Cinturao Negro Revista Portugues 309 Abril Parte 1 2016

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A revista internacional de Artes Marciais, desportos de combate e defesa pessoal. Download grátis. Edição Online 309 - Abril - Parte 1. Ano XXV

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REF.: • DVD/SYSWEITZEL1REF.: • DVD/SYSWEITZEL1

En este primer trabajo instruccional, Andreas Weitzel,fundador y jefe instructor de la Academia SYSTEMAWeitzel (Augsburg, Alemania) y uno de los principalesinstructores de SYSTEMA en Europa, explica losfundamentos de combate más importantes. Primero

define claramente la forma natural de caminar,centrandose en la ejecución correcta de

los pasos, para a continuación,mostrar cómo emplear este trabajoen aplicaciones de combate. Unavariedad de diferentes temas seexplican en este DVD,incluyendo: Cómodesequilibrar a un atacante;Cómo golpear y patearcorrectamente; Cómodefenderse frente aagarres, derribos, golpesy patadas. Lasexplicaciones de estevídeo son sencillas peroclaras, con el objetivo defacilitar la comprensión yel aprendizaje para todos.Durante su explicaciónAndreas siempre incluye y se

centra en los principios yfundamentos más importantes

del SYSTEMA, mostrando cómolos diferentes temas están

estrechamente vinculados entre sí.Asímismo se muestra trabajo libre y

espontáneo contra diferentes ataques de manovacía y con armas, en condiciones realistas y amáxima velocidad de ejecución. En este video Andreases asistido por Michael Hazenbeller (Rastatt) y ThomasGössler (Augsburg), dos experimentados instructoresde Systema.

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uando este editorial vier à luz, estaremoschegando à recta final do “Budo Masters”em Roma, um evento que marcará um antese um depois na história de muitos de nós.

Após quase 30 anos de Revista, tenho tidoocasião de conhecer muitíssimos Mestres

dos mais variados estilos e procedências. 30 anos sãomuito tempo nas nossas pequenas biografias e a vida detodos nós mudou muito. Será sem dúvida a ocasião paraum saboroso reencontro em muitos casos e porque não,de novos princípios em outros.

Os momentos destacados são importantes divisórias,porque a vida não é uma contínua linha, mas sim apercebemos como tal, com as nossas pequenasmentalidades. Momentos assinalados, que quebrando asrotinas e mais além disso ou de qualquer outraconsideração subjectiva, (que todas são muitoimportantes!), marcam o acontecer de histórias que devemser vividas por meio do destino individual e colectivo quenos é próprio, onde se mistura e determina a todos. Aprópria história se vai tecendo e se faz desses factos,dessas anedotas, muitas vezes aparentemente fúteis, masque mudam as vidas dos que as vivem.

Quando o acontecimento é por alguma coisa grande,como é o caso que nos diz respeito, as confluências deforças são também espectaculares e as resultantes dasmesmas, consequentemente também o hão-de ser. Claroestá, que cada um observa com seus olhos estesencontros. Aqueles que procuram protagonismo, os queperseguem sonhos, iniciativas profissionais, os que queremnotoriedade, fama ou ocasiões; mas mesmo até aquelesque só vêem o céu desde o seu buraco, estão submetidosa estas forças maiores que incorporam os destinos. Dequalquer das maneiras, para todos será uma ocasião aaproveitar e cada um desde o seu ponto de vista, estará àaltura de quem é e dos caminhos pelos que transita.

Sou uma pessoa feliz por ver como criar uma ocasião paramuitos, está em concordância com muitos. Dito isto, seruma ferramenta ou instrumento do destino, é também partedo destino de cada um e do meu, para bem ou para mal,está indiscutivelmente, está ligado à vida de muitos destesMestres, a maioria deles amigos e irmãos de travessiasvitais, gente à qual admiro e respeito como indivíduos.

Reencontrar estas pessoas, que todas têm alguma coisaa ver com a minha história, e estabelecer um contactoentre elas é, sem dúvida, um prazer.

Claro que muitos dos nossos leitores conhecem-nos porseus artigos durante anos, a estes Professores, grandesMestres o Instrutores, mas eles também se conhecementre si, a maioria das vezes por este conduto da Revista.Imaginem os leitores que ideia bela estarem todos juntos,para que além de uma cara em um ecrã o em um papel,sintam a vibração pessoal e a experiência directa quepermite a ocasião do encontro!

Como o imagino eu? Pois bem, dado que a maioria delessão pessoas que respeito (e respeitáveis), tudo vai decorrerno marco do respeito decoroso e mesmo, em muitoscasos, da mútua admiração. Isto eu sei, porque não sãopoucos os que me têm confessado esta admiração e oprazer que lhes proporciona a oportunidade de seconhecerem entre eles, especialmente após anos decompartilhar espaço nas mesmas páginas, coisa que dealguma maneira, os têm feito irmãos de sangue, mesmoque este sangue tenha sido preta, de tinta!.

Do que eu não gostaria pessoalmente? Que as velhasrotinas competitivas, fruto da falta de maturidade o deantigos complexos, aflorem ocupando o justo lugar dagrandeza de miras, o respeito pela diferença e pelosorganizadores. Os egos sempre afloram nestas coisas,porque por mais que a sua superação estar no número umdo decálogo dos caminhos do guerreiro, parece queviemos a este mundo para dar o que não temos. As ArtesMarciais cheiram a Marte por cada poro e esse deusmasculino, nascido sem parte ou intervenção domasculino, é rude e machão e antes de polir-se,desconhece a cortesia e o respeito.

Não obstante, a olhos dos mais avezados e emconsequência, os mais importantes entre nós, cada umserá retratado em esses pequenos gestos que delatam oponto por donde cada um transite. O que está acima éhumilde… Sempre!; o que se considera no alto, semsaber, se situa debaixo. O débil ataca, enquanto o forte,sabedor das consequências do seu poder, não procura abatalha, não se atrapalha, nem insiste em proteger umaposição o um pedestal espúrio; pelo contrário, como aágua, corre rodeando os problemas, situando-se debaixo,passando desapercebido ao gentio, mas nunca por issoaos outros grandes, que como ele, olham e vêem masalém das formas.

É assim como se têm feito profundas amizades ealianças poderosas que têm resistido o tempo. Desde adiferença, quanto mais profundamente descemos às raízes,mais surge o que de comum todos temos. Afinal, todoaquele que foi até o fundo, sabe bem que todos bebemosdas mesmas fontes e que o que nos une é muito mais doque nos separa e isto é realmente, um formoso enfeite àmultiplicação da unidade primigênia, que traz beleza e galaàs nossas próprios origens, tradições e experiências.Afinal, todos servimos aos mesmos senhores. O queacontece é que os mandos intermédios o não sabem einsistem nas diferenças, por medo a perder o controlo.

Para os estudantes, seguidores e iniciados nas artesdisciplinares que tenham decidido assistir, tanto seja aosseminários como à noite de gala…, que ocasião de oiro!Uma autêntica contaminação de sabedoria marcial irácobri-los por todo lado! Gozarão de uma descomunalimersão na flor e nata de gentes especiais, destacadosespecialistas, Mestres tradicionais, professores que

“Quando os homens se juntam com algum fim,descobrem que também podem alcançar outros fins,

cuja consecução depende da sua mútua união”Thomas Carlyle

“Quando alguém é grande em humildade, está mais perto de ser grande”Rabindranath Tagore

Q

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ultrapassaram as fronteiras e que são conhecidos em todo o planeta, atravésdos seus cursos e da nossa revista.

Transformamos o jantar em um bufete com um magnífico “photo call”, paraque as pessoas, em vez de permanecerem sentadas com quem lhes tivercalhado a seu lado, possam misturar-se, deixando de lado o formalismohabitual destas cerimónias, para dar lugar ao encontro, à foto com o seuídolo, ao autógrafo o ao “selfie” da lembrança. O destaque aqui será paraas pessoas, para os participantes e não para a cerimóniapropriamente dita. As formas excessivas constringem osconteúdos, o objecto do encontro se ressente e ficaescondido atrás da imagem. Não, essa não é a nossaideia!

Na Itália, na cidade eterna de Roma, afamília dos guerreiros unidos a estarevista, os “BUDO MASTERS”,mais uma vez farão história.

Queridos leitores, quemhavia de querer perder ummomento assim?

Ci vediamo in Italia!

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“Apresentamos... o Alfaiate””

Além de uma grande estrela do Cinema Marcial das últimas décadas, o GrãoMestre Dr. Chiu Chi Ling é o representante de uma linhagem Marcialessencial na história do Kung Fu. Homem de uma grande pessoalidade eenorme simpatia, visitou os nossos estúdios para nós gravar um vídeo. Veiojunto com o seu sucessor o GM Martin Sewer, e nos concederam estaentrevista, onde tocam muitos assuntos importantes e divertidas anedotasde um homem que é parte insubstituível da história Marcial moderna. O videoestá já disponível em descarga, o em DVD.

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O Grão Mestre Chiu Chi Ling é entrevistado por Alfredo Tucci

A.T.: Grão Mestre, em primeiro lugar, agradecemosimenso o facto de aqui vir.G.M. Dr.Chiu Chi Ling: Obrigado eu.

A.T.: Estamos muito contentos do termos aqui.G.M.: Sim, eu também! Me sinto feliz por poder conhece-

lo, porque você é o grande chefe!

A.T.: Muito obrigado, Grão Mestre Chiu Chi Ling (riemambos).Eu sou apenas um comunicador e senhor é aqui a

pessoa importante. O senhor e o seu estudante MartinSewer, que também é um bom amigo meu. Estou muitofeliz. Por primeira vez temos a oportunidade de termosos dois juntos, para fazermos novas capas das revistas,os vídeos e termos esta agradável entrevista.G.M.: Pois sim, também eu me sinto muito fel iz.

Fantástico!

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A.T.: Deixe-me fazer-lhe uma pergunta queprovavelmente muitos do nossos leitores têm em mente:como um mestre chinês tem um estudante ocidental queé tão importante no seu estilo e na sua vida?G.M.: Eu era o mais novo de Hong Kong. Mas depois

viajei por todo o mundo, para satisfazer a nossa família do

Hung Gar. É muito importante para mim transmitir o meuconhecimento. Hung, Lau, Choy, Lay e Mok foram as cinco principais

famílias do Kung Fu naqueles dias. Agora, posso levar istoaté mais gente e aprender com eles. Esse é o meu dever.Depois do meu pai, eu sou a próxima geração. O meu pai

Grand Masters

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não ensinou a pessoas estrangeiras, devido a que osestrangeiros eram mais fortes e mais altos e osasiáticos eram mais fracos e mais pequenos. Decerteza já assistir-te às fitas com Bruce Lee! Esse KungFu é chinês!" (Riem). Esta maneira de pensar é antiga, mas eu, como a

nova geração, quero ter o nosso estilo por todo omundo. Eu tenho agora 73 anos, mas mesmo assim,vou difundir a nossa boa técnica, o estilo realmentemeridional, o estilo do Templo Siu Lam Fujian. Nósnão temos o est i lo do Norte. A minha ideia émostrar a longa história da nossa família. TivemosLuk Ah Choy, Wong Fei Hung, Ji Sim Suma Sede,Lam Sai Wing, Chiu Kow. É uma história muitolonga, mas continuarei com o meu trabalho até meaposentar...

A.T.: O estudante Martin está fazendo um bomtrabalho nesta parte?G.M.: Sim, porque Martin já há muito tempo que está

aprendendo de mim. Também é muito amável e muitorespeitoso, como eu era com o meu pai e com a minhamãe. e Martín viajava a Hong Kong muitofrequentemente, para estar comigo e aprender de mim.Ele ainda continua aprendendo. É muito bom estudantee está sob a tutela da minha família. Agora ele temmuitas escolas na Suíça e um muito bom sistema eorganização. Também dirige os seus estudantes nasexcursões que realiza através da China e a Hong Konge os leva aos campeonatos, seminários e ao TemploSiu Lam, em Fujian. Se juntou aos intercâmbios comChin Woo e com diferentes Mestres. Ele é o melhor!Está perto de mim para poder tomar conta de tudo,

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porque ele sabe como eu penso e o que faço. Estou muitofeliz de ter um tão bom sucessor.

A.T.: Isso é estupendo e é muito bonito. Ele é umapessoa muito amável.G.M.: Sim, todos o apreciam muito, o meu pai, a minha

família... Ele é muito, muito amável e cheio de respeito. Etambém Simo gosta dele! Simo foi para o seu casamento.Eu queria também lá estar, mas já tinha reservas de hotéis evoos para esse período de tempo, para trabalhar em filmes.Tinha um contrato e não podia faltar.

A.T.: Mas ele olha por si como se fosse o seu pai.Sempre tem palavras bonitas falando de si. Por issoestou tão satisfeito e feliz de finalmente os ter aqui aosdois e espero podermos fazer uma grande quantidade debelos artigos consigo e com ele, em um futuro próximo.Por isso, estou-lhe muito grato, Mestre.G.M.: E estou muito, muito feliz, porque esta é uma boa

oportunidade para mim. Si não me convidasse não podiafazer esta entrevista e falar com o meu público? Fazemos então os artigos e as entrevistas? Agradeço que

me proporcionarem esta ocasião!

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A.T.: Muito Obrigado, Mestre!

Entrevista realizada por Sifu MartinSewer

Sifu Martin Sewer: Seja bem vindo Mestre Dr. ChiuChi Ling. Sabemos que pratica desde faz muitotempo, o Hung Gar Kung Fu original. Ondecomeçou? Como foi o começo do seu treino?G.M.: A nossa família Hung Gar é muito famosa

no mundo inteiro. Também o meu pai e a minhamãe treinavam Hung Gar Kung Fu. Cresci com aminha famíl ia. Os meus irmãos e irmãs e eu,acompanhávamos meu pai ao treino, já desde os trêsanos. Nessa época, tive de treinar duro, do contrárioele me batia. Aquilo era difícil para mim e tive detreinar muito naqueles momentos. Cresci sob aorientação do meu pai, que tinha uma escola, porisso, eu também o ajudava, assistindo-o quandochegavam novos estudantes. Fuiadquirindo mais e maisexperiência com ele, na maneirade ensinar, posto que isso eramuito importante para anossa família.

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Sifu Martin Sewer: A que idade exactamente, começou a aprender Hung Gar Kung Fu?G.M.: Foi bastante fácil. Com três anos de idade, já pude começar. O Kung Fu não é

para um ano ou dois, é para toda a vida. Agora tenho 73 anos. Ainda estoutrabalhando no meu Kung Fu e ainda ensino os meus conhecimentos a outrosramais, Sifus, estudantes e a estudantes já graduados. Todos estãoaprendendo. Também dou aulas especiais para Instrutores, para quepossam ver como é especial o nosso Hung Gar Kung Fu.

Sifu Martin Sewer: Sabemos que viaja muito, quevai visitar a todos os diferentes ramais, ediferentes escolas. Porquê ensina a tanta gente?Por que motivo o seguem?G.M.: Isto é muito importante. Não é de agora,

isso é assim desde faz 40 ou 50 anos. Pessoasde diferentes países chegavam a Hong Kongpara visitar a escola e essas pessoasaprenderam de mim. Depois, voltavam paraas suas escolas e os seus países e abriamum ramal da nossa famíl ia e a nossalinhagem. Isso é muito importante, porque sepodem ter sucursais nos diferentes países ecidades.

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Sifu Martin Sewer: Podemos ver que é o número UMno Hung Gar. O senhor provavelmente é o melhor emtodo o mundo. Mais ninguém pode viajar tanto e tertantos ramais. Acredito que seja o número um!GM Chiu Chi Ling: Não... Eu só estou cumprindo o meu

dever com o verdadeiro Siu Lam Kung Fu. O nosso HungGar é o de Wong Fei Hung e o de Chung Hee Jung, Ji dimsum See. De geração em geração, se vai criando maishistória do nosso estilo.

Sifu Martin Sewer: Sabemos que nos diferentesseminários nos ensina, se fala de Wing Chun, se fala deBagua, acerca de Tai Chi, sobre os cinco elementos…Está ensinando Hung Gar, ensinando Wing Chung, outalvez Tai Chi?G.M.: Essa é uma muito boa pergunta. Qual é a potência

da polegada? O que é o Bong Sao? O qué é o Tai Chi, oBagua? o Leong Yi Sei Cheong?... Dentro do Hung Gar, seincluem coisas tais como o Tai Chi e o Yin Yang. Nós não

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somos como os outros estilos de Tai Chi. Somos especiais,temos o nosso Chi Ling Chiu Tai Chi, recebido de umadeterminada família do Kung Fu. O nosso Kung Fu tem umalonga história, temos elementos duros e suaves (Gong, Yau,Bik, Jik, Fan, Ding, Chuen, Tai, Lau, Wan, Jai, Dong, San,Ho), a poesia está dentro do nosso estilo. Vemos umpequeno movimento, mas por detrás dele, os princípios sãomuito importantes. Quem vê isso, pergunta: "Isto é HungGar?". Sim. Isto é Hung Gar!As pessoas não percebem o significado mais profundo do

Hung Gar. O que acabas de ver em uma pequena porção…,

vemos no tigre, que é muito forte, mas não no grou, que émuito suave. Devo deixar que as pessoas conheçam osdiferentes níveis... Essa é a minha ideia! Tenho de deixar queas pessoas saibam que essas coisas não são só Wing Chun.No nosso templo está o Kung Fu Fuchién Siu Lam. Está oHung He Gung, em primeiro lugar. O Fong Wing Chun, desua mulher (o grou suave). O Hung He Gung é forte comoum tigre. Assim, casaram para misturar estes dois estilos, osuave e o duro, e aprender a ter a melhor solução para osataques. Isto é muito importante para o nosso estilo. Que aspessoas saibam que não importa se é uma criança ou um

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“Viram OperaçãoDragão, de Bruce Lee?

Todos os meusestudantes aparecem

no filme. Também ensinei aos

especialistas. A partir de então,

diferentescompanhias

cinematográficasnos chamam para

nos dizer:Precisamos de10 pessoas parafazer Kung fu

aqui, amanhã demanhã...,

e eu mando osmeus

estudantes...”

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idoso, nós lhe proporcionamos uma melhor saúde, um corpomais forte e também a habilidade de proteger-se. Isto émuito importante, em todas as idades podem aprender onosso estilo. A minha ideia é que através dos meusseminários por todo o mundo, a gente saiba mais e mais danossa história. Isto é importante!

Sifu Martin Sewer: E falando das diferentes edades...Todos são capazes de aprender Kung Fu? Um bebé, uma

criança e até um homem ou uma mulher de idadeavançada, podem realmente aprender este estilo duro?GM Chiu Chi Ling: (Rindo) Essa é uma muito boa

pergunta! Quando abri a escola, um dia alguns pais vieramvisitar-me e me disseram: "Wow Sifu, o senhor é muito forte.Como uma criança pode aprender consigo?". Eles sabiamque também se tratava da saúde e do espírito e é claro quea criança tem um nível diferente e há programas diferentes ede diferentes tipos. Falou em um bebé? Também um bebé

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tem um programa diferente que o programa de uma criança.O tipo de ensino é diferente. Isto é uma coisa muito boa donosso sistema. Claro está que também há isto para osidosos que querem manter um corpo saudável. Talvez vaiprocurar o mais suave, o Tai Chi e o Yin Yang, mas aindaassim! Como disse, há diferentes graus. Estamos por todo omundo, com diferentes escolas e aulas para a formação eisso é o nosso sistema!

Sifu Martin Sewer: Estou a ver… O senhor é umverdadeiro Mestre! Pelo o que posso apreciar, hoje,

ninguém no mundo pode fazer isto! Mas, por que motivoé tão famoso? Eu o conheço de filmes como "Kung FuSion" e mais alguns com Jackie Chan. Como começouisto?G.M.: Há muita gente que quer isso, unir-se e fazer filmes,

ser uma estrela do cinema. Me perguntam como posso fazero que faço nos fi lmes?. Para mim, é só uma grandeoportunidade. Vivo em Hong Kong. Muitos directores decinema e de empresas estão ali radicados. O meu pai eramuito famoso pelo seu Kung Fu, os seus Dit Da e seusconhecimentos em Medicina. Aquelas pessoas sabiam disso

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e também me reconheceram como seu filho. Quando abriu aescola e chegaram para a visitar gente do cinema, a suafrase foi: "Vocês nos podem ajudar com a coreografia!Queremos mostrar às pessoas o verdadeiro Kung Fu ". Edisse-lhes ainda: "Nunca ante fiz filmes”. Só me disseram:Não há problema, o senhor pode vir até o ”set” eexperimentamos. Essa foi a maneira em que comecei comas fitas. Andava à volta dos meus 21 ou 22 anos e já estavatrabalhando com diferentes grandes estrelas que eram muitofamosas, por exemplo Sammo. Já era muito famoso. ViramOperação Dragão de "Bruce Lee? Todos os meusestudantes estiveram nas filmagens. Também ensinei aosespecialistas. Nos dias seguintes, diferentes companhiastelefonavam dizendo: "Necessitamos 10 pessoas aquiamanhã de manhã" e eu mandava lá os meus estudantes…Se ganhava um bom dinheirinho e além disso, eu dava a

conhecer os meus estudantes… Foi uma oportunidadepoder entrar no negócio do cinema. Alguns directores eprodutores me perguntavam "Este é seu estudante?" Eudizia que sim e isto levou a que rapidamente fossemconsiderados como estrelas de cinema, como foi o caso de

Lau Gar Leung. Viram “Kung-Fusión”? O que tem o paucomprido também é meu estudante. Isso é um facto queaconteceu com o nosso estilo Hung Gar e a família. Nãofizemos isto por dinheiro, mas sim para promoção do nossofamoso nome. Também é bom saber que a nossa família nãoestá só na indústria do cinema de Hong Kong. Actualmentetambém está na China e Taiwán, por exemplo. Nas antigas fitas de Kung Fu a branco e preto, também

aparecia Wong Fei Hung, o herói, interpretado por JackieChan. Wong Fei Hung, o herói da nossa linhagem, foi opersonagem principal em mais de 130 fitas acerca da suavida. Isto mostra que somos a mais grande família, falandodo Hung Gar do Templo Siu Lam do Sul. Somos famosos nomundo todo...

Sifu Martin Sewer.: Mestre Dr. Chiu Chi Ling, o senhorfalou em Lau Gar Leung. Sabemos que fez fitas como"As 36 câmaras de Shaolin" e muitas outras. É tambémum praticante de Hung Gar? Um Mestre de Hung Gar?G.M.: Esta é uma boa pergunta. Desde que se se

começaram a fazer as fitas de Kung Fu, havia autênticos

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“Eu andava em volta dos 21 ou 22 anos e já estavatrabalhando com diferentes grandes estrelas, como

Sammo Hung, Jackie Chan, Gordon Liu, Lau Gar Leung…Todos eles eram muito famosos”

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Mestres de Hung Gar interpretando os papeis. Estamosfalando de verdadeiro Kung Fu diante da c[amara. LauGar Leung era como se fosse meu irmão... Lau GarLeung, o pai é da mesma geração que Chiu Kow, meupai. Assim sendo, eu sou da mesma geração que Lau GarLeung, por isso somos irmãos. O púlico amava as nossasfitas, devido a que a acção era muito realista. Eraverdadeiro Kung Fu! Nos nossos dias há mais efeitosespeciais, mas ainda necessitam dos que têmconhecimentos. Eu era coreógrafo desses filmes e aindahoje o sou. Esses filmes continuam a ser muito populares.Bruce Lee também fez Siu Lam Kung Fu do Sul nocinema. Muitas estrelas de cinema o têm feito, como porexemplo: Sammo Hung, Lau Gar Leung, Alexander FuSheng, Gordon Liu. Todos eles são famosas Estrelas doCinema de Kung Fu, com raizes no Sul.

Sifu Martin Sewer: E falando em filmes... Há algumque tenha feito recentemente? Alguma fita que vaiestrear em breve?

G.M.: Sim, é claro. Sempre estou fazendo filmesdiferentes. Neste momento “A sereia”, do realizadorStephen Chow, que já estreou o 8 de Fevereiro. Talvez apróxima seja na Europa, mas ainda o não sabemos. Nãosou o “chefe” disto! (risadas), mas de qualquer maneiraquero agradecer por todo o apoio para fazer istopossível.

Sifu Martin Sewer.: Muito obrigado. Há algumacoisa que queira dizer aos seus estudantes,estudantes graduados e estudantes avançados detodo o mundo? Aqueles que estão aprendendo o seuestilo, o nosso estilo Hung Gar. Há alguma mensagemque gostaria de lhes mandar?G.M.: Há sim. Eu tenho estado em todas as partes do

mundo. Na Ásia: Taiwán, Hong Kong, Coreia, Japão,Singapure, Malásia. Também na Europa: Alemanha,Polónia, Itália, Bélgica, Suiça, Inglaterra. Na África:Marrocos, Tunsia, Dubai... Em muitos, muitos países,sem esquecer Canadá, México Chile, Argentina,

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“Ele me segue de perto,para poder tomar contadas coisas, porque sabecomo penso e o que faço.Estou muito feliz de terum tão bom sucessor”

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Colômbia? A nossa organização está em todo lado...Todos querem que eu visite o seu país, para fazer

seminários e ensinar. Todas as pessoas e osestudantes me querem conhecer. Gostam do nossoKung Fu e amam os meus seminários.Este ano vou ter ocasião de ir à Argentina e a Nova

York (a um “hall of fame”). Também vou poder ir aSingapure e ao Brasil, donde vai haver umcampeonato. Também há provas para o Dan, porqueas pessoas querem saber o seu nível. Depois destaentrevista, vou voltar à Suíça para uns seminários eexames de Dan. Também teremos ocasião de festejarlá o meu aniversário, fazermos montes de fotografiase fortalecemos a nossa amizade. Isto é típico da cultura chinesa, o respeito pelo Sifu,

Sigung e Si-tai-Gung. Me sinto muito feliz de ter “meu

filho” Martin Sewer, na Suíça, para ele dirigir tudoisso. Ele tem muitos estudantes e oito escolas naSuíça e eu quero lá ir.

Sifu Martin Sewer: Há algum novo projecto ouideia para o futuro, do qual queira falar?GM Chiu Chi Ling: Sim! Estamos fazendo uma

nova fita com o nosso Kung Fu, com uma novahistória e como de costume, queremos divertir-nos eter ocasião de promover o nosso Kung Fu.

Sifu Martin Sewer.: Muito obrigado, Mestre! GM Chiu Chi Ling:Obrigado eu! Muito obrigado Amigos!

Sifu Martin Sewer.: Muito e muito obrigado,Mestre!

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Grand Masters

“A gente nãocompreende osignificado maisprofundo do HungGar, que acaba dever numa pequena

quantidade. Vêem-no no tigre,que é muito forte,mas não no grou,que é muito suave”

“Estamos fazendo um novofilme com o nosso Kung Fu,

com uma nova história e comode costume, queremos ter

diversão e ocasião depromover o nosso Kung Fu”

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WT Universe

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Praticantes e líderes do grupo no WTU (Universo do Wing Tsun)

Consideramos necessário fazermos um resumo claro dos níveisde ensino no WTU e das exigências obrigatórias, porque hámuitos mal entendidos e muita confusão. Isto é devido aproblemas de comunicação ou a uma falta de intensidade notratamento da matéria.

Queremos comunicar tudo com claridade e transparência,internamente e para o exterior. No caso de perguntas demembros do WTU ou também de interessados em geral, semprese tem de consultar aos fundadores.

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No WTU diferenciamos claramente “alunos” (praticantes)e mestres (LotG).

Uma coisa é aprender e outra ensiná-lo. Um mestre temde estar disposto a se situar a si mesmo em tela de juízo eencontrar um caminho para explicar ao aluno a matéria deuma maneira compreensível e com a ajuda das ferramentase funções existentes.

Muitos “mestres” têm a atitude seguinte: Quando tenhovontade de ensinar, até o faria com gosto. Falando maisdirectamente, isto significa: quando tenho um deficit deatenção, gostaria de ensinar. E o segundo estado é aindapior: a frustração. São estes os que têm que compensar asua própria frustração da vida, a través de ensinar de vezem quando, e usam os alunos como sacos de Boxe.

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A prisão dos nossos padrões de pensamento

Quando encontramos alguém que está em outra prisão, quero dizer,que tem outro condicionamento, outra socialização ou outraidentificação, acontece o seguinte:

- não simpatizamos com ela- temos um conflito- vemos um inimigo

Tudo isto se pode transferir com facilidade a grupos colectivos,organizações, religiões, partidos políticos, etc.

O que é a forma e o conteúdo, os não podemos compreender nuncadesta maneira. Nem percebemos que a forma e o conteúdo nãocoincidem.

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É curioso que as pessoassempre pensam que a outrapessoa tenha dito o que chega àsua percepção através dos seusfiltros e maneiras de pensar.Estão dispostos a jurar isso.Não se apercebem de queatravés desta afirmação, só seapercebem dos limites do seupróprio pensamento e quepraticamente se apresentamnus. Na maioria dos casos,neste estado só se queixamemocionalmente do percebido enão estão acessíveis aargumentos razoáveis.

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WT Universe

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De que se queixam realmente? De si mesmos!Mas eles pensam ter toda a razão de queixar-sedo que aparentemente teriam percebido logo.

A gente fala da estrutura do corpo e não seapercebe de que a estrutura tem a ver com seuspadrões de pensamento, suas emoções e seucomportamento no dia-a-dia. Começam a trabalharem um canto, têm uma teoria grande em suamente e querem ensiná-la logo em seguida. Mastudo isso não tem coerência, nem interconexão ealém disso se contradizem a si mesmos. Conformevão sabendo alguma coisa, já passou seus filtrosde condicionamento, socialização, opinião eidentif icação e assim, isso, essa coisa sedestorceu e modificou.

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Qualidades do WTU

1) Atenção 2) Elasticidade 3) Equilíbrio4) Sensibilidade 5) Agilidade6) Planeamento 7) Intenção

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O que acontece quando duas pessoas praticam Chi-Sao? Qual é o sentido da sua prática e quais osobjectivos? Neste 3º DVD, "Chi Sao desde a base até onível avançado", Sifu Salvador Sánchez aborda oaspecto talvez mais importante do sistema Wing Chun,

o Chi-Sao, a própria alma do sistema, que lhedota de umas características

completamente diferentes dos outros,e proporciona grandes virtudes ao

praticante. Este trabalho trataalguns aspectos em princípio

muito básicos, mas queconforme vamosaprofundando neles, nosparecem surpreendentes. Éum rasgo muito claro dacultura tradicionalchinesa, o que é muitoóbvio à primeira vista,encerra uma segunda outerceira leitura, que decerteza modificará anossa maneira de ver, a

prática e a compreensão. Analizamos como praticar

o Chi Sao mediante osnossos “drills” de trabalho e

como aplicar esses drills, essahabilidade, em um sparring,

vinculando alguns conceitos, talveznão tão ligados ao Kung Fu tradicional,

tais como bio-mecânica, estruturas,conhecimentos de física, etc..., a fim de obter

melhores resultados na prática.

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REF.: • DVD/YANTI-1REF.: • DVD/YANTI-1

O Mestre Shaolin Shi Yanti é monge da 34ª geraçãodo Templo Shaolin de Songshan e discípulo directodo Venerável Abade Shi Yong Xin. Neste primeiro trabalho para Budo International, elenos apresenta Luohan Shibashou, uma das formas

básicas de mão nua mais antigas erepresentativas do Templo Shaolin.

Segundo o livro “Shaolin Quan Pu”,na Dinastia Sui, os monges

guerreiros de Shaolindesenvolveram uma série demovimentos simples,escolhidos de acordo comas “18 Estátuas deLuohan”, daquí o nome deLuohan Shi Ba Shou (18mãos de Luohan). Oestilo deste Taolu éespecial e em seusmovimentos contínuos,se apreciam nitidamentecombinações demovimentos reais eirreais, de defesa e contra-

ataque, e grande variedadede movimentos ocultos. As

principais técnicas de mãoneste Taolu, são as de palma e

sua aprendizagem exige uma muitoboa agilidade e coordenação, assim

como o domínio das posições Xubu,Dingbu, Gongbu e Mabu, e suas características.

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“A Primavera sempiterna”Uma vida para o Weng Chung Kung Fu

O de 30º aniversário do Grão Mestre Andreas Hoffmann (1986-2016)

Já desde a sua infância, AndreasHoffmann estava entusiasmado pelasArtes Marciais. Seguindo a sua vocaçãointerior de encontrar a verdadeira artemarcial, na década dos anos 80, sendo eleadolescente, já se atreveu a dar um saltoao desconhecido e partiu para uma viagemà China, onde aprenderia durante muitosanos, com vários mestres. Entretanto, ele mesmo se faz um Grão

Mestre e mudo afora ensina o Weng ChunKun Fu desde faz 30 anos. A suacontribuição ao Weng Chun e às ArtesMarciais em geral, é muito diversa e eu,sua mulher Gabriela Hoffmann, queroneste artigo tentar falar um pouco disto,desde o meu ponto de vista.

Texto: Gabriela Hoffmann, Christoph Fuß,Fotos: Jens Kamer, Andreas Hoffmann.

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“A Primavera sempiterna”Uma vida para o Weng Chung Kung Fu

O de 30º aniversário do Grão Mestre Andreas Hoffmann (1986-2016)

Weng Chun basicamente significa “Primavera Sempiterna”. Quando se vive junto a Andreas Hoffmann ese compartilha a vida quotidiana, podemos imaginar o que querem dizer estas palavras. Desde faz quatrodécadas, quase toda a sua vida até agora, se tem dedicado às Artes Marciais. Não obstante, ainda o vejo

Weng Chun

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a cada dia, dedicando-se ao Weng Chung com autêntica paixão e alegria, entregue totalmente aos seus exercícios e aoseu ensino e sempre tentando avançar com mais profundidade, nos segredos da Arte de Shaolin. Quando não ensina e seutrabalho permite, faz viagens de pesquisa. Em outras ocasiões se encontra em um retiro de meditação budista, ou estáocupado estudando uma nova arte marcial. Está muito dedicado a transmitir sua arte e gosta de ensinar a pessoas muito diversas. Começa com as crianças e ao

longo de um dia, entusiasma pouco a pouco centenas de pessoas com o seu conhecimento, a sua capacidade e a suacordialidade. Durante os descansos, cultiva os contactos com suas antigas escolas e colegas de Weng Chung, em todo omundo e através de diversos meios sociais, o planeja em projectos futuros. Nos fins de semana acostuma a fazer viagens aoutras cidades o a outros países. Desta maneira, tem chegado a muitos lugares interessantes durante os últimos 30 anos,para lá ensinar; como ao bairro chinês de Los Ángeles o ao museu do Ving Tsun, em Dayton (E.U.A.).Viajou à Polónia nos anos 80, quando o país ainda era comunista. Tem viajado muitas vezes a Hong Kong, à Suiça,

Dinamarca, Suécia, Itália, Sérvia, Espanha, os Países Baixos e muitos lugares mais. Até agora tem introduzido o WengChun Kung Fu em mais de 15 países.

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Weng Chun

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Também inspira a outras pessoas paraconseguirem conquistas pioneiras; assim, seusalunos, mestres italianos, têm feito realidade osonho de retomar as antigas tradições e ensinaro Weng Chun em um antigo templo, que foiconstruído com dedicado trabalho na praia deNápoles e se dedica completamente ao WengChun Kung Fu. Muitos dos seus alunos se têm dedicado ao

estilo de vida Shaolin, graças à sua inspiração ealguns deles fazem do Weng Chun a suaprofissão principal como, por exemplo, o MestreThomas Reichelt, em Erlangen e o MestreMichael Berger. Também na Alemanha Oriental oWeng Chun floresce graças ao esforçoincansável de Mestre Peter Fischer e da suaequipa de cinturões negros, como Mike e HolgerMüller e muitos mais. Além disto, AndreasHoffmann trabakha como autor; cada mêsescreve para a revista mais prestigiosa do mundode Artes Marciais, como Budo International eCinturão Negro e já publicou três livros, emvarios idiomas, que são os primeiros livros nahistória do Weng Chun. Na minha opinião pessoal, a sua obra no Weng

Chun consta de preservar a arte com a suaindependência e a particularidade da suahistória, filosofia e caminho de treino, para a levarao nível que tinha nos tempos dos templosShaolin e do Grão Mestre Fung Siu Ching. Eainda há mais. Com a sua equipa de mestres elequere desenvolver esta arte a um nível aindamais alto, através do treino duro e umainvestigação prática incansável. O Grão Mestre Andreas Hoffmann cultiva o

Weng Chun em todos os seus aspectos, comajuda das suas conquistas e a sua influência: Primeiro, é uma maneira de auto-defesa genial,

que todos podem aprender em pouco tempo eque não se baseia na força e na velocidade, massim na sensibil idade, espontaneidade enaturalidade – e disto resulta uma evoluçãonatural e fácil de força e velocidade. O mesmoacontece com o Weng Chun como arte decombate, que pode continuar sem problemas, àaltura mais alta da capacidade de combateactual. A equipa de combate do Weng Chun temregularmente muitos êxitos nos torneios de Estilolivre, Sanda e K1. Os alunos e os campeões commais êxitos de Andreas Hoffmann são: o MestreIsmail Göksu, Sifu Sebastian Mehler e Sifu HenrikAffe Sprechler da Dinamarca. Em tempos de constante criação de novos

estilos nas Artes Marciais, temos de destacarespecialmente um aspecto, e este é que o doWeng Chun, como arte marcial chinês tradicional,com todos as suas formas e exercícios especiaise a sua própria história, que se pode rastrear até

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Weng Chun

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os dias do famoso templo Shaolin. Desde faz 30 anos,Andreas Hoffmann está pesquisando neste âmbito e porisso viaja para visitar todos os praticantes ainda vivos,do Weng Chun em Hong Kong, na China continental,Vietname e outros países. Com isso, ao mesmo tempocontinua a obra do su professor mais importante, o GrãoMestre Wai Yan, que pouco depois da Segunda GuerraMundial, fundou a Academia de Investigação Dai DukLan, que existiu até 1991 e onde convidava a todos osgrandes mestres do Weng Chun de diferentes famílias,para ensinar e trocar ideias. Anteriormente, ointercâmbio tinha sido difícil por motivos de persecuçãopolítica e por isso o Weng Chun se desenvolvera emdiversas linhas. Com o Dai Duk Lan, Wai Yan tinhacriado um mútuo lugar do encontro, de intercâmbio e deevolução desta arte e esta herança sele a deixou ao seualuno Andreas Hoffmann, que inspirado por este grandeespírito e o conhecimento desta herança importante,insistentemente anda em busca de membros da famíliaWeng Chun, desaparecidos nos territórios mais remotosda China; Também se tem famil iarizado com as

características do seu caminho do Weng Chun, para asestudar profundamente. Também está aberto a novosaspectos dos estilos Kung Fu chegados ao Weng Chun.Assim, está aprendendo desde faz 30 anos, com o GrãoMestre do Hung Gar e actor, Chiu Chi Ling, assim comocom o Grão Mestre de Choy Lee Fut, Tsang Hin Kuen;do Grão Mestre Fu Sheng Lung aprende os estilos“suaves” Tai Chi Chan, Hsing I e Bagua. Especialmente o Grão Mestre Fung Siu Ching é

conhecido por ensinar o Weng Chun como arte Chan ouZen, o que também se reflecte em seu slogan “WengChun Fat Gar” (Weng Chun Família do Buddha). A motivação de Andreas Hoffmann, assim como a de

todos os praticantes de Chan, é proteger os outros dosofrimento e ajudá-los a viver uma vida feliz. O motivoprincipal do Chan é procurar a naturalidade, asimplicidade, a espontaneidade e a afectuosidade, o quetambém significa desprender-se de perspectivassolidificadas e de padrões de costumes e aderir-se àsensualidade. Muitos praticantes do Kung Fu deixaramde ter acesso à filosofia do Chan e por conseguinte,

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Weng Chun

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frequentemente se transmite esta arte sem considerar apropriadamente a sua dimensão espiritual e assim fica incompleta.Com o seu trabalho prático e a sua obra literária, Andreas Hoffmann tenta motivar os praticantes de Kung Fu a se dedicaremtambém a esta parte da arte marcial e a maioria dos alunos e dos mestres seguem o seu exemplo. Por último, temos de falar do aspecto benéfico para a saúde do Weng Chun, como arte de cura e desportiva. Para

completar o seu conhecimento também neste âmbito, Andreas Hoffmann estuda Medicina Tradicional Chinesa e amplia seusconhecimentos com outros conhecedores, como Álvaro Romano, o fundador da Ginástica Natural. Em Janeiro de 2016, se festejou oficialmente o aniversário dos 30 anos de ensino do Grão Mestre Andreas Hoffmann.

Professores, amigos e alunos de todo o mundo, viajaram ao Centro de Weng Chun, em Bamberg, Alemanha, para festejaremjuntos as conquistas e a obra de Andreas Hoffmann. O convidado famoso em qualidade de mestre importante e testemunhada sua época, foi o Grão Mestre do Hung Gar, Chiu Chi Ling, que veio desde São Francisco (Califórnia). Foi preparada umasérie de seminários e actuações incomparáveis e compartilhou com os presentes a sua compreensão do parentesco entre oWeng Chun Kung Fu e o Gar Kung Fu. O Grão Mestre Chiu Chi Ling e o Grão Mestre Andreas Hoffmann estão unidos por um estreito relacionamento desde 1986 e

o reconhecimento do seu apoio à família Weng Chun durante três décadas, também formava parte do aniversário. Outrosconvidados foram os Mestres de Weng Chun: Philipp Hackert, Harald Gries, Michael Berger, Thomas Reichelt, RittirongKonggann, Thorsten Engels, Peter Fischer, Ismail Göksu, Alexander Hofmann. Además de Italia, os irmãos Flávio e FedericoGreco, assim como Fábio Sarnataro, Henrik Affe Spechler e Patrick Mathiesen da Dinamarca. Todos eles deram aulas emostrraram junto com seus alunos e de uma maneiraimpressionante, a beleza do Weng Chun Kung Fu.O próprio Grão Mestre Andreas Hoffmann apresentou a sua

visão do Weng Chun Kung Fu e demonstrou em um seminárioparticular, o aspecto especial da “fluidez” no Weng Chun, atravésde uma série de exercícios simples. Quando no fim apresentou aforma principal do Grão Mestre Wai Yan no banquete de gala, opúblico aplaudiu em pé, com entusiasmo e muitos deles seemocionaram. Andreas Hoffmann agradeceu sua presença e suas

apresentações e todos os presentes recebidos, que foram muitodo seu agrado. Foi uma festa de aniversário maravilhosa ememorável para toda a família Weng Chun e também se fizeram

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muitas novas amizades eplanos para o futuro e oprogresso do Weng ChunKung Fu. O evento esteve

acompanhado por umfotógrafo profissional e umaequipa de televisão, quepublicaram um documentáriosobre Andreas Hoffmann esuas contribuições ao WengChun. Eu mesma me sinto

sumamente satisfeita depoder observar e gozar dospróximos trinta anos e ter oprivilégio de os viver deperto.

Weng Chun

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REF.: • DVD/VIET6REF.: • DVD/VIET6

O Vovinam Integral é simplesmente voltar ao Fundador. Ameta do Fundador era clara e abertamente declarada:“Adquirir técnicas eficazes, assimilar as essências destastécnicas e transformá-las em técnicas de Vovinam”. Esteconceito está vigente anda hoje e é OBRIGATÓRIO para

todos os mestres de Vovinam no mundo. O Vovinam é assim um conceito de

investigação, para alcançar um estilosuperiormente eficaz. No entanto,

actualmente 90% dos professores deVovinam esquecem isto e se

inclinam perante um programademasiadamente carregado,

demasiadamente fixo,demasiadamente estético epor vezes, completamenteineficaz para numerosastécnicas.

O Vovinam integral é,simplesmente, voltar aencontrar a essênciaoriginal da arte de MestreNguyen Loc. Para isso,temos os princípios, as

técnicas de base e só temosque voltar a trabalhar a

forma eficaz de cada técnica,assim como aplicar o princípio

fundador. Neste DVD, pela mão do Mestre

Patrick Levet, estudamos osfundamentos do Vovinam Integral, as

ameaças e ataques com faca, contra-ataques integrais e a defesa frente a Dam

Thang (punho directo), Dam Moc (gancho), Dam Lao(soco azabaia), assim como as chaves básicas de perna.

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Existem muitas especulações acerca das verdadeiras origens do Jiu-Jitsu japonês ena minha humilde opinião, não se trata de uma arte marcial específica, mas sim deaplicações diversas de princípios e técnicas. Para o meu livro, escolhi a maneira deescrever JIU-JITSU porque também foi usado pelos primeiros mestres japoneses quese instalaram no Brasil.Durante as minhas várias viagens ao Japão, logicamente tentei descobrir algumas

coisas acerca do Jiu-Jitsu e acredito que uma informação muito importante foi queoriginalmente, o Jiu-Jitsu não foi uma arte marcial desarmada, era ensinado com esem armas letais (espada, faca, etc.) e não letais (pau, corda, etc.).

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Texto: Franco Vacirca & Sandra NagelFotos: www.budointernational.com

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História

Maeda Mituyo

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presunção de que as origens do Jiu-Jitsu seencontravam na Índia e que esta arte marcialveio com os monges budistas através daChina para o Japão, pode ser correcta (emparte), mas não se deveria de ignorar ainfluência que na minha opinião, poderiam ter

tido os “Artistas da Luta e da Guerra Europeus”. A palavra JIU-JITSU frequentemente é traduzida como

método “suave” ou “adaptável”, mas devemos dizer que adenominação JIU-JITSU propriamente dita, não representauma arte marcial mas sim um termo genérico. No mundodas artes marciais asiáticos, frequentemente se descrevemos inícios com a introdução do Budismo por Bodhidharma,

través da Índia. Supostamente, Bodhidharma viveu entre oano 440 e o ano 528, e viajava por diversas partes da Ásia,para expandir as ensinanças do Budismo. Foi um mongeda Índia que o fez e é considerado o patriarca da linhaChan ou Zen. No entanto, nem tudo da sua história temevidências escritas, porque muitos factos se transmitiramoralmente. Aproximadamente em 480 d.C., deixou a suaterra natal e viajou à China de barco. Depois, atravessou oHimalaias através das províncias nórdicas, se encaminhoupara a China do Sul e chegou à corte do Imperador dadinastia Liang. Em 523 d.C., voltou ao norte, à província deHenan e parece que ali, Bodhidharma foi um dosfundadores do famoso Mosteiro Shaolim.

Brazilian Jiu Jitsu

SS Anthony, afundado março 1917 pelo alemão U-boat

A

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História

Taro Miyake

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Uma segunda, mas não menos importante históriatransmitida oralmente, conta que um monge chinês, denome Chin-Gen Pin, viajou ao Japão e introduziu ométodo. Em troca de alojamento e alimentos, durantedécadas ele ensinou os seus conhecimentos a diversasfamílias Samurais. Esta arte se chamava “Chikara Karube”,que vem a ser qualquer coisa como “competência daforça”. O Jiu-Jitsu Kodokan, como o próprio Professor Jigoro

Kano o chamava ao princípio, era uma colecção dediversas técnicas de diversas escolas, mas eliminou astécnicas perigosas e letais. Também se sabe que o Jiu-Jitsu Kodokan tinha um equilíbrio de técnicas no chão ede técnicas em pé.

Para oferecer ao público ampliou um “espectáculo”emocionante, pondo o foco da atenção sobre as técnicasde lançamento, que eram mais espectaculares numa arenade combate. Mas nem todos os praticantes da épocaabandonaram as técnicas de solo eficientes e prestigiosas. Se fundaram em muitas universidades os denominados

grupos KOSEN, que organizavam torneios internos, paracultivar e incentivar este conhecimento entre os alunos de“Judo” mais jovens. Um dos principais responsáveis da introdução do Jiu-Jitsu

no Brasil, sem dúvida foi o Mestre Mitsuyo Maeda. Ele eraum homem de 164cm de altura e um peso de 60kg. Nasceraa 18 de Novembro de 1878, na cidade de Hirosaki e faleceua 28 de Novembro de 1941, em Belém do Pará (Brasil).

Brazilian Jiu Jitsu

Shutaro Ono, Soshihiro Satake, Tokugoro Ito and Maeda in 1912

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História

The Maeda family

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Após ter experimentado brevemente aprática do Sumo, Maeda chegou ao Jiu-Jitsudevido à sua pequena altura. Com 17 anos foimandado a Tóquio para estudar naUniversidade Waseda, onde também começoucom o Jiu-Jitsu Kodokan. Naquela época, osalunos eram designados para os mestres porsuas alturas e pesos e assim Maeda estava nochamado grupo SHINTEN-NO (grupo doprogresso), com Tsunejiro Tomita. Em 1907 foram premiados com o 4ºDan,

pelo Instituto Kodokan, quatro mestres. Erameles: Mitsuyo Maeda, Shutaro Ono, SoshihiroSatake e Tokugoro Ito. O Mestre Ito, o de maisidade entre eles, foi o líder do grupo queviajou aos E.U.A. em 1908. Ito ficou nos E.U.A.mas depois viajaria para a América do Sul,para visitar uns amigos. Pelo contrário, osmestres Satake, Ono e Maeda continuarampor vários países da Europa e só depois iriamà América do Sul. Durante as minhas pesquisas, repetidas

vezes “tropecei” com um mestre do Jiu-Jitsude nome Sadakazu Uyenishi. Hoje, tenho acerteza de que este mestre foi o primeirocontacto com a Europa a través do Jiu-Jiutsu,para vários colegas japoneses. O seu nomeaparece em vários livros e artigos daquelaépoca. A sua carreira profissional começoucomo professor no famoso Clube Bartitsu(1899) que, lamentavelmente teve de fecharem Maio de 1902. No entanto, isso o levou afundar a sua própria escola de Jiu-Jitsu, queele mesmo iria dirigir até 1908, pouco antesdo seu regresso ao Japão. Quando o MestreUyenishi encarregou ao seu melhor alunoinglês que dirigisse a escola, Ono Satake eMaeda viajaram até a Espanha para provar alitentar fortuna. Desembarcaram na cidade deBarcelona e logo se dirigiram à cidade deSevilha, onde foram recebidos pelo MestreTaro Miyake. O Mestre Taro viajara em 1904desde o Japão para Londres, onde ensinoujunto com Yukio Tani. Diz-se que por volta de 1934, Hélio Gracie

lutou contra Taro Miyake, mas isso não écerto, posto tratar-se de um aluno de Ono,

cujo nome de família também era Miyake.Devemos dizer que Taro Miyake não eraprofessor de Kodokan. Permaneceu fiel aoYoshin-Ryu e foi o primeiro japonês queensinou na França e na Espanha, entre outrospaíses e também em 1905, na famosa escolade Jiu-Jitsu de Ernest Regnier. Devido aos excelentes contactos de Miyake,

Maeda também fez novos amigos com possese viajou a diversas cidades europeias. Seuscaminhos se separavam quando Maeda, juntocom Satake e Ono, viajaram à América do Sul.Taro Miyake aceitou um convite para ensinarem Paris, na Academia Maitrots, antes deinstalar-se definitivamente nos E.U.A. para láviver durante muito tempo. Dos documentosque eu conheço, o primeiro tem a data de 14de Novembro de 1914 e constata a chegadado Mestre de Jiu-Jitsu Maeda, quem anunciaum espectáculo de Jiu-Jitsu. Maeda estava tão fascinado com os

Estados Unidos da América que tomou adecisão de nunca mais ir embora. A essaaltura, o Jiu-Jitsu já estava estabelecidotambém no Brasil, donde ele próprio fundarauma escola. Maeda não foi o primeiro japonêsa introduzir o Jiu-Jitsu, mas deste assuntofalarei depois, para o esclarecer mais empormenor.O jornal “O Tempo” anunciava quase um

ano depois, a 20 de Dezembro de 1915, que ogrupo de Jiu-Jitsu, dirigido pelo “CondeKoma”, estava de visitando Belém do Pará eque ia fazer um espectáculo do ARTE SUAVE,no teatro “Politheama”. Também anunciavaesse jornal, que depois haveria ocasião delutar contra o campeão Maeda. O redactorresponsável do jornal, publicou justamentedepois do primeiro evento, um segundo artigoque chamou a atenção de um sumoca turco,de nome Nagib Assef e que visitou a redacçãodo jornal para desafiar o japonês para umaluta. Maeda aceitou a oferta nesse mesmo diae a data para a luta ficou marcada para o dia24 de Dezembro de 1915. Também essa lutadurou só uns poucos segundos e de novo,Maeda foi o campeão da noite.

Brazilian Jiu Jitsu

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Poderíamos pensar que então Maeda realmenteconseguira tudo e que realizaria o seu sonho de umaescola própria, mas não foi assim. Como o seu amigo Onoestava em São Paulo e Satake era bem sucedido com asua escola em Belém, Maeda resolveu voltar à Inglaterra.A 8 de Janeiro de 1916, subiu a bordo do barco que levarade Manaus a Liverpool, para depois poder chegar aLondres. Ali encontraria a f i lha de um prósperocomerciante de importações e exportações, de nomeMay-Iris. Pouco depois casaram e ambos foram paraBelém. Maeda considerava o seu regresso a Belém comoa maior sorte na sua vida, conforme ele mesmo dissenuma entrevista do jornal local, porque pouco depois dodia 17 de Março de 1917, a SS Antony, o barco em queMaeda viajou ao Brasil, foi fulminado pelo torpedo de umsubmarino alemão, que matou 55 pessoas e seresgataram 450 sobreviventes, por um barco que estavaperto. Maeda queria subir ao ringue e pouco depois, Satake

organizou uma luta “de comparação”, contra o lutadornativo de Capoeira, que se chamava Pé de Bola. ParaMaeda, foi uma grande oportunidade de se apresentaroutra vez em público. O que não sabia era que o oponenteescondia uma folha de barbear muito afiada, entre seusdedos do pé, para poder feri-lo. Mas também essa lutaacabou em poucos minutos quando o lutador de Capoeiraficou estendido no chão, com um braço partido e o“Conde Koma” foi coroado “rei da noite”. O nome de“Conde Koma” supostamente surgiu porque seusoponentes perdiam os sentidos depois de um lançamentoforte.

Na Primavera de 1921, o Mestre Maeda funda seu próprioDojo, que encontrou seu lugar no Clube de Remo, na cidadede Belém. Quase ao mesmo tempo, o seu amigo Satakefechava a sua escola e abandona o Brasil. Assim, muitosalunos mudaram de Satake para Maeda, entre eles tambémos primeiros três faixas pretas de Satake, presididos pelojovem mestre Donato Pires dos Reis, que depois viria a ser omestre de Jiu-Jitsu de Carlos e George Gracie. O casamento de Maeda com May-Iris, a sua mulher

inglesa, não durava muito e ela voltou para Londres.Enquanto isso, Maeda trabalhava adicionalmente comoassistente do delegado de uma colónia japonesa. Essacolónia se encontrava nas aforas de Belém e o lugar eraprestigioso e se pagava muito bem. O Brasil era muitointeressante para o comércio japonês de importações eexportações, mas a situação política insegura e ascrescentes perturbações, não facil itavam osinvestimentos. Quando Maeda perdeu o seu trabalho, elejá tinha uma ideia para um novo negócio. Os primeirosfatos de treino eram importados do Japão e como o custoera muito alto, Maeda contratou a mulheres nativas quecoziam os fatos de treino do Jiu-Jitsu, para ele e paraoutras escolas. Eram feitos em um tecido de algodãosimples e branca e faziam também os cintos e o resto deroupa. Para os alunos principiantes eram brancos e paraos alunos avançados, eram tingidos de azul… Este foi o inicio de um próprio programa brasileiro de

cintos.

Franco Vacircawww.vacircajiujitsu.ch

Brazilian Jiu Jitsu

“Os primeiros fatos de treino eram importados do Japão ecomo o custo era muito alto, Maeda contratou a mulheres

nativas que coziam os fatos de treino do Jiu-Jitsu, para ele e para outras escolas. Eram feitos em um tecido

de algodão simples e branca”

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As cinco vias de ataque

Todos os métodos de ataque de cadaum dos estilos de luta corpo a corpo,acabam por entrar numa destascategorias; estes métodos de ataquesão a base das estratégias dastécnicas e tácticas do combate real.

As ferramentas anteriormente ditas,podem ser util izadas em cada umdestes cinco métodos. Logicamente,quanto mais agudizado seja oinstrumento, mais eficaz será o ataque,as técnicas / tácticas não são umsubstituto de ferramentas eficazes emum combate real, a superficialidade podeser uma debil idade, o que poderiaresultar fatal.

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Ataque simples directo (SDA singular direct attack).

Ataque simples em ângulo (AEA singular angolar attack).Por exemplo: Jab directo ou em ângulo.

Ataque por combinação (ABC attack by combination).Por exemplo: Jab-directo-gancho.

Ataque por atracção ou convite (ABD attack by drawning)Por exemplo: deixar a cabeça exposta a um jab e quando o oponente lança o seu golpe, contra-atacar batendo-lhe no bíceps.

Ataque com imobilização da mão (HIA hand immobilization attack)

Ataque com imobilização do pé (FIA foot immobilization attack)Por exemplo: Pak Sao, Jeet Tek

Ataque progressivo indirecto (PIA progressive indirect attack)Por exemplo: finta de pontapé baixo, gancho, jab

Jeet Kune Do

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Ataque simples directo / ataque simples angular

É o mais simples dos métodos de ataque,mas sendo simples é também o mais difícilde aplicar de maneira efectiva.

Marcar um golpe simples, decisivo, sempreâmbulos, é o apogeu da economia demovimentos. No entanto a, minhaexperiência me tem ensinado que podemarcar um SDA a um adversário preparado équase impossível.

A maioria das Artes Marciais sabemdefender-se de um SDA e portanto, a menosque sejamos claramente superiores aonosso adversário, talvez o mais convenienteseja escolher uma táctica diferente. A menosque o façamos pondo em prática ainterceptação, que é o coração de JKD.

Ataque por combinaçãoEste é um método de ataque muito eficaz

e relativamente fácil e se explica por simesmo.

Combinando as nossas ferramentas,podemos criar uma situação em queenrolemos o nosso adversário sem ele poderreplicar, se atacamos o suficiente, algumgolpe sem dúvida irá impactar no deobjectivo.

A desvantagem é que este método tende acriar uma propensão à fricção, o que é bomno caso de sermos de maior tamanho que ooponente, mas não é recomendável quandoassim não é.

Ataque por atracção ou convite / abertura

Este método é muito elaborado e precisade um bom timing, assim como deferramentas de ataque razoavelmenteagudas; onde podemos efectuar um ataquepor combinação, este ataque não pode serlevado a efeito. A arte do ataque por conviteé a arte do contra-ataque com os punhos.

Aquele que sabe fazer um bom uso destetipo de ataque, empurrará o oponenteatacando-o de maneira que ele estiverpreparado para receber e contra-atacar. Istopode resultar bastante difícil, posto que

Jeet Kune Do

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1. Técnicas básicas para o Boneco de Madeira2. Técnicas básicas para o Boneco de Madeira3. Técnicas básicas para o Boneco de Madeira

4. Defesa de joelhada5. Joelhada à cara com saída lateral

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precisa de uma certa habilidade em saber"ler" o adversário.

Ataque com imobilização da mão ou do pé

Este método é muito eficaz porque amaioria das pessoas o não espera; toda atáctica consta de especar uma articulação,enquanto se bate.

Isso nos permite abrir uma linha deataque relativamente livre de obstáculos.Este tipo de ataque parece ser própriodas artes orientais e alcança seu apogeuno Wing Chun e no Kali.

Ataque progressivo indirectoContra um adversário capaz,

provavelmente seja a estratégia de ataquemais eficaz; depende da nossa capacidadepara fingir, frente ao oponente.

Dando a entender ao nosso inimigo queatacaremos numa linha, outra linha ficaráaberta e vulnerável, e ainda que possarevelar-se extremamente eficaz, necessitaritmo e uma finta convincente.

Outra característica que define o API é quea finta serve para fechar a distância; deslocar-se para diante é muito importante e nosoferece o privilégio de começar o nossoataque desde uma distância maior.

Então, qual o tipo de ataque se deve deusar? Mais uma vez, a regra é: a ferramentaadequada, no momento adequado, para umatarefa adequada à mesma. Por regra geral,nenhuma táctica funciona para tudo e quemcombater sabe que isto inclui a possibilidadede reconhecimento do oponente.

Estes métodos não significam nada por simesmos, se não somos capazes de os levar àprática em combate; não podemos perder devista aquilo para o que nos estamospreparando; o que separa as Artes Marciaisde outras práticas motoras é o combate frio,duro e sem piedade.

Em um momento de crise e de perigo, nãoestaremos à altura das nossas expectativas,mas iremos cair no nosso nível de treino;fazer um uso eficaz destas estratégias,depende da nossa habilidade para trabalhar

Jeet Kune Do

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6. Joelhada direita7. Joelhada esquerda

8. Pak sao punho9. Gum sao punho

10. Depois, o punho controla oadversário Lan Sao

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de maneira eficaz, uma vez que alcancemos um nívelbásico de adquirir as técnicas que vimos anteriormente,recomendo usar estas ferramentas e aplicá-las a todosos métodos de ataque.

Nenhum método será o adequado para qualquerdistância ou técnica, comecem a dar pontapés e depoiscomecem a dar golpes de punho, para posteriormentetratar de dar pontapés e socos ao mesmo tempo. Não háregras para este processo, só ganhar experiência boa emá. O objectivo é compreender a vantagem táctica decada método, em tempo real, pelo que é muitoimportante experimentar.

Como já disse, no exército, um comandante pode serperdoado por ter perdido, mas não por ter sidoapanhado por surpresa. As variáveis que governam assituações, são infinitas, mas os instrumentos de combatecorpo a corpo e os ângulos de ataque,surpreendentemente são poucos. Não faz sentidopreocupar-se por coisas que se não podem controlar,mas é nossa responsabilidade, familiarizar-nos com arealidade e as limitações práticas do combate corpo acorpo.

Jeet Kune Do

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S.I.D.P. – UMA REALIDADEDA FAMÍLIA UIKT - UNIONE ITALIANA KUNG FUTRADIZIONALE (UNIÃO ITALIANA DE KUNGFU TRADICIONAL)

As actividades da S.I.D.P., Scuola ItalianaDifesa Pessoale (Escola Italiana de DefesaPessoal), se concentram no estudo e naprática das Artes Marciais e de DefesaPessoal, em todos os níveis.

O sistema de combate integrado,proposto pela Escola, tem suas raizes noWing Chun Kuen, que é o princípio motor, ocoração latejante.

A Defesa Pessoal estuda especificamenteo contexto histórico e socio-cultural dosistema de combate desenvolvido nestaépoca, no mundo contemporâneo: osperigos, as dinâmicas de agressão e alegislação da sociedade rural da China doano 1600, obviamente diferem dascondições actuais nas zonas urbanizadas.

Com a finalidade de fazer com que a ArteMarcial de referência seja uma ferramentaútil na realidade actual, não limitada aoâmbito do ginásio, ao estudo das armastradicionais se associa o das armasutilizadas pelos potenciais agressores, tantosejam contundentes ou de corte e punção(paus e facas). Também há cursosprogramados específicos, que contemplamo estudo de armas de fogo e a suaaplicação nas mais diversas situaçõestácticas, incluídas aquelas de airsoft.

O objectivo da S.I.D.P. é coincidente como do seu fundador e decano, o Sifu

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Francesco Procaccini, Mestre UIKT 5ºDan, com mais deduas décadas como profissional: dar às Artes Marciaisaquele papel de utilidade dentro da sociedade, que é abase do seu próprio nascimento e seu crescimentocontinuado.

O Mestre Francesco Procaccini nasceu em 1971, emAriccia, perto de Roma e cedo expressou sua disposiçãopara a acção. Já campeão italiano de Waterpolo, com 24anos também venceu no título mundial no Boxe, segundasérie dos pesos médios. Foi logo a seguir de conseguireste título quando levado por um profundo desejo deinvestigação da eficácia e da eficiência no combate, queentrou em contacto com as Artes Marciais chinesastradicionais e em especial com o Wing Chun de Sijo LeungTing, que começou a aprender com SiFu Paul Delisio,iniciando um processo de crescimento, que continuariasem interrupção durante os seguintes 18 anos. Ao mesmotempo, ocupa lugares de responsabilidade na segurançade todo o território nacional, tanto no mundo doespectáculo como no mundo da política.

Nesse mesmo período se aproxima do Bojewoje Sambo,Arte Marcial praticada pelas forças especiais russas"Spetsznat", que pratica com maior ou menor intensidadedurante uns sete anos, nas bases militares de Moscovo,Novominsk e Polyarny (Sibéria) e entra en profundidade noestudo das armas de fogo, com Mauro Próspero e váriosespecialistas estrangeiros, entre outros, com GabrielSuárez.

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Condensando seus profundos conhecimentos de ArtesMarciais adquiridos durante vinte anos de estudo, dez dosquais como profissional, em Outubro de 2013 fundou oSistema Integrado de Defesa Pessoal (S.I.D.P.), do qual é oMestre em cada sector.

Actualmente continua o seu trabalho de pesquisa epromoção das Artes Marciais tradicionais, com especialatenção e relevância para a utilidade que estas podemexercer também na sociedade dos nossos dias, graças aoseu grande poder formativo e à sua eficácia demonstrada.Os princípios universais que animam a Via Marcial, sãocapazes de satisfazer as necessidades dedesenvolvimento cultural e moral, de segurança pessoal ede defesa de homens e mulheres de todas as idades esituação geográfica.

Graças a este intenso trabalho de preservação dotradicional e sua valoração no presente, se estipulou umaprestigiosa colaboração com o sindicato CONSAP daPolícia de Estado que continua activa e em cujo âmbito setêm programado e realizado cursos de especialização deDefesa Pessoal, concentrando-se nas Artes MarciaisChinesas e expressamente dirigidos a satisfazer asnecessidades daqueles que, como operários da segurançaao serviço da comunidade, estão dispostos todos os dias,a pôr em perigo a sua própria integridade física paraproteger os outros.

De grande importância é a convenção activa entre aEscola e a Ordem dos Engenheiros da Província de Roma.

O Sifu Francesco é também coordenador do sector"Segurança Defesa Protecção" da S.I.D.P., que é chamadopara colaborar em acontecimentos nacionais de destaque,incluindo a Corrida dos Santos em Roma e várias ediçõesdo prestigioso concerto do Natal, que se realiza a cadaano no Auditorium della Conciliazione, em Roma.

O encontro com Sifu Aissandro Colonnese, Presidenteda União Italiana de Kung Fu Tradicional (UIKT), levou adesenvolver uma frutífera colaboração, animada por umavontade inquebrantável dos dois Mestres, paradesenvolver os ideais de pesquisa, intercâmbio ecrescimento, tanto pessoal como marcial, que seencontram entre os pilares em que todas as escolas têmseus fundamentos mais sólidos. O reconhecimento porparte de Sifu Colonnese da qualificação de Mestre doWing Chun e do Jet Kune Do na pessoa de SifuProcaccini, chega para selar a intenção da comunidademarcial.

Como sempre acontece, o trabalho duro recompensacom motivada benevolência, os esforços realizados, osconhecimentos adquiridos e divulgados, o compromissoconsciente: a Escola, tão amada e tão energicamenteamparada por Sifu Francesco, actualmente conta comquinze localizações, distribuídas no Lazio e na Toscana,com mais de 200 alunos no activo e um forte círculo dedez Instrutores e outros tantos treinadores que sob adirecção do Mestre, fazem da S.I.D.P. uma realidade maisviva que nunca e em vibrante crescimento.

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A alquimia harmónica dos valorestradicionais e a alegre convivênciacompleta a imagem de um Kwonprolongado que, virtualmente, abrangetodos os ramais da escola, numaverdadeira e única família.

Os seminários mensais, nos que todosos alunos se juntam para trabalhar com oMestre, são vividos não só como umavaliosa ocasião de praticar e aumentar osconhecimentos marciais, como tambémcomo uma oportunidade para de movoestar juntos, com os Amigos, com osIrmãos com os quais se "SENTE" demaneira subconsciente, mesmo antes deser conscientes disso, por terem afinidadesprofundas, que vão mais além dasbarreiras do tempo e do espaço e que nosdão a cada um a ideia de estarmos todosdirigidos numa direcção definida como “aVia do Guerreiro”.

O propósito da Escola está manifestadono que se tornou seu slogan: "A ideia quenos une é a de sermos uma comunidade,na qual possamos relacionar-nos semexplorar-nos mutuamente, antes simtornando-nos cada um de nós, uminstrumento para a consecução doobjectivo comum, que é trabalharserenamente juntos, no Ofício das Armas,produzindo prosperidade para todos".Poucas e simples palavras, mas cheias deprofundo significado para cada um dos

Professores e dos aspirantes da S.I.D.P. O conceito de "comunidade" desperta

ecos vibrantes de arquétipos que ecoamnas capas mais profundas da consciênciados que "sentem", de novo, que querem epodem ser interpretes e instrumentos deum processo de evolução constante, parasí mesmos e para os outros: o que é "bom"para o outro, também se torna,naturalmente, simplesmente, em bom parasi mesmo. O egoísmo, atávica ramificaçãodo eterno instinto de sobrevivência, não seelimina, mas é sublimado por umconhecimento muito profundo: trabalharcom o parceiro, com o aluno, com afirmeza inquebrantável de fazê-lo "forte",nos fará "mais fortes", na acepção maisampla e mais nobre que possa assinalar apalavra "fortaleza".

Disto se alimenta o S.I.D.P., a EscolaItaliana de Defesa Pessoal: de crescimentocompartilhado, de energia compartilhada,de trabalho compartilhado e acima detudo, do Exemplo que cada Professor ecada Aluno sentem querer ser para o outro.À semelhança de Sifu FrancescoProcaccini, que dá sempre exemplo:Guerreiro não é aquele que triunfa só nabatalha, frente a dez mil inimigos. Guerreiroé aquele que com grande força de vontadee coragem, está disposto a fazer o quedeva ser feito, para si e ao serviço dosoutros.

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“Talvez uma das melhores representações de assuntosMarciais em Teatro”

Magnífica representação no teatro “A Rambleta” de Valência (Espanha) de “Os Shizen, o povo de Tengu”, umespectáculo audio-visual justamente integrado no ano dual Espanha-Japão, uma grande iniciativa da embaixada doJapão na Espanha e que festeja o estabelecimento de relações entre ambos países. O espectáculo criado para aocasião, formava parte também da festa pública pela graduação na escola Kaze no Ryu, de 6 novos Shidoshi, ou Joho,tal como se diz en Shizengo. Um documentário sobre esta representação, está sendo produzido com seu making off,back stage, entrevistas, etc. e que incluirá grande parte do espectáculo, para que todos os interessados na culturaShizen de todo o mundo, que não puderam assistir, possam gozar do mesmo.

“O povo de Tengu” foi pensado como uma presentação ao público da tradição Shizen, situando-a histórica eculturalmente e destacando os seus dois aspectos mais interessantes: por um lado, a sua tradição Marcial, o Bugei, epor outro lado, a sua cultura espiritual, o e-bunto.

Video Download

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Novo

“A magia, o encanto, o sabor do que é autêntico. A força de uma cultura e um povo, e seus costumes”

Seis novos Shidoshi festejaram a sua graduação de acordo com a tradição Shizen, com todas as suas cerimónias,com os ritos e as velhas danças em volta da fogueira, o tiro cerimonial e em companhia de seus seres mais queridos.Com, generosidade e abundância festejaram e honraram todos os mundos visíveis e invisíveis, à antiga maneira dopoderoso povo de Tengu, numa noite mágica e inesquecível. Quem disse que não ficavam cosas autênticas?

Festa de graduação dos novos Joho (Shidoshi) da linhagem de Kawa, escola Kaze no Ryu Ogawa Ha, dirigida porShidoshi Jordan Augusto Oliveira.

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Estudando Hwa Rang Do® longe do vosso Mestre. Parte 1

(DECLARAÇÃO DA MISSÃO DA ASSOCIAÇÃO MUNDIAL DO HWARANG DO®)

HWA RANG DO®:Um legado de lealdade, de Procura incansável da verdade, de

Fortalecimento de vidas, de Serviço à humanidade.

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Entrevista com o Instrutorde Hwa Rang Do® FlávioSciaccaluga – Luxemburgo:Parte 1

Flavio Sciaccaluga é italiano e reside emLuxemburgo. A sua mulher é da Hungria.Ele estuda e ensina Hwa Rang Do® (ArteMarcial tradicional da Coreia).

Cinturão Negro: Como vive estamistura incrível?

Flavio Sciaccaluga: A minha geração éafortunada: posso andar por quase todo omundo, posso conhecer outras pessoas eculturas diferentes e posso escolher ospontos de referência da minha vida.

Esta dimensão da vida nos ajuda adesenvolver uma grande capacidade deapreciar a diversidade e para criar sinergiasentre as diferentes culturas.

O Hwa Rang Do® é uma Arte Marcialintegral potente e quando se estuda, seaprende em primeiro lugar a compreenderas diferenças, para seguidamente apreciá-las e por último, a utilizar a diversidadecomo uma ferramenta pessoal, semimportar a meta: vencer uma luta, umtorneio, ou crescer como pessoa.

O planeamento de estudos Hwa RangDo® inclui pontapés, socos, armas, agarres,derribamentos, técnicas em queda eacrobáticas, estratégia e filosofia, anatomia,etc.. Cada estudante tem de estarpreparado nestas áreas. Isto é útil para:

1) perceber o nosso poder e debilidade; 2) perceber o poder e a debilidade de

outras pessoas; 3) perceber que a única maneira de

crescer é através do trabalho em equipa ea sinergia.

Hwa Rang Do

“Quando estava juntodo meu Mestre, osmeus objectivos na

prática do Hwa RangDo eram estar junto

dele, aprender eajudar. Hoje, os meus

objectivos estãoseguindo o meu

caminho como Mestre,como o meu Mestrefez, consciente de

todos os problemas eas responsabilidades

que tenho”

Page 122: Cinturao Negro Revista Portugues 309 Abril Parte 1 2016

C.N.: Flávio, você reside em Luxemburgo,por outro lado, o seu mestre, o seu Suk SaBum Nim, Marco Mattiucci, vive na Itália.Como realiza seu estudo de ArtesMarciais?

F.S.: A nossa Arte marcial, o Hwa RangDo®, se integra perfeitamente no mundorealista e moderno. Os nossos Mestresactivam muitas plataformas, para o estudoda técnica a longas distâncias. Esta é a aprincipal maneira para se ter um alto nívele normalização em todo o mundo.

Se pode pensar numa escola de HwaRang Do® como um curso universitáriosuperior o um Master: há l içõesbaseadas no trabalho semanal normal(cara a cara com o mestre) e também hácursos muito intensivos para os cintospretos. Em ambas as maneiras, tambémestamos obrigados a estudar. Temos denos organizar a nós mesmos, para reverconstantemente o enorme planeamentode estudos e para uma melhorcompreensão das l ições. Asplataformas em linha são,evidentemente, muito úteis nestegénero de enfoque.

Quando vivia na Itália, estudei como meu mestre numa aula normal deHwa Rang Do®, durante váriosanos. Depoi, por trabalho tive de irmorar no estrangeiro. O facto deestar longe do meu Mestre melevou a pensar muito, me obrigoua crescer. A única maneifilhoscrescer é separá-lo da suafamíl ia. Esta experiênciamelhorou o meu sentido daresponsabil idade e as minhascapacidades como gerente. Istosempre é útil quando se ensina numaescola militar.

Quando estava junto do meu Mestre, osmeus objectivos na prática do Hwa RangDo eram estar junto dele, aprender eajudar. Hoje, os meus objectivos sãoseguir o meu caminho como Mestre, como

“Por trabalho, tivede ir morar noestrangeiro e ofacto de estarlonge do meu

Mestre me levou apensar muito, melevou a crescer. Aúnica maneira de umfilho crescer é ir

para muito longe dasua casa, da sua

família”

Page 124: Cinturao Negro Revista Portugues 309 Abril Parte 1 2016

o meu Mestre fez, consciente de todosos problemas e as responsabilidadesque tenho.

Continua nos seguintes números ...

Acerca do Autor: Instrutor Chefe deHwa Rang Do®, o Tenente Coronel daPolícia militar italiana (Carabinieri) eEngenheiro Marco Mattiucci é o chefedo ramal ital iano da AsxociaçãoMundial de Hwa Rang Do® e um dosprincipais discípulos do Grão MestreTaejoon Lee.

http://www.hwarangdo.comhttp://www.hwarangdo.ithttp://www.hwarangdo.nlhttp://www.hwarangdo.luhttp://taejoonlee.comhttp://cyberdojang.com

Hwa Rang Do

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Autêntico Kyusho. A comparação Pau e FacaO que tem isto a ver com o Kyusho? Pois tudo, visto também ser uma comparação que é paralela ao Kyusho e às Artes

Marciais. Este é um conceito importante, que deve desenvolver-se namedida que estudamos Kyusho, mas pode ser difícil para aqueles

que iniciam o Kyusho, especialmente os quecontam com muitos anos de treino deoutras Artes Marciais.

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á barreiras mentais efísicas que devem sereliminadas. Trata-se de ummétodo ligeiramentediferente, ao que sepoderia usar com uma

faca, em comparação com um pau. Umadestas barreiras é o medo. É muito maisfácil imaginar bater em outra pessoa comum pau, para evitar um assalto, porexemplo, em vez de usar uma peça deaço pungente sobre os órgãos internos.O treino para bater ou pontapear umassaltante, não é o mesmo que o treinopara atacar os nervos, vasos sanguíneosou órgãos internos. Muitos artistasmarciais com experiência, têm estaspreocupações quando iniciam a suaviagem ao Kyusho. Temem pela saúde,os sintomas duradouros, danos internos,etc., mas entretanto, não temem partirum cotovelo ou uma costela com ametodologia do ataque convencional...Isto tem uma impressionante similitudecom o trabalho com o pau, emcomparação com o trabalho com umafaca.

Comparação 1:

Quando observamos as ArtesMarciais convencionais, podemoscompará-las ou equiparar a lutar comum pau. Dizemos que o Artista Marcialtrabalha para desenvolver um corpoforte e as acções do corpo para bater odar pontapés com rapidez (velocidade),força e à distância. Todas estasmesmas qualidades servem para baterem alguém com um pau; a velocidadeou a velocidade do golpe, aumentam odano e o contacto quando se bate. Aszonas de batimento são tais comobraços, cabeça, corpo ou a perna...Entretanto estas zonas estão provistasde uma protecção natural e mesmo quea força do golpe seja devastadora, nãoé eficiente nem é a melhor maneira.Isto é bom para aqueles que são

jovens e fortes e têm muitas horas paramelhorar a sua capacidade... Mas, não éisto uma posição errónea? É necessáriaa juventude e o treino para maximizar acapacidade, mas o processo deenvelhecimento em algum momentodiminui a capacidade de batimento eentão, uma pessoa mais jovem e maisforte, agora tem a vantagem.Depois o comparamos com o

Kyusho, que é mais como uma faca,posto que penetra a superfície paraprocurar os objectivos subjacentesvitais. Com a faca, a grande velocidadee a potência não são tão importantescomo são com um pau, posto que aponta pungente e o fio são suficientespara conseguir superar as protecçõesnaturais do corpo humano.

Comparação 2:

A resposta transitória é muito maislenta e complicada com um pau, pois

se necessita a potência da velocidade eé também necessária a distânciaapropriada. Como exemplo, digamosque se lança um golpe de direita e senecessita fazer a transição a um revês,isto requer mais força e só alguma vezse lançará com uma fracção dapotência ou com a potência do golpede direita, e a orientação e a potênciaque incapacita ao contrário, estáseveramente diminuída.Com a faca se pode escolher uma

direcção muito mais rapidamente ecom maior gama de ângulos epossíveis objectivos..., e tudo com umatransição sem esforço e com o mesmonível de potencial que incapacite.E o mesmo acontece com o Kyusho,

posto que há muitos mais objectivossensíveis no interior do corpo que emexterior... e a transição é mais fácil emmedida da distância, pelo que se

necessita menos potência.Literalmente, uma rotação do pulso étudo o que se necessita para ter acessoa outro destino interno, devido à menorquantidade de força necessária paracausar danos graves.http://www.rebecca-lawrence.com

Comparação 3:

A adaptabilidade com um pau selimita, posto não haver um sómovimento básico, que pode dar umgolpe debilitante, enquanto que a facaé igualmente potente com qualqueragarre. Pode haver argumentos paraalguns, mas sejamos sinceros, quandose mantém um pau numa posição derevés, pouca potência vai haver e amobil idade será muito l imitada,portanto, a capacidade de transiçãovale pouco a pena.

Autêntico Kyusho

H

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“A faca pode escolher uma direcção muito maisrapidamente e com maior gama de ângulos e possíveisobjectivos... e tudo com uma transição sem esforço e

com o mesmo nível de potencial que incapacita”

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Isto é certo nos estilos tradicionais,em comparação com o Kyusho, quenão se baseia numa forte posição dasmãos, como quando se vai util izarqualquer nós ou osso, e com menostensão, pelo que a flexibilidade, ospulsos e a agilidade de transição, terãoum risco menor.

Comparação 4:

O tamanho importa. Vejamos istosendo realistas. Que superfícieaproveitável tem um pau de 14centímetros. Vale realmente a pena emcomparação com uma faca de 14centímetros? O pau mais curto exigeainda maior velocidade e potência paraser eficaz, enquanto que até uma folhade 2 centímetros, ainda pode infringirmuito mais potencial em maisdirecções e posições. Há mais comparações que se podem

dar, mas não é necessário para umamente lógica... Uma arma que só temvalor com velocidade e potência (quetem uma vida curta) será muito menosvaliosa no tempo, devido a que omodelo menos eficiente necessita maistempo para melhorar e alcançar omesmo potencial.Este é um grande valor que tem o

Kyusho, posto que o tamanho doindivíduo não é o principal factor parater maior capacidade. Nos esti lostradicionais, um oponente de maistamanho seria mais difícil de incapacitare também se teria que usar muita maisforça para causar uma lesão. Otamanho importa na maioria das ArtesMarciais

http: //www.rebecca-lawrence.com

Comparação 5:

Há um aspecto fundamental do usode um pau que bate numa área emgeral, como os braços, a cabeça, ocorpo e as pernas. Há quem temobjectivos mais específicos, como osolhos, vir i lhas, as fontes, etc., damesma maneira que nas Artes Marciaistradicionais.Um combatente com faca tem tudo

isto e mais, posto que também podealcançar zonas internas e áreas vitaismais específicas. Pode utilizar qualquerobjectivo que usar um lutador com pau,causando grande dano, por ter umpotencial muito maior y poder penetrarmais profundamente no corpo.O mesmo acontece com um

profissional do Kyusho, tem todos osobjectivos do Artista Marcial, mastambém tem muito mais quando sedirige às estruturas anatómicasinternas. E esta é uma ideia muitoimportante, que a maioria dos Artistastradicionais não acostumam aconsiderar, pois deixam os objectivosinternos e atacam a estrutura externa,como faria no seu estilo... Neste caso,não há risco algum!

Comparação 6:

À semelhança do que acontece coma maioria dos estilos marciais, que seconstituem de maiores movimentos debalanço o mais acções pungentes, estegénero de movimento fica gravementecomprometido com a proximidade.Entretanto, o faca é perigosa em todasas distâncias, especialmente nascurtas, onde a velocidade, a potência eo espaço não são necessários. Nessadistância, a faca é mais perigosa,devido à penetração mais profunda eàs acções ocultas. Os pequenosmovimentos ocultos não só causam ummaior efeito como também são muitomais difíceis de parar ou interceptar, oque é muito valioso na luta na curtadistância.Também temos de ver um lutador

BJJ, que trabalha no solo com acções

indetectáveis mais pequenas, quedesestabil izam, comprometem ederrotam o oponente.Esta mesma dinâmica é também

inerente ao Kyusho, que causaafecções tanto na longa distância,como na curta distância, porque oKyusho não se baseia apenas nobatimento; também se usa a pressão,assim como a compressão.

Aviso:

Não estamos tratando de dizer queas Artes Marciais são mais débeis, sóestamos assinalando que quando seutiliza uma faca (Kyusho) em vez de umpau (batimento convencional), se podeaumentar muito o rendimento doesforço realizado.

© Evan Pantazi 2016www.kyusho.com

Autêntico Kyusho

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“Com a faca, a grande velocidade e a potência não são tãoimportantes como é com um pau, visto que a ponta

pungente e o fio, são suficientes para conseguir superaras protecções naturais do corpo humano”

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Como hemos documentado en los últimos 6años, el Kyusho se traduce como “Punto Vital" yes el estudio de la condición humana y de su fra-gilidad. Aunque es similar en apariencia a la anti-gua Acupuntura y a los métodos de masaje sobrepuntos de presión, el método Kyusho tambiénpuede tratar los problemas inmediatos y hacerdesaparecer las dolencias comunes del cuerpo.En segundos podemos empezar a aliviar lasmolestias asociadas al dolor de cabeza, de espal-da, los tirones musculares e internos, el hipo, elasma, las náuseas, la congestión nasal y otrasmuchas enfermedades comunes, tanto por cau-sas naturales como provocadas. Estos efectos seconsiguen rápidamente y de manera eficaz, sinnecesidad de recurrir a pastillas o medicamentosque puedan tardar 20 minutos o más en hacerefecto y que pueden provocar graves efectossecundarios en otros órganos o funciones corpo-rales. Las ramificaciones son muy amplias y cree-mos que merece la pena seguir investigando ylogrando beneficios para la sociedad. Este tipo deenfoque holístico ha resultado eficaz durantemuchos miles de años en diferentes culturas detodo el mundo y ahora hemos querido hacerloposible para ti. Una vez que aprendas estos méto-dos simples de Kyusho Primeros Auxilios, tu tam-bién podrás ayudar a tu familia y amigos conmuchas de estas dolencias comunes que todossufrimos. Esto te servirá para tener un breve resu-men histórico de cómo se desarrollaron estosmétodos y otras posibilidades de salud que senecesitan en el día a día. Sin embargo y comocabría esperar, aquí no está el programa comple-to, pues los conceptos más profundos y comple-jos sólo pueden alcanzarse con las manos, apli-cándolos y practicando bajo la atenta mirada deun instructor. La práctica regular de estos méto-dos no sólo aumentará tus habilidades para apli-car las fórmulas aprendidas, sino que te enseñarála aplicación intuitiva de muchas otras técnicas desalud. No deberían considerarse fórmulas aisla-das, sino caminos para corregir ciertos problemasen el cuerpo humano, basados en los conceptospresentados. En los siguientes capítulos deKyusho Primeros Auxilios veremos primero el ori-gen inmediato o la necesidad de curar muchosproblemas diarios. ¡Qué disfrutes del viaje!

Come abbiamo documentato negli ultimi 6 anni,il Kyusho si traduce come “Punto Vitale” ed è lostudio della condizione umana e della sua fragilità.Benché sia simile in apparenza all'anticaAgopuntura e ai metodi di massaggio sui punti dipressione, il metodo Kyusho può t rat tare anche iproblemi immediat i e far spar i re le problematichecomuni del corpo. In pochi secondi possiamo alle-viare i disturbi associati al mal di testa, di schiena,gli stiramenti muscolari e interni, il singhiozzo, l'as-ma, la nausea, la congestione nasale e molte altremalattie comuni, sia per cause naturali che provo-cate. Questi effetti si ottengono rapidamente e inmaniera efficace, senza la necessità di ricorrere apastiglie o medicine che possono richiedere 20minuti o più prima di fare effetto e che possonoprovocare gravi effetti indesiderati in altri organi ofunzioni corporali. Le ramificazioni sono moltoampie e crediamo che valga la pena continuare ainvestigare ottenendo benefici diretti per la socie-tà. Questo tipo di impostazione olistica è risultataefficace per molte migliaia di anni in differenti cul-ture di tutto il mondo ed ora abbiamo voluto fare ilpossibile per te. Quando impari questi metodisemplici di Kyusho Primo Soccorso, anche tupotrai aiutare la tua famiglia e i tuoi amici conmolte di queste patologie comuni cui tutti sonoaffetti. Questo ti servirà per avere un breve rias-sunto storico di come si svilupparono questi meto-di e altre possibilità di cura che sono necessarienel quotidiano. Tuttavia, ovviamente, qui non c'è ilprogramma completo, perché i concetti più pro-fondi e complessi si riescono a capire solo con lemani, applicandoli e praticando sotto l'attentosguardo di un istruttore. La pratica regolare diquesti metodi non aumenterà solo le tue abilitànell'applicare le formule imparate, ma ti insegneràl'applicazione intuitiva di molte altre tecniche disalute. Non si dovrebbero considerare formule iso-late, bensì vie per correggere determinati problemidel corpo umano, basate sui concetti presentati.Nei seguenti articoli sul Kyusho Primo Soccorsovedremo in primo luogo l 'or igine immediata o lanecessi tà di curare mol t i problemi quot idiani .Godetevi questo viaggio!

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Comme nous l'avons vu ces six dernières années, leKyusho se traduit par « point vital » et est l'étude de lacondition humaine et de sa fragilité. Bien que similaireen apparence à l'ancienne acupuncture et aux métho-des de massage sur les points de pression, la méthodeKyusho peut également traiter les problèmes immédiatset faire disparaître les douleurs physiques communes.En quelques secondes, nous pouvons commencer àsoulager les troubles associés aux maux de tête, dedos, les crampes musculaires et internes, le hoquet,l'asthme, les nausées, la congestion nasale et de nom-breux autres troubles communs, surgissant aussi bienpour des raisons naturelles que provoquées. Ces effetssont obtenus rapidement et efficacement, sans avoirbesoin de faire appel à des médicaments qui peuventprendre vingt minutes ou plus à faire de l'effet et peu-vent provoquer de graves effets secondaires sur d'au-tres organes ou fonctions corporelles. Les ramificationssont très vastes et nous croyons que ça vaut la peine decontinuer la recherche afin d'obtenir des bénéfices pourla société. Ce type de point de vue holistique a été effi-cace pendant de nombreux milliers d'années dans dif-férentes cultures du monde entier et nous avons main-tenant voulu le rendre possible pour vous. Une fois quevous aurez appris ces méthodes simples de Kyusho dePremiers Secours, vous pourrez également aider votrefamille et vos amis et soulager beaucoup de ces mauxcommuns dont nous souffrons tous.Cela vous permet-tra d'avoir un bref résumé historique de la manière dontces méthodes se développèrent et d'autres possibilitésde santé dont nous avons besoin au jour lejour.Cependant, comme on pouvait s'y attendre, le pro-gramme ici n'est pas complet car les concepts les plusprofonds et complexes ne peuvent être atteint qu'avecles mains, en les appliquant et en pratiquant sous leregard attentif d'un instructeur. La pratique régulière deces méthodes augmentera votre habileté à appliquer lesformules apprises, mais encore vous enseignera àappliquer intuitivement beaucoup d'autres techniquesde santé. Elles ne devraient pas être considéréescomme des formules isolées, mais comme des voiespour corriger, certains problèmes affectant le corpshumain, en se basant sur les concepts présentés. Dansles prochains chapitres de Kyusho Premiers Secours,nous verrons d'abord l'origine immédiate de la nécessi-té de guérir de nombreux problèmes quotidiens. Prenezplaisir à ce voyage !

As we have documented over the past 6years, Kyusho translates as "Vital Point"and is a study of the human condition andit's frailties. Although similar in appearanceto the ancient acupuncture and pressurepoint massage methods, the Kyushomethod can also deal with immediacy forcertain trauma as well as easily rid the bodyof common ailments. Within seconds wecanm begin to relax and ease the painassociated with headaches, backaches,muscle and internal cramps, hiccups,asthma, nausea, sinus congestion and somany more common maladies both ofnatural causes as well as trauma inflicted.This is all performed quickly and efficientlywithout expensive pills or drugs that cantake 20 minutes or more to work or haveserious side effects on other organs orbody functions. The ramifications are enor-mous and we believe to be of such worthfor continued research and societal benefit.This type of holistic approach has beeneffective for many thousands of years incultures throughout the world and we haveadded even more possibility and purposeto it for you. Once you learn these simplemethods of Kyusho First Aide, you too canhelp your family and friends with many ofthese common ailments we each sufferthrough. Let this serve as an historicalrecord of how these methods developedand the other health possibilities they holdfor day-to-day living. However it is not thefull curriculum, as one would expect, thedepth and intricacies can only be conveyedwith hands on application and practiceunder the watchful eye of an instructor. Theconsistent practice of these methods willnot only increase your abilities to relieve thepracticed formulas, but also instruct you inthe intuitive application of many otherhealth issues. They should not be conside-red standalone formulas, but rather ways tocorrect certain problems within the humanbody based on the foundation presented.

Wie wir in den letzten 6 Jahren dokumentiert haben,übersetzt sich Kyusho als „Vitalpunkt“, es ist dasStudium der menschlichen Beschaffenheit und ihreZerbrechlichkeit. Auch wenn es dem Anschein nach deralten Akupunktur und den Massagemethoden aufDruckpunkte ähnelt, so kann die Kyusho-Methodedoch auch sofort Probleme behandeln und die norma-len Leiden des Körpers verschwinden lassen. Innerhalbvon Sekunden können wir anfangen, die Beschwerdenim Zusammenhang mit Kopfweh, Schmerzen derSchulter, Muskel- und innere Zerrungen, Schluckauf,Asthma, Übelkeiten, Verstopfung der Nase und vielenanderen normalen Krankheiten lindern, egal ob sienatürlicher Ursache haben oder hervorgerufen sind.Diese Effekte werden schnell und effizient erreicht, ohneauf Pillen oder Medikamente zurückgreifen zu müssen,die 20 Minuten oder länger brauchen, um Wirkung zuzeigen, und die starke Nebenwirkungen in anderenOrganen oder Körperfunktionen haben können. DieVerzweigungen sind sehr breit gefächert und wir glau-ben, dass es der Mühe wert ist, weiter zu forschen undso Nutzen für die Gemeinschaft zu erzielen. Dieser Typder holistischen Zielsetzung war über viele tausendJahre hinweg und in verschiedenen Kulturen auf derganzen Welt wirkungsvoll, aber jetzt wollen wir eszugänglich machen. Wenn Du einmal diese einfachenKyusho-Methoden der ersten Hilfe gelernt hast, kannstauch Du Deiner Familie und Deinen Freunden bei vielender gewöhnlichen Leiden helfen, unter denen wir alleleiden. Es wird Dir dabei helfen, eine kurze historischeÜbersicht darüber zu erlangen, wie diese Methodenund andere Möglichkeiten der Gesundheit, die man Tagfür Tag braucht, entstanden sind. Aber wie erwartet liegtdarin nicht das komplette Programm, denn die tiefstenund komplexesten Konzepte können nur über dieHände erzielt werden, indem man sie unter dem auf-merksamen Bl ick eines Ausbi lders anwendet und übt. Das regelmäßige Ausüben dieser Methoden wird nichtnur Deine Fähigkeiten wachsenlassen, die gelerntenFormeln anzuwenden, es wird Dir darüber hinaus auchdie intuitive Anwendung vieler anderer Techniken derGesundheit lehren. Sie sollten nicht als allein stehendeFormeln betrachtet werden, sondern als Wege, umgewisse Probleme im menschlichen Körper zu korrigie-ren, auf der Basis der vorgestellten Konzepte. In denfolgenden Kapiteln von „Kyusho - Erste Hilfe“ werdenwir zuerst den unmittelbaren Ursprung derNotwendigkeit sehen, viele tägliche Probleme zu heilen.Genießt die Reise!

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A Escola Miyazato é hoje, a coluna vertebral da linha técnica, histórica e filosófica,dos grandes fundadores do Shorin Ryu, Matsumura, Itosu, Chibana, Miyahira…,Miyazato. O nosso colaborador Salvador Herraiz, nos apresenta o lider da escola,Masatoshi Sensei, para nos introduzir nos pormenores do seu Karate.

Karate

Texto: Salvador Herraiz, 7º DanFotos: Alvaro Arribas & Alberto Espinosa.

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Acima, a partir da esquerda: ShoeiMiyazato e seu inseparável amigoIha, realizando um rompimentodurante uma exibição na cidadeargentina de Córdoba, em 1959.Vestindo fato, de novo junto de Iha ede Katsuya Miyahira, na Argentina,em 1980.Em baixo: Shoei e seu filho

Masatoshi em criança, em Okinawa;Kamae de Shoei em 1958, fotofamiliar em Okinawa nesse mesmoano e Katsuya Miyahira, numa típicatécnica da escola.

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MASATOSHI MIYAZATO, 10º DAN SHORIN RYU SHIDOKANKARATE À VELHA USANÇA

Aproveitando que o meu amigo, o mestre argentino afincado na Espanha, Sérgio Rodolfo Estévez Ferrera, 7ºDan, pertence àEscola Miyazato, trazemos hoje às páginas de Cinturão Negro o líder actual Masatoshi Sensei. Estévez ensina o estilo de Karate de Miyazato na localidade de Três Cantos, província de Madrid, especificamente no Centro Tai San.A Escola Miyazato, criada em 1959 como tal, tem muito grandes mestres na sua linha ancestral. A sua genealogia começa com

o Bushi Sokon Matsumura (1809-1899), adestrado por Satunuke Sakugawa (1786-1867), o considerado primeiro mestreokinawense das artes que depois se tornariam o Karate. Matsumura já no seu tempo começou a utilizar a expressão Shorin Ryu,que depois se tornaria a bandeira de várias escolas.Anko Itosu (1831-1915) seria o segundo mestre da linha e quem faria chegar o Karate às escolas públicas okinawenses, o que

foi um grande passo na evolução desta arte. Choshin Chibana (1885-1969) seria o terceiro mestre e com quem o estilo já começa a adquirir uma técnica mais específica,

mais peculiar, mais delicada, mais parecida à que hoje se mantém, definindo também os kata no que ele denominaria KobayashiShorin Ryu. Com ele se começa também a organizar e de facto, Chibana Sensei recebe importantes prémios e reconhecimentos

por seu trabalho a favor do Karate. Um dos seus principais discípulos, Katsuya Miyahira (1918-2010) criaria

o dojo, depois transformado na linha Shidokan do Kobayashi Shorin Ryu,continuando uma definição mais específica do Shorin Ryu. De todos estes mestres se tem escrito abundantemente e eu próprio

também o tenho feito desde diferentes pontos de vista, pelo que não émomento agora de repetir esses conhecimentos, mas de concentrar-noshoje na Escola Miyazato e seus líderes, os verdadeiros protagonistasdestas páginas.Discípulo de Katsuya Miyahira em Okinawa, o mestre Shoei Miyazato

(1928-2013) passou os anos mais duros da II Guerra Mundial em Osaka,longe da sua querida Okinawa. Ali, o feudo do Shito Ryu, se iniciaria nesteestilo de Karate. Acabada a guerra, o jovem Miyahira, com 18 anos deidade, começa a trabalhar na Câmara Municipal da sua cidade natal,Nishihara, onde o destino o levará a conhecer o Grão Mestre KatsuyaMiyahira. Com ele começará a prática do Shorin Ryu Shidokan, que setornará sua paixão e vida. Eram tempos em que o dojo de Miyahira Sensei, não era mais que uma

superfície de terra sem tecto. Pouco depois, Miyazato convidará a praticarno dojo a Seikichi Iha, que com o tempo se tornará em grande karateka eíntimo amigo de Miyazato.Em 1948, Shoei Miyazato casa com Yoshiko Nakasone e dez anos

depois, nascidos já alguns dos seus filhos, a família se muda para aRepública Argentina, onde timidamente começarão a mostrar o seu Karate,que com o tempo se tornará um enorme desenvolvimento e focoimportante da cultura okinawense, fora da ilha. O Karate se tornara para

Miyazato o seu objectivoprincipal de vida, relegando aum segundo plano, outra dassuas paixões, a criação degalos de briga da raçaShamo e manteve sempre oseu gosto por esta outraactividade.Com o tempo, Miyazato

Sensei vai abrindo novaslocalizações e melhorandoseus dojos e em 1980 realizaoutro dos seus sonhos, levarseu mestre Miyahira até aArgentina. Seus títulos egraus têm ido aumentando eem 1991, Shoei Miyazato, jácom o 9ºDan, regressa aOkinawa e ao dojo deMiyahira Sensei, ondepermanece até 1997, quandovolta a estabelecer-se naArgentina, onde residira

Karate

À esquerda: O SenseiChoshin Chibana. Por cima: Shoei

Miyazato durante a suavisita à Espanha, em 1989e conversando comSalvador Herraiz emMarbella, na mesmaocasião.

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anteriormente. Não obstante, a vida de Miyazato Senseitem-no levado sempre a viajar habitualmente entre ambospaíses e a sua escola, ainda que logicamente tem naRepública Argentina seu maior desenvolvimento, contacom dojos delegados numa dúzia de países. MiyahiraSensei, 10º Dan desde 1978 (com 60 anos), foi nomeado“Bem Intangível” pelo Governo de Okinawa no ano 2000,contando então 82 anos de idade.Faz já mais de 25 anos que conheci Shoei Miyazato

Sensei, compartilhando com ele um tempo dedicado aoKarate e às peculiaridades da sua escola. De facto, algumtempo depois, na revista Cinturão Negro escrevi acercada figura deste mestre.Falamos durante horas, depois de ver como a sua

técnica sobre o tatame, era um Karate natural, prático,sem espalhafatos…, quer dizer, um Karate tradicionalShorin Ryu.Hoje, tendo já falecido Shoei Sensei em 2013, é seu

filho Masatoshi, preparado desde criança para suceder aoseu pai, quem lidera com todo merecimento, a importanteescola que localiza seu Hombu Dojo na RepúblicaArgentina, mas tem ramificações por todo o mundo.Masatoshi Miyazato Sensei nasceu na okinawense

Nishihara, a cidade de seus pais e apesar de ter sidolevado em criança para a Argentina, com apenas quatroanos de idade, tem vivido a cavalo entre ambos países.Obtido seu 1ºDan à idade de 17 anos, o jovem Masatoshifoi introduzindo-se cada vez mais seriamente no KarateShorin Ryu e subindo de graus, preparando-se pouco apouco, para ser o sucessor de seu pai. Em 1978, já como seu 4ºDan, Masatoshi casa com Adriana e com ela teráquatro filhos. Quando no começo da década dos 90, seupai regressa por alguns anos a Okinawa, ele oacompanha, “bebendo” da tradição da ilha do Karate nodojo de Miyahira Sensei, mas continua viajandohabitualmente à sua Argentina de adopção. Em Naha, Miyazato pratica também no dojo de

Shiroma Sensei, simpatizante também de seu pai ShoeiSensei. Conforme nos narra o próprio Masatoshi Sensei:

Miyahira Katsuya Sensei era o mestre do meu mestre.Significa a continuidade. Do ponto de vista da tradição,isso significa tudo e nada. Me sinto agradecido. Foi onexo de união entre o Século XIX e o XX. Aprendi como odiscípulo vive com o mestre, como a mão deve ser fortepara poder ajudar, porque o desespero em momentoscomplicados, pode fazer morder a mão que nos ajuda.

Quando em 1997 a família volta à República Argentina,tanto o esforço de seu pai, Shoei, como o dele mesmo,se concentram em seu dojo principal e nos seus afiliados.Em 2008, Masatoshi obtém o seu 9ºDan e já se tornou ofiel e preparado sucessor de seu pai, com é aceite comotal, pelos alunos altos graus da escola. Com ofalecimento de seu pai, em 2013, Masatoshi inicia a suamáxima liderança dentro das tradicionais linhas filosóficasque marcam o caminho da sua escola.Masatoshi Miyazato é uma pessoa muito agradável e

desejoso de transmitir a sua filosofia de vida, que afinal, éa sua filosofia do Karatedo, um Karatedo que baseado nafamília e em um Código Ético muito marcado.Os objectivos da Escola Miyazato são muito claros: Ser

honrado, respeitoso, esforçado, defensor da verdade eantepor a razão frente à força. Tudo isso levará a queseus praticantes sejam cidadãos exemplares, dentro dalei, pessoas que se ajudam mutuamente e que essepensamento seja transmitido. Karatekas que vivam demaneira limpa, serena e luminosa. Realmente, todos oskaratekas deviam ter esta filosofia, mas lamentavelmente,actualmente são muito poucos que a têm.Também a paciência em momentos e situações difíceis,

é uma verdadeira qualidade. Diz-se que esta é aqualidade pela qual as outras qualidades dão seu fruto.“Keizoku wa chikara nari” (“A perseverança se torna umaforça”).

Dizia o magnate japonês Ryoichi Sasakawa, que oKarate debe ser uma grande família e que todos neladevíamos ser irmãos. Assim me foi transmitidopessoalmente faz anos. No caso de Miyazato Sensei, istonão é só uma frase bonita, é uma realidade na vida dodia-a-dia. Isso, como diz Masatoshi Sensei, proporcionauma força especial, um apoio extraordinário. Há muito obstinado em Okinawa e no Japão, mas a

minha religião não está nos templos, ela está em casa!Não temos santos para venerar. São os nossosantepassados, aqueles Deus nos deu. Nos nossos dias, oKarate não gusta a muita gente em Okinawa. É certo.Faz-se uma exibição e assiste pouca gente. Faz-se umodori (baile) e se enche de espectadores.

Faz mais de 25 anos, seu pai, Shoei Sensei, me diziaque até então não tinham praticado a competiçãodesportiva, mas que estavam começando a participarmoderadamente nela. Como é na actualidade? Na verdadeira competição da vida, o inimigo somos

nós mesmos. Nós incentivamos a discussão commaturidade, uma competição que não se vê e na qualganhamos todos, ou perdemos todos! Sempre emequipa, nós passamos em revista todo o nosso currículotécnico ao longo do tempo e quando foi a vez de fazerJyu, foi feito… e tornaremos a faze-lo quando chegar omomento. Agora estamos potenciando o Bunkai, aanálise.

Se a competição individual na escola Miyazato quasenão tem importância, o assunto do olimpismo éconsiderado muito delicado. Masatoshi Sensei nos diz: “Cada país tem uns interesses. As autoridades deviam

ser antes praticantes, para saberem tomar certasdecisões com objectividade. Não se devia de procurar opoder, a política, a avareza, porque tudo isso suja abeleza das artes marciais. Os campeonatos de Karate sãoparticipantes saltando daqui para ali. Não secompreende. É estranho. Há favoritismos, proibições,ganha o competidor mas nunca ganha o Karate. Os“kumiteiros” não fazem Kata, nem bunkai, nem Ohyukumite, nem Yakusoku Kumite!…”

É certo, os diferentes aspectos técnicos do Karate,constituem o total e o desequilíbrio técnico faz variar orumo. Kata e Kumite são as duas asas de um mesmopássaro e é um erro a especialização na prática doKarate. O mestre diz ainda…

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“O karate deve poder ser feito por todos e ganhar com elenão só os mais fortes”.

Sensei Shoei Miyazato me explicava naquele encontro de faz25 anos, que só praticava Kobudo, posto que não acreditavaque dedicar-se a varias artes à vez, pudesse levar à mestria emqualquer delas. Mudou na actualidade esse pensamento? Se pratica algum

tipo de Kobudo na Escola Miyazato, nos nossos dias?Na escola Miyazato não praticamos Kobudo, só Karate. O

Kobudo representa a conservação das festas tradicionais,assim como os cânticos transmitem ensinanças de vida e porvezes, coisas proibidas.

Masatoshi Sensei é muito rígido na sua opinião e quer quequem praticar Karate, faça só Karate, sem distracções comoutros sistemas: Shoei Sensei ensinava que se tem de escolher para poder

aprofundar. Quem muito abrange…, pouco aperta! Acho muitobem o Kendo, a Naginata, o Kyudo…, mas fazer uma coisa só.No caso de se fazer Kendo, não fazer Karate. Eu não queroalunos que estiverem comigo a meias... Por vezes, algum metem dito de fazer, por exemplo, Kendo e eu digo que se quiserlhe recomendo um bom professor de Kendo, mas que então jánão venha fazer Karate comigo. O mestre merece um respeitoúnico por parte do aluno. Lembro-me agora que em umareunião com Miyahira, Shoei e Maeshiro, quando este últimoquis explicar que conhecia a manipulação do Sai, o mestre lhedisse: “Tu és mais inteligente que eu. Eu levo toda a vidafazendo Karate e ainda me falta muito por aprender, enquantoque tu também já sabes Sai!!! Maeshiro ficou calado. “Agora é moda fazer de todo um pouco.” Estou de acordo

com Miyazato Sensei na sua opinião sobre tocar em váriosassuntos, não só por razões de respeito como também portempo, dedicação, filosofia…

“A nossa escola Miyazato é muito respeitada pelo público enão só pelos karatekas. Shosei Sensei foi galardoado peloaspecto cultural, não pelo desportivo o pelas artes marciais.Desenvolvemos a parte humana”.

Sem dúvida é uma situação curiosa ser filho do mestre,devido à relação especial que se cria. Como foi Shosei Senseicomo mestre… e como pai?Como mestre foi quem fez um programa de ensino amplo.

Estructurou a didáctica em grupos como Primária (paraprincipiantes), Secundária (para karatekas até 3ºDan),universitária (até 7ºDan) e Doutorado (para 10ºDan). ShoseiSensei era a humildade materializada no dojo. Su inteireza ecoração isso mostravam e apesar da idade; nos seus últimosanos víamos como tentava fazer mawashi geri. Por exemplo,durante uma viagem ao Brasil, assim fez. Para mim nunca foipai, sempre foi Sensei. Eu era seu discípulo, não era seu filho,tanto dentro como fora do dojo…, que muito lhe agradeço...Era uma pessoa, um mestre muito cuidadoso para não magoar,era muito responsável”.Tecnicamente me entusiasma a escola Miyazato e o seu

mestre. É um Karate logicamente Shorin Ryu na sua estéticatécnica, com posições altas, guardas características…, mas oseu principal valor, do meu ponto de vista, é a força, aconcentração, o olhar, o respeito e a cortesia que mostra emseus movimentos, uns movimentos rudes e simples, ao usoantigo, com a tradição mais conservadora. Tudo isto dito comoaltos valores e com o meu reconhecimento mais profundo. Seuritmo de execução em kata é lento na sua cadência, como étradicional nas velhas escolas okinawenses (com poucasexcepções) mas muito rápido em suas explosivas defesas,quando com parceiros.

As diferenças no dia a dia, entre uma atitude desportiva doKarate e uma atitude marcial, são enormes e Miyazato Sensei éexemplo disso:

KarateMasatoshi Miyazato, junto de Salvador Herraiz e da

mulher deste, durante a sua visita a Três Cantos (Madrid), naEspanha. Visita organizada pelo Sensei Sergio Estévez, emMaio de 2015.

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“Viver ou morrer não deixa de ser uma coisa acidental. Temde se pensar em viver, em uma entrega total. Um samurai semorrer não é uma desonra, a desonra seria que não o fizessecom a espada na mão”.

Masatoshi Sensei, é certo que Shoei recebeu o 10º Dan, masnão o aceitou enquanto seu mestre era vivo? “Sim. Isso é certo!”

Masatoshi não parece querer dizer mais a esse respeito.Deixemos então, as coisas como estão e mudemos deassunto...

Shoei Sensei fez também algumas mudanças para as suasaulas, mudanças provocadas por alguns protocolos marciais…É certo?No Japão os cintos brancos acostumavam a ficar na primeira

fila e os faixas pretas no fundo. Na Argentina é ao contrário. Osnovos não sabem, ficam nervosos, necessitam a figura dosempai para os proteger, para influir neles. O sempai deve serum exemplo. A este respeito quero fazer menção de um comentário que

Masatoshi Sensei fez, quando depois do nossa conversa e jáno carro, tentávamos sair marcha atrás de um estacionamento,com cuidado de que não viessem carros. “No Japão é o carro que possa vir pela rua, é o que tem que

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ceder passagem aos que saem marcha atrásdo estacionamento. É o carro que vê e o quevê é o que sabe, e o que sabe é o que deveceder... Também acontece nas discussões,ainda que por vezes possa ser complicadoceder sempre...”

Simbólico é o facto de como tem idomudando nos últimos anos, por exemplo, amaneira de saudar tradicionalmente, Ojigi. Naépoca Showa, do Imperador anterior Hiro Hito,o olhar permanecia no contrário no momentode fazer a reverência, como meio de estarseguro perante um possível ataque. Foi umaépoca que apesar de literalmente seu nomesignificar “da paz ilustrada”, o certo é quetrouxe uma II Guerra Mundial, nefasta para oJapão, em vários sentidos. Muitos continuamhoje cumprimentando sem perder de vista oparceiro, mas na actualidade, na era Heiseiinaugurada pelo Emperador Aki, em 1989, oolhar deve dirigir-se ao chão quando se faz areverência, como símbolo de uma época depaz. Esse é o significado de Heisei e comosímbolo de confiança no nosso parceiro, quenão é o nosso inimigo, nem nosso contrário,mas sim quem nos vai ajudar a desenvolver anossa técnica e portanto, alguém em quedepositamos confiança. É esta uma filosofiaprofunda, muito mais que o simples facto depensar que não nos podemos fiar de quemtemos em frente para a prática.Ambum Tokuda e Choki Motobu também

ensinaram a Miyahira Katsuya Sensei. Queinfluências destes mestres ficaram no estilo? A procura da potência, a força, a reacção, o

ajuste no impacto. Todos os movimentosdevem estar sincronizados, para conseguiruma maior potência. É importante ainteligência do praticante, como meio detambém polir os detalhes.

Qual é a relação actual da Escola Miyazatocom Okinawa, com a Shidokan de MiyahiraSensei, uma vez falecido este? Somos parte do Miyahira dojo e quando

vamos a Okinawa vamos lá, apresentar osnossos respeitos. Há coisas que mudaram,mas é assim. Entre 1994 e 2004 de factosofremos uma ruptura na relação, mas depoisse pensou, o que estamos a fazer? Ele é omeu mestre, aconteça o que acontecer…, eleé o meu mestre! É um relacionamento comode pai e fi lho. Quando faleceu MiyahiraSensei, participamos nas homenagens etodos apreciaram a nossa atitude.Hei-de dizer que realmente, a atitude geral

dos membros da escola Miyazato e em especialdos seus altos graus e do Mestre, tiveram umaatitude invejável, essa atitude que esperaríamosdos karatekas tradicionais, mas quedesgraçadamente não acontece no mundo. O Karate deve servir para melhorar o EU,

para melhorar a pessoa, com a finalidade deajudar a comunidade. Isto me faz lembrar boaparte da filosofia do mestre Hironori Ohtsuka(Fundador do Wado Ryu), quando ensinavaque melhorar a sociedade era efectivamenteo objectivo, amando-a e sendo amado porela. É uma pena que certas filosofias sepercam no baú das lembranças e não sejampraticadas no dia a dia do dojo… e da vidaem geral. No entanto, a escola Miyazato me cativou

porque são capazes de fazer isso no séculoXXI. Masatoshi Sensei mantém que:Como dizia um poeta peruano inca, a vida

humana é a etapa da Primavera, que é curta eque não se pode desaproveitar. Não temos depensar no amanhã mas sim em hoje… e nãono amanhã. O símbolo da nossa escola é aflor de sakura (cerejeira) e o karateka é comouma flor preciosa, vital…

Karate

Por cima: A conversa do autor com Miyazato Sensei. À esquerda: demonstração na rua do mestre e o seu grupo. À direita, o Sensei Sérgio Estevez, 7º Dan e seu representante na Espanha.

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De novo me vêm à memória ensinanças de Ohtsuka, destavez do seu sucessor e filho, quando me ensinava em Tóquio, ameados dos anos 80, que a flor demora muito a florescer e quedepois dura pouco no seu máximo esplendor, em um tempocurto antes de morrer. É como se toda a preparação de vida,desembocasse em um instante. Masatoshi continua falando: A flor de sakura também é a flor do Japão, não só de

Okinawa. Somos okinawenses, mas também japoneses. Temos de dizer que Okinawa, como região japonesa, tem

mantido historicamente uma certa atitude problematica com ogoverno central, por suas características, em especial asculturais, por sua maneira de ser, etc… O povo okinawense não perdoou ao antigo Imperador que

não pedisse desculpas pela Guerra. A II Guerra Mundial foicatast róf ica para o Japão, mas especia lmente paraOkinawa. Mas não nos desviemos do assunto. MasatoshiSensei diz: O K do no nosso escudo significa por sua parte Karate e vai

em vermelho, simbolizando a rapidez de reacção. Um karateka

deve ser rápido em mostrar-se amável sempre, perante umasenhora para que se sente, etc… Cinco pétalas tem a flor noescudo, são brancas pela pureza dos objectivos, e são cincopelo número destes: honradez, respeito, esforço, verdade eraciocínio. A sua mulher, Adriana, é argentina. Como entrou ela no

Karate, foi quando o conheceu a si?A minha mulher viu no Karate um ponto de encontro familiar.

Matsumura praticava com sua mulher Chibana, etc… Shoei deumuita importância à família. É uma espécie de metáfora e emrelação com a Paz.Adriana se tornou alguém muito importante na família, como

não podia ser de outra maneira.Ela tem grande disciplina e é muito elogiada. Foi atleta, é

muito solidária e tem uma grande vocação na sua vida, não temhorários… Quando Shoei Sensei já estava doente, os médicosreconheceram que a sua nora era a sua melhor enfermeira.Tratou sem descanso de Shoei Sensei. Actualmente, a minhamãe continua morando connosco. Adriana compreendeu e seadaptou perfeitamente às costumes japonesas.

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Vemos que Masatoshi Sensei fala com admiração da suamulher. Isso diz muito e bem de ambos! Frequentemente são as diferenças políticas e de organização

as que levam à existência de diferentes grupos ou linhas dentrode um estilo e por vezes, com o tempo, isso desemboca emdiferenças técnicas. Já faz muitos anos que existem emOkinawa grandes grupos de Shorin Ryu, como KobayashiShorin Ryu de Choshin Chibana, Shubokan de Chozo Nakama,a que hoje aqui tratamos, o Kobayashi Shorin Ryu Shidokan deKatsuya Miyahira, Shubukan de Joki Uema, Kobayashi ShorinRyu Shorinkan de Shuguro Nakazato, Kyudokan de YuchokuHiga (de onde depois sai o importante Isamu Arakaki),Matsubayashi Shorin Ryu de Nagamine (de onde por sua vezsai mais tarde, Kensei Taba), etc…

Por sua vez, outras linhas apareceram destas, como a daShidokan de Miyahira Sensei, apareceu a escola Miyazato deShoei Sensei... Sim. Há algumas diferenças. Na nossa escola mantemos o

costume de praticar Kihon tal qual se tem feito sempre. Somosos únicos descendentes do Shidokan que assim o fazemos.Miyahira Sensei praticava a potência nos movimentos básicos.Outros o não fazem. Mantemos os sete Kihon dachi, porexemplo, enquanto que em Okinawa só fazem três. Existe umametodologia diferente, ainda que sem choques.Foi para mim um autêntico prazer constatar de novo como

continua vivo o Karate ancestral, o Karate como o antigo, tantotécnica, como filosoficamente. Obrigado sensei Miyazato! Obrigado amigo Sérgio.

Karate

Diferentes momentos da demonstração oferecida no final da visita à Espanha.

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“O que dá a beleza ao deserto é que em alguma parte,esconde um poço de água”

Antoine de Saint-Exupery

“O que sabemos é um pingo de água; o que ignoramosé o oceano”

Isaac Newton

Fluir não quer dizer ser descuidado; a água o não é. Não deixacanto sem cobrir, a tudo chega! Dizem os Asturianos que a águatem “um focinho muito fino”. Sem presa, adaptando-se àscircunstâncias, a água é a metáfora da persistência e daadaptabilidade extremas. O paradigma da mydança na forma, semtransformar a essência. O água cataliza a vida, sem ela, a terra seca e fica ermo, o fogo sem

controlador, tudo inunda e o ar, transformado em tormenta de areia, nãopode levar a fertilidade das nuves, nem a força das mudanças. Até ometal é torneado com seu uso nas forjas! A água nos conforta, nos limpa, nos abençoa. Molhados

nos rios do momento, nadamos, lutamos, naufragamos. Fluir, adaptarse às barreiras, correr para baixo, não

se opôr a nada, a água é a perfeita analogía dahumildade, da adaptação e do não conflicto. Aágua vence sem objectivo; seguindo a suanatureza, rodeia qualquer obstáculo e nosensina a como vencer, mas com sabedoria,sem desgaste, sem perder de vista oobjectivo. O que é uma rocha no caminho?O que é uma montanha? Até quando nãohá saída, ela se filtra ou se evapora. Nadadetém o seu destino.O río da vida me deixou nas minhas

margens estos textos, que hojecompartilho como livro. E digo que“deichou”, porque toda autoría équando menos confusa, pois todosdevemos àqueles nos precederam,aos que nos inspiraram e inspiram,as flutuantes nuvens doinconsciente colectivo e até, quemsabe!, os espíritus econsciencias que nos rodeiam. Não tenho nada que

ensinar, porque nada sei, peroa quem quizer escutar asminhas palavras, lhe deixoaquí sinceras reflexões,sentidas, cada día maissentidas e menos pensadas,porque o pensamento nosengana vendo o que quer vere dele aprendi a suspeitar.

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Todos os DVD's produzidos porBudoInternationalsão realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX,

osimilares) e aimpressão das capas segueasmaisrestritas exigências de qualidade(tipo depapele impressão). Também,nenhum dosnossos produtosécomercializado atravésde webs de leilõesonline.Se este DVD não cumpre estasexigências e/o acapa ea serigrafia nãocoincidem com a queaquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.

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Todos os DVD's produzidos porBudoInternationalsão realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares)e aimpressão das capas segueas maisrestritasexigências de qualidade(tipo depapel e impressão).Também,nenhum dosnossos produtosécomercializado atravésde webs de leilõesonline.Se este DVD não cumpre estasexigências e/o acapa ea serigrafia nãocoincidem com a queaquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.

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José Manuel Reyes Pérez, 7ºDan de Hapkido pelaWorld Hapkido Federation (WHF), membro da JuntaDirectiva da WHF, Director Internacional para a EuropaOcidental e Presidente da Federação Espanhola deHapkido (FEH), nos apresenta no eu primeiro DVD, um

completo tratado acerca das técnicas que fazemgrande esta Arte Marcial tradicional

Coreana, mediante o legado que lhetransmitiu directamente o Grão

Mestre Kwang Sik Myung, 10ºDande Hapkido.

O Hapkido é a Arte da DefesaPessoal Dinâmica porexcelência, onde seconjugam velocidade efluidez, junto com apreparação física, atécnica, a respiração, ameditação e o cultivo daenergia interna. Uma arteque contempla umagrande variedade detécnicas com e sem armas,combina defesas e ataques,

entre as quais se incluemtécnicas de perna, joelho,

punho, cotovelo, projecções,estrangulamentos e acima de

tudo, as técnicas de luxação.Neste trabalho, o Mestre Reyes nos

mostra os exercícios de respiraçãoDanjon Hop, os ataques com o braço

Gonkiok Sul, as técnicas de perna duplas etriplas Jok Sul, a defesa pessoal Ho Shin Sul, as

técnicas de ataque e defesa com pau curto Dan Bong ea defesa contra faca. Um completo trabalho sobre umaArte, o Hapkido, o caminho para harmonizar a energia,cuja prática ajuda a melhorar em grande medida, anossa saúde, tanto física como mental, proporcionandoao praticante vitalidade, energia, autoconfiança, caráctere personalidade.

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Como se manter a salvo..., na Era do Terrorismo

Avi Nardia é um instrutor de combate corpo a corpo, naReserva das Forças de Defesa de Israel (FDI). A unidadeYAMAM luta contra o terrorismo em Israel e na Academiada Polícia Operativa israelita, ensina a Arte Marcial doKapap, assim como Judo, Jiu-Jitsu e Krav Maga.

O Kapap também se ensina em todo o mundo, através deuma rede de escolas afiliadas. Avi tem produzido uma sériede DVDs, que distribui através de múltiplas distribuidoras,como BUDO.

Como se manter a salvo...,

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Texto e Fotos: Avi Nardia w/Tim Boehlert

na Era do Terrorismo

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Budo International: Deve um cidadãode tipo médio, estar preocupado pelosataques terroristas de lobos solitários?

Avi Nardia: As células terroristas, comoos que puseram a bomba na corridamaratoniana de Boston e que não estãoligadas por outra coisa além da ideologia,são cada vez mais comuns. Em certo modo,as células solitárias são mais perigosas queo terrorismo organizado, porque as célulassolitárias são dif íceis de súpervisar,controlar ou descobrir. Quanto mais formosatrás das organizações terroristas, maisgrandes se farão, mais se vão dividir emcélulas mais pequenas. Isto é exactamenteo que tem acontecido com os “carteis” dadroga.

B.I.: Pensa que a Internet se estátornando a ferramenta privilegiada paraas organizações terroristas, para recrutarlobos solitários em qualquer parte domundo?

A.N.: Sim. Internet é hoje uma ferramentaimportante para o recrutamento, o ensino ea difusão das ideologias terroristas em todoo mundo. A Internet pode ser utilizada parainformação de tráfego e juntar informação ecomo um lugar de encontro para contactarcom outros com as mesmas ideias. É muitofácil criar contas falsas, usá-las enquantosão viáveis e depois desaparecerem, talvezpor completo. Os terroristas são cada vezmais conhecedores da tecnologia.

B.I.: Há algum paralelismo entre comoos terroristas recrutam lobos solitários ecomo as quadrilhas recrutam membros?

A.N.: Os grupos terroristas compartilhama mesma mentalidade que as quadrilhas -exploram o ódio, a ira e a difusão da práticada brutalidade. Os terroristas tambémpraticam as mesmas técnicas de doutrinarque as bandas. O uso da ideologia para"convencer" outros, que são maleáveis, temsido lamentavelmente muito eficaz.

B.I.: Como os objectivos depersonalidades importantes estão maisprotegidos, há uma maior probabilidadede que os alvos fáceis e civis sejamatacados por lobos solitários?

A.N.: Nos nossos dias, estamos vendodoentes mentais que entendem que quantomais brutais sejam os seus métodos, maispublicidade conseguem nos meios decomunicação. Na medida que os governose os objectivos sensíveis continuaminvestindo em mais segurança, estamoscomeçando a ver mais e mais ataquesterroristas independentes, contra osobjectivos brandos, tais como estações deautocarros, escolas e qualquer lugar quepossa infundir medo no público. O principalobjectivo do terrorismo é criar um ambientede medo, para se manterem no controlo.

B.I.: E à luz de tudo isto, quais asmedidas que podem tomar as pessoaspara se manterem a salvo?

A.N.: Necessitam incentivar os governosa serem menos tolerantes com asideologias terroristas. Também temos queeducar o público sobre a lei, sobre osterroristas e a cultura do terror. Me pareceque há tolerância em demasia com oterror…Por vezes, até a polícia é maisrestritiva com os criminosos civis que comos terroristas, que andam livres no meio denós. É preciso estudar e compreender o queé o terrorismo, antes de decidir como lutarcontra ele. A gente tem que compreendercomo o terrorismo se alimenta dos meios decomunicação.

B.I.: É uma maior conscienciação, aprecaução mais importante que umapessoa pode tomar?

A.N.: A consciência de quem vive emnosso redor é importante, mas também éimportante protegermos a nossa liberdadeda vigilância generalizada e de uma

Defesa Pessoal

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sociedade em que qualquer pessoa podefrivolamente chamar a policia, para que uma pessoaseja presa. Segurança e vigilância devem serabordadas de uma maneira medida. Estamos vendocasos de abusos, ao parecer como resultado doaumento da vigilância diária.

Nas escolas devemos exigir mais segurança paraos nossos filhos. Em redor da nossas casas, a gentetem que tomar consciência para estudar e treinar emluta contra o terrorismo. Somos os primeiros emresponder e não outra pessoa e se sempreconfiarmos em que mais alguém vai aparecer, podejá ser tarde demais. Temos que assumir aresponsabilidade da nossa própria segurança - emcasa, no trabalho, nas férias... As coisas maissimples, podem marcar a diferença.

B.I.: Recomenda que as pessoas consideremlegalmente portar uma arma de fogo - assumindoque sabem o que isso supõe e que tenham aformação adequada?

Avi Nardia

“Somos os primeiros aresponder e não outraspessoas, e se semprese confia em que mais

alguém vai chegar, pode ser tarde demais.Temos que assumir aresponsabilidade da

nossa própriasegurança”

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A.N.: É mais fácil portar um arma que levar ao lado um oficial da polícia!Se a maioria dos civis normais portassem armas de fogo, se reduziria adelinquência e o terrorismo. A Suíça é exemplo de um país onde a maioriados civis têm armas de fogo e é um dos lugares mais seguros do mundo.A gente tem de ter mais que o curso um de 8 horas, conforme seprescreve em muitos estados. A gente deve saber como usá-las, comolimpá-las, como evitar que se encasquilhem. Deve saber disparar emcondições de pouca luz, recarregar e como usar ambas mãos.

Em Israel, os proprietários de armas de fogo devem completar 50 horasde treino a cada ano, para contar com uma licença. Temos visto muitassituações nas que os primeiros a responder têm sido civis normais, que sedefenderam e detiveram os terroristas antes de que os carros da Políciachegassem. Também temos voluntários da Polícia Civil, que recebem aformação dos polícias e portam documentos de identificação de polícias.Estes voluntários patrulham as zonas sensíveis e ajudam a prevenir adelinquência e o terrorismo. No meu sistema de Kapac, ensinamos a usararmas de fogo, RCP, vigilância e contra-vigilância, como parte das nossasArtes Marciais. Este treino desenvolve a consciência e a capacidade deresponder de maneira efectiva, em situações de emergência.

B.I.: Uma faca em mãos de um artista marcial treinado, em quemedida poderá ser útil quando estiver frente a um terrorista do tipolobo solitário?

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A.N.: As facas são armas eficazes e muito importantepara no estudo. O único problema é que é difícil para umapessoa que utiliza um faca em uma situação realista. Afaca não é uma arma simples, a menos que se estiver bemtreinado. Além disto, a superação da barreira psicológicade lutar com uma faca, é difícil para a maioria daspessoas. É necessário muito treino para superar aeducação que teve desde a infância - "Não o magoes!""Tens de ser amável!", "Não sejas grosseiro!", etc. Estessão exemplos simples de como nos ensinam a ser

corteses e amáveis, até quando nos enfrentamos àviolência. Para superar este acondicionamento, énecessário muito treino especializado. Temos queaprender a autorizar-nos a nós mesmos ser grosseiros e aatacar primeiro, de maneira preventiva.

Também recomendaria a aprendizagem da pistola antesde o fazer com a faca. Não obstante, as facas são grandesarmas e estão facilmente disponíveis, por exemplo, nascozinhas. As armas brancas improvisadas, como umagarrafa partida, também são excelentes para a auto-defesa.

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B.I.: Como se luta contra uma pessoa que estádisposta a dar a vida por uma causa diferente à da lutacontra um assaltante, um contrabandista ou umviolador?

A.N.: A maioria dos criminosos não estão dispostos amorrer. Esse simples facto faz que a auto-defesa seja maisfácil, porque inclusivamente os violadores e outrosproscritos vão em busca de vítimas fáceis. Os terroristasprocuram qualquer vítima e portanto, ninguém ou qualquerum é um objectivo potencial. Os terroristas podem lutar

até à morte, o que faz muito difícil terminar a luta. Esta é arazão pela qual é melhor portar armas de fogo que facas.Com uma faca também temos de estar perto da ameaça,enquanto que uma pistola permite lutar estando a coberto.Há uma grande diferença de mentalidade. O objectivo deum criminoso comum é conseguir recursos das vítimas -dinheiro em notas e moedas, jóias, sexo. O objectivo dosterroristas é completamente diferente. Ambos sãocriminosos e se podem tratar como “menos quehumanos”, mas as suas "necessidades" são diferentes.

Avi Nardia

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B.I.: Sendo realistas, que oportunidade tem umpraticante de Artes Marciais desarmado, contra umterrorista armado?

A.N.: A primeira regra é nunca dar-se por vencido -independentemente de se estar desarmado e o atacantet iver uma arma. Sempre temos que manter aconsciência e usar as habilidades do corpo a corpo,assim como as habilidades de desarme de pistola.Supormos que um atacante não tem uma arma, podeser um erro mortal.

Defesa Pessoal

“Supormos que umatacante não tem uma

arma, pode ser um erromortal”

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REF.: • KMISS-1REF.: • KMISS-1

Em exclusiva, o DVD do Mestre Marco Morabito, acerca dadefesa pessoal com mãos nuas, e a apresentação preliminardo Krav Maga Israelita Survial System. Las técnicas e ométodo que constitui o sistema, se ilustram sem segredos,

de maneira clara, transparente e facilmentecompreensível. Uma ocasião única para nos

aproximarmos até o coração da defesaisraelita e melhorar os nossos

conhecimentos sobre a matéria. Oautor é um dos grandes

expoentes mundiais em defesapessoal e conta em seu haver

com experiência no âmbitomilitar e empresas desegurança; galardoado porvárias nações, convidado adar cursos e semináriosem todo o mundo, desde oJapão aos E.E.A., aPolónia, a Espanha, CaboVerde, Alemanha, Israel,França e Rússia, se tornouporta-voz internacional de

diferentes sistemas decombate e defesa pessoal

pouco conhecidos, ainda queextremamente efectivos.

Morabito desenvolve umapesquisa contínua, sem nunca

parar na procura incansável deadquirir novos conhecimentos e nunca

deixar de fazer perguntas. Krav MagaIsraelita Survial System não é uma disciplina o um

conjunto de regras rígidas, mas sim um método, umprocesso em evolução contínua e constante. Isto fá-loadaptável a qualquer situação e circunstância, permeável aqualquer mudança e proporciona a capacidade de fazer umestudo dos erros e da sua experiência uma oportunidadepara melhorar.

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REF.: • LAT-3REF.: • LAT-3

Los grandes Maestros lo son no solo en virtud de susconocimientos, también claro está de una trayectoria y en mihumilde opinión, desde luego, de una personalidad, de un carácter.

Rene Latosa lo es y vuelve justamente a nuestras portadas,muchos años después de aquel primer encuentro,

porque reúne todas estas cualidades.Gozoso reencuentro debo añadir, pueslo fue. Corto pero sabroso y suficientepara comprender como todo lo queuno había esbozado hace años,en aquella primera ocasiónestaba ahí, maduro, firme ygentil a la vez.La razón de su viaje: Unnuevo video que verá la luzen breve. Una mañana detrabajo impecable, unagrabación fluida yagradable, para un videoque a buen seguro, harálas delicias de todos losamantes de las Artesfilipinas. El Latosa Escrima, un

estilo que un Maestroamigo de Wing Tsun definiócon elógios como “antiespectacular”, donde la

eficacia campa a sus anchas,marcando la diferencia.Contamos con la inestimable

asistencia de su alumno Sifu MarkusGoettel, al que agradecemos su gentileza

y ayuda.