Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas FMU · consistiu em um espaço para o...
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ISSN: 2448-2919
Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas
FMU
Profa. Sara Pedrini Martins – Reitora
Coordenação dos Programas de Mestrado da FMU
Prof. Dr. Orlando Roque da Silva
Coordenação geral do evento
Prof. Dr. Alessandro Marco Rosini
Profa. Dra. Daielly Melina N. Mantovani Ribeiro
Profa. Dra. Elza Fátima Rosa Veloso
Prof. Dr. Germano Glufke Reis
Prof. Dr. Marcos Antonio Madeira M. Martins
Prof. Dr. Orlando Roque da Silva
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São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
Comitê científico Prof. Dr. Alessandro Marco Rosini
Prof. Dr. Alexandre Formigoni
Prof. Dr. Celso Machado Júnior
Profa. Dra. Daielly Melina N. Mantovani Ribeiro
Profa. Dra. Elza Fátima Rosa Veloso
Prof. Dr. Fernando de Almeida Santos
Prof. Dr. Germano Glufke Reis
Profa. Dra. Izabel Cristina Petraglia
Prof. Dr. José Osvaldo de Sordi
Prof. Dr. Luiz Felipe Quel
Prof. Dr. Marcos Antonio Madeira M. Martins
Profa. Dra. Maria da Glória Marcondes Gohn
Prof. Dr. Milton de Freitas Chagas Junior
Prof. Dr. Orlando Roque da Silva
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ..............................................................................................6
PARTE 1 – PESQUISAS CONCLUÍDAS ...........................................................8
A EVOLUÇÃO DA INDÚSTRIA E A TGA – A IMPORTÂNCIAS DAS
TEORIAS ADMINISTRATIVAS NA INDÚSTRIA. ............................................9
A IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA TOMADA DE
DECISÕES E DESEMPENHO DA ORGANIZAÇÃO PLANETÁRIO DO
CARMO .........................................................................................................14
A PESQUISA DE MERCADO COMO FERRAMENTA NO PROCESSO
DECISÓRIO ..................................................................................................24
A REPRESENTAÇÃO DO IDOSO NAS PROPAGANDAS BRASILEIRAS ...32
ENGAJAMENTO NOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
COM BASE NO PERFIL DO ALUNO ............................................................35
GERAÇÕES VERSUS FERRAMENTAS EaD: QUAIS GERAÇÕES SE
ADAPTAM MELHOR A QUAIS FERRAMENTAS .........................................42
LIDERAR EQUIPES MULTIGERACIONAIS NA ÁREA HOSPITALAR .........46
MARKETING DIGITAL: A REDES SOCIAIS INFLUENCIA DAS REDES
SOCIAIS NA REALIDADE ORGANIZACIONAL ............................................51
O COMPORTAMENTO DAS DIFERENTES GERAÇÕES NAS RELAÇÃOES
DO TRABALHO .............................................................................................62
OLIMPÍADAS RIO 2016: O Revezamento da Tocha Olímpica e Estratégias
de Patrocínio. ................................................................................................70
ORGANIZAÇÕES SOCIAIS E AS CONDICIONANTES PARA O
DESENVOLVIMENTO JUSTO E SOLIDÁRIO ..............................................90
PROCESSOS COMUNICATIVOS DE UMA ORGANIZAÇÃO E SEU
IMPACTO NO RESULTADO .........................................................................95
A GOVERNANÇA CORPORATIVA VERDE E AMRELA ..............................99
ANÁLISE DO PERFIL DO REPRESENTANTE DE CLASSE ...................... 104
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PAPEL DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA LOGÍSTICA E NO
ATENDIMENTO AO CLIENTE .................................................................... 144
CONSUMIDOR CONSCIENTE: UMA ANÁLISE DO PERFIL E
COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR DE PRESIDENTE PRUDENTE 153
PARTE 2 – PESQUISAS EM ANDAMENTO.................................................. 162
A ATIVIDADE DE FINANCIAMENTO, O EXERCÍCIO DA FUNÇÃO SOCIAL
E A GOVERNANÇA CORPORATIVA: UM ESTUDO DE CASO DE UMA
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA DE ECONOMIA MISTA FEDERAL ............... 163
A GAMIFICAÇÃO E A REALIDADE VIRTUAL APLICADAS NA EDUCAÇÃO
À DISTÂNCIA .............................................................................................. 169
A GOVERNANÇA CORPORATIVA COMO CONTROLE DAS SOCIEDADES
DE ECONOMIA MISTA DO SETOR BANCÁRIO ........................................ 175
A RELAÇÃO DOS INDICADORES DE DESEMPENHO E O ENGAJAMENTO
DOS PROFISSIONAIS EM ORGANIZAÇÕES INOVADORAS ................... 180
CARACTERÍSTICAS DE ESTUDANTES MULHERES NA PÓS-
GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA E CORRELAÇÕES COM AS
CARACTERÍSTICAS DE PROFISSIONAIS ECONOMICAMENTE ATIVOS
NO MERCADO DE TRABALHO. ................................................................. 185
CIBERATIVISMO NAS REDES SOCIAS: UMA ABORDAGEM
NETNOGRÁFICA SOBRE A INSATISFAÇÃO DOS CONSUMIDORES NO
FACEBOOK................................................................................................. 188
CONSUMO DE PIZZAS DELIVERY ACONDICIONADAS EM EMBALAGENS
NÃO RECICLÁVEIS: A INFLUÊNCIA DO DISTANCIAMENTO
PSICOLÓGICO. .......................................................................................... 194
DESMISTIFICAÇÃO DO DRAWBACK PARA MICRO E PEQUENAS
EMPRESAS................................................................................................. 198
ESTUDO DAS ATIVIDADES DOCENTES EM RELAÇÃO À CARGA
HORÁRIA NA PÓS-GRADUAÇÃO DO ENSINO A DISTÂNCIA DE UMA
INSTITUIÇÃO DE ENSINO PRIVADA DA CIDADE DE SÃO PAULO ........ 202
GESTÃO E MELHORIA NA LINHA DE PRODUÇÃO DE PNEUS .............. 207
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INTERAÇÃO DOS PADRÕES DE GOVERNANÇA DA ACREDITAÇÃO
JOINT COMMISSION INTERNACIONAL PARA A GOVERNANÇA
CORPORATIVA HOSPITALAR NO BRASIL ............................................... 211
INVESTIMENTO IMOBILIARIO DIRETO NO MERCADO ESTRANGEIRO 218
O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR JOVEM, FRENTE AO SEGURO
AUTOMÓVEL .............................................................................................. 222
PRODUTIVIDADE E PROCESSOS DE QUALIDADE DE VIDA NO
TRABALHO ................................................................................................. 227
TRANSIÇÃO DE CARREIRA: NORTEADORES DA MUDANÇA
PROFISSIONAL .......................................................................................... 232
EDUCAÇÃO FINANCEIRA PARA APOSENTAR MELHOR........................ 237
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APRESENTAÇÃO
Em uma visão geral, o III Fórum Integrado de Pesquisas em Administração
consistiu em um espaço para o debate de ideias e para a difusão do conhecimento
científico, bem como para o estímulo ao desenvolvimento de alunos e pesquisadores.
O evento é anual, com iniciativa dos Programas de Pós-graduação Stricto Sensu
em Administração (Mestrado em Administração e Mestrado Profissional em
Administração em Governança Corporativa) do Centro Universitário das Faculdades
Metropolitanas Unidas.
Com realização nos dias 14 e 15 de setembro de 2017, o III Fórum teve como
objetivo promover o intercâmbio de conhecimento entre pesquisadores. Nesse espaço,
foram facilitadas as discussões de tópicos contemporâneos pertinentes à administração e
áreas afins, com destaque às boas práticas de pesquisa.
Nesta edição do Fórum, pesquisadores, alunos de graduação; especialização e
MBA; mestrado e doutorado apresentaram seus projetos de pesquisas e artigos
científicos. As sessões, em formato de apresentação tradicional, possibilitaram a
discussão de temas de interesse dos participantes com a comunidade científica.
Entre as atividades do Fórum, é possível destacar as palestras dos professores
Dr. Maciel Manoel Queiroz, das Faculdades Integradas Rio Branco e Dra. Raquel da
Silva Pereira, da Universidade Municipal de São Caetano do Sul. Foram também
promovidos painéis de debate sobre pesquisa científica, com profissionais experientes
na prática da administração e governança, além de professores, alunos e ex-alunos dos
programas de mestrado da FMU. Neste ano, o Fórum se constituiu também em um
espaço importante para o lançamento de livros de interesse para a comunidade
científica.
Diante da importância do evento, em sua terceira edição, é primordial a
publicação dos trabalhos apresentados. Dessa forma, este documento reúne os resumos
expandidos dos pesquisadores e estudantes, selecionados para apresentar suas pesquisas.
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Assim como na edição anterior, os Anais do III Fórum Integrado de Pesquisas
em Administração, está dividido em duas partes: Na Parte I – Pesquisas Concluídas,
estão reunidas as pesquisas científicas concluídas, com apresentação de resultados e na
Parte II – Pesquisas em Andamento, estão as pesquisas em fase de realização.
Enfim, nós, do Comitê Científico do III Fórum de Pesquisas da FMU, esperamos
que este documento seja de grande utilidade para a comunidade acadêmica, tanto para
pesquisadores experientes quanto para os iniciantes na pesquisa científica.
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PARTE 1 – PESQUISAS CONCLUÍDAS
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A EVOLUÇÃO DA INDÚSTRIA E A TGA – A IMPORTÂNCIAS DAS TEORIAS ADMINISTRATIVAS NA INDÚSTRIA.
Apostolos Antonopoulos (Complexo Educacional FMU) –
Fernando Silva (Complexo Educacional FMU) – [email protected]
Giuliano Carlo Rainatto (Complexo Educacional FMU) –
1 INTRODUÇÃO
Ao longo da história a indústria sempre esteve presente no cotidiano das
sociedades, muitas vezes influenciando acontecimentos socioeconômicos ou
mesmo alterando por completo a forma como o ser humano vê o mundo à sua
volta e atua nele.
Nossa motivação encontra-se na capacidade de inovação que essas
organizações adquiriram para se manterem competitivas; aquelas que não
conseguiram se reinventar acabaram desaparecendo, e outras surgiram em
seu lugar. Independente da firma em si, é nosso objetivo mostrar as principais
características encontradas no setor industrial e sua relação com as teorias
administrativas.
2 A INDÚSTRIA 1.0 – A Revolução Industrial.
Para Motta e Vasconcelos (2006), a revolução industrial (Indústria 1.0) nos
períodos entre 1840 e 1873 consolidou a Inglaterra como potência hegemônica
através do capitalismo de livre concorrência e com a substituição progressiva
dos métodos artesanais de produção por máquinas e ferramentas,
principalmente com a utilização das invenções como a máquina a vapor e uso
do carvão para produção de energia.
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Nessa época, o sistema fabril mecânico regulava o trabalho do homem em
torno do funcionamento da máquina (foco central do processo produtivo),
exigindo ritmos e jornada de trabalhos maiores, com supervisão rigorosa e
altamente disciplinado (MOTTA e VASCONCELOS, 2006). Pouco se evolui em
termos de aplicações teóricas em torno da administração nessa época.
3 A INDÚSTRIA 2.0 - A Escola Clássica de Administração
As origens da administração científica remontam às ideias de Descartes que,
no século XVII, ressalta a necessidade de utilização da razão para a resolução
dos problemas, em detrimento do conhecimento tradicional, baseado nos
costumes e tradições (MOTTA e VASCONCELOS, 2006).
Dois dos principais nomes ligados à escola clássica de administração são o
americano Taylor e francês Fayol. Taylor era um engenheiro que desenvolveu
sua carreira atuando em fábricas nos Estados Unidos, e que se ocupou com
experimentos destinados ao aumento da produtividade nas unidades fabris. Em
1911 Taylor publicou o livro Os princípios da administração científica, que se
tornou sua obra mais conhecida.
Para Motta e Vasconcelos (2006), Fayol se dedicou principalmente a analisar e
definir as funções dos administradores das empresas. Ele propôs como as
principais tarefas de um administrador a organização, a coordenação, o
comando e o controle.
O foco destas teorias era o estudo da organização da produção e maximização
de sua eficiência. Para Taylor existia uma única maneira certa de se realizar
um trabalho, e a busca por essa maneira deveria ser o foco de atenção dos
administradores. Essa busca passava pela análise dos tempos e movimentos
necessários para a execução das tarefas diárias, afirmam Motta e Vasconcelos
(2006).
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3.1 O Fordismo - Administração Científica
Henry Ford desenvolveu sua fábrica de automóveis, baseando-se nos
princípios estabelecidos pela Administração Científica. As linhas de montagem,
nas quais as peças dos automóveis se movimentavam sobre plataformas
volantes, de maneira a reduzir a necessidade de movimentação dos operários.
Outras diretrizes da Administração Científica que foram adotadas por Ford em
suas fábricas, foram: rígida divisão do trabalho e a padronização dos produtos,
incentivos financeiros aos trabalhadores. No entanto, a rigidez de normas e
procedimentos estabelecidos criaram uma empresa voltada basicamente para
a produtividade, sem a mesma preocupação com a qualidade, e sem uma
visão voltada para o mercado (MOTTA e VASCONCELOS, 2006).
Este modelo de empresa não favorecia a inovação, e as dificuldades de
adaptá-lo às mudanças do mercado ficaram evidentes durante a década de
1970, quando a Ford começou a perder espaço e vendas para as empresas
automobilísticas japonesas com destaque a empresa Toyota.
4 INDÚSTRIA 3.0 – Teoria Contingencial
A Teoria contingencial surge com a visão ampliada sobre as organizações,
sendo que o próprio nome contingente tem como significado algo incerto,
duvidoso (Dicionário da Língua portuguesa). Com isso as organizações se
veem na situação de começarem a colocar o ambiente em que estão inseridas
como um fator relevante a ser considerado em suas decisões e estratégias.
“A teoria da contingencia nos mostra que não há “one best
way”,como também demonstra o princípio da equifinalidade
dos sistemas: existe mais de uma maneira de atingir os
objetivos propostos.”(MOTTA e VASCONCELOS, 2006)
Para Motta e Vasconcelos (2006), dependendo do ambiente ou do tipo de
problema a ser solucionado, vários tipos de organizações são possíveis, assim
a teoria contingencial aliada com a teoria dos sistemas, permitiu as empresas
se readequarem para inovar e competir em seus segmentos. Como exemplo,
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temos a Toyota, que aplicou mudanças tanto em ambiente tecnológico, como
na sua estrutura organizacional, levando a empresa a competir em mercados já
estabelecidos, como no mercado americano de automóveis.
5 INDÚSTRIA 4.0 – A Organização Como Sistema e a Tecnologia.
A ideia de Indústria 4.0 ainda é muito nova e para alguns autores pode ser
considerada como a quarta (4ª.) revolução industrial. Basicamente, essa
indústria utiliza a automação da linha de produção em adição a outras
tecnologias como a internet, sensores (menores, potentes e de baixo custo),
software e hardware cada vez mais sofisticados, e a capacidade das máquinas
aprenderem (inteligência artificial) e colaborarem criando gigantescas redes
das “coisas” - Internet of Things (SCHWAB, 2016).
Essa nova tendência industrial demonstra a alta capacidade que a organização
tem em articular diferentes sistemas e subsistemas, sejam eles internos ou
externos. Segundo Motta e Vasconcelos citando Parsons (1996), as
organizações são uma classe de sistemas sociais, que as constituem como um
sistema aberto, isto é, que se relaciona com outros sistemas e/ou subsistemas,
que vão desde a transformação de insumos em produtos até os subsistemas
administrativos, que são compostos por atividades organizadas para o controle
e coordenação, como: a tomada de decisões e legislação.
O sistema organizacional alinhado com a tecnologia promove em primeiro lugar
a automatização das operações com o objetivo de substituir o esforço e a
qualificação humana por processos que sejam executados a um custo menor,
com mais controle e continuidade (ZUBOFF, 1988). Nessa linha pode-se
evidenciar o alto nível de automação presente na Indústria 4.0.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho em questão teve o objetivo de demonstrar a relação entre a
evolução e/ou revolução industrial ao longo da história, alinhada com as teorias
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e conceitos da administração, desde a teoria Burocrática de Weber até a teoria
das organizações vistas como sistemas.
Ao longo do trabalho, o artigo apresentou os marcos evolucionários das
Indústrias (da 1.0 a 4.0) fazendo referência às teorias que serviram de
sustentáculo na administração destas, apresentando um ponto de vista a partir
da análise dos conceitos teóricos envolvidos e os impactos positivos ou
negativos decorrentes nessas indústrias.
6.1 Limitações
O artigo em questão, não faz uma análise de dados por se tratar de uma
abordagem histórica sobre a aplicação de teorias. Para futuros trabalhos,
recomenda-se um aprofundamento em cada tema com relação ao agente
humano no contexto organizacional, aqui pouco explorado, bem como, a
influência de outras teorias que influenciaram de forma direta ou indireta as
questões administrativas das firmas.
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS
MOTTA, Fernando C. Prestes; VASCONCELOS, Isabella F. Gouveia de.
Teoria Geral da Administração. 3.ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning,
2006.
SCHWAB, K. “Historical context,” - The Fourth Industrial Revolution, WEF,
2016.
ZUBOFF, S. In the age of the smart machine. New York: Basic Books, 1988.
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A IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA TOMADA DE DECISÕES E DESEMPENHO DA ORGANIZAÇÃO PLANETÁRIO DO CARMO
Raul Mariano de Brito (FATEC ZONA LESTE) – [email protected]
Ênio Ramos Araújo (FATEC ZONA LESTE) – [email protected]
Me. Peri da Silva Santana (FATEC ZONA LESTE e UNINOVE-SP) –
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS DO ESTUDO
Para averiguar de forma crítica as decisões, suas causas e também as suas
consequências, é necessário compreender os contextos em que tais atitudes
ocorrem e o motivo de o conhecimento e a informação terem transformando-se
no principal e de maior valia ativo, não só das organizações, mas da sociedade
em geral, como nos explica Chiavenato (2003, p. 593):
Na era da informação, o recurso mais importante deixou de ser
o capital financeiro para ser o capital intelectual, baseado no
conhecimento. Trocando em miúdos, isso significa que o
recurso mais importante na atualidade não é mais o dinheiro,
mas o conhecimento.
O mundo em suas diversas facetas apresenta mudanças e aqueles que têm a
condição para obter as informações de maior qualidade podem sair na frente
ao oferecer produtos ou serviços mais vantajosos e competitivos, além de
aperfeiçoar os processos e as relações com os envolvidos externa e
internamente com a empresa. Como é claro nas palavras de Chiavenato (2003,
p. 16):
O sucesso das organizações dependerá de sua capacidade de
ler e interpretar a realidade externa, rastrear mudanças e
transformações, identificar oportunidades ao seu redor para
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responder pronta e adequadamente a elas, de um lado, e
reconhecer ameaças e dificuldades para neutralizá-las ou
amortecê-las, de outro lado. Na medida em que a conjuntura
econômica se retrai ou se expande e se alteram as
necessidades dos clientes, que mudam os hábitos e tendências
do público, as organizações precisam modificar sua linha de
ação, renovar-se, ajustar-se, transformar-se e adaptar-se
rapidamente. Surgirão cada vez mais novos e diferentes
problemas, enquanto os antigos passarão por novas soluções.
Ao longo do presente trabalho serão investigadas as dinâmicas de trabalho do
Planetário do Carmo, pois apesar de estar ligado ao órgão governamental e
não possuir fins lucrativos zela pela ótima execução dos seus projetos e
alcance dos resultados, e, além disso, avaliar se a empresa pode obter
melhorias em seus processos informacionais e decisórios.
JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO ESTUDO
Cabe, antes de expor as questões e argumentos, esclarecer alguns dos termos
utilizados, para melhor compreensão da lógica do presente trabalho.
A informação e o conhecimento empresarial são as bases do estudo, e,
portanto, merecem ser explicados. Segundo Ferreira (2001, p. 388) a
informação possui o significado de ato ou efeito de informar, se os dados
acerca de alguém ou de algo, instrução, direção, conhecimento extraído dos
dados, resumo dos dados. Porém o conhecimento possui significados variados
e conflitantes entre si, como é exemplificado na obra de Cervo (2002, p. 8),
adotam-se quatro formas de dividir o conhecimento, entre elas estão o
conhecimento empírico, o conhecimento científico, o conhecimento filosófico e
o conhecimento teológico. Sendo que, ainda segundo Cervo (2002), o
conhecimento empírico é aquele advindo do senso comum, obtido através de
tentativas e erros; o conhecimento científico é o que proporciona métodos com
controle, sistematização, revisão e onde os dados são perceptíveis pelos
sentidos e instrumentação; o conhecimento filosófico tem como principal
premissa a reflexão ou a problematização; e o conhecimento teológico oriundo
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de uma revelação de fé humana ou teológica. Também se pode utilizar a
definição de Rainer (2011, p. 128):
(...)O conhecimento explícito lida com o conhecimento racional
e técnico mais objetivo. Em uma organização, o conhecimento
explícito consiste nas políticas, normas procedimentais,
relatórios, produtos, estratégias, metas, competências
essenciais da empresa e na infraestrutura de TI. Em outras
palavras, conhecimento explícito é o conhecimento que foi
codificado (documentado) em um formato que pode ser
distribuído a outros ou transformado em processo ou
estratégia. (….)
Por outro lado, o conhecimento tácito é o depósito cumulativo da aprendizagem
subjetiva ou experiencial. Em uma organização, o conhecimento tácito consiste
nas experiências, ideias, especialização, know-how, segredos comerciais,
habilidades, entendimento e aprendizado. Também inclui a cultura
organizacional, que reflete as experiências passadas e presentes das pessoas
e dos processos de uma organização, bem como os valores predominantes. O
conhecimento tácito geralmente é lento, impreciso e difícil de transferir.
Também altamente pessoal. Finalmente, como não é estruturado, o
conhecimento tácito é difícil de ser formalizado ou codificado.
Segundo Nonaka e Takeuchi (2001) existe uma grande dificuldade em lidar
com o a compartilhamento e disseminação do conhecimento dentro de uma
organização, pois vemos que se o conhecimento foi adquirido de forma
empírica e pela experiência, de pessoais e não por técnicas, pode ser difícil o
seu repasse. E apesar de difícil temos sempre que estar atentos em transferir o
conhecimento tácito em explícito, pois essa é uma das únicas formas do
conhecimento não se perder e poder desenvolver-se e dar resultados. Apesar
dos colaboradores pertencerem à organização, elas mesmas não são a própria
organização, e por isso vemos a perda de um colaborador de uma equipe, que
pode significar a extinção de um conhecimento específico, com experiências
adquiridas em um certo período na realização de processos e atividades, onde
esse um dos pontos chaves e centrais da Gestão do Conhecimento.
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Tanto a informação como o conhecimento são essenciais no desempenho das
empresas e em suas funções. São seis as funções organizacionais para
Rezende (2011): produção ou serviços; comercial ou marketing; materiais ou
logística; financeira; recursos humanos; e jurídico-legal. Uma estrutura ilustrada
no Quadro 1.
Quadro 1-Organograma das funções internas organizacionais
Para a caracterização da relevância informacional e da comunicação, além de
seu significado, sobre informações externas é válido usar as definições de
SILVA (2007, p. 20):
Qualquer empresa, a partir do início de suas atividades, passa
a manter contatos com o ambiente externo à organização. É a
comunicação com os clientes, fornecedores, órgãos públicos,
instituições financeiras, concorrentes e com o público em geral.
Naturalmente esses contatos geram informações que entram
na empresa de diversas formas e fazem parte de seu sistema.
Às informações geradas fora da empresa e que fazem parte de
seu dia a dia dá-se o nome de informações externas.
Sobre a gestão do conhecimento é possível ir de encontro com as ideias de
LOPES (2002, p. 4), que utiliza os seguintes motivos:
A gestão do conhecimento é uma ideia percebida como
necessária à sobrevivência e à manutenção de organizações
modernas. Trata-se de um conceito novo de difícil definição,
mas de fácil reconhecimento quanto a sua importância,
Fonte: Criado pelos autores (2017)
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especialmente na capacidade que tem de inovar
constantemente, apesar da complexidade que envolve o termo
e sua aplicação prática. Pretende-se, por isso, provocar nas
organizações a conscientização de que possuem ativos
intangíveis importantes para a sua sobrevivência e evolução,
identificando os conhecimentos dissipados e os necessários,
de maneira a organizá-los e gerenciá-los, portanto, de forma
adequada, levando em conta a estrutura e a cultura da
organização, aliados à cultura da região e procurando buscar
sempre o sistema tecnológico de informação mais compatível
com a demanda existente.
O PLANETÁRIO PROFESSOR ACÁCIO RIBERI
O Planetário do Carmo foi inaugurado em 30 de novembro de 2005 e está
localizado na Rua John Speers, número 137, no Parque do Carmo, conhecido
como Olavo Egydio Setubal, na região da zona leste da cidade de São Paulo, e
desde então é responsável pela exibição de sessões, assim como num cinema,
sendo que, são relacionadas com a astronomia e a ciência, através das quais
são exibidas simulações multimídias de fenômenos dos planetas, estrelas,
galáxias, cometas e outros eventos astronômicos. O equipamento é constituído
de uma cúpula de 10 metros de altura e 20 metros de diâmetro, onde no seu
centro está localizado o equipamento Universarium VIII, fabricado pela
empresa Carl Zeiss, da Alemanha, assim como está disponível no site
Prefeitura de São Paulo (2017). A fotografia da parte externa do local é
mostrada na Figura 1.
Figura 1 - Planetário do Carmo
Fonte: CIDADE DE SÃO PAULO (2017)
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Além do Planetário do Carmo, batizado de Professor Acácio Riberi, também
existe o Planetário do Ibirapuera, batizado de Professor Aristóteles Orsini.
Juntos formam o Planetário de São Paulo e estão ligados com a Prefeitura da
cidade de São Paulo e com a Secretaria do Verde e Meio Ambiente, através da
Divisão Técnica de Astronomia e Astrofísica da UMAPAZ 2 (Universidade
Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz), assim como demonstra a Lei Nº
14.887, de 15 de Janeiro de 2009. Hierarquia presente no Quadro 2.
Quadro 2 - Organograma dos planetários
METODOLOGIA
Para fundamentação da pesquisa foi utilizado o método de questionário,
através de questões para levantamento estatístico, qualitativo e quantitativo
sobre a temática proposta, onde participaram 18 indivíduos, pelo método de
amostragem não-probabilística, por conveniência e por julgamento,
pertencentes as turmas do 5° e 4° semestres de Gestão Empresarial da
Faculdade de Tecnologia da Zona Leste e também alguns funcionários do
Planetário do Carmo, utilizando o site Survey Monkey. Para discutir os
resultados segue-se a fórmula proposta por Cervo (2002, p. 43), onde cria-se
um índice ao atribuir um valor de 100 para algum elemento da série e calcula-
se os demais com relação a ele por regra de três. EXEMPLO: A Fórmula 1
mostra a lógica utilizada.
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Um elemento que chama a atenção é o alcance da marca na mente do público,
pois a pesquisa mostra uma fatia dominante do público questionado, de
aproximadamente 88, 89%, sem nunca terem assistido uma sessão no local e,
uma parcela de aproximadamente 11, 11%, afirmam terem assistido.
Quando perguntados sobre quais características da informação são mais
importantes em sua rotina, aproximadamente 66, 67% afirmaram que a
qualidade é o fator mais importante, enquanto uma população de
aproximadamente 27, 78% afirmou sobre a origem ser o fator mais relevante e
5, 56% não souberam ou preferiram não responder.
Ao responderem sobre se já frequentaram outras instituições de cultura,
conhecimento e lazer, com exceção de instituições de ensino,
aproximadamente 38, 88% dos questionados negaram já ter participado de tais
atividades, cerca de 33, 33% afirmaram ter frequentado e em torno de 27,77%
ignoraram ou não souberam responder a questão.
Para verificar sobre os métodos de disseminar informações no ambiente de
trabalho, foi realizada uma questão sobre qual o meio mais utilizado e dado um
peso relativo a cada um, pois assim é possível criar uma classificação para
eles e, de acordo com as respostas, verificou-se uma preferência por
conversas informais, seguido por Mural (is), depois por Manuais, em seguida
Ordens ou instruções verbais, depois Mensagens de celular (SMS ou redes
sociais), depois Jornal Interno e por último E-mails:
Quadro 1 – Meios utilizados de comunicação por organizações
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CONCLUSÃO
De acordo com dados apresentados por questionário e por pesquisa
bibliográfica, ficaram claros alguns aspectos sobre a sua atuação e impacto
sobre o público que mostram um desconhecimento por uma maioria da
população da existência dos serviços prestados e ofertados por parte da
organização. Tal resultado pode ser aprimorado com uso de técnicas de
marketing, como uma maior publicidade e propaganda e uso de sistemas de
informação e conhecimento. De acordo com O’Brien (2013, p. 63):
Sistemas de gestão do conhecimento facilitam o aprendizado organizacional e
a criação do conhecimento, e são projetados para fornecer respostas rápidas
aos trabalhadores do conhecimento, encorajar mudanças na atitude dos
funcionários e melhorar o desempenho dos negócios. Como o processo de
aprendizagem organizacional continua e sua base de conhecimento expande-
se, a empresa criadora de conhecimento trabalha para integrar esse
conhecimento aos processos empresariais, produtos e serviços. Essa
integração ajuda a empresa a se tornar uma fornecedora ágil e inovadora de
produtos e serviços de alta qualidade ao cliente, além de uma formidável
competidora no mercado.
Além da questão da comunicação com público externo, ao verificar os meios
preferidos de vinculação da informação e comunicação organizacional interna,
percebeu-se uma preferência por utilizar meios menos onerosos
monetariamente, mas também menos tecnológicos, o que implica, caso esses
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outros fossem utilizados com maior frequência, permitiria criar um banco de
dados para a gestão de conhecimento, pois acabam se perdendo perante a
utilização de meios que não permitem salvá-los.
Apesar da amostra com um número reduzido de participantes, a pesquisa foi
conclusiva, pois permitiu avaliar a forma como a organização relaciona-se com
o seu ambiente externo e sua coesão interna. Os resultados também
demonstraram possibilidades de melhorar o processo informacional através da
tecnologia e planejamento da comunicação de forma mais efetiva.
REFERÊNCIAS
CERVO, Amado Luiz. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2002.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma
visão abrangente da moderna administração das organizações. 7. ed. rev. e
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<http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/br/o-que-visitar/218-planetario-do-
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minidicionário da língua portuguesa. 4. ed. rev. Ampliada. Rio de Janeiro: Nova
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Paradigma como Alternativa Estratégica para Implantação na Câmara dos
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2017. 17:25
NONAKA, I., & TAKEUCHI, H. Criação do conhecimento na empresa: Como
as empresas japonesas geram uma dinâmica da inovação. Rio de Janeiro:
Campus, 2001.
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Disponível em:
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<http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/planetarios/
agendamento/>. Acesso em: 18 de fevereiro de 2017. 20:05.
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planejamento estratégico das organizações. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
SILVA, Nelson Peres da Silva. Análise e Estruturas de Sistemas de Informação. 1. ed. São Paulo: Érica, 2007.
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A PESQUISA DE MERCADO COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DECISÓRIO
Fernanda de Lima Bagli (Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas) – [email protected]
Augusto Casoni Quinellato (Centro Universitário “Antonio Eufrásio de Toledo” de Presidente Prudente) – [email protected]
João Victor Galvão ROMERO (Centro Universitário “Antonio Eufrásio de Toledo” de Presidente Prudente) – [email protected]
Matheus Rafael Nascimento Jorge (Centro Universitário “Antonio Eufrásio de Toledo” de Presidente Prudente) – [email protected]
Samuel Belome Marques (Centro Universitário “Antonio Eufrásio de Toledo” de Presidente Prudente) – [email protected]
Palavras-chave: Pesquisa de mercado. Planejamento. Tipos de pesquisa.
.
INTRODUÇÃO E OBJETIVO DO ESTUDO
A pesquisa de mercado é uma importante ferramenta que auxilia a tomada de
decisão através do levantamento e obtenção de dados. A pesquisa de mercado
caracteriza-se como uma coleta de dados feito, geralmente, com o público alvo
da empresa e do negócio ou até mesmo com fornecedores e concorrentes,
com a finalidade de entender melhor o mercado em que o investidor está
disposto a entrar, identificar novas tendências do mercado e analisar a
viabilidade mercadologia para abertura de um nevo negócio.
Segundo Naresh Malhotra, pesquisa de mercado é a identificação, coleta,
análise e disseminação de informações em uma sistemática e objetiva, com o
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objetivo de melhorar a tomada de decisão relacionada à identificação e solução
de problemas e oportunidades para o marketing.
A realização eficaz de uma pesquisa de mercado se torna um grande aliado no
processo decisório juntamente com o conhecimento já existente do investidor,
tornando-a mais precisa, pois com ela pode-se constatar de forma consistentes
as informações sobre o mercado estudado.
Philip Kotler define pesquisa como sistemáticos dados e descobertas
relevantes para uma situação específica de marketing que a empresa enfrenta
projeto, obtenção, análise e apresentação.
O objetivo deste artigo é apontar os tipos de pesquisa e identificar a relação
entre o planejamento e a pesquisa de mercado.
JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO ESTUDO
A pesquisa mercadológica nos fornece uma definição do perfil do público alvo,
possibilita identificar as principais atividades realizadas e produtos e/ou
serviços utilizados, fornece uma análise aprofundada dos concorrentes e seus
produtos, identifica e reconhece os principais produtos ofertados pelos
possíveis concorrentes, além de identificar pontos fortes e fracos, dimensionar
o mercado, reconhecer os setores mais lucrativos existentes, avaliar a
desempenho do seu produto e o quanto o mercado é capaz de utiliza-lo,
identificar novas tendências no mercado, entre outros.
REFERENCIAL TEÓRICO
A falta de planejamento por parte dos empreendedores e empresários na
abertura e manutenção das empresas impedem que o empreendedor tenha
condições de colocar todas as variáveis na ponta do lápis antes de atender o
primeiro cliente (TAKASHI, Paula 2011).
As pesquisas sejam elas de mercado, opinião ou mídia, vem nos últimos anos
ganhando importância não só no mundo dos negócios como também na gestão
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pública e no terceiro setor. Cada vez mais é necessário conhecer o que
pensam as pessoas – consumidores cidadãos, de forma a aprimorar os
processos de decisão e formulação de políticas públicas ou privadas.
(HENRIQUE SHUBERT, 2007 apud MATTAR FAUZE, 2007, pág. 1).
As pesquisas têm o papel de trazer ao interessado informações que auxiliam
na tomada decisão, e por consequência, uma maior garantia de sucesso.
Esse processo de coletar informações antes de tomar atitudes em geral é algo
comum no cotidiano. Supondo que você irá realizar uma viagem, antes de
partir, na hora de planejar você busca informações como qual será o clima da
região que você vai, preciso levar roupas para frio ou para calor? Qual o melhor
lugar para eu me hospedar, o que tem ao redor em relação a gastronomia,
lazer e cultura? Para saber essas e outras questões, nós tomamos a atitude de
pesquisar, ou seja, nós nos antecipamos em conhecer melhor o ambiente para
que não sejamos surpreendidos.
O procedimento que temos em algumas decisões pessoais é o mesmo que
uma empresa deve ter antes de abrir suas portas, para conhecer o ambiente
que estará atuando, pois assim ela pode se adequar a uma situação que lhe
seja favorável ou até mesmo se prevenir de algo que certamente lhe seria
prejudicial.
Eles podem solicitar uma pesquisa de mercado, um teste de preferência e
produto, uma previsão de venda por região ou uma avaliação de propaganda.
É a função do pesquisador oferecer uma visão clara da atitude e do
comportamento de compra do consumidor.” (KOTLER, 2006)
Segundo um IBGE, em pesquisa realizada em 2014, de cada 10 empresas
abertas 6 não sobreviveram aos primeiros cinco anos.
Por isso destacasse que, umas das principais causas relacionada a falência é a
falta de planejamento. Veja nesse exemplo abaixo:
Imagine você em um cenário no qual você é dono de uma pequena empresa
que fabrica calçados e resolve expandir o negócio para mais uma praça. Como
saber para qual você devir ir, e, escolhendo a região, qual é o comportamento
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do meu novo consumidor? Qual a demanda? Tomar essa decisão sem nenhum
conhecimento é um tiro no escuro, você tem 50% de chance de ter sucesso e
50% de chance de ser um fracasso. Tomar essa decisão sem um
conhecimento é contar simplesmente com a sorte, ou como dizem muitos, o
“faro empreendedor”.
A pesquisa de mercado deverá abordar questões que respondam a perguntas
do tipo:
• Há mercado para meu produto ou serviço?
• Esse mercado está em ascensão, estagnado ou em decadência? Qual é
meu público-alvo?
• Que dificuldades encontrarei para entrar nesse mercado?
• Em mercados saturados de concorrentes, as chances de obter sucesso
são muito menores (FERNADEZ, 2003)
• Que preços praticam meus concorrentes?
• Quais são esses concorrentes?
• Que diferencial cada concorrente tem em relação ao outro?
• Quais os principais fornecedores desse mercado?
A partir do momento em que se constata a necessidade de expandir e você
procura uma nova praça se planejando, nesse caso principalmente fazendo
uma pesquisa de mercado para escolher o local, conhecendo o ambiente, o
comportamento daquele consumidor. Nesse caso você está se preparando
para a tomada de decisão, e a análise dos dados que você pesquisou te dão
uma porcentagem de segurança que pode até mesmo garantir seu sucesso e
te livrar de um total fracasso.
A relação entre sucesso do empreendimento e a pesquisa de mercado existe
não pelo simples fato de um procedimento que foi cumprindo, mas sim por
extrair informações que te guiam num caminho que antes para você era
desconhecido.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
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A pesquisa será do tipo exploratório, através de levantamento bibliográfico.
ANÁLISE DOS RESULTADOS
Para os profissionais responsáveis pela condução de uma pesquisa de
mercado, segundo LAS CASAS (2006), existem três tipos: pesquisa
exploratória, pesquisa descritiva e pesquisa experimental.
A pesquisa exploratória tem a finalidade de agregar na busca por informações
sobre um assunto ou situação. Segundo LAS CASAS (2006) a pesquisa
exploratória é o passo inicial na pesquisa, quando há interesse de se “explorar”
determinada realidade. Com esse tipo de pesquisa procura-se definir
problemas, determinar hipóteses, auxiliar na formulação de questões, ou
mesmo indicar pesquisas para etapas posteriores.
O pesquisador pode aderir a diversas formas para obtenção de informações,
como consular banco de dados da empresa, bibliotecas ou instituições de
ensino, internet, entre outras fontes. LAS CASAS (2006) advoga que existe a
possibilidade de elaborar estudo de casos, visando encontrar soluções e
melhorar desempenhos.
Habitualmente, pesquisas são conduzidas em intermediários ou consumidores,
porém, é normalmente feita de forma simplificada e com número reduzido de
entrevistados, caso contrário passa a ser um levantamento ou pesquisa
descritiva.
A pesquisa descritiva envolve um número maior de entrevistados,
consequentemente permitindo a utilização de analises estatística.
De acordo com LAS CASAS (2006), as perguntas têm o sentido de descrever
uma situação. Procura-se, com as pesquisas desse tipo, descrever o
comportamento do consumidor, opiniões a respeito de produtos ou marcas,
entre uma série de outras possibilidades.
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Atualmente tem sido o método mais utilizado pelo marketing. Os pesquisadores
alcançam os respondentes de várias formas, tanto com visitas pessoais,
quanto por telefone ou internet, com o uso de questionários. Também é
possível ser executada por meio de observação e os dados adquiridos são
tabulados e analisados, por fim as informações obtidas são extraídas com
cruzamento e avaliação dos resultados.
A pesquisa descritiva, do tipo levantamento, é muito útil no sentido de obter
informações sobre determinada situação ou atividades e ferramentas de
marketing. Porém, muitas vezes o administrador de marketing deseja saber
sobre os efeitos ou impactos de determinada variável nos resultados
desejados. Por isso, o recomendável é conduzir uma pesquisa do tipo
experimental (LAS CASAS, 2006, p. 138).
A pesquisa experimental considera os efeitos de variáveis experimentais,
oriundas de aspectos mercadológicos do qual se deseja analisar os impactos.
LAS CASAS (2006) cita que para analisar os efeitos de uma variável em
determinada situação, torna-se necessário analisar as variáveis na situação
antecedente ao experimento e aquelas geradas após o experimento, assim, as
diferenças identificadas correspondem aos efeitos de determinada situação.
Por exemplo: uma empresa deseja saber o efeito que a localização de um
determinado produto na gôndola de um supermercado causa nos resultados de
vendas (variável experimental). Portanto, em determinada localização, as
vendas são mensuradas. Posteriormente, o produto é posicionado em outra
gôndola do supermercado e as vendas são analisadas após o período
semelhante. A diferença nos resultados entre as vendas do primeiro e do
segundo período correspondem ao efeito da variável experimental, ou seja, a
localização do produto na gôndola do supermercado (LAS CASAS, 2006, p.
138).
CONCLUSÃO E LIMITAÇÕES DO ESTUDO
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Conclui-se que a pesquisa de mercado é uma ferramenta de extrema
importância para uma empresa que deseja desenvolver-se. Através dela é
possível obter uma visão mais completa do negócio, conhecer seu potencias
de vendas, analisar concorrentes e, ainda definir, em caso de negos ideias, a
viabilidade mercadológica de abertura de nevos negócios. As respostas obtidas
através de perguntas certas, possibilita o empresário e empreendedor a tomar
decisões assertivas em seu negócio.
Diante de tantas possibilidades apresentadas, este estudo retrata a importância
da realização da pesquisa de mercado no ambiente empresarial, visto que, a
realização eficaz da mesma pode antecipar o que vem no mercado, o que o
público espera, ajudando na tomada de decisão.
REFERÊNCIAS
LAS CASAS, Alexandre Luzzi, Administração de marketing: conceitos,
planejamento e aplicações à realidade brasileira, São Paulo :Atlas, 2006.
MATTAR, Fauze Najib, Pesquisa de Marketing, São Paulo: Atlas, 2007
KOTLER, Philip, Administração de Marketing, São Paulo: Pearson Education
de Brasil Ltda, 2006.
FERNADEZ, Henrique Montserrat. Evitando a Falência: Garanta o sucesso do
seu negócio, Editora, 2003.
TAKAHASHI, Paula, Falta de pesquisa de mercado leva a alto índices de mortalidade de pequenas empresas. Disponível em:
<http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2011/12/29/internas_economia,26
9727/falta-de-pesquisas-de-mercado-leva-ao-alto-indice-de-mortalidade-de-
pequenas-empresas.shtml >. Acesso em 28 de agosto de 2017.
Uol, De cada dez empresas, seis fecham antes de completarem 5 anos, aponta IBGE. Disponível em:
<https://economia.uol.com.br/empreendedorismo/noticias/redacao/2016/09/14/
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de-cada-dez-empresas-seis-fecham-antes-de-completar-5-anos-aponta-
ibge.htm>. Acesso em 28 de agosto de 2017.
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A REPRESENTAÇÃO DO IDOSO NAS PROPAGANDAS BRASILEIRAS
Paula de Oliveira Bueno (Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas
Unidas) – [email protected]
Daielly Melina Nassif Mantovani (Centro Universitário das Faculdades
Metropolitanas Unidas) – [email protected]
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS DO ESTUDO
A televisão é influenciadora de comportamentos e atitudes, moldando nossa
sociedade. Em países em desenvolvimento, é considerado idoso aquele que
tem acima de 60 anos e nos países desenvolvidos, a idade é de 65 anos. O
aumento da população idosa tem impacto mercadológico, sendo necessário,
portanto, dar um novo significado a velhice. Gerbner (1993) afirma que a
sociedade em geral encara o idoso e o envelhecimento é uma imposição de
marketing, e que essas pessoas perderam relevância tornando-se praticamente
inexistente na televisão, o que pode ser considerado uma miopia nos negócios.
JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO ESTUDO
É necessário encararmos o envelhecimento como mais um capítulo da vida,
com suas características e especificidades sem estereótipos e preconceitos, e
com isso reforça-se a importância do marketing como divulgador desse
conceito e dessa imagem do “velho” (LIRA, 2007). Esse estudo tem o objetivo
de analisar a percepção dos próprios idosos em relação a sua imagem e como
ela é representada nas propagandas veiculadas na televisão brasileira nos
últimos anos e se os resultados confirmam os estudos e teorias dos autores
citados no capitulo a seguir.
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REFERENCIAL TEÓRICO
A forma como as propagandas caracterizam os idosos pode influenciar as
atitudes em relação aos mesmos e como as pessoas formam suas opiniões em
relação às pessoas mais velhas. Carrigan (2000) cita em seu artigo o termo
“ageismo” na publicidade. Prado e Aragão (2009) ressaltam que usar um
produto pode usar a imagem do idoso para transmitir confiabilidade, a tradição,
a experiência, entre outros. Nunes (2012) cita o termo “ancianismo” como
sendo um processo de estereotipia e de discriminação contra o idoso através
de imagens que o caracterizam como um ser que apresenta decrepitudes
graduais.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A pesquisa pode ser classificada como qualitativa, onde foram aplicados
questionários presenciais em alunos das Faculdades Abertas a Maturidade da
Universidade Salesianas (Unisal) e da Pontifícia Universidade Católica (PUC),
pertencentes a faixa etária entre 49 a 97 anos, no período entre fevereiro e
junho de 2017, totalizando 139 participantes, sendo a maioria (98,56%) do sexo
feminino.
Foi utilizada a escala de Lira (2007) com um roteiro de entrevista com oito
questões fechadas e abertas.
RESULTADOS
Pode-se constatar que se trata de um público feminino e em sua maioria com
ensino superior (44,6%) e com ensino médio (40,29%). A grande maioria
(83,45%) se recorda de alguma propaganda com a presença do idoso. Nas
respostas fica evidente que produtos e marcas se confundem. Os maios
citados foram: Itaú, Sadia, Havaianas e Visa. No resultado, observou-se que
mais da metade dos entrevistados (51,08%) declarou não se sentir incomodado
com alguma propaganda que se referisse ao idoso, e quase a metade deles
(48,92%) acha que o idoso é tratado de forma positiva nas propagandas atuais.
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CONCLUSÕES E LIMITAÇÕES DO ESTUDO
Conclui-se que a maioria do grupo entrevistado acredita que o idoso e retratado
de forma positiva nas propagandas televisivas.
Estes resultados sugerem a importância da realização de pesquisas com esse
público e de que forma ele se percebe na mídia em geral, de forma mais ampla
já que esse estudo limitou-se a dois grupos pertencentes a universidades na
cidade de São Paulo e a uma população essencialmente feminina, dada a
dificuldade de se encontrar grupos de idosos do sexo masculino.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
CARRIGAN, M.; Advertising and older consumers: image and ageism. Jan,
2000.
GERBNER, G. (1993). Learning Productive Aging as a Social Role: The
Lessons of Television, in Achieving a Productive Aging Society, Bass, S.A.,
Caro, F.G., and Chen, Y.P., eds. Westport, Conn.; London: Auburn House.
KACHAR, Vitória. Terceira idade e informática: aprender revelando potencialidades. São Paulo: Cortez, 2003.
Lira, P. A Propaganda e a Terceira Idade: como o idoso do Distrito Federal se
percebe nas propagandas televisivas brasileiras. Centro Universitário de
Brasília – UniCEUB, 2007.
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ENGAJAMENTO NOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU COM BASE NO PERFIL DO ALUNO
Simone Regina Negrão Moerman (Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas) – [email protected]
Marília Maria de Oliveira Santos (Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas) – [email protected]
Rubia Maria Cardoso De La Paz Arias (Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas) – [email protected]
1. INTRODUÇÃO
O cenário educacional contemporâneo encontra as mais diversas barreiras,
desde a falta de investimento adequado e incentivo ao ensino público por parte
do governo, baixo salário e qualificação dos professores. Segundo dados da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2007 o nível de
escolarização dos jovens de quinze ou mais fica na média de 7,3 anos. Já
dados de 2014 apontou que somente 30% dos jovens brasileiros frequentam
algum curso superior (BRASIL, 2017; DUARTE, 2015).
O relatório da UNESCO intitulado Situação da Infância e da Adolescência
Brasileira 2009 – O Direito de Aprender: potencializar avanços e reduzir
desigualdades, apontou que ainda há aspectos de desigualdade a serem
superados, como o regional, étnico-racial, socioeconômico e da inclusão de
crianças com deficiência. BRASIL (2010, p.159, apud Silva e Jacomini, 2017).
Diante deste contexto da educação brasileira pode-se observar o esforço que
os professores da rede pública fazem em cumprir o seu papel de educadores.
Como muitos estudantes advém de situações socioeconômicas precárias,
estes devem colocar um esforço adicional para superar os obstáculos para
estar comprometidos e engajados no ensino.
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Considerando que o aluno da rede pública envidou mais esforços para finalizar
o ensino básico, permanece a dúvida se o aluno que teve um ensino básico
privado se engaja mais ou menos do que o aluno que precisou superar
barreiras.
Com isso, há o interesse em aportar informações para o debate acadêmico
sobre o nível de engajamento desses alunos de pós-graduação e analisar se
os níveis mais altos podem ser relativos aos alunos da rede pública ou privada.
O nível de engajamento (Schaufeli e Bakker, 2004), medido pelos fatores de
vigor, dedicação e absorção, irá demonstrar qual dos dois grupos de alunos
apresenta os níveis mais altos de engajamento nos cursos de pós-graduação.
2. OBJETIVOS DO ESTUDO
2.1 Geral
Análise comparativa do nível de engajamento dos alunos em curso de
pós-graduação (lato sensu) oriundo de ensino médio público e privado.
2.2 Específico
Demonstrar o engajamento dos alunos e a relação com o perfil de egresso do
curso de ensino médio de escola pública e privada.
3. JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA
Apesar dos diversos estudos a fim de identificar perfil de aluno, o presente
trabalho propõe agregar o fator de comparar os níveis de engajamento de
aluno oriundo de ensino médio público e privada. Para a sociedade pretende
prove ao corpo docente meios para compreender caminhos e métodos de
ensino-aprendizagem que busque considerar os pré-requisitos dos cursos de
pós-graduação e a vida escolar do alunado.
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4. REFERENCIAL TEÓRICO
O engajamento é um estado positivo da mente, realizador e relacionado ao
trabalho que é caracterizado pelo Vigor, Dedicação e Absorção. Mais do que
um estado momentâneo e específico, o engajamento refere-se a um estado
mais persistente e afetivo-cognitivo que não é focado em um objeto, evento,
indivíduo ou comportamento específico (SCHAUFELI & BAKKER, 2001).
O vigor caracteriza-se pelos altos níveis de energia e resiliência mental
enquanto trabalha, vontade de investir no trabalho, e persistência em situações
de dificuldade. A dedicação refere-se a estar fortemente envolvido em seu
trabalho e vivenciar um senso de significância, entusiasmo, inspiração, orgulho
e desafio. A absorção é caracterizada como estar completamente concentrado
e envolvido em seu trabalho, sendo que o tempo passa rapidamente e o
indivíduo possui dificuldade em desapegar-se de seu trabalho (SCHAUFELI &
BAKKER, 2001).
A partir dos estudos de Wilmar Schaufeli e Arnold Bakker, surge o instrumento
para mensurar engajamento, a escala UWES (Utrecht Work Engagement
Scale). Método considerado como o instrumento mais utilizado mundialmente
para a avaliação do engajamento (Bakker et al., 2008).
5. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Aplica-se à pesquisa a escala de engajamento UWES (Utrecht Work
Engagement Scale). O manual e o instrumento versões português – Brasil
foram traduzidos de Schaufeli e Bakker (2003).
Trata-se de um questionário auto informe, composto por 17 itens, com índices
de consistência interna variadas entre α=0,80 a α=0,90, que avaliam três
dimensões (vigor, dedicação e absorção) e o escore geral do constructo, o que
permite ter um indicador global dos resultados (Bakker et al., 2008; Bakker &
Leiter, 2010).
As respostas são fornecidas por uma escala likert de 6 pontos, variando de 0 a
6 (0 = nunca/ nenhuma vez e 6 = a sempre/todos os dias).
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A composição da amostra de dados: foram pesquisados 77 estudantes
cursando o ensino de pós-graduação latu sensu. de três instituições de ensino
superior.
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Para realizar os cálculos foi utilizado planilha eletrônica e análise estatística
com base no software SPSS.
Em análise estatística o Alfa de Cronbach da amostra para analisar a
confiabilidade da amostra, resultando em 0,909 demonstrando a confiabilidade
dos dados. Foi feita a análise descritiva da amostra para estudar sua
normalidade, após o cálculo do Z score foram excluídas duas respostas por
serem outliers (respostas 24 e 74). Ainda assim restaram 75 respostas que
formaram a base da amostra.
Gráfico 01 – Demonstração Gráfica da Escala de Engajamento por tipo de
Ensino e Idade.
Fonte: elaborado pelos autores (planilha eletrônica)
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Gráfico 02 – Média Geral Considerando os Três fatores da Escala de
Engajamento.
Fonte: elaborado pelos autores (planilha eletrônica)
6.1 Engajamento de egressos da rede pública
Os resultados demonstram que os egressos da rede pública são mais engajados do que os da rede privada. A margem de variância definida é 5% (α
= 0,05) e o Sig a ser considerado é ,1980. Conclui-se que o alfa é menor que o
Sig, portanto, podemos assumir que o engajamento total da REDE PÚBLICA É
MAIOR que o da Rede Privada.
6.2 Engajamento de acordo com a faixa etária
No teste da homogeneidade de variâncias, o SIG encontrado (,449) é MAIOR
do que alfa (α = 0,05), portanto, conclui-se que os grupos são homogêneos e
as variâncias iguais.
No teste ANOVA, o SIG encontrado é MAIOR do que alfa, portanto, comprova-
se a significância estatística das médias descritivas. Demonstrando que a faixa
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etária de 41 a 50 é mais engajada nos cursos de pós-graduação do que as
demais faixas de idade.
7. CONCLUSÕES E LIMITAÇÃO DO ESTUDO
Os resultados demonstram que o alunado pesquisado oriundo da rede pública
de ensino está mais engajado nos cursos de pós-graduação do que os
estudantes oriundos da rede privada. Demonstrando que o fator
comportamental é condição decisiva, uma vez que os estudantes que
frequentam a rede pública em ensino médio são potencialmente alunados que
estão em situação socioeconômica precária.
Quanto à faixa etária, os resultados demonstraram que a faixa de idade entre
41 a 50 anos está mais engajada que as demais idades. Pode-se considerar
que os anos de experiência e maturidade pessoal das pessoas dessa faixa
etária tendem a valorizar a responsabilidade e o entendimento de que o estudo
é importante para o progresso da vida.
Este estudo limitou-se a uma esfera de três instituições de ensino e aos
estudantes da cidade de São Paulo. Há o potencial de ampliação do estudo
para outras universidades e cidades para confrontar os resultados e
conclusões de engajamento.
REFERÊNCIAS
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2020. Brasília: Capes (vol. 1), 2010.
Complexo Educacional FMU
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41
BRASIL. IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios: PNAD 2017.
Rio de Janeiro, Publicação online 18/09/2007. 2017. Acessado em 28 de Ago.
2017. Disponível em
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2007/graficos_pdf.pdf>
DUARTE, Alessandra. Pnad 2014: país ainda tem 13 milhões de analfabetos.
Rio de Janeiro: O Globo. Publicação online em 13/11/2015. 2015. Acessado
em 28 de Ago. 2017. Disponível em <https://oglobo.globo.com/economia/pnad-
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SALANOVA, MarisaSchaufeli et al. El engagement en el trabajo: cuando el trabajo se convierte en pasión. Alianza,, 2009.
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GERAÇÕES VERSUS FERRAMENTAS EaD: QUAIS GERAÇÕES SE ADAPTAM MELHOR A QUAIS FERRAMENTAS
Antonio Felipe Corá Martins (Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas) – [email protected]
Carina de Oliveira Barreto Sotero de Araujo (Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas) – [email protected]
Elza Fátima Rosa Veloso (Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas) – [email protected]
Felipe dos Santos Siqueira (Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas) – [email protected]
Rafael Carretero Variz (Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas) – [email protected].
Introdução e objetivos do estudo
A Educação a Distância tem conquistado espaço frente a novas mídias
educacionais, dada à necessidade do acesso à experiência dinâmica de
aprendizagem, sem restrição de tempo e espaço. Existem diversas ferramentas
para interação no ambiente virtual para contribuir com a instrução e
aplicabilidade do aprendizado do aluno (McKimm, Jollie e Cantillon, 2003).
Contudo, o ingresso nessa modalidade de ensino pode vir acompanhado de
diversas expectativas dos estudantes que são confrontadas de acordo com a
realidade a partir das gerações.
Existem inúmeras ferramentas para interação no ambiente virtual que visam
contribuir com a adaptabilidade do aluno e cada geração tem diferentes
experiências e expectativas, o que demanda a adaptação do ambiente virtual.
O processo de aprendizagem no ensino à distância deve ser integral, por
requerer prática e adesão ao uso de ferramentas. Esta pesquisa busca
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investigar a adaptabilidade das principais ferramentas do ensino à distância na
visão das diferentes gerações.
Justificativa e relevância
Cada geração rompe a continuidade histórica e a vivência da aprendizagem
por parte de um determinado grupo etário durante seu processo de
socialização, o que os pré-dispõe a modos diferentes de experiências,
pensamentos, podendo demandar distintas necessidades de adaptações com a
interação no ambiente virtual para aprendizagem. Com isso as percepções de
cada geração podem se diferenciar de modo positivo ou negativo, gerando
diversas respostas aos estímulos de seus ambientes atuais (DENCKER,
JOSHI, MARTOCCHIO, 2008). O uso concreto das plataformas EAD pode ser
mais ou menos aderente de acordo com cada geração.
Referencial teórico essencial
De acordo com Karl Mannheim (1952), uma geração pode ser definida quando
os indivíduos, ainda que sem proximidade física, intelectual ou mesmo
qualquer conhecimento uns dos outros, apresentam semelhanças culturais
devido a suas participações em determinado período histórico nos seus anos
de formação. Segundo Veloso et al (2008), Parry e Urwin (2011) e Kubica e
Carvalho (2014), os períodos mais comuns para se caracterizar as gerações
são: de 1945 a 1967, Geração Baby Boomers, de 1968 a 1979, Geração X, de
1980 a 1991, Geração Y, de 1992 até os dias atuais, Geração Z.
Procedimentos metodológicos
A pesquisa é qualitativa, quantitativa e exploratória. Foi elaborado um
questionário estruturado baseado nas ferramentas do Censo EAD.BR
2015/2016 da ABED, sendo elas: Vídeo aula, Webaula (em tempo real), Fórum
de discussão, Jogos e Simuladores, Salas de chat, Material Impresso, Email,
Redes Sociais, Podcast, Blog, Wiki e Realidade Vitual (ABED, 2016). Dentro do
questionário foi solicitado o ano de nascimento, para determinar a geração do
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respondente, há quantos anos usa ferramentas EAD e foi avaliada por uma
escala likert de 1 a 4 ponto quanto a adaptabilidade diante de cada ferramenta,
sendo 4 o maior valor. Foi escolhida escala de 4 pontos pois para Rocha e
Christensen (1997) se o número de opção for par evita-se neutralidade. Foi
questionado o aspecto que determinou a atribuição de nota para cada
ferramenta com um campo para a justificativa. O questionário está disponível
online. A amostra usada nesta pesquisa é10 de Junho de 2017 até 28 de
agosto de 2017.
Principais resultados e discussões
Foram obtidas 16 respostas, até o dia 28/08/2017, sendo 2 Baby Boomers, 3
geração X, 9 geração Y e 2 geração Z. O tratamento e análise dos dados foram
feitos com ajuda do SPSS na versão 22, para a parte quantitativa, e do
software Nvivo na versão 11, para a parte qualitativa.
Na parte quantitativa, os baby boomers apresentaram forte tendência, de 3,0
em média, a vídeo aulas e fórum. Os X a vídeo aulas e email, com média
acima de 3,5. Os Y apresentaram moderada tendência, média de 2,9, a fórum
e vídeo conferências. Os Z apresentaram fortíssima tendência, média de 3,5, a
jogos e simuladores, redes sociais e realidade virtual.
Na parte qualitativa, os baby boomers apresentaram termos chave como
“simplicidade”, “experiência” e “uso frequente” para justificar as notas altas
atribuídas as vídeo aulas e o fórum. A geração X apresentou termos como “no
meu horário” e “utilizo todo dia” nas justificativas de suas maiores notas, a
vídeo aulas e e-mails, ainda que reconheçam o valor de web aulas com o
termo “bom para tirar dúvidas”. Os Y apresentaram termos como “tempo real”,
“tirar(responder) dúvidas em tempo real”, “interação” e “troca de experiências”
como principais termos nos itens com maiores notas, fórum e web aula. Os da
geração Z apresentaram termos como “mais educativos que provas”, “fácil
acesso” e “me prende” para jogos e simuladores, redes sociais e realidade
virtual.
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Discussões e limitações do estudo
A partir dos dados coletados, percebemos que a geração Z apresenta
adaptabilidade a conteúdos mais interativos, enquanto as gerações X e Y a
ferramentas assíncronas, valorizando a flexibilidade. Já os baby boomers
mostram maior adaptabilidade a ferramentas não interativas e que já são
usadas a mais tempo, que lhes são mais familiares. Com exceção dos baby
boomers e a geração X, outras gerações apresentam baixa adaptabilidade a
email e baixíssima ao material impresso. Não houve alteração significativa
entre a amostra por tempo de uso de ferramentas EaD.
O número de respostas, principalmente quanto a geração Z, é considerado um
ponto fraco da pesquisa quantitativa. Vale ressaltar que o questionário continua
disponível para respostas. Um estudo futuro possível e sugerível é quanto a
rejeição das ferramentas EaD por gerações, já que neste se tratou da
adaptabilidade, não se aprofundando nas ferramentas que apresentaram as
menores avaliações.
Referências
MCKIMM, J; JOLLIE, C.; CANTILLON, P. ABC of learning and teaching -
Web based learning. eb based learning BMJ 2003; 326: 870 - 873 ( 19 April ).
VELOSO, E F R et al. Percepção sobre carreiras inteligentes: diferenças
entre as gerações Y, X e Baby boomers. In: Encontro Nacional da ANPAD, 32,
Rio de Janeiro. Anais. Rio de Janeiro, ANPAD, 2008.
ABED, (Org.). Censo EAD Brasil 2015: Relatório Analítico de Aprendizagem a
Distância no Brasil. São Paulo: Intersaberes, 2015.
ROCHA, Angela da; CHRISTENSEN, Carl. Notas sobre a construção de questionários. Rio de Janeiro: COPEAD/UFRJ, 1997.
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LIDERAR EQUIPES MULTIGERACIONAIS NA ÁREA HOSPITALAR
Marianna Fernandes (FIA – Fundação Instituto de Administração) – [email protected]
Luciana de Magalhães Pereira (Centro Universitário das Faculdades
Metropolitanas Unidas) – [email protected]
INTRODUÇÃO
Contextualização
De acordo com Silva (2013), mudanças na estrutura demográfica da força de
trabalho brasileira são incontestáveis. Entre elas, podemos evidenciar a
alteração na faixa etária dos trabalhadores que vem sofrendo alterações por
conta na diminuição da taxa de natalidade e mortalidade, unidas ao aumento
de expectativa de vida.
O objetivo deste trabalho é analisar como gestores da área da Hospitalar se
posicionam para liderar equipes multigeracionais.
No mercado de trabalho atual existem diversas gerações dividindo o mesmo
espaço. Os líderes tem papel fundamental para identificar as diferenças que
existem entre as gerações.
Referencial teórico
Liderança na área Hospitalar
Limongi-França e Arellano (2002), concluem que liderança é um processo no
qual o líder busca sob a influência e aceitação do próprio grupo, alcançar as
metas e objetivos específicos para mobilizar, motivar, informar e comunicar,
manejos e soluções de conflitos.
No âmbito hospitalar, a questão da liderança é bastante complexa, pois as
relações de identificação entre colaboradores, gestores e a organização são
produzidas em vários contextos (Vendemiatti, 2010).
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Gerações
Para Karl Mannheim (1952) uma geração poderia ser definida por semelhanças
culturais, quando o indivíduo mesmo sem nenhuma proximidade com o outro,
apresentava as mesmas características.
De acordo com Oliveira (2012), embora não seja simples definir uma geração
apenas pelo período de nascimento, o conceito mais aceito pelos estudiosos é
a separação da sociedade pela idade cronológica. Considerando
acontecimentos sociais e culturais coletivos, sobretudo, aspectos
comportamentais mais fáceis de serem identificados.
Abaixo a classificação geracional apresentada por Oliveira (2012):
Tabela 1 Classificação Geracional
NOME
PERÍODO
Nascidos nas décadas
Centro da
Geração
Características
Principal Ansiedade
Veteranos 1920 / 1930 75
anos
Idealistas
Sonhadores Disciplina
Baby Boormes
1940 / 1950 60
anos
Estruturados
Construtores Revolução
Geração X 1960 / 1970 45
anos
Céticos
Tolerantes Facilidades
Geração Y 1980 / 1990 22
anos
Desestruturados
Contestantes Inovações
Geração Z 2000 / 2010 10
anos
Conectados e
Relacionais Equilíbrio?
Fonte: Autor – Adaptado de Oliveira, 2012.
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METODOLOGIA
Este estudo pretende ser classificado como uma pesquisa exploratória.
O público estudado foram líderes que atuam na área hospitalar com equipes
multigeracionais em diferentes hospitais da capital paulista.
O problema será abordado de forma qualitativa através de entrevistas que
serão realizadas pessoalmente.
Para compreensão da problemática proposta, foi definida uma amostra de 4 ou
5 líderes que atendam o perfil descrito acima.
ANÁLISE DOS RESULTADOS
Neste capítulo foi analisado o conteúdo de quatro entrevistas realizadas com
líderes da área hospitalar aptos de acordo critérios descritos acima.
Para melhor desenvolvimento da análise, as questões foram analisadas
separadamente.
Qual maior desafio que já enfrentou com equipes multigeracionais?
As respostas dadas pelas quatro líderes sobre os desafios em liderar equipes
multigeracionais corroboram com o referencial teórico apresentado. De acordo
com Silva (2013), os Baby Boomers caracterizam-se pela identificação com as
empresas e tendem a seguir carreira em uma única empresa.
Malafaia (2011) fala sobre a proximidade da aposentadoria da geração Baby
Boomer e a possibilidade de vivenciarem esta fase trabalhando. Além das
respostas apresentadas, onde as líderes apresentam o misto geracional de
suas equipes onde lideram colaboradores Baby Boomers, X e Y, ao analisar o
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perfil das lideranças entrevistadas, evidenciamos essa contestação. Os Baby
Boomers estão vivenciando a fase de aposentadoria no trabalho!
Os autores Malafaia (2011) e Silva (2013), falam do quão é importante para a
geração Y a busca por constantes desafios. Em uma das respostas acima, a
líder fala sobre a necessidade dos seus colaboradores da Geração Y em
serem desafiados.
No quadro apresentado por Silva (2013), ficam expostas as diferenças e
similaridades entre as gerações no ambiente profissional. Tais diferenças
podem ser observadas nas respostas acima e vão ao encontro do referencial
pesquisado.
Qual sua estratégia para liderar esse tipo de equipe no ambiente hospitalar?
Os entrevistados evidenciaram que usam como estratégia a identificação das
diferenças e potenciais de cada colaborador e as utiliza em prol da instituição.
Falam também sobre a forma de influência que utilizam para fazer com que a
equipe os acompanhe e andem na mesma direção.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa atingiu os objetivos propostos, pois a partir das entrevistas
realizadas encontramos alinhamento entre a problemática apresentada e o
referencial teórico utilizado.
Outro ponto interessante que apareceu na pesquisa é a seleção natural
relatada pelas gestoras entrevistadas. Todas relataram de alguma forma que
quem tem o perfil da área da saúde, fica. Independente de geração, os valores
partilhados pelos profissionais da saúde foram citados como mais relevantes
para os profissionais da área.
As limitações deste estudo é a amostra limitada de líderes. Sugere-se, para
estudos futuros, uma amostra mais significativa.
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REFERÊNCIAS
LIMONGI-FRANÇA, A. C. e ARELLANO, E. B. Liderança, Poder e Comportamento Organizacional em As Pessoas na Organização. São
Paulo: Editora Gente, 2002.
MALAFAIA, G. S. Gestão Estratégica de Pessoas em Ambientes Multigeracionais, VII Congresso Nacional de Excelência em Gestão, 2011 Disponível em: http://www.inovarse.org/sites/default/files/T11_0452_2151.pdf Acesso em: 05 jan. 2017
MANNHEIM, K. “The Problem of Generations”, in Essays on the sociology of knowledge, edited by P. Kecskemeti, Nova York: Routledge & Kegan Paul, 1952
OLIVEIRA, S. Jovens para sempre: como entender os conflitos de gerações. São Paulo : Integrare Editora, 2012.
SILVA, R. C. A abordagem Geracional Como Proposta À Gestão de Pessoas. São Paulo, Universidade de São Paulo, 2013 Disponível em: file:///C:/Users/Administrador/Downloads/RodrigoCunhadaSilvaVO.pdf Acesso em: 05 jan. 2017
VENDEMIATTI, M., et al. Conflito na gestão hospitalar: o papel da liderança. Rio de Janeiro: Ciência e Saúde Coletiva, 2010
VILLELA, M., Como Gerenciar Conflitos de Gerações: Geração X, Y e Baby
Boomers, 2013 Disponível em:
http://www.inovarse.org/sites/default/files/T11_0452_2151.pdf Acesso em: 05
jan. 2017
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MARKETING DIGITAL: A REDES SOCIAIS INFLUENCIA DAS REDES SOCIAIS NA REALIDADE ORGANIZACIONAL
Fernanda de Lima Bagli (Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas) – [email protected]
Gabriela Nunes GIMENEZ (Centro Universitário “Antonio Eufrásio de Toledo” de Presidente Prudente) – [email protected]
Palavras-chave: Marketing. Marketing Digital. Redes Sociais. Facebook.
INTRODUÇÃO E OBJETIVO DO ESTUDO
Com a ascensão e popularização das redes sociais, a globalização e as
tecnologias cada vez mais integradas, utilização virtual cada vez mais efetiva, o
marketing digital ganhou mais relevância e importância dentro do meio
organizacional.
Kotler (2000) afirma que as empresas terão mais chance de sucesso as que
escolherem seu mercado-alvo e se prepararem para programas de marketing
customizados. Afirmando então que é importante conhecermos o perfil do
consumidor online. É essencial conhecer o contexto do marketing digital, para
depois planejar ações que façam a empresa crescer.
Através do Marketing Digital, é possível personalizar as ações das empresas
de acordo com seu público-alvo, mensurar e potencializar os resultados
organizacionais, além da divulgação de produtos e serviços.
Percebe-se cada vez mais, a necessidade das organizações se comunicarem
de maneira online com seu público-alvo, comunidade e fornecedores, a fim de
competir no mercado cada vez mais acirrado, visto que as redes sociais têm
sido cada vez mais utilizadas para fins profissionais.
Ao longo dos últimos anos, a internet tem alterado a visão tradicional dos meios
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de comunicação, acarretando relevantes mudanças sociais (TUBENCHLAK,
2013).
Segundo Kotler (2005) o Marketing é a ciência e a arte de explorar, criar e
entregar valor para satisfazer as necessidades de um mercado-alvo com lucro.
Através dele é possível identificar as necessidades e desejos não realizados.
Ele define, mede e quantifica o tamanho do mercado identificado e o potencial
de lucro.
As áreas de atuação são bastante amplas, com conceitos específicos, sendo
esses direcionados para cada atividade relacionada, exemplo disso é o
marketing digital.
O marketing digital propriamente dito se difere do marketing tradicional
principalmente por fazer uso das ferramentas online, ou seja, canais online e
métodos que permitem a análise dos resultados em tempo real.
O Marketing Digital popularizou-se a pouco mais de 20 anos, e atualmente é o
grande responsável pela maneira com que as empresas se comunicam com
seus consumidores.
Após o surgimento da internet, em meados de 1990, a chamada de Web 1.0,
que não possibilitava uma interação forte entre usuários e páginas da web,
porém, disponibilizava informações através de um sistema de busca simples,
surgiu o termo marketing digital, no entanto, não se diferenciava muito do
chamado marketing tradicional, visto que, a base era a comunicação unilateral,
feita somente pela própria empresa, ou no máximo um site, cujo consumidor
apenas recebia a informação.
Foi no ano de 1993 que começaram a surgir os primeiros anúncios que
possibilitavam uma maior interação do consumidor com a empresa, chamados
assim de anúncios clicáveis.
Com a chegada da Web 2.0 nas proximidades dos anos 2000, as pessoas
passaram a participar dessa interação, seja entre elas, seja entre os conteúdos
disponibilizados pelas redes.
O surgimento das redes sociais online, a partir da década de 90, deixou ainda
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mais complexo os fluxos informacionais (RECUERO, 2009).
O objetivo desta pesquisa é retratar a importância do Marketing Digital na
realidade organizacional, apontar suas principais ferramentas utilizadas, que
cada vez mais, interagem de maneira online.
JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO ESTUDO
Com o aumento do número de usuários das redes sociais, a globalização, o
surgimento de novas tecnologias, surge a necessidade das empresas
interagirem com o seu público-alvo de maneira online, se comunicarem e estar
presente de maneira efetiva nas redes sociais. Entre as redes sociais mais
utilizadas corporativamente, é comum o compartilhamento de informações,
conhecimentos, interesses e esforços em busca de objetivos comuns. As redes
sociais costumam reunir uma motivação comum, porém podem se manifestar
de diferentes formas. Dentre as principais e mais utilizadas, destaca-se:
LinkedIn, Facebook, Instagram, Youtube, Twitter e Blogs.
REFERENCIAL TEÓRICO
Para Castells (1999), rede é um conjunto de nós interconectados, onde nó é
definido como o ponto no qual uma curva se entrecorta. São estruturas abertas
capazes de uma expansão ilimitada, integrando novos nós desde que haja
comunicação dentro da rede. Para Costa (2005), redes sociais trazem um
conceito mais amplo de comunidade, fato que se deu pela evolução da
comunicação.
Conforme Marteleto (2001), o conceito de redes é tributário de um conflito entre
antagônicas correntes nas ciências sociais, que criam os pares dicotômicos,
como indivíduos e sociedades, ator e estrutura, abordagens subjetivas e
objetivas, enfoques micro e macro da realidade social, colocando cada qual a
ênfase analítica em uma das partes.
Para Machado (2009, p. 45), existem três fatores motivadores principais na
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formação das redes sociais:
As pessoas: partindo do pressuposto da atração em torno de uma
personalidade carismática ou de alguém que disponha de um conhecimento
que interessa a outros;
As ideias: troca de ideias sobre interesses diversos, pode ser um grupo de
estudos temáticos, podendo ser um agrupamento de pessoas em torno de um
tema polêmico;
Os projetos: empreendimento temporário ou uma sequência de atividades com
começo, meio e fim, que tem por objetivo fornecer um produto singular, que
contribua, para o crescimento pessoal, profissional ou educacional de todo o
grupo.
Segundo pesquisas, nota-se o potencial de crescimento do Marketing Digital:
O orçamento de mídias digitais deve dobrar nos próximos 5 anos (Fonte:
WebDAM.com);
87% dos usuários de internet agora possuem um smartphone (Fonte: Global
Web Index);
O Inbound Marketing gera 54% mais Leads que o Outbound Marketing (Fonte:
WebDAM.com);
Três milhões de anunciantes usam o Facebook para alcançar os seus
consumidores (Fonte: AdWeek);
As empresas B2B que possuem blogs geram 67% mais Leads do que as
empresas que não o têm (Fonte: WebDAM.com);
O Instagram passou a marca de 200 mil anunciantes 5 meses após abrir a sua
plataforma de anúncios (Fonte: AdWeek);
93% das decisões de compra são influenciadas pelas mídias sociais (Fonte:
Ironpaper);
Profissionais de marketing que priorizaram trabalhar com blog têm 13 vezes
mais chances de obter ROI positivo (Fonte:Socialemedia).
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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A pesquisa será do tipo exploratório, através de levantamento bibliográfico e
descritivo, observando e analisando o comportamento de uma rede social
utilizada por uma Escola de Dança em Presidente Prudente - SP. Através da
rede social Facebook, foi possível analisar os dados mensais, mensurados
através de números fornecedores e que, demonstram os resultados obtidos
através de publicações, que visão a interação, comunicação e divulgação da
empresa.
Os dados foram analisados nos últimos 28 dias, que compreendem as datas de
30 de julho de 2017 a 26 de agosto de 2017.
ANÁLISE DOS RESULTADOS
Serão apresentadas as análises dos resultados levantados nos últimos 28 dias,
levando em consideração as ações na página, visualizações nas páginas,
prévias na página, curtidas na página, alcance da página, envolvimentos com
publicação, vídeos e seguidores da página.
• As ações na página do Facebook abrangem curtidas na página
instalações do aplicativo, conversões, participações no evento entre
outros. Uma ação é uma atividade que ocorre como consequência do
anúncio.
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• As visualizações abrangem o número de pessoas que visualizaram a
página, estando elas conectadas ou desconectadas.
• As prévias na página mostram quantas vezes a prévia da página foi
acessada, possibilitando visualizar a aparência anúncio no Feed de
Notícias do Desktop ou no Feed de notícias móvel.
• As curtidas na Página: total de curtidas de Página em cada dia, durante
um período de 28 dias.
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• O total líquido de curtidas: número total de novas de curtidas menos o
número de discutidas.
• A seção Alcance mostra:
- Alcance das publicações: número de pessoas para as quais a sua
publicação foi exibida, detalhado por alcance pago e orgânico;
- Alcance total: número de pessoas para as quais qualquer atividade da sua
Página foi exibida.
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• O envolvimento com a publicação indica que seus anúncios são
relevantes para o público-alvo, o que ajuda no desempenho de seus
anúncios. Quando as pessoas veem anúncios que são relevantes para
elas, é mais provável que elas interajam com eles. Essa métrica permite
a você medir as interações e compará-las ao envolvimento com outros
anúncios ou campanhas.
• A seção vídeos apresenta três itens:
- Visualizações do vídeo: número de vezes que os vídeos da Página foram
vistos por 3 segundos ou mais
- Visualizações de 30 segundos: número de vezes que os vídeos da Página
foram vistos por 30 segundos ou mais. Se um vídeo tem menos de 30
segundos, isso conta quando as pessoas visualizaram 97% dele.
- Principais vídeos: os vídeos mais visualizados na sua Página vistos por 3
segundos ou mais.
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• Quando um usuário curte sua página, automaticamente ele está
seguindo a mesma, ou seja, receberá as publicações no feed de
notícias. O usuário pode optar por curtir a página e não seguir a mesma,
dessa forma ele não receberá mais o conteúdo no feed de notícias, terá
que entrar na mesma para ver as publicações. Ele pode fazer este
processo de forma manual. É possível alterar essa opção apertando o
botão que fica abaixo da foto de capa da página. Também é possível
seguir uma página e não curtir a mesma.
• Os seguidores líquidos mostram o número de novos seguidores menos
o número de pessoas que deixaram de seguir a página
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CONCLUSÃO E LIMITAÇÕES DO ESTUDO
Busca-se através desse artigo enfatizar a importância do Marketing Digital e a
presença das Redes Social no cotidiano organizacional.
As empresas, cada vez mais, buscam e necessitam estar presentes
digitalmente, buscando diferenciar-se no modo de se comunicar com seu
público-alvo.
Nota-se que ações de gerenciamento e estratégias de comunicação nas redes
sociais impactam de maneira positiva na divulgação da empresa e torna-se
efetiva quando há monitoramento e acompanhamento, uma vez que as mídias
sociais estão cada vez mais sendo utilizadas para gerar negócios para as
empresas que vendem diretamente para o consumidor. Portanto, conclui-se
que, a efetividade e o sucesso do Marketing Digital, importante incluir diversos
tipos de ferramentas, ações e, claro, conteúdos.
REFERÊNCIAS
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999. v.
1.
KOTLER,P. Administração de maketing: a edição do novo milênio. São
Paulo: Prentice Hall, 2000.
KOTLER, Philip. Marketing essencial. São Paulo: Futura, 2005.
MARTELETO, Regina Maria. Análise de redes sociais: aplicação nos estudos de transferência da informação. Ciência da Informação, Brasília, v.
30, n. 1, p. 71-81, jan./abr. 2001.
TUBENCHLAK, Daniel Buarque. Fatores motivacionais da comunicação boca-a-boca eletrônica positiva entre consumidores no Facebook. Dissertação (mestrado) - Escola Brasileira de Administração Pública e de
empresas, Centro de Formação Acadêmica. Rio de Janeiro, 2013.
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61
RECUERO, R. e ZAGO, G. Em busca das “redes que importam”: Redes Sociais e Capital Social no Twitter. In: Anais do XIX Encontro da Compós,
PUC/MG, junho de 2009. Disponível em: <
http://www.compos.org.br/data/trabalhos_arquivo_coirKgAeuz0ws.pdf>. Acesso
em 15/05/2009.
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O COMPORTAMENTO DAS DIFERENTES GERAÇÕES NAS RELAÇÃOES DO TRABALHO
Lucilene Gonçalves (FIA – Fundação Instituto de Administração) –
Luciana de Magalhães Pereira (Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas) – [email protected]
INTRODUÇÃO
A convivência das gerações no mesmo local de trabalho já é uma realidade e o
grande desafio é como lidar com essa diversidade.
O objetivo é identificar as diferenças entre a Geração X e Y em relação ao
comportamento nas relações de trabalho, especificamente com a liderança,
motivação e o significado do trabalho.
O tema é atual, cada vez mais presentes em discursões das organizações.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Características das gerações
A Geração X começou a trabalhar ainda na adolescência estimulado pelos pais
e pelo anseio para conquistar o seu espaço. (OLIVEIRA, 2016).
Calliari e Motta (2012) relatam que a Geração Y tem um maior poder de
influência e com uma grande capacidade de fazer várias coisas ao mesmo
tempo e valorizam muito mais o comportamento ético (MALDONADO, 2006).
Conceito de relações de trabalho
As relações do trabalho estão ligadas a relação dos empregados e
empregadores, que ocupam papeis opostos e complementares no processo de
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produção econômica, determinada pelas características das relações sociais,
econômicas e políticas da sociedade (FISCHER, 1987).
A Geração X defende um ambiente de trabalho com menos hierarquia e mais
informalidade, porém cresceram no período do downsizing, que provocou
insegurança no trabalho. Investiram mais na sua própria empregabilidade
(VELOSO; DUTRA; NAKATA, 2016).
A Geração Y cresceu com os avanços tecnológicos e são mais individualistas.
Para eles as questões profissionais não são mais importantes que as
prioridades pessoais (VELOSO; DUTRA; NAKATA, 2016).
Liderança
O processo da liderança é composto pelo líder, pelo liderado, pelo momento
social e por algum fato em que qualquer pessoa é capaz de influenciar outras
pessoas (LIMONGI-FRANÇA e ARELLANO, 2002).
A geração X não se prende à conceitos de hierarquia, valoriza um ambiente de
trabalho informal. A Y trata os seus superiores com informalidade e igualdade,
os valores éticos são muito fortes (LANCASTER e STILLMAN, 2011).
Motivação e o significado do trabalho
A motivação do indivíduo no trabalho pode ser explicada em quatro pontos: o
trabalhador tem a necessidade de contribuir com o trabalho; o trabalho é algo
natural; desejo de influenciar positivamente na organização proporcionando
qualidade e realização de atividades complexas e o controle de sua execução
(CASADO, 2002).
Quando acontece uma conexão entre os desejos organizacionais e as
necessidades pessoais, ocorre uma maior dedicação ao trabalho porque passa
a ter significado. (BERGAMINI, 2008).
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METODOLOGIA
A pesquisa é de carácter exploratório e o método escolhido foi o levantamento
(Survey) por meio de coleta de dados, com estimativa de 50 a 70 participantes
da geração X e Y que trabalha na grande São Paulo.
O instrumento utilizado foi por meio de questionário com perguntas de múltipla
escolha.
Foi utilizado como base para a criação deste questionário as escalas de
medidas relacionadas abaixo (SIQUEIRA et al, 2008):
- EIR: Escala de Interdependência de Resultados;
- EIT: Escala de Interdependência de Tarefas;
- IMST: Inventário da Motivação e do Significado do Trabalho e
- EBPS: Escala de Bases de Poder do Supervisor.
A coleta de dados foi realizada por meio de questionário de múltipla escolha e
enviada por e-mail, Facebook e Linkedln via Google Docs.
ANÁLISE DOS RESULTADOS
Foram analisados 25 questionários da Geração X e 25 questionários da
Geração Y.
Percepção da liderança
Os resultados mostram que a Geração X confia e aceita mais a sua liderança
do que a Y. Isso pode ser explicado pelas próprias características da geração Y
que é mais conectada com outras pessoas por meio da internet e por isso não
vê a liderança como a principal fonte de influência.
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Gráfico 1
Fonte: a autora.
Motivação e o significado do trabalho
A primeira parte do questionário procura identificar como cada participante
visualiza o trabalho ideal.
Gráfico 2
Fonte: a autora.
2% 2% 6%
12%
28%
0% 2%8%
24%
16%
DISCORDO
TOTALMENTE
DISCORDO
PARCIALMENTE
NEM CONCORDO
NEM DISCORDO
CONCORDO
PARCIALMENTE
CONCORDO
TOTALMENTE
Fazer-me sentir que tenho compromisso a cumprir.
X Y
0,02 0 0,08
0,220,18
0 0,04 0,06
0,2 0,2
DISCORDO
TOTALMENTE
DISCORDO
PARCIALMENTE
NEM CONCORDO
NEM DISCORDO
CONCORDO
PARCIALMENTE
CONCORDO
TOTALMENTE
Trabalhando, tenho oportunidades de expressão de minha criatividade.
X Y
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Quando se projeta o trabalho ideal não tem tanta diferença na motivação e no
significado do trabalho para a Geração X e Y, a motivação vem do indivíduo e
que seus desejos são semelhantes.
O objetivo da segunda parte do questionário é procurar identificar o sentimento
de cada participante com a situação do seu trabalho atual.
Gráfico 3
Fonte: a autora.
A geração X tem uma percepção mais otimista do trabalho que exercem em
comparação com a Geração Y.
Na terceira parte do Inventário foi solicitado para que os participantes
analisassem o que obtém do trabalho que depende de seu desempenho e/ou
de seu esforço.
0% 0% 4% 8%
38%
2% 2% 4%
24%18%
DISCORDO
TOTALMENTE
DISCORDO
PARCIALMENTE
NEM CONCORDO
NEM DISCORDO
CONCORDO
PARCIALMENTE
CONCORDO
TOTALMENTE
Prazer pela realização de minhas tarefas.
X Y
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Gráfico 4
Fonte: a autora.
Gráfico 5
Fonte: a autora.
Os resultados demonstram uma das características da Geração X, que se
dedicaram mais a sua empregabilidade.
0% 4% 14%
32%
2% 6%20% 22%
DISCORDO
PARCIALMENTE
NEM CONCORDO NEM
DISCORDO
CONCORDO
PARCIALMENTE
CONCORDO TOTALMENTE
Oportunidades de me tornar mais profissionalizado (mais qualificados).
X Y
0% 2% 0%
18%
30%
2% 4%8%
18% 18%
DISCORDO
TOTALMENTE
DISCORDO
PARCIALMENTE
NEM CONCORDO
NEM DISCORDO
CONCORDO
PARCIALMENTE
CONCORDO
TOTALMENTE
A percepção de ser produtivo.
X Y
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo indica que a geração X tem uma visão mais otimista do seu trabalho
atual em relação a motivação e o significado do trabalho, porque reconhece
que suas conquistas dependem exclusivamente do seu esforço.
Não significa que a Geração Y seja de “acomodados”, mas talvez não teve um
resultado mais otimista porque a estrutura de trabalho na maioria das
organizações não atende as suas expectativas, uma geração mais livre e ágil
que gosta de ser ouvida e de receber feedback.
A Geração X confia e aceita mais a sua liderança, a geração Y é mais
conectada com outras pessoas por meio da internet e por isso não vê a
liderança como a principal fonte de influência.
O individualismo é uma característica da geração Y, mas olhando para os
resultados obtidos na pesquisa a percepção é de uma geração egocêntrica e
que não vê a importância do trabalho do outro.
Considera-se uma limitação do estudo a amostra não ter sido significativa para
a generalização dos dados.
BIBLIOGRAFIA
BERGAMINI, C.W. Motivação nas organizações. 5.Ed. São Paulo: Editora
Atlas, 2008.
CALLIARI,M;MOTTA,A. Código Y: decifrando a geração que está mudando o
país. São Paulo: Évora Editora, 2012.
CASADO,T. A motivação e o trabalho. In Fleury, M.T.L (org). As pessoas na
organização.19. Ed. São Paulo: Editora Gente, 2002, p.247-258.
CORDEIRO,H.T.D;FREITAG B.B.;FISCHER A.L.;ALBUQUERQUE L.G. A questão das gerações no campo da gestão de pessoas: tema emergente? São Paulo, 2013. Disponível em: http://revistas.pucsp.br/index.php/ReCaPe. Acesso em 04 dez 16.
FISCHER, R. M. “Pondo os pingos nos Is” sobre as relações de trabalho e política de administração de recursos humanos. Disponivel em:
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https://scholar.google.com.br, 1987.
LANCASTER, L. C.; STILLMAN, D. O Y da questão: Como a Geração Y está transformando o mercado de trabalho. São Paulo: Saraiva, 2011.
LIMONGI-FRANÇA, A.C e ARELLANO, E.B.. Liderança, poder e comportamento organizacional. In Fleury, M.T.L (org). As pessoas na
organização.19. Ed. São Paulo: Editora Gente, 2002, p.259-268.
MALDONADO, M. A geração Y no trabalho: um desafio para os gestores.
2006. Disponível em: < http://www.rh.com.br/Portal/Mudanca/Artigo/4142/a-
geracao-y-notrabalho-um-desafio- -para-os-gestores.html >. Acesso em: 27
Feb. 2017.
OLIVEIRA, S. Gerações: encontros, desencontros e novas perspectivas. São
Paulo: Integrare Editora, 2016.
PUENTE-PALACIOS, K. Equipes de Trabalho. In SIQUEIRA, M. M. M. (org);
TAMAYO A. [et al]. Medidas do comportamento organizacional: ferramentas de
diagnóstico e de gestão. Porto Alegre: Editora Artmed, 2008, p.145-160.
SIQUEIRA, M. M. M. (org); TAMAYO A. [et al]. Medidas do comportamento organizacional: ferramentas de diagnóstico e de gestão. Porto Alegre: Editora Artmed, 2008.
VELOSO, E.F.R; DUTRA, J.S.; NAKATA, L.E. Percepção sobre carreiras inteligentes: diferenças entre as gerações Y, X e baby boomers. REGE – Revista de Gestão – Disponível em: www.sciencedirect.com, 2016.
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OLIMPÍADAS RIO 2016: O Revezamento da Tocha Olímpica e Estratégias de Patrocínio.
Carolina Akiko Ribeiro Nakazuna (Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas) – [email protected]
Elizabeth de Menezes Rocha (Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas) – [email protected]
RESUMO
O tema do deste trabalho está relacionado às Olimpíadas Rio 2016. O objeto
de estudo é o Revezamento da Tocha Olímpica um dos mais tradicionais
eventos e de maior duração das Olimpíadas. O estudo se justifica porque as
Olimpíadas é um megaevento esportivo de abrangência mundial que gera
receitas e audiências gigantescas com atividades mercadológicas que podem
afetar positiva ou negativamente as marcas envolvidas. O objetivo deste
trabalho é analisar as estratégias e apontar alguns dos recursos de
comunicação utilizados no Revezamento da Tocha Olímpica. Para isso será
realizado um levantamento dos meios de comunicação de marketing aplicados
pelos patrocinadores do Revezamento da Tocha, as empresas Coca Cola,
Bradesco e Nissan. A hipótese deste trabalho é como o uso do planejamento e
dos meios de comunicação tem importante papel para se obter um resultado
positivo e desejado para as marcas. A metodologia da pesquisa é qualitativa e
o estudo se dará a partir dos conceitos teóricos de estratégia de marketing,
comunicação e gestão de marcas com a fundamentação teórica de David A.
Aaker, Philip Kotler e Kevin Lane Keller.
Palavras-chave: Comunicação, Estratégia de Marketing, Olimpíadas Rio 2016,
Marcas, Revezamento da Tocha Olímpica.
INTRODUÇÃO
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As Olimpíadas Rio 2016 levam grandes repercussões a todos os envolvidos,
por se tratar de um megaevento esportivo de tradição e de longa duração
trazendo oportunidade de maior alcance e frequencia às marcas
patrocinadoras divididas em regional, nacional e mundial, principalmente
durante o evento, e objeto de estudo “Revezamento da Tocha”, cada uma com
um investimento proporcional a ela, assim como foi feito na Copa do Mundo
2014.
Ao considerar a imagem do país sede, o Brasil teve problemas que foram
apontados internacionalmente ao começar pelo Revezamento da Tocha,
levando uma imagem questionadora como a despreparação pela crise político-
econômica, saúde pública, pelos casos de corrupção na cidade sede e se
poderiam atendem os requisitos de padrão do COI para a efetivação do evento.
O Revezamento da Tocha trouxe benefícios como investimentos em cifras
gigantescas e que resultam, ou pelo menos o que se esperou, um retorno
positivo e igualitário em reconhecimento as marcas.
Para se reforçar os patrocinadores se utilizaram de estratégias de marketing e
de comunicação. Neste trabalho foram abordadas algumas destas estratégias
e os meios de comunicação utilizados pelas marcas patrocinadoras, como
lançamentos de produtos, promoção de vendas, propagandas e relações
públicas por meio de televisão, rádio, mas principalmente mídia social
(internet).
E é por meio dessas estratégias de patrocínio que as marcas construíram seu
branding. Foram abordados os aspectos positivos e em alguns casos,
negativos das estratégias e como os meios de comunicação influenciaram esta
construção.
OLIMPÍADAS 2016
As Olimpíadas 2016 iniciaram em outubro de 2009, quando da escolha do país
sede após as Olimpíadas de Beijin, na China. Essas Olimpíadas tiveram um
diferencial, pois foi a comemoração de 120 anos das primeiras Olimpíadas
Modernas.
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O evento esportivo
Um evento pode ser considerado um megaevento por trazer consigo
característica que o agiganta frente ao cenário mundial, seja por atingir imenso
público, de alcance planetário, por arrecadar cifras gigantescas de
investimentos por parte da organização. As Olimpíadas podem ser
consideradas um megaevento por ser de “[...] preparação longa e por vezes
intermitente, sempre operando com escala de milhões de participantes”.
(DaCosta; Miragaya apud Tavares, 2011 p.16).
E por se tratar de um evento esportivo historicamente conhecido, é de se
esperar que o país sede tivesse como retorno “marcos da modernidade com
longa tradição de integrar interesses industriais e corporativos com aqueles de
governos em relação ao desenvolvimento urbano e imagem nacional.”
(Schimmel, 2009 apud Tavares, 2011 p. 16). No entanto, não necessariamente
isso acontece.
As Olimpíadas têm atividades mercadológicas extensivas nacional e
internacionalmente. Teve como meta arrecadar os melhores resultados
possíveis para a imagem do país sede e dentre os envolvidos estão COI e
COB1, Patrocinadores Olímpicos Mundiais, Patrocinadores e Apoiadores
Olímpicos Rio 2016 que “no evento olímpico, a formatação das cotas de
publicidade se deu de maneira similar à da Copa do Mundo 2014. Visando
potencializar os investimentos (...)”. (Rocha, 2016 p. 28).
O BRASIL COMO PAÍS SEDE DAS OLIMPÍADAS 2016
Os conflitos no Brasil para sediar megaeventos iniciaram faltando um ano para
a Copa do Mundo 2014. Em junho de 2013, as manifestações que tomaram
conta de todo o país, inicialmente foi pelo aumento da passagem de ônibus,
mas depois foi delineado, contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição)
37, contra a violência, corrupção. As manifestações continuaram em 2015, os
1 Fontes: <https://www.olympic.org/about-ioc-institution>acesso em 22 abr. 2017 às 16:50.
<https://www.cob.org.br/pt/cob/comite-olimpico-do-brasil> acesso em 22 abr. 2017 às 17:05.
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protestos a favor do impeachment da Presidenta Dilma Rousseff, o caso Lava
Jato, decepção do legado da Copa do Mundo 2014, foram os atos que levaram
os brasileiros à rua para protestar2. O país teve que buscar formas de
minimizar a situação crítica que se estendeu até o momento e convencer
mundialmente que o país estava pronto para sediar e que investiria muitos
recursos para segurança, e para atender os padrões do COI ao começar pela
cobertura do Revezamento da Tocha Olímpica.
Formas de geração de receita
As formas de geração de receita do megaevento podem ser oriundas de
algumas fontes, a saber:
A apropriação dos organizadores e demais atores dos
megaeventos se dá não exclusivamente pelos patrocínios de
eventos ou locais de eventos (naming rights), projetos
publicitários das entidades e dos grupos de comunicação que
fazem a captação de patrocinadores, mas também com vários
tipos de patrocínio esportivo: a) patrocínio de equipes esportivas;
b) patrocínio individual e endosso de celebridades esportivas; c)
patrocínio de organizações ou entidades esportivas; d) patrocínio
de eventos esportivos; e) patrocínio de instalações esportivas; f)
patrocínio de transmissões esportivas; g) patrocínio de
tecnologias; e h) licenciamento. Essa classificação faz parte de
um levantamento realizado por Sá (2010, p.36-45) com base em
oito autores distintos. (Rocha, 2016, p.31)
Este megaevento foi uma oportunidade para divulgar a imagem do país
mundialmente em níveis nacional, regional e mundial.
2 Fontes:
<http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2013/06/130617_analise_motivacoes_protestos_lgb>acesso em 30
abr. 2017 às 23:04; http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/08/150820_alcadipani_ping_lk> acesso em
30 abr., 2017 às 23:07
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Cada patrocinador investe valores diferentes (e tem maior ou
menor exposição da marca conforme o dinheiro pago) e são
denominados Parceiros, Patrocinadores, Apoiadores, sendo
que os primeiros pagam mais e os últimos, valores
proporcionalmente inferiores. (Rocha, 2016 p. 28)
REVEZAMENTO DA TOCHA OLÍMPICA 2016
Nas Olimpíadas 2016, o Revezamento da Tocha Olímpica iniciou na Grécia,
passou pela cidade de Atenas, logo após foi para Suíça no museu Olímpico e
pela sede do COI em Lausanne e em Genebra na sede da ONU, chegando ao
Brasil na cidade Brasília, após isso seguiu caminho por todo o país até a
cidade sede quando houve o acendimento da pira olímpica dando inicio aos
jogos olímpicos.
A Tocha Olímpica traz em seu design o Calçadão de Copacabana, criada pela
agência de design Chelles&Hayashi, feita de alumínio reciclado, funcionamento
a gás, e as três linhas das cores: verde, amarela e azul simbolizam as
montanhas, o sol e o mar respectivamente3.
Figura 1 Tocha Olímpica Rio 2016.
Fonte: <http://design.ind.br/sn/blog/portfolio/tocha-rio-2016/>
Benefícios
Um projeto como o da Tocha Olímpica traz para o mercado publicitário vários
benefícios de mídia dentre eles a ampla cobertura e frequência da
comunicação. 3 Fonte: <https://www.olympic.org/rio-2016-torch-relay acesso em 04 set. 2016 às 21:55.
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A coordenação de mídias pode ocorrer entre diferentes tipos de
mídias e no âmbito de cada um deles, mas os profissionais de
marketing devem combinar os canais de comunicação
pessoais e não pessoais por meio de campanhas de múltiplos
veículos e múltiplos estágios para alcançar máximo impacto e
aumentar o alcance e o impacto da mensagem. (Keller; Kotler,
2013 p. 532).
Além disso, cabe considerar que os investimentos foram em cifras gigantescas,
muitas vezes resultado de corrupção e desvios de dinheiro público para
favorecer políticos, entidades, empresários, grupos de interesse, e um sem fim
de atores.
Duração
Na abertura do evento que iniciou em 03 de maio de 2016, houve uma
cerimônia e a tocha passou de uma a cinco cidades por dia de determinado
estado do país4 até chegar a cidade sede dia 05 de agosto de 2016. Este
evento teve longa duração, o que pode gerar a exposição da marca por um
período maior de tempo e com isso os patrocinadores puderam mostrar suas
marcas com maior frequência, ou seja, “o número de vezes durante um
determinado período em que uma pessoa ou família é exposta à mensagem,
em média” (Keller; Kotler, 2013 p. 549). Neste caso a duração do evento foi de
três meses, aproximadamente 95 dias. Para Ogden (2002), a frequência
mínima ideal para conseguir resultados satisfatórios é de quatro semanas o
que indica uma frequência três vezes maior que a média da marca dos
patrocinadores durante o Revezamento da Tocha Olímpica, portanto, isso
garantiu um retorno altíssimo para as marcas anunciantes.
Alcance
4Fonte: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-02/veja-a-lista-das-cidades-por-onde-a-tocha-
olimpica-vai-passar > acesso em 27 jun. 2017 às 16:45
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Por se tratar de um evento dentro de um megaevento esportivo de abrangência
mundial, visou-se que o alcance seria de milhões de pessoas “o alcance refere-
se a um percentual do público-alvo que é exposto a um método particular em
um determinado tempo” (Ogden, 2002 p. 51). E quanto mais pessoas forem
alcançadas, maior será o custo em propagandas e demais ferramentas de
comunicação de marketing.
Definição dos Patrocinadores
A escolha trouxe a disputa entre bancos, e o Banco Bradesco foi o
contemplado5. O segmento de bebidas ficou aos cuidados da Coca Cola
Company e por fim, o setor automobilístico com o patrocínio da Nissan do
Brasil responsável pela locomoção durante todo o evento. Com isso, nota-se
uma clara diversificação de setores de atuação por parte dos patrocinadores.
ESTRATÉGIAS DE MARKETING E DE COMUNICAÇÃO
As estratégias são ações que as empresas buscam praticar para alcançarem
seus objetivos de curto ou a longo prazo. Para que as estratégias tenham
eficiência é necessário realizar planos estratégicos de marketing, esses planos
são realizados a partir da administração e pesquisa dos negócios (produto e/ou
serviço) de uma empresa como carteira de investimento para saber em qual
deles fazer o maior ou menor investimento para se obter o retorno desejado
(Kotler; Keller, p.39, 2014).
Lançamentos de Produtos e Parcerias
A Coca Cola fez a composição de Coca Cola Stévia para atender o público que
deseja uma vida mais saudável e promoveu a associação ao esporte e às
5 Fonte: <http://exame.abril.com.br/marketing/rio-2016-abre-escolha-de-patrocinador-para-olimpiadas/> acesso
em 19 fev. 2017 às 16:50.
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Olimpíadas Rio 2016. O preço sugerido permaneceu como o da Coca Cola
tradicional6.
Figura 2 Lata Edição Especial a Coca Cola Stévia e anúncio da Campanha.
Fontes: <http://www.fatosdesconhecidos.com.br/qual-e-diferenca-da-coca-cola-
verde-para-tradicional/>; <http://g1.globo.com/economia/midia-e-
marketing/noticia/2016/04/coca-cola-lanca-no-brasil-versao-com-stevia-e-50-
menos-acucares.html>
A Nissan por sua vez, focou no modelo Kicks, seu lançamento destacou o fato
do Brasil e a América Latina serem os primeiros a conhecer a nova tecnologia
da empresa japonesa, com a fabricação em massa na cidade de Resende no
Rio de Janeiro7. Os carros apresentados no início do evento, teve como
objetivo acompanhar e atender a locomoção por meio de 4.500 veículos
oficiais, durante o Revezamento da Tocha Olímpica. O lançamento oficial para
o público e as vendas, deu-se a partir de agosto de 2016 no início dos Jogos
Olímpicos8.
6 Fonte: <http://exame.abril.com.br/marketing/coca-cola-lanca-versao-verde-no-brasil-com-menos-acucar/>
acesso em 18 jun. 2017 as 20:52. 7Fonte: <http://www.revistapubliracing.com.br/single-post/2016/05/03/O-mundo-conhece-o-Nissan-Kicks>
acesso em 06 jul. 2017 as 22:17. 8 Fonte: <http://www.nissankin.com.br/nissan-kicks-aparece-pela-1a-vez-antes-do-lancamento-oficial/> acesso
em 06 jul.2017 as 22:28.
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Figura 3 Carro modelo Kicks da Nissan entregue no Rio de Janeiro dia 03 de
maio, 2016.
Fonte:<http://carsnews.meionorte.com/2016/05/27/nissan-kicks-sera-o-pace-
car-oficial-da-14a
maratona-do-rio-de-janeiro/>
Campanhas de Comunicação
As estratégias utilizadas pelos patrocinadores unem mais de um tipo de
ferramentas de Marketing e Comunicação: Promoção de vendas, Propagandas
e Relações Públicas, cada qual com a importância para fazer-se alcançar o
público desejado e acompanhar as tendências em comunicação.
Promoção de Vendas
Segundo Keller & Machado (2007) “as promoções de vendas podem ser
definidas como incentivos de curto prazo para encorajar a experimentação ou a
utilização de um produto ou serviço.”
O Bradesco Seguros trouxe como promoção de vendas a campanha “Vai
Brasil... Vai Você”, voltada para clientes da Seguradora que possuíam ou
adquiriram entre 04 de janeiro a 31 de julho de 2016 os produtos participantes.
Contou com ações de sorteios de pacotes para os Jogos olímpicos e prêmios
de R$ 15mil a cada vez que um atleta olímpico do Time Brasil subisse ao pódio
durante os Jogos Rio 2016, essa campanha foi válida para clientes de todos os
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tipos de seguros: dental, auto, capitalização, vida, previdência, saúde,
residencial dentre outros9.
O carro Nissan Kicks, teve como pré-venda mil unidades. As vendas ocorreram
através do site oficial que estava sintonizado ao estoque, após escolher a
concessionária mais próxima do consumidor10. A partir dessa ação de vendas a
Nissan pode entregar a oportunidade para seus clientes de serem os primeiros
a usufruir deste produto tão esperado no Brasil, pois além de ter sido uma
produção em massa, trouxe toda uma significância em gerar empregos, valor
agregado e a exclusividade para o país e América Latina.
Figura 4 Carro Kicks nas cores branco com teto laranja e todo cinza.
Fonte:<https://www.nissan.com.br/experiencia-nissan/noticias-e-eventos/novo-
crossover-global-nissan-kicks-ter-pr-venda-a-partir-
destasexta.html>;http://www.autossegredos.com.br/ lancamentos/nissan-kicks-
entra-em-pre-venda-nesta-sexta-por-r-89-mil/
Propagandas
As propagandas têm como objetivo disseminar mensagens para alcançar seu
público-alvo, seja para desenvolver a preferência pela marca ou para
influenciar as pessoas. As empresas necessitam de investimento financeiro, e
9 Fonte: < http://www.revistaapolice.com.br/2016/01/grupo-bradesco-seguros-lanca-campanha-vai-
brasil-vai-voce/> acesso em 02 ago.2017 as 15:54. 10 Fonte: <https://www.nissan.com.br/experiencia-nissan/noticias-e-eventos/novo-crossover-global-
nissan-kicks-ter-pr-venda-a-partir-desta-sexta.html> acesso em 09 de jul.2017 as 16:35.
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podem utilizar diversos meios de comunicação, dentre eles: televisão, rádio,
internet, mídia impressa. (Kotler; Keller, 2014)
O Bradesco fez anúncios por meio de jingle que veiculou em rádio, televisão e
internet. O jingle “Agora é BRA – Se Ligaê” trouxe o primeiro patrocinador de
origem brasileira a conseguir patrocinar um megaevento, o que foi motivo de
orgulho, associar o “BRA” da instituição, com o “BRA” de Brasil nos uniformes
dos atletas, o que reforçou seu vínculo com o esporte desde os anos 80. O
videoclipe mostrou pessoas de diversos lugares do país e de diferentes classes
sociais, todos na mesma sintonia: a alegria pelo Brasil sediar as Olimpíadas
Rio 2016.11
Figura 5 Abertura do vídeo canal do Youtube Bradesco Oficial.
Fonte: <https://www.youtube.com/watch?v=irO-QKahzHw>
A Coca Cola iniciou a campanha “Isso é Ouro” para selecionar condutores da
Tocha Olímpica, divulgado nas redes sociais e na televisão. A campanha
mostrou o Urso (icônico da marca) no Rio de Janeiro após deixar seu lugar de
origem para se aventurar, e ao ter uma atitude digna de “isso é ouro” pôde ser
considerado um dos condutores da Tocha, e a ideia foi de atrair jovens que
tivessem histórias inspiradoras e genuínas relacionadas a dança, esporte,
11 Fonte: Vídeo retirado do canal oficial Bradesco <https://www.youtube.com/watch?v=irO-QKahzHw>
acesso em 18 jun., 2017 as 18:47.
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movimento, que de alguma forma tivessem influenciados amigos, familiares e a
sociedade em um todo a terem atitudes dignas do título da campanha.12
Figura 6- Propaganda Urso "Isso é Ouro" com o atleta Jobson Junior
Fonte: <http://diariodorio.com/urso-polar-da-coca-cola-vem-para-o-rio-em-
propaganda/>
Com o anúncio “A força do atrevimento” a Nissan iniciou sua campanha sobre
o megaevento com depoimentos de alguns atletas do Time Nissan13, após um
ano lançou a campanha do carro Kicks para a televisão e ação digital de 60
segundos em tempo real durante o Revezamento da Tocha Olímpica, o que
reforçou o seu patrocínio e a forma inovadora de expor seu produto.
Relações Públicas
Para Ogden (2002), “as relações públicas têm a função de gerar no público
geral boa vontade em relação à empresa ou organização, e se concentram nos
relacionamentos que são criados entre uma organização e seus vários
públicos”.
O Bradesco iniciou a campanha para atrair condutores da Tocha. A pessoa
deveria ser indicada por outra para ser condutora, e precisava trazer impacto 12 Fonte: <http://diariodorio.com/urso-polar-da-coca-cola-vem-para-o-rio-em-propaganda/> acesso em 26
jul.2017 as 19:18. 13 Fonte: Retirado de vídeos do canal oficial Nissan Brasil:
https://www.youtube.com/watch?v=pH7vJMb1Vpg&index=10&list=PLMVmKxxaSTZW2scyaa-rj-XgC0mdilsSt
acesso em 29 jul.2017.
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na sociedade com uma história verídica, além de ter as qualidades olímpicas:
respeito, amizade e excelência14 isso também foi válido para ex-atletas
olímpicos que inspiraram outros brasileiros e comunidades a fazerem coisas
diferentes. Durante o evento para divulgação da websérie dividida em 14
episódios do “Revezamento da Tocha” transmitida pelo canal Bradesco no
Youtube todas as sextas-feiras15.
Figura 7 Ex-jogador de vôlei Giovane Gávio com as crianças da Fundação
Bradesco durante o Revezamento da Tocha em Vila Velha/ES
Fonte:<http://maquinadoesporte.uol.com.br/artigo/manha-com-tocha-festa-
expoe-complexidade-do-revezamento-pelo-brasil_30428.html>
Outro evento que reforçou as relações públicas do Bradesco foi o comboio16
que viajou mais de 30mil km pelo Brasil afora levando acervo histórico do
megaevento, com diversos veículos que desfilaram nas ruas levando a marca
para milhares de pessoas que se concentraram durante a passagem. Neste
acervo incluiu histórias do megaevento desde seu início até os dias atuais,
reforçou a afinidade existente entre a marca Bradesco e o esporte para o
público ali presente.
14 Fonte: <http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2015/09/revezamento-da-tocha-conheca-os-
programas-de-selecao-de-condutores.html> acesso em 26 jul.2017 as 19:04. 15Youtube é uma plataforma de distribuição digital de vídeos. Fonte:<
https://www.significados.com.br/youtube/> acesso em 02 jul.2017 as 19:24.;
<http://www.revistapublicitta.com.br/acao/news/rio-2016-bradesco-e-chama-da-diversidade/> acesso em 25
jul.2017. 16 Fonte: <https://oglobo.globo.com/esportes/comeca-revezamento-da-tocha-no-brasil-19210968> acesso em
02 jul.2017 as 18:55.
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CONSTRUÇÃO DO BRANDING DAS MARCAS PATROCINADORAS
Aaker, (1998) define: “o brand equity é um conjunto de ativos e passivos
ligados a uma marca, seu nome e seu símbolo, que se somam ou se subtraem
do valor proporcionado um produto ou serviço para uma empresa e/ou
consumidor dela.” Foi realizada a construção das marcas como patrocinadoras
do evento, com as ações envolvendo o Revezamento da Tocha Rio 2016.
Eventos patrocinadores podem contribuir para o brand equity
por ficar associados à marca, melhorar a lembrança de marca
e agregar novas associações ou melhorar a força,
favorabilidade e a exclusividade de associações existentes. A
proporção em que essa transferência ocorrerá dependerá de
quais eventos são selecionados e de como o programa de
patrocínio é elaborado e integrado a todos os programas de
marketing para construir o brand equity. (Keller; Machado,
2012, p. 207).
Aspectos positivos e negativos às Marcas Patrocinadoras
Os aspectos abordados neste trabalho serão relatados em conformidade com
cada um dos patrocinadores e como estes aspectos puderam se associar a
imagem das marcas.
Bradesco
O Bradesco por meio de promoção de vendas para consumidores que “são
planejadas para mudar as escolhas, a quantidade ou o momento das compras
de produtos pelos consumidores.” (Keller; Machado p. 173, 2012) O que trouxe
como vantagem competitiva à marca. Através de sorteios de prêmios,
incentivou seus clientes a obterem os mais diversos serviços de seguros com a
campanha “Vai Brasil... Vai Você” realizada durante o evento Revezamento da
Tocha.
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Para Aaker (1998), envolver um slogan facilita a lembrança no consumidor ao
associar a marca, como foi feito pelo Bradesco: “Agora é BRA” indicando que o
BRA, de Bradesco, é o mesmo que o BRA do Brasil, que chegou para sediar o
megaevento. Quanto ao jingle “pode ser um poderoso dispositivo de criação de
conhecimento.” Para Keller & Machado (2007) “geralmente têm ganchos e
refrãos que ficam registrados quase permanentemente na mente dos ouvintes
(...) tornaram-se importantes recursos de branding.”
A associação, a imagem e o posicionamento do Bradesco na websérie e
durante o comboio, além de reforçar as relações públicas trouxeram para a
marca o reforço de seu relacionamento institucional com o público e ao “time
Bradesco” que apoia alguns dos esportes participantes dos jogos olímpicos, e
expôs a marca em gigantesca cobertura de forma presencial com o comboio e
associação à cultura, e a websérie a partir do uso da internet que dentre “as
principais vantagens do marketing na internet são o baixo custo, o nível de
detalhe e grau de customização que ela oferece” (Keller & Machado, 2007 p.
168).
Coca Cola
A Coca Cola ao produzir uma embalagem com novo rótulo “uma das
associações mais fortes que os consumidores têm com a marca está
relacionada com a aparência de sua embalagem.” E trouxe a inovação tanto no
rótulo (na cor verde, um contraste da tradicional, vermelha) e introduziu um
novo produto, Keller & Machado (2007), aquele que se encontra no coração do
brand equity, pois é ele que influencia o consumidor, que satisfaz as
necessidades dos consumidores, com a sugestão de ser mais saudável por se
tratar de adição de adoçante natural.
Para este novo produto, com a divulgação de ser 50% menos açucares, houve
questionamento sobre a diminuição de açúcares e aumento de sódio. A marca
esclareceu no site oficial da empresa: “Na Coca-Cola original, são 37 gramas
de açúcares e 18mg de sódio. Na nova versão com stévia, são 18 gramas de
açúcares e exatamente 37mg de sódio na lata, números iguais e invertidos —
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(...).” E ainda complementa que todos os produtos seja Coca Cola tradicional,
ou zero ou Stévia, têm-se de 1 a 2% de sódio conforme recomendado pela
OMS (Organização Mundial da Saúde)17. A Coca Cola por acompanhar as
mídias sociais, principalmente internet, trouxe como resposta a este aspecto
negativo, o esclarecimento da questão acima, reafirmando seu produto próprio
para consumo, fator apontado como:
Um conjunto particularmente importante de associações
abstratas com uma marca corporativa é a credibilidade
corporativa. Credibilidade corporativa refere-se a até que ponto
os consumidores acreditam que uma empresa possa entregar
produtos e serviços que satisfaçam as necessidades e desejos
do cliente. Assim, credibilidade corporativa depende de três
fatores: 1) Conhecimentos técnicos e experiência: a proporção
em que uma empresa é vista como capaz de fabricar e vender
seus produtos ou prestar seus serviços competentemente. 2)
Confiabilidade: a proporção em que uma empresa é vista como
honesta, confiável e sensível às necessidades do cliente. 3)
Simpatia: a proporção em que uma empresa é vista como
simpática, atraente, dinâmica, etc. (Keller & Machado, 2012, p.
229)
Com o slogan “Isso é ouro” deu-se início a associação que tem como papel:
“explicar posições, esclarecer fatos, divulgar benefícios, informar
características, preços (...)” (Lupetti, 2003 p. 117) para atrair condutores da
Tocha Olímpica que tivessem ações que fizessem jus ao slogan da campanha
como mostrado o Urso durante o comercial.
Nissan
17 Fonte: < http://www.cocacolabrasil.com.br/historias/cinco-fatos-que-voce-deve-saber-sobre-a-coca-cola-com-
stevia-e-50-menos-acucares> acesso em 05 ago.2017 as 14:34
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O lançamento do carro modelo Kicks da Nissan do Brasil iniciou com
divulgação de um produto “exclusivo”:
(...) pesquisas anteriores identificaram as seguintes dimensões
gerais de qualidade de produto: 1) Desempenho: nível no qual
funcionam as características primárias do produto (por
exemplo, baixo, médio, alto ou muito alto); 2) Características:
elementos secundários de um produto que complementam as
características primárias; 3) Qualidade de conformidade: grau
em que o produto atende às especificações e é isento de
defeitos; 4) Confiabilidade: consistência de desempenho ao
longo do tempo e a cada compra; 5) Durabilidade: vida útil
esperada do produto; 6) Assistência: facilidade de serviços e
assistência técnica ao produto; 7) Estilo e design: aparência de
qualidade. (Keller & Machado, 2003, p. 131).
A Nissan utilizou de diversos canais para transparecer cada um dos requisitos
acima, por meio do site oficial da marca.
Durante o evento foram os protestos ocorridos em frente ao Comitê Rio 2016.
Os sindicalistas da montadora pediam dignidade para os trabalhadores nos
Estados Unidos. Como resposta ao caso, o coordenador regional da América
Latina e Caribe da IndustriALL Global Union Marino Vani: “a Nissan respeita
todos os direitos trabalhistas. Mas o mesmo não ocorre em outras partes do
mundo. E continua: o ato não foi contra as Olimpíadas, mas uma cobrança
para que as empresas cumpram o acordo que prevê responsabilidade social e
respeito aos trabalhadores em toda a cadeia de fornecedores do evento.” 18 A
associação da marca ao protesto, mesmo que tenha sido esclarecida pelas
mídias, soou como negativa, pois abordou a situação existente em outro país
quanto a maneira de trabalhar da montadora.
18 Fonte: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-02/sindicatos-internacionais-pedem-que-
nissan-cumpra-direitos-trabalhistas> acesso em 05 ago. 2017 as 19:49.
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A promoção de vendas, com a pré-venda de mil unidades do carro Kicks,
ofertado uma prévia do seu produto, com edição limitada, preços especiais e a
exclusividade para os consumidores de “criar expectativa e provocar
sensações. As sensações provocadas por um evento empolgante ou
recompensador também podem ser associadas indiretamente à marca.”
(Kotler; Keller, 2014, p. 562).
A propaganda “A força do Atrevimento” veiculada por mídias sociais, e
televisão, ao buscar os condutores da Tocha, dando os exemplos do Time
Nissan. A veiculação pela televisão traz vantagens:
Do ponto de vista do brand equity, a propaganda pela TV tem
duas forças particularmente importantes. Primeiro, ela pode ser
um meio efetivo para demonstrar vividamente atributos de
produtos e explanar, de maneira persuasiva, seus benefícios
ao consumidor. Segundo, a propaganda pela TV pode ser um
meio atraente de retratar imagens de usuário e utilização não
relacionadas com o produto, personalidade de marca e assim
por diante. (Keller; Machado, 2012, p. 162)
CONCLUSÃO
A marca Brasil teve como retornou para sua imagem, apesar de já ter sediado
a Copa do Mundo 2014, que desencadeou um ano antes, a continuidade
diversos problemas dentre eles: político-econômicos, saúde pública, corrupção
para ser o escolhido nas eleições de 2009, e a insegurança da viabilidade em
sediar outro megaevento em tão pouco tempo de diferença. O reforço da
segurança pública para manter a integridade dos estrangeiros foi sucesso,
porém o legado esperado não ocorreu, pois com o fim dos jogos olímpicos os
conflitos internos permaneceram e a cidade sede Rio de Janeiro envolvida em
escândalos de corrupção ficou a imagem de país bem hospitaleiro
internacionalmente, mas nacionalmente com a crise ainda presente na vida dos
brasileiros.
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As formas de geração de receita originárias dos megaeventos possibilitam
arranjos publicitários para marcas ao redor do mundo com estratégias que
podem ser globais, nacionais e regionais cada qual com um valor de
investimento maior ou menos dependendo do tipo de associação.
A diversificação de setores de mercado pulverizando a verba para ampliar a
captação de receita. Foram mostrados os patrocinadores dos segmentos de
serviços financeiros, bebidas e automobilística cada qual com a sua
contribuição para que o evento pudesse acontecer e com um propósito em se
fazer parte.
As marcas patrocinadoras conseguiram com o megaevento construir e
consolidar a imagem de marca já que tiveram a seu favor conceitos mundiais
como: alcance, duração, frequência e cobertura que foram de importante
relevância para se obter os retornos desejados.
Além de se utilizarem dos conceitos mundiais, pôde-se também utilizarem de
ferramentas de marketing para atingir o público e construir a associar as
marcas ao megaevento, que será lembrado e registrado pela história de cada
uma delas.
REFERÊNCIAS
AAKER, David A. MARCAS: Brand Equity: Gerenciando o Valor da Marca.
2ªed. São Paulo. Negócio Editora, 1998.
BRADESCO, Site Oficial. Disponível em:<
https://www.revezamentobra.com.br>
COCA COLA, Site Oficial. Disponível
em:<http://www.cocacolabrasil.com.br/blog-rio-2016/>
KELLER, L. Kevin; MACHADO, Marcos. Gestão Estratégica de Marcas. 2ªed.
São Paulo. Pearson Education do Brasil, 2007.
KOTLER, Phillip; KELLER, L. Kevin. Administração de Marketing. 14ªed. São
Paulo. Pearson Education do Brasil, 2012.
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89
LUPETTI, Marcelia. Administração em Publicidade: A verdadeira alma do
negócio. 1ªed. São Paulo. Pioneira Thomson Learning, 2003.
MARCELLINO, Nelson C. Legados de megaeventos esportivos. 1ªed.
Campinas, SP. Papirus, 2014.
NISSAN, Site Oficial. Disponível em:<https://www.nissan.com.br/experiencia-
nissan/parcerias/olimpiadas-2016.html>
OGDEN, James R. Comunicação Integrada de Marketing: modelo prático
para um plano criativo e inovador. 1ªed. São Paulo. Prentice Hall, 2002.
RIO 2016, Site Oficial. Disponível em:<https://www.olympic.org/rio-2016>
ROCHA, Elizabeth de M. MEGAEVENTOS “MADE IN BRA$IL”: A Copa do
Mundo 2014 e as Olimpíadas Rio 2016 na sociedade do espetáculo. 2016, 147.
Tese de Doutorado – Universidade Paulista, São Paulo: 2016.
TAVARES, Otávio. Megaeventos Esportivos. 2011, 35. Revista Movimento. V
17, n. 3, jul/set. 2011 - UFRGS, Porto Alegre: 2011.
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ORGANIZAÇÕES SOCIAIS E AS CONDICIONANTES PARA O DESENVOLVIMENTO JUSTO E SOLIDÁRIO
Alan Elias Silva (IFPI / UESPI) – [email protected]
INTRODUÇÃO
Em função das deficiências dos modelos de governança pública brasileira,
outros agentes, estes originários da sociedade civil, estão a se constituírem
entre os promotores do desenvolvimento justo e solidário sustentado nos
pilares ambiental, social, econômico.
A participação popular, direito consagrado pela atual Constituição Federal de
1998, ficou mais intrínseca a partir relação entre as organizações sociais com o
Estado que ganhou notoriedade a partir década de 1990. As políticas públicas
sociais firmadas, sendo um conjunto de intenções governamentais e das ações
desenvolvidas pelos agentes sociais (terceiro setor) que vem demonstrando
circunstâncias expressadas na qual passam a existir o diálogo e a colaboração
para o alcance da eficácia social.
Para Carvalho (2003), essa relação trata do surgimento das organizações
sociais não subordinadas ao governo, as quais desenvolvem atividades de
interesse público e implica, portanto, na criação de uma instância de mediação
entre o Estado e os princípios do welfare state que aquele não consegue
satisfazer em sua totalidade.
Assim, a nova composição da gestão pública é formada pelo Estado,
caracterizado como o primeiro setor. O segundo setor é dito como o privado, ou
seja, aquele que potencializa a maximização da lucratividade monetária do
negócio empresarial, e que também possui suas iniciativas de responsabilidade
com finalidade social e alguns vieses ambientais. E, completando o tripé dos
setores tem-se ainda o terceiro setor formado pelas organizações sociais.
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A partir desse estudo, se buscará conhecer junto ao terceiro setor técnicas
avaliativas com a finalidade de ponderar o(s) resultado(s) e/ou o impacto(s)
sobre o público de interesse (stakeholders), observado ainda, como após a
finalização do fomento da política pública os beneficiários alvos dos projetos
visualizam a satisfação de suas demandas.
MATERIAL E MÉTODOS
Para atingir o objetivo proposto neste trabalho, a pesquisa teórica do tipo
exploratória bibliográfica pertinente a temática de gestão pública, políticas
públicas sociais, terceiro setor, e que enfoquem o desenvolvimento justo e
solidário. Em conformidade com os objetivos propostos, a pesquisa será
realizada de modo descritivo-explicativa, a fim de caracterizar o fenômeno das
práticas das políticas públicas sociais voltadas ao terceiro setor, identificando
os fatores que contribuem para o processo de estabelecimento da relação e
interação entre o primeiro, segundo e terceiro setor.
De acordo com Prodanov (2013), a pesquisa descritiva procura classificar,
explicar e interpretar fatos que ocorrem, permitindo o pesquisador apenas o
registro e descrever os fatos observados sem interferência direta ou
indiretamente na mesma.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com o crescimento demasiado nas duas últimas décadas das políticas públicas
de cunho social como ferramentas para o desenvolvimento justo e solidário,
torna-se indispensável dentro do terceiro setor um estudo que busque
compreender as concepções e funções de tais políticas, por meio da
investigação do desenvolvimento nas comunidades participantes desse
processo e as suas implicações sociais, ambientais, politicas e econômicas.
No âmbito da gestão pública, as políticas públicas sociais voltadas para o
terceiro setor é um processo de chances formatadas em função da capacidade
da própria sociedade civil ser a promotora de suas conquistas sociais, politicas,
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econômicas e ambientais permitidas pela contribuição do primeiro e segundo
setor, sobre novas formas de interação. Assim, a essência para o
desenvolvimento justo e solidário é compreendido como uma constante
expansão das oportunidades individuais e das sociedades, destacando-se a
promoção e a defesa dos mesmos (LOPES, 2005).
A atuação do terceiro setor evidenciando-o com as organizações sociais que
compõem o referido setor no município e suas respectivas interações das
políticas públicas sociais no enfoque de desenvolvimento justo e solidário, e,
resultante desse processo investigativo elencar as implicações diagnosticadas
nos seus projetos fomentados por tais políticas.
Buarque (2008), destaque que as políticas públicas sociais devem ser
conduzidas com planejamento participativo, baseado em uma
corresponsabilidade entre os agentes sociais e a comunidade em parceria com
o Estado, na qual, será destaque o terceiro setor, atuante como articulador dos
objetivos e prioridades de desenvolvimento definidos e compartilhados pela
sociedade.
Portanto, as experiências com resultados eficazes de desenvolvimento justo e
solidário decorrem de um ambiente social favorável, onde os atores sociais e a
comunidade estão todos em torno de determinado objetivo comum. Por isso, o
desenvolvimento depende da capacidade dos envolvidos se organizarem para
realizarem as transformações da realidade, com base nas suas
potencialidades. E atualmente, o desenvolvimento de uma localidade é
incentivado através das políticas públicas sociais, em um processo de
interação e sinergia entre a qualidade de vida da população local, geração de
renda e conhecimento.
CONCLUSÕES
O surgimento das organizações sociais foi necessário a partir do
desenvolvimento que provocou a abertura de um novo espaço situado entre o
Estado e o mercado, caracterizado pela discussão livre e racional e no qual as
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opiniões se legitimariam a partir de agentes sociais através de argumentos
racionais sustentados em meio à racionalidade do debate público da
coletividade (HABERMAS, 2003).
Nesse contexto, ganha importância e cada vez mais notoriedade as políticas
públicas sociais, voltadas ao terceiro setor, com enfoque ao indivíduo
(coletividade) e a sociedade no sentido que as mesmas existem como
ferramentas das estratégias de desenvolvimento justo e solidário.
As políticas públicas sociais direcionadas ao terceiro setor são viabilizadas
através das alternativas de programas e projetos desenvolvidos, no sentido de
fomentar com eficiência e eficácia o fortalecimento da construção do processo
de descentralização originário da reforma do Estado de Direito brasileiro dentro
do contexto dos princípios do desenvolvimento justo e solidário. E, através da
interação dessas ferramentas e agentes sociais que torna possível o
compartilhamento da visão de sociedade com base nos valores da justiça
social e participação cidadã.
Portanto, para ampliar as alternativas reais de propagação real do processo de
desenvolvimento é fundamental considerar a capacidade humana de ser o
protagonista de suas próprias atuações com respeito as suas distinções
culturais e sociais, pois não é somente a ineficiência estatal que impossibilita o
cumprimento com as realizações sociais, mas um misto de combinações.
As políticas públicas sociais são instrumentos minimizadores dos setores da
sociedade que se encontra em estados vulneráveis. Para compreender esse
fenômeno é necessária e evidente a avaliação de critérios e indicadores das
políticas públicas sociais, e, a sua interação e inter-relações com as
populações locais para o alcance do desenvolvimento desejado. E, relevante
ainda, investigar as implicações, ou seja, quais as consequências e impactos,
através das organizações que atuam no terceiro setor, as quais fomentem a
efetivação de processos transformadores de desenvolvimento na perspectiva
da justiça e solidariedade.
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REFERÊNCIAS
BUARQUE, S. C. Construindo o desenvolvimento local sustentável - metodologia de planejamento. Rio de Janeiro: Graramond, 2008.
CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2003.
HABERMAS, J. Mudança estrutural da esfera pública. Rio de Janeiro:
Tempo Brasileiro, 2º ed., 2003.
LOPES, C. Cooperação e desenvolvimento humano: a agenda emergente
para o novo milênio. São Paulo: UNESP, 2005.
PRODANOV, C. C. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas
da pesquisa e do trabalho acadêmico. – 2. ed. – Novo Hamburgo: Feevale,
2013.
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PROCESSOS COMUNICATIVOS DE UMA ORGANIZAÇÃO E SEU IMPACTO NO RESULTADO
Thainá dos Santos Mendes (Centro Universitários das Faculdades Metropolitanas Unidas) – [email protected]
Carlos Luiz Alves (Centro Universitários das Faculdades Metropolitanas Unidas) – [email protected]
Introdução e objetivos do estudo
A Telefônica é uma empresa espanhola de telecomunicações. Sua principal
finalidade é suprir a necessidade humana de se comunicar à distância para
permitir o contato entre pessoas em diferentes pontos.
A empresa surgiu no Brasil após adquirir a Telecomunicações Brasileiras S.A.,
mais conhecida como Telebras, que era uma empresa estatal brasileira
responsável principalmente pela gestão do Plano Nacional de Banda Larga e
das infraestruturas de fibra ótica da Petrobras e da Eletrobras. Foi uma holding
que controlava as várias prestadoras estatais de serviços telefônicos que
atuavam nos estados brasileiros, além da Embratel. Nessa época, o que
vigorava no país era um sistema estatal, em que o Estado era responsável
pelas instituições e tinha o dever de guiar o seu funcionamento.
Esta pesquisa analisa a Telefônica, com ênfase em relação aos seus
stakeholders e a forma como ela se insere nos processos de privatização das
telecomunicações no Brasil.
Esse modelo estatal, que vigorou no Brasil até a década de 90, tinha as
empresas sob controle do governo, sendo que somente elas poderiam explorar
redes de telecomunicações no Brasil. Contudo, essas empresas apresentavam
um serviço ruim e caro, tendo sido muito questionado pelos usuários da época,
pois levavam-se anos para conseguir uma linha e as reclamações eram
excessivas. Tanto que para que o consumidor obtivesse uma linha telefônica, o
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interessado era obrigado a se tornar sócio da empresa, e os preços a serem
pagos não eram nada atraentes.
Segundo as expectativas da época, o serviço privatizado teria uma melhoria
com ganhos para o consumidor, pois as concessionárias se comprometeriam,
por contrato, a cumprir metas bastante severas. Caso não as cumprissem,
haveria a possibilidade de revogação do contrato. È neste contexto que a
pesquisa vem ao encontro.
Justificativa e relevância do estudo
O presente trabalho se justifica a medida que, desde a abertura econômica ao
capital estrangeiro, o Brasil vem privatizando várias empresas estatais com
promessa de desenvolvimento econômico e social.
Compilando as informações a respeito da comunicação organizacional da
empresa analisada, é possível compreender as mudanças que ocorreram antes
e depois do processo de privatização e seu impacto na forma de
relacionamento entre empresa e seu público estratégico.
Referencial teórico essencial
A fundamentação teórica para o desenvolvimento desta pesquisa exigiu um
levantamento bibliográfico, dividindo-o em duas partes:
a)-Conhecimento de Comunicação Empresarial e Telecomunicações.
Em que se buscaram maiores informações sobre a importância da
comunicação em uma empresa e a importância deste ativo, com possíveis
impactos na sociedade.
b)-Processo de telecomunicações no Brasil
Neste item, houve um maior aprofundamento do tema, em que foi possível
analisar o país e a sociedade daquele período, em que ocorreram vários
processos de privatização de muitas empresas estatais brasileiras.
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A partir de informações em publicações em jornais e revistas da época, como
os acervos digitais de Exame e Veja, além dos jornais Folha de S.P. e Estadão,
buscou-se um aprofundamento do tema.
Procedimentos metodológicos
Os métodos utilizados neste trabalho foram baseados em uma pesquisa
descritiva que visou analisar a comunicação da empresa, com o objetivo de
identificar os acertos e as possíveis falhas da instituição. A partir das
considerações de Duarte (2004) e Manzini (2006), foi utilizada a técnica de
coleta de dados que envolveram pesquisas qualitativas de caráter exploratório,
que foram aplicadas na análise do processo em que a empresa se relaciona
com o seu público interno e externo, usando principalmente acervos digitais de
jornais e revistas do país. Foi realizada a revisão da literatura selecionada,
fichamento da bibliografia coletada além de pesquisas feitas nos sites da
Revista Exame, Estadão e Folha de SP a partir do ano de 1997. Após a
análise dos dados, foi possível relacionar as mudanças e os resultados
provenientes das ações estudadas neste trabalho. Por fim, avaliamos os
pontos de progresso e identificando cada abordagem adotada se era
condizente com o propósito da empresa.
Principais resultados e discussões
A Constituição Federal de 1988, no artigo 21, assegurava o monopólio estatal
no setor de telecomunicações brasileiro, sendo assim, somente empresas sob
controle nacional poderiam explorar redes de telecomunicações no Brasil.
Porém, no ano de 1994, com a aprovação da quebra do monopólio nas
telecomunicações pelo Congresso Nacional, abriram-se os caminhos para que,
quatro anos mais tarde, se concretizasse a privatização das telecomunicações
brasileiras, tendo como Presidente da República Fernando Henrique Cardoso
(PSDB).
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São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
98
Foram muitos os alertas e críticas, isso sem falar dos questionamentos e das
dúvidas. E mesmo assim, o governo brasileiro da época seguiu com o projeto,
justificando que a prestação dos serviços de telecomunicações em um
ambiente competitivo proporcionaria serviços melhores e preços menores.
Conclusões e limitações do estudo
O leilão que efetivou a privatização do Sistema Telebrás aconteceu no Rio de
Janeiro, em 29 de julho de 1998. O governo vendeu o controle de três holdings
de telefonia fixa, uma de longa distância (Embratel) e oito de telefonia celular.
Com isso arrecadou R$ 22,058 bilhões – um ágio de 63,7% sobre o preço
estipulado – na maior privatização da história do país. A Telesp, Telerj e
Telebrasília, entre outras, formavam o sistema empresas regionais e estaduais.
Apesar de todas as promessas, o novo sistema não agradou de fato a
população, que apesar de ter acesso fácil aos meios de comunicação
oferecidos pela Telefônica, passaram por grande transtorno pelo monopólio
que cerca as empresas de telecomunicações. Preços altos, serviços de má
qualidade e atendimento, com conexões fracas e ruins.
Referências:
ALVES, C.L. – Comunicação e Educação Corporativa. Memórias de Aulas,
disponível em: https://discursoweb.wordpress.com/, acesso em: 21/02/2017
SILVA MELLO, L. Política industrial para o setor de equipamentos de
telecomunicações no Brasil. In: Desafios e oportunidades para o setor de telecomunicações no Brasil, Ipea, Brasília, 15 set. 2010.
TAVARES, Maurício, Comunicação Empresarial e Planos de Comunicação,
São Paulo, Editora Atlas, 2010.
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99
A GOVERNANÇA CORPORATIVA VERDE E AMRELA
Roberto Constantino Junior (Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU) -
Introdução
O objetivo desse estudo é dar mais visibilidade na peculiar prática de
Governança Corporativa das pequenas e médias empresas brasileiras.
Atualmente, as empresas familiares, devido a sua importância no cenário
nacional, tem sido motivo de muita preocupação para os administradores, pois
não estão preparadas para enfrentar o processo sucessório.
Justificativa e Relevância
Diante da velocidade nas mudanças de mercado, nas necessidades e no
comportamento dos envolvidos nos resultados das empresas, é imprescindível
que as informações disponibilizadas tenham transparência e qualidade, não só
para as grandes empresas de capital aberto, como também, para as pequenas
e médias empresas brasileiras. Esse estudo, através de dados bibliográficos,
se propõe a identificar como a Governança Corporativa é percebida pelas
pequenas e médias empresas brasileiras que representam aproximadamente
75% da força de trabalho.
Referencial Teórico
A Governança Corporativa, através dos seus princípios básicos que são:
transparência, equidade, prestação de contas, promove a gestão eficaz da
empresa e a satisfação dos investidores e proprietários.
Conforme o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa - IBGC, a
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100
Governança Corporativa é o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e
monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre acionistas/cotistas,
conselho de Administração, Diretoria, Auditoria Independente e Conselho
Fiscal. As boas práticas de Governança Corporativa têm a finalidade de
aumentar o valor da sociedade, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para
sua perenidade.
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) e do
Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), mais de
90% das empresas constituídas no Brasil são familiares. Mesmo sendo
considerada um dos principais pilares da economia, pois representam perto de
65% do PIB e 75% da força de trabalho, pesquisas apontam que de cada 100
empresas familiares abertas e ativas, apenas 30 sobrevivem à primeira
sucessão e cinco chegam à terceira geração, ou seja, 95% das empresas
familiares brasileiras são extintas na segunda ou terceira geração.
Uma das principais causas desses índices, principalmente nas empresas
brasileiras, onde o fator emocional é determinante na sucessão, deve-se muito
ao poder centralizador patriarcal do fundador, ou então, na falta desse, o fator
afetivo e emocional da matriarca que determina quem deve ser o sucessor, que
geralmente é o primogênito ou aquele mais querido, mesmo não tendo o perfil,
o talento ou a expertise para controlar os negócios da família.
Em família tudo fica mais complexo, as questões emocionais se
exponencializam nas empresas familiares.
Outro fator relevante é a dissociação do poder, quando da necessidade de
aportes financeiros para o crescimento e manutenção da empresa, que passa a
ser fornecido não mais pelo capital próprio dos controladores e sim, por
terceiros, tais como grupos investidores e fundos de pensão.
A Governança Corporativa é um conjunto de mecanismos que servem para
monitorar a gestão e o desempenho das empresas alinhando objetivos e
interesses dos acionistas e proprietários.
Diante disso a Governança Corporativa passa a ser uma exigência dos “novos
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101
sócios do negócio” para obter um maior controle sobre os gestores garantindo
assim, a segurança no retorno dos investimentos.
Administradores com mais de 20 anos de experiência na gestão deste tipo de
conflitos, afirma que 45% das empresas familiares no país “não” têm um plano
de sucessão e tais ameaças devem ser combatidas através de programas que
identifiquem e preparem previamente os sucessores para assumir as principais
áreas estratégicas da empresa. Ele enfatiza que “a sucessão deve ocorrer em
uma época pré-determinada, com os mais experientes participando do
processo e abrindo caminho para a geração seguinte”.
Muitos herdeiros não demonstram interesse em assumir o papel de sucessor
nas empresas da família e não se preparam para esse momento.
Sobre esse aspecto alguns valores devem ser avaliados no planejamento
sucessório com o treinamento dos herdeiros, avaliação, escolha, aceitação e
monitoramento dos sucessores.
Neste mesmo viés, é importante lembrar que uma boa profissionalização se
consolida com uma sucessão bem feita e vice-versa; porém, uma
profissionalização não é duradoura se, além dos profissionais, a família não
tiver conseguido equacionar a sua crise de liderança com o envelhecimento do
fundador.
Sendo assim, o planejamento para o processo de sucessão sendo elaborado
com antecipação poderá ocorrer sem conflitos e de forma mais amena para os
familiares.
A sucessão familiar, quando realizada adequadamente, obtém algumas
vantagens como a continuidade do comando familiar, sistema decisório mais
ágil, o interesse societário do sucessor, o treinamento mais extenso e intenso,
a remuneração por resultados, maior poder de comando, a visão de longo
prazo assim como a existência do espírito de família.
Nas empresas familiares há características muito particulares e também é um
ambiente muito fértil para o surgimento de alguns problemas que, se não forem
resolvidos a tempo, podem gerar consequências graves para o desempenho e
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102
o próprio futuro da organização. Estudiosos mencionam que algumas das
principais dificuldades enfrentadas nas empresas familiares são: Informalidade
excessiva, decisões centralizadas e autoritarismo.
Para essas situações e linha de pensamentos a CVM - Comissão de Valores
Mobiliários (2008), em sua cartilha, afirma que a Governança Corporativa é um
conjunto de práticas que tem por finalidade otimizar o desempenho de uma
companhia ao proteger todas as partes interessadas, tais como investidores,
empregados e credores, facilitando ao acesso de capital. A análise das práticas
de governança corporativa aplicada ao mercado de capitais envolve,
principalmente: transparência, equidade tratamento dos acionistas e prestação
de contas.
Procedimentos Metodológicos
A abordagem metodológica desse artigo é sobre pesquisas bibliográficas
elaboradas a partir de materiais já publicados em livros, periódicos e nos
artigos disponibilizados nos sites especializados.
Conclusão
O processo de sucessão, nas empresas familiares, deve ser baseado em três
aspectos: a família, onde as questões emocionais devem ser bem resolvidas; a
propriedade, que é um fator de prestígio para as pessoas e a profissionalização
dos responsáveis em conduzir os negócios. Por isso, não basta entregar o
controle da empresa à administradores que não são da família.
Sobre o processo sucessório, podemos concluir que este é um assunto muito
delicado nas empresas familiares, e que a maioria delas não prepara
adequadamente o futuro sucessor.
Ainda é possível perceber que os fundadores sonham em passar o bastão da
administração da empresa no momento em que as contas estiverem
equilibradas, quando deveria ser o contrário, pois é importante que este
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103
processo seja preparado com antecedência e implantado com cautela,
devendo se levar em conta se os filhos realmente estão dispostos a assumirem
a responsabilidade de sucessores, ou desejam seguirem outros caminhos.
REFERÊNCIAS
Universidade Federal do RGSul - http://hdl.handle.net/10183/27198 Acesso em
27/08/2017
Fundação Vanzolini - https://vanzolini.org.br/noticia/95-das-empresas-
familiares-sao-extintas-no-processo-de-sucessao-segunda-ou-terceira-
geracao/Acesso em 27/08/2017
A Profissionalização da Gestão e o Processo Sucessório nas Empresas
Familiares - http://www.faeso.edu.br/horusjr/artigos/ano2/artigo04.pdf, Acesso
em 28/08/2017
RICCA, Domingos. A empresa familiar. Disponível em
http://www.redegestao.com.br/desafio21/gec, Acesso em 28/08/2017
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Empresa Familiar. 2ª edição. São
Paulo: Atlas,2006.
LODI, João Bosco. A empresa familiar. 5ª edição. São Paulo: Pioneira, 1998.
LOURENZO, Armando. Estratégias de governança na empresa familiar http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-09062008103919,
Acesso em 28/08/2017
CVM - Comissão de Valores Mobiliários (2008)
IBGC - INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA.
http://www.ibgc.org.br/download/arquivos/Codigo_IBGC_3_versao.pdf, acesso
em 28/08/2017
A PROFISSIONALIZAÇÃO DA GESTÃO E O PROCESSO SUCESSÓRIO NAS EMPRESAS FAMILIARES, http://www.faeso.edu.br/horusjr/artigos/ano2/artigo04.pdf, acesso em 29/08/2017
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ANÁLISE DO PERFIL DO REPRESENTANTE DE CLASSE
Paulo Henrique Pereira (Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU) -
Genival E. Souza (Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU) -
Introdução
A questão central sobre o papel do representante de classe, em se tratando da
instituição Laureate (FMU) e tendo como universo os alunos do curso de
Administração, desempenhou um importante impacto para que pensássemos
em tentar entender como os alunos desse curso avaliavam os representantes
de sala (em termos do seu desempenho, liderança, comunicabilidade).
Diante desse desafio, criou-se um instrumento de coleta que foi disponibilizado
em um domínio acessado pelos alunos. O questionário, a princípio, englobou
questões que tentam mensurar dimensões, tais como: liderança,
comunicabilidade, representatividade. Todas essas dimensões intermediadas
com a Coordenação de curso, ou seja, tal avaliação dos alunos em relação a
como os representantes de sala se saiam diante das reinvindicações das salas
perante o Coordenador de curso.
Metodologia
A composição da amostra de respondentes partiu do pressuposto de que cada
estudante do curso de Administração da Escola de Negócios e Hospitalidade
teria a mesma probabilidade para responder ao questionário “Percepção sobre
o Representante de Classe”, disponibilizado em um sítio. A coleta foi feita por
meio de um formulário eletrônico de participação com as questões propositivas
demarcadas por escala Likert de 5 itens:
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Escala de percepção do papel dos representantes de classe
Discordo
plenamente
Discor
do
Não tenho uma
avaliação
Concordo Concordo
plenamente
1. A função do representante/vice de classe é
importante para criar um canal de comunicação com
a Coordenação e com a Instituição de ensino.
1 2 3 4 5
2. Dentre as atribuições dos representantes de
classe a intermediação entre alunos e coordenação,
em sua análise é a mais importante
1 2 3 4 5
3. Vejo os representantes da minha classe
desempenhando o papel de liderança sobre os
alunos.
1 2 3 4 5
4. O papel dos representantes de classe é
meramente burocrático.
1 2 3 4 5
5. Não vejo resultados para minha classe tendo ou
não representantes de classe intermediando nossas
solicitações.
1 2 3 4 5
6. Sem os representantes de classe nunca seríamos 1 2 3 4 5
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ouvidos pela Coordenação/Professores/Instituição.
7. Meu voto no representante e vice leva em conta
que são pessoas que se relacionam bem com os
professores.
1 2 3 4 5
8. Vejo nos representantes de minha classe a
capacidade de falar em público e exercer suas
ideias sobre os demais alunos.
1 2 3 4 5
9. Nossos representantes de classe conseguem ser
ouvidos porque sabem articular sua comunicação
com a classe e com a coordenação.
1 2 3 4 5
10. Para mim tanto faz se os representantes sabem
se posicionar claramente com suas ideias diante dos
alunos.
1 2 3 4 5
11. Votei nos representantes de minha classe
porque confio neles.
1 2 3 4 5
12. Votei nos representantes de minha classe
porque nenhum outro aluno quis se candidatar.
1 2 3 4 5
13. Quando voto nos representantes de classe
minha escolha é baseada no caráter dos candidatos.
1 2 3 4 5
14. Quando escolho votar nos candidatos a
representantes de classe o que levo em conta é a
capacidade deles em fazer que eu confie neles.
1 2 3 4 5
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15. Quando escolho votar nos candidatos a
representantes de classe é porque quero me livrar
dessa tarefa de representante de sala.
1 2 3 4 5
16. Quando escolho votar nos candidatos a
representantes de classe é porque reconheço neles
a capacidade de negociação.
1 2 3 4 5
17. Os representantes de classe devem saber levar
nossas propostas para a coordenação.
1 2 3 4 5
18. O representante e vice devem trocar
informações entre eles para que a classe sempre
fique informada dos assuntos da Instituição.
1 2 3 4 5
19. Em minha análise os representantes de classe
devem ser dinâmicos.
1 2 3 4 5
20. Os representantes devem levar suas próprias
ideias para negociar com a coordenação porque não
adianta ouvir os alunos da classe
1 2 3 4 5
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A quantidade de questões foi um item pensado em termos do tempo que o
respondente teria livre, isto é, a intenção básica era a de não fazer um
questionário longo que pudesse ser redundante. Assim, foi proposto um total
de 20 questões, abordando diferentes aspectos da representatividade do papel
do representante e vice.
Uma vez montada a estrutura das questões, o questionário final foi submetido
ao teste de confiabilidade alpha de Cronbach, cujo valor mínimo de aceitação é
0,7. Abaixo, a saído do SPSS mostra que o questionário está dentro do limite
de aplicabilidade:
Reliability Statistics
Cronbach's
Alpha N of Items
,70 20
Participação na amostra por turma: alunos respondentes
Campus que estudou em 2016/2 Liberdade Itaim Morumbi Santo Amaro
Count Count Count Count Soma % Selecione sua turma em 2016/2
Sem indicação 1 0 0 0 1 0,2%
1º A 12 1 4 0 17 4,2%
1º B 6 0 0 0 6 1,5% 1º C 8 1 0 0 9 2,2%
2º A 4 3 3 0 10 2,4% 2º B 6 4 4 0 14 3,4%
2º C 1 1 0 0 2 0,5% 2º E 7 0 0 0 7 1,7%
2º F 14 0 0 0 14 3,4% 2º G 3 0 0 0 3 0,7%
2º H 1 0 0 0 1 0,2% 3º A 11 3 13 0 27 6,6%
3º B 3 1 1 0 5 1,2%
3º C 4 0 0 0 4 1,0% 4º A 13 4 5 0 22 5,4%
4º B 8 0 4 0 12 2,9%
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4º C 7 0 0 0 7 1,7% 4º F 1 0 0 0 1 0,2%
4º G 5 0 0 0 5 1,2% 5º A 9 0 12 0 21 5,1%
5º B 18 0 0 0 18 4,4% 5º C 7 0 0 0 7 1,7%
6º A 21 2 11 2 36 8,8% 6º D 31 0 0 0 31 7,6%
6º F 15 0 0 0 15 3,7% 6º G 17 0 2 0 19 4,6%
6º H 5 0 0 0 5 1,2%
7º A 24 3 4 0 31 7,6% 7º B 21 1 1 0 23 5,6%
7º C 3 1 0 0 4 1,0% 8º A 17 4 5 0 26 6,4%
8º B 5 0 0 0 5 1,2% 8º F 0 1 0 0 1 0,2%
Participação na amostra: consolidação por semestre
A consolidação por semestre mostra uma maior participação de alunos de
sexto semestre (25,9%0. Tanto o primeiro quanto o oitavo semestre tiveram
uma menor participação (8,1% e 7,8% respectivamente), seguidos pelo terceiro
semestre com 8,8%.
Semestre Frequência % 1 33 8,1%
2 51 12,5%
3 36 8,8%
4 47 11,5%
5 46 11,2%
6 106 25,9%
7 58 14,2%
8 32 7,8%
409 100,0%
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Participação na amostra: consolidação por Campus
A amostra tem 308 respondentes que estudam no Campus Liberdade (75,7%).
Essa proporção já era esperada na amostra dada a distribuição de alunos por
unidade.
Campus que estudou em 2016/2
Frequency Percent Valid Percent
Cumulative
Percent
Valid Liberdade 308 75,3 75,3 75,3
Itaim 30 7,3 7,3 82,6
Morumbi 69 16,9 16,9 99,5
Santo Amaro 2 ,5 ,5 100,0
Total 409 100,0 100,0
Análise estatística
Questão 1
Abaixo segue a distribuição das frequências de respostas por questão. A saída
padrão do SPSS é usada para representação dos dados. Na Questão 1, há o
reconhecimento de que a função de representante de classe (e vice) possui
importância.
Liberdade; 308;
75%
Itaim; 30; 7%
Morumbi; 69;
17%
Santo Amaro; 2;
1%
Participação por Campus
Liberdade Itaim Morumbi Santo Amaro
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1. A função do representante/vice de classe é importante para criar um canal de comunicação com a Coordenação e com a Instituição de ensino.
Frequency Percent Valid Percent
Cumulative
Percent
Valid Discordo Plenamente 2 ,5 ,5 ,5
Discordo 1 ,2 ,2 ,7
Não tenho uma avaliação 4 1,0 1,0 1,7
Concordo 187 45,7 45,7 47,4
Concordo Plenamente 215 52,6 52,6 100,0
Total 409 100,0 100,0
O mapa perceptual para a questão 1 segue abaixo, confirmando os dados
descritivos.
Discordo Plenamente
0% Discordo0% Não tenho
uma avaliação
1%
Concordo46%
Concordo Plenamente
53%
Q1
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Existem diversas análises estatísticas disponíveis para abordar um conjunto de
variáveis. No caso desta pesquisa, as variáveis foram dimensionadas de forma
escalar de modo que ao menos dois opostos pudessem ser medidos
(concordar, discordar, concordar plenamente ou discordar plenamente). O
termo central da escala identifica os respondentes que não formaram opinião
sobre a variável medida. A técnica multivariada da análise de correspondência
é uma ferramenta que cria um mapa perceptivo dos extremos opostos,
mostrando a proximidade de concordância e/ou discordância em cada variável
segundo o Campus. No gráfico de análise de correspondência acima, nota-se
que a aglutinação de concordância e concordância plena tem uma menor
distancia euclidiana.
Questão 2
Outro aspecto perceptivo é o da intermediação. Observa-se que há
concordância e concordância plena com essa dimensão.
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2. Dentre as atribuições dos representantes de classe a intermediação entre alunos e
coordenação, em sua análise é a mais importante
Frequency Percent Valid Percent
Cumulative
Percent
Valid Discordo 20 4,9 4,9 4,9
Não tenho uma avaliação 20 4,9 4,9 9,8
Concordo 256 62,6 62,6 72,4
Concordo Plenamente 113 27,6 27,6 100,0
Total 409 100,0 100,0
O mapa perceptual abaixo mostra maior proximidade entre concordância e
concordância plena do que com a discordância quando se trata de
intermediação atribuída à função de representante de sala.
Discordo; 20; 5%
Não tenho uma
avaliação; 20; 5%
Concordo; 256;
62%
Concordo
Plenamente; 113;
28%
Q2
Discordo Não tenho uma avaliação Concordo Concordo Plenamente
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Questão 3
A questão 3 tem uma complexidade para o respondente, pois envolve o
conceito de liderança. Mesmo com a complexidade, somando-se concordantes
com concordantes plenos temos 65% da amostra atribuindo um grau de
liderança para o representante de classe. Aproximadamente ¼ da amostra
(25%) discorda (ou seja, 21%) ou discorda plenamente (ou seja, 4%).
3. Vejo os representantes da minha classe desempenhando o papel de liderança sobre os
alunos.
Frequency Percent Valid Percent
Cumulative
Percent
Valid Discordo Plenamente 17 4,2 4,2 4,2
Discordo 85 20,8 20,8 24,9
Não tenho uma avaliação 41 10,0 10,0 35,0
Concordo 191 46,7 46,7 81,7
Concordo Plenamente 75 18,3 18,3 100,0
Total 409 100,0 100,0
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O mapa perceptual mostra essa distribuição.
Questão 4
Quando da afirmação do papel do representante de classe passa pelo crivo da
Discordo Plenamente
4%
Discordo21%
Não tenho uma avaliação
10%
Concordo47%
Concordo Plenamente
18%
Q3
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atribuição meramente burocrática, os respondentes se aglutinam muito mais no
campo da discordância ou discordância plena (pouco menos da metade da
amostra, 46%). Cerca de 28% da amostra concorda ou concorda plenamente
com o aspecto burocrático do papel do representante de classe. A parcela de
respondentes que não possui opinião é cerca de 24% da amostra.
4. O papel dos representantes de classe é meramente burocrático.
Frequency Percent Valid Percent
Cumulative
Percent
Valid Discordo Plenamente 22 5,4 5,4 5,4
Discordo 169 41,3 41,3 46,7
Não tenho uma avaliação 97 23,7 23,7 70,4
Concordo 105 25,7 25,7 96,1
Concordo Plenamente 16 3,9 3,9 100,0
Total 409 100,0 100,0
Discordo Plenamente
5%
Discordo41%
Não tenho uma avaliação
24%
Concordo26%
Concordo Plenamente
4%
Q4
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Questão 5
A amostra de respondentes reafirma a importância do representante de classe:
Aproximadamente 72% da amostra discorda ou discorda plenamente da
ausência de resultados oriundos do trabalho do representante de classe.
5. Não vejo resultados para minha classe tendo ou não representantes de classe
intermediando nossas solicitações.
Frequency Percent Valid Percent
Cumulative
Percent
Valid Discordo Plenamente 81 19,8 19,8 19,8
Discordo 213 52,1 52,1 71,9
Não tenho uma avaliação 42 10,3 10,3 82,2
Concordo 56 13,7 13,7 95,8
Concordo Plenamente 17 4,2 4,2 100,0
Total 409 100,0 100,0
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Questão 6
Discordo Plenamente
20%
Discordo52%
Não tenho uma avaliação
10%
Concordo14%
Concordo Plenamente
4%
Q5
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Em consonância com o que foi analisado na questão 5, observa-se na questão
6 o mesmo comportamento aglutinador em torno do papel do representante de
classe. Aproximadamente, 32% da amostra entende que existe a possibilidade
de que os alunos sejam ouvidos pela instituição (mesmo sem os
representantes). No entanto, aproximadamente 55% da amostra reconhece
que os alunos serão ouvidos mais se possuírem um representante de classe.
6. Sem os representantes de classe nunca seríamos ouvidos pela
Coordenação/Professores/Instituição.
Frequency Percent Valid Percent
Cumulative
Percent
Valid Discordo Plenamente 27 6,6 6,6 6,6
Discordo 103 25,2 25,2 31,8
Não tenho uma avaliação 54 13,2 13,2 45,0
Concordo 161 39,4 39,4 84,4
Concordo Plenamente 64 15,6 15,6 100,0
Total 409 100,0 100,0
Discordo Plenamente
7%
Discordo25%
Não tenho uma avaliação
13%
Concordo39%
Concordo Plenamente
16%
Q6
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
120
Uma questão complexa como a questão 6 reflete um espalhamento no mapa
perceptual. Isso mostra duas coisas importantes:
a) Que parte dos alunos (32%), mesmo que não houvesse representante de
classe, acredita em diálogo com a instituição.
b) Que 55% dos alunos entendem a importância de se eleger um representante
para o diálogo com a instituição e seus representantes (Coordenação,
professores, etc.).
Questão 7
Os resultados para essa questão evidenciam o aspecto de liderança do
representante.
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
121
7. Meu voto no representante e vice leva em conta que são pessoas que se relacionam bem com os professores.
Frequency Percent Valid Percent
Cumulative
Percent
Valid Discordo Plenamente 12 2,9 2,9 2,9
Discordo 68 16,6 16,6 19,6
Não tenho uma avaliação 54 13,2 13,2 32,8
Concordo 208 50,9 50,9 83,6
Concordo Plenamente 67 16,4 16,4 100,0
Total 409 100,0 100,0
Discordo Plenamente
3%
Discordo17%
Não tenho uma avaliação
13%Concordo51%
Concordo Plenamente
16%
Q7
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
122
Questão 8
Os resultados para essa questão evidenciam o aspecto de liderança do
representante.
8. Vejo nos representantes de minha classe a capacidade de falar em público e exercer suas
ideias sobre os demais alunos.
Frequency Percent Valid Percent
Cumulative
Percent
Valid Discordo Plenamente 12 2,9 2,9 2,9
Discordo 58 14,2 14,2 17,1
Não tenho uma avaliação 44 10,8 10,8 27,9
Concordo 219 53,5 53,5 81,4
Concordo Plenamente 76 18,6 18,6 100,0
Total 409 100,0 100,0
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
123
Questão 9
Idem às duas questões acima, os resultados para essa questão evidenciam o
Discordo Plenamente
3%
Discordo14%
Não tenho uma
avaliação11%
Concordo53%
Concordo Plenamente
19%
Q8
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
124
aspecto de liderança do representante.
9. Nossos representantes de classe conseguem ser ouvidos porque sabem articular sua
comunicação com a classe e com a coordenação.
Frequency Percent Valid Percent
Cumulative
Percent
Valid Discordo Plenamente 11 2,7 2,7 2,7
Discordo 53 13,0 13,0 15,6
Não tenho uma avaliação 59 14,4 14,4 30,1
Concordo 218 53,3 53,3 83,4
Concordo Plenamente 68 16,6 16,6 100,0
Total 409 100,0 100,0
Discordo Plenamente
3%
Discordo13%
Não tenho uma
avaliação14%
Concordo53%
Concordo Plenamente
17%
Q9
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
125
Questão 10
Saber se expressar, articular ideias e se posicionar diante da instituição e de
seus representantes (Coordenação e professores) é aspecto inerente ao papel
do representante de classe. È isso que os dados abaixo evidenciam.
10. Para mim tanto faz se os representantes sabem se posicionar claramente com suas ideias diante dos alunos.
Frequency Percent Valid Percent
Cumulative
Percent
Valid Discordo Plenamente 114 27,9 27,9 27,9
Discordo 228 55,7 55,7 83,6
Não tenho uma avaliação 24 5,9 5,9 89,5
Concordo 35 8,6 8,6 98,0
Concordo Plenamente 8 2,0 2,0 100,0
Total 409 100,0 100,0
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
126
Questão 11
Mais de 2/3 (68%) da amostra ressalta o aspecto da confiança quando votam
no representante de classe.
11. Votei nos representantes de minha classe porque confio neles.
Frequency Percent Valid Percent
Cumulative
Percent
Valid Discordo Plenamente 13 3,2 3,2 3,2
Discordo 34 8,3 8,3 11,5
Discordo Plenamente
28%
Discordo56%
Não tenho uma avaliação
6%
Concordo8%
Concordo Plenamente
2%
Q10
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
127
Não tenho uma avaliação 87 21,3 21,3 32,8
Concordo 204 49,9 49,9 82,6
Concordo Plenamente 71 17,4 17,4 100,0
Total 409 100,0 100,0
Discordo Plenamente
3% Discordo8%
Não tenho uma avaliação
21%Concordo
50%
Concordo Plenamente
18%
Q11
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
128
O mapa perceptual mostra claramente a aglutinação de concordante e
concordantes plenos.
Questão 12
Questão complexa que mostra 35% dos respondentes concordando (inclusive
plenamente) que pode haver a pura delegação de voto por ausência de
candidatos. No entanto, 52% da amostra não segue essa mesma direção.
12. Votei nos representantes de minha classe porque nenhum outro aluno quis se candidatar.
Frequency Percent Valid Percent
Cumulative
Percent
Valid Discordo Plenamente 44 10,8 10,8 10,8
Discordo 170 41,6 41,6 52,3
Não tenho uma avaliação 53 13,0 13,0 65,3
Concordo 101 24,7 24,7 90,0
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
129
Concordo Plenamente 41 10,0 10,0 100,0
Total 409 100,0 100,0
Discordo Plenamente
11%
Discordo41%
Não tenho uma avaliação
13%
Concordo25%
Concordo Plenamente
10%Q12
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
130
Por termos um espalhamento de 35% contra 52% (proporções não
desconsideráveis) o mapa perceptual apresenta um equilíbrio (região central do
mapa).
Questão 13
Os dados evidenciam o caráter como aspecto central de escolha.
13. Quando voto nos representantes de classe minha escolha é baseada no caráter dos
candidatos.
Frequency Percent Valid Percent
Cumulative
Percent
Valid Discordo Plenamente 3 ,7 ,7 ,7
Discordo 26 6,4 6,4 7,1
Não tenho uma avaliação 68 16,6 16,6 23,7
Concordo 236 57,7 57,7 81,4
Concordo Plenamente 76 18,6 18,6 100,0
Total 409 100,0 100,0
Discordo Plenamente
1% Discordo6%
Não tenho uma avaliação
17%
Concordo58%
Concordo Plenamente
18%
Q13
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
131
Observa-se no mapa perceptual que a aglutinação se dá no canto superior
direito do mapa. Isso ocorre porque a ampla maioria da amostra (76%)
concorda ou concorda plenamente com o caráter sendo um importante fator de
escolha.
Questão 14
Confiança é um aspecto ressaltado nos dados abaixo.
14. Quando escolho votar nos candidatos a representantes de classe o que levo em conta é a
capacidade deles em fazer que eu confie neles.
Frequency Percent Valid Percent
Cumulative
Percent
Valid Discordo Plenamente 3 ,7 ,7 ,7
Discordo 29 7,1 7,1 7,8
Não tenho uma avaliação 65 15,9 15,9 23,8
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
132
Concordo 263 64,3 64,5 88,2
Concordo Plenamente 48 11,7 11,8 100,0
Total 408 99,8 100,0
Missing System 1 ,2
Total 409 100,0
Discordo Plenamente
1% Discordo7%
Não tenho uma avaliação
16%
Concordo64%
Concordo Plenamente
12%Q14
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
133
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
134
Questão 15
Os dados abaixo mostram que, para 74% da amostra, o papel de representante
não é visto como uma tarefa vazia, ou seja, que alguém vote para se livrar da
função.
15. Quando escolho votar nos candidatos a representantes de classe é porque quero me
livrar dessa tarefa de representante de sala.
Frequency Percent Valid Percent
Cumulative
Percent
Valid Discordo Plenamente 85 20,8 20,8 20,8
Discordo 218 53,3 53,3 74,1
Não tenho uma avaliação 39 9,5 9,5 83,6
Concordo 54 13,2 13,2 96,8
Concordo Plenamente 13 3,2 3,2 100,0
Total 409 100,0 100,0
Discordo Plenamente
21%
Discordo53%
Não tenho uma avaliação
10% Concordo13%
Concordo Plenamente
3%
Q15
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
135
Questão 16
A questão deixa evidente que a negociação é uma das habilidades
reconhecidas no representante de classe por 74% da amostra.
16. Quando escolho votar nos candidatos a representantes de classe é porque reconheço
neles a capacidade de negociação.
Frequency Percent Valid Percent
Cumulative
Percent
Valid Discordo Plenamente 4 1,0 1,0 1,0
Discordo 28 6,8 6,8 7,8
Não tenho uma avaliação 75 18,3 18,3 26,2
Concordo 245 59,9 59,9 86,1
Concordo Plenamente 57 13,9 13,9 100,0
Total 409 100,0 100,0
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
136
Questão 17
Os dados evidenciam que 97% da amostra esperam que os representantes
saibam conduzir as propostas para as quais foram delegados pela sala de aula.
Discordo Plenamente
1% Discordo7%
Não tenho uma avaliação
18%
Concordo60%
Concordo Plenamente
14%
Q16
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
137
17. Os representantes de classe devem saber levar nossas propostas para a coordenação.
Frequency Percent Valid Percent
Cumulative
Percent
Valid Discordo 5 1,2 1,2 1,2
Não tenho uma avaliação 7 1,7 1,7 2,9
Concordo 193 47,2 47,2 50,1
Concordo Plenamente 204 49,9 49,9 100,0
Total 409 100,0 100,0
Discordo1% Não tenho uma
avaliação2%
Concordo47%
Concordo Plenamente
50%
Q17
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
138
Questão 18
O diálogo entre representante e vice é reconhecido como um importante fator
para que os demais alunos da sala de aula recebam informações.
18. O representante e vice devem trocar informações entre eles para que a classe sempre
fique informada dos assuntos da Instituição.
Frequency Percent Valid Percent
Cumulative
Percent
Valid Discordo Plenamente 1 ,2 ,2 ,2
Discordo 1 ,2 ,2 ,5
Não tenho uma avaliação 10 2,4 2,4 2,9
Concordo 189 46,2 46,2 49,1
Concordo Plenamente 208 50,9 50,9 100,0
Total 409 100,0 100,0
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
139
Discordo Plenamente
0%Discordo
0% Não tenho uma avaliação
3%
Concordo46%
Concordo Plenamente
51%
Q18
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
140
Questão 19
A passividade do representante e vice é reconhecidamente rejeitada por 95%
da amostra.
19. Em minha análise os representantes de classe devem ser dinâmicos.
Frequency Percent Valid Percent
Cumulative
Percent
Valid Discordo 1 ,2 ,2 ,2
Não tenho uma avaliação 19 4,6 4,6 4,9
Concordo 244 59,7 59,7 64,5
Concordo Plenamente 145 35,5 35,5 100,0
Total 409 100,0 100,0
Discordo0% Não tenho uma
avaliação5%
Concordo60%
Concordo Plenamente
35%
Q19
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
141
Questão 20
Na questão 20, observa-se que os alunos não atribuem ao representante a
propriedade de levar “suas próprias ideias” para a coordenação. Isso é um sinal
de que os respondentes desejam discutir ideias e, de algum modo, que essas
ideias sejam representativas da sala de aula (e não do representante de
classe).
20. Os representantes devem levar suas próprias ideias para negociar com a coordenação
porque não adianta ouvir os alunos da classe
Frequency Percent Valid Percent
Cumulative
Percent
Valid Discordo Plenamente 169 41,3 41,3 41,3
Discordo 148 36,2 36,2 77,5
Não tenho uma avaliação 17 4,2 4,2 81,7
Concordo 58 14,2 14,2 95,8
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
142
Concordo Plenamente 17 4,2 4,2 100,0
Total 409 100,0 100,0
Discordo Plenamente
42%Discordo
36%
Não tenho uma avaliação
4% Concordo14%
Concordo Plenamente
4%Q20
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
143
Conclusão
Entendemos que os resultados extraídos perante as respostas dos alunos não
são negativos e que a figura do representante de classe (e seu Vice) são
essenciais para que haja uma sinergia entre Coordenação e sala de aula. A
visão que é ressaltada nas respostas dos alunos é a de que os representantes
de sala desempenham um papel institucional e não uma mera
representatividade vazia.
Referencias
PEREIRA, Paulo H. & GARCIA, Marcos. Estatística Básica Usando Excel. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2016.
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
144
PAPEL DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA LOGÍSTICA E NO ATENDIMENTO AO CLIENTE
ÊNIO RAMOS ARAÚJO (FATEC ZONA LESTE) –
RAUL MARIANO DE BRITO (FATEC ZONA LESTE) –
Me. PERI DA SILVA SANTANA (FATEC ZONA LESTE - UNINOVE-SP) –
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS DE ESTUDO
Nas últimas décadas, o avanço tecnológico tem acontecido em larga escala, as
notícias de novas tecnologias, novas pesquisas e novos projetos são
praticamente constantes nas páginas de internet, telejornais, e na mídia como
um todo.
Diante de um avanço tecnológico tão grande, a necessidade de estar sempre
atualizado faz com que estejamos sempre na busca de atualizações, e este
avanço de uma forma geral é cruel, pois quem não acompanha fica perdido no
tempo.
Desta forma, pode-se afirmar que tecnologia não é mais um luxo de
afortunados, é sim uma exigência para continuarmos sobrevivendo em um
mundo onde as mudanças são constantes, e em um mercado cada dia mais
competitivo, a tecnologia deixou de ser um bicho de sete cabeças e tornou-se
uma ferramenta fundamental para as empresas que buscam um bom nível de
competitividade.
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
145
JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA
Este estudo busca apresentar os aspectos da evolução da logística,
destacando a sua relação com a gestão no atendimento ao cliente e
METODOLOGIA
Para tanto foi utilizada a metodologia de pesquisa bibliográfica para
embasamento teórico.
REFERENCIAL TEÓRICO
Segundo Macohin (2011), os produtos que se consomem não são sempre
produzidos próximos dos consumidores, e desta maneira ou seriam
consumidos próximos aos locais de produção ou devem ser transportadas para
os locais de consumo. Tais limitações que correm tanto para transporte e
armazenamento forçam os consumidores a estarem próximas do consumo.
Sobre logística, no trabalho de Conselho de Profissional de Gestão da Cadeia
de Suprimentos (2005 apud Faria, p.16):
Logística é a parte do processo da cadeia de suprimentos que
planeja, implementa e controla, de forma eficiente eficaz, a
expedição, o fluxo reverso e a armazenagem de bens e
serviços, assim como do fluxo de informações relacionadas,
entre o ponto de origem e o ponto de consumo, com o
propósito de atender às necessidades dos clientes.
Um ponto relevante para esclarecer sobre o assunto a discutir é conceituar o
que é gestão de processos empresariais, onde segundo as palavras de Mañas
(2014, p. 17):
O gerenciamento de qualquer atividade empresarial inclui de
fato a incumbência de um indivíduo, como pessoa, de
gerenciar processos, cujos grandes objetivos são atingidos
quando as necessidades de desempenho são atendidas.
Só é possível alcançar o sucesso do gerenciamento se
conseguir, num determinado processo, envolver todos os
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
146
recursos necessários, de maneira voluntária, dirigindo-os rumo
ao atendimento das necessidades do cliente, que podem ser
intermediários, nesse mesmo processo ou no final, quando
corresponde ao consumidor do produto ou serviço
apresentado.
Os sistemas de logística busca a eficiência na gestão da produção e
distribuição buscando a vantagem competitiva.
Segundo Novaes (2001) o papel da logística no negócio cresceu em tamanho,
quanto em importância estratégica. Integração do fluxo de material, produção e
distribuição, vêm revolucionando não somente a forma pelas quais as
empresas gerenciam suas atividades logísticas, mas, também, como
gerenciam os negócios.
Estes agrupamentos logísticos permitem à empresa um controle e integração
dos diferentes processos, que a princípio tinham a visão limitada de sua área
de atividade. Podem prevalecer os interesses individuais, não se relacionando
o envolvimento que cada departamento frente a distribuição dos produtos e
consequentemente relacionam-se com toda a empresa.
As ideias de Christopher (1997, p.56) permitem entender o âmbito no qual os
processos informacionais influenciam a logística:
As organizações estão competindo em termos de preço,
qualidade, tempo (velocidade) e serviço ao cliente, gerando
preocupações para o gerente de produção e operações. Cada
processo nas operações de uma empresa que agrega valor a
um produto ou serviço (por exemplo, adquirir estoque, controlar
qualidade, receber matérias-primas e despachar produtos)
pode ser aprimorado pelo uso de sistemas de informação
baseados na web. Além disso, os sistemas de informação têm
permitido que a função de produção e operações vincule a
organização com outras organizações na cadeia de
suprimentos da empresa. Desde o projeto auxiliado por
computador e fabricação auxiliada por computador até
sistemas de pedido baseados na web, sistemas de informação
apoiam a função de produção e operações.
Os serviços de valor agregado, os estoques geridos pelo fornecedor através
dos sistemas de informação e através de processos de remessa antecipada e
entregas programadas estão em franco crescimento. As organizações
produtivas começam a verificar suas necessidades da adoção estratégias
logísticas que satisfaçam alguns requisitos da clientela.
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
147
Segundo Ballou (2001), a base da logística começa a ser utilizada na descrição
uma variedade de ferramentais utilizada para incrementar a eficiência do fluxo
de materiais e da correta utilização dos equipamentos e as pessoas durante as
guerras. Posteriormente à Segunda Guerra Mundial, tais conceitos e técnicas
para fins militares foram incorporados pelo setor produtivo.
Os princípios de logística têm sua origem na língua francesa, do verbo loger,
que significa alojar, com o surgimento da Logística segundo Novaes (2001)
está diretamente ligado às ações militares. Do mesmo modo o termo logística
era utilizado pelos militares que compreendia as atividades de transporte,
abastecimento e alojamento das tropas.
O sistema de logística busca eficiência na gestão da produção e em sua
distribuição com o objetivo de aumentar a vantagem competitiva. Daí se faz
necessária uma adequação da gestão deslocamento da produção, haja vista a
crescente competitividade global dos dias atuais. Também sobre isso Faria
(2011, p. 32) destaca que:
Para alavancar a vantagem competitiva, é necessário um
conhecimento detalhado das atividades da empresa, não
sendo suficiente analisá-las de forma global, mas considerar as
diversas variáveis quanto à realização de suas atividades, pois
somente dessa forma será possível determinar qual o caminho
mais adequado para atingir os fins propostos.
A vantagem competitiva é obtida mediante a prestação de um serviço ou a
oferta de um produto diferenciado, que consiga chamar a atenção do cliente,
seja pelo fator preço, qualidade, ou atendimento. Em meio às turbulências do
mercado atual e à diversificação de produtos e serviços ofertados, torna-se
difícil obter êxito nas atividades se a empresa não contar com uma
administração eficiente e voltada a procedimentos diferenciados.
O controle de qualidade constitui-se numa operação de inspeção independente
da atividade de materiais. A independência gerência de materiais, pela mesma
razão que a tesouraria, que paga os materiais, é independente.
Segundo Novaes (2001) a redução do ciclo de vida traz grandes problemas
para gestão logística, nos quais os problemas das mudanças da tecnologia
bem como o consumo gerado pelo consumidor levam a apresentar mercados
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
148
mais voláteis nos quais os produtos ficam obsoletos logo após seu lançamento,
levando a necessidades de prazos menores de planejamento, da compra de
material, produção e entrega do produto finalizado para o consumo.
A forma de se atingir o sucesso no mercado atual consiste em reduzir o
movimento produtivo através da cadeia de suprimentos e tornar todo o sistema
logístico mais flexível e sensível a este mercado em constantes mudanças.
Destacam que dentre os diversos elementos mercadológicos que balizam as
preferências dos consumidores e a forma como concorrência se adéquam ao
ajuste de preços, podendo ponderar sobre o valor e o preço geográfico a ser
utilizado.
Segundo Rodrigues (2012, p. 06):
Utilizar o ajuste de preços geográficos como diferencial
competitivo em favor da organização, de modo que o nível de
serviço do canal logístico – condizentemente definido para o
patamar ao qual o cliente efetivamente percebe o maior valor
agregado do serviço logístico – possa transformar-se em
estratégia para a mais competitiva penetração em mercado de
interesse inexplorado; ou ainda possa se traduzir em elemento
de diferencial competitividade agregado ao produto podendo
contribuir para possível fidelização do cliente.
O valor agregado do produto aponta para a intenção de implementação de
determinadas estratégias de preços frente posição geográfica tanto da
produção como do consumo (RODRIGUES, 2012).
A logística deve alcançar um nível de serviço ao cliente pelo menor custo
ofertando alternativas na versatilidade, na rapidez, no controle operacional e no
compromisso de atingir um nível de serviço impecável, com busca do agrado
do cliente. Encarregado por ofertar mercadorias ou serviços esperados pelos
clientes, nos locais adequados em relação às suas exigências, nos prazos
tratados e em boas condições físicas, assim obedecendo as necessidades dos
clientes.
De acordo com Coutinho e Ferraz (2003), os custos possuem um significado
muito abrangente: podem ser utilizados como custos das mercadorias vendidas
em uma empresa comercial; custos dos produtos fabricados, em empresas
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
149
industriais; e, custos dos serviços prestados em empresas de prestação se
serviços.
O conhecimento e análise as incertezas presentes nos processos logísticos é o
primeiro passo para uma boa política de gestão de estoques. A criação de
indicadores do controle de estoque é essencial para o correto
dimensionamento dos estoques de segurança, garantindo o nível de serviço
desejado ao menor custo total de operação. (BERTAGLIA, 2005)
As exigências de mercado buscando uma maior diversificação dos produtos
manufaturados, melhor qualidade e baixo custo têm forçado as empresas.
Essas mudanças têm refletido de maneira significativa, principalmente nas
áreas de projeto e fabricação, provocando cada vez mais a necessidade de
uma maior integração entre estas áreas (BERTAGLIA, 2005).
Conforme Santana e Santana (2012), dentro de uma análise de dados sobre
Operações Logísticas, verifica-se que ações estratégicas notamos que as
empresas, em grande maioria, utilizam ferramentas conceituais no
gerenciamento de relações com o cliente. Um exemplo amplamente
disseminado é o Customer Relationship Management, ou simplesmente CRM.
A questão é saber se todos os atores do processo conhecem a ferramenta,
bem como se este tem a devida aplicação
Quanto às ferramentas para realizar a tarefa de transformar os dados em
informação e em seguida tomar as decisões logísticas, muitas já foram criadas,
tanto como técnicas estratégicas, táticas e operacionais, como também
ferramentas informáticas e outras aplicações, de forma que podem ser citadas,
com base na obra de Faria (2011), o Balanced Scorecard (BSC), o Método de
Custeio Variado e também os Indicadores de desempenho na logística.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Preliminarmente nota-se que em Logística, Tecnologia da Informação e no
Atendimento e Serviço ao Cliente, buscamos identificar os fatores que
interferem nos processos e com este trabalho, busca-se a discussão da
Complexo Educacional FMU
São Paulo/ SP - 14 e 15 de Setembro de 2017
150
temática relativa ao uso da tecnologia da informação no aprimoramento da
logística e do atendimento ao cliente e também nos permite a compreensão
dos procedimentos em produtos e seu transporte para facilitar o acesso aos
clientes consumidor final e também compreender a importância da tecnologia
de informação no gerenciamento e configuração da logística e influência na
qualidade do atendimento ao cliente.
CONCLUSÃO
De forma global ocorre a busca do gerenciamento adequado da informação a
fim de garantir o atendimento às expectativas de otimização dos recursos
alocados e do consequente ganho competitivo.
Parte-se de incertezas e mudanças vividas na atualidade, bem como dos novos
paradigmas colocados pela revolução da tecnologia da informação, para
enfocar-se a estratégia como resposta adequada para a sobrevivência das
empresas.
Os sistemas de informações afetam as mais variadas formas o desempenho
das modernas organizações, abrindo-lhes, inclusive, novos espaços e
oportunidades de atuação competitiva, motivo pelo qual os gerentes e gestores
não podem se furtar a compreender sua natureza e a utilizar seus recursos
com eficácia.
Em determinados setores, como na distribuição e no varejo, as empresas não
podem ignorar a importância da logística em relação à lucratividade, onde
fornecer serviço ao cliente e que não seja superado por ninguém, e satisfazer
totalmente às necessidades de escolha do produto, entrega em tempo e
disponibilidade de estoques a um preço competitivo.
Não somente a lucratividade, mas também a sobrevivência da empresa
depende destas questões. Para a maioria, a definição mais amplamente
utilizada da logística é ter e entregar os produtos certos, no lugar certo, no
momento certo, com um menor custo". Para diminuir custos se deve aplicar a
logística na cadeia de suprimentos sem alterar a qualidade do produto final, ou
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151
seja, criar valor para a empresa aumentando sua lucratividade
(CHRISTOPHER, 1997).
A tecnologia atualmente está à disposição da solução da logística e gestão
empresarial sendo capaz de gerar soluções que satisfaçam qualquer
necessidade de mercado.
A utilização da tecnologia da informação aplicada a logística de forma
inteligente tem sido, e por tendência será, a solução encontrada das
organizações para redução de custos, otimização de recursos, refletindo em
eficiência em resposta as necessidades dos clientes, de forma a agregar valor.
A Tecnologia da informação tem que ser enxergada como um ferramental
integrador e viabilizador de negócios, tanto na integração com a logística, como
no atendimento ao cliente.
REFERENCIAS
AGUIAR, Alexandre, PHILIPPI JR. Reciclagem de Plásticos de Resíduos Sólidos Domésticos: problemas e soluções. São Paulo: FSP/ USP, 1998.
ARBIX, G., SALERNO, Mario S., NEGRI, J. A., O impacto da internacionalização com foco na inovação tecnológica sobre as exportações das firmas brasileiras. Dados. Rio de Janeiro - RJ , v. 48 , n. 2 ,
p. 395 – 442.
BALLOU, Ronald H.. Logística Empresarial. SP: Atlas, 2001.
BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2005.
CHRISTOPHER, Martin, Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, São Paulo: Pioneira, 1997;
COUTINHO, Luciano e FERRAZ, João Carlos, coord. Estudo da Competitividade a Indústria Brasileira. São Paulo: Papirus; 2003
FARIA, Ana Cristina de e COSTA, Maria de Fátima Gameiro da. Gestão de custos logísticos. São Paulo: Atlas, 2011.
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152
LEITE, Paulo Roberto. Logística Reversa: meio ambiente e competitividade.
São Paulo: Prentice Hall, 2003.
MACOHIN, Gilmar. Determinação das Competências dos Operadores Logísticos Atuantes na Região Sul do Brasil. Florianópolis: UFSC, 2011.
MAÑAS, Antonio Vico. Administração de sistemas de informação. São
Paulo: Érica, 2014.
NOVAES, A. G. Logística Aplicada. São Paulo: Pioneira, 1997.
NOVAES, Antônio, Galvão. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição: estratégia, operação e avaliação. Rio de Janeiro: Campus, 2001.
SANTANA, Peri da Silva e SANTANA, José Carlos Curvelo. Gestão de Operações e Logística na Estratégia Empresarial. REGS - Educação,
Gestão e Sociedade: Revista da Faculdade Eça de Queiros, ISSN 2179-9636,
Ano 2, número 7, setembro de 2012.
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153
CONSUMIDOR CONSCIENTE: UMA ANÁLISE DO PERFIL E COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR DE PRESIDENTE PRUDENTE
Fernanda de Lima Bagli (Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas
Unidas – FMU) – [email protected]
Júlio César Barrios (Centro Universitário “Antonio Eufrásio de Toledo” de
Presidente Prudente) – [email protected]
Luiz Felipe Silva de Assis (Centro Universitário “Antonio Eufrásio de Toledo”
de Presidente Prudente) – [email protected]
INTRODUÇÃO E OBJETIVO DO ESTUDO
O “Consumidor Consciente” é um projeto de extensão universitária oferecido
aos alunos do quarto termo dos cursos de Administração de Empresas e
Ciências Contábeis do Centro Universitário Antônio Eufrásio de Toledo de
Presidente Prudente. Ele é realizado em parceria Núcleo de Ensino de
Pesquisa e Extensão e a Empresa Júnior Toledo de Presidente Prudente com
a coordenação do docente responsável pelas disciplinas de matemática e
matemática financeira. O projeto visa aproximar a instituição à comunidade,
fazendo os alunos aplicarem na prática os conceitos teóricos vistos em sala de
aula. Na semana que antecede o trabalho de campo é realizado um
treinamento pelo professor responsável pelo projeto e pela responsável pela
Empresa Júnior. Desde 2003 este projeto vem sendo desenvolvido, sempre no
último sábado da “Semana do Freguês” que ocorre no mês de outubro. Ele
ocorre neste período, pois segundo os dados da Associação Comercial, a
“Semana do Freguês” em volume de vendas só perde para o Natal, ou seja, é
um período de grande fluxo de consumidores no centro comercial da cidade.
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154
No dia da realização do projeto, os alunos atendem a população no centro da
cidade onde procuram tirar dúvidas dos consumidores que por lá passam, a
respeito de taxas de juros cobradas pelas lojas nas compras a prazo, taxas de
juros cobradas pelos bancos em empréstimos entre outras. Além disso, os
alunos formam grupos menores e percorrem as lojas verificando as
informações quanto ao valor das parcelas, a taxa cobrada pelo parcelamento e
os valores à vista são coerentes ou não. Neste momento o aluno tem a
possibilidade de realizar os cálculos e assim aplicar os conceitos vistos em sala
de aula. Na maioria das lojas, os alunos conversam com os vendedores e
gerentes sobre como os cálculos são feitos, o porquê de um determinado
número de prestações entre outras perguntas.
O questionário contempla, além do perfil do respondente com dados como
sexo e idade, as formas de pagamento mais frequentes, conhecimento dos
juros que pagam ao comprar a prazo, se utiliza o limite do cheque especial,
entre outras questões
A aplicação do questionário é realizada por meio da abordagem de rua, no
quadrilátero central de Presidente Prudente, que abrange as ruas que ficam
entre a Washington Luiz e a Manoel Goulart e entre a Avenida Brasil e a
Coronel José Soares Marcondes. Foram aplicados 503 questionários.
Os alunos que participam do projeto recebem treinamento para aplicação dos
questionários e dentre eles, um aluno é selecionado para desenvolvimento da
tabulação, análise e elaboração do relatório.
Quanto ao atendimento aos consumidores no quiosque e as visitas às lojas, os
alunos utilizam seus conhecimentos adquiridos durante as aulas, porém, na
semana que antecede o projeto há um encontro para estabelecermos critérios
de organização, de como realizar o atendimento, como abordar os vendedores
e gerentes nas lojas.
O objetivo é proporcionar contribuições à comunidade acadêmica,
possibilitando o discente aplicar seu conhecimento teórico em situações do
cotidiano, fazendo-o interagir também com a comunidade. Traz também,
contribuições à comunidade de um modo geral, no aspecto de informações
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155
sobre práticas adotadas no comércio que nem sempre são claras a essas
pessoas.
JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO ESTUDO
O projeto visa aproximar a instituição à comunidade, fazendo os alunos
aplicarem na prática os conceitos teóricos vistos em sala de aula. Na semana
que antecede o trabalho de campo é realizado um treinamento pelo professor
responsável pelo projeto e pela responsável pela Empresa Júnior.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A pesquisa é quantitativa. A aplicação do questionário é realizada por meio da
abordagem de rua, no quadrilátero central de Presidente Prudente, que
abrange as ruas que ficam entre a Washington Luiz e a Manoel Goulart e entre
a Avenida Brasil e a Coronel José Soares Marcondes. Foram aplicados 503
questionários. O questionário contempla, além do perfil do respondente com
dados como sexo e idade, as formas de pagamento mais frequentes,
conhecimento dos juros que pagam ao comprar a prazo, se utiliza o limite do
cheque especial, entre outras questões.
ANÁLISE DOS RESULTADOS
Perfil dos Entrevistados
Sexo dos entrevistados: Com relação ao sexo dos respondentes, 50,7% dos
entrevistados são do sexo feminino e 49,3% do sexo masculino.
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Faixa etária: Com relação a idade dos respondentes, 10% dos entrevistados
tem 20 anos ou menos, 27% dos entrevistados de 21 a 30 anos, 22% dos
entrevistados 31 a 40 anos e 41% dos entrevistados acima de 40 anos.
Comportamento do Consumidor
De acordo com os respondentes, as opções mais utilizadas para efetuar o
pagamento das compras as opções mais utilizadas são:
50,7%
49,3%
48,5%
49,0%
49,5%
50,0%
50,5%
51,0%
FEMININO MASCULINO
GÊNERO
10%
27%
22%
41%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
20 ANOS OU
MENOS
21 A 30 ANOS 31 A 40 ANOS ACIMA DE 40
ANOS
FAIXA ETÁRIA
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Consumidores que sabem o quanto paga de juros: Conforme a população de
Presidente Prudente as porcentagens de juros pagas são:
9%
1%
8%
16%
5%
16%
46%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
50%
CREDIÁ
RIO
PAGAM
ENTO
PARCELA
DO C
OM
CHEQUES P
RÉ-…
DÉBIT
O N
A C
ONTA C
ORRENTE
PAGAM
ENTO
PARCELA
DO N
O C
RÉDIT
O D
O C
ARTÃO
DÉBIO
EM
CONTA C
OM
CARTÃO
PAGAM
ENTO
À V
ISTA C
OM
DIN
HEIR
O
PAGAM
ENTO
À V
ISTA C
OM
CHEQ
UE
COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
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Consumidores que já recorreram a empréstimo bancário: Segundo os
consumidores de Presidente Prudente, de acordo com o gráfico os que
recorreram ao empréstimo bancário nos últimos cinco anos, 29% dos
respondentes diz que sim e 71% dos respondentes afirmam não recorrer a
empréstimos bancários nos últimos 05 anos.
Respondentes que já utilizaram o limite do cheque especial: Em conformidade
com os habitantes de Presidente Prudente e o gráfico abaixo determina-se que
a maioria dos entrevistados já utilizaram o limite do cheque especial.
77%
8%3% 3%
4% 5%
JUROS PAGOS
NÃO SABE 3 A 5% 5 A 8% 8 A 10% 10 A 15% MAIS DE 15%
29%
71%
JÁ RECORREU A EMPRÉSTIMO NOS ULTIMOS 5 ANOS?SIM NÃO
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População feminina e masculina que tem conhecimento do valor pago de juros
na hora de efetuarem suas compras: Conforme a população feminina de
Presidente Prudente, se sabem o quanto paga de juros e quantos por cento
pagam no momento em que efetuam uma compra.
População masculina que sabem o quanto paga de juros e quantos por cento
pagam para efetuar suas compras.
24%
76%
JÁ USOU O LIMITE DO CHEQUE ESPCIAL ?SIM NÃO
78%
9% 2% 2% 4% 6%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
FEMININONÃO SABE 3 A 5% 5 A 8% 8 A 10% 10 A 15% MAIS DE
15%
JUROS PAGOS NO CARTÃO
Série1
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A população masculina e feminina, e se já usaram o limite do cheque especial:
De acordo com o gráfico, percebe-se que a população feminina utiliza o limite
do cheque especial com menor frequência.
De acordo com o gráfico e seguindo a tendência do público citado
anteriormente tem-se que em geral a população masculina não utilizam o limite
do cheque especial.
76%
6% 4% 4% 5% 4%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
MASC
ULI
NO
NÃO
SABE
3 A 5
%
5 A 8
%
8 A 1
0%
10 A 1
5%
MAIS
DE
15%
JUROS PAGOS NO CARTÃO
Série1
18%
82%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
FEMININO SIM NÃO
JÁ USOU O LIMITE DO CHEQUE ESPECIAL?
Série1
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CONCLUSÃO E LIMITAÇÕES DO ESTUDO
O projeto “Consumidor Consciente”, pelas suas características, traz
contribuições à comunidade acadêmica, possibilitando o discente aplicar seu
conhecimento teórico em situações do cotidiano, fazendo-o interagir também
com a comunidade. Traz também, contribuições à comunidade de um modo
geral, no aspecto de informações sobre práticas adotadas no comércio que
nem sempre são claras a essas pessoas. Os resultados dessa pesquisa
também podem contribuir aos vários setores do nosso comércio para que
tenham uma ideia do perfil dos consumidores e de seus hábitos quanto aos
meios utilizados e formas de pagamento.
REFERÊNCIAS
CENTRO UNIVERSITÁRIO “ANTONIO EUFRÁSIO DE TOLEDO” de
Presidente Prudente. Normalização de apresentação de monografias e trabalhos de conclusão de curso. 2007 – Presidente Prudente, 2007, 110p.
29%
71%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
MASCULINO SIM NÃO
JÁ USOU O LIMITE DO CHEQUE ESPECIAL?
Série1
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PARTE 2 – PESQUISAS EM ANDAMENTO
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A ATIVIDADE DE FINANCIAMENTO, O EXERCÍCIO DA FUNÇÃO SOCIAL E A GOVERNANÇA CORPORATIVA: UM ESTUDO DE CASO DE UMA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA DE ECONOMIA MISTA FEDERAL
Thiago da Silva Silveira Barbosa (Centro Universitário das Faculdades
Metropolitanas Unidas – FMU) – [email protected]
Celso Machado Júnior (Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas
Unidas – FMU) – [email protected]
Palavras-chave: Empresas Estatais. Financiamento. Função Social.
Governança Corporativa.
INTRODUÇÃO E OBJETIVO DO ESTUDO
A pesquisa se baseia na figura do Estado empresário e a empresa estatal não
apenas na visão típica do Direito Administrativo, do campo do Direito, mas
principalmente na visão da Administração, da Governança Corporativa.
Essas empresas estatais, estruturadas como pessoas jurídicas de direito
privado, exploram com lucratividade suas atividades, sem deixar de lado a sua
função social (conforme o artigo 173 da Constituição Federal e o artigo 27 da
Lei 13.303/2016), e o papel de servirem como instrumentos para a consecução
de políticas públicas de que se serve o Estado.
É nesse contexto que o trabalho aborda uma instituição financeira de economia
mista federal, a primeira instituição bancária a operar no país.
Por conseguinte, o objetivo do trabalho é analisar como uma instituição
financeira de economia mista atende a Lei nº 4.595/1964 na função de
executante da política de crédito do governo federal. Destaca-se que, no
âmbito da política de crédito, o financiamento relacionado as atividades
industriais, rurais, de exportações e de importações assume uma posição de
relevância.
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164
Aponta-se também como de relevância o financiamento por região geográfica
do país (centro-oeste, nordeste, norte, sudeste e sul) e por porte do tomador
(micro e pequena empresa).
JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO ESTUDO
A escolha por esta pesquisa se dá pela relevância da empresa estatal no
fomento da economia nacional, mas também na pertinência de se evidenciar o
seu desempenho no cumprimento das atribuições definidas pela Lei nº
4.595/64 frente as demais instituições financeiras, bem como da relação
existente no cumprimento dessas atribuições, e no próprio exercício da sua
função social, com a governança corporativa da Estatal.
Ademais, o controle acionário exercido pelo Estado se mostra um fenômeno
significativo no cenário econômico, social e político no mundo e no Brasil, a
ponto de justificar o seu estudo.
Ressalta-se, ainda, a importância de se abordar a Lei nº 13.303/2016,
discorrendo sobre alguns benefícios trazidos por esse diploma legal, uma vez
que as pesquisas acadêmicas sobre a “Lei das Estatais” ainda são incipientes.
REFERENCIAL TEÓRICO
A organização político-administrativa do Estado Brasileiro, em conformidade
com o artigo 18 da Constituição Federal, conta com a União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, que também estabelece a repartição de poderes,
distribuindo o exercício das funções que lhe são inerentes ao Legislativo,
Executivo e Judiciário (PESTANA, 2014).
Com a Constituição Federal de 1988, observou-se uma intensa positivação que
buscou estabelecer segurança jurídica, fixando limites ao Estado Brasileiro e,
consequentemente, à Administração Pública.
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165
Segundo Meirelles (2015), a Administração Pública, numa visão global, é todo
o aparelhamento do Estado preordenado à realização de serviços, com o
objetivo de satisfazer as necessidades coletivas.
Com a evolução da matéria, muito embora existam, ainda, incongruências nos
diplomas legais, está consolidado na doutrina que fazem parte da
Administração direta do Estado a estrutura administrativa da Presidência da
República e dos Ministérios; e da Administração indireta, as autarquias, as
fundações públicas, as empresas públicas e as sociedades de economia mista.
Nesse contexto, Mello (2012) caracteriza a sociedade de economia mista
federal como a pessoa jurídica cuja a criação é autorizada por lei, funcionando
como um instrumento de ação do Estado, de personalidade de Direito Privado,
mas submetida a regras especiais decorrentes da sua natureza auxiliar da
atuação governamental, constituída sob a forma de sociedade anônima, cujas
ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou entidade de
sua Administração indireta, e de propriedade particular o seu remanescente
acionário.
Recentemente, a Lei 13.303/16 definiu a sociedade de economia mista como
“(...) a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com
criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com
direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito
Federal, aos Municípios ou a entidade da administração indireta.” (LEI 13.303,
2016, p. s/n)
Já a governança corporativa, segundo o IBGC, “(...) é o sistema pelo qual as
empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas,
envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração,
diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas.”
(CÓDIGO DE MELHORES PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA,
2015, p. 20)
Outrossim, define-se governança como a forma pela qual o poder é exercido na
administração dos recursos econômicos e sociais de um país, visando o seu
desenvolvimento (WORLD BANK, 1992).
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166
E para a OCDE (2017), uma boa governança corporativa não é um fim em si
mesmo; é um meio de apoiar a eficiência econômica, o crescimento
sustentável e a estabilidade financeira, facilitando o acesso das empresas ao
capital para investimentos de longo prazo, além de ajudar a garantir que os
acionistas e outras partes interessadas sejam tratados de forma justa.
Diante do que fora exposto, as empresas se orientam pelos princípios basilares
da governança e, conforme o IBGC, em seu Código das Melhores Práticas de
Governança Corporativa (2015), os princípios são: transparência, equidade,
prestação de contas e responsabilidade corporativa.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A pesquisa se caracteriza como bibliográfica e documental, com abordagem
qualitativa, fundada em estudo de caso de uma empresa estatal, constituída
como uma sociedade anônima aberta, de economia mista, organizada sob a
forma de banco múltiplo.
A técnica de coleta de dados e organização da pesquisa é do tipo
documentação, que será utilizada para identificação, levantamento e
exploração de documentos fontes do objeto pesquisado.
A coleta de dados foi e será baseada em informações da instituição financeira
de economia mista federal e do seu desempenho no financiamento das
atividades industriais, rurais, de exportações e de importações, nos anos de
2015 e 2016 e no primeiro semestre de 2017, em relação as instituições
financeiras do macrossegmento banco comercial, múltiplo com carteira
comercial ou caixa econômica, supervisionadas pelo Banco Central do Brasil
(dados disponibilizados através de relatórios no sítio da autarquia na internet).
ANÁLISE DOS RESULTADOS
Prejudicado.
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167
CONCLUSÃO E LIMITAÇÕES DO ESTUDO
Prejudicado.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em
06 mai. 2017.
______. Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964. Dispõe sobre a Política e
as Instituições Monetárias, Bancárias e Creditícias, Cria o Conselho Monetário
Nacional e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4595.htm>. Acesso em: 06 mai.
2017.
______. Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016. Dispõe sobre o estatuto
jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas
subsidiárias, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2016/lei/L13303.htm>. Acesso em: 06 mai. 2017.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA. Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa. 5ª ed. São Paulo: IBGC,
2015.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 41ª ed. São
Paulo: Malheiros Editora, 2015.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 29ª ed.
São Paulo: Malheiros Editores, 2012.
ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT.
Princípios de Governança Corporativa do G20 e da OCDE. Paris: Éditions
OCDE, 2016. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1787/9789264259195-pt>.
Acesso em: 14 jun. 2017.
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168
PESTANA, Marcio. Direito Administrativo Brasileiro. 4ª ed. São Paulo: Atlas,
2014.
WORLD BANK. World Development Report 1992: development and the
environment. Washington D.C.: World Bank, 1992.
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A GAMIFICAÇÃO E A REALIDADE VIRTUAL APLICADAS NA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
Thiago Saboya (FMU) - [email protected]
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS DE ESTUDO
Neste trabalho temos como principal objetivo identificar o que é a Educação à
Distância e como a Gamificação está mudando a forma de estudos dos alunos.
Os principais pontos abordados no trabalho, são a EAD, a gamificação e os
Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Portanto, a pesquisa será realizada
através de análise bibliográfica de diversos autores da área e pesquisa de
campo.
O tema gamificação é muito recente, assim, há poucos conteúdos que tratam
de games na Educação à Distância. As raízes da Educação à Distância (EaD)
remontam ao século XIX e os primeiros cursos por carta que surgiram nos
Estados Unidos19. No Brasil, chegaram no fim desse mesmo século, também
dentro desses modelos. A relação entre tecnologia e EaD é íntima e se verifica
desde os primeiros momentos. Essa relação apenas se intensifica com o
decorrer do século XX e XXI e as inovações tecnológicas que eles
presenciaram.
Desta forma, percebemos que a EaD sai do papel e adentra nas primeiras
décadas do século passado as ondas de rádio (Cf ALVES, 2012). No Brasil, em
particular, ele funcionou como uma proposta estatal para suprimir deficiências
ligadas ao Ensino Básico (atual Fundamental I) – nominalmente, a
alfabetização. Já na metade do século, programas educativos começaram a
19 O breve apanhado histórico aqui apresentado a respeito da Educação à Distância representa
um resumo, ainda que raso, do artigo de Lucinéia Alves (2012), Educação a distância:
conceitos e história no Brasil e no mundo. Entende-se que, no decorrer deste trabalho, esse
panorama deverá ser aprofundado. Contudo, em primeiro momento, optou-se por apenas
indicar moldura histórica mais significativa.
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170
surgir na televisão que, nessa época, também engatinhava em sua
programação.
A década de 1990 testemunhou uma considerável revolução na EaD, muito por
conta da popularização do computador pessoal e da internet. Surgiram os
Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs) e os primeiros cursos totalmente
online. A partir de então, surgiu também a necessidade de regulamentar essa
modalidade de ensino. Entende-se que, assim como outros aspectos do mundo
virtual, a EaD ainda sofra com uma defasagem entre a velocidade de suas
mudanças e a velocidade das mudanças da legislação específica; contudo,
isso não implica em velozes alterações nas propostas educadoras ligadas a
esse ambiente.
O que se quer dizer é que, se inicialmente a metodologia, a didática e os
recursos da EaD mimetizavam os da educação presencial, hoje, cada vez
mais, buscam-se definir forma específicas para essa modalidade de
aprendizado. Os debates giram, em grande parte, ao redor do eixo da
tecnologia: como torna-la mais do que uma aliada, uma parte intrínseca do
processo de educação. Dentre as muitas respostas oferecidas, encontramos a
proposta da gamificação.
Outro tema que é muito debatido no EaD, e que pode ser pesquisado para este
projeto, são os laboratórios virtuais, no qual, o alunos têm a oportunidade de
treinar seus conhecimento sobre um determinado tipo de tema de uma
disciplina específica.
Dada a inexorabilidade do processo evolutivo tecnológico e o espaço que a
gamificação vem ganhando, entende-se que esse seja um aspecto importante
a ser estudado. Entende-se também que, nesse sentido, ele se justifica como
objeto de pesquisa e proporciona possibilidades de análise que poderão se
configurar como contribuição para o campo do conhecimento que se forma ao
redor do debate da educação enquanto influência e influenciadora da cultura.
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RELEVÂNCIA DO ESTUDO
A gamificação e a realidade virtual são inovações tecnológicas que possam
manter um estudante em um curso EaD, fazendo com que diminua a evasão
de alunos?
Aparentemente, hoje a gamificação, a realidade virtual e o uso de laboratórios
virtuais são fundamentais para o conhecimento e desenvolvimento de
habilidades voltadas para cursos EAD, porém, é necessária uma pesquisa mais
aprofundada para saber o grau de eficiência destas tecnologias para garantir a
permanência de estudantes no ensino à distância de uma universidade.
REFERENCIAL TEÓRICO
De acordo com o OCDE, uma organização poderá introduzir muitos tipos de
mudanças em seus métodos de trabalho, no uso dos fatores de produção e nos
tipos de outputs que possam melhorar a produtividade ou desempenho
comercial de uma empresa.
Diversos sistemas analíticos podem ser usados para selecionar um
subconjunto dessas mudanças para maiores estudos, abrangendo,
por exemplo, todas as modificações relacionadas com a difusão de
tecnologias de informação (TI), ou aquelas que envolvem
investimentos intangíveis (P&D, treinamento em software, marketing,
etc.) (ver a Seção 6). Este Manual trata de mudanças que envolvam
um grau significativo de novidade para a empresa. Ele exclui
mudanças que sejam “mais da mesma coisa”, como a compra de
cópias adicionais de equipamentos TI de um modelo já instalado em
algum lugar da empresa. (OCDE, p. 20)
Freeman e Soete (2008), afirmam que uma inovação depende de informação
cujas especificações não podem ser antecipadas em termos definitivos,
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portanto, não podem ser antecipadamente programadas. Afirmam, portanto,
que há dois tipos de inovações, a ofensiva e a defensiva.
No artigo de Valuenet (2015), podemos ver o conceito de game como algo que
possa incentivar alguém a fazer algo, ou seja, é utilizar as ideias e mecanismos
de jogos para o incentivo de pessoas.
Para Fadel (2014), a gamificação é usada para o incentivo ao consumo,
portanto, o game é utilizado para repensar práticas tradicionais de ensino.
Para Freitas e Liarokapis (2011) O conceito começa a ganhar força em 2010.
Ainda para o autor, é a inclusão de jogos, não somente de forma cultural, mas
também, é o uso de elementos de projeto de jogo em não jogos.
Hagglund (2012), acredita que gamificação é um jogo sério, que é um jogo
desenvolvido com um propósito diferente de somente entretenimento. Portanto,
jogos sérios são para melhorar o aprendizado.
Há alguns elementos da gamificação, no qual, contribuem na experiência do
usuário, Entre eles, podemos destacar: repetição de experimentação, níveis
crescentes de dificuldades diferentes possibilidades de caminhos, feedback,
reconhecimento e recompensa.
Rebello nos apresenta que gamificar é divertir o usuário, estimular a
meritocracia, usar os feedbacks e mudar os comportamentos.
Embora tenhamos visto que a gamificação tenha se apresentado de forma
mais evidente a partir de 2010, o termo sempre esteve presente no dia-dia das
pessoas. Um exemplo simples é uma criança ao realizar alguma tarefa na
escola, ganha um prêmio do seu professor.
Com a educação a distância, o treinamento empresarial consegue
atingir um grande número de colaboradores, rompendo fronteiras
geográficas, respeitando ritmos de aprendizagem de cada um e, ao
mesmo tempo, reduzir custos.
Muitas empresas entendem que não é mais necessário oferecer um
espaço físico destinado à aprendizagem, acreditam que é possível
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adquirir conhecimento em qualquer lugar ou momento. (ESPÍNDOLA,
2016).
A gamificação se encaixa muito bem em um ambiente virtual em um curso
EAD, já que, o indivíduo está inserido em uma “comunidade” na internet e o
game pode auxiliá-lo a se desenvolver com narrativas distintas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
É importante levar em consideração uma pesquisa bibliográfica. Assim, com a
coleta de dados em livros, artigos, internet e em materiais de fonte confiável
que falem sobre o tema. Os dados serão analisados, interpretados no que se
refira à proposta. É necessária a realização de resenhas de livros e revisitá-las
para consultas sobre o tema. Entrevista com profissionais de tecnologia sobre
o assunto proposto. Pretende-se buscar a experiência do próprio estudante,
possivelmente através de entrevistas (pesquisa de campo qualitativa)
desenvolvidas ao redor do questionamento do impacto da gamificação. Por fim,
consultas à teses e dissertações que estejam relacionadas com o tema.
RESULTADOS
Com a pesquisa, espera-se saber se a gamificação é um diferencial para que,
uma instituição de ensino superior que tenha cursos à distância, tenha menos
evasão de alunos.
CONCLUSÕES E LIMITAÇÕES DO ESTUDO
Este estudo será realizado para verificar a importância do game para os
estudos. Diversas empresas já utilizam de jogos em seus treinamentos.
Portanto, verificar
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ESPÍNDOLA, Rafaela. Como inovar seu treinamento empresarial com EaD?. C
2016. Disponível em: <http://www.edools.com/treinamento-empresarial-com-ead/>
Acesso em: 20 Jan. 2016.
FADEL, Luciane Maria. Gamificação. 2014. Disponível em:
<https://books.google.com.br/books?id=r6TcBAAAQBAJ&pg=PT229&dq=gamifica
%C3%A7%C3%A3o&hl=pt-
BR&sa=X&ved=0CC8Q6AEwAGoVChMI9qSQ1PqwxwIVxJ-
ACh0mFAP2#v=onepage&q=gamifica%C3%A7%C3%A3o&f=false> Acesso em 20
Ago. 2015.
FREEMAN, C.; SOETE L. A economia da inovação industrial. Campinas: Editora
Unicamp (Col. Clássicos da Inovação). 2008 (original 1997)
HAGGLUND, P. Taking gamification to the next level: a detailed overview of the past, the present and possible future of gamification. Universitet Umea,
2012.
OCDE. Manual de Oslo: Proposta de Diretrizes para Coleta e Intrepretação de dados sobre Inovação Tecnológica. Publicado pela FINEP (Financiadora de
Estudos e Projetos), 2005.
SILVA, Antonio Carlos Ribeiro da. Educação a distância e o seu grande desafio: o aluno como sujeito de sua própria aprendizagem. 2004. Disponível
em: http://www.abed.org.br/congresso2004/por/htm/012-TC-A2.htm. Acesso em
julho de 2015.
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A GOVERNANÇA CORPORATIVA COMO CONTROLE DAS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA DO SETOR BANCÁRIO
Sidnei Oliveira Lopes (FMU – Faculdades Metropolitanas Unidas) -
[email protected]; [email protected]
Palavras-chave: Governança Corporativa; Sociedade de Economia Mista; Lei
Anticorrupção; Programa Destaque em Governança de Estatais.
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS DO ESTUDO
A pesquisa se baseia na expectativa de que a adoção da governança
corporativa pode contribuir para evitar a incidência da empresa nas hipóteses
de atos lesivos previstos na Lei Anticorrupção.
Nesse contexto se destaca a questão das Sociedades de Economia Mista do
setor bancário, cuja maior parte do capital social é de origem pública e a
possível incidência causaria duplo dano, no caso a própria origem do
patrimônio originário e o impacto social devido o potencial comprometimento
das suas atividades.
Assim, o Programa Destaque em Governança de Estatais, criado pela Bolsa de
Valores de São Paulo, pode contribuir com a qualidade da governança para o
segmento bancário com ações negociáveis no mercado de capitais, de forma
que o objetivo do trabalho é analisar a aderência dos bancos estatais de capital
aberto, aos termos de governança corporativa propostos pelo mencionado
programa.
JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO ESTUDO
O assunto visa contribuir para o aprimoramento dos controles no âmbito de
governança corporativa adotados pelas empresas do setor bancário cujo
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controlador é o Estado.
Destaca-se a presença do interesse comunitário para o desenvolvimento da
pesquisa na medida em que se constata a necessidade da boa gestão de
qualquer empresa atuante no mercado de capitais, em especial as sociedades
de economia mista, caracterizadas pela constituição de capital
predominantemente de origem pública, atentando-se à peculiaridade de que a
sua criação, conforme determinado na Constituição Federal, somente se
justifica pelo interesse coletivo na exploração econômica quando voltado ao
atendimento de políticas de Estado.
Além disso, a pesquisa se mostra pertinente na medida em que até o momento
nenhum banco público aderiu oficialmente ao mencionado programa,
considerando-se que o setor bancário contribui para o desenvolvimento da
economia por prestar serviço voltado à concessão de crédito, contribuindo,
assim, para a circulação de riquezas.
REFERENCIAL TEÓRICO ESSENCIAL
Para a compreensão do pretendido pela pesquisa se faz necessário expor
breve síntese de cada seção do referencial teórico. A primeira tratará da origem
e evolução da governança corporativa em âmbito mundial e a sua introdução
no Brasil, abrangendo desde o momento no qual se constatou a desvinculação
entre a titularidade e administração da propriedade, fato gerador de eventual
conflito de interesses, e a evolução dos estudos acadêmicos até a atualidade.
Para tanto, a pesquisa será balizada nos estudos de Rossetti e Andrade (2014)
e Jensen e Meckling (1976). Também serão abrangidas as questões relativas
aos princípios norteadores da governança corporativa sugeridas pelo IBGC -
Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (2015) e os aspectos jurídicos
inerentes às sociedades anônimas nacionais, com destaque às características
das sociedades de economia mista.
A segunda corresponderá à descrição e detalhamento das funções e
responsabilidades do administrador nas sociedades de capital aberto,
destacando-se os deveres dos administradores, no caso o de probidade com a
administração da coisa alheia; de lealdade às normas de conduta
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estabelecidas pela empresa e o de informação, que o obriga expor de forma
clara e transparente todas as ocorrências relevantes identificadas durante a
gestão da companhia, assuntos que serão lastreados principalmente nos
estudos de Rizzardo (2014) e Hoog (2014).
Na terceira seção será abordada a responsabilização da empresa que
eventualmente cometer algum dos crimes previstos pela Lei nº 12.846/2013,
popularmente conhecida como Lei Anticorrupção, pois, em razão da sua
relevância econômica e social serão analisados os motivos para a criação
deste diploma legal, bem como algumas de suas peculiaridades, tais como o
seu objetivo, que compreendido pelos princípios que regem a Administração
Pública e o cumprimento dos compromissos firmados em âmbito internacional
nos quais o Brasil foi signatário, e as hipóteses classificadas como atos lesivos,
indicativas das condutas que se pretendem evitar durante a gestão
empresarial. No desenvolvimento desta seção serão adotados os estudos
acadêmicos de Bittencourt (2015), Dipp e Castilho (2016) e Greco Filho e Rassi
(2015).
Por sua vez, na quarta será descrita a origem e finalidade do Programa
Destaque em Governança de Estatais, lançado em 2015 pela Bolsa de Valores
do Estado de São Paulo, especialmente voltado para conciliar a governança
corporativa com as peculiaridades das empresas cujo controlador é o ente
público, notadamente por sua existência se justificar para atender uma função
social definida e haver notória conotação política no âmbito das decisões
durante as atividades empresariais, principalmente no âmbito da alta direção.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Será adotado o método de pesquisa qualitativo e documental, constituindo na
consulta, identificação, segregação e arquivamento dos dados obtidos a partir
de documentação legal, exigida por órgãos governamentais controladores das
atividades bancárias e do mercado de capitais, bem como por informações
disponibilizadas pelos respectivos sites oficiais das empresas.
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PRINCIPAIS RESULTADOS E CONCLUSÕES
O trabalho se encontra em fase de elaboração, sendo que até o momento
foram identificados oito bancos estatais que têm ações negociadas no
mercado, portanto elegíveis ao programa lançado pela Bolsa de Valores de
São Paulo, mas que até o momento não se verificou qualquer adesão.
Portanto, a pesquisa está em fase de verificação do grau de adesão de cada
banco seguindo a metodologia proposta.
CONCLUSÕES E LIMITAÇÕES DO ESTUDO
O estudo encontra-se em fase de elaboração, restando prejudicada qualquer
conclusão, ainda que preliminar.
REFERÊNCIAS
BITTENCOURT, Sydnei. Comentários à Lei Anticorrupção. 2ª ed. São Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 2015.
DIPP, Gilson; CASTILHO, Manoel L. Volkmer de. Comentários sobre a Lei Anticorrupção. São Paulo: Editora Saraiva, 2016.
GRECO FILHO, Vicente; RASSI, João Daniel. O Combate à Corrupção e Comentários à Lei de Responsabilidade de Pessoas Jurídicas. São Paulo:
Editora Saraiva, 2015.
HOOG, Wilson Alberto Zappa. Lei das Sociedades Anônimas Comentada. 5ª
ed. Paraná: Editora Juruá, 2014.
IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Governança Corporativa. São Paulo: IBGC, 2015.
JENSEN, M. C.; MECKLING, W. H. Theory of the Firm: Managerial. Journal
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of Financial Economic, v. 3, n. 4, p. 305–360, 1976.
RIZZARDO, Arnaldo. Direito de Empresa. 5ª. ed. Rio de Janeiro: Editora
Forense, 2014.
ROSSETTI, J. P.; ANDRADE, A. Governança Corporativa: Fundamentos, Desenvolvimento e Tendências. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2014.
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A RELAÇÃO DOS INDICADORES DE DESEMPENHO E O ENGAJAMENTO DOS PROFISSIONAIS EM ORGANIZAÇÕES INOVADORAS
Marília Maria de Oliveira Santos (Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU) -
Luiz Felipe Quel (Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU) -
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS DO ESTUDO
Em uma definição clássica, Schumpter (1961) diz que a inovação é o processo
de criação do novo e a destruição do que está obsoleto, do que precisa ser
mudado, é a capacidade de ultrapassar a concorrência e criar um novo
mercado para seus produtos.
Para que se alcancem resultados positivos, as organizações necessitam
desenvolver estratégias que interajam com fatores de ambiente empresarial,
com a finalidade de integrar as várias perspectivas de controle. A ferramenta
escolhida, neste estudo, é o Balanced Scorecard (BSC), idealizado por David
Norton e por Robert Kaplan em meados de 1990. O BSC traduz missão e
estratégia em objetivos e medidas, em quatro perspectivas diferentes:
financeira, cliente, processos internos e aprendizagem e crescimento. Assim
como é importante medir os resultados de desempenho, também é essencial
que os colaboradores estejam engajados nesta meta. O engajamento é um
estado positivo da mente relacionado com o trabalho, que se caracteriza pelo
vigor, pela dedicação e concentração da atividade (SCHAUFELI et al., 2002).
Schaufeli e Bakker (2004) propuseram a Utrecht Work Engagement Scale
(UWES), instrumento composto de 17 perguntas validadas em uma base de
aproximadamente 30.000 profissionais respondentes, para medir o nível das
três dimensões do engajamento.
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A presente pesquisa possui o seguinte objetivo geral: verificar a relação entre
os indicadores de desempenho das organizações inovadoras e os níveis de
engajamento profissional. Já para o alcance do objetivo geral, os objetivos
específicos são: aplicar e analisar o nível de engajamento nas empresas
pesquisadas, identificar os indicadores de desempenho que favorecem o
engajamento dos profissionais e demonstrar a relação entre indicadores de
desempenho e engajamento.
JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO ESTUDO
Para quem contrata as pessoas, a produtividade é um assunto crucial, é
preciso que seus colaboradores entreguem um trabalho com qualidade, no
prazo e com eficácia (SCHAUFELI; DIJKSTRA; VASQUEZ, 2014). Os
colaboradores aumentam a produtividade não apenas no longo prazo, mas
também imediatamente, e isso é desafiante. Relacionar o engajamento com um
sistema de indicadores de desempenho, no caso, a ferramenta de gestão
estratégica BSC, e poder correlacionar o resultado desses temas pode trazer
um benefício para o mundo corporativo. No entanto, ainda não se tem
conhecimento de pesquisa realizada com o tema “indicadores de desempenho
e engajamento dos profissionais em organizações inovadoras”, o que causa
interesse por parte do pesquisador em buscar novas respostas sobre o
assunto, em descobrir nova contribuição para a área em que atua
profissionalmente.
A relação entre estes dois constructos causa inquietação e indagação por um
resultado que pode contribuir de forma positiva com o mundo corporativo. Isso
é o que torna o trabalho de pesquisa instigante e valoroso para uma
contribuição científica e para debates acadêmicos futuros.
REFERENCIAL TEÓRICO ESSENCIAL
Balanced Scorecard
O BSC surge nos anos 90, quando o Instituto KPMG patrocina a unidade de
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pesquisa encabeçada pelo executivo David Norton e pelo professor acadêmico
da Universidade de Harvard Robert Kaplan em um estudo com o objetivo de
desenvolver um novo modelo de medição de desempenho organizacional, já
que os que utilizavam na época, firmados em indicadores contábeis e
financeiros, estavam obsoletos. Após várias reuniões com o empresariado,
após um ano desse projeto, o score multidimensional escolhido foi o BSC,
organizado em quatro perspectivas: financeira, cliente, processos internos, e
aprendizado e crescimento. O objetivo maior do BSC é traduzir a missão e a
estratégia em objetivos e medidas tangíveis.
Kaplan e Norton (1997), no primeiro artigo, em 1992, da HBR - Harvard
Business Review, defendiam que os executivos deveriam saber o que estavam
realizando nas organizações, antes de medir os objetivos, e que o foco deveria
interligar a relação causa e efeito, unindo em setas. Esse desenho ou diagrama
foi denominado de Mapa Estratégico por representar visualmente a estratégia
das empresas.
Engajamento
O engajamento é um estado positivo da mente, realizador, e, relacionado ao
trabalho, é caracterizado pelo vigor, pela dedicação e absorção. O
engajamento relaciona-se a um estado insistente, afetivo-cognitivo que não
foca em objeto, evento, indivíduo ou comportamento específico. São três os
níveis de engajamento: o vigor, que é definido pelos altos níveis de energia e
resiliência mental enquanto trabalha; a dedicação, que se caracteriza por estar
envolvido em seu trabalho, por ter inspiração, entusiasmo; e a concentração,
que se caracteriza pelo fato de o colaborador estar absorvido e envolvido em
seu trabalho (SCHAUFELI; BAKKER, 2001).
Para medir o nível de engajamento, utiliza-se o UWES – Ultrecht Work
Engagement, questionário elaborado pelos professores Wilmar Schaufeli e
Arnold Bakker, em 2003, específico para avaliar o vigor, a dedicação e a
concentração. Esse instrumento é validado em vários países, com uma base
de dados internacional de aproximadamente 30.000 respondentes, traduzido
para 19 idiomas, sendo o questionário mais utilizado para avaliar o
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engajamento no trabalho em nível mundial (BAKKER et al., 2008; PORTO-
MARTINS; BASSO-MACHADO, 2010; SALANOVA; SCHAUFELI, 2009).
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A abordagem metodológica que será utilizada nesta pesquisa será a de
natureza exploratória, de caráter quantitativo, embasada em pesquisa empírica
com o apoio de questionário e dados secundários.
Na etapa inicial, será realizada uma seleção, dentro da população das
organizações inovadoras, para a definição da amostra desta pesquisa. Em uma
segunda etapa, ocorrerá a aplicação do questionário preliminar para fins de
validação. Na terceira etapa, haverá a aplicação do questionário validado
dentro da amostra selecionada. O questionário será a fonte para a coleta de
dados. Na etapa final, haverá tratamento, tabulação e análise dos dados
coletados, bem como as avaliações estatísticas e as correlações existentes
entre as variáveis do BSC – Balanced Scorecard das organizações inovadoras
e do engajamento dos profissionais (gestores). A pesquisa será aplicada em
organizações inovadoras que estejam selecionadas entre as 100 empresas
mais inovadoras pelo Valor Inovação Brasil, pela Strategy&, consultoria
estratégica do Network PwC, e pelo jornal Valor Econômico. O questionário
será aplicado em uma amostra de 100 participantes com nível de gestão. Os
instrumentos utilizados na pesquisa serão: o questionário validado UWES –
Ultrecht Work Engagement Scale, que mede o nível de engajamento (vigor,
dedicação e concentração) dos participantes e as informações que serão
fornecidas, por essas organizações inovadoras selecionadas, dos indicadores
de desempenho BSC – Balanced Scorecard das seguintes perspectivas:
financeira, cliente, processos internos, e aprendizagem e crescimento
(KAPLAN; NORTON, 1997).
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Em andamento
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CONCLUSÕES E LIMITAÇÕES DO ESTUDO
Em andamento
REFERÊNCIAS
BAKKER, A. B. et al. Work engagement: an emerging concept in occupational
health psychology. Work & Stress, v. 22, n. 3, p. 187-200, 2008.
KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. A estratégia em ação: balanced scorecard.
Gulf Professional Publishing, 1997.
SCHUMPETER, J. Capitalismo, socialismo e democracia. Rio de Janeiro:
Fundo de Cultura, 1961.
SCHAUFELI, Wilmar B. et al. On the clinical validity of the Maslach Burnout
Inventory and the Burnout Measure. Psychology & health, v. 16, n. 5, p. 565-
582, 2001.
SCHAUFELI, W. B.; SALANOVA, M.; GONZÁLEZ-ROMÁ, V.; BAKKER, A. B.
The measurement of engagement and burnout: a two sample confirmatory
factor analytic approach. Journal of Happiness studies, v. 3, n. 1, p. 71-92,
2002.
SCHAUFELI, Wilmar B.; BAKKER, Arnold B. Job demands, job resources, and
their relationship with burnout and engagement: A multi-sample study. Journal
of organizational behavior, v. 25, n. 3, p. 293-315, 2004.
SCHAUFELI, W. B.; DIJKSTRA, P.; VAZQUEZ, A. C. Engajamento no trabalho
[Engagement at Work]. São Paulo, SP: Casa do Psicólogo, 2013.
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CARACTERÍSTICAS DE ESTUDANTES MULHERES NA PÓS-GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA E CORRELAÇÕES COM AS CARACTERÍSTICAS DE PROFISSIONAIS ECONOMICAMENTE ATIVOS NO MERCADO DE TRABALHO.
Giseli C. M. Massimino (EAD Laureate) -
Nayara Valois (EAD Laureate) - [email protected]
Introdução e Objetivos
A educação a distância vem se consolidando como estratégia de ensino-
aprendizagem, democratizando o acesso à formação acadêmica, em 2016, a
rede internacional de universidade Laureate realizou uma pesquisa sobre o
perfil dos estudantes de educação a distância dos cursos de pós-graduação e
identificou características relevantes que serão destacadas, correlacionadas e
criticadas nesse artigo.20
A pesquisa nos mostra que a maior parte dos estudantes dos cursos de pós-
graduação a distância são do gênero feminino, no entanto se considerarmos a
participação das mulheres no mercado de trabalho, ainda que a tendência seja
o aumento da participação da mulher, ainda são minoria. De acordo com Alves
(2004), “as mulheres brasileiras apresentaram uma grande elevação da
participação na População Economicamente Ativa (PEA). Ao longo do tempo,
não só os níveis de atividade, mas também o padrão de inserção das mulheres
no mercado de trabalho se alteraram bastante. É difícil fazer projeções
precisas, mas supondo que nas três primeiras décadas do século XXI a taxa de
atividade feminina fique no mesmo nível de 2000, vale dizer 44%”.
20 Laureate International Universities. Student Profile 2016. Documento de propriedade confidencial da
Laureate.
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Tendo em vista, que as mulheres representam maioria nos cursos de pós-
graduação a distância, mas apenas 44% da população economicamente ativa,
o artigo tem por objetivo destacar as características de estudantes mulheres
matriculadas em cursos de pós-graduação a distância, correlacionar as
características de estudantes mulheres matriculadas em cursos de pós-
graduação a distância em relação a população economicamente ativa e
apresentar uma análise crítica sobre o tema.
A formação acadêmica pode ser um diferencial e contribuir para que as
organizações se tornem mais competitivas, por meio da inovação. O aumento
da participação das mulheres na população economicamente ativa pode ser
um caminho para que as organizações inovem mais e obtenham resultados
sustentáveis.
Relevância e Contribuição:
A temática apresentada no artigo o torna relevante, uma vez que trará
contribuições para as organizações, ciências humanas e sociedade.
Metodologia:
- Analise dos dados apresentados na pesquisa da Laureate
- Levantamento de dados comparativos
- Levantamento de referencial teórico
- Análise crítica
Referências Bibliográficas
ABBAD, G. Educação a distância: o estado da arte e o futuro necessário.
Disponível:
https://search.proquest.com/openview/b7d0d7da405419c389dab071bd4ff66d/1
?pq-origsite=gscholar&cbl=2045880
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ALVES, José Eustáquio Diniz. O Bônus Demográfico e o Crescimento
Econômico no Brasil. Disponível em:
http://www.ie.ufrj.br/aparte/pdfs/bonusdemografico.pdf
BARBIERI, J. et. Al. Inovação e Sustentabilidade: Novos Modelos e
Proposições. Disponível em:
https://search.proquest.com/openview/b0b12f32ccce94ff3e8ea7576e814e8a/1?
pq-origsite=gscholar&cbl=105789
BAUTZER, D. Inovação: Repensando as Organizações. São Paulo: Atlas, 2009
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CIBERATIVISMO NAS REDES SOCIAS: UMA ABORDAGEM NETNOGRÁFICA SOBRE A INSATISFAÇÃO DOS CONSUMIDORES NO FACEBOOK
Norberto Almeida de Andrade (Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU)
Jucilene Moreira de Barros Faria (Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU)
Giuliano Carlo Rainatto (Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU) –
Prof. Dra. Daielly Melina N. Mantovani Ribeiro (Faculdades Metropolitanas
Unidas – FMU) – [email protected]
OBJETIVO DO ESTUDO
Em decorrência do descaso ocorrido nas relações de consumo, os
consumidores têm se manifestado nas redes sociais para expor suas
insatisfações sejam com produtos (e) (ou) serviços junto às empresas. Com o
empoderamento deste novo consumidor nas mídias sociais o novo modelo
mental que impacta nas relações mercadológicas tem modificado
expressivamente o cenário atual nas organizações e reputação das marcas.
Neste ambiente de serviço de atendimento ao cliente e de convergência digital
busca-se investigar as motivações e os múltiplos aspectos de cibertativismo
que conduzem os consumidores a participar destas comunidades virtuais para
reclamar das empresas. Para maior entendimento do estudo será utilizada uma
abordagem de pesquisa online em comunidades virtuais, a netnografia.
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RELEVÂNCIA DA PESQUISA
A relevância destaca-se que é um assunto atual e de grande importância
compreender a mudança de atitude dos consumidores nas redes sociais no
ambiente digital, desta forma é possível descrever o papel do novo consumidor
na mobilização digital; e verificar a forma de operar das mídias sociais e sites
de reclamação, apontando semelhanças e diferenças nas relações de
consumo. A aplicação da netnografia também se justifica pelo fato de a Internet
e as comunidades virtuais estarem cada vez mais integradas à vida e ao
consumo das pessoas, razão pela qual a investigação social netnográfica
procura aproximar-se dessa realidade para identificar e retratar o que ocorre na
vida cotidiana. Espera-se que este estudo contribua para trazer uma reflexão
sistemática sobre as reclamações nas redes sociais digitais sobre as marcas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O modelo proposto abordará uma pesquisa de caráter qualitativo e
exploratório. Em relação à coleta de dados e análise, há, ao menos, dois
elementos importantes quanto à coleta de dados: 1) os dados que o
pesquisador copia diretamente das comunicações mediadas por computador
efetuadas pelos membros das comunidades on-line, que neste caso será o
Reclame Aqui na rede social do Facebook; 2) os dados que o pesquisador
obtém ao observar a comunidade, seus membros, interações e significados.
Uma sugestão conforme Kozinets (2004) é a utilização de categorias para
qualificar o comportamento dos participantes das comunidades. Kozinets
(1998) também aponta quatro aspectos a serem levados em conta pelo
pesquisador para reconhecer uma comunidade virtual: (1) os indivíduos devem
estar familiarizados entre si; (2) linguagem, normas e símbolos específicos
devem ser compartilhados; (3) as identidades devem ser reveladas; (4) deve-se
perceber um esforço na manutenção e preservação do grupo pelos
participantes. A análise de dados será realizada mediante análise de conteúdo
que conforme Bardin (2009), visa transcrever o conteúdo de mensagens ou
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indicadores que permitam a inferência de conhecimento relativo às condições
de recepção dessas mensagens e a codificação de categorias.
CONCEITOS ESSENCIAIS
O Ciberativismo é considerado uma forma de ativismo pelo ciberespaço. Trata-
se de um elemento mobilizador e pode ser praticado por qualquer pessoa com
acesso à internet, com o objetivo de trocar informações, debater questões,
compartilhar e expressar opiniões, organizar e conscientizar indivíduos para
ações de impacto dentro e fora da rede. A raiva é considerada como o maior
“gatilho” para o ciberativismo, pois “identifica melhor uma ação injusta com a
identificação do agente responsável” (CASTELLS, 2003). No caso do Reclame
Aqui, também é possível inserir os sentimentos de entusiasmo e justiça, já que
a comunicação em rede também permite o diálogo multidirecional em busca do
direito individual e coletivo. os ciberativistas do Reclame Aqui e o próprio site
representam uma transformação cultural dos consumidores e das empresas, à
procura de um relacionamento que tenha como base a credibilidade e,
consequentemente, o fortalecimento das marcas. É possível inferir, portanto,
que o Reclame Aqui é o que Lévy (2010, p.103) chama de “base de dados
‘vivas’, alimentadas permanentemente por coletivos de pessoas interessadas
pelos mesmos assuntos”, que praticam ciberativismo em busca de uma
sociedade de relações de consumo mais igualitárias e justas. A aplicação da
netnografia é válida, pois consolida os dados das pesquisas realizadas na
internet e com as comunidades virtuais pelo fato de estarem cada vez mais
integradas à vida e ao consumo das pessoas, razão pela qual a investigação
social netnográfica procura aproximar-se dessa realidade para identificar e
retratar o que ocorre na vida cotidiana (HINE, 2005). Em particular, na
netnografia aqui proposta, utilizaremos a abordagem observacional e
interpretativa (KOZINETS, 2010) sobre conversações, depoimentos e relatos
disponíveis publicamente em fóruns on-line, visando a compreender o
comportamento público de ciberativismo na comunidade virtual do Reclame
Aqui no Facebook. Como na Internet esses padrões se tornam mais evidentes,
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há a possibilidade de estudá-los através da análise de redes sociais
(RECUERO, 2015).
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RESULTADOS
Espera-se que a abordagem netnográfica apresente aspectos comportamentais
e os motivos que determinam a manifestação e a participação de usuários na
comunidade virtual do Reclame Aqui na rede social do Facebook.
DISCUSSÕES E CONCLUSÕES
Vivemos em uma sociedade em rede. Redes de computadores hoje são
lugares comuns e estão em todos os lugares. Compreender o mundo através
das redes ganhou importância com a revolução da mídia social que absorveu
bilhões de pessoas. O uso massivo da mídia social torna as conexões entre
pessoas mais visíveis, revelando um panorama de associações humanas.
Enquanto as organizações adotam a mídia social para colaboração,
comunicação e marketing, há uma necessidade crescente de se monitorar,
mapear e medir as redes sociais para planejar melhorias, identificar
estratégias, ser mais competitivo e otimizar os caminhos existentes. Desta
forma surge o questionamento, será que o ciberativismo dos consumidores
insatisfeitos na rede social do Facebook tem influência sobre a reputação das
empresas?
LIMITAÇÕES DO ESTUDO
Entre as limitações da pesquisa, destaca-se que os conceitos de ciberativismo
apresentam fronteiras e constituição ainda pouco claras, o que também aponta
para oportunidades em investigações futuras. Outra limitação refere- se à falta
de controle exercido pela pesquisa sobre o papel da tecnologia (no caso, a
rede social Facebook) na dinâmica de manifestações dos consumidores (por
exemplo, sobre se os consumidores expressam o que de fato pensam ou se
são induzidos por influenciadores da comunidade virtual). Por fim, uma
limitação natural diz respeito a que apenas as formas de ciberativismo
observáveis em conversações online foram objeto de análise; em outras
palavras, os resultados não podem ser interpretados como uma relação
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exaustiva de formas de retaliação e vingança do consumidor contra marcas,
empresas, produtos e serviços.
REFERÊNCIAS
BARDIN, L. (2009). Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal; Edições 70, LDA.
CASTELLS, M. (2003). A Sociedade em rede - a era da informação:
economia, sociedade e cultura. 6. ed. São Paulo: Paz e Terra.
HINE, C. Virtual ethnography. London: Sage, 2000.
HINE, C. Virtual methods and the sociology of cyber-social-scientific knowledge. In: HINE, C. (Org.). Virtual methods: issues in social research on
the Internet. Oxford: Berg, 2005.
KOZINETS, R. Netnography: doing ethnographic research on-line. London:
Sage, 2010.
KOZINETS, R.; HANDELMAN, J. Ensouling consumption: a netnographic
exploration of boycotting behavior. Advances in Consumer Research, Duluth ,
v.25, n.1, p 475-480, 1998.
KOZINETS, R.; HANDELMAN, J. Adversaries of consumption: consumer
movements, activism, and ideology. Journal of Consumer Research, Chicago,
v.31, n.3, p.691-704, Dec. 2004.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. Tradução: Carlos Irineu da Costa. 3ª edição. São
Paulo: Editora 34, 2010.
RECUERO, R.; BASTOS, M.; ZAGO, G. Análise de redes para mídia social. Porto Alegre: Sulina, 2015.
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CONSUMO DE PIZZAS DELIVERY ACONDICIONADAS EM EMBALAGENS NÃO RECICLÁVEIS: A INFLUÊNCIA DO DISTANCIAMENTO PSICOLÓGICO.
Paula de Oliveira Bueno (Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU) –
Daielly Melina Nassif Mantovani (Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU)
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS DO ESTUDO
As mudanças climáticas, o esgotamento dos recursos naturais e os desafios
criados pelo padrão atual de consumo da sociedade, como por exemplo, a alta
taxa de produção de resíduos sólidos têm impulsionado as organizações a
buscarem alternativas de produção e gestão com menor impacto ambiental.
Apenas no município de São Paulo são gerados em média 18 mil toneladas de
lixo diariamente entre lixo comum (resíduo domiciliar), público ou especial,
sendo que o resíduo domiciliar representa 56% desse total. A área de
marketing tem buscado alternativas estratégicas mais sustentáveis para o
composto de marketing, o chamado marketing verde, com objetivo de ofertar
produtos e serviços com menor impacto ambiental. Por outro lado, nem sempre
fica claro ao consumidor os reais benefícios dos produtos denominados eco-
friendly, o que gera conflito na decisão de compra. O foco do estudo são as
embalagens de acondicionamento de alimentos entregues para consumo em
domicílio, especificamente o delivery de pizzas. No município de São Paulo são
consumidas 572 mil pizzas por dia que correspondem a 57% do volume total
do país. Neste sentido, o objetivo deste estudo é verificar se a consciência
sobre os impactos ambientais gerados pelo descarte das embalagens
influência a decisão de compra desse alimento (pizza) na modalidade delivery.
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JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO ESTUDO
Esse estudo pretende analisar se existe uma consciência ecológica por parte
do consumidor, e se há relação desta consciência com o comportamento de
consumo. Aspectos complexos permeiam essa temática, como por exemplo, a
resistência à mudança de hábitos, o padrão vigente e o sentimento de que uma
ação isolada não vai contribuir para a preservação do planeta, fatores esse que
podem impulsionar ou não justificar a disposição em pagar mais por um
produto ecológico ou com menor impacto ambiental. Há que se considerar que
o objeto de estudo, pizzas entregues para consumo domiciliar, focaliza a
satisfação de uma necessidade primária (fome). Ademais, o descarte das
embalagens nos aterros sanitários está distante da vista desse consumidor
(distanciamento psicológico espacial) bem como, uma mudança significativa
prejudicial à forma como vivemos hoje (distanciamento psicológico em relação
à probabilidade do evento ocorrer), são fatores que podem reduzir a
consciência ecológica e a disposição em tomar decisões de consumo
sustentáveis.
REFERENCIAL TEÓRICO
Carvalhais (2008) alerta para o fato que o comportamento dos consumidores é
de difícil mudança em relação ao padrão vigente, principalmente quando estes
sentem que o pouco que fazem não reflete em uma melhora geral significativa.
Bedante (2004), por sua vez, relata que outro fator de limitação está
relacionado com a percepção que o consumidor consciente pode ter no caso
de se sentir prejudicado ao pensar que o seu esforço não é compartilhado por
outros consumidores.
Esses fatores nos levam ao conceito do WTP ou Willingness To Pay, ou seja, a
boa vontade do consumidor em pagar mais caro por um produto com menor
impacto ambiental.
Yamaguchi e Takeuchi (2015) apontam que instrumentos econômicos como
cobrança de taxa de lixo aumentam a WTP, porém a necessidade de se fazer a
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separação deste material reduz esse indicador no comportamento do
consumidor. Outros estudos como o de Magistris e Gracia (2015) apontam que
a WTP aumenta quando há interesse no consumo de um produto local e
orgânico que vai muito além do ponto de vista ecológico, e impulsiona a
economia local.
Schill e Shaw (2015) revelam em seu artigo que onde o comportamento
ecológico e sustentável é facilitado ou solicitado, existe um engajamento maior
destacando a necessidade em diminuir o distanciamento psicológico para
sensibilizar as pessoas na direção de um comportamento ecológico. Krakowiak
(2014), explica que distanciamento psicológico é uma teoria que propõe a
existência de uma relação entre a distância psicológica (de objetos, pessoas ou
eventos) e o grau de abstração das representações mentais, o que interfere
nas avaliações e previsões e influência nos comportamentos e decisões dos
indivíduos.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A pesquisa, de acordo com seu objetivo geral, pode ser classificada como
exploratória e descritiva quantitativa, e fará uso da estratégia survey para
coleta de dados.
A estratégia survey, escolhida para a pesquisa, pode ser definida como um
sistema de coleta de informações sobre uma população com o objetivo de
descrever, comparar ou explicar atitudes, crenças e comportamentos e possui
ampla aplicação em estudos descritivos em especial na área de negócios e no
marketing (SEKARAN; BOUGIE, 2013).
Para esta pesquisa, serão aplicados 300 questionários, numa amostra por
conveniência, em formato eletrônico (on line). A população será formada por
consumidores que façam pedidos de pizza delivery.
RESULTADOS
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Espera-se como resultados obter um escore do nível de conhecimento
ecológico e avaliação da relação entre esse conhecimento e as escolhas do
consumidor sobre embalagens de alimentos do tipo delivery. Serão também
avaliadas variáveis moderadoras, como gênero e idade.
CONCLUSÕES E LIMITAÇÕES DO ESTUDO
Este estudo se limita a comparar o comportamento de compra de pizza delivery
e sua consciência ecológica, de consumidores residentes na cidade de São
Paulo. Sugere-se que futuros estudos sejam ampliados para outras capitais
brasileiras ampliando as análises e conclusões de comportamento de compra
neste segmento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BEDANTE, G. N.; SLONGO, L. A.; O Comportamento de Consumo Sustentável e suas Relações com a Consciência Ambiental e a Intenção de Compra de Produtos Ecologicamente Embalados. In: ENCONTRO DE
MARKETING DA ANPAD, 1., 2004, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre:
ANPAD, 2004. p.1-16.
CARVALHAIS, R. S.; Atitudes e Comportamentos Dos Consumidores Diante De produtos Com Apelo Ecológico. Dissertação das Faculdades
Integradas Pedro Leopoldo. Pedro Leopoldo – MG, 2008.
SHILL, M.; SHAW, D.; Recycling Today, Sustainability Tomorrow: Efects of
Psychological Distance on Behavioural Practice. Elsevier Journal, p. 1 – 14,
may/2015.
YAMAGUCHI, K.; TAKEUCHI, K.; Consumer Preferences for Reduced Packaging Under Economic Instruments and Recycling Policy, v.48, p.
540-547, nov/2015.
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DESMISTIFICAÇÃO DO DRAWBACK PARA MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
Leonardo Morales Gomes (FATEC ZL) – [email protected]
Matheus Durante Cardoso Costa (FATEC ZL) – [email protected]
Me. Peri da Silva Santana (FATEC ZL e UNINOVE – SP) –
1. RESUMO
Neste artigo será apresentada uma análise sobre o regime de Drawback que
possibilita importações desoneradas de tributos vinculadas a um compromisso
de exportação. Após analisarmos o regime especial e todas suas modalidades,
teremos como foco de estudo de caso as micro e pequenas empresas, que em
2011, segundo o Sebrae (2014) foram responsáveis por 27% do PIB brasileiro,
e boa parte destas empresas usufruem do regime tributário Simples Nacional,
buscaremos elucidar todas as incongruências existentes no âmbito Drawback X
Simples Nacional, para que haja um melhor entendimento na gama empresarial
sobre tais assuntos.
2. INTRODUÇÃO
Segundo Marques (2016), muitas micro e pequenas empresas operam abaixo
de seu verdadeiro potencial devido à falta de efetividade e eficácia da
legislação. Com uma legislação mais dinâmica é possível dar uma maior
competitividade a essas empresas, o que acarreta a impulsão da economia
brasileira e uma das principais maneiras de ajudar essas empresas é
incrementando as exportações destas.
De acordo com Costa e Leandro (2016), atualmente existem cerca de
14.812.460 pequenos negócios no Brasil. Segundo dados divulgados pelo
SEBRAE (2015), eles representaram 98,2% dos estabelecimentos privados
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existentes no Brasil. Além do mais, em 2014 os pequenos negócios
representaram 59,4% das empresas exportadoras no Brasil. A partir desses
dados podemos perceber a relevância dos pequenos negócios para o
desenvolvimento econômico do país e a importância do estudo desse tema
para demonstrá-la.
3. OBJETIVOS
Este artigo tem como objetivo analisar o Drawback e suas modalidades, em
contraste com os pequenos negócios e seu regime tributário (facultativo)
majoritário, a fim de buscar um esclarecimento para esta questão.
4. METODOLOGIA
Para a elaboração do artigo serão realizadas pesquisas bibliográficas, artigos e
revistas sobre o assunto, a fim de adquirir o conhecimento suficiente para
elaborar o embasamento teórico sobre o assunto principal.
De acordo com Marconi e Lakatos (2007), pesquisas devem ter um objetivo
determinado para saber o que se pretende buscar dentro desta. A seguir será
feito um estudo de caso usando como base nas micro e pequenas empresas.
5. DESENVOLVIMENTO
O regime especial aduaneiro de Drawback integrado é, segundo o MDIC, um
modo de incentivar as exportações por meio da isenção de tributos no
momento da importação de insumos a serem usados na produção de
mercadorias que devem ser, obrigatoriamente, destinadas ao mercado externo.
Há duas modalidades de Drawback em vigência: suspensão e isenção. Na
primeira a empresa beneficiária assume junto ao governo o compromisso de
exportação, após análise da Secex a importação ou aquisição no mercado
interno com a suspensão dos tributos é autorizada. No segundo caso, o
processo permite a reposição de estoque dos insumos utilizados na
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industrialização do produto final (já exportado) na quantidade e qualidade
equivalentes.
De acordo com Tom (2017), Simples Nacional é um regime tributário facilitado
e simplificado para micro e pequenas empresas, que permite o recolhimento de
todos tributos federais, estaduais e municipais em uma única guia, com
alíquota diferenciada conforme o faturamento anual.
Segundo Sebrae, A Lei Geral das Microempresas e Empresas de Pequeno
Porte, uniformizou o conceito de micro e pequena empresa de acordo a sua
receita bruta anual, microempresas são aquelas cuja receita anual é igual ou
inferior a R$ 360.000,00; Já as pequenas empresas são as que possuem uma
receita anual entre R$ 360.000,00 e R$ 3.600.000,00.
6. RESULTADOS PRELIMINARES
O estudo de caso com foco nas micro e pequenas empresas encontra-
se em desenvolvimento. Será realizada uma pesquisa de campo com uma
empresa de pequeno porte até o final de setembro. A partir da coleta destes
dados será possível a conclusão do artigo.
7. REFERÊNCIAS
COSTA, Aline Pereira Neves da; LEANDRO, Luiz Alberto de Lima. O Atual Cenário Das Micro E Pequenas Empresas No Brasil. XIII Seget – Simpósio
de Excelência e Tecnologia 2016
http://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos16/14924134.pdf - Acesso em
15/08/2017.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia cientifica,
2ª ed. São Paulo: Editora Atlas. 2007.
MARQUES, Patrícia Aranha. Simples Nacional e Drawback, 2016.
Disponível: https://estudosaduaneiros.com/simples-nacional-e-drawback/.
Acessado em: 29/08/2017
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Sebrae Mato Grosso. Micro e pequenas empresas geram 27% do PIB do Brasil. Disponível em:
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/mt/noticias/micro-e-
pequenas-empresas-geram-27-do-pib-do-
brasil,ad0fc70646467410VgnVCM2000003c74010aRCRD. – Acesso em
16/08/2017.
TOM, Carin. O que é o Simples Nacional? Disponível:
https://blog.contaazul.com/o-que-e-simples-nacional/. Acesso em 27/08/2017.
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ESTUDO DAS ATIVIDADES DOCENTES EM RELAÇÃO À CARGA HORÁRIA NA PÓS-GRADUAÇÃO DO ENSINO A DISTÂNCIA DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO PRIVADA DA CIDADE DE SÃO PAULO
Patrícia Gomes do Amaral (Centro Universitário das Faculdades
Metropolitanas Unidas – FMU) – [email protected]
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS DO ESTUDO
O presente estudo tem por finalidade analisar a relação da carga horária com a
atividade docente dos cursos de pós-graduação a distância de uma instituição
de ensino privada da cidade de São Paulo, baseando-se nas exigências do
mercado e na experiência dos docentes e discentes. Dessa forma, seria
possível apontar sugestões para que a atribuição de aulas e das atividades, por
parte do setor responsável, seja mais eficiente.
Como objetivo geral, o estudo pretende apresentar técnicas, métodos, ou seja,
ferramentas, que contribuam para a definição apropriada da carga horária
imprescindível a execução ideal da atividade dos docentes dos cursos pós-
graduação a distância de uma instituição particular de ensino, com base nas
melhores práticas do mercado e expectativa dos docentes, assim como,
apontar sugestões para que a atribuição de aulas e atividades, por parte do
setor responsável, seja conveniente.
JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO ESTUDO
A necessidade constante de crescimento e qualificação profissional pautada
pelo mercado de trabalho, pela globalização e pelos sucessivos cenários de
crise do capitalismo, que geram uma noção de obsolescência no cotidiano do
desemprego, passou a exigir formação e aperfeiçoamento no mesmo ritmo em
que foi reduzido o número de horas livres para o estudo e o valor da
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remuneração. Paralelamente, o desenvolvimento de novas tecnologias vem
revolucionando o cenário do trabalho, da aprendizagem e da qualificação. É
nesse cenário, atrelado à crise econômica, que a educação a distância se
destaca como nova tecnologia de aprendizagem capaz de atender às
exigências de qualificação em tempo rápido, ajustando-se à disponibilidade de
horário do estudante e a um custo reduzido em relação ao ensino presencial.
Atualmente, o tempo é algo escasso e, por conta disso, o ensino a distância -
EAD, por permitir ao estudante uma flexibilidade horário, tanto nos estudos
quanto na realização das tarefas propostas, vem ganhando seu espaço como
fonte de aprendizagem e inovação.
Encontrar o equilíbrio em relação à destinação das horas de trabalho para o
docente, ou seja, a quantidade de horas que ele tem para atuar na instituição e
a real quantidade de horas que ele precisa para exercer seu papel com
qualidade, requer análises e planejamento intensos.
Partindo do pressuposto que a atribuição de tal carga horária para a atuação
do corpo docente é um desafio constante na área acadêmica, pretende-se,
pelos levantamentos conseguidos com este estudo, apontar sugestões para
colaborar com a redução de tal problemática. Sendo que, quanto mais
conhecimento a sociedade tiver, mais autonomia terá para decidir suas ações e
o futuro da nação.
REFERENCIAL TEÓRICO ESSENCIAL
Assim como no ensino presencial, no EAD a estruturação dos cursos exige um
planejamento minucioso e árduo, para que o ensino seja de qualidade e supere
as expectativas dos discentes, incluindo definição de grade, carga horária e
desenvolvimento das disciplinas, seleção de docentes, atribuição de aulas e
carga horária, aderência à disciplina, enfim, todos os pontos necessários para
que o andamento do curso se dê da forma esperada.
Por conta disso, uma gestão inadequada dos recursos disponíveis por parte
das instituições de ensino pode levar a qualidade a cair, não alcançando o
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esperado pelos discentes que a procuraram, o que prejudica também o
profissional docente e a própria instituição, na medida em que repercute no
absenteísmo, na rotatividade, na insatisfação e no esgotamento do corpo
docente, ocasionando perdas financeiras e queda de desempenho da
universidade nos procedimentos de avaliação obrigatórios do próprio Ministério
da Educação – MEC.
Não há dúvidas de que a missão de gerir a atribuição de aulas é um enorme
desafio, sendo um dos obstáculos, a avaliação da competência, eficácia e
desempenho do corpo docente, conforme aborda o professor doutor Domingos
Fernandes (2008).
Em sua tese de doutorado intitulada “Constituição da profissionalidade docente
na Educação Superior: desafios e oportunidades”, Vera Lúcia Bazzo (2007)
discute situações que também interferem de forma significativa na atribuição de
aula aos docentes, sendo uma delas a questão de que como anda o preparo
profissional destes para exercerem sua função com qualidade? Visto que, não
é de hoje que é sentida a necessidade de programas institucionais de
formação/profissionalização para professores que os auxiliem na condução dos
processos de ensino-aprendizagem, na educação superior.
Horácio Wanderlei Rodrigues (2011) utiliza o termo hora-relógio para se referir
à hora de 60 minutos, adotada internacionalmente como parâmetro temporal,
hora-sindical para a fração de tempo correspondente a um valor a ser pago ao
docente por seu trabalho, presente em acordos coletivos existentes em vários
estados da federação, hora-aula para o padrão unitário de tempo utilizado pela
instituição para definir a carga horária necessária ao desenvolvimento de cada
conteúdo curricular, sendo a carga horária de cada disciplina é fixada em
horas-aula e hora-atividade para a quantidade de tempo utilizada por algumas
instituições para remunerar as atividades extraclasse de seus docentes, tais
como as atividades de orientação e administrativas.
Embora a diferenciação entre os conceitos pareça simples e óbvia, a sua
aplicabilidade prática não se faz da mesma maneira, visto que, acontecem
muitos conflitos sobre a definição de padrões e parâmetros legais no momento
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de se estipular as cargas horárias das disciplinas e das atividades dos
docentes.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Para a consecução dos objetivos dessa pesquisa será adotada uma
metodologia que empregará além da pesquisa bibliográfica, a pesquisa
documental, a pesquisa quantitativa e a pesquisa qualitativa, sendo esta última
realizada através de aplicação de questionário e entrevistas com docentes e
gestores dos cursos de pós-graduação a distância da Instituição de Ensino
(IES) escolhida. Em relação à pesquisa documental, serão utilizados,
prioritariamente, documentos públicos regulamentares do ensino a distância e
documentos particulares relativos ao EAD da IES pesquisada. Serão admitidas
ainda como fonte secundária reportagens sobre o assunto. Quanto à pesquisa
quantitativa, esta será referente à quantidade de alunos, quantidade de
disciplinas, quantidade de horas-aula.
CONCLUSÕES E LIMITAÇÕES DO ESTUDO
Quando se busca na literatura existente por estudos ou indicadores sobre o
ensino a distância, constata-se a dificuldade em se encontrar um respaldo
técnico e científico, pois a legislação do EAD possui particularidades de Estado
para Estado, o que, sem dúvida, dificulta a elaboração de um planejamento
justo e adequado, levando a conflitos na estruturação dos cursos, sendo a
carga horária das disciplinas do ensino a distância e a relação com as horas
necessárias do docente, parte desse cenário.
Fica evidente a grande necessidade de se investir em pesquisas nessa área,
pois melhorar a qualidade do binômio ensino-aprendizagem trará benefícios
para toda a sociedade em diversos âmbitos.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ESSENCIAIS
BAZZO, Vera Lúcia. Constituição da Profissionalidade Docente na Educação Superior: desafios e oportunidades. 2007. 265 f. Tese (Doutorado
em Educação) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Programa de
Pós-Graduação em Educação, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 2007.
FERNANDES, Domingos. Avaliação do Desempenho Docente: desafios,
problemas e oportunidades. Universidade de Lisboa. Cacém: Texto Editores,
2008. Disponível em
<http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/5508/1/Brochura_avaliacao_docente.pd
f>. Acesso em 01 de set. 2017.
RODRIGUES, Horácio W. O direito educacional e o conceito de hora. Universidade do Estado de Santa Catarina. Disponível em <
http://www.historia.art.br/arquivos/id_submenu/75/texto_direito_educacional_e_
o_conceito_de_hora.pdf >. Acesso em 01 de set. 2017.
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GESTÃO E MELHORIA NA LINHA DE PRODUÇÃO DE PNEUS
Carlos Oliveira Santos (FATEC-ZL) – [email protected]
Renan Avelino Serra (FATEC-ZL) – [email protected]
Ms. Peri da Silva Santana (FATEC-ZL e UNINOVE-SP) –
Resumo
No mundo contemporâneo, o avanço tecnológico está cada vez mais dinâmico.
Buscando se manter como uma grande potência no setor, a Titan Pneus
investe fortemente na automação de suas máquinas evitando a perda de
produtividade, falhas humanas e melhoria no processo visando a qualidade.
Baseado na premissa de evolução industrial, este estudo busca explicar a
justificativa que a empresa Titan Pneus automatizou os seus equipamentos e
os efeitos causados para a empresa, os funcionários e o mercado.
Introdução
As empresas vêm cada vez mais investindo fortemente na automação e
otimização das suas linhas de processo, visando o aumento da produtividade,
diminuição de tempo ocioso, redução de custos de produção. Baseado neste
fundamento surgiu a pergunta chave para a criação deste artigo “por que a
Titan Pneus Brasil Ltda automatizou os seus equipamentos? ”.
Segundo Euripedes (2007), automação é uma palavra utilizada para definição
de controle automático, isto é, ações que não dependem da intervenção
humana. Trata-se de uma tecnologia composta de três campos: a Eletrônica
responsável pelo hardware, a Mecânica na forma de dispositivos mecânicos e
a Informática responsável pelo software que irá controlar todo o sistema.
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Com o aumento do ritmo de mudanças internas e externas, as empresas estão
cada vez mais entendendo que necessitam de formular e implementar
estratégias com o objetivo de se adequar ao máximo as exigências dispostas
do mercado. E baseado nesse conceito, define-se a automação como o
processo de automatização das máquinas que reduz ao máximo o número de
intervenções humanas no processo produtivo e agregando no seu lugar o
processo de utilização de sistemas de controle (TAHATA,2010).
Conforme Yamaguchi (2006) a automação trata-se de qualquer tipo de sistema
onde baseado ou não em computadores, seja capaz de substituir o trabalho
humano de forma a potencializar a capacidade de realização do trabalho com o
mesmo recurso humano através desse sistema.
Com o projeto de automação a Titan Pneus também agregou valores ao seu
controle de qualidade. Assim, a mudança pôde contribuir com o controle de
falhas no processo de vulcanização dos pneus, identificando toda não
conformidade e armazenando essas informações em um banco de dados.
Objetivo Geral
Entender a automação industrial, no processo de fabricação de pneus da
empresa Titan Pneus do Brasil e os efeitos causados após sua implementação.
Metodologia
Este presente foi elaborado em um estudo de caso de uma empresa de pneus
e para entendimento dos parâmetros de qualidade e produção, foram
realizadas análises de relatórios de produtividade da companhia e adotadas
pesquisas bibliográficas como consultas em livros, páginas de internet e teses
de mestrado para fundamentar o tema abordado. Serão usadas, Ferramentas
de Produção e Qualidade no estudo e pesquisa, com a finalidade de definir,
analisar, mensurar e propor uma solução para os problemas que interferem no
desempenho da fabricação, dentro de uma metodologia.
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De acordo com Severino (2007), a pesquisa bibliográfica é aquela que se
realizam a partir do registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em
documentos impressos, como livros, artigos, teses, site, etc.
Referencial Teórico
O presente artigo tem como objetivo compreender o processo de automação
industrial de prensas vulcanizadoras de pneus da empresa Titan Pneus, cuja
visão do time estratégico da empresa é de aperfeiçoar sua linha de produção,
aumentando a produtividade sem deixar de observar todas as especificações
de fabricação de seus produtos referentes à qualidade, obtendo menor custo
de manutenção e produção de seus maquinários, agregando tecnologia e
padrão aos equipamentos da empresa, sanando problemas técnicos e
alcançando um grande resultado com relação ao custo do produto no final do
processo. Por diversas questões, a empresa sempre aplicará melhoria contínua
dos sistemas de processos, objetivando o seu desempenho, eficiência
energética, rentabilidade, segurança e confiabilidade.
A necessidade de encontrar tais soluções ótimas em um problema vem,
principalmente, da finalidade extrema de qualquer projeto de uma solução para
o custo mínimo possível de fabricação, ou para a confiabilidade máxima
possível. (RODRIGUES,2005).
Resultados Esperados
Preliminarmente nota-se que a iniciativa de automação das prensas
proporcionou identificar os fatores que interferiam na praticidade de
identificação de falhas e defeitos, a satisfação dos colaboradores no momento
de identificar uma oportunidade no processo com mais facilidade já que o IHM
(Interface Homem Maquina) lhe proporciona tal comodidade. E o
armazenamento de informações que ficam na memória para rastreamento de
algum produto que eventualmente venha apresentar falha em campo.
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210
Referências
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https://pt.scribd.com/doc/3020515/Apostila-Automacao-Industrial (acessado
11/08/17 às 20:40)
RODRIGUES, M. Isabel. Planejamento de Experimentos e Otimização de Processos, 3ª. edição, Casa do Pão Editora, 2014
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 23. ed. –
São Paulo: Cortez, 2007.
TAHATA, Herick Kiyoshi Ogata. A aplicação de ferramentas de planejamento estratégico na automação industrial, 2010. Disponível em:
www.tcc.sc.usp.br/tce/disponiveis/18/180500/tce-23082010-110236/?&lang=br
(acessado 14/08/2017 as 21:45)
YAMAGUCHI, Marcos Yukio. Sincronização das Bases de Tempo em CLP’s
Distribuídos em uma Rede de Automação de Processo Industrial, 2006.
Disponível em: www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3143/tde-13122006-
173720/ (acessado em: 14/08/2017 as 21:51)
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211
INTERAÇÃO DOS PADRÕES DE GOVERNANÇA DA ACREDITAÇÃO JOINT COMMISSION INTERNACIONAL PARA A GOVERNANÇA CORPORATIVA HOSPITALAR NO BRASIL
Claudia Cristiane Cruzato Yoshimura (FMU – Faculdades Metropolitanas
Unidas) – [email protected]
Celso Machado Junior (FMU – Faculdades Metropolitanas Unidas) –
INTRODUÇÃO
Com vista a uma gestão mais sustentável, diversos atores sociais atuam no
intuito de oferecer sugestões de condutas e ferramentas destinadas a auxiliar
os gestores a adequarem suas organizações a esta nova realidade. Dentre
esses atores, este estudo destaca o Instituto Brasileiro de Governança
Corporativa (IBGC), que é uma organização que oferta um arcabouço de
atividades destinadas ao desenvolvimento das empresas e junto com ele seu
Código de Melhores Práticas de Governança Corporativa (IBGC, 2015), que é
constituído de princípios, pilares e práticas de Governança Corporativa (GC).
Os princípios propostos pelo código são: Transparência, Equidade, Prestação
de Contas e Responsabilidade Corporativa.
Dentre as empresas para as quais o IBGC indica a adequação de uso de seu
Código de Melhores Práticas de Governança Corporativa (CMPGC),
identificam-se também os hospitais. Dentre os hospitais brasileiros, consta uma
pequena parcela que adota programa e padrões de melhores práticas de
programas de qualidade. A Acreditação norte americana da Joint Commission
Internacional (JCI), configura-se como um dos programas internacionais que
certifica a gestão na área da saúde. Os hospitais acreditados, também se
inserem no contexto de praticarem uma gestão voltada à sustentabilidade
(ELKINGTON, 2012).
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Assim, emana a questão de pesquisa deste estudo: quais são as similaridades
entre os requisitos de acreditação hospitalar JCI e os elementos do Código das
Melhores Práticas de GC do IBGC?
JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA
A Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP, 2017) afirmou em seu
site no início de 2017, que as empresas brasileiras necessitam se mobilizar em
relação a sua qualificação. Ao encontro dessa afirmação, o primeiro relatório
sistêmico sobre a saúde no país, divulgou diversas falhas decorrentes da
inadequada governança do setor público (NARDES; ALTOUNIAN; VIEIRA,
2014).
Em relação à academia, o estudo desta temática está baseado na parca
divulgação entre a CMPGC do IBGC e o manual de acreditação da JCI.
REFERENCIAL TEÓRICO ESSENCIAL
Governança corporativa
As questões relacionadas à GC começaram a ser discutidas a partir do início
do século passado com questões relacionadas à pulverização da propriedade e
do controle. Berle e Means (1932) foram os primeiros teóricos a refletirem
sobre tais problemas. Também Jensen e Meckling (1976) afirmam que tais
problemas são adventos da separação entre propriedade e controle. Outros
fatores como o agigantamento das instituições e os escândalos corporativos
também contribuíram para um entendimento mais amplo da questão
(ANDRADE E ROSSETTI, 2012).
Para o IBGC (2015), a governança corporativa é uma das maneiras pela qual
as organizações são administradas e o tipo de relacionamento que se
estabelece entre conselho de administração, diretoria, órgão de controle e
demais atores interessados em perenizar sua permanência sustentável no
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mercado. Visa a sustentabilidade saudável das empresas a longo prazo
(ELKINGTON, 2012). Para amenizar os conflitos advindos de tal sistema, foram
criadas ferramentas como os códigos de boas práticas de GC do IBGC, Figura
1.
Figura 1 - Princípios, pilares e práticas de GC
Fonte: IBGC (2015)
No trabalho de Muritiba e Muritiba (2015), Figura 2, foi construído um modelo
universal de GC que comtempla as partes envolvidas nesse sistema, que foram
considerados como estratégicos a partir de meados da década de 80, quando
Freeman (1984) conceituou Stakeholders como qualquer indivíduo ou grupo de
indivíduos que possam afetar ou ser afetados pelas instituições, na busca por
seus objetivos.
Figura 2 - Modelo de Governança Corporativa Universal
Fonte: MURITIBA; MURITIBA (2015)
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Em complementariedade à Figura 2, o Quadro 1 adicionalmente apresenta os
princípios norteadores do código de melhores práticas de GC do IBGC (2015).
Quadro 1 - Princípios básicos de GC segundo IBGC
Fonte: Código das melhores práticas IBGC, 2015.
Acreditação
Dentre as várias ferramentas de apoio à gestão hospitalar, encontra-se a
metodologia de avaliação externa oferecida pela JCI. Segundo Malik (2014,
p.20) “ Desde 1995, o ministério da Saúde se preocupa com a instituição da
acreditação no Brasil, mas o início formal do processo no país ocorreu em
1999”.
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A metodologia ativa da JCI proporciona mais oportunidades de participação
dos colaboradores, uma vez que o programa de certificação se define como
uma das ferramentas de controle sobre os processos. No Quadro 2, destaca-se
alguns dos elementos de mensuração do padrão Governo Liderança e Direção
(GLD).
Quadro 2 - Elementos de mensuração do padrão GLD
Fonte: manual JCI edição 2014
De acordo com Matsuda e Oliveira (2016) a acreditação foi apontada por
gestores como um processo que colabora com a gestão das instituições. Além
de ajudar na sedimentação de boas práticas de gerenciamento da qualidade,
alinha-os aos demais indicadores da instituição (BERSSANET et al., 2016).
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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Pesquisa de natureza qualitativa, apoiada em técnicas como estudo
bibliográfico, estudo documental e estudo de caso único, que segundo Yin
(2015) é uma investigação empírica e profunda de um tema contemporâneo.
A primeira etapa da pesquisa trata-se de uma revisão da literatura por meio das
seguintes bibliotecas e bases de dados: Red de Revistas Científicas da
América Latina y el Caribe, España y Portugal (Redalyc), Scientific Periodicals
Electronic Library (SPELL) e Scientific Eletronic Library Online (Scielo). Estão
sendo utilizadas para a busca dos artigos, as seguintes palavras-chave e suas
combinações com os respectivos resultados: Acreditação JCI, acreditação,
governança e acreditação hospitalar. A segunda etapa da pesquisa consiste na
análise de conteúdo das entrevistas.
DISCUSSÕES E CONCLUSÕES
Com esta pesquisa, espera-se demonstrar as relações positivas entre a
Acreditação da JCI para hospitais e o CMPGC do IBGC.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO
A pesquisa está limitada a analisar apenas um hospital acreditado da cidade de
São Paulo. Ampliar este universo seria ideal para coletar e investigar
diferentes opiniões sobre o objeto de pesquisa.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, A.; ROSSETTI J.O. Governança Corporativa: fundamentos,
desenvolvimento e tendências. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2006.
BERLE, A. A.; MEANS, D. Corporate Governance and Sustainability:
Challenges for Theory and Practice.Nova York: Ed. Routlegde, 2007.
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BERSSANETTI, F. T. et al. Existe uma relação entre os programas de acreditação e os modelos de excelência organizacional? Revista da Escola
de Enfermagem da USP. São Paulo, v. 50, n. 4, P. 650-657, julho/agosto, 2016.
ELKINGTON, J. Sustentabilidade, canibais com garfo e faca. São Paulo:
Makron Books, 2012.
FREEMAN, R.E. Strategic Management: A stakeholder approach. Boston:
Pitman, 1984.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA - IBGC.
Código das melhores práticas de governança corporativa. 5. ed. 2015.
JCI. Joint Commission International Accreditation Standards for Hospitals.
Disponível em: <http://www.jointcommissioninternational.org/about-jci/jci-
accredited-organizations/?a=Hospital%20Program>. Acessoem 26 jan. 2017.
JENSEN, M. C.; MECKLING, W. H. Theory of the firm: managerial behavior,
agency costs, and ownership structure. Journal of Financial Economics, v.3, n.
4, p. 305-360, 1976.
MALIK, A. M. O caminho da acreditação no país. Revista Melhores Práticas.
2014; 15(1): 20-1. Disponível em:
<http://gvsaude.fgv.br/sites/gvsaude.fgv.br/files/revista_melhores_praticas_15.p
df>. Acesso em: 12 jul. 2017.
MATSUDA, L. M.; OLIVEIRA, J. L. C. Vantagens e dificuldades da acreditação hospitalar: a voz dos gestores da qualidade. Escola Anna Nery
Revista de Enfermagem, Rio de Janeiro, v.20, n.1, p. 63-69, 2016.
MURITIBA, S. N.; MURITIBA, P. M. Governança Corporativa Conceitos Básicos e Modelo Universal. 1ª ed. São Paulo: Gepra 2015.
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INVESTIMENTO IMOBILIARIO DIRETO NO MERCADO ESTRANGEIRO
Lorena Vitório do Nasc. Lima (FATEC-ZL) – [email protected]
Beatriz Souza de Moura (FATEC-ZL) – [email protected]
Me. Peri da Silva Santana (FATEC-ZL e UNINOVE-SP) –
1 RESUMO
Este artigo tem por objetivo demonstrar as oportunidades de investimento
imobiliário direto no mercado internacional, especificamente nos Estados
Unidos da América. Com a análise do mercado, iremos identificar como o
investidor brasileiro pode adquirir imóveis com segurança, protegendo seu
patrimônio e gerando uma renda passiva em dólar. Ao investir no mercado dos
EUA, onde encontra-se uma economia madura, o investidor foge dos riscos
associados ao Brasil, como por exemplo sua moeda, o real. A economia
americana encontra-se em um bom momento para investimento impulsionando
a valorização das propriedades e por consequência o aumento dos aluguéis.
Para a realização desse presente artigo serão realizadas pesquisas de campo
e bibliográficas.
2 INTRODUÇÃO
No Brasil, se tem o costume de obter renda através de imóveis, sendo a
modalidade mais usada o aluguel. Mendonça (2016) diz que com a
globalização as barreiras foram quebradas parcialmente ou inteiramente,
possibilitando o investimento em outros países. Isso significa, a aplicação de
seu capital em investimentos de proporções muito maiores e mais
desenvolvidas.
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Devido a presente crise econômica no país, incertezas no cenário político e
uma preocupação em relação a questão previdenciária, está induzindo os
brasileiros a pensarem em formas de investir seu dinheiro em fontes rentáveis
e seguras, para se resguardar das incertezas de nosso país. Neste artigo,
abordaremos como esse investimento pode ser realizado, as melhores opções
presentes no mercado e questões burocráticas.
3 OBJETIVOS
Este artigo tem por objetivo difundir a questão do investimento imobiliário direto
em território internacional, demostrando em seu desenvolvimento o quanto
rentável e não burocrático essa modalidade pode ser, além de ser uma
maneira de diversificar sua carteira de investimentos.
4 METODOLOGIA
Para a elaboração deste artigo, será realizada pesquisas bibliográficas que,
para Lakatos (2009), este é o primeiro passo da pesquisa cientifica, partindo
da premissa do levantamento de dados que se propôs compreender e
solucionar. Posteriormente, será realizado pesquisas de campo, que segundo
Fonseca (2002), se caracteriza pela investigação, realizada juntamente com
pessoas.
5 DESENVOLVIMENTO
Para Cherobim, Júnior e Rico (2005), investimento é o processo de aplicação
de um capital em algum ativo, seja ele tangível ou não, objetivando o retorno
de lucro em um momento futuro. Ainda Bodie, Kane e Marcus (2010) diz que,
estes ativos podem ser de risco, seguros ou a junção dos dois, ou seja, existe
no mercado uma gama de ativos, como títulos de dívida, ações, imóveis, entre
outros.
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Segundo a pesquisa realizada pela Association of Foreign Investors in Real
Estate, os Estados Unidos ocupam a primeira posição dentre seus membros
nos itens de país estável e seguro para investimentos no mundo e por
apresentar o melhor rendimento do capital. Daniel Rosenthal declara, "Além da
força e estabilidade da econômica dos Estados Unidos, o que mais atrai os
brasileiros é a alta taxa de retorno dos investimentos. Por isso, muitos acabam
escolhendo o país não só como um lugar para viver, mas também para
diversificar rendimentos".
A pesquisa realizada pela Profile of International Activity in U.S. Residential
Real Estate organized by National Association of Realtos, demonstra a
notabilidade de brasileiros negociando imóveis nos EUA. Entre abril de 2015 a
março de 2016, o total de propriedades vendidas foram 214.885, um volume
total de US$ 102.6 bilhões e com um investimento médio aproximado de US$
277,380 (Taurus reality, 2017)
De acordo com dados publicados no site da Ativore Investimentos por João
Succar (2017), ações de determinadas duas empresas que pertencem ao
segmento de imóveis destinados para rendimento localizadas nos EUA, tiveram
um crescimento de 27% e 33% respectivamente. Ao mesmo tempo o índice da
Bolsa de Valores norte-americana, a S&P500 subiu apenas 7,9%. Analisando
esses dados, pode-se ver que o setor apresenta um ótimo cenário para
aplicação de capital.
6 RESULTADOS PRELIMINARES
A pesquisa de campo e bibliográfica relacionada ao tema investimento
imobiliário direto em mercado estrangeiro encontra-se em andamento. Por
conseguinte, o artigo cientifico será finalizado na última semana do mês de
setembro. Concluindo o trabalho de coleta, serão adicionados mais dados ao
mesmo.
REFERÊNCIAS
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221
BODIE, Zvi; KANE, Alex; MARCUS, Alan J. Investimentos. 8ª Edição. Porto
Alegre: AMGH Editora Ltda, 2010.
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC,
2002.
LEMES Júnior, Antonio B.; RIGO, Cláudio M.; CHEROBIM, Ana Paula M. S.
Administração financeira: princípios, fundamentos e práticas trabalhistas. 2ª
ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia Científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
MENDONÇA, Nelson Huoya. Investimentos no Exterior. Edit. Bastter.S.
Paulo 2016. https://bastter.com/mercado/Arquivos/Livros/livro-investimentos-
no-exterior.pdf Acesso em 05/08/2017.
SP IMÓVEL. SP Imóvel apoia evento de investimentos imobiliários nos EUA. Disponível em: <https://www.spimovel.com.br/noticia/sp-imovel-apoia-
evento-de-investimentos-imobiliarios-nos-eua/2377/?PageNumber=5>. Acesso
em 25 agosto. 2017.
SUCCAR, João. Avaliado em US$ 35 trilhões, mercado de casas nos EUA é considerado uma das maiores classes de ativos do mundo. Disponível em
<http://blog.ativore.com/mercado-de-casas-norte-americanas/>. Acesso em 20
agosto. 2017.
TAURUS, Realty. O Maior Evento Da América Latina De Investimentos Imobiliários Nos Estados Unidos. Disponível em:
<http://taurusgroup.com.br/taurusrealty/sem-categoria/o-maior-evento-da-
america-latina-de-investimentos-imobiliarios-nos-estados-unidos/>. Acesso em
22 agosto. 2017.
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O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR JOVEM, FRENTE AO SEGURO AUTOMÓVEL
Jucilene Moreira de Barros Faria (Faculdades Metropolitanas Unidas) –
Norberto Almeida de Andrade (Faculdades Metropolitanas Unidas) –
Genésio Renovato da Silva Neto (Faculdades Metropolitanas Unidas) –
Profª. Drª. Daielly Melina N Mantovani Ribeiro (Faculdades Metropolitanas
Unidas) – [email protected]
INTRODUÇÃO
O comportamento do consumidor é frequentemente explorado por
pesquisadores, sendo um desafio à velocidade de aprendizado e
adaptabilidade das organizações, o que se torna potencializado ao relacionar
as mudanças de comportamento do jovem consumidor. Segundo Larentis
(2012), o comportamento do consumidor apresenta diversas características.
Considerando Solomon (2016), percebe-se que o comportamento do
consumidor é um processo que inclui várias atividades, envolve diferentes
papeis, é influenciado por fatores externos, que diferem entre cada pessoa. Em
Administração de Marketing Kotler (1998) traduz essa influência em fatores
culturais, sociais, pessoais e psicológicos, alterando o comportamento de
compra. Contexto este onde as organizações são desafiadas a aprender a
aprender. Neste sentido Morgan (1996), em Imagens da Organização,
expressa: É possível que, usando o cérebro como uma metáfora para
organização, seja viável desenvolver a habilidade para realizar o processo de
organização, de maneira que promova a ação flexível e criativa. Este trabalho
pretende apresentar relações de mudança no comportamento do consumidor
Jovem com processo de reorganização e aprendizado das organizações, com
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base nas palavras dos estudiosos (Hitt; Duane; Hoskisson 2013; Lobato;
Moysés Filho; Torres; Rodrigues, 2003; Kotler 1998),
OBJETO DE PESQUISA
Estudar o comportamento do consumidor jovem, mudanças e novos desejos
com relação a meios de transporte. Quais reflexos estão surgindo no meio
social e econômico, principalmente frente a carteira de Seguro Automóvel.
Novos hábitos e nova formação de imagem do objeto de consumo para
deslocamentos, impactos positivos e negativos, um estudo de como as
organizações estão acompanhando esses movimentos e quais inovações para
atender o desejo do consumidor. Variáveis que influenciam a decisão de
adoção de meios de transporte.
Quais fatores influenciam a adoção de meios de transporte pelos jovens?
Como o consumidor jovem quer se locomover no futuro? Quais os impactos
sociais e econômicos no mercado segurador? Organizações Inovadoras para
um produto Seguro Automóvel a se adaptar.
“Nossa sociedade está evoluindo de uma cultura de massa, em que muitos
consumidores tem as mesmas referências, para uma cultura diversa, em que
temos uma quantidade infinita de opções...” Solomon (2016)
Observando o mercado de seguradoras do Brasil, comparando com o mercado
externo, surge a preocupação com relação a mudanças de consumo com a
prosperidade dos negócios deste nicho e a sobrevivência de muitos
profissionais que se dedicam a esse ramo de produtos e serviços. Este alerta
vem da leitura de editais financeiros e divulgação de balanços semestrais e
anuais dessas empresas que identifica se em média 60% dos esforços e
receita estão voltados para um produto de massa, o Seguro Automóvel.
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OBJETIVO GERAL
A presente pesquisa tem como objetivo principal analisar o comportamento do
consumidor jovem, identificar quais mudanças e novos desejos com relação a
meios de transporte. O reflexo no meio social e econômico, com relação a
meios de transportes, no que se refere a locomoção geral e meio de vida.
Novos hábitos e nova formação de imagem do objeto de consumo para
deslocamentos. A evolução das organizações frente ao cenário com a
necessidade de inovação.
Para o alcance do objetivo principal pretende-se:
a) Estudar os novos hábitos dos jovens para locomoção na cidade de São
Paulo
b) Verificar como as organizações estão acompanhando as mudanças de
mercado
c) Identificar quais os impactos futuros nas organizações, no mercado e na
população
RELEVÂNCIA DO ESTUDO
Apesar do contexto de Baum (1999) ser sustentável, refere-se diretamente ao
comportamento de ambientes externos e suas influencias, assim escreve: “Um
conjunto de organizações engajadas em atividades similares de utilização de
recursos constitui uma população. Populações desenvolvem relações com
outras populações engajadas em atividades distintas formando comunidades
organizacionais. Comunidades organizacionais são sistemas funcionalmente
integrados de populações interagentes. Os resultados para as empresas em
qualquer população são fundamentalmente interligados com empresas em
outras populações dentro da mesma comunidade”.
Lobato, Moysés Filho, Torres e Rodrigues (2003) explicam que as tendências
presentes no mundo de hoje em dia, influenciam decisivamente o futuro, mas
sempre sob o signo da imprevisibilidade. Para lidar com as incertezas, deve-se
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estar atendo para as descontinuidades presentes na jornada para o futuro, para
as mudanças que ocorrem para a construção da organização do futuro nesse
ambiente turbulento de mudanças aceleradas.
A pesquisa se faz necessária para aprofundar o conhecimento desta mudança,
o novo perfil de desejo do consumidor e como atender essa necessidade,
mudando o comportamento do mercado segurador e de seus negócios,
diversificando produtos e descentralizando receitas, com estratégias e
inovações empresariais para perpetuar no mercado seguradoras e seus
profissionais, satisfazendo as necessidades de seus clientes.
Além das empresas de Seguros estarem em alerta ao comportamento dos
consumidores, também as montadoras de veículos, fazem referências a
mudança de consumo, diz a FENABRAVE (Federação Nacional de
Distribuidores de Veículos Automotivos).
Assim, é necessário pesquisar e identificar como se deslocará o
comportamento do brasileiro, principalmente nas grandes metrópoles para
criação de novas atividades, novos postos de trabalho e inovação voltada para
objetivos do consumidor.
QUADRO TEÓRICO
- Consumo sustentável
- Processo de decisão de compra de meios de transporte
- Percepção de bem-estar e benefícios
- Consciência ecológica
METODOLOGIA DE PESQUISA
O desenho metodológico que se pretende adotar, será o tipo quantitativo e
descritivo, utilizando como estratégia de coleta de dados o survey. Inicialmente
será realizada pesquisa bibliográfica para definição dos construtos e bases
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teóricas, bem como para a definição do instrumento de pesquisa e modelo de
análise. Serão considerados na amostra jovens, com idade entre 18 e 25 anos
e residentes na cidade de São Paulo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAUM, Joel A. C. Ecologia organizacional. In: CLEGG, Stewart R.; HARDY,
Cynthia; NORD, Walter R. Handbook de estudos organizacionais: modelos de
análise e novas questões em estudos organizacionais. São Paulo: Atlas, 1998.
465p. Volume 1.p 137-195.
HITTI, Michael A., IRELAND, R. Duane, HOSKISSON, E. Robert.
Administração Estratégica – 2 ed. – São Paulo, CENGAGE LEARNING, 2013
KOTLER, Philip – Administração de Marketing, São Paulo, ATLAS,1998
LARENTIS, Fabiano – Comportamento do Consumidor, Curitiba, IESDE, pg.
15, 2012.
LOBATO, David M., Moysés Filho, Jamil, TORRES, Maria C.S., RODRIGUES,
Murilo, R.A. Estratégia de empresas – 9 ed. Rio da Janeiro, FGV ,2003.
MORGAN, Gareth. Imagens da Organização. 1.ed. São Paulo: Editora Atlas
S.A., 1996
SOLOMON, Michael R. O comportamento do consumidor, 11ed. Porto
Alegre, Bookman, 2016.
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PRODUTIVIDADE E PROCESSOS DE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
Alex Diogo de Sousa Santos (UNINOVE-SP) – [email protected]
Bruna Hellen da Silva Pereira (UNINOVE-SP) – [email protected]
Rayssa Maria do Nascimento (UNINOVE-SP) - [email protected]
Me. Peri da Silva Santana (UNINOVE-SP e FATEC-ZL) –
RESUMO
Este Estudo e Projeto de Iniciação Científica, busca utilizar e aplicar os
princípios de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), dentro de seus fatores e
conceitos dentro da Gestão, como sendo preponderantes e motivadores para
os colaboradores, e com isso pretende-se obter e desenvolver uma
produtividade maior e também um bom local de trabalho, que de certa forma
uma empresa pode ter e usufruir disso como um diferencial, chegando a ser
vantagem competitiva. A adoção de práticas e processos dentro da QVT, pode
e traz intervenções que despertam e destinam promover um ambiente de
trabalho mais saudável e prazeroso e aos colaboradores. Com a evolução e
desenvolvimento desta Pesquisa, vamos tentar analisar e trazer fazer alguns
aspectos relacionados com o assunto, onde isso também interfere com o Clima
e Cultura Organizacional para o crescimento e não ficar apenas na teoria, onde
em determinadas ocasiões, ocorrem em alguns casos. Em resumo o objetivo é
de analisar e verificar a importância da Qualidade de Vida no Trabalho – QVT,
relacionadas a ao ambiente de trabalho, com uma pesquisa vendo o perfil da
população a ser entrevistada e analisada, como também de buscar explorar e
identificar alguns fatores relacionados a QVT e também ver o grau de
satisfação dos participantes da pesquisa e trabalho, dentro de aspecto da QVT.
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INTRODUÇÃO
Com o crescimento da competitividade entre as organizações, ocorrem
situações em que atualmente no cenário mundial, com a globalização, que tem
exigido das empresas a buscar caminhos alternativos e formas para se
tornarem mais sustentáveis, competitivas e também respeitando os seus
colaboradores.
Busca-se um melhor desenvolvimento das organizações, onde é preciso que
os gestores se preocupem com as condições e também no ambiente de
trabalho que oferecem aos seus colaboradores, visando proporcionar fatores
que possam contribuam com a QVT. (SANTANA e SANTANA, 2012).
Verificar e analisar a importância do ambiente e a QVT em uma Organização,
em relação ao ambiente de trabalho, verificar o perfil da população a ser
explorada, também identificar os fatores relacionados a QVT e também ver o
grau de satisfação dos participantes da pesquisa e trabalho, dentro de aspecto
da Qualidade de Vida no Trabalho.
Segundo Limongi-França (2004), a Qualidade de Vida no Trabalho, são um
conjunto de ações, onde uma empresa deve aplicar e envolver a implantação
de boas práticas e inovações em relação a gestão e também ao aspecto da
tecnologia no ambiente de trabalho, onde de fato, a QVT acontece em uma
situação, em que as organizações devem ter uma certa consciência que os
colaboradores fazem parte de uma situação, onde na qual ela também é
interessada.
Pode-se se ver que a QVT vem se tornado um fator de suma importância nas
organizações, onde ela está de modo direto ligada ao potencial humano que é
portador de Conhecimento, Habilidades e Atitudes – CHA, que auxiliam no
método de produção e crescimento empresarial, e também ao ambiente de
trabalho, onde busca-se uma melhor e maior produtividade e lucro.
METODOLOGIA
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O método de pesquisa aplicado nesta Pesquisa e Artigo, irá ocorrer pela
revisão bibliográfica, periódicos e artigos, onde também pretende-se aplicar um
breve questionário exploratório e descritivo sobre o tema a ser abordada e
após uma elaboração na coleta dos resultados da pesquisa na organização
sobre a Implantação de projetos de QVT dentro e fora da organização.
PRINCIPAIS RESULTADOS E DISCUSSÕES
Preliminarmente nota-se que programas de QVT destinam-se aos fatores que
influenciam na satisfação dos colaboradores possibilitando atitudes, que visem
seu atingimento dentro dos limites e dos recursos adotados pela organização.
CONCLUSÕES E LIMITAÇÕES DO ESTUDO
No decorrer do desenvolvimento e aprofundamento do Estudo e Pesquisa
sobre QVT, que se baseia em princípios analisados dentro das organizações
neste trabalho, vamos verificar e analisar possíveis resultados de saúde e bem-
estar.
Conforme Limongi-França (2010), as organizações devem ser mais
humanizadas e a QVT visa proteger os colaboradores e propiciar-lhes,
melhores situações de vida dentro e fora das organizações.
Apesar de este estudo não compreender uma plenitude dos campos
relacionados à Qualidade de Vida no Trabalho, e também ainda estar em
desenvolvimento da pesquisa, algum dos campos de pesquisa, foi a da
assistência social prestada aos colaboradores das organizações, com o foco
deste estudo e pesquisa, de entender os investimentos em QVT.
Diante disto, nota-se a relevância de haver uma breve mudança na
interpretação dos gestores, e o conceito de: “prevenir é melhor que remediar”,
pode se aplicar às organizações no aperfeiçoamento da qualidade de vida dos
colaboradores. E quanto maior e melhor for a investida em processos da
qualidade de vida, os resultados serão maiores, onde o retorno em termos
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financeiros, bem-estar, produtividade, qualidade para o setor, departamento e
organização.
A partir desta pesquisa e estudo, podemos e pretendemos recomendar a
criação de espaços e conceitos para discussão, em um refletir a cerca de
políticas de gestão de pessoas, adotadas e aplicadas nas organizações, com
perspectivas de poder estabelecer um relacionamento entre os colaboradores,
promovendo uma melhor Qualidade de Vida no Trabalho.
REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, Lindolfo Galvão de; FRANÇA, Ana Cristina Limongi.
Estratégias de Recursos Humanos e Gestão da Qualidade de Vida no Trabalho: O Stress e a Expansão do conceito de Qualidade Total. Revista de
Administração. São Paulo: nº 2, p.40-51, Abril/Junho, 1998.
LIMONGI-FRANÇA, A. C. Qualidade de vida no trabalho: conceitos e práticas
na sociedade pós-industrial. Ed. Atlas, 2ª ed., São Paulo, 2010.
MARCONI, M. A; LAKATOS, E. V. Metodologia Científica. São Paulo: Editora
Atlas, 2004.
PAIVA, Denise Silva de; BATISTA, Marília Pires; SANTOS, Yngrid Nalu
Ferreira; SANTANA, Peri da Silva. Qualidade de Vida no Trabalho: Uma
Análise em uma Indústria Jeans de Confecção. CONIC-SEMESP – 16º
Congresso Nacional de Iniciação Científica. http://conic-
semesp.org.br/anais/files/2016/trabalho-1000023553.pdf
ROBBINS, Stephen P. Comportamento Organizacional. São Paulo: Prentice
Hall, 2002.11ª edição.
SANTANA, P. S., SANTANA, J. C. C. Qualidade de Vida no Trabalho, Gestão, Produtividade e o Atendimento ao Cliente Interno e Externo.
OmnesHumanitate: Revista Científica da Escola Superior Aberta do Brasil. –
v.2, n.8 ES, 2012.
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SANTOS, Yndrid Nalu Ferreira; BATISTA, Marília Batista; PAIVA, Denise Silva
da; SANTANA, Peri da Silva. Estudos e Abordagens da Qualidade de Vida no Trabalho em uma Indústria Têxtil. 2º FIPA – Fórum Integrado de
Pesquisas em Administração. S. Paulo, 2016.
http://portal.fmu.br/pesquisa/forum-adm/arq/FORUM_FMU_2016_final.pdf
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TRANSIÇÃO DE CARREIRA: NORTEADORES DA MUDANÇA PROFISSIONAL
Mafalda M. Anderson (Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU) –
Regina M. Tonato (Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU) –
André Luis da Silva (Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU) –
Profa. Dra. Elza Fátima Rosa Veloso (Faculdades Metropolitanas Unidas –
FMU) – [email protected]
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS DO ESTUDO
Qualquer profissional, apesar de seus melhores esforços no planejamento,
suas vidas se desenvolvem de maneiras às vezes inesperadas e imprevisíveis.
O conceito de carreira, influenciado por recompensas salariais, econômicas e
materiais vem sendo substituídos pela concepção do ser humano como um ser
com vontade própria, que busca a realização no trabalho e com poder de
escolha. Neste novo contexto, as organizações buscam por profissionais cada
vez mais capacitados e dotados de conhecimentos específicos, principalmente
devido a introdução de novas tecnologias, e o avanço da tecnologia, têm como
consequência, a diminuição dos postos de trabalho. Desta forma, este projeto
objetiva-se a introduzir uma reflexão sobre a relação das mudanças no mundo
do trabalho, cuja inovação e competitividade organizacionais tem exigido
profissionais altamente qualificados, e a transição de carreira, período no qual
o indivíduo está mudando e redirecionando suas funções ou papéis
profissionais, Veloso (2012), impulsiona os indivíduos a buscarem novas
formas de atuação no âmbito profissional.
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JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO ESTUDO
Segundo Wylleman et al. (2004), o conceito de "transição" tem sido relacionado
nas últimas décadas a uma variedade de tópicos, incluindo o desenvolvimento
da vida útil individual, planejamento ocupacional, processos educacionais,
suporte social, e os processos de envelhecimento, aposentadoria e morte.
Desta forma, a justificativa deste projeto encontra-se no cerne da questão de
transição de carreira, uma vez que esta é relacionada à ocorrência de um ou
mais eventos específicos que não trazem apenas questões sobre um indivíduo
"uma mudança nas suposições sobre si mesmo", mas também um
desequilíbrio social que ultrapassa a contínua mudança da vida cotidiana
(ERIKSON, 1963; HOPSON; ADAMS, 1977; CUTRONA; RUSSELL, 1990;
SHARF, 1997; NEWMAN et al., 2000). A relevância deste projeto encontrar-se-
á na reflexão originada pelos norteadores que impulsionam profissionais no
processo de transição de carreira e nos padrões que delimitam as empresas a
serem capazes de responder aos anseios dos profissionais envolvidos neste
processo.
REFERENCIA TEÓRICO ESSENCIAL
Carreira: definição, transição de carreira e as mudanças organizacionais
Segundo Dutra (2010), carreira é um termo utilizado para designar uma
profissão, ou um caminho a ser seguido. Para Schein (1993), trata-se de um
apanhado de elementos da realidade de uma pessoa que determinam
preferências, resultando em padrões de escolha durante uma trajetória
profissional. Hall (1996), entende que as premissas de uma carreira são
firmadas através de um contrato, que logo é substituído por contratos de curto
prazo, com base em necessidades correntes e em performance. O objetivo da
carreira é o sucesso psicológico. Isto corrobora com uma fala de Lennon (1980)
em que diz que "a vida é o que acontece com você enquanto você está
ocupado fazendo outros planos". Para Arthur e Rousseau (1996), na
perspectiva das carreiras sem fronteiras, as pessoas são responsáveis por
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suas carreiras futuras, caracterizadas pela ênfase na carreira sustentada por
uma rede de relacionamentos.
No cenário atual, muito se fala da importância do capital humano como um
importante ativo para as empresas se manterem competitivas no mercado em
que atuam, buscando através dos seus talentos, a inovação constante
(VELOSO, 2012). De acordo com Nicholson (1984), a teoria da transição
profissional concentra-se na mudança de identidade, nas consequências da
mudança no comportamento e, em seguida, no estado afetivo da pessoa em
transição. Estas mudanças também afetarão a estrutura de cargos no âmbito
organizacional. Bussolari (2009) introduz, ao modelo de transição de carreiras,
a teoria do caos, onde é proposto como modelo que considera desordem,
imprevisibilidade e falta de controle como partes normais dos processos de
transição. As construções não-lineares da física são adaptadas para uso em
aconselhamento. O modelo fornece um método que os clientes podem usar
para reconstruir suas próprias narrativas de vida alternativa, um quadro em que
as histórias de vida são compreendidas e um meio para facilitar a co-criação de
intervenções adaptativas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Compreendendo o problema e os objetivos apontados, este artigo configura-se
em um estudo exploratório-descritivo e pautado em pesquisa qualitativa. A
abordagem qualitativa surge como contraponto à abordagem monotética que
defende a quantificação e o controle das variáveis para que o conhecimento
objetivo do mundo seja alcançado (FRASER; GONDIM, 2004).
A metodologia será composta por duas partes: pesquisa bibliográfica e
entrevistas. A primeira parte trata-se pesquisa bibliográfica referenciada aos
assuntos contemplados por este projeto. A segunda seção caracteriza as
entrevistas qualitativas quanto à estrutura, tipos, objetivos, papel dos
participantes e discute ainda critérios de seleção dos entrevistados,
representatividade, validade e fidedignidade das interpretações dos resultados.
Esta será realizada com profissionais em processo de transição de carreira.
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Silverman (2000) afirma que objetivo da entrevista é apreender como as
pessoas “veem as coisas”. É considerada uma modalidade de interação entre
duas ou mais pessoas, uma vez que valoriza o uso da palavra, símbolo e signo
privilegiados das relações humanas, por meio da qual os atores sociais
constroem e procuram dar sentido à realidade que os cerca
(JOVECHLOVITCH; BAUER, 2002).
PRINCIPAIS RESULTADOS E DISCUSSÕES
Refletir sobre as mudanças organizacionais e correlaciona-las ao processo de
transição de carreira, bem como entender o que impulsiona os indivíduos a
buscarem novas formas de atuação no âmbito profissional.
CONCLUSÕES E LIMITAÇÕES DO ESTUDO
Traçar um cenário pontual do processo de transição de carreira e um
prognóstico a partir do referencial teórico correlacionado às pesquisas
efetuadas. Este estudo limita-se a um grupo específico de entrevistados, sendo
que, outras pesquisas ou estudos acerca dos assuntos poderão contribuir e
enriquecer o conteúdo.
REFERÊNCIAS
ARTHUR, M.B.; ROUSSEAU, D.M. The boundaryless career: a new
employment principle for a new organizational era. New York: Oxford University
Press, 1996.
BAUER, Martin W.; GASKELL, George. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Vozes, 2011.
BUSSOLARI, Cori J.; GOODELL, Judith A. Chaos theory as a model for life transitions counseling: Nonlinear dynamics and life's changes. Journal of
Counseling & Development, v. 87, n. 1, p. 98-107, 2009.
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DUTRA, J.S. Administração de carreiras: uma proposta para repensar a
gestão de pessoas. São Paulo: Atlas, 2010.
________(Org.). Gestão de carreiras na empresa contemporânea. São
Paulo: Atlas, 2010.
FRASER, Márcia Tourinho Dantas; GONDIM, Sônia Maria Guedes. Da fala do outro ao texto negociado: discussões sobre a entrevista na pesquisa
qualitativa. 2004.
HALL, D.T; MIRVIS, P.H. The new protean career: psychological success and
the path with a heart. The career is dead – long live the career. San Francisco:
Jossey-Bass, 1996.
NICHOLSON, N. The theory of work role transitions. Administrative science
quarterly, 29, 1984.
SCHEIN, E.H. Career anchors: discovering your real values. San Diego, CA:
Pfeiffer & Company, 1993.
SILVERMAN, David. Analyzing talk and text. Handbook of qualitative
research, v. 2, n. 0, p. 821-834, 2000.
VELOSO, E.F.R. Carreiras sem fronteiras e transição profissional no Brasil. São Paulo: Atlas, 2012.
WYLLEMAN, Paul; ALFERMANN, Dorothee; LAVALLEE, David. Career transitions in sport: European perspectives. Psychology of sport and exercise,
v. 5, n. 1, p. 7-20, 2
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EDUCAÇÃO FINANCEIRA PARA APOSENTAR MELHOR
Fernanda de Lima Bagli (Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas
Unidas – FMU) – [email protected]
Abel Ricieri Boscoli Batista (Centro Universitário “Antonio Eufrásio de
Toledo” de Presidente Prudente) – [email protected]
INTRODUÇÃO E OBJETIVO DO ESTUDO
No cenário econômico atual, em que a Reforma da Previdência é iminente, de
acordo com dados da Confederação Brasileira de Aposentados, Pensionistas e
Idosos (COBAP), aponta-se que 60% de aposentados brasileiros, voltaram a
trabalhar, pois são responsáveis pelas despesas da casa.
A redução da taxa de fecundidade e a tendência de aumento da expectativa de
vida do brasileiro resultam no acentuado crescimento da população idosa.
Assim se faz necessária a busca por alternativas a essa reforma. A tradicional
poupança, previdência privada, aplicações bancárias, compra de moedas (reais
ou virtuais), compra de ouro, imóveis ou outros ativos.
A Previdência Social é uma das ramificações originadas da Seguridade Social,
juntamente com a Saúde e Assistência Social. A Seguridade Social é
financiada por toda a sociedade.
Criado em março de 1888 para os funcionários dos Correios, passou por várias
mudanças conceituais e estruturais desde então, envolvendo o grau de
cobertura, o elenco de benefícios oferecidos e a forma de financiamento do
sistema.
O conceito de Previdência Social abrange um sistema estatal cuja finalidade é
a proteção social de trabalhadores que se aposentam ou que, por determinado
motivo, ficam impossibilitados de trabalhar. O sistema de seguridade social
abrange três áreas: saúde, previdência e assistência social. A Previdência
Social faz parte da seguridade social que é ampla, abrangendo ações dos
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poderes públicos e da sociedade, tendo o objetivo de assegurar os diretos
relativos à saúde, à previdência e assistência social. Para custear as ações
nestas áreas a Constituição permite a criação das contribuições previdenciárias
que necessariamente deverão ser por forma de lei.
É importante mencionar que não basta apenas se aposentar, ou cessar a
atividade trabalhadora, para se beneficiar da cobertura financeira do Estado. A
Previdência Social possui requisitos legais para que apenas trabalhadores em
situações pré-definidas, como doença, acidente, gravidez, prisão, morte ou
velhice gozem do benefício. Para isso, se faz necessário que o trabalhador
esteja inscrito e contribua mensalmente.
O presente trabalho tem como objetivo introduzir o conceito de educação
financeira com a finalidade de poupar e obter rendimentos em longo prazo para
garantir um futuro com segurança e tranquilidade. Aplicam-se a todos
trabalhadores, mas tem foco principal nos novos contribuintes que terão mais
dificuldade em obter a aposentadoria oficial.
JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO ESTUDO
O Governo corrige as aposentadorias de até um salário mínimo pela inflação
do ano anterior, e o salário mínimo é reajustado pela inflação mais um reajuste
extra, baseado no quando o país cresceu nos últimos dois anos pela Taxa
Referencial.
O desenvolvimento da administração financeira pessoal está relacionado à
capacidade de tomar as decisões da melhor maneira possível, gerindo suas
receitas e despesas para torná-las compatíveis.
Ter educação financeira é saber usar o dinheiro excedente às suas contas,
pagando dívidas, investindo e formando um patrimônio.
O princípio é viver com um padrão de vida mais baixo do que se ganha.
Precisamos então elaborar um planejamento de gastos levando em
consideração nossas receitas (salário, comissões, pró-labore, etc.).
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Ter dinheiro não significa ser mais feliz ou ter mais qualidade de vida. O
importante é planejar-se para ter o suficiente, sem consumir com exagero e
desperdício (Belynky apud Infomoney, 2014).
Sem considerar o ponto de vista contábil, partindo do princípio que Ativos são
recursos que geram mais recursos (aplicações) e Passivos são bens que tem
custo e despesas para serem mantidos (casas, carros, bens que não gerem
dinheiro, só consomem), devemos abandonar o consumismo e guardar o que
for possível de maneira regrada e constante.
REFERENCIAL TEÓRICO
A Previdência Privada é uma modalidade complementar, é contratada
diretamente junto a uma instituição financeira, para gerir e poder acumular
recursos para a realização dos seus projetos e a manutenção do seu padrão de
vida na aposentadoria.
A instituição capta seu dinheiro e juntando com outros interessados na mesma
modalidade, forma um volume considerável para investir com melhores taxas.
Ela é feita através de aplicações mensais, com benefícios de renda ou resgate.
Os juros, por sua vez, vão ajudar bastante na hora de multiplicar o valor
investido, mas isso vai depender da gestão do administrador do plano. Há dois
tipos de plano de previdência no Brasil. A aberta e a fechada. A aberta pode
ser contratada por qualquer pessoa, enquanto a fechada é destinada a grupos,
como funcionários de uma empresa, por exemplo.
O primeiro tipo de aplicação que se lembra é a poupança. Porém de acordo
com a Revista Exame de 09 de janeiro de 2016. A rentabilidade da caderneta
foi de 8,07%, enquanto a inflação, medida pelo IPCA, ficou em 10,67% em São
Paulo – Quem investiu na caderneta de poupança em 2015 perdeu poder de
compra, já que a rentabilidade da caderneta foi de 8,07%, enquanto a inflação,
medida pelo IPCA, ficou em 10,67%.
O que nos traz a questão desse tipo de aplicação ser boa a curto prazo,
quando precisamos alto grau de liquidez . Outra possibilidade são as
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aplicações, preferencialmente de longo prazo onde encontramos menos
liquidez e mais rentabilidade. As instituições financeiras trazem uma grande
oferta de aplicações, são fundos de renda fixa ou variável, PGBL, VGBL, LCI,
LCA, LC, LTN entre outros. Sem falar em ouro, debêntures, moedas
estrangeiras ou virtuais.
O Governo corrige as aposentadorias de até um salário mínimo pela inflação
do ano anterior, e o salário mínimo é reajustado pela inflação mais um reajuste
extra baseado no quando o país cresceu nos últimos dois anos pela TR (Taxa
Referencial).
Os títulos privados do tipo CDB, LCI, LCA são emitidos por instituições que
podem “quebrar”, nesse caso existe um grande risco de perder o que foi
aplicado mesmo considerando o amparo do Fundo Garantidor de Créditos
(FGC), que opera dentro de alguns limites (máximo de R$250mil). Essa
instituição tem caráter privado e foi criada para garantir pequenos investidores
perante instituições particulares. Outra possibilidade é a aplicação nos fundos
de investimentos, que apesar de terem bom rendimento, não são garantidos
pelo FGC. Ações são produtos de grande risco.
O Tesouro Direto se tornou um investimento atrativo para os pequenos
investidores, trata-se de emprestar dinheiro ao governo e ele não tem interesse
em inadimplência para não perder credibilidade junto aos investidores
estrangeiros.
Existe uma desconfiança sobre transferir fundos do seu banco para a corretora
que fará essa intermediação, porém, a segurança, nesse caso, está no fato de
seu título fica registrado no seu CPF na Companhia Brasileira de Liquidação e
Custódia, assim sendo no caso de fechamento da corretora, podemos transferir
para outra sem que haja nenhum tipo de perda.
Existe a opção por contratar os serviços de uma corretora que fará a
intermediação entre nós e as entidades que captam o valor que desejamos.
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Isso é feito através de cadastro (abertura de conta), junto à corretora e após
aprovação os fundos são enviados por depósito ou transferências eletrônicas
para aplicação.
Assim que o valor for confirmado na corretora o contratante escolhe a melhor
aplicação para seu perfil, conservador ou agressivo, retirada em curto ou longo
prazo.
A Reforma da Previdência nos trouxe uma preocupação que estava
adormecida, como ter um futuro tranquilo, bem estruturado financeiramente,
para podermos aproveitar o descanso merecido depois de uma vida de lutas e
atribulações.
Esse trabalho tem como princípio colocar a ideia de acumular fundos com
disciplina para gerar patrimônio e ter o suficiente para um futuro garantido.
A ideia geral é sair da dependência do governo e, consequentemente, dos
sustos a cada eleição, a cada nova lei, projeto de lei ou reforma, com novos
governantes, novas equipes nos trazendo esperança, porém, logo aparecem os
desvios escandalosos, CPIs com as delações, investigações infindáveis e
vamos novamente perdendo a confiança nos governantes.
O caminho da independência econômica passa pela educação financeira, onde
aprendemos a controlar gastos, conforme nossos rendimentos, maximizando
as reservas de maneira consciente e consistente para garantir um futuro sem
depender de órgãos ou entidades que mudam as regras no meio do jogo
prejudicando qualquer planejamento, por mais pessimista que seja
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A pesquisa será do tipo exploratório, através de levantamento bibliográfico.
ANÁLISE DOS RESULTADOS
Em andamento.
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CONCLUSÃO E LIMITAÇÕES DO ESTUDO
Em andamento.
REFERÊNCIAS
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30/08/2017
http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/poupanca-perde-da-inflacao-pela-
primeira-vez-em-13-anos/. Acesso em: 28/08/2017
http://minhaseconomias.com.br/blog/investimentos/melhores-investimentos-por-
rentabilidade-mes. Acesso em: 28/08/2017
http://monografias.brasilescola.uol.com.br/administracao-financas/financas-
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http://oprimorico.com.br/author/thiagonigro/. Acesso em: 28/08/2017
http://www.previdencia.gov.br/acesso-a-informacao/institucional/historico/.
Acesso em: 28/08/2017
http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/wp-content/uploads/2016/03/TCC-JULIANA-
DE-SOUZA-MENDES.pdf. Acesso em: 28/08/2017
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/125972. Acesso em: 28/08/2017
www.caminhoparariqueza.com.br/roteiro-desbancarizar-em-6-passos-simples/
(em 01/08/2017 17:17).
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