Christophe Barratier - Externato da Luz · to de ensino vocacionado para a protecção e...

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17, 19 e 24 de Novembro 17, 19 e 24 de Novembro 12:45 12:45 Sala Polivalente Sala Polivalente apresenta: Nascido em 1963 e filho de actores de teatro, a sua primeira paixão foi a música, carreira que tencionava seguir. Aos sete anos começou a estudar guitarra e pertenceu a um coro infantil, acabando por ingressar na École Normale de Musique de Paris, onde se for- mou em guitarra clássica, tendo vencido vários pré- mios durante a sua carreira como guitarrista. Em 1991 foi contratado pelo tio, o actor e cineasta francês Jacques Perrin, para integrar a produtora Galatée Films, onde trabalhou enquanto produtor associado em vários documentários como Microcosmos. Barratier estreou-se como realizador em 2002, com o telefilme Les Tombales, exibido em vários festi- vais de cinema. Mas foi com Os Coristas, a sua primeira longa metragem de 2005, que ganhou fama internacio- nal. Adaptado e realizado por si, Barratier foi ainda do compositor das músicas do filme, baseado num outro de 1945, La Cage aux Rossignols, que muito o impres- sionara quando criança. Os Coristas recebeu nomeações para variados prémios internacionais de prestígio, incluindo dois Óscares da Academia de Hollywood, um para Melhor Filme Estrangeiro e outro pela Melhor Canção. A combinação da música, da infância, e do sonho de um músico falhado que, apesar de tudo, tenta fazer do mundo à sua volta um lugar melhor fazem deste filme um conto de esperança que nos inspira a todos. Christophe Barratier Elenco: Elenco: Gerárd Jugnot—Clément Mathieu François Berléand—Rachin Kad Merad—Chabert Jean-Paul Bonnaire—La Père Maxence Marie Bunel—Violette Morhange Jean-Baptiste Maunier—Pierre Morhange Maxence Perrin—Pépinot Realização: Christophe Barratier Produção: Arthur Cohen Argumento: Christophe Barratier e Philippe Lopes-Curval, baseado num original de René Wheeler e Noël-Noël Música: Bruno Coulais Cinematografia: Jean-Jacques Boulin et al EXTERNATO DA LUZ de Christophe Barratier de Christophe Barratier Fotografia: Cor Origem: França Ano de Produção: 2004 Duração: 95 min.

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17, 19 e 24 de Novembro17, 19 e 24 de Novembro

12:4512:45

Sala PolivalenteSala Polivalente

apresenta: Nascido em 1963 e filho de actores de teatro, a sua

primeira paixão foi a música, carreira que tencionava

seguir. Aos sete anos começou a estudar guitarra e

pertenceu a um coro infantil, acabando por ingressar

na École Normale de Musique de Paris, onde se for-

mou em guitarra clássica, tendo vencido vários pré-

mios durante a sua carreira como guitarrista.

Em 1991 foi contratado pelo tio, o actor e cineasta

francês Jacques Perrin, para integrar a produtora

Galatée Films, onde trabalhou enquanto produtor

associado em vários documentários como Microcosmos.

Barratier estreou-se como realizador em 2002,

com o telefilme Les Tombales, exibido em vários festi-

vais de cinema. Mas foi com Os Coristas, a sua primeira

longa metragem de 2005, que ganhou fama internacio-

nal. Adaptado e realizado por si, Barratier foi ainda do

compositor das músicas do filme, baseado num outro

de 1945, La Cage aux Rossignols, que muito o impres-

sionara quando criança. Os Coristas recebeu nomeações

para variados prémios internacionais de prestígio,

incluindo dois Óscares da Academia de Hollywood,

um para Melhor Filme Estrangeiro e outro pela

Melhor Canção.

A combinação da música, da infância, e do sonho

de um músico falhado que, apesar de tudo, tenta fazer

do mundo à sua volta um lugar melhor fazem deste

filme um conto de esperança que nos inspira a todos.

Christophe Barratier

Elenco:Elenco:

Gerárd Jugnot—Clément Mathieu

François Berléand—Rachin

Kad Merad—Chabert

Jean-Paul Bonnaire—La Père Maxence Marie Bunel—Violette Morhange

Jean-Baptiste Maunier—Pierre Morhange

Maxence Perrin—Pépinot

Realização: Christophe Barratier

Produção: Arthur Cohen

Argumento: Christophe Barratier e

Philippe Lopes-Curval, baseado num

original de René Wheeler e Noël-Noël

Música: Bruno Coulais

Cinematografia: Jean-Jacques Boulin et al

EXTERNATO DA LUZ

de Christophe Barratierde Christophe Barratier

Fotografia: Cor Origem: França

Ano de Produção: 2004 Duração: 95 min.

O falecimento de um ente querido constitui o ponto de partida para um dos mais belos filmes fran-ceses dos últimos anos. Este acontecimento trágico despoleta toda uma narrativa alicerçada em memó-rias de um passado que há muito se encontrava esquecido.

Numa França traumatizada pela Segunda Guerra Mundial, a recuperação, afigurava-se, em 1949, ainda bastante longínqua. Muitas das crianças e jovens haviam perdido os pais ou, se tal não sucedera, a violência do conflito obrigara à desagregação ou ao desenraizamento de famílias inteiras.

A película transporta-nos para um estabelecimen-to de ensino vocacionado para a protecção e educa-ção de jovens em risco (órfãos, crianças agressivas, pré-delinquentes). O nome da escola, bem sugestivo por sinal, “Fundo do Pântano”, clarifica quase ins-tantaneamente o universo de alunos que vamos conhecer.

Numa aparente ingenuidade e superficialidade, este filme acaba por se transformar numa reflexão sobre a escola dos nossos avós e num elogio de uma sensibilidade notável a uma das mais sublimes activi-dades do ser humano – o ensino.

Clément Mathieu é um professor no desemprego, figura rechonchuda, de baixa estatura e sem cabelo, que ao aceitar o cargo no “Fundo do Pântano” se vê confrontado com uma realidade escolar muito dura, em alguns momentos violenta, bem distante da ideal e sonhada por qualquer docente. A sua missão é her-cúlea. Ensinar crianças e jovens que perderam o sen-tido das suas vidas e que consideram a escola uma prisão, há que reconhecer, não é uma tarefa simples.

A magia da música.A magia da música.

Mas por detrás da imagem frugal e cândida deste pro-fessor esconde-se um Homem com valores, de uma generosidade e autenticidade imensas que não descan-sará enquanto não conseguir descobrir o caminho e porta de entrada para os corações dos seus alunos. Esse caminho será percorrido com a sua determinação e bondade, a chave para entrar na alma das crianças ser-lhe-á fornecida pela música. Esta arte, que o pro-fessor Mathieu amargurada e secretamente procurava ocultar de si próprio, irá transformar a sua vida e a dos seus alunos. Com a música Mathieu reencontrar-se-á e, simultaneamente, dará às suas crianças um motivo para permanecerem na escola e um sentido às suas vidas.

O filme recorda-nos, em cada instante, a paixão de ser professor. Numa sociedade (a nossa) onde fre-quentemente e com demasiada leviandade se questiona, minimiza e até ridiculariza o papel do professor, “Os Coristas” é um grito de alerta, uma chamada de aten-ção para a importância decisiva que estes desempe-nham na formação das personalidades das nossas crianças e jovens. A questão não se reduz exclusiva-mente à divulgação de conhecimentos, independente-mente da área disciplinar. A essência da actividade docente centra-se fundamentalmente nas referências e ideais de vida que se conseguem transmitir. Aquilo que o professor Mathieu nos ensina é que mesmo na maior das adversidades, na escuridão mais densa, se nos esforçarmos, se houver empenhamento e coragem, poderemos, em qualquer circunstância, descobrir a luz. Ele, tendo a música como aliada, consegue devolver a esperança a um punhado de crianças que, fruto de cir-cunstâncias históricas incontroláveis, a haviam perdi-do. Haverá obra mais maravilhosa do que poder dar um rumo a vidas aparentemente perdidas? A resposta é-nos fornecida de forma ternurenta e sensível no final do filme.

SinopseSinopse

Em 1949, apenas quatros anos após o final da II

Guerra Mundial, Clément Mathieu, um professor

desempregado, aceita o cargo de supervisor num

colégio interno vocacionado para a reeducação de

menores. A escola vive aprisionada num sistema

repressivo imposto pela figura despótica do seu direc-

tor, Ranchin. A missão de Mathieu é a de ensinar um

grupo de jovens problemáticos e de personalidades

bastante agressivas. Aquilo que aparentemente se

afigura como impossível poderá ser alcançado quando

o professor Mathieu decide revelar às crianças a

magia da música…

Violette: Violette: Violette: Violette: Tem filhos?

Mathieu: Mathieu: Mathieu: Mathieu: Não. Bom, na verdade sim,

tenho 60.