Cirurgia plástica
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INTRODUÇÃO À CIRURGIA PLÁSTICA História, abrangência e interação
com as outras especialidades
Osvaldo Saldanha Filho
A Cirurgia Plástica: - atua na reparação de deformidades físicas
congênitas ou adquiridas por traumas ou envelhecimento, procurando restabelecer a função e forma.
- reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) como uma especialidade única e indivisível, envolvendo o aspecto de função e forma – “Reconstrutiva” e “Estética”, em qualquer dos procedimentos cirúrgicos da especialidade.
- dispõe de técnicas cirúrgicas que removem e tranferem tecidos ( locais ou à distância) para atingir o objetivo de manter ou reconduzir o paciente em seu meio social e profissional.
ORIGEM da CIRURGIA PLÁSTICA
A Cirurgia Plástica nasceu com a arte da reconstrução do nariz. O seus primórdios remontam a India (provavelmente 600 A.C.)
ORIGEM da CIRURGIA PLÁSTICA
A primeira publicação aconteceu no século XVI
na Italia
Gaspare Tagliacozzi (1545- 1599) el fundador da Cirurgia Plástica
“A guerra é a melhor escola do cirurgião” Hipócrates
CIRURGIA PLÁSTICA e PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
A I Guerra Mundial era baseada em trincheiras. Os membros e o torso dos soldados ficavam protegidos, enquanto que a cabeça e o pescoço ficavam expostos ao fogo de artilharia.
CIRURGIA PLÁSTICA e PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
Quando acabada a guerra, os soldados com ferimentos faciais desfigurantes se encontravam com difficuldades para tornar ao convívio em sociedade.
O elevado numero des ferimentos maxilo-faciais constituíram um novo problema social.
CIRURGIA PLÁSTICA e PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
Sir Harold Gillies desenvolveu novas técnicas de reconstrução, como el retalho tubular (descrito pelo Russo Filatov), alem de retalhos cutâneos, e enxertos de osso, cartilagem e pele.
O retalho tubular
SANVENERO e sua ATIVIDADE CIRURGICA na Hospital dos Mutilados Faciais
Reconstrução mamaria
CIRURGIA PLÁSTICA após a I GUERRA MUNDIAL
CIRURGIA PLÁSTICA ENTRE a I e a II GUERRA MUNDIAL - Constituição de centros de treinamento e de departamentos - A Cirurgia Plástica se torna uma especialidade cirúrgica oficial - Nascimento das Sociedades Cientificas - Nascimento dos jornais cientificos especializados - Desenvolvimento da Cirurgia Estética
LIÇÕES da I GUERRA MUNDIAL centros de treinamento em Cirurgia Plástica
GRÃ BRETANHA no Queen’s Victoria Hospital, em Sidcup sob supervisão de Sir H. Gillies. Um dos centros mais importantes para feridas faciais. A anestesia evolviu consideravelmente graças a Ivan Magill (quem desenvolveu a entubação nasal e endotraqueal). Outros centros de treinamento no Reino Unido com McIndoe, Kilner, Mowlem
Entubaçao nasal por Magill
CIRURGIA ESTÉTICA entre as DUAS GUERRAS MUNDIAIS
A cirurgia estética começou nos E.U.A. e na Europa no final do século XIX com cirurgias do nariz e orelha. O seu desenvolvimento ocorreu entre 1920-30 na Europa (Paris e Berlin) e nos E.U.A. (New York e Chicago).
Alegoria do lifting - 1920
O DESENVOLVIMENTO da CIRURGIA ESTÉTICA
Charles C. Miller foi um dos primeiros a utilizar a inijeçao de gordura para o nariz
(1926) Injeçao de gordura - 1926
VÁLVULA FORMA / VOLUME
O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, usando das atribuições que lhe confere a Lei nº 3.268 de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto nº 44.045 de 19 de julho de 1958.
RESOLUÇÃO CFM Nº 1.621/2001
RESOLVE: Art. 1 – A CP é especialidade única, indivisível e como tal deve ser exercida por médicos devidamente qualificados; Art. 2 – O tratamento pela CP constitui ato médico cuja finalidade é trazer benefício à saúde física, psicológica e social do paciente; Art. 3 – Na CP como em qualquer especialidade médica, não se pode prometer resultados ou garantir ou sucesso do tratamento; Art. 4 – O objetivo ao ato médico na CP como em toda a prática médica constitui obrigação de meio e não de fim ou resultado;
“Cirurgia Estética”
O QUE É A CIRURGIA PLÁSTICA
O QUE É A CIRURGIA PLÁSTICA
Tratamento das queimaduras Expansores de Tecidos
Anomalias congênitas
Tumores
Acidentes Engenharia de tecidos para Restauração de tecidos
“Cirurgia Reconstrutiva”
Situação de Risco para os Pacientes
Situação de Risco para os Pacientes
?
Situação de Risco para os Pacientes
ABRANGÊNCIA
Programa de cirurgia plástica
Formação do Cirurgião Plástico SERVIÇOS CREDENCIADOS PELA SBCP = 82 MÉDICOS EM FORMAÇÃO = 510
1. Dois anos de Residência em Cirurgia Geral
2. Três anos de Residência em Cirurgia Plástica “Reparadora” = 80% “Estética” = 20%
3. Prova para obtenção do Título de Especialista (após os 05 anos de formação)
1. BASES DA CIRURGIA PLÁSTICA – Cirurgia Plástica Geral 1.1 Zetaplastia, W-plastia, linha de força da pele, etc. 1.2 Cicatrização das feridas - Quelóides e cicatrizes hipertróficas
1.3 Transplantes de tecidos. Enxertos. Retalhos 1.4 Tumores cutâneos (benignos e malignos)
2. QUEIMADURAS: Conceitos e classificação
2.1 Fisiopatologia - Resposta metabólica do queimado 2.2 Queimado - Fases aguda e crônica 2.4 Tratamento local e seqüelas 2.5 Queimaduras por diferentes agentes, face, mão, crianças, etc
3. CABEÇA E PESCOÇO
3.1 Anatomia básica 3.2 Traumatísmos de partes moles e reconstrução das diferentes regiões 3.3 Fraturas simples e complexas da face 3.4 Deformidades congênitas e adquiridas 3.5 Paralisia facial e microcirurgia na reconstrução da cabeça e pescoço
4. REGIÃO ORBITAL 4.1 Anatomia da órbita conteúdo cavitário 4.2 Ptose palpebral 4.3 Reconstrução parcial e total das pálpebras 4.4 Ectrópio, entrópio e lagoftalmo
5. MEMBRO SUPERIOR E MÃO
5.1 Anatomia funcional e cirúrgica da mão 5.2 Propedêutica da mão princípios gerais do tratamento da mão 5.3 Lesões neurotendinosas do MS
6. TRONCO E MMII
6.1 Anatomia cirúrgica do tronco e do MI 6.2 Conduta nos esmagamentos de MI 6.3 Úlceras de pressão e úlceras neurovasculares 6.4 Reconstrução de MMII
7. APARELHO UROGENITAL
7.1 Hipospádias, epispádias e extrofia de bexiga 7.2 Reconstrução escrotal e do aparelho genital feminino 7.4 Cirurgia do intersexo
8. REGIÃO MAMÁRIA 8.1 Ginecomastia, amastia , polimastia e noções gerais de tumores da mama 8.2 Deformidades da glândula mamária 8.4 Reconstrução imediata e tardia da mama
9. CIRURGIA “ESTÉTiCA”
9.1 Ritidoplastia, Preenchimentos, Peelíng, Dermabrasão e Osteotomias estéticas 9.2 Rinoplastia - Princípios gerais e técnicas 9.3 Calvicie e métodos de correção 9.4 Lípoaspiração e lipo-enxerto 9.5 Mamaplastia redutora, Mastopexia e Mamaplastia de aumento 9.6 Abdominoplastia e Lipoabdominoplastia 9.7 Rinoplastia e Rinosseptoplastia 9.9 Orelha em “abano” 9.10 Dermolipectomia de MMSS e MMII 9.11 Cirurgia plástica pós-bariátrica
10. Programa Complementar de Cirurgia Plástica 10.1 - Cirurgia plástica na criança
10.2 - Expansores cutâneos 10.3 - Anestesia em cirurgia plástica 10.4 - Substâncias aloplásticas em cirurgia plástica
A interface da cirurgia plástica com as outras especialidades
RESOLUÇÃO CFM Nº 1.295, DE 09 DE JUNHO DE 1989 • As especialidades reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina para efeito de Registro de Qualificação de Especialista são as seguintes: Cirurgia da Cabeça e Pescoço Cirurgia Cardiovascular Cirurgia Geral Cirurgia Pediátrica Cirurgia Plástica Cirurgia Torácica Cirurgia Vascular
CIRURGIA PLÁSTICA
CIRURGIA VASCULAR
DERMATOLOGIA
OFTALMOLOGIA
MASTOLOGIA
OTORRINO-LARINGOLOGIA
CIRURGIA GERAL
NEURO-CIRURGIA
CIRURGIA DE CABEÇA e PESCOÇO
CIRURGIA ONCOLÓGICA
DISCUSSÕES FUNDAMENTAIS: 1. Reconhecimento da Especialidades e suas áreas de atuação
2. Disposição para entendimentos com outras especialidades
3. Respeito à hierarquia em cada situação de tratamento
4. Respeito à história de cada especialidade.
A INTERFACE DA CIRURGIA PLÁSTICA COM AS OUTRAS ESPECIALIDADES
Cirurgia Cabeça e Pescoço Otorrinolaringologia
Neurocirurgia Oftalmologia
Cirurgia Plástica
Equipes: - Cabeça e pescoço - Otorrino - Neurocirurgia - Cirurgia Plástica
Cirurgia Neurológica Cirurgia Plástica
Mastologia Oncológica Cirurgia Plástica
• Novembro 2009: mastectomia E + reconstrução com expansor
• Agosto de 2011: troca de expansor ( 800ml) por de prótese de mama CPG 323 de 685ml
• Evoluiu com linfedema de MSE e contratura grau III em prótese mama E
• 03/12/12: Retirada de prótese de silicone + capsulotomia + rotação de retalho de grande dorsal
Identificar o pedículo
Cirurgia Vascular Cirurgia Plástica (Microcirurgia)
• Masculino • Soco no vidro da janela • Lesão de estruturas vasculares em membro superior • Tempo de isquemia prolongado ( até o tempo de transferência do hospital de origem até o hospital das clínicas SP • Revascularização do membro • Sindrome Compartimental • Fasciotomia de urgência
• Masculino • 9 anos • Vítima de atropelamento por caminhão • Lesão de Membro inferior com grande perda de partes
moles e exposição de ossos e vasos em joelho
Cirurgia Cardíaca + Cirurgia Plástica
• Abordagens cardíacas ------ esternotomia é a principal via de acesso
• Complicação mais comum = infecção de ferida operatória
Mediastinite
MORTALIDADE DE 35%
² Mulher
² Diabetes Melitus insulino dependente
² Revascularização do miocárdio com a Artéria Torácica Interna (Mamária interna) à Direita
² Saída de secreção da ferida operatória
Pré-intervenção Após Desbridamento
7 dias TPN Pós de retalho de MPM
Dermatologia Pediatria
Cirurgia Plástica
Hemangioma Plano
Laserterapia
Cirurgia
84
Cirurgia
JHC
85
JHC
Hemangioma Tuberoso
Vários pontos
Microscopia:
Proliferação celular
Evolução: Involução espontânea
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Involução espontânea
JHC
Cirurgia plástica exige paciência, conhecimento,
e muitas vezes partilhar opiniões, para só
depois intervir