo. Para o aluno
é um instrumento de tomada de consciência de suas dificuldades e possibilidade de
revisão de seus investimentos na tarefa de aprimoramento de seus conhecimentos.
É importante fazer com que o aluno compreenda os critérios de avaliação e
sua finalidade básica em um sentido crítico , ou seja, que conheça e atenda quais
são os elementos relevantes a serem levados em conta em uma avaliação, porque
esses elementos são importantes para a maneira como a avaliação pode contribuir
para aquisição do conhecimento. Assim sendo , a avaliação deixa de ser algo
realizado do ponto de vista de uma autoridade inquestionável e passa a ser
23
compreendida como parte integrante do processo. Essa concepção permite que o
aluno seja visto como produtor de conhecimento.
A escola também deve ser avaliada e questionada continuamente de maneira
que cada momento da avaliação seja uma oportunidade de redefinição da ação
educativa na direção dos objetivos propostos.
Observando os aspectos da sociabilidade e de ordem emocional a avaliação
do aluno se dará valorizando o que ele aprendeu , sua bagagem cultural,
respeitando suas capacidades e diferenças individuais. Considerando esses
aspectos, o professor pode avaliar o aluno:
- observação sistemática: acompanhamento das atividades realizadas pelos
alunos durante o processo de aprendizagem, com registros em diários de classe
e outros instrumentos que possibilitem observação e posterior comparação.
- Análise das produções dos alunos: observar as atividades realizadas para se ter
um quadro real do progresso dos alunos na construção do conhecimento.
- Atividades específicas para a avaliação: condizentes com as realizadas em sala
de aula para avaliação de atividades específicas e esclarecer aos alunos quais
aspectos serão avaliados para que eles fiquem mais atentos.
Assim a avaliação é vista na Escola como um processo que vai fornecer
subsídios para que o professor obtenha medidas de apropriação ou não dos
conteúdos por parte dos alunos, com isso poderá redimensionar suas metodologias
realimentando o processo educativo , sob este ângulo a avaliação é vista como
diagnóstica.
Ao professor compete uma visão de avaliação ampla que lhe possibilite
saber : o quê, como, porquê e para quê avaliar.
Da analise do inciso V. do artigo 24 da lei 9394/96, que estabelece a
organização da educação básica, verifica-se que o rendimento escolar
deverá seguir critérios estabelecidos:
‘’a)avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os de eventual provas finais;
b)aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
c)obrigatoriedade de estudo de recuperação , de preferência paralelos
ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem
disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos’’.
24
Com muita clareza a lei define que a avaliação não pode ser aceita
como um simples instrumento classificatório, mas de acompanhamento
da construção da aprendizagem indicando um processo continuo e
cumulativo, que venha incorporar todos os resultados obtidos durante o
período letivo. Aponta a possibilidade de aceleração de estudos para
alunos que apresentam atraso escolar, situação que merece projeto
próprio, com aprovação específica deste Conselho Estadual de
Educação, para que não se corram riscos da simplificação de estudos,
perdendo-se a qualidade de ensino para a quantidade de alunos
aprovados.
Possibilita ainda os avanços nos cursos e nas séries e mantém a
obrigatoriedade dos estudos de recuperação de preferência paralela ao
período letivo, situações que devem merecer de cada instituição de
ensino um rigoroso programa capaz de promover a valorização real dos
alunos nela envolvidos. E é nesse sentido que a aprendizagem como
um processo contínuo com registros permanentes do aproveitamento
escolar pode se tornar um indicativo seguro para apontar alunos que
precisam de recuperação da aprendizagem antes que o resultado final
se concretize.
Cabe assim a responsabilidade às mantenedoras dos estabelecimentos
de ensino quanto a viabilização dos estudos de recuperação criando
condições que tornem exeqüíveis os programas previstos em cada
situação escolar.
O Conselho de Classe, quando instituído na escola, tem o sentido de
acompanhamento de todo processo da avaliação analisando e
debatendo todos aos componentes da aprendizagem dos alunos. Como
instrumento democrático na instituição escolar o Conselho de Classe
garante o aperfeiçoamento do processo da avaliação, tanto em seus
resultados sociais como pedagógicos.
É necessário que a teoria da avaliação e a prática acontecida nas salas
de aulas caminhem juntas , para que a prática ajuizando a teoria,
permita avanços tanto no procedimento metodológico da escola, como
no programa social da educação , que passa necessariamente pela
25
capacidade de apontar caminhos para toda construção e reconstrução
dos currículos de cada escola.(Deliberação n.º 007/99).
A avaliação final para efeito de aprovação ou retenção , deverá levar em
conta todos os resultados obtidos durante o ano letivo, considerando-se a freqüência
e o rendimento escolar.
A avaliação do aproveitamento será baseada na observação sistemática do
desempenho do aluno e servirá para diagnosticar seu progresso escolar, levando
em consideração as habilidades e atitudes que desenvolve.
Serão considerados aprovados os alunos que:
Obtiveram após aplicada a fórmula:
M.A. = 1º Bim. + 2º Bim. + 3º Bim. + 4º Bim. , a média anual igual ou superior a
4
6,0 (seis vírgula zero) e freqüência igual ou superior a 75% sendo esta média anual
será considerada e registrada como média final e o aluno considerado aprovado por
média.
PRINCÍPIOS DA AVALIAÇÃO DE ACORDO COM O QUE CONSTA NOS ARTIGOS
DO REGIMENTO ESCOLAR
Art.101- A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino
e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento pelo aluno.
Art.102- A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no
conjunto dos componentes currículares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
Parágrafo Único – Dar-se-á à atividade crítica, à capacidade de síntese e à
elaboração pessoal, sobre a memorização.
Art.103- A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos
e instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades
educativas expressas no Projeto Político Pedagógico da escola.
26
Parágrafo Único – É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um
único instrumento de avaliação.
Art.104- Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão
elaborados em consonância com a organização e descritos no projeto político
Pedagógico.
Art.105- A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o
acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação
dos alunos entre si.
Art.106- O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a
reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
Art.107- Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos
durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu
desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.
Art.108-Os resultados das atividades avaliativas serão analisadas durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as
necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
Art.109- A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente
do nível de apropriação dos conhecimentos básicos.
Art.110- A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo de ensino e aprendizagem.
Art.111- A recuperação será organizada com atividades significativas, por
meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
Parágrafo Único- A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de
estudos e os conteúdos da disciplina.
Art.112- Os resultados da avaliação do aproveitamento escolar serão
sintetizados em notas bimestrais, expressas numa escala de 0(zero) a 10,0(dez
vírgula zero), fracionados até uma escala decimal.
Art.113-Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em
documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e
autenticidade de sua vida escolar.
Parágrafo Único – Os resultado9s da recuperação serão incorporados às avaliações
efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do
27
aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro de Registro de
Classe.
Art.114- A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar
do aluno, aliada à apuração da sua frequência.
Art.115- Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do
Ensino Fundamental e Ensino Médio, a média final mínima exigida é de 6,0(seis
vírgula zero), observando a frequência mínima exigida por lei.
Art.116-Serão considerados aprovados os alunos dos anos finais do Ensino
Fundamental e do Ensino Médio, que apresentarem, frequência mínima de 75% do
total de horas letivas e, média anual igual ou superior a 6,0 ( seis vírgula zero) em
cada disciplina, resultante da média aritmética dos quatro bimestres, nas respectivas
disciplinas sendo:
MF= 1ºB+2ºB+3ºB+4ºB=6,0
4
Art.117-Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino
Médio serão considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:
I. frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independente do0
aproveitamento escolar;
II. frequência igual ou superior a 75% do total de horas letivas e média
inferior a 6,0(seis vírgula zero) em cada disciplina.
Art.118- O aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75% e média
anual inferir a 6,0(seis vírgula zero), mesmo após a Recuperação de Estudos, ao
longo do período letivo, será submetido à análise do Conselho de Classe, que
definirá pela sua aprovação ou não.
Art.119- A avaliação do ensino da Educação Física e de Arte, deverá adotar
procedimentos próprios, visando o desenvolvimento formativo e cultural do aluno.
Parágrafo Único- A aprendizagem de que trata este artigo deverá levar em
consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação
nas atividades realizadas.
Art. 120- A disciplina de Ensino Religioso não constitui em objeto de retenção
do aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar.
28
Art.121- Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão
devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição
de documentação escolar.
CURRÍCULO
A concepção de currículo adotada pela escola é o conjunto de dados
relativos à aprendizagem escolar, organizados para orientar as atividades
educativas, as formas de executá-las e suas finalidades. Geralmente, exprime e
busca concretizar as intenções dos sistemas educacionais e o plano cultural que
eles personalizam como modelo ideal de escola defendido pela sociedade. A
concepção de currículo inclui desde os aspectos básicos que envolvem os
fundamentos filosóficos e sociopolíticos da educação até os marcos teóricos e
referenciais técnicos e tecnológicos que a concretizam na sala de aula.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, orienta para um
currículo de base nacional comum para o ensino fundamental e médio. As
disposições sobre currículo estão em três artigos da LDB. Numa primeira referência,
mais geral, quando trata da Organização da Educação Nacional, define-se a
competência da União para "estabelecer em colaboração com os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino
fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos
mínimos, de modo a assegurar formação básica comum" .
Outras referências, mais específicas, estão no capítulo da Educação Básica,
quando se define que "os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma
base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e
estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características
regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela" .
Finalmente, são estabelecidas as diretrizes que deverão orientar os
"conteúdos curriculares da educação básica", que envolvem: valores, direitos e
deveres e orientação para o trabalho.
29
A LDB sugere uma flexibilização dos currículos, na medida em que se admite
a incorporação de disciplinas que podem ser escolhidas levando em conta o
contexto local. No ensino nas zonas rurais, por exemplo, é admitida a possibilidade
de um currículo "apropriado às reais necessidades e interesses dos alunos".
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Lei 9795/99 Políticas Nacionais da Educação Ambiental
Educação ambiental é um ramo da educação cujo objetivo é a disseminação
do conhecimento sobre o ambiente, a fim de ajudar à sua preservação e utilização
sustentável dos seus recursos. É uma metodologia de análise que surge a partir do
crescente interesse do homem em assuntos como o ambiente devido às grandes
catástrofes naturais que têm assolado o mundo nas últimas décadas.
No Brasil a Educação Ambiental assume uma perspectiva mais abrangente,
não restringindo seu olhar à proteção e uso sustentável de recursos naturais, mas
incorporando fortemente a proposta de construção de sociedades sustentáveis. Mais
do que um segmento da Educação, a Educação em sua complexidade e
completude.
A educação ambiental tornou-se lei em 27 de Abril de 1999. A Lei N° 9.795 –
Lei da Educação Ambiental, em seu Art. 2° afirma: "A educação ambiental é um
componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente,
de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em
caráter formal e não-formal.
A educação ambiental tenta despertar em todos a consciência de que o ser
humano é parte do meio ambiente. Ela tenta superar a visão antropocêntrica, que
fez com que o homem se sentisse sempre o centro de tudo esquecendo a
importância da natureza, da qual é parte integrante.
"A educação ambiental é a ação educativa permanente pela qual a
comunidade educativa têm a tomada de consciência de sua realidade global, do tipo
30
de relações que os homens estabelecem entre si e com a natureza, dos problemas
derivados de ditas relações e suas causas profundas. Ela desenvolve, mediante
uma prática que vincula o educando com a comunidade, valores e atitudes que
promovem um comportamento dirigido a transformação superadora dessa realidade,
tanto em seus aspectos naturais como sociais, desenvolvendo no educando as
habilidades e atitudes necessárias para dita transformação."
"A educação ambiental é um processo de reconhecimento de valores e
clarificações de conceitos, objetivando o desenvolvimento das habilidades e
modificando as atitudes em relação ao meio, para entender e apreciar as inter-
relações entre os seres humanos, suas culturas e seus meios biofísicos. A educação
ambiental também está relacionada com a prática das tomadas de decisões e a
ética que conduzem para a melhora da qualidade de vida.
"Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o
indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades,
atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de
uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade."
Art. 1o da Lei no 9.795 de abril de 1999
"Processo em que se busca despertar a preocupação individual e coletiva para a
questão ambiental, garantindo o acesso à informação em linguagem adequada,
contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o
enfrentamento das questões ambientais e sociais. Desenvolve-se num contexto de
complexidade, procurando trabalhar não apenas a mudança cultural, mas também a
transformação social, assumindo a crise ambiental como uma questão ética e
política.
Os problemas causados pelo aquecimento global obrigaram o mundo a refletir
sobre a necessidade de impulsionar a educação ambiental. O cenário é muito
preocupante e deve ser levado a sério, pois as consequências vão atingir a todos,
sem distinção.
31
Trata-se de processo pedagógico participativo permanente para incutir uma
consciência crítica sobre a problemática ambiental, estendendo à sociedade a
capacidade de captar a gênese e a evolução de problemas ambientais.
A Educação Ambiental é um processo participativo, onde o educando
assume o papel de elemento central do processo de ensino/aprendizagem
pretendido, participando ativamente no diagnóstico dos problemas ambientais e
busca de soluções, sendo preparado como agente transformador, através do
desenvolvimento de habilidades e formação de atitudes, através de uma conduta
ética, condizentes ao exercício da cidadania.
A Educação Ambiental deve buscar valores que conduzam a uma
convivência harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que habitam o
planeta, auxiliando o aluno a analisar criticamente o princípio antropocêntrico, que
tem levado à destruição inconseqüente dos recursos naturais e de várias espécies.
É preciso considerar que:
A natureza não é fonte inesgotável de recursos, suas reservas são finitas e
devem ser utilizadas de maneira racional, evitando o desperdício e considerando a
reciclagem como processo vital;
As demais espécies que existem no planeta merecem nosso respeito. Além
disso, a manutenção da biodiversidade é fundamental para a nossa sobrevivência;
É necessário planejar o uso e ocupação do solo nas áreas urbanas e rurais,
considerando que é necessário ter condições dignas de moradia, trabalho,
transporte e lazer, áreas destinadas à produção de alimentos e proteção dos
recursos naturais.
A escola é o espaço social e o local onde o aluno dará seqüência ao u
processo de socialização. O que nela se faz se diz e se valoriza representa um
exemplo daquilo que a sociedade deseja e aprova. comportamentos
ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática, no cotidiano da vida
escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis.
Considerando a importância da temática ambiental e a visão integrada do
mundo, no tempo e no espaço, a escola deverá oferecer meios efetivos para que
cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas e sua
32
conseqüência para consigo, para sua própria espécie, para os outros seres vivos e
o ambiente. É fundamental que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e
adote posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, colaborando para
a construção de uma sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável.
Com os conteúdos ambientais permeando todas as disciplinas do currículo e
contextualizados com a realidade da comunidade, a escola ajudará o aluno a
perceber a correlação dos fatos e a ter uma visão holística, ou seja, integral do
mundo em que vive. Para isso a Educação Ambiental deve ser abordada de forma
sistemática e transversal, em todos os níveis de ensino, assegurando a presença
da dimensão ambiental de forma interdisciplinar nos currículos das diversas
disciplinas e das atividades escolares.
A fundamentação teórico/prática dos projetos ocorrerá por intermédio do
estudo de temas geradores que englobam palestras, oficinas e saídas a campo.
Esse processo oferece subsídios aos professores para atuarem de maneira a
englobar toda a comunidade escolar e do bairro na coleta de dados para resgatar a
história da área para, enfim, conhecer seu meio e levantar os problemas
ambientais.
Os conteúdos trabalhados serão necessários para o entendimento dos
problemas e, a partir da coleta de dados, à elaboração de pequenos projetos de
intervenção.
EDUCAÇÃO ÉTNICO RACIAIS
Lei 10639/03
O histórico cultural do país marca uma trajetória de grandes realizações e
concepções, com referências entre diferentes vertentes culturais entre negros,
brancos, índios, asiáticos e outros que dão jus ao conceito de miscigenação.
Segundo dados do MEC, o Brasil está em segundo lugar no que diz respeito a
grandes populações afro-descendentes (47%), perdendo apenas para a Nigéria.
Pode-se dizer que a África é um continente economicamente e culturalmente rico,
pois apresenta uma diversidade de riquezas minerais, como petróleo e pedras
33
preciosas. Seus habitantes, ao contrário do outros pensam, são inteligentes,
criativos e trabalhadores, porém com a colonização, as terras africanas foram
dominadas e perderam cerca de 60 milhões de habitantes devido o tráfico negreiro
escravo. Vários grupos pertencentes à mesma tribo com dialetos e costumes
comuns foram separados, gerando um violento processo de segregação racial, na
qual o africano tornou-se inferior em sua própria pátria. Porém, vários
questionamentos deram vazão a uma série de críticas no que envolve o ensino da
história afro. Por que o ensino da cultura afro-brasileira especificamente? E os
outros povos que contribuíram para a formação da identidade nacional? Dessa
forma, pretende-se com essa pesquisa científica, promover uma reflexão a cerca da
problemática que envolve a obrigatoriedade no ensino da cultura afro brasileira no
Ensino Fundamental e Médio alterando, assim a lei 9394 de 20 de dezembro de
1996 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Ressaltar-se-à,
portanto, no referido trabalho uma questão de fundamental importância para o
fortalecimento de identidades éticas afro-brasileiras, destacando, dentre as
principais temáticas o aspecto legal que gira em torno da obrigatoriedade do ensino
da História e Cultura Afro-brasileira.
BREVE RESUMO DA LEI 10.639/03
Objetivos
Ensinar História e Cultura Afro-brasileiras e africanas não é mais uma questão
de vontade pessoal e de interesse particular. É uma questão curricular de caráter
obrigatório que envolve as diferentes comunidades: escolar, familiar, e sociedade. O
objetivo principal para inserção da Lei é o de divulgar e produzir conhecimentos,
bem como atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos quanto à pluralidade
étnico-racial, tornando-os capazes de interagir objetivos comuns que garantam
respeito aos direitos legais e valorização de identidade cultural brasileira e africana,
como outras que direta ou indiretamente contribuíram ( contribuem) para a formação
da identidade cultural brasileira.A lei 10639/03 visa fazer um resgate histórico para
que as pessoas negras afro-brasileiras conheçam um pouco mais o Brasil e melhor
a sua própria história.
34
Desse modo, prevê ainda trabalhar o conhecimento da historia e cultura da
África a partir do processo de escravidão, bem como conceitos sócio-político-
históricos baseados no estudo da mesma como produtora de temáticas diversas:
filosofia, medicina, matemática, dentre outras.
Contudo, na tentativa de amenizar os preconceitos em sala de aula propõe-se
que não sejam abordados nas escolas certos temas como: raça, racismo, etnia,
etnocentrismo, discriminação racial, etc.
Conforme Adami (2007) em março de 2005 foram apresentados alguns
pontos relacionados à implementação efetiva da lei, tais como: formação de
professores e de outros profissionais da educação.
Entretanto, os professores, que em sua formação também não receberam
preparo especial para o ensino da cultura africana e suas reais influências para a
formação da identidade do nosso país, entram em conflito quanto à melhor maneira
de trabalhar essa temática na escola. Nesse sentido, este ponto pode ser um dos
obstáculos estabelecidos com a lei 9.394/96, que estabelece as diretrizes e bases
da educação nacional, visto que a mesma não disciplina nem menciona em nenhum
de seus artigos cursos de capacitação voltados à preparação de professores na
área.Além disso, discute-se ainda a reestruturação das bases pedagógicas num
movimento de resgate histórico, ressaltando os conceitos trabalhados em sala de
aula e a base teórica empregada. Por este motivo, incluir-se-ia no rol de conteúdos e
em atividades curriculares dos cursos de educação das relações étnico-raciais
conhecimentos de matriz africana que diz respeito à população africana.
HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA
Diversidade negra
A cultura negra é uma cultura inter-racial formada pela contribuição de
inúmeros grupos ditos negros, brancos, mestiços e os índios.
35
Manter vivas essas manifestações culturais negras é uma necessidade
fundamental de fortalecimento de sua identidade étnica como elemento de
resistência ao domínio branco.
Há, ainda, outras formas de manifestações das culturas negras como o
sincretismo que - na perspectiva em que adotamos - significa não apenas a
incorporação do referencial religioso dos negros à religião dominante, mas, além
disso, uma forma muito discreta de esconder e cultuar seus deuses e orixás. Outro
exemplo são as pinturas e esculturas, que cumprem fielmente o objetivo mais amplo
da arte: comunicar conceitos e símbolos e, a música, que deu origem ao samba,
pagode, além de estar presente em diversos ritmos da música popular brasileira.
Há mais de 300 anos depois, as comunidades negras e quilombos são
exemplos de resistência cultural e social do povo negro em meio ao conjunto da
sociedade brasileira ainda injusta e discriminadora.
Com base em uma entrevista com a pedagoga Dionária da S. Santos de
Jequié (BA) cedida pelo jornal Mundo Jovem, percebe-se que a intervenção de
pensadores negros tem conseguido ampliar o nível de consciência negra. Isso se
deve, principalmente, ao fato de que as pessoas estão começando a se aceitar e à
sua própria identidade.
LEI 9.394/96 E A OBRIGATORIEDADE NO ENSINO DA HISTÓRIA E CULTURA
AFRO-BRASILEIRA
A história da relação entre Brasil e África vai muito além do período colonial e
do tráfico de escravos ao qual a população se acostumou a referir-se a
negros. Ela sempre esteve vinculada nos meios
acadêmicos e em bancos escolares de forma secundária. Trabalha-se a África como
se fosse a-histórica, isto é, um continente marcado apenas por guerras, fomes,
epidemias, miséria, sem nenhum contexto histórico-político-social e cultural, ficando
reduzida apenas a estereótipos.
36
Segundo Ferreira (apud LEOPORACE, 2007),
A nossa matriz de conhecimento, que é o que chega às escolas, é
essencialmente eurocêntrica. A gente estuda História da Europa, História dos
Estados Unidos, e é isso que a gente reproduz, é isso que a gente tende a achar
importante. Os outros Estados e aquilo que eles produziram os seus mitos, as suas
crenças, para nós são descartáveis.
De fato, muitas criticas surgiram com essa lei, visto que alguns grupos podem
se sentir desprestigiados e exigirem o estudo de suas culturas também, uma vez
que a identidade cultural brasileira é formada por contribuições de vários povos.
Podendo haver, assim, um risco de aumentar ainda mais a segregação.
Apesar de acreditar que outras culturas merecem destaque igual ao que seria
dado à cultura negra com aplicação da lei, Martins (apud LEOPORACE, 2007)
destaca que os riscos podem ser minimizados caso a História e Cultura Afro seja
inserida dentro do currículo da disciplina História.
A preocupação em torno dessa temática constitui-se como uma questão de
fundamental importância para o fortalecimento de identidades étnicas.
Com isso, a lei 9.394/96 remete no artigo 25, parágrafo 4º que "o ensino da
história e do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias
para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígenas, africanas
e européias".
A lei 9394/96 passa a vigorar acrescida dos seguintes artigos, referindo-se
aos conteúdos programáticos: 26-A.
Art. 26-A Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e
particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.
No entanto, além do estudo da África e dos africanos serão destacados as
lutas dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro as áreas social,
econômica e política, pertencentes, também à História do Brasil, relacionadas em
37
todo currículo escolar principalmente nas áreas de Educação Artísticas, Literatura e
História.
Quando ao calendário escolar, cada ano crescem as comemorações ligadas
aos dias da consciência negra que representa um exemplo de resistência cultural e
social do povo negro.
Conforme art. 79-B "O calendário escolar excluirá o dia 20 de novembro como
Dia Nacional da Consciência Negra".O estudo de assuntos decorrentes da história e
cultura afro deve ser componentes dos estudos do cotidiano escolar, uma vez que
os alunos tornam-se capazes de construir relações ético-sociais e
pedagógicos.Contudo, o ensino das relações étnico-raciais nas escolas brasileiras é
uma medida preventiva fundamental contra o favorecimento da discriminação.As
experiências e contribuições históricas dos afro-brasileiros têm sido trabalhadas
como um mundo à parte da realidade nacional, por este motivo, é fundamental
entendê-las enquanto realidade social, produtora da própria historia.
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A educação inclusiva é um processo em que se amplia a participação de
todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular. Trata-se de uma
reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas de
modo que estas respondam à diversidade de alunos. É uma abordagem ,
democrática e humanística, que percebe o sujeito e suas singularidades, tendo
como objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos.
A Educação Inclusiva atenta a diversidade inerente à espécie humana, busca
perceber e atender as necessidades educativas especiais de todos os sujeitos-
alunos, em salas de aulas comuns, em um sistema regular de ,ensino de forma a
promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos. Prática
pedagógica coletiva, multifacetada, dinâmica e flexível requer mudanças
significativas na estrutura e no funcionamento das escolas, na formação humana
38
dos professores e nas relações família-escola. Com força transformadora, a
educação inclusiva aponta para uma sociedade inclusiva.
O ensino inclusivo não deve ser confundido com educação especial, a qual se
apresenta numa grande variedade de formas incluindo escolas especiais, unidades
pequenas e a integração das crianças com apoio especializado. O ensino especial é
desde sua origem um sistema separado de educação das crianças com deficiência,
fora do ensino regular, baseado na crença de que as necessidades das crianças
com deficiência não podem ser supridas nas escolas regulares. Existe ensino
especial em todo o mundo seja em escolas de frequência diária, internatos ou
pequenas unidades ligadas à escola de ensino regular.
O princípio da normalização diz respeito a uma colocação seletiva do
indivíduo portador de necessidade especial na classe comum. Neste caso, o
professor de classe comum não recebe um suporte do professor da área de
educação especial. Os estudantes do processo de normalização precisam
demonstrar que são capazes de permanecer na classe comum.
O processo de inclusão se refere a um processo educacional que visa estender ao
máximo a capacidade da criança portadora de deficiência na escola e na classe
regular. Envolve fornecer o suporte de serviços da área de Educação Especial
através dos seus profissionais. A inclusão é um processo constante que precisa ser
continuamente revisto.
A educação inclusiva é uma educação voltada de TODOS PARA TODOS
onde os ditos "normais" e os portadores de algum tipo de deficiência poderão
aprender uns com os outros. Uma depende da outra para que realmente exista uma
educação de qualidade. A educação inclusiva no Brasil é um desafio a todos os
profissionais de educação.
A educação inclusiva tem de atender os educandos com qualidade, mas tem
que dar condições e especializações aos profissionais, para que os objetivos e o
desenvolvimento aconteçam.
39
Percebemos ao longo da história e, também na atualidade, que a maioria dos
profissionais envolvidos na educação não sabem ou desconhecem a importância e a
diferença da educação especial e educação inclusiva. Por essa razão, veio a
realização deste artigo para o esclarecimento das pessoas envolvidas na educação
e interessados.
Primeiramente, quando descobrimos uma determinada deficiência em uma
pessoa ela deveria ser encaminhada aos profissionais especializados: psicólogos,
neuropediatras, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e pedagogos especializados, entre
outros. Isso é de extrema importância para o desenvolvimento físico e também
cognitivo desse educando tão especial.
Segundo Sá, a educação destas pessoas tem sido objeto de inquietações e
constitui um sistema paralelo de instituições e serviços especializados no qual a
inclusão escolar desponta como um ideal utópico e inviável. Para autora, o sujeito
com deficiência é um "aluno especial", cujas necessidades específicas demandam
recursos, equipamentos e níveis de especialização definidos de acordo com a
condição física, sensorial ou intelectual.
Mudando a postura e as concepções por parte de nós educadores e
pesquisadores, consideramos as diferenças como sendo atributos naturais da
humanidade.
PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS
Diversas escolas têm adotado programas educativos com esse objetivo. Eles
podem ser de grande ajuda aos jovens, sobretudo a partir do início da adolescência,
desde que conduzidos de forma adequada. Informações mal colocadas podem
aguçar a curiosidade dos jovens, levando-os a experimentar drogas. Discursos
antidrogas e mensagens amedrontadoras ou repressivas, além de não serem
eficazes, podem até mesmo estimular o uso.
40
Nos programas de prevenção mais adequados, o uso de drogas deve ser
discutido dentro de um contexto mais amplo de saúde. As drogas, a alimentação, os
sentimentos, as emoções, os desejos, os ideais, ou seja, a qualidade de vida
entendida, como bem estar físico, psíquico e social, são aspectos a serem
abordados no sentido de levar o jovem a refletir sobre como viver de maneira
saudável.
Os jovens devem aprender a conhecer suas emoções e a lidar com suas
dificuldades e problemas. Um modelo de prevenção deve contribuir para que os
indivíduos se responsabilizem por si mesmos, a fim de que comportamentos de risco
da sociedade como um todo possam ser modificados.
Falar sobre drogas é falar sobre Educação, a instituição educacional como um
todo deve ajudar seus membros (educadores, familiares e jovens) a desenvolverem
espírito crítico, discutindo as drogas em nossa sociedade, bem como a relação deles
com as mesmas. A escola é um lugar privilegiado para a realização de atividades
preventivas, porque congrega as crianças e os jovens, é um lugar confiável, estimula
o saber e o conhecimento e possibilita a construção de valores. Qual o papel da
escola na prevenção do uso indevido de drogas?
É, antes de tudo, educar crianças e jovens a buscarem e desenvolverem sua
identidade e subjetividade, promover e integrar a educação cognitiva e emocional,
incentivar a cidadania e a responsabilidade social, bem como garantir que eles
incorporem hábitos saudáveis no seu cotidiano. Trata-se de discutir o projeto de vida
global dos alunos e da sociedade, ao invés de dar ênfase às conseqüências como a
doença e a drogadição, por exemplo. Portanto, a prevenção é mais adequada
quando discute o uso de drogas dentro de um contexto de saúde. Neste sentido, o
educador apresenta-se como um excelente condutor das atividades preventivas em
função de seu papel fundamental na educação e formação intelectual e emocional
dos jovens nas escolas.
A INTEGRAÇÃO DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO
A escola é uma instituição mais tradicional que inovadora. A cultura escolar
tem resistido bravamente às mudanças. Os modelos de ensino focados no professor
41
continuam predominando, apesar dos avanços teóricos em busca de mudanças do
foco do ensino para o da aprendizagem.Tudo isto nos mostra que não será fácil
mudar esta cultura escolar tradicional, que as inovações serão mais lentas, que
muitas instituições reproduzirão no virtual o modelo centralizador no conteúdo e no
professor do ensino presencial.
Os alunos estão prontos para a multimídia, os professores, em geral, não. Os
professores sentem cada vez mais claro o descompasso no domínio das tecnologias
e, em geral, tentam segurar o máximo que podem, fazendo pequenas concessões,
sem mudar o essencial. Creio que muitos professores tem medo de revelar sua
dificuldade diante do aluno. Por isso e pelo hábito mantêm uma estrutura repressiva,
controladora, repetidora. Os professores percebem que precisam mudar, mas não
sabem bem como fazê-lo e não estão preparados para experimentar com
segurança. Muitas instituições também exigem mudanças dos professores sem dar-
lhes condições para que eles as efetuem.
Frequentemente algumas organizações introduzem computadores, conectam
as escolas com a internet e esperam que só isso melhore os problemas do ensino.
A maior parte dos cursos presenciais e on-line continua focada no conteúdo,
focada na informação, no professor, no aluno individualmente e na interação com o
professor tutor. Convém que os cursos hoje, principalmente os de formação, sejam
focados na construção do conhecimento e na interação; no equilíbrio entre o
individual e o grupal, entre conteúdo e interação(aprendizagem cooperativa), um
conteúdo em parte preparado e em parte construído ao longo do curso.
As tecnologias chegaram na escola, mas estas sempre privilegiaram mais o
controle a modernização da Infraestrutura e a gestão do que a mudança. Os
programas de gestão administrativa estão mais desenvolvidos do que voltados à
aprendizagem. Há avanços na virtualização da aprendizagem, mas só conseguem
arranhar superficialmente a estrutura pesada em que estão estruturados os vários
níveis de ensino.
Apesar da resistência institucional, as pressões pelas mudanças são cada vez
mais fortes. As empresas estão muito ativas na educação on-line e buscam nas
universidades mais agilidade, flexibilização e rapidez na oferta de educação
continuada. Os avanços na educação a distância com a LDB e a internet estão
sendo notáveis. A LDB legalizou a educação a distância e a internet lhe tirou o ar de
42
isolamento, de atraso, de ensino de segunda classe. A interconectividade que a
internet e as redes desenvolveram nestes últimos anos está começando a
revolucionar a forma de ensinar e aprender.
As redes, principalmente a internet, estão começando a provocar mudanças
profundas na educação presencial e a distância. Na presencial, desenraizam o
conceito de ensino-aprendizagem localizado e temporalizado. Podemos aprender
desde vários lugares, ao mesmo tempo, on e off line, juntos e separados. Como nos
bancos, temos a nossa agência (escola) que é nosso ponto de referência;só que
agora não precisamos ir até lá o tempo todo para poder aprender.
MARCO OPERACIONAL
PRESSUPOSTOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS
ORGANIZAÇÃO DO COLÉGIO ESTADUAL DORAH GOMES DAITSCHMAN
A organização do colégio visa a formação de jovens para viver em sociedade,
preparando-os para o trabalho e para o exercício da cidadania. A prática a ser
adotada será de reflexão e ação que facilite a participação .
A diretriz político-educacional para todo o sistema de ensino do estado do
Paraná tem por objetivo a reversão do fracasso escolar. Para tanto o Projeto Político
pedagógico para uma escola democrática, segue a política educacional vigente, que
objetiva encontrar tratamento adequado às necessidades da clientela do colégio e
diminuir a distância entre o desempenho dos alunos das diferentes camadas da
população, garantindo a todos o direito à escolaridade.
O Colégio Dorah propõe a minimização da evasão escolar e da repetência
através de ações conjuntas entre docente, área pedagógica, direção, alunos e
comunidade objetivando a conjugação de esforços, com ações para redefinição da
qualidade do ensino ofertado, com real aproveitamento do ensino pelos alunos e sua
permanência no colégio com êxito.
43
A organização do Colégio Dorah segue os princípios emanados pela
Secretaria de estado da Educação que norteia a gestão colegiada, participativa,
onde todos os segmentos do colégio participam da organização e decisões das
propostas administrativas e pedagógicas, através das representações de classe,
como: Associação de Pais e Mestres e funcionários, Conselho Escolar, Conselho de
Classe, Grêmio Estudantil.dos professores. A administração colegiada e participativa
adotada é entendida da seguinte forma: auxilia educadores e educandos a serem
autores de seu próprio desenvolvimento; busca maior participação nas decisões;
exprime e pratica comunitariamente as normas de convivência, de ação e interação;
adota o processo de planejamento participativo; delega tarefas; reconhece a
necessidade de autonomia e a justa distribuição do poder; avalia constantemente o
desenvolvimento do colégio; utiliza a informação como meio de comunicação e
divulgação das atividades escolares.
Em relação a organização da hora-atividade dos docentes do colégio, ela
encontra-se distribuída normalmente entre as horas-aula, de maneira que, o
professor cumpra-as no colégio no seu horário normal de aulas. A relação dos
docentes, e a carga horária correspondente a cada um encontram-se expostas em
edital na sala dos professores.
A hora-atividade deve ser entendida como um recurso que o docente dispõe
para atividades correlatas ao seu mister. Portanto ela deverá ser utilizada para
estudos, correções de atividades dos discentes, organização do livro de registro de
classe, pesquisas, utilização da biblioteca, grupo de estudos, e atendimento, quando
necessário, de alunos com dúvidas, orientações de atividades ou ainda de acordo
com as necessidades.
44
PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA
Dentro do contexto educacional contemporâneo, a formação continuada é
saída possível para a melhoria da qualidade do ensino, por isso o profissional
consciente deve saber que sua formação não termina na Universidade. Formar ( ou
reformar) o formador para a modernidade através de uma formação continuada
proporcionará ao mesmo independência profissional com autonomia para decidir
sobre o seu trabalho e suas necessidades.
A formação contínua é ( Nóvoa, 1991, Freire 1991 e Mello 1994) saída
possível para a melhoria da qualidade do ensino, dentro do contexto educacional
contemporâneo. Nova o bastante para não dispor ainda de mais teorias nutrientes,
provavelmente ainda em gestação. [é uma tentativa de resgatar a figura do mestre,
tão carente do respeito devido a sua profissão, tão desgastada em nossos dias.
“Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador,
a a gente se forma, como educador, permanentemente, na prática a na reflexão da
prática”. ( FREIRE,1991:58)
Para o autor, formação permanente é uma conquista da maturidade, da
consciência do ser. Quando a reflexão permear a prática, docente e de vida, a
formação continuada será exigência “sine qua non” para que o homem se mantenha
vivo, energizado, atuante no seu espaço histórico, crescendo no saber e na
responsabilidade.
A modernidade exige mudanças, adaptações, atualização e aperfeiçoamento.
Quem não se atualiza fica para trás. A parceria, a globalização, a informática, toda a
tecnologia moderna é um desafio a quem se formou há vinte ou trinta anos. A
concepção moderna de educador exige “uma sólida formação científica, técnica e
política, viabilizadora de uma prática pedagógica crítica e consciente da necessidade
de mudanças na sociedade brasileira ( Brzezinski,1992:83).
O profissional consciente sabe que sua formação não termina na
universidade. Esta lhe aponta caminhos, fornece conceitos e idéias, a matéria prima
45
de sua especialidade. O resto é por sua conta. Muitos professores, mesmo tendo
sido assíduos, estudiosos e brilhantes, tiveram de aprender na prática, estudando,
pesquisando, observando, errando muitas vezes, até chegarem ao profissional
competente que hoje são.
Na ação continuada, são enfatizados os seguintes aspectos do profissional: a
formação, a profissão, a avaliação e as competências que cabem ao profissional.
O educador que está sempre em busca de uma formação contínua, bem como a
evolução de suas competências tende a ampliar o seu campo de trabalho.
Segundo o estudioso Philippe Perrenoud, a formação profissional contínua se
organiza em determinadas áreas prioritárias. Dentre elas estão as competências
básicas que cabem ao educador. Refere - se como áreas de competências, devido
cada uma delas abordar várias competências
Sugere-se que cada educador tenha consciência do nível de competências em que
se encontra, realizando uma auto avaliação, o que irá resultar em uma grande
evolução na sua função como educador.
DEFINIÇÃO DOS PAPÉIS DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
O gestor como articulador dos diferentes segmentos escolares em torno do
Projeto Político Pedagógico, desempenhará suas próprias tarefas no aspectos
organizacional da escola em relação à responsabilidade social frente a comunidade.
Sua liderança será exercida de maneira democrática, dividindo o poder de decisão e
de deliberação sobre assuntos escolares com: professores, funcionários, pais,
alunos e comunidade escolar representada pelo Conselho Escolar e Associação de
Pais e Mestres, estimulando a participação de todos.
O professor, a partir de sua participação ativa na escola deverá aperfeiçoar
continuamente a qualidade do seu trabalho docente, como mediador entre o aluno e
o conhecimento, assumindo responsabilidades, exercendo direitos e praticando a
cidadania.
A Equipe Pedagógica tendo como preocupação maior, o desenvolvimento
integral do educando, no contexto atual, pretende contribuir não mais para atender "
alunos problemas" , mas para discutir junto com todos os alunos e demais
46
envolvidos no processo educativo, os conflitos que vivenciamos e as possíveis
soluções cabíveis a cada situação em discussão.
O pedagogo buscará desenvolver a articulação didático- pedagógica que irá
além das relações interpessoais: aluno x professor; professor x professor x pais e
ou responsáveis, abrangerá as orientações emanadas da SEED, conteúdos,
métodos e a reflexão teórico-prática , no interesse de que as ações pedagógicas e
decisões tomadas no ato de ensinar e aprender se façam de modo fundamentado e
articulado. Com referência ao aperfeiçoamento dos docentes a equipe pedagógica
juntamente com a direção oportunizará a participação dos docentes em cursos,
palestras e ou eventos que promovam a atualização constante dos mesmos.
A prática escolar depende também da participação de todos os funcionários,
pois, cada um, na sua área, contribui para o bom andamento das atividades
pedagógicas e para um ensino de qualidade. Para tanto serão incentivados a
atualização na área de relacionamento humano e da prática da atividade que
desempenham.
Estendendo a preocupação educativa à família e à comunidade estaremos co
- responsabilizando a sociedade e também garantindo a valorização da escolaridade
através das estratégias educativas da família.
Sendo dada a devida importância à participação da família e da comunidade
no processo escolar e nas políticas educacionais, esta se fará através da
participação dos mesmos em reuniões , palestras e encontros formativos
promovidos pela escola.
O aluno sendo centro do processo educacional participará de maneira efetiva
na construção do seu próprio conhecimento sob a mediação do professor e da
família, garantindo assim o seu pleno desenvolvimento como pessoa, preparando-se
para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho conforme rege a Carta
Magna e em consonância com a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
47
ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA
DIREÇÃO
O diretor coordena, organiza e gerencia todas as atividades da escola,
auxiliado pelos demais componentes do corpo de especialistas e de técnicos-
administrativos, atendendo às leis,regulamentos e determinações dos órgãos
superiores do sistema de ensino e às decisões no âmbito da escola assumidas pela
equipe escolar e pela comunidade.
EQUIPE PEDAGÓGICA
O setor pedagógico compreende as atividades de coordenação pedagógica e
orientação educacional. Como são funções especializadas, envolvendo habilidades
bastante especiais, seus ocupantes devem ser formados em cursos de Pedagogia
ou adquiram formação pedagógico-didática específica.
O coordenador pedagógico supervisiona, acompanha,assessora, apóia, avalia as
atividades pedagógico-curriculares. Sua atribuição prioritária é prestar assistência
pedagógico-didática aos professores em suas respectivas disciplinas, no que diz
respeito ao trabalho interativo com os alunos. Outra atribuição que cabe ao
coordenador pedagógico é o relacionamento com os pais e a comunidade,
especialmente no que se refere ao funcionamento pedagógico-curricular e didático
da escola e comunicação e interpretação da avaliação dos alunos.
O orientador educacional, cuida do atendimento e do acompanhamento
escolar dos alunos e também do relacionamento escola-pais-comunidade.
CORPO DOCENTE E DISCENTE
O corpo docente é constituído pelo conjunto dos professores em exercício na
escola, cuja função básica consiste em realizar o objetivo prioritário da escola, o
processo de ensino e aprendizagem. Os professores de todas as disciplinas formam,
junto com a direção e os especialistas, a equipe escolar. Além de seu papel
específico de docência das disciplinas , os professores também têm a
48
responsabilidade de participar na elaboração do plano escolar ou projeto pedagógico
curricular, na realização das atividades da escola e nas decisões dos conselhos de
escola e de classe ou série, das reuniões com pais, da A.P.M.F. e das demais
atividades cívicas, culturais e recreativas da comunidade.
O corpo discente constitui-se dos alunos e suas associações representativas.
EQUIPE ADMINISTRATIVA
O setor técnico-administrativo responde pelas atividades-meio que asseguram
o atendimento dos objetivos e funções da escola.
A Secretaria escolar cuida da documentação , escrituração e correspondência
da escola, dos docentes, demais funcionários e dos alunos. Responde também pelo
atendimento de pessoas. Para realização desses serviços, a escola conta com um
secretário e escriturários ou auxiliares de secretaria.
O serviço de multimeios compreende a biblioteca , os laboratórios, os
equipamentos audiovisuais, a videoteca e outros recursos didáticos.
EQUIPE DE APOIO
A zeladoria , realizada pelos serventes, cuida da manutenção, conservação e
limpeza do prédio; da guarda das dependências, instalações e equipamentos; da
cozinha e da organização e distribuição da merenda escolar; da execução de
pequenos consertos e outros serviços rotineiros da escola.
PARCERIAS E ÓRGÃOS COLABORADORES:
Como forma de parceria a escola conta com Associações de Pais Mestres e
Funcionários e o Conselho Escolar.
A Associação de Pais e Mestres foi fundada e constituída em 08 de outubro
de 1979 por tempo indeterminado, tendo uma finalidade tríplice :
- colaborar no aprimoramento do processo educacional;
− Colaborar na assistência ao escolar;
49
- colaborar na integração família-escola-comunidade.
O Conselho Escolar, criado pela Resolução n.º 4.333/92 como órgão
deliberativo no auxilio da administração direta, atuando em função das condições
reais da escola, da organicidade do próprio Conselho e das competências dos
profissionais da escola.É um órgão colegiado composto por representantes das
comunidades escolar e local, que têm como atribuição deliberar sobre questões
político-pedagógicas, administrativas, financeiras no âmbito da escola. Cabe aos
conselhos , também analisar as ações a empreender e os meios a utilizar para o
cumprimento das finalidades da escola. Eles representam as comunidades escolar e
local, atuando em conjunto e definindo caminhos para tomar as deliberações que
são de sua responsabilidade.
Representam assim, um lugar de participação e decisão , um espaço de
discussão, negociação e encaminhamento das demandas educacionais,
possibilitando a participação social e promovendo a gestão democrática. São, enfim,
uma instância de discussão, acompanhamento e deliberação, na qual se busca
incentivar uma cultura democrática, substituindo a cultura patrimonialista pela cultura
participativa e cidadã.
PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS
CONSELHO DE CLASSE
De acordo com o disposto na Seção IV do Regimento Escolar sobre o Conselho
de Classe, constam os seguintes artigos:
Art.24- O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didáticos-pedagógicos,fundamentado no Projeto Político
Pedagógico da escola e no Regimento Escolar, com responsabilidade de analisar as
ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do
processo ensino aprendizagem.
Art.25- A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as
informações e dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo
ensino e aprendizagem, oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-
se dos conteúdos curriculares estabelecidos.
50
Parágrafo único – É da responsabilidade da equipe pedagógica organizar as
informações e dados coletados a serem analisados no Conselho de Classe.
Art.26- Ao Conselho de Classe cabe verificar se os objetivos, conteúdos,
procedimentos metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação
pedagógico-educativa, estão sendo cumpridos de maneira coerente com o Projeto
Político Pedagógico do estabelecimento de ensino.
Art.27- O Conselkho de Classe constitui-se de um espaço de reflexão
pedagógica, onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva,
discutem alternativas e propões ações educativas eficazes que possam vir a sanar
necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino aprendizagem.
Art.28- O Conselho de Classe é constituído pelo(a) diretor(a) e/ou diretor(a)
auxiliar, pela equipe pedagógica, por todos os docentes e os alunos representantes
que atuam numa mesma turma e/ou série, por meio de:
I- Pré-Conselho de Classe com toda a turma em sala de aula, sob a
coordenação do professor representante de turma e/ou pelo(s) pedagogo(s);
II- Conselho de Classe integrado, com a participação da equipe de direção, da
equipe pedagógica, da equipe docente, da representação facultativa de alunos e
pais de alunos por turma e/ou série.
Art.29- A convocação, pela direção, das reuniões ordinárias ou extraordinárias
do Conselho de Classe, deve ser divulgada em edital, com antecedências de 48
( quarenta e oito) horas.
Art.30- O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em datas previstas
em calendário escolar e, extraordinariamente, sempre que se fizer necessário.
Art.31- As reuniões do Conselho de Classe serão lavradas em Livro Ata,
pelo(a) secretário(a) da escola, como forma de registro das decisões tomadas.
Art.32- São Atribuições do Conselho de Classe:
I - analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento
metodológico e práticas avaliativas que se referem ao processo ensino
aprendizagem;
II - propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e de estudos para
a melhoria do processo ensino e aprendizagem;
51
III - estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes ao
processo de aprendizagem que atendam às reais necessidades dos alunos, em
consonância com a proposta Pedagógica Curricular da escola;
IV – acompanhar o processo de avaliação de cada turma, devendo debater e
analisar os dados qualitativos e quantitativos do processo ensino aprendizagem;
V – atuar com co-responsabilidade na decisão sobre a possibilidade de
avanço do aluno para série/etapa subsequente ou retenção, após a apuração dos
resultados finais, levando-se em consideração o desenvolvimento integral do aluno;
VI – receber pedidos de revisão de resultados finais até 72 ( setenta e duas)
horas úteis após sua divulgação em edital.
CONSELHO ESCOLAR
Segundo o Regimento Escolar desta instituição de ensino os seguintes artigos
discorrem sobre o Conselho Escolar:
Art.10- O Conselho Escolar é um órgão de natureza deliberativa, avaliativa e
ficalizadora sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e
administrativo do estabelecimento de ensino, em conformidade com a legislação
educacional vigente e orientações da SEED.
Art.11- O Conselho Escolar é composto por representantes da comunidade
escolar e representante de movimentos sociais organizados e comprometidos com a
educação pública, presentes na comunidade, sendo presidido por seu membro nato,
o(a) diretor(a) escolar.
§ 1º – A comunidade escolar é compreendida como o conjunto dos profissionais
atuantes no estabelecimento de ensino, alunos devidamente matriculados e
frequentado regularmente, pais e/ou responsáveis pelos alunos.
§ 2º – A participação dos representantes dos movimentos sociais organizados,
presentes na comunidade, não ultrapassará 1/5( um quinto) do colegiado .
Art.12- O Conselho Escolar poderá eleger seu vice-presidente dentre os
membros que o compõem, maiores de 18(dezoito) anos.
52
Art.13- O Conselho Escolar tem como principal atribuição, aprovar e
acompanhar a efetivação do Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de
ensino.
Art.14- Os representantes do Conselho Escolar são escolhidos entre seus
pares, mediante processo eletivo, de cada segmento escolar, garantindo-se a
representatividade dos níveis e modalidades de ensino.
Parágrafo Único – As eleições dos membros do Conselho Escolar, titulares e
suplentes realizar-se-ão em reunião de cada segmento convocada para este fim,
para um mandato de 2(dois)anos, admitindo-se uma única reeleição consecutiva.
Art.15- O Conselho Escolar, de acordo com o princípio da representatividade
e da proporcionalidade, é constituído pelos seguintes conselheiros:
I – diretor (a);
II – representantes da equipe pedagógicas;
III – representantes da equipe docente ( professores);
IV – representantes da equipe técnico-administrativa;
V – representante da equipe auxiliar operacional;
VI- representantes dos discentes ( alunos);
VII- representante dos pais ou responsáveis pelo aluno;
VIII- representante do Grêmio Estudantil;
IX- representante dos movimentos sociais organizados da comunidade ( APMF,
Associação de Moradores, Igrejas, Unidade de Saúde, etc).
Art.16- O Conselho Escolar é regido por Estatuto próprio, aprovado por 2/3
(dois terços) de seus integrantes.
DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS DE REPRESENTAÇÃO DA COMUNIDADE
ESCOLAR
Como disposto no Regimento Escolar :
Art.21 – Os segmentos sociais organizados e reconhecidos como órgãos
Colegiados de representação da comunidade escolar estão legalmente instituídos
por Estatutos e Regulamentos próprios.
53
Art.22 A Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF ou similar,
pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de representação dos Pais, mestres e
Funcionários do estabelecimento de ensino, sem caráter político partidário, religioso,
racial e sem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e
conselheiros, sendo constituída por prazo indeterminado.
Parágrafo Único – a APMF é regida por Estatuto próprio, aprovado e homologado
em Assembléia Geral, convocada especificamente para este fim.
Art.23 – O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos
estudantes do estabelecimento de ensino, com o objetivo de defender os, interesses
individuais e coletivos dos alunos, incentivando a cultura literária, artística e
desportiva de seus membros.
Parágrafo Único – O Grêmio Estudantil é regido por Estatuto próprio aprovado e
homologado em Assembléia Geral, convocada especificamente para este fim.
PROJETOS DESENVOLVIDOS
PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO
O Programa Mais Educação ( Portaria Interministerial nº 17/2007) é uma
iniciativa do Governo Federal que tem como prioridade contribuir para a formação
integral de crianças, adolescentes e jovens, articulando diferentes ações, projetos e
programas nos Estados, Distrito Federal e Municípios, em consonância com o
projeto pedagógico da escola, ampliando tempo, espaços e oportunidades, através
da articulação das políticas setoriais envolvidas e possibilitando a todos o Direito de
Aprender.
A Educação Integral constitui ação estratégica para garantir atenção e
desenvolvimento integral às crianças, adolescentes e jovens, sujeitos de direitos que
vivem uma contemporaneidade marcada por intensas transformações e exigência
crescente de acesso ao conhecimento, nas relações sociais entre diferentes
gerações e culturas, nas formas de comunicação, na maior exposição aos efeitos
das mudanças em nível local, regional e internacional. Ela se dará por meio da
ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas que qualifiquem o
processo educacional e melhorem o aprendizado dos alunos. Não se trata, portanto,
54
da criação ou recriação da escola como instituição total, mas da articulação dos
diversos atores sociais que já atuam na garantia de direitos de nossas crianças e
jovens na co-responsabilidade por sua formação integral.
Os Projetos desenvolvidos são:
-CULTURA REGIONAL – Meio Ambiente – Horta Escolar
A questão ambiental tem sido um tema muito trabalhado nas escolas do Brasil
inteiro. Sabe-se que é um tema delicado e que, de sua conservação, depende o
futuro da humanidade, A implantação da horta escolar surge como um trabalho
diferenciado onde alunos, professores, funcionários e comunidade poderão analisar
os efeitos do cultivo no solo, a influência do ciclo das chuvas para a agricultura, as
consequências da utilização de defensivos para a saúde e para o meio ambiente,
entre tantos outros temas relacionados à agricultura. O trabalho conta com a
participação de vinte e cinco alunos no contra turno.
-DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA – Prevenção e Promoção da Saúde
Contribuir para a formação dos estudantes da rede pública de educação
básica com ações de prevenção, promoção e atenção à saúde, por meio de
atividades educativas ( projetos interdisciplinares, teatro, oficinas, palestras,
debates, feiras) em temas de saúde como saúde bucal, alimentação saudável,
cuidado visual e auditivo, práticas corporais, educação para a saúde sexual e
reprodutiva, prevenção ao uso de drogas ( alcool, tabaco e outras) e prevenção à
violência). Promovendo assim uma cultura de prevenção e promoção à saúde no
espaço escolar, reforçando a prevenção de agravos à saúde e vulnerabilidade, bem
como fortalecer a relação entre as redes públicas de educação e de saúde.
-ESPORTES – Tênis de Mesa
O Projeto de tênis de mesa tem como objetivo desenvolver práticas corporais
por meio de atividades recreativas e educacionais bem como o conhecimento geral
sobre as habilidades motoras e um conhecimento específico sobre a modalidade
tênis de mesa. Essa modalidade esportiva não requer grande espaço físico e é
caracterizada pela fácil aceitação por crianças e jovens.
55
-JOGOS- Xadrez Tradicional
O xadrez e um dos meios que leva o ser humano a desenvolver o raciocínio
lógico, melhorando sua observação, reflexão e análise, melhorando sua socialização
e aceitação de regras e comprovadamente melhorando o desempenho escolar.
-MÍDIAS- Jornal Escolar
O projeto tem como objetivo fazer com que o aluno desenvolva o seu
conhecimento através de aulas práticas, no contra turno escolar com temas
específicos, buscando melhora no desenvolvimento escolar e no processo de
aprendizado do conhecimento científico.O jornal pode oferecer inúmeras
possibilidades de trabalho, voltados a leitores com diferentes interesses e a
produção de gêneros jornalísticos.
-MÚSICAS-Rádio escola
Tendo em vista a incorporação dos meios de comunicação no cotidiano de todas as
camadas sociais da população, a implementação deste projeto justifica-se pela
necessidade de promover aos alunos o conhecimento de várias linguagens que
norteiam a era da informação, formando pessoas que compreendam e dominem os
sistemas de produção dessa informnação e, consequentemente estejam melhor
preparadas para atuarem de forma mais responsável com a vida em sociedade.
PROJETO DE PREVENÇÃO AO USO ABUSIVO DE DROGAS
As concepções sobre o homem, o mundo, a sociedade e as relações sociais
estão presentes na nossa maneira de viver, de buscar nossos ideais, de construir
nossas crenças e de trabalhar. Ter clareza da concepção que está por trás das
próprias ações, valores e comportamentos gera mais intencionalidade no
plabejamento das ações de ensino e aprendizagem, podemos considerara que toda
a organização e o funcionamento da sociedade constituem uma situação educativa,
na medida em que representam as manifestações das produções e criações
humanas, que são transmitidas por meio de relações, portanto a educação é um
fenômeno bastante complexo, que se relaciona com todo o processo de formação
do sujeito, neste processo, ocorrem muitas influências: da família, to trabalho, do
clube, dos grupos sociais e culturais de diversas outras instituições.
56
Apesar da escola e educação fazerem, parte de um processo social amplo,
que é influenciado e influencia relações sociais complexas, a escola é uma
instituição com condições muito específicos, cujos objetivos principais levam em
conta o conhecimento científico, distanciando da realidade, bem como separando os
fenômenos que acontecem na realidade.
Em torno da escola convivem sujeitos com diferentes concepções de
educação, de diferentes visões de mundo, e é esse convívio que faz da escola uma
instituição complexa e contraditória. É nessa troca de contrários que se pode e se
deve estabelecer a luta pela construção da cidadania.
A caracterização da clientela é representada por alunos advindos de classes
populares, pertencentes a faixa econômica de baixo poder aquisitivo, muitos pais
encontram-se desempregados ou vivem de subempregos. A região onde o colégio
está inserido corresponde a área de lotes urbanizados para pessoas de baixa renda.
A escolaridade entre moradores é muito baixa, uma grande parcela da família
dos alunos são analfabetos. O problema das drogas, alcoolismo e violência entre os
moradores na vila é preocupante.
Faz-se necessário, portanto, uma educação preventiva e a conscientização
de todos: alunos, pais, professores, funcionários, enfim, toda a comunidade sobre os
efeitos e consequências maléficas causadas por essas substâncias à vida humana
em todos os seus aspectos físico, psíquico e social. O desafio deste projeto é a luta
pela valorização da vida como um bem social a serviço da construção de uma
sociedade mais digna e fraterna.
57
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Toda escola deve ter definida, para si mesma e para sua comunidade escolar,
uma identidade e um conjunto orientador de princípios e de normas que iluminem a
ação pedagógica cotidiana.
O Projeto político pedagógico vê a escola como um todo em sua perspectiva
estratégica, não apenas em sua dimensão pedagógica. É uma ferramenta gerencial
que auxilia a escola a definir suas prioridades estratégicas, a converter as
prioridades em metas educacionais e outras concretas, a decidir o que fazer para
alcançar as metas de aprendizagem, a medir se os resultados foram atingidos e a
avaliar o próprio desempenho.
O Projeto Político Pedagógico é diferente de planejamento pedagógico. É um
conjunto de princípios que norteiam a elaboração e a execução dos planejamentos,
por isso, envolvem diretrizes mais permanentes, que abarcam conceitos
subjacentes à educação.
58
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
-Currículo básico para a escola Pública do Estado do Paraná. – 1997.
-DANTAS, Heloysa. Algumas contribuições da psicogenética de Henry Walon
Para a atividade educativa. Revista de educação do AEC. Brasília, V.23 n.º
9, 1994, p. 45-51.
-DEMO, Pedro. Formação de formadores básicos. Em aberto, v.11, n.º 54, p. 23-42
Abr./jun. 1992.
-MELLO, Guiomar Namo de. Cidadania e competitividade. Ed. Cortez – 1993.
-SALTO PARA O FUTURO. Construindo a escola cidadã: projeto pedagógico.
Secretaria de Educação à distância. Brasília , Ministério da Educação e do
Desporto, SEED, 1998.
-VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Escola – Espaço do projeto político pedagógico.
Ed. Papirus – 1998.
-VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Projeto político pedagógico: uma construção
Possível. Ed. Papirus – 1998.
-VEIGA, Ilma Passos Alencastro. O projeto político pedagógico e a relação entre
Instituído e instituintes. ENDIPE (x: 2000)
-NISKIER, Arnaldo. L.D.B. A nova lei da educação. Ed. Consultor – 1998
-LIBÃNEO,José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática.Goiânia:Ed
Alternativa, 2004.
- MIGLIORI,Regina de Fátima...et al. Ética, valores humanos e transformação.São
Paulo: Peirópolis,1998.