Cocaína

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Cocaína A cocaína é extraída das folhas de uma planta encontrada exclusivamente na américa do sul, chamada Erythroxylon coca , conhecida como coca ou epadu, este último nome dado pelos índios brasileiros. Nos países onde é encontrada (Bolívia, Peru e Colômbia), suas folhas são mascadas ou tomadas em forma de chá para melhorar a adaptação à alta altitude, diminuindo a fome e o cansaço e melhorando a disposição das pessoas. pé de coca Um pouco de história Os invasores espanhóis no século XVI levaram a planta para a Europa e ela era usada para o tratamento de depressão, fadiga, fraqueza e para dependência dos derivados do ópio, sendo vendida em farmácias como medicamento. Também era usada na fabricação do Vinho Mariani , que era usado como fortificante, para fadiga e melhora da digestão. Este vinho foi usado até mesmo pelo Papa Leão XIII e por escritores famosos Julio Verne, Émiles Zola e Victor Hugo. Até na coca-cola era usado o xarope da coca, que foi substituído em 1903 pela

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DROGAS

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Cocaína

A cocaína é extraída das folhas de uma planta encontrada exclusivamente na américa do sul, chamada Erythroxylon coca , conhecida como coca ou epadu, este último nome dado pelos índios brasileiros. Nos países onde é encontrada (Bolívia, Peru e Colômbia), suas folhas são mascadas ou tomadas em forma de chá para melhorar a adaptação à alta altitude, diminuindo a fome e o cansaço e melhorando a disposição das pessoas.

pé de cocaUm pouco de história

Os invasores espanhóis no século XVI levaram a planta para a Europa e ela era usada para o tratamento de depressão, fadiga, fraqueza e para dependência dos derivados do ópio, sendo vendida em farmácias como medicamento.

Também era usada na fabricação do Vinho Mariani , que era usado como fortificante, para fadiga e melhora da digestão. Este vinho foi usado até mesmo pelo Papa Leão XIII e por escritores famosos Julio Verne, Émiles Zola e Victor Hugo. Até na coca-cola era usado o xarope da coca, que foi substituído em 1903 pela cafeína.

No Brasil, a cocaína era utilizada para o tratamento de infecção na garganta e tosse. Em 1914, a venda e o uso foram proibidos e o consumo quase desapareceu, retornando a partir daa década de 60.

Formas de apresentação da cocaína

Pasta Base Macerado das folhas , cal , solvente (querosene ou gasolina) e ácido sulfúrico

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PóA pasta é tratada com ácido hipoclorídico, produzindo o Cloridrato de Cocaína (pó branco e sem cheiro)

CrackPasta de coca ou pó, bicarbonato de sódio ou amônia, água e aquecimento. A pasta é transformada em pedras por meio deste processo

Merla Pasta de coca ou pó, acido sulfúrico, querosene ou gasolina

A cocaína na forma de pó é aspirada ou dissolvida em água e injetada na corrente sanguínea. Seu efeito no sistema nervoso central é semelhante ao das anfetaminas.

cheirando cocaína

Efeitos do uso da cocaína

sensação intensa de euforia e poder estado de excitação hiperatividade insônia falta de apetite perda de sensação de cansaço

Com doses maiores, observam-se outros efeitos, como irritabilidade, agressividade e até delírios e alucinações, que caracterizam um verdadeiro estado psicótico, a psicose cocaínica. Ocorrem também dilatação pupilar, elevação da pressão arterial e taquicardia.

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Também ocorrem aumento da temperatura corporal e convulções, frequentemente de difícil tratamento, que podem levar a morte.

Crack

O crack assim como a merla e a pasta base, o crack é um sub produto da cocaína, é principalmente fumado, chega ao sistema nervoso central em 15 segundos, devido ao fato de a área de absorção pulmonar ser grande e seu efeito dura de 3 a 10 minutos, com efeito de euforia mais forte do que o da cocaína, após o que produz muita depressão, o que leva o usuário a usar novamente para compensar o mal-estar, provocando intensa dependência.

Principais efeitos no organismo

Lábios, língua e garganta ressecados, tosse, congestão nasal, expectoração de muco escuro e dano aos pulmões

Cansaço intenso, tremores, depressão, desisteresse sexual, apatia, alucinações, delírios e sintomas paranóicos (sensação de estar sendo perseguido ou vigiado)

Comportamento violento e muitas vezes inadequado. abandono dos hábitos de higiene e cuidados pessoais

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Como o crack é uma das drogas de mais altos poderes viciantes, a pessoa, só de experimentar, pode tornar-se um viciado. Ele não é, porém, das primeiras drogas que alguém experimenta. De um modo geral, o seu usuário já usa outras, principalmente cocaína, e passa a utilizar o crack por curiosidade, para sentir efeitos mais fortes, ou ainda por falta de dinheiro, já que ele é bem mais barato por grama do que a cocaína.

CRACK O uso do crack e sua potente dependência psíquica frequentemente leva o

usuário à prática de delitos, para obter a droga. Os pequenos furtos de dinheiro e de objetos, sobretudo eletrodomésticos, muitas vezes começam

em casa. Muitos dependentes acabam vendendo tudo o que têm à disposição, ficando somente com a roupa do corpo. Se for mulher, não terá o mínimo escrúpulo em se prostituir para sustentar o vício. O dependente

dificilmente consegue manter uma rotina de trabalho ou de estudos e passa a viver basicamente em busca da droga, não medindo esforços para

consegui-la.

Embora seja uma droga mais barata que a cocaína, o uso do crack acaba sendo mais dispendioso: o efeito da pedra de crack é mais intenso, mas passa mais depressa, o que leva ao uso compulsivo de várias pedras por

dia.

O uso conjunto da cocaína e álcool leva a formação de um composto chamado "cocaileno", que é uma substância mais ativa do que as duas

substância separadas. O cocaileno permanece no organismo por períodos três vezes maior que a cocaína, sendo assim muito mais tóxico.

Efeitos físicos e psíquicos do uso agudo da cocaína:

As anfetaminas provocam dependência física e psíquica, podendo acarretar, com seu uso freqüente, tolerância à droga, assim como a sua interrupção brusca, síndrome de abstinência.

Consumidas por via oral ou injetadas, são consideradas psicotrópicos estimulantes, por induzir a um estado de grande excitação e sensação de poder, facilitando a exteriorização de impulsos agressivos e incapacidade de julgar adequadamente a realidade.

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O uso prolongado pode provocar forte dependência, sendo que no extremo podem surgir alucinações e delírios .

Agitação, prejuizo do julgamento Taquicardia, aumento da pressão arterial e arritmias cardíacas Suor, calafrios, dilatação das pupilas Alucinações ou ilusões visuais e táteis idéias paranóides (sensação de estar sendo perseguido ou de que

alguém quer prejudicá-lo ou atacá-lo) Convulsões

Efeitos físicos e psiquicos do uso crônico da cocaína: No coração:

diminuição da quantidade de oxigênio, glicose e outros nutrientes transportados pelo sangue

aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, podendo levar ao infarto agudo e arritmias cardíacas que podem ser fatais

No cérebro:

acidentes vasculares cerebrais (derrames) convulções semelhantes à epilepsia isquemia (insuficiente chegada de oxigênio, glicose e nutrientes ao

organismo) diminuição da atenção, concentração e memória alterações pulmonares quando a cocaína é fumada (crack, merla)

semelhantes a um quadro de pneumonia grave, que pode ser fatal inicialmente aumenta a excitação sexual, porém após algum tempo

de uso, observa-se diminuição do impulso sexual e impotência o uso durante a gravidez pode causar retardo do desenvolvimento do

feto e até a sua morte o uso injetável traz o risco de transmissão de doenças como a AIDS e

as formas B e C de Hepatite

Sintomas da Síndrome de Abstinência:

depressão, ansiedade, irritabilidade perda no interesse ou prazer nas coisas que gostava fadiga, exaustão insônia ou sonolência diurna agitação aumento do apetite desejo (fissura), vontade muito intensa pela droga

Algumas pessoas já tem problemas psíquicos antes mesmo de iniciar o uso de drogas, e o uso só piora estes problemas. É comum que pessoas que usam cocaína tenham depressão, ansiedade, timidez excessiva ou

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problemas psiquiátricos graves. Estes problemas que ocorrem ao mesmo tempo são chamados de co-morbidades.

Merla

é uma variação da pasta de coca, da qual se originam também a cocaína e o crack.

A merla é um produto grosseiro, obtido das primeiras fases de separação da cocaína, a partir do processamento das folhas da planta. Tem uma consistência pastosa, cheiro forte e apresenta uma tonalidade que varia do amarelado até o marrom de acordo com o produtor. Embora menos potente, tem efeitos destrutivos parecidos ou até maiores que os do crack. Sua capacidade de causar dependência física e psicológica é muito grande e a abstinência1 costuma ser extremamente dificultosa. A merla pode ser fumada sozinha ou adicionada a cigarros de tabaco ou de maconha. Em sua formulação, é adicionada uma quantidade significativa de solventes, como o ácido sulfúrico (ácido de bateria), o querosene, a cal virgem etc. Seu efeito começa muito rapidamente em virtude da forma de uso e da capacidade do pulmão de absorver a droga. Com o uso contínuo, os efeitos são: queda dos dentes, depressão, fibrose, alucinações, dificuldade de respiração, coma e óbito. Com o advento do crack, o consumo da merla praticamente se extinguiu.