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Rega de Cereais Praganosos
Os cereais regados na área de influência do Alqueva (INIA, Elvas, 21 e 22 de Abril de 2010)
CEVADA DÍSTICA PARA MALTE
Manuel Patanita
•Estrangulamentos climáticos
•Benefícios da rega
•Itinerários técnicos a ajustar
ÍNDICE
Rega de Cereais Praganosos (Elvas, 22 de Abril de 2010)
ESTRANGULAMENTOS CLIMÁTICOS
Ano Jan-Mai
71/00 286,9
08/09 208,7
40
60
80
100
120
140
R (mm)
20
30
40
50
60
70
T (ºC)
Precipitação total 1971-00 (572mm)
Precipitação total 2008-09 (403 mm)
Média temp. máxima 1971-00 (22,5ºC)
Média temp. máxima 2008-09 (23,4ºC)
Precipitação total e média da temperatura máxima no período de 1971-2000 eno ano agrícola 2008/09 na região de Beja (IM, 2007 e COTR, 2009)
Rega de Cereais Praganosos (Elvas, 22 de Abril de 2010)
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40
Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago
0
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ESTRANGULAMENTOS CLIMÁTICOS
60
80
100
120
140
160
180
R (mm)
20
30
40
50
60
T (ºC)
Precipitação total 2006-07 (655 mm)Precipitação total 2007-08 (428 mm)Precipitação total 2008-09 (403 mm)Média temp. máxima 2006-07 (24,3ºC)Média temp. máxima 2007-08 (23,7ºC)Média temp. máxima 2008-09 (23,4ºC)
Ano Jan-Mai
06/07 201,8
07/08 312,5
08/09 208,7
Precipitação total e média da temperatura máxima nos anos agrícolas de2006/07, 2007/08 e 2008/09 na região de Beja (COTR, 2009)
0
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40
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Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun
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20
Rega de Cereais Praganosos (Elvas, 22 de Abril de 2010)
•Irregularidade do início da estação daschuvas
•limitação na adopção da data óptima desementeira (Nov. a Dez.) e na escolha davariedade
ESTRANGULAMENTOS CLIMÁTICOS
variedade
Coeficiente variação da precipitação nos meses deOut., Nov. e Dez. (92%, 63% e 73%)
Rega de Cereais Praganosos (Elvas, 22 de Abril de 2010)
••••Encharcamento de Inverno
•limitação no crescimento do sistemaradical⇒⇒⇒⇒ deficiência hídrica e produção debiomassa (número de plantas e espigas)
•lixiviação do azoto
ESTRANGULAMENTOS CLIMÁTICOS
•lixiviação do azoto
70% da precipitação ocorre de Setembro aFevereiro (1971-2000)
Rega de Cereais Praganosos (Elvas, 22 de Abril de 2010)
••••Deficiência hídrica durante a fase final dociclo (Abril-Maio)
•limitação na formação e enchimento dogrão⇒⇒⇒⇒ calibre e proteína do grão
ESTRANGULAMENTOS CLIMÁTICOS
Armazenamento de água no solo superior a 30%da capacidade de água utilizável
Rega de Cereais Praganosos (Elvas, 22 de Abril de 2010)
••••Elevadas temperaturas no final daPrimavera (Abril-Maio)
•stress térmico que afecta a floração,fecundação, formação e enchimento dogrão⇒⇒⇒⇒ número de grãos, calibre e proteína
ESTRANGULAMENTOS CLIMÁTICOS
grão⇒⇒⇒⇒ número de grãos, calibre e proteína
Temperaturas médias: Abril (13,8ºC) Maio(16,9ºC)
Temperaturas máximas absolutas: Abril (29,6ºC)e Maio (35,4ºC)
Rega de Cereais Praganosos (Elvas, 22 de Abril de 2010)
••••Geadas tardias na Primavera
•condiciona o espigamento precoce e afloração
Data da última geada: 1 Março – 15 Abril
ESTRANGULAMENTOS CLIMÁTICOS
Rega de Cereais Praganosos (Elvas, 22 de Abril de 2010)
•Produtividade
•Qualidade (teor de proteína e calibre)
BENEFÍCIOS DA REGA
Rega de Cereais Praganosos (Elvas, 22 de Abril de 2010)
Evolução (2003 a 2009) das áreas semeadas e das produtividades de cevadapara malte em sequeiro e em regadio (Maltibérica, 2010)
BENEFÍCIOS DA REGA
CAMPANHAÁREA TOTAL (ha)
ÁREA SEMEADA (ha) PRODUÇÃO TOTAL (ton)
PRODUTIVIDADES MÉDIAS (kg/ha)
SEQUEIRO REGADIO SEQUEIRO REGADIO
2003 632602
(95%)
30
(5%)1.834 2.580 3.480
2004 2.7741.960
(70%)
774
(30%)8.150 2.950 3.710
2005 5.3003.250
(60%)
2.050
(40%)14.550 2.250 4.750
2006 8.2505.650
(68%)
2.600
(32%)27.600 3.200 4.200
2007 11.1357.370
(65%)
3.765
(35%)30.600 2.670 3.950
2008 14.00011.500
(82%)
2.500
(18%)40.270 3.050 4.100
200914.000 semeados
11.700 colhidos22.500 1.910
Rega de Cereais Praganosos (Elvas, 22 de Abril de 2010)
BENEFÍCIOS DA REGA
Precipitação (mm) na região de Beja (IM, 2007; COTR, 2007)
2005-06
4.400 kg/ha em sequeiro
5.600 kg/ha em regadio
20
40
60
80
100
120
140
160
180
R (mm)
Precip. Total 1971-2000 (572 mm)
Precip. Total 2005-06 (486 mm)
2006-07
2.340 kg/ha em sequeiro
4.570 kg/ha em regadio
0
20
Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago
R (mm)
Precip. Total 1971-2000 (572 mm)
Precip. Total 2006-07 (655 mm)
Rega de Cereais Praganosos (Elvas, 22 de Abril de 2010)
Humidade, teor de proteína e calibre ao longo das campanhas de 2003 a 2009(Maltibérica, 2010)
BENEFÍCIOS DA REGA
CAMPANHAHUM.<12,0
%9,0%<PROT.<11,5%
CAL>2,5 mm (60% mínimo)
CAL<2,2 mm (10% máximo)
2003 10,2 10,0 54,1 13,0
2004 10,3 9,8 80,9 5,7
2005 10,8 10,8 82,8 4,42005 10,8 10,8 82,8 4,4
2006 11,0 10,5 69,6 9,3
2007 11,4 10,2 84,0 4,9
2008 9,9 10,0 86,6 4,2
2009 11,4 11,3 84,8 4,4
Rega de Cereais Praganosos (Elvas, 22 de Abril de 2010)
Produção de grão e calibre do grão >2,5mm e <2,2mm por variedade (Beja,2006-2008).
BENEFÍCIOS DA REGA
‘Pewter’ (Seq.)
‘Pewter’ (Reg.)
‘Prestige’ (Seq.)
‘Prestige’ (Reg.)
‘Scarlett’ (Seq.)
‘Scarlett’ (Reg.)
2006-2007
Produção
(kg ha-1)3.100 4.660 2.435 3.610 3.160 4.570
Calibre
>2,5mm88,7 87,3 83,1 85,2 80,3 82,4
Rega de Cereais Praganosos (Elvas, 22 de Abril de 2010)
>2,5mm
Calibre
<2,2mm2,9 3,8 4,9 4,5 6,4 6,5
2007-2008
Produção
(kg ha-1)3.240 4.910 2.350 3.000 2.835 4.330
Calibre
>2,5mm89,6 89,4 87,1 86,5 85,8 86,0
Calibre
<2,2mm2,8 3,2 4,3 4,3 4,4 3,9
•Variedade
•Densidade de sementeira
•Fertilização azotada
•
ITINERÁRIOS TÉCNICOS A AJUSTAR
•Rega
Rega de Cereais Praganosos (Elvas, 22 de Abril de 2010)
•Variedade
ITINERÁRIOS TÉCNICOS A AJUSTAR
Recomendações da APCV
Produção de grão e calibre do grão >2,5mm e <2,2mm por variedade (Beja,2006-2008).
Resposta ao regime de regadio
Rega de Cereais Praganosos (Elvas, 22 de Abril de 2010)
Produção (kg ha-1)
‘Pewter’ (Seq.)
‘Pewter’ (Reg.)
‘Prestige’ (Seq.)
‘Prestige’ (Reg.)
‘Scarlett’ (Seq.)
‘Scarlett’ (Reg.)
2006-2007 3.100 4.660 2.435 3.610 3.160 4.570
2007-2008 3.240 4.910 2.350 3.000 2.835 4.330
2006-2008).
•Variedade
ITINERÁRIOS TÉCNICOS A AJUSTAR
Resistência à acama
Resistência a doenças
Rega de Cereais Praganosos (Elvas, 22 de Abril de 2010)
•Densidade de sementeira
ITINERÁRIOS TÉCNICOS A AJUSTAR
Rega de Cereais Praganosos (Elvas, 22 de Abril de 2010)
•Densidade de sementeira
ITINERÁRIOS TÉCNICOS A AJUSTAR
Produção de grão e calibre >2,5mm de cevada (‘Scarlett’ em sequeiro) emcinco densidades de sementeira (Beja, 2005/06)
Densidade de sementeira
(grãos m-2)
250 300 400 450 550
Rega de Cereais Praganosos (Elvas, 22 de Abril de 2010)
(grãos m )
Produção de grão (kg ha-1) 4.473 4.603 4.847 4.717 5.104
Calibragem > 2,5 mm (%) 74,8 76,1 77,5 74,4 74,4
•Densidade de sementeira
ITINERÁRIOS TÉCNICOS A AJUSTAR
Linhas pareadas, variedade‘Margret’ (Beja, 2008-2009).
Rega de Cereais Praganosos (Elvas, 22 de Abril de 2010)
•Densidade de sementeira
ITINERÁRIOS TÉCNICOS A AJUSTAR
Densidade de sementeira, populações emergida e produtiva, produção de grãoe peso específico da cevada (var. ‘Margret’) em regadio, por tipo de sementeira(LP – Linhas pareadas; LN – Linhas normais) (Beja, 2007-2009).
Tipo de sementeira
Densidade sementeira (grãos m-2)
População emergida
(plantas m-2)
População Produtiva
(espigas m-2)
Produção de grão
(kg ha-1)
Peso específico (kg hl-1)
LP 2007/08 270 237 646 5.145 66,2
Rega de Cereais Praganosos (Elvas, 22 de Abril de 2010)
270 237 646 5.145 66,2
LN 2007/08 400 315 734 5.485 66,4
LP 2008/09 270 250 565 4.365 65,4
LN 2008/09 400 364 632 4.362 65,9
LP (Média) 270 244 605 4.755 65,8
LN (Média) 400 340 683 4.923 66,1
Data de sementeira: 29 de Janeiro (2007/08) e 16 de Fevereiro (2008/09)
Consumo de água: (350mm de Janeiro a Maio): 188 de Rega e 162 de Precipitação (2007/08)
(384mm de Fevereiro a Maio): 230 de Rega e 164 de Precipitação (2008/09)
•Densidade de sementeira
ITINERÁRIOS TÉCNICOS A AJUSTAR
Densidade de sementeira
(grãos m-2)
350 450 550
Produção de grão de cevada (‘Pewter’ e ‘Scarlett’ em regadio) em trêsdensidades de sementeira (Elvas, 2005/06)
Rega de Cereais Praganosos (Elvas, 22 de Abril de 2010)
‘Pewter’ (kg ha-1) 6.850 6.440 7.180
‘Scarlett’ (kg ha-1) 7.660 7.370 6.800
ITINERÁRIOS TÉCNICOS A AJUSTAR
Produção de biomassa à colheita e Índice de colheita na cevada (var.‘Scarlett’) em regadio por dose de azoto (Beja e Canhestros 2003-05)
Biomassa à colheita
cb
a
14000
16000
Índice de colheita
a
b
53
Rega de Cereais Praganosos (Elvas, 22 de Abril de 2010)
e
d
c
6000
8000
10000
12000
14000
0 75 100 125 150
Dose N (kg ha-1)
(kg M
S ha-1)
b
c
dd
45
47
49
51
0 75 100 125 150
Dose N (kg ha-1)(%
)
Letras distintas indicam diferenças com P<0,05
•Fertilização azotada (dose e fraccionamento)
ITINERÁRIOS TÉCNICOS A AJUSTAR
Rega de Cereais Praganosos (Elvas, 22 de Abril de 2010)
•Fertilização azotada - dose
ITINERÁRIOS TÉCNICOS A AJUSTAR
Produção de grão e teor de proteína do grão por dose de azoto na variedade‘Scarlett’ em regadio (Beja e Canhestros 2003-05)
Dose
(kg N ha-1)
Produção de grão (kg ha-1)
Proteína do grão (%)
0 3.296 d 8,7 e
75 5.263 c 10,0 d
100 5.529 b 10,4 c
125 5.811 a 11,0 b
150 5.763 a 11,7 a
Média 5.132 10,4
Rega de Cereais Praganosos (Elvas, 22 de Abril de 2010)
Nitratos no solo: 23 e 55 kg ha-1
Letras distintas indicam diferenças com P<0,05
•Fertilização azotada - fraccionamento
ITINERÁRIOS TÉCNICOS A AJUSTAR
Fraccionamento Produção de grão (kg ha-1)
Proteína do grão (%)
S 5.045 b 9,9 e
Produção de grão e teor de proteína do grão por fraccionamento/época deaplicação de azoto na variedade ‘Scarlett’ em regadio (Beja e Canhestros2003-05)
S+A 5.151 b 10,1 d
S+E 5.095 b 10,5 b
A+E 5.100 b 11,0 a
S+A+E 5.271 a 10,3 c
Média 5.132 10,4
Rega de Cereais Praganosos (Elvas, 22 de Abril de 2010)
S – sementeira; A – afilhamento; E – encanamento
Letras distintas indicam diferenças com P<0,05
•Rega
ITINERÁRIOS TÉCNICOS A AJUSTAR
Produção de grão
Grãos m-2 Peso do grão Enchimento do grão
Espigas m-2 Grãos Espiga-1
Afilhamento Encanamento
Rega de Cereais Praganosos (Elvas, 22 de Abril de 2010)
Produção de grão, componentes da produção e fases do ciclo cultural dacevada onde se determinam as componentes.
•Rega
ITINERÁRIOS TÉCNICOS A AJUSTAR
Sementeira
Kc final
Kc
máximo
Fim do afilhamento
Início do encanamento
Fim do espigamento
Grão leitoso
Maturação fisiológica
Rega de Cereais Praganosos (Elvas, 22 de Abril de 2010)
Coeficiente de cultura (Kc) ao longo do ciclo cultural da cevada (Adaptado deFAO, 1998)
Fase Intermédia
20 dias
Fase Final
20 dias
Kc inicial
Fase Desenvolvimento
40 dias
Fase Inicial
80 dias
•RegaValores médios (mm) da Evapotranspiração cultural (ETc), daprecipitação efectiva (Pe) e das necessidades em água de rega (NR) para acevada em Beja e em Elvas, nos agrícolas 2005/06, 2006/07, 2007/08 e2008/09 (COTR, 2009)
ITINERÁRIOS TÉCNICOS A AJUSTAR
Jan Fev Mar Abr Mai Jun TOTAL
ETc 27,7 32,2 86,1 117,6 148,5 13,6 426
Pe 38,8 44,9 31,2 40,3 22,0 9,7 187
NR - - 54,8 77,2 126,4 3,9 262
ETc 29,2 31,0 82,6 117,4 147,7 13,4 421
Pe 43,4 47,7 25,6 40,9 25,7 1,1 184
NR - - 57,0 76,5 122,1 12,3 268
Elvas
Beja
Rega de Cereais Praganosos (Elvas, 22 de Abril de 2010)
•Efeito determinante no ano e do local
•Data de sementeira
•Escolha da variedade
CONSIDERAÇÕES FINAIS
•Escolha da variedade
•Dose e Fraccionamento do Azoto
•Rega
Rega de Cereais Praganosos (Elvas, 22 de Abril de 2010)