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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAINSTITUTO DE QUMICA

CAMILA ANDRADE PINTOLEANDRO GONALVES BENZILUSA THIARA MELO CARDOSO

CARACTERIZAO DOS COMPLEXOS DE WERNER

SALVADOR2013CAMILA ANDRADE PINTOLEANDRO GONALVES BENZILUSA THIARA MELO CARDOSO

RELATRIO DA PRTICA: CARACTERIZAO DOS COMPLEXOS DE WERNER

Trabalho solicitado pelo professor Kleber Queiroz, disciplina: Qumica Inorgnica de Coordenao, Instituto de Qumica, Universidade Federal da Bahia.

SALVADOR2013SUMRIO

1.Introduo2.Objetivo3. Materiais e Reagentes4. Procedimento experimental5. Resultados e Discusso6. Concluso7. Referncias bibliogrficas

1. INTRODUO

O incio do estudo com compostos de coordenao atribudo a Alfred Werner e conhecida como teoria de coordenao de Werner (1893). notvel lembrar que nessa poca ainda no se sabia muito a respeito do eltron e no havia ocorrido ainda o estabelecimento da teoria de valncia. As proposies dessa teoria podem ser resumidas nos seguintes postulados:a) A maioria dos elementos possui valncia primria, relacionada ao estado de oxidao e uma valncia secundria relacionada ao nmero de coordenao;b) Todos os elementos tendem a satisfazer tanto s valncias primrias quanto s valncias secundrias;c) As valncias secundrias esto dirigidas para posies fixas no espao.Werner sups que em compostos como CoCl3.6NH3, as molculas de NH3 ligavam-se ao tomo central por meio das suas valncias secundrias, e que os trs cloretos se ligariam ao cobalto pelas respectivas valncias primrias. Ou seja, os seis ligantes NH3 ficam situados na esfera de coordenao, enquanto que os cloretos ficam fora desta esfera (so ons), portanto, fracamente ao tomo central, dissociando-se facilmente quando em soluo, e por isso precipitam com o AgNO3. No composto CoCl3.5NH3 observamos que existem apenas cinco molculas de amnia, e portanto, um dos cloretos passa a funcionar como ligante (valncia secundria). Desse modo, apenas dois cloros so inicos e podem precipitar com o AgNO3. E por ltimo, no composto CoCl3.4NH3 apenas um on cloreto forma uma valncia primria, j que os outros dois so ligantes agora, e portanto tem-se apenas a precipitao de um on cloreto com o AgNO3.Os compostos de Werner apresentam diferentes coloraes:

Tabela 1: Cores nos compostos de WernerComplexoCor

[Co(NH3)6]2+Amarelo

[Co(NH3)5Cl]2+Ppura

Cis-[Co(NH3)4Cl2]+Violeta

Tras-[Co(NH3)4Cl2]+Verde

Mtodo de MohrO mtodo de Mohr aplicvel para a determinao de cloreto ou brometo, por precipitao dos seus respectivos sais de prata, utilizando uma soluo de AgNO3. O mtodo baseia-se na formao de um segundo precipitado que inclua o titulante, de cor diferente do primeiro, durante uma titulao. Normalmente utiliza-se o cromato de potssio (K2CrO4) como indicador, sendo a presena de um precipitado vermelho de cromato de prata (Ag2CrO4) fracamente solvel sendo o indicativo e ponto final da titulao. Ag+ + Cl- AgClAg+ + CrO4- Ag2CrO4

2. OBJETIVOS

Caracterizar os compostos de cobalto, CoCl3.6NH3 e CoCl3.5NH3, atravs da anlise volumtrica, visando o estudo de coordenao.

3. MATERIAIS E REAGENTES

Cloreto de hexamincobalto (III)Cloreto de pentaminclorocobalto (III)Soluo AgNO3 0,01mol/LSoluo de K2CrO4 (indicador) 5%gua destilada4 Erlenmeyers de 50 mL2 Bales volumtricos de 100 mL2 Funis de colo curto1 Piscete1 Bureta de 50 mL1 Pipeta volumtrica de 1 mL2 pipetas volumtricas de 10 mL

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Determinao de cloreto pelo Mtodo de Mohr1. Prepare 100 mL de soluo 0,01 mol.L-1 de cada um dos complexos de Werner. Observe as cores dos sais e das solues formadas.2. Adicione 10 mL da soluo do complexo CoCl3.6NH3 em um erlenmeyer e em seguida adicione 1 mL da soluo de cromato de potssio.3. Titule com a soluo de AgNO3 0,01 mol.L-1 at a formao de um precipitado castanho-avermelhado. Anote o volume gasto da soluo.4. Repita o procedimento acima trs vezes.5. Adicione 10 mL de gua destilada em um erlenmeyer e proceda a titulao. Use o volume gasto no branco para corrigir os seus clculos.6. Repita todo o procedimento para os demais complexos.

5. RESULTADOS E DISCUSSOOs volumes de AgNO3 obtidos da titulao dos complexos CoCl3.6NH3 e CoCl3.5NH3 esto representados na tabela abaixo:

Tabela 01: Volume gasto em mL para cada titulaoCoCl3.6NH3CoCl3.5NH3

Vol. 1 de AgNO3 (mL)0,461,40

Vol. 2 de AgNO3 (mL)0,540,90

Vol. 3 de AgNO3 (mL)0,501,05

Observao: os valores dos volumes da tabela j foram subtrados do valor branco que foi de mL.

No mtodo de Mohr a determinao do cloreto feita atravs da titulao usando como soluo padro o AgNO3 e como indicador o K2CrO4. Os ons de Ag+ reagem com os ons Cl-, formando o AgCl (cloreto de prata) que precipita na forma de slido branco, e o excesso de Ag+ passa a reagir com o indicador K2CrO4, formando o Ag2CrO4 que um slido de colorao avermelhada, que pode ser visualmente detectvel e indica o ponto final da titulao. As equaes qumicas das respectivas reaes esto representadas abaixo:

Cl-(aq) + AgNO3(aq) AgCl(s)

2 AgNO3(aq) + K2CrO4(aq) Ag2CrO4(s) + 2KNO3(aq)

Analisando a estequiometria da reao acima podemos afirmar que a quantidade de matria do cloreto livre em soluo igual quantidade de matria de AgNO3 adicionado ao sistema; 1:1. Como o AgCl se dissocia na soluo formando Ag+ e Cl-, temos:nAg+ = nCl-

Logo, para encontrarmos quantos mols de Cl- precipitou, faremos o clculo abaixo:C = n / v n = C x vOnde: v = mdia dos volumes titulados para cada composto em Litros C = 0,01 mol/L (concentrao do AgNO3)

Clculo do CoCl3.6NH3Nmero de molsn = 0,01 x 0,0035n = 0,000035 mol

Clculo do CoCl3.6NH3Nmero de molsn = 0,01 x 0,00112 n = 0,0000112Estabelecendo uma realao entre os dois valores, observa-se que a proporo de Ag:Cl para o hexamincobalto(III) foi 1:3, e para o pentaminclorocobalto(III) foi 1:2, o que significa dizer que cada 1 mol de CoCl3.6NH3 precipita 3 mols de Cl- e que cada 1 mol de CoCl3.5NH3, precipita 2 mols de Cl- o que est coerente com o resultado encontrado por Werner em seu experimento.

6. CONCLUSO

Com base nos resultados obtidos neste experimento podemos concluir que a teoria de Werner se mostra muito til e aplicvel no estudo dos complexos, permitindo de uma maneira simples compreender alguns tipos de isomeria e elucidar algumas estruturas de complexos conhecidos. Sendo assim, possvel identificar se determinados elementos esto presentes na esfera de coordenao ou no.

7. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

1. QUEIROZ, K. Roteiro de aulas prticas Complexos de Werner parte 1 e parte 2 (Sntese e Caracterizao). 2013.12. LEE, John David. Qumica inorgnica no to concisa. Edio: 13. JONES, Chris J. A qumica dos elementos dos blocos d e f. Porto Alegre: Bookman, 2002.4. BASOLO, F; JOHNSON, R. Qumica de los compuestos de coordenacin. Editorial Rebert