Coimbra, Maio de 2010 de da de nº 2009108628 - fe.uc.pt · Giddens (2009), a pobreza absoluta...

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Coimbra, Maio de 2010 Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra Bruna Sofia Sousa Pinto Virginio, nº 2009108628

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Coimbra, Maio de 2010 

  Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra  Bruna Sofia Sousa Pinto Virginio,       nº 2009108628  

 

Faculdade de economia  Universidade de Coimbra 

 Este trabalho  foi realizado no âmbito da cadeira de  fontes de  informação sociológica para o ano 2009/2010, leccionada pelo Dr. Paulo Peixoto.    

Título do trabalho: Pobreza…uma questão social 

 

Nome aluna: Bruna Sofia Sousa Pinto Virginio 

Numero estudante: 2009108628 

Licenciatura: 1º ano sociologia 

 

Imagens da capa disponíveis: 

http://www.google.pt/images?q=sem+abrigo&hl=pt‐

PT&gbv=2&tbs=isch:1&sa=N&start=40&ndsp=20;  

 

http://www.google.pt/images?hl=pt‐

PT&gbv=2&tbs=isch:1&q=pobreza+em+portugal&revid=1382526693&ei=

H8T_S‐jiAZTEOJ7JiJgO&sa=X&oi=revisions_inline&resnum=0&ct=broad‐

revision&cd=1 

 

Anexos 

A) Texto de apoio à realização da ficha de leitura B) Pagina Web avaliada C) Ficha modela para a avaliação de um site da internet 

  

A. Índice 

           

  Página 1) Introdução     1 

2) Desenvolvimento     2 

    2.1) Estado da arte 2 

           2.1.1) Definição de pobreza e exclusão social 2 

           2.1.2) Indicadores de pobreza 6 

           2.1.3) Grupo (s) de risco    9 

          2.1.4) Consequências da pobreza 12 

          2.1.5) Medidas de combate  13 

    2.2) Descrição pormenorizada da pesquisa 15 

3) Ficha de leitura  18 

4) Avaliação da página da internet 21 

5) Conclusão  23 

6) Referencias Bibliográficas  24 

7) Anexos  27 

Anexo A – texto apoio ficha de leitura 

Anexo B – página Web avaliada 

Anexo C – ficha modelo avaliação sitio internet 

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Coimbra, Maio de 2010  [POBREZA… UMA QUESTÃO SOCIAL] 

 

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1) Introdução 

  Pobreza? Bem, ouço esta palavra todos os dias. É difícil não pensar na pobreza 

que  cerca  o  mundo  inteiro.  Por  onde  quer  que  andemos  temos  certamente 

conhecimento  de  alguém  que  a  tenta  vencer  a  cada  dia  que  passa.  Nem  todos  a 

entendem da mesma maneira. Quem passa por ela sabe melhor do que ninguém o que 

ela é e como é enfrentada todos os dia. Será que a pobreza está a aumentar a cada 

ano que passa? Quais são os indicadores que provam que alguém se encontra ou que 

pode estar a entrar na pobreza? Quais os grupos de risco mais favoráveis à mesma e 

porquê? Que medidas podem ajudar a combater ou minimizar a mesma? 

  São questões pertinentes mas que  têm muito  a dizer.  É difícil encontra uma 

definição especifica e geral do que é a pobreza. Muitos tentam defini‐la à sua maneira 

e as opiniões não diferem muito. 

  Escolhi este tema “pobreza…uma questão social” porque penso que a pobreza 

é mesmo um assunto que diz respeito a toda a sociedade e que é do interesse da área 

da sociologia. Debrucei‐me sobre o tema para tentar perceber melhor este fenómeno 

que  muitas  pessoas  carregam  ao  longo  de  uma  vida.  Para  poder  chegar  a  uma 

conclusão do que é realmente a pobreza e que factores estão ligados a ela dividi o meu 

trabalho  da  seguinte maneira:  em  primeiro  apresento  o  estado  das  artes  onde  irei 

definir a pobreza segundo alguns autores, quais os  indicadores e os grupos de maior 

risco e por  fim as  consequência que derivam da pobreza e a  forma  como a mesma 

pode ser combatida.  

  Após  considerar  a  análise  destes  conteúdos  pertinentes  e  fundamentais, 

passarei para uma segunda parte do trabalho onde  irei descrever todo o processo de 

pesquisa;  a  realização  de  uma  ficha  de  leitura  utilizando  como  base  o  capítulo  “O 

conceito de exclusão social e a sua relação com o da pobreza” do livro Um olhar sobre 

a  pobreza:  vulnerabilidade  e  exclusão  social  no  Portugal  contemporâneo  de Alfredo 

Bruto  da  costa  et  al.  (2008).  Por  fim  procedo  à  avaliação  da  página  da  internet  do 

jornal público, que fala sobre a pobreza em Portugal afirmando que uma das medidas 

de combate é aumentar os salário e diversificar fontes de rendimento.  

 

 

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2) Desenvolvimento 2.1) Estado das artes 2.1.1) Definição de pobreza e exclusão social 

 

  Portugal,  ao  longo destes  anos  todos  tem  verificado um  grande  aumento da 

pobreza. O conceito de pobreza alterou‐se nos últimos tempos. Os muito pobres, bom, 

esses  já eram muito pobres e não conseguem  ficar mais pobres. No entanto aqueles 

que eram pobres ficaram agora eles também muito pobres e os que se consideravam 

razoavelmente bem entraram na pobreza.  

  Definir por palavras o que significa a pobreza é complicado. Os sociólogos e os 

investigadores  têm  abordado  o  conceito  de  “pobre”  de  duas  formas:  por  um  lado 

segundo uma pobreza  absoluta, por outro, uma pobreza  relativa.  Segundo Anthony 

Giddens  (2009),  a  pobreza  absoluta  acontece  quando  o  indivíduo  não  tem 

necessidades  básicas  importantes,  ou  seja,  pobreza  absoluta  liga‐se  à  ideia  de 

subsistência.  Estar  em  situação  de  pobreza  é  o  indivíduo  carecer  de  requisitos 

fundamentais  para  a  existência  humana,  tal  como  ter  dinheiro,  comida,  dormida, 

roupa,  entre  outras  coisas. Qualquer  indivíduo  em  qualquer  parte  do mundo,  está 

sobre um padrão universal assim que esteja identificado como pobre, padrão esse que 

está universalmente aplicado e que diz  respeito à  subsistência humana. No entanto, 

nem todas as pessoas aceitam ser consideradas como pobres e serem inseridas nesse 

padrão. Daqui, nasce o conceito de pobreza  relativa, que  relaciona a pobreza com o 

padrão da  vida diária de uma  certa  sociedade. Contudo, alguns defensores afirmam 

que é errado dizer que as necessidades humanas são idênticas em todo o lado: 

 

   Na maioria dos países  industrializados a existência de água corrente,  de  casas  de  banho  com  autoclismo  e  o  consumo regular  de  frutas  e  vegetais  são  vistas  como  necessidades básicas para uma vida saudável. Porém, em muitas sociedades em vias de desenvolvimento tais itens não estão difundidos no seio  da  população  e  não  faria  sentido  medir  a  pobreza  de acordo  com  a  sua  presença  ou  ausência.  (Anthony  Giddens, 2009: 313) 

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Portanto, há de  facto algumas dificuldades na  formulação dos dois conceitos. 

Uma das formas de se medir a pobreza e a determinação de uma “linha”, ou seja, uma 

possível  linha baseada no preço de todos os bens que são essenciais à sobrevivência 

humana  de  certa  sociedade.  No  entanto,  é  necessário  proceder  a  certos  cuidados 

aquando  desse  processo. Não  é  aconselhável  a  utilização  de  apenas  um  critério  de 

avaliação  da  pobreza,  pois  não  toma  em  consideração  todas  as  variações  das 

necessidades humanas.  

O conceito de pobreza tem outras perspectivas segundo outros autores. “ (…) É 

entendida como uma situação de privação resultante da  falta de recursos”  (Bruto da 

Costa: 2008). O mesmo autor diz ainda: 

Quando se pensa em pobreza, pensa‐se em miséria ou nos sem‐abrigo. O pobre, na definição adoptada no estudo, é alguém que não consegue satisfazer de forma regular todas as necessidades básicas, assim consideradas numa sociedade como  a  nossa. Miséria  é  uma  parte  disso  (Bruto  da  Costa  et  al.,  apud Marujo 2008) 

 

Portanto,  aqui  a privação está  ligada  à  carência que  resulta de uma  falta de 

recursos  ou  então  derivada  de  outras  causas  pertinentes  como  é  o  caso  de 

toxicodependência,  doença  psíquica,  alcoolismo,  etc.  Para  ajudar  a  pessoa  a 

ultrapassar  essa  falta  de  recurso  é  preciso  torná‐la  auto‐suficiente,  que  segundo  o 

mesmo autor significa que: 

A  pessoa  em  causa  deixa  de  estar  dependente  de  formas extraordinárias de ajuda e passa a ter como meio de vida um rendimento proveniente de uma das fontes consideradas como normais e correntes na sociedade em que vive. 

 

Em Portugal esses meios normais e correntes são os rendimentos que provêm 

dos  salários,  as  rendas  ou  lucros,  bem  como  rendimento  proveniente  de  reformas, 

pensões ou rendimentos de inserção.  

Outra possível definição dada por Bruto da Costa et al. (2008: 22) é associar a 

pobreza  a  “  (…)  necessidades materiais”.  Escolhe‐se  as  necessidades materiais  que 

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importa ter em consideração, sendo que a pobreza corresponderá à situação em que 

as necessidades ficam por satisfazer.  

Definir  a  pobreza  é  complicado.  “Manifesta‐se  ao  nível  de  certas  condições 

materiais  de  existência,  caracterizadas  por  um  baixo  rendimento,  condições  de 

habitação  precárias  e  também  a  forma  de  vivenciar  o  quotidiano  das  pessoas  e  a 

percepção que tem da realidade” (Faísca et al., 1993: 7). 

Uma vez que se  torna difícil encontra uma definição geral da pobreza, alguns 

investigadores  da  Grã‐Bretanha  debruçam‐se  sobre  outros  indicadores  estatísticos, 

como  é  o  caso  de  previsões  e  abandono,  para medir  os  níveis  de  pobreza.  Estes 

estudos  diziam  que  quem  vivia  na  pobreza  eram  as  pessoas  cujos  rendimentos  se 

encontravam  abaixo  dos  rendimentos  mínimos.  Segundo  o  estudo  “pessoas  cujo 

rendimento se situava entre os 100 e os 140% do mesmo eram definidas como vivendo 

no limiar da pobreza” (Giddens, 2009: 314).  

O  conceito  de  pobreza  está  associado  ao  conceito  de  exclusão  social.  Até 

meados dos anos 80, os dois conceitos eram relacionados para abordar as pessoas e os 

grupos mais desfavorecidos da sociedade. Falar de exclusão social e falar de “exclusão” 

e de “social”. Deste modo a «exclusão social» significa «exclusão da sociedade» (Costa 

et al., 2008: 64) 

A esfera  social enquanto domínio  fundamental da  inclusão  social  remete‐nos 

para  a  importância  de  constituir  redes  de  sociabilidade  –  família,  vizinhos,  amigos, 

trabalho. No entanto, a concretização de muitos destes relacionamentos baseia‐se na 

composição do próprio agregado familiar; existência ou não de instituições; existência 

de  redes  de  sociabilidade  e  o  funcionamento  das  mesmas,  ou  seja,  contactos, 

convivência, entreajuda, entre outros.  

 

A gente  tem uma estrada que  tem de  cumprir. Quando  se é uma pessoa realista, socialistas sérios, nós sabemos que nunca vamos manjar1 do  céu;  vamos  passar  por  diversas  dificuldades.  E  infelizmente  no  nosso país hoje quem trabalha em cima do socialismo é condenado (…) A revolta que sempre tive e o meu sofrimento que sempre passei é ser uma pessoa discriminada, uma pessoa que  luta. Que adianta  ter uma democracia que 

                                                            1 Manjar palavra utilizada no Brasil para definir a palavra “comer” utilizada em Portugal. 

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você  fala  e  a  gente morrendo  de  fome. Não  adianta  nada!  (Entrevista  a Miguel Santos apud Santos, 2008: 73)  

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2.1.2) Indicadores de pobreza 

 

  A  pobreza  é  um  fenómeno multidimensional,  ou  seja,  não  suporta  apenas  a 

análise de um indicador mas sim de vários. Sendo assim, a medição da pobreza é feita 

segundo  vários  indicadores  que  captem  as  vertentes  principais  deste  fenómeno 

através de múltiplas abordagens.  

  A pobreza  e  a  exclusão  social  constituem um dos maiores desafios  ao  longo 

destes anos e dos próximos, na medida em que colidem com o exercício dos direitos 

fundamentais  dos  seres  humanos.  Os  objectivos  do  desenvolvimento  do  milénio 

definidos pela ONU em 2000 reflectem este desafio e definem como meta a redução 

da pobreza extrema, para metade, até 2015. São oito (8) os objectivos definidos para 

acabar com a pobreza. Segundo a Campanha do Milénio das Nações Unidas, o primeiro 

objectivo passa por reduzir a pobreza e a fome para metade. No mundo, cerca de 1.2 

milhões de pessoas vivem com menos de um euro por dia, não tem casa condigna e 

são excluídas pela  sociedade. O  segundo é alcançar o ensino primário para  todos. A 

educação é  fundamental para combater a pobreza e  todos  têm o direito de usufruir 

dela. O  terceiro  é  promover  a  igualdade  de  género.  As mulheres  são muitas  vezes 

impedidas pela  sociedade de mostrar os  seus potenciais. O objectivo e  combater as 

desigualdades existentes entre os dois  sexos. O quarto e o quinto é  reduzir em dois 

terços a mortalidade  infantil e a mortalidade materna. A alegria de ser mãe é muitas 

vezes acompanhada pelo risco de saúde tanto para a mãe como para a criança. O sexto 

passa pelo combate à sida (HIV) e outras doenças graves. Por vezes, a falta de cuidados 

e  de  rendimentos  leva  ao  descuido  das  pessoas  em  se  manterem  saudáveis  e 

protegidas.  O  sétimo  é  promover  uma  sustentabilidade  ambiental.  O  objectivo  é 

conservar os recursos essenciais à vida como a água, produtos agrícolas, etc. Por fim, o 

último  objectivo,  é  fazer  uma  parceria  global  para  que  estes  objectivos  sejam 

cumpridos.  

  2010 Foi eleito o ano europeu da luta contra a pobreza e a exclusão social, uma 

vez que se começam a sentir alguns efeitos da concretização dos objectivos anteriores. 

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Os  dados  estatísticos  da  pobreza  não  revelam  todas  as  dimensões  existentes, mas 

permitem ver os resultados do longo caminho de luta contra este fenómeno.  

Um  dos  indicadores,  e  aquele  que  considero  ser  o mais  importante  de  todos,  é  a 

distribuição  dos  rendimentos.  A  atribuição  do  salário  ou  das  pensões  não  está 

distribuído  equitativamente.  Segundo  a  REAPN  (2009),  a  desigualdade  entre  esta 

matéria é evidente no nosso país. Refere que segundo os dados do INE rendimento e 

condições  de  vida  em  Portugal,  a  população  com maiores  rendimentos  recebe  6.1 

vezes os que tem menos rendimentos, sendo que os mesmos (mais ricos) 10% obtêm 

10 vezes mais dos 10% dos mais pobres. A redução ligeira do risco da taxa de pobreza 

até 2007 (2.2 %) foi acompanhada pela diminuição das desigualdades. 

  Fonte do  INE no  inquérito das despesas  familiares 2005/2006, na distribuição 

dos  rendimentos  líquidos por  nuts  II, mostra que o Alentejo  e o Norte  são  as duas 

regiões com menores rendimentos. O norte apresenta um rendimento líquido anual de 

19 906 euros por agregado. O Alentejo apresenta 18 276 euros. Em comparação com a 

região de Lisboa que chega aos 22 804 euros anuais. Portanto, em Portugal, ao nível do 

rendimento monetário, o trabalhador por contra própria é que possuir a maior fatia do 

rendimento total (49%), sendo que a seguir vêm as pensões (18%).  

  Se analisarmos a distribuição dos rendimentos por grupos verificamos que nos 

agregados  sem  crianças,  uma  pessoa  sozinha  não  idosa  tem  de  rendimentos  anual 

14.156  euros,  no  caso  de  ser  idoso  9.356  euros. Quando  se  trata  de  duas  pessoas 

idosas apresentam um rendimento de 15.365 euros, se não forem idosas 22.988 euros. 

A mesma análise com crianças e jovens, um adulto com uma criança são 18.888 euros, 

com duas ou mais  são  18.487 euros. Portanto,  são  as pessoas que  têm o  agregado 

familiar mais numeroso que apresentam rendimentos menores.  

  Outro  indicador  importante  é  o  emprego/desemprego.  Segundo  a  REAPN 

(2009) os dados divulgados pela Eurostat o desemprego aumentou desde 2008 devido 

à  crise económica que  se  faz  sentir. As estatísticas do  INE, no  segundo  semestre de 

2009 mostram  que  a  taxa  de  desemprego  foi  de  9.1%.  quando  nos  referimos  ao 

desemprego nas mulheres, a actual taxa sobe para os 9.5%, e nos homens reduz para 

8.7%. analisando por grupos etários,  são os  jovens  (15‐24) que apresentam a maior 

taxa de desemprego, cerca de 18.7%. para o grupo que vai dos 45‐64 a taxa reduz para 

7.7% e para os mais de 65 anos 0.3%. Ao nível da escolaridade, aqueles que têm o 3º 

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ciclo do ensino básico apresentam 10.7% taxa de desemprego; os que têm o 2º ciclo 

do mesmo ensino a taxa é de 10.2% e o ensino pós secundário 9.7%. A população com 

o ensino superior apresenta a menor taxa, 5.9%. torna‐se importante referir o impacto 

que têm as transferências sociais – subsídio de desemprego, IRC, apoios habitacionais, 

etc. –  têm na redução da pobreza. Se fossem reduzidos todos estes apoios, a taxa de 

pobreza não era de 16% mas sim de 25%. Para erradicar a pobreza é necessário ajudar 

nas despesas dos agregados familiares mais desfavorecidos.  

  Todas  as  famílias  gostam  de  viver  no  conforto  do  lar.  Existem  certos 

equipamentos que podiam  ser dispensados dados os  custos que  a manutenção dos 

mesmos acarreta. Uma habitação necessita de ter sempre infra‐estruturas básicas. É o 

caso da electricidade, da água e do gás. 99.7% Dos agregados familiares tem acesso à 

electricidade e 98.7% a água canalizada. No entanto, apenas 22.3% tem gás canalizado. 

Existem famílias onde as  infra‐estruturas básicas são  limitadas. É o caso da região do 

Alentejo onde 6.1% das famílias ainda não possuem  instalações sanitárias, sendo que 

2.2% sem esgoto e 1.5% de água canalizada. A Madeira é a região onde se verificam 

maiores  percentagens  de  agregados  familiares  sem  sistema  de  esgoto  ‐  4.4%.  Os 

equipamentos  domésticos  cujos  acessos  se  encontram  menos  generalizados  em 

Portugal é a máquina de  lavar e secar roupa onde apenas 2,8% das famílias possuem 

estes bens, a máquina de  lavar  loiça 34.7 % das famílias tem. A posse de microondas 

ronda os 70.2% e o aspirador 79.9%. Por sua vez o fogão entra em 99.8% nas casas das 

famílias portuguesas. Não deixa de ser relevante que 0.2% das famílias não tem acesso 

a este bem de preparação da alimentação. O mesmo acontece com o frigorífico, onde 

1%  da  população  não  tem  acesso  a  ele.  Quanto  aos  bens  de  comunicação  e  de 

conforto, são os aparelhos televisivos (98.9%), o rádio (90.4%) e os telemóveis (81.4) 

que  apresentam  a maior  fatia  de  presenças  em  casas  das  famílias  portuguesas.  O 

mesmo acontece com o acesso ao computador, onde 43.9% das famílias tem acesso.  

  Concluindo  as  famílias  portuguesas  gostam  de  estar  em  casa  com  o maior 

conforto  possível,  nem  que  para  isso  seja  necessário  adquirir  bens,  que muitas  das 

vezes podiam ser dispensados dados os custos que trazem (REAPN, 2009). 

 

 

Coimbra, Maio de 2010  [POBREZA… UMA QUESTÃO SOCIAL] 

 

Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra |  9 

 

2.1.3) Grupos de Risco 

 

  É  impossível  apresentar  um  perfil  de  quem  são  os mais  pobres.  A  face  da 

pobreza  é  diversa  e  encontra‐se  em  constante  mutação  (Giddens,  2009).  A  crise 

económica  veio  agravar  ainda mais  a  situação  económica  da  sociedade  portuguesa. 

São muitos os que correm sérios risco de maior pobreza. Existem quatro grupos que se 

destacam pelo elevado  risco de pobreza, definidos pela REAPN  (2009: 1): as pessoas 

em  idade activa, com menos de 65 anos de  idade, que vivem  sozinhas ou com uma 

criança  a  cargo  (por norma mulheres); os  idosos que  vivem  sozinhos ou então  com 

uma criança a cargo; pessoas activas que estão a viver sozinhos; e por fim as famílias 

com três ou mais crianças a cargo, onde nenhum dos pais trabalha, ou só um dos dois 

estão empregados. Portanto,  são os  idosos, as  crianças e as mulheres quem  correm 

maior risco de pobreza.  

Segunda a Democracia aberta online (2009) e a RAPN (2009), a taxa de risco de 

pobreza nas crianças tem registado uma descida, no entanto, essas taxas continuam a 

carecer de alguma preocupação. As crianças que correm um maior risco são aqueles 

que estão  inseridas em  famílias monoparentais ou em  famílias com dois adultos que 

têm a cargo mais de três crianças. A REAPN (2009) afirma ainda que segundo os dados 

da  Eurostat  “os  principais  factores  que  contribuem  para  os  níveis  da  pobreza  da 

população  infantil  são:  a  situação  de  emprego  dos  pais  e  a  eficácia  da  intervenção 

governamental através de suporte financeiro e fornecimento de serviços tais como os 

de  suporte  à  infância”.     A  semelhança  da  população  infantil,  também  a  população 

idosa apresenta uma taxa de risco de pobreza elevada. São os que vivem isolados que 

correm maiores riscos.  

   

“Constata‐se, ainda, que é entre os idosos que o risco de pobreza é mais elevado e entre os  idosos  isolados que este assume maior dimensão. Em 2001,  o  risco  global  de  pobreza  após  transferências  sociais,  era  de  20%, entre os  Idosos de 30%, e entre os  Idosos  Isolados de 46%.”  (governo de Portugal: 2010: 5) 

  

Coimbra, Maio de 2010  [POBREZA… UMA QUESTÃO SOCIAL] 

 

Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra |  10 

 

   

 

REAPN (2009) acrescenta ainda que os factores apontados pela Eurostat são “(…) 

adequabilidade do  sistema de pensões e a estrutura etária de género da população 

idosa,  uma  vez  que  as  mulheres  idosas  e  as  pessoas  muito  idosas  continuam  a 

enfrentar múltiplos riscos que os tornam mais vulneráveis”. Em Portugal existe um (1) 

milhão de idosos com pensões inferiores a 300 euros, sendo que destes 30% estão em 

risco de pobreza (Governo de Portugal, 2010: 5 ). 

Outros  dos  grupos  de  risco  são  os  trabalhadores  activos,  nomeadamente  as 

mulheres. A pobreza é vivida de diferente maneira entre os homens e as mulheres. As 

mulheres são mais atingidas pela pobreza, e nelas o grau é superior ao dos homens. 

Para elas as trajectórias da pobreza são longas uma vez que se encontram ligados aos 

encargos com a família e o espaço doméstico. Segundo Elza Pais (2009): 

 

“Quando  chega  ao  momento  de  beneficiar  das  suas  pensões  de reforma, confrontam‐se com montantes claramente  insuficientes, porque múltiplos  factores contribuíram para a desvalorização dos seus descontos (…) desigualdades salariais na faixa dos ordenados mínimos, das diferenças de  integração  no mercado  de  trabalho  (…)  de  uma maior  presença  das mulheres nos contratos precários e nas interrupções nos seus percursos de trabalho em virtude de maior cuidado prestado à família”.  

    A mesma autora Elza Pais  (2009) acrescenta ainda que existem alguns grupos 

dentro das mulheres que são muito mais vulneráveis:  

  

“As  jovens, as  idosas, as  reformadas, as portadoras de deficiência, as mulheres há mais tempo sem emprego e economicamente inactivas, as habitantes  das  zonas  rurais,  as  que  integram  famílias monoparentais,  as mulheres  que  abandonaram  a  escola  cedo  demais  ou  as  que  não  têm formação profissional” 

   

  Porém também as vítimas de violência doméstica e as imigrantes correm risco de 

entrar na pobreza. Estas, ou porque saírem de casa ou por estarem no pais ilegalmente, 

sujeitam‐se  aos  trabalhos  precários  onde  os  salário  são  baixo  e  não  tem  cobertura 

social. Resumindo a autora afirma: 

Coimbra, Maio de 2010  [POBREZA… UMA QUESTÃO SOCIAL] 

 

Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra |  11 

 

 

“Que as mulheres não só consagram mais tempo que os homens a actividades  não  remuneradas,  mas  têm  também  mais  dificuldades  de acesso e progressão no mercado de trabalho. Quando precisam de recurso ao crédito, confrontam‐se com maiores restrições do que os homens”. 

  

Para concluir este capítulo vou‐me referir à situação dos jovens no que toca aos 

riscos de pobreza. De facto, os jovens que têm maior risco de incidir na pobreza são os 

que  abandonaram  o  ensino  escolar  antes  da  escolaridade  obrigatória,  e  também 

aqueles que não completaram o ensino secundário. As taxas do abandono escolar são 

elevadas e o governo tenta combater esta realidade, com a criação de turmas especiais 

para  alunos  que  envergaram  pelos  caminhos  da  delinquência.  Portanto,  “se 

considerarmos  as  taxas  de  insucesso  escolar  e  o  abandono  antes  de  completar  o 

ensino obrigatório, percebemos as dificuldades que os  jovens encontram na procura 

de emprego”( Almeida et al., 1992). 

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2.1.4) Consequências 

  “É difícil compreender a pobreza mundial no capitalismo globalizado, que sabe 

produzir, mas não sabe distribuir a riqueza” (Júnior. s.d). A desigualdade económica é 

uma característica persistente em todos os sistemas sociais,  incluindo as democracias 

liberais,  abertas  a  compromissos  de  igualdade  como  parte  integral  da  cidadania. 

Contudo, a igualdade tem‐se revelado como algo difícil de ser obtido. Num sistema de 

mercado livre surgem inevitavelmente desigualdade (Giddens, 2009). 

  A maior consequência da pobreza é as pessoas que são economicamente mais 

desfavorecidas, serem excluídas da sociedade. Ser pobre não quer dizer estar excluído. 

A pobreza representa uma forma de exclusão social, com efeito, “ existem formas de 

exclusão  social que não  implicam pobreza”  (Costa et al., 2008: 63). Por exemplo, os 

idosos são excluídos da sociedade, não por serem pobres, mas por estarem  isolados. 

Esta forma de exclusão é causada pela organização da sociedade e pelos estilos de vida 

corrente. 

A natureza da pobreza e da exclusão social pode ser observada na habitação, 

no crime e nos sem abrigos. Estas são outras das grandes consequências provocadas 

pela  pobreza.  Enquanto  as  pessoas  das  sociedades  industrializadas  vivem  em 

habitações  confortáveis  e  espaçosas,  outras  residem  em  casa  sobrepovoadas, 

inadequadamente esquecíveis e deterioradas (Giddens, 2009). 

O mesmo  acontece  com  os  sem  ‐  abrigo. Não  tendo  casa  para  ficar  a  viver, 

refugiam‐se nas ruas da cidade. Alguns, por vontade própria escolhem andar a vaguear 

pelas  ruas, mas  outros  são  empurrados  para  o  abismo,  tornando‐se  esquecidos  e 

vivendo na miséria e na privação.  

Por fim, ser «pobre» pode levar ao crime. Segundo Elliot Currie (apud Giddens 

2009:  333)  “existem  várias  ligações  importantes  entre  o  crescimento  do  crime”. As 

mais  evidentes  são  as  mudanças  provenientes  do  mercado  de  trabalho;  elevadas 

despesas com os gastos de vida, que  levam ao aumento de dividas, ou seja, perda de 

meios de subsistência; tensão no seio familiar provocada pela ansiedade, nervosismo, 

entre outras coisas e  finalmente aspectos  ligados a vida económica,  social e cultural 

que excluem  certas pessoas, que  sentindo‐se  revoltadas  com a  sociedade envergam 

pelos caminhos da delinquência    

Coimbra, Maio de 2010  [POBREZA… UMA QUESTÃO SOCIAL] 

 

Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra |  13 

 

2.1.5) Medidas de combate  

Tal como afirmei anteriormente, a sociedade portuguesa é hoje uma sociedade 

com  grandes  assimetrias  e  elevados níveis de pobreza  económica  e exclusão  social. 

Segundo Carlos Rodrigues  (s.d.) diversas medidas de  combate  à pobreza  e exclusão 

social  têm  sido  implementadas  nos  últimos  anos  no  nosso  país.  O  mesmo  autor 

acrescenta que “ visam não só o colmatar do défice dos recursos das populações em 

situação de maior precariedade como visando o reconhecimento e a efectivação dos 

direitos sociais da população”.  

  Segundo  José Silva  (2008), Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, na 

audição  pública  da  CNJP,  “As  políticas  sociais  têm  um  papel muito  importante  na 

erradicação da pobreza ou, pelo menos, na diminuição da sua gravidade”. De acordo 

com o AECPES2 (2010a) a forma de combater a pobreza e a exclusão social é através da 

promoção da igualdade entra homens e mulheres; valorização da escola; promover os 

direitos  da  criança;  ser  voluntário;  não  discriminar  os  imigrantes;  defender  o 

envelhecimento  activo;  respeitar  as  pessoas  com  deficiência  e  por  fim  defender  o 

direito de um trabalho digno. Estes são os oito pontos nos quais a Europa deve incidir 

para combater a pobreza e a exclusão.  

  Em Portugal existem  várias  associações que dão  apoio  aos mais  carenciados. 

Estas  instituições  oferecem‐se  para  ajudar  todos  aqueles  que  se  encontram  em 

situações  precárias.  Alguns  exemplos  referidos  pelo  AECPES  (2010b)  são:  banco 

alimentar contra a fome; comissão para a cidadania e  igualdade de género; comissão 

para a igualdade no trabalho e no emprego; conselho nacional de juventude; conselho 

nacional  de  protecção  de  jovens  e  crianças  em  risco;  instituto  da  segurança  social; 

instituto português da juventude; rede europeia anti‐ pobreza, entre outros. Segundo 

Edmundo Martinho (2010c) coordenador nacional do AECPES, afirma que: 

 “Portugal  tem que  ser capazes de assegurar que as nossas crianças 

cresçam  e  se  desenvolvam  em  ambientes  familiares  livres  de  privação  e exclusão;  garantir  aos  nossos  idosos  condições  de  vidas  dignas; disponibilizar o acesso a serviços sociais de qualidade a todos os cidadãos e famílias, em especial os mais vulneráveis; demonstrar que a pobreza e a 

                                                            2 AECPES – sigla que significa Ano Europeu do Combate à pobreza e à exclusão Social.  

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exclusão  não  são  compatíveis  com  um  país  livre  e  democrático  nos afirmarmos colectivamente como um povo solidário”. 

  Portugal e a Europa têm pela  frente um  longo caminho a percorrer, e têm que 

trabalhar em conjunto com estas  instituições a  fim de acabar com a pobreza e 

com as exclusões social. “Pobreza é ficar  indiferente…juntos por uma sociedade 

para todos” (Silva, 2008). 

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2.2) Discrição pormenorizada da pesquisa 

Escolhido o  tema “ Pobreza…uma questão  social” pensei em  como é que  iria 

organizar a estrutura do meu trabalho. Desse modo, comecei por realizar numa folha 

do Word  os  tópicos  que  eu  iria  tratar.  Uma  vez  definidos  os  pontos  onde  o meu 

trabalho iria incidir, comecei a minha pesquisa por duas fases: a primeira foi procurar 

os  livros que eu poderia ter acesso e que servissem para o trabalho, a segunda  foi a 

consulta de páginas da  internet,  seleccionando  apenas  a que  eu  achava pertinente. 

Abrindo  a  página  da  universidade  e  seleccionando  nos  serviços  online  «biblioteca», 

dirigi‐me  à  pesquisa  por  «catálogos»  «catálogo  geral»  e  comecei  uma  pesquisa 

simples. Seleccionei a opção «qualquer campo» escrevendo “ Pobreza”, para começar 

a procura na FEUC. Foram encontrados 190 resultados. No entanto, dos 12 primeiros, 

seleccionei a opção 9 “Manual para a integração da dimensão da igualdade de género 

nas políticas de  inclusão  social e protecção  social  / DG Emprego, Assuntos  Sociais e 

Igualdade de Oportunidades da Comissão Europeia”, em suporte digital. Li por alto o 

conteúdo  e  não me  pareceu muito  relevante. Deste modo,  fiz  a  pesquisa  de  outra 

maneira. Pesquisei por  autor. Aquando  foram  publicados os  temas para  escolher,  e 

após  me  ter  decidido  qual  deles  iria  tratar,  vou  para  a  internet  pesquisar  livros 

existentes e da lá descobri alguns daqueles que me interessavam. Na pesquisa simples 

seleccionei a opção «por autor» pesquisando para a biblioteca do CES e escrevi Bruto 

da  Costa.  Não  foram  apresentados  resultados.  Fiz  a  pesquisa  de  outra  maneira. 

Seleccionando  na  pesquisa  simples  a  opção  «assunto»  pesquisei  «exclusão  social». 

Foram  encontrados  29  resultados  na  biblioteca  geral.  A  mesma  pesquisa  para  a 

biblioteca da FEUC encontrou 32  resultados. No entanto não optei por nenhum. Eis 

que  faço  outra  tentativa.  Em  «pesquisa  simples»  selecciono  a  opção  «qualquer 

campo» para a biblioteca do CES. É encontrado o livro que pretendia, Alfredo Bruto da 

Costa  “Um  olhar  sobre  a  pobreza:  vulnerabilidade  e  exclusão  social  no  Portugal 

contemporâneo”.  

Uma vez que pela internet os livros não eram muito do meu interesse optei por 

ir a biblioteca do CES, e pedir ajuda à bibliotecária de  livros relacionados com o meu 

tema. Pedi ajuda sobre  livros existentes e após uma pesquisa em vários sites sobre o 

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Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra |  16 

 

tema  e  em  conversa  com  os  colegas,  encontrei  os  restantes  livros. No  total  utilizei 

cinco manuais: Bruto da Costa “Um olhar sobre a pobreza: vulnerabilidade e exclusão 

social no Portugal contemporâneo” (disponível na biblioteca do CES); Anthony Giddens 

“sociologia” (livro comprei na feira do livro em Coimbra); Miguel Luís Faísca et al. “Para 

o  estuda  das  representações  sociais  da  pobreza  em  meio  urbano”  (disponível  na 

biblioteca  geral);  João  Ferreira  Almeida  et  al.  “exclusão  social:  factores  e  tipos  de 

pobreza em Portugal”  (disponível biblioteca da FEUC) e Boaventura de Sousa Santos 

“As vozes do mundo” (Disponível na biblioteca da FEUC).  

Quanto à minha pesquisa online, baseie‐me apenas em dois motores de busca: 

o Google e Youtube. No entanto, apenas o Google me forneceu todas as páginas nas 

quais retirei a  informação necessária. O Youtube serviu apenas para a visualização de 

alguns  vídeos  relacionados  com  a  temática  que  estudei.  Deste modo,  pesquisei  de 

forma  simples  as  seguintes  palavras:  «Pobreza»  e  foram  encontrados  15.600 

resultados. Nos primeiros resultados escolhi apenas dois: REAPN – rede europeia anti‐ 

pobreza e exclusão social e 2010 – ano europeu do combate à pobreza e à exclusão 

social. Estas duas ligações ficaram registadas nos favoritos numa pasta que criei com o 

nome “trabalho de fontes”. Continuei a minha pesquisa por vários dias e ia encontrado 

outras  páginas,  umas mais  interessantes  e  pertinentes  do  que  outras.  Pesquisei  de 

outras formas. Na pesquisa simples do Google coloquei «pobreza em Portugal». Foram 

encontrados 1.900.000 resultados. Destes, apenas um me chamou à atenção: Pobreza 

em  Portugal  não  pára  de  crescer  –  JN. Guardei  a  informação  não  acabei  por  não  a 

utilizar  no  trabalho.  Decidi  pesquisar  por  etapas.  Primeira  para  os  indicadores. 

Sabendo  dos  objectivos  definidos  pelo  milénio  procurei  no  Google  em  pesquisa 

simples  «objectivos  do milénio».  Era  a  primeira  opção.  Interessou‐me  e  era  o  que 

pretendia, guardei a página nos favoritos. Depois sabendo que 2010 era o ano europeu 

da  luta conta a pobreza e a exclusão social, através do mesmo processo de pesquisa, 

encontrei o site oficial e guardei‐a na mesma página que o anterior. Do mesmo modo 

cheguei a REAPN. Foi pesquisando e para os grupos de risco e para as consequências e 

medidas  de  combate  foi  ao  portal  do  governo.  Procurando  informação  para  o 

tema”medidas de combate”, pesquisei no Google «medidas de combate a pobreza». 

Foram encontrados 1.960.000 resultados.  Interessou‐me um “reflexão pais solidário”. 

Queria  num  entanto,  encontrar  informação  sobre  os  grupos  de  maior  risco,  mais 

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propriamente se entre os homens e as mulheres, qual deles era mais vulnerável. Foi ai 

que  pesquisei  com  as  palavras  «mais  pobres:  homens  ou  mulheres».  Encontrei 

1.400.000  resultados.  O  primeiro  chamou‐me  à  atenção  mas  não  me  satisfazia. 

Pesquisei então «igualdade de pobreza» e obti menos resultados. 791.000. Encontrei 

uma  página  “portal  para  a  igualdade  –  género  e  pobreza”. Observei  o  conteúdo  e 

interessou‐me. Achei que a informação era pertinente.  

A pesquisa principal estava  realizada. No entanto  foi procurando  com outras 

palavras e em ligações que fazia de outras páginas e chegava a outras informação que 

não dispersavam muito daquilo que tinha arrecadado até ao momento. No entanto, a 

pesquisa fez sempre parte no decorrer do trabalho, uma vez que havia uma ou outra 

ideia num certo momento e precisava de saber se havia informação disponível.  

    

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3) Ficha de leitura  

 

 

Título da publicação: Um olhar sobre a pobreza: vulnerabilidade e exclusão 

social no Portugal contemporâneo 

Autor: Alfredo Bruto da costa et al. 

Local onde se encontra: biblioteca da câmara municipal de peso da régua e 

Biblioteca do CES   

Data da publicação: Junho 2008 

Edição: 1º  

Local de edição: Lisboa 

Editora: Gradiva 

Título do capítulo: O conceito de exclusão social e sua relação com a pobreza 

Cota: (A) 316.34 (469) – Biblioteca Peso da Régua 

Assunto: relação entre conceito de «pobreza» e «exclusão social». 

Número de páginas: 59 – 89  

Palavras‐chave: exclusão social; inclusão; pobreza; sistemas sociais; domínios sociais  Data de leitura: 22 de Maio 

Observações: não há observação a registar.  

 

 

 

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Notas sobre o autor: Alfredo Bruto da Costa 

 

  Bruto da Costa tem uma larga experiência de estudo e investigação no domínio 

da  pobreza,  tema  do  seu  doutoramento  na  Universidade  de  Bath  (Reino  Unido. 

Leccionou em diversos cursos de licenciatura e mestrado. Isabel Baptista, antropóloga, 

Pedro Perista e Paula Carrilho, sociólogos, desenvolvem o seu trabalho de investigação 

no CESIC – centro de estudos para a  intervenção  social – entidade promotora deste 

estudo, com uma vasta experiencia nestes estudos de pobreza e exclusão social.  

 

Resumo 

  “Conceito de exclusão  social e a  sua  relação com o da pobreza” é o  segundo 

capítulo da obra que escolhi. O autor analisa a complementaridade existente entre os 

conceitos de «exclusão social» e «pobreza». Analisa a sociedade como um conjunto de 

sistemas  sociais  e  já  no  final  do  capítulo  levanta  algumas  questões  relativas  à 

operacionalização do conceito de “exclusão social”.  

 

Estrutura 

  Em primeiro  lugar o autor apresenta as razões pelas quais o conceito Exclusão 

social e pobreza se relacionam. Até 1980 os dois conceitos eram utilizados em paralelo 

para abordar problemas que diziam  respeito a pessoas ou grupos desfavorecidos na 

sociedade. Logo em seguida, fala da origem de cada um deles. O conceito «exclusão» 

apareceu pela primeira vez em França em 1960, ao passo que o conceito «pobreza» 

teve a sua origem no Reino Unido.  

  Posteriormente, o autor faz uma análise em relação as perspectivas de cada um 

deles. A pobreza tem uma respectiva mais distributiva, ou seja, de “cima para baixo”, 

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ao passo que a exclusão social aborda os  laços existentes nas redes sociais – “Dentro 

para  fora”.  Os  dois  conceitos  foram  alvo  de  organização  de  várias  conferências  e 

seminários. São destacados  três: em 1960  (seminário) em França; 1989  (debate) em 

Itália organizada pela comissão europeia e em 2001 (seminário) que pretendia ser uma 

reflexão à escala Europeia.  

  O  autor  afirma  que  é  necessário  associar  os  dois  conceitos,  embora  sejam 

distintos. Por essa razão, mais à frente são dadas as definições dos dois. Deste modo, 

“pobreza”  é  aqui  definida  como  uma  situação  de  privação  por  falta  de  recursos  e 

“exclusão social” significa exclusão da sociedade, pois tem que incluir todas as esferas 

sociais em que a pessoa vive (família, amigos, vizinhos, etc.).  

  Num outro momento é referenciado a sociedade como sendo um conjunto de 

sistemas  sociais. A  inclusão  do  indivíduo  depende  do  seu  posicionamento  quanto  a 

vários domínios: económico, instituições, território e referências de identidade.  

  Por  fim o autor  levanta algumas questões. Quais os  sistemas  sociais básicos? 

Serão  os  cinco  domínios  que  foram  agrupados  nos  sistemas  sociais  satisfatórios?  É 

conveniente que os  laços entre as pessoas e os sistemas sociais sejam graduais? Em 

relação à segunda questão levantada, segundo o texto, os cinco domínios dos sistemas 

sociais são: o domínio social; o domínio económico; domínio  institucional; o domínio 

espacial e o domínio simbólico.  

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4) Avaliação de uma página da internet 

 

Para  a  avaliação  da  página  da  internet  ‐  no  âmbito  da  cadeira  de  fontes  de 

informação sociológica, leccionada pelo professor Dr. Paulo Peixoto ‐ optei por avaliar 

a página do  Jornal Público, disponível em http://www.publico.pt/Sociedade/pobreza‐

em‐portugal‐e‐preciso‐subir‐os‐salarios‐e‐diversificar‐fontes‐de‐rendimento_1329698. 

O título da página “Pobreza em Portugal: É preciso subir os salários e diversificar fontes 

de  rendimento”  é  o  que  resume  uma  entrevista  dada  ao  jornalista  Nuno  Ferreira 

Santos do  jornal público, pelo  coordenador do estudo «Um olhar  sobre a pobreza», 

Alfredo Bruto da Costa. A  informação  contida na página é uma  informação  simples, 

dado que é uma página que tem como propósito  informar um público basto, ou seja, 

qualquer pessoa pode consultar a página do jornal, disponível online. São identificados 

tanto o autor da página, António Marujo, como a  instituição,  Jornal Publico como  já 

tinha  referido.  Ao  longo  da  entrevista  percebe‐se  que  o  jornalista  sabe  aquilo  que 

pergunta.  Está  bem  informado  acerca  do  tema  que  propôs  falar  ao  entrevistado. 

Utiliza palavras de fácil entendimento e as perguntas e respostas são simples e claras. 

A página é alegre e com cores. Tem várias hiperligações que permitem fazer a ligação a 

outras  páginas  do  jornal,  nomeadamente  para  notícias  relacionadas  com mundo,  a 

economia, a politica, o desporto, tecnologia, ciência, educação, etc. A página que estou 

a avaliar encontra‐se na hiperligação da sociedade. O site apresenta também alguma 

publicidade,  neste  caso  à  “Unicef”  e  a  página  “vive  bem”.  A meio  da  página  tem 

ligações  para  algumas  funcionalidades  e  no  lado  direito  (da  pessoa  que  observa  a 

página)  estão  ligações  para  as  últimas  notícias,  as  mais  lidas  bem  como  as  mais 

comentadas. A propósito dos comentários, também o assunto da página em questão 

(entrevista) apresenta no final da mesma, comentários de pessoas que a lerem online 

e que fazem uma pequena reflexão sobre alguns pontos desenvolvidos na entrevista. 

Quanto  à  informação  disponível  é  clara  e  objectiva,  e  confirma‐se  com  outras 

informações  a  que  já  tive  acesso.  No  caso  da  notícia  em  questão,  esta  pode  ser 

confirmada  no  livro  que  utilizei  neste  trabalho:  “um  olhar  sobre  a  pobreza: 

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vulnerabilidade e exclusão social” de Alfredo Bruto da costa. O grafismo da página é 

atractivo e a leitura do texto é legível sem necessidade de esforços visuais. As imagens 

apresentadas e que dizem respeito à notícia tem a ver com o tema, uma vez que é uma 

fotografia do Alfredo Bruto da Costa, nos estúdios onde foi realizada a entrevista.  

  Resumindo o  sitio é  importante para o meu  trabalho e  relaciona‐se  com ele. 

Avalio positivamente esta página por  apresentar um  conteúdo que  contribui para o 

meu trabalho e por ter funcionalidades atractivas e bem organizadas. Considero que é 

uma página muito boa a avalio‐a como tal.  

 

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5) Conclusão 

   

 

Definir a pobreza e encontrar causas atribuídas a ela é uma tarefa complicada. 

São muitos os indicadores para perceber o que é estar em pobreza e como é que esta 

tem evoluído ao  longo destes anos todos. A pobreza não é apenas uma realidade de 

Portugal  e  dos  países  pobres.  Está  presente  em  todo  o  lado  quer  em  países mais 

desenvolvidos,  quer  em  países  menos  desenvolvidos.  As  desigualdades  entre  os 

Homens  aumentaram em  resultado das políticas  implementadas pelos  governos. Os 

pobres são um grupo diversificado e que estão em desvantagem na vida em relação a 

alguns. São necessárias medidas mais eficazes para a eliminar por completo. Mas para 

que  isso  seja possível, não  se pode exigir apenas que  se  fixem medidas  sociais.  São 

igualmente  importantes  a  execução  de medidas  económicas.  Atendendo  à  redução 

mínima  da  taxa  de  pobreza  em  Portugal,  parece  evidente  que  as  instituições 

responsáveis pelo seu combate ainda não chegaram as verdadeiras causas da pobreza. 

 Há que chegar ao momento de uma longa e séria reflexão sobre o assunto que 

assola as sociedades do mundo inteiro.  

  A realização deste trabalho foi longa e exigiu uma vasta pesquisa. Senti 

diversas  dificuldades  na  realização  do  mesmo,  mais  precisamente  no  processo  de 

pesquisa e da selecção das fontes que tinha adquirido. Este trabalho só trás vantagens 

pois permite que cada um de nós melhore as capacidades de selecção e de síntese de 

qualquer  tema proposto para  trabalho. Penso que em geral o meu  trabalho  foca os 

pontos fundamentais e necessários para se compreender a pobreza e a sua evolução. É 

um  tema muito  complexo  e  com  vários  perspectivas  que  podem  ser  analisadas,  de 

várias maneiras. No entanto, considero que foi útil fazê‐lo utilizando todos os meios e 

técnicas  aprendidos  ao  longo  do  semestre  quer  tenham  sido  mais  ou  menos 

importantes  na  construção  deste  trabalho. 

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6) Referências bibliográficas 

 Livros   Almeida,  João  Ferreira  de  et  al.  (1992),  Exclusão  social:  factores  e  tipos  de 

pobreza em Portugal. Oeiras: Celta Editora. 

 

Costa, Alfredo Bruto et al.  (2008), Um olhar sobre a pobreza: vulnerabilidade e 

exclusão social no Portugal Contemporâneo. Lisboa: Gradiva 

 

Faísca, Luís Miguel de et al. (1993), Para um estudo das representações sociais da 

pobreza em meio urbano. Lisboa: LNEC 

 Giddens, Anthony (2009), Sociologia. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian   

Santos,  Boaventura  de  Sousa  (2008),  As  vozes  do  mundo.  Porto:  Edições 

Afrontamento, Vol 6 

   Internet   

AECPES  – Ano  europeu  combate  à  pobreza  e  à  exclusão  social  (2010a)  “como 

combater a pobreza”. Página consultada a 13 de Abril de 2010, disponível em: 

http://www.2010combateapobreza.pt/conteudo.asp?tit=26 

 

AECPES  –  Ano  europeu  combate  à  pobreza  e  à  exclusão  social  (2010b), 

“Conceitos e  indicadores de pobreza”. Página consultada a 13 de Abril de 2010, 

disponível em:  

http://www.2010combateapobreza.pt/conteudo.asp?tit=16 

 

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Martinho,  Edmundo  (2010c),  “mensagem do  coordenador nacional do AECPES 

Portugal”. Página consultada a 13 de Abril de 2010, disponível em: 

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Júnior, Paulo Galvão  (s.d),  “ Um  Ensaio Crítico  Sobre a Pobreza: de Malthus a 

Sachs”.  São  Paulo.  Página  consultada  a  24  de  Abril  de  2010,  disponível  em: 

http://www.scribd.com/doc/18774055/Um‐Ensaio‐Crtico‐Sobre‐a‐Pobreza‐de‐

Malthus‐a‐Sachs 

 

Marujo,  António  (2008),  “Pobreza  em  Portugal:  "É  preciso  subir  os  salários  e 

diversificar fontes de rendimento”. Público 23 de Maio. Página consultada a 5 de 

Maio de 2010, disponível em:  

http://www.publico.pt/Sociedade/pobreza‐em‐portugal‐e‐preciso‐subir‐os‐

salarios‐e‐diversificar‐fontes‐de‐rendimento_1329698 

 

 

Pais, Elza (2009) “Género e pobreza”. Portal para a igualdade: nota prévia. Página 

consultada a 3 de Maio de 20010, disponível em: 

http://www.igualdade.gov.pt/index.php/pt/publicacoes/35‐genero‐e‐pobreza 

 

REAPN‐  rede  europeia  anti‐pobreza  nacional  (2009)  “Indicadores  sobre  a 

pobreza: Portugal e União Europeia”. Página consultada a 27 de Abril de 2010, 

disponível em:  

http://www.reapn.org/documentos_visualizar.php?ID=42 

 

Rodrigues,  Carlos  Farinha  (s.d),  “Combater  a  pobreza  –  ser  solidário”.  Página 

consultada a 17 de Maio de 2010, disponível em: 

http://www.paissolidario.org/index.php?article=5&visual=2&local=reflexao 

 

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Silva,  José  (2008)  “Politicas  de  combate  à  pobreza  e  a  exclusão  social”. 

Intervenção do Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social na audição pública 

da  Comissão  Nacional  Justiça  e  Paz,  em  Lisboa.  Governo  de  Portugal.  Página 

consultada a 17 de Maio de 2010, disponível em: 

http://www.portugal.gov.pt/pt/GC17/Governo/Ministerios/MTSS/Intervencoes/P

ages/20081108_MTSS_Int_Combate_Pobreza.aspx 

 

Democracia Aberta  (2009),  “Risco de Pobreza mantêm‐se em 18%”.  Fórum de 

discussão.  Página  consultada  a  17  de  Maio  de  2010,  disponível  em: 

http://www.democraciaberta.com/democracia_forum/ver_topico.php?t=342 

 

Governo  de  Portugal  (2010),”complemento  solidário  para  idosos”.  Página 

consultada a 17 de Maio de 2010, disponível em: 

http://www.portugal.gov.pt/pt/Documentos/Governo/MTSS/Complemento_Soli

dario_Idosos_Apres.pdf 

 

 

 

 

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7) Anexos 

 

Anexo A) 

Fotocópias do capítulo utilizado para ficha de leitura: “O conceito de exclusão social e sua relação com a pobreza” 

 

Anexo B) 

Página internet avaliada: publico 

   

Anexo C) 

Ficha modelo para avaliação do site da internet