Charles h spurgeon uma defesa da doutrina da justificação pela fé
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Uma Defesa da Doutrina da
Justificao pela F (D.L. Moody e Ira Sankey defendidos)
N 1239
Sermo Pregado
por Charles Haddon Spurgeon,
no Tabernculo Metropolitano, Newington,
E os que so de Cristo crucificaram a carne com as suas paixes e
concupiscncias. Glatas 5.24
De diversos lugares temos ouvido srias e intensas objees, e
recentemente, no assunto e contedo da pregao dos evangelistas vindos
da Amrica que esto trabalhando entre ns. Claro que seus ensinamentos,
assim como os nossos, esto abertos para julgamentos honestos e eles,
temos certeza, prefeririam um tribunal que evitasse a investigao das
coisas mais procuradas. Criticismos sobre nosso estilo de falar, cantar e etc,
so to sem importncia que ningum se importa em respond-los. A sabedoria justificada pelos seus filhos. um desperdcio de tempo para todos discutir sobre gostos pessoais, porm excelente seria agradar a todos,
ou at mesmo sempre adaptar tudo para todas as constituies e condies.
Portanto ns podemos deixar esses comentrios de lado sem uma
preocupao maior.
Mas sobre a questo da Doutrina muito tem sido dito e repetido, alm disso,
com uma boa dose de humor, nem sempre do melhor tipo. O que tem sido
afirmado por uma certa classe de escritores pblicos chega a isso: se voc
analisar essa Doutrina, no se pode fazer qualquer bem real dizer aos homens que simplesmente por crer em Jesus Cristo, eles sero salvos. E que isso pode fazer s pessoas feridas muito graves, se lev-los a imaginar que eles tenham sido submetidos a um processo chamado
"converso" e que agora so "salvos para a vida". Somos informados por estes senhores, pois deveramos saber, sendo que falam de forma muito
positiva, que a doutrina da "salvao imediata", mediante a f em Jesus
Cristo, muito perigosa. Dizem que certamente isso levar degradao da
moralidade pblica, pois os homens no buscaro nem investiro nas
virtudes prticas quando "somente a f" levantada a uma to elevada
posio. Dizem que se for assim, isso seria um erro grave e ai de quem
levar os homens a esse erro!
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Essa no a verdade, temos certeza, mas por enquanto vamos examinar o
campo de batalha. Por favor, notem que esta no uma disputa destes
senhores contra os nossos amigos D.L.Moody e Ira Sankey sozinhos!
uma disputa entre esses opositores e todos ns que pregamos o Evangelho!
Pois, apesar de diferentes, assim como ns, no estilo da pregao, estamos
todos prontos para definir o nosso selo, que declarar da maneira mais clara possvel que os homens so salvos pela f em Jesus Cristo e salvos no
momento em que crem! Ns todos confessamos e ensinamos que esse
um tipo de converso - e que quando os homens so convertidos tornam-se
em outros homens, diferentes do que eram antes - e comea uma nova vida que culminar na glria eterna.
Ns no somos to covardes para permitir que os nossos amigos fiquem em
p sozinhos na frente da batalha, como se fossem pessoas estranhas com
noes exclusivas que outros de ns discordamos. Como a Salvao pela
f no sangue expiatrio que est em causa, eles no pregam nada a mais do
que temos pregado todas as nossas vidas! Eles no pregam nada a mais do
que o consenso geral da cristandade protestante. Vamos deixar isso
conhecido por todos e permitir que os arqueiros atirem em todos ns por
igual! Ento, alm disso, se essa a objeo, devemos ser como aqueles
que se levantam para fazer conhecido que os opositores no se levantam
contra ns simplesmente, e contra esses amigos que so mais destacados,
mas contra a F Protestante, que estes mesmos senhores provavelmente
professam para se gloriarem!
A F Protestante, em resumo, reside nesta mesma Justificao pela F que
eles atacam. Foi a descoberta de que homens so salvos pela f em Jesus
Cristo, que primeiro despertou Lutero. Esse foi o raio de luz que desceu
sobre o seu corao negro e pelo poder dessa luz o trouxe para a liberdade
do Evangelho! Este o martelo pelo qual o papado foi quebrado em tempos
antigos e esta a espada com que ele ainda est a ser ferido a real Espada do Senhor e de Gideo". Jesus o Salvador Todo-Suficiente e "Quem cr nele no condenado" [Jo 3.18]. Lutero a usou, de fato, para
dizer - e ns o apoiamos - que esta questo da Justificao pela F o
artigo pelo qual a Igreja deve ficar em p ou cair!
Ento, a chamada Igreja, que no possui esta Doutrina no uma Igreja de Cristo! E uma Igreja de Cristo se a detm, apesar de muitos outros
erros nos quais ela pode ter cado. A batalha encontra-se realmente entre a
doutrina papista do mrito e a doutrina protestante da Graa! E nenhum
homem que se autodenomina um Protestante pode logicamente disputar
essa questo contra ns e os nossos amigos. Vamos ir um pouco alm do
que isso. A oposio no contra os senhores Moody e Sankey, mas contra
todos os ministros evanglicos! No contra eles apenas, mas contra o
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nosso Protestantismo comum! E ainda mais - contra a inspirada Palavra
de Deus - pois se este livro ensina alguma coisa sobre o cu, certamente
ensina que os homens so salvos pela f em nosso Senhor Jesus!
Leia a Epstola aos Glatas e seu julgamento pode ser at perverso, mas
voc no pode, por qualquer tipo de interpretao de palavras, negar a
doutrina da Justificao pela F da Epstola. Ela foi escrita com o propsito
de afirmar essa Verdade de Deus plenamente e defend-la totalmente. Nem
se pode livrar dessa Doutrina durante todo o Novo Testamento. Voc
certamente a encontrar no apenas temperando todas as Epstolas, mas positivamente saturando-as! E, voc tomando captulo por captulo, voc
pode espremer delas, como foi feito com o velo de l de Gideo [Juzes 6.38], esta verdade nica - que a justificao diante de Deus pela f e no
por obras da Lei. Assim, a oposio contra a Bblia - e deixem que
aqueles que atiram seus enganos, compreendam que lutam contra o Esprito
Eterno de Deus e contra o testemunho que Ele tem depositado pelos seus
profetas e apstolos! Negue a Inspirao e voc no ter cho para pisar.
Mas enquanto voc acreditar na Bblia voc deve acreditar na Justificao
pela F.
Mas agora vamos examinar este assunto de frente. verdade, ou no, que
as pessoas que crem em Jesus Cristo, tornam-se piores do que eram antes?
No estamos atrasados para responder ao inqurito e estamos em um ponto
de observao que nos fornece dados abundantes para passarmos por cima.
Afirmamos solenemente que os homens que crem em Jesus tornam-se
mais puros, mais santos e melhores. Ao mesmo tempo, confesso que houve
uma boa dose de conversa imprudente e enganadora, s vezes, por
ignorantes defensores da Livre Graa. Temo, alis, que muitas pessoas
pensam que acreditam em Jesus Cristo, mas no fazem nada com relao
isso. Ns no defendemos declaraes libertinas, ou negamos a existncia
de seguidores de mente fraca. Mas ns pedimos para sermos ouvidos e
considerados.
Algumas pessoas dizem: "Voc diz essas pessoas que elas sero salvas
aps elas acreditarem em Cristo." Exatamente isso. Mas, por favor, me diga o que voc quer dizer por ser salvo, senhor? Eu direi, com grande prazer. No queremos dizer que essas pessoas vo para o cu quando
morrerem, independentemente do seu carter. Mas, quando dizemos que, se
eles acreditarem em Jesus sero salvos, queremos dizer que eles sero
salvos de viver como eles viviam - salvos de serem o que so agora - salvos
da libertinagem, da desonestidade, da embriaguez, do egosmo e qualquer
outro pecado que eles podem ter vivido. A coisa pode ser facilmente posta
prova! Se puder ser mostrado que aqueles que creram no Senhor Jesus
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foram salvos de viver em pecado, nenhum homem racional deveria levantar
qualquer objeo pregao de tal Salvao!
Salvao do pecado uma coisa que todo moralista deveria recomendar e
no censurar - e essa a salvao que ns pregamos. Receio que alguns
imaginam que eles s tm que acreditar em alguma coisa ou outra, e eles
vo para o cu quando morrer. E que eles tm apenas de sentir uma certa
emoo singular e est tudo certo com eles. Agora, se algum de vocs tem
cado nesse erro, que Deus, em Sua misericrdia, tire-o da, pois no todo
tipo de f que salva, mas somente a f dos eleitos de Deus. No qualquer
tipo de emoo que muda o corao, mas a obra do Esprito Santo.
de pequena importncia ir para uma sala de inqurito e dizer "eu creio".
Semelhantemente, uma confisso no prova nada! Pode ser falsa. E tudo
vai ser provado por isso - se voc verdadeiramente acreditou em Jesus
Cristo, voc vai se tornar, a partir daquele momento, um homem diferente
do que voc era. Haver uma mudana em seu corao e alma, na sua
conduta e sua conversa. E, vendo que voc mudou dessa maneira, aqueles
que foram honestos opositores deixaro rapidamente as suas acusaes,
pois eles estaro na condio de quem viu o homem que foi curado com
Pedro e Joo e, portanto, no podia dizer nada contra eles.
O mundo exige fatos e isso que estamos fornecendo! intil gritar nosso
remdio com palavras - devemos apontar para a cura. Sua mudana de vida
ser o argumento mais grandioso do Evangelho, se essa vida para mostrar
o significado do meu texto - E os que so de Cristo crucificaram a carne com as suas paixes e concupiscncias. Vamos discutir este texto de forma apologtica, na esperana de derrotar o preconceito, se Deus permitir.
I - Observe, em primeiro lugar, que O RECEBER JESUS CRISTO PELA
F , EM S, UMA CONFISSO QUE TEMOS CRUCIFICADO A
CARNE COM SUAS PAIXES E CONCUPISCNCIAS. Se a f como
uma confisso, porque dizer que no est relacionado com uma vida santa?
Deixe-me mostrar que esse o caso. F a aceitao de Jesus Cristo. Em
que aspecto? Bem, principalmente como um Substituto. Ele o Filho de
Deus e eu sou um culpado pecador. Eu mereo morrer - o Filho de Deus
fica no meu lugar e sofre por mim. E quando eu creio nele eu O aceito
permanentemente.
Crer em Jesus era de uma forma muito bonita estabelecida na velha
cerimnia da Lei, quando a pessoa trazia um sacrifcio, colocava as mos
sobre a cabea do novilho ou cordeiro e assim aceitava que a vtima ficasse
em seu lugar, de modo que o sofrimento da vtima deveria ser seus
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sofrimentos. Agora, nossa f aceita a Jesus Cristo como permanente em
nosso lugar. O ncleo e coluna da confiana da f reside no seguinte:
"Ele carregou, o que eu nunca poderia suportar,
A Ira do Seu Justo Pai".
Cristo para mim, Cristo em meu lugar. Agora, tente captar o seguinte
pensamento. Quando voc cr, voc aceita Cristo estando em seu lugar e
professa que o que Ele fez, Ele fez por voc E o que Cristo fez em cima daquele madeiro? Ele foi crucificado e morto. Acompanhe o pensamento e
perceba bem que pela f voc se considera como morto com Ele -
crucificado com Ele.
Voc realmente no compreendeu o que significa f, a menos que voc tenha entendido isso. Com Ele voc sofreu a Ira de Deus, pois Ele sofreu
em seu lugar. Voc est agora nEle crucificado com Ele, morto com Ele, sepultado com Ele, ressuscitado com Ele e glorificado com Ele - porque
Ele representa voc e sua f aceitou a representao. Voc v, ento, que
voc fez, no momento em que voc acreditou em Cristo, uma declarao de
que voc est, a partir daquele momento, morto para o pecado? Quem pode
dizer que o nosso Evangelho ensina os homens a viver em pecado, quando
a f que essencial para a Salvao envolve uma confisso de morte a ele?
A converso comea com o concordar em ser considerado morto com
Cristo para o pecado - no temos ns, aqui, a pedra fundamental da
santidade?
Observe, tambm, que se ele seguir os mandamentos de Cristo, o primeiro
passo que um cristo tem a dar depois que ele aceitou a posio tomada
pelo Senhor Jesus, outra confisso mais pblica do que o primeira, ou
seja, o seu batismo. Pela f, ele aceitou a Cristo como morto no lugar dele,
e ele se refere a si mesmo como estando morrido em Cristo. Agora, cada
homem morto deve ser enterrado, mais cedo ou mais tarde. E assim,
quando vamos para a frente e confessamos a Cristo, somos "sepultados
com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado
dentre os mortos, pela glria do Pai, assim andemos ns tambm em
novidade de vida." [Rm 6.4]
Todavia o Batismo no significa nada alm de uma cerimnia, no tendo
nenhum poder ou eficcia em si mesmo, mas como um sinal e um smbolo
que nos ensina que verdadeiros crentes esto mortos e sepultados com
Cristo. Ento voc v as duas maneiras pelas quais, segundo o Evangelho,
ns realmente e declaradamente nos entregamos a Cristo, que so a f e o
Batismo. Quem crer e for batizado ser salvo [Marcos 16.16]. Agora, a essncia da f aceitar a Cristo como me representando na Sua morte. E a
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essncia do batismo ser enterrado com Cristo, porque eu estou morto com
Ele. Assim, nos primeiros passos da religio crist, em seu primeiro ato
interno e em seu primeiro smbolo externo, voc entende que os crentes
devem, de agora em diante, ser separados do pecado e purificados na vida.
Aquele que realmente acredita e sabe o que ser sepultado realmente com
Cristo, comeou na verdade, ele j tem, em certo sentido, efetuado completamente - o que o texto descreve como a crucificao da carne com
as suas paixes e concupiscncias. Porque, caros amigos, nunca devemos
esquecer que o grande objetivo pelo o qual nos lanamos em Cristo a
morte do pecado! Se houver algum no meio de ns que acreditou em
Cristo somente para que possa escapar da agonia do Inferno - Oh, Irmos e
Irms, mvoc tem uma idia muito pobre do que Jesus Cristo veio fazer no
mundo! Ele proclamado como um Salvador que "salvar o seu povo dos
seus pecados" [Mateus 1.21]. Este o alvo de sua misso! verdade, Ele
vem para dar o perdo, mas Ele nunca d o perdo, sem dar arrependimento
junto!
Ele vem para justificar, mas ele no justifica sem tambm santificar. Ele
veio para nos libertar, no somente de ti, oh morte! Nem somente de ti, oh
inferno! Mas de voc, oh Pecado, a me da Morte, o progenitor do inferno!
O Redentor passa o machado na raiz de todo o mal matando o pecado e,
portanto, tanto quanto estamos preocupados, Ele pe um fim a morte e o
inferno! Glria a Deus por isso! Agora, parece-me que se o incio da f
crist to manifestamente ligado com a morte para o pecado, eles fazem-
nos uma grave injustia ao supor que na pregao da f em Jesus Cristo ns
ignoramos os valores morais ou as virtudes, ou que ns desprezamos o
pecado e os vcios! Ns no fazemos isso, mas ns proclamamos o nico
mtodo pelo qual o mal moral pode ser condenado morte e varrido! A
recepo de Cristo uma confisso da crucificao da carne com as suas
paixes e concupiscncias - o que mais pode propor o moralista mais puro?
Que mais poderia ele reconhecer por ele mesmo?
II Em segundo lugar, POR UMA QUESTO DE FATO, O RECEBER
A CRISTO ACOMPANHADO DA CRUCIFICAO DO PECADO.
Vou agora expor a minha prpria experincia de quando eu acreditei em
Jesus. E enquanto eu fao isso alegro-me em lembrar que existem centenas,
seno milhares neste lugar que experimentaram o mesmo. E existem
milhes nesse mundo e mais milhes no Cu que sabem a Verdade a qual
eu declaro. Quando eu acreditei que Jesus era o Cristo [O Salvador] e
descansei minha alma nEle, eu senti em meu corao, a partir desse
momento, um intenso dio ao pecado, e de todos os tipos. Eu tinha amado
o pecado antes, alguns pecados particularmente, mas esses pecados
tornaram-se, a partir daquele momento, os mais detestveis para mim e,
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embora a propenso para eles ainda esteja l, o amor para eles no existia
mais.
E quando eu, em qualquer momento pecava, sentia uma dor interior e
horror em mim mesmo por fazer as coisas que antes eu concordava e
gostava. Meu prazer para com o pecado tinha desaparecido. As coisas que
um dia eu amei, eu abominava e corava s de pensar. Ento comecei a
caar os meus pecados. Eu vejo, agora, um paralelo entre a minha
experincia referente ao pecado e os detalhes da crucificao de Cristo.
Eles enviaram Judas para o jardim para procurar o nosso grande Substituto,
e foi justamente dessa forma que comecei a caar o pecado, porque ele estava escondido em meio escurido da minha alma. Eu era ignorante e
no sabia o que era pecado, pois era noite como em qualquer alma, mas,
sendo encorajado a destruir o mal, meu esprito arrependido pegou
emprestado lanternas e tochas, e saiu como se estivesse perseguindo um
ladro.
Eu vasculhei o jardim do meu corao vez aps vez, com um ardor intenso
para encontrar todo pecado. E eu busquei a Deus para me ajudar, dizendo:
"Sonda-me, Deus, e conhece o meu corao; prova-me, e conhece os
meus pensamentos" [Salmos 139.23]. Eu no cessei at que eu tinha
encontrado as minhas transgresses secretas. Essa busca interior uma das
minhas ocupaes mais constantes. Eu policio minha natureza de novo, e
de novo para tentar prender esses criminosos, esses pecados abominveis,
para que possam ser crucificados com Cristo! Oh voc, em quem se
esconde iniquidade por causa da sua ignorncia espiritual, desperte para um
exame rigoroso da sua natureza e no mais tolere que seu corao seja
esconderijo para o mal!
Eu me lembro de quando eu encontrei o meu pecado. Quando o descobri,
eu o agarrei e o arrastei para o Trono do Julgamento. Ah, meus irmos e
irms, vocs sabem quando isso ocorreu com vocs - e quo duro foi o
julgamento que liberou a Conscincia. Sentei-me no julgamento, eu mesmo.
Eu levei o meu pecado de um tribunal a outro. Eu olhei para ele diante dos
homens e tremia s de pensar que a maldade do meu exemplo pudesse
arruinar as almas de outros homens! Eu olhei para o meu pecado diante de
Deus e eu abominava-me no p e nas cinzas [J 42.6]. Meu pecado era
vermelho como o carmesim diante dEle e diante de mim tambm. Julguei o
meu pecado e o condenei - condenado como um criminoso para morrer
como um criminoso. Eu ouvi uma voz dentro de mim que, assim como
Pilatos, dizia "Vou castig-lo e deix-lo ir! Vou envergonh-lo um pouco.
No deixarei que o mal seja feito com muita frequncia. Deixarei a luxria
ser controlada e mantida sob controle".
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Mas, ah, minha alma disse: "Crucifica-o! Crucifica-o!" E nada podia abalar
meu corao desse propsito, que eu deveria matar todos os assassinos de
Cristo, se possvel, e no permitir que nenhum deles escapasse, pois a
minha alma os odiava com dio mortal e de bom grado os pregou todos na
cruz. Lembro-me, tambm, como eu comecei a enxergar a vergonha do
pecado. Assim como o meu Senhor foi cuspido, escarnecido e acusado,
agora minha alma comeou a derramar o desprezo sobre todo orgulho do
pecado, desprezar as suas promessas de prazer e acus-lo de milhares de
crimes! Ele tinha me enganado. Ele me levou runa. Ele esteve bem perto
de me destruir! Eu o desprezava e derramei esse desprezo sobre os seus
enganos e tudo o que ele ofereceu de doura e de prazer.
Oh pecado, quo vergonhoso uma coisa pode ser por sua causa! Eu vi que
tudo baseado, intermediado, e desprezvelmente concentrado em voc!
Meu corao machucou o pecado atravs do arrependimento, feriu-o com
censuras e o golpeou negando a mim mesmo. Ento, foram feitas uma
afronta e um escrnio. Mas isso no bastou o pecado deve morrer. Meu corao chorou pelo o que o pecado tinha feito e eu estava decidido a
vingar a morte do meu Senhor por mim. Assim minha alma cantou a sua
determinao:
"Oh, como eu odeio os meus desejos
Que crucificaram o meu Deus!
Aqueles pecados que perfuraram e pregaram sua carne
Rapidamente, no madeiro mortal!
Sim, meu Redentor, eles devem morrer!
Meu corao assim decretou:
No vou poupar os culpados
Pelos quais meu Salvador sangrou".
Ento eu carreguei os meus pecados para o local da crucificao. Eles
gostariam de ter escapado, mas o poder de Deus os impediu e, como uma
escolta de soldados, os conduziu para a execuo. A mo do Senhor estava
presente e Seu Esprito todo revelador despiu meu pecado, como Cristo foi
despido!
Ele ps diante de meus olhos, at mesmo meu pecado secreto diante da luz
da Sua Face! Oh, como foi um espetculo quando eu O contemplei! Eu
tinha olhado, antes, para as vestes luxuosas e as cores com as quais o
pecado tinha se pintado para faz-lo parecer to bonito quanto Jezabel
quando ela se pintou. Mas agora eu vi sua nudez e horror - e eu fiquei bem
perto de entrar em desespero! Mas o meu esprito se ergueu, porque eu
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sabia que eu estava perdoado, e eu disse: "Jesus Cristo me perdoou, porque
eu acreditei nEle. E eu vou levar minha carne morte crucificando-a na
Sua Cruz". Conduzindo-a aos cravos, eu me lembro, como a carne se
esforou para manter a sua liberdade. Um, dois, trs, quatro os cravos entraram e prenderam a coisa maldita no madeiro com Cristo, para que ela
no possa nem correr nem se esquivar - e, agora, glria a Deus, embora o
meu pecado no esteja morto, ele est crucificado e deve, finalmente,
morrer!
Est pendurada l em cima. Posso v-la sangrando a sua vida. s vezes,
esfora-se para descer e tenta arrancar os cravos, para ir atrs da vaidade.
Mas os cravos sagrados a prendem bem rpido - o abrao da morte e ela
no pode escapar. Infelizmente, ela morre uma morte lenta, passando com
muita dor e lutando! Mas ainda assim ela morre. E em breve o seu corao
ser traspassado com a lana do amor de Cristo e ser totalmente
aniquilada. Ento, a nossa natureza imortal no mais ser sobrecarregada
com o corpo desta morte, mas, pura e imaculada, se elevar para estar
perante a face de Deus para sempre.
Agora, eu no estou falando alegoricamente de coisas que deveriam ser
feitas, mas, na verdade, no passam de meras idias. Eu estou descrevendo
em figura o que acontece na realidade - que cada homem que cr em Jesus
imediatamente se esfora para se livrar do pecado. E voc pode saber se ele
acreditou em Jesus Cristo ou no, vendo se h uma mudana em suas
motivaes, sentimentos, vida e conduta. Voc diz que duvida disso? Voc
pode duvidar se quiser, mas os fatos falam por si. Viro at mim, me atrevo
a dizer, antes que esta semana termine, como na maioria das semanas da
minha vida, homens que tinham sido escravos da intoxicao, agora sbrios,
por acreditarem em Jesus Cristo!
Mulheres desvirtuadas, que se tornaram puras e castas por crer em Jesus,
viro, e tantos homens e mulheres que eram amantes de todos os tipos de
prazeres malignos, que se apartaram imediatamente deles, e continuaram a
resistir a todas as tentaes porque eles so novas criaturas em Cristo
Jesus! O fenmeno da converso nico, mas o efeito da converso mais
singular ainda! E no uma coisa escondida - pode ser visto a cada dia. Se
for simplesmente uma emoo na qual o homem sentiu uma aflio de
esprito e, em seguida, bem breve, pensou que estava em paz e tornou-se
feliz porque se auto-satisfez, eu no verei qualquer bem particular nele.
Mas se verdade que a regenerao altera os gostos e afetos dos homens,
no final, as alterar radicalmente, transformando-as completamente em
novas criaturas! Se assim, eu digo, ento Deus pode nos enviar milhares
de converses! E como isso assim, ns estamos completamente certos,
pois vemos isso sempre.
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III - Em terceiro lugar, podemos ir um passo adiante e dizer que A
RECEPO DE JESUS CRISTO NO CORAO PELA F SIMPLES
CALCULADA PELA CRUCIFICAO DA CARNE. Quando um
homem cr em Jesus, a primeira fora que o ajuda a crucificar a carne que
ele tem visto a maldade do pecado, na medida em que viu Jesus, seu
Senhor, morrer por causa disso. Os homens pensam que o pecado no
nada, mas o que pecado faz? O que ele no faz? O vrus do pecado, o que
isso contamina? Sim, o que isso no contamina? Sua influncia tem sido
maligna na maior escala concebvel.
O pecado inundou o mundo com sangue e lgrimas atravs de uma
declarada guerra! O pecado cobriu o mundo com opresso e por isso tem
esmagado o animo de muitos, e quebrado o corao de milhares! O pecado
gerou a escravido, a tirania, sacerdcio, revolta, calnia e perseguio! O
pecado tem sido o fundamento de todos os sofrimentos humanos. Mas a
coroao, o ponto culminante da vilania do pecado foi quando Deus, Ele
mesmo, desceu Terra em forma humana - pura, perfeita, inteno de uma
mensagem de amor e veio para fazer milagres de misericrdia e redeno. Ento o homem pecador nunca poderia descansar at que ele tivesse
crucificado seu Deus encarnado! Os monarquistas inventaram uma palavra
quando o Parlamento, aps a Segunda Guerra Civil, ganha por Oliver
Cromwell, executou o rei da Inglaterra em 1649. Chamaram os
destruidores do rei Charles I de "regicidas", e agora temos de criar uma
palavra para descrever o pecado o pecado um Deicida.
Todo pecador, se pudesse, mataria a Deus, pois ele diz em seu corao:
"No h Deus". Isso significa que ele deseja que no exista nenhum. Ele
iria se alegrar, de fato, se ele pudesse ter a certeza de que Deus no existe.
Na verdade, esse o pesadelo de sua vida: que exista um Deus - um Deus
justo, que o levar a julgamento! Seu desejo secreto que no exista
nenhuma religio e nem Deus, pois assim ele poderia, ento, viver como
quisesse. Agora, quando a um homem dado ver que o pecado em sua
essncia o assassino do Emanuel, Deus conosco, o seu corao se renova,
ele odeia o pecado a partir desse exato momento. "No", ele diz: "Eu no
posso continuar em tamanha maldade! Se esse o verdadeiro significado
de cada delito contra a Lei de Deus - que seria colocar Deus, Ele mesmo,
fora do seu prprio mundo, se pudesse - eu no posso suportar isso."
Seu esprito recua com horror, e ele sente -
"Meus pecados tm trazido a Ira
Sobre a cabea inocente!
Quebrante, quebrante, meu corao, oh choque-se meus olhos!
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E deixe minhas tristezas sangrarem.
Arrebente, Servo poderoso, a minha alma durssima,
At que as guas quentes fluam
E o profundo arrependimento domine meus olhos
Em angustia sincera".
Ento o crente tem visto tambm, na morte de Cristo, um exemplo
surpreendente da Grande Graa de Deus, pois se o pecado uma tentativa
de assassinato de Deus - e isto mesmo - ento quo maravilhoso que as
criaturas que cometeram esse pecado no foram destrudas de uma vez!
Quo notvel seja o fato que Deus devesse considerar que vale a pena
elaborar um plano para a sua restaurao! E Ele, com uma habilidade
incomparvel, criou uma maneira que envolveu a entrega de Seu Unignito
e bem-amado Filho. Embora este fosse um pagamento inigualvel, contudo,
no voltou atrs. Ele amou o mundo de to maneira, que deu o Seu Filho Unignito, para que todo aquele que nEle cr no perea, mas tenha a vida
eterna [Joo 3.16]. E isso por uma raa de homens que eram os inimigos desse Deus bom e gracioso!
"De agora em diante", diz o crente em Cristo: "Eu no posso ter nada a ver
com o pecado, uma vez que esse uma ofensa a um Deus to gracioso. Oh,
voc, maldito pecado, que conduziu o seu punhal no corao dAquele que
possui toda a Graa e Misericrdia! Isso faz com que o pecado seja excessivamente maligno. Alm disso, o crente tem tido uma viso da
Justia de Deus. Aquele pecado no era o dEle prprio - Nele no havia
pecado! Mas quando Ele voluntariamente o tomou sobre Si e foi feito
maldio por ns, o Juiz de toda a terra no O poupou! Fazendo descer Seu
arsenal de vingana Ele tomou Seus raios e atirou-os no Seu Filho, para
Seu Filho ficar no lugar do pecador.
No houve misericrdia para o Substituto do pecador. Ele teve que gritar
como nunca algum gritou, antes ou depois: "Deus meu, Deus meu, por que
me desamparaste?" Uma cascata de aflio foi despejada em Seu esprito.
A condenao do pecado o dominou. Toda a onda de choque de Deus veio
sobre Ele. Agora, quando um homem v este fato surpreendente, ele no
pode mais ter um pensamento leviano da transgresso. Ele treme diante do
Senhor trs vezes Santo e chora secretamente no seu corao "como
possvel eu pecar se esta a opinio de Deus sobre o pecado? Se na Sua
justia, Ele feriu-O de uma forma sem limites, mesmo quando essa Justia
era apenas por imputao a Seu Filho, como Ele vai ferir quando sua
culpa real est em mim? Oh Deus livra-me disso. O crente tambm tem mais uma viso que, talvez, mais efetivamente do que qualquer outra altera
a sua viso do pecado.
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Ele viu o incrvel amor de Jesus. Alguma vez voc o viu, meu ouvinte? Se
voc viu, voc nunca vai amar o pecado de novo! Oh, s de pensar que
Aquele que foi o Mestre de toda a majestade do cu veio a ser vtima de
toda a misria do homem! Ele veio para Belm, e habitou entre ns,
oferecendo mais de 30 anos trabalhosos de obedincia vontade do Pai. E
no final Ele chegou ao cume de seus sofrimentos, a coroao da tristeza de
Sua encarnao - Seu suor de sangue, e Sua morte agonizante na Cruz!
Aquela foi uma Pscoa solene que Ele comeu com Seus discpulos, j com
o Calvrio em plena vista. Ento ele se levantou e foi para Getsmani.
Getsmani, a 'prensa de azeite', (E o porqu deixe os chamados cristos adivinhar)
O nome correto, o local adequado, onde a vingana se esforou,
E apertou e lutou duro contra o Amor.
E foi ali que o Senhor da Vida chegou
E suspirou, e gemeu, e orou, e temeu;
O Deus encarnado prensado por tudo o que deveria suportar
Com bastante fora, e nada a perder."
Eis como Ele nos amou! Ele foi levado at Pilatos e foi aoitado. Aoitado
com os terrveis aoites romanos, pesados, com pequenas bolas de chumbo
e feitos de tendes entrelaados de bois, no qual eles tambm colocaram
pequenas lascas de ossos, de modo que cada golpe, uma vez que acertou,
rasgou a carne! Nosso amado Senhor teve que sofrer isso de novo e de
novo, sendo aoitado muitas vezes como esse verso parece declarar, que
diz:
"Ele foi ferido pelas nossas transgresses,
E modo pelas nossas iniqidades;
O castigo que nos traz a paz estava sobre Ele.
E pelas suas pisaduras fomos sarados".
[Isaas 53.5]
Contudo, Ele nos amou, ainda nos amou! As muitas guas no poderiam
apagar Seu amor, nem as inundaes poderiam afog-lo. Quando eles O
pregaram no madeiro, Ele ainda nos amou. Quando cada osso foi deslocado,
Ele chorou em monlogo triste, "Como gua me derramei, e todos os meus
ossos se desconjuntaram; [Salmo 22.14]" Ele nos amou ainda! Quando os
ces O cercaram e os touros de Bas O rodeavam [Salmo 22.12], Ele ainda
nos amou.
Quando o desmaio de pavor veio sobre Ele at que foi trazido para o p da
morte e seu corao derretido como cera [Salmo 22,14], Ele ainda nos
amou! Quando Deus O abandonou e o sol se apagou, as trevas da meia-
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noite cobriram o meio-dia, e uma densa meia-noite cobriu o Seu esprito. A
escurido, como a do Egito, pde ser sentida. Ele nos amou ainda! At que
tenha bebido a ltima gota da bebida indizivelmente amarga, Ele ainda nos
amou! E quando a luz brilhou em Seu rosto e Ele pde dizer: "Est
consumado", aquela luz brilhou sobre a face daquele que ainda assim nos
amou! Agora, cada homem a quem foi dado o crer em Jesus e conhecer o
Seu amor, diz: "Como posso ofende a Ele? Como posso entristecer a Ele?
H aes nesta vida que eu poderia de outra maneira fazer, mas agora no
me atrevo, pois tenho medo de maltratar meu Senhor".
E se voc disser "Ora essa, voc tem medo dEle?" A resposta ser: "No
estou servindo com medo, pois para o inferno eu nunca poderei ir." Do que
eu estou com medo, ento? Tenho medo daquele rosto querido, no qual vejo a corrente de lgrimas que uma vez Ele derramou por mim. Tenho
medo daquela querida testa que usou a coroa de espinhos em meu lugar. Eu
no posso me rebelar contra tamanha bondade. Seu amor ensanguentado
me acorrenta. Como posso fazer uma maldade to grande como colocar o
meu sofrido Senhor na vergonha? Vocs no sentem isso, meus amados irmos e irms? Mesmo se voc nunca confiou no Senhor Jesus, voc
deveria se ajoelhar aos seus ps e beijar as marcas dos seus cravos por
tamanho amor! E se Ele fosse us-lo como um banquinho para os ps, se
isso fosse elev-Lo mesmo que um pouco, voc teria isso como a maior
honra da sua vida!
Sim, se Ele mandasse voc ir para a priso e morrer por Sua causa, e
dissesse isso Ele mesmo, e colocasse as mos perfuradas em voc, voc iria
para l to alegremente como os anjos voam pelo Cu! Se ele mandasse
voc morrer por Ele, mas com a carne sendo fraca, o seu esprito estaria
disposto! Sim, e a carne seria feita forte o suficiente, tambm, pois Jesus
olharia para voc e Ele pode, com um olhar, expulsar o egosmo, a covardia,
e tudo o que nos impede de nos oferecermos como um sacrifcio a Ele!
"Falam de moralidade!
Cordeiro que sangra
A melhor moralidade
Lhe amar!"
Quando estamos mais uma vez cheio de amor a Ti, Oh Jesus, o pecado
torna-se o drago contra o qual temos uma guerra ao longo da vida! A
santidade se torna a nossa mais nobre aspirao e a buscamos com todo
nosso corao, alma e fora! Se a mente racional considera honestamente a
religio de Jesus Cristo, ela ver que os cristos devem odiar o pecado, se
eles so sinceros em sua f. Eu poderia ir mais longe do que isso, mas eu
no vou.
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IV - A ltima coisa de todas esta. O ESPRITO SANTO EST COM O
EVANGELHO E ONDE ELE EST, A SANTIDADE SER
PROMOVIDA. Nunca se deve esquecer que, embora o receber Jesus Cristo
pela simples f uma confisso de morte para o pecado e traz com ela uma
experincia de dio ao pecado - e esperado que acontea - h mais uma
coisa. Se, queridos amigos, em qualquer trabalho de reavivamento, ou
qualquer ministrio, no houver nada mais do que voc pode ver ou ouvir,
eu acho que as muitas crticas e zombarias poderiam ser, pelo menos,
racionais, mas eles no so assim! Um fato grandioso os torna para sempre
irracionais.
Onde quer que Jesus Cristo pregado, est presente Um, que grande em
classe e alto em posio. Voc no pode pensar que eu estou falando de
qualquer autoridade terrestre. No, estou falando do Esprito Santo o sempre abenoado Esprito de Deus! Nunca h um sermo sobre o
Evangelho pregado por um corao sincero sem que o Esprito Santo esteja
l, tomando as coisas de Cristo e as revelando aos homens. Quando um
homem vira os olhos para Jesus e simplesmente confia nEle - ns
concordamos que esta uma questo vital isso est acompanhando o ato - no, eu devo me corrigir, isso a causa desse ato, um milagroso,
sobrenatural poder que em um instante transforma um homem
completamente, tirando-o do caminho para o caos e lhe dando vida nova!
Se isto assim, ento crer em Cristo algo muito maravilhoso.
Agora, se voc for para o terceiro captulo do Evangelho de Joo e tambm
em suas epstolas, voc ver que a f est sempre ligada com a regenerao,
ou o novo nascimento, novo nascimento que obra do Esprito de Deus.
Esse mesmo captulo de Joo nos diz: "Necessrio nascer de novo", e
continua a dizer: "E, como Moiss levantou a serpente no deserto, assim
importa que o Filho do homem seja levantado; Para que todo aquele que
nele cr no perea, mas tenha a vida eterna." [Joo 3.14,15]. Onde quer
que haja f em Jesus Cristo, um milagre de purificao foi feito no corao!
Negue isso e voc negar o testemunho das Escrituras, que dizem
claramente que, "Todo aquele que cr que Jesus o Cristo, nascido de
Deus" [1 Joo 5.1]. E Sabemos que todo aquele que nascido de Deus no peca; mas o que de Deus gerado conserva-se a si mesmo, e o
maligno no lhe toca [1 Joo 5:18].
Porque voc dvida, se ns somos exemplos pessoais que podem garantir
que foi dessa forma que aconteceu conosco? No quero dizer que eu e um
ou dois mais afirmam isso, mas as testemunhas podem ser achadas em
centenas e milhares - e todos eles concordam em afirmar que o poder do
Esprito Santo, mudou o curso de seus desejos e os fez amar as coisas que
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so santas, justas e verdadeiras. Portanto, Senhores, mesmo se voc
acredita ou no, voc deve ser to gentil que compreenda uma coisa muito
claramente - que, se pregar a salvao pela f desprezvel, desejamos ser
ainda mais desprezveis! Certamente voc no pode culpar-nos por agir
como ns fazemos, se o ponto central do nosso argumento est correto!
Se a pregao da Cruz, embora seja loucura para os que perecem, , aos
que crem em Cristo, a Sabedoria de Deus e o Poder de Deus, no vamos
desistir de pregar Cristo para voc! Se assim que os homens so feitos
novas criaturas - que, enquanto os outros esto debatendo sobre moral,
nosso Evangelho planta e produz isso - no vamos desistir de trabalhar para
falar, to pouco trocar o organismo eficaz do Evangelho pelas invenes da
filosofia! Em suas escolas e em seus plpitos estabeleam Cristo
Crucificado como a esperana do pecador mais e mais claramente! Apele
ao pecador que olhe para Jesus! Olhe e viva!
O Evangelho o grande promotor da ordem social, o grande recuperador
de viciados e pessoas desamparadas da sociedade, o elevador da raa
humana! Essa doutrina do perdo gratuito e renovao graciosa, dada
livremente aos mais desprezados para que creiam em Jesus Cristo, a
esperana da humanidade! No h blsamo em Gileade, e nunca teve - mas
este o blsamo do Calvrio, pois o medicamento verdadeiro - e Jesus
Cristo o Mdico infalvel. Faam isso, pecadores! Faam isso! Olhe para
Jesus e as paixes que voc no pode vencer sero entregues ao Seu poder
de limpeza! Creia em Jesus e as loucuras que se agarram a voc, e o
esmagam como as cobras enlaaram Laocoonte e seus filhos [2], lhe
deixaro livres delas!
Sim, elas devem morrer atravs do olhar de Jesus e devem sair de voc.
Creia em Jesus e voc ter a primavera da excelncia, o chapu da pureza,
a fonte da virtude, a destruio do mal, o broto da perfeio! Deus concede-
nos, ainda, o provar do poder do Senhor Jesus em ns mesmos e para
proclamar o Seu poder por todos os lados!
"Alegraremo-nos se, com o nosso ltimo suspiro,
Podemos suspirar o Seu nome;
Preguem Ele a todos,
E gritem na morte,
Vejam, vejam o Cordeiro!"
Amm e Amm!
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NOTAS
1 Dwight Lyman.Moody foi um grande evangelista do sculo XIX, e
juntamente com o compositor Ira Sankey, realizam muitssimas reunies e
avivamentos. o responsvel pelo crescimento na Associao Crist de
Moos, e criou o hpoje conhecido Instituto Moody. considerado o maior
pregador americano de sua poca.
A partir de 1873, Moody e Sankey fizeram reunies e esforos
evangelsticos pela Inglaterra, nos quais Spurgeon deu grande apoio e
defesa, chegando a convidar Moody para pregar no Tabernculo
Metropolitano. Mesmo que seus resultados no forma permanentes,
considerado o comeo das reunies de avivamento em massa. Ian Sankey
chegou a ir ao funeral de Spurgeon, em 1892 e a reinaugurao do
Tabernculo em 1910
2 Laocoonte uma escultura em mrmore, tambm conhecida como Laocoonte e seus filhos, hoje em dia exposta no Museu do Vaticano, em Roma. A esttua representa Laocoonte e seus dois filhos, Antiphantes e
Thymbraeus, sendo estrangulados por duas serpentes marinhas, um
episdio dramtico da Guerra de Tria relatado na Ilada de Homero e na
Eneida de Virglio.
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FONTE
Traduzido de http://www.spurgeongems.org/vols19-21/chs1239.pdf
Todo direito de traduo protegido por lei internacional de domnio
pblico e com permisso
Sermo n 1239Volume 21 do The Metropolitan Tabernacle Pulpit, Original em ingls: MESSRS. MOODY AND SANKEY DEFENDEDOR, A VINDICATION OF THE DOCTRINE OF JUSTIFICATION BY
FAITH
Traduo: Francisco Rodrigues da Silva Neto
Reviso e diagramao: Armando Marcos Capa: Beatriz Rustiguel
Projeto Spurgeon - Proclamando a CRISTO crucificado.
Projeto de traduo de sermes, devocionais e livros do pregador batista
reformado Charles Haddon Spurgeon (1834-1892) para glria de Deus em
Cristo Jesus, pelo poder do Esprito Santo, para edificao da Igreja e
salvao e converso de incrdulos de seus pecados.
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@ProjetoSpurgeon