Centros Tecnológicos para APL e Formação de Gestor para

APL: por uma Estratégia de Informação !

José Carlos Cavalcanti, PhDProfessor do Depto. de Economia da UFPE e Secretário Executivo de Tecnologia, Inovação e Ensino Superior de Pernambuco- SECTMA. Seminário Nordeste de Políticas para os Arranjos Produtivos Locais- Salvador, FIEB, 08 a

09/06/2004

• Numa região com as características do Nordeste os arranjos produtivos locais se constituem em uma estratégia para potencializar o desenvolvimento econômico e gerar emprego e renda ? RESPOSTA: SIM

• Que mecanismos estão disponíveis para apoiar a estruturação de APL’s ? RESPOSTA: ALGUNS, COM BAIXA VANTAGEM JURISDICIONAL E SEM ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA, NA MAIORIA => um desafio aos gestores

• Quais as experiências hoje em curso no Nordeste ? RESPOSTA: OS APL’s DE PERNAMBUCO (em particular o PORTO DIGITAL)

Questões do Seminário

• O Determinante Tecnológico no Crescimento Econômico

• O Determinante da Inovação no Crescimento Econômico

• O Determinante Informacional no Crescimento Econômico

• Uma Estratégia de Informação

Determinantes da Formação do Ambiente Econômico para os APL’s (fundamental na formação dos gestores)

O Determinante Tecnológico no

Crescimento Econômico

> 20 ANOS DE CRESCIMENTO ECONÔMICO MEDÍOCRE

Fonte: Closing the Gap in Education and Technology. World Bank Report, 2002.

Fonte: Gomes, Victor; Samuel Pessoa e Fernando Veloso, 2003

O DESAFIO DO CRESCIMENTO ECONÔMICO SUSTENTADO: importância da TECNOLOGIA e da EDUCAÇÃO

Crescimento do PRODUTO = Crescimento dos INSUMOS + Crescimento da PRODUTIVIDADE (1)

(ou da Renda) (Trabalho ou Capital) (Total dos Fatores)

PRODUTIVIDADE = TECNOLOGIA * SKILLS (habilidades e competências) (2)

Crescimento da PRODUTIVIDADE = Melhorias em Tecnologias + Crescimento em Skills + Melhorias em Complementaridades (de Tecnologias e Skills combinadas) (3)

Os Determinantes da Inovação no Crescimento Econômico

Os Determinantes da Inovação nos Clusters segundo Michael Porter

“Inovação envolve bem mais que Ciência e Tecnologia”

Contexto para a estratégia

empresarial e competição

Fatores (insumos)

condicionantes

Condições de demanda

Setores de apoio que se relacionam

entre si

Um contexto local que encoraje investimento nas atividades relacionadas com inovação.

Competição vigorosa entre concorrentes locais.

Recursos humanos altamente qualificados, especialmente pessoal científico, técnico e gerencial.

Forte infra-estrutura de pesquisa básica em universidades.

Infra-estrutura de informação de alta qualidade.

Uma ampla oferta de capital de risco.

Presença de fornecedores locais habilitados e empresas relacionadas

Presença de clusters ao invés de setores isolados.

Consumidores sofisticados e exigentes.

Necessidades de consumo doméstico que antecipem demandas de outros lugares

Pernambuco: uma economia diversificada

PetrolinaPetrolina

RecifeRecife

AraripinaAraripina

Belo JardimBelo Jardim

Serra TalhadaSerra Talhada

GaranhunsGaranhuns

CarpinaCarpina

CaruaruCaruaru

Gesso

Fruticultura irrigada

Caprinocultura

Artesanato

Artesanato, couro e confecções

Baterias

Bacia leiteira

Granito

Cana-de-açúcar

Tecnologia da informação, serviços de saúde, indústria manufatureira, eletrônica, turismo e artes

Setor de Serviços: >60% do PIB-PE

PIB do Recife: 30% do PIB-PE

PIB da RMR: 63% do PIB-PE

Centros Tecnológicos e Regiões de Desenvolvimento

RReecciiffee

PPeettrroolliinnaa

AArraarriippiinnaa SSeerrrraa TTaallhhaaddaa

GGaarraannhhuunnss

Irrigação/ uva e vinho irrigada/uva e vin

Laticínios leiteira Têxtil/confecções

Software e serviços médicos

Caprinocultura

Gesso

CCaarruuaarruu

Instituto de Gestão da Inovação Tecnológica

Centros Tecnológicos: uma estratégia de difusão tecnológica orientada para clusters

econômicos

Educação Profissional

Inovação Tecnológica

Transferência de Tecnologia

Propriedade Intelectual

Novos Produtos e Processos

Empreendedorismo

Incubação de Empresas

Parques Tecnológicos

Novos Negócios

Atração de Investimento

Infra-estrura e Suporte: Telecomunicações, Internet, Espaço para Capacitação, Educação a Distância, Laboratórios Específicos,

Incubadoras, Escritório de Negócios, etc.

Total Federal Estadual Municipal PrivadaBrasil 2.789 138 553 115 1.983Região Norte 60 11 9 1 39Rondônia 12 2 10Acre 2 2Amazonas 15 3 1 11Roraima 1 1Pará 15 3 4 1 7Amapá 6 2 4Tocantins 9 2 2 5Região Nordeste 220 52 23 4 141Maranhao 21 5 1 15Piauí 16 4 4 1 7Ceará 25 5 20Rio Grande do Norte 13 4 1 8Paraíba 19 6 4 9Pernambuco 65 8 5 1 51Alagoas 13 4 1 8Sergipe 5 3 2Bahia 43 13 7 2 21Região Sudeste 1.884 45 320 98 1.421Minas Gerais 369 22 35 27 285Espírito Santo 32 6 26Rio de Janeiro 321 14 96 8 203São Paulo 1.162 3 189 63 907Região Sul 519 21 186 9 303Paraná 107 2 55 1 49Santa Catarina 77 8 10 1 58Rio Grande do Sul 335 11 121 7 196Região Centro-Oeste 106 9 15 3 79Mato Grosso do Sul 20 1 19Mato Grosso 13 3 2 3 5Goiás 50 6 6 38Distrito Federal 23 6 17Fonte: MEC/INEP/DEEB

Censo Escolar 2003 Estabelecimentos

Unidade da Federação Estabelecimentos por Dependência Administrativa

1.1 - Número de Estabelecimentos que Oferecem Cursos Técnicos por Dependência Administrativa, segundo a Região Geográfica e Unidade da Federação

Pernambuco 17.183 8.622 8.561Agropecuária 1.680 1.175 505Artes 703 309 394Comércio 59 23 36Construção Cívil 586 309 277Gestão 1.855 780 1.075Indústria 2.932 2.238 694Informática 2.960 2.352 608Meio-Ambiente 253 157 96Química 404 172 232Saúde 4.765 748 4.017Telecomunicações 375 198 177Turismo e Hospitalidade 611 161 450

Total Masculino Feminino

Censo Escolar 2003 Matrículas

3.3 - Matrícula nos Cursos Técnicos por Sexo segundo Área Profissional e a Unidade da Federação

Unidade da Federação Área Profissional Matrícula por Sexo

Pernambuco 5.577 2.010 3.567Agropecuária 311 225 86Artes 44 14 30Comércio 29 19 10Construção Cívil 37 22 15Gestão 662 269 393Indústria 617 481 136Informática 421 321 100Meio-Ambiente 40 24 16Química 91 18 73Saúde 3.109 552 2.557Telecomunicações 45 15 30Turismo e Hospitalidade 171 50 121

Total Masculino Feminino

Censo Escolar 2003Concluintes

4.3 -Número de Concluintes dos Cursos Técnicos por Sexo, segundo a Área Profissional e a Unidade da Federação.

Unidade da Federação Área Profissional Concluintes por Sexo

Fabricas deComponentes

Laboratórios paraAnálise do Gesso

Fornos, Equipamentose Manutenção Industrial

Design, rótulos eembalagem

Cluster de Metalurgia,Equipamentos e

Manutenção Industrial

Cluster da Construção Civil

Normas Técnicas,Qualidade eCertificação

Agências Estaduais:AD-DIPER,FACEPE,

CONDEPE, etc.

Sindicato eAssociações:

SIDUGESSO, etc.

Moldes e MáquinasEspecializadas

Marketing e RelaçõesPúblicas

Design deComponentes de Gesso

Aplicadores

Clusters Horizontais: Informática,Telecomunicações, Transporte e

Logística

Cluster de Design

Sondagem

Equipamentos deMineração

Explosivos e OutrosInsumos

Argila de Capeamento eProdutos Derivados

P&D, Educação:ITEP,

Universidades,SENAI, etc.

Artesanato de Gesso

Cluster de Artesanato

Calcinadoras

Mineradoras

Educação Básica e Técnico-profissionalizante

Inovação Tecnológica

Transferênciade Tecnologia

PropriedadeIntelectual

Novos Produtos e Processos

Empreendedorismo

Incubação deEmpresas

ParquesTecnológicos

Novos Negócios

Atração de Investimento

Infra-estrura e Suporte: Telecomunicações, Internet, Espaço paraCapacitação, Educação a Distância, Laboratórios Específicos,

Incubadoras, Escritório de Negócios, etc.

Cluster do Gesso no Araripe

Centro Tecnológico

Oportunidades

Gargalos

Investimento

Empreendimentos

Ensino ProfissionalizanteNormas

Técnicas

Tecnologia eProcessos

Centro Tecnológico de Educação Profissional do Araripe

Centro Tecnológico da Moda (Caruaru) -- Têxtil e Confecções

CTEP Caprinos

O Porto Digital

S e c r e t a r i a d e C i ê n c i a ,T e c n o l o g i a e M e i oA m b i e n t e3

3I T B u s i n e s s

C e n t r e( S O F T E X )

4

4

c e n t r o s e m p r e s a r i a i s ,r e s t a u r a n t e s , e s c r i t ó r i o se o u t r a s a t i v i d a d e s

5

5

I n c u b a n e t

6

6

C o m u n i d a d e d o P i l a r( r e u r b a n i z a ç ã o c o m

i n c l u s ã o s o c i a l )7

77

C e n t r o d e E s t u d o se S i s t e m a s A v a n ç a d o s d o R e c i f e C E S A R

8

8

R e d e d e f i b a ó t i c a

9

9

1

1 C e n t r o d e I n f o r m á t i c aU F P E

2

2

q Sistema Local de Inovação

q Modelo de Política:

qFortalecimento do APL de TIC e dos outros APLs

qRequalificacão Urbana

q Inclusão Social

O que é o Porto Digital

Governo do Estado

Transferência de uso e urbanização R$ 23 milhõesFundos R$ 10 milhões

...e viabiliza o estabelecimento da Organização Social Núcleo de Gestão do Porto Digital

Porto Digital, ano 2000...

Em julho de 2000, o Governo Estadualdecideinveste no encontro da história com o futuro, destina

R$ 33 milhões de recursos da privatização da CELPE no Projeto Porto Digital...

§ Organização Social que executa o contrato de gestão com o Governo do Estado

§ Facilita a criação e crescimento de empresas baseadas na inovação

§ Atrai novos investimentos

§ Disponibiliza espaços físicos e infra-estrutura de alta qualidade

Gestão - NGPD

q 68 empresas instaladas – maior parque tecnológico do País

q 1.422 postos de trabalho transferidos para a ilhaq 26 km de dutos de fibra óptica lancadosq 02 incubadoras – C.E.S.A.R e CAIS do PORTOq 02 fundos de venture capital em operacão –

BNDES e Governo do Estado como investidores q 01 Projeto Setorial Integrado, 33 empresas, para

exportacão de software – APEX/SEBRAE/SOFTEX

Modelo de Política

Porto Digital:

• Embarcadas: 68• Embarcadas em 2003: 30• Postos de trabalho: 1.536• Salário Médio: R$1.800,00

* Mês de referência: mar/04TOTAL: 68 EMPRESAS, sendo:

• Incubadoras: 02 - Porto Digital (CAIS) e C.E.S.A.R

• Multinacionais: 05 (IBM, Oracle, DTS, MMS, Whitec)

• Vieram de outros Estados: 03 (Conecta, Telematic, Impacta)

• Surgiram no Porto Digital: 10 (BlueFin, Frente Atlântica, Tempest, Qualiti, Vanguard, Fabrik, Neurotech, Centro XML, On People, Cgest)

• Investidores: 02

• Locais (migraram de outros locais da RMR para o PD): 46

Incubadas: 05

AnimaFabrikGlobaltechJynxTempest

Maduras: 07

Centro XMLFGVFrente AtlânticaIntersightOracleOn PeopleWhitec

Empresas C.A I.S

Área Recuperada - Empresas

19002554

3959

59666628

7711

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

9000

2001.1 2001.2 2002.1 2002.2 2003.1 2003.2

área total em m2

perío

doÁr

ea r

ecup

erad

a em

m2

Período

Em obras

Área Recuperada - Âncoras

19002554

1740

5920

2335 2000

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

2001.1 2001.2 SECTMA ITBC CAIS Cesar

área total em m2

perío

do

Área

rec

uper

ada

em m

2

Período

CESAR FASE 1(2002) E FASE 2 (2003)

Bairro do Recife - Requalificação Urbana

CAIS do Porto – Rua do Apolo

Mais âncoras entregues

Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente

Sectma

26 Km de Dutos de Fibra ótica

Reformas – infra-estrutura

Porto Digital – Inclusão Social 50 jovens em formação para atuar como suporte técnico

em TIC, 8 já no mercado de trabalho (Programa para o Futuro/AED/USAID)

100 jovens em formação para atuar em agências digitais de notícias (Projeto IN’FORMAR/BIRD-infoDev)

2 escolas de informática e cidadania (Pilar e Biblioteca) com 25 estações de trabalho

200 pessoas alfabetizadas digitalmente

4.500 horas de acesso público e gratuito à Internet

Financiamento para o aumento da capacidade produtiva do setor permitindo:

Consolidacão do setor; Investimento em processos de

excelência organizacional e de producão;

Certificação O desenvolvimento dos mercados

internos e externos

Próximos passos

na prática... o nosso negócio é fabricar empresas:

identificar e captar problemas... desenvolver soluções... identificar mercados... generalizar soluções -> produtos | serviços... estruturar unidade de negócios... identificar investidores... formar alianças e parcerias...

lançar novo empreendimento... administrar participação acionária... desinvestir, quando e se for o caso

como fazemos?

PESQUISA ANUAL DE SERVIÇOSReceita bruta dos Serviços de Informática

Participação percentual no Brasil e no Nordeste e taxa de crescimento nominal

1998 1999 2000 2001 Discriminação % BR % NE % BR % NE % BR % NE % BR % NE

1999 1998

2000 1999

2001 2000

Brasil 100,0 100,0 100,0 100,0 28,3 20,3 22,8 Norte 0,8 1,1 1,2 1,1 -12,6 78,8 12,3 Sudeste 4,1 75,4 74,1 74,3 25,2 21,1 23,0 Sul 73,6 10,8 10,2 9,9 33,5 9,3 19,4 Centro-Oeste 11,2 8,1 10,5 10,8 63,7 22,3 26,6 Nordeste 10,3 100,0 4,6 100,0 4,1 100,0 4,0 100,0 15,0 19,1 19,6 Alagoas 0,0 0,7 0,0 0,6 0,1 1,3 0,0 0,7 -1,4 157,6 -34,8 Bahia 1,5 32,5 1,5 36,4 1,3 32,1 1,2 31,1 28,7 5,0 16,0 Ceará 0,6 13,6 0,6 13,7 0,6 13,6 0,4 10,2 16,2 18,6 -10,3 Maranhão 0,2 7,7 0,4 4,1 0,1 3,2 0,1 3,1 -39,4 -7,1 17,0 Paraíba 0,2 3,7 0,2 4,3 0,2 5,0 0,2 5,3 33,2 37,8 26,2 Pernambuco 1,3 33,5 1,5 32,5 1,5 36,2 1,6 40,3 11,5 32,6 33,3 Rio Grande do Norte 0,1 1,5 0,1 1,4 0,1 1,3 0,1 1,8 7,2 10,1 67,4 Sergipe 0,2 5,2 0,2 5,1 0,2 5,4 0,2 5,9 11,9 26,4 30,8 Fonte: Pesquisa Anual de Serviços –IBGE.

O Determinante Informacional no

Crescimento Econômico

2003+2004=72B

                                                                                                               

                                                                        

2004 = 48B

http://www.sims.berkeley.edu/~hal/

Major Trends

Industrial

Information

Old Era Transition/Information Age New Era93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

NEW WORLD

SCIENCETECHNOLOGY

VALUESPOPULATION

ENVIRONMENT

Uma Estratégia de Informação

ESTRATÉGIA DE

INFORMAÇÃO =

ESTRATÉGIA DE ADMINISTRAÇÃO DE CONTEÚDOS DE INFORMAÇÃO +

ESTRATÉGIA DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO +

ESTRATÉGIA DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO

Estratégia de/para Informação“uma estratégia de informação define as

necessidades informacionais da organização, garante que haverá recursos informacionais, devidamente organizados e

administrados, para atender tais necessidades e aplica tecnologias da

informação {e comunicação} para o efetivo armazenamento, recuperação, distribuição, comunicação e segurança da informação”.

Tom Wilson, Högskolan i Borås, .SE

enterprise content management information control networks

•gente•organizações•agentes...

conteúdo

atividades

atores

•documentos

•arquivos•bancos de

dados•ontologias•mapas tópicos•livros, artigos•fotos, vídeos...

{palestras...}

tecnologia

•hardware (PCs, fones, TVs, ...)•software (browsers, editores, ...)•padrões (TCP/IP, XML, RDF, ...)•papel, canetas, tesouras, cola...•...

Ellis, C.A. (1979). Information Control Nets: A mathematical model of office information flow. Proc. Conf. on Sim., Measurement and Modeling of Comp. Sys., ACM SIGMETRICS Perf. Eval. Review, 8 (3), 225-238.

OBRIGADO !

José Carlos Cavalcanti

jcc@sectma.pe.gov.br