CEP: 86701-290 Arapongas Paraná Projeto Político Pedagógico · 6.6. CELEM ... O Colégio...
Transcript of CEP: 86701-290 Arapongas Paraná Projeto Político Pedagógico · 6.6. CELEM ... O Colégio...
Projeto
Político
Pedagógico
ARAPONGAS – PR
2013
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
R. Pavão, 831 – Centro – Fone/Fax: (43) 322-2741 – CEP: 86701-290 – Arapongas – Paraná
emae
2
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................ 05
2. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 07
3. MARCO SITUACIONAL ...................................................................................... 08
3.1. Identificação da Escola ....................................................................... .... 08
3.2. Histórico ............................................................................................... .... 08
3.2.1. Atos Legais ................................................................................. .... 09
3.3. Filosofia da Escola ............................................................................... .... 11
3.4.. Espaço Físico ...................................................................................... .... 11
3.5. Oferta de Cursos/Níveis e Modalidades .............................................. .... 13
3.5.1. Divisão de Cursos Ofertados por Turno ................................... .... 13
3.6. Perfil da Comunidade Escolar ............................................................. .... 14
3.6.1. Perfil do Alunado ........................................................................ .... 15
3.7 Quadro de Professores e Funcionários Pertencentes a comunidade
Escolar ................................................................................................................ .... 16
3.7.1. Professores e Funcionários efetivos ........................................ .... 16
3.7.2. Professores e Funcionários SC02 e REPR ............................... .... 21
3.8 Análise dos Resultados ......................................................................... .... 24
3
3.8.1. Resultados do Índice de desenvolvimento da Educação Básica -
IDEBEPR ............................................................................................................. .... 25
3.8.2. Índices de distorção idade-série ................................................ .... 27
3.9 Objetivos do Ensino Fundamental anos Finais e Ensino Médio ....... .... 27
3.9.1.Objetivo Geral ............................................................................... .... 27
3.9.2.Objetivos Específicos .................................................................. .... 28
3.10 Gestão Democrática ............................................................................ .... 29
3.11 Papel das Instâncias Colegiadas ........................................................ .... 30
3.11 Papel das Instâncias Colegiadas ........................................................ .... 30
3.11.1.Conselho Escolar ....................................................................... .... 30
3.11.2. Conselho de Classe ................................................................... .... 31
3.11.3 .Aluno Representante de Turma ................................................ .... 32
3.11.4 .Professor Representante de Turma ......................................... .... 32
3.11.5.Grêmio ......................................................................................... .... 33
3.11.6.APMF ........................................................................................... .... 34
4. FUNÇÃO ESPECÍFICA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO .................. .... 34
4.1 Direção .................................................................................................... .... 34
4.1.1 .Direção Auxiliar ........................................................................... .... 35
4.2. Docentes ............................................................................................... .... 35
4
4.3. Pedagogo .............................................................................................. .... 37
4.4. Secretaria .............................................................................................. .... 38
4.1. Biblioteca .............................................................................................. .... 38
4.6. da Equipe de Agente Educacional e II ................................................ .... 39
4.7. Conhecimento e Explicitação de Conjunto das relações Sociais ... .... 39
4.8. Análise das Contradições e Conflitos Presentes na Prática Docente ...... 42
4.9. Organização de Hora Atividade e Formação Continuada ................ .... 43
4.10. Utilização dos Espaços e Equipamentos ......................................... .... 44
4.11. Relação dos Bens Móveis ................................................................. .... 45
4.12. Atividades Desenvolvodas pela Escola ........................................... .... 50
5. MARCO CONCEITUAL ................................................................................... .... 51
5.1. Concepção de Valores .......................................................................... .... 52
5.2. Concepção de Sociedade ..................................................................... .... 54
5.3. Concepção de Homem/Cidadão .......................................................... .... 56
5.4. Concepção de Educação/Escola ......................................................... .... 58
5.5. Concepção de Ciência/Conhecimento ................................................ .... 60
5.6. Concepção de Ensino Aprendizagem ................................................. .... 62
5.7. Concepção de Cultura/Tecnologia ...................................................... .... 65
5
5.8. Concepção de Trabalho ....................................................................... .... 67
5.9. Concepção de Currículo ....................................................................... .... 69
5.10. Concepção de Conteúdo .................................................................... .... 72
5.11. Concepção de Avaliação .................................................................... .... 73
5.11.1 Recuperação ............................................................................... .... 76
5.11.1 Conselho de Classe .................................................................... .... 76
5.12. Concepção de Inclusão ...................................................................... .... 76
5.13. Concepção de Educação Fiscal ........................................................ .... 77
5.14. Concepção de Alfabetização ............................................................. .... 77
5.15. Concepção de Letramento ................................................................. .... 78
5.16. Concepção de Infância ....................................................................... .... 78
5.17. Concepção de Adolescência ............................................................. .... 78
6. MARCO OPERACIONAL ................................................................................ .... 78
6.1. Linhas de Ação da Escola .................................................................... .... 79
6.1.1 Sala de Recursos .......................................................................... .... 80
6.2. Atendimento Educacional Especializado ........................................... .... 84
6.3. Professor de Apoio à Comunicação Alternativa ................................ .... 87
6.4.Intérprete – Atendimento a Área de Surdez ......................................... .... 88
6
6.5. Sala de Apoio ........................................................................................ .... 92
6.6. CELEM ................................................................................................... .... 92
6.7. Trabalhando com a Diversidade .......................................................... .... 92
6.8. Desenvolvoimento Sócio Educacional ............................................... .... 93
6.9. Educação Fiscal Exercendo a Cidadania ............................................ .... 94
6.10. Educação Ambiental ........................................................................... .... 94
6.11. Prevenção ao uso indevido de Drogas ............................................. .... 95
6.12. Sexualidade ......................................................................................... .... 95
7. OBJETIVOS GERAIS DA ESCOLA ................................................................ .... 95
8. PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR ............................. .... 96
8.1. Plano de Ação da Direção .................................................................... .... 98
8.2. Plano de Equipe Pedagógico ............................................................... .. 100
8.2.1 Diretrizes que Norteiam o Trabalho do Pedagogo ..................... .. 101
8.3. A Avaliação do Processo Ensino-Aprendizagem............................... .. 107
8.4. Objetivo da Oferta de Educação de Jovens e Adultos ...................... .. 108
8.4.1 Caracterização do Curso ............................................................. .. 109
8.4.1.1 Organização Coletiva ...................................................... .. 110
8.4.1.2 Organização Individual ................................................... .. 110
7
8.4.2 Nível de Ensino ............................................................................. .. 110
8.4.2.1 Ensino Fundamental Fase II ........................................... .. 110
8.4.2.2 Ensino Médio ................................................................... .. 111
8.5. Especificidades da Proposta Pedagógica da EJA ............................. .. 111
8.6. Acões Pedagógicas Descentralizadas ................................................ .. 112
8.7. Frequência ............................................................................................. .. 112
8.8.Exames Supletivos ................................................................................ .. 112
8.9.Avaliação Institucional do Projeto Político Pedagógico .................... .. 112
9.PRINCÍPIOS NORTEADORES DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ....... .. 113
9.1.Objetivos ................................................................................................. .. 119
10. MARCO OPERACIONAL: PROPOSIÇÕES DE AÇÕES .............................. .. 119
10.1. Do Envolvimento da Comunidade Escolar ....................................... .. 119
10.2. Dos Procedimentos de Intervenção Didática ................................... .. 120
10.3. Do Conselho de Classe ...................................................................... .. 121
10.4. Do Processo de Promoção ................................................................ .. 121
10.5 Classificação ........................................................................................ .. 121
10.5.1. Reclassificação .......................................................................... .. 121
10.6 Adaptação e Aproveitamento de Estudos e Regime de Progressão
Parcial ................................................................................................................. .. 121
8
10.7 Processo de Aprimoramento da Prática Pedagógica ....................... .. 122
10.8 Ensino de 9 Anos ................................................................................. .. 122
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... .. 123
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. .. 124
ANEXO 1 – MATRIZES CURRICULARES .......................................................... .. 129
ANEXO 2 – Fundamentação Legal .................................................................... .. 134
ANEXO 3 – Plano de Ação do Programa Brigada Escolar .............................. .. 135
ANEXO 4 – Plano de Estágio ............................................................................. .. 138
ANEXO 5 – Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar .................................... .. 147
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1. APRESENTAÇÃO
O Colégio Estadual Unidade Polo visa oportunizar o acesso e a permanência dos
alunos em um ensino adequado, respeitando as suas vivências e conhecimentos e
redimensionando o tempo e o espaço de aprendizagem. Possibilita o
desenvolvimento de aprendizagens significativas, construídas a partir da interação
com o meio físico social e histórico cultural, na busca da autonomia intelectual e
moral.
Está estruturado numa dimensão filosófica, dimensão sócio antropológica e
dimensão psicológica, propondo uma socialização do conhecimento científico, da
reflexão filosófica e do contato com a arte, atendendo o Ensino Fundamental, Médio
, EJA para transmitir conteúdos que estejam em consonância com as questões
sociais que marcam cada momento histórico, cuja aprendizagem e assimilação são
considerados essenciais para que os alunos possam exercer seus direitos e
deveres.
Nesta perspectiva, propõe-se que tais conhecimentos contribuam para a crítica às
contradições sociais, políticas e econômicas presentes nas estruturas da sociedade
contemporânea e propiciem compreender a produção científica, a reflexão filosófica,
a criação artística nos contextos que elas constituem.
O Ensino Fundamental de nove anos tem como finalidade assegurar o aumento dos
anos de escolarização obrigatória para a população brasileira. A inclusão da criança
de seis anos no Ensino Fundamental faz com que a Escola repense sua prática,
visando articular os conhecimentos entre os anos iniciais e finais do Ensino
Fundamental.
A busca de um Ensino Médio de melhor qualidade fez com que o Colégio
implantasse a sua organização por bloco, o que fez com que todos redirecionassem
o encaminhamento pedagógico dado a este nível de Ensino, tornando-o mais
compreensivo e significativo para os educandos.
Um dos diferenciais é a organização do ensino por disciplina, na modalidade de
Educação de Jovens e Adultos. Possibilita que o currículo seja trabalhado em um
período de tempo maior, onde são respeitados os diferentes processos de
aprendizagem e é favorecido a construção do conhecimento e o desenvolvimento
integral do educando, sempre respeitando seu ritmo de aprendizagem.
Há de se pensar que a construção da Proposta Pedagógica Curricular requer
continuidade de suas ações, descentralização, democratização do processo de
tomada de decisões e instalação de um processo coletivo de avaliação de cunho
emancipatório (VEIGA, 1995, pg.33).
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É necessário renová-la com consciência ética e política para formar um aluno com o
firme propósito de ir ao encontro das necessidades concretas da sua sociedade,
onde é fundamental o domínio efetivo dos conhecimentos filosóficos, científicos e
artísticos, podendo ser capaz de análise e crítica do meio em que vive,
transformando-o para o bem estar individual e coletivo.
A Proposta Pedagógica é resultado do trabalho coletivo, numa unidade entre teoria e
prática entre os profissionais da escola em todos os seus segmentos, abordando as
novas concepções da política pública educacional, dos parâmetros traçados para a
educação contemporânea e para a vida como prática social.
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2. INTRODUÇÃO
Sendo a educação uma prática das mais relevantes para a sociedade, é importante
que ela seja alvo de uma reflexão metódica, científica e crítica que busque tornar
claro o seu objeto, os seus fundamentos, o método, as estratégias, procedimentos e
meios adequados e possíveis em determinado contexto histórico, coerentemente
com o fim proposto, a fim de que nossa ação não seja irrefletida e pouco adequada
aos nossos objetivos.
A nova legislação possibilita a evolução do sistema educativo e impulsiona a
modernização da escola. A importância dessas ações, agora acoplada a meios
interativos entre aqueles que orientam e aqueles que a procuram, justifica a
necessidade da oferta da educação básica para jovens adolescentes.
Entende-se que o Colégio ao ofertar o ensino fundamental, médio, inclusive na
modalidade jovens e adultos (EJA), com oportunidades educacionais apropriadas às
características do alunado, de seus interesses, de suas propostas de vida e de
trabalho, deve marcar uma nova fase de atuação que, ao realizar o processo de
ensino e aprendizagem, executa ações calcadas nos princípios de qualidade e
aprimoramento constante do processo educacional.
As relações educativas aqui propostas são amplas, complexas, em permanente
construção e reconstrução, dentro de princípios baseados na sua autonomia,
solidariedade e no trabalho coletivo contínuo entre reflexão e prática que permitam a
construção da identidade da escola, do exercício de seu direito à diferença, à
singularidade, à transparência e legitimidade como instituição escolar.
No entanto, quaisquer que sejam as mudanças impostas pelas circunstâncias
históricas, não invalidarão a riqueza da experiência construída em dado momento,
em dado lugar, sobretudo pelas convicções construídas pelo trabalho coletivo dos
profissionais da educação, ingredientes necessários à construção da proposta
pedagógica: elementos que dão sustentação a prática comprometida e
consequentemente dão subsídios para que o coletivo escolar avalie as suas ações,
busquem auxílio para as dificuldades encontradas, visando a construção de uma
escola de qualidade.
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3. MARCO SITUACIONAL
O trabalho educacional depende do real conhecimento dos problemas e
necessidades do mundo com levantamento de dados sobre a escola e a realidade
do país, estado e município, através da análise dos dados, evidenciando os
conflitos, os problemas e contradições presentes na realidade social da escola.
Todos os trabalhares da educação e também toda a estrutura física e materiais são
de grande importância pois, influenciam diretamente no trabalho educacional e uma
qualidade do ensino.
3.1. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA
O Colégio Estadual Unidade Polo – Ensino Fundamental e Médio – 00023, localiza-
se, na Zona Urbana do Município de Arapongas - 0150, entre as ruas Rolinhas, Pica-
Pau, Pavão, totalizando uma área de 2.559,00 m ²,
Para fins de correspondência seu endereço é Pavão n.º 831, Cep: 86701- 290 –
Centro - Arapongas - Estado do Paraná e para demais contatos o telefone é (43)
32522741 e-mail [email protected], e site
http://www.apsunidadepolo.seed.pr.gov.br
O Colégio pertence ao Núcleo Regional da Educação de Apucarana - 01, é mantido
pelo Governo do Estado do Paraná, através da Secretaria de Estado da Educação.
O código do colégio no MEC é 41027060
3.2. HISTÓRICO
A unidade escolar de ensino de 1º Grau, “Unidade Polo de Arapongas“, construída
em terreno doado na forma de escritura pública pela Prefeitura Municipal de
Arapongas, na gestão do Prefeito Municipal Senhor Waldir H. Pugliesi à Fundação
Educacional do Estado do Paraná/FUNDEPAR, no governo do Senhor Emílio
Gomes e na gestão do Secretário de Educação e Cultura, Senhor Cândido Manoel
de Oliveira, teve o início de sua construção no mês de setembro de 1973, conforme
o projeto 005 da FUNDEPAR e sua conclusão em novembro de 1974, ficando a
cargo do engenheiro civil, o senhor Ornorberto Caviotto, funcionário da Construtora
TABAS S/A Empreendimentos a responsabilidade da confecção do projeto da planta
13
baixa do prédio, bem como as orientações durante o andamento da construção do
mesmo.
A escola teve sua inauguração no dia 16 de dezembro de 1974.
As atividades letivas tiveram início no dia 16 de fevereiro de 1975, sob orientação da
19ª Inspetoria Regional de Ensino, localizada na cidade de Cambé, contando com a
Professora Senhora Terezinha Zacarias Piovezan na direção, iniciou com 16 turmas
perfazendo um total de 585 alunos, distribuídos em três períodos.
Foi autorizado a funcionar pelo Decreto de Criação nº 2380/76 de 11/10/1976 com
início das atividades no ano de 1975.
3.2.1. Atos Legais
Os atos legais dão respaldo ao funcionamento da escola, como autorização,
reconhecimento e cessação de cursos são eles:
Ensino de 1º Grau Regular 5ª a 8ª Série – Ensino Fundamental
Autorização pelo Decreto nº 2380/76;
Autorização de Criação do Estabelecimento pelo mesmo Decreto nº 2380 de
13/10/76;
Reconhece o Curso de 1º Grau – Regular: Resolução 01/82 em 07/01/82
Reconhece o estabelecimento: Plano de Implantação em 29/06/76 pela Resolução
014/76;
Renovação de Reconhecimento: Resolução 4986 em 09/12/2002, 21/01/2003 e
31/12/2007
Renova o reconhecimento do Ensino Fundamental desde 2003: Parecer nº
1091/2002–CEE;
Fase III – Ensino Supletivo – EJA/Ensino Médio
Autorização: Resolução nº 5608/94, de 18/11/1994 20/12/1994 a 13/02/1997
Autoriza o funcionamento do Curso de 2º Grau Supletivo Fase III, desde 13/02/1995
Implantação Gradativa: Parecer nº 0114/94 – DESU;
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Reconhecimento: Resolução nº4525/98, de 21/12/1998 – 18/01/1999;
Reconhecimento do Ensino Médio – Educação de Jovens e Adultos: arecer nº
447/98 – CEE;
Cessação definitiva nº 1779 – 01/08/2001 – 15/08/2001;
Reconhecimento do Ensino Médio – Fase III – Supletivo desde 01/07/01: Resolução
automática nº 5608/94, Parecer nº 0145/2001 – CEE.
Ensino Médio
Autorização: Resolução nº 422/01, de 20/02/2001, 23/03/2001, 31/12/2002
Autoriza o funcionamento do Ensino Médio, desde 2001, implantação gradativa,
Parecer nº 0167/2001 – CEE;
Reconhecimento: Resolução nº 44/2003, de 04/02/2003, 17/03/2003;
Reconhece o Ensino Médio, por 5 anos, Parecer nº 1107/2002 – CEE.
EJA - Ensino Médio (Presencial)
Autorização nº 1779/2001, de 01/08/2001, 15/08/2001, 15/08/2003
Autoriza o funcionamento do Ensino Médio – Educação de Jovens e Adultos, desde
01/07/2001, implantação gradativa, Parecer nº 0145/2001 – CEE;
Reconhecimento nº 1779/2001 de 01/08/2001, 15/08/2001;
Reconhece o Ensino Médio – Educação de Jovens e Adultos, desde 01/07/2001 -
Parecer nº 145/01 – CEE.
O Ensino Médio organizado por blocos de disciplinas deixará de ser ofertado no ano
de 2014.
Sala de Recursos – DM, D.AP – 05/85 – Educação Especial
Autorização nº 2605/05, 22/09/2005, 19/10/2005, 04/04/2007;
Autorização nº 016/2011 - Sala Multifuncional;
Autoriza o funcionamento da Sala de Recursos/Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries),
Área da Deficiência intelectual e transtorno funcional especifico, desde 04/04/2005
com 20 horas, Parecer nº 1407/2005 – CEE.
EJA – Nova Proposta – Fundamental Fase II e Ensino Médio
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Parecer nº 212/2005-SEED.
Autorização de Funcionamento de Educação de Jovens e Adultos – Ensino
Fundamental e Médio, Resolução nº 4178/07 de 02/10/2007.
CELEM
Resolução nº 3546/86 de 27/08/1986
3.3. FILOSOFIA DA ESCOLA
O Colégio Unidade Polo concentra suas forças no intuito de superar as
desigualdades sociais através de uma educação de qualidade, pois temos
consciência de nossas responsabilidades com o educando , com o meio ambiente e
com o mundo em que vivemos. Por isso desenvolvemos soluções que potencializem
e valorizem a experiências humanas através de uma gestão democrática e
participativa.
3.4. ESPAÇO FISICO
Contamos com três blocos cobertos onde funcionam as salas de aula, a
administração, biblioteca e sala de Educação Física, Laboratório de Física, Química
e Biologia e Laboratório de Informática.
Especificaremos a seguir como estão sendo utilizados esses espaços:
1º Bloco
10 Salas de aula
01 Biblioteca
01 Corredor
01 Pátio Coberto
Anexo ao primeiro bloco temos uma casa para o caseiro.
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2º Bloco
01 Sala para Professores
01 Sala de Hora Atividade
01 Cantina
02 Salas de coordenação educacional
01 Sala de Secretaria
02 Banheiros para funcionários- masculino e feminino
01 Sala para a Direção
01 Sala de Direção auxiliar
01 Corredor
01 depósito de merenda
01 Pátio Coberto
02 Banheiros para os alunos- masculino e feminino
01 Sala com Gabinete Dentário cedido à administração pública municipal para o
atendimento aos alunos e a comunidade
3º Bloco
04 Salas de aula
01 sala de recursos
01 sala ambiente de arte
01 Sala para Laboratório de Informática
01 Sala cedida ao NRE para funcionamento do Setor de Documentação Escolar
01 Sala para Laboratório de Química, Física e Biologia
01 Corredor
01 refeitório com cozinha
01 sala de reuniões
ÁREA LIVRE PARA A PRÁTICA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
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02 Quadras Poliesportiva sendo 01 coberta. O colégio possui ao seu redor uma
ampla área verde (gramado e jardins)
3.5. OFERTA DE CURSOS/NÍVEIS E MODALIDADES
O Curso Fundamental foi implantado pela Resolução nº 1551/76 e reconhecido pela
Resolução nº 01/82 de 07/01/1982 e consequentemente foi, também, reconhecido o
Estabelecimento.
O Curso de Ensino Médio foi autorizado a funcionar através da Resolução nº
5608/94 de 18 de novembro de 1994 e reconhecido pela Resolução nº 4525/98 de
21/12/1998 – D .O . E 19/01/99.
O Curso de Ensino Médio Regular foi autorizado a funcionar através da Resolução
nº 122/01 de 20 de fevereiro de 2001 e reconhecido pela Resolução nº 44/03 de
17/03/2003.
A educação básica, nos níveis fundamental e médio, está organizada de acordo
como o Artigo nº 24 da Lei de Diretrizes e Bases-LDB. O ensino médio , etapa final
da educação básica, tem como finalidade o aprofundamento dos conhecimentos
adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de seus estudos.
A Educação de Jovens e Adultos – Ensino Médio/EJA foi reconhecida pela
Resolução 4525/98, DOE em 18/01/99.
A nova EJA–Fase II, por disciplina, foi autorizada pelo Parecer nº 212/2005-SEED.
Para atender adultos e idosos com base nas diretrizes curriculares e tomando como
modalidade de educação básica temos a Educação de Jovens e Adultos.
3.5.1. DIVISÃO DOS CURSOS OFERTADOS POR TURNO
TURNO DA MANHÃ
O Colégio atende, no período da manhã, 175 alunos do Ensino Fundamental,
distribuídos em 05 turmas e 280 alunos do Ensino Médio, distribuídos em 08 turmas,
sendo:
01 turma de 8º Ano do Ensino Fundamental
04 turmas de 9º Ano do Ensino Fundamental
03 turmas de primeiro ano do Ensino Médio
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03 turmas de segundo ano do Ensino Médio
02 turma de terceiro ano do Ensino Médio
01 turma de Sala de Recursos Multifuncional Tipo I
TURNO DA TARDE
O período da tarde atende 450 alunos do Ensino Fundamental , distribuídos em 13
turmas :
04 turmas de 6º Ano do Ensino Fundamental
05 turmas de 7º Ano do Ensino Fundamental
04 turmas de 8º Ano do Ensino Fundamental
TURNO NOITE
No turno da noite a escola atende os alunos da educação de jovens e adultos
utilizando as 19 salas de aulas, na organização coletiva e individual, e também nas
05 turmas de APEDs, localizadas nas escolas municipais totalizando 302 alunos do
Ensino Médio e 208 do Ensino Fundamental. No período noturno ainda há 54 alunos
do CELEM/Centro de Língua Estrangeira Moderna, com o curso de ESPANHOL, que
utilizam 01 sala da escola.
O Colégio atende 1443 alunos do Ensino Fundamental e Médio, divididos em 13
turmas no período matutino, 13 turmas no período vespertino e 19 turmas na
modalidade da EJA, mais 5 APED's no período noturno.
3.6. PERFIL DA COMUNIDADE ESCOLAR
A maioria dos pais dos alunos do ensino regular exercem um trabalho fora de casa,
principalmente nas indústrias da cidade. Os filhos ficam sozinhos e muitas vezes são
responsáveis pelo serviço doméstico e cuidado dos irmãos menores. O nível de
escolaridade dos pais é na maioria de Ensino Fundamental Completo ou Incompleto.
Grande parte dos alunos tem acesso aos meios de comunicação e informatização.
Os alunos do ensino Regular, que a escola atende, são oriundos do centro da
cidade bem como de outros bairros que ficam em suas imediações: Conjunto Corina
19
Pugliesi, Conjunto Araucária, Jardim Petrópolis, Jardim Primavera, Jardim Aeroporto
e muitos alunos são advindos de bairros mais distantes: Vila Araponguinha,
Conjunto Flamingos, Jardim Tropical, Jardim Morumbi, Conjunto Centauro I,II e III,
Zona Rural. Diante dessa diversidade a maior dificuldade que a escola tem
enfrentado e em relação a conscientização dos pais ou responsáveis, sobre a
importância da participação na vida escolar do aluno, pois na maioria dos casos o
responsável pelo aluno tem como prioridade a preocupação com o sustento da
família, que deixa para a escola, toda a responsabilidade pelo sucesso do aluno na
sua vida escolar.
A escola atende alunos com necessidades educacionais especiais e conta com
professor especializado, interprete e professor de apoio permanente, atendendo
alunos em suas necessidades individuais. A escola também atende alunos adultos
trabalhadores que buscam na EJA concluir seus estudos. Esses alunos são oriundos
de diversas regiões da cidade.
3.6.1. PERFIL DO ALUNADO
O Colégio Estadual Unidade Polo – Ensino Fundamental, Médio, atende em três
turnos o alunado que provém da camada social de média a baixa renda, residentes
nas proximidades da escola, periferia e zona rural.
No período da manhã são atendidos alunos dos Anos Finais do Ensino
Fundamental, do Ensino Médio, Sala de Recursos e Sala de Apoio. No período da
tarde são atendidos alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e
também Educação de Jovens e Adultos no Ensino Fundamental e Médio, sendo
estes alunos pré-adolescentes e adolescentes. No período da noite ofertamos a
Educação de Jovens e Adultos no Ensino Fundamental e Médio, sendo a maioria
dos alunos provenientes da classe trabalhadora.
Temos em mente, ao elaborarmos esta proposta, a melhoria qualitativa da oferta de
ensino oferecida aos nossos alunos, bem como as boas condições de
funcionamento do Colégio Estadual “Unidade Polo” Ensino Fundamental e Médio
para que os mesmos possam desenvolver harmoniosamente.
Almejamos que o educando, que busca a sua escolaridade neste Estabelecimento
de Ensino ou aquele, que esteja nele estudando, o faça com alegria, boa disposição
e entusiasmo e que encontre aqui, o incentivo necessário para a conclusão do
Ensino Fundamental e Médio e Educação de Jovens e Adultos .
Que o aluno permaneça com êxito na escola, vivenciando novas e significativas
oportunidades educacionais, sendo incentivados a: alcançar o pleno
20
desenvolvimento de sua cidadania; educar- se para a sua liberdade e
responsabilidade; compreender a escola como uma instituição necessária a
transformação de um indivíduo crítico e responsável; atingir uma base comum de
conhecimentos (o que será garantido na escola);participar de atividades esportivas,
de lazer, culturais, educação para a saúde, educação social; respeitar as diferenças
culturais e sociais; desenvolver a sentimento de solidariedade e de respeito ao
individuo e ao meio ambiente.
3.7. QUADRO DE PROFESSORES E FUNCIONARIOS PERTENCENTES A
COMUNIDADE ESCOLAR
3.7.1. Professores e funcionário efetivos
Língua Portuguesa
Nome Graduação Especialização
Antonia Perdigão Letras Didática e Metodologia
Elke Sanches Letras Leiturae Prod. Textual
Olga Kirylko Letras Teoria Ling.,Lingutextual.
Cleuza de Fátima Sartori Letras Didática e Metodologia Do Ens.
Lídia Kirylko Letras Didática e Metodologia do Ensino
Matemática
Amarildo Sidney Calisti Matemática Metodologia do Ens. Matemática
Ana Marcia Milani Pereira Matemática Didática e Metodologia de Ensino
Luís de Almeida Matemática Economia Empresarial
Estatística
Márcia Andrade Borges
Pereira
Adm.de
Empresas
Cienc.Contábeis
Educação Matemática
Marcia Aparecida Baldim Matemática Esp.Em Administração Escolar
21
Edilene Kolecha Matemática Educação Matemática
Ciências
Maria Jose Millan Gutierre Ciências Ed.Especial, Did.E Met.De Ensino
Herminda Aparecida
C.Franzoni
Ciências Esp.Em Didática E Met.De Ensino
Liliam Amanda Baggio Ciências Morfofisologia Humana
Geografia
Edna Pereira Michelato Ciências Sociais Geografia
Ana Paula Machado
Geografia Geografia Espaço e Meio
Ambiente Ambiente História
Edinalva Dias dos Santos de
Almeida
Estudos Sociais Geografia e Meio Ambiente
Edna Pereira Michelato Ciências Sociais Geografia
Márcia Raquel B. de Ameida História História Social
Filosofia
Marlene Nonis História
Educação Física
Denilson dos Santos Senna Educação Física Recreação, Lazer e Animação
Sócio-Cultural
Emerson Lima de Oliveira Educação Física
Direito (cursando)
Administração, Supervisão e
Orientação Educacional
Laís Regina T. Campos Educação Física
Waldete Ap.Romero Educação Física
Arte
Andreia Garcia Cerqueira de
Freitas
Educação
Artística
Administração, Supervisão e
Orientação Educacional
22
Rosimar Reche Educação
Artística
Didática e Metodologia do Ensino
Química
Jose Timoteo de Gouvea Química Metodologia do Ensino Superior
Marilane de Jesus Ferreira Química Metodologia do Ensino Superior
Física
Inez Nonis Zucoloto Matemática Educação Infantil
Luis de Almeida Matemática Economia Empresarial
Irene Surek de souza Física
Biologia
Liliam Amanda Baggio Ciências
Biológicas
Morfofisiologia Humana
Inglês
Elke Sanches Letras L.Port.Leitura e Produção
Textual
Lilian Fernandes de Oliveira
Sebastiana Umbelina da Silva Letras Didática e Metodologia Do
Ensino
Elisangela Conceição Pereira
Do Prado
Letras L.Port. Leitura e Produção
Textual
Gisele Cristina Zanon Letras Adm. Supervisão e Orient.
Educacional
Filosofia
Celimara Cordaco Filosofia História do Pensamento
Brasileiro
Professor da Lei 15308/06
Edno Coutinho Pereira Ed.Fisica Metodologia Ensino
23
Professor de Apoio Com.Alternativo
Leila Carla Juday Pedagogia Docência no Ensino Superior
Professor Sala de Apoio – Português
Professor Sala de Recursos
Maria Rocineide da Silva
Pedagogia
Educação Especial
Libras
Deficiência Visual
Direção
Maria Aparecida Grecco
Machado
Estudos Sociais História e Política Brasileira
Direção Auxiliar
Cleuza de Fatima Sartori Letras Didática Metod.do Ensino
Adm., Super.Orient. Educ.
Educação Especial-DM
Coordenador Itinerante
Cecilia Sueko Miyake
Fukushima
Física/Pedagogia Educação Especial-DM /
Adm.Super.Orient.Educ
Bilingue Libras/Lingua Portuguesa
Educ.Espec.Inclusão DV/DA/DM
Equipe Pedagógica
Liliana Celina Ceci dos Pedagogia Didática e Metodologia Do
24
Santos Ensino
Eliane Pastori Leme
Batista
Pedagogia Administração, Orientação e
Supervisão Escolar
Mariza Melita Fernandes Pedagogia Educação,Super.Pedagógica
Cecilia Sueko Miyake
Fukushima
Física/Pedagogia - Educação Especial-Dm /
-Adm.Super.Orient.Educ
- Bilingue Libras/Lingua
Portuguesa
- Educ.Espec.Inclusão Dv/Da E
Dm.
Secretária
Silvana Lucia Berardi Letras Educação Infantil
Agente Educacional de Apoio I
Ana Maria Severina Ribeiro
Ensino Médio
Completo
Xxxxxxx Aparecida Silveira de Almeida
Ensino Médio
Completo
xxxxxxx
Cláudia Gomes Lopes Ensino Médio
Incompleto
xxxxxxx
Erinéia Gonçalves da Silva Ensino Médio
Completo
xxxxxxx
Ines Stephan Da Silva
Ensino Médio
Completo
xxxxxxx
Joana D'Arc Reghini Pedagogia Psicopedagogia
Lucinéia Apª Ramos Garcia Enfermagem xxxxxxx
Maria Aparecida Geraldini
Ensino Médio
Completo
xxxxxxx
Agente Educacional de Apoio II
25
Laura Nicésia Schmal Moreira
Ciências Sociais Psicopedagogia Institucional
Reginaldo Aparecido Loss Adm.Com.Exterior
Tecnólogo. em
Gestão Publica
Adm.Supervisão e Orient.
Educacional
Simone Aparecida Galassi Adm. Empresas Psicopedagogia Institucional
Tania Aparecida Ferreira Administração
Empresa/Comérci
o Exterior
Qualidade Total
Marketing
Teresinha Calisti Ciências
Contábeis
Valeria Mendes Camara
Begali
Adm.Empresa Gestão Escolar
Vilma Stahovski Horvatich Ens. Médio Xxxxxxx
3.7.2. Professores e Funcionários SC02 e REPR
Língua Portuguesa
Lídia Maria da Silva Letras Administração, Supervisão e
Orientação Educacional
Vilma Conforto Letras Letras e Ensino
Matemática - Aulas Extra e PSS
Marcos Cesar Benelli
Ana Márcia Milani Pereira Matemática Didática e Metodologia de
Ensino
Ciências – Aulas Extras e PSS
Vivian Cristian Lopes
26
Geografia – Aulas Extras e PSS
Patrícia Batista da Silva
Maria Ap. Bettazza Geografia
Ciências Sociais
Meio-Ambiente
História- Aulas Extras e PSS
Carlos Alberto Nogueira Diniz História xxxxxxxxxxxxxxx
Elen Michelli Pereira História Filosofia
Luciano Rompato História
Administração
Gestão Escolar
Educação Especial
Educação Física – Aulas Extras e PSS
Guilherme Benten Tomaz Educação Física Educação Especial:
atendimento às necessidades
especiais
Laís Regina Telles Campo
Rego
Educação Física Fisiologia do Exercício
Waldete Aparecida Romero Educação Física Psicopedagogia
Arte – Aulas Extras e PSS
Idalina Aparecida Trida
Lussari
Letras
Artes Visuais
Língua Portuguesa: compreensão e
produção de texto
Biologia – Aulas Extras e PSS
Solange de Fatima de
Gouvea
Ciências Didat. e Met. De Ensino
Inglês - Aulas Extras Extras e PSS
Rejane Felismino Barbosa Letras
Português e
Inglês
Especialização em Língua Portuguesa
Metodologia do Ensino
Rosemeiry Leandro Letras Sociolinguística: língua portuguesa
Educação Especial
27
Sandra Márcia da Silva
Miquelato
Letras Especialização em Língua Portuguesa
Sociologia – Aulas Extras e PSS
Cleusa Aparecida Alves
Ribeiro
Ciências
Sociais
Especialização em Educação Especial
Educação Especial – Interprete de Libras
Júlio César Correia
Carmona
Lucineide Aparecida
Geraldini
Pedagogia Específico para Creche
Educação Especial
Marli Couto Nolepa Pedagogia Gestão Escolar, Educação Bilíngue em
LIBRAS, Língua Portuguesa
Neide Aparecida da Silva
Segora
Ciências/Habil
itação em
Matemática
Didática e Metodologia do Ensino
Gestão, Orientação e Supervisão
Educação Especial e LIBRAS
Talita Batista Raneia PROLIBRAS
Ens. Religioso- Aulas Extras e PSS
Evaldo Ulian História
Mercedes Branco Simoes Ciências
Sociais
Pedagogia Religiosa
Eja-Ens Fund-2 Seg-Aped
Gislaine Pereira Gomes
Sandra Della R. Joaquim
Silvia Mangolin
Suely Fortunato
28
Eja-Ens Médio-2 Seg-Aped
Ana Paula de B. Morais
Camila Cortez
Elen Michelli Pereira
Rosana R. de Souza
Silvia Mangolim
Língua Espanhola – Celem
Maria Cristina Rodrigues
Feitosa
Os trabalhadores da educação deste Colégio são: 108 professores, sendo 33
efetivos e 75 são SC02 e REPR, 01 secretaria, 02 pedagogas com 20 horas
semanais e 02 com 40 horas semanais, 01 direção com 40 horas e uma pessoa na
direção auxiliar com 20 horas . São 10 agentes educacionais I e 08 agentes
educacionais II.
3.8. ANÁLISE DOS RESULTADOS
Um dos mais graves problemas do sistema educacional é a interrupção do fluxo
escolar normal, ou seja, quando o aluno é reprovado ou abandona os estudos. E
inverter essa situação tem sido o anseio dessa escola.
Analisando os gráficos do ano anterior, percebemos que a evasão diminuiu, porém,
o resultado ainda não é satisfatório. Nota-se também uma significativa diminuição
nos casos de reprovação. Como resultado obtivemos uma elevação nos índices do
IDEB e nas notas do ENEM.
Isso só foi possível através de alternativas propostas pela escola através de
parcerias com Universidades para atender os alunos do ensino médio com maiores
dificuldades, em contra turno. Esses alunos foram atendidos por estagiários de
química e física, a área que nossos alunos tem encontrado maior dificuldade ao
iniciar o Ensino Médio.
As aulas da Sala de Apoio, em Matemática e Português, tem auxiliado o aluno do
ensino fundamental, na sua dificuldade de aprendizagem e a Sala de Recursos
Multifuncional Tipo 1, na área da Deficiência Intelectual e Transtornos Globais do
29
Desenvolvimento tem auxiliado o aluno com necessidades educacionais +(DI e
TFE). Todos esses recursos trouxeram uma melhor qualidade de Ensino, como pode
ser observado através dos gráficos a seguir.
3.8.1.RESULTADOS- DO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO
BÁSICA – IDEB
O Ideb é um indicador de qualidade educacional que combina informações de
desempenho em exames padronizados (Prova Brasil ou Saeb), obtido pelos
estudantes ao final das etapas de ensino (4ª e 8ª séries do ensino fundamental e 3ª
série do ensino médio) –com informações sobre rendimento escola.
30
Com base nos dados explicitados pode-se notar a elevação no índice do IDEB de
nossa escola, mesmo não sendo a média desejada, conseguimos ir além do índice
projetado para nossa escola.O resultado da prova Brasil é um mecanismo que ajuda
a definir a nota do IDEB e vem redefinir posturas em nossa escola.
3.8.2 Índices de distorção idade-série
O índice de distorção idade série do Colégio está sendo reduzido a cada ano, pois
os alunos que se encontram nesta situação são encaminhados para a EJA, além do
coletivo escolar desenvolver ações que superem as suas dificuldades e a evasão
escolar.
Com base nos dados explicitados no gráfico, conclui-se que houve um bom
desempenho da escola. O rendimento satisfatório é comprovado. Porém
preocupação é cada vez maior em manter esse ritmo de aprendizagem e
comprometimento por parte dos alunos e professores e de todos os envolvidos no
processo de ensino aprendizagem.
31
3.9. OBJETIVOS DO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS E ENSINO MÉDIO
A Proposta Pedagógica Curricular é por si a própria organização do espaço escolar.
Entendamos esta dimensão como a forma que a escola organiza suas atividades
administrativas, pedagógicas, curriculares, e os propósitos democráticos que estão
por trás de tais organizações. Dizer que A Proposta Pedagógica Curricular abrange
a organização do espaço escolar significa dizer que o ambiente escolar é
normatizado por ideais comuns a todos que constitui esse espaço, visto que a
Proposta Pedagógica Curricular deve ser resultado dos atributos participativos
A organização do espaço escolar dentro das dimensões da Proposta Pedagógica
Curricular, cria um espaço harmonioso onde mesmo os agentes exercendo funções
diferentes se dão conta da importância deste e dos outros na conquista dos traços
objetivados em comum acordo.
Libâneo (2001) elenca quatro áreas de ação em que a organização do espaço
escolar que deve abranger:
a) A organização da vida escolar, relacionado a organização do trabalho escolar em
função de sua especificidade de seus objetivos.
b) Organização do processo de ensino e aprendizagem – refere-se basicamente,
aos aspectos de organização do trabalho do professor e dos alunos na sala de aula.
c) Organização das atividades de apoio técnico administrativo – tem a função de
fornecer o apoio necessário ao trabalho docente.
d) Organização de atividades que vinculam escola e comunidade – refere-se as
relações entre a escola e o ambiente externo: com os níveis superiores da gestão de
sistemas escolar, pois, com as organizações políticas e comunitárias (...) (LIBÂNEO,
2001, pp. 174, 175, 176).
As áreas organizacionais estão ligadas ao contexto do a Proposta Pedagógica
Curricular, pois esta demonstra o tipo de escola que desejamos e a formação que se
quer construir junto aos alunos e a participação na constituição desses ideais é o
alicerce para sua realização.
3.9.1 OBJETIVO GERAL
Assegurar a todos o direito a apropriação dos conhecimentos necessários para
transformação da prática social, através da elaboração de uma Proposta Política
Pedagógica de qualidade a ser colocada em prática.
32
3.9.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Desenvolver a capacidade de aprendizagem, tendo como princípios, as dimensões
históricas, filosóficas, científicas e artísticas,consolidados no ensino fundamental e
médio possibilitando prosseguimento de estudos;
Aprimorar o educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o
desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
Adotar metodologias de ensino e de avaliação diversificadas que estimulem a i real
aprendizagem dos conteúdos;
Fortalecer os vínculos de família, os laços de solidariedade humana e de tolerância
recíproca em que se assenta a vida social;
Difundir os valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos
educandos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;
Desenvolver a consciência ambiental e ética, valores e atitudes, técnicas e
comportamentos, que favoreçam a participação do alunado e seus familiares
(Agenda 21);
Favorecer a difusão de saberes para num consenso coletivo e encontrar possíveis
soluções para os problemas sociais que envolvem a comunidade.
Formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendam
criticamente o contexto social e histórico, que pelo acesso ao conhecimento, sejam
capazes de uma inserção cidadã e transformadora na sociedade.
Compreender a produção científica, a reflexão filosófica e a criação artística nos
contextos em que se constituem, promovendo qualidade de ensino.
Garantir a competência escolar buscando melhorias para o real funcionamento deste
estabelecimento.
Evitar improvisações preparando-se para o processo pedagógico e administrativo.
Direcionar as práticas em sala de aula para as necessidades da comunidade
escolar.
Fazer uso dos materiais didático-pedagógicos, para melhor assimilação dos
conteúdos abordados.
Aprimorar os conhecimentos dos profissionais através de reuniões e palestras
respectivas á cada disciplina.
33
Integrar a vida escolar com a realidade social de maneira que a transmissão-
assimilação dos conhecimentos filosóficos, científicos e artísticos, elaborados
historicamente, sejam vivenciados.
Envolver a família nos assuntos escolares, projetos e eventos realizados para
inteiração e compromisso com o ensino-aprendizagem.
Continuar projetos já existentes e inserir outros que atendam as necessidades de
alunos, profissionais e comunidade.
“É necessário que se faça da escola um espaço de pesquisa de construção e
reconstrução do conhecimento”. (MOREIRA, 2003)
3.10. GESTÃO DEMOCRATICA
A relação orgânica entre direção e participação dos membros da equipe escolar,
conjuga o exercício responsável e compartilhado da direção, a forma participativa da
gestão e a responsabilidade de cada membro da equipe escolar.
Nesse princípio estão presentes, a exigência da participação de professores, pais,
alunado, funcionários e outros representantes da comunidade.
Envolvimento da comunidade no processo escolar.
A presença da comunidade na escola, especialmente pais e outros representantes
que participam do Conselho Escolar, da Associação de Pais, Mestres e Funcionários
para acompanhar as necessidades educacionais e avaliar a qualidade dos serviços
prestados, além dos processos decisórios, dá respaldo às determinações estaduais.
Formação continuada para o desenvolvimento pessoal e profissional.
A concepção democrática participativa de gestão valoriza o desenvolvimento
pessoal, a qualificação profissional e a competência técnica. A organização e a
gestão do trabalho escolar requerem constante aperfeiçoamento profissional,
político, científico e pedagógico de toda a equipe escolar. Implica em conhecer bem
o estado real da escola, avaliar constantemente o processo de ensino, analisar seus
resultados.
Utilização de informações concretas e análise de cada problema e seus múltiplos
aspectos, com ampla democratização das informações, tanto administrativa quanto
pedagógica.
34
3.11 PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS
Ao considerar a Instituição de Ensino por todos os seus segmentos como um espaço
educativo em que a prática pedagógica é desenvolvida, torna- se relevante os seus
diferentes aspectos: administrativo, financeiro e de gestão, trabalham com
mecanismos incentivadores, como Conselho de Classe, Conselho Escolar, trazendo
a comunidade para participar nas decisões do colégio.
3.11.1 CONSELHO ESCOLAR
Em virtude das condições econômicas e sociais desfavoráveis, marca histórica da
sociedade brasileira, é bem possível que um grande contingente de crianças e
adolescentes venha requerer uma ampliação do tempo pedagógico para alcançar o
padrão de desempenho escolar desejável. Tal possibilidade é direito que elas têm.
Cabe à escola se organizar para garanti-lo. E, ao Conselho Escolar, acompanhar e
verificar os resultados desses procedimentos pedagógicos.
O Conselho Escolar poderá obter uma visão mais realista sobre a adequação do
tempo escolar às atividades pedagógicas propostas pelos docentes, se fomentar a
abertura de espaços para que seja dada visibilidade aos processos formativos que
envolvam os estudantes e os docentes.
O Conselho Escolar pode auxiliar a escola na ampliação de sua autonomia em
relação à condução das atividades pedagógicas e administrativas, sem que ela
perca sua vinculação com as diretrizes e normas do sistema público de ensino.
O Conselho Escolar constitui o espaço mais adequado para, de forma
compartilhada, dirimir as dúvidas, encontrar saídas alternativas e propor novas
condutas de participação individual e coletiva no ambiente escolar.
O Colégio Estadual “Unidade Polo” tem seu Conselho Escolar constituído com
representantes da equipe técnico pedagógica, professores, alunos e representantes
da comunidade. Esse Conselho é um órgão colegiado, de natureza consultiva,
deliberativa e fiscal, com o objetivo de promover a articulação entre os vários
segmentos da sociedade e dos setores da escola, a fim de garantir a eficiência e a
qualidade de seu funcionamento,conforme o estatuto próprio, constante no
Regimento Escolar.
35
3.11.2 CONSELHO DE CLASSE
Os objetivos do Conselho de Classe, segundo o INEP (Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais), são: efetuar uma avaliação contínua do aluno e da
turma em seus aspectos qualitativos e quantitativos; aperfeiçoar o trabalho do
professor com o aluno por meio de subsídios fornecidos pela equipe pedagógica;
despertar no professor a consciência de que é necessário realizar a auto-avaliação
contínua de seu próprio trabalho com vistas ao replanejamento de suas atividades e
métodos e a um aprendizado mais eficiente por parte do aluno.
Nem sempre estes objetivos são atingidos uma vez que ao buscarmos
transformações nas nossas práticas educativas há vários aspectos envolvidos, o que
torna o trabalho complexo. Não é possível redimensionar o papel dos Conselhos de
Classe nas nossas escolas isoladamente, uma vez que estes refletem as
concepções de homem, sociedade e educação dos profissionais envolvidos, e que
imprimem um contorno político ao trabalho, contribuindo para emancipação do aluno
ou para sua alienação.
O trabalho educativo tem se mostrado bastante complexo quando deseja trabalhar
numa perspectiva de transformação.
Nas escolas em que há certa clareza sobre a necessidade de mudança e vontade
política de promovê-las, as dificuldades ficam por conta, entre muitas outras coisas,
dos métodos para promover mudanças e do rigor metodológico com que se colocam
as propostas em prática.
Fazer com que o Conselho de Classe seja realmente um instrumento de
transformação da cultura escolar sobre a avaliação e, consequentemente, da prática
da avaliação em sala de aula tem sido o objetivo desta escola, pois o Conselho de
classe como eixo da avaliação, é parte do processo de avaliação da escola, o qual
não é um processo isolado mas está intrinsecamente ligado aos objetivos da escola
como um todo e das disciplinas específicas, à metodologia utilizada e aos conteúdos
ensinados.
Buscamos constituir o Conselho numa ação pedagógica inserida dentro do
processo de vida que a escola vive, intencionalmente executada e com um fim claro.
Um espaço de reflexão pedagógica em que o professor e o aluno se situem
conscientemente no processo que juntos desenvolvem.
Visto que queremos formar um cidadão pensante, com capacidade de se ver, de dar
sentido às suas ações, de ter consciência de si mesmo, que é o que o faz sujeito e
agente de sua história, devemos tornar o Conselho de classe, um instrumento eficaz
dentro do processo global de avaliação que a escola desenvolve, de produção de
36
pequenas transformações educativas que sejam sinal e presença das
transformações sociais.
“A Avaliação Escolar é, antes de tudo, uma questão política, ou seja, está
relacionada ao poder, aos objetivos, às finalidades, aos interesses que estão em
jogo no trabalho educativo.” (Vasconcellos, 1994, p.45).
3.11.3 ALUNO REPRESENTANTE DE TURMA
A representação de turma se constitui por eleição em sala de aula, o educando mais
votado ficará com a representação da sala, ficando sob a supervisão e
acompanhamento do professor conselheiro.
A escolha do professor conselheiro se dá pela escolha dos educandos da turma com
afinidades com o docente.
Ao ser escolhido como conselheiro este recebe as atribuições para cumprir com
responsabilidade à sua função de conselheiro da turma.
3.11.4 PROFESSOR REPRESENTANTE DE TURMA
O professor Monitor de Turma é eleito democraticamente pelos alunos da turma.
Este professor é escolhido entre todos os professores que atuam diretamente na
escola e na turma. São atribuições do Professor Representante de Turma:
Manter o bom relacionamento com os alunos da turma.
Acompanhar o rendimento escolar dos educandos.
Acolher e levar os responsáveis pela área pedagógica as sugestões dos alunos que
visem melhoria no processo ensino- aprendizagem.
Oportunizar discussão com a turma na busca de mecanismo e estratégias que visem
o melhor aproveitamento de estudos.
37
Manter-se informado das condições disciplinares de sua turma e colaborar na
medida do possível , com estratégias que ajudem o corpo docente e a direção da
escola.
Acompanhar o aproveitamento de suas turmas, procurando entrar em contato com
os professores da referida turma ,para que se conscientizem dos problemas
existentes e solucioná-los.
Realizar atendimento individual nos casos simples e procurar auxílio da Equipe
Pedagógico da escola ,nos casos mais complexos.
Incentivar e promover as boas iniciativas culturais, esportivas e de lazer de sua
turma.
Colaborar com o Representante de Turma, ajudar a coordenar a organização de
atividades paralelas ou complementares.
Comparecer em todos os Conselhos de Classe de sua turma.
3.11.5 GRÊMIO
Para haver maior efetividade nas atividades pedagógicas, é necessária a
participação estudantil, e o Grêmio “Olavo Bilac” é o órgão de representação do
corpo discente do Colégio.
Seu principal objetivo é ter uma comunidade participativa, pois este é um dos
pilares para a construção de uma escola de qualidade, que vai procurar por todos os
meios atender as necessidades básicas e as expectativas de seus alunos. Para isto
busca-se desenvolver ações que promovam a participação efetiva da comunidade
na vida escolar.
Pretende-se uma interação constante com a equipe pedagógica, na realização de
eventos culturais, promoções, festivais, projetos que venham de encontro com as
necessidades do Colégio e do alunado, visando sempre a ideia de totalidade na
formação do cidadão.
O Grêmio Estudantil “Olavo Bilac” possui estatuto próprio, registrado em cartório e
regimentado no estabelecimento, o qual segue o estabelecido em seu estatuto.
38
3.11.6 APMF
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários “Parigot de Souza” do Colégio
Estadual Unidade Polo, de direito privado, órgão de representação do corpo
docente, discente e funcionários da escola, não tendo caráter partidário, religioso, de
raça e nem fins lucrativos, não sendo remunerados seus dirigentes e conselheiros,
trata-se de trabalho voluntário.
Importante instância de participação democrática e representa pais, professores e
funcionários que buscam integrar os segmentos escolares e colaborar no
aprimoramento do processo educacional e na integração família-escola. Sua
principal função, em conjunto com o Conselho Escolar, é atuar na gestão da unidade
escolar, participar das decisões relativas à organização e funcionamento da
instituição nos aspectos administrativos, pedagógicos e financeiros.
A APMF deste estabelecimento é regida por estatuto próprio, registrada em cartório,
de acordo com a lei vigente.
4. FUNÇÃO ESPECIFICA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
Todos os segmentos desta escola desenvolvem suas ações de acordo com o que
prevê o Regimento Escolar e em consonância Estatuto do Servidor Publico.
4.1. DIREÇÃO
A Direção é o órgão decisório executivo e co-responsável que supervisiona,
coordena e fiscaliza todas as atividades administrativas e pedagógicas da instituição
de ensino. Ela deve assegurar a fidelidade dos princípios educacionais do
estabelecimento de ensino em sua práxis educativa, zelando, prioritariamente, pela
qualidade dos serviços educacionais e do ensino praticado na escola.
A função da Direção é de congregar e dinamizar todas as forças vivas da
comunidade educativa e canalizá-las rumo a objetivos educacionais visando uma
qualidade de ensino, procurando integrar todos os organismos da estrutura
administrativa e pedagógica assegurando a unidade de pensamento e de ação. É
responsabilidade da Direção:
39
representar o estabelecimento de ensino, em caráter Oficial, perante as autoridades
do poder público e junto às instituições culturais, profissionais, associativas, sindicais
e outras;
fazer cumprir as leis e determinações legais dos órgãos competentes;
acompanhar e avaliar o desempenho profissional dos funcionários e professores;
administrar verbas;
cuidar e zelar pelo patrimônio da instituição de ensino.
A Direção deve fazer cumprir as determinações legais da SEED e NRE, procurando
promover o bem estar dos profissionais que atuam na instituição de ensino,
exercendo as demais atribuições inerentes ao cargo.
4.1.1 DIREÇÃO AUXILIAR
É o órgão responsável pelo comando e assessoramento das atividades técnico-
Administrativas em cada turno de funcionamento, zelando pela manutenção da
organização, de tal forma que permita o controle imediato das ocorrências. Compete
ainda à Direção Auxiliar, assessorar a Direção na determinação de normas gerais de
organização e funcionamento do estabelecimento; prestar esclarecimento aos
professores, funcionários, pais e alunos sobre determinações diversas emanadas da
Direção, quando for solicitado; assessorar a Direção na seleção de mecanismos
adequados para o acompanhamento e controle das atividades realizadas na escola;
assessorar a Direção no provimento dos recursos humanos, físicos, materiais e
financeiros para o colégio; manter atualizada a coletânea de legislação de ensino,
emanada dos órgãos competentes; orientar o pessoal administrativo em exercício na
escola; comunicar à Direção, as providências adotadas na solução de problemas
surgidos; atender às solicitações da Direção, relativas a assuntos de sua
competência; substituir o Diretor em suas faltas ou impedimentos.
4.2 DOCENTES
A contribuição dos professores é fundamental para preparar o alunado, não só para
encarar o futuro com confiança, mas para construí- lo, ele mesmo, de maneira
40
determinada e responsável. A educação deve tentar vencer estes novos desafios:
contribuir para o desenvolvimento, ajudar a compreender e, de algum modo, a
dominar o fenômeno da globalização, favorecendo a coesão social. Os professores
têm um papel determinante na formação de atitudes, positivas ou negativas, durante
a aprendizagem. Devem despertar a curiosidade, desenvolver a autonomia, estimula
o vigor intelectual e criar as condições necessárias para o sucesso da educação
básica.
A importância do professor enquanto agente de mudança, favorecendo a
compreensão mútua e a tolerância, nunca foi tão patente como hoje em dia. Este
papel será ainda mais decisivo no século XXI. O nacionalismo mesquinho, deverá
dar lugar ao universalismo, os preconceitos étnicos e culturais, a tolerância, a
compreensão e ao pluralismo, o totalitarismo deverá ser substituído pela democracia
em suas variadas manifestações. Um mundo dividido em que a alta tecnologia é
apanágio de alguns, dará lugar a um mundo tecnologicamente unido. É por isso que
é enorme a responsabilidade do professor, a quem cabe formar o caráter e o espírito
das novas gerações, definindo- se assim, as linhas mestras de ação dos professores
deste Estabelecimento de Ensino, uma vez que, do compromisso com a realização
dos trabalhos cotidianos, resulta o êxito no processo ensino-aprendizagem.
Para tanto, é necessário que se busque:
a valorização do alunado, respeitando as diferenças individuais;
o incentivo ao desenvolvimento individual do alunado como um todo;
a cooperação em reuniões, grupos de estudo, cursos, enfim, situações que
possibilitem a capacitação do professor;
da escola, uma relação de apoio pedagógico para desenvolver as atividades, tendo
em vista a apropriação do conhecimento adquirido pelo alunado;
a aceitação do outro (alunado) enquanto um ser em formação cognitiva, mas
completo;
o compromisso com as atribuições decorrentes da função de docente.
Adequar a Proposta Política Pedagógica e o Plano de Trabalho Docente às
necessidades educativas apresentadas no contexto do processo sempre que
necessário ;
Deixar transparente a intencionalidade do trabalho educativo, tendo em vista os
conceitos fundamentais do conhecimento de cada disciplina e os elementos sociais
e culturais próprios da comunidade, considerando uma dimensão histórica de si
mesmo e da realidade, a partir do conhecimento dominado;
41
Permitir que todos os alunos tenham oportunidades de apropriar- se do
conhecimento historicamente acumulado por meio de metodologias diversificadas e
participativas;
Resgatar durante o processo de aprendizagem, os conteúdos que ainda não foram
completamente efetivados, através da democratização do saber, apropriação do
saber sistematizado e a produção de um novo saber;atender igualmente aos
sujeitos, seja qual for a condição social e econômica, seu pertencimento étnico
cultural e às possíveis necessidades especiais para a aprendizagem.
Além destas responsabilidades, a equipe pedagógica decidiu fazer alterações na
prática cotidiana, retomando a proposta pedagógica para uma aprendizagem mais
efetiva.
Exercer a função real da escola, que possa colaborar na formação do cidadão pela
mediação do conhecimento científico, histórico, artístico e filosófico;
Transmitir o conhecimento numa concepção de educação voltada para a função
social da escola e a concepção de ensino aprendizagem;
Garantir o acesso ao conhecimento por parte do aluno e avaliá-lo durante todo o
processo de apropriação do saber através de diversos instrumentos;
Considerar o educando, suas fragilidades, seus avanços e mediar o processo de
apropriação do conhecimento;
Definir e organizar os critérios e instrumentos de avaliação, no Plano Docente,
estabelecendo coerência entre o ensino, a aprendizagem e a avaliação;
Revelar na prática, a relação com as Diretrizes Curriculares.
4.3 PROFESSOR PEDAGOGO
O professor pedagogo deve ter o compromisso com as ações pedagógicas que
possibilitam a apropriação do conhecimento de todos, sem discriminação e
preconceitos, estando atento às questões como a evasão, a repetência, o baixo
rendimento escolar, o atendimento às pessoas com necessidades educativas
especiais, questões étnico-raciais. Para tanto deve conduzir discussões, reflexões,
promovendo o trabalho integrado de toda equipe, em busca de meios para que
todos tenham melhor qualidade de ensino, visando construir caminhos de
emancipação. Desvelando dialogicamente a realidade opressora e o opressor que
muitas vezes são reproduzidas na prática cotidiana escolar. Sendo assim, são
42
necessárias propostas educativas voltadas para a formação humana, valorizando o
sentido da solidariedade e fraternidade, o pleno exercício da cidadania.
4.4 SECRETARIA
A Secretaria é o órgão que tem em seu encargo a responsabilidade pela
escrituração, documentação e correspondência do Estabelecimento, assessorando a
Direção em sua área de atuação. Os serviços de Secretaria são coordenados e
supervisionados pela direção, ficando a ela subordinados.
O cargo de secretário(a) deve ser exercido por profissional devidamente qualificado
para desempenhar essa função, de acordo com as normas da Secretaria de Estado
da Educação (SEED), em ato específico.
O secretário ou a secretária, por condições legais e regimentais, exerce uma ação
ao mesmo tempo centralizadora e abrangente, porque seu setor relaciona-se com
todos os demais setores envolvidos no processo pedagógico e na vida escolar. São
atribuições do secretário escolar:
- Responsabilizar-se pelo funcionamento da Secretaria.
- Cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores hierárquicos.
- Zelar pela guarda e sigilo dos documentos escolares.
- Manter em dia a escrituração, arquivos, fichários, correspondência escolar e
resultado das avaliações dos alunos.
- Compatibilizar Histórico-Escolar (Adaptação).
- Manter as estatísticas da escola em dia.
4 .5 BIBLIOTECA
A Biblioteca constitui-se em espaço pedagógico, cujo acervo está à disposição de
toda comunidade escolar. A Biblioteca está a cargo de profissional qualificado, de
acordo com a legislação em vigor, com regulamento próprio, onde estão explicitados
sua organização, funcionamento e as atribuições dos responsáveis. O Regulamento
43
da Biblioteca deve ser elaborado pelo seu responsável, sob a orientação da Equipe
Pedagógica, com aprovação da Direção e do Conselho Escolar.
A Biblioteca tem a finalidade de contribuir para o desenvolvimento de estudos e
pesquisas, através de leitura e consultas em livros, revistas, periódicos, além de
outros materiais bibliográficos.
4.6 DA EQUIPE DE AGENTE EDUCACIONAL I e II
A função de técnicos administrativos é exercida por profissionais que atuam nas
áreas da secretaria, biblioteca e laboratório de Informática do estabelecimento de
ensino, sendo que o técnico administrativo que atua na secretaria como secretário(a)
escolar é indicado pela direção do estabelecimento de ensino e designado por Ato
Oficial, conforme normas da SEED.
Os Serviços de apoio têm a seu encargo o serviço de manutenção, preservação,
segurança e merenda escolar do estabelecimento de ensino, sendo coordenado e
supervisionado pela Direção. Compõem esse quadro, as serventes, a merendeira, o
inspetor de alunos e outros previstos em atos específicos da Secretaria de Estado
da Educação.
Sabemos que para o bom relacionamento entre todos os profissionais da educação
que atuam na escola, independente da função que cada um exerce, deve prevalecer
o respeito e a cordialidade para uma boa educação de qualidade. Por isso, o Colégio
Estadual Unidade Polo buscará, constantemente, essa harmonia, proporcionando
momentos de diálogo entre todos os seguimentos que compõem essa equipe,
procurando detectar problemas que possam estar acontecendo e juntos, buscar
soluções possíveis no intuito de tornar o ambiente de trabalho mais educativo e
prazeroso.
4.7 CONHECIMENTO E EXPLICITAÇÃO DE CONJUNTO DAS RELAÇÕES
SOCIAIS
Repensar o papel da escola diante do acelerado processo de integração e
reestruturação capitalista mundial, torna-se um grande desafio. Esse novo
paradigma econômico, os avanços científicos e tecnológicos, a reestruturação do
44
sistema de produção e as mudanças no mundo do conhecimento afetam a
organização do trabalho e o perfil dos trabalhadores, repetindo na qualificação
profissional, consequentemente nos sistemas de ensino e nas escolas.
Essas transformações ocorrem em escala mundial, num conjunto de acontecimentos
e processos que acabam por caracterizar novas realidades sociais, políticas,
econômicas, culturais, jurídicas, religiosas, éticas, estéticas, afetivas e geográficas
que produz e reproduz as desigualdades sociais.
As mudanças na economia, buscando novas formas de produção e de
funcionamento no quadro de um conjunto de transformações que vem sendo
chamado de globalização, vem rompendo fronteiras, fusões de grandes empresas,
ampliando a circulação do capital financeiro, trazendo consequências prejudiciais as
políticas sociais dos países e muitas vezes o empobrecimento da população. Nosso
jovem educando tem conhecimento através da mídia.
No aspecto individual envolve a competitividade no mercado de trabalho e muitas
vezes a usar de criatividade para gerar seus meios de vida e sua sustentabilidade.
Aqueles que não conseguem competir formarão os chamados excluídos sociais.
Essas mudanças atingem o sistema educacional exigindo mais adequação no
ensino, investimentos na formação de profissionais mais preparados e
consequentemente alunado com mais conhecimento, cultura e preparo técnico. Com
isso, por força da Lei de Diretrizes e Bases, a educação básica passa a ser
determinante da condição de inclusão ou exclusão social, no mercado de trabalho,
que não aceita mais a mão de obra não qualificada.
Os serviços informacionais, a resolução tecnológica que aparece na comunicação da
TV, nos computadores, nas redes de informação, no telefone celular, nas várias
mídias, atinge a poucos, deixando a maioria da população à margem da economia,
além de provocar exclusão social.
Nessa ótica, o papel importante da escola e dos profissionais da educação no
sentido de propiciar condições intelectuais para toda a população é ampliar
condições de capacidade crítica e reflexiva em relação a difusão do saber científico
e da informação.
A informação é o caminho e o instrumento de aquisição de conhecimento, que ao
ser analisada interpretada, não exerça o domínio sobre a consciência e a ação das
pessoas.
No campo político a crença ou a descrença da ação pública lançam novas
perspectivas sobre o sentido da cidadania, uma vez que se faz necessário educar
para a participação, para o reconhecimento das diferenças, para diversidade cultural,
para os valores e direitos humanos.
45
No campo da ética, nossa sociedade convive com a crise de valores, baseado no
interesse pessoal, na vantagem, na eficácia, sem referência a valores humanos com
a dignidade, a solidariedade, a justiça, a democracia, o respeito, a vida. Nessa visão
é preciso a colaboração da escola, para a formação ética nas ações do cotidiano,
nas formas de relação entre os povos, etnias, grupos sociais, no meio ambiente, na
luta contra a violência, o racismo a segregação social e os direitos humanos.
Em um período em que as políticas de localização tornam-se necessárias para fazer
frente à existência de movimentos hegemônicos de que a globalização é face visível,
os municípios são espaços de construção de projetos políticos que têm por
finalidade a definição de orientações sobre os processos e prática educativas que
ocorrem em um dado espaço, sendo a razão fundamental a escola pública. Quando
refere se à esfera pública, as funções sociais e competências que a educação
representa, devem ser assumidas pelo Estado e pelo Município, pois a escola
pública é um projeto cultural mediado pelas relações de poder existentes no interior
da comunidade, sendo um projeto cultural que existe para consagrar a realidade
municipal, ou o meio em que os estabelecimentos escolares estão inseridos, como
conteúdo de aprendizagem.
O papel do município na gestão democrática da educação expressa-se não só pela
assunção de competências que lhe são atribuídas, mas também pela reflexão em
torno de orientações que possibilitem que os estabelecimentos de educação infantil
e do ensino fundamental e médio, sejam um espaço plural de construção de
identidades locais.
O município, enquanto espaço de políticas públicas e de poder, forma a
comunidade, forma um espaço uno e plural que traduz as ações cotidianas dos
cidadãos. Do mesmo modo, todo projeto que envolve a educação, expressa uma
política municipal pública que intersecta o mundo cotidiano das pessoas,
principalmente nos aspectos relativos à discussão e resolução de problemas.
A escola contemporânea, diante dos problemas da realidade brasileira, do município
dentro do estado e das necessidades da população propõe-se a um currículo
centrado na formação geral continuada de sujeitos pensantes, críticos, na formação
da cidadania e na formação ética.
Diante dessa realidade, o Colégio Estadual Unidade Polo prevê formação cultural e
científica, possibilidade de contato dos alunos com a cultura, provida pela ciência,
pela técnica, pela linguagem, pela estética e pela ética. Especialmente uma escola
de qualidade, uma escola contra a exclusão econômica, política, cultural e
pedagógica.
Ao apontar as dificuldades encontradas no interior da escola, relacionados à
aprendizagem, propomos: estudar os índices de evasão, pôr em discussão por quê o
aluno sai da escola, discutir os procedimentos metodológicos, o auto conceito, os
46
valores que estão sendo repassados, contradições entre a teoria e a prática, o
processo de avaliação, o enfrentamento de dificuldades com poucos recursos, a
reconstrução permanente do Proposta Política Pedagógica.
Mesmo considerando as dificuldades encontradas, o Colégio, cumpre sua função de
prover a Educação Básica aos jovens educandos amparados pela Lei de Diretrizes e
Bases, a capacidade de ler, escrever, formação científica, filosófica e artística,
desenvolvendo as capacidades cognitivas, articulando sua capacidade de receber e
interpretar informação, com a de reproduzi-la, considerando-se o aluno sujeito do
seu próprio conhecimento; convivendo com a dialética entre o global e o local.
Ainda em respeito ao direito do aluno de aprender, será rigorosamente cumprido o
limite estabelecido de horas e dias letivos previstos no Regimento Escolar em
consonância com o artigo 34 da LDB. Bem como cumprimento rigoroso do horário
de início das atividades desta escola quer seja da aula propriamente dita, ao horário
de trabalho de todos os funcionários desta escola.
“É necessário que se faça da escola um espaço de pesquisa de construção e
reconstrução do conhecimento”. (MOREIRA, 2003)
4.8 ANÁLISE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA
DOCENTE
É imprescindível que no processo ensino-aprendizagem sejam exploradas as
metodologias capazes de priorizar a construção do conhecimento e argumentação
para controlar os resultados deste processo, o desenvolvimento do espírito,
favorecendo a criatividade e a compreensão dos limites e alcance lógico das
explicações propostas. Torna- se necessário uma dinâmica para favorecer não só o
trabalho individual, mas sobretudo o coletivo.
A educação básica tem a função de garantir condições para que o aluno construa
instrumentos que o capacitem para um processo de educação permanente.
Cabe à escola orientar os ensinamentos básicos de moral, ética e convivência
pacífica e construtiva através de palestras e atividades extras, envolvendo os pais e
a comunidade escolar.
Professores, alunos, direção, funcionários e pais são responsáveis pela formação de
uma verdadeira comunidade educativa, empenhada para que aconteçam
47
aprendizagem e formação de atitudes, pois se considera que a escola deve formar
para a cidadania ativa e para o desenvolvimento de uma sociedade caracterizada
pela globalização da economia, das comunicações, da educação e cultura, pelo
pluralismo político.
Os professores nem sempre estão satisfeitos com os resultados alcançados com
seus alunos e se referem aos muitos desprazeres e frustrações devido a falta de
interesse e comprometimento com os estudos, trabalhos que alguns alunos
demonstram, decorrentes de problemas sociais que enfrentam como violência,
desestrutura familiar, desemprego, drogadição e outros, e ainda enfrentam o
problema da rotatividade devido a extensa jornada de trabalho, que dificulta o
trabalho do professor e seu envolvimento com os demais profissionais da escola e
com a família do aluno.
A escola ainda enfrenta o problema de saúde dos trabalhadores da educação, sendo
que a falta de professores e pedagogos afetam diretamente a aprendizagem e
consequentemente a qualidade do ensino ofertado. Esta situação foge do controle
da escola pois não é de sua responsabilidade a substituição deste um profissional.
Diante deste contexto social a atuação em sala de aula, depende da concepção que
o professor tenha de homem, mundo, sociedade, educação, ensino-aprendizagem,
pois educar pressupõe um cuidado especial nos discursos e nas práticas cotidianas.
Por isso é fundamental que o professor reflita permanentemente sobre mecanismos
institucionais, sobre quais teorias fundamentam sua abordagem no processo ensino-
aprendizagem, nas relações assimétricas de poder que envolve o fazer pedagógico,
buscando estabelecer ética e políticas que superem o autoritarismo, através do
diálogo com alunos, pais e com seus pares, compartilhando para uma escola pública
de qualidade.
4.9 A ORGANIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE E FORMAÇÃO CONTINUADA
A hora atividade é o momento ideal para reuniões pedagógicas, conselho de classe,
são espaços privilegiados, para discussão e análise das práticas educativas da
escola. Cada docente faz a sua hora atividade no próprio estabelecimento previsto
pela equipe pedagógica. É oportuno este momento para que o professor possa
reorganizar seu planejamento, rever as tarefas dadas e corrigir as atividades dadas.
Também é a oportunidade de discutir com a pedagoga sobre as dificuldades
encontradas na disciplina e possíveis alternativas para solução.
48
Priorizamos o cumprimento da hora atividade por área, porém nem sempre é
possível respeitar o cumprimento da hora atividade de forma adequada ,, devido a
dificuldade de organizar o horário de aula do professor, uma vez que a maioria dos
professores não são efetivos e trabalham em diversas escolas no município, no
mesmo turno.
A formação continuada: uma das políticas públicas que viabilizam a qualidade da
aprendizagem de todo o alunado é da responsabilidade da mantenedora, da escola
e do próprio profissional em sua função específica para professores, pedagogos,
diretores, funcionários. Contamos com a programação da Secretaria de Estado da
Educação no início do ano letivo, precisamente nos meses de fevereiro e julho no
próprio estabelecimento de ensino e da programação do Núcleo Regional de
Educação de Apucarana para modalidades fundamental e médio.
Para decisão do profissional fica exposto na sala dos professores do Colégio, a
estrutura e a operacionalização de todo o programa de capacitação. O plano
abrange também a APMF por considerar sua importância na Gestão Escolar. A
finalidade é instrumentar a APMF na sua gestão administrativa financeira.
4.10 UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS
Hoje há diversos meios interativos e recursos que estão ao alcance do professor,
que possibilitam uma grande melhoria de suas aulas propiciando uma aprendizagem
mais dinâmica e significativa .
Entre eles estão: TV Multimídia em todas as salas de aulas, DVD, Data Show,
laboratório de informática, aparelhos de som, rádios, DVDs educacionais de todas as
disciplinas.
O uso do laboratório de informática e da biblioteca são recursos que enriquecem as
aulas dos professores e melhora a qualidade de ensino da escola.
As quadras poliesportivas tornam a as aulas de Educação Física mais prazerosas
para o aluno e permitem o desenvolvimento de outras atividades propostas pela
escola, com a escolinha de futsal e de voleibol.
Trabalhar nestes espaços depende exclusivamente do planejamento do professor,
sendo que na biblioteca e no laboratório de informática há uma pessoa habilitada
para auxiliar professores e alunos, conforme a necessidade de cada um.
49
Para propiciar um lugar adequado para os professores planejarem suas aulas temos
a sala de hora atividade.
A sala dos professores, utilizada é equipada com televisão, vídeo e DVD, para
propiciar um momento agradável aos professores, nos intervalos de aula.
Os alunos ainda podem contar com um amplo refeitório, onde tomam o lanche de
maneira adequada.
4.11 RELAÇÃO DE BENS MÓVEIS
RELAÇÃO GERAL
Sistema de monitoramento por câmeras setorizado no corredor administrativo, pátio
central, corredores de salas de aula, uma sala de aula, biblioteca, cozinha, refeitório,
entrada da rua pavão, entrada da rua rolinhas, extintores.
SECRETARIA
- 06 mesas
- 06 cadeiras
- 07 estantes de aço
- 02 ventiladores
- 04 arquivos de aço
- 04 mesas para microcomputadores
- 03 micromputadores
- 04 monitores
- 02 impressoras
DIREÇÃO
- 01 mesa
50
- 03 cadeiras
- 01 gaveteiro com 03 gavetas
- 01 ventilador
DIREÇÃO AUXILIAR
- 01 mesa
- 03 cadeiras
- 01 ventilador
- 01 computador
- 01 armário semi-aberto
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA/HORA-ATIVIDADE I
- 04 mesas
- 05 cadeiras
- 01 ventilador
-01 computador
SALA DE MATERIAIS PEDAGÓGICOS
- 64 armários (guarda volume)
- 05 arquivos de aço
- 01 mesa para computador
- 02 monitores
- 01 ventilador
COORDENAÇÃO PEDAGOGICA II
- 01 mesa
- 01 mesa para computador
51
- 01 ventilador
- 03 cadeiras
Divisórias de Estudo
- 01 bancada de granito com 04 cadeiras
SALA DO PROFESSOR
- 13 poltronas fixas estofadas sem braço
- 01 mesas de granito
- 01 geladeira
- 01 ventilador
- 01 televisão 29 polegadas LCD
- 01 DVD
- 01 bebedouro elétrico
01 sirene digital/manual
CANTINA
- 01 frigobar
- 01 microondas
- 02 estufas
PATIO CENTRAL
- 01 bebedouro elétrico com água filtrada e 03 torneiras
BIBLIOTECA
- 01 mesa grande
- 016 fone de ouvido
- 016 webcan
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- 30 prateleiras de madeira
- 16 monitores
- 16 teclados
- 16 mouse
- 04 divisórias de estudo
- 09 mesas de informática
- 02 ventiladores
- 01 aspirador de pó
- 01 balcão
- 45 cadeiras
SALA DE AULA
- 80 jogos de carteiras/cadeiras novos
- 220 jogos de carteiras/cadeiras em bom estado
- 100 jogos de carteiras/cadeiras em péssimo estado
- ventiladores de parede 02 por sala
- 13 TV pendrive
- 16 mesas com cadeira para professor
LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA
- 20 computadores
- 04 CPU
- 10 mesas amarelas para microcomputadores
- 20 cadeiras giratórias
- 02 mesas para ADM (impressora/computador)
- 01 computador
- 01 impressora
53
- 01 ventilador
- 01 armário de aço
- 01 data show
- 03 DVD
- 03 rádios portátil com cd
SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO 1
- 01 ventilador
- 01 notebook
- 01 computador (monitor 42 polegadas) com dois teclados
- 01 impressora
- 02 mesas para computador
- 01 mesa com cadeira para professor
- 70 tipos de jogos pedagógicos diferenciados
- 01 mesa redonda com 04 cadeiras fixas
- 02 cadeiras giratórias
- 01 armário de aço com 02 portas
LABORATÓRIO DE FÍSICA, QUIMICA, BIOLOGIA e CIÊNCIAS
- 40 banquenta alta de fórmica
- 01 balança plataforma digital
- 01 estadiometro portatil para transporte
- 01 mesa com cadeira para professor
- 06 mesas
- 02 armários de aço
- 01 microscópio
- 01 esteriomicroscópio trinocular
54
- 01 microscópio biológico trinocular
- 10 lupas manuais
- lâminas permanentes para microscopia, grande variedade de tubos de ensaio,
- termômetros, pinças, copos de backer para experiências.
COZINHA
- 15 mesas para refeitório com 02 bancos
- 01 fogão industrial 04 bocas alta pressão com forno
- 01 multiprocessador de alimentos
- 01 batedeira industrial
- 01 batedeira doméstica
- 01 liquidificador doméstico
- 02 geladeiras
- 02 freezer
- 02 cilindros de gás
- 01 bebedouro elétrico com água filtrada e 04 torneiras
- 01 extintor
- 04 ventiladores
4.12 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA ESCOLA
A escola participa de atividades articuladas com a SEED como: jogos escolares,
Exposição de atividades do CELEM, Exposição de atividades envolvendo História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana, Centenário do Poeta e compositor Vinícius de
Moraes. Também desenvolve atividades com parceria da APMF, como a escolinha
de basquetebol masculino, que tem sido uma forma de incentivar os alunos para os
jogos escolares, que tem trazido ótimos resultados para a escola.
55
Há também atividades desenvolvidas na área de Artes, Língua Portuguesa e
História.
Foram propostas duas novas atividades, uma voltada sobre prevenção de
drogas e outra desenvolvida pela equipe multidisciplinar sobre Cultura Afro. Estas
atividades estão detalhadas nesta proposta em anexo.
O trabalho sobre o Meio Ambiente é de fundamental importância, sendo
assim, o Colégio desenvolve uma Gincana Anual envolvendo todas as turmas, com
provas a serem cumpridas no decorrer do ano, proporcionando aos alunos, além da
conscientização, ações que promovam a qualidade de vida de todos.
Com a ampliação de carga-horária de Língua Portuguesa e Matemática, os
Professores dessas duas disciplinas estão realizando um trabalho voltado aos
conteúdos básicos 01 aula por semana , melhorando assim a aprendizagem dos
alunos no SAEP e Prova Brasil.
5. MARCO CONCEITUAL
Os processos de globalização do mundo econômico e da mundialização da cultura,
desencadeados pela sociedade tecnológica em que vivemos, recolocam as
questões da sociabilidade humana em espaços cada vez mais amplos, trazendo
questões de identidade pessoal e social cada vez mais complexas.
Nas últimas décadas, novas formas de convivência humana foram se
desenvolvendo, novos paradigmas foram colocados, dessa forma busca-se um novo
modelo explicativo da sociedade atual.
O conhecimento do homem é continuamente transformado pelas novas informações
que ele recebe e pelas experiências pelas quais passa no mundo de hoje.
A escola, a instituição que propicia ao indivíduo a formação integral, transmitindo-lhe
valores éticos e morais aliados ao conhecimento científico e cultural, deve contribuir
para uma cultura mais ampla, desenvolvendo meios para interpretarem fatos
naturais e compreenderem procedimentos e equipamentos de cotidiano social e
profissional, proporcionando o entendimento histórico da vida social e produtiva. No
contexto em que o homem é um ser que interage socialmente, faz-se necessário que
a educação conduza o processo ensino-aprendizagem de forma a auxiliar no
desenvolvimento da autonomia e da capacidade de pesquisa para que, o homem
possa adaptar-se à realidade.
56
Daí a necessidade de se assegurar maior flexibilidade à construção do currículo, à
metodologia empregada para seu desenvolvimento, bem como os processos de
avaliação.
5.1. CONCEPÇÃO DE VALORES
Todas as sociedades buscam desenvolver meios de preservar suas formas
constituídas de viver coletivamente.
O caráter social dos seres humanos é um processo, uma construção, da qual
participa cada indivíduo nas relações com os outros. Ao agir no mundo, construindo
sua vida, na relação com os outros, o ser humano o faz com vistas na sua
expectativa de vida, sendo que os diversos valores, normas e modelos de
comportamento que o indivíduo compartilha, nos diferentes meios sociais a que está
integrado ou exposto, colocam-se em jogo nas relações diárias. E a escola,
instituição pela qual espera-se que passem todos os membros da sociedade, veicula
valores na vida das pessoas e encontra seu limite na legitimidade que cada um dos
indivíduos e a própria sociedade que conferem a ela.
Portanto, nesta escola, como um espaço de práticas sociais, os alunos não apenas
entram em contato com valores determinados, também aprendem a estabelecer
hierarquia entre valores, ampliando sua capacidade de julgamento e a consciência
de como realizar suas escolhas. É também um lugar onde cada aluno encontra a
possibilidade de se instrumentalizar para a realização de seus projetos de vida.
E, assim esta escola busca formar um aluno que saiba compreender sua cidadania
como participação social e política, compreendendo seus direitos e deveres políticos,
civis e sociais, adotando atitudes de respeito, justiça e verdade. Portanto, o convívio
nesta escola será organizado de maneira que os conceitos acima citados sejam
vivenciados e compreendidos pelos alunos como aliados à perspectiva de uma vida
ideal.
O respeito se traduz pela valorização de cada indivíduo em sua singularidade. E
ganha seu significado mais amplo, quando se realiza como respeito mútuo: ao dever
de respeitar o outro, articula-se o direito, a exigência de ser respeitado.
O respeito traz consigo, as ideias de individualidade e alteridade, ou seja, cada
indivíduo deve ter a consciência de que o que cada pessoa faz de si própria revela-
se na presença do outro como constituinte de sua existência social.
57
O respeito é condição primordial para que haja uma convivência harmoniosa em
qualquer ambiente social.
No que se refere ao ambiente escolar, o convívio com respeito é a melhor
experiência que pode ser oferecida aos alunos. Esse valor se traduz no tratamento
que se é dado aos conteúdos escolares, tendo em vista o respeito ao direito do
aluno de aprender dentro de sua individualidade, e as relações de convivência diária
da escola que envolve todos os membros da comunidade escolar.
Esse direito só pode ser usufruído pelo aluno quando o mesmo é visto como sujeito
ativo e participativo do seu conhecimento, valorizado na sua identidade e
diversidade. Neste sentido, o professor planejará suas aulas tendo em vista o
conteúdo como um meio de desenvolver competências e valores, portanto, será
trabalhado de forma contextualizada.
Partindo do pressuposto que o respeito deve ser mútuo, esta escola visa
desenvolver através de exemplos, atitudes e valores que venham corroborar para a
mudança de postura dos alunos. Atitudes estas que poderão ser observadas no
aluno através do cumprimento de horários de aulas e de tarefas, na valorização e
conservação do bem comum, no tratamento respeitoso com professores, colegas e
funcionários desta escola, e que estas atitudes possam repercutir na vida do aluno,
transformando o ambiente em que vive.
A justiça é importante na formação do cidadão quer seja no convívio social ou na
vida política.
No convívio social a importância da justiça está nos questionamentos que se faz
sobre atitudes tomadas que afetam a vida das pessoas, enquanto que na vida
política a importância da justiça está em formar uma sociedade democrática e justa,
inspirada nos ideais de igualdade e equidade.
O princípio da justiça traduz-se na busca de igualdade de direitos e de
oportunidades, considerando as condições concretas das situações e dos sujeitos
envolvidos para o julgamento do que é justo ou injusto. Neste contexto, essa escola
busca contribuir para que os alunos desenvolvam a capacidade de se pautarem pelo
princípio da justiça de modo autônomo, uma vez que a escola deve compreender a
justiça com clareza e imparcialidade, pois só assim apontará o caminho correto para
alunos que estão em fase de construção de valores.
Um outro valor de suma importância é a verdade, pois sem ela não se encontra nem
o respeito e muito menos a da justiça. Pois quem acredita na justiça de uma pessoa
que falta com a verdade, ou como podemos respeitar uma pessoa que utiliza de
mentira para se fazer respeitar. Acreditamos que ao forcejar esses valores
estaremos contribuindo para a formação do cidadão quer seja no convívio social ou
na vida política.
58
Os valores são desenvolvidos e praticados de forma democrática contribuindo para
melhorar e aperfeiçoar a escola, oportunizando ao aluno a autonomia e o empenho
em eliminar todas as formas de intolerância e exclusão dos outros, combatendo o
racismo, o ódio em relação aos imigrantes e desfavorecidos, a exclusão religiosa, as
atitudes machistas ou excludentes baseadas no sexo.
A formação que se proporciona nas escolas deve permitir que os alunos elaborem
suas próprias opiniões.
Este é um dos desafios da educação escolar: reforçar a lucidez, proporcionar hábitos
e ferramentas intelectuais que ajudem a compreender as implicações de nossa ação
e seu significado no que se refere a grandes princípios como solidariedade, justiça,
democracia, respeito às diferenças ou ao meio ambiente.
A educação para a cidadania e a solidariedade passa por uma imensa
democratização da educação escolar, uma elevação do nível de informação e de
reflexão de todos, quaisquer que sejam a profissão e a condição social em seu
horizonte.
“A luta por uma escola para todos somente poderá ser consequente quando a
escola for, além de um local de aprendizagem, um local de tomada de consciência e
de luta contra as desigualdades sociais em estreita relação com os movimentos
sociais emancipatórios, quando então a escola encontrará seu lugar
formativo/instrutivo do nosso tempo. Além de conteúdo, a escola deve ensinar novas
relações com as pessoas e com a natureza. Um dos objetivos da escola é a
identificação de problemas que afetam a qualidade de vida dos seus alunos e do seu
entorno, para que juntos escola e comunidade escolar busquem solucioná-los a
partir de discussões que favoreçam a difusão de saberes, pois é importante que
todos participem ativamente em todos os níveis pertinentes dos processos de
tomada de decisões, pois eles afetam sua vida atual e têm repercussões em seu
futuro.” (AGENDA 21)
Os conhecimentos e competências cognitivos e sociais que se quer desenvolver nos
alunos do ensino remetem à educação como construtora de identidades
comprometidas com a busca da verdade, da justiça e para fazê-lo com autonomia
precisa desenvolver a capacidade de aprender, como estabelece a LDB, no seu Art.
35: “...o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação
ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico”.
O desenvolvimento do conhecimento e da competência intelectual dá acesso a
significados sobre o mundo físico e social e dão sustentação à análise, à
59
prospecção, à solução de problemas, à capacidade de tomar decisões. A
adaptabilidade a situações novas, á arte de dar sentido a um mundo em mutação.
Um dos grandes desafios, do século XXI, é construir uma nova identidade planetária
formada por múltiplas pertinências, que precisam ter uma convivência responsável.
É um objetivo complexo, como toda organização social atual, que envolve a escola e
as diferentes instâncias da sociedade.
5.2. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
Com as mudanças relacionadas ao processo de globalização de economia
capitalista, ocorridas no plano sócio-político e econômico, a dinâmica e a estrutura
familiar vêm sofrendo cada vez mais interferências e consequentes modificações em
seu padrão tradicional de organização. Assim, o conceito de família deve ser
entendido em um âmbito diversificado e em constante movimento.
Estamos caminhando na direção de um mundo interdependente no qual qualquer
fato que ocorra em uma determinada região terá influência no restante do planeta. A
modernidade experimenta uma progressiva interpenetração entre o nacional e o
internacional, o global e o local.
Cada vez mais a sociedade e a escola precisam estar em interlocução constante,
uma e outra interagindo na busca de uma sociedade justa, superando os paradoxos
ocasionados pela globalização. Ao mesmo tempo em que está conectada com as
tendências mundiais, a escola deve estar sintonizada com a comunidade na qual
está inserida, falando sua linguagem e lidando com as questões próprias desse
ambiente.
A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no trabalho concreto
dos homens que criam novas possibilidades de cultura e do agir social a partir das
contradições geridas pelo processo de transformação da base econômica.
Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como funciona a sociedade
não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis históricas que
regem o desenvolvimento da sociedade.
A nova sociedade decorrente das revoluções tecnológicas e seus desdobramentos
na produção e na área da informação requerem cada vez mais competências
desejáveis ao pleno desenvolvimento humano e à qualificação do profissional na
indústria.
60
O compromisso de uma sociedade democrática e com a extensão da cidadania,
associa os conhecimentos à concepção de uma educação para a liberdade, que
proporcione autonomia e desalienação, tendo por base a humanização dos
processos sociais.
Atualmente se vive numa sociedade consumista, elitista, geradora de violência, onde
se acentuam as diferenças entre as classes sociais, permitindo que haja no país a
bipolaridade social.
Diante de uma sociedade excludente e injusta, busca-se resgatar os valores morais
e éticos para que esta seja mais justa, igualitária, digna, onde os cidadãos tenham
participação nas decisões das normas que regem o país e que realmente as leis
sejam cumpridas na íntegra.
Para contribuir no processo de superação da discriminação e da construção de uma
sociedade livre e fraterna, cabe ao processo educacional, desenvolver atitudes e
valores voltados para a formação de novos comportamentos, atitudes e
conhecimentos que cooperem na transformação da situação atual.
Através da educação, o indivíduo se torna mais consciente de suas raízes a fim de
dispor de referências que lhe permitam situar-se no mundo.
A missão centra-se na classe popular de baixa renda, onde a falta de oportunidades
gera a fome e a violência e que a sociedade vigente marginaliza, exclui ignorando o
direito de cidadania.
O conceito de família deve ser entendido em um âmbito diversificado e em constante
movimento. As transformações fazem parte do processo de re-estruturação que a
família tem sofrido, o qual pode fragilizar o sentimento de segurança das pessoas,
com a falta ou a diminuição da sociedade familiar, a falta de estabilidade econômica
e emocional que interfere e desestrutura a vida dos filhos.
A meta desta instituição é formar um cidadão crítico, sujeito de sua história e
participativo, numa sociedade onde é capaz de interferir para adaptar o que aprende
mantendo seu espírito de coletividade e construir seu próprio
conhecimento,incentivando a prática pedagógica fundamentada em diferentes
metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem e de avaliação,
que permitam aos professores e estudantes, contextualizarem-se da necessidade de
uma transformação emancipadora. ( MÉSZAROS,2007)
5.3. CONCEPÇÃO DE HOMEM/CIDADÃO
“A cidadania é um processo histórico-social que capacita a massa humana a forjar
condições de consciência, de organização e de elaboração de um projeto e de
61
práticas no sentido de deixar de ser massa e de passar a ser povo, como sujeito
histórico transformador de eu próprio destino.” (BOFF, 2000)
Reafirmando a citação, a construção da cidadania envolve um processo ideológico
de formação de consciência pessoal e social e de reconhecimento desse processo
em termos de direitos e deveres.
O grande desafio histórico é dar condições ao povo brasileiro de se tornar cidadão
consciente, organizado e participativo do processo de construção político-social e
cultural.
Considerando o homem um ser social ele atua e interfere na sociedade com o outro,
nas relações familiares, comunitárias produtivas e também na organização política,
garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas esferas da sociedade.
O homem como sujeito da sua história, compreende suas condições existenciais,
transcende-as e reorganiza-as, superando a condição de objeto, caminhando na
direção de sua emancipação participante da história coletiva.
Segundo Saviani (1992), o homem é um ser natural e social, ele age na natureza,
transformando-a segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de
transformação, ele envolve múltiplas relações em determinado momento histórico
assim, acumula experiências e em decorrência destas, ele produz conhecimentos.
Sua ação intencional é planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais
e não materiais que são apropriados de diversas formas pelo homem.
A sociedade globalizada prioriza o cidadão criativo, inventivo, qualificado para o
trabalho e apto para a produtividade e quem não estiver dentro destes parâmetros,
pode estar fadada à exclusão social, através do desemprego.
O sistema educativo tem por missão preparar cada indivíduo ao longo de toda a vida
para participar ativamente num projeto de uma sociedade responsável e solidária. O
essencial é a mudança de atitude, de postura da escola e do professor.
A escola tem o propósito de preparar o aluno para elaborar pensamentos autônomos
e críticos, formular seus próprios juízos de valor; traçar sue projeto de vida para
atuar dignamente na família, na escola e na sociedade. Deve aprender
precocemente informações para que ele possa perceber as necessidades do mundo
globalizado e que, ao iniciar uma atividade, que a mesma tenha terminalidade no
estudo, no trabalho e no mundo tecnológico.
O papel da escola nessa concepção de cidadão é de contextualizar a aprendizagem
sobre o saber do senso comum como ponto de partida para aperfeiçoar novos
conhecimentos sistematizados e possa compreender e aplicar o conhecimento
62
científico, filosófico e artístico, assumindo assim o papel de cidadão como agente
transformador.
De posse de alguns conhecimentos herdados culturalmente, o sujeito deve entender
que isso não é todo conhecimento possível para a inteligência que ele tem e é capaz
de ter do mundo, e que existe uma consciência, uma necessidade intrínseca e
natural de continuar explorando o não saber, a natureza. CHAUI,1997)
O condicionamento da realidade sobre a consciência do sujeito só poderá avançar
quando se tentar concretizá-la e transformar objetivamente a realidade.
“São os sujeitos que fazem a transformação na história, pela ação organizada e
coletiva do mundo, embora sob condições que herdaram e não escolheram”.
(MARX, 1986)
5.4. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO/ESCOLA
A identidade de uma escola é atrelada a identidade de seus segmentos. Não se
pode pensar em um estabelecimento de ensino sem pensar em seus professores,
alunos e funcionários. Quem são eles? Quais são suas posturas diante da vida? O
que fazem para que a instituição seja reconhecida e tenha referência positiva?
As gerações passadas, outorgaram à escola o privilégio de ser o lugar destinado a
educação. Mas, atualmente esse título se tornou insignificante, pois o mundo tem se
transformado numa trama complexa de sistemas aprendentes, de ambientes que
propiciam experiências de conhecimento.
Mergulhamos em tão pouco tempo na sociedade da informação, na era das redes e
sua interferência ou não na empregabilidade e exclusão social do indivíduo, essa
sociedade é irreversível e com certeza não espera por ninguém.
Será que a escola terá algum dia condições necessárias e suficientes dentro da
lógica que o mercado requisita de modo cada vez mais exigente com relação a
competência, criatividade e a produtividade de acompanhar com tamanha rapidez e
com êxito essa sociedade?
Neste contexto, a privação da educação, por mais insuficiente que seja, se tornou
uma causa mortis inegável, todavia, ninguém terá sucesso e mesmo manter-se nele
numa sociedade se não tiver flexibilidade adaptativa.
Ciente de seu papel e consciente de que não é a única instância educativa, a escola,
deve formar indivíduos que saibam o que querem e queiram o que reconheçam
63
como correto e verdadeiro, exercendo constantemente sua auto-definição em busca
da felicidade individual e coletiva, propiciando experiências de aprendizagem,
reconhecíveis como tais pelos sujeitos envolvidos.
Essa educação deve buscar a qualidade, isto é, desenvolver o processo crítico de
aprendizagem de seus educandos, incentivando a permanência dos mesmos no
sistema, e evitar a sua reprovação e a sua evasão. Priorizando e empenhando pela
melhoria contínua dos processos pedagógicos, técnicos e administrativos da escola.
Para uma educação de qualidade, é importante destacar que nas abordagens das
disciplinas, todas devem estruturar-se nos mesmos princípios epistemológicos e
cognitivos. Princípios estes que são critérios de sentido, que organizam a relação do
conhecimento com as orientações para avida como prática social, servindo inclusive
para organizar o saber escolar. O aprofundamento deste conhecimento é necessário
para a compreensão da totalidade e para a formação do estudante, no
enfrentamento com vistas à transformação da realidade social, econômica e política
do seu tempo. (GRAMSCI).
Portanto, almejamos a efetivação de uma escola onde possamos construir as
nossas regras, fazendo das mesmas a expressão das nossas aspirações e
expectativas; um lugar em que há concepção, efetivação e avaliação de projeto
educativos, visto que o trabalho pedagógico que construímos deve atender aos
interesses, às expectativas e principalmente às necessidades da clientela que
atendemos, e isso implica no profundo conhecimento de nosso alunado, adaptando
mudanças sempre que nossos educandos assim exigirem, e estarmos sempre de
acordo com nosso tempo e nosso espaço. Pois, a sociedade não quer simplesmente
que a criança, o adolescente e o jovem vão a escola, quer que ela/ele vá a escola
para aprender o que tem de aprender, no momento em que tem de aprender, mas
que também seja feliz. A felicidade sintetiza a grande aspiração que a sociedade
tem com relação á escola. Para que isso aconteça necessitamos de um canal
permanentemente aberto de comunicação com alunos e comunidade.
Diante disso, compreendemos que o sucesso de nossa escola só poderá ser
visualizado através do sucesso de nossos educandos.
O maior desafio da educação é investir numa escola expandida fora de seus limites,
totalmente integrada à sociedade, onde todo o sistema deve ser centrado no
desenvolvimento do caráter dos valores e na formação de cidadãos conscientes,
capazes de ajudar a criar uma sociedade melhor para todos. Para tanto, o ensino
deve ser voltado aos que estão comprometidos com a educação, assegurando que
estejam aprendendo tudo que acontece ao seu redor, os erros, os acertos, as coisas
que observam na sua realidade e estarem continuamente evoluindo e aprendendo.
64
5.5. CONCEPÇÃO DE CIÊNCIA/CONHECIMENTO
A ciência nasce da necessidade de explica os fatos observados de forma
sistematizada utilizando métodos.
Para Andrey (1980):
“A ciência é uma das formas do conhecimento produzido pelo homem no decorrer de
sua história. Portanto, a ciência também é determinada pelas necessidades
materiais do homem em cada momento histórico, ao mesmo tempo que nela
interfere”.
O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das condições
sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que representam as
necessidades do homem a cada momento, implicando necessariamente nova forma
de ver a realidade, novo modo de atuação para obtenção do conhecimento,
mudando, portanto a forma de interferir na realidade. Essa interferência traz
consequências para a escola, cabendo a ela garantir a socialização do
conhecimento que foi expropriado do trabalho nas suas relações. Conforme Veiga
(Veiga, Ilma Passos, Projeto político da escola: uma construção coletiva - 1995,
p,27).
No decorrer da história, a ciência está sempre presente para reproduzir ou
transformar. Na sociedade capitalista, o conhecimento científico é produzido de
forma desigual, estando a serviço de interesses políticos, econômicos e sociais do
processo histórico, não atingindo a totalidade da população.
A escola tem a função social de garantir o acesso de todos aos saberes científicos
produzidos pela humanidade. Nereide Saviani afirma que “a ciência merece lugar
destacado no ensino como meio de cognição e enquanto objeto de conhecimento”,
ou seja, ao mesmo tempo em que eleva o nível de pensamento dos estudantes,
permite-lhes o conhecimento da realidade, o que é indispensável para que não
apenas conheçam e saibam interpretar o mundo em que vivem, mas com isto
saibam nele atuar e transformá-lo.
Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre os
homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas relações sociais
mediadas pelo trabalho.
Ainda neste sentido, Andery (1988, p. 15) confirma que:
65
"Nesse processo do desenvolvimento humano multideterminado e que envolve inter-
relações e interferências recíprocas entre idéias e condições materiais, a base
econômica será o determinante fundamental".
Assim sendo, o conhecimento humano adquire diferentes formas: senso comum,
científico, teológico e estético, pressupondo diferentes concepções, muitas vezes
antagônicas que o homem tem sobre si, sobre o mundo e sobre o conhecimento.
"O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do conhecimento
cientifico, que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos alunos". Dessa forma,
o conhecimento escolar é resultado de fatos, conceitos, e generalizações, sendo
portanto, o objeto de trabalho do professor.
Para Boff:
“Conhecer implica pois, fazer uma experiência e a partir dela ganhar consciência e
capacidade de conceitualização. O ato de conhecer, portanto, representa um
caminho privilegiado para a compreensão da realidade, o conhecimento sozinho não
transforma a realidade; transforma a realidade somente a conversão do
conhecimento em ação.” (Boff, 2000, p. 82 ).
O conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no social gerando
mudanças interna e externa no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma
intencionalidade.
Portanto, há de se ter clareza com relação ao conhecimento escolar, pois como
destaca Severino:
"educar contra-ideologicamente é utilizar, com a devida competência e criatividade,
as ferramentas do conhecimento, as únicas de que efetivamente o homem dispões
para dar sentido às práticas mediadoras de sua existência real” (1998, p.88).
No processo de conhecimento o educando, vai se apropriar de um saber que é
histórico-cultural, partilhado por um grande número de elementos e isto será uma
experiência peculiar, sendo que a aprendizagem, o conhecimento construído pelo
aluno terá sempre também um caráter pessoal, intransferível.
O condicionamento da realidade sobre a consciência do sujeito, só poderá avançar
quando se tentar concretizá-la, transformando objetivamente a realidade.
Cabe à escola desenvolver o conhecimento espontâneo, encaminhando-o a níveis
abstratos, formais, sistematizados valorizando as potencialidades cognitivas e
66
afetivas básica do contexto do aluno, para compreensão do saber escolar e atingir o
saber científico, num processo permanente de formação de capacidades intelectuais
superiores.
A concepção crítica de educação está necessariamente condicionada ao formato
disciplinar, à forma como o conhecimento é produzido, selecionado, difundido e
apropriado em áreas que dialogam, mas que constituem-se em suas
especificidades.
Entende-se a escola como espaço do confronto e do diálogo entre conhecimentos
os conhecimentos sistematizados e os conhecimentos do cotidiano popular. Estas
são as fontes sócio-históricas do conhecimento em sua complexidade.
Se quiser que se altere a ação do sujeito, é preciso agir sobre o desejo, a
necessidade, o saber e o ter, e isso só se dará pelo saber, porque é o recurso de
que dispomos enquanto equipamento de consciência.
5.6 CONCEPÇÃO ENSINO/APRENDIZAGEM
A educação escolar tem finalidades, metas, objetivos a serem alcançados, não é um
processo em que está implícita uma diretividade permeada pela interação entre os
elementos participantes que devem atuar como sujeitos.
Entende-se educação escolar como a tarefa de procurar motivar, despertar o desejo,
bem como buscar a interação dos desejos de professores e alunos visando a
formação e a construção dos seus agente.
Para haver o encontro educativo é necessário que as pessoas estejam em busca de
algo, objetivando alguma coisa e que reciprocamente essas finalidades possam, de
alguma forma, interagir, ter algo em comum.
|“A realidade é o grande desafio da prática, sendo seu ponto de partida, seu
elemento de trabalho e seu destino mesmo porque o homem só se realiza mudando
sua realidade. Assim, a educação escolar tem também em princípio esta função de
ao partilhar melhores condições de vida às novas gerações” (VASCONCELOS,
2001).
A aprendizagem se faz organizadamente com a poupança dos esforços pessoais,
em virtude da descoberta e difusão das técnicas de transmissão direta, oral ou
escrita do conhecimento entre os indivíduos ou entre gerações, o que supõe caráter
coletivo e social do conhecimento.
67
A escola é uma instância educativa criada pela sociedade e constituída em função
dela própria, que tem o papel peculiar de formar o indivíduo propiciando ao mesmo
condições para manipular e articular conhecimentos a favor da transformação da
sociedade na qual está inserido.
Ela é um lugar com diversas dimensões: a pedagógica, a administrativa, a política, a
social, a cultural e a humana. Cada uma corresponde a determinados espaços de
ação. A pedagógica tem por finalidade atender as questões relacionadas ao
processo ensino-aprendizagem: a administrativa zela das questões de infra-estrutura
e de pessoal; a política desenvolve o processo democrático, isto é a tomada de
decisão; a social, do relacionamento entre a instituição e a sociedade; a cultural
imprime identidade social-cultural: a humana corresponde aos sentimentos,
conceitos e preconceitos existentes em cada ser humano componente da
comunidade escolar.
O ponto nevrálgico da nossa escola é o pedagógico e as questões administrativas
são atividades–meios para a sua efetivação, mas para que a dimensão pedagógica
aconteça com êxito é necessário que o funcionamento interligado das outras
dimensões ocorram harmoniosamente, tendo como alvo maior a criação da
sensibilidade necessária para formar seres humanos que consigam manter de forma
flexível e adaptativa, a dinâmica de continuar aprendendo e vivendo em sociedade.
As relações humanas, embora complexas, são peças fundamentais na realização
comportamental e profissional de um indivíduo. Desta forma, a análise dos
relacionamentos entre professor/aluno envolve interesses e intenções, sendo esta
interação o expoente das consequências, pois a educação é uma das fontes mais
importantes do desenvolvimento comportamental e agregação de valores nos
membros da espécie humana.
Neste sentido, a interação estabelecida caracteriza-se pela seleção de conteúdos,
organização, sistematização didática para facilitar o aprendizado dos alunos e
exposição onde o professor demonstrará seus conteúdos.
Segundo GADOTTI (1999: 2), o educador para pôr em prática o diálogo, não deve
colocar-se na posição de detentor do saber, deve antes, colocar-se na posição de
quem não sabe tudo, reconhecendo que mesmo um analfabeto é portador do
conhecimento mais importante: o da vida.
Desta maneira, o aprender se torna mais interessante quando o aluno se sente
competente pelas atitudes e métodos de motivação em sala de aula. O prazer pelo
aprender não é uma atividade que surge espontaneamente nos alunos, pois, não é
uma tarefa que cumprem com satisfação, sendo em alguns casos encarada como
obrigação. Para que isto possa ser melhor cultivado, o professor deve despertar a
curiosidade dos alunos, acompanhando suas ações no desenvolver das atividades.
68
O professor não deve preocupar-se somente com o conhecimento através da
absorção de informações, mas também pelo processo de construção da cidadania
do aluno. Apesar de tal, para que isto ocorra, é necessária a conscientização do
professor de que seu papel é de facilitador de aprendizagem, aberto às novas
experiências, procurando compreender, numa relação empática, também os
sentimentos e os problemas de seus alunos e tentar levá-los à auto-realização.
De modo concreto, não podemos pensar que a construção do conhecimento é
entendida como individual. O conhecimento é produto da atividade e do
conhecimento humano marcado social e culturalmente. O papel do professor
consiste em agir com intermediário entre os conteúdos da aprendizagem e a
atividade construtiva para assimilação.
O trabalho do professor em sala de aula, seu relacionamento com os alunos é
expresso pela relação que ele tem com a sociedade e com cultura.
ABREU & MASETTO (1990: 115), afirma que:
“é o modo de agir do professor em sala de aula, mais do que suas características de
personalidade que colabora para uma adequada aprendizagem dos alunos;
fundamenta-se numa determinada concepção do papel do professor, que por sua
vez reflete valores e padrões da sociedade”.
Segundo FREIRE (1996: 96):
“o bom professor é o que consegue, enquanto fala, trazer o aluno até a intimidade
do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma cantiga
de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas
e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas
incertezas”.
Logo, a relação entre professor e aluno depende, fundamentalmente, do clima
estabelecido pelo professor, da relação empática com seus alunos, de sua
capacidade de ouvir, refletir e discutir o nível de compreensão dos alunos e da
criação das pontes entre o seu conhecimento e o deles. Indica também, que o
professor, educador da era industrial com raras exceções, deve buscar educar para
as mudanças, para a autonomia, para a liberdade possível numa abordagem global,
trabalhando o lado positivo dos alunos e para a formação de um cidadão consciente
de seus deveres e de suas responsabilidades sociais.
69
5.7 CONCEPÇÃO DE CULTURA/TECNOLOGIA
A cultura é resultado de toda a produção humana segundo Saviani, “para sobreviver,
o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente os meios de sua
subsistência. Ao fazer isso, ele inicia o processo de transformação da natureza,
criando um mundo humano( o mundo da cultura)” (1992).
Todo conhecimento, na medida em que se constitui num sistema de significado, é
cultural.
Silva, afirma em seu texto “tornou-se lugar comum destacar a diversidade das
formas culturais do mundo contemporâneo”. Ao mesmo tempo que se tornam
visíveis manifestações e expressões culturais de grupos dominados, observa-se o
predomínio de formas culturais produzidas e vinculadas pelos meios de
comunicação de massa, nas quais aparecem de forma destacada, as produções
culturais em sua dimensão material e não material.
Toda organização curricular, por sua natureza e especificidade, precisa completar
várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura. Na escola,
em sua prática, há a necessidade de consciência de tais diversidades culturais,
especialmente na sua função de trabalhar as culturas populares de forma a levá-los
à produção de uma cultura erudita, como afirma Saviani “a mediação da escola,
instituição especializada para operar a passagem do saber espontâneo ao saber
sistematizado, da cultura popular à cultura erudita; assume o papel político
fundamental”
A tecnologia tem um impacto significativo não só na produção de bens e serviços,
mas no conjunto das relações sociais e nos padrões culturais.
Segundo Cristina Gomes Machado (2002), o processo educativo há de se revelar
capaz de sistematizar a tendência à inovação, solicitando o papel criador do homem.
É preciso implementar no sistema educacional, uma pedagogia mediante a qual não
apenas reforme o ensinamento, mas que também facilite a aprendizagem.
A tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta sofisticada e alternativa no
contexto educacional, pois a mesma pode contribuir para o aumento das
desigualdades, ou para a inserção social, se vista como uma forma de estabelecer
mediações entre o aluno e o conhecimento de todas as áreas.
Ter no currículo, uma concepção de educação tecnológica, não será suficiente para
o acesso de todos, da Escola Pública, sem que haja uma vontade e ação política
que possibilite investimento para que esses recursos tecnológicos existam e possam
ser ferramenta que contribua para o desenvolvimento do pensar, sendo um meio de
70
estabelecer relações entre o conhecimento científico, tecnológico e sócio-histórico,
possibilitando articular ação, teoria e prática.
Na virada do século, não se trata mais de nos perguntarmos se devemos ou não
introduzir as novas tecnologias da informação e da comunicação no processo
educativo.
Sabemos, entretanto, que os meios, por si sós, não são capazes de trazer
contribuições para a área educacional e que eles são ineficientes se usados como o
ingrediente mais importante do processo educativo, ou sem a reflexão humana.
Mesmo aqueles que defendem a tecnologia, proclamando apenas seus benefícios,
deveriam considerar que a tecnologia educacional deve adequar-se às
necessidades de determinado projeto político-pedagógico, colocando-se a serviço
de seus objetivos e nunca os determinando.
Embora seja verdade que a tecnologia educacional não irá resolver os problemas da
educação, que são de natureza social, política, ideológica, econômica e cultural,
essa constatação não nos pode deixar sem ação frente à introdução das inovações
tecnológicas no contexto educacional. Ainda é preciso continuar pesquisando sobre
o que as novas tecnologias têm a oferecer à educação, para que tenhamos
condições de formar uma visão crítica fundamentada sobre o seu uso.
Nesse processo, o mais importante é considerar essa oportunidade como
fundamental para questionarmos o paradigma tradicional de ensino ainda
hegemônico no contexto educativo. O ideal é aproveitar este momento para
incorporar novos referenciais teóricos à elaboração de materiais didáticos ou à
prática pedagógica até porque as novas tecnologias podem propiciar novas
concepções de ensino-aprendizagem.
Esse deve ser o grande desafio em qualquer projeto de inovação tecnológica na
área educacional. Sabemos que, se a tecnologia não recebe o tratamento
educacional necessário, o alcance do projeto tende a ser efêmero, não alterando o
cotidiano de professores e alunos nem trazendo contribuições ao processo de
ensino-aprendizagem (Candau, 1991).
A introdução de novas tecnologias na educação não implica necessariamente novas
práticas pedagógicas, pois podemos com ela apenas vestir o velho com roupa nova,
como seria o caso dos livros eletrônicos, tutoriais multimídia e cursos a distância
disponíveis na Internet, que não incorporam nada de novo no que se refere à
concepção do processo de ensino- aprendizagem. Dessa forma, as novas
tecnologias são usadas apenas como instrumentos (Pretto, 1996).
O uso das novas tecnologias pode contribuir para novas práticas pedagógicas desde
que seja baseado em novas concepções de conhecimento, de aluno, de professor,
transformando uma série de elementos que compõem o processo de ensino-
aprendizagem. Desde que usadas como fundamento do processo de ensino-
71
aprendizagem e não como mero instrumento, Pretto (1996) admite, numa visão
oposta, que as novas tecnologias podem representar uma nova forma de pensar e
sentir ainda em construção, vislumbrando, assim, um papel importante para elas na
elaboração do pensamento.
Vista dessa perspectiva, a concepção de materiais didáticos que incorporem novas
tecnologias, capazes de oferecer uma re-estruturação do processo de
aprendizagem, depende do esforço de relacionar novas abordagens teóricas sobre a
aprendizagem a seu desenho instrucional.
A incorporação das novas tecnologias da informação e da comunicação na
educação tem consequências tanto para a prática docente como para os processos
de aprendizagem.
Este trabalho restringiu-se ao exame de algumas implicações, de ordem pedagógica,
das inovações tecnológicas sobre a educação, portanto a uma visão parcial da
situação, na medida em que não foram discutidas as condições políticas e sociais
que estruturam as práticas escolares.
Mesmo sem o aprofundamento da questão político-social, não é difícil perceber que
a tecnologia tem um papel de destaque no momento social que estamos vivendo. O
aluno de hoje, de todos os níveis de ensino, com o acesso (maior ou menor) às
novas tecnologias em seu cotidiano, começa a desempenhar um novo papel no
contexto escolar.
A relação entre a tecnologia educacional e a prática pedagógica pode ser de
colaboração, desde que a tecnologia seja subjugada aos objetivos pedagógicos.
Quando guiado pelas necessidades de alunos e professores e, principalmente,
quando calcado em abordagens teóricas sobre a natureza do conhecimento e do
processo de ensino-aprendizagem, é recomendável para aprofundar os
conhecimentos e atingir a totalidade dos conteúdos.
5.8 CONCEPÇÃO DE TRABALHO
Marx distingue o trabalho como um valor intrínseco à vida humana e ao
conhecimento que ele proporciona na relação com a natureza e com os demais,
como um princípio de cidadania, no sentido de participação legítima nos benefícios
da riqueza social das forma históricas alienantes, de exploração do trabalhador,
presentes na produção capitalista.
72
O conceito de mundo de trabalho inclui tanto as atividades materiais, produtivas,
como todos os processos de criação cultural que se geram em torno da reprodução
da vida. Evoca-se com isso o universo complexo que, às custas de enorme
simplificação, reduzimos a uma das suas formas históricas aparentes, tais como a
profissão, o produto do trabalho, as atividades laborais, fora da complexidade das
relações sociais que estão na base dessas ações. Apenas enfocando o trabalho na
sua particularidade histórica, nas mediações específicas que lhe dão forma e sentido
no tempo e no espaço, podemos apreendê-lo ou apreender o mundo do trabalho na
sua historicidade, seja como atividade criadora, que anima e enobrece o homem, ou
como atividade aviltante, penosa ou que aliena o ser humano de si mesmo e dos
produtos de seu trabalho (CIAVATTA, 2004). É a partir desta distinção que
entendemos o trabalho como princípio educativo.
Para a pesquisadora mexicana Ema de León, o ato de empreender a busca do
conhecimento “sustenta-se na interrogação de como o ser humano transcende as
limitações próprias de seu gênero e do ambiente social e natural, para atuar no
curso de sua existência e de seu futuro”. O que torna esse empreendimento “um
processo deliberado de apropriação da realidade, que leva à revelação dos desafios
nos quais a capacidade de atuação pode encontrar seu sentido”.
O trabalho é uma atividade que está “na base de todas as relações humanas,
condicionando e determinando a vida. É (...) uma atividade humana intencional que
envolve forma de organização, objetivando a produção dos bens necessários à
vida”. Nesta perspectiva entender o trabalho com ação intencional, o homem em
suas relações sociais, dentro da sociedade capitalista produz bens. Porém, é preciso
compreender que o trabalho não acontece de forma tranquila, estando
sobrecarregado pelas relações de poder.
Quando produz bens, estes são classificados em materiais ou não materiais. Os
bens materiais são produzidos para posterior consumo, gerando o comércio. Já nos
bens não materiais, produção e consumo acontecem simultaneamente.
No trabalho educativo o fazer e o pensar entrelaçam-se dialeticamente e nesta
dimensão que está posto a formação do homem.
Ao considerarmos o trabalho uma práxis humana, é importante o entendimento de
que o processo educativo é um trabalho não material, uma atividade intencional que
envolve formas de organização necessária para a formação do ser humano.
O conhecimento como construção histórica é matéria-prima (objeto de estudo) do
professor e do aluno, que indagando sobre o mesmo irá produzir novos
conhecimentos, dando-lhes condições de entender o viver, propondo modificações
para a sociedade em que vive, permitindo “ao cidadão-produtor chegar ao domínio
intelectual do técnico e das formas de organização social sendo portanto capaz de
73
criar soluções originais para problemas novos que exigem criatividade, a partir do
domínio do conhecimento”. (KUENZER, 1985, p,33 e 35)
O trabalho e a cidadania são previstos como os principais contextos nos quais a
capacidade de continuar aprendendo deve se aplicar, a fim de que o educando
possa adaptar-se às condições em mudança na sociedade, especificamente no
mundo das ocupações. O aprimoramento do educando como pessoa humana
destaca a ética, a autonomia intelectual e o pensamento crítico.
Os processos produtivos dizem respeito a todos os bens, serviços e conhecimentos
com os quais o aluno se relaciona no seu cotidiano, bem como àqueles processos
com os quais se relacionará mais sistematicamente na sua formação profissional.
Para unir a teoria e a prática, de modos a entender como a prática (processo
produtivo), está ancorada na teoria (fundamentos científico-tecnológico), é preciso
que a escola seja uma experiência permanente de estabelecimento de relações
entre o aprendido e o observado, seja espontaneamente no seu dia-a-dia ou seja
sistematicamente na contexto de suas atividades laborais.
5.9 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
A sociedade em crise busca, hoje, nos espaços educativos, a possibilidade de
formação de indivíduos com uma nova mentalidade, que enxerguem novas pistas
que conduzam à superação dos dilemas sociais e à construção de uma nova forma
de gerenciar os recursos naturais e históricos da humanidade; uma forma mais
adequada socialmente, menos predatória, e mais solidária nas relações entre os
indivíduos e com o planeta.
Nessa perspectiva, o currículo escolar busca as suas fontes de inspiração no saber
e nas necessidades do contexto social. É função da escola, hoje, entre outras,
apresentar ao aluno, com os instrumentos de cada disciplina, as possibilidades de
leitura das dimensões do todo, integrando-as interdisciplinarmente, para uma visão
de complexidade da realidade.
A necessária superação da visão fragmentada de conhecimento pode viabilizar-se
no currículo, integrando as disciplinas para a compreensão da realidade em suas
dimensões. O sistema, o todo, é mais do que a soma das partes, pois emergem
características não contidas nas partes isoladamente; a visão sistêmica passa a ser
o "que rejunta o todo e impulsiona a razão aberta, pois conhecer é sempre rejuntar
uma informação a seu contexto e ao conjunto ao qual pertence" MORIN (1989, p.
33)
74
Ética e cidadania, trabalho e consumo, desigualdades sociais, educação sexual,
educação para a saúde, educação ambiental, informática, tecnologias são
realidades do mundo atual, entre outras, que a escola deve trabalhar, de forma
integrada e interdisciplinar, como ponto de partida para a compreensão da
complexidade dos fenômenos sociais em suas contradições. O seu tratamento no
currículo pode viabilizar um novo rosto aos conteúdos escolares, tendo em vista a
formação para a cidadania.
No exercício da função social da escola, cabe a construção de um projeto político-
pedagógico, expresso no desenvolvimento de um currículo que ajude a
compreender a complexidade dos fenômenos da realidade, articulando-os ao todo
social de que faz parte. A trajetória de transformação da escola historicamente
conservadora e racional para uma escola reflexiva e emancipadora (ALARCÃO,
2001) é um processo de mudança continuado, em construção, em conflito
permanente com a ordem vigente. Exige esforço contínuo, racional, ético, coletivo e
solidário; uma demonstração de que a prática pedagógica é, também, um campo
aberto à formação e (re)construção da cidadania.
No desenvolvimento do currículo, formar alunos reflexivos implica em uma prática
docente reflexiva, de que as instituições escolares são também responsáveis, pois a
construção do projeto político-pedagógico das escolas exige uma permanente
avaliação e formação.
Outro fator intervém a despeito das novas tecnologias, da modernização dos
currículos, da renovação das ideias pedagógicas, o trabalho dos professores evolui
lentamente porque depende pouco do progresso técnico, porque a relação educativa
obedece a uma trama bastante estável e porque as condições de trabalho e sua
cultura profissional instalam os professores em rotinas. É por isso que a evolução
dos problemas e dos contextos sociais não se traduz 'ipso facto' por uma evolução
de práticas pedagógicas. PERRENOUD (1999, p. 12
Um professor reflexivo trabalha com e sobre o pensar da e na prática pedagógica,
em processo continuamente repensado e reconstruído. Ao profissional de educação,
é necessário dar-se tempo e oportunidade de familiarização com os eixos de uma
renovação curricular e com as novas tecnologias educativas; possibilitar-lhe
condições de reflexão sobre o tipo de educação e de currículo a ser desenvolvido,
em função universo social de alunos e professores.
A reflexão no coletivo da escola pode fazer a diferença em relação a possibilidades
de educar para um novo modo de pensar, de construir e de acessar conhecimento
numa sociedade tecnológica.
Para dar conta das mudanças da sociedade , a organização curricular será orientada
por pressupostos indicados a seguir como a visão orgânica do conhecimento,
explicitada nos conteúdos em cada área do conhecimento permitindo ao educando a
75
apropriação desse conhecimento produzido historicamente, de modo a destacar as
múltiplas interações entre as disciplinas do currículo, organizados distintamente na
matriz curricular de cada modalidade de ensino.
A escola dá abertura e tem a sensibilidade para identificar as relações que existem
entre os conteúdos de ensino e as situações de aprendizagem com os muitos
contextos de vida social e cultural, de modo a estabelecer uma relação ativa entre o
educando e o objeto do conhecimento e a capacidade de relacionar o aprendido
com o observado, a teoria com a prática.
A preocupação na transmissão das linguagens e suas tecnologias como forma de
constituição dos conhecimentos e das identidades, é a chave para construção dos
significados, conceitos, relações, condutas e valores que a escola deseja transmitir.
“A escola existe para propiciar a aquisição dos instrumentos que possibilitam o
acesso ao saber elaborado, bem como o próprio acesso aos rudimentos desse
saber. As atividades da escola básica devem se organizar a partir dessa questão. Se
chamarmos isso de currículo poderemos então afirmar que é a partir do saber
sistematizado que se estrutura o currículo da escola, que é o conjunto das atividades
nucleares desenvolvidas pela escola. O currículo é a escola em funcionamento”.
(SAVIANI, Dermeval, 1992).
O Currículo enquanto instrumentalização da cidadania democrática é aquele que
contempla conteúdos e estratégias de aprendizagem, que capacita o ser humano
para a realização de atividades que pertençam aos três domínios de ação humana:
vida em sociedade, atividade produtiva e experiência subjetiva, visando a integração
de homens e mulheres no tríplice universo do trabalho, da simbolização subjetiva e
das relações políticas.(SEVERINO, 1994:100).
O Currículo da Educação Básica, cujo objetivo é a formação geral mais humana do
homem para o exercício da cidadania e, ao mesmo tempo a preparação para sua
inserção no mundo do trabalho, deve ser orientado para uma visão do mundo-
homem-educação, tendo como ponto de partida o seu conhecimento espontâneo.
Os conteúdos curriculares devem oportunizar o desenvolvimento das capacidades
de observar, analisar, comparar, compreender, pesquisar, criticar e de agir,
ultrapassando as fronteiras das disciplinas, em busca da criação ou recriação de
uma nova realidade, num processo contínuo de formação de capacidades
intelectuais superiores.
76
5.10 CONCEPÇÃO DE CONTEÚDO
A idéia de totalidade está presente na idéia de sabedoria. Entretanto, quando se fala
na perspectiva de abrangência da Filosofia, não se pensa num conhecimento da
totalidade. A realidade é, felizmente, muito maior do que o conhecimento que temos
dela. É por isso que estamos sempre em busca. O conhecimento que buscamos, na
Filosofia, é um conhecimento na totalidade. Ainda que façamos um recorte no real,
escolhendo determinado objeto para nossa investigação, queremos vê-lo em seus
diversos ângulos, e mais: procuramos investigá-lo no contexto do qual faz parte,
articulando-o com outros elementos deste contexto.
O primeiro ponto a ser ressaltado é a impossibilidade de se discutira questão dos
conteúdos, desvinculando-os dos outros elementos que compõem o currículo. Se
nos referimos comumente ao conteúdo como o que se ensina, não podemos falar
sobre seu significado deixando de lado c como se ensina, para que se ensina, por
que se ensina e, principalmente, quem ensina e a quem se ensina. (Onde se registra
ensina, leia-se sempre ensina/aprende, garantindo-se a perspectiva dialética da
prática pedagógica.)
Essa relação estreita entre os componentes curriculares, quando esquecida ou
desprezada, gera uma série de equívocos, na medida em que conduz
inadequadamente a uma supervalorização de determinado elemento ou ã oposição
formal entre uns e outros.
O distanciamento entre os conteúdos programáticos e a experiência dos alunos
certamente responde pelo desinteresse e até mesmo pela deserção que
constatamos nas escolas. Conhecimentos selecionados a priori tendem a se
perpetuar nos rituais escolares, sem passar pela crítica e reflexão dos docentes,
tornando-se, desta forma, um acervo de conhecimentos quase sempre esquecidos
ou que não se consegue aplicar, por se desconhecer suas relações com o real.
Constatando essa realidade, a escola busca selecionar os conteúdos levando em
conta sua relevância social e sua contribuição para desenvolvimento intelectual do
aluno, considerando o momento histórico na qual está inserida e a diversidade da
sua clientela.
Atentar-se às influências externas sobre os conteúdos e propor atividades que
favoreçam aprendizagens significativas, ou seja, atividades que estabeleçam
relações entre os conteúdos escolares e os conhecimentos previamente construídos,
que atendam às expectativas, intenções, necessidades e propósitos de
aprendizagens, promovendo o desenvolvimento dos conteúdos de forma efetiva
As atividades serão desenvolvidas, pautadas nos princípios pedagógicos
estruturadores do currículo (interdisciplinaridade e contextualização) e dos
conhecimentos filosóficos, científicos e artísticos .
77
A escola ao tomar para si o objetivo de formar cidadãos capazes de atuar com
competência e dignidade na sociedade, buscará eleger como objeto de ensino,
conteúdos que estejam em consonância com as questões sociais que marcam cada
momento histórico, cuja aprendizagem e assimilação são considerados essenciais
para que os alunos possam exercer seus direitos e deveres. Para isto é necessário
que a instituição escolar garanta um conjunto de práticas planejadas com o
propósito de contribuir para que os alunos se apropriem dos conteúdos de maneira
crítica e construtiva, dentro dos princípios filosóficos, científicos e artísticos para ser
um agente transformador de uma sociedade justa.
A escola deve priorizar os conteúdos que façam sentido para o momento de vida
presente e ao mesmo tempo favoreçam o aprendizado de que o processo de
aprender é permanente.
A análise dos conteúdos exige uma tomada de decisão consciente e eticamente
comprometida, interferindo diretamente no esclarecimento do papel da escola na
formação do cidadão. A contextualização, estabelecendo relações, entre os
conteúdos selecionados e a realidade é importante para que se garanta a
possibilidade de os alunos compreenderem o significado do exercício crítico e do
diálogo em que ideias diversas se apresentam e são debatidas.
5.11 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
A escola é responsável pela verificação do rendimento do estudante, mediante
instrumentos previstos no regimento escolar e observadas as diretrizes da lei. Esse
é um aspecto que constitui um permanente desafio para os educadores. De acordo
com a legislação vigente, podem ser consideradas a avaliação contínua e a
cumulativa, em que prevalecem os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, bem
como os resultados ao longo do ano sobre os de provas e trabalhos.
A avaliação constitui um elemento central na organização da prática pedagógica, na
medida em que favorece o processo de construção do conhecimento. De fato, pode-
se, por meio dos procedimentos e mecanismo de avaliação, constatar, compreender
e intervir nos processos de construção do conhecimento. Processual, reflexiva e
cumulativa, a avaliação concorre, entre outros aspectos, para a definição do tempo e
das formas de promoção do estudante.
A avaliação importa para uma educação libertadora desde que seu papel seja o de
investigar, problematizar e principalmente ampliar perspectivas, é uma prática
78
coletiva que exige a consciência crítica e responsável de todos na problematização
das situações.
É preciso legitimar a responsabilidade de refletir sobre toda a produção do
conhecimento do aluno e responsabilidade ativa do professor quanto a um processo
avaliativo mediador.
A avaliação corresponde a uma determinada forma de olhar a questão pedagógica,
o desenvolvimento do aluno e a construção do conhecimento.
A avaliação se caracteriza como um diagnóstico da realidade que possibilita a
construção da experiência da aprendizagem, é interativa onde se trabalha
permanentemente com processo e produto, estratégia e resultado, ao mesmo
tempo, como dimensões da mesma totalidade. É importante ressaltar que nesta
avaliação proposta predomina o caráter qualitativo que visa a inclusão e não a
exclusão, conforme o enfoque quantitativo/classificatório.
A escola tem autonomia para elaborar os instrumentos de observação contínua
conforme suas necessidades. Os registros das avaliações serão feitos no livro de
chamada e/ou fichas individuais com indicadores de desempenho pedagógico .Os
resultados das avaliações dos alunos serão comunicados aos pais ou responsáveis
pelo aluno, indicando a situação escolar e as providências cabíveis.
O momento de avaliação se configura como mais um momento de aprendizagem,
porque permite ao aluno perceber seu próprio crescimento e sua contribuição ao
trabalho coletivo. Permite também ao professor analisar, rever e tomar decisões
sobre os encaminhamentos, os conteúdos trabalhados de forma a possibilitar
adequação necessária para atingir os objetivos propostos. Deve constituir-se em
instrumento através do qual o professor possa ter condições de saber se houve e,
em que medida houve apropriação do conhecimento por parte do aluno. Deve
permitir ao professor reconhecer a adequação de métodos de transmissão do
conhecimento, uma vez que não se pode dizer que houve ensino, se não houve
aprendizagem. A avaliação também deve mostrar se as relações pedagógicas
estabelecidas ocorreram de modo a contribuir satisfatoriamente para o processo
transmissão/assimilação do conhecimento.
Nos dias de hoje, a avaliação da aprendizagem não é algo meramente técnico.
Envolve auto-estima, respeito à vivência e cultura própria do indivíduo, filosofia de
vida, sentimentos e posicionamento político. O educador que faz uso de
instrumentos de avaliação diversos para, ao longo de um período, acompanhar o
ensino-aprendizagem, é diferente daquele que se restringe a dar uma prova ao final
do período.
Segundo Canen (2001), Gandin (1995) e Luckesi (1996), a avaliação é um
julgamento sobre uma realidade concreta ou sobre uma prática, à luz de critérios
claros, estabelecidos prévia ou concomitantemente, para tomada de decisão. Desse
79
modo, três elementos se fazem presentes no ato de avaliar: a realidade ou prática
julgada, os padrões de referência, que dão origem aos critérios de julgamento, e o
juízo de valor.
Através desses elementos, constata-se que a avaliação não é um processo apenas
técnico. O educador deve refletir acerca de algumas questões: Quem julga? Por que
e para que se julga? Quais os aspectos da realidade que devem ser julgados? Deve-
se partir de que critérios? Esses critérios se baseiam em quê? A partir dos
resultados do julgamento, quais são os tipos de decisões tomadas?
A avaliação é um procedimento que inclui opções, escolhas, ideologias, crenças,
percepções, posições políticas, envieses e representações, que informam os
critérios através dos quais será julgada uma realidade. A avaliação do
aproveitamento de alunos, por exemplo, pode basear-se em critérios reduzidos,
apenas à memorização de conteúdos, ou pode basear-se em critérios que visem ao
crescimento pessoal dos alunos, no que diz respeito as suas atitudes, liderança,
conscientização crítica e cidadã. Esses critérios se originam de opiniões acerca do
que se entende por educação, e vão direcionar o julgamento de valor acerca do
desempenho daqueles alunos.
A avaliação da aprendizagem não é um julgamento de valor apenas acerca do
aluno, mas também acerca da prática docente, que tem como resultado o
desempenho do aluno.
O educador deve ter uma posição de não neutralidade envolvida na escolha dos
critérios para o julgamento de valor e na escolha daquilo que se deseja julgar, a
avaliação, como dissemos anteriormente, envolve mais do que uma simples
contemplação. Ela requer tomada de decisão. Conforme Luckesi (1996), sendo o
juízo satisfatório ou insatisfatório, temos sempre três possibilidades de tomada de
decisão: continuar na situação em que nos encontramos introduzir mudanças para
que o objeto ou situação se modifique para melhor ou suprimir a situação ou objeto.
O educador de hoje, deve repensar acerca dos seus critérios de avaliação, acerca
da necessidade de construir políticas e práticas que considerem essa diversidade e
que estejam comprometidas com o sucesso e não o fracasso escolar.
A avaliação deve constituir-se em instrumento através do qual o professor possa ter
condições de saber se houve e, em que medida houve, apropriação do
conhecimento por parte do aluno. Deve permitir ao professor reconhecer a
adequação de métodos de transmissão do conhecimento, uma vez que não se pode
dizer que houve ensino, se não houve aprendizagem. A avaliação também deve
mostrar se as relações pedagógicas estabelecidas ocorreram de modo a contribuir
satisfatoriamente para o processo transmissão/assimilação do conhecimento.
80
5.11.1. RECUPERAÇÃO
Ao avaliar o professor faz o diagnóstico do nível de apreensão dos conteúdos
obtidos pelo aluno, analisa e interpreta os dados do seu próprio trabalho, com as
finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem. O aluno cujo
aproveitamento escolar for insuficiente terá acesso às novas condições que lhe
possibilitem a apreensão dos conteúdos.
A recuperação de estudos Del. 07/09, artigo 13 deverá construir um conjunto
integrado ao processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos.
Neste sentido, a recuperação de estudos tem como intencionalidade recuperar os
conteúdos não apropriados, tendo claro que todos os participantes do processo
devem ser respeitados na sua singularidade e que, portanto, cada um se apropria do
conhecimento de acordo com as suas especificidades.
5.11.2. CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é um órgão da organização do trabalho pedagógico que
possibilita a análise do desempenho do aluno e do desempenho da própria escola
de forma coletiva propondo ações e intervenções para a melhoria da aprendizagem
do aluno e da prática docente.
5.12 CONCEPÇÃO DE INCLUSAO
Inclusão é o ato de permitir , favorecer ou facilitar o acesso ao meio comum
indistintamente .
Segundo Meire Cavalcante “Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças”.
Para assegurar esse direito de convivência a atual política pública de educação
recorre uma ampla legislação que asseguram esses princípios. E, no contexto da
Política Nacional de Educação Especial, na Perspectiva da Educação Inclusiva/
Ministério da Educação e Cultura (MEC)/2008 que trata das orientações para a
implementação de ações e formas de organização escolar que possibilitem às
escolas atender todos os alunos conjuntamente.
O Colégio Estadual Unidade Polo, está inserido neste contexto ofertando o
Atendimento Especializado em consonância com as Políticas de Educação Especial
81
na Perspectiva da Educação Inclusiva nas escolas do ensino regular já que atende
alunos de diversas comunidades escolares. Está entrado na mudança das práticas
educacionais e sociais assegurando o pleno direito de acesso e participação ao
desenvolvimento e atendimento educacional inclusivo.
5.13 CONCEPÇAO DE EDUCAÇÃO FISCAL
Educação fiscal pode ser entendida como uma prática que tem como objetivo
desenvolvimento de valores e atitudes necessárias ao exercício dos direitos e
deveres na relação recíproca entre o cidadão e o Estado. Fundamenta-se na
conscientização da sociedade , visando a construção de uma democracia
participativa.
Entende que em uma nação constituídas por pessoas que defendem e honram seus
direitos e deveres têm melhores condições de diminuir as injustiças sociais, entre
elas as causadas inclusive pela corrupção.
O trabalho realizado nesta escola em Educação fiscal, torna-se de extrema
importância , pois permitirá ao aluno desenvolver uma consciência crítica ao ser
capaz de analisar e diferenciar o vários tipos de tributos.
“Para um verdadeiro processo de avaliação o que importa é a aprendizagem do
educando e seu crescimento, a aprovação é consequência.” (LUCKESI).
5.14. CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO
Durante muito tempo a alfabetização foi entendida como mera sistematização do
“B+A = BA”, isto é, como aquisição de um código fundado na relação entre fonemas
e grafemas.
Em uma sociedade constituída , em grande parte, por analfabetos e marcada por
reduzidas práticas de leitura e escrita, a simples consciências fonológica que
permitia aos sujeitos associar sons e letras para produzir/interpretar palavras parecia
ser suficiente para diferenciar o alfabetizado do analfabeto.
Com a evolução tecnológica e social surgem maiores e mais variadas formas de
leitura e uso da língua escrita, já não basta as pessoas a capacidade de desenhar
letras e decifrar códigos, a evolução do século XX impôs a exigência da língua
82
escrita não mais como nota de conhecimento, mas como verdadeira condição para a
sobrevivência e a conquista da cidadania.
5.15. CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO
A capacidade de ler e escrever com diferentes objetivos, permitindo que o sujeito
seja capaz de interpretar, divertir, seduzir, sistematizar, confrontar, induzir,
documentar, informar, orientar-se, reivindicar, ou seja, garantir-lhe uma condição
diferenciada na sua relação com o mundo.
5.16. CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA
A criança como todo ser humano é um sujeito social e histórico que faz parte de uma
organização familiar e está inserida em um determinado momento histórico. Ela tem
na família um ponto de referência fundamental, apesar das interações sociais que
estabelece com outras instituições sociais. As crianças possuem uma natureza
singular, que as caracteriza como seres que sentem e pensam o mundo de um de
forma diferente.
5.17. CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA
A família e a escola são a base para que o jovem assuma o seu papel social, a
parceria entre escola e família, em que o aluno é valorizado, potencializa o processo
de construção do conhecimento para a vida, tornando-se assim o protagonista,
contribuindo para reinventar a sociedade para além da sala de aula, apontando para
uma reestruturação do espaço e do papel do sujeito na sociedade.
6. MARCO OPERACIONAL
É oportuno dizer que a educação básica do cidadão é e sempre deverá ser um
dever do Estado.
83
Na escola onde a educação formal acontece, por sua amplitude e seus objetivos, a
autonomia torna-se exigente. Aceitá-la significa transformar radicalmente o
paradigma de política, planejamento e gestão educacional vigente. As mudanças se
compõem como papel do Estado, nas esferas administrativas – União, Estado e
Município, como responsáveis pela oferta da educação básica gratuita e de
qualidade para todos os cidadãos, nos termos da Constituição.
Assim sendo, há pré-requisitos que devem orientar a implantação da autonomia para
a escola pública que estabelecerão uma agenda de políticas, de linhas de ação,
tanto por parte dos sistemas quanto das escolas.
Entendemos que autonomia é o fundamento da concepção democrática participativa
da gestão escolar, razão de ser do projeto pedagógico. Autonomia de uma
instituição significa ter o poder de decisão sobre seus objetivos e suas formas de
organização, manter-se relativamente independente do poder central, administrar
livremente recursos financeiros. Sendo assim, a escola pode traçar seu próprio
caminho envolvendo professores, alunado, funcionários, pais e comunidade, que se
tornem co-responsáveis pelo êxito da instituição. É assim que a organização da
escola se transforma em instância educadora, espaço de trabalho coletivo e
aprendizagem. As escolas públicas não são organismos isolados, elas integram um
sistema escolar e dependem das políticas e gestão públicas.
Com a autonomia a instituição deve ser marcada pelos princípios de
responsabilidade partilhada, tendo sempre por finalidade a educação de qualidade.
Reforçando o elo entre alunado e escola como instituição pública, prestadora de
serviços, a transparência, o acesso, a informação e a avaliação pela comunidade
apresentam-se como direitos a serem assegurados aos usuários.
A escola pública autônoma, como poderia dizer Umberto Eco, é uma obra aberta e
em movimento, pois instaura um novo tipo de relação entre os autores envolvidos,
cria situações comunicativas, levanta novos problemas práticos e abre páginas das
ciências contemporâneas e do futuro, páginas da história, da ciência política, da
pedagogia, da sociologia, da antropologia, da psicologia e da filosofia.
Assim é a autonomia da escola pública:
“um desafio para que gestores e agentes da educação sejam construtores de um
projeto político-pedagógico sempre renovado, os artifícios de uma obra
democrática.“(Eco 1976,p.66).
6.1 LINHAS DE AÇÃO DA ESCOLA
A Proposta Política Pedagógica da Escola defende que a identidade de uma escola
é atrelada a identidade de seus segmentos, pois não se pode pensar em um
84
estabelecimento de ensino sem pensar em seus professores, educandos e
funcionários. Quem são eles? Quais são suas posturas diante da vida? O que fazem
para que a instituição seja reconhecida e tenha referência positiva?
Uma escola é formada por educandos, professores, trabalhadores da educação e
comunidade escolar, e para que tudo ocorra dentro de um ambiente propício de
aprendizagem é preciso que todos esses envolvidos estejam em harmonia, pois a
escola só existe porque nela estão os educandos, e só por eles é que tudo se
justifica. Também não se pode deixar de pensar nas pessoas que trabalham nesta
escola, pois todo o trabalho na escola depende dessas pessoas e, uma gestão
democrática participativa só será possível à medida que todos os trabalhadores da
educação tenham uma participação efetiva nas decisões que dizem respeito à
escola em que trabalham. E que estas decisões estejam sempre voltadas a melhoria
da educação ofertada pela escola, pois só assim estaremos construindo a escola
que tanto desejamos, uma escola onde todos queiram participar com
responsabilidade, comprometimento e ética.
6.1.1 SALA DE RECURSOS
Na concepção de uma educação para a diversidade e sob os princípios da
preservação da dignidade humana, para a busca a identidade e o exercício da
cidadania se faz necessário uma intervenção pedagógica educacional diferenciada
e funcional que atenda a diversidade da realidade das escolas. Para assegurar esse
direito, a atual política pública de educação recorre a uma ampla legislação que
asseguram esses princípios.
E, no contexto da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva/Ministério da Educação e Cultura (MEC)/2008 que trata das
orientações para a implementação de ações e formas de organização escolar que
possibilitem às escolas atender todos os alunos conjuntamente, em relação ao
atendimento pedagógico aos alunos com necessidades educacionais especiais no
contexto do ensino regular, ressalta sobre a demanda de professores
comprometidos com a educação na perspectiva da inclusão, da constante reflexão e
análise das possibilidades de ensino e aprendizagem considerando os diferentes
graus de complexidade de uma proposta pedagógica de qualidade para todos os
alunos. Isso implica uma ação dos sistemas de ensino no sentido de instrumentalizar
os professores para o atendimento pedagógico aos alunos e a disponibilização de
recursos pedagógicos diversos (humano, arquitetônico, mobiliário e instrumental, da
comunicação e de tecnologias alternativas, de atividades metodológicas, entre
outras) que oportunize e apóie as pessoas com necessidades educacionais
especiais (seja ela de ordem física, biológica, cognitiva, emocional, sensorial ou de
85
comportamento) para que estas possam interagir no ambiente escolar em condições
adequadas de aprendizagem e se apropriar do conhecimento,considerando seu
direito à educação as quais devem proporcionar a aquisição de habilidades para
autonomia educacional e de vida pessoal.
Não se trata de um novo currículo, mas tendo como referência o currículo do ensino
regular, refere-se a um currículo dinâmico, flexível, com adoção de estratégias
funcionais, adaptações metodológicas dos conteúdos, objetivos, avaliação,
temporalidade e de espaço físico, para que as práticas pedagógicas sejam
organizadas e sistematizadas, e contemplem intervenções pedagógicas que dêem
respostas às dificuldades de aprendizagem desses alunos. Demanda de recursos
educativos e metodologias alternativas, ou outras mediações que se fizerem
necessárias para que o aluno se desenvolva. Contudo, antes do professor planejar e
selecionar os recursos a serem utilizados pelo aluno com necessidade especial, uma
avaliação criteriosa, uma avaliação no contexto escolar, deverá ser realizada para
que o professor conheça as possibilidades e as dificuldades do aluno para a
realização das atividades escolares. Com esse subsídio para seu planejamento e
dispondo de ambientes educativos por excelência,construídos com intencionalidade
de favorecer a aprendizagem de todos os alunos, o auxílio da tecnologia ou da
informática educacional auxiliando no processo de ensino e de aprendizagem,
disponibilizando de forma alternativa o ensino de linguagens e códigos específicos
de comunicação e sinalização, ajudas técnicas e tecnologia assistiva.
A Resolução nº 04/2009- CNE/CEB que institui as Diretrizes Operacionais para o
Atendimento Educacional Especializado - AEE (com a função de complementar ou
suplementar a formação do aluno por meio da disponibilização de serviços, recursos
de acessibilidade e estratégias que eliminem as barreiras para sua plena
participação na sociedade e desenvolvimento de sua aprendizagem), determina que
os sistemas de ensino matriculem os alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas classes comuns do ensino
regular e no Atendimento Educacional Especializado (não sendo substitutivo às
classes comuns) sendo este atendimento realizado prioritariamente na sala de
recursos multifuncionais da própria escola ou em outra escola de ensino regular, no
turno contrário da escolarização, podendo ser realizado também, em centro de
Atendimento Educacional Especializado da rede pública ou de instituições
comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com a
Secretaria de Educação. Estende-se este atendimento, de forma complementar ou
suplementar, aos alunos que se encontram temporariamente em ambiente hospitalar
ou domiciliar. Para prover este atendimento educacional recorre-se aos recursos de
acessibilidade, aqueles que asseguram condições de acesso ao currículo dos alunos
com deficiência ou mobilidade reduzida, promovendo a utilização dos materiais
didáticos e pedagógicos, dos espaços, dos mobiliários e equipamentos, dos
sistemas de comunicação e informação, dos transportes e dos demais serviços.
86
Neste contexto, a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva-MEC/ SEESP/2007, prevê que os espaços escolares devem
disponibilizar, entre as atividades de atendimentos especializados, o enriquecimento
curricular com o serviço de tecnologia assistiva (TA) nas salas de recursos
multifuncionais. No âmbito da TA está toda a gama de recursos e serviços que
contribuem para promover ou ampliar as habilidades funcionais de pessoas com
deficiências, e em decorrência, promover de forma independente sua inclusão na
sociedade.
Pela amplitude e abrangência do conceito da TA, é necessário considerar outras
elementos que envolvem a acessibilidade do aluno com necessidades educacionais
especiais no contexto escolar, definidos no Decreto-lei nº 5296/2004:
I - acessibilidade: condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou
assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos
serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e
informação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida;
II - barreiras: qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a
liberdade de movimento, a circulação com segurança e a possibilidade de as
pessoas se comunicarem ou terem acesso à informação;
V - ajuda técnica: os produtos, instrumentos, equipamentos ou tecnologia adaptados
ou especialmente projetados para melhorar a funcionalidade da pessoa portadora de
deficiência ou com mobilidade reduzida, favorecendo a autonomia pessoal, total ou
assistida;
IX - desenho universal: concepção de espaços, artefatos e produtos que visam
atender simultaneamente todas as pessoas, com diferentes características
antropométricas e sensoriais, de forma autônoma, segura e confortável,
constituindo-se nos elementos ou soluções que compõem a acessibilidade.
Dimensão da acessibilidade Descrição
Arquitetônica Elimina barreiras em todos os ambientes físicos
(internos e externos) da escola, incluindo o
transporte escolar.
Comunicacional Transpõe obstáculos em todos os âmbitos da
comunicação, considerada nas suas diferentes
formas (falada, escrita, gestual, língua de sinais,
digital, entre outras).
Metodológica Facilita o acesso ao conteúdo programático
oferecido pelas escolas, ampliando estratégias para
87
ações na comunidade e na família, favorecendo a
inclusão.
Instrumental Possibilita a acessibilidade a todos os instrumentos,
utensílios e equipamentos utilizados na escola, nas
atividades de vida diária, no lazer e na recreação.
Programática Combate o preconceito e a discriminação em todas
as normas, programas, legislação em geral que
impeçam o acesso a todos os recursos oferecidos
pela sociedade, promovendo a inclusão e a
equiparação de oportunidade.
Atitudinal Extingue todos os tipos de atitudes preconceituosas
que impeçam o pleno desenvolvimento das
potencialidades da pessoa com deficiência.
Fonte: Instituto de Tecnologia Social (2008)
Para que tal implementação se efetive, o Ministério da Educação-MEC/SEESP
prestará apoio técnico e financeiro voltadas à oferta do atendimento educacional
especializado previstas pelas ações:
I - implantação de salas de recursos multifuncionais;
II - formação continuada de professores para o atendimento educacional
especializado;
III - formação de gestores, educadores e demais profissionais da escola para a
educação inclusiva;
IV - adequação arquitetônica de prédios escolares para acessibilidade;
V - elaboração, produção e distribuição de recursos educacionais para a
acessibilidade; e
VI- estruturação de núcleos de acessibilidade nas instituições federais de educação
superior
No contexto desta resolução, considera-se com direito ao AEE:
I - Alunos com deficiência: aqueles que têm impedimentos de longo prazo de
natureza física, intelectual, mental ou sensorial.
II - Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que apresentam um
quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas
relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa
88
definição alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett,
transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e transtornos invasivos sem outra
especificação.
III - Alunos com altas habilidades/superdotação: aqueles que apresentam um
potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano,
isoladas ou combinadas: intelectual, liderança, psicomotora, artes e criatividade.
E em consonância com a Resolução nº 04/2009, o professor para atuar no AEE,
deverá ter formação inicial que o habilite para o exercício da docência e formação
específica para a Educação Especial, e sendo de sua competência as seguintes
atribuições:
I - identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de
acessibilidade e estratégias considerando as necessidades específicas dos alunos
público-alvo da Educação Especial;
II - elaborar e executar plano de Atendimento Educacional Especializado, avaliando
a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade;
III - organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala de recursos
multifuncionais;
V - acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de
acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, bem como em outros
ambientes da escola;
V - estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração de estratégias e
na disponibilização de recursos de acessibilidade;
VI - orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de
acessibilidade utilizados pelo aluno;
VII - ensinar e usar a tecnologia assistiva de forma a ampliar habilidades funcionais
dos alunos, promovendo autonomia e participação;
VIII - estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum, visando à
disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de acessibilidade e das
estratégias que promovem a participação dos alunos nas atividades escolares.
6.2 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
De acordo com o Parecer CNE/CBE 13/2009, os alunos com necessidades
educacionais especiais devem ser ser atendidos nas salas de recursos
multifuncionais, em contra-turno a matrícula no ensino, sendo este atendimento
ofertado na própria escola. Segundo Alves, por sala de recursos multifuncionais
89
compreendem-se os [...] espaços da escola onde se realiza o atendimento
educacional especializado para alunos com necessidades educacionais especiais,
por meio do desenvolvimento de estratégias de aprendizagem, centradas em um
novo fazer pedagógico que favoreça a construção de conhecimentos pelos alunos,
subsidiando-os para que desenvolvam o currículo e participem da vida escolar.
(ALVES, 2006, p. 13). Para este atendimento é fundamental que o professor
considere as diferentes áreas do conhecimento, os aspectos relacionados ao estágio
de desenvolvimento cognitivo dos alunos, o nível de escolaridade, os recursos
específicos para sua aprendizagem e as atividades de complementação e
suplementação curricular.
As salas de recursos multifuncionais, como um dos recursos para o AEE, são
ambientes dotados de equipamentos, mobiliários, materiais didáticos e pedagógicos
para a oferta do atendimento educacional especializado. A produção e distribuição
de recursos educacionais para a acessibilidade incluem livros didáticos e
paradidáticos em braile, áudio e Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, laptops com
sintetizador de voz, softwares para comunicação alternativa e outras ajudas técnicas
que possibilitam o acesso ao currículo são de competência do MEC /SEESP,
conforme determina o Decreto nº6.571/2008. As salas de recursos podem ser: do
tipo 1(atendem às áreas da deficiência intelectual, da surdez, da deficiência física,
dos transtornos globais do desenvolvimento e das altas habilidades/superdotação)
ou do tipo 2 ( atendem alunos cegos e com baixa visão). Esse atendimento é de
natureza pedagógica e deve ser realizado por um professor especializado,o qual de
acordo com a Resolução CNE/CBE 2/2001.
O Colégio Estadual Unidade Polo, fundamentado na Nota Técnica nº11/2010-
SEESP/GAB, oferta o Atendimento Especializado em consonância com as Políticas
de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva nas escolas do ensino
regular, centrada na mudança das práticas educacionais e sociais assegurando o
pleno direito de acesso e participação ao desenvolvimento e atendimento
educacional especializado, organizado para apoiar o desenvolvimento dos alunos,
constituindo oferta obrigatória dos sistemas de ensino e deve ser realizado no turno
inverso ao da classe comum, na própria escola ou centro especializado que realize
esse serviço educacional. De acordo com o Parecer nº13/2009 CNE/CBE, esse
alunado deve ser atendido nas salas de recursos multifuncionais, em turno contrário
ao da matrícula no ensino regular. Segundo Alves, por sala de recursos
multifuncionais compreendem-se os [...] espaços da escola onde se realiza o
atendimento educacional especializado para alunos com necessidades educacionais
especiais, por meio do desenvolvimento de estratégias de aprendizagem, centradas
em um novo fazer pedagógico que favoreça a construção de conhecimentos pelos
alunos.
Conforme o demonstrativo o quadro sinótico e amparado na Política Nacional de
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, o colégio atende
90
atualmente alunos com Deficiência Intelectual, alunos com Transtornos Funcionais
Específicos, tais como: discalculia, disgrafia, dislexias e Transtorno Déficit de
Atenção do próprio colégio e outros procedentes dos colégios da rede estadual de
ensino. O atendimento educacional especializado identifica, elabora e organiza
recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena
participação dos alunos, considerando as suas necessidades específicas. As
atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se
daquelas realizadas no ensino regular, não sendo esta modalidade de ensino
substitutiva à escolarização. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a
formação dos alunos com vistas à autonomia e independência na escola e na
sociedade. Os alunos são atendidos em grupos de acordo com suas necessidades e
idade, são diagnosticados, identificados e avaliados pela equipe pedagógica do
colégio em conjunto outros profissionais da saúde e a Equipe de Ensino/Educação
Especial do NRE. Nesse processo ensino e aprendizagem especializado são
oferecidos uma diversidade de estímulos com o lúdico, o acesso às formas
diferenciadas de comunicação, a riqueza de estímulos nos aspectos físicos,
emocionais, cognitivos, psicomotores e sociais e a convivência com as diferenças
favorecem as relações interpessoais, o respeito e a valorização da diversidade dos
próprios alunos.
Com recursos humano especializado, didático-metodológico, materiais e espaço
físico próprio, a Sala de Recursos é atendida pela professora Eliane Maria Andrade
de Carvalho, com Formação do Ensino Médio em Magistério, Graduação em Letras,
Pós Graduação em Língua Portuguesa- Descrição e Ensino, Pós Graduação em
Educação Especial e atualmente participando do Curso de Especialização (lato
sensu) em Atendimento Educacional Especializado, proporcionado pelo MEC -
Programa de Formação Continuada de professores na Educação Especial, em
parceria com a CAPES e SEED/Paraná . Esta capacitação tem como objetivo formar
professores para realizar Atendimento Educacional Especializado (AEE) em salas de
recursos multifuncionais das escolas regulares das redes públicas de ensino, sendo
ofertado na modalidade à distância, com carga horária de 360 horas, para
professores da educação básica, em efetivo exercício na rede pública de ensino,
que atuam no e para professores do ensino regula; propiciar aos professores
conhecimentos que possibilitem atender alunos com deficiência, transtornos globais
do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação; contribuir para a organização
de uma prática pedagógica de cooperação entre os professores; promover a
interlocução entre as situações vivenciadas pelos professores no cotidiano escolar e
conteúdos específicos relacionados ao AEE elaborar materiais didático-pedagógicos
para formação de professores de AEE.
91
6..3 PROFESSOR DE APOIO À COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
Considera-se professor de Apoio à Comunicação Alternativa o profissional
especializado, que atua no contexto da sala de aula, nos estabelecimentos do
Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos, onde o apoio
fundamenta-se na mediação da comunicação entre o aluno, grupo social e o
processo de ensino e aprendizagem, cujas formas de linguagem oral e escrita se
diferenciam do convencionado.(Instrução nº 09/2009-SUED/SEED). Este profissional
será assegurado aos alunos com deficiência física neuromotora que apresentam
formas alternativas e diferenciadas de linguagem expressiva oral e escrita,
decorrentes de sequelas neurológicas e neuromusculares. O profissional para atuar
como Professor de Apoio à Comunicação Alternativa, deve ser, preferencialmente,
do Quadro Próprio do Magistério e conforme a Deliberação n.º 02/03 – CEE, deverá
ser habilitado com especialização em cursos de Pós-graduação em Educação
Especial, Licenciatura Plena ou Ensino Médio, com habilitação em Magistério com
Estudos Adicionais na área da deficiência física ou deficiência mental.Conforme a
Instrução nº09/2009-SUED/SEED, são:
Atribuições do Professor de Apoio à Comunicação Alternativa
1) Ter conhecimento prévio dos conteúdos e temas a serem trabalhados pelo
professor regente.
2 ) Participar do planejamento, junto ao professor regente, orientando quanto aos
procedimentos didático-pedagógicos que envolvem o conteúdo, objetivo,
metodologia, temporalidade e avaliação que permitem ao aluno participar do
processo de ensino e aprendizagem.
3) Buscar diferentes formas de comunicação alternativa, aumentativa e/ou
suplementar que permitam ao aluno interagir no processo ensino e aprendizagem.
4) Produzir materiais e recursos pedagógicos para comunicação alternativa oral e
escrita que possibilitem ao aluno expressar-se.
5) Instrumentalizar o aluno e professor regente na utilização da tecnologia assistiva,
por meio dos softwares de acessibilidade para comunicação oral e escrita.
6) Favorecer a interação entre os alunos com e sem deficiência física neuromotora,
viabilizando a participação efetiva nas diferentes situações de aprendizagem e
interação no contexto escolar e em atividades extraclasse, promovendo a cultura e
prática inclusiva.
7) Participar de todas as atividades pedagógicas que envolvem o coletivo da Escola.
E em conformidade com esta instrução, não será atribuída a hora-atividade ao
professor de Apoio à Comunicação Alternativa (Lei N.°103/04 e a Resolução
N.°139/2009), contudo o professor disporá de um tempo diferencial, um horário
92
extraclasse destinado para interação com o professor regente e a produção dos
recursos pedagógicos que auxiliam na comunicação e na aprendizagem do aluno
com deficiência física neuromotora que apresenta formas de linguagem oral e escrita
diferenciadas. O horário estará atrelado ao conteúdo e à necessidade de
comunicação do aluno, não podendo ultrapassar 2h (duas) semanais, de ausência
da sala de aula - tempo diferencial destinado à interação com os professores
regentes das disciplinas para a produção dos recursos pedagógicos de comunicação
alternativa.
A utilização do tempo diferencial se dará quando:
I. a metodologia utilizada pelo professor regente prescindir da presença do Professor
de Apoio à Comunicação alternativa, por exemplo, nas aulas expositivas, nos
trabalhos em grupo, e nas avaliações;
II. o recurso utilizado na comunicação favorecer a independência do aluno;
III. nas aulas de Educação Física, houver a participação do aluno mediante o apoio
dos colegas;
Compete à direção do estabelecimento solicitar anualmente ao NRE/Apucarana,
logo após a oficialização das matrículas, a renovação ou cessação da demanda
deste profissional considerando a demanda do colégio.
6..4 INTÉRPRETE - ATENDIMENTO ÁREA DA SURDEZ
A escola inclusiva tem o compromisso com a diversidade, com o respeito à
pluralidade cultural e a conscientização do acolhimento à estas diferenças
individuais, e em decorrência reconhecer a diferença lingüística relativa a
comunidade surda que, pela ausência da audição, necessitam de experiências
lingüísticas mediadas por uma língua que não ofereça barreiras à sua interação e
aprendizagem: a língua de sinais, legalizada pela Lei Federal nº 10436/02, Decreto
Federal nº 5626/05 e Lei Estadual nº12095/98. É considerada uma língua natural
para os surdos por sua apropriação ocorrer naturalmente, nas interações
significativas entre crianças e adultos surdos que a utilizam como forma de
comunicação. Caracterizada por ser uma modalidade viso-espacial, tendo a visão
como canal de entrada para a comunicação, ocorrendo por meio de signos gestuais
e espaciais e sua percepção é realizada por meio de processos visuais. Em
decorrência essa comunicação exige uma forma diferenciada para a aprendizagem
necessitando do profissional especializado: professor bilíngüe (Libras/Língua
Portuguesa) e o tradutor e intérprete para uma educação bilíngüe (utilização de
duas línguas na escolarização dos surdos: a Língua Brasileira de Sinais- Libras e a
93
Língua portuguesa), atual concepção na educação dos surdos e assim assegurando
o acesso à língua própria das comunidades surdas e á língua oficial do país. A
LIBRAS, reconhecida legalmente como língua oficial da comunidade surda brasileira,
apresenta um conjunto de regras fonológicas, morfológicas e sintáticas com uma
gramática própria. Nessa comunicação entre surdos e ouvintes e na ausência do
domínio da Libras, há a necessidade da mediação por um profissional: o tradutor e
intérprete. O intérprete é um profissional que integra os serviços de apoio
especializado, previsto na Deliberação nº02/2003–CEE, que atua na intermediação
dos alunos surdos da rede pública de ensino com os ouvintes por meio de
intervenções pedagógicas, na organização do ambiente da sala de aula com a
finalidade de facilitar a interação/comunicação no processo ensino-aprendizagem
assegurando para que suas necessidades diferenciadas não sejam ignoradas e
suas produções no contexto escolar não sejam marginalizadas e que seus direitos
legais sejam respeitados.
O Tradutor e Intérprete de Libras/Língua Portuguesa - TILS é o profissional bilíngüe
que proporciona suporte pedagógico no processo ensino-aprendizagem dos alunos
surdos(que utilizam a Língua Brasileira de Sinais como meio de comunicação),
regularmente matriculados na Educação Básica, por meio da mediação lingüística
entre alunos surdos, docentes e a comunidade escolar, de modo a assegurar o
desenvolvimento da proposta de educação bilíngüe (Libras/Língua Portuguesa).
Neste contexto e em consonância com a INSTRUÇÃO Nº008/08-SUED/SEED,
compete ao intérprete cumprir as seguintes atribuições:
01) Mediar situações de comunicação entre os alunos surdos e demais membros da
comunidade escolar.
02) Viabilizar a interação e a participação efetiva do aluno nas diferentes situações
de aprendizagem e interação no contexto escolar.
03) Informar à comunidade escolar sobre as formas mais adequadas de
comunicação com o(s) alunos(s) surdo(s).
04) Interpretar, de forma fidedigna, as informações e conhecimentos veiculados em
sala de aula e nas demais atividades curriculares desenvolvidas no contexto escolar.
05) Dar oportunidade à expressão do(s) aluno(s) surdo(s) por meio da tradução, de
forma fidedigna, de suas opiniões e reflexões.
06) Ter conhecimento prévio e domínio dos conteúdos e temas a serem trabalhados
pelo professor, evitando a improvisação e proporcionando maior qualidade nas
informações transmitidas.
07) Ter um relacionamento amistoso com o professor regente de turma, oferecendo
informações adequadas sobre a importância da interação deste com o(s) alunos(s)
surdo(s).
94
08) Sugerir aos docentes a adoção das estratégias metodológicas visuais mais
adequadas ao favorecimento da aprendizagem dos alunos surdos.
09) Cumprir integralmente a carga horária designada (20 ou 40 horas), de modo a
oferecer apoio especializado aos alunos surdos em todas as disciplinas previstas na
matriz curricular semanal para a série em questão.
10) Participar das atividades pedagógicas que envolvem o coletivo da escola
(reuniões pedagógicas, conselhos de classe, atividades festivas, entre outros).
11) Submeter-se aos direitos e deveres previstos aos demais profissionais, no
regimento da escola
12) Cumprir o Código de Ética que regulamenta a prática da interpretação/tradução
em libras, emitido pela Federação Nacional de Educação e Integração de
Surdos/Feneis, o qual deve ser de conhecimento da equipe técnico-pedagógica do
Estabelecimento de Ensino.
No contexto do suporte pedagógico a importância em ressaltar que o Tradutor e
Intérprete: - deverá atuar em período integral na série/turma/turno para o qual foi
designado, não sendo permitido a divisão de sua carga horária entre várias turmas.
- sua função caracteriza-se pelo suporte pedagógico e não efetivo exercício de
docência.
- não exercerá, sob hipótese alguma, a função de auxiliar de docência, tendo em
vista a necessidade de estar disponível para o cumprimento das funções que lhe são
atribuídas.
Código de Ética do Intérprete – FENEIS
1) O intérprete deve ser uma pessoa de alto caráter moral, honesto, consciente,
confidente e de equilíbrio emocional. Ele guardará informações confidenciais e não
poderá trair confidências, as quais foram confiadas à ele;
2) O intérprete deve manter uma atitude imparcial durante o transcurso da
interpretação, evitando interferências e opiniões próprias, a menos que seja
perguntado pelo grupo a fazê-lo.
3) O intérprete deve interpretar fielmente e com o melhor da sua habilidade, sempre
transmitindo o pensamento, a intenção e o espírito do palestrante. Ele deve lembrar
os limites da sua função particular - de forma neutra - e não ir além da sua
responsabilidade.
95
4) O intérprete deve reconhecer seu próprio nível de competência e usar prudência
em aceitar tarefas, procurando assistência de outros intérpretes e/ou profissionais,
quando necessário, especialmente em palestras técnicas.
5) O intérprete deve adotar uma conduta adequada de se vestir, sem adereços,
mantendo a dignidade da profissão e não chamando atenção indevida sobre si
mesmo, durante o exercício da função;
6) O intérprete deve ser remunerado por serviços prestados e se dispor a
providenciar serviços de interpretação, em situações onde fundos não são
disponíveis.
7) Acordos a níveis profissionais devem ter remuneração de acordo com a tabela de
cada estado, aprovada pela FENEIS;
8) O intérprete jamais deve encorajar pessoas surdas a buscarem decisões legais ou
outras em seu favor;
9) O intérprete deve considerar os diversos níveis da Língua Brasileira de Sinais.
9) Em casos legais, o intérprete deve informar à autoridade quando o nível de
comunicação da pessoa surda envolvida é tal, que a interpretação literal não é
possível e o intérprete, então, terá de parafrasear de modo crasso o que se está
dizendo para a pessoa surda e o que ela está dizendo à autoridade.
10) O intérprete deve se esforçar para reconhecer os vários tipos de assistência
necessitados pelo surdo e fazer o melhor para atender as suas necessidades
particulares.
11) Reconhecendo a necessidade para o seu desenvolvimento profissional, o
intérprete deve se agrupar com colegas profissionais com o propósito de dividir
novos conhecimentos e desenvolvimentos, procurar compreender as implicações da
surdez e as necessidades particulares da pessoa surda alargando sua educação e
conhecimento da vida, e desenvolver suas capacidades expressivas e receptivas em
interpretação e tradução.
12) O intérprete deve procurar manter a dignidade, o respeito e a pureza da Língua
de Sinais. E também deve estar pronto para aprender e aceitar sinais novos, se isto
for necessário para o entendimento.
13) O intérprete deve esclarecer o público no que diz respeito ao surdo sempre que
possível, reconhecendo que muitos equívocos (má informação) tem surgido por
causa da falta de conhecimento do público na área da surdez e comunicação com o
surdo.
96
6.5 SALA DE APOIO
Por falta de espaço físico nosso Colégio não oferta Sala de Apoio.
6.6 CELEM
A partir do ano de 1993, o colégio passou a ofertar o CELEM (Centro de Línguas
Estrangeiras Modernas) com o Curso de Língua Espanhola, como um ensino
extracurricular, plurilinguística e gratuito para alunos da Rede Estadual Básica,
matriculados no Ensino Fundamental (anos finais), no Ensino Médio, Educação
Profissional e Educação de Jovens e Adultos extensivo a toda comunidade.
O CELEM é regulamentado pela Resolução nº 3904/2008 e pela Instrução
Normativa nº 019/2008, além de ser subordinado às determinações do Projeto
Pedagógico e do Regimento escolar.
Anexo a este PPP segue a Proposta Pedagógica do CELEM.
6.7 TRABALHANDO COM A DIVERSIDADE
Educação deve ser também um espaço de cidadania e de respeito aos direitos
humanos, o que tem levado o currículo a discutir o tema da inclusão de grupos
minoritários.
O desafio da escola é incluir a todos/as. Nessa perspectiva, deve-se assumir o
compromisso político e social de garantir a todos/as o direito ao acesso à
escolarização e ao saber sistematizado historicamente.
Faz-se necessário que a escola identifique e reconheça os diferentes sujeitos e crie
mecanismos de enfrentamento aos diversos preconceitos existentes e que possa
garantir o direito ao acesso e à permanência, com qualidade, no processo
educacional.
A escola promoverá discussões sobre as temáticas da diversidade para que tenham
seu espaço no currículo escolar interdisciplinarmente, a fim de possibilitar uma
educação democrática e inclusiva, sem preconceitos nem discriminações.
Fazem parte do Departamento da Diversidade:
97
* Relações Étnico-Raciais e Afrodescendência – Lei nº 10.639/03
* Educação Escolar Indígena – Lei nº 11.645/08
* Educação do Campo
* Educação das Relações de Gênero e Diversidade Sexual (Núcleo de Gênero e
Diversidade Sexual) – Parecer CEE 01/09 e Instrução Conjunta 02/10 sobre o “nome
social” para Travestis e Transexuais, maiores de 18 anos.
Relações Étnico-Raciais e Afrodescendência
Especificamente sobre a educação das relações étnico raciais, uma legislação
específica foi aprovada, e os direitos da população negra (embora não apenas dela)
passaram a ser garantidos pela Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional
(LDB), por meio de seu artigo 26, que estabelece – particularmente no ensino de
História do Brasil – o respeito aos valores culturais na educação e o repúdio ao
racismo, na medida em que determina o estudo das contribuições das diferentes
culturas e etnias para a formação do povo brasileiro.
A Lei 10.639, de 2003, incide diretamente sobre a importância da contribuição
educacional brasileira, do estudo das matrizes culturais próprias da população
negra: da qual a Presidência da República altera a LDB, incluindo no currículo do
Ensino Fundamental e Médio o ensino de História e Cultura afro-brasileira e africana.
6.8 DESENVOLVIMENTO SÓCIO-EDUCACIONAL
A discussão na escola pública busca a superação da rigidez tradicional das
disciplinas, direcionando as discussões dos desafios sociais com a intencionalidade
de organizar e reparar males das novas configurações, numa linguagem
progressista.
São eles:
Cidadania e Direitos Humanos
Educação Ambiental - Lei nº 9.795/99
Educação Fiscal
Enfrentamento à Violência
98
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas
6.9. EDUCAÇÃO FISCAL EXERCENDO A CIDADANIA
A sociedade mundial vive um momento de transformações estruturais: globalização,
formação de blocos econômicos e revolução tecnológica.
Atualmente, as mudanças ocorrem com tamanha velocidade que muitas vezes a
dimensão humana fica relegada a um segundo plano. Por essa razão, é necessário
o repensar constante de nossas atitudes, em uma perspectiva mais humana,
propiciando a inclusão social com vistas ao momento histórico em que vivemos.
Portanto é de suma importância que a escola procure despertar no aluno o senso de
responsabilidade nas atitudes que venha a tomar na sociedade, tendo consciência
de que o não cumprimento de seus deveres e da não exigências de direito básicos
podem acarretar problemas em seu próprio futuro e a sociedade.
A Educação Fiscal tem como objetivo fundamental despertar a consciências do
aluno para a função social do tributo, com vista a formação da consciência tributária
do estudante e ao exercício da cidadania, orientando-o a competência, habilidades
que devem ser construídas ao longo do Ensino Fundamental e do Médio pois um
ensino de qualidade busca formar cidadãos capazes de interferir criticamente na
realidade para transformá-la.
6.10. EDUCAÇÃO AMBIENTAL
O trabalho desenvolvido com a questão ambiental no colégio Estadual Unidade
Polo, visa implementar a Lei 9795/99 que visa promover o desenvolvimento da
Educação Ambiental em um processo permanente de formação e de busca de
informação voltada para a preservação do equilíbrio ambiental, para a qualidade de
vida e para a compreensão das relações entre o homem e o meio bio-físico, bem
como para os problemas relacionados a estes fatores.
Para concretizar esse intento, os educadores deste colégio necessitam de subsídios
para que, a partir de uma compreensão crítica e histórica das questões relacionadas
ao meio ambiente, possam por meio do tratamento pedagógico e orientados pelas
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná,
construir a identidade da Educação Ambiental na escola pública.
99
6.11. PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS
A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas é um trabalho desafiador, que requer
tratamento adequado e cuidadoso, fundamentado em resultados de pesquisa,
desprovido de valores e crenças pessoais.
Por meio da busca do conhecimento, educadores e educandos são instigados a
conhecer a legislação que reporta direta ou indiretamente a esse desafio
educacional contemporâneo, bem como a debater assuntos presentes em nosso
cotidiano como: droga, vulnerabilidade, preconceito e discriminação ao usuário de
drogas, narcotráfico, violência, influência da mídia, entre outros.
6.12. SEXUALIDADE
A Sexualidade, entendida como uma construção social, histórica e cultural, precisa
ser discutida na escola – espaço privilegiado para o tratamento pedagógico desse
desafio educacional contemporâneo.
O trabalho educativo com a Sexualidade, por meio dos conteúdos elencados nas
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná,
deve considerar os referenciais de gênero, diversidade sexual, classe e raça/etnia.
7. OBJETIVOS GERAIS DA ESCOLA
Criar condições para que todos os alunos desenvolvam suas capacidades e
aprendam os conteúdos necessários para a vida em sociedade;
Permitir ao aluno exercitar sua cidadania a partir da compreensão da realidade, para
que possa contribuir em sua transformação;
Buscar novas soluções, criar situações que leve o aluno à reflexão estimulando
novas estratégias de compreensão da realidade;
100
Melhorar a qualidade do ensino, motivando e efetivando a permanência do aluno na
escola, evitando a evasão;
Criar mecanismos de participação que traduzam o compromisso de todos na
melhoria da qualidade de ensino e com o aprimoramento do processo pedagógico;
Implementar uma política de qualidade, propiciando meios para que as atividades
desenvolvidas no Colégio alcancem padrões de qualidade;
Congregar e dinamizar todas as forças vivas da comunidade e canalizá-las rumo a
uma prática educativa de qualidade;
Oportunizar a formação continuada a professores, funcionários, pais e alunos;
Incentivar os profissionais da educação a buscarem o aprimoramento em sua
função;
Promover a integração escola-comunidade;
Atuar no sentido do desenvolvimento humano e social tendo em vista sua função
maior, a de agente de desenvolvimento cultural e social na comunidade, a par de
seu trabalho educativo.
O Colégio Estadual Unidade Polo oferta Ensino Fundamental de 5a a 8a Série,
Ensino Médio Regular e Educação de Jovens e Adultos-EJA. Os alunos do Ensino
Fundamental e Médiosão oriundos da comunidade próxima ao colégio. Já, os alunos
da EJA são oriundos de diversas regiões da cidade. Diante dessa realidade o
trabalho educacional deverá estar direcionado em três eixos:
Gestão Democrática Participativa;
Igualdade de oportunidade ao acesso e permanência na escola
Ensino de qualidade como direito de todos.
8. PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR.
Alguns autores afirmam que o centro da organização e do processo administrativo é
a tomada de decisão. Todas as demais funções da organização (o planejamento, a
estrutura organizacional, a direção, a avaliação) estão referidas ao processo eficaz
de tomada de decisões (GRIFFITHS, 1974). Os processos intencionais e
sistemáticos de se chegar a uma decisão e de fazer a decisão funcionar caracteriza
a ação que chamamos gestão.
101
Uma das grandes linhas de ação é a Gestão Democrática que desenvolve-se
associada a um contexto de outras ideias como transformação e cidadania. Isto
permite pensar gestão no sentido de uma articulação consciente entre ações que se
realizaram no cotidiano da escola e seu significado político e social.
A gestão educacional passa pela democratização da escola sob dois aspectos
importantes:
a) Interno – que contempla os processos administrativos e a participação da
comunidade escolar nos processos pedagógicos,
b) Externo – ligado à função social da escola, na forma como produz, divulga e
socializa o conhecimento;
Pode-se dizer, que as atividades de Gestão estão direcionadas à oferta de apoio
administrativo e logístico a todas as atividades produtivas, qualquer que seja o setor
econômico no qual elas se desenvolvam. Assim, é possível identificar a necessidade
de se planejar de forma organizada e sistemática, qualquer que seja o porte de seu
ramo de atividades. E a educação escolar tem a tarefa de promover a apropriação
de saberes, procedimentos, atitudes e valores por parte do alunado, pela ação
mediadora dos professores e pela organização e gestão da escola.
A busca da Gestão Democrática exige um trabalho de formação e investimentos na
comunidade escolar. Princípios como participação, democracia e autonomia
constituem, o corpo teórico-prático da gestão educacional.
O encargo das escolas, hoje, é assegurar o desenvolvimento das capacidades
cognitivas, operativas, sociais e morais pelo seu empenho na dinamização da
proposta curricular, no desenvolvimento dos processos do pensar, na formação da
cidadania participativa e na formação ética. Para isso, faz-se necessário superar as
formas conservadoras de organização e gestão, adotando formas alternativas e
criativas, de modo que os objetivos sociais e políticos da escola correspondam a
estratégias compatíveis de organização e gestão.
Todos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento
da escola, conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham,
identificar seu envolvimento com ela e assim acompanhar melhor a educação ali
oferecida. Destacamos os Conselhos de Classe, bastante diferenciados no Brasil e
os Conselhos Escolares, colegiados que surgiram na década de 80, funcionando em
vários estados. Dá-se a importância da participação dos profissionais, alunados e
pais na gestão da escola. Há dois sentidos de participação articulados entre si:
A participação como meio de conquista da autonomia da escola, dos professores, do
alunado, constituindo-se como prática formativa, como elemento pedagógico,
metodológico e curricular;
102
A participação como processo organizacional em que os profissionais da educação
compartilham de certos processos de tomada de decisão.
No primeiro sentido, a participação é ingrediente dos próprios objetivos da escola e
da educação. A escola é lugar de aprender conhecimentos, desenvolver
capacidades intelectuais, sociais, afetivas, éticas, formar cidadãos livres e
conscientes de seu papel social, com capacidade crítica de visão de mundo. Mas, é
também lugar de formação de competências para a participação na vida social,
econômica e cultural. No segundo sentido, por meio de canais de participação da
comunidade, a escola deixa de ser lugar fechado e separado da realidade para
conquistar o status de uma comunidade educativa que interage com a sociedade
civil e vai aprendendo a sentir-se responsável pelas decisões que a afetam num
âmbito mais amplo da sociedade.
A escola é uma instituição social que apresenta unidade em seus objetivos (sócio
políticos e pedagógicos), interdependência no uso dos recursos (materiais e
conceituais) e a coordenação do esforço humano coletivo. A autonomia é o
fundamento da concepção democrática participativa da gestão escolar, razão de ser
da proposta Pedagógica. A autonomia de uma instituição significa ter o poder de
decisão sobre os objetivos e suas formas de organização, Podendo, juntamente,
com o seu coletivo traçar o seu próprio caminho
8.1 PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO
A direção da escola, além de ser uma das funções do processo organizacional, é um
imperativo social e pedagógico. O significado do termo direção, tratando- se de
escola, difere de outros processos de direção, principalmente os empresariais. Ele
vai além daquele sentido de mobilização das pessoas para a realização eficaz das
atividades, pois implica intencionalidade, definição de um rumo, uma tomada de
posição perante objetivos sociais e políticos da escola, numa sociedade concreta. A
escola, ao cumprir uma função social de mediação, influi significativamente na
formação da personalidade humana e, por essa razão, não é possível estruturá-la
sem levar em consideração objetivos políticos e pedagógicos.
Essa peculiaridade das instituições educativas decorre do caráter de
intencionalidade presente nas ações educativas. Na escola isso leva à busca
deliberada, consciente, planejada de integração e unidade de objetivos e ações, e
de um consenso em torno das normas e atitudes comuns.
O caráter pedagógico da ação educativa consiste na formulação dos objetivos sócio-
políticos e educativos e na criação de formas de viabilização organizativa e
metodológica da educação (tais como a seleção e organização dos conteúdos e
103
métodos, a organização do ensino, a organização do trabalho escolar), tendo em
vista dar uma direção consciente e planejada ao processo educacional. O processo
educativo, portanto, pela sua natureza, inclui o conceito de direção. O trabalho
escolar implica uma direção.
A educação como elemento transformador exige o envolvimento e o
comprometimento de toda a comunidade escolar, não é apenas responsabilidade do
diretor. Como também a função do diretor não pode ser a de envolver-se apenas nos
aspectos administrativos e financeiros da escola. O papel do diretor na gestão
democrática que pretendemos desenvolver é o de ser o elo entre todos os
segmentos da escola, uma vez que a APMF e o Conselho Escolar exercem função
primordial nas discussões, negociações e encaminhamentos pedagógicos,
administrativos e financeiros que se referem à escola. Assumimos também o
compromisso de desenvolver uma gestão voltada para a construção de estratégias
embasadas na união de esforços, na soma de idéias, na produção de consensos.
Uma gestão democrática participativa será possível, havendo compreensão da
administração escolar como atividade meio e reunião de esforços coletivos para a
implementação dos fins da educação. A gestão democrática da educação está
vinculada aos mecanismos legais e institucionais e à coordenação de atitudes que
propõem a participação social: no planejamento e elaboração de projetos
educacionais; na tomada de decisões; na escolha do uso de recursos e prioridades
de aquisição; na execução das resoluções colegiadas; sempre priorizando a garantia
da qualidade da educação, de acordo com o que se propôs na Proposta Pedagógica
da escola.
Para garantir a igualdade de oportunidade ao acesso e permanência do aluno na
escola procuraremos incentivar a prática de desenvolvimento de projetos culturais,
esportivos e educacionais que serão melhores discutidos e definidos entre
professores, Conselho Escolar e Grêmio Estudantil no início de 2009.
Buscando a melhoria da qualidade do ensino e um melhor resultado no IDEB da
escola, a busca de respostas aos questionamentos acima serão prioridades nesta
gestão democrática e participativa, dando cumprimento ao Projeto Político
Pedagógico da escola.
Não basta falar da aprendizagem do aluno para melhorarmos a qualidade da
educação, é preciso também à utilização de métodos e de técnicas que incentivem e
levem ao aprendizado significativo como: acompanhar a avaliação dos alunos dando
prioridade aos aspectos qualitativos em relação aos quantitativos; procurando criar
um ambiente agradável, condições de trabalho adequadas, tratamento igualitário e
justo, participação nas discussões, valorizando e apoiando o bom trabalho do
professor, auxiliando nas dificuldades individuais, sempre tendo em vista uma
educação de qualidade.
104
Para exercer a função de liderança na escola, através da gestão democrática
participativa, assumimos o compromisso de dividir o poder de decisão referente a
assuntos da escola com toda a equipe, estimulando a participação de todos.
Buscaremos ser um profissional voltado para a comunicação, agindo com ética,
empreendedorismo, compromisso, agilidade, responsabilidade, no firme propósito de
administrar conflitos e desenvolvimento do trabalho coletivo. E para tanto
buscaremos a participação da comunidade na escola, especialmente pais e outros
representantes que participam do Conselho Escolar, da Associação de pais, mestres
e funcionários para acompanhar as necessidades educacionais e avaliar a qualidade
dos serviços prestados, fazendo um parâmetro com às determinações estaduais.
Queremos incentivar a formação continuada para o desenvolvimento pessoal e
profissional de professores e funcionários, pois gestão participativa valoriza o
desenvolvimento pessoal, a qualificação profissional e a competência técnica. A
organização e a gestão do trabalho escolar requerem constante aperfeiçoamento
profissional, político, científico e pedagógico de toda a equipe escolar. Implica em
conhecer bem o estado real da escola, avaliar constantemente o processo de
ensino, analisar seus resultados, utilizando de informações concretas e análise de
cada problema e seus múltiplos aspectos, com ampla democratização das
informações, tanto administrativa quanto pedagógica.
Sabemos que este será um trabalho árduo e constante. Assim trabalhamos com
transparência, compromisso e responsabilidade, buscaremos parceria do Governo
Estadual sempre que for necessário realizarmos melhorias e benfeitorias no Colégio
no que se refere a melhorar as condições de trabalho do professor e
consequentemente propiciar um ambiente mais favorável para a aprendizagem do
aluno.
Assumimos o compromisso ético-político de investir todos os esforços possíveis para
se cumprir o que é proposto na Proposta Política Pedagógica da escola, buscando
soluções que propiciem uma educação que possibilite uma aprendizagem contínua e
significativa, permitindo assim, a transformação do saber assistemático para
sistemático.
“Grandes realizações são possíveis quando se dá atenção aos pequenos começos.”
(Lao Tse)
8.2 PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA
O pedagogo deve ser o profissional que compreende a natureza do trabalho coletivo
na escola e que percebe a necessidade de pensar a educação neste processo de
105
contradição: contra-hegemônico, que toma por base as condições concretas e
articula a educação às relações sociais democráticas e emancipadoras. É um
profissional que pensa o papel da escola historicamente e que media as relações
pedagógicas: professor, aluno, currículo, metodologia, processo de avaliação,
processo de ensino aprendizagem e organização curricular.
O pedagogo deve ter seu trabalho pautado em uma concepção de educação voltada
a um projeto de sociedade não excludente, não alienador, não reacionário ou
conservador - um projeto de educação coletivo, democrático e comprometido com o
acesso das classes populares ao conhecimento sistematizado. Concepção esta
voltada para a emancipação das classes populares, comprometida com a formação
cultural, com a difusão do conhecimento vivo e com um projeto de sociedade de fato
democrático.
O pedagogo, para tanto, deve ser o articulador e organizador do fazer pedagógico
da e na escola. Deve garantir uma coerência e uma unidade de concepção entre as
áreas do conhecimento, respeitando as suas especificidades. Cabe ao pedagogo
tornar conhecidos, por todo o coletivo escolar, os princípios e finalidades da
educação definidos no PPC.
Sendo o pedagogo um educador com intenção política, cabe a ele fazer da escola
um espaço de luta, construções coletivas, de conquista, onde professores e alunos
possam partilhar saberes e construir uma prática pedagógica articulada às
necessidades da sociedade.
8.2.1. DIRETRIZES QUE NORTEIAM O TRABALHO DO PEDAGOGO
A importância do pedagogo em uma escola é imensurável, e sistematizar na
Proposta Pedagógica suas ações é apenas uma forma de legitimar a função deste
profissional.
Formação Continuada dos profissionais da Escola;Relação entre Escola e
Comunidade;.
Avaliação do Trabalho Pedagógico;
Elaborar o Plano de Ação da Equipe Pedagógica.
Coordenar a elaboração coletiva e a implementação do projeto político-pedagógico.
Criar condições para a participação dos profissionais da escola e comunidade na
construção do projeto político-pedagógico.
106
Apresentar propostas, alternativas, sugestões e/ou críticas que promovam o
desenvolvimento e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar, conforme o
projeto político-pedagógico, a proposta curricular e o plano de ação da escola e as
políticas educacionais da SEED;
Coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de
materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir da proposta
curricular e do projeto político-pedagógico da escola; participar da organização
pedagógica da biblioteca da escola, assim como do processo de aquisição de livros
e periódicos;
Atuar, junto ao coletivo de professores, na elaboração de projetos de recuperação
de estudos a partir das necessidades de aprendizagem identificadas em sala de
aula, de modo a garantir as condições básicas para que o processo de socialização
do conhecimento científico e de construção do saber realmente se efetive;
Organizar a realização dos pré-conselhos e conselhos de classe, de forma a garantir
um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido
pela escola e em sala de aula, além de coordenar a elaboração de propostas de
intervenção decorrentes desse processo;
Analisar os projetos de natureza pedagógica a serem implantados na escola;
coordenar a organização do espaço-tempo escolar a partir do projeto político-
pedagógico e da proposta curricular da escola, intervindo (JUNTO À DIREÇÃO) na
elaboração do calendário letivo, na formação de turmas, na definição e distribuição
do horário semanal das aulas e disciplinas, da hora-atividade e de outras atividades
que interfiram diretamente na realização do trabalho pedagógico;
Coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas a partir
de critérios legais, pedagógico-didáticos e da proposta pedagógica da escola;
responsabilizar-se pelo trabalho pedagógico-didático desenvolvido na escola pelo
coletivo dos profissionais que nela atuam; implantar mecanismos de
acompanhamento e avaliação do trabalho pedagógico escolar pela comunidade
interna e externa;
Acompanhar o aluno em suas dificuldades, encaminhando-o a outros especialistas
ou espaços de aprendizagem (sala de recursos – sala de apoio) quando se fizer
necessário.
Acompanhar junto aos professores quais os educandos que apresentam
necessidades educacionais especiais;
Organizar meios de intervenção para trabalhar com os alunos que apresentam
dificuldades de aprendizagem, identificados pelo conselho de classe (casos
atendidos);
107
Informar aos profissionais todos os encaminahmentos feitos com cada educando
bem como com suas famílias, orientar e cobrar;
Analisar os índices de aproveitamento escolar, evasão, repetência, identificando-os
com vistas a minimizá-los.
Verificar se o educando que foi encaminhado está cumprindo com os devidos
encaminhamentos, como: freqüentando as seções com os psicólogos, entre outros;
Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as
formas de discriminação, preconceito e exclusão social e de ampliação do
compromisso ético-político com todas as categorias e classes sociais; observar os
preceitos constitucionais, a legislação educacional em vigor e o Estatuto da Criança
e do Adolescente, como fundamentos da prática educativa.
Orientar o correto preenchimento dos livros registros de classe.
Acompanhar o Plano de Trabalho docente das aulas verificando se está de acordo
com a Proposta Pedagógica e/ou orientar nesta direção;
Contribuir com encaminhamentos metodológicos, sugestões de leituras em torno de
uma prática comum e articulada com a concepção de escola pública orientando
docentes e alunos em torno do ato de ensinar e aprender.
Propiciar espaços de convivência entre os docentes, estabelecendo caminhos de
pesquisa, estudo, integração, por uma educação democrática.
Discutir com os professores e os outros profissionais da escola quais as atuais
problemáticas sociais e econômicas que interferem na educacional;
Organizar os conselhos de classe e reuniões pedagógicas com o objetivo de
estudar, analisar a prática pedagógica docente e a construção de uma proposta
educativa que contribua para a melhoria do processo ensino-aprendizagem.
Organizar meios de intervenção para trabalhar com os alunos que apresentam
dificuldades de aprendizagem, identificados pelo conselho de classe.
Assessorar os professores nos procedimentos de avaliação da aprendizagem,
adequando-as à proposta pedagógica da escola.
Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e
aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico e para a elaboração de
propostas de intervenção na realidade da escola;
Participar e intervir, junto à direção, da organização do trabalho pedagógico escolar
no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação escolar;
108
Participar da elaboração do projeto de formação continuada de todos os
profissionais da escola, tendo como finalidade a realização e o aprimoramento do
trabalho pedagógico escolar;
Orientar o Pano de Trabalho Docente junto ao coletivo de professores da escola;
subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores da
escola, promovendo estudos sistemáticos, trocas de experiência, debates e oficinas
pedagógicas;
Elaborar o projeto de formação continuada do coletivo de professores e promover
ações para sua efetivação; organizar a hora-atividade do coletivo de professores da
escola, de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de reflexão-ação sobre o
processo pedagógico desenvolvido em sala de aula;
Coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento
Escolar da escola, garantindo a participação democrática de toda a comunidade
escolar;
Informar ao coletivo da comunidade escolar os dados do aproveitamento escolar, de
forma a promover o processo de reflexão-ação sobre os mesmos para garantir a
aprendizagem de todos os alunos;
Orientar a comunidade escolar a interferir na construção de um processo
pedagógico numa perspectiva transformadora;
Desenvolver projetos que promovam a interação escola-comunidade, de forma a
ampliar os espaços de participação, de democratização das relações, de acesso ao
saber e de melhoria das condições de vida da população; participar do Conselho
Escolar subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca
da organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;
Propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e sua participação
nos diversos momentos e órgãos colegiados da escola;
Realizar reuniões de pais, juntamente com direção e professores, promovendo
meios de integração entre escola e família, visando um melhor aproveitamento no
processo de ensino-aprendizagem, auxiliando os pais na reflexão de sua função no
acompanhamento permanente dos filhos.
Mobilizar a comunidade escolar (funcionários, alunos, pais e professores) para a
compreensão da realidade na qual está inserida, objetivando traçar ações
consistentes na escola.
Desenvolver projetos de interação escola-comunidade ampliando espaço de
participação da comunidade nas decisões pedagógicas da escola.
109
Participar do conselho escolar subsidiando teórica e metodologicamente as reflexões
e decisões sobre o trabalho pedagógico escolar.
Incentivar e propiciar a participação dos alunos nos diversos momentos e em órgãos
colegiados da escola.
Elaborar estratégias para a superação de todas as formas de discriminação,
preconceito e exclusão social e de compromisso ético e político com todas as
categorias e classes sociais.
Fazer cumprir os preceitos constitucionais, a legislação educacional em vigor e o
Estatuto da criança e do adolescente, como fundamentos da prática educativa.
Promover reuniões de caráter formativo e informativo;
Estimular a participação dos pais, distinguindo presença de participação;
Levar os pais a conhecerem a proposta da escola.
Organizar e coordenar conselhos de classe de forma a garantir um processo coletivo
de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico.
Acompanhar e assessorar o professor na seleção de procedimentos de avaliação do
rendimento da aprendizagem adequando-os aos objetivos educacionais previstos no
Projeto Político Pedagógico.
O pedagogo tem seu trabalho amparado na Proposta Pedagógica, tendo base de
fundamentação o que está previsto no edital do Concurso de 2004, amparada pelo
Regimento Escolar.
Organizar a realização dos conselhos de classe, de forma a garantir um processo
coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido pela escola e
em sala de aula, além de coordenar a elaboração de propostas de intervenção
decorrentes desse processo; informar ao coletivo da comunidade escolar os dados
do aproveitamento escolar, de forma a promover o processo de reflexão-ação sobre
os mesmos para garantir a aprendizagem de todos os alunos; coordenar o processo
coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento Escolar da escola,
garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar; orientar a
comunidade escolar a interferir na construção de um processo pedagógico numa
perspectiva transformadora;
Desenvolver projetos que promovam a interação escola-comunidade, de forma a
ampliar os espaços de participação, de democratização das relações, de acesso ao
saber e de melhoria das condições de vida da população; participar do Conselho
Escolar subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca
da organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;
110
Propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e sua participação
nos diversos momentos e órgãos colegiados da escola;
Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as
formas de discriminação, preconceito e exclusão social e de ampliação do
compromisso ético-político com todos as categorias e classes sociais; observar os
preceitos constitucionais, a legislação educacional em vigor e o Estatuto da Criança
e do Adolescente, como fundamentos da prática educativa.
Dar ciência aos pais sobre a não realização de tarefas e trabalhos durante o
bimestre, bem como baixo rendimento nas avaliações, através de uma simples
assinatura na avaliação;
Discutir e registrar em Conselho de Classe todos os casos de baixo rendimento
escolar, bem como ter registrado a manifestação de TODOS os professores da
turma, orientações da equipe, tomadas de decisões, encaminhamentos.
Sempre iniciar um conselho novo, retomando os encaminhamentos feitos no
conselho anterior;
Solicitar dos professores levantamento de possíveis casos de alunos com
necessidades educacionais (conhecer legislação Ed. Especial p/ saber o que é e
até para saber que muitos alunos muitas apresentam dificuldades de aprendizagem
e nem sempre aparece num diagnóstico) e registro de acompanhamento desses
alunos, bem como ofício solicitando auxilio e orientações da equipe de Ed. Esp. do
NRE);
Buscar perceber nos Pré-conselhos (juntamente com os professores) se ao casos
encaminhados são de defasagem de aprendizagem (questões cognitivas) de
conteúdo (questões conceituais) ou o mesmo se trata-se no não envolvimento do
aluno diante das atividades.
Realizar avaliações no contexto (juntamente com os docentes) a fim de perceber e
encaminhar tais questões
Solicitar aos professores que registrem no livro sempre que estiverem retomando
conteúdos e que preparem atividades extras aos alunos de baixo rendimento,
durante o bimestre, como tarefa nem que seja apenas para verificar dificuldades,
sem valer como avaliação;
Preocupar-se, juntamente com o coletivo escolar, com os termos e mesmo a forma
de referir-se aos alunos em conselho de classe - inclusive no que tange ao registro
em ata. È importante priorizar a ênfase às possíveis defasagens de conteúdo ou de
aprendizagem e tomar as questões como excesso de conversar ou dispersão como
sendo possíveis condicionantes sobre a aprendizagem. Portanto, o registro em ata
deve enfatizar os encaminhamentos sobre a aprendizagem e não os condicionantes
111
dela (comportamento, disciplina, atenção, envolvimento, participação). Estes devem
ser levantados e analisados no pré conselho de classe.
Verificar nos livros de registros: clareza nos registros de avaliação, quantidade e tipo
de instrumentos utilizados, bem como notas e critérios adotados.
Acompanhar todo o processo de ensino–aprendizagem dos alunos especialmente os
que estejam apresentando baixo rendimento na aprendizagem mediando as
relações com pais e professores. O acompanhamento continuo evita também
possíveis surpresas por parte da equipe pedagógica e/ou do corpo docente diante
da reprovação em algumas disciplinas.
Dar ciência aos pais das dificuldades do filho, bem como da não realização de
tarefas e trabalhos anteriormente a entrega de boletins.
Estimular a manifestação de todos os professores a respeito das dificuldades dos
alunos nas diferentes disciplinas, nos diversos momentos na escola em especial na
ocasião da realização de pré-conselho e conselho de classe.
Adotar critérios QUALITATIVOS no conselho de classe final, bem como esclarecer
quais os aspectos são levados em consideração para a tomada de decisões neste
momento decisório.
8.3. A AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
A avaliação é o instrumento que possibilita ao professor diagnosticar o nível de
aprendizagem dos alunos, para tomar decisões que direcionem o processo ensino-
aprendizagem.
Fundamentada na Lei nº 9394/96 e Instrução nº 007/09 a avaliação deve ser
entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e
interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com as finalidades
de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem e de seu próprio
trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de
aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes
valor.
Os valores serão atribuídos a cada trimestre tendo no mínimo em 03 (três)
instrumentos avaliativos, numa escala de 0,0 a 10,0. A somatória desses
instrumentos totalizará 10,0. Sendo obrigatória a realização de prova trimestral,
ficando a critério do Professor os demais instrumentos diversificados de avaliação.
112
A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem, no seu desenvolvimento
contínuo, cujo aluno com aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que lhes
possibilitem a apreensão dos conteúdos básicos, assegurando a retomada de
conteúdos e a reavaliação que totalize 10,0 (dez), prevalecendo a maior nota.Sendo
obrigatória para os que atingiram média inferior a 60%. do instrumento e optativa
para os que atingiram acima de 60%.
8..4. OBJETIVO DA OFERTA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
As Diretrizes Curriculares da Ela define a Educação de Jovens e Adultos (EJA),
como modalidade educacional que atende a educandos-trabalhadores têm como
finalidades e objetivos o compromisso com a formação humana e com o acesso à
cultura geral de modo que os educandos aprimorem sua consciência crítica, e
adotem atitudes éticas e compromisso político, para o desenvolvimento da sua
autonomia intelectual.
O papel fundamental da construção curricular para a formação dos educandos desta
modalidade de ensino é fornecer subsídios para que se afirmem como sujeitos
ativos, críticos, criativos e democráticos. Tendo em vista esta função, a educação
deve voltar-se a uma formação na qual os educandos possam: aprender
permanentemente; refletir de modo crítico; agir com responsabilidade individual e
coletiva; participar do trabalho e da vida coletiva; comportar-se de forma solidária;
acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais; enfrentar problemas novos
construindo soluções originais com agilidade e rapidez, a partir do uso
metodologicamente adequado de conhecimentos científicos,tecnológicos e sócio-
históricos (KUENZER, 2000, p. 40).
É característica dessa Modalidade de Ensino a diversidade do perfil dos educandos,
com relação à idade, ao nível de escolarização em que se encontram, à situação
socioeconômica e cultural, às ocupações e a motivação pela qual procuram a
escola.
O educando da EJA, que procura este estabelecimento de Ensino são oriundos das
diversas regiões do município, com diferentes faixas etárias, que não tiveram acesso
a escolarização na idade própria e que hoje buscam a escolarização formal, movidos
pelas exigências da sociedade ou por realização pessoal. A EJA propicia a esse
educando condições apara que isso ocorra na medida que se respeita sua cultura,
seu trabalho e o tempo de cada um, sendo que o pois o educando da EJA é sujeito
na construção do conhecimento conhecimento mediante a compreensão dos
processos de trabalho, de criação, de produção e de cultura, apropriando se de
113
saberes locais e universais, a partir de uma perspectiva de ressignificação da
concepção de mundo e de si mesmo.
8.4.1. CARACTERIZAÇÃO DO CURSO
Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de
escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus
estudos no Ensino Fundamental ou Médio, assegurando-lhes oportunidades
apropriadas, consideradas suas características, interesses, condições de vida e de
trabalho, mediante ações didático-pedagógicas coletivas e/ou individuais.
Portanto, este Estabelecimento Escolar oferta Educação de Jovens e Adultos –
Presencial, que contempla o total de carga horária estabelecida na legislação
vigente nos níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no processo.
Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de modo a
viabilizar processos pedagógicos, tais como:
pesquisa e problematização na produção do conhecimento;
desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;
registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias,
ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e socialização
dos conhecimentos;
vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos, bem
como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.
Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos plano de
estudos e atividades.
O Estabelecimento de Ensino deverá disponibilizar o Guia de Estudos aos
educandos, a fim de adequar a Proposta Política Pedagógica e o Plano de Trabalho
Docente às necessidades educativas apresentadas no contexto do processo sempre
que necessário ;
Deixar transparente a intencionalidade do trabalho educativo, tendo em vista os
conceitos fundamentais do conhecimento de cada disciplina e os elementos sociais
e culturais próprios da comunidade, considerando uma dimensão histórica de si
mesmo e da realidade, a partir do conhecimento dominado;
114
Permitir que todos os alunos tenham oportunidades de apropriar- se do
conhecimento historicamente acumulado por meio de metodologias diversificadas e
participativas;
Resgatar durante o processo de aprendizagem, os conteúdos que ainda não foram
completamente efetivados, através da democratização do saber, apropriação do
saber sistematizado e a produção de um novo saber;atender igualmente aos
sujeitos, seja qual for a condição social e econômica, seu pertencimento étnico
cultural e às possíveis necessidades especiais para a aprendizagem tenha acesso a
todas as informações sobre a organização da modalidade.
8.4.1.1. Organização Coletiva
Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um
cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão de início
e término de cada disciplina, oportunizando ao educando a integralização do
currículo.
A mediação pedagógica ocorrerá priorizando o encaminhamento dos conteúdos de
forma coletiva, na relação professor-educandos e considerando os saberes
adquiridos na história de vida de cada educando. organização coletiva destina-se,
preferencialmente, àqueles que têm possibilidade de frequentar com regularidade as
aulas, a partir de um cronograma pré-estabelecido.
8.4.1.2. Organização Individual
A organização individual destina-se àqueles educandos trabalhadores que não têm
possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, devido às condições de
horários alternados de trabalho e para os que foram matriculados mediante
classificação, aproveitamento de estudos ou que foram reclassificados ou
desistentes quando não há, no momento em que sua matrícula é reativada, turma
organizada coletivamente para a sua inserção. Será programada pela escola e
oferecida aos educandos por meio de um cronograma que estipula os dias e
horários das aulas, contemplando o ritmo próprio do educando, nas suas condições
de vinculação à escolarização e nos saberes já apropriados.
8.4.2. NÍVEL DE ENSINO
115
8.4.2.1. Ensino Fundamental – Fase II
Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, este
estabelecimento escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e
Estaduais, que consideram os conteúdos ora como meios, ora como fim do processo
de formação humana dos educandos, para que os mesmos possam produzir e
ressignificar bens culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem.
Visa, ainda, o encaminhamento para a conclusão do Ensino Fundamental e
possibilita a continuidade dos estudos para o Ensino Médio.
8.4.2.2.Ensino Médio
O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em sua oferta, os
princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução n.º 02 de 07 de abril de
1998/CNE, nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de Jovens e Adultos
e nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica.
8.5. ESPECIFICIDADE DA PROPOSTA PEDAGÓGICA DA EJA
A nova proposta pedagógica da EJA, Fundamental Fase II e Médio, apresenta duas
características importantes e básicas: os momentos coletivos e os momentos
individuais. Nesse sentido, a escolarização, em todas as disciplinas, será organizada
de forma coletiva e individual, ficando a critério do educando a maneira que melhor
se adapte às suas condições de vida.
A organização coletiva é programada pela escola oferecida aos educandos por meio
de um cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, contemplando
mais a relação pedagógica personalizada e considerando o ritmo próprio de cada
educando nos saberes apropriados.
Os aspectos filosóficos dentro dos princípios didáticos pedagógicos, estão
direcionados a educandos, trabalhadores e jovens adolescentes.
A educação deve voltar- se para a formação onde o educando possa refletir
criticamente, agir com responsabilidade, enfrentar problemas novos construindo
116
soluções com acesso a cultura geral e a tecnologia para a cidadania, para a busca
da melhoria de sua qualidade de vida.
A articulação dos três eixos no trabalho pedagógico, que são: cultura, trabalho e
tempo oportunizam uma proposta pedagógica pensada e estabelecida a partir de
reflexões sobre a diversidade cultural tornando-a mais próxima à realidade e ao perfil
do educando.
8.6. AÇÕES PEDAGÓGICAS DESCENTRALIZADAS
Este Estabelecimento Escolar desenvolverá ações pedagógicas descentralizadas,
efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a grupos sociais com
perfis e necessidades próprias e onde não haja oferta de escolarização para jovens,
adultos e idosos, respeitada a proposta pedagógica e o regimento escolar, desde
que autorizado pela SEED/PR, segundo critérios estabelecidos pela mesma
Secretaria em instrução própria.
8.7. FREQÜÊNCIA
A carga horária prevista para as organizações individual e coletiva é de 100% (cem
por cento) presencial no Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino Médio, sendo
que a freqüência mínima na organização coletiva é de 75% (setenta e cinco por
cento) e na organização individual é de 100% (cem por cento), em sala de aula.
8.8. EXAMES SUPLETIVOS
Este Estabelecimento Escolar ofertará Exames Supletivos, atendendo ao disposto
na Lei n.º 9394/96, desde que autorizado e credenciado pela Secretaria de Estado
da Educação, por meio de Edital próprio emitido pelo Departamento de Educação e
Trabalho, através da Coordenação da Educação de Jovens e Adultos.
8.9. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
117
O Estabelecimento de Ensino propõe duas formas de avaliação em suas atividades,
durante o ano escolar, de forma sistemática e contínua e ao final do ano escolar, de
forma sistemática e abrangente.
A Proposta Política Pedagógica deve ser aprovado pelo Conselho Escolar e
constantemente submetido a avaliação de sua prática, com a finalidade de modificar
o que se fizer necessário em termos dos interesses e necessidades da comunidade
escolar.
Durante o ano escolar, será acompanhado e avaliado o material didático, o currículo,
o sistema de orientação docente, a infra estrutura, material da escola, metodologia, a
atuação da equipe pedagógica/administrativa, os resultados dos cursos ofertados,
enfim toda a ação relevante da Instituição Escolar envolvendo nas avaliações,
avaliados e avaliadores, para que todos compreendam que é coletivamente, que se
constroem ações significativas na escola.
A avaliação da aprendizagem será formativa, diagnostica, contínua, permanente e
cumulativa, valorizando os aspectos qualifificativos de aprendizagem.
Os critérios utilizados estão de acordo com as DCEs e com o que perve o
Regimento Escolar. É avaliação que tem proporcionado que o professor faça a
retomada de conteúdos, valiando assim a sua própria prática pedagógica .
9. PRINCÍPIOS NORTEADORES DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Toda sabedoria é um pensamento que leva a viver e a amar. Exige, antes de tudo,
que saibamos quem somos nós.
“Há uma pluralidade nas relações do homem com o mundo. O homem e somente o
homem é capaz de transcender, de distinguir entre ser e não ser e de travar relações
incorpóreas. Na sua capacidade de discernir estará a raiz da consciência de sua
temporalidade, obtida precisamente quando, atravessando o tempo, alcança o
ontem, reconhece o hoje e descobre o amanhã. Homem um ser de relação,
temporalizando e situado, ontologicamente inacabado-sujeito por vocação, objeto
por distorção.” (Paulo Freire).
Conhecer o real visível e invisível. O homem é um ser capaz de conhecer o mundo e
a ele mesmo; conhecer os outros homens e as coisas cuja existência percebe pelos
sentidos e pela emoção, e do qual busca a explicação com sua inteligência.
Descobre as realidades sensíveis: o universo natural e o mundo dos homens.
118
O conhecimento aprofundado torna-se ciências: as ciências da natureza e as do
homem.
Nas ciências da natureza estuda-se como se formam e se desenvolvem as coisas,
os seres vivos e o mundo, sob o ponto de vista natural. Tais ciências procuram
explicar a gênese, o funcionamento e as transformações das realidades sensíveis.
O homem é capaz de conhecer o real não visível, porque com sua inteligência, sua
emoção e seu corpo pesquisa, a partir de sua experiência de vida, o que é essencial
de cada realidade: tanto da natureza da matéria, da vida, do ser, quanto da natureza
das sociedades e do próprio homem, este ser complexo. Estuda também as
condições da vida humana: estamos no espaço com nosso corpo, estamos no tempo
com a duração de nossa vida, nosso destino pessoal e a história humana.
O homem assim, interroga-se também sobre o valor de cada uma dessas realidades
e sobre o valor das iniciativas que toma, percebendo que:
O valor de todo conhecimento é a verdade;
O valor da ação humana é o bem pessoal e comum;
O valor de suas obras é o útil e o belo.
Esta reflexão, aprofundada, constitui o pensamento filosófico.
As ciências e a filosofia são as duas grandes formas complementares do
conhecimento humano: a ciência se interroga sobre o como do que acontece, e a
filosofia procura disso o porquê, sua causa primeira e a sua razão de ser, ser valor,
sua natureza. A exaltação da razão, contudo, tanto na ciência como na filosofia,
começa a ser posta em questão pelo pensamento pós-moderno. Ao lado dessas
duas formas de conhecimento deve ser reconhecido um valor cognitivo próprio à
experiência: ela pode ser um caminho de acesso ao conhecimento da realidade,
diferente e irredutível ao caminho das ciências.
Transformar os seres e as coisas pela atividade humana. O homem não é somente
capaz de conhecer o mundo e a ele mesmo pela descoberta e pela reflexão. Ele é
também suscetível de transformar os seres e as coisas por suas atividades.
As atividades do homem não são automáticas e mais ou menos iguais, como as dos
animais: podem ser inteligentes e livres, inspiradas pelo conhecimento que o homem
adquiriu através de seu saber e sua reflexão.
O homem transforma as coisas, a partir das matérias e da natureza, quando executa
obras e fabrica produtos:
A execução do homem que inventa obras e fabrica produtos úteis, eis o que é o
trabalho, artesanal ou técnico;
119
A ação do homem que cria obras belas que são sinais visíveis de valores profundos
e invisíveis, eis o que é a arte.
O trabalho e a arte são as duas atividades pelas quais o homem transforma a
natureza e as coisas. A culinária também transforma as plantas e os animais em
alimentos nutritivos; a música transforma o ruído em beleza; a linguagem transforma
o grito em palavra, o desenho torna-se escrita, e por estes últimos os homens
exprimem-se e compreendem-se, o que é ao mesmo tempo útil e belo.
O homem pode se transformar a si próprio e transformar os outros com a ajuda
deles e com respeito a liberdade de cada um. Para expressar-se, refletir, agir,
executar o trabalho, é engajar-se com liberdade, no sentido de proporcionar o
processo dos valores que se estima.
Se escolher agir com consciência, está realizando um esforço moral em direção a
um ideal, transformando em pessoa e não em indivíduo. O conjunto de seus atos
humanos constitui-se em sua vida moral pessoal.
Quer queira ou não, o homem também transforma os outros. Ele os transforma no
sentido do bem: pela acolhida, pelo diálogo leal, pela ajuda desinteressada, pela
educação inteligente e pela amizade verdadeira. Os outros, então, também podem
se personalizar melhor e o grupo, a sociedade cessam de ser apenas coletividade,
para se tornarem comunidades: é a vida familiar, social e política, que deve se
desenvolver no sentido do bem comum.
Infelizmente, pode-se agir sobre os outros por constrangimento, ou pela afirmação
egoísta e orgulhosa de si, que vai muitas vezes até ao ódio e então não se libera
mais, vem a si, nem a ninguém, destroem-se os seres.
Portanto, toda transformação, de si e dos outros deve ocorrer através do verdadeiro
amor, o último capaz de permitir a vida em comunhão.
Educar é desenvolver a pessoa em todo o seu conjunto. Não podemos educar só o
fazer, ou só o agir, ou só a mente. Temos que formar o homem em sua totalidade,
pois é desse modo que ele atinge sua plenitude enquanto ser livre.
O currículo constitui o elemento nuclear da proposta pedagógica, viabiliza o
processo de ensino e aprendizagem.
Dentro desse marco teórico a proposta curricular define-se como desdobramento do
Projeto Político Pedagógico, ou seja, traçando intenções, objetivos, orientações
práticas para as ações didáticos-pedagógicas, conteúdos que definem o que
ensinar, como ensinar as formas de avaliação para uma educação emancipadora.
Diante das diversas concepções e tendências porque passou a educação, com
reflexões claras no currículo escolar, adotamos a linha de trabalho histórico-social
por considerar a concepção de ensino, como compreensão da realidade para
120
transformá-la. Tem como função social a responsabilidade pela ajuda ao educando
no desenvolvimento de suas próprias capacidades de aprender, a participação na
sociedade em função da formação da cidadania, uma estrutura curricular onde os
campos do conhecimento se articulem e se integrem com as demais disciplinas.
Precisamos ter em mente que sociedade queremos construir. Sociedade pressupõe
um povo educado e nossa obrigação é construir uma escola de qualidade para
educandos da classe trabalhadora.
Vejamos os propósitos para o ensino fundamental.
Enquanto aprofundamento dos conhecimentos já adquiridos no primeiro segmento, o
perfil pedagógico do ensino fundamental de 5ª a 8ª série tem como ponto de partida
o que a L.D.B. estabelece em seu Artigo 32. Deverá assim continuar o processo de
desenvolvimento da capacidade de aprender com destaque para o aperfeiçoamento
do uso das linguagens como meio de constituição dos conhecimentos, da
compreensão e da formação de atitudes e valores.
O trabalho e a cidadania são previstos como os principais contextos nos quais a
capacidade de continuar aprendendo deve se aplicar, a fim de que o educando
possa adaptar-se às condições em mudanças na sociedade, especificamente no
mundo das ocupações.
O aprimoramento do educando como pessoa humana destaca a ética, a autonomia
intelectual e o pensamento crítico.
Os processos produtivos dizem respeito a todos os bons, serviços e conhecimentos
com os quais o educando se relaciona no seu dia-a-dia, bem como àqueles
processos com os quais se relacionará mais sistematicamente na sua formação
futura.
Para fazer ponte entre teoria e prática, de modo a entender como a prática está
ancorada na teoria e preciso que a escola seja uma experiência permanente de
estabelecimento de relações entre o aprendido e o observado, seja no cotidiano em
geral, seja no contexto específico de um trabalho e suas tarefas.
Para tanto a organização curricular do Ensino da Educação Básica será orientada
por pressupostos indicados a seguir:
Visão orgânica do conhecimento, afinada com as mutações surpreendentes que o
acesso à informação está causando no modo de abordar, analisar, explicar e prever
a realidade, tão bem ilustrada nas falas e nas construções conceituais.
Disposição para perseguir essa visão organizando e tratando os conteúdos do
ensino e as situações de aprendizagem, de modo a destacar as múltiplas interações
entre as disciplinas do currículo.
121
Abertura e sensibilidade para identificar as relações que existem entre os conteúdos
do ensino e das situações de aprendizagem com os muitos contextos de vida social
e pessoal, de modo a estabelecer uma relação ativa entre o educando e o objeto do
conhecimento a desenvolver a capacidade de relacionar a teoria com suas
conseqüências e aplicações práticas..
Reconhecimento de que a aprendizagem mobiliza afetos, emoções e relações com
seus pares, além das habilidades intelectuais.
Com essa leitura, a formação a ser buscada se realizará mais pela constituição de
atitudes e disposição de condutas do que pela quantidade de informação
memorizada.
É importante, relacionar o conhecimento com experiências cotidianas, a dar
significado, do mundo, a fazer ponte entre teoria e prática, a fundamentar a crítica, a
argumentar com base em fatos, a lidar com o sentimento que a aprendizagem
desperta.
O processo histórico de transformação da sociedade e da cultura de um povo,
requer metodologias que incentivem a iniciativa e a criação do jovem. Incentivar o
cultivo do trabalho de pesquisa, da produção intelectual, mediante o estudo
sistemático de temas e problemas relevantes, podendo ser projetos de pesquisas
científicas, culturais ou artísticas, com recursos didáticos e organização que atenda
a necessidade e integração do educando na vida em sociedade, respeitando a
diversidade de cultura.
O estudo de filosofia e sociologia, organizam o currículo do Ensino Médio ao
trabalhar temas na perspectiva de responder a problemas de vida atual com
significado histórico social para os educandos.
Dessa forma, o educando se torna cidadão de fato se tiver acesso real a educação e
a cultura, ou seja, se souber aproveitar todos os bens necessários para assegurar tal
condição.
Para o desenvolvimento dos conteúdos é necessário estabelecer atividades, tendo
em mente os princípios pedagógicos estruturadores do currículo
(interdisciplinariedade e contextualização) e os princípios (valores éticos, estéticos e
políticos).
Entende-se interdisciplinariedade como a possibilidade de relacionar as disciplinas
em áreas de projetos de estudos, pesquisa e ação. Contextualização é o
estabelecimento de relações entre o sujeito e o objeto do conhecimento.
Contextualizar é ligar fatos, a prática com a teoria, ou com o conhecimento científico.
122
Os valores serão desenvolvidos na prática social e a escolar, no dia-a-dia- pelo
relacionamento alunos x alunos, alunos x professor, professor x professor, escola x
comunidade.
A prática pedagógica da escola, as formas de convivência no ambiente escolar, a
organização das situações de aprendizagem e os procedimentos de avaliação
deverão ser coerentes com os valores estéticos, políticos que inspiram a
Constituição Federal e Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Busca-se a uma pedagogia de qualidade, promovendo a integração e articulação
dos conhecimentos das áreas e disciplinas, num processo permanente que leve o
educando à compreensão da totalidade através da contextualização, da
interdisciplinariedade e da transdisciplinariedade.
A metodologia adequada aplicada na construção do conhecimento e formação do
cidadão critico e participativo, deverá utilizar-se de:
Experiências participativas e coletivas;
Discernimento de fatos e informações;
Desenvolvimento técnico-científico;
Desenvolvimento do raciocínio-lógico;
Construção da autonomia;
Incentivo às iniciativas;
Oportunidades de interação com o conhecimento científico
Levantamento de hipóteses para solução de problemas.
Pluralismo de idéias:
São bem vindas as tomadas de difusão relativas às metodologias a serem utilizadas
no contexto da sala de aula que expressem possíveis consensos produzidos pelos
grupos de docentes que atuam nos mesmos níveis e modalidades no âmbito
escolar, atuação coletiva expressa coerência na oferta educativa de determinada
escola, não homogenia as diferentes práticas docentes.
O sistema educativo é apoiado em pressupostos democráticos que garantem o
pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas garantidas no artigo 206 da
Constituição Brasileira.
Um processo de ensino estruturado, com materiais diversificados e posturas
metodológicas compromissadas e significativas levam o aluno a aprender melhor e
mais prazerosamente, porém é necessário o professor dominar o uso destes
materiais para atingir os objetivos previstos. Ele deve ir além do guia-livro didático,
123
criando novas atividades que agucem a curiosidade dos alunos. Isto pode ocorrer
através de projetos.
É pertinente a política pública-folhas, programas permanentes de formação de
docentes.
9.1 OBJETIVOS
Assegurar aos educandos da Educação Básica, formação comum indispensável
para o desenvolvimento da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no
trabalho e em estudos posteriores.
Objetivar a preparação básica para o trabalho e a cidadania.
Oportunizar uma educação básica de qualidade com condição indispensável para o
êxito num mundo pautado pela competição, inovação tecnológica, pela mídia e
crescentes exigências de qualidade, produtividade e conhecimento.
Articular as modalidades de ensino ofertada pelo Estabelecimento, para fins de
prosseguimento e conclusão de estudos.
Articular formas de atendimento a alunos com necessidades educativas especiais,
identificando, articuladamente com os professores as áreas de desenvolvimento e de
aprendizagem que, em cada educando, manifesta maior fragilidade.
10. MARCO OPERACIONAL: PROPOSIÇÃO DE AÇÕES
10.1. DO ENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE ESCOLAR
Visando envolver os pais no contexto escolar e em especial no processo educativo
do educando, o Colégio desenvolve ações que fazem com que a família sinta-se
parte integrante desse processo.
Neste sentido, os pais são sempre convocados a comparecerem no Colégio para
tratarem de assuntos pertinentes ao processo ensino-aprendizagem dos seus filhos.
Além de ocorrer bimestralmente a entrega de boletins, com os resultados obtidos
pelo aluno, é um momento em que a Equipe Pedagógica e Professores buscam
juntos aos pais medidas para que os resultados não satisfatórios sejam melhorados.
124
Também é realizado o jantar da Família anualmente, envolvendo pais, alunos,
professores, funcionários e equipe diretiva.
Anualmente também são realizadas atividades de integração: festa julina, ação entre
amigos em prol dos Formandos do Ensino Fundamental e Médio.
Os alunos são convidados a participarem do Voluntariado Jovem, com o objetivo de
desenvolver o senso-crítico e atitudes de preservação e solidariedade. A reunião
ocorre em período contraturno, uma vez por semana, sendo tratados assuntos
envolvendo a realidade da sociedade, bem como os caminhos para solucionar
alguns problemas.
O colégio realiza viagens culturais e educativas com os alunos visando uma melhor
integração dos mesmos com o espaço escolar e promover uma aprendizagem
significativa.
Em comemoração ao Dia do Estudante é realizado o “Dia do Ridículo”, neste dia os
alunos vêem para o Colégio com trajes engraçados o que promove uma
descontração e lazer à todos.
10.2. DOS PROCEDIMENTOS DE INTERVENÇÃO DIDÁTICA
A verificação dos níveis de aprendizagem dos alunos de cada turma, além do
acompanhamento da prática pedagógica do professor, dá subsídios para que o
Pedagogo, juntamente com a Equipe Gestora realize intervenções que levem o
Professor, quando necessário a mudar a sua prática, considerando que o educando
já possui conhecimentos espontâneos que estabelecem-se no confronto da crença
com as coisas vivas e reais no seu dia-a-dia, a criança nesse sentido vai do objeto
para o conceito.
Na construção do conhecimento científico, a criança vai do conceito, que será
mediado pelo professor, por meio dos conteúdos e metodologias aplicadas,
chegando-se ao objeto que lhe dará subsídios para compreender e atuar na
sociedade. A intervenção didática do professor é de fundamental importância para
que o aluno consiga aprender e apreender os conteúdos, dando-lhe significados.
A ação docente deve permear os caminhos didáticos que se constituem numa ação-
reflexão-ação, por meio dos conteúdos trabalhados, metodologia utilizada, recursos
e avaliação.
125
10.3. DO CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é o momento em que a Equipe Diretiva, Pedagogo e Direção
reúnem-se com o objetivo de refletir sobre os resultados alcançados por cada turma,
os motivos que levaram ao rendimento insatisfatório, bem como a tomada de
decisão sobre as ações a serem realizadas para que a aprendizagem ocorra de
maneira que os objetivos da educação se efetivem.
10.4. DO PROCESSO DE PROMOÇÃO
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e do Ensino Médio
(1º ao 3º ano) que apresentarem frequência mínima de 75% de horas letivas e
média anual igual ou superior a 6,0 em cada disciplina, serão considerados
aprovados ao final do ano letivo para o Ensino Fundamental e Médio..
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º anos) e do Ensino Médio
(1º ao 3º ano) serão considerados retidos ao final do ano letivo quando
apresentarem frequência inferior a 75% do total das horas letivas
independentemente do aproveitamento escolar, ou frequência superior a 75% do
total de horas letivas e média inferior a 6,0 em cada disciplina.
10.5. CLASSIFICAÇÃO
É o procedimento no Ensino Fundamental e Médio em que o aluno realiza etapa de
estudos e provas para ser posicionado de acordo com o seu nível de aprendizagem
adquiridos por meios formais ou informais.
10.5.1. RECLASSIFICAÇÃO
É o processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia o grau de experiência do
aluno matriculado, preferencialmente no início do ano letivo, levando em conta as
normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudos compatível
com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do que registre seu
histórico escolar.
126
10.6. ADAPTAÇÃO E APROVEITAMENTO DE ESTUDOS E REGIME DE
PROGRESSÃO PARCIAL
Os estudos concluídos com êxito serão aproveitados para que o aluno possa dar
continuidade ao seu processo de escolarização.
A adaptação será realizada para alunos oriundos de outros estabelecimentos de
ensino que deixaram de cursar alguma disciplina presente na Matriz Curricular,
sendo realizada durante o período letivo para que o aluno possa concluir seus
estudos.
O estabelecimento de ensino não oferta Regime de Progressão Parcial, mas para os
alunos recebidos de outro estabelecimento será proporcionado o acesso ao
conhecimento a disciplina em que ficou retido por meio da realização de Estudos e
Avaliações.
10.7. PROCESSO DE APRIMORAMENTO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA
O Colégio proporciona momentos de estudos e reflexões nos Conselhos de Classe,
Reuniões Pedagógicas e Formação Continuada em cada semestre.
Com o objetivo de superar as dificuldades que surgem em turmas específicas, são
realizadas reuniões extraordinárias para estudo do caso e estratégias de solução.
Quanto a hora-atividade existe dificuldade da Equipe Pedagógica em utilizá-la como
momento de Formação Continuada pelo fato do horário de aulas dos professores ser
fragmentado, daí a dificuldade de organizá-la por disciplina, sendo então organizada
de acordo com a possibilidade, após a montagem dos horários.
A expectativa é que com um número maior de professores do QPM no Colégio
consigamos fazer a hora-atividade concentrada por disciplina.
10.8. ENSINO DE 9 ANOS
A Superintendente da Educação, no uso das suas atribuições e considerando:
• a Lei Federal n. 9394/96, que institui as Diretrizes e Bases da Educação
Nacional;
• a Resolução n. 7/2010-CNE/CEB, que fixa as Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos;
• a Deliberação n. 03/2006-CEE/CEB;
127
• o Parecer n. 407/2011-CEE/CEB, que responde a consulta da SEED
quanto à implantação do 6° ao 9° ano e;
• a obrigatoriedade Ensino Fundamental emite o seguinte:
Em acordo com a instrução 008/2011-SUED/SEED, as instituições do Sistema
Estadual de Ensino com oferta do Ensino Fundamental-anos finais, devem, a partir
de 2012, implantar o 6º ao 9° ano do Ensino Fundamental de forma simultânea
Dar-se-á por meio da adequação do PPP-Projeto Político Pedagógico elaborado por
todos os segmentos da escola, e PPC-Proposta Pedagógica de responsabilidade
específica dos professores.
A Matriz Curricular que, contempla a Resolução nº 7/2010-CNE/CEB obedecendo ao
princípio de equidade, uma vez que não há fundamento legal ou científico que
sustente o privilégio de uma disciplina sobre a outra.
Assim, essa escola firma compromisso com a formação continuada junto aos
professores, agente educacional I e II, pedagogas e direção, com vista a assegurar o
entendimento dos objetivos do Ensino Fundamental de nove anos, bem como as
especificidades dos alunos, comprometendo-se a adequar e definir instrumentos e
critérios de avaliação coerentes com os conteúdos trabalhados, com os objetivos de
cada etapa de ensino e os encaminhamentos metodológicos adotados.
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estamos vivendo momentos de grandes transformações: no âmbito econômico
questiona se a globalização financeira é viável; no âmbito empresarial é a vez do
capital intelectual; no âmbito escolar, novos conceitos, metodologias, concepções
estão sendo estabelecidos.
A complexidade das relações educativas que ocorrem no Estabelecimento de Ensino
diariamente são amplas .
As escolas deverão reconhecer que as aprendizagens são constituídas pela
interação dos processos de conhecimento com os de linguagem e os afetivos, em
consequência das relações entre as distintas identidades dos vários participantes do
contexto escolarizado.
O desafio é propiciar o desenvolvimento humano pleno, a apropriação crítica,
criativa, duradoura e significativa, dos saberes e elementos da cultura necessários
para a formação da consciência, do caráter e cidadania. Cabe a nós, funcionários da
128
educação em todos os níveis hierárquicos, armados de clareza, coerência,
competência pedagógica e científica, auxiliar os educandos a construírem e
reconstruírem permanentemente o saber.
As diversas experiências de vida de alunos e professores e demais participantes do
ambiente escolar, expressas através de múltiplas formas de metodologias,
contribuem para a constituição de identidades de vários participantes do contexto
escolarizado.
A escola propõe-se de realizar atividades que possam construir o conhecimento do
discente em diferentes esferas da sociedade, estimulando-o a refletir sobre seu
papel enquanto cidadão consciente, re-apropriando-se dos princípios filosóficos
direcionados para a ética, virtudes, valores, moral e estabelecer diretrizes para
desenvolver estes princípios nesta proposta política pedagógica.
O crescimento tecnológico nos deu avanços de grande importância, porém
observamos que apesar desse progresso mundial, enfrenta-se um quadro de
desigualdades sociais, quebra de valores essenciais, crescente preconceito,
violência, desestruturação familiar, falta de amor e respeito, entre outros aspectos
que invadem e modificam a nossa sociedade. A comunidade vem sofrendo
transformações sócias econômicas e ambientais que refletem o seu equilíbrio,
aprendizagem e no relacionamento interpessoal no âmbito escolar.
Sendo a instituição escolar uma mediadora destas diversidades, tem como objetivo
garantir uma educação de qualidade respeitando o indivíduo no seu processo de
aprendizagem num contexto social.
A escola tem a responsabilidade de nortear as atitudes básicas para a
transformação de uma sociedade mais justa e democrática, onde homens trabalhem
para viver com qualidade e respeito, valorizando a cultura e a discussão entre todos
e por todos.
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
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Ano VII nº 28 nov/2003/Jan/2004
DALBEN, Ângela I. L. de Freitas. Conselhos de classe e avaliação: perspectivas
na gestão pedagógica da escola. Campinas, SP: Papirus, 2004.
CRUZ, C. H. Conselho de Classe e participação. In: Revista de Educação da
AEC. Brasília, n.94, p.111-136, jan/mar.1995.
VASCONCELLOS, Celso dos S. Finalidade da avaliação. In: Avaliação: concepção
dialética-libertadora do processo de avaliação escolar. São Paulo, Libertad: 1994.
p..43-50.
ANEXO 1 - MATRIZES CURRICULARES
REGIME E FUNCIONAMENTO
A organização dos Anos Finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e Ensino
Médio ( 1º ao 3º ano ) é por série . A EJA está organizada por disciplina, coletiva ou
individual. Os turnos de funcionamento estão organizados em: Manhã: Ensino
Fundamental (8º ao 9º ano) e Ensino Médio (1º ao 3º ano); Tarde: Ensino
Fundamental (6º ao 8º ano) e EJA; Noite: EJA
134
1.1. MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL
MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL
NRE: 001 - APUCARANA
MUNICÍPIO: ARAPONGAS CÓDIGO: 0150
ESTABELECIMENTO: 00023 Colégio Estadual Unidade Polo –Ens.Fundamental Médio
RUA: PAVÃO , 831 FONE: (43) 32522741
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL - 6º/9º ano
TURNO: Manhã MÓDULO: 40 SEMANAS
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2013 FORMA: SIMULTÂNEA
BASE
NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS/ANOS 6º 7º 8º 9º
ARTE 2 2 2 2
CIÊNCIAS 3 3 3 3
EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2
ENSINO RELIGIOSO * 1 1
GEOGRAFIA 2 3 3 3
HISTÓRIA 3 2 3 3
LINGUA PORTUGUESA 5 5 5 5
MATEMÁTICA 5 5 5 5
SUB TOTAL 23 23 23 23
PARTE
DIVERSIFICADA
LEM – INGLÊS 2 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25 25
Nota: Matriz Curricular de Acordo com a LDB N. 9394/96
*Não computado na Carga horária da Matriz por se facultativa ao aluno
Colégio Estadual Unidade Polo - Ensino Fundamental e Médio
R. Pavão, 831 – Centro – Fone/Fax: (43) 3252-2741 – CEP: 86701-290
Arapongas – Paraná
135
1.2. MATRIZ CURRICULAR DA EJA/ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Unidade Polo
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: Arapongas NRE:Apucarana
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2009 FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1452 H/A ou 1200/1210 HORAS
DISCIPLINAS Total de
Horas
Total de
horas/aula
LÍNGUA PORTUGUESA 226 272
ARTES 54 64
LEM - Inglês 160 192
EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64
MATEMÁTICA 226 272
CIÊNCIAS NATURAIS 160 192
HISTÓRIA 160 192
GEOGRAFIA 160 192
ENSINO RELIGIOSO* 10 12
Total de Carga Horária do Curso 1200/1210 horas ou 1440/1452 h/a
*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E
DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
Colégio Estadual Unidade Polo - Ensino Fundamental e Médio
R. Pavão, 831 – Centro – Fone/Fax: (43) 3252-2741 – CEP: 86701-290
Arapongas – Paraná
136
1.3. MATRIZ CURRICULAR ENSINO MÉDIO
MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO
NRE: 01 - APUCARANA
MUNICÍPIO: ARAPONGAS CÓDIGO: 0150
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO – E.FUND. E MÉDIO CÓDIGO:00023
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: ENSINO MÉDIO CÓDIGO: 0009 TURNO: MATUTINO
ANO DE IMPLANTAÇÃO:2014 SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
BASE
NACIONAL
COMUM
1ª 2ª 3ª
ARTE 2 2 -
BIOLOGIA 2 2 2
EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2
FILOSOFIA 2 2 2
FÍSICA 2 2 2
GEOGRAFIA 2 2 2
HISTÓRIA - 2 2
LÍNGUA PORTUGUESA 3 4 4
MATEMÁTICA 4 3 3
QUÍMICA 2 2 2
SOCIOLOGIA 2 2 2
SUB TOTAL 23 23 23
PARTE DIVERSIFICAD
A
DISCIPLINA
LEM – INGLÊS 2 - 2
SUB -TOTAL 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25
Nota: Matriz Curricular de Acordo com a LDB N. 9394/96
Arapongas, 26 de setembro de 2013
137
1.1.4. MATRIZ CURRICULAR DA EJA ENSINO MÉDIO
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS -
ENSINO MÉDIO
ESTABELECIMENTO:
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: .......................................... NRE:
ANO DE IMMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2010 FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORAS
DISCIPLINAS Total de Horas Total de horas/aula
LÍNGUA Portuguesa e Literatura 174 208
LEM – Inglês 106 128
Arte 54 64
FILOSOFIA 54 64
SOCIOLOGIA 54 64
Educação Física 54 64
Matemática 174 208
Química 106 128
Física 106 128
Biologia 106 128
História 106 128
Geografia 106 128
Língua Espanhola * 106 128
TOTAL 1200/1306 1440/1568
* LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA
FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
138
ANEXO 2 - FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Constituição Brasileira;
Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional;
Lei 9394/96 de 20/12/96;
Lei 9475 de 22 de julho de 1997 – CNE;
Lei 10287 de 20 de setembro de 2001;
Deliberação nº 007/99 – CEE;
Deliberação 014/99 – CEE;
Deliberação 016/99 – CEE;
Resolução nº 3794/04;
Indicação 004/99 – CEE
Parecer 05/97 – CBE/CNE;
Parecer 015/98 CBE/CNE.
ANEXO 1 – MATRIZES CURRICULARES
ANEXO 2 – Fundamentação Legal
ANEXO 3 – Plano de Ação do Programa Brigada Escolar
ANEXO 4 – Plano de Estágio
ANEXO 5 – Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar
139
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
R. Pavão, 831 – Centro – Fone/Fax: (43) 3252-2741 – CEP: 86701-290
Arapongas – Paraná
PLANO DE AÇÃO DO PROGRAMA BRIGADA ESCOLAR
APRESENTAÇÃO:
O Programa Brigada Escolar surge em meio as escolas com os princípios de prevenção e preparação de todos os Professores, Alunos e Funcionários do Colégio para terem conhecimento das ações a serem desenvolvidas, caso ocorram sinistros e haja a necessidade de abandono de determinadas regiões do prédio escolar, criando mecanismos para que em momento de urgências de abandono predial e qualquer outra situação que exijam ações imediatas e de primeiros socorros os mesmos saibam como agir.
JUSTIFICATIVA DO PROGRAMA
Considerando que a população adulta só adquire hábitos preventivos após terem vivenciado uma situação de crise ou por força de uma legislação pertinente, o Programa opta em trabalhar no ambiente escolar, onde se espera mitigar os impactos, promovendo mudanças de comportamento, visto que crianças e adolescentes são mais receptíveis, menos resistentes a uma transformação cultural e potencialmente capazes de influenciar pessoas,atuando como multiplicadores das medidas preventivas. Ainda mais, a opção de se trabalhar em nossa escola que tem a ver com a necessidade de adequá-la internamente para atender as disposições legais de prevenção de toda a espécie de riscos, sejam eles de cunho natural ou de outra espécie como acidentes pessoais e incêndios, entre outros.
OBJETIVO GERAL
Promover a conscientização e capacitação da Comunidade Escolar do Colégio Estadual Unidade Polo para ações mitigadoras e de enfrentamento de eventos danosos, naturais ou humanos, bem como o enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas para garantir a segurança dessa população e possibilitar, em um segundo momento, que tais temas cheguem a um grande contingente da Comunidade Escolar.
140
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
• levar toda a Comunidade a construírem uma cultura de prevenção a partir do
ambiente escolar;
• proporcionar aos alunos do Colégio Estadual Unidade Polo condições mínimas para
enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas, assim como conhecimentos para se conduzirem frente a desastres;
• promover o levantamento das necessidades de adequação do ambiente escolar, com
vistas a atender às recomendações legais consubstanciadas nas vistorias do Corpo de Bombeiros;
• preparar os profissionais da rede estadual de ensino para a execução de ações de
Defesa Civil, a fim de promover ações concretas no ambiente escolar com vistas a prevenção de riscos de desastres e preparação para o socorro, destacando-se ações voltadas ao suporte básico de vida e combate a princípios de incêndio;
• articular os trabalhos entre os integrantes da Defesa Civil Estadual, do Corpo
de Bombeiros, da Polícia Militar (Patrulha Escolar Comunitária) e da Comunidade Escolar;
• adequar as edificações do Colégio às normas mais recentes de prevenção contra
incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná, acompanhando os avanços legais e tecnológicos para preservação da vida dos ocupantes desses locais.
ESTRATÉGIAS
Ocorrerão capacitações contemplando a Comunidade Escolar, como objetivos específicos de conhecimento sobre Brigada Escolar.O Coordenador Local do Programa será o Diretor do estabelecimento de ensino.
Ao diretor do estabelecimento escolar caberá a responsabilidade de criar formalmente a Brigada Escolar. Trata-se de um grupo de cinco servidores do estabelecimento que atuarão em situações emergenciais, além de desenvolverem ações no sentido de:
• identificar riscos na edificação e nas condutas rotineiras da comunidade escolar;
• garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na retirada,de forma
segura, de alunos, professores e funcionários das edificações escolares, por meio da execução de exercícios simulados, no mínimo um por semestre, a ser registrado em calendário escolar;
141
• promover revisões periódicas do Plano de Abandono;
• apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, bem como na conduta
da comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de Abandono;
• promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar para discussão
de assuntos referentes a segurança do estabelecimento de ensino, com registro em livro ata específico ao Programa;
• verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em busca de
situações inseguras, comunicando imediatamente o Diretor para as providências necessárias.
Os cinco integrantes da Brigada Escolar, serão capacitados pelo Corpode Bombeiros Militar na modalidade de ensino a distância - EaD e PRESENCIAL.
ATIVIDADES PERMANENTES:
O Diretor de cada unidade escolar terá como responsabilidade,desenvolver o trabalho de implantação e implementação do Plano deAbandono.Esse Plano de Abandono consiste na retirada de forma segura de alunos, professores e funcionários das edificações escolares, por meio da execução de exercícios simulados e em tempo razoável.
Exercícios simulados deverão ser realizados no mínimo 01 (um) por semestre,
e as datas deverão estar registradas em Calendário Escolar.
O plano de abandono terá a participação de Professores, Alunos e Funcionários do
Colégio, após terem conhecimento teórico sobre a Brigada Escolar e Plano de
Abandono, todos passarão a identificar as situações de risco em que o mesmo será
acionado. Ao tomar conhecimento do sinistro, a Direção responsabilizará um
funcionário para avisar a o Corpo de Bombeiros pelo telefone e imediatamente dará
os três sinais que indica que o prédio escolar deverá ser abandonado, cada professor
organizará seus alunos em filas de um em um e serão guiados pelo aluno monitor da
turma que irá na frente, caso haja criança com necessidades educativas especiais
deverá haver mais um monitor para acompanhá-lo,o professor sairá por último e fará a
conferência se não ficou nenhum aluno na sala , tendo a certeza disso fará um risco
na porta, todos deverão andar rápido (não corrrendo) com os braços cruzados no
peito seguindo a rota de fuga indicada por pessoas que funcionarão como seta, até o
ponto de encontro do colégio que será um grande gramado próximo ao portão de
saída ( a quadra fica difícil por possuir um portão de acesso muito estreito), chegando
o Professor acomodará todos os alunos sentados e fará a conferência para verificar se
todos estão ali e comunicará a Direção . Então todos atuarão de forma a amenizar as
aflições até que o socorro chegue. O Colégio possui 3 pavilhões, com referência ao
local do sinistro serão retirados do local primeiramente os alunos mais próximos do
sinistro, devendo sempre iniciar o plano de abandono pela sala mais próxima da porta
de saída, dando sequência as demais seguindo o mesmo critério de proximidade.
Cronograma das Ações:
142
Ações período
Proporcionar aos Professores e Funcionários conhecimento teórico sobre o Programa Brigada Escolar.
Fevereiro
Orientar os pais sobre as ações a serem desenvolvidas no Plano Brigada Escolar.
Março
Proporcionar aos Alunosconhecimento teórico sobre o Programa Brigada Escolar.
Março
Realizar juntamente com Professores, Alunos e funcionários o Plano de Abandono.
Março
Realizar juntamente com Professores, Alunos e funcionários o Plano de Abandono.
Julho
Arapongas, 26 de novembro de 2012.
_____________________________________
Assinatura do Diretor
PLANO DE ESTÁGIO
143
ESTABELECIMENTO Colégio Estadual Unidade Polo
ENDEREÇO: Rua Pavão , 831
ENTIDADE MANTENEDORA: SEED – Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: Arapongas - Paraná
NRE: Apucarana
IDENTIFICAÇÃO DO CURSO
HABILITAÇÃO: Ensino Médio
NOME DO PROFESSOR ORIENTADOR: Eliane Pastori Leme Batista
ANO LETIVO: 2012
1. JUSTIFICATIVA
O Estágio Profissional não obrigatório é uma atividade curricular, um ato
educativo assumido intencionalmente pela instituição de ensino que propicia a
integração dos estudantes com a realidade do mundo do trabalho. Sendo um recurso
pedagógico que permite ao aluno o confronto entre os desafios profissionais e a
formação teórico-prática adquiridas nos estabelecimentos de ensino, oportunizando a
formação de profissionais com percepção crítica da realidade e capacidade de análise
das relações técnicas do trabalho.
O Estágio é desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades a serem
executadas devem estar devidamente adequadas às exigências pedagógicas relativas
ao desenvolvimento pessoal, profissional e social do educando, prevalecendo sobre o
aspecto produtivo.
O Estágio se distingue das demais disciplinas em que a aula prática está
presente por ser o momento de inserção do aluno na realidade, para o entendimento
do mundo do trabalho, com o objetivo de prepará-lo para a vida profissional, conhecer
formas de gestão e organização, bem como articular conteúdo e método de modo que
propicie um desenvolvimento ominilateral. Sendo também, uma importante estratégia
144
para que o aluno trabalhador tenha acesso às conquistas científicas e tecnológicas da
sociedade.
O Estágio Profissional, de caráter não obrigatório, atende as necessidades da
escola conforme previsto na legislação vigente:
Lei nº 9.394/1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação Nacional;
Lei N° 11.788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes;
Lei Nº 8.069/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, em
especial os artigos, 63, 67e 69 entre outros, que estabelece os princípios de proteção
ao educando;
o Art. 405 do Decreto Lei que aprova a Consolidação das Leis do Trabalho- CLT,
que estabelece que as partes envolvida devem tomar os cuidados necessários para a
promoção da saúde e prevenção de doenças e acidentes, considerando
principalmente, os riscos decorrentes de fatos relacionados aos ambientes, condições
e formas de organização do trabalho;
Deliberação N° 02/2009 – do Conselho Estadual de Educação.
Instrução Nº 006/2009 – SUED/SEED.
O Plano de Estágio é o instrumento que norteia e normatiza os Estágios dos
Alunos do Ensino Médio.
2. OBJETIVOS DO ESTÁGIO
2.1.OBJETIVO GERAL
Conhecer formas de gestão e organização na realidade do mundo do
trabalho, propiciando o desenvolvimento pessoal, profissional, a partir da prática
social, contemplando as diversas áreas que contribuem para a formação integral do
aluno, bem como reconhecer as dimensões pedagógicas que se desenvolvem em
todos os aspectos da vida social e produtiva.
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Proporcionar ao aluno o contato com as atividades relacionadas ao currículo do
145
Ensino Médio;
Oportunizar experiência profissional diversificada de acordo com proposta Curricular;
Relacionar teoria e prática profissional a partir das experiências realizadas no campo
de estágio;
Possibilitar a inserção do educando no mundo do trabalho.
3. LOCAIS DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO
O estágio poderá ser realizado em instituições públicas ou privadas desde
que esteja relacionado com o Projeto Político Pedagógico e com a Proposta Curricular
do curso.
4. ATIVIDADES DO ESTÁGIO
O Estágio Supervisionado, como ato educativo, representa o momento de
inserção do aluno na realidade do mundo do trabalho, permitindo que coloque os
conhecimentos construídos ao longo das séries em reflexão e compreenda as
relações existentes entre a teoria e a prática.
Por ser uma experiência pré-mundo do trabalho, servirá como instante de
seleção, organização e integração dos conhecimentos construídos, porque possibilita
ao estudante contextualizar o saber, não apenas como educando, mas como cidadão
crítico e ético, dentro de uma organização concreta do mundo trabalho, no qual tem
um papel a desempenhar.
5. ATRIBUIÇÕES DA MANTENEDORA/ESTABELECIMENTO DE ENSINO
O Estágio Profissional não obrigatório, concebido como procedimento
didático-pedagógico e como ato educativo intencional é atividade pedagógica de
competência da instituição de ensino, sendo planejado e avaliado em conformidade
com os objetivos propostos para a formação profissional dos estudantes, previsto no
Projeto Político-Pedagógico e no Plano de Estágio.
146
A instituição de ensino é responsável pelo desenvolvimento do estágio nas
condições estabelecidas no Plano de Estágio, observado:
Elaborar Termo de Compromisso para ser firmado com o educando ou com seu
representante ou assistente legal e com a parte concedente, indicando as condições
adequadas do estágio à proposta pedagógica do curso;
Etapa e modalidade da formação escolar do estudante e ao horário e calendário
escolar;
Respeitar legislação vigente para estágio não obrigatório;
Celebrar Termo de Compromisso com o educando, se for ele maior de 18 anos; com
seu assistente legal, se idade superior a 16 e inferior a 18 (idade contada na data de
assinatura do Termo) ou com seu representante legal, se idade inferior a 16 anos e
com o ente concedente, seja ele privado ou público;
Celebrar Termo de Cooperação Técnica para estágio com o ente público ou privado
concedente do estágio;
Contar com o professor orientador de estágio, o qual será responsável pelo
acompanhamento e avaliação das atividades;
Exigir do aluno o planejamento/plano e o relatório de seu estágio;
Realizar avaliações que certifiquem as condições para a realização do estágio
previstas no Plano de Estágio e firmadas no Termo de Cooperação Técnica e
Convênios que deverão ser aferidas mediante relatório elaborado pelo professor
orientador de estágio;
O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de proteção ao
estudante, vedadas atividades:
a) incompatíveis com o desenvolvimento do adolescente;
b) noturnas, compreendidas as realizadas no período entre vinte e duas horas
de um dia às cinco horas do outro dia;
c) realizadas em locais que atentem contra sua formação física, psíquica e
moral;
d) perigosas, insalubres ou penosas.
6. PROFESSOR ORIENTADOR DE ESTÁGIO
147
O estágio deverá ser desenvolvido com a mediação do professor orientador
de estágio, especificamente designado para essa função, o qual será responsável pelo
acompanhamento e avaliação das atividades.
6.1. COMPETE AO PROFESSOR ORIENTADOR
Solicitar juntamente da parte concedente relatório, que integrará o Termo de
Compromisso, sobre a avaliação dos riscos, levando em conta: local de estágio;
agentes físicos, biológicos e químicos; o equipamento de trabalho e sua utilização; os
processos de trabalho; as operações e a organização do trabalho; a formação e a
instrução para o desenvolvimento das atividades de estágio;
Exigir do estudante a apresentação periódica, de relatório das atividades, em prazo
não superior a 6 (seis) meses;
Esclarecer juntamente com a parte concedente do estágio, o Plano de Estágio e o
Calendário Escolar;
Planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o cronograma de
atividades a serem realizadas pelo estagiário;
Proceder as avaliações que indiquem se as condições para a realização do estágio
estão de acordo com as firmadas no Plano de Estágio e no Termo de Compromisso,
mediante relatório;
Zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;
Conhecer o campo de atuação do estágio;
Esclarecer aos estagiários as determinações do Termo de Compromisso;
Orientar os estagiários quanto à importância de articulação dos conteúdos aprendidos
à prática pedagógica;
Orientar os estagiários quanto às condições de realização do estágio, ao local,
procedimentos, ética, responsabilidades, comprometimento, dentre outros;
Atuar como um elemento facilitador da integração das atividades previstas no estágio;
Promover encontros periódicos para a avaliação e controle das atividades dos
estagiários;
Manter o registro de classe com frequência e avaliações em dia.
7. ATRIBUIÇÕES DO ÓRGÃO/INSTITUIÇÃO QUE CONCEDE O ESTÁGIO
148
A instituição de ensino e a parte concedente de estágio poderão contar com
serviços auxiliares de agentes de integração, públicos ou privados, mediante
condições acordadas em instrumento jurídico apropriado.
Considerar-se-ão parte concedente de estágio, os dotados de personalidade
jurídica pública ou privada e profissionais liberais, desde que estejam devidamente
registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização profissional.
Uma vez formalizado o Termo de Compromisso de Estágio, cumpridos os
requisitos citados anteriormente, e estará criada a condição legal e necessária para a
realização do estágio supervisionado na organização concedente de estágio.
A organização escolhida como concedente do estágio deverá possuir
condições mínimas de estrutura, que permitam ao aluno observar, ser assistido e
participar das atividades, durante a execução do estágio supervisionado. Ofertando
instalações que tenham condições de proporcionar ao aluno, atividades de
aprendizagem social, profissional e cultural.
O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de proteção ao
estagiário contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente, sendo vedadas algumas
atividades, (ver Arts. 63, 67 e 69, entre outras do ECA e também 405 e 406 da CLT).
Fica a critério da instituição concedente a concessão de benefícios
relacionados a transporte, alimentação e saúde entre outros, por si só, não
caracterizando vínculo empregatício.
A empresa concedente ou Instituição de ensino deverão viabilizar
acompanhamento de profissionais especializados aos estagiários com necessidades
educativas especiais.
A documentação referente ao estágio, deverá ser mantida a disposição para
eventual fiscalização. A oferta de estágio pela parte concedente será efetivada
mediante:
Celebração do Termo de Compromisso com a instituição de ensino e o estudante;
A oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao estudante
atividades de aprendizagem social, profissional e cultural;
Indicação de funcionário do seu quadro de pessoal, com formação ou experiência
profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para
orientar e supervisionar o desenvolvimento das atividades de estágio;
149
Entrega do termo de realização do estágio à instituição de ensino por ocasião do
desligamento do estagiário, com indicação resumida das atividades desenvolvidas,
dos períodos e da avaliação de desempenho;
Relatório de atividades, enviado à instituição de ensino, elaborado pelo funcionário
responsável pela orientação e supervisão de estágio;
Zelar pelo cumprimento do Termo de compromisso.
Conhecer o plano de atividades do estágio proposto pelo estabelecimento de ensino;
Orientar as atividades do estagiário em consonância com o plano de estágio;
Orientar e acompanhar a execução das atividades do estagiário na empresa;
Manter contatos com o Orientador de estágio da escola;
Oportunizar ao estagiário vivenciar outras situações de aprendizagem que permitam
uma visão real da profissão;
•Indicar um responsável para supervisionar para acompanhar as atividades de
estágio.
8. ATRIBUIÇÕES DO ESTAGIÁRIO
A jornada de estágio deve ser compatível com as atividades escolares e
constar no Termo de Compromisso, considerando:
A anuência do estagiário, se maior, ou concordância do representante ou assistente
legal, se menor;
A concordância da instituição de ensino;
A concordância da parte concedente;
O estágio não pode comprometer a frequência às aulas e o cumprimento dos demais
compromissos escolares;
A eventual concessão de benefícios relacionados ao auxílio-transporte, alimentação
e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício;
Fica assegurado ao estagiário que recebe bolsa ou outra forma de contraprestação,
sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1 (um) ano, um período de
recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante suas férias
escolares.
Ao estagiário aplica-se a legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho,
sendo sua implementação de responsabilidade da parte concedente do estágio.
150
8.1. ANTES DA REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO, O ESTAGIÁRIO DEVE:
Estabelecer contatos com Unidades Concedentes para fins de estágios;
Participar de atividades de orientação sobre o estágio;
Observar sempre o regulamento de Estágios da Escola;
Zelar pela documentação do estágio entregue pelo Professor Orientador de Estágio.
8.2. DURANTE A REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO, O ESTAGIÁRIO DEVE:
Conhecer a organização da Unidade Concedente;
Respeitar o Cronograma de Estágio para garantir o cumprimento da carga horária no
período estabelecido pelo o professor orientador de Estágio;
Acatar as normas estabelecidas pela Unidade Concedente;
Zelar pelo nome da Instituição e da Escola;
Manter um clima harmonioso com a equipe de trabalho;
Cumprir o Termo de Compromisso firmado com a Instituição de Ensino e a Unidade
Concedente.
Manter contatos periódicos com o Professor Orientador de Estágio para
discussão do andamento do estágio;
Zelar pelos equipamentos, aparelhos e bens em geral da Empresa e
responder pelos danos pessoais e materiais causados;
8.3. DEPOIS DA REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO, O ESTAGIÁRIO DEVE:
Elaborar o relatório final de atividades, de acordo com as normas exigidas;
Apresentar sugestões que contribuam para o aprimoramento do Estágio não
obrigatório.
9. FORMA DE ACOMPANHAMENTO DO ESTÁGIO
O aluno deverá ser acompanhado durante seu Estágio em Instituições
Públicas e/ou Privadas, por um responsável que deverá ter conhecimento na
área.
Três profissionais da área estarão envolvidos no processo de
encaminhamento:
151
-Professor Orientador de Estágio, que dará o direcionamento durante a
realização do Estágio;
Supervisor da empresa será responsável pela condução e concretização do
Estágio na Instituição ou propriedade concedente, procurando seguir o plano
estabelecido pelo Aluno
e pelo Professor Orientador.
As formas de acompanhamento serão de acordo com a realidade da situação
do estágio. Podendo ser através de visitas, relatórios, contatos telefônicos,
documentação de estágio exigida pela escola, de maneira a propiciar formas de
integração e parceria entre as partes envolvidas. Oportunizando o aperfeiçoamento
das relações técnicas-educativas a serem aplicadas no âmbito do trabalho e no
desenvolvimento sustentável.
10. AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO
A avaliação do Estágio Profissional não obrigatório é concebida como
um processo contínuo e como parte integrante do trabalho, devendo, portanto,
estar presente em todas as fases do planejamento e da construção do
currículo, como elemento essencial para análise do desempenho do aluno e da
escola em relação à proposta.
Avaliação do Supervisor do Estágio da Unidade Concedente;
Relatório apresentando pelo educando.
PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
1- IDENTIFICAÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
COLÉGIO: Colégio Estadual Unidade Polo
CIDADE: Arapongas
152
MUNICÍPIO NRE DE JURISDIÇÃO: Apucarana
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR:
Edilene Kolecha
Edinalva Dias dos Santos de Almeida
Eliane Pastori Leme Batista
Liliana Celina Ceci dos Santos
Maria Aparecida Grecco Machado
Rosimar Reche
Tânia A. Ferreira
2- OBJETIVOS A SEREM ALCANÇADOS
Valorizar a cultura negra dos afro-descendentes e afro-brasileiros, na escola e na
sociedade através da Implementação da lei 10639/2003;
Conhecer e respeitar as expressões culturais negras que compõem a história do
nosso país desmitificando o preconceito relativo aos costumes provindos da sua
cultura;
Compreender e respeitar os diferentes modos de ser, conviver e pensar
construindo assim novos paradigmas educacionais que não tenham como
modelo o eurocentrismo;
Discutir as relações étnicas no Brasil e analisar as causas do preconceito
racial promovendo a auto-estima e auto conceito dos estudantes afros
descendentes partindo do conhecimento da própria história;
Trazer à tona, discussões provocantes, por meio de projetos das diversas
disciplinas dentro da temática proposta para um posicionamento mais crítico
frente à realidade social em que vivemos
3. JUSTIFICATIVA DAS AÇÕES
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O reconhecimento dos diversos recortes dentro da ampla temática da
diversidade cultural (negros, índios, mulheres, portadores de necessidades especiais,
homossexuais, entre outros) coloca-nos frente a frente com a luta desses e outros
grupos em prol do respeito à diferença. Coloca-nos, também, diante do desafio de
implementar políticas públicas em que a história e a diferença de cada grupo social e
cultural sejam respeitadas dentro das suas especificidades sem perder o rumo do
diálogo, da troca de experiências e da garantia dos direitos sociais. A luta pelo direito e
pelo reconhecimento das diferenças não pode se dar de forma separada e isolada e
nem resultar em práticas culturais, políticas e pedagógicas solitárias e excludentes.
Diante desse contexto, esse plano de ações multidisciplinar visa demonstrar
as atividades que a Equipe Multidisciplinar do Colégio Estadual Unidade Polo de
Arapongas se propõe efetivar no ano de 2013, tendo em vista a importância de se
estender à comunidade escolar os desafios que o povo afro-brasileiro venceu ao longo
da história bem como implantar na escola a lei 10639/2003 que inclui no currículo
oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática ”História e Cultura Afro-
Brasileira”, valorizando a história e a influência do povo negro no contexto social,
cultural e econômico brasileiro.
4. AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS
4.1. Diagnóstico Etnicorracial da Escola
Nossos alunos são oriundos do centro e de diversos bairros da cidade, tendo,
portanto uma diversidade cultural, racial e econômica. Assim acreditamos que o
ambiente escolar deva oferecer condições de boa convivência e de superação dos
preconceitos inerentes a esta diversidade, para que possamos desenvolver e construir
o respeito e a solidariedade, visando à eliminação do preconceito racial.
Nesse sentido, no campo da educação, promover uma educação ética, voltada
para o respeito e convívio harmônico com a diversidade deve-se partir de temáticas
significativas do pontom sua capacidade dialógica, tomem consciência de nossas
próprias raízes históricas que ajudaram e ajudam a constituir a cultura e formar a
154
nação brasileira, pois, o preconceito e o racismo são uma das formas de exclusão,
diante disso, quais as situações que temos possibilidades de mudar? Qual seria a
nossa contribuição concreta para viabilizar a de vista ético, propiciando condições para
que os nossos desenvolva conscientização deducandosas pessoas?
4.2 Necessidades formativas: conteúdos e conhecimentos que devem ser
elencados e que pautarão os estudos da Equipe Multidisciplinar.
A educação voltada para consciência da importância do negro para a
constituição e identidade da nação brasileira e principalmente, do respeito à
diversidade humana, a eliminação do racismo e do preconceito, são os conteúdos
base a ser desenvolvido por meio de um processo educativo do debate, do entorno,
buscando nas nossas próprias raízes a herança biológica e/ou cultural trazida pela
influência negra afro brasileira. Para alcançar tal conteúdo no âmbito escolar de forma
sistematizada entre as diversas disciplinas serão abordados os seguintes conteúdos:
O processo de escravidão;
O estudo da formação das raças;
A religiosidade africana;
As relações Brasil e África;
O patrimônio cultural africano;
Eugenia humana;
A afro-brasileira literatura
4.3 Ações a serem desenvolvidas:
Leitura de textos para reflexão sobre as atitudes do dia a dia;
Aulas relâmpago com temas pré definidos para todas as turmas;
Orientação individual no caso de surgirem problemas;
Trabalhar músicas que falem sobre preconceito, diferenças, gostos etc;
Durante as aulas de acordo com as situações que surgirem referentes ao
desenvolvimento sócio educacional, o professor poderá valorizar o momento
para uma conversa esclarecedora sobre o assunto.
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Trabalho com paródias, cartazes e ilustrações sobre cultura afro-brasileira;
Realizar palestras sobre higiene pessoal e sexualidade;
Apresentação de teatros e danças;
O Grêmio Estudantil durante o intervalo irá a cada 07 dias animar os alunos
com diferentes ritmos musicais, entre eles afro-brasileiro e africanos;
Realizar palestras sobre sexualidade, Estatuto da Criança e do Adolescente;
Fazer passeios que sensibilizem os alunos a serem solidários;
Apresentação de Capoeira;
Festa Julina;
4.3 Análises dos instrumentos internos da escola e inserção da ERER
De acordo com leis e pareceres, a educação voltada para as relações étnicos
e raciais tem por objetivos divulgar, produzir conhecimento, atitudes, valores e postura
que preparem os cidadãos para eliminar barreiras, conceitos, estereótipos e
discriminações que impossibilitam as desigualdades entre raças.
Nesse sentido, toda escola deve contemplar em seu PPP e PPC o estudo e a
inserção da Educação das Relações Étnicorraciais.
O Colégio Estadual Unidade Polo, preocupado com a formação plena de seus
alunos garante e contempla em seu Projeto Político Pedagógico, bem como em seu
PPC a inserção e a necessidade do estudo das relações propostas pelos instrumentos
citados, visando uma educação compatível com uma sociedade baseado em valores
democráticos e igualitários.
4.4 Análises do Plano de Trabalho Docente e inserção da ERER
De acordo com o Artigo 2º, da Deliberação nº: 04/06 do CEE em seu
parágrafo único:
“O Projeto Político Pedagógico das
instituições de ensino deverá garantir que a
organização dos conteúdos de todas as
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disciplinas da matriz curricular contemple,
obrigatoriamente, ao longo do ano letivo, A
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na
perspectiva de proporcionar aos alunos uma
educação compatível com uma sociedade
democrática, multicultural e
pluriétnica.”(Caderno Temático, 2008, p.15)
Sendo assim, sabemos que além do PPP as instituições de ensino devem
garantir à organização dos conteúdos em todas as disciplinas da matriz curricular a
obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Nesse sentido, todos
os Planos de Trabalho Docente, a partir de 2010, foi inserido a ERER.
4.5 Análise e orientações das possíveis situações de discriminação étnicorracial
A utilização de “apelidos” vinculados as características das pessoas são as
reclamações mais insistentes que obtemos no decorrer do ano letivo, muitas vezes
levando os alunos a situações extremas de violência não somente verbal, como
também física, ocasionando o que podemos denominar de bullyng.
Quando acorrem situações vexatórias onde o aluno se sente exposto ao
ridículo, imediatamente é tomado providências junto aos alunos envolvidos,
enfatizando o valor de SER HUMANO que cada um possui, baseado também na sua
história de vida, cultura, valores e, sobretudo no sentimento de empatia.
Diante do exposto, pretendemos eliminar essas práticas através dos projetos
propostos pela equipe multidisciplinar.
4.6 Análise dos materiais didáticos da escola
157
No momento a escola possui em seu acervo bibliográfico os cadernos
temáticos dos Desafios Educacionais Contemporâneos e Educando para as Relações
Étnicorraciais e algumas obras de literatura brasileira, livros didáticos e paradidáticos
entre outros. Estes materiais subsidiam o trabalho docente.
5. CRONOGRAMA
Durante o ano de 2013, os professores em suas disciplinas, organizarão e
estruturarão trabalhos com o intuito de atingir os objetivos propostos da ERER. Para
tanto, os professores orientarão as atividades pedagógicas no sentido de desconstruir
o preconceito racial e reafirmar a auto estima e o auto conceito dos estudantes afro
descendentes partindo do conhecimento da própria história.
Além das ações em sala de aula, desenvolvida pelos professores,
pretendemos organizar três eventos, a saber:
Maio – estudos, seminários, relatórios e exposição de trabalhos sobre a
Abolição da Escravatura;
Agosto – para valorizar a cultura negra serão trabalhadas músicas e
interpretações;
Novembro – para finalizar as atividades e projetos propostos em cada
disciplina de forma multidisciplinar acontecerá uma festa exposição da cultura
negra.
6. AVALIAÇÕES DAS AÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE
6.1. Avaliação pela equipe das ações realizadas
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Pela sua própria heterogeneidade, a diversidade cultural exige de nós um
posicionamento crítico e político e um olhar mais ampliado que consiga abarcar os
múltiplos recortes dentro de uma realidade culturalmente diversa. Sendo assim, avaliar
posturas e mudanças requer tempo e insistência. Para tanto pretendemos que a
avaliação aconteça em qualquer momento do processo educativo, de forma contínua e
diagnóstica; com a intenção primordial de rever a própria prática docente criando
novas possibilidades para estimular os alunos a desenvolverem-se suas
potencialidades levando em conta, principalmente, os avanços individuais dentro da
coletividade e a participação no desenvolvimento de todas as atividades (de acordo
com as peculiaridades de cada aluno) no decorrer do projeto.
6.2. Avaliação do trabalho da equipe pela comunidade escolar
O trabalho de educação anti-racista deverá ser avaliado pela comunidade
escolar, na medida em que todos os envolvidos no processo escolar percebam que
todos devem aprender a valorizar e promover mudanças significativas em relação às
práticas preconceituosas à cultura afro brasileira e africana. Portanto, este projeto
trata-se de uma proposta construída, mas não acabada e estará sujeito a mudanças
de acordo com o cotidiano em sala de aula.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BENTO, Maria Aparecida Silva. Secretaria Especial de Políticas de Promoção da
Igualdade Racial. Brasília: MEC, 2005.
Cidadania em preto e branco . São Paulo: Ática, 2003.
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações Étnico–
Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
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BRASIL, Ministério da Educação. SECAD. Educação anti-racista: caminhos abertos
pela Lei Federal nº 10,639/03. Brasília: SECAD, 2006.
IANNI, Octavio. Escravidão e racismo . São Paulo: Hucitec, 1978.
MUNANGA, Kabengele (Org.) Superando o racismo na escola. Brasília: Ministério
da Educação. Secretaria de Educação Fundamental, 1999.
PARANÁ, História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações
étnicos-raciais. Cadernos temáticos. Curitiba, S-PR, 2006.
PARANÁ, História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as
relações étR, 2008.nicos-raciais.II. Cadernos temáticos de desafios educacionais
contemporâneos. CEEDuritiba, SEED-P