CHRISTIANE BURKERT TEIXEIRA -...
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CHRISTIANE BURKERT TEIXEIRA
COMPJi:NSACOES NA COLUNA LOMIlAR ORlliNDAS no ALONGAMENTO DE~UADRicEPS - RETO Ffi:MORAL
Monografia aprcsciliada como requisito parcial :l oblclI~.10 dogr.1U de espccialista em Fisiolcrapia Ono ~ Iraumalol6gica cDcsporti\''' do Selor de Cicncias cIa Sallde cIa UnivcrsidadcTuiuli do Paran.i, sob oricnta~;1o IlIclOdo!6gica da professora·Sidinalv:J Wa\w.yniak c cicnlifica da professora: Maria deFatima Sipoli.
CURITIBA2000
RESUMO
Este trabalho teve como objclivo analisar as compensayoes ocorridas na coluna
lombar durante a pnitica de aiongamcilto muscular de quadriceps, especificamenlc retc-
remoral, pas caminhada no parquc Barigiii. 0 alongamcnto muscular realizado de ronna
crronea traz tanto maleficio quanto 0 alongamento muscular bem orlentado traz de beneficio
aD praticanle. POI' isso faz-se necessaria a orientac;ao do posicionamcl1to ergonomico das
311iculayocs cnvolvidas no alongamclllO. Neste caso, preponderanlcmentc, a coiuna lombar
deve estar estabilizada pel a articula9ao do quadril que Cilcontra-se em rctroversao, 0 que evita
a compensa9ao da coluna lombar durante 0 alongamcllto, prevenindo, por conseguinte, a
lombalgia decorrenle de um alongamento mal orientado.
iii
ABSTRACT
The main purpose of this work was to analyze the compensations occured at the
lumbar region during the practice of quadriceps muscular stretching., specifically the rectus
femoris, after walking on Barigui park. Incorrectly performed muscular stretching brings as
much harm as well-oriented one brings to the one who prctices it. ThaI is why the orientation
concerning ergonomic positioning of the articulations involved in stretching has become
necessary. In this case, prcponderatingiy, the lumbar region must be stabilized by the hit joint
that happens to be in retroversion, which avoids the compensations of the lumbar region
during stretching. For instance, this prevents lumbalgie as a consequence to bad-oriented
stretching
SUMARIO
RESVMO ...ABSTRACT.rNTRODVCAO .I EMlIASAMENTO n:ORICO.
. jjj
iv. •... 1
. 21.1 Alongamento X Sallde.. . 21.1.2 Propricdades dos Tccidos Moles que Afctam no AJongamento 51.2 Tipos de Alongamcnto... .. 61.2.1 Alongamcnto Estatico 61.2.2 Alongamento Balistico... . 61.2.3 Alongamcnto Passivo.. . 71.2.4 Alongamcnto pOl' C-P au FNP 71.2.5 Conten~ao-Relaxamento... 81.2.61.2.71.3 Indicavoes de Alongamento 91.4 MClas de Alongamenlo... ... 91.5 Como Alongar... . 10J .5. J 0 Alongamenlo Simples... . J 11.5.20 Alongamento Progressivo... . .. 1 J
1.5.30 Alongamenlo de Uma Fasc ..1.541.5.5 Re!lax<,,"e,,(o ...1.5.6 Dor... . 12\.5.70 Reflexo de Alongamento... . 121.6 A Sensayao do Alongamento... . \31.7 Flexibilidade... . 131.7. J Limites Estrulurais para Flexibilidade..... . 141.7.2 Faha de rlexibilidade... . 142 MATERIAL E METODO... . 163 APRESENTACAO DOS DADOS. . 174 INTERI'RETACAO DOS RESULTADOS.. . 195 CONCLVSOES... ... 20ANEXO.................................................. . 2\REFERENCIA BIBLIOGRAFICA.. .22
INTRODUC;AO
Esta pesquisa teve iniciahnclltc como objetivo c01l1prcenctcr 0 que leva 0
curilibano a caminhar 110 parque Barigui mediante a e\aborayao de lim questionario. Mas, que
por motivos burocriuicos, nao foi possivel realizar.
Em consenso com a oricntadora foi decidido, entao, observar c analisar os efeitos
decorrclltcs do alongamento inadequado de quadriceps, especificflmenle reto femoraJ, com a
tinalidade de mini mizar os efeitos que 0 alongamento incorreto pode acarretar.
Neste casa, a algia lombar decorrente da redUl;:ao do espa~o intervertebral
posterior na regiao lombar em decorrencia do mal posicionamento da pelve, au seja, em
anteroversfio durante 0 alongamento 0 que, por conseguinte, acarrcla a compressao das raizes
nervosas lombares ocasionando, entao, a "dor"
"Dor" esta que l1luilas vezes jil esla presente, tanlo no dia-a-dia, como
esporadicamenle em decorrencia da conslituic;ao do individuo, ou seja, da anato111ia, das
curvaturas da coluna vertebral, que podem scr tanto estnJturais como adquiridas. Neste caso,
ocasionada peJa mit postura nas atividades de vida diilria. E que podem exacerbar em
conseqlicncia de uma atividade fisica mal ou nao orient ada por um profissional habilitado. Por
tanIO, faz-se necessaria a presem;a do Fisiolcrapcula, prefcrencialmenle, espccialista em
Taumato-ot1opedia e Desponiva.
I EMIJASAMENTO TEORICO
1.1 Alongamcnto X Sallde
Para que 0 organismo funcione de forma harmonica e necessario que ele esteja
acima de tudo em simctria. E 0 alon~amento busca justa mente eSla simetria tao almejada
at raves do reequilibrio muscular, do posicionamento da pelve, do alinhamento das curvaturas
da colulla.
o alongamenlO produz a flexibilidade e quando inspirarnos profundamcnte e
posicionamos 0 corpo de forma global, liberamos espa\Al para que os 6rgaos e sells sistemas
funcionem de forma harmoniosa, e por conseguintc, mais saudavel, 0 que beneficia tambem a
circula<;ao sangliinea, 0 retorno venoso, a oxigCIltH;aO dos tecidos.
A vida sedenlaria, a alimcntac;:ao acidifera baseada em estimulantes e a medica~ao
afetam a circulavao. Isso destitui as ceJulas de alguns nutrientes que as mantem cncrgizadas.
o alonsamento lambem diminui a letargia, estimulando 0 escoamento dos Auidos
do organismo, prolongando 0 bom rUllcionamento dos sistcmas
A medida que respiramos profundamentc, 0 coravao c os pulmoes recebcm um
bom slIprimcmo de oxigenio, que gem vigor; os movimentos regulares e desintoxicantes do
intestino. Quando 0 organismo esta saudavel a digestao e mais filcil e a probabilidade de
sofrer de flatulencia OLi acidez e amplamente reduzida.
Quando relaxalllos profundamentc, 110S50 !livel de energia e regenerado, 0 que
minimiza 0 estresse e a tensao do dia-a-dia.
o desenvo\villlcilto e a manutenyao de urn amplo movimento articular e
imponantc para a saude e uma elevada qualidade de vida.
Embora a flexibilidade do corpo seja em parte determinada por fatores
herediturios, a amplitude articular dos movimentos pode seI aumentada e rnantjda pOI meio de
uma programayao regular de alongamento e de urn trabalho com os Illllsculos que os leve a
ciclos de nexao e extensao.
Em KISNER (1992), para que haja amplitude de movimcnto normal e necessario
haver mobilidade e flexibilidade dos tecidos moles que circllndam a articulayao, Oll seja,
musculos, tecido conectivo e pele, e mobilidade articular.
As condiyoes que pod em levar ao encurtamento adaptativo dos tecidos moles ao
redor de uma articulayao e perda subsequente da amplitude de movimento inciue!lr
• Imobilizayao prolongada;
• Mobilidade restrita~
• Doenya do tecido conectivo Oll neuromuscular;
• Processos patologicos nos tecidos devido a trauma~
• Deformidades osseas congenitas e adquiridas.
A forya muscular pode tambem ser alterada quando 0 tecido mole cncurta-se
devido a adaptayao que ocon·e com 0 tempo. A medida que 0 musculo perde sua flexibilidade
normal, ocorre lambem uma a\teray3.o na re\ayao comprimento-tensao do musculo. A medida
que 0 musculo se en curta, ele !laO e mais capaz de produzir 0 pico de tensao, e desenvolve-se
uma fraqueza com contratura. A perda de nexibilidade, independentemente da causa, pode
tambem provocar dor originando-se no musculo, tecido conectivo, ou periosteo. Isto, por sua
vez, lambem diminui a forya muscular.
o a/ollgomellio KISNER (1992), e um termo geral usado para descrever qualquer
manobra terapeutica elaborada para aumentar 0 comprimento de estmturas de tecidos moles
palologicamcnte encurtadas e desse modo aumentar a amplitude de movimento
Ja. a f1exibilidade refere-sc a capacidade do mllsculo relaxar c ceder a uma forc;:a
dc alongamcnto. Os exercicios de llexibilidade sao exercicios de alongamento elaborados
para au men tar a amplitude de movimento.
Enquanto 0 a/oflgalllell/o seleli)fo e um processo at raves do qual a func;:ao geral de
um pacicntc pode scr melhorada atraves da aplicayao seletiva de tecnicas de alongamcnto e
permitindo-sc que desenvolvam-sc limila<;oes de movimento em articula<;oes especificas
Entretanto, 0 hipel'O/ollgolllelllo e urn alongamento bern alcm da amplitude de
movimento normal de uma arliculay30 e tecidos moles vizinhos, que resulta em
hipermobilidade. Portamo, pode ser necessario para individuos saudaveis com forc;:a e
estabilidade normais, como por exemplo, participantes de ginaslica olimpica. Ele se lorna
prejudicial quando as estrlltllras de supolte de uma articulat;ao e a fon;a dos musculos ao redor
de uma aniclllac;:ao sao insuficientes e na~ podem manter a articulac;:ao em lima posic;:ao
estavel e funcional durante as atividades.
A cOJl/l'Olura e definida como encurtamento de um musculo ou outros tecidos que
cruzam uma articulavao, 0 que resulta em uma limitavao na mobilidade articular. E descrita
atraves da idenliticavao da avao do musculo retraido. Os termos contratura e contrayao -
processo de tensao que se desellvolve em um ll1usculo durante 0 encurtamento ou
alongamento - nao sao sinonimos, ponanto !laO devem ser usado do meslllo modo.
A con/ra/llra mioslillica e um tipo de contratura ollde nao existe palologia
especifica no lecido, a unidade musculolendinea esta adaptativamente encurtada e ocorre uma
perda significativa na amplitude de Illovimento. Podem ser resolvidas em periodos de tempo
relativamente cunos com exercicios leves de alongamento.
A retraf/flo e um termo nao especifico que refere-se ao encurtamenlo leve de uma
unidade Illusculotendinea que na verdade c saudave1. 0 tenno C usado para descrever uma
contralura Iransitoria leve. Um musculo retraido pode ser completamente alongado, excelO
nos limites externos de sua amplitude. Individuos normajs que na~ paJ1kipam reguJarmente
de progra1l1as de nexibilidadc podem desenvolver contraturas miostaticas ieves ou retra~ao,
preponderantemellte nos mllsculos biarticulares como as isquiolibiais, ret a femoral, au
gastrocnemios.
1.1.2 Propriedades dos Tecidos Moles que Afetam no AJongamento
Como foi mencionado, os tecidos moles que podem restringir a mobilidade
articular sao Illusculos, tecido cOllect iva e pele. Cad a Ulll tern quaiidades proprias que
aretam sua extensibiiidade, ou seja, sua capacidade de alongar-se.
Quando procedimelllos de aiongamelllo sao aplicados a esses tecidos moles, a
velocidadc, intensidade e dlJra~iio da for~a de aJollgamenlo irao afctar a resposttl dos
difcrcntes tipos de tecidos moles. Tanto as caracteristicas mecanicas dos tecidos contrateis
e nao contrineis quando as propriedades neurofisiol6gicas do tecido conlnltil afelam 0
aiongflmenlo do tecido mole.
Quando 0 tecido mole e aiongado, ocorrem tanto altera¥oes eiaslicas quanta
plaslicas. A elaslicidade e a capacidadc do tecido mole relornar ao seu comprimento de
repouso apns 0 alongamcnlo passivo. A plasticidade e a lendcllcia do tecido mole de
assumir um comprimento novo e maior apos a for~a de alongamento ter side removida
TanIO as tecidos conlrilleis quanta as nao contrateis tem qualidades eiaslicas e plasticas.
"0 alongamento e lltil para deixar os mllsculos flexiveis e prontos para a movimentacao,Illelhora 0 desempenho geral, ajuda na prevenc;ao de lesOes decorrentes de atividade fisicac simplesmeLlle faz corn que voce se sinta bem" (ANDERSON,1996,p.201)
1.2 Til)OS de Alongamcnto
1.2.1 Alongamento Estatico
Con forme MCATTEE (1998), 0 alongamento eSlatico popularizado pelo livre
slre/chillg de BOB ANDERSON (1983). 0 Illusculo a ser alongado. Illlisculo-alvo, e alongado
lentamente para que seja inibida a def1agrayao do reOexo de alongamento e contido numa
amplitude confortavel durante 15 a 30 segundos. Enquanto a posiyao e mantida, a sensayao de
alongamenlo diminui, leoricalllente em decorn!ncia do reflexo de alongamento invcrso, e a
pessoa que esta alongando avanya suavell1cnte ale um alongamento mais profundo, mantendo
entao a nova posiyao por mais 15 a 30 scgundos.
A posiyao de alongamento deve ser mantida por periodos maiores a medida que 0
programa progride. Por excmplo, se no inicio mantiver a POSiy30 durante 20 segundos, a
scguir, apes varias sessoes, aumentar 0 tempo de alongamento de 10 em 10 segundos ate
complelar 01 minuto.
No alongarnento cstatico, segundo FOX (1991), os Orgaos Tendinosos de Golgi
sao distendidos, resultando em inibiyao da contrayao ou, em outras palavras, 0 rclaxamenlo da
musculalUra alongada. Ou seja, 0 alongamenlO c mais elicaz e menos doloroso.
1.2.2 Alongamen\o Balistico
o alongamenlo balislico OU dinamico, c efetuado por meio de movimentos
vigorosos c rapidos, para [oryar 0 alollgamento do musculo-alvo. Esse tipo de alongamento
pode evocar um renexo de alongamemo intenso, deixando 0 l1luscul0 mais curto que seu
comprimento pre.alongamcnto. 0 alongamento balistico cria uma len suo superior ao dobro da
tensao no mllsculo·alvo, em compara~ao COIll 0 aJongamento estillico. lsso aumenta a
possibilidade de lacerar 0 Illusculo, porque 0 movimento f<lpido nao pennile lIlll tempo
suficiente para que ocorra 0 reOexo de alongamenlo inverso, que relax aria 0 musculo.
Ou seja, 0 ressalto e espasmo causam ativa~iio dos fusos musculares que, por sua
vez induzem a contra~ao do Illusculo que esl(l sendo alongado. Assim sendo, 0 alongalllenio e
dificu1tado e mais doloroso.
1.2.3 Alongamento Passivo
o alongamenlo passive c efetuado pelo fisioterapeuta. 0 movimento pode ser
balistico ou estatico. A pessoa relaxa e 0 fisioterapeula mobiliza 0 membro que esta sendo
alongado para a aquisi~ao de uma nova amplitude de movimento. Com freqtiencia 0
alongamemo passive e utilizado para aumentar a flexibilidade nos extremos da amplitude de
movimento, como na ginastica, em que a maxima flexibilidade e crucial para 0 desempenho.
1.2.4 Alongamento por C·p ou FNP
o alongamento contray.1o·relaxamento (C-P) consiste em alongar tim musculo ate
os limites maximos do movimento realizando lima contrayiio eSlatica contra alguma oposiyao
par poucos segundos, relaxando e alongando ainda mais Esse sistema recebeu a designa~ao
de Facilitayao Ncuromuscular Prorioceptiva (FNP).
Segu.ndo Fox, os programas de contrayao-relaxamcnto parccclll superior no
sentido de aprimorar a flexibilidade. (FOX, 1991, p.136)
1.2.5 ContenQao·Relaxamemo
A contenQao-relaxamento e utilizada normaimenle nos casos em que a amplitude
de movimento e extrema mente lirnitada, ou quando 0 movimenlo ativo provoca dor. 0
pacienle mantem 0 membro em sua amplitude de movimento alongada, e resiste a tentativa do
fisioterapeuta em mover 0 membro ate a nova amplitude. A contraQao isomelrica recruta mais
fibras musculares, por irradiac.;ao, e em seguida delJagra 0 reflexo de alongamento inverso,
relaxando 0 musculo-alvo e permit indo novo alongamento.
1.2.6 Contrac;ao-Relaxamento
A contraQao-rclaxamento e similar a contenc;ao-relaxamento. A diferen~a e que 0
fisioterapeuta proporciona resistencia, enquanto que 0 paciente tenta isometricamente, mover
o membro pcJa amplitude abreviada do musculo-alvo. Em seguida, 0 paciente reiaxa, e 0
membro e passivamente mobilizado ale a nova amplitude. Esta tecnica e preferida quando a
amplitude de movimento e boa e os movimentos sao indolores.
1.2.7 CRAC
A contra~30-relaxamento antagonista-conlra~ao, CRAC, e utilizada por urn
procedimcillo muito similar a contraQ30-reiaxamento. exceto pelo fato de que apcs a
contrac;ao isomclrica 0 paciente 1l1ovimenta 0 membro ate a nova amplitude de movimento.
Acredita-se que esta contrac;ao ativa do antagonista promova a inibic;ao reciproca do rnusculo-
alvo,o que permilira um alongamento mais profundo.
1.3 Indic:u,'.oes de Along;tmento
• Confonne KISNER (1992), quando a amplitude de movimcnto est a limitada como
resultado de contraturas. ades6es, e forma9ao de lecido cicatricial, levando ao
ellcllrtamcmo de Illusculos, tecido conectivo e pele;
• Quando as limitaC(oes podcm levar a deformidades estruturais (esqueleticas), que podem
scr prcvcnidas;
• Quando as COlltraturas interfcrem com atividades funcionais cotidianas;
• Quando existc fraqucza muscular e retra9ao nos opoSlos. Os musculos retraidos devem scr
alongados antes quc os ll1usculos fracos possam ser efctivalllente fortalecidos.
1.4 Melas do Along:lmento
• Recuperar ou rcstabelecer a amplitude de movimcnto normal das articula<;oes e a
t110bilidade dos tecidos moles que ceream uma articulayao;
• Prevenir contl"aturas irreversiveis;
• Aumental" a Oexibilidade geral de uma parle do corpo antes de exercicios vigorosos de
fortalecimento;
• Evitar au minimizar 0 risco de les6es musculotendineas relacionadas a atividades fisicas e
eSJJortes cspccificos.
1.5 Como Along:lr
Para ANDERSON (1983), 0 alongamcnto em si e simples de ser realizado, mas
para que haja real elicacia e necessario que seja realizado de forma correta, ou seja,
lenlamenle, manlendo-se relaxado e concentrado nos museu los a serem alongados. E LIm
trabalho mente-corpo. Ja 0 alongamcnto errado, infelizmente, praticado pela maioria das
pessoas e realizado de forma balistica ou forc;ando a alongamento ate "scntir dor" e, meslllo
com cIa insistir no mesilla exercicia, par conseguinle, acasionanda danas ao inves de
beneficios.
Figura I - Posicionalllcnto corrcto da pcl\.; elllrelrovcrs:l0.
Figura 2 - Posicionamcnto indicado para 0along:ullcnto da musculalura rete femoralscm compcns:u;:iio da colulia IOlllbar
10
lSI 0 Alongamenlo Simples
Alongar ate senlir uma leve tensuo e enhl0 relaxar e sustentar 0 alongamenlO de 5
a 15 segundos, segundo ANDERSON (1996). Jamais realizar movimentos balisticosl A
sensac;ao de lensao diminui progressivamente cnquanto 0 alongamelllo e mantido. Se !lao
diminuir ccda um pouco ate perceber que esta confortave1. 0 alongamento simples reduz 0
espasmo muscular e prepara os musculos para 0 alongamento progressivo.
1.5.20 Alongamento Progressivo
Iniciar lentamente 0 alongamento progressivo avanc;ando alguns centimetros ate
sentir uma leve tensao, nova mente, mantendo durante mais 5 a 15 segundos. A lensao deve
minimizar, caso colltni.rio eeda um pouco ate senlir que a tensao reduza.
1.5.3 0 Alongamento de Uma Fase
Realizar apenas 0 alongamento simples que, minimiza 0 espasmo muscular
proporcionando lima sensa<;ao agradavel. E impol1ante realiza-Io meSIllO que nao passe para 0
alongamento progressivo, pois ajuda a manter a flexibilidade atual
1.5.4 Respirac;ao
E impOl1anle respirar tranqOilamenle enquanto alonga, sem fazer apneia
II
1.5.5 Relaxamento
Enquanto 0 alongamento eSHI sendo rcalizado e importanle manter 0 restanle do
corpo relaxado para que nao prejudique os resultados.
1.5.6 Dor
A dor e um sinal de que algo hit de errado no alongamento. E importante observar
c rcellar na posiy3.o, pois a maioria das iesoes ocorrem nas pcssoas que alongam dcmais e
mllito ritpido.
1.5.70 Renexo de Alongamento
Sempre que a fibra muscular for demas;adamente alongada, foryando ou
"balanvando", um renexo nervoso sinaliza ao Illusculo Que ele deve se contrair. Esse renexo
do alongamellto e um dos mecanislllos automilticos de defesa do corpo para preven;r lesoes
musculares. Quando alonga-se em excesso, acaba-se tens;onando e cncllrtando 0 proprio
Illusculo em alongamento, podendo distender a musculatura e ate causar microrupturas, lesoes
microscop;cas, nas fibras musculares. Eslas microlacera~oes do musculo levam a formayao de
cicatrizes no teeido muscular, como perda gradual da elasticidade.
"Forc;:ar0 alongamcnto alem do apropriado ou balanc;:ar l1a pennancncia do movimcmopode distender os musculos e ativar 0 rcAexo de aiongarnenlo. Se voce esticar demaispode causar lesoes microsc6picas nas fibras musculares, levando it fonnac;:ao de cicatrizesnos tccidos, 0 que delermina uma perda gradual da flexibilidadc" (ANDERSON,1996,p.77 )
12
1.6 A Sensll~iio do Alongllmento
E a sensa~ao de trabalho moderado, nao intenso. Dc uma postura que poderia ser
sustcntada por tempo indeterminado. Cada um tem 0 seu proprio nivel de flexibilidade
portanlo e importante que nao haja eomparacao
1.7 Flexibilidade
Como foi citado anteriormente, a nexibilidadc sc rcfere it amplitude de
movimcnto de uilla articula<;ao ou de uma serie deJas, e e innueneiada pelos museu los,
Icndaes, !igamentos, 05505, e cstruluras osseas.
A flexibilidade e determinada por uma variedade de fatores, entre os quais 0 !livcl
e 0 lipo de atividadc fisica que esta sendo executada: um ambito maior de movimento
promove maior nexibilidade e um ambito menor, nexibilidade inibida. As mulheres cm geral
sao mais flexiveis do que os homens em deeorrcncia destes terem um nive! mais e1evado de
lestoslcrona, 0 que predisp5e a retra<;ao muscular. A nexibilidade aumenta ate a adolesccllcia
e depois diminui com a idadc.
A temperatura tambcm e um falor que interfere~ a pessoa e mais flexivel quando
eSla calor e menos quando esta frio. A flexibilidade tambem c altamente espccifica da
articulayao que esta sendo acionada: a pessoa pode scr muito tlexive1 nUllla articulacao e ter
lima movimentayao limitada em outra
1.7.1 Limiles para a Flexibilidade
Para FOX (1991), os limiles estrulurais para a flexibilidade sao:
• Ossos~
• Mlisculos;
• Ligamentos e oulras cstruturas ligadas a capsula articular;
• Tcnd5es c outros tecidos conjuntivos;
• Pcle.
Em lodas as articulacr5cs os tccidos moles constituem a principal limitacrao para a
amplitude do movimcnto articular.
A capsula articular e os tecidos conjuntivos associados, assim como 0 musculo
geram a maior parte da resjsh~ncia a Oexibilidade. Nos extremos do movimento articular, os
tendoes descmpcnham um efeito mais limitante.
Ja que a flcxibilidade pode ser 11l0dificada atraves do exercicio, 0 mesmo pode
ocorrer com as limita~oes impost as por esses tecidos moles. A raza.o disso, pelo menos em
parte, relaciona-sc com a natureza ehislica de alguns dos lccidos.
Um alto grau de Ocxibilidade nurna articula~ao nao indica Ilecessariamente uma
alta nexibilidade Ilas oulras anicllla~oes
1.7.2 Falta de Flcxibilidade
Vitrias condi~oes podcm ocorrer para impcdir a ncxibilidade articular'
• Tendinilc: proccsso inflamat6rio dos tcndocs. Pode scr evitado mantendo-se
os lendoes elasticos
14
• Distensao: estiramento muscular que OCOITequando um musculo encurLado e
requisitado abruptamente . .Pode ser evilado mantenclo-se a l1111sclllatllf<I
alongada.
"Rigor Mortis Progressivo'" exprcssao lltilizada para 0 enrijecimcnto
cumulativo, que parece ser provocado pelo envelhecimcnto. Essa rigjdez
progrcssiva ocorre, na verdade, em decorrencia da inatividade que ao processo
de idade.
A illatividade fisica predispoe a rigidcz articular, espasmo e rClrac;ao muscular.
"Os alongamcmos inadequados sao piorcs do que nao fazer alongamcntos de jeitonenhum e provocam lesoes. Ao longo dos ldtimos anos tem visto corredores fazeremalongamentos, e a maioria deles os fazem de modo completamente errado. Fazembalal1~os para cima e para baixo ou ficam lurando para se manter em posi~oes dolorosas ea isto chamam de alongamentos. 0 quc fazcm na realidade podcria ser denominadodilaceramento c enrijecimento". (ANDERSON, 1983, p.163)
Apenas at raves do metodo de controle c de reiaxamenlo de fazer alongamento e
que se aumenta a flexibilidade e reduz a ten sao muscular scm prejudicar os tccidos.
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2 MATERIAL E METODO
Esta pesCJuisa foi realizada com pessoas que tern como hiIbito realizar caminhada
no parque Barigui objetivando melhora do condicionamento fisico, cardia-vascular, ou seja,
melhora na qualidade de vida. Mas que esquecem, au desconhecem, a nmdamcntal
imporlancia do alongamento muscular posterior a esta atividade. E que, quando realizado, e
imprescindivel que seja de forma correta, sob orienta'1ao de urn profissional habilitado na
area: 0 Fisioterapeuta. Pois de Dutra famm, aumenta a probabilidade de ocasionar lombalgia
em decorrencia das compenSilyOeS que ocorrem em determinadas posturas de alongamento.
Assim sendo, foi realizada a observa<;ao uma hora por dia, ao entardecer, durante
cinquenta dias e mediante anota~6es, roi constat ado como estas pessoas alongam-se
posteriormente a caminhada
16
AI'RESENTA<;:AO DOS DADOS
o principal objetivo desle trabalho foi observar e constatar que as pessoas que tI~m
como habito a pr:itica de caminhada no parque Barigi.ii, nonnaimenle, nao realizam
alongamento CQITetamente no final da atividade.
Nesta pesquisa, 0 alollgamento analisado foi 0 da musculatura quadriciptal,
espccificamenle 0 relo femoral, tendo em vista que 0 Illal posicionamcnto da peive durante a
realizayuo do meSilla, ocasiona 0 aumcnto da curvatura <iacoluna 10m bar e, por conseguinte, a
redw;:ao dos espayos intervenebrais postcriormcnte a coluna iombar, comprimindo as raizes
nervosas lombares. Alcm disso 0 posicionamento erroneo da pe1ve provoca contrayao
exacerbada da musculatura paravertcbrallombar. 0 que ocasiona 0 espasmo muscular.
Ambos os ralores predispoem 0 individuo praticante da atividade a algia na regiao
10mbar.
Foram observadas setecentas pessoas, dentre essas trezentos homens e
qualrocentas mulheres. Constatou-se que apenas vintc e uma pessoas realizam correlamente 0
alongamento da musculatura reto remora!.
Os grilficos a seguir demostram esses dados em porcentagem.
17
INTREI'RETA<;:AO DOS DADOS
Apos dais mescs de observayuo, Bum total de cinqOcnta dias em decorrencia da
chuva e frio intenso, roi constatado que rcaimenle as alongamentos sao realizados de forma
inadequada e SCIllqualqucr orienta~ao profissional especifica
E imprescindivel Icmbrar a importflllcia da pelve que atua continuamente com a
forya da gravidade, scnelo 0 eixo Oll centro de equilibria do oorpo humano. A pelve recebe,
equiJibra e redireciona as foryas cia gravidade. Na pelve converge 0 peso da cabcya e da
coillna, hem COlTIO as foryas de repulsao a partir do solo.
Portanto, a pclve precisa sempre estar alinhada, para que nac haja compcnsayao
do movimcl1lO fla coluna \ombar, com conseqOente aumcntando desla curvatura, 0 que
ocasiona, par conseguinte, a lombalgia. Ou scja, 0 alongamento de quadriceps,
especificamente relo femoral, realizado inadequadamente tern como conseqi.iencia a dor
10mbar em individllos que ja tcnham esta predisposivao e aumenta a probabilidade de OCOITer
em individuos que nao tem esta predisposiyao.
Atingido 0 objetivo propOSIO, pode-se afirmar que, realmenle, a grande maioria
das pessoas que caminlla no parque Barigi.ii nao realiza 0 alongamento da Illllsculalura reto
femoral de forma correta, Oll seja, lixando a pclve em retroversao. Ou seja, lem grande
probabilidade de desencadear um quadro de lombalgia caso continue sendo realizada sem 0
acornpanhamcnto do Fisioterapeuta especialista em Fisiolerapia Orto-lraumatologia e
Desponiva.
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5 CONCLUSOES
o alollgamento muscular acompanhado de orientayao profissional especifica, ou
seja, do Fisioterapeuta especialisl3 em Orto-traumatologia e Desportiva, Lraz aD pralicantc
inurneros bcnef1cios. I>ois, desta forma sera realizado scm compensayocs oriundas do mal
posicionamcllIo durante a pnitica, que e a principal causa de desencadeamcnto da lombalgia
em individuos com maior predisposic;ao a descnvolve-la, scja decorrentc de uma hiperlordose
postural au cstrutural.
Por conseguinlc, obtem-se 0 melhar resu1tado com 0 menor gasto energetico. ISlo
e ergonomia!
Somado ao rata de que a ergonomia minimiza ao maximo 0 desgaste 311icular
causador de algi a c, consequentemente, desconforto nas atividades de vida diaria 0
Fisiolerapcula proporciona ao individuo qualidadc de vida e. neste caso. melhor dcsempenho
na pratica dcsportiva.
Este C 0 inicio de um trabalho que pode continuar sendo desenvolvido. tendo em
vista ° significativo numcro de pessoas que realizam 0 alongamento da musculatura reta
femoral de forma inadcquada. Proporcionando. assim. qualidade de vida ao cidadao
cllritibano.
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ANEXO
Fortna incorrcta de rcali'l.ar 0 atongamclllo da1l1llsculaiura Telo remoral. pois a pclvccncontrJ-SC em :l1ltcrovcrs;io.
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REFERE:NCIA BIIlLlOGRAFICA
l. ANDERSON. Bob. A/ol1gue-se. 19acd. Sao Paulo: SUl1Imus. 1~832. ANDERSON. Bob: BURKE. Ed: PEARL. Bill. EII/rando em Forma. Sao Paulo: Suml1lus. 19%.3. BERT AZZO. Cidor/flo do Corpo; idemidode e (II1f01101II;0 do 1II0I'illlf!II(0. 5:10 Paulo: Opera Prima. 1996.4. FOX. Edward L.; BOWERS. Richard W.: FOSS Merle L. /Jose.\' FisiolOgicas dn 1!"(/ucofOO Fisica e dos
Desporlos . ..J."cd.Rio de Janeiro: Guanabar,I Koogan. 19915. KISNER. C:ITolyn: COLB. Lynll Allen. Exercicios Tempel/lieo ..•, 2"cd. S.10 Paulo: Manole. 1992.6. MCAlTEE. Rolxrt E. Alollgomelllo Faci/iwdo. I~cd. &10 Paulo: Manole. 1998.7. TOBIAS. Maxine: SULUVAN, John Patrick. 0 Lil'ro do Afollgamellfo Comple/o, l~cd. S50 Paulo:
Manolc.1998.
22