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Grupo de Comunicação e Marketing
CLIPPING 16 de abril de 2019
GRUPO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING
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Grupo de Comunicação e Marketing
SUMÁRIO
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE .............................................................. 3
Roda Viva | João Doria ................................................................................................................ 3
'HASTA LA VISTA BABY' - Arnold Schwarzenegger visita o Palácio dos Bandeirantes .............................. 4
Bolsonaro envia 'certificado de reconhecimento' para Schwarzenegger ................................................. 5
Explore todas as opções do Petar .................................................................................................... 6
Controle dos resíduos ainda é grande desafio para o Estado ............................................................... 7
Jaguatirica volta à natureza após sobreviver a tiro e atropelamento no interior ..................................... 8
Meio ambiente promove mais uma reunião das comissões internas de coleta seletiva ............................ 9
Arnold Schwarzenegger visita o Palácio dos Bandeirantes ................................................................. 10
SP: Sindan integra-se ao Sistema de Logística Reversa de Embalagens .............................................. 11
Entrevista com Governador de SP João Doria Júnior ........................................................................ 12
Mudança em MP favorece privatização da Sabesp ............................................................................ 20
Veto de Doria a feira do MST em parque estadual gera embate político .............................................. 21
VEÍCULOS DIVERSOS ............................................................................................................... 23
Cidades são culpadas por danos ambientais .................................................................................... 23
FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................. 25
Painel ........................................................................................................................................ 25
Mônica Bergamo: Convocação de mil policiais por Bolsonaro preocupa equipe econômica ..................... 27
Painel S.A.: Após investigação, Petrobras mantém sigilo em negociação de petróleo ............................ 29
Presidente do ICMBio pede demissão após ameaça de Salles de investigar agentes ............................. 30
ESTADÃO .................................................................................................................................. 32
Meio Ambiente vira novo foco de crise no governo ........................................................................... 32
VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................. 34
Proposta para MP do Saneamento busca criar blocos de municípios ................................................... 34
O lado digno da natureza humana e sua sombra ............................................................................. 36
Doria diz que apoiará reeleição de Bruno Covas em 2020 ................................................................. 38
Mitsui prevê que Brasil será maior do mundo em geração solar distribuída ......................................... 39
Canadense Lundin compra mina por US$ 1 bi em Goiás ................................................................... 40
Governo acelerou registros de agrotóxicos a partir de 2016 .............................................................. 41
Data: 16/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E
MEIO AMBIENTE
Veículo: TV Cultura / Roda Viva
Data: 15/04/2019
Roda Viva | João Doria
O Roda Viva entrevista João Doria, o
Governador do Estado de São Paulo. Ele
comenta as realizações de seus 100 primeiros
dias de gestão e os desafios para os próximos
anos nas áreas de Educação, Saúde, Segurança
Pública, Economia e geração de empregos.
Compõem a bancada de entrevistadores
Marcelo de Moraes, editor do jornal O Estado de
S. Paulo e do site BR18; César Felício, editor da
coluna de negócios Painel S.A, do jornal Folha
de S.Paulo; Thais Herédia, comentarista da
rádio Bandeirantes; Germano Oliveira, editor
de política da revista ISTOÉ; e Joana Cunha, da
Folha de São Paulo.
Privatização Sabesp.
https://tvcultura.com.br/playlists/46_roda-
viva-ultimos-programas.html
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Data: 16/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Diário de Votuporanga
Data: 15/04/2019
'HASTA LA VISTA BABY' - Arnold
Schwarzenegger visita o Palácio dos
Bandeirantes
O Governador do Estado de São Paulo João
Doria, recebeu o ator e ex-governador da
Califórnia, Arnold Schwarzenegger, para
discutir ações de sustentabilidade e economia
verde. Schwarzenegger é o idealizador da R20
- Regions of Climate Action, uma organização
ambientalista sem fins lucrativos, fundada em
setembro de 2011. Em São Paulo, está
destinada ao desenvolvimento de projetos
sustentáveis e apoia o Programa Município
Verde Azul, da Secretaria de Estado de
Infraestrutura e Meio Ambiente. Local: São
Paulo/SP Data: 14/04/2019 Foto: Governo do
Estado de São Paulo Ator e ex-governador da
Califórnia veio discutir ações de
sustentabilidade
O Governador de São Paulo, João Doria,
recebeu neste domingo (14), o ator e ex-
governador da Califórnia, Arnold
Schwarzenegger, para discutir ações de
sustentabilidade e economia verde.
Schwarzenegger é o idealizador da R20 -
Regions of Climate Action, uma organização
ambientalista sem fins lucrativos, fundada em
setembro de 2011. Em São Paulo, está
estudando parcerias com a Secretaria de
Estado de Infraestrutura e Meio Ambiente.
Sobre Arnold Schwarzenegger:
Arnold Schwarzenegger nasceu na Áustria.
Além de ator e ex-fisiculturista de grande
sucesso, é empresário e político tendo exercido
o cargo de Governador do Estado da Califórnia
entre 2003 e 2011.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21189825&e=577
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Data: 16/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo1: Folha online
Veículo2: Bem Paraná Blog
Veículo3: Portal do Holanda
Veículo4: Yahoo Notícias
Veículo5: Mix Vale
+ 2 veículos
Data: 15/04/2019
Bolsonaro envia 'certificado de
reconhecimento' para Schwarzenegger
Homenagem foi confirmada pelo planalto e
entregue ao ator pelo deputado Alexandre Frota
(PSL-SP)
Fã declarado nos Estados Unidos de políticos
republicanos, o presidente Jair Bolsonaro (PSL)
homenageou o ator Arnold Schwarzenegger,
71, com um "certificado de reconhecimento".
O diploma foi entregue ao ator, que governou o
estado da Califórnia, pelo deputado Alexandre
Frota (PSL-SP). O Planalto confirmou nesta
segunda (15) a homenagem.
Fisiculturista profissional, Schwarzenegger
participou de um evento da modalidade em São
Paulo, no último fim de semana.
"Ao ilustríssimo senhor Arnold
Schwarzenegger. Os agradecimentos da
República Federativa do Brasil pela sua
dedicação e integridade durante sua trajetória
na vida artística, social e política", dizia a
mensagem, emoldura e protegida por um vidro,
entregue ao ator.
No domingo (14), o governador de São Paulo,
João Doria, se encontrou com Schwarzenegger
e, logo depois, publicou um vídeo em sua conta
no Twitter em que o ator aparece dizendo
"Acelera, baby", uma mistura do slogan de
campanha de Doria ("Acelera, São Paulo") e
seu bordão, "Hasta la vista, baby", criado na
franquia "O Exterminador do Futuro".
No tuíte, Doria ainda escreveu: "Um querido
amigo! Schwarzenegger is in the house".
Durante o encontro dos dois, Schwazernegger
reforçou o apoio da organização ambientalista
R20 - Regions of Climate Action, que em São
Paulo desenvolve projetos sustentáveis e apoia
o Programa Município Verde Azul.?
Schwarzenegger desembarcou em São Paulo
na sexta-feira (12) para abrir o Arnold Sports
Festival South America. A feira esportiva tem
como principal atrativo as provas de
fisioculturismo.
O evento está na mira da Confederação
Brasileira de Musculação, Fisiculturismo e
Fitness (CBMFF), que acusa a feira de ser
conivente com o uso de doping no seu principal
atrativo, as competições de fisiculturismo, e de
se associar a pessoas e empresas que
comercializam de forma ilegal anabolizantes
esteroides no país.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21202245&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21203481&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21203482&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21211997&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21203793&e=577
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Data: 16/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo1: Cruzeiro do Sul Notícias
Data: 15/04/2019
Explore todas as opções do Petar
Maior reserva de Mata Atlântica de São Paulo
possui dezenas de cachoeiras e 350 cavernas
Localizado a 250 quilômetros de Sorocaba -
entre os municípios de Iporanga e Apiaí -, o
Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira
(Petar) figura na lista das unidades de
conservação mais importantes do planeta. Seus
quase 36 mil hectares de mata atlântica e cerca
de 350 cavernas catalogadas são referências
quando o tema é turismo de aventura. A parte
aberta ao público possui pelo menos 30
atrativos, incluindo cavernas, cachoeiras,
árvores centenárias e patrimônios histórico-
culturais e arqueológicos, além da fauna
diversificada.
A maioria dos atrativos do Petar só pode ser
visitada com o acompanhamento de monitores
ambientais cadastrado nos Parque, porém o
custo é baixo e o agendamento pode ser feito
facilmente por telefone, e-mail e WhatsApp.
Também há opções de passeios autoguiados,
em datas e horários específicos. A unidade de
conservação foi criada há 61 anos e sua gestão
é feita atualmente pela Fundação Florestal,
vinculada à Secretaria Estadual do Meio
Ambiente.
Entre os roteiros mais procurados no Petar,
destacam-se a Trilha do Chapéu, de nível fácil,
localizada no Núcleo Caboclos. Essa é a área
mais isolada do parque e a primeira a ser
implantada. O percurso dá acesso às cavernas
Mirim I e II, Aranhas e Gruta do Chapéu.
A Trilha do Betari, localizada no Núcleo
Santana, tem 3.600 metros de extensão e
médio nível de dificuldade. O caminho conduz o
visitante às cavernas Água Suja e Cafezal e a
diversas quedas d'água, como a cachoeira das
Andorinhas. A trilha segue o rio Betari, que
forma inúmeras piscinas naturais ao longo do
seu curso, resultando num cenário singular.
Outra opção de nível fácil é a Trilha do Morro
Preto-Couto. Com apenas 500 metros de
extensão e localizada no Núcleo Santana, ela dá
acesso à cachoeira do Couto, caverna do Morro
Preto e caverna do Couto. O retorno pode ser
feito por um caminho opcional, de onde se
contempla um imenso jardim natural que se
tornou habitat de diversas espécies de
pássaros.
No Petar e entorno existem dezenas de
cachoeiras. Algumas com mais de 70 metros de
queda, são ideias para a prática do cascading e
rapel. Há também algumas cachoeiras
subterrâneas, escondidas no interior das
cavernas, como a do Ouro Grosso, pequena,
mas convidativa a um banho na escuridão.
O parque também é visitado por quem gosta de
esportes radicais. Há rapeis de mais de 130
metros de altura, dentro e fora de cavernas,
tirolesas, bóia cross, acqua ride, duck, rafting,
bike, trekking, escaladas e mergulhos dentro
de cavernas - apenas para pesquisadores, com
as devidas autorizações -, cascading,
canyoning e corrida de aventura.
Entre os atrativos históricos do Petar destacam-
se o Museu da Cultura Tradicional, a casa de
tráfico de farinha, monjolos e moenda de cana.
Os visitantes ainda podem conhecer vestígios
de habitações de povos primitivos e sambaquis
na caverna Morro Preto. As ruínas da primeira
usina de fundição de chumbo do Brasil também
estão na área do parque. (Da Redação)
Os setores administrativos do Petar funcionam
de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Visitas
às cavernas podem ser feitas de terça-feira a
domingo, das 8h às 17h. As cavernas possuem
normas e horários específicos para visitação. O
valor do ingresso é R$ 13,00 por pessoa.
Menores de 12, maiores de 60 anos, pessoas
com necessidades especiais ou mobilidade
reduzida e moradores do entorno são isentos
de taxa. Estudantes legalmente identificados
pagam meia-entrada.
Mais informações podem ser obtidas pelo
telefone (15) 3552-1875 e pelo e-mail:
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21201781&e=577
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Data: 16/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: DCI online
Data: 15/04/2019
Controle dos resíduos ainda é grande desafio para o Estado
Além de recursos públicos apertados, a falta de
cuidado dos municípios na gestão do lixo
também prejudica o reaproveitamento dos
materiais sólidos
Poucos recursos públicos, problemas logísticos
e diferenças regionais associados à falta de
rigor no controle de resíduos sólidos e à falta de
vontade dos municípios em acompanhar a
gestão do lixo urbano são os fatores que mais
atrapalham as cidades paulistas a conseguirem
um destino sustentável para os seus materiais
descartados.
A análise é do ministro do Meio Ambiente,
Ricardo Salles. 'Os prefeitos lidam com um
excesso de responsabilidades e tem que
resolver a questão do lixo com um orçamento
reduzido. No entanto, a maior parte das
dificuldades com resíduos é porque não querem
correr atrás de investimento e enfrentar os
problemas. São muitos governadores passando
a mão na cabeça de prefeitos', diz.
Durante o Seminário Internacional de Resíduos
Sólidos, realizado ontem (15) em São Paulo,
Salles disse que, quando assumiu a Secretaria
de Meio Ambiente do Estado, em 2016,
ainda não tinham sido realizados estudos - nem
mesmo com informações básicas - sobre a
situação dos aterros paulistas.
'Quando nós começamos a fazer a fiscalização
de aterros e lixões, com multa e tudo, nós
fomos diminuindo os números ruins. Quando
começamos, dos 645 municípios existentes 112
estavam com aterros inadequados. Ao fim de
um ano nós tínhamos caído para nove', afirma.
Para o presidente da Associação Brasileira dos
Membros do Ministério Público de Meio
Ambiente (Abrampa), Fernando Barreto, o
resíduo é um bem de valor econômico e sua
gestão só vai passar a ser assertiva quando
todas as pessoas, incluindo o setor público e o
privado, compreenderem isso.
Ele explica que o município precisa separar o
que é sua obrigação (coleta domiciliar) do que
é a obrigação dos grandes geradores de
resíduos, como as indústrias, cuidando do seu
próprio lixo. Quando isso acontece, segundo
Barreto, fica mais fácil para as empresas
entenderem o valor econômico do
reaproveitamento dos materiais. Além disso,
ele acredita que a viabilização de incentivos
econômicos para as companhias também pode
ajudar a atividade a ganhar fôlego.
O presidente executivo da Associação Brasileira
de Empresas de Tratamento de Resíduos e
Efluentes (Abetre), Luiz Gonzaga, considera
que para os municípios gerirem de forma
eficiente seus resíduos, é preciso remunerar e
rentabilizar o serviço, seja na forma de imposto
ou de tarifa.
'É preciso entender que a gestão de lixo
também é um serviço como o de fornecimento
de água e telefonia, que são cobrados. Em caso
de investimento privado em aterros, só vai
haver sustentabilidade econômica com a
rentabilização.'
Em nível nacional, durante uma coletiva de
imprensa, o ministro Salles anunciou que a
Pasta vai lançar no próximo dia 30, em Curitiba,
seu primeiro plano na área de resíduos.
Segundo ele a ação vai contemplar logística
reversa - que viabiliza a coleta e o
reaproveitamento de materiais descartados em
seu ciclo produtivo (origem ao consumo) - e a
destinação do lixo.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21222403&e=577
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Data: 16/04/2019
8
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo1: Estadão online
Veículo2: Folha da Região
Veículo3: Metrô News
Veículo4: Diário do Grande ABC online
Veículo5: Isto É online
+ 25 veículos
Data: 15/04/2019
Jaguatirica volta à natureza após
sobreviver a tiro e atropelamento no
interior
Felino foi encontrado na rodovia João Baptista
cabral rennó (SP-225), no final de março, com
ferimentos na cabeça e coxa direita
José Maria Tomazela , O Estado de S.Paulo
SOROCABA - Os veterinários do Zoológico Municipal
de Bauru, interior de São Paulo, tiveram uma surpresa
quando iniciaram o tratamento de uma jaguatirica
ferida, após ser atropelada numa rodovia da região.
Além dos ferimentos recentes ocasionados pelo
atropelamento, o felino ameaçado de extinção tinha
um projétil de arma de fogo alojado na patela direita.
Como o local estava cicatrizado, eles concluíram que a
jaguatirica já havia sobrevivido a um ataque anterior,
provavelmente de caçadores. "É um caso raro de dupla
sobrevivência, esperamos que daqui para a frente ela
possa viver em paz e se reproduzir", disse o diretor do
zoo, Astélio Ferreira de Moura. O animal foi devolvido
à natureza, na última quarta-feira, 10.
O felino, um exemplar macho adulto, foi encontrado
na rodovia João Baptista Cabral Rennó (SP-225), no
final de março, com ferimentos na cabeça e coxa
direita, característicos de atropelamento. Resgatado
pela equipe ambiental da Concessionária Auto Raposo
Tavares (Cart), o animal foi levado para o zoo de Bauru,
debilitado e com quadro de desidratação. Em duas
semanas de cuidados, a jaguatirica já estava ativa e
pronta para ser reintroduzida em seu ambiente. Foi
durante os exames que os veterinários localizaram a
bala alojada no corpo. O projétil, do tipo balote usado
em arma de caça, foi extraído com sucesso.
Conforme a bióloga Fernanda Abra, da Via Fauna,
empresa que mantém parceria com a Cart, a
jaguatirica foi possivelmente alvo de caça predatória,
uma das principais causas do declínio da população na
natureza. O felino é listado como vulnerável no Livro
Vermelho do Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade (ICMBio) de 2018, que trata de
animais ameaçados de extinção. Reintegrada ao seu
ambiente em fase reprodutiva, a jaguatirica pode
contribuir com a procriação da espécie.
A soltura da jaguatirica, a 100 km de Bauru, em área
de mata determinada pela Secretaria Estadual do
Meio Ambiente, foi acompanhada pela equipe da
Cart, além de veterinários e biólogos do zoológico. A
concessionária mantém parceria com o zoo de Bauru
para encaminhamento e tratamento de animais
encontrados feridos em rodovias, na área da
concessão. Não demorou para que o felino
desaparecesse em meio à vegetação. "Quando um
animal duplamente ferido, como esse, se recupera e
tem a chance de retornar à natureza, isso deve ser
comemorado. Vida longa a essa jaguatirica", disse
Fernanda.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21174132&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21175203&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21175686&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21175684&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21175070&e=577
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Data: 16/04/2019
9
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo1: Prefeitura de Barueri
Veículo2: Alpha Times
Veículo3: Jornal Imprensa Regional
Data: 15/04/2019
Meio ambiente promove mais uma reunião das comissões internas de coleta seletiva
Realizou-se no auditório do Senai Barueri nesta
quinta-feira, dia 11, o 7º Encontro das Comissões
Internas para Coleta Seletiva. Cada uma das 20
secretarias municipais têm uma equipe composta por
três membros.
As comissões se reúnem semestralmente desde 2014
para sugestões e troca de experiências. Yara
Garbelotto, diretora do Departamento de
Planejamento Ambiental da Secretaria de Recursos
Naturais e Meio Ambiente (Sema) abriu os trabalhos e
passou a palavra ao secretário da pasta Marco Antônio
de Oliveira (Bidu).
O secretário destacou as dificuldades e os avanços de
Barueri. Anunciou a boa classificação no Programa
Verde Azul do Estado de São Paulo (primeiro na
região da Cioeste e terceiro na Grande São Paulo).
Apesar do salto de 51 posições na classificação geral
(o município está em 122º), ele ainda não está
satisfeito: 'Precisamos melhorar', afirmou.
Bidu informou que em breve haverá a implantação do
Samu veterinário (viatura para transporte urgente de
animais), uma usina de energia solar no aterro
sanitário e a reforma do Parque Dom José, dentre
outras. 'Os recursos vêm da compensação ambiental,
portanto, não estamos onerando os cofres do
município', declarou.
A convidada especial do evento foi a jornalista
Natasha Keber, da Coordenadora de Educação
Ambiental da Secretaria de Infraestrutura e Meio
Ambiente do Estado de São Paulo (SIMA), que tem
um trabalho em pleno funcionamento naquele órgão.
Ela fez uma exposição ilustrada comprovando que a
reciclagem é muito boa por não agredir o ambiente e
também por ser rentável. Explicou a necessidade da
mudança de hábitos e a conscientização das pessoas
ao redor.
A divisão da plateia em vários grupos de estudos
aguçou a curiosidade sobre os temas discutidos. As
dúvidas foram esclarecidas ao final dos trabalhos por
Natasha e por membros da Cooperyara.
Essa cooperativa de Barueri garante renda superior a
R$ 1.200,00 a cada um dos seus 58 integrantes. No
Brasil somente 3% do lixo é reciclado.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21040652&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21185938&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21203767&e=577
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Data: 16/04/2019
10
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo1: Jornal A Verdade
Veículo2: Portal do Governo
Veículo3: Diário do Litoral
Veículo4: Jornal Joseense
Veículo5: FM Metropolitana online
Data: 15/04/2019
Arnold Schwarzenegger visita o
Palácio dos Bandeirantes
Redação JV
O Governador de São Paulo, João Doria,
recebeu neste domingo (14), o ator e ex-
governador da Califórnia, Arnold
Schwarzenegger, para discutir ações de
sustentabilidade e economia verde.
Schwarzenegger é o idealizador da R20 -
Regions of Climate Action, uma organização
ambientalista sem fins lucrativos, fundada em
setembro de 2011. Em São Paulo, está
estudando parcerias com Secretaria de
Estado de Infraestrutura e Meio Ambiente.
Sobre Arnold Schwarzenegger
Arnold Schwarzenegger nasceu na Áustria.
Além de ator e ex-fisiculturista de grande
sucesso, é empresário e político tendo exercido
o cargo de Governador do Estado da Califórnia
entre 2003 e 2011.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21192358&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21127113&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21128748&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21129275&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21169275&e=577
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Data: 16/04/2019
11
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Página Rural Notícias
Data: 15/04/2019
SP: Sindan integra-se ao Sistema de Logística Reversa de Embalagens
O Sindicato Nacional da Indústria de Produtos
para Saúde Animal (Sindan), entidade de
âmbito nacional que reúne os laboratórios
veterinários atuantes no país, passa a integrar
o Sistema de Logística Reversa de Embalagens
em Geral, iniciativa da Fiesp (Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo), Ciesp
(Centro das Indústrias do Estado de São Paulo)
e Abrelp (Associação Brasileira das Empresas
de Limpeza Pública e Resíduos Especiais). O
objetivo do grupo é atender à legislação em
vigor no Estado de São Paulo.
'A indústria de produtos para saúde animal
reconhece e cumpre sua responsabilidade em
relação ao manejo ambiental das embalagens
de medicamentos veterinários. A participação
no Sistema de Logística Reversa de
Embalagens em Geral é a renovação do nosso
compromisso de trabalhar em prol da
sustentabilidade da cadeia produtiva', ressalta
Elcio Inhe, presidente do Sindan.
O Sistema de Logística Reversa de Embalagens
em Geral envolve atualmente 37 entidades de
classe de vários segmentos de negócios e conta
com a adesão de mais de 500 empresas do
estado. A partir da participação do Sindan, as
indústrias veterinárias associadas ao sindicato
podem assinar o Termo de Compromisso de
Logística Reversa e assim cumprir o que
estabelece a legislação estadual da Cetesb
(Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo). Numa primeira fase, o Sistema
abrange o Estado de São Paulo. O mesmo
grupo está em negociações com instituições de
outros estados para expansão da iniciativa.
Todo o processo é gerido por um conselho
gestor, com o rastreamento de uma empresa
certificadora, que controla as transações
envolvendo coleta e comercialização das
embalagens.
Com a participação no Sistema de Logística
Reversa de Embalagens em Geral da Fiesp,
Ciesp e Abrelpe, o Sindan está contribuindo
para as indústrias associadas avançarem em
termos de responsabilidade com o meio
ambiente', ressalta Elcio Inhe.
Fonte: Sindan
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21189155&e=577
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Data: 16/04/2019
12
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Rádio Eldorado FM
Data: 15/04/2019
Entrevista com Governador de SP João Doria Júnior
Data Veiculação: 15/04/2019 às 08h01
Duração: 00:32:27
Transcrição
CAROLINA ERCOLIN, ÂNCORA: São 8h1min. A
gente vai falar aqui sobre os primeiros 100 dias
de governo, com o governador de São Paulo,
João Doria, que participa hoje aqui do Jornal
Eldorado. Muito bom, dia, governador. Muito
obrigado por aceitar o nosso convite.
JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DE SÃO
PAULO: Bom dia, Carolina, bom dia. Eu acho
que Eliane vai estar conosco também, e o
Haisem, igualmente. Um meu bom dia a todos,
e bom dia aos ouvintes da Rádio Eldorado.
CAROLINA ERCOLIN, ÂNCORA: Isso. Já chamo
aqui a nossa colunista Eliane CANTANHÊDE,
que também vai conversar com o governador.
Tudo bem, Eliane? Bom dia.
ELIANE CANTANHÊDE, ÂNCORA: Bom dia,
governador. Haisem. Carolina. Ouvintes.
CAROLINA ERCOLIN, ÂNCORA: Bem, vamos
tentar falar um pouquinho de tudo aqui,
governador, são muitas frentes de atuação no
estado, mas me permite, eu vou aproveitar um
gancho do final de semana para iniciar a nossa
entrevista. Ontem o senhor se reuniu com o
ator ex-governador da Califórnia, Arnold
Schwarzenegger, para falar sobre o meio
ambiente e a sustentabilidade. Você gravou até
um vídeo com ele.
JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DE SÃO
PAULO: Carolina, obrigado. Ele esteve aqui em
São Paulo, ficou aqui três dias, e ontem teve a
delicadeza de nos visitar aqui no Palácio dos
Bandeirantes, onde ele foi recebido. Nós somos
amigos já há cinco anos, desde que ele ainda
governador da Califórnia, eu o convidei para
participar de um fórum mundial de
sustentabilidade em Manaus, no Amazonas, e
ele foi, aliás, foi brilhante na exposição que fez
naquela oportunidade. Ele é um homem
sensível, além dos aspectos das suas empresas
voltadas à culturafísica, ele está sempre muito
dedicado à questão ambiental. E aqui em São
Paulo, no estado de São Paulo, em Novo
Horizonte, um pequeno município aqui do
interior do estado, o Grupo R20, que ele
preside, desenvolve, contribui financeiramente,
inclusive, para uma pesquisa na área de
sustentabilidade. E a nossa intenção conjunta,
dele e nossa, é ampliar esse programa para
outros municípios paulistas já a partir do final
deste ano. E o ano que vem, o Arnold estará
novamente aqui nesta mesma época, e nós
vamos ter uma ação, até em primeira mão
estou anunciando isso, Carolina, Haisem, Eliane
e as nossos ouvintes aqui da Rádio Eldorado,
ele vai realizar um programa junto com o
centro paraolímpico de São Paulo, que fica na
saída da Rodovia dos Imigrantes, e vamos
iniciar um programa de cooperação conjunta
com a gestado do centro paraolímpico do centro
de São Paulo.
CAROLINA ERCOLIN, ÂNCORA: Só para
continuar na questão do meio ambiente, a
minha pergunta é sobre a despoluição dos Rios
Tietê e Pinheiros. O senhor disse, inclusive aqui
na Rádio Eldorado, ainda como candidato, que
era uma prioridade, iria procurar O BID, o
Banco Mundial, fazer um grupo de trabalho com
a empresa Falconi, para avançar nesse sentido.
Eu queria saber o que avançou nesses 100
dias?
JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DE SÃO
PAULO: O programa está evoluindo, ele não
está concluído ainda, mas está evoluindo.
Quero apenas lembrar aos ouvintes da Rádio
Eldorado, estou completando hoje 104 dias
como governador do estado de São Paulo, mas
esse compromisso da despoluição dos Rios
Pinheiros e Tietê, é um compromisso que será
cumprido nesta ordem, primeiro o Pinheiros e
depois o Tietê. O programa será conduzido,
Carolina, com consultorias, do ponto de vista
de preparo e organização ao lado da Sabesp,
da Daee, e da Emae, vinculados à Secretaria
de Infraestrutura e Meio Ambiente, no
estado de São Paulo, sob comando do Marcos
Penido. E será financiado pelo setor privado, o
programa não terá investimento público,
exceto nessa fase inicial dos estudos e dos
projetos, depois ele será financiado pela livre
iniciativa. E como a livre iniciativa será
remunerada através deste programa, dado que
o investimento não é pequeno. Então a
concessão de uso do Rio Pinheiros e do Rio
Tietê, por um prazo de 35 anos, para a sua
navegabilidade, a exploração para transporte
de passageiros, transporte turístico, e,
sobretudo, transporte de carga. E além disso,
nas estações para embarque e desembarque de
passageiros, a navegabilidade dos dois rios,
haverá o direito de exploração publicitária
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também. Então essa será a contrapartida para
colocar de pé um programa de PPP com a livre
iniciativa, que fará o investimento necessário
para despoluição do Pinheiros, e na sequência,
do Tietê.
HAISEM ABAKI, ÂNCORA: Governador, falando
da área da segurança, houve a transferência de
22 líderes do PCC para presídios federais. Eu
queria saber do senhor, lógico que é um
trabalho de monitoramento, para saber da
situação dos presídios, no que o senhor puder
revelar, acho que nem tudo pode ser revelado.
Mas você já saber como é que está essa
situação nos presídiospaulistas, no aspecto aí
do domínio do crime organizado. E aquele
projeto de expansão da Rota, que o senhor
apresentou na campanha eleitoral.
JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DE SÃO
PAULO: Haisem, começo pelo final. Obrigado
pela pergunta. Que são os Baeps. Nós temos
cinco Baeps hoje, quer dizer, tínhamos cinco
Baeps nos últimos anos, são os Batalhões
Especiais da Polícia Militar. É o padrão Rota, são
os batalhões chamados Choque, que é a Rota.
Agora já tem oito, nós já logramos três nesses
primeiros 100 dias de governo, e vamos para
17 Baeps. Os Batalhões Especiais têm 300
integrantes fortemente treinados, quer dizer,
preparados para a sua função, além de
equipados, armados e orientados sob o
comando sempre de um coronel, e que vão
funcionar em eixos regionais, como os três
novos que acabamos de inaugurar. Eu
pessoalmente fui, inclusive nesse, durante a
semana passada, em Presidente Prudente,
onde inauguramos Presidente Prudente, São
José do Rio Preto, e simultaneamente mais um
batalhão aqui na capital paulista. E também
abrimos a contratação de mais 5.400 soldados,
que passam a fazer o treinamento da Polícia
Militar, é um treinamento de um ano, Haisem.
Aliás, é uma das razões pela qual a Polícia
Militar de São Paulo é a melhor Polícia Militar do
país. Treinamento. Um ano de treinamento
rigoroso nas acadêmicas da PM aqui em São
Paulo. E o ano que vem, esses 5.400 soldados
já estarão nas ruas também, ajudando a
proteger as pessoas. Em relação aos presídios,
a outra pergunta que você fez. Nós deveremos
inaugurar nesses próximos dois anos, 12 novos
presídios, dos quais quatro já serão
administrados pelo setor privado, oito ainda
administrados pelo estado, pela Secretaria das
AdministraçõesPenitenciárias, e quatro já pelo
setor privado. E vamos iniciar a construção
também dentro desses dois anos, de quatro
sistemas prisionais, que serão construídos e
operados pelo setor privado. Em uma inovação,
aliás, não há inédito, porque Minas Gerais fez
no governo Antônio Anastasia, em Ribeirão das
Neves, e vem funcionando muito bem, apenas
para servir como referência a você e aos
ouvintes. Em quase seis anos de operação,
apenas uma fuga, nenhuma rebelião, nenhuma
arma, seja branca ou de fogo, droga ou celular
foi ingressado no sistema prisional lá de
Ribeirão das Neves. E o investimento foi todo
ele privado, e a administração está sendo
também. É o mesmo modelo, na verdade, é um
modelo americano, que nós vamos adotar, um
modelo americano californiano, que é o melhor
modelo dos Estados Unidos, e que nós vamos
implantar gradualmente aqui em São Paulo. E
por último, o tema do PCC, Haisem, que foi a
primeira parte da sua pergunta. Nós, em 35
dias, na verdade, em 36 dias, mandamos para
prisões federais o maior líder aí do PCC, o
Marcola, e 21 outros líderes igualmente do PCC,
rompendo um péssimo comportamento aqui do
governo do estado, sobretudo, lamento dizer,
do meu antecessor, que com medo, com palra,
não fez o que a lei determinava a fazer,
inclusive o Ministério Público havia determinado
que esses facínoras fossem para presídios
federais, e havia um medo de que pudessem
haver revolta nas prisões, no sistema prisional,
pudessem haver ataques na Polícia Militar, nas
bases comunitárias, nas delegacias. E com isso,
se adiava, e inclusive havia a suspeita, de fato
não havia, mas surgiu a suspeita de que na
gestão do Márcio França havia um conluio entre
governo e PCC. Não havia. O que faltou foi
coragem para fazer o que deveria ter feito. Nós
em conjunto com o ministro Sérgio Moro, é
preciso fazer o registro, Haisem, que a Polícia
Federal, o Exército Brasileiro, e o Ministério da
Justiça, agiram coordenadamente com São
Paulo durante 51 dias em silêncio absoluto, a
justiça não vazou, e olha que Eliane
Cantanhede, que é a mais bem informada a
jornalista de Brasília, não ter nenhuma
informação a esse respeito, não é tarefa fácil.
Mas ninguém soube, tanto que estes bandidos,
tidos como chefe do PCC, só souberam que
estavam sendo transferidos para um presídio
Federal quando chegaram ao aeroporto de
Presidente Prudente, e viram o avião da FAB, e
aí sim, perceberam claramente que estavam
sendo removidos para prisões federais, onde se
encontram nesse momento, e onde ficarão por
longos anos.
HAISEM ABAKI, ÂNCORA: Bom, vamos lá para
a pergunta da Eliane, então. Vai lá, Eliane.
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ELIANE CANTANHÊDE, ÂNCORA: Pois é, e eu
tenho duas perguntas, uma em cima do que o
senhor estava falando, governador. Porque
nem os jornalistas sabiam, realmente a notícia
não vazou...
JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DE SÃO
PAULO: Fato raríssimo.
ELIANE CANTANHÊDE, ÂNCORA: Raríssimo.
Mas nem os governadores, aparentemente,
porque aqui em Brasília deu uma confusão
danada, o Ibaneis Rocha, que é o governador
do DF se rebelou, queria romper, e reclamou
porque vieram esses criminosos, uma parte
deles veio também para Brasília, para o Distrito
Federal. Os governadores chiaram muito,
governador?
JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DE SÃO
PAULO: Eliane, a responsabilidade sobre a
remoção, e aonde, quais os presídios federais,
foi do Governo Federal, nós não tivemos
influência nisso, o que fizemos foi aqui, a nossa
tarefa foi aqui, organizar, planejar toda a
operação, assegurar que não haveria nenhuma
revolta nos presídios, assegurar que não
haveria nenhuma ação contra a Polícia Militar
ou à Polícia Civil, que São Paulo estaria em paz
com estas remoções. E assim foi feito, a partir
do momento em que os prisioneiros entraram
no avião da FAB, eles passaram a ter custódia
Federal, e esta foi uma decisão do Governo
Federal.
ELIANE CANTANHÊDE, ÂNCORA: O senhor se
livrou e jogou para eles, mas enfim...
JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DE SÃO
PAULO: Não, para presídios federais de
isolamento pleno, eu confio, tenho uma ótima
relação com o governador Ibaneis e gosto
muito dele, aliás, temos uma relação muito boa
com todos os 26 governadores, você sabe que
nós inclusive temos o fórum de governadores,
que foi uma sugestão nossa, inclusive que o
Ibaneis, o Witzel e eu, coordenamos em Brasília
a cada dois meses, agora mesmo, temos no
final desse mês de abril, mais uma reunião aí
em Brasília. As nossas relações são ótimas, e
continuarão a ser. Os presídiosfederais estão
em áreas distantes, e a que eu saiba, são
absolutamente bem protegidos e vigiados.
ELIANE CANTANHÊDE, ÂNCORA: Governador, o
senhor inclusive falou sobre essa reunião de
governadores, desde a campanha o senhor
teve uma forte aproximação com o então
candidato Jair Bolsonaro, e depois o senhor, o
Ibaneis, e o Witzel, do Rio de Janeiro,
organizaram essa grande aproximação com o
agora presidente Jair Bolsonaro. Mas isso
refluiu, claramente refluiu. Há uma avaliação
de que o governo Bolsonaro, enfim, com essa
queda de 15 pontos no ibope etc., pode não ser
assim, aquela Brastemp toda que imaginava?
JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DE SÃO
PAULO: Eliane, na verdade, se você me
permitir, apenas uma pontuação, não é uma
correção sobre o que você afirmou, nós não
estabelecemos nenhum alinhamento puro,
simples e direto, com o governo Jair
Bolsonaro... E
LIANE CANTANHÊDE, ÂNCORA: Nem eu disse
isso, governador, que era um alinhamento puro
e direto, mas que uma grande aproximação
houve.
JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DE SÃO
PAULO: Eu sei, eu sei. Houve em torno de
causas e propostas, posso aqui até... Embora
não tenha procuração, defender aqui o Witzel,
e também o Ibaneis. Qual é a grande causa?
Reforma da previdência, nisso nós estamos
juntos, aliás, nós e a maioria dos governadores
também, a importância da aprovação da
reforma da previdência, para os estados, para
os municípios, para os brasileiros de forma
geral, todos nós temos que estar perfilados
para apoiar no Congresso Nacional, a
aprovação da reforma da previdência. E tantos
quantos forem os novos projetos do governo
Bolsonaro, que forem bons para o Brasil. Pacto
federativo, também já foi discutido no fórum de
governadores, todos são a favor. A
securitização das dívidas dos estados, todos
são a favor. Isso tem sido pauta no
entendimento com o governo Bolsonaro,
especificamente com o ministro Paulo Guedes.
A reforma tributária, que no ano que vem será
colocada no Congresso, terá também o apoio
dos governadores. Então o nosso sentimento,
eu não quero aqui falar em nome de todos os
governadores, mas de maneira geral, os
governadores têm uma posição favorável à
todas as causas e todas as iniciativas que forem
boas para o Brasil. E nesse sentido, creio que
vai prevalecer o bom senso e a visão de Brasil,
não a visão partidária ou ideológica.
ELIANE CANTANHÊDE, ÂNCORA: Sim. E eu
acho que o senhor tucanou na minha resposta,
governador. Porque a pergunta objetiva foi, há
uma sensação de que o governo Bolsonaro
pode não ser aquela Brastemp toda que se
esperavam? Há algum tipo de frustração com
os caminhos do governo Bolsonaro?
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JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DE SÃO
PAULO: Eliane, é cedo ainda para fazer uma
avaliação completa, ele também tem 104 dias,
ou 105 dias, ao término do dia de hoje, vamos
dar um pouco de calma, um pouco de oxigênio
para que o governo possa produzir bons
resultados, fazer os ajustes necessários, claro,
algumas atitudes, talvez não bem ajustadas,
não bem anunciadas, não bem colocadas,
podem ser corrigidas, creio que o bom senso
vai prevalecer e o governo cumprirá bem o seu
papel. Nós aqui, e eu especificamente, Eliane,
torço pelo bem, torço pelo melhor, torço para
que o governo faça um bom governo. Isso será
bom para o Brasil, a instabilidade política, a
instabilidade institucional, não é boa para o
país, ela pode ser boa, enfim, para partidos que
queiram fazer oposição ao governo Bolsonaro.
Eu entendo que fazer oposição ao governo
Bolsonaro neste momento, é fazer oposição ao
Brasil. Vamos ter sensatez, equilíbrio.
Obviamente apontar, fazer as críticas, isso é
justo, isso é democrático, é isso é saudável,
mas não combater o governo Bolsonaro, isso
não é uma tarefa, eu diria, patriótica neste
momento.
HAISEM ABAKI, ÂNCORA: Agora, governador,
qual a opinião do senhor sobre o Presidente Jair
Bolsonaro pegar o telefone, e pedir para o
presidente da Petrobras segurar o reajuste do
diesel?
JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DE SÃO
PAULO: O Haisem, dá para pular essa
pergunta?
ELIANE CANTANHÊDE, ÂNCORA: O que o
senhor faria nessa encruzilhada, governador?
CAROLINA ERCOLIN, ÂNCORA: Não dá não.
JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DO
ESTADO DE SÃO PAULO: Pula essa.
ORADOR NÃO IDENTIFICADO: Fica difícil para
o presidente da Petrobras não atender um
pedido desse?
JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DO
ESTADO DE SÃO PAULO: É. Olha, como disse o
Paulo Guedes que também viveu, Eliane, a
mesma saia justa quando perguntaram a ele
sobre esse tema. Acho que precisa ter uma
sintonia melhor em temas como esse, porque
nós estamos dentro de um governo liberal, um
governo liberal tem que praticar o liberalismo.
A Petrobras é uma instituição sob controle
acionário do governo, mas tem ações no
mercado. Vocês viram aí o que impactou nas
ações da Petrobras uma medida desta ordem.
Por outro lado, eu entendo também a
perspectiva do presidente em não criar uma
situação de convulsão como a nova greve de
caminhoneiros em todo o país. O que é preciso
nessas horas, a meu ver, é um pouco mais de
comunicação, reuniões que possam deliberar
isso conjuntamente e não surpreender, sejam
dirigentes da Petrobras, sejam caminhoneiros,
sejam membros do governo, seja a população
brasileira.
CAROLINA, ÂNCORA: Governador, o senhor
falou sobre liberalismo, a gente tem o caso da
GM aqui no estado que desistiu de fechar as
suas fábricas em São Paulo e anunciou,
inclusive, investimentos depois que o governo
anunciou descontos em impostos para as
montadoras, IncentivAuto. O senhor também
atuou pessoalmente na questão do fechamento
da Ford em São Bernardo para impedir a fuga
de empregos? Atuou ainda no setor aéreo na
questão do combustível e pode acenar em
breve aí para as farmacêuticas. Tem quem
critica essa postura aí de privilegiar um setor
em detrimento de outro, com uma posição mais
intervencionista e menos liberal na economia.
Queria saber como o senhor responde a isso.
JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DO
ESTADO DE SÃO PAULO: Carolina, me permita
discordar, com todo respeito. Isto é visão
liberal, isso é ação de governo, não é
intervenção. A General Motors, no dia 21 de
dezembro, anunciou em Detroit, Carolina, em
Detroit, não foi aqui, o fechamento de oito
fábricas no mundo: seis na América do Sul,
duas no Brasil. E as duas no estado de São
Paulo: em São José dos Campos e em São
Caetano. Isso implicaria em 65 mil
desempregados. Entre os empregos diretos, 15
mil, e a cadeira, 50 mil. Carolina, eu não ficaria
olhando isso e colocaria a chamada viola no
saco dizendo: "Oh, dia! Oh, azar! Que pena a
decisão mundial da General Motors". Eu agi, agi
com todo o governo, mesmo antes de assumir
o governo que só o fiz no dia, só tomei posse
no dia 1º de janeiro, e efetivamente iniciei o
governo no dia 2 de janeiro, em 40 dias após
negociações com a CEO mundial da GM, Mary
Barra, que eu tive o prazer de conhecer quando
fui prefeito da capital de São Paulo, com Barry
Stevens que é o vice-presidente mundial e
presidente Americas, e o Carlos Zarlenga que é
o presidente da América do Sul e dirige também
a unidade brasileira, estabelecemos uma ação
conjunta envolvendo, Carolina, é importante
que você e os ouvintes da Eldorado
compreendam. Envolvendo os dois sindicatos,
a direção dos dois sindicatos que pertencem a
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CUT, mas agiram muitíssimo bem, eu quero
ressaltar aqui, Sindicato dos Metalúrgicos de
São José dos Campos, o de São Caetano, os
revendedores da General Motors, são mais de
80 revendedores em todo o Brasil, não apenas
em São Paulo, os 66 fornecedores, são os
[ininteligível] que fazem parte da chamada
cadeia produtiva da indústria automobilística, a
própria General Motors, do ponto de vista de
alguns novos procedimentos de gestão. E o
Governo de São Paulo que lançou o
IncentivAuto, que não é um programa de
guerra fiscal, é um programa que motiva e
estimula novos investimentos para fábricas que
já estão em São Paulo. Para cada um bilhão de
dólares e a garantia mínima de 400 novos
empregos, uma redução proporcional e o ICMS
até o limite de 25%. O resultado, tornando uma
longa história e sofrida história curta, vocês
acompanharam que há três semanas e meia o
presidente para a América do Sul, Carlos
Zarlenga veio aqui ao Palácio dos Bandeirantes,
onde eu estou agora, e anunciou que nenhuma
fábrica seria fechada, nenhuma pessoa seria
desempregada, nenhum trabalhador e que R$
10 bilhões seriam investidos na General Motors
nos próximos quatro anos com uma geração
garantida de mais 1.200 novos empregos. Isto,
Carolina, é ação liberal, ação de governo,
gestão, modéstia parte, eficiente dos
mecanismos e da ação que cabe ao Governo. E
o mesmo estamos fazendo em relação a Ford
Motors que tem 105 anos de Brasil, em breve,
estaremos anunciando uma solução para isso
que também vale aqui mencionar, Eliane e
Haisem, aos ouvintes da Rádio Eldorado,
decisão mundial, igualzinho, anunciado em
Detroit, no início de janeiro, o fechamento de
todas as fábricas de caminhões da Ford no
mundo, entre as quais a fábrica de São
Bernardo do Campo aqui em São Paulo. Nós,
igualmente, fomos ao presidente para a
América do Sul, [ininteligível], aqui da Ford, o
vice-presidente do Brasil, construímos uma
operação que é a venda da fábrica, coisa que
eles não acreditavam que seria possível. Pois
nós anunciamos que tentaríamos viabilizar isso,
para salvar aqui a cadeia é um pouco menor,
mas são 25 mil empregos também. Estamos
muito próximos de um resultado positivo e
provavelmente, Carolina, dentro de 20, o
máximo 30 dias, estaremos dando uma boa
solução a mais este tema e não provocando
desemprego, ao contrário, preservando a
produção, preservando o emprego de
trabalhadores em São Bernardo do Campo e
até expandindo a capacidade de produção. E
assim continuaremos a fazer, Carolina, um
programa liberal, com determinação, mas,
sobretudo, com um bom diálogo e bom
entendimento. Vale lembrar que isso só foi
construído porque também os trabalhadores do
Sindicato dos Metalúrgicos e a direção dos
sindicatos tiveram altivez, tiveram grandeza,
capacidade de dialogar e construir uma solução
conjunta. E assim foi feito, felizmente bem
realizado.
CAROLINA, ÂNCORA: Quando mencionou
críticas, governador, eu falo, por exemplo, do
secretário de Seguridade e Emprego, Carlos da
Costa, que disse numa entrevista também há
cerca de três semanas ser contra benefícios
fiscais nas montadoras, né? Se tiver uma
fábrica, tiver que fechar que feche. É nesse
sentido que eu fiz um contraponto aqui sobre
uma pessoa, um número dois ali na pasta de
economia em relação a incentivos a
determinados setores da cadeia produtiva.
JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DO
ESTADO DE SÃO PAULO: Carolina, apenas para
esclarecer. É fato, a notícia, a matéria foi
publicada no jornal Valor Econômico, e acho
que também no jornal Estado de São Paulo. O
Carlos da Costa esteve aqui nos visitando, ele
foi muito correto, se desculpou, inclusive, pela
forma com que conduziu a entrevista e deixou
claro que essa não era a posição do governo
Bolsonaro, nem a posição dele, muito menos a
posição do ministro Paulo Guedes. E ele mesmo
disse, não é razoável, uma frase onde quem
quiser fechar que feche. E ele se desculpou e
nós compreendemos bem. É uma pessoa de
bem, entendemos, as pessoas podem cometer
seus equívocos, mas a prova de grandeza e
humildade é reconhecer as suas falhas. Ele
reconheceu. Tem a nossa confiança e vamos
continuar a fazer o que for necessário para
preservar empregos, Carolina, e gerar novos
empregos em São Paulo.
HAISEM ABAKI, ÂNCORA: Governador, o
senhor fez aí agora há pouco elogios a esses
sindicatos ligados ao PT. Isso aí já é uma
demonstração do novo PSDB que pode vir por
aí, até com uma proposta de mudança de nome
que o senhor está aparentemente
encampando?
JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DO
ESTADO DE SÃO PAULO: Haisem, aliás, saiu
uma matéria hoje no jornal Estado de São Paulo
a esse respeito. Aliás, uma matéria bem
elaborada por dois bons jornalistas do jornal
Estado de São Paulo. O que nós defendemos,
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primeiro é que o PSDB esteja sintonizado com
a realidade de hoje e projetando a realizada do
amanhã. Para isso, Haissem, não precisa
abandonar o seu passado, passar uma borracha
nos 30 anos de história que o PSDB construiu
com grandes nomes, desde André Franco
Montoro, Mário Covas, mas recentemente com
o José Serra, Fernando Henrique Cardoso,
Geraldo Alckmin, apenas para citar alguns
grandes e bons nomes, Tasso Jereissati, que
merecem todo o respeito. Mas o PSDB
incorporou uma derrota dura dessas últimas
eleições. E sofreu o julgamento popular. É
preciso compreender que esse julgamento
precisa ser analisado, nós não podemos,
simplesmente, imaginar que a conduta do
PSDB de 30 anos seja a mesma nos próximos
30 anos. Nós já sofremos um revés nessas
eleições de 2018. Então a partir de junho a
proposta é fazer uma ampla pesquisa com
opinião pública em todo o país, avaliando sim
posições do PSDB, o próprio nome do PSDB,
avaliando o que fazer e ao longo dos próximos
anos qual é o sentimento dessa população em
relação à geração de emprego, segurança
pública, saúde e educação. Nós temos que usar
metodologias modernas e pesquisa é algo
moderno. Por que, Haisem? Sai do achismo e
do personalismo. Não é o que eu acho, ou o que
líderes acham, é o que a população acha. O
povo, são eles os beneficiários da ação de
governo, são eles que votam, são eles que
vivem, são eles que sofrem. Nós temos que
ouvi-los para poder tomar decisões mais
acertadas e vinculadas, repito, ao interesse da
população. ELIANE CANTANHÊDE, ÂNCORA:
Isso, governador, significa jogar a social
democracia fora e dar uma guinada à direita no
PSDB?
JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DO
ESTADO DE SÃO PAULO: Não. Definitivamente,
não, Eliane. Primeiro, não é, e eu volto a repetir
o que mencionei agora há pouco ao responder
ao Haisem. Não é preciso apagar a história do
PSDB, nem se deve, é uma história
competente. O governo Fernando Henrique
Cardoso foi um governo inovador,
transformador no Brasil, assim como Montoro,
Mário Covas, Serra [ininteligível] no caso
específico aqui de São Paulo, realizaram
governos responsáveis, fisicamente corretos,
inovadores em números, aspectos, até mesmo
em programas de concessão, desestatização,
foram pioneiros. Tudo isso faz parte de uma
história bem construída do PSDB e da social
democracia. Mas a partir de agora, Eliane, nós
temos que ouvir a população para não
errarmos. Nós sofremos um revés nas últimas
eleições. Eu li vários dos seus artigos no jornal
Estado de São Paulo, além de comentários que
você fez na televisão corretos, aliás, a respeito
disso. Nós não podemos errar novamente,
precisamos estar sintonizados com a nova
realidade, e mais do que isso, Eliane,
preparados para formular propostas inovadoras
para o Brasil. Eu digo que o PSDB precisa deixar
de ser analógico para ser digital. Não foi ruim
ser analógico, todos nós fomos analógicos um
dia, você, eu, o Haisem, Carolina, os ouvintes
da Rádio Eldorado. Só que hoje o mundo é
digital, o mundo mudou, então nós temos que
mudar a sintonia também. Para isso nós não
precisamos condenar nem a Carolina, nem o
Haisem, nem a Eliane, nem o João Doria porque
foram analógicos algum dia, todos nós fomos.
Mas, hoje, o mundo é digital, as propostas são
outras e o PSDB tem que ser um partido
contagiante para o jovens, para as mulheres,
para os negros, para as minorias, e também
para aqueles que acreditam que uma política
liberal de centro, Eliane, não da esquerda e
nem da direita, inclusive condenando os
extremos, seja a esquerda, seja a direita, possa
ser um bom caminho para o Brasil, um caminho
para o crescimento econômico e a redução da
pobreza e da miséria.
ELIANE CANTANHÊDE, ÂNCORA: Tá tudo
pronto para o senhor assumir a presidência do
PSDB no lugar do Geraldo Alckmin?
JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DO
ESTADO DE SÃO PAULO: A Eliane joga pesado.
Não, quem vai fazer isso—
ELIANE CANTANHÊDE, ÂNCORA: Não é pesado
não.
JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DO
ESTADO DE SÃO PAULO: Quem vai fazer isso,
espero com a eleição, é o Bruno Araújo que
você conhece, foi deputado estadual, deputado
federal, líder no Congresso Nacional, ministro
das cidades, e uma pessoa, embora jovem,
muito preparado e com uma bonita história
dentro do PSDB. Ele é o nosso candidato à
Presidência do PSDB, a eleição será no dia 31
de maio, estou convicto de que ele será eleito
e a partir do dia 1º de junho ele assume
formalmente à Presidência do PSDB. Um jovem
dinâmico, inovador, e com uma vantagem
também, Eliane, se me permite mencionar
aqui, tempo integral dedicado ao partido,
nenhuma crítica aos que dedicaram tempo
parcial, mas revitalizar, construir uma nova
plataforma para o PSDB vai exigir tempo,
dedicação, e não será possível dividir isso com
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o mandato ou no Legislativo ou no Executivo. O
Bruno sem mandato vai se dedicar
integralmente a tarefa deste novo
posicionamento do PSDB, eu estou convencido
de que fará isso de forma brilhante,
competente, com diálogo e sem punir o
passado do PSDB, mas tento também, e aqui é
importante, Eliane, um aspecto, é a valorização
ética do PSDB. Não vamos mais colocar sujeira
embaixo do tapete e sair assobiando achando
que isso é o cotidiano, não é não, e o Bruno
sabe que terá que fazer esse enfrentamento
também. CAROLINA, ÂNCORA: Sem rodízio,
governador?
JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DO
ESTADO DE SÃO PAULO: Sem rodízio. Rodízio,
Carolina, eu conheço em pizzaria e
churrascaria, em partido político não.
CAROLINA, ÂNCORA: Só para concluir, que tem
muita gente mandando mensagem sobre
cultura, governador, o senhor já esclareceu que
não haverá cortes, né? Portanto—
JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DO
ESTADO DE SÃO PAULO: Nenhum corte na
cultura, ao contrário, a cultura é parte da
educação e da formação de um povo, Carolina.
Desculpa, acabei até te interrompendo, mas já
para responder a você e aos ouvintes da
Eldorado. Hoje, inclusive, agora, às 11h, nós
daremos posse ao Conselho Estadual de Cultura
que responderá diretamente ao governador do
estado. Nós já temos um Conselho de gestão
da Secretaria de Cultura com oSérgio Sá Leitão
que é o secretário, bom secretário, diga-se, foi
ministro da Cultura até recentemente. E agora,
o setor de cultura responderá do ponto de vista
de posicionamento, ideias, iniciativas ao
próprio governador, o secretário executivo
deste Conselho será o Sérgio Sá Leitão, vamos
escolher um presidente e um vice-presidente
do setor, ou seja, representantes das áreas
culturais de São Paulo para uma demonstração
cabal, definitiva de que cultura é prioridade e
faz parte integrante do que há de mais
importante no nosso governo. E repito, nenhum
corte em programas de cultura no estado de
São Paulo.
CAROLINA, ÂNCORA: E essa criação já estava
prevista ou foi motivada, justamente, por essas
informações desencontradas aí nos últimos dias
do projeto guri e oficinas culturais?
JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DO
ESTADO DE SÃO PAULO: Não, ela foi uma
reação, Carolina, vamos falar a verdade, ela foi
uma reação a estas reações que existiram de
setores culturais aqui em São Paulo, e eu quis
dar uma demonstração clara e afirmativa de
atitude e por isso criamos o Conselho, saiu hoje
já no Diário Oficial, hoje teremos a nomeação,
são 26 membros e que responderão
diretamente ao governador do estado, mais do
que responder vão sugerir, vão apresentar
propostas, iniciativas, o que nós queremos é
melhorar a cultura em São Paulo,
estabelecendo através desse canal direto
propostas inovadoras e que melhorem a
qualidade da gestão e da cultura e possam
melhorar também o apoio privado a estas
iniciativas.
CAROLINA, ÂNCORA: Muito bem. Agradecemos
a participação do governador João Doria, aqui
no Jornal Eldorado que respondeu aqui algumas
perguntas de ouvintes, mas muito do que
aconteceu nesses cem dias, e a gente já deixa
o convite para as próximas vezes participara
aqui da nossa programação, governador.
JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DO
ESTADO DE SÃO PAULO: Carolina, muito
obrigado, obrigado a você. Haisem, muito
obrigado.
HAISEM ABAKI, ÂNCORA: Obrigado.
JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DO
ESTADO DE SÃO PAULO: Eliane, muito
obrigado também. Eu adoro a Eliane, ela é
firmíssima, aliás, como o Haisen, você também
Carolina. Aliás, os bons jornalistas são os
jornalistas que têm firmeza nas suas posições
e nos seus questionamentos, é por isso que
valorizam a qualidade da informação, e, no
caso, valorizam os ouvintes da Rádio Eldorado.
Muito obrigado a todos. Um bom dia e uma boa
semana.
ELIANE CANTANHÊDE, ÂNCORA: Bom dia e
obrigada, governador.
JOÃO DORIA JÚNIOR, GOVERNADOR DO
ESTADO DE SÃO PAULO: Obrigado.
CAROLINA, ÂNCORA: Bom, e lembrando que a
Eliane Cantanhêde continua aqui.
HAISEM ABAKI, ÂNCORA: Já, já, ela volta.
CAROLINA, ÂNCORA: Já, já, às 9h ela volta aqui
para falar mais sobre a análise política do dia.
Até lá, Eliane.
ELIANE CANTANHÊDE, ÂNCORA: Até lá.
ORADORA NÃO IDENTIFICADA: A rádio dos
melhores ouvintes.
Data: 16/04/2019
19
Grupo de Comunicação e Marketing
http://visualizacao.boxnet.com.br/#/?t=0081
2955D0A5FF01A9915D2EEB9B0BF502000000
2B1C4384E9DD942383F634062DE941B2B679
B7C856862EE1405F9E6E35AE8586D17E8E145
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C648EE93BE4537FA0B86937990E9EE3E6D2A
2D46F865B50F678B7FB065B14779F95676C34
D4C9F19DCD4AFC995D769559BC33576DF79E
544A8E7
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Data: 16/04/2019
20
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Valor Econômico
Data: 16/04/2019
Mudança em MP favorece privatização da
Sabesp
Por Daniel Rittner | De Brasília
O plano do governo do Estado de São Paulo de
privatizar a Sabesp deve ganhar tração com as
mudanças que o governo Bolsonaro proporá
hoje, ao Congresso, na medida provisória que
altera as regras do setor de saneamento básico.
O principal ajuste no texto original da MP 868,
publicada em dezembro pelo ex-presidente
Michel Temer, busca tornar mais equilibrada a
concorrência entre empresas privadas e
estatais (geralmente estaduais) de água e
esgoto.
Na versão inicial, a MP exigia que todas as
prefeituras abrissem chamada pública para
contratar novos serviços. Essa obrigatoriedade
provocaria, na opinião de especialistas, uma
situação problemática: o setor privado teria
interesse apenas pelos municípios mais
rentáveis e deixaria as localidades deficitárias
nas mãos de empresas estatais.
Entidades do setor vinham defendendo que
estatais não dependentes dos tesouros
estaduais pudessem continuar sendo
contratadas diretamente, mantendo o direito
de preferência e sem a realização de chamada
pública. Além da Sabesp, em São Paulo, seriam
os casos de Sanepar (PR) e Compesa (PE). De
acordo com o secretário nacional de
Saneamento Ambiental, Jônathas de Castro,
essa opção foi descartada e chegou-se a
modelo que incentiva o mercado ao oferecer
escala na prestação dos serviços.
Os municípios detêm a titularidade do
saneamento, mas o governo encontrou brecha
para transferir aos Estados a responsabilidade
por definir "microrregiões". Poderão ser usados
critérios como pertencimento à mesma bacia
hidrográfica, vizinhança geográfica ou uma
mistura entre localidades superavitárias e
deficitárias. A ideia é que cada governador crie
"blocos de municípios" a serem explorados por
apenas uma empresa. "Vamos privilegiar o
incentivo regional. A titularidade na prestação
dos serviços passaria para os conselhos
deliberativos dos blocos, que fariam a gestão
das microrregiões e teriam que abrir
chamamento público", disse Castro ao Valor.
https://www.valor.com.br/brasil/6213435/mu
danca-em-mp-favorece-privatizacao-da-
sabesp
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Data: 16/04/2019
21
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Folha de SPaulo
Data: 16/04/2019
Veto de Doria a feira do MST em parque estadual gera embate político Mariana Zylberkan
A ideia era angariar apoiadores nas redes
sociais contra a decisão do governador João
Doria (PSDB) que proibiu a feira anual de
orgânicos do MST (Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem-Terra) de ser
montada no parque da Água Branca, na zona
oeste de São Paulo.
A postagem do editor de livros Haroldo
Ceravolo Cereza, 44, em um grupo virtual de
moradores do bairro de Perdizes, porém,
descambou para uma discussão política
acalorada e logo foi apagada pela
administradora da página.
“Por isso, decidi criar um abaixo-assinado”,
conta o editor sobre a mobilização online
assinada por 17 mil apoiadores até o momento.
Montada uma vez por ano desde 2016 no
parque da Água Branca, a Feira Nacional da
Reforma Agrária, neste ano, teve autorização
negada pela secretaria de Infraestrutura e
Meio Ambiente, que gere o parque.
O órgão estadual atribuiu a negativa ao fato de
que a área do parque não comportaria o público
atraído pelas barracas, que cresce ano após
ano. Segundo os organizadores, 260.000
pessoas compareceram à edição de 2018.
De acordo com decreto estadual, a autorização
para eventos em parques públicos é para até
5.000 pessoas por dia. Em ofício, o MST previu
a presença de 30.000 pessoas ao dia durante a
feira, que deveria acontecer no primeiro final
de semana de maio, mas foi adiada.
A secretaria informou que a decisão teve
“caráter estritamente administrativo e legal” e
disse que ofereceu outros parques estaduais,
como da Juventude e Ecológico do Tietê,
mas as sugestões não foram aceitas.
Pessoas ligadas à organização da feira afirmam
que enfrentam resistência todos os anos, mas
que esta foi a primeira vez que a feira foi de
fato barrada.
No ano passado, o conselho gestor do parque,
formado por representantes da sociedade civil
e da administração pública, também negou
autorização para a feira, mas o ex-governador
Geraldo Alckmin (PSDB) teria intervindo a favor
do evento.
Registros do evento do ano passado mostram
diversas manifestações a favor da soltura do
ex-presidente Lula, preso cerca de um mês
antes. Faixas com os dizeres "Lula livre" foram
exibidas no palco durante as apresentações
musicais. O bicentenário de Karl Marx foi
comemorado na programação.
Diante da negativa de Doria, a bancada do PT
na Câmara Municipal de São Paulo se mobilizou
para transferir a feira para parques municipais,
como o Ibirapuera, o que foi negado por
questões de segurança.
A gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB)
sugeriu o parque Chácara do Jockey, mas os
organizadores argumentaram que o espaço
físico ali seria insuficiente. O Anhembi também
foi aventado, mas, por não dispor de estrutura
para abrigar as barracas do sol e da chuva, foi
descartado.
O vereador Eduardo Suplicy (PT) enviou uma
carta a Doria exaltando a importância da feira,
mas recebeu nova negativa do governador.
A mobilização da oposição ao governo tucano
se deu também na Assembleia Legislativa, por
meio de representações da Bancada Ativista e
do deputado Carlos Giannazi, ambos do PSOL,
criticando a decisão.
O embate político em torno da organização de
uma feira de alimentos cultivados por
agricultores ligados ao MST chegou às esferas
do poder e foi tema, no último domingo (14),
de trocas de farpas virtuais entre Doria e o
perfil oficial do ex-presidente Lula no Twitter.
O perfil do governador paulista fez uma
postagem em que sobrepôs com uma faixa com
os dizeres “Lula cara de pau” o tuíte atribuído
ao ex-presidente que divulgava o link do
abaixo-assinado a favor da liberação do parque
da Água Branca para a feira.
Doria acusou a organização de estar em
desacordo com normas de segurança e de
fraude, com vendas de produtos não
orgânicos.
Data: 16/04/2019
22
Grupo de Comunicação e Marketing
No parque da Água Branca fica a sede do
Fussesp (Fundo de Desenvolvimento Social e
Cultural do Estado de São Paulo), gerido pela
primeira-dama, Bia Doria, em parceria com
o ex-secretário municipal de Assistência Social
Filipe Sabará. Eles têm usado os espaços do
parque para organizar cursos
profissionalizantes.
O parque é também sede de outra feira de
alimentos, gerida pela Associação
de Agricultura Orgânica, que ocorre ali todas
as semanas desde 1991.
O crítico gastronômico Jota Bê conta que
passou a ser xingado nas redes sociais e diz ter
perdido milhares de seguidores depois de ter
postado fotos de sua participação na Feira
Nacional da Reforma Agrária no ano passado.
“Venho sendo bastante agredido, mas, para
cada xingamento, quero apresentar um
trabalho legal”, diz Jota Bê, que tem
acompanhado e postado registros de atividades
do MST, como a colheita de arroz orgânico, café
e chocolate.
Ele conta que os ataques virtuais se
intensificaram há cerca de uma semana,
quando postou fotos cozinhando ao lado de
João Pedro Stédile, um dos fundadores do MST,
durante almoço para divulgar a feira. “[Essa
reação] ainda é reflexo do antipetismo que
ganhou a eleições”, diz Jota Bê.
A liderança do MST em São Paulo ainda não
descarta a realização da feira no parque e a
postergou para a primeira semana de agosto,
na expectativa de ter mais tempo para
convencer o governador.
“Nos outros anos, com o Alckmin, era mais fácil
dialogar”, diz um dos organizadores, Milton
Fornazieri.
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019
/04/veto-de-doria-a-feira-do-mst-em-parque-
estadual-gera-embate-politico.shtml
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Data: 16/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: Cruzeiro do Sul online
Data: 15/04/2019
Cidades são culpadas por danos
ambientais
Afirmação é do ministro Ricardo Salles ao
participar de seminário sobre lixo sustentável
em sorocaba
O grande problema da qualidade ambiental no
Brasil está na área urbana e a culpa é das
cidades. Foi o que disse nesta segunda-feira
(15) o ministro do Meio Ambiente do governo
Jair Bolsonaro, Ricardo Salles, que visitou
Sorocaba para participar, no Teatro Municipal
Teotônio Vilela, do Seminário Resíduo de Valor
2019, realizado pelo Instituto Movimento
Cidades Inteligentes, com o tema lixo
sustentável: receita e energia.
No seu discurso, Salles disse que todos os
sistemas ligados ao meio ambiente são
relevantes. Entre eles, citou o desmatamento
na Amazônia, mudança climática, meio
ambiente no campo e nas áreas do
agronegócio, mas observou que esses itens
vêm sendo tratados e cuidados no Brasil há
muitos anos e para os quais há programas,
entidades, recursos, estudos, observações.
'Aquilo que está realmente abandonado no
Brasil é a questão de qualidade urbana, do meio
ambiente nas cidades, onde vivem quase 80%
da população brasileira, inclusive na região
amazônica vivem mais nas cidades do que no
campo.'
O ministro considerou 'uma vergonha absoluta'
a falta de qualidade urbana nas cidades: 'Um
país que não tem saneamento, que tem um
índice de cobertura de coleta e tratamento
baixísimo', comentou, referindo-se às regiões
onde não existe tratamento de esgoto.
'Eficiência baixíssima: você gasta um dinheirão
para coletar o esgoto, passa dentro de uma
estação que devolve o esgoto praticamente do
jeito que coletou. Isso é vergonhoso.'
Citou várias vezes as palavras 'vergonha' e
'vergonhoso' para dar exemplos de descaso
com o meio ambiente. Na sua análise, não é
possível ter em desenvolvimento com esse
cenário e disse que é a marca do
subsdesenvolvimento ter um sistema de
saneamento tão precário quanto o brasileiro:
'Faltam recursos, faltam boas políticas, falta
uma decisão sobretudo dos órgãos federativos
- municípios, Estados governo federal - para
fazer essa coleta, esse tratamento eficiente do
esgoto.'
Salles criticou: 'É vergonhoso nós termos um
litoral com essas línguas negras de esgoto
jogando dejetos no mar todo dia. É vergonhoso
nós termos o rio Tietê, que nasce limpo lá em
Salesópolis e, quando passa aqui, lá na usina,
lá em Salto, uma imundície, cheio de material,
não só água contaminada, mas a poluição
difusa. Isso é culpa de quem? Das cidades.'
Essa também é uma questão cultural, na visão
do ministro: 'As pessoas não se importam com
o tema no Brasil, infelizmente. Você vê pessoas
jogando resto de bituca de cigarro, papel de
embalagem de bala, saco de salgadinho: abre
a janela do carro e joga pela janela, passa na
rua, joga no chão. É um desrespeito contínuo
que não vem só do setor administrativo, da
parte administrativa urbana, vem das pessoas.'
Segundo ele, é preciso colocar na cabeça das
pessoas 'que todos têm responsabilidade' no
comportamento pessoal e na prática dentro das
casas, nas universidades, nas empresas, onde
quer que esteja. E acrescentou, como
ilustração: 'Você não ter coleta seletiva nos
municípios é uma vergonha. Nós estamos aqui
no Estado mais rico do Brasil e São Paulo, que
é a capital econômica do país, não tem coleta
seletiva decente. Esse é um problema que vai
se acumulando: você não coleta direito, aí
destina para o aterro, que quando não cuida e
vira lixão.'
Como solução, indicou que os municípios
precisam encontrar as políticas públicas, que
são feitas no mundo inteiro, e que requerem
ações como coleta seletiva, destinação
adequada dos resíduos, reciclagem,
aproveitamento energético. 'Isso tem que virar
um negócio sustentável, inclusive
financeiramente, para que empresas entrem no
mercado para valer. Só os governos não vão
resolver.'
O agrônomo e ambientalista Xico Graziano, que
sucedeu o ministro nas apresentações,
recomendou o 'conhecimento científico' e a
'tecnologia' como instrumento para as soluções
que forem encontradas. E disse: 'Lixo tem valor
e nós precisamos dar valor ao lixo. Lixo é
energia e nós temos as condições de fazer o lixo
virar energia.'
O Cruzeiro do Sul perguntou ao ministro
Ricardo Salles em quanto tempo as coisas
podem mudar, tendo em vistas as
complexidades: 'Isso vai demorar ainda um
Data: 16/04/2019
24
Grupo de Comunicação e Marketing
tempo para ser resolvido. Por uma razão
simples: o Brasil é um país grande, com
deficiências ainda muito grandes. Agora, nós
temos que começar o quanto antes a dar
soluções técnicas, que tenham conteúdo, que
vão ao encaminhamento do problema. O Estado
de São Paulo tem uma situação melhor do que
vários estados, até pelo seu nível de renda e de
arrecadação de recursos, mas é um problema
nacional.'
O ministro também destacou a necessidade de
coordenação, regionalização e cooperação
entre os governos e os municípios como forma
de encontrar soluções para os resíduos sólidos.
A regionalização foi admitida como prioridade
por parte dos participantes do seminário. Para
o secretário de Meio Ambiente, Parques e
Jardins de Sorocaba, Jessé Loures, essas
questões precisam ser debatidas e
encaminhadas na esfera da Região
Metropolitana de Sorocaba (RMS). Ele lembrou
que os resíduos sólidos têm importância
econômica porque podem ser explorados em
seus potenciais de produção de energia, de
biodiesel e de material biossintético.
O deputado estadual Danilo Balas (PSL),
presente no seminário, disse que toda a
atenção em torno do aproveitamento
dos resíduos sólidos é 'primordial' para o
desenvolvimento dos municípios. Ele entendeu
que a palavra do ministro Salles abordou a
organização para aplicar as ações de políticas
públicas, enquanto que o agrônomo e
ambientalista Xico Graziano defendeu a
'coragem' de usar a tecnologia para que esse
aproveitamento saia do papel e ocorra na
prática.
Com auditório lotado e mais de 400 pessoas,
segundo a organização do seminário, o evento
atraiu prefeitos como José Crespo (Sorocaba),
Vanderlei Polizeli, (Iperó) e Geraldo Garcia
(Salto). Além do diretor-geral do Saae-
Sorocaba, Ronald Pereira da Silva, do advogado
e consultor ambiental Antonio Pinheiro Pedro e
o deputado federal Enrico Misasi (PV) e do
deputado estadual Frederico D' Ávila (PSL) e do
subsecretário de Infraestrutura do Estado,
Gláucio Atorre. Polizelli também é presidente do
Consórcio Ceriso e Garcia, do Comitê de Bacias
Hidrográficas do Rio Sorocaba e Médio Tietê. E
também participou o presidente do Instituto
Movimento Cidades Inteligentes, Luigi Longo.
(Carlos Araújo)
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21209121&e=577
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Data: 16/04/2019
25
Grupo de Comunicação e Marketing
FOLHA DE S. PAULO
Painel
STF ordena buscas em seis estados e mira
militares da reserva e procuradores no inquérito
sobre fake
Matar ou morrer O ministro Alexandre de Moraes
não vai arredar pé. No esteio do inquérito que
apura fake news contra ministros –e que abarcou
a censura nesta segunda (15) dos sites O
Antagonista e Crusoé– foram autorizadas dez
operações de busca e apreensão em seis estados
do país. Na mira, computadores, telefones e
documentos. Militares da reserva que pregaram o
fechamento do STF entraram na linha de tiro,
assim como alguns procuradores, que foram
chamados a prestar depoimento.
Pintado para a guerra As novas movimentações
mostram que o inquérito aberto para apurar
ataques à corte vai servir a vários flancos –e que
ele marca novo patamar na tensão entre
procuradores e o STF. Investigadores que
acusaram o STF de pactuar com a corrupção serão
ouvidos.
Limite No caso que envolve a notícia divulgada por
Crusoé, procuradores que tiveram contato com o
documento que cita o presidente do STF, Dias
Toffoli, serão ouvidos. Ministros dizem que é
preciso entender 1) o timing da provocação que
levou à menção e 2) o vazamento e suas
motivações.
Afasta de mim Entidades e sócios e diretores de O
Antagonista e da Crusoé classificaram a censura
do STF como atentado à liberdade de imprensa e
ato de intimidação judicial. A reportagem retirada
dos sites dizia que não há imputação de crime ao
presidente do STF na citação que chegou à Lava
Jato.
Caminho do dinheiro Lucas Rocha Furtado,
subprocurador-geral do Ministério Público de
Contas do TCU, assinou representação para que a
corte apure “o possível direcionamento de verbas
publicitárias” pelo governo Jair Bolsonaro.
Caminho do dinheiro 2 O pedido é uma resposta à
notícia de que, no primeiro trimestre deste ano, os
gastos da Presidência com propaganda cresceram
em comparação com 2018 –e que, agora, a TV
Globo, líder de audiência, passou a receber menos
do que concorrentes como Record e SBT.
Eu? “O princípio da impessoalidade requer, sob o
enfoque da isonomia, que a administração pública
confira tratamento isonômico, sem preferências
ou discriminações”, escreveu Rocha. A Secom diz
que quitou compromissos assumidos pela gestão
anterior.
De castigo O presidente do PSL, Luciano Bivar
(PE), avisou correligionários de que iria suspender
a deputada Alê Silva (PSL-MG) do grupo de
WhatsApp da bancada após ela ter acusado o
ministro Marcelo Álvaro Antônio (Turismo) de
ameaça, como revelou a Folha.
Acabou-se Bivar avisou no domingo (14) que a
executiva da sigla havia decidido suspender Alê
após receber vídeo em que a deputada chorava
falando sobre o caso. O veredito foi noticiado pelo
site Buzzfeed.
Saio eu Alê disse que já não estava no grupo. Ela
afirma ter saído há dois meses, após constatar
vazamentos. “Infelizmente, nosso nobre
presidente não teve o prazer de me excluir”,
afirmou ao Painel.
Em vão A deputada avalia que a direção do
partido “quer distância” dela e que o PSL escolheu
um lado. Ela disse ter procurado Bivar ainda em
janeiro para falar sobre o caso, mas afirma ter sido
ignorada.
Crise de identidade A falta de articulação do PSL
na Comissão de Constituição e Justiça virou
motivo de piada. O deputado Paulo Teixeira (PT-
SP) brincou que iria à Justiça pedir o
restabelecimento de funções na Câmara. “Eles
estão fazendo papel de oposição, estamos
perdidos”, ironizou.
Não posso crer Um grupo de analistas do mercado
recebeu a notícia de que Bolsonaro havia
interferido no preço do diesel durante reunião com
o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
e deputados que estavam nos EUA. No primeiro
momento, juraram que se tratava de fake news.
Não curti Ricardo Sayeg, do Conselho Superior da
Capes, chegou a ser sondado por Abraham
Weintraub (Educação) para ir para a presidência
do Inep, mas o ministro acabou optando por um
delegado.
Data: 16/04/2019
26
Grupo de Comunicação e Marketing
TIROTEIO
Ingênuos. Não sabem que têm auxiliares parentes
de milicianos e que o motorista terceiriza o
gabinete. Sem falar na vizinhança!
Da deputada estadual Mônica Francisco (PSOL-
RJ), após o Estado de S. Paulo mostrar que Carlos,
o 02, contratou gente próxima a Queiroz
https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/04/16/s
tf-ordena-buscas-em-seis-estados-e-mira-
militares-da-reserva-e-procuradores-no-
inquerito-sobre-fake-news/?loggedpaywall
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Data: 16/04/2019
27
Grupo de Comunicação e Marketing
Mônica Bergamo: Convocação de mil policiais
por Bolsonaro preocupa equipe econômica
Marcus Leoni/Folhapress
A decisão do presidente Jair Bolsonaro de
convocar mais de mil policiais federais aprovados
em concurso público no ano passado deixou a
equipe econômica do governo surpresa —e
apreensiva.
GOTEIRA
No Ministério da Economia, comandado por Paulo
Guedes, a iniciativa foi vista como uma “fissura”
na estratégia de contenção de gastos.
GOTEIRA 2
De acordo com um dos auxiliares diretos do
ministro, ao abrir exceção para policiais, o
presidente dificulta que outras contratações sejam
evitadas.
CIMENTO
O melhor seria que Bolsonaro esperasse o que é
definido como reestruturação do Estado, com a
aprovação de reformas, para então flexibilizar
despesas.
ATALHO
Somada à interferência direta de Bolsonaro no
preço do diesel, a medida foi vista como um
“desvio de rota”—que, espera-se, seja pontual.
MEMÓRIA FRACA
O empreiteiro Marcelo Odebrecht disse à Polícia
Federal que não saberia explicar as tratativas que
a construtora Odebrecht fazia com o então
advogado-geral da União, Dias Toffoli, em 2007 —
quando se referia a ele, em emails internos, como
“amigo do amigo de meu pai”.
MESA REDONDA
Na verdade, Marcelo travava uma queda de braço
pessoal com a então ministra das Minas e Energia,
Dilma Rousseff, em torno do leilão das
hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no rio
Madeira. Toffoli participava das conversas.
MESA 2
Segundo profissionais da empreiteira envolvidos
nas tratativas da época, Marcelo Odebrecht
perdeu a parada. Ao contrário do que desejava, o
governo liberou subsidiárias da Eletrobrás para
participar de consórcios concorrentes aos da
empreiteira nos leilões.
É MENTIRA
Toffoli diz que as “insinuações” da Crusoé, que
publicou os e-mails de Odebrecht, sobre a atuação
dele são “inverdades”.
CENSURADO
O ministro Alexandre de Moraes, do STF,
determinou que o texto sobre Odebrecht e Toffoli
fosse retirado do ar. A revista diz que reitera o teor
da reportagem.
UMA NOITE QUENTE
O cantor Djavan fez show no Credicard Hall, em
São Paulo, na sexta (12). Os também cantores
Max de Castro e Tiê assistiram à apresentação. O
músico Maxi Viana, sua mulher, Ana Madalena, e
o diretor da Galeria Vermelho, Jan Fjeld,
estiveram lá.
PARTITURA
A orquestra Bachiana Filarmônica Sesi-SP fará
quatro apresentações no Allianz Parque em
agosto. Os concertos serão regidos pelo maestro
João Carlos Martins e divididos em duas partes: a
primeira, com músicas de Beethoven. A segunda
terá show de cantores populares.
PARTITURA 2
Maria Bethânia e Chitãozinho & Xororó são duas
das atrações já confirmadas.
NA PRAÇA
Uma reedição do Festival Lula Livre está sendo
organizada para o dia 5 de maio, no vale do
Anhangabaú. Entre os artistas já confirmados
estão Ana Cañas, Marcelo Jeneci, Chico César e
Otto.
NA PRAÇA 2
Na ocasião será lançado um manifesto pela
liberdade do ex-presidente. Já assinaram o
documento, entre outros, Chico Buarque, José de
Abreu, Arnaldo Antunes, Raduan Nassar e Gilberto
Gil.
IMPACTO
Um levantamento da T4F (Time for Fun), uma das
maiores produtoras de espetáculos do Brasil,
aponta que, para garantir a realização de
musicais, o teto de captação da Lei Rouanet
deveria ser de pelo menos R$ 20 milhões por
projeto.
REDUÇÃO
O ministro da Cidadania, Osmar Terra, indicou na
semana passada que a ideia é restringir
drasticamente o teto de captação de espetáculos
Data: 16/04/2019
28
Grupo de Comunicação e Marketing
musicais. Ele não especificou se falava de shows
ou de musicais no teatro.
RETORNO
Em 18 anos, a T4F diz que criou cerca de 2.500
empregos diretos e mais de 13 mil indiretos com
suas produções.
CIÊNCIA
O Grupo Bandeirantes anunciará o lançamento, no
Brasil, do Smithsonian Channel, de ciência e
natureza. O grupo será o parceiro operador do
canal no país, que passará a exibir conteúdo
nacional.
SONS FAMILIARES
Os artistas Cláudio Cretti e Laura Belém, a atriz
Juliana Calderon e o cônsul de Portugal, Paulo
Nascimento, foram à abertura da mostra “Escuta
à Procura de Som”. O evento foi realizado no
sábado (13), no Consulado de Portugal, em São
Paulo.
CURTO-CIRCUITO
O Hospital Cruz Verde realiza um chá e bingo
beneficente. Nesta terça (16), no Terraço Itália,
em SP.
Será realizada hoje a cerimônia de entrega do
Prêmio Muda. Nesta terça, das 9h às 12h30, no
MIS, em São Paulo.
O oncologista Phillip Scheinberg, da Beneficência
Portuguesa, foi convidado para ser editor
associado do British Journal of Haematology.
O Sesc Consolação exibe mostra do artista
Augustin Rebetez.
com BRUNA NARCIZO, BRUNO B. SORAGGI e
VICTORIA AZEVEDO
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe
rgamo/2019/04/convocacao-de-mil-policiais-por-
bolsonaro-preocupa-equipe-economica.shtml
Voltar ao Sumário
Data: 16/04/2019
29
Grupo de Comunicação e Marketing
Painel S.A.: Após investigação, Petrobras
mantém sigilo em negociação de petróleo
Quatro meses depois da investigação envolvendo
as multinacionais Trafigura, Glencore, Chemoil,
Vitol, Chemium e Oil Trade, a Petrobras mantém
sigilo sobre as empresas com as quais faz trocas
internacionais de petróleo e derivados.
A negociação com essas operadoras foi
interrompida temporariamente após a Lava Jato
deflagrar suposto pagamento de propinas
bilionárias a funcionários da Petrobras. A estatal
afirma que não fez “substituição direta” das
empresas por outras.
Quais? Procurada, a companhia diz que
comercializa o combustível conforme sua
necessidade, que “conta com mais empresas” em
seu banco e que recorre a elas quando quer
negociar o produto.
No tanque A operação da Polícia Federal foi
motivada pela apuração de suspeitas de
vantagens na aquisição de derivados de petróleo
e em negócios de locação de tanques de
armazenagem.
Pendura aí Um olhar pelos balanços financeiros
das quatro grandes universidades de capital
aberto conclui que o volume de mensalidades a
receber está em alta. Na Kroton, a maior delas,
subiu de R$ 2,99 bilhões, em 2017, para R$ 3,74
bilhões em 2018 ao se considerar também o Fies.
Sinal Pode ser um indicador de maior
inadimplência ou evasão, segundo William Klein,
da consultoria Hoper. Para as universidades, a
correlação é outra.
Próprias pernas “A alta é reflexo do fortalecimento
de programas próprios de parcelamento, parte das
medidas que ajudaram a manter a base de alunos
estável apesar do encolhimento do Fies”, afirma a
Estácio, em nota.
Tudo junto A Ânima diz que é preciso relacionar a
alta das pendências à da receita. “Cabe lembrar
que elevação não implica necessariamente em
maior inadimplência, já que parte dos estudantes
encontra condições de renegociar”.
Silêncio Kroton e Ser Educacional não
responderam.
A quem interessar... O Ministério da Saúde vai
mudar a forma de adquirir remédios que precisam
ser comprados após decisões judiciais. A pasta
passará a publicar chamamentos públicos.
...possa As compras, porém, continuarão sendo
feitas de forma direta, sem pregão. Hoje, a pasta
entra em contato com possíveis fornecedores. A
mudança é uma tentativa de reduzir o gasto com
demandas judiciais, estimado em R$ 1 bilhão por
ano pela Saúde.
Tremor Bolsonaro não mediu consequências
ao intervir no preço do diesel, na visão de
Stephane Engelhard, vice-presidente de relações
institucionais do Carrefour.
Cautela “É uma questão de aprendizado. No
fundo, há um medo enorme dos caminhoneiros”,
afirmou o executivo da rede varejista. “Ele quis
agradar, mas não pensando no macro.”
PROSA
“Infelizmente, a decisão do diesel, na minha
opinião, não foi correta. Ela assusta um pouco
porque a ação difere do discurso liberal. Mas são
os percalços de um governo novo"
Carlos Tilkian, presidente da Brinquedos Estrela,
sobre intervenção do presidente Jair Bolsonaro
nos preços da Petrobras na última sexta (12)
Com Igor Ustumi e Paula Soprana
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa/
2019/04/apos-investigacao-petrobras-mantem-
sigilo-em-negociacao-de-petroleo.shtml
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Data: 16/04/2019
30
Grupo de Comunicação e Marketing
Presidente do ICMBio pede demissão após
ameaça de Salles de investigar agentes
Fabiano Maisonnave
O presidente do ICMBio (Instituto Chico Mendes
de Conservação da Biodiversidade) , Adalberto
Eberhard, pediu demissão nesta segunda-feira
(15).
Dois dias antes, Eberhard havia participado de um
evento no Rio Grande Sul com o ministro do Meio
Ambiente, Ricardo Salles, que na ocasião, diante
de um público de ruralistas, ameaçou investigar
agentes do órgão ambiental.
"Por motivos pessoais, venho solicitar a minha
exoneração do cargo de presidente deste instituto.
Agradeço a oportunidade e toda a confiança em
mim depositada", escreveu Eberhard, em
mensagem a Salles.
O ministro, por redes sociais, agradeceu o
trabalho feito Eberhard, "especialmente pela
maneira com que tratou os inúmeros desafios
encontrados nesse necessário processo de
reestruturação".
Agradeço todo o trabalho e dedicação do Sr.
Adalberto Eberhard no período em que presidiu o
ICMBIO, especialmente pela maneira com que
tratou os inúmeros desafios encontrados nesse
necessário processo de restruturação.
O episódio que marcou a viagem do ministro
aconteceu em Tavares, a 140 km de Porto Alegre.
Ali, Ricardo Salles ameaçou processar
administrativamente funcionários do ICMBio por
não comparecerem ao evento. O problema é que
os servidores não haviam sido chamados.
O agora ex-presidente do ICMBio acompanhou
Salles durante agenda no Rio Grande do Sul na
última semana.
A ameaça de Salles, que foi filmada, ocorreu no
último sábado (13). O evento não constava na
agenda enviada aos funcionários. Críticos à
atuação do ICMBio na região estavam presentes.
"Gostaria que os servidores do ICMBio viessem
aqui participar conosco. Não tem nenhum
funcionário?", questionou Salles no microfone. "Na
presença do ministro do Meio Ambiente e do
presidente do ICMBio, não há nenhum funcionário
aqui, embora tenham nos esperado lá em
Mostardas [cidade vizinha]. Determino a abertura
de processo administrativo disciplinar contra todos
os funcionários", acrescentou o ministro. Ele foi
aplaudido pelos presentes.
A Folha teve acesso à agenda do ministro no Rio
Grande do Sul enviada aos funcionários
ameaçados. No documento não consta nenhum
detalhe sobre o compromisso em que a ameaça foi
proferida.
Procurado por meio da assessoria do ministério,
Salles não comentou a ameaça de abrir um
processo administrativo contra os servidores até o
final do fechamento desta matéria.
Antes do evento, o ministro visitou a sede do
ICMBio em Mostardas, a cerca de 28 km do local
da ameaça aos funcionários. Na sede, ele foi
recepcionado pelos servidores do órgão para um
café da manhã e estava programada uma visita
guiada, que não ocorreu.
“O momento da perseguição às pessoas de bem
nesse país acabou. Foi com a eleição do nosso
presidente, Jair Bolsonaro [PSL]. Com o
reestabelecimento da segurança jurídica, do
devido processo legal e do respeito a quem produz
e trabalha é que vamos recolocar o Brasil no
caminho certo”, disse Salles.
Há descontentamento de pescadores e produtores
da região com o ICMBio por conta do Parque
Nacional da Lagoa do Peixe, entre a Lagoa dos
Patos e o Oceano Atlântico. O local é um berçário
para espécies marinhas e abriga aves migratórias,
incluindo flamingos.
Parte dos críticos ao ICMBio gostaria que o local
deixasse de ser um parque nacional para ser uma
APA (área de proteção ambiental), que possui
menos restrições para uso da área.
Essa não é a primeira ação contra os servidores
ligados ao ministério do Meio Ambiente.
Recentemente, o governo exonerou o funcionário
que multou o presidente Jair Bolsonaro (PSL) por
pescar em área protegida, em 2012. Bolsonaro
também desautorizou uma operação contra
desmatamento ilegal que estava em andamento.
No Rio Grande do Sul, Salles visitou diversos
parques cujas administrações devem ser
concedidas à iniciativa privada.
Data: 16/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
O gaúcho Adabelrto Sigismundo Eberhard é
formado em medicina veterinária pela UFRGS e
especialista em animais silvestres. Ele fundou em
1989 a ONG Ecotrópica, que atua na preservação
de reservas no pantanal matogrossense.
O veterinário atuou no Ministério do Meio
Ambiente entre 2011 e 2016, como diretor do
departamento de Zoneamento Territorial. A sua
indicação, em dezembro, surpreendeu
positivamente os ambientalistas, com quem
Eberhard tem boa relação.
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0
4/presidente-do-icmbio-pede-demissao-apos-
salles-ameacar-investigar-agentes.shtml
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Data: 16/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
ESTADÃO
Meio Ambiente vira novo foco de crise no
governo
Após críticas de ministro a servidores de instituto
responsável pela gestão de unidades de
conservação, presidente do órgão pede demissão;
pasta vive clima conflagrado
André Borges e Giovana Girardi,
BRASÍLIA E SÃO PAULO - Apenas três meses após
assumir o Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade (ICMBio), o
presidente Adalberto Eberhardpediu exoneração
nesta segunda-feira, 15, acentuando o clima tenso
e conflagrado no Ministério do Meio Ambiente. Ele
vinha sendo cobrado pelos servidores do órgão a
dar uma resposta às declarações feitas pelo
ministro Ricardo Salles durante uma cerimônia
pública no fim de semana.
Assim como a crise interna no Ministério da
Educação derrubou o ex-ministro Ricardo Vélez
Rodríguez e as desavenças na Agência Brasileira
de Promoção de Exportações e Investimentos
(Apex) já causaram a demissão de dois
presidentes, o Meio Ambiente também vive um
momento tumultuado.
Além do embate no ICMBio, há outros focos de
conflito no ministério de Salles. A então presidente
do Ibama, Suely Araújo, pediu demissão depois
que o ministro fez insinuações sobre o valor da
contratação de carros oficiais no órgão. O governo
também já criou polêmica no setor ao exonerar
um funcionário do Ibama que havia multado o
então deputado Jair Bolsonaro por pesca ilegal em
área protegida.
Também no fim de semana, o pivô foi o próprio
presidente Jair Bolsonaro. Em vídeodivulgado pelo
senador Marcos Rogério (DEM-RO),
ele desautorizou os fiscais do Ibama que
queimaram caminhões e tratores
apreendidos numa operação contra o
desmatamento ilegal em Rondônia. Essa ação dos
fiscais, porém, é prevista em lei.
Adalberto Eberhard enviou carta a Salles
alegando “motivos pessoais” para sua demissão
do ICMBio – órgão responsável pela gestão de 335
unidades de conservação federais no País. A
decisão, no entanto, foi tomada depois que o
ministro, numa reunião conturbada com
produtores rurais do Rio Grande do Sul, no
sábado, se irritou com a ausência de servidores do
instituto e ameaçou uma punição por “desrespeito
à figura do ministro, do presidente do ICMBio e do
povo gaúcho”.
Salles e Eberhard visitavam a região do Parque
Nacional Lagoa do Peixe. Após ouvir queixas de
pescadores e produtores locais sobre o ICMBio, o
ministro pediu para que os funcionários do órgão
se juntassem a ele na mesa. “Não tem nenhum
funcionário?”, perguntou na sequência. “Vocês
vejam a diferença de atitude: está aqui o
presidente do ICMBio que, embora seja um
ambientalista histórico, uma pessoa respeitada no
setor, veio aqui ouvir a opinião de todos vocês. E
na presença do ministro do Meio Ambiente e do
presidente do ICMBio, não há nenhum funcionário
aqui.”
Salles, então, anunciou a abertura de processo
administrativo disciplinar contra todos os
funcionários. A plateia aplaudiu com entusiasmo.
Eberhard manteve-se em silêncio. A resposta veio
nesta segunda, quando ele foi até seu gabinete
em Brasília, limpou as gavetas, despediu-se dos
funcionários e entregou a carta de demissão ao
ministro.
Funcionários relataram ao Estado que não foram
ao evento com o ministro e o presidente do ICMBio
simplesmente porque não haviam sido
convocados para a cerimônia, que foi
acompanhada por políticos gaúchos, além de
representantes do agronegócio. Alguns servidores
chegaram a ir ao evento, mas apenas cerca de 20
minutos depois do início e só ao saberem que o
ministro havia ameaçado puni-los pela ausência.
O chefe do parque, Fernando Weber, se juntou à
mesa, ao lado do ministro, mas não teve a chance
de responder às críticas.
Fusão. A exoneração pode acelerar a proposta de
Salles de fundir o ICMBio ao Ibama, que cuida do
licenciamento ambiental e do controle do
desmatamento, entre outras ações. Questionado,
o ministro não negou a intenção, mas não citou
datas. “Por enquanto, ainda não faremos isso”,
disse ao Estado. A mudança depende de projeto
de lei. À reportagem, Salles afirmou que agradecia
ao “grande trabalho que o Adalberto fez à frente
do ICMBio num momento muito difícil e de
reestruturação” e admitiu que ainda não tem um
nome substituto.
Salles, agora, terá de enfrentar as reações à
condenação de Bolsonaro à queima de caminhões
Data: 16/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
e tratores em crimes ambientais, além de críticas
recorrentes à sua atuação – como por ter
determinado ao Ibama que liberasse a exploração
de petróleo na área do santuário de Abrolhos (BA),
contrariando pareceres técnicos do próprio órgão.
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,mei
o-ambiente-vira-novo-foco-de-crise-no-
governo,70002793009
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Data: 16/04/2019
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VALOR ECONÔMICO
Proposta para MP do Saneamento busca criar
blocos de municípios
Por Daniel Rittner | De Brasília
O plano de privatização da Sabesp pode ganhar
tração com as propostas de mudanças que o
governo Jair Bolsonaro apresentará hoje, ao
Congresso Nacional, na medida provisória de
reforma do saneamento básico.
A principal sugestão de ajuste no texto original da
MP 868, publicada em dezembro pelo ex-
presidente Michel Temer, busca tornar mais
equilibrada a concorrência entre empresas
privadas e companhias públicas (geralmente
estaduais) de água e esgoto.
Em sua versão inicial, a MP exigia que todas as
prefeituras abrissem chamadas públicas para
contratar novos serviços. Essa obrigatoriedade
levaria, segundo os críticos, a uma situação
problemática: o setor privado se interessaria
apenas pelos municípios mais rentáveis e deixaria
as localidades deficitárias nas mãos das
companhias públicas.
Por isso, algumas entidades do setor vinham
defendendo um mecanismo pelo qual estatais não
dependentes dos tesouros estaduais continuariam
podendo ser contratadas diretamente, mantendo
direito de preferência e sem abertura de chamada
pública. Além da Sabesp, são os casos de Sanepar
(PR) e da Compesa (PE).
Essa hipótese até chegou a ser discutida pelo
governo em mais de 30 reuniões com associações
setoriais, segundo o secretário nacional de
Saneamento Ambiental, Jônathas de Castro. No
entanto, foi descartada e chegou-se a um caminho
que tenta dar incentivos ao mercado trabalhando
com a escala na prestação dos serviços.
Os municípios detêm a titularidade do
saneamento, mas o governo encontrou uma
brecha para transferir aos Estados a
responsabilidade por definir "microrregiões".
Poderão ser usados critérios como pertencimento
à mesma bacia hidrográfica, vizinhança geográfica
ou até mesmo uma mistura entre localidades
superavitárias e deficitárias. Com isso, a ideia é
que cada governador crie "blocos de municípios".
"Vamos privilegiar o incentivo regional. A
titularidade na prestação dos serviços passaria
para os conselhos deliberativos dos blocos, que
fariam a gestão das microrregiões e teriam que
abrir chamamento público. Caberia aos
governadores somente definir como esses blocos
serão organizados", disse Castro ao Valor.
O secretário evitou comentar situações
específicas, como é o caso da Sabesp, mas a
mudança não deve gerar obstáculos aos planos de
privatização da estatal paulista. O governo de São
Paulo só abriria mão de privatizá-la, conforme tem
dito o secretário Henrique Meirelles (Fazenda e
Planejamento), caso fosse mantido o direito de
preferência às companhias públicas. Nesse caso,
valeria mais pena capitalizá-la e preservar o
controle estatal.
O conjunto de ajustes será apresentado pelo
ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo
Canuto, na comissão mista responsável pela
análise da proposta no Congresso. O senador
Tasso Jereissati (PSDB-CE), que relata a medida
provisória, deve entregar seu parecer na próxima
semana. A MP expira em junho.
Outro ponto importante de mudança visa apertar
o cerco às companhias públicas que prestam
serviços ruins. Cerca de 4 mil municípios, segundo
Castro, são atendidos por empresas estaduais.
"Muitos prefeitos reclamam que não são atendidos
e também não têm portas de saída para seus
contratos", observa.
O governo quer um artigo na MP que estabeleça a
necessidade de revisão de todos os contratos em
até 24 meses. A intenção é incorporar cláusulas
com metas e indicadores - hoje frequentemente
inexistentes. Esses contratos ajustados terão que
refletir metas definidas nos planos de saneamento
municipais. Quando não houver planos
municipais, a referência passa a ser o
planejamento estadual. Finalmente, se o Estado
não dispuser de nada, o Plano Nacional de
Saneamento Básico (Plansab) vira parâmetro.
De acordo com o secretário, isso busca corrigir
uma distorção grave. As metas estabelecidas nos
contratos com operadoras privadas de água e
esgoto normalmente não existem quando os
serviços são prestados pelas empresas estaduais.
No Brasil, 60,2% da população tem coleta de
esgoto e apenas 48% têm tratamento.
Data: 16/04/2019
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https://www.valor.com.br/brasil/6213403/propos
ta-para-mp-do-saneamento-busca-criar-blocos-
de-municipios
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Data: 16/04/2019
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O lado digno da natureza humana e sua
sombra Por Daniela Chiaretti
No feixe de decretos dos cem dias do governo de
Jair Bolsonaro, divulgados na semana passada,
dois deles atingem a área socioambiental pelo
bem e pelo mal. O que trata da conversão de
multas ambientais tem aspecto positivo por dar
continuidade ao que foi desenhado na gestão
anterior, mas deixa dúvidas em suas reticências.
O outro, o que extingue conselhos que incluem a
participação da sociedade, é um exemplo concreto
de arbitrariedade.
O decreto nº 9.760/19 dispõe sobre infrações ao
ambiente e traz uma novidade que pode ser boa e
outra que pode ser ruim. É preciso dar tempo a
cada uma delas para ver como vão maturar.
A boa notícia é que a decisão mantém a conversão
de multas ambientais. Trata-se de uma
ferramenta prevista na Lei de Crimes Ambientais,
de 1998, e aplicada em decreto de 2008, mas de
forma confusa. Foi diligentemente aprimorada
pela ex-presidente do Ibama Suely Araújo e
lançada em 2017. A intenção era conseguir que
infratores que não pagam paguem. O estímulo
seria dar a eles desconto de 60% sobre a infração.
A proposta era fazer com que o dinheiro
financiasse, por exemplo, projetos de recuperação
ambiental das sub-bacias do rio São Francisco,
que está em situação dramática de escassez
hídrica.
ONGs dizem coisas que governos não gostam de
ouvir
A proposta da conversão de multas foi mantida,
mas com nova arquitetura. "Não inventamos
nada, apenas aprimoramos", diz o ministro do
Meio Ambiente Ricardo Salles. A medida agora
tem um sistema de descontos progressivos,
dependendo do momento em que o infrator aderir
ao acordo. Outra alteração é permitir empresas,
além de ONGs, nas licitações dos projetos de
recuperação ambiental.
A controvérsia está por conta da criação de um
núcleo de conciliação ambiental. "É o ponto crucial
do decreto porque possibilita uma audiência entre
autuado e autuante. É uma oportunidade de
acordo e de resolver o problema logo de cara",
defende Salles. Ambientalistas entendem que a
medida aumenta a burocracia e favorece
infratores.
A inspiração da tal câmara vem da experiência de
São Paulo, que tem um programa de conciliação
desde 2014, criado pelo então secretário do Meio
Ambiente, Rubens Rizek. Em 2018, foram
lavrados 24,7 mil autos de infração em São Paulo
e feitas 25 mil audiências de conciliação. O índice
de sucesso é bom: 2/3 das pessoas que chegam à
audiência saem com acordo firmado. O fundo de
multas triplicou.
O exemplo soa bom, mas São Paulo não é o Brasil,
e o índice de desconfiança em torno aos intuitos
ambientais do governo federal é altíssimo. "A
questão da câmara de conciliação precisa ser
analisada em meio ao conjunto da obra. Se este
governo tivesse a real intenção de combater o
crime ambiental e não ser condescendente com
ele, ok. Mas não demonstrou isso até agora", diz
Carlos Rittl, do Observatório do Clima.
Já o decreto nº 9.759/19 peca pela generalidade,
pelo texto confuso e pela opção por destruir para
depois, eventualmente, reconstruir. Veja-se a
redação da ementa. Lá se lê que a medida, em 11
artigos sucintos, é uma espécie de sanfona:
"Extingue e estabelece diretrizes, regras e
limitações a colegiados da administração federal".
Serão ceifados conselhos, comissões, juntas,
fóruns e qualquer outra denominação dada a
colegiados de órgãos federais. Os ministérios têm
até 28 de maio para levar à Casa Civil a relação
dos colegiados que presidem, coordenam ou
consideram importantes. Em 28 de junho, puf. O
resto estará extinto.
A título de exemplo, o Ministério da Mulher,
Família e Direitos Humanos tem 14 colegiados. Um
deles é o Conselho Nacional de Combate à
Discriminação LGBT criado em 2001 por decreto.
Está ameaçado. Pode ser salvo se a ministra
Damares Alves considerá-lo importante em seu
escopo além dos tons de azul e rosa.
Data: 16/04/2019
37
Grupo de Comunicação e Marketing
Todos os ministérios da República têm colegiados,
comitês e afins. Muitos destes, a bem da verdade,
talvez não sirvam para nada. Mas o corte raso é
sempre injusto e tolo. O decreto assinado pelo
ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, tem como
justificativa cortar custos e "desaparelhar" o
Estado. Mas nesta busca de eficiência o governo
deveria ter dado o exemplo e ter sido capaz de
fazer uma análise, listar conselhos que gostaria de
manter e conversar sobre a decisão com a
sociedade. Teve cem dias para tanto, fora o prazo
da transição. Mas não. As opiniões do setor
privado, da academia e do terceiro setor estão
agora sujeitas aos critérios e à reação dos
ministérios.
A leitura de ambientalistas e pesquisadores é de
que Jair Bolsonaro quer reduzir a pó a coluna
vertebral da participação popular em seu governo.
"É um sinal de poder. Chama para os ministérios
e para a Casa Civil a decisão sobre a matéria, o
que equivale a dizer: 'Agora depende de mim o
que vai existir ou ser eliminado', diz Fabio
Feldmann, deputado constituinte em 1988 e um
dos ambientalistas mais prestigiados do país.
"Fazer um decreto para isso me parece prepotente
e autoritário."
É uma decisão condizente com um governo que
parece detestar organizações não governamentais
em geral.
ONGs não são ruins, corruptas ou inoperantes a
priori, como têm sido retratadas por esta gestão.
São expressões da sociedade com suas nuances e
contradições. No segmento socioambiental há
entidades de excelência técnica, como algumas do
setor de energia e de transportes. Outras foram
criadas por técnicos de segmentos de vanguarda
da agricultura e fazem sólidas análises das
tendências do setor.
O Brasil tem ONGs de perfil conservacionista com
pesquisadores recrutados nas melhores
universidades do país e que tentam explicar a
leigos por que preservar pequenos sapos, micos
fofos, abelhas e lobos-guará é uma atitude sábia,
além de revelar um lado digno da natureza
humana. Há ONGs boas de lobby ambiental,
outras presididas por empresários importantes,
umas poucas que atuam bravamente em defesa
dos povos indígenas e quilombolas - alguém tem
que fazer isso, não é? E existem as péssimas, que
não funcionam, que são má geridas, que abrigam
gente má intencionada - como em tudo na vida.
Mas é assim que a sociedade se organiza, em
coletivos de luta pelos seus interesses, no Brasil e
fora dele. ONGs costumam dizer coisas que
governos não gostam de ouvir. Não são
instrumentos de bajulação oficial. São vozes da
democracia.
Daniela Chiaretti é repórter especial
E-mail: [email protected]
https://www.valor.com.br/brasil/6213421/o-
lado-digno-da-natureza-humana-e-sua-sombra
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Data: 16/04/2019
38
Grupo de Comunicação e Marketing
Doria diz que apoiará reeleição de Bruno Covas em 2020 Por César Felício | De São Paulo
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB),
afirmou ontem que o prefeito de São Paulo, Bruno
Covas (PSDB), terá seu apoio para disputar a
reeleição na capital paulista em 2020. Covas
sucedeu Doria quando o atual governador se
desincompatibilizou da prefeitura para disputar as
eleições do ano passado, mas os dois haviam se
distanciado depois que o prefeito fez uma série de
mudanças no secretariado.
"O PSDB terá candidato em São Paulo e
naturalmente será o prefeito Bruno Covas. Nós
bancamos o Bruno, fizemos chapa pura em 2016.
Ele tem sido um bom sucessor e terá um período
longo pela frente", disse o governador durante
gravação do programa "Roda Viva", da TV Cultura.
Durante a entrevista, Doria mostrou-se confiante
com a aprovação da reforma da Previdência nas
duas Casas do Congresso "até o fim de julho", mas
admitiu indiretamente alguma demora na
tramitação. "Quem esperou por 13 anos o fim da
era do PT pode esperar mais três meses", afirmou.
O governador demonstrou irritação com as
articulações de integrantes do Centrão para retirar
Estados e municípios do texto da emenda
constitucional, em discussão na Comissão de
Constituição e Justiça da Câmara.
"Sou inteiramente contra, sei que todos os
governadores são contra isso e não vamos
silenciar. Vamos falar com nossas bancadas. Isso
seria um desastre e não há a menor condição de
ser aprovado", disse.
O governador também demonstrou incômodo com
a antecipação do debate em relação à reforma
tributária. "Agora não é a hora, agora é a hora da
reforma da Previdência. Vamos deixar para o
segundo semestre ou o começo do ano que vem".
Na semana passada, o líder do MDB na Câmara,
Baleia Rossi (SP), protocolou a emenda
constitucional preparada pela equipe do
economista Bernardo Appy. O governo federal
planeja o envio de uma emenda sua, prevendo
alterações apenas nos tributos federais.
Na entrevista, Doria criticou a Petrobras e afirmou
que a empresa de economia mista não deveria ter
decidido fazer um aumento de 5,7% no preço do
óleo diesel sem antes comunicar o governo
federal. O aumento foi revogado por decisão do
presidente Jair Bolsonaro na sexta-feira e o tema
deve voltar a ser discutido hoje.
"Faltou comunicação. Independência da Petrobras
não significa silêncio. Ninguém pode tomar uma
decisão como essa dentro de uma empresa sem
dialogar antes com o acionista majoritário. E o
acionista majoritário da Petrobras é o governo",
disse o tucano. Segundo Doria, "neste momento o
aumento do óleo diesel poderia provocar uma
enorme consternação".
https://www.valor.com.br/politica/6213389/doria
-diz-que-apoiara-reeleicao-de-bruno-covas-em-
2020
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Data: 16/04/2019
39
Grupo de Comunicação e Marketing
Mitsui prevê que Brasil será maior do
mundo em geração solar distribuída Por Camila Maia | De São Paulo
A trading japonesa Mitsui se tornou sócia
minoritária da empresa de geração solar
distribuída Órigo na semana passada, movimento
que, embora pequeno em comparação com o
porte do grupo, marca uma aposta da companhia
nesse setor. "Achamos que o mercado de geração
solar distribuída do Brasil pode ser o maior do
mundo", disse, em entrevista ao Valor, Noriaki
Watanabe, diretor do segmento de infraestrutura
da companhia na América do Sul.
Foi com essa perspectiva que a Mitsui decidiu fazer
um aporte na Órigo e ficar com 17% da
companhia. "O investimento é pequeno, mas é um
marco importante da nossa entrada nesse
mercado, para que possamos capturar o
crescimento futuro", disse Watanabe. As
empresas não informaram o valor do negócio, mas
projetos de geração distribuída são pequenos e o
setor só começou a crescer nos últimos dois anos,
o que indica que o aporte foi pequeno em
comparação com outros investimentos da
japonesa no Brasil. Segundo Watanabe, o mais
importante para a Mitsui não é o tamanho do
negócio hoje, "mas a entrada em um segmento
que vai crescer no futuro."
No setor elétrico, a japonesa já tem um
investimento relevante que é a participação de
20% na usina hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira
(RO). No segmento de geração solar distribuída, a
expectativa é de crescimento acelerado nos
próximos anos, e o posicionamento na Órigo faz
parte da estratégia da Mitsui de ter protagonismo
nessa área.
"Temos no Brasil uma exposição de US$ 8 bilhões
investidos, isso é muito mesmo para o nosso
tamanho. Significa que estamos comprometidos
com o país no longo prazo e preparados, apesar
de turbulências políticas e econômicas pontuais",
afirmou Maasaki Hamamoto, responsável pelo
segmento de infraestrutura da Mitsui no Brasil.
A japonesa vê oportunidades de ter sinergias com
outros investimentos no Brasil. "Temos muitos
investimentos em indústrias diversas no Brasil,
então acessamos muitas companhias no país. Por
isso, achamos que há boa sinergia entre a Órigo e
a Mitsui", disse Watanabe. O executivo, contudo,
não disse se as suas investidas no país poderão
contratar os serviços da empresa de geração
solar. "Não posso falar sobre companhias
específicas", explicou.
As conversas entre a Mitsui e a Órigo começaram
no segundo trimestre do ano passado, contou
Surya Mendonça, presidente da geradora solar.
"Queríamos atrair investidores para o Brasil, e a
Mitsui se encaixou nisso por ter grande expertise
em energia não só no país, mas também nos
Estados Unidos e na Ásia", disse.
A Órigo tem hoje 16 megawatts (MW) em
empreendimentos em geração solar distribuída
instalados, e outros 20 MW em construção, todos
em Minas Gerais. Segundo Mendonça, as
instalações já atendem 300 clientes. A companhia
constrói e opera fazendas solares de até 5 MW
(tamanho limite para se enquadrarem em geração
distribuída) e depois aluga lotes para
consumidores de pequeno e médio porte situados
na mesma área de concessão em que a usina está
localizada. A energia gerada é injetada na rede, e
os clientes recebem um desconto proporcional na
conta de luz.
O setor de geração solar distribuída tem
apresentado bom crescimento. Segundo dados da
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), até
11 de abril, havia 707,5 MW em potência instalada
na modalidade. No ano, a expansão acumulada já
soma 23,3%.
A continuação desse ritmo de crescimento
depende, contudo, das discussões realizadas pela
Aneel para aprimoramento das regras da geração
distribuída. "Para nós, é importante haver uma
regulação definida e que suporte a continuação do
crescimento", disse Watanabe.
Segundo Mendonça, a expansão do setor tem sido
grande, mas em cima de uma base inicial
pequena. "A geração distribuída ainda representa
menos de 1% da geração de energia no país. O
governo precisa levar isso em conta e ver que
ainda é cedo para grandes mudanças", afirmou.
Para o presidente da Órigo, é fundamental dar
previsibilidade aos investidores desses negócios.
https://www.valor.com.br/empresas/6213489/mi
tsui-preve-que-brasil-sera-maior-do-mundo-em-
geracao-solar-distribuida
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Data: 16/04/2019
40
Grupo de Comunicação e Marketing
Canadense Lundin compra mina por US$ 1 bi
em Goiás
Por Ana Paula Machado e Raquel Brandão | De São
Paulo
A Lundin Mining, mineradora canadense, começa
a operar no Brasil. A companhia comprou toda a
participação da também canadense Yamana Gold
na Mineração Maracá, localizada em Goiás. O
negócio deverá chegar a US$ 1 bilhão, sendo que
US$ 800 milhões serão recursos do caixa da
empresa e de uma linha de financiamento.
Com a mina em Goiás, a Lundin irá aumentar em
25% a sua produção mundial de cobre. A
companhia tem operações no Chile, Estados
Unidos, Portugal e Suécia produzindo
principalmente cobre, níquel e zinco. Além disso,
a Lundin Mining detém participação indireta de
24% no negócio Freeport Cobalt Oy, que inclui
uma refinaria de cobalto localizada em Kokkola, na
Finlândia.
A operação foi assessorada pelo escritório Veirano
e segundo Pedro Garcia, sócio da área de
mineração do escritório, deve ser concluída em até
três meses. "O negócio fez muito sentido para as
duas empresas. A Yamana pretendia se capitalizar
e a Lundin expandir a sua produção. Esse é um
ativo muito valioso", disse Garcia.
A Maracá é proprietária da mina de cobre e ouro
Chapada, localizada na cidade de Alto Horizonte,
em Goiás. A estimativa da Yamana para as
reservas minerais de cobre da Chapada são de
664,6 toneladas com um teor médio de 0,25% de
cobre e 0,16 grama por tonelada de ouro.
Em seus comunicados, as empresas informam que
a Yamana pode receber pagamentos adicionais de
até US$ 125 milhões com base no preço do ouro
ao longo de cinco anos e também US$ 100 milhões
pela construção de nova unidade produção. O
acordo também prevê que a Yamana manterá taxa
de royalties de 2% na produção de ouro do projeto
Suruca, no complexo da mina de cobre em Goiás.
Para Marie Inkster, presidente mundial da Lundin,
a aquisição da Chapada complementa o atual
portfólio de minas de alta qualidade da empresa.
"Destaca, ainda, nosso foco na alocação
disciplinada de capital para criar valor de longo
prazo para os acionistas. A Chapada é uma
operação bem administrada e estabelecida com
uma força de trabalho local experiente.
Aproveitando nosso conhecimento técnico, foco
em metais básicos e solidez financeira,
acreditamos que existem mais oportunidades para
criar valor significativo para as partes
interessadas", disse por comunicado.
No comunicado, a Lundin informou que já existe
um projeto para ampliar a produção da unidade de
processamento de minério. "Espera-se que esta
otimização, envolvendo a expansão do circuito de
flotação de varredura, aumente as recuperações
de cobre e ouro em 1,5% a 2,0%, com o
comissionamento previsto para o segundo
trimestre de 2019", informou a Lundin.
Segundo Garcia, do Veirano, a mina tem todas as
licenças e relatórios de estabilidade das barragens
concedidos. Após o desastre na Mina Córrego do
Feijão, em Brumadinho, no dia 25 de janeiro, esse
é o primeiro negócio fechado em mineração no
Brasil.
"A barragem é do método de alteamento à
jusante, diferente das minas da Vale em
Brumadinho e Mariana. Todas as licenças
ambientais estão em conformidade com os órgãos
públicos. A ideia é que a produção seja expandida
em até três anos", disse Garcia.
https://www.valor.com.br/empresas/6213471/ca
nadense-lundin-compra-mina-por-us-1-bi-em-
goias
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Data: 16/04/2019
41
Grupo de Comunicação e Marketing
Governo acelerou registros de
agrotóxicos a partir de 2016 Por Cristiano Zaia | De Brasília
Apesar das críticas de organizações ambientalistas
e grupos de defesa do consumidor, o ritmo de
registros de agrotóxicos no país não sofreu
grandes alterações no governo Bolsonaro. Entre
janeiro e 10 de abril, foram registrados 124
defensivos agrícolas - a maior parte para grãos e
fibras -, conforme dados do Ministério da
Agricultura. No mesmo intervalo do ano passado,
118 agrotóxicos foram registrados.
Na verdade, o ritmo de liberação de defensivos
agrícolas pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) já havia aumentando antes, no
governo Temer. Entre 2005 e 2015, foram
liberados, em média, 140 agrotóxicos ao ano.
Entre 2016 e 2018, a média mais que dobrou (ver
gráfico). No ano passado, as liberações bateram
recorde, com 450 defensivos agrícolas
registrados.
Segundo o Ministério da Agricultura, 60% dos
defensivos registrados em 2019 já estavam na fila
de análise há mais de quatro anos.
Procurada pelo Valor, a Anvisa argumentou que a
aceleração do ritmo das liberações a partir de
2016 se deve à redução de burocracia, à
informatização de processos e ao aumento do
número de funcionários voltados para a análise.
De qualquer forma, a mudança de postura da
Anvisa agradou aos ruralistas, que sempre
criticaram a demora da agência em analisar os
pedidos de registros. Em alguns casos, alegavam,
a demora chegava a oito anos, dificultando o
combate a pragas nas lavouras.
Como a fila de registros de agrotóxicos está
andando, o controverso projeto de lei dos
agrotóxicos - apelidado por críticos de "PL do
Veneno" - deixou de ser urgente para bancada
ruralista, indicou ao Valor o deputado federal
Alceu Moreira (MDB-RS), presidente da Frente
Parlamentar da Agropecuária. O projeto previa
que um órgão vinculado ao Ministério da
Agricultura ficaria responsável pelo registro de
agrotóxicos, tirando o papel que hoje a Anvisa e o
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama) possuem.
"A grande briga que se tinha antes é que a Anvisa
segurava tudo. Depois que teve toda essa
polêmica, acho que a Anvisa resolveu correr com
a parte dela. O que houve foi uma melhoria no
andamento dos processos da Anvisa", disse a
ministra da Agricultura, Tereza Cristina. "A grande
maioria dos produtos liberados eu nem sabia e
tem interferência zero minha", acrescentou. Como
deputada, Tereza foi uma das principais
defensoras do projeto dos agrotóxicos.
Na visão da engenheira agrônoma do Greenpeace
Marina Lacorte, o ritmo de liberações é
preocupante. "Os ruralistas estão usando o Poder
Executivo a favor das novas liberações, sem
precisar de tanta urgência no pacote do veneno.
Uma coisa que preocupa é a velocidade de
liberação e que substâncias aprovadas agora já
foram banidas na Europa".
Lacorte também chama a atenção para a
contaminação de água. Um estudo do Ministério
da Saúde divulgado ontem mostrou que um
coquetel com 27 defensivos foi detectado na água
de 1 a cada 4 municípios do país. O Ministério da
Agricultura sustentou que esse índice está dentro
do limites estabelecidos pelo próprio Ministério da
Saúde.
https://www.valor.com.br/agro/6213495/govern
o-acelerou-registros-de-agrotoxicos-partir-de-
2016
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