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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do Sul R$ 3,10 - ANO XIV nº 588 08/12 a 14/12 de 2013 www.copopular.com.br MAIS NA PÁGINA 4 MAIS NA PÁGINA B3 MAIS NA PÁGINA B2 MAIS NA PÁGINA B1 MAIS NA PÁGINA 5 MAIS NA PÁGINA 5 Por Fernando Ordakowski MAIS NA PÁGINA 2 MAIS NA PÁGINA B7 A era digital EDITORIAL ARAPUCA João Emanuel cai na armadilha do prefeito. Turma de Mauro Mendes organiza golpe do vídeo e arrebenta com João Emanuel. Comitê da Maldade, que reúne Pascoal Santullo, José Antônio Rosa e Antero de Barros, montou principal peça de acusação contra genro de José Riva. O vereador João Emanuel Lima (PSD) caiu em uma esparrela que teria sido planejada pelo prefeito Mauro Mendes (PSB) e mergulhou em um processo de desgaste para o qual, aparentemente, ele não havia se preparado. A evidência é que se trata de um novo e ousado lance em meio aos embates que vem sendo travados entre a Câmara Municipal e a Prefeitura, em Cuiabá, desde o início deste ano de 2013. A crise instalada na Câmara Muni- cipal, como resultado da ardilosa intervenção do Executivo nos negócios do Legislativo, vem aprofundar o descrédito da população com relação aos vereadores - uma situação que só favorece ao governo comandado por MM. O prefeito se aproveita da situação de caos no Legislativo para colocar o conjunto dos parlamentares praticamente de joelhos diante do poderio que vai concentrando em suas mãos e que pode ser maior, a partir de 2014, quando planeja fazer governador o atual senador Pedro Taques (PTB), para atuar como mais uma marionete de sua política. Não deve ter sido à toa que a armação montada pelo Comitê da Maldade de Mauro Mendes contra o vereador João Emanuel envolva uma possível grila- gem de terras e que o nome do advogado José Antônio Rosa apareça no rolo. A casa dos horrores 270 cursos superiores no país terão vestibular suspenso Em Cuiabá, cresce a inclusão de pessoas com PCDs no mercado de trabalho CIRCO 44 MIL VAGAS A MENOS CARREIRA ELETRO FIOS Perfil MULHER A visão empreendedora de Zilda Zompero Pazini MEC publicou, na manhã de sexta-feira, 6, a lista. No Mato Grosso, onze cursos superiores e tecnológicos tiveram seus vestibulares suspensos, após obterem re- sultados considerados insatisfatórios nas avaliações feitas pelo órgão, nos anos de 2009 e 2012. Projeto quer aumentar multas em até 10 vezes Depois de 20 anos Senado quer mudar comportamento de motoristas infratores pelo bolso. Decisão do STF sobre perdas da poupança deve sair em 2014. MAIS RIGOR PLANOS ECONÔMICOS “FEITO UM PATINHO”

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O JORNAL DO CENTRO OESTE... COMPLETO DINÂMICO.

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Por Fernando Ordakowski

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A era digitalEDiTORiaL

aRapUCa

João Emanuel cai na armadilha do prefeito. Turma de Mauro Mendes organiza golpe do vídeo e arrebenta com João Emanuel. Comitê da Maldade, que reúne Pascoal Santullo, José Antônio Rosa e Antero de Barros, montou principal peça de acusação contra genro de José Riva. O vereador João Emanuel Lima (PSD) caiu em uma esparrela que teria sido planejada pelo prefeito Mauro Mendes (PSB) e mergulhou em um processo de desgaste para o qual, aparentemente, ele não havia se preparado. A evidência é que se trata de um novo e

ousado lance em meio aos embates que vem sendo travados entre a Câmara Municipal e a Prefeitura, em Cuiabá, desde o início deste ano de 2013. A crise instalada na Câmara Muni-cipal, como resultado da ardilosa intervenção do Executivo nos negócios do Legislativo, vem aprofundar o descrédito da população com relação aos vereadores - uma situação que só favorece ao governo comandado por MM. O prefeito se aproveita da situação de caos no Legislativo para colocar o conjunto dos parlamentares praticamente de joelhos diante

do poderio que vai concentrando em suas mãos e que pode ser maior, a partir de 2014, quando planeja fazer governador o atual senador Pedro Taques (PTB), para atuar como mais uma marionete de sua política. Não deve ter sido à toa que a armação montada pelo Comitê da Maldade de Mauro Mendes contra o vereador João Emanuel envolva uma possível grila-gem de terras e que o nome do advogado José Antônio Rosa apareça no rolo.

A casa dos horrores

270 cursos superiores no país terão vestibular suspenso

Em Cuiabá, cresce a inclusão de pessoas com PCDs no

mercado de trabalho

CiRCO

44 miL vagas a mEnOs

CaRREiRa

ELETRO FiOsPerfilMULHER

A visão empreendedorade Zilda Zompero Pazini

MEC publicou, na manhã de sexta-feira, 6, a lista. No Mato Grosso, onze cursos superiores e tecnológicos tiveram seus vestibulares suspensos, após obterem re-sultados considerados insatisfatórios nas avaliações feitas pelo órgão, nos anos

de 2009 e 2012.

Projeto quer aumentar multas em até 10 vezes

Depois de 20 anos

Senado quer mudar comportamento de motoristas infratores pelo bolso.

Decisão do STF sobre perdas da poupança deve sair em 2014.

mais RigOR

pLanOs ECOnÔmiCOs

“FEito um PAtinho”

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIV nº 588 08/12 a 14/12 de 2013

Diante da Ope-ração Aprendiz e Vídeo publicado pela imprensa, a Câmara de Cuiabá está mergulhada na maior crise de todos os tempos, esses fatos vergo-nhosos, com cer-teza contribuirão para que povo afaste-se cada vez mais do processo

político futuro.A vida é um processo de aprendi-

zagem, os vereadores são passageiros, mas a Câmara de Cuiabá é eterna, o povo cuiabano que esperava muito dessa legislatura, com a Câmara reno-vada com muitos políticos de primeira viagem, tinha a im-pressão que esses jovens construiriam um novo modelo de poder legislativo, imbuído nas ações coletivas, calcado em princípios éticos e a ganância passa-ria muito longe do “Campo D’ourique” .

Logo ali exatamente no marco da América do Sul, esperava-se que as for-ças das convergências, talvez pudessem trazer de alguma forma a somatória das energias espirituais para abrir a cons-ciência de alguns vereadores, e que as pegadinhas da legislação passada, onde se aprovavam projetos importantes sem ler, como: Concessão da CAB e Aumento de IPTU, seriam coisas do passado.

Mas o importante é não deletar tudo, porque com certeza ao apagar uma coisa ruim, temos que ter o cuidado para não apagar as boas que os novos vereadores fizeram, porque não devemos genera-lizar, temos certeza lá existem jovens políticos bem intencionados e não 25 artistas com foi dito por alguém.

Para aqueles que têm a consciência de que somos eternos aprendizes, logica-mente entenderão que a vida passa rápi-do demais e perdemos muito tempo com as subjetividades das coisas supérfluas.

Muito ficarão para recuperação na escola da vida, pois não entenderam que os dias são processos de experiências e sabedorias, e como alunos, aprendemos um pouco nos caminhos da vida, sendo que pouco serão aprovados pela lei uni-versal, toda ação deve ser milimetrica-mente pensada para não precisar voltar e repetir os erros por anos e anos.

Hoje, o grande problema em questão é que a maioria das pessoas que final-mente conseguem estar em um plano de conhecimento especial, acabam achando que são seres superiores, que são muito espertos e por essa razão não devem dar satisfação dos seus atos ao povo que o elegeu.

Alguns políticos têm o bolso maior que os olhos, e acham que o milagre da multiplicação acontece só para eles, e quando esses milagres não vêem, apon-

tam seus dedos indi-cadores para a “cara” dos outros, tentando colocar a culpa das suas imperfeições e da sua ganância nos ombros de outro al-guém.

Durante a vida recebemos vários sinais através de

Email’s espirituais em nosso micro--mundo, existem também os sinais que recebemos através dos exemplos da pessoas que tem uma vida vitoriosa ou mesmo daquelas que por deslizes levam uma vida sofredora. Os sinais estão espalhados por aí, por aqui, nas filas dos bancos, nos pontos de ônibus, nos hospitais, nas cadeias e nas escolas; são exemplos para o bem ou para o mal, a escolha é somente sua.

O seu pensamento traduz o que você é. As pessoas são exatamente o que elas pensam e muitos são condicionados a agirem por hábitos, depois não adianta justificar o injustificável, porque o per-dão se alcança no futuro com base no arrependimento verdadeiro.

O importante é saber aproveitar os ensinamentos que vida nos oferece em forma de sabedoria, de compaixão e de amor ao próximo, faça isso antes do seu ponto final.

Pasmem os senhores, em pleno século XXI em nossa capital; ainda somos pegos de surpresa, ao tentar fazer um saque ao Domingo pela ma-nhã, em uma das agências do Banco do Brasil, mais movimentada da cidade, situada à Av. Historiador Rubens de Mendonça. Dos, 12 terminais de caixas eletrônicos ali existentes, sendo 6 de um lado e 6 do outro, em apenas um de cada lado havia dinheiro, formando-se filas quilométricas, eis que, em um dado momento, acaba o dinheiro de ambos, a revolta e chiadeira, torna-se generalizada, porém, reclamar para quem?

Na sexta-feira dia (29), o Governo do Estado pagou a todo funcionalismo público, o tão esperado salário, que movimenta uma verdadeira fortuna, portanto, era de se esperar naquele momento um acúmulo de pessoas na tentativa de retirar seu dinheiro, até ai, tudo bem.

Não estou criando nenhum factoi-de, estou apenas relatando algo que realmente aconteceu e, que foi revoltante para todas as pessoas que ali se encontravam, na tentativa de sacar dinheiro.

Acreditamos que o não rea-bastecimento dos caixas eletrônicos, não tenha sido por falta de dinheiro. Uma vez que, o referido Banco, regis-trou lucro líquido de R$ 12,2 bilhões em 2012, o que corresponde a retorno anualizado sobre o patrimônio liquido médio (RSPL) de 19,8%, então não é por falta de dinheiro.

É sabido, que em todo final de mês em que ocorre o pagamento do funcio-nalismo público estadual, há um maior acumulo de pessoas no Banco, estou referindo, ao uso dos caixas eletrôni-cos, para saques.

Não são todas as pessoas que con-seguem fazer isso no mesmo dia do pagamento, ou no dia seguinte; como no caso deste mês, em que caiu na sexta-feira, obviamente, muitos cor-

rentistas foram ao sábado e, ou-tros ao Domingo, momento em que, acabou o dinheiro pelo menos nessa agência que deve-ria ser referência, por certo, deve ter ocorrido o mesmo em outras agên-cias, pois essa prática é corri-queira, pelo fato das pessoas não reclamarem.

O artigo em questão, não tem a conotação em momento algum, de macular ou criticar a instituição, que-remos sim, fazer justiça, uma vez que em Cuiabá, já enfrentamos a questão da mobilidade; imaginem vocês ter que sair desta Agência e ir para outra, com a possibilidade de ocorrer à mesma coisa.

Enquanto isso ocorrer, com a po-pulação cuiabana que é ordeira e passiva, nas questões de pre-servação e respeito ao patrimônio público e privado tudo bem.

Agora, imaginem vocês com o advento da Copa do Mundo 2014, como ficará a nossa imagem no ce-nário nacional e inter-

nacional; por faltar dinheiro em caixas eletrônicos, em uma das instituições bancárias que deveria ser referência Nacional, o Banco do Brasil S.A (BB), uma instituição financeira brasileira, estatal.

Na verdade o que pedimos, é um mínimo de respeito para com os correntistas deste Banco Comercial, instituição de credito, caracterizada pela captação de fundos, através de operações passivas com os depósitos à vista, a prazo e com pré-aviso; vamos melhorar essa imagem, respeitando o bem maior dessa instituição secular, o seu correntista, seja ele grande ou pequeno.

Pare o mundo, quero descer.

Os trabalhadores da construção ci-vil nunca viveram momento como este. A perspectiva da Copa do Mundo, em 2014, colocou-os em evidência, levando de forma mais ampla à sociedade as di-ficuldades pelas quais passam e também as conquistas que acumulam em sua luta por um ambiente de trabalho mais fraterno e justo.

O crescimento do setor – um dos poucos que em Mato Grosso a apresentar frequentes resultados positivos de gera-ção de emprego – também representou o amadurecimento da luta sindical que o envolve. O sindicalismo na construção civil cresceu e se renovou, tendo o Estado de Mato Grosso como um dos principais protagonistas deste momento.

“Os trabalhadores tiveram seu avan-ço ao garantir melhores condições sala-riais e de trabalho aos operários da Are-na Pantanal, sem a necessidade de greves ou grandes conflitos que atra-sariam ainda mais as obras”

Um exemplo disso é a atuação dos operários de MT na Campanha pelo Trabalho De-cente na Copa do Mundo e Além, coor-denada pela Federação Internacional de Trabalhadores da Construção e da Madeira (ICM), cujo objetivo é garantir condições humanas de trabalho aos ope-rários da Copa. Em MT, mesmo diante do desinteresse da Secopa em discutir questões trabalhistas, os trabalhadores tiveram seu avanço ao garantir melho-res condições salariais e de trabalho aos operários da Arena Pantanal, sem a ne-cessidade de greves ou grandes conflitos que atrasariam ainda mais as obras.

Em 2013, a classe trabalhadora também ampliou a discussão sobre a segurança no trabalho, área em que MT figura entre os piores colocados, ocupan-do o topo da lista dos Estados com maior

índice de acidentes, doenças e mortes. Somente este ano, o sindicato da cate-goria (SINTRAICC-CM) realizou 210 reuniões de escla-recimento sobre le-gislação e fiscaliza-ção em canteiros de obra, sendo o único a integrar o Grupo Interinstitucional que discute o tema, coordenado pelo Ministério Público do Trabalho.

O SINTRAICCCM também está na diretoria da Federação dos Trabalha-dores na Indústria, da Nova Central Sindical e da Confederação Nacional

da Construção e do Mobiliário, além do Conselho Municipal do Trabalho, o que demonstra o cresci-mento da representa-tividade da categoria nos níveis local e na-cional.

Quanto à pau-ta salarial, ainda há

avanços a serem feitos na luta pelo piso único nacional. O empresariado ainda não repassou aos trabalhadores os ga-nhos obtidos com o ‘boom’ imobiliário patrocinado com o dinheiro dos impos-tos por meio de programas de expansão de infraestrutura do governo federal. Porém, a negociação trouxe avanços em outros itens das cláusulas sociais que representaram grandes benefícios aos trabalhadores.

Para o futuro, a principal pauta dos trabalhadores da construção civil será a cobrança sobre o governo federal, para que cumpra sua promessa de dar con-tinuidade à expansão da infraestrutura nacional, garantindo os empregos gera-dos e o crescimento da renda.

DiretorAntônio Carlos Oliveira

Diretoria ComerCialMax Feitosa Milas

relações instituCionaisSilvia Narçay Milas

núCleo De míDiaCristiane C. da Silva, Juliana Valeriano

Ana Silvia Assis, Roberta V. Vieira

editoria e reportagem-mtBeatriz Girardi - DRT - 1187-MT

editor e reportagem - msJota Menon

reportagensBeatriz Girardi, Regina Botelho

[email protected]

editor de arte / DiagramaçãoMário Pulcherio Filho

Diagramação / Projetos Leonardo Arruda - 65 9233-9018

ChargeFernando Ordakowski

CirCulaçãoBrasília, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul

SedesAvenida Miguel Sultil, nº 4.353 - Areão Cuiabá - Mato Grosso - CEP: 78.010-500Fone (65) 3623-4300/e-mail: [email protected]

Endereço BrasíliaCLSW - 301 - Bloco A - Edifício Spaço Vip Sala 136 - Setor Sudoeste Fones: (61) 3028-1388/3028-1488

Escrtório Campo GrandeRua Joaquim Murtinho, nº 184 - Centro Campo Grande - Mato Grosso do Sul CEP: 79.002-100 Fone (67) 3029-4214 e-mail: [email protected]

Assinaturas: (65) 3046-0400 (67) 3029-4214

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Opinião

Editorial artigosA era digital

O futurO da cOnstruçãO civil

O eternO aprendiz

desrespeitO aO cOrrentista

é ProPrieDaDe Da

Quanto à pauta salarial, ainda há avanços a serem

feitos pelo piso único

Os vereadores são passageiros,

mas a Câmara de Cuiabá é eterna

Acreditamos q u e o n ã o reabastecimento

não tenha sido por falta de dinheiro

Divulgação

JOAQUIM SANTANA é presidente do sindicato dos trabalhadores na cons-trução civil de cuiabá e Mu-nicípios (sintraicccM) e conselheiro da confedera-ção nacional da construção e do Mobiliário (contricoM)

Divulgação

WILSON FUÁ é econoMista

Reprodução

LICIO ANTONIO MALHEIROS

é geógrafo

O sucesso do aplicativo de avaliação masculina Lulu trouxe de carona uma enxur-rada de manifestações con-trárias à liberação de dados pessoais fornecidos às redes para terceiros. No entanto, essa é uma das contrapar-tidas pedidas pela maioria dos sites para cadastro. Não basta mais pensar para exis-tir: é preciso compartilhar. As redes sociais na internet, que se multiplicaram desde o surgimento há cerca de 10 anos, são parte da identidade de pessoas de todas as idades e não estar nelas é, por vezes, abdicar de parte do eu na era digital. Contudo, uma conta no Facebook, aparentemente gratuita, pode custar mais que um simples cadastro com e--mail. Quem aceita os termos de adesão de um site do tipo, posta imagens, localização e qualquer outra informação está abrindo mão de um bem precioso: a privacidade. Não entender exatamente o que

as produtoras de software e os sites estão fazendo com os seus dados custa caro. Não há leis específicas sobre pri-vacidade na internet a que se possa apelar, especialmente quando o site oferece a opção de bloquear algumas infor-mações para não permitir o acesso público, como no Facebook. O usuário, quando entra na rede ou usa o app, permite o acesso a seus dados, mas eles não são de proprie-dade da empresa. A partir do momento que a pessoa concordou com as políticas de privacidade e não configurou a rede de modo que lhe pro-teja, fica difícil reclamar. Na prática, quanto mais opções derem para proteger a conta, há menos chance de reclamar. Por vezes, não é uma questão de falta de compreensão. Usuários, ainda que saibam que estão expostos, preferem abrir mão do controle a estar fora da conversa. O prazer em estar na rede não é mais o bas-

tante para algumas pessoas. Há um movimento – especial-mente dos mais jovens – de deixar redes como o Facebook por acreditar que o preço é alto demais. O problema do Facebook é que ele integra todos os dados, a vida pessoal, profissional etc. Isso dá um volume e um cruzamento de dados maior. Nos deixa mais vulneráveis. A debandada da maior rede social do mundo estaria beneficiando sites menores e mais focados, como o Pinterest (para referências visuais), o LikedIn (focado na vida profissional) e mesmo o Instagram. Em 2008 um site nos Estados Unidos chamado Juicy Campus, que publicava fofocas sobre universitários, foi bloqueado em algumas universidades e investigado por difamação. Fechou um ano depois. Se sair das redes sociais parece improvável, tomar cuidados para prote-ger seus dados pode fazer a diferença.

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIV nº 588 08/12 a 14/12 de 2013 3Economia

Adeus, MAdibAMorreu na quinta-feira, 5, aos 95 anos, em Pretó-

ria, o ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela. Enquanto lutava contra a infecção pulmonar que o levou, Mandela foi seguido pelas vigílias e melhores sentimentos de seus compatriotas. O pesar se estendeu ao mundo. Amigos, líderes que por ele foram inspirados e até mesmo rivais manifestaram tristeza pela partida e admiração por seu altruísmo e vontade de justiça. O funeral deve durar 10 dias - e, pela mesma quantidade de tempo, as bandeiras da África do Sul serão hasteadas a meio-mastro.

O fiM dA segregAçãOMandela era um herói acima de facções, fronteiras

e religiões. O orador que discursava deixou o mundo ao qual ensinou lições de aceitação do diferente. Por ser estreita a senda, eu não declino/Nem por pesada a mão que o mundo espalma/Eu sou dono e senhor de meu destino/Eu sou o comandante de minha alma.” para todos os tons e representava todas as cores, ne-cessariamente juntas.

revelAçãOO suposto presidente da empresa que administra

o hotel Saint Peter, de Brasília, que ofereceu salário de R$ 20 mil para o ex-ministro José Dirceu, reside em um bairro pobre e trabalha há mais de 30 anos como auxiliar de escritório em uma empresa de advocacia no Panamá. A revelação foi feita pelo Jornal Nacional.

rAnking educAçãOApenas quatro instituições brasileiras entraram no

primeiro ranking mundial que avalia as 100 melhores universidades de países emergentes. Divulgado pela revista britânica Times Higher Education (THE), o Ranking Brics e Economias Emergentes 2014 conferiu à USPa 11º colocação. Ainda na lista, estão a Unicamp, a UFRJ e a Unesp.

TrAnspArênciA inTernAciOnAl

Somália, Coreia do Norte e Afeganistão são os países onde a corrupção é mais percebida, enquanto Dinamarca e Nova Zelândia são os mais transparentes, segundo o índice anual da Transparência Internacional, no qual o Brasil aparece na 72ª posição. Quase 70% dos países da lista têm “sérios problemas”, com funcioná-rios dispostos a receber suborno. O Brasil permanece em situação estável na lista com a 72ª posição, apesar dos recentes casos de corrupção política. Dinamarca e Nova Zelândia, os mais transparentes.

desTri O secretário de Governo de Sorriso (420 km ao

Norte de Cuiabá) e ex-diretor de Habilitação do Depar-tamento Estadual de Trânsito (Detran), Eugênio Destri, será o novo presidente da autarquia. Ele assumirá no lugar de Giancarlo Castrillon que pediu exoneração após ser envolvido na Operação Ararath, da PF, que investiga lavagem de dinheiro em Mato Grosso.

prOjeTO gOOgle MAps / seTpuDizem as más línguas que há empresas de consul-

toria e projeto enriquecendo com este método. Segundo fontes palacianas, algumas companhias - essas que recebem alguns milhões do estado para elaboração de projeto - estão nadando na ‘’bufunfa’’ já que os projetos são construídos sem análise de solo e sem medições precisas.

prOjeTO gOOgle MAps / seTpu iiQuem paga o pato no fim das contas é o contribuin-

te, pois a empreiteira que vai realizar a obra embasada no projeto, encontra areia, argila e pedra onde não deveria ter. Já existe relatos de acharem até linhas de transmissão de energia onde segundo o projeto não deveria constar. Será que o engenheiro responsável pelo projeto não enxergou os mais de 40 postes instalados ali, pois no Google Maps não constam os postes mesmo.

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Consumidor que desistir da compra do imóvel tem direito

de receber valor à vistaO que era para ser um alívio pode trazer muitas dores de cabeça aos compradores de imóveis

REsCisãO

Da Redação

Atrasos nas obras, au-mento excessivo das presta-ções, diminuição de renda, cobrança de taxas abusivas, problemas de saúde ou até mesmo arrependimento do negócio podem levar à res-cisão do contrato do imóvel. Ainda assim, é preciso olho vivo na hora de receber a restituição dos valores pagos. De acordo com levantamento da Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências (Amspa), de janeiro a novem-bro deste ano, foram feitas 38 reclamações contra construto-ras na capital paulista devido à incorreção do valor devolvido após o cancelamento do con-trato, sendo que 100% dos consumidores deram entrada em ações na Justiça.

Uma decisão recente do STJ, no entanto, abre possi-bilidade para os adquirentes de imóveis, com problemas ao desistir do negócio, recor-

Uma decisão recente do STJ abre possibilidade para os adquirentes de imóveis, com problemas ao desistir do negócio, recorrerem à Justiça

rerem à Justiça com base na jurisprudência de julgamento, no qual o ministro Luis Felipe Salomão considerou ilegal a devolução do valor ser feita somente após o término da

obra ou de forma parcelada, no momento do rompimento do contrato.

Na sentença, a Corte de-terminou que o reembolso deve ser imediato. Se a quebra

de contrato for por culpa da construtora, a devolução do dinheiro tem que ser integral. Já nos casos em que o com-prador desiste do negócio, a entrega do valor será parcial.

iBGE lança concurso em todo o Brasil

Há chances para candidatos de nível médio e superior

OpORTUniDaDEs

Da Redação

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na terça-feira3, edi-tal de concurso com 7.825 vagas temporárias de nível médio e superior para todo o Brasil, nos cargos de agente de pesquisas e mapeamento, agente de pesquisas por tele-fone e analista censitário de geoprocessamento e supervi-sor de pesquisas.

O contrato possui dura-ção de 12 meses, prorrogáveis por igual período. Há vagas para nível médio e superior e os salários vão de R$ 765 a R$ 4 mil, além de auxílio ali-mentação e auxílio transporte.

As inscrições estarão abertas de 5 de dezembro a 6 de janeiro no site da Fundação

Cesgranrio. Haverá apenas prova objetiva, com aplica-ção prevista para o dia 23 de fevereiro. Os valores da taxa de inscrição variam de R$ 25 a R$ 80.

A triagem dos inscritos constará de provas objeti-vas, de caráter eliminatório e classificatório, compostas por questões do tipo múlti-pla escolha sobre conteúdos constantes no edital. A previ-são é de que essas avaliações sejam aplicadas no dia 23 de fevereiro de 2014, em locais e horários a serem definidos e divulgados com antece-dência.

O prazo de validade desse processo seletivo simplificado será de dois anos, contados a partir da data da divulgação do resultado final.

Consumidor vai comprar e pesquisar mais neste natalO levantamento também apontou para o fato de que o brasileiro está passando por uma mudança em seus

hábitos de consumo e em seu planejamento financeiro

OTimisTa

Da Redação

A época das festas nata-linas se aproxima e traz um consumidor otimista, dispos-to a comprar mais e pesquisar melhor os preços. O perfil foi traçado através da pesquisa da Deloitte, que presta con-sultoria a diferentes setores do mercado.

Neste Natal, o brasilei-ro pretende pesquisar mais antes de comprar, conforme indicam 54% dos responden-tes, o que revela, novamente, uma decisão mais consciente. Em média, os entrevistados apontam que deverão gastar R$ 61,85 por presente, 11% a mais do que no ano passado. Vale lembrar ainda que, na pesquisa realizada em 2012, o ticket médio pretendido por presente era de R$ 55,60, mas o gasto efetivo acabou sendo de R$ 57,59.

“Isso não é falta de plane-jamento. É o perfil otimista do brasileiro, principalmente em épocas festivas. Ele estabele-ce um patamar de consumo

inferior ao que efetivamente desembolsará, e, no momen-to da compra, pelo impulso emocional, acaba despen-dendo mais dinheiro”, analisa Saad.

O levantamento também apontou para o fato de que o brasileiro está passando por uma mudança em seus hábitos de consumo e em seu planejamento financeiro. Prova disso é que a parcela de consumidores que plane-

jam economizar o 13º salário subiu neste ano 50% em re-lação ao que foi registrado na pesquisa de 2012, atingindo agora o correspondente a 36% do total dos entrevistados.

Outros 35% planejam quitar dívidas com esse recur-so extra. Essa predisposição não implicará, no entanto, em redução de volume de compras e gastos natalinos, já que 59% dos consumidores pretendem gastar mais ou o mesmo do que gastou em 2012.

CARTãO dE CRédITO

Pela primeira vez em quatro anos de pesquisas da Deloitte sobre expectativas de consumo para o período de Natal, o cartão de crédito em “única parcela” e o “par-

celado” foram apontados como principais meios de pagamento a serem utilizados pelos consumidores (somam 74% os que indicaram essas alternativas). Aparecem na sequência, como meios de pagamento mais utilizados, o dinheiro, com 69%, e o cartão de débito, com 49%.

E-COMMERCEQuanto aos canais de

compras empregados, confir-mou-se a tendência de cresci-mento do comércio eletrônico, com 64% dos respondentes afirmando que a internet será o canal mais utilizado, seguido por 61% que apontam as lojas de departamento e 56% que indicam os shoppings centers. Apesar de ser o canal online o preferido dos respondentes neste Natal, as lojas físicas deverão ser visitadas, segundo eles próprios, motivados pela experiência de compra, seja por conta do atendimento pessoal, das promoções ou do contato mais direto com o produto antes da realização da compra.

Já quando questiona-dos sobre os motivos que os levam a realizar as compras no ambiente online, 73% dos respondentes disseram ser devido aos preços mais bai-xos, 53% pela praticidade, e 51% destacaram o frete grátis.

COMéRCIO ELETRôNICO dEvE FATURAR R$ 3,85 bILHõES

As compras relacionadas ao Natal devem mo-vimentar R$ 3,85 bilhões no comércio eletrônico, o que representa um crescimento de 25% em relação ao ano passado. A previsão é de que, até o dia 24 de dezembro, 10,3 milhões de pedidos sejam feitos via internet, com tíquete médio de R$ 368. “O Natal é a data sazonal mais importante para o e-commerce e corresponde entre 15% a 20% do total das vendas do ano. Dessa vez, com a Black Friday, prevemos um peso ainda maior. Muitos consumidores deverão antecipar suas compras na próxima sexta-feira, dia 29 de novembro, data escolhida para as promoções”, explica Pedro Guasti, diretor geral da E-bit, especia-lizada em informações do setor. A antecedência nas compras, aliás, é uma recomendação importante na época do Natal. O consumidor deve fazer suas aquisi-ções, pelo menos, 20 dias antes da data. Dessa forma, ele garante que seus produtos cheguem a tempo para a comemoração.

A parcela de consumidores que planejam economizar o 13º salário subiu neste ano 50% em relação ao que foi

registrado na pesquisa de 2012

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIV nº 588 08/12 a 14/12 de 20134 gEral

Pessoas com deficiência comemoram conquistas

COTas

Em Cuiabá, cresce a inclusão de pessoas com PCDs no mercado de trabalhoRegina Botelho

Da Redação

Trabalhando no setor de miúdos do grupo BRF (Sadia), o deficiente au-ditivo Márcio Almeida de Moraes, 34, está feliz com os resultados alcançados ao longo de sua jornada profissional. Apesar da limitação e do uso de apare-lho auditivo, ele conta que já trabalhou na Unimed e passou por vários cursos de qualificação profissional em Cuiabá.

Muito simpático Mora-es expõe que gosta de tra-balhar e estar próximo de pessoas que o compreende e dão toda atenção necessá-ria. “Em 2014 quero tentar uma nova oportunidade em um novo local de trabalho. Tenho colegas legais, mas preciso ampliar meus ho-rizontes”, observou.

Elisangela Nunes de Almeida trabalha há nove anos no setor de desosa-mento dianteiro da BRF. Ela se comunica através da linguagem de sinais e diz não ter do que recla-mar das limitações. Casada está grávida de dois meses e se sente realizada por fazer parte da equipe. “O relacionamento com os de-mais colegas é maravilhoso. Trabalhar faz parte do coti-diano das pessoas e minha deficiência não atrapalha o desenvolvimento das mi-nhas atividades dentro da empresa”.

O jovem Kleberson Lima Assunção, 18, é estu-dante da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais em Cuiabá (APAE). Ele é portador de deficiência in-telectual. Passou por cursos e conseguiu uma vaga na drogaria Rosário. “Estou

conseguindo superar mi-nhas limitações e me dando bem no mercado”, enaltece.

A enfermeira do traba-lho da BRF, Elaine Borges, cita que a unidade de Vár-zea Grande conta com 68 pessoas com deficiências físicas, auditiva e visual que estão distribuídas dentro do processo industrial da empresa.

“Trabalhamos com a inclusão social. Inserí-los no mercado não é uma ta-refa fácil, principalmente para as pessoas com defi-ciência física. A cada dia eles vão superando suas limitações e quebrando as barreiras. As conquistas são gratificantes e motiva-doras”, comemora.

Cenira Benedita Evan-

gelista, assistente social da APAE Cuiabá, afirma que a associação realiza um projeto de empregabilida-de para inserir os alunos no mercado de trabalho. De acordo com a profis-sional, a primeira questão trabalhada nas aulas é a cidadania, o acesso às vagas no mercado, confecção de documentos e orientação à família. “Levamos os alunos para conhecer os locais que eles irão trabalhar. Dez no-vos estudantes estão sendo preparados para inclusão no mercado”, frisa.

Apesar dos avanços, da implantação da Lei das Cotas, a profissional argu-menta que ainda falta mais cumprimento da lei, pois em Cuiabá e no Estado de Mato Grosso não existe uma política efetiva nessa preparação. “Falta compro-metimento do poder pú-blico. Falta sensibilidade”, dispara.

QUALIFICAçãO pROFISSIONAL

Segundo a coordena-dora do Programa de Ações Inclusivas do Serviço Na-cional de Aprendizagem Industrial (Senai-MT), De-nise Molina, 800 pessoas com deficiência intelectu-al foram qualificadas em 2013. Molina conta que os estudantes participaram de cursos de costura indus-trial, padeiro/confeiteiro, operador de computador para cegos, libras para sur-dos, entre outros. As aulas em turmas inclusivas, das quais participam estudan-tes com deficiência, e os outros alunos contam com professores qualificados para lidar com diversos tipos de deficiência, além de material didático ade-quado à situação de cada estudante.

Uma das maiores quei-xas das empresas e indús-trias para contratação das pessoas com deficiências é a falta de qua-lificação e baixa escolaridade. A co-ordenadora revela que o Senai está procurando traba-lhar as habilida-des dessas pessoas. “Muitos não con-seguem cumprir a Lei das Cotas por causa da falta de mão de obra. Em muitas situações o empregado tem dificuldades em contratar, pois tem medo das pessoas com deficiências não conseguirem

As companhias perceberam que o recrutamento assertivo coloca o profissional dentro do processo de trabalho e aumenta a produtividade. Mas isso exige esforço da empresa,

investimento e preparação de lideranças

Fotos: Regina Botelho e reprodução

Segundo Denise Molina – do Senai-MT, 800 pessoas com deficiência intelectual foram

qualificadas em 2013

A enfermeira do trabalho da BRF, Elaine Borges, cita que a unidade de Várzea Grande conta com 68 pessoas com

deficiências físicas, auditiva e visual que estão distribuídas

dentro do processo industrial da empresa

Para a assistente social Cenira Benedita, da APAE Cuiabá, falta

comprometimento do poder público

desempenhar suas ativida-des”. Ela cita ainda que as usinas de álcool no interior de Mato Grosso, indústrias de Cuiabá e Várzea Grande como a Bimental, Trael Transformadores, A Re-nosa (grupo engarrafador franqueado do Sistema Co-ca-Cola Brasil, BRF( Sadia) contam com trabalhadores com deficiência intelectual.

LEI dA COTA

Com relação à Lei das Cotas que é a mola propul-sora da inclusão de pessoas com deficiências - PCDs, a coordenadora do Senai-MT disse que as empresas pelo lado social se envolvem porque fazem bem para o próximo. Disse também que empresas e indústrias que trabalham com a in-clusão fortalecem os tra-balhos, pois funcionários com habilidades normais ficam mais motivados com a participação das pessoas com deficiência intelectual. A principal dificuldade é a acessibilidade atitudinal (atitude pessoal de cada indivíduo). Além da quali-ficação dos trabalhadores, o Senai-MT conta com um

serviço de assessoria que é feito através do mapa pro-figográfico, onde o órgão vai até a empresa e faz o mapeamento dos locais de trabalho.

A partir daí é feito um cruzamento com as defici-ências e passado as orien-tação para as indústrias. “Levantamos todas as in-formações e os postos de trabalho e identificamos qual setor os PCDs podem atuar”.

dAdOS

Em 2013, o Senai--MT qualificou, por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), 411 pessoas com deficiência em diversas áreas do conheci-mento. Além das aulas e das mensalidades gratuitas, o programa oferece aos estu-dantes transporte, alimen-tação e material didático. O Estado é o segundo no ranking nacional, abaixo apenas de São Paulo com 530 pessoas. No que se re-fere a município, Cuiabá é a cidade com maior número de qualificações em 2013, são 203 pessoas.

A lei das cotas para deficientes foi a mola propulsora para as organizações compreenderem o processo de inclusão dessas

pessoas

o processo de inclusão

A inclusão de pes-soas com deficiência no mercado de trabalho tem crescido, mas ainda há um número expressivo de pessoas que estão de-sempregadas por falta de oportunidades. Um dos grandes motivos para o crescimento do número de vagas é as empresas se ade-quarem ao cumprimento da Lei nº 8.213/91 art. 93, que estipula um percentual de cotas, de 2% a 5%, para pessoas com deficiência, conforme a quantidade de funcionários contratados. As empresas que tiverem 100 ou mais colaboradores devem obrigatoriamente se adequar a Lei de Cotas, como é conhecida.

Segundo dados do úl-timo censo divulgado pelo IBGE, no Brasil, cerca de nove milhões de pessoas com deficiência estão tra-balhando e dois milhões delas possuem carteira as-sinada. Em contrapartida há, aproximadamente, 16 milhões de pessoas com alguma deficiência que ainda não estão inseridas no mercado. Para Açucena Maria Calixto Bonanato, presidente do Instituto Pró Cidadania, as empresas na maioria das vezes não con-tratam as pessoas com de-ficiência por razões sociais, mas sim pelo cumprimento da Lei. “Nosso trabalho é auxiliar e conscientizar as empresas, como também ajudar as pessoas com deficiência a ingressarem no mercado de trabalho. Geralmente, as empresas nos acionam quando já estão sendo fiscalizadas e sendo obrigadas a pagar as multas cobradas”, explica.

O preço que se paga pelas companhias que não se adequam a Lei é caro, uma vez que estão sujeitas a pagamento de multas,

que equivalem a cinco mil reais por vaga. Porém, caso haja reincidência, trinta dias depois, são cobrados 10 mil por vaga. Com mais 30 dias de descumprimen-to da Lei, são cobrados 10 mil reais por dia. E, por fim, se empresa não tomar providências, há paralisa-ção de novas contratações na empresa.

A partir disso, as com-panhias só contratam para preencherem estas ‘la-cunas’ existentes e não pensam em longo prazo ou no plano de carreira deste novo colaborador.

Açucena explica ainda que as empresas devem se preparar, não só estrutu-ralmente, para receber as pessoas com deficiência. “Aqui no instituto treina-mos e capacitamos todos os candidatos antes de iniciarem nas empresas. Além disso, também apoia-mos as companhias com workshops e consultoria. Mas, na maioria das vezes, a pessoa com deficiên-cia não fica na empresa pela diferenciação que ela recebe, principalmente, de seus colegas”, conta. Há diversas instituições privadas e não governa-mentais que auxiliam as pessoas com deficiência na recolocação ou inserção no mercado de trabalho. São vagas, cursos, programas educacionais, de formação profissional e notícias es-pecializadas para este pú-blico, como também para as empresas interessadas em prover e apoiar de fato a cidadania e inclusão.

“Este é o momento de quebrar barreiras, já que a maior limitação está na gente e não nas pessoas com deficiência. Devemos parar de olhar para elas como gostaríamos que elas fossem”, finaliza Açucena.

Limitações de Márcio Almeida, deficiente auditivo, não impediram que ele fosse incluído no mercado de trabalho

Elisangela Nunes de Almeida trabalha há nove anos no setor de desosamento dianteira da BRF

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIV nº 588 08/12 a 14/12 de 2013 política nacional 5

Prisão dos mensaleiros é aprovada por 86% dos brasileiros

Para 78% dos entrevistados, Joaquim Barbosa agiu de acordo com a Justiça

apOiO pOpULaR

Senado quer mudar comportamento de motoristas infratores pelo bolso

mais RigOR

Projeto quer aumentar multas em até 10 vezes

Da Redação

Para frear a violência do trânsito, o Senado quer mexer no bolso dos motoristas. A Co-missão de Constituição, Justi-ça e Cidadania (CCJ) aprovou na quarta-feira, 4, um projeto que aumenta em até 10 vezes o valor de multas fixadas pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Atualmente, o valor de uma infração gravíssima é cal-culado em cima de unidades de R$ 191,54. No caso de diri-gir sem CNH, por exemplo, a penalidade é de três vezes - R$

Conforme o texto, a pena para participação em rachas passará de R$ 574,62 para R$ 1.915,40

574,62. Se aprovada a medida, a infração passará a dez vezes - R$ 1.915,40.

O projeto estabelece ain-da que, em caso de reinci-dência da mesma infração no período de um ano, as punições já elevadas deverão ser aplicadas em dobro. A proposta segue para votação na Câmara dos Deputados.

Segundo o autor da ini-ciativa, senador Benedito de Lira (PP-AL), as penalidades hoje são suaves: — Vemos um número assustador de aciden-tes promovidos por excesso

Reprodução

Reprodução

Da Redação

A pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha mostra que os brasileiros aprovaram a prisão dos condenados por envolvi-mento no mensalão, em 15 de novembro. Para 86% dos entrevistados, a decisão do presidente do Supremo Tribunal Fede-ral (STF), Joaquim Bar-bosa, foi correta. Entre os que se dizem simpatizan-tes do PT, o percentual é de 87%. No ninho tucano,

sobe para 99%.O levantamento foi

feito nos dias 28 e 29 de novembro e ouviu 4.557 pessoas em 194 municí-pios do país. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O s e n t r e v i s t a d o s também foram questio-nados pelo Datafolha se Joaquim Barbosa tomou a decisão exatamente no feriado de Proclamação da República “para se promover pessoalmen-

te” ou se “agiu de acordo com a Justiça e fez o que deveria ser feito”. Para 78% dos entrevistados, o presidente do STF “agiu de acordo com a Justi-ça”. Para 10%, ele quis se promover.

Entre os que se disse-ram petistas, 80% acha-ram que o presidente do STF “agiu de acordo com a Justiça”. Entre os que tomaram conhecimento do episódio, 84% afirma-ram que Barbosa “agiu de acordo com a Justiça”.

Cumprimento das penas

Proposta de trabalho

Os quatro condenados do mensalão que tiveram na quinta-feira,5, a prisão decretada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, apresentaram-se à Polícia Federal (PF), em Brasília.

Ao todo, 15 réus conde-nados no processo cumprem pena. Um deles, o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, permanece foragido.

O primeiro condenado

a se entregar na superinten-dência da Polícia Federal foi o ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP-PE), condenado sete anos e dois meses de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Em seguida, Vinícius Samarane, ex-diretor do Banco Rural, condenado a oito anos e nove meses de prisão por lavagem de di-nheiro e gestão fraudulenta, que se apresentou na sede da PF, mas foi transferido para

superintendência. O deputado federal

Valdemar Costa Neto (PR--SP), condenado a sete anos e dez meses, por corrupção passiva e lavagem de di-nheiro, e Bispo Rodrigues, ex-deputado federal do PL (atual PR), condenado a seis anos e três meses de prisão por corrupção pas-siva e lavagem de dinheiro, se entregaram no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal.

de velocidade, mas as multas são suaves. Isso incentiva a continuidade do crime.

Conforme o texto, a pena para participação em rachas passará de R$ 574,62 para R$ 1.915,40. Quem fizer exibição, eventos e competi-ções esportivas sem autori-zação da polícia pagará R$ 1.915,40. Hoje, o valor é de R$ 957,70.

Além de sentir o peso financeiro, quem dispu-tar racha vai amargar, por exemplo, a suspensão do direito de dirigir por um ano.

EFICAz

No texto substitutivo, do relator Magno Malta (PR-ES), foi ampliado de dois para três anos o prazo para o motorista com a ha-bilitação cassada requerer o direito de voltar a dirigir. Por outro lado, ele abre a possibilidade de o condutor punido com a suspensão cautelar da carteira recor-rer da decisão, em período descontado do prazo de cassação da CNH.

A Cooperativa Sonho de Liberdade, sediada em Bra-sília, enviou na quinta-feira, 5, ao Supremo Tribunal Fe-deral (STF) uma proposta de emprego para o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, ao ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e ao ex-deputado fede-ral José Genoino.

A entidade informou ao STF que oferece condições para que os três condenados no mensalão possam cumprir a ressocialização. Para Genoi-no, a cooperativa ofereceu a atividade de costura de bolas, com remuneração de R$ 5 por unidade. “Temos certeza de

que não obrigará a nenhum esforço físico’, disse a entidade.

Dirceu poderá trabalhar como administrador da parte de fabricação de artefatos de concreto e deverá receber R$ 508, valor equivalente a 75% do salário mínimo. Para De-lúbio Soares, foi oferecido o cargo de assistente de marce-naria, também com a mesma remuneração.

Em nota divulgada na quinta, a defesa de Dirceu anunciou que ele desistiu do emprego oferecido pelo hotel Saint Peter, em Brasília.

Por outro lado, o ex-mi-nistro pediu à Justiça o di-

reito de conceder entrevistas, produzir textos para seu blog e receber diariamente jor-nais e revistas. A defesa alega que todo preso tem direito a manter contato com o mundo exterior por meio de corres-pondências e pela leitura de meios de informação.

No dia 29 de novembro, Delúbio Soares pediu para trabalhar na Central Única dos Trabalhadores (CUT). De acordo com a carta de emprego assinada pelo presidente da entidade, Vagner Freitas, o ex-tesoureiro foi contratado por ter experiência na área sindical.

Decisão do StF sobre perdas da poupança deve

sair em 2014Poupadores aguardam decisão sobre prejuízos que teriam sido gerados por

planos econômicos

DEpOis DE 20 anOs

Da Redação

Circulando pelos corredores do Judiciá-rio há mais de 20 anos, ações que tentam reaver as perdas nas caderne-tas de poupança com os planos econômicos nos anos 1980 e 1990 co-meçam a ser discutidas pelos ministros do Su-premo Tribunal Federal (STF). Mais de 1 milhão de pessoas esperam a decisão da Corte em uma disputa bilionária. O veredicto dos minis-tros vai definir o futuro

de 290 mil processos similares que envolvem diferenças na correção monetária em todo o país. O que é discutido é se é válida ou não a aplicação retroativa das novas regras criadas por cada um dos planos.

O tema provoca ten-são no Planalto. Como a Caixa Econômica Fe-deral detém a maior parte das cadernetas de poupança, caberia ao governo grande parte do desembolso em caso de vitória dos poupadores. O impacto total para

as instituições finan-ceiras é estimado pelo Banco Central (BC) em R$ 149,9 bilhões. Além disso, como os bancos emprestam mais do que têm em caixa, o BC pro-jeta retração de crédito de R$ 1 trilhão.

O tamanho do rom-bo, no entanto, é ques-tionado pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Para a entidade, o go-verno estaria superesti-mado os valores. A esti-mativa do Idec é de um custo de R$ 8,4 bilhões.

Mais de 1 milhão de pessoas esperam a decisão da Corte em uma disputa bilionária

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIV nº 588 08/12 a 14/12 de 20136 cidadEs

Prefeitos avaliam cenários estratégicos de mato Grosso

pERspECTivas

Seminário foi realizado pela Assembleia Legislativa em parceria com a AMM e a UCMMAT

Da Redação

Os prefeitos de diversas regiões do estado comparece-ram ao 1° Seminário “Cenários Estratégicos de Mato Grosso” realizado pela Assembleia Le-gislativa em parceria com a AMM e a UCMMAT, com o objetivo de analisar os cenários sociais e econômicos do estado e suas perspectivas.

O presidente da Associa-ção Mato-grossense dos Muni-cípios e prefeito de Juscimeira, Valdecir Luiz Colle, Chiquinho, frisou que o evento vai contri-buir com o fortalecimento do setor econômico do estado e facilitar o planejamento para o futuro. “Temos certeza que o seminário vai resultar em ações que vão potencializar o desenvolvimento e o planeja-mento estratégico do estado”, assegurou. A prefeita de Nova Bandeirantes, Solange Sousa Kreidloro, parabenizou a inicia-tiva da Assembleia Legislativa em realizar o evento e adiantou que o debate em torno do de-senvolvimento econômico vai

Seminário debate cenários estratégicos para Mato Grosso

contemplar as regiões, notada-mente as mais distantes como a região Norte que necessita de muitos investimentos.

As regiões de Mato Gros-so são representadas também através dos Consórcios Inter-municipais de Desenvolvimento Econômico, Ambiental e Social. Os municípios estão distribuí-

dos em 15 consórcios regionais que fomentam a economia local, por meio de projetos e pesqui-sas, além de ações que visam o desenvolvimento das cadeias produtivas de cada município.

A prefeita de Cotriguaçu, que também é presidente do consórcio do Vale do Juruena, Rosangela Aparecida Nervis, in-

formou que a discussão sobre o desenvolvimento econômico do estado, insere os municípios de forma geral. Para ela, o evento foi de suma importância para uma avaliação e um planeja-mento mais amplo, conside-rando o potencial econômico de cada região. ( C/Agência de Notícias da AMM)

Relações com a China

Logística

Para o Ministro de Comércio Exterior, João Carlos Parkinson de Castro, a logística é o grande gargalo da

produção mato-grossense

Commodities, infraes-trutura e logística foram os assuntos abordados durante a palestra “Cenários do Co-mércio Exterior Brasileiro”, ministrada pelo Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), João Carlos Parkinson de Castro. A apresentação com-pôs a programação do 1º Seminário Cenários Estra-tégicos de Mato Grosso, re-alizado na segunda-feira, 2, na capital.

Para o Ministro de Co-mércio Exterior, a logística é o grande gargalo da produ-ção mato-grossense. Além de estar longe do litoral, o estado é prejudicado pela falta de diversificação de modais. No Brasil, as rodo-vias correspondem a 82% dos meios de escoamento. Para Parkinson, a solução é investir em hidrovias e fer-rovias, já que comprovada-mente os caminhões ao são eficientes para o transporte de grãos. Ou medida seria o investimento na capacitação de pessoal. Ele criticou a ausência de especializações em logística, mesmo sendo um grande problema para a economia.

Além de expor números atuais sobre as exportações brasileiras, o diplomata falou sobre as relações comerciais com a China. De acordo com João Carlos Parkinson, o país não é mais um bloco monolí-tico e tem aberto o mercado com a globalização. Ele tam-bém afirmou que houve uma melhora no poder aquisitivo dos chineses, se equipa-

rando ao dos brasileiros, o que resultou em um maior consumo de carne bovina. Parkinson ponderou que a economia da China deve sofrer declínio nos próximos anos, o que abrirá mercado para o Brasil.

dEbATE

Após a palestra, o minis-tro participou de um debate com o diretor do Porto Seco de Cuiabá, Francisco Paia-guás, e o jornalista Onofre Ribeiro.

Francisco explicou que a sensação é de que o estado está sempre atrasado, em-bora apresente crescimento superior ao da China. Ele também criticou o fato de toda a produção da região de Sorriso depende de apenas uma estrada para escoar. Paiaguás ainda lembrou que o país é a grande esperança do mundo para a produção de alimentos no futuro.

O jornalista Onofre Ri-beiro elogiou a iniciativa de promoção do Seminário. “Estamos há 15 anos sem discutir o desenvolvimento econômico do estado”, res-saltou o articulista político. Para ele, o estado está caren-te de planejamento e a popu-lação precisa ser provocada para acordar. “Mato Grosso chegou a um ponto onde temos uma safra no arma-zém, uma na estrada e outra na lavoura”, exemplificou o debatedor.

Todo o seminário con-tou com a mediação da jor-nalista Mônica Waldvogel.

Para o deputado José Riva (PSD), idealizador do seminário, a falta de plane-jamento é a principal causa da situação vivida hoje por Mato Grosso, onde o grande potencial de produção - e os benefícios sociais decorrentes - não se realizam por causa dos gargalos da logística.

“O Brasil valoriza pouco o planejamento, muita coisa é feita na base do imediatis-mo e hoje o estado paga um alto preço pela imprevidência dos gestores do passado que não tiveram a capacidade de pensar o Mato Grosso de hoje. Por isso estamos estimulando o debate com a sociedade e apresentando alternativas viáveis para a reprogramação estratégica do desenvolvimen-to estadual”, disse.

Ao justificar a realização do seminário, o deputado destacou que Mato Grosso não pode mais conviver com barreiras que podem ser su-

peradas a partir de uma ampla discussão com gestores gover-namentais e representantes dos segmentos produtivos, onde são apresentados todos os cenários logísticos, técnicos e comerciais, gerando diagnósticos confiáveis e ações concretas embasadas no planejamento estratégico.

“Temos que melhorar a logística e superar os entraves da economia regional, para viabilizar os benefícios sociais que todos esperam”, explicou.

INICIATIvAS CONCRETAS

Responsável pela palestra sobre os cenários logísticos na economia de Mato Grosso, o deputado citou iniciativas já em andamento como o projeto de sua autoria que pretende viabilizar a ligação ferroviária entre Mato Grosso e o Pará, integrando e viabilizando uma grande região produtiva a partir do Vale do Araguaia.

“Esta ferrovia, que em bre-ve pode ser incluída no Plano Nacional de Viação Ferroviá-ria, é uma alternativa concreta para viabilizar o escoamento e aumentar a competitividade da produção agrícola e mineral dos dois estados. Além disso, encur-tará em 10 mil km o trajeto da safra pela via marítima, além de desafogar os portos do sul do país e evitar o entupimento das rodovias com milhares de caminhões”, exemplificou.

Outro projeto discutido no seminário é o que cria a Lei de Eficiência Pública (LEP), cuja minuta já foi entregue no início deste mês aos deputados estaduais. A nova legislação proposta está embasada nas recomendações do economista Paulo Rabelo de Castro, autor de um estudo que analisa o de-sempenho da economia de MT, a política tributária atual e os programas de incentivo, além da evolução dos gastos públi-cos e as perspectivas de elevar a capacidade de investimento do Estado.

A repro-gramação es-tratégica pro-posta através da LEP prevê a redução dos gastos públi-cos nas ativi-dades-meio e a ampliação da receita es-

tadual através da expansão da base de arrecadação. Além disso, define metas de investi-mento público por segmentos, regiões e fontes de recursos, entre outros mecanismos que asseguram a eficiência da gestão financeira.

Em abril, Assembleia Le-gislativa realizou cinco audi-ências públicas para debater o projeto. Na época, o governo do Estado, através do secretário de Administração, Francisco Faiad, e o Tribunal de Contas do Estado, através do conselheiro Valter Albano, aprovaram a iniciativa do parlamento.

Na visão de Riva, a LEP será um marco na história de Mato Grosso. “Ela servirá de exemplo para todo o Brasil, pois combate a falta de organização do setor público e contribui para aumentar a disciplina e o rigor na gestão”, afirmou o deputado, ao informar que a LEP é mais rigorosa que a Lei de Respon-sabilidade Fiscal para coibir o avanço dos gastos da máquina estatal em todas as instâncias.

Deputado José Riva é idealizador da discussão no Estado

Da Redação

A influência dos Tribunais de Contas sobre o controle das contratações públicas foi o

tema abordado durante a pa-lestra realizada pelo ministro--substituto do TCU Weder de Oliveira, durante o 5º módulo do Ciclo de Aperfeiçoamento Avançado do Controle Externo, realizado na Escola Superior de Contas do TCE-MT.

Segundo o Tribunal de Contas da União, mais da me-tade dos recursos públicos do país não são aplicados corre-tamente, feitas na maioria das vezes através de contratações diretas. Entre as principais irregularidades na gestão de contratos, apontadas pelo TCU, estão as medições falsas, exe-cução de má qualidade, fisca-lização omissa, sobrepreço e superfaturamento.

Segundo o Ministro, os Tribunais de Contas são as instituições de controle com

maior experiência e capacidade técnica para o exame das con-tratações públicas. Após a no-tificação das irregularidades os TC´s encaminham recomenda-ções ao poder Legislativo para que determine aos gestores o cumprimento da Lei.

A correta aplicação dos recursos públicos, observados os princípios da legalidade, legitimidade e economicidade deve ser o objetivo final de uma contratação. Esse se torna um dos principais focos de controle dos Tribunais de Contas. “A contratação pública é complexa por natureza e a sua má utili-zação gera inúmeras consequ-ências que são reflexos da falta de planejamento de custos e de controle dos recursos disponí-veis. É função dos Tribunais de Contas atuarem sobre o

controle fiscal dos órgãos pú-blicos, que deve ser pautado na observância da Lei de Normas Gerais do Direito Financeiro (4320/64) e no artigo 59 da Lei de Responsabilidade Fiscal’’, observou.

Em seguida à palestra houve o debate mediado pelo doutor e mestre em Direito Administrativo pela Universi-dade Federal de Minas Gerais Luciano de Araújo Ferraz e pelo professor da faculdade de Direito da Universidade de Brasília Tarcísio Vieira de Carvalho Neto. No debate fo-ram discutidos “Os aspectos controversos dos Tribunais de Contas na jurisprudência do STF’’, mediado por Ferraz, que falou sobre a competência dos TC´s na emissão de pareceres em contas de governo e gestão.

Também foi questionado o efei-to do julgamento das contas e sobre prerrogativa da súmula 347 do STF, que reconhece o poder dos Tribunais de Contas em apreciar a constituciona-lidade das leis e dos atos do poder público. Tarcísio Vieira de Carvalho abordou as normas do Direito Administrativo que balizam a atuação dos Tribu-nais de Contas, no sentido de emitir ordens de suspensão ou anulação de contratos e aplica-ção de glosa ao gestor.

O 1º Ciclo de Aperfeiçoa-mento Avançado do Controle Externo tem o apoio do Ins-tituto Brasiliense de Direito Público (IDP). Durante o ano foram realizadas cinco edições do evento que trouxe facilitado-res conceituados para tratarem de temas como: Princípio da

Economicidade, Aposentado-rias, Lei de Responsabilidade Fiscal, Licitações e contratações públicas. O 1º Ciclo está alinha-do com o Objetivo Estratégico 6 do TCE-MT que busca “garantir qualidade e celeridade ao con-trole externo”. O Ciclo utilizou a estrutura tecnológica do Ensino a Distância (EAD).

O evento se consolida de-vido à expertise que o Tribunal de Contas adquiriu com as experiências das 45 edições do EAD. O ensino à distância on-line, chamado também de e-learning, possibilita a troca de informações entre aluno e pro-fessor ou entre alunos. Esses são os ambientes colaborativos e fazem parte deste Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA. (Com informações da Assessoria)

“A contratação pública é complexa por natureza”Disse o ministro-substituto do Tribunal de Contas da União, Weder de Oliveira, durante palestra no TCE-MT

COnTROLE EXTERnO

Palestra do ministro-substituto do Tribunal de Contas da União (TCU)

Weder de Oliveira

Thiago Bergamasco/Agência Phocus

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIV nº 588 08/12 a 14/12 de 2013 7política

Caos perpetua nas unidades da Grande Cuiabá

pROnTO sOCORRO

Cuiabá e Várzea Grande enfrentam problemas semelhantes; atendimento segue precárioRegina Botelho

Da Redação

Cuiabá, sede da Copa de 2014, pode ser alvo de muitas críticas e passar um grande vexame se o poder público não dar atenção emergencial ao Pronto Socorro da cidade e de Várzea Grande. Desde a escolha da Capital como uma das sedes para o mundial até o momento a situação nas unidades de atendimento de urgências e emergências estão estagnadas. No Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC), funcionários reclamam da falta de condições de trabalho e pacientes interna-dos continuam nos corredores. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen), Dejamir Soares, a si-tuação não mudou na gestão do prefeito Mauro Mendes (PSB). Ele revela que os corredores e demais dependências continu-am lotados. “Não houve nenhu-ma melhora na atual gestão. O que sufoca o Pronto Socorro é a falta de leito. O atendimento de urgência e emergência é bom, mas depois onde os profissio-nais vão colocar os pacientes baleados, com fraturas expostas e os acidentados que aguardam cirurgias?”, dispara o sindica-lista.

Uma enfermeira que traba-lha na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), e preferiu não revelar o seu nome por medo de represárias, contou que a situa-ção perpetua deixando os traba-lhadores desmotivados. “Além dos problemas estruturais, falta de equipamentos considerados elementares para atender os

Sem nenhuma política pública, corredores continuam sendo usados como enfermaria

Uma das principais deficiências é a falta de leitos em vários setores, entre eles na Unidade de Tratamento Intensivo

O presidente do Sinpen, Dejamir Soares, lamenta que a situação continua a mesma na atual gestão

Pronto Socorro de Várzea Grande é considerado uma das unidades de urgência e emergência mais precárias do Brasil

usuários do maior hospital de urgência e emergência, os pro-fissionais na hora do descanso não contam mais com a sala de repouso. “Estamos dormindo em colchões no chão e exposto constantemente a baratas e es-corpiões”, conta a profissional.

Sobrecarregado com pa-

cientes de todo o estado, a uni-dade hospitalar continua sendo alvo de vistorias apontando falhas graves em sua estrutura e nas condições de atendimento. Por inúmeras vezes as vistorias flagraram pacientes sendo aten-didos no chão dos corredores por falta de leitos suficientes.

vÁRzEA GRANdE

A mesma situação é en-frentada no Pronto Socorro de Várzea Grande. Um relatório divulgado na semana passada por um grupo de trabalho da Câmara dos Deputados apon-tou a unidade de urgência e emergência como a mais precá-ria do país. Entre os problemas está a superlotação de pacien-tes nos corredores do hospital e falta de equipamentos. O mé-dico e ginecologista João Felix Dias disse que faltam leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulta, estabilizadores, equipamentos usados para assistência respiratória são improvisados e falta de medica-mento na farmácia. “As obras para o evento mundial estão a todo vapor. Quero ver na hora que os turistas ou jogadores

passarem mal e precisarem da unidade qual será a ima-gem que vão legar da Grande Cuiabá”, indaga. Já o vereador Pery Taborelli (PV), pede que a Polícia Federal e o Ministé-rio Público atuem com maior firmeza contra as mazelas que ocorrem em Várzea Grande. “O Pronto Socorro Municipal de Várzea Grande continua parecendo um depósito de doentes, apesar da cidade estar sendo comandada há quase um ano por um casal de médicos.

É triste!”. O subsecretário de Atenção Terciária de Várzea Grande, Renato Tetilla infor-mou que o Pronto Socorro vem absorvendo grande demanda de pacientes não só do municí-pio, mas de outras regiões. “A nossa lotação foi aumentando gradativamente, visto que os moradores das cidades no entorno preferem vir a Várzea Grande, pois não encontram dificuldade nenhuma e porque não tem que passar por policlí-nica nenhuma”, afirmou.

Fotos: Reprodução

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Não penses mal dos que procedem mal; pensa somente que estão equivocados. Sócrates

A cantora Ana Rafaela em entrevista na rádio web

Mega Pop no badalado

programa Balaio das

Onças

O cantor Ratto Gomez e Guilherme Sant’Ana

A bela Sofia Manduca desfilando no evento Amigos

da Moda

A artista plástica Sônia Nigro sendo clicada para coluna

O casal Camila e Filipe Freitas curtindo Paris

A irmã de Sofia, Cecília Manduca também emprestou

todo seu charme para o evento Solidário Amigos da

Moda

A empresária Wanira Altimari com sua neta Paola Altimari

em dia de festa

Rádio web Mega PopEsteve na rádio web Mega Pop

Yllen Almeida que contou um pouco de sua trajetória como músico e como é ser gerente de uma das casas noturnas mais solicitadas de Mato Grosso.

ModaAconteceu no dia 30 de novem-

bro, o Concurso Miss & Mister Panta-nal 2013 juntamente com Os Melhores da Moda e o Encerramento do Curso de Modelo & Manequim no Auditório do Cuiabá Lar Shopping, o evento foi realizado pelos produtores de moda Walter Romanin e Prof. Jackson Regis e com o badalado site Top Agitos MT.

Por um Natal com mais laços de carinhoCuiabá e Várzea Grande serão invadidas nesta semana por um grande movi-

mento criado para desenvolver, reforçar e compartilhar gentilezas. A partir de 1º de dezembro, O Boticário traz para essas cidades iniciativas do movimento Por mais laços de carinho, para tornar o Natal e o ano de 2014 ainda mais lindo. A marca vai contagiar cidades do Brasil inteiro, promovendo ações com entrega de laços que simbolizam o movimento, além da distribuição de fitas olfativas, apresentação de kits de presentes e retoques nas makes nas consumidoras abordadas. A iniciativa será realizada nas ruas de Cuiabá durante dois dias e em Várzea Grande por um dia.

SolidaRiedadeNo dia primeiro de dezembro, aconteceu o

evento beneficente “Amigos da Moda “na cidade de Várzea Grande, no requintado restaurante Mirante das Águas. O evento reuniu varias lojas no ramo da moda que fizeram a diferença e mostraram que a moda em Várzea Grande é super atual, a arrecada-ção foi um sucesso que rendeu mais de 4 toneladas de alimentos. O evento teve o comando do querido Hebert Mattos.

PaNtaNal ShoPPiNg aMPlia hoRáRio de fuNcioNaMeNto PaRa aS coMPRaS de Natal

O Pantanal Shopping amplia seu horário de atendimento nos próximos dias. De 13 (sexta--feira) a 20 de dezembro (sexta-feira), o shopping funciona das 10h às 23h. Nos dias 21, 22 e 23 (sábado a segunda-feira), o empreendimento fica aberto das 10h à 0h. Na terça-feira (24), véspera de Natal, o Pantanal Shopping abre normalmente, às 10h, e fecha às 19h. Nos dias 25 de dezembro (quarta-feira) e 1º de janeiro de 2014 (quarta-feira), as operações de alimentação e lazer funcionam normalmente e a abertura das demais lojas será facultativa. Na virada do ano, no dia 31 de dezembro (terça-feira), o shopping abre das 10h às 18h. Nos demais dias o shopping funcionará normalmente.

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIV nº 588 08/12 a 14/12 de 2013 POlítica - Mt B9

turma de mauro mendes organiza golpe do vídeo e

arrebenta com João Emanuel

aRapUCa

Comitê da Maldade, que reúne Pascoal Santullo, José Antônio Rosa e Antero de Barros, montou principal peça de acusação contra genro de José Riva

Da Redação

O vereador João Emanuel Lima (PSD) está sendo trans-formado na nova Geni da políti-ca e da mídia matogrossense. É que ele caiu em uma esparrela que teria sido planejada pelo prefeito Mauro Mendes (PSB) e mergulhou em um processo de desgaste para o qual, apa-rentemente, ele não havia se preparado.. A evidência é que se trata de um novo e ousado lance em meio aos embates que vem sendo travados entre a Câ-mara Municipal e a Prefeitura, em Cuiabá, desde o início deste ano de 2013.

A crise instalada na Câ-mara Municipal, como resul-tado da ardilosa intervenção do Executivo nos negócios do Legislativo, vem aprofundar o descrédito da população com relação aos vereadores - uma situação que só favorece ao go-verno comandado por Mauro Mendes. O prefeito se aproveita da situação de caos no Legisla-tivo para colocar o conjunto dos parlamentares praticamente de joelhos diante do poderio que vai concentrando em suas mãos e que pode ser maior, a partir de 2014, quando planeja fazer governador o atual senador Pedro Taques (PTB), para atuar como mais uma marionete de sua política.

O fato é que João Emanuel já teve que renunciar à presi-dência da Câmara dos Verea-dores, pode ter seu mandato cassado nas próximas horas – com os pedidos de cassação já se acumulando na Casa, a começar pela representação da Ong Moral, protocolada na terça-feira (3) – e pode também vir a ser preso, a pedido do Mi-nistério Público, sob a acusação de que teria praticado os crimes de extorsão, grilagem de terra, ameaça e desvio de dinheiro público. A situação de João Emanuel é tão ruim que até seu sogro, o deputado estadual José

Riva, já lamentou o seu descui-do ao lidar com as armadilhas de seus adversários.

Neste novo ataque contra João Emanuel - que já recebera três sentenças desfavoráveis no Tribunal de Justiça, antes de renunciar à Presidência da Câmara -, a principal peça de acusação é um vídeo gravado de forma clandestina e resul-tado de ardilosa montagem, toda ela planejada e conduzida, pelo que apurou a imprensa cuiabana, a partir do gabinete do prefeito Mauro Mendes.

A gravação clandestina foi assumida publicamente por um dos seus orientadores, o advogado José Antônio Rosa que, conforme já registrou o jornal Folha do Estado, em reportagem de novembro de 2012, pode ser também apre-sentado como um especialista em grilagem de terras.

Rosa, que já pertenceu ao grupo político do tucano Wil-son Santos mas desde a eleição de 2012 se rendeu aos encantos financeiros de Mauro Mendes, trocando o PSDB pelo PSB, foi o “diretor técnico” que orientou a empresária Ruth Hércia a fazer uma gravação oculta em que apresenta, supostamen-te, o vereador João Emanuel explicando como fraudar um processo licitatório dentro da Câmara.

Além do advogado José Rosa, o policial civil, Wilton Brandi Hohlenwerger, que integra a guarda pessoal do pre-feito Mauro Mendes, também já foi identificado como outro planejador das filmagens que acabaram por expor João Ema-nuel diante de toda a popula-ção. Uma cópia de toda esta armação, assim que foi conclu-ída, foi então encaminhada ao gabinete do procurador-geral de Justiça, Paulo Prado, por ninguém menos que o secretá-rio de Gestão da Prefeitura de Cuiabá, o empresário Pascoal Santullo Neto, que já foi sócio

de Mauro Mendes em diversos empreendimentos e também em diversas empreitadas se-melhantes, originando toda a situação de constrangimento a que vem sendo submetido o vereador João Emanuel, nestes últimos dias.

Em declarações ao Minis-tério Público, Ruth Hércia con-tou que entrara em contato com José Antônio Rosa após dois terrenos de sua propriedade, no bairro Areão, na capital, terem suas escrituras pretensamente falsificadas, o que ainda não está provado pela Justiça. Foi então que Zé Rosa, com toda a experiência que acumulou ser-vindo aos mais diversos grupos políticos, a teria aconselhado a marcar uma reunião com João Emanuel para reunir provas contra o genro de Riva, que seria responsável pela adulte-ração da escritura.

Hércia foi orientada a marcar uma reunião e atrair João Emanuel para o alçapão montado pelo Comitê da Mal-dade. A reunião foi marcada para acontecer na gráfica Neox, onde as câmeras, provavelmen-te encomendadas à produtora de vídeo do marqueteiro do PSB, Antero Paes de Barros, certamente já estavam insta-ladas.

Atacado por todos os la-dos, o vereador e presidente afastado da Câmara de Cuiabá, João Emanuel (PSD) alega que, depois de conferir todos os depoimentos arrolados no inquérito do MP contra ele, notadamente seu próprio de-poimento apresentado em vídeo, pode constatar que se trata, sem sombra de dúvida, “de uma armação política, ar-ticulada pelo grupo do prefeito Mauro Mendes (PSB)”.

João Emanuel conta que a ousadia da trama fica muito evidente para quem lê o depoi-mento do policial civil Wilton Brandi Hohlenwerger Júnior - que atua no setor de inteli-

gência do Palácio Alencastro. - Com certeza tudo isto foi

arquitetado por Mauro Mendes para tentar me desacreditar diante da população e tenho certeza que há conotação polí-tica por trás das ações do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) – declarou o parlamentar do PSD que escalou o respeitado advogado criminalista Eduar-do Mahon para atuar em sua defesa.

João Emanuel confirma sua impressão de que a arma-ção surgiu de uma articulação do “Comitê da Maldade” que serve ao comando da Prefeitu-ra e tem como seus principais integrantes Pascoal Santullo Neto, José Antônio Rosa e Antero Paes de Barros - curio-samente, esses dois últimos, velhos amigos e correligioná-rios de Wilson Santos - pior adversário de Mauro Mendes, tanto na eleição de 2008 quan-to de 2010, e que sofreu muito com os ataques, sempre da cintura pra baixo, arquitetados contra ele pelo grupo de Mau-ro, então no afã de se apossar, primeiro do Governo do Es-tado e, depois, do Executivo cuiabano, objetivo que só veio a alcançar em 2012, quando suplantar o candidato Lúdio Cabral, recorrendo a toda sorte de artimanhas.

dISSIpANdO A FUMAçA

O advogado Eduardo Mahon, que responde pela de-fesa do vereador João Emanuel garante que só está esperando pelo momento certo, dentro do rumoroso processo, para demonstrar que não houve qualquer irregularidade na transferência dos imóveis do bairro Areão, citados na ação, e que, em breve, pretende com-provar a legalidade das iniciati-vas adotadas pelo vereador - “e esse papo de escritura falsa vai desaparecer”.

De acordo com Mahon, “é lamentável todo o escândalo que o Ministério Público tem favorecido pra cima de João Emanuel. Tudo bem, ele já se afastou da Presidência da Câ-mara, e eu pergunto: quando nós mostrarmos o que real-mente aconteceu, dissipando toda esta fumaça, como vai ficar toda esta história?”

zé ROSA é LATIFUNdIÁRIO

EM CUIAbÁ

Não deve ter sido à toa que a armação montada pelo Comitê da Maldade de Mauro Mendes contra o vereador João Emanuel envolva uma possível grilagem de terras e que o nome do advogado José Antônio Rosa apareça no rolo. É que Rosa pode ser um especialista em grilagem, já que, em 2009 foi alvo de denúncia do jornal Folha do Estado, que o aponta-va como um dos maiores lati-fundiários urbanos de Cuiabá.

Intitulada “Prefeito cria complexo e Zé Rosa compra os lotes”, a reportagem da Folha do Estado, de 12 de agosto de 2009, informa que “sozinho, Rosa possui entre 1.000 e 1.200 hectares de terra na região da Ponte de Ferro, periferia de Cuiabá, que se transformou, nos últimos anos, numa das principais áreas turísticas da capital mato-grossense pela proximidade com a área cen-tral da cidade, a facilidade de acesso e pelas boas opções de

lazer e banho que o rio Coxipó do Ouro oferece”.

Só que, de acordo com o jornal fundado por Sávio Bran-dão, provavelmente havia mu-treta no súbito enriquecimento do então procurador geral de Cuiabá, na administração de Wilson Santos, e então presi-dente da Comissão de Ética do PSDB: “O crescimento da posse de José Antônio Rosa sobre os lotes deu-se a partir da decisão da prefeitura de Cuia-bá de construir um complexo turístico no entorno da Ponte

de Ferro, que inclui a constru-ção de restaurante, vestiários, postos de saúde e da Polícia Militar e áreas de recreio. A partir de então, o procurador--geral passou a comprar todos os lotes que conseguia, tendo a última aquisição sido uma área de 200 hectares que, em princípio, estava sendo nego-ciada com um outro político que pretendia construir um hotel de ponta no local. Como o político-empresário demorou a se decidir, o negócio acabou sendo fechado com José Antô-nio Rosa”.

A Folha do Estado, es-tranhamente, só fez uma re-portagem sobre o súbito enri-quecimento de Zé Rosa, aban-donando em seguida a pauta, mas deixou um alerta, no texto: “Hoje, se você procurar um palmo de terra para comprar na região, desde a Ponte de Ferro até o Morro de São Jerônimo [que forma os paredões de Cha-pada dos Guimarães e divide o município da capital], não vai achar, está tudo nas mãos do José Antônio Rosa. “São mil hectares ou mais”, afirma um

ex-proprietário que negociou com Zé Rosa uma área de 150 hectares”. Passados quatro anos da reportagem da Folha do Estado, a questão deveria, certamente, interessar aos pro-motores Marco Aurélio de Cas-tro, Arnaldo Justino da Silva, Mauro Zaque, Marcos Regenold e Samuel Frungilo, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, se eles estão, efetivamente, interessa-dos em aprofundar o combate a todos os esquemas de grilagem de terras em Mato Grosso.

João Emanuel: genro de Riva teve sua cabeça colocada a prêmio, foi forçado a renunciar à presidência da Câmara e pode ser cassado como resultado do “golpe do vídeo”, forjado nos gabinetes do Palácio Alencastro. Prefeito Mauro Mendes divulgou nota negando qualquer

envolvimento na trama contra o ex-presidente da Câmara. Quem é que acredita?

Reprodução

Zé Rosa, que já foi lugar-temente de Wilson Santos, agora “executa” adversários de Mauro Mendes. Em 2009,

todavia, foi denunciado pela ‘Folha do Estado” como o maior latifundiário de Cuiabá. Gaeco até agora não investigou a

denúncia contra Zé Rosa, que já esteve preso sob suspeita de participar de trama para desviar recursos do PAC, da

Presidência da República

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cidades-Mt

270 cursos superiores no país terão vestibular suspenso

44 miL vagas a mEnOs

Nomes de universidades e instituições foram publicados no Diário Oficial da União

Escola e Família festejam final de ano

a festa de enceramentO dO anO letivO da letra viva escOla

e letra viva baby acOnte-ceu nO últimO dia 27, na amdepOl. fOi um sucessO! O eventO, OrganizadO pela prOfessOra e diretOra nivanda frança araújO e sua cOmpetente equipe, cOntOu

cOm a presença das crianças, pais e fa-miliares da cOmunidade educativa. este

anO, O tema dO musical fOi “nO reinO dOs animais”. fOram mOmentOs rechea-dOs de alegria, animaçãO e muita festa. as crianças, muitO animadas e felizes, apresentaram O musical vestidas cOm

a temática da festa. um espetáculO!

pARAbéNS A TOdOS.

Beatriz GirardiDa Redação

O Ministério da Educa-ção (MEC) publicou, na ma-nhã de sexta-feira, 6, a lista dos 270 cursos superiores de instituições públicas e priva-das que obtiveram desem-penho ruim nas avaliações do governo e, por isso, terão vestibulares suspensos. No Mato Grosso, onze cursos superiores e tecnológicos tiveram seus vestibulares suspensos, após obterem resultados considerados in-satisfatórios nas avaliações feitas pelo órgão, nos anos de 2009 e 2012.

São cursos de diferentes áreas, como administração, ciências contábeis, direito e comunicação social. Eles representam 44 mil vagas. Foram 8.184 cursos avalia-dos, nas áreas de Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas e Eixos Tecnoló-gicos de Gestão e Negócios, Apoio Escolar, Hospitalidade e Lazer, Produção Cultural e Design.

Apenas na Capital e em Várzea Grande, foram suspen-sos os cursos de Administra-ção, Secretariado Executivo e Direito da Faculdade Afirma-tivo, em Cuiabá; o curso de Direito do Centro Universi-tário de Várzea Grande (Uni-vag), na Cidade Industrial; os dois cursos de Administração

oferecidos pela Faculdade de Cuiabá (Fauc); o curso de Tecnologia em Gestão de Re-cursos Humanos, do Instituto Cuiabá de Ensino e Cultura (Icec); e o curso de Adminis-tração das Faculdades Inte-gradas Mato-grossenses de Ciências Sociais e Humanas (ICE).

ÍNdICES dE AvALIAçãO

O conceito preliminar de curso (CPC) avalia o ren-dimento dos estudantes, a infraestrutura da instituição, a organização didático-peda-gógica e o corpo docente.

O cálculo do índice geral de cursos avaliados da insti-tuição (IGC) inclui a média ponderada dos CPCs e os conceitos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), responsável por avaliar os programas de pós-graduação das instituições.

No interior do estado, foram suspensos os cursos de Ciências Contábeis, da Faculdade de Alta Floresta (803 km ao Norte de Cuiabá) e os cursos de Direito e Ciên-cias Contábeis, da Faculdade Católica Rainha da Paz, de Araputanga (345 km a Oeste da Capital).

Da lista de 270 cursos, 152 ainda podem reabrir seus vestibulares após firmarem um acordo de melhorias com

Entre os suspensos o curso de Direito do Centro Universitário de Várzea Grande (Univag) e os dois cursos de Administração oferecidos pela Faculdade de Cuiabá (Fauc)

o ministério, uma vez que, apesar da avaliação ruim, mostraram um desempenho com tendência ascendente.

Portanto, da lista dos cur-sos de Mato Grosso, apenas três apresentaram tendência descendente e, todavia, não

podem reabrir seus vestibu-lares.

São eles os cursos de Ad-ministração da Faculdade

Afirmativo; Direito, da Facul-dade Católica Rainha da Paz de Araputanga; e Administra-ção, do ICE.

integração será prioridade em 2014Modal ferroviário é uma determinação do Governo Federal

FERROvia LUCas

Regina BotelhoDa Redação

O modal ferroviário em Mato Grosso será prioridade do Governo Federal em 2014. A notícia foi confirmada pelo Ministério dos Transportes na semana passada, após o leilão de concessão do lote de trechos das BRs-060/153/262. O gover-nador Silval Barbosa (PMDB), festejou a decisão da presidenta Dilma Rousseff (PT), pois o Es-tado será um dos contemplados

com a construção da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste - Fico, que atenderá a princi-pal demanda do agronegócio, o investimento em logística. “Mato Grosso é o campeão na produção de grãos, com parti-cipação significativa na balança comercial. Os produtores já detêm as mais altas tecnologias de produção. Agora precisamos ganhar em competitividade no escoamento”, destaca o governador. De acordo com o ministro dos Transportes César

Borges, o modal ferroviário é uma das prioridades é determi-nação da própria presidente. O primeiro lote de ferrovia a ser leiloado, dentro do programa de concessão, fica entre Lucas de Rio Verde (MT) e Campinorte (GO), com 883 quilômetros de extensão. Os outros trechos são: Estrela D’Oeste (SP) a Dourados (MS), com 659 quilômetros de extensão; e Porto Nacional (TO), Anápolis (GO), Ouro Ver-de (GO) e Estrela D’Oeste (SP), com 1.536 quilômetros.

Borges, disse ainda que o Governo Federal está se esfor-çando para atender todas as de-mandas do Tribunal de Contas da União, e esclarecer qualquer tipo e dúvida, para viabilizar a realização do primeiro leilão de ferrovia no primeiro trimestre de 2014.

“Se o tribunal aprovar este ano, lá para o mês de fevereiro vamos ter condições de fazer já o edital entre Lucas do Rio Verde a Campinorte”, finaliza o ministro dos Transportes.

DivulgaçãoReprodução

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A CASA DoS hoRRoRESCiRCO

Câmara Municipal de Cuiabá põe capital em descrédito, em tempos de Copa do Mundo e combate à corrupçãoHaroldo Assunção

Da Redação

Há tempos que os elei-tores cuiabanos não têm mais motivo para eleger vereador – a Casa de Leis já é chamada popularmente “Casa de Horrores”, “Cir-co”, “Picadeiro”, entre ou-tras denominações mais depreciativas e menos agra-dáveis.

Em tempos de Copa do Mundo – quando a capital matogrossense salta aos olhos do planeta – a condu-ta dos “dignos” edis enver-gonha a todos os cuiabanos.

Eleito com mais de cin-co mil votos, o vereador João Emanuel Moreira Lima (PSD) parecia repre-sentar o tal “sangue novo” no Legislativo Municipal.

Combativo, a princípio, “brigou” com o prefeito--empresário da Capital, Mauro Mendes.

Antes, foi agente de habitação do ex-prefeito Francisco Galindo (PTB) e, nesta condição, compôs o arco de alianças que elegeu Mendes.

NAdA dE NOvO

Apoiado pelo sogro – um dos maiores mestres da política matogrossense, o deputado estadual José Geraldo Riva (PSD) – João Emanuel foi o edil mais vo-

tado em Cuiabá.Bem articulado, con-

seguiu vencer o poderio do prefeito e contou com os votos da maioria dos pares para assumir a presidência do Legislativo Cuiabano.

Assumiu a Casa com promessa de mudanças.

“Defendeu” as verbas representativas e demitiu uma leva de comissionados – os vulgos ‘aspones’.

bRIGA dE CACHORRO

GRANdE

Novato, João Emanuel pecou, talvez por ter dito a

João Emanuel foi o edil mais votado em Cuiabá. Bem articulado, conseguiu vencer o poderio do prefeito e contou com os votos da maioria dos pares para assumir a presidência do

Legislativo Cuiabano

Reprodução

verdade.Em suposta negociata

flagrada em vídeo, sorriden-te, disse que a propina – de contrato anterior, diga—se, firmado pelo ex-atual--presidente da Casa, Júlio Pinheiro (PTB) – havia de ser dividida entre todos os pares.

Não é difícil tirar a con-clusão: por mais que haja ali “inocentes políticos”, o re-sultado das declarações foi ruidoso – para ele mesmo e para a já desgastada ima-gem da Câmara Municipal de Cuiabá.

Que não é de hoje que está desacreditada.

Ex-gestores são inves-tigados – alguns réus – por desvio de dinheiro público.

Inclusive o “admirável velho novo” – pra citar Al-dous Huxley pelas tabelas – Júlio Pinheiro.

pinheiro – além de ter atentado contra a dignidade pública e ferido de morte o decoro parlamentar com um espeto de churrasco (e que os digam as autoridades policiais, ministeriais e judi-ciais de plantão) – também teria feito amplas e irres-tritas, além de impagáveis reformas em casa – não na dele, na do Povo Cuiabano.

Antes dele, Deucimar Silva, quase igual.

Pior, Chica Nunes – que ainda foi eleita deputada estadual.

E por aí vai.Há tempos que o digno

eleitor cuiabano lá não vê representação.

post scriptum - Em

determinada ocasião o “re-novado” Júlio Pinheiro teria dito que ‘aqui todo mundo bebe’... talvez por isso, na próxima não o lem-bremos, conforme a modes-ta opinião do repórter.

Quem lembra?Haroldo Assunção

É jornalista em Cuiabá

Faz poucos dias que “aniversariou” a tal Repú-blica Federativa dos Estados Unidos do Brasil.

Solenemente proclama-da na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Ante a indecisão do Ma-rechal Manoel Deodoro da Fonseca os líderes civis pro-clamaram a tal República.

Pois o Marechal De-odoro respeitava muito o Império...

... que o degredou nes-tas longínquas terras, a Oes-te de Tordesilhas...

...onde casou com a pri-meira-dama – a primeiríssi-ma, mesmo – da República, a cuiabana Dona Mariana Cecília de Souza Meirelles.

Mas a tal República, quem se lembra dela?

Foi proclamada na Câ-mara Municipal do Rio de Janeiro.

Quem lembra?Nem eu, nem você...Não nos ensinaram a

lembrar. Por quê esse exercício

histórico-republicano? – perguntará o leitor desavi-sado.

Ou, por que tamanho “nariz-de-cera”? – pergun-tará o experiente editor.

Por nada, não.Só pra lembrar, que a

gente não lembra.Nem que a primeiríssi-

ma-dama republicana nas-

ceu aqui...Nem que a tal Repú-

blica foi proclamada numa Câmara Municipal...

Nem mesmo o que é – ou para que serve? – a tal junta de semoventes...

Nem mesmo em quem votou na última eleição.

Eu lembro.Infelizmente.Votei num tal João

Emanoel Moreira Lima.Eu, e mais uns cinco mil

eleitores cuiabanos.E taí no que deu...Mas, exercitemos mais

ainda a – falta de – memó-ria.

Antes, em quem votei? Em quem votaste?Na Francisca Nunes?Ou no “seo” Júlio Pi-

nheiro?Taí, ele de volta... só pra

lembrar.E alguém se lembra de

algum benefício?Fora nome de rua, ou

indicação ao alcaide?Ou do quê fez com os

trinta, cinquenta reais?Ou onde foi com os dez,

vinte litros?Você lembra o que fez

na eleição?Quem paga a conta?Vai ao banheiro.Olha no espelho.E seu voto, onde foi?Olha no vaso.O quê você fez.Colhe o que plantou.E lembre bem.Da próxima vez.Pra nunca mais.A desgastada imagem da Câmara Municipal de Cuiabá, que não é de hoje que está

desacreditada. Ex-gestores são investigados – alguns réus – por desvio de dinheiro público

Reprodução

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Conselheiros comemoram melhorias em Cuiabá

COnsELhOs TUTELaREs

Com novas sedes, equipamentos contribuem com melhorias no atendimento das unidades de Cuiabá

Regina BotelhoDa Redação

A entrega de veículos e computadores para os Conse-lhos Tutelares de Cuiabá está contribuindo para melhoria do atendimento da criança e do adolescente na educação, saúde e assistência social. As melhorias são comemoradas pelas vítimas, funcionários e conselheiros tutelares. “A estrutura melhorou bastante. Estamos em um local mais adequado para o atendimento às vítimas de violência”, cele-bra a conselheira do Conselho Tutelar do bairro Itamaraty em Cuiabá, Simone Bueno. Ela diz que houve um avanço na qualidade dos trabalhos na unidade que foi contem-plada com dois veículos no-vos e cinco computadores, mas ainda falta aparelho de fax e melhorias no sistema de internet. Segundo Flávia Cristina da Silva Carvalho, coordenadora dos Conselhos Tutelares de Cuiabá e membro do Conselho Tutelar do CPA II, as condições de trabalho melhoraram, pois foram feitas mudanças em algumas sedes como a do Coxipó e Planalto. “A mudança dos conselhos tu-telares para imóveis melhores já é um grande avanço. Todos os órgãos estão recebendo veículos e cinco computado-res para cada pólo. Isso vai ajudar muito na atuação e no atendimento das crianças e dos adolescentes da Capital.”

De acordo com dados da Secretaria de Assistên-cia Social, em 2012 nove mil crianças e adolescentes foram atendidas pelos Conselhos Tu-telares. Cuiabá conta com 30 conselheiros, sendo cinco em

Novas sedes visam garantir melhor atendimento às vítimas e também dos conselheiros tutelares

A conselheira do bairro Itamaraty, Simone Bueno, disse que houve um grande avanço na qualidade dos trabalhos na

unidade

O Conselho Tutelar do CPA II será transferido no próximo dia 05 para uma nova sede

Fotos: Regina Botelho e Reprodução

cada pólo e seis unidades do conselho. Para a coordenadora a maior deficiência é em rela-ção à construção de uma casa para abrigar os adolescentes do sexo masculino que tem problemas no convívio social. Além disso, Flávia explica que Cuiabá conta com três Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), que prestam apoio, orientação e acompanhamento às famílias em situação de ameaça ou vio-lação de direitos.

“Precisamos contar com uma casa para atender ado-lescentes do sexo masculino, principalmente na região sul, pois não temos onde abrigá--los. Os CREAS de Cuiabá não estão sendo suficientes para atender a demanda”, pontua. Outra melhoria que merece atenção da prefeitura e foi cita-da pela coordenadora geral dos Conselhos Tutelares de Cuiabá é a contratação de novos psicó-logos e assistentes sociais para atender as vítimas.

OUTRO LAdO

Por meio da assessoria de imprensa, a Prefeitura de Cuiabá informou que está em processo uma parceria com a Secretaria Extraordinária para a Copa (Secopa) para a construção das seis novas sedes de Conselho Tutelar. O valor é de aproximadamente R$ 3,5 milhões. Em paralelo, a administração municipal pleiteia junto à Secretaria de

Direitos Humanos da Presi-dência da República a cons-trução de uma sede padrão do Conselho Tutelar, no valor de R$ 600 mil.

A Prefeitura de Cuiabá garantiu ainda que iniciou o projeto de construção de um abrigo para menores de 0 a 12 anos para meninos e meninas. Acima desta idade, a Secretaria Municipal de Assistência Social tem uma parceria com entidades não-

“Nossas condições de trabalho estão melhorando”, comemora Flávia Cristina da Silva Carvalho

-governamentais que aten-dem meninos de 12 a 17 anos e 11 meses. “Com a entrega dos veículos, novos equipa-mentos e mudanças das sedes irão contribuir para um bom atendimento e melhorias nos trabalhos dos conselheiros tutelares”, comemora o secre-tário municipal de Assistência Social, José Rodrigues Rocha Junior. Em relação a mudan-

ça de endereços, o secretário disse que foi necessária para que o atendimento às crian-ças e adolescentes, assim como às suas famílias, seja melhorado. “Essas unidades já estavam funcionando em condições precárias. Esta-mos atendendo a um pedido dos servidores e também da população”, finaliza o secretário.

hospital do Câncer arrecada objetos para leilão solidário

A 5ª edição do Leilão pela Vida será realizado em parceria com o Grupo Estância Bahia

ajUDa aO pRóXimO

Da Redação

A Fundação Abrigo Bom Jesus de Cuiabá e o Hospital de Câncer, em parceria com o Grupo Estância Bahia, realizam no dia 18 de dezembro o 5º Leilão da Vida e solicitam a todos os parceiros que contribuíram em anos anteriores que ajudem nesta causa fazendo doações. O leilão vai acontecer a partir das 19h30 no Parque de Ex-posições Senador Jonas Pinheiro – Centro de Eventos da Acrimat e será transmitido ao vivo, para todo o Brasil, por meio do Canal Terra Viva. Podem ser doados bens, gado e outros animais, objetos ou obras de arte. As duas instituições beneficiadas sobrevivem basicamente de doações e parcerias, portanto, contam com o apoio da socie-dade para garantir o sucesso do evento. “Estamos arrecadando

itens para o evento e pedimos que a sociedade se mobilize e contribua conosco. O Hospital de Câncer atende pacientes de todo o estado e somente no ano passado foram mais de 55 mil atendimentos. Pedimos, encarecidamente, que as pesso-as ou empresas que quiserem colaborar, entrem em contato e façam uma doação”, reitera Silvia Negri, coordenadora do setor de Desenvolvimento Institucional do Hospital de Câncer de Mato Grosso. Durante a quarta edição do evento, realizada em 2012, itens como a camisa do Corin-thians, autografada pelo time, fez sucesso entre os presentes e foi arrematada por R$5.640,00. Esse recurso é utilizado pelas instituições para arcar com des-pesas de manutenção que não são custeadas por nenhum projeto, parceiro ou poder público. “Já

estamos em clima de Natal e esta época do ano faz com que as pes-soas sintam o amor e a vontade de ajudar o próximo. Aguarda-mos doações, pois estes objetos serão transformados em espe-rança aos mais necessitados”, ressalta a coordenadora Silvia Negri. Já a presidente do Abrigo Bom Jesus, Ana Maria Bezerra diz que o 5º Leilão da Vida é um evento muito importante para a instituição. “Temos parceiros fiéis à causa de nos ajudar. O leilão é uma programação que só acontece porque nossos amigos ajudam”, frisa.

SALvANdO vIdAS

Para o presidente do Hos-pital de Câncer, João Castilho Moreno, a chegada do mês de dezembro sempre vem acompa-nhada de ansiedade e grandes expectativas para o evento. “Este já é o quinto leilão que realizamos em Cuiabá em prol do Hospital, e é sempre uma satisfação enorme receber grandes parceiros em um encontro especial, no qual todos estão em sintonia e com um objetivo bem delimitado: dar lances que salvam vidas”, afirma o presidente João Castilho.

A última edição do Leilão pela Vida, realizada em 2012, arrecadou cerca de 330 mil reais.

O Hospital de Câncer é uma insti-tuição privada e filantrópica, que trabalha desde 1999 para oferecer atendimento, diagnóstico e trata-

mento do câncer em Mato Grosso. Somente nos últimos três anos, foram realizados mais de 130 mil atendimentos.

Mais informações e en-trega de doações: (065) 3648-7544 | 8426-0391 | 2121-6700 | (066)3468-6600

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIV nº 588 08/12 a 14/12 de 2013 POlítica - Mt

Foco EmpresarialASD Serviços terceirizados, 15 anos de eficiência e qualidade

COnDOmíniOs

Maior empresa do setor, a ASD oferece prestação de serviços especializados para condomínios de todos os portes em CuiabáDa Redação

O boom imobiliário que a capital de Mato Grosso vive, impulsionado pelo crescimen-to do agronegócio e, mais re-centemente, pelos investimen-tos atraídos pela realização da Copa do Mundo de 2014, tem impulsionado o surgimento de grandes condomínios na cida-de. O que pouca gente percebe é que, para que estas “ilhas urbanas de bem viver” que são os condomínios funcionem, é preciso um verdadeiro exér-cito de profissionais de várias áreas. Gerenciar um condomí-nio equivale, na maioria dos casos, a gerenciar uma media ou grande empresa. Quem é sindico ou já ocupou esta fun-ção sabe o quando essa tarefa pode ser complexa. Há 15 a ASD Serviços Terceirizados é a grande parceira dos gestores de condomínios na capital.

Maior empresa do setor, a ASD oferece prestação de ser-viços especializados para con-domínios de todos os portes. O profissionalismo e a qualidade dos seus serviços ao longo de sua história, tornaram a empresa uma referência no segmento. Ter a ASD cuidando dos serviços condominiais é agregar mais qualidade, efici-ência, segurança e economia à gestão e manutenção do condomínio.

Segundo o diretor da ASD, Gustavo Caldas, a em-presa já nasceu com o “DNA” da qualidade como seu prin-cipal diferencial em relação às demais empresas do setor

que atuava no segmento. “Um dos sócios da empresa fez um trabalho de conclusão de curso sobre gestão de condomínios e, na pesquisa, identificou que em Cuiabá, uma das principais dificuldades dos gestores, dos síndicos, era a mão encontrar e gerenciar a mão de obra de qualidade. Foi a partir desta visão que a ASD foi criada em 1998. A empresa nasceu para atender estas necessidades de profissionais especializados para os serviços de zeladoria, portaria, jardinagem, limpeza, entre outros, em condomí-nios”, conta.

No começo, no entanto, muitas barreiras precisaram ser superadas e paradigmas transformados. “No início, exatamente por buscarmos

um atendimento especiali-zado, não haviam muitos concorrentes neste nicho de mercado. Assim, não tínha-mos propaganda, anúncios e era bem mais difícil conseguir funcionários. Tínhamos que treina-los para que pudésse-mos atender nossos clientes com o diferencial de qualidade e profissionalismo que desejá-vamos”, revela Caldas.

O diferencial qualidade, no entanto, funcionou como um aditivo poderoso no cres-cimento e consolidação da ASD no mercado. “A nossa melhor propaganda sempre foi a qualidade dos serviços que prestávamos, o boca-a--boca fazia o resto. Nossos primeiros clientes espalha-ram nossa fama e a empresa foi crescendo. Hoje, 15 anos depois, somos a maior em-presa do segmento em Mato Grosso”, orgulha-se o diretor da ASD.

dESAFIOS E vITóRIAS

Segundo Gustavo Caldas, a empresa vivenciou momen-tos difíceis por atuar num segmento que ainda era uma novidade absoluta há pouco mais de uma década para a po-pulação cuiabana: a terceiriza-ção de mão de obra em geral. “Neste período, enfrentamos dificuldades como qualquer empresa por vários fatores, quebramos preconceitos e desconfiança com relação aos serviços terceirizados. Agora podemos nos orgulhar de ter-mos sobrevivido a tudo, prin-cipalmente porque as nossas maiores concorrentes diretas, nesse período, sucumbiram no caminho, sendo que uma delas fechou definitivamente

as portas e a outra migrou para o setor de segurança armada”, destaca o executivo.

MAIOR E MELHOR

A ASD é atualmente a maior empresa de Cuiabá na área de serviços terceirizados para condomínios. Tem mais de 1.200 funcionários entre gerentes prediais, zeladores, auxiliares de limpeza, portei-ros, jardineiros, piscineiros, administradores. No entanto, o mercado ainda é grande e carente.

Apenas em Cuiabá e Vár-zea Grande contam hoje com cerca de 1.500 condomínios, mas apenas um terço deles uti-lizam mão de obra terceiriza-da. E dentre estes que terceiri-zam a parte de serviços, a ASD está presente em pouco mais de 50% deles. Isso porque ainda há muita desinformação por parte dos síndicos sobre as vantagens da terceirização de mão de obra. “Há que se fazer ainda todo um trabalho de conscientização junto aos gestores condominiais sobre o que, de fato, significa terceiri-zar os serviços de manutenção e até de gerenciamento dos condomínios”, constata Gus-tavo Caldas.

FOCO

Para Gustavo Caldas, a ASD é uma empresa que man-tém seu foco, por isso, garante um atendimento totalmente diferenciado no segmento. “Condomínio é a nossa espe-cialidade, procuramos ofere-cer sempre um atendimento personalizado. Terceirizar é uma via de mão dupla, em que é imprescindível uma sinergia entre empresa e tomadores de serviços. Valorizamos nossos clientes com nossa experi-ência de mercado, aplicando tecnologia e treinamentos e oferecendo até mesmo asses-soria jurídica especializada. Por estes e outros motivos, nos tornamos lideres mercado”, argumenta.

MERCAdO EM ExpANSãO

O mercado de terceiri-zação de serviços em con-domínios ainda tem muito para crescer em Cuiabá e em todo Mato Grosso. O sistema de moradias condominiais

Fotos A.Pacheco

está em expansão em todo o Estado, principalmente nas cidades pólos, como Rondo-nópolis, Sinóp, Tangará da Serra, entre outras. Cuiabá em especial, esse segmento tem vivido um verdadeiro boom. “Nós da ASD trabalhamos com foco nas construtoras. Temos parcerias com as maio-res e melhores construtoras na capital, pois são elas que estão construindo os maio-res e melhores condomínios da cidade, como a Plaenge, a Vanguard,São Benedito, Gerencial, são algumas das nossas parceiras e talvez isso também ajude a explicar o su-cesso da ASD”, revela o diretor da terceirizadora.

O mercado tem caracte-rísticas singulares para quem trabalha com terceirização de serviços condominiais em Cuiabá que são próprias da novidade relativa novidade que é a profissionalização da gestão destes conjuntos ha-bitacionais. Os condomínios mais antigos, por exemplo, encontram dificuldades para terceirizar a sua parte geren-cial exatamente por terem funcionários já antigos em seus postos de trabalho, o que encarece as mudanças de sistema de gestão própria para uma administração ter-ceirizada. Já os condomínios mais novos, construídos nos últimos cinco, seis anos, prati-camente todos eles já tem seus serviços terceirizados.

vANTAGENS dA TERCEIRIzAçãO

A vantagem mais visível e imediata da terceirização dos serviços condominiais é a re-

dução dos custos trabalhistas em relação ao da gestão direta. Outra vantagem econômica é a fixação de despesas com estes serviços ao longo do ano, o que permite uma variação menos acentuada e frequente de valores nas contas do con-domínio.

Aumento da Produtivi-dade com redução de custos operacionais; rapidez no atendimento personalizado a chamados e solicitações; imediata reposição de traba-lhador; eliminação de gastos com recrutamento, seleção e treinamento de pessoal e aumento na qualidade dos ser-viços são algumas das demais vantagens da terceirização.

“A nossa empresa prima pelo profissionalismo dos seus funcionários, promovemos cursos e treinamentos cons-tantes, o que assegura um pa-drão de atendimento elevado e diferenciado em relação ao sistema de gestão própria que tem dificuldade de agregar knoe-how a sua mão de obra devido a grande rotatividade dos empregados”, salienta Gustavo Caldas.

SERvIçOS• GerentePredial• Garagista• Portaria• Recepcionista• Zeladoria• Limpeza• Jardinagem

ASD Serviços Terceiri-zados

Rua Presidente Arthur Bernardes, Nº 140

Bairro Quilombo, Cuia-bá-MT - Telefone: (65) 3322-0404

Gustavo Caldas, diretor da ASD: “temos orgulho de sermos referência em terceirização de mão de obra para

condomínios”

ASD Serviços Terceirizados: profissionalismo e qualidade são a marca registrada da empresa que atende exclusivamente

o setor privado com mão de obra especializada

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIV nº 588 08/12 a 14/12 de 2013tanGará da serra

Despejados do Jd. San Diego receberão casas da prefeituraO prefeito vai retomar casas doadas pelo município e repassadas à terceiros por beneficiários para abrigar

famílias que estão no Ginásio de Esportes

DEsaLOjaDOs

Da RedaçãoCom Assessoria

As famílias de sem-teto que estão temporariamente alojadas no módulo espor-tivo Tangará da Serra serão beneficiados com moradias a serem doadas pela prefeitu-ra do município. O prefeito Fábio Junqueira, a primeira dama Helena Junqueira e a chefe de Departamento de Promoção Social (DPS), Lourdes, visitaram as dez famílias despejadas do Jd. San Diego II na´segunda-feira,02. No encontro, o prefeito garantiu que todos receberão uma casa.

“Nós vamos resolver a situação de vocês de uma vez por todas, esse problema vem se arrastando há muitos anos e o povo não é massa de manobra, estamos lidando com seres humanos, famílias inteiras que não tem para onde ir. Pedi a Professora Lourdes que faça tudo o que for preciso para resolver essa situação o quanto antes”, disse o prefeito.

Uma possível alternativa da prefeitura é retomar casas entregues pelo município em conjuntos populares da cidade que tenham sido ile-galmente vendidas, alugadas

Prefeito Fábio Junqueira a Primeira Dama Helena Junqueira conversando com as famílias no ginásio de esportes

ou emprestadas à terceiros pelos beneficiários. “Estamos verificando onde existe casas doadas pela prefeitura e que não estão sendo usadas como deveriam. Vamos retomar estas casas e entregar a quem realmente necessita delas”, prometeu Junqueira.

Caso não sejam recu-peradas as casas repassadas irregularmente pelos benefi-ciados pelos programas ha-bitacionais do município, o prefeito disse que poderá doar terrenos aos desalojados. “Na pior das hipóteses se não tiver as dez casas, algumas famílias

receberão o terreno. Mas, deixo claro que isso não é um incentivo a invasão, o direito a propriedade tem que ser respeitado”, afirmou o prefeito em conversa com as famílias.

Segundo a chefe do DPS, todas as famílias já foram ca-dastradas e agora vão passar por uma triagem, “nós esta-mos nos empenhando o má-ximo para resolver a situação dessas famílias o mais rápido possível. Já trouxemos cestas básicas e água potável, a nos-sa equipe está aqui todos os dias”, afirmou a Prof. Lourdes.

A primeira dama do mu-

nicípio, Dona Helena ficou comovida com a situação das famílias. “Nós oferecemos este espaço para as famílias se abri-garem, porque não tinha outra opção, mas é muito triste ver famílias inteiras vivendo em um espaço inadequado para moradia como esse, onde eles estavam morando mesmo sendo residências humildes, tinham o conforte por esta-rem em seus lares. E agora o que eles têm? Por isso é que estamos nos empenhando para que tenham suas casas e não vamos abandonar essas famílias”, salientou.

ASSESSORIA

Educação receberá maior aporte financeiro

Orçamento para a área educação será de R$44,45 milhões no ano que vem

ORçamEnTO 2014

Da Redação

O Orçamento Geral do Município (OGM/2014) de Tangará da Serra (240 km de Cuiabá), que prevê receitas e despesas de R$ 232.369.676,37 foi aprovado pela Câmara Municipal em primeira votação. Com uma parcela de R$ 44.458.737,05 a Educação ficará com a maior fatia dos recursos municipais no ano que vem.

Definido através da Lei Orçamentária Anual (LOA), previamente estabelecida pelo Prefeito e o corpo técni-co da Prefeitura, o Orçamen-to de 2014 privilegia o setor educacional em uma decisão política administrativa do

prefeito. De acordo com o Chefe do Executivo, Fábio Martins Junqueira, o recurso destinado à Educação é su-perior ao que é estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

“Não apenas cumprimos a meta estabelecida como destinamos um volume ain-da maior de recursos para a Educação, a exemplo do que estamos fazendo com a Saúde. Conseguimos fazer ainda mais do que a obrigação”, salientou Junqueira. Em comparação com o ano de 2013, que teve o orçamento definido ainda no exercício de 2012, a atual gestão do município estará aplicando R$ 946.004,05 a mais à Educação.

Educação em Tangará receberá recursos acima do exigido pela Lei de Responsabilidade Fiscal

Comércio em tangará terá horário especial

a partir do dia 14

Polícia prende quadrilha acusada de roubo em

tangará de SerraAcordo entre o Sincovatan e Secgets permitirá a abertura das lojas além do ho-

rário comercial

naTaL pOLíCia

Da Redação

O Sindicato do Comércio Varejista de Tangará da Serra (Sincovatan) fechou acordo com o Sindicato dos Comerciários (Se-cgets) e definiu o horário especial de funcioamento das lojas duran-te o mês de dezembro. A partir do dia 14, o comércio tangarense passará a contar com horário diferenciado de funcionamento, graças a convenção trabalhista firmada pelo sindicato patronal lojista com os comerciários locais.

O acordo será positivo tanto para os comérciarios quanto

para os consumidores e melhor ainda para os lojistas. O “Horário Natalino” é a estratégia principal dos lojistas para atrair o público consumidor nestas semanas que antecendem ao final do ano e, principalmente na semana que antecede o natal.

O horário especial de Natal começará a valer no próximo dia 14 e se extenderá até o dia 23. No primeiro dia, sábado, o comércio ficará aberto até às 18h. Entre os dias 18 a 20 de dezembro (quarta, quinta e sexta) as lojas só fecharão após as 21h e no sábado as 18h. Já no dia 23 (segunda-

-feira), o comércio segue aberto até às 21h e no dia 24 – véspera de Natal -, até às 18h. “Após isso o comércio volta ao horário nor-mal de atendimento”, adianta o presidente do Secgets, Valdemar Manrich.

O acordo com os comerciá-rios trouxe alívio para os lojistas de Tangará da Serra. O Natal é considerado o melhor de vendas do comércio e os comerciantes apostam alto no aumento das vendas. Tanto que buscam tra-balhadores extras para o período.

A maioria dos lojistas já reforçaram suas equipes, refor-çaram os estoques, investiram em decoração e em promoções para atrair a clientela. Os empresários trabalham com uma expectativa de incremento de cerca de 20% nas vendas este ano.

Por sua vez, o sindicato dos comerciários estima que 50% dos trabalhadores temporários con-tratados poderão ser efetivados após o período natalino. “Acredito que este seja um dos melhores períodos tanto para o empregado, quanto para o empregador e, prin-cipalmente, para os clientes que poderão comprar, com calma, os presentes de Natal”, argumenta o presidente do Secgets.

Comércio de Tangará da Serra: consumidores poderão

Da RedaçãoCom Assessoria

Uma quadrilha, formada por dois adultos e dois adolescentes, especializada em assaltos à resi-dências, foi presa e desarticulada pela Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos de Tangará da Serra. Foram presos em flagrante E.L.F. e R.R.C., ambos 19 anos, que estavam com os objetos roubados, juntamente com os menores R.N.P.R., 15 anos, e G.R.P.S., 14 anos.

O bando foi preso após investigações sobre um roubo ocorrido em uma residência de Tangará da Serra no sábado, 30/11. Na apuração do crime, os policiais encontraram indícios que levaram aos quatro suspeitos. Em diligências, a equipe abordou os jovens próximos ao Distrito de Progresso, tentando fugir para Cuiabá em duas motos. Os policiais confirmaram a suspeita quando encontraram alguns per-tences pessoais das vítimas em posse dos criminosos.

Segundo o investigador Ed-valdo Tocantins, os quatro sus-peitos são conhecidos no bairro Vila Horizonte por integrarem o grupo denominado 1º PCH, que significa Primeiro Comando da Vila Horizonte, e possuem passa-gens pela polícia.

Polícia: O bando preso fazia parte da gangue “Primeiro Comando da Vila Horizonte”, o 1º PCH. Os quatro jovens já

tem várias passagens pela polícia

Os menores já foram apre-endidos várias vezes por furto e roubo, sendo que R.N.P.R. tam-bém responde por porte ilegal de arma de fogo. Os dois maiores foram presos recentemente du-rante a operação Macaco, defla-grada há cerca de um mês pela DERF de Tangará da Serra, em um baile funk na cidade repleto de menores.

Na ocasião, 19 pessoas foram conduzidas para a delegacia, in-clusive adolescentes. “O objetivo deles é realmente recrutar meno-res e bancar festas com dinheiro de roubo”, destacou o investiga-dor Edvaldo Tocantins.

Segundo o delegado da Derf de Tangará da Serra, Vitor Chab Domingues, os dois maiores fo-ram autuados em flagrante por receptação, corrupção de menores e formação de quadrilha contendo criança e adolescente. “Eles eram investigados pelo roubo de sába-do. Após a prisão em flagrante, representei pela prisão preventiva da dupla”.

Os maiores foram encami-nhados ao Centro de Detenção Provisório de Tangará da Serra. Já os adolescentes, a autoridade policial representou pela inter-nação. Eles aguardam a decisão judicial apreendidos na delegacia.

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIV nº 588 08/12 a 14/12 de 2013 Geral

PerfilMULHER

o sonho como base do sucessoCom uma visão empreendedora Zilda Zompero Pazini é líder no ramo de Elétrica, Hidráulica e Iluminação

ELETRO FiOs

sOnhOs

“Eu me formei no Paraná, e eu tinha muita vontade de

vir para o Mato Grosso porque minha família já estava aqui, e meu sonho era vir pra cá por ser uma terra de oportunida-

des. Eu sempre tive essa veia empreendedora, e vontade de montar o meu negócio, acre-ditava que aqui em Cuiabá eu conseguiria isso, e foi o que realmente aconteceu, eu não entendia nada da área e aos

pouquinhos eu fui aprendendo e foi trabalhando e conquistan-do, e queremos investir mais e melhorar cada vez mais.

maiOR qUaLiDaDE?

Cooperação

O qUE vOCê COnsiDERa sUa

maiOR COnqUisTa?

A maior realização foi ter conse-guido terminar a loja, depois de vinte anos de mercado, ter dei-xado ela do jeito que eu sonhei, do jeito que eu queria, essa com

certeza foi minha maior reali-zação profissional e pessoal.

Viver é renascer a cada dia, não deixar de so-nhar e acreditar nos

seus sonhos, viver e ser feliz.

O qUE é vivER paRa vOCê?

Eu sempre tive essa veia empreendedora e vontade de montar o meu negócio, acreditava

que aqui em Cuiabá eu conseguiria isso

zilda Aparecida zompero pazini, é ariana e casa-

da, nasceu no norte do paraná e está em Cuiabá e

vinte e três anos. Com dois filhos, Tiago e Rodrigo que

também trabalham na em-presa, é graduada em Light design e está fazendo pós-

-graduação em design de Interiores. Começou

sua carreira em um banco, já foi profes-

sora e coordenadora da Associação de pais

e Amigos dos Excep-cionais (Apae). Hoje é proprietária e diretora da Eletro Fios, diretora Executiva da bpW Cuiabá

e Coordenadora do comitê de negócios da bpW brasil.

Perfil

Janaiara SoaresDa Redação

Elite em materiais elé-tricos e hidráulicos a Eletro Fios foi inaugurada em 07 de Abril de 1993, em Cuiabá, Mato Grosso e com mais de vinte anos no mercado, tem como direto-ra e proprietária a empre-endedora Zilda Zompero Pazini, que vem mostrando o quanto a busca pelos sonhos é importante na construção de uma vida de qualidade.

A família Zompero é referência no segmento de matérias elétrico, hi-dráulico e iluminação no Estado de Mato Grosso, e com a ajuda dos seus dois irmãos, Antônio Zompero e José Antônio Zompero, que já trabalhavam nessa área Zilda abriu sua pri-meira sede da Eletro Fios

na Capital. Com apenas dois funcionários, ela conta das dificuldades no inicio do empreendimento.

“Antes eu e meu mari-do trabalhávamos no ban-co, e quando nós saímos do banco nós não sabíamos o que fazer, foi quando meus irmãos propuseram que começássemos a sociedade, e como todo começo, foi muito difícil, nós abrimos nossa primeira loja em um prédio alugado e era quatro pessoas, eu, meu marido e mais dois funcionários, e nós fazíamos de tudo na empresa, de vendedor a caixa, e aos poucos fomos caminhando”.

No segundo ano de funcionamento a socie-dade ficou com o casal Zilda e Valdomiro Pazini, que construíram uma sede própria onde atraíram o público pela maior quan-

tidade de produtos e uma melhor qualidade no aten-dimento dos clientes. Hoje localizada na Av. Carmindo de Campos, 933 no Jardim Cuiabá, a loja conta com mais de sessenta funcio-nários.

“Com o tempo nós fo-mos ganhando um desta-que no mercado, em 2000 nós conseguimos adquirir nossa sede própria, com 200 metros e com doze funcionários, e aumentou o numero de clientes, com uma cara mais moderna, e começamos a trabalhar um pouco mais de iluminação, e eu procurei cursos e parti-cipar de eventos para poder melhorar o atendimento pra oferecer um trabalho diferenciado”, explica ela.

Com uma visão dife-rente e inovadora, a empre-endedora viu que a procura pelos produtos era cada vez

maior, e a loja estava cada vez menor com a expansão da qualidade dos itens ofe-recidos, foi quando em abril deste ano, depois de refor-mada a loja foi reinaugura-da, agora com 1200 metros quadrados e com um novo layout para os clientes.

“A loja ficou moderna e sofisticada, e conseguimos separar a parte de elétrica e hidráulica da parte de ilu-minação decorativa, fize-mos duas lojas em uma loja só, e foi muito gratificante, porque as pessoas ficaram surpresas com a reforma, com uma fachada moder-na, e a parte de iluminação decorativa que atende do mais simples ao mais sofis-ticada” realça Zilda.

O foco no cliente está presente desde o início das atividades, com produtos de primeira linha e alto pa-drão de qualidade, visando sempre o atendimento das necessidades e interesses dos consumidores.

“Hoje em dia você não

“O mercado esta em ritmo acelerado e Cuiabá é uma terra de oportunidades.”

p r e c i s a mais sair da Capital pra encon-trar novi-dades, ago-ra você tem tudo aqui em Cuiabá, e a loja nova ficou muito diferenciada, onde eu con-segui mostrar um pouquinho de tudo que é i luminação, e dentro da loja um espaço limpo onde elas possam visualizar todo o ambiente e os pro-dutos”.

ILUMINANdO

depois da reestruturação da loja, a Eletro Fios trouxe uma grande variedade de itens em iluminação, que agradam desde os gostos mais simples até os mais refinados. E com a intenção de orientar melhor seus clientes, foram criados na loja espaços como cozinha, loja, sala de projetos, espaço externo e espaço cuiabano, onde o cliente pode ter uma ideia de como a iluminação pode valorizar cada ambiente.

Esses aspectos fazem da Eletro Fios uma das melhores empresas do segmento em Mato Grosso, reconhecida pelos consumidores como a empresa mais lembrada no Segmen-to de Materiais Elétricos do Estado de Mato Grosso pelo quarto ano consecutivo. “Hoje você consegue mudar uma casa só com ilumi-nação, e esse é um fator muito importante, e a procura é cada vez maior.”

MERCAdOCom os resultados positivos da

construção civil no país, o setor de ilu-minação cresce dia-a-dia. O mercado é bom para quem fabrica e também para quem comercializa lâmpadas, lustres e luminárias. Com a produtividade elevada neste setor, as indústrias bra-sileiras fabricam cerca de 1.400.000 peças por ano, onde pode se encontrar exatamente o que se deseja para a de-coração do ambiente desejado.

Onde a iluminação é fundamental para dar um charme especial na decora-ção dos ambientes, os produtos variam

de Spots modernos, luminárias de diver-sos tamanhos, arandelas com diferentes materiais e lustres com cristais. O que da um conforto visual e muda a o ambiente apenas com a iluminação.

E os ambientes pedem cada vez mais iluminação. O setor acompanha o mercado da construção civil e cresce em média 8% ao ano. “O mercado esta em ritmo acelerado e Cuiabá é uma terra de oportunidades e cada dia chega mais pessoas, e tudo está crescendo, novas construções como residências, empresas, hotéis, e é claro como esse mercado só tem a crescer, é a imagem que as pesso-as procuram pro seu ambiente diário”, realça a empreendedora.

“A loja nova ficou muito diferenciada, onde eu consegui mostrar um pouquinho de tudo que é iluminação.”

Com a intenção de orientar melhor seus clientes, foram criados espaços como cozinha, loja, sala de projetos,

espaço externo e espaço cuiabano.

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulR$ 3,10 - ANO XIV nº 588

08/12 a 14/12 de 2013www.copopular.com.br

Dinheirojogado fora!

EDiTORiaL

página 7 página 2

CORUmbá

mais na página 6

Instituto criado por Ana Moservai capacitar professores

mato Grosso do Sulem pé de guerra!

COnFLiTO nO CampO

Deputados entregamtítulo deCidadãoa quatro

personalidades

hOmEnagEm

piZZaRia

Após 35 audiências, CPI da Saúde minimiza sobre indiciamentos

de envolvidos

Por Fernando Ordakowski

mais na página 4

avaLiaçãO

mais na página 3

ministério do turismopremia cidades turísticas

mais competitivas

mais na página 3

“Se um bandido entrar em sua casa, você não vai se defender? Onde está es-crito que isso não pode?”, indagou. “Banco não con-trata segurança; loja não contrata segurança? Então, porque nós não podemos?”, afirmou o presidente da Acrissul, Chico Maia, dei-xando claro que a meta dos leilões, suspensos pela Jus-

tiça Federal, é mesmo a ar-recadação de dinheiro para a contratação de seguranças armados. “Se tiver que contratar segurança, nós vamos contratar” comple-mentou, dando uma espécie de ultimato às autoridades e literalmente declarou guer-ra aos índios em território de Mato Grosso do Sul e dando o tom de como anda

a paciência dos produtores rurais do Estado, irritados com a inércia do governo na solução do conflito pelo domínio da terra no Mato Grosso do Sul, assim como mostra o clima de medo que impera entre os produtores rurais.

O Ministério do Tu-rismo premia na última segunda-feira (2) as cidades brasileiras que mais evolu-íram em competitividade, de acordo com a 5ª edição do Índice de Competitivi-dade do Turismo Nacional, ferramenta desenvolvida pelo Ministério do Turismo, Sebrae e Fundação Getúlio Vargas para mensurar o nível de desenvolvimento do turismo nacional.

O índice mede a com-petitividade de 65 destinos considerados indutores do desenvolvimento turístico do país, de acordo com o MTur. O objetivo da avaliação é elevar o turismo à condição

de atividade econômica es-sencial ao desenvolvimento do país, dado monitorado pela pasta desde 2008. Em

MS, melhoraram de posição Campo Grande e Corumbá.

Os deputados esta-duais Eduardo Rocha (PMDB) e Marcio Fernan-des (PTdoB) entregaram na noite da ÚLTIMA terça-fei-ra (3/12), durante cerimô-nia realizada no plenário Júlio Maia, o Título de Ci-dadão Sul-Mato-Grossense a quatro personalidades. A noite contou com a pre-sença do governador André Puccinelli, que prestigiou a cerimônia.

gEsTãO ambiEnTaL

Governo inaugura novo prédio do imasul com modernas instalações

O governo do Esta-do inaugura, na próxima terça-feira (10), o novo prédio do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). O prédio novo compor-tará aproximadamente 170 servidores públicos, alocados nos seguintes

setores: Central de Atendimento Técnico; Gerência de Licen-ciamento Ambiental; Gerência de Recursos Florestais; Gerência de Controle e Fiscalização; Gerência de Recursos Hídricos; Setor de Educação Ambiental; Coordenadoria Jurídica e Setor de Geoprocessamento. A obra está inserida no projeto Siste-ma Integrado da Gestão Ambiental de MS – (Siga/MS), cujo objetivo é reestruturar o Imasul visando à modernização e à melhoria da gestão ambiental e de recursos hídricos no Estado de Mato Grosso do Sul.

mais na página 5

Após a realização de 35 audiências, a CPI da Saúde, instalada na Assembleia Le-gislativa, minimizou sobre indiciamentos de envolvidos em fraudes e outras irregula-ridades no setor. Apresentado terça-feira passada, o relatório foi criticado pelo presidente do Conselho Regional de Saúde, Ricardo Bueno. Bueno con-siderou frustrante o relatório final apresentado pelo depu-tado estadual Júnior Mochi (PMDB) pelo não indicia-mento de pessoas envolvidas em irregularidades. Após 187 dias de trabalho nos 11

municípios polos das quatro macrorregiões e sete micror-regiões, foi concluída, ontem, com a aprovação do relatório final, a maior investigação já realizada na saúde pública de Mato Grosso do Sul. A

CPI da Saúde da Assembleia Legislativa detectou diversas irregularidades e ilegalidades no setor e pediu providências a 13 órgãos públicos.

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIV nº 588 08/12 a 14/12 de 2013

DiretorAntônio Carlos Oliveira

Diretoria ComerCialMax Feitosa Milas

editoria e reportagens-mtBeatriz Girardi - DRT - 118-MT

editor e reportagem - msJota Menon

reportagensBeatriz Girardi, Regina Botelho, Jota Menon

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estagiáriosAna Sampaio

editor de arte Mário Pulcherio Filho

Diagramação Leonardo Arruda

ChargeFernando Ordakowski

CirCulaçãoBrasília, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul

SedesAvenida Miguel Sultil, nº 4.353 - Areão Cuiabá - Mato Grosso - CEP: 78.010-500Fone (65) 3623-4300/e-mail: [email protected]

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exPeDienteé ProPrieDaDe Da

Os artigOs de OpiniãO assinadOs pOr cOlabOradOres e/Ou articulistas sãO de respOnsabilidade exclusiva de seus autOres. nãO representam assim a OpiniãO dO jOrnal.

Opinião

artigos

ponto dE Vista

Falou E dissE“Mesmo ele fazendo isso eu alivio, porque nós só vamos ter consciência quando

tivermos uma auditoria técnica capacitada”.

deputadO júniOr mOchi (pmdb), presidente da cpi da saúde, dizendO que “aliviOu” a situaçãO de alcides bernal (pp) nas investigações que terminaram em pizza

os estratégicosFCo e FDCo

RUbEN FIGUEIRó dE OLIvEIRA

é senador pelo psdb/Ms

EditorialDinheiro jogado fora!

segurança no trânsitoTHIAGO GUERRA

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Tais fatos, já na-quelas épocas, com-

provam que ao oeste do País estavam re-almente verdadeiros

tesouros que iriam dar sustenta-ção a economia do Brasil

Esse era Nilton San-tos. Jogadores como ele sómente daqui duzentos anos ou

não mais

JOãO CARLOS SILvAarticulista

nilton santos,eterna enciclopédia

Para mim, o Fundo Constitucio-nal do Centro-Oeste (FCO) é a concre-tização de um an-seio mais do que centenário. Por que faço essa afirmação? Porque acredito que

ele vem desde a elaboração da nossa pri-meira Carta Magna republicana, em 1891, quando nela constou a obrigatoriedade da transferência da capital da República para o Planalto Central do País. Mas antes disso, há aquela célebre lembrança de Frei Vicente Salvador, talvez lá pelo século XVI, alertando os colonizadores portugueses de que não se deveria ficar apenas no litoral imitando os ca-ranguejos, arranhando as areias, mas adentrar pela colônia em busca de terras ubérrimas.

Muito depois do alerta de Frei Vicen-te, já no século passa-do, em suas primeiras décadas, o presidente Getúlio Vargas iniciou uma política efetiva de conquista do oeste, criando dois polos de desenvolvimento: um mais no centro-norte, ou seja, no noroeste, com a Fundação Brasil Central; outro, no sudoeste com a criação da Colônia Agrícola Federal de Dourados.

Tais fatos, já naquelas épocas, compro-vam que ao oeste do País estavam realmente verdadeiros tesouros que iriam dar sustenta-ção a economia do Brasil. A realidade chegou. Passos ainda inseguros vieram com a criação da Superintendência do Centro-Oeste (Sude-co), inconcebivelmente extinta no início da década de 90 e agora ressurgida das cinzas.

O passo mais marcante do processo de desenvolvimento do Centro-Oeste foi dado pela Assembleia Nacional Constituinte de 1987/88, quando, por minha iniciativa, e para a qual contei com decidido apoio, dentre

outros, da então deputada constituinte Lúcia Vânia, o Centro-Oeste foi incluído entre as duas outras regiões Norte e Nordeste no Fun-do Especial, decorrente de recursos do Im-posto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados. Foi o tiro que desencadeou a criação do Fundo Constitucional do Centro--Oeste e que se tornou a grande alavanca para o desenvolvimento sustentável desta vasta região, dando condições para que a iniciativa privada tivesse o suporte financeiro para o deslanche do processo produtivo no campo.

Esperava-se que por força de decisão da Carta Magna em suas disposições transitó-rias fosse implantado o Banco de Desenvol-vimento do Centro-Oeste (BDCO), que cana-lizaria e distribuiria os recursos do Fundo e

dos seus resultados se reaplicaria onde “em se distribuindo tudo dá”. Porém, Banco ainda não saiu do papel, mas a nossa luta por ele jamais cessará.

Dessa frustração, o Centro-Oeste está recebendo algo im-portante como com-

pensação, com a recente implantação do FDCO, cujo objetivo é atingir um outro importante sistema econômico que está ganhando raízes na região, qual seja, a industrialização de bens produzidos na ter-ra, grãos, cana-de-açúcar, madeiras para celulose, madeiras leitosas para o látex e a exploração de uma riqueza de minérios e até matérias estratégicas. É claro que o FDCO tem também por objetivos a implan-tação de uma logística de transporte para suporte estratégico da produção extraor-dinária que irá decorrer dos incentivos do FCO e do FDCO.

Tem razão a senadora Lúcia Vânia de insistir, com seu atinado senso patriótico, de que o futuro do Brasil como uma das maiores expressões da economia mundial emergente está no Centro-Oeste.

Sabemos que a condição do trânsito em nosso País é caóti-ca e que o número de mortos em acidente é

assombroso. No entanto, cremos, também, que não existe nenhuma situação que não possa ser revertida, mesmo a mais babélica e problemática.

Cabe ao motorista, ao motociclista, ao pedestre, atitude, na direção de contribuir com a consciência de que as Leis de Trânsito foram criadas para garantir a segurança do cidadão e que, se as normas forem cumpridas, certamente teremos vias mais seguras, anseio de toda população.

Para que possamos alcançar esse nível de consciência, carecemos de programas permanentes e que tenham como foco a obrigação de se respeitar, incondicionalmente, as regras de trânsito.

Para que possamos garantir a segurança de todos é importante que exista o engajamento de toda a socie-dade, até mesmo da iniciativa privada, embora sejam ainda poucas as empresas que efetivamente investem em projetos de educação e conscientização no trânsito, visando à responsabilidade social de cada pessoa.

A participação da iniciativa privada, de forma consistente e concreta, na criação de projetos adequa-dos, no amparo das instituições e no fortalecimento do trabalho materializado e ininterrupto, ao lado do trabalho responsável do poder público, pode garantir uma assiduidade importante de programas, no senti-do de resultar ações eficazes e coerentes, consonantes com os nossos problemas urbanos.

Vale dizer que já temos em nosso País alguns trabalhos bem sucedidos realizados por Empresas Privadas, dignos de serem referenciados, onde algumas instituições desenvolvem trabalhos permanentes para a formação de crianças: conscientes da obrigação de acatar os preceitos ligados à segurança no trânsito.

É importante ressaltar que somente esses projetos estabilizados e ininterruptos, cujo alcance é estendido a cada ano, e que configuram ações que movimentam não só os aprendizes, como também toda a comunidade, é que incentivam as pessoas a se empenharem em ações em prol do bem estar social.

Em nosso Brasil, ainda temos a cultura da impunidade e/ou que acidentes de trânsito só acon-tecem com os outros. Em recente estudo, o Instituto de Segurança no Trânsito revelou que um em cada dois brasileiros sofrerá ferimentos decorrentes de acidente de trânsito, até completar 60 anos.

Não podemos continuar colecionando tragédias ocorridas por acidente de trânsito, até mesmo porque cada morte no trânsito custa aos cofres públicos cerca de

cem mil reais, conforme levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada, dinheiro nosso que poderia estar sendo aplicado no desenvolvimento do país, na saúde, na habitação, na segurança.

Diante das estatísticas mórbidas, hoje em dia sabemos que os motociclistas são as principais vítimas de acidentes de trânsito, porém também são infratores em potencial, já que são os que mais se arriscam no trânsito: cerca de 85% da infrações são cometidas pelos motociclistas. Além disso, no Brasil, temos 50 mil mortes anuais em acidentes de trânsito, configurando 4% das mortes que ocorrem no mundo. Em 70% delas, o condutor do veículo havia ingerido bebida alcoólica.

Uma pesquisa da Universidade de São Paulo revelou que o trânsito brasileiro é muito mais perigoso do que o de países desenvolvidos. Em relação à Suécia, por exemplo, o índice de mortes por bilhão de quilômetros percorridos no Brasil é 12 vezes maior. O indicador considera não apenas o tamanho da frota e da população, mas também a distância média percorrida no país.

O resultado do estudo da USP confirma a rela-ção entre desenvolvimento econômico e acidentes nas ruas e rodovias, ou seja, quanto maior o PIB per capita, menor o risco de morte no volante. Com isso, verificamos que a mortalidade no trânsito do Brasil tem sido reflexo não só da ausência de refor-ços financeiros em prevenção, mas também da falta de investimentos em educação, saúde e cultura.

Uma ação preventiva pode começar traçando alguns objetivos iniciais, como reconhecer os pon-tos positivos e os principais problemas relaciona-dos ao trânsito da cidade, selecionar prioridades locais e definir o planejamento de ações, com vistas à prevenção de lesões e mortes no trânsito e à promoção da cultura de paz e segurança viária.

Cada município pode planejar e implementar ações que reduzam as mortes provocadas pelo trânsito, bem como estruturar mecanismos de monitoramento e avaliação das atividades e dos resultados alcançados. Para nortear o planeja-mento inicial das ações é importante pensar na associação entre direção e bebida alcoólica, e o excesso ou inadequação da velocidade. Além disso, cada cidade pode elencar outros fatores de risco, em consonância com a realidade local.

Enfim, essas questões que pontuamos nos levam a refletir que o tema Trânsito necessita de atenção e de ações urgentes permeadas pela cons-cientização de que só conseguiremos mudanças nas estatísticas, e na vida cotidiana, por meio das atitudes firmes e do comprometimento de todos.

Era uma jogador primaz. Atleta dos mais equilibrados, humilde, genial, elegante no jogar, um exemplo de jogador de futebol. Re-verenciado por todo o mundo do esporte mais popular do Planeta Nilton Santos despediu-se de todos com um até logo silencioso assim como era sua conduta. O melhor lateral es-querdo que o mundo viu jogar pegou a camisa do seu eterno Botafogo de Futebol e Regatas , colocou nos ombros e foi fazer companhia para Garrincha, Zizinho, Gilmar, Djalma Santos, Mauro Ramos de Oliveira,Heleno de Freitas, Everaldo, Didi entre tantos outros que lá estão encantando outras vidas com o futebol arte. Defendeu duas camisas com a garra e a categoria dos nobres. Tinha um talento ímpar e uma noção de jogo única. A Seleção Brasileira e o Botafogo foram suas duas únicas camisas que encantou gramados com o suor dos vitorio-sos. Tinha um porte atlético de causar inveja para muitos e foi por diversas vezes campeão praticando um futebol que fez do mundo sua platéia com aplausos sem cessar. Era Nilton Santos, uma enciclopé-dia que jamais será deixada de ser estudada e pesquisada não importando em que tempo seja. Sua trajetória nunca se apagará conti-nuando sendo sempre uma estrêla na vida de cada amante do futebol botafoguense ou não. Nilton não fez do futebol uma alavanca para alcançar polpudos salários muito menos dese-jou se beneficiar do seu talento para pressionar dirigentes. Gostava do que fazia e ao sair dos gramados continuou ensinando crianças em escolas de futebol no Rio e em Brasilia. Assisti Nilton Santos por imagens daquele tempo. Gostaria de ter tido a oportunidade de assistir uma partida sua vestindo a camisa do Botafogo

de Futebol e Regatas, meu time de coração. Convidado para jogar em clubes do exte-rior sempre recusava. Não trocava seu Rio de Janeiro por nada. Tocava sua loja de materias esportivos no bairro de Botafogo e ali fazia amigos todos os dias. A loja já não existe mais e os amigos aumenta ram muito. Nos dias de hoje é muito dificil encontrar um atleta como ele. Era perfeito na musculatura. Dedicava-se aos treinos e detestava perder. Sua classe e raciocinio rápido em campo produziram uma das imagens mais presentes até os dias de hoje quando cometeu uma penalidade em um jogo de Copa do Mundo e deu dois passos para frente enganando o árbitro do jogo. Esse era

Nilton Santos. Jogadores como ele sómente daqui duzentos anos ou não mais. Ele era tão a cara do Botafogo que muitos cho-ram até agora sua morte. Com razão. Nilton fez da sua trajetória de vida uma enciclopédia com imagens que o tempo não vai apagar jamais. Talvez

elas deixam de existir sómente quando Deus en-velhecer, como dizia um craque de bola chamado Nelson Trad que já deve ter saudado Nilton com um abraço caloroso lá em cima e convidado para uma partida amiga. Por aqui a saudade de quem presenciou a enciclopédia com a bola nos pés. O advogado Aloyzio Franco de Oliveira , botafogu ense histórico, define Nilton , Zizinho, Garricha , Didi e Pelé como os maiores jogadores de futebol da história e quem viu viu e quem não viu jamais terá a oportunidade de assistir um mix de arte e elegância em um só. Certo ele. A história teve o cuidado de registrar tudo isso em uma enciclopé-dia com o nome de Nilton Santos grafado na capa.

O final melancólico da Comissão Par-lamentar de Inquérito – CPI -, criada para investigar desvios praticados por autoridades no setor de saúde pública estadual leva, mais uma vez, a população a perder as esperanças de que algum dia alguma coisa vai mudar no modo de fazer política dos políticos sul-mato--grossenses.

O voto em separado do presidente da tal da CPI da Saúde, deputado Amarildo Cruz (PT), contrário à aprovação do relatório final, e as infelizes declarações do seu relator, depu-tado Júnior Mochi, que é o líder do Governo na Assembleia Legislativa, levam ao descrédito também algumas instituições tidas como con-fiáveis, casos específicos do Poder Judiciário e do Ministério Público.

Ora, se o presidente da CPI discorda do relatório final, votou em separado, por en-tender que personagens importantes foram deixados de fora dos interrogatórios, como que “blindados” pela base governista que detinha maioria na Comissão, esse seu voto deveria ser peça analisada pelo Ministério Público numa investigação paralela, eis que a CPI não teria cumprido a essência do seu mister.

Já a declaração do relator, Júnior Mochi, de que se alguém deveria ser intimado não seriam os operadores do sistema de saúde na administração passada, mas sim o atual pre-feito Alcides Bernal (PP) e que este só não foi intimado porque ele resolveu “aliviá-lo”, de-veriam valer uma intimação para que Mochi se explicasse pessoalmente a um promotor de Justiça. Afinal de contas, se ele, como relator de um instrumento de investigação, sabe que alguém pode ter cometido um delito e ainda assim o “alivia”, por certo ele comete, no mínimo, crime de omissão, de prevaricação.

Em síntese, a CPI da Saúde, que consu-miu quase meio milhão de reais em recursos públicos, obrigando diversos deslocamentos dos seus integrantes ao interior do Estado e interrogando muitos “manés” que nada tinham a acrescer ao resultado da mesma, ao tempo em que deixaram de fora expoentes da política que de fato operaram o suposto esquema fraudulento, não passou de um me-canismo adotado pela Assembleia Legislativa para, mais uma vez, desperdiçar o dinheiro público que não mais é que o fruto do tra-balho diário de cada cidadão deste Estado.

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIV nº 588 08/12 a 14/12 de 2013 19POlítica

PoLitiCAnDoJota Menon - [email protected]ós 35 audiências, CPI

da Saúde minimiza sobreindiciamentos de envolvidos

piZZaRia

O AdEUS A dEdAA presidente Dilma Rousseff lamentou segunda-feira,

por meio do Twitter, a morte do governador de Sergipe, Marcelo Déda. Em três mensagens na rede social, a pre-sidenta diz que o petista “exerceu a política com P maiús-culo” e que “o Brasil e o estado de Sergipe perderam um grande homem”. Vítima de um câncer gastrointestinal, o governador lutava contra a doença há cinco anos. Ele estava internado desde o dia 27 de maio no Hospital Sírio--Libanês, em São Paulo. Casado duas vezes, o governador deixa cinco filhos.

O AdEUS A dEdA (1) “Eu perdi hoje um grande amigo, daqueles das horas

boas e más. Déda fará falta. Mas seu exemplo nos guiará”, acrescentou a presidente. Advogado formado pela Uni-versidade Federal de Sergipe, o político estava no segundo mandato. Em seu lugar assumirá o vice-governador, Ja-ckson Barreto, do PMDB. Natural do município de Simão Dias, Déda militava na política desde a década de 70, nos movimentos secundaristas, quando conheceu o então di-rigente sindical Luiz Inácio Lula da Silva. Militante do PT, no início dos anos 1980, Marcelo Déda foi fundamental na consolidação da legenda no estado.

O AdEUS A dEdA (2)Em nota, Dilma acrescentou que Déda era capaz de

recitar poesia, “inclusive as próprias, com a força de um grande artista e a naturalidade de um repentista. Ao mesmo tempo, era capaz de aprimorar uma discussão com uma lógica irretocável”. Ainda no documento, a presidenta ressalta que o governador de Sergipe foi “um exemplo de coragem na saúde e na doença e um exemplo de caráter na vida privada e na trajetória pública”.

JÁ OUvI ESSA HISTóRIA Alguns vereadores de Campo Grande, inclusive um

dos tidos como dos mais ferrenhos opositores, o ex--presidente da Câmara, Paulo Siufi (PMDB), já admitem rever os posicionamentos e apoiar o prefeito Alcides Bernal (PP), ameaçado de cassação. No começo do ano, um grupo denominado G-6 surgiu na Câmara com essa intenção. Formado pelo próprio Siufi e por Paulo Pedra (PDT), Edson Shimabukuro (PTB), Alceu Bueno (PSL), Dr. Jamal (PR) e Carlão (PSB) a ideia não prosperou porque o prefeito não deu retorno e o G6 acabou se desfazendo em seguida.

JÁ OUvI ESSA HISTóRIA (1)Desta vez, o grupo voltou a se encontrar para discutir

a situação do prefeito e da Câmara. A reunião teve a parti-cipação de Paulo Pedra, Siufi, Shimabukuro e Jamal. Alceu Bueno também foi convidado, mas não participou porque tinha outros compromissos. Uma das possibilidades seria de que os ex-G6 integrem uma espécie de ‘base branca’, com votos de apoio sem adesão declarada. “Fizemos o encontro para ver o que podemos acrescentar daqui para frente. Este grupo sempre teve este compromisso de caminhar junto. Após o encontro, definimos que vamos continuar a vida normal dentro da Câmara. O que for bom para Campo Grande, vamos votar”, explicou Paulo Siufi que chegou a ser denunciado por Bernal como funcionário fantasma da Prefeitura. Então tá?

OpOSIçãO pERdIdAOs números da última pesquisa de intenção de votos,

seguida da pesquisa de aprovação do Governo Federal, deixaram os oposicionistas em estado de choque. Nas projeções do DataFolha, o instituto de pesquisa mais conceituado do País, a presidente Dilma come todos os adversários pela perna com sobras de pontos percentuais de vantagem.

OpOSIçãO pERdIdA (1)Ou os oposicionistas definem uma linha de atuação

para tentar reverter o quadro ou podem dar adeus ao sonho de interromper a saga petista no comando do Executivo Nacional que já vai para 12 anos e pode ser prorrogada, pela vontade popular, por mais quatro anos.

SEM REMORSO“Foi incrivelmente inesperado e até um pouco cho-

cante. Mas aprendi que as verdadeiras lembranças não ficam em gestos ou fotos, ficam no coração… E tudo que aconteceu hoje foi de coração de emoção. Ser brasileiro é ser emoção a flor da pele, ser Bahia é orgulho de ver meu irmão jogando e seguindo seu sonho junto com este time tão especial”, afirmou Isabella, no Instagram, em foto com Demerson, sem citar nominalmente o momento indiscreto. “Hoje foi um dia incrível em todos os sentidos, incrivelmente feliz por estar presenciando meu irmão jogar no Mineirão e junto com todos os outros atletas e a força da torcida manter nosso tricolor na série A, lugar de onde ele nunca deve sair”, completou ela. Tá bom, mas que o que o a galera mais gostou foi da comemoração da gata baiana, isso foi.

SEGUNdONA dE pRIMEIRAPelo andar da carruagem a Série B do ano que vai ser o

que se pode chamar de Segundona de Primeira. Provavel-mente com Vasco da Gama e Fluminense fazendo clássico carioca, o torneio terá ainda Ponte Preta e Náutico que se junta a clubes de tradição, como o Paraná, que não conse-guiu subir este ano, e o Santa Cruz, vencedor da Série C. Isto, sem contar os catarinenses Avaí e Joinvile. Realmente uma Série B que promete muita dificuldade para quem quiser ascender (ou voltar )a à Série A.

E vIvA O pORCO!Se um dia fui da Série B eu já nem me lembro mais.

Somos elite, de onde nunca deveríamos ter saído. Viva o Porco! Viva o Palmeiras! Viva o Palestra Itália! Viva o Verde e o Branco, porque o Amor é Verde e Branca é a Razão. Porco, Porco, Porco, Porco, Porco até morrer!

Apenas o deputado Amarildo Cruz (PT) não quis se servir da “pizza da saúde” na AL/MS

Após a realização de 35 audiências, a CPI da Saúde, instalada na As-sembleia Legislativa, mini-mizou sobre indiciamentos de envolvidos em fraudes e outras irregularidades no setor. Apresentado terça--feira passada, o relatório foi criticado pelo presidente do Conselho Regional de Saúde, Ricardo Bueno.

Bueno considerou frus-trante o relatório final apre-sentado pelo deputado esta-dual Júnior Mochi (PMDB) pelo não indiciamento de pessoas envolvidas em ir-regularidades.

Após 187 dias de traba-lho nos 11 municípios polos das quatro macrorregiões e sete microrregiões, foi concluída, ontem, com a aprovação do relatório final, a maior investigação já re-alizada na saúde pública de Mato Grosso do Sul.

A CPI da Saúde da As-sembleia Legislativa detec-tou diversas irregularidades e ilegalidades no setor e pe-diu providências a 13 órgãos públicos. Apresentação, leitura e votação do relató-rio foram feitas no plenário Deputado Júlio Maia. No entanto, minimizou sobre indiciamentos dos envolvi-mentos em fraudes.

Em 104 páginas, o re-latório feito pelo deputado Junior Mochi (PMDB), além de apontar irregularidades, pede, entre outras coisas, um aumento nos repasses para a saúde pela União, revisão e atualização dos valores pagos pelos proce-dimentos por meio do SUS (Sistema Único de Saúde), priorização de investimento público na rede pública, a interiorização do atendi-mento à saúde, aumento da resolutividade nos municí-pios do interior, implanta-ção da rede de hemodiálise nas microrregiões de Mato Grosso do Sul e a conclusão do Hospital Regional de Ponta Porã.

O relatório também recomenda que os hospi-tais guardem uma reserva de dinheiro para garantir eventuais pagamentos no caso de ações judiciais e que sejam construídos hospitais públicos em Corumbá e Três Lagoas, além de pedir urgência na conclusão do Hospital do Trauma.

Esse documento será encaminhado ao Ministério da Saúde, Congresso Na-cional, Ministério Publico Federal, Ministério Público Estadual, Denasus, Data-sus, Polícia Federal, Secre-taria de Estado de Saúde e Conselhos Municipais de Saúde, Controladoria Geral da União, Polícia Civil, Go-vernadoria e Presidência da República para tomarem as medidas que julgarem ne-cessárias e responsabilizar os culpados.

Segundo a investigação, um exemplo recorrente de ilegalidade está no não cumprimento da carga ho-rário dos médicos e paga-mentos que extrapolam o teto legal, afirmou Mochi. Foram apurados repasses e convênios nos últimos cinco anos. Pelo menos 70 mil páginas de documentos

foram enviadas à CPI. A comissão realizou 35

audiências e vistoriou 14 hospitais. Os municípios que receberam a comissão são Campo Grande, Co-rumbá, Paranaíba, Doura-dos, Três Lagoas, Jardim, Coxim, Aquidauana, Nova Andradina, Ponta Porã e Naviraí.

vOTAçãOO presidente da CPI,

deputado Amarildo Cruz (PT), elogiou o trabalho de Junior Mochi, mas apre-sentou um voto separado, que não foi aprovado pelos outros deputados.

O voto era pelo indi-ciamento do ex-diretor do Hospital do Câncer, Adal-berto Siufi; do ex-diretor do Hospital Universitário, José Carlos Dorsa; ex-prefeito e atual secretário Nelsinho Trad (Extraordinário de Articulação, de Desenvol-vimento Regional e dos Municípios); Naim Alfredo Beydoun (sócio proprietá-rio da Telemídia); deputa-do federal e ex-secretário municipal de Saúde Luiz Henrique Mandetta; ex--secretário Leandro Mazina Martins (Saúde); chefe da

Divisão de Convênios Silvia Raquel Bambokian; coorde-nadora do grupo gestor do sistema Gisa, Maria Cristina Abrão Nachif; presidente do Instituto Municipal de Tecnologia da Informação, João Mitumaça Yamaura; e do ex-chefe do setor de licitação Bertholdo Figueiró Filho.

No entanto, os de-putados Eduardo Rocha (PMDB), Junior Mochi (PMDB), Lauro Davi (Pros) e Onevan de Matos (PSDB) foram contrários ao indicia-mento. “Algumas pessoas que seriam indiciadas não foram ouvidas”, justificou Lauro Davi, vice-presidente da CPI.

Amarildo Cruz afir-mou que mais de 80% do seu voto já estava sendo contemplado no relatório de Mochi . Já o re lator expl icou que entendeu ser melhor encaminhar os fatos aos órgãos compe-tentes.

A CPI da Saúde em MS foi criada no dia 23 de maio motivada por série de reportagens sobre suspeitas de irregularidades na saúde pública, em especial no se-tor de oncologia.

Deputados entregam título de Cidadão a quatro personalidades

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Homenagens foram concedidas em sessão no plenário Júlio Maia

Da redaçãoCampo Grande – MS.

Os deputados estaduais Eduardo Rocha (PMDB) e Marcio Fernandes (PTdoB) entregaram na noite da ÚL-TIMA terça-feira (3/12), durante cerimônia realizada no plenário Júlio Maia, o Título de Cidadão Sul-Mato--Grossense a quatro persona-lidades. A noite contou com a presença do governador André Puccinelli, que pres-tigiou a cerimônia.

Foram agraciados por indicação do deputado Mar-cio Fernandes (PTdoB) o pecuarista Mauro Cavalli, o músico Luiz Carlos Borges e o advogado Ildefonso Lu-cas Géssi. Eduardo Rocha (PMDB) homenageou o su-perintendente estadual do Banco do Brasil, Marco Túlio Moraes da Costa.

Eduardo Rocha disse que a homenagem que apre-sentou ao superintendente do Banco do Brasil é mais do que justa. “Marco Túlio tem prestado grande ser-viço como ir a Brasília em

busca dos recursos do FCO [Fundo Constitucional do Centro-Oeste] para instalar novas fábricas e melhorar a infraestrutura do Estado”, salientou.

Marcio Monteiro des-tacou que todos os que re-cebem esta honraria con-tribuem para sucesso que é hoje o Mato Grosso do Sul. “Os nossos homenageados são exemplo de pessoas que

motivam, são cidadãos que fazem a história dessa terra. Tornam-se merecedores de nossa admiração e respeito”.

Apaixonado pela cultura e costumes do povo pan-taneiro, o músico gaúcho Luiz Carlos Borges afirma sentir orgulho em receber o Título de Cidadão Sul-Mato--Grossense. “Em 1970 eu já animava bailes em Doura-dos, Ponta Porã e na frontei-

ra. Quando houve a divisão do Estado passei a conviver mais aqui por causa da pro-ximidade geográfica com Rio Grande do Sul e também de-vido as famílias gaúchas que já estavam enraizadas, me sentia a vontade”, lembrou.

O Coral da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul participou da ceri-mônia de homenagens de entrega dos títulos.

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIV nº 588 08/12 a 14/12 de 201320 POlítica

mato Grosso do Sul empé de guerra!

Presidente da Acrissul, Chico Maia, desafiou Judiciário e avisou que fazendeiros vão con-tratar seguranças para evitar novas invasões de propriedades rurais de MS

atentaDo À DemoCraCia - A juíza da 2ª Vara Federal, Janete Lima Miguel, concedeu liminar suspende do os leilões, o que revoltou os deputados Zé Teixeira, Márcio Monteiro e Mara Caseiro

Jota MenonCampo Grande – MS.

“Se tiver que contratar segurança, nós vamos con-tratar”. Com esta frase o pre-sidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul – Acrissul – Francisco Maia, deu uma espécie de ultimato às autoridades e lite-ralmente declarou guerra aos índios em território de Mato Grosso do Sul.

A fala dura do presidente da Acrissul deu o tom de como anda a paciência dos produto-res rurais do Estado, irritados com a inércia do governo na solução do conflito pelo domí-nio da terra no Mato Grosso do Sul, assim como mostra o clima de medo que impera entre os produtores rurais.

O desacerto entre as fac-ções em conflito chegou às raias do insustentável e ao clima de beligerância armada a partir do momento em que entidades classistas, como a Acrissul e a Famasul (Federa-ção da Agricultura e Pecuária), apoiadas pelo presidente da

Federação das Indústrias do Estado (Fiems), iniciaram uma mobilização para arreca-dar “prendas” entre fazendei-ros e comerciantes para serem leiloadas no sábado (ontem) com a finalidade de arrecadar fundos para a contratação do que vem sendo chamado de “milícias armadas” para proteger fazendas de futuras

invasões por indígenas.Na quarta-feira passada,

os representantes de movi-

Cena poderá se tornar comum na área rural de Mato Grosso do Sul

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Chico Maia: “Se tiver que contratar segurança, nós vamos contratar”

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Mara Caseiro: “A Justiça Federal está sendo totalmente parcial e arbitrária”

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Zé Teixeira: “hoje só existe baderna, desordem e desobediência civil no Brasil”

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Márcio Monteiro: “A classe produtora vai se mobilizar para garantir a segurança da propriedade e de quem mora nela”

Zeca do PT: “Montar milícias para matar os outros é um atentado à democracia”

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mentos sociais foram até a sede do Ministério Público Federal (MPF), onde entrega-ram um documento pedindo providências contra os leilões dos produtores. Eles cobraram apoio da Polícia Federal e da Justiça para “evitar o arma-mento pela falsa premissa de defesa”, pois, de acordo com a publicidade dada pelos pró-prios fazendeiros, avalizados por parlamentares que empu-

nham a bandeira dos produto-res na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional, eles já teriam conseguido até aque-la data centenas cabeças de gado para serem vendidos em leilão que deveria ter ocorrido no sábado.

No mesmo dia a juíza da 2ª Vara Federal, Janete Lima Miguel, concedeu liminar

suspendendo os leilões e, para polemizar ainda mais o assun-to, o ex-governador do Estado

e atual vereador por Campo Grande, José Orcírio Miran-da dos Santos, o Zeca do PT, classificou o movimento como um “atentado à democracia”. “Montar milícias para matar os outros é um atentado à democracia”, avaliou o petista.

Para ele, os produtores rurais precisam se unir contra a inércia do governo na busca por solução para o conflito por terras. “Se os produtores são contra as invasões deveriam ocupar o palácio da presidente Dilma e fazer protesto contra os governos estadual e federal”, disse. “Mas os fazendeiros tem medo do André (governador André Puccinelli), ninguém fala nada para ele”, completou. “Cobrem do ministro e não se juntem em milícias para matar os índios”, concluiu.

REAçãOOs proprietários rurais

reagiram, rejeitando o termo “milícias” para os homens ar-mados que querem contratar. Eles classificam os leilões como uma forma de chamar a atenção do governo para o problema. Entretanto, eles confirmam que os leilões tem o objetivo claro de arrecadar fundos para bancar ações contra as ocupa-ções, como a contratação de seguranças e advogados.

Sobre a polêmica criada em torno da compra de ar-mamento e da contratação de espécies de “milícias” para defender o direito à proprie-dade que foram consideradas “um atentado à democracia”, o presidente da Acriassul, Chico Maia, acusou o vereador Zeca do PT de ser incoerente. Para ele, “um homem que fala em práticas democráticas não pode impedir o direito dos produtores se manifestarem”.

Maia avalia que é um di-reito dos produtores defende-rem suas terras. “Se um ban-dido entrar em sua casa, você não vai se defender? Onde está escrito que isso não pode?”, indagou. “Banco não contrata segurança; loja não contrata segurança? Então, porque nós não podemos?”, completou,

deixando claro que a meta dos leilões é mesmo a arrecadação de dinheiro para a contratação de seguranças armados.

O presidente da Acrissul ainda avaliou que “os valo-res estão sendo invertidos”. “Quem invade vira vítima” comentou. “Em agosto, na mesa de negociação com o Governo Federal, os índios se comprometeram em não ocupar nenhuma propriedade, mas invadiram 20. Eles não cumprem nada o que assi-nam” emendou.

Ainda sobre Zeca, Maia sugeriu que ele use “sua in-fluência com a cúpula petista para resolver os conflitos por terra”. “Estamos querendo paz e ele que nos ajude”, disse. Além disso, ele estranhou o fato de, em encontro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vereador “entrar mudo e sair calado” e, poucos

dias depois, atacar o leilão.Neste sentido, ele reforçou

o direito de reação. “Em relató-rio da reintegração de posse da Fazenda Buruti, o delegado da Polícia Federal descreveu a cena com índios armados, como um bando de milícias, dando tiros e afrontando a polícia. Então, só nós não temos direito de se defender? Portanto, se tiver que contratar segurança, nós vamos contratar”, reafirmou em tom de desafio.

dEpUTAdOS REAGEMOs deputados Marcio

Monteiro (PSDB), Mara Ca-

seiro (PTdoB) e Zé Teixeira (DEM) usaram a tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã da quinta-feira, 5, para repudiar a decisão da Justiça Federal de suspender o denominado “Leilão da Re-sistência”.

Monteiro declarou que os proprietários rurais são legalistas e querem apenas defender as propriedades que foram adquiridas de boa-fé. “A classe produtora vai se mobilizar não para promover conflito, mas para se defender e o leilão viria para garantir a segurança da propriedade e de quem mora nela”, argumen-tou o deputado.

Mara Caseiro opinou que o leilão garantiria direitos dos produtores rurais. “Queremos a garantia de um direito que o governo federal deveria nos

dar, da propriedade, e tam-bém segurança e paz”, disse.

Indignado, Zé Teixeira lembrou que dezenas de terras

estão invadidas por índios em Mato Grosso do Sul e declarou que hoje existe “baderna, de-sordem e desobediência civil”

no Brasil. A revolta dos parlamen-

tares foi motivada pelo fato de que a juíza da 2ª Vara Federal, Janete Lima Miguel, concedeu liminar na tarde de quarta--feira suspendendo os leilões comandados pela Famasul e Acrissul, com o apoio da Fie-ms. A juíza atendeu o pedido formulado por movimentos sociais que alegaram o acirra-mento do clima de violência no campo.

A deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB) classi-ficou como arbitrária a decisão da juíza federal Janete Lima Miguel, que concedeu liminar suspendendo o “Leilão da Re-sistência”.

A declaração foi dada logo após reunião com lideranças ruralistas na sede da Famasul para debater os rumos a serem

tomados a partir da suspensão dos leilões. De acordo com a parlamentar, tudo estava mantido até que a entidade, que atua em parceria com a Acrissul (Associação dos Criadores) na organização do leilão, fosse notificada da decisão.

“A Justiça Federal está sendo totalmente parcial e ar-bitrária ao suspender o leilão com base em boatos de que os produtores rurais estão unin-do forças para formar milícias e matar indígenas. Isso não é verdade. O leilão é no sentido de angariar fundos para pro-teger o direito constitucional à propriedade”, afirmou a deputada, destacando que muitos dos produtores que tiveram suas terras invadidas são pequenos agricultores, sem condições nem mesmo de pagar advogados.

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIV nº 588 08/12 a 14/12 de 2013 21POlítica

Todos querem “ficar”com Bernal

EXECUTivO X LEgisLaTivO

Depois da tempestade e de muitas ameaças de cassação, Bernal deve iniciar 2014 com base sólida na Câmara Municipal

Siufi pode integrar a base e assumir liderança do prefeito na CâmaraBernal pode ter base de sustentação mais sólida em 2014 na Câmara Municipal

Jota MenonCampo Grande – MS.

O barulho foi grande. Mas, foi apenas barulho. Até mesmo o vereador Pau-lo Siufi (PMDB) que chegou a dizer que cassaria Alcides Bernal (PP), nem que fosse a única coisa que fizesse na Câmara Municipal, já come-çou a rever seus conceitos e é apontado como um dos articuladores de um grupo de vereadores que sonha “ficar” com o prefeito nos próximos três anos.

Portanto, o tempo de nuvens carregadas para a administração do progres-sista, em Campo Grande, pode ser considerado coisa do passado.

A semana que se findou foi de boas notícias para o chefe do Poder Executivo

que deve iniciar 2014 com uma base considerável na Câmara Municipal. Talvez ele não atinja os 15 votos para ter a maioria absoluta na Casa. Mas deve fechar com algo em torno de 13 vereadores, número que lhe garante segurança se a Comissão Processante tiver sequência, eis que ele preci-sa apenas de dez votos para derrubá-la em plenário.

A construção dos pri-meiros degraus do enten-dimento entre o prefeito e alguns vereadores até então tidos como radicais come-çou a partir da nomeação do suplente Pedro Chaves (PSC) para o cargo de secre-tário municipal de Governo e consequentemente como interlocutor entre ele e os legisladores beligerantes.

No início tentou-se des-

qualificar Pedro Chaves, in-clusive colocando o senador Delcídio do Amaral (PT), de quem ele é suplente contra a sua nomeação.

Explorou-se muito uma suposta afirmação de Delcí-dio de que ele não teria sido ouvido por Bernal para a escolha do suplente e que, logo, ao aceitar o cargo Cha-ves o teria feito por conta e risco.

Porém, o ex-dono da Uniderp se mostrou um bom articulador nos bas-tidores e de renegado por Delcídio foi ganhando es-paço e confiança a ponto de Delcídio do Amaral já ter realizado reunião com gru-po de vereadores opositores quer saíram do encontro “falando outra língua”.

O desafeto maior de Bernal, Paulo Siufi, era um

dos mais empolgados com a possibilidade de deixar a oposição e integrar a banca-da de situação.

Como é de se recordar, na campanha eleitoral Pau-lo Siufi foi acusado de ter feito campanha “às escon-didas” para Alcides Bernal. Seria “o troco” que ele es-taria dando nas lideranças peemedebistas por ter sido preterido de seu sonho de ser o candidato do partido.

Com a posse dos 29 vereadores, sendo 20 de oposição, Siufi iniciou o processo de aproximação com a criação do G-6, cuja gestação foi interrompida por falta de diálogo do pre-feito.

O surgimento e o re-pentino desaparecimento do então Grupo dos Seis fortaleceram a oposição e

Siufi passou a integrá-la como um a dos mais ferre-nhos críticos de Bernal, o que lhe resultou ser acusado de ser funcionário fantasma da Secretaria Municipal de Saúde.

Foi quando Paulo Siufi vociferou, durante a leitura do relatório da CPI que resultou a Comissão Proces-sante, que cassar Bernal era uma questão de honra e isto ocorreria nem que fosse a última coisa que ele fizesse na vida.

Passado o “ódio mor-tal”, Siufi já é apontado como membro da base de Bernal, a quem pode se juntar, também, entre ou-tros vereadores o petebis-ta Edson Shimabukuro, o socialista Carlão (PSB), o pedetista Paulo Pedra e o republicano Jamal Salém,

além do próprio vereador Chocolate (PP), eleito pelo partido do prefeito, mas empurrado para fora da base pelas fofocas criadas pelos meios de comunica-ção.

As especulações são tão fortes sobre o aumento no número de vereadores que apoiarão o prefeito em 2014 que já há quem garanta que a atual secretária de Assis-tência Social, Thaís Helena (PT), voltará para a Câmara, fazendo com que o atual líder do prefeito Alex do PT volte para a suplência. Com isto, ficaria aberta a vaga de líder do Executivo no Legislativo que poderia ser oferecida, inclusive, para Paulo Siufi que é um dos mais experientes vere-adores da atual composição daquela Casa de Leis.

Governo inaugura novo prédio do imasulcom modernas instalações para a gestão

ambiental do Estado

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O governo do Estado inaugura, na próxima terça--feira (10), o novo prédio do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Ima-sul). O prédio novo compor-tará aproximadamente 170 servidores públicos, alocados nos seguintes setores: Cen-tral de Atendimento Técnico; Gerência de Licenciamento Ambiental; Gerência de Re-cursos Florestais; Gerência de Controle e Fiscalização; Gerência de Recursos Hí-dricos; Setor de Educação Ambiental; Coordenadoria Jurídica e Setor de Geopro-cessamento.

A obra está inserida no projeto Sistema Integrado da Gestão Ambiental de MS – (Siga/MS), cujo objetivo é reestruturar o Imasul vi-sando à modernização e à melhoria da gestão ambien-tal e de recursos hídricos no Estado de Mato Grosso do Sul. Compõem o novo pré-dio do Imasul a construção de bloco administrativo, almoxarifado de reagentes e passarelas de ligação na sede em Campo Grande: foram investidos R$ 3.706.015,79 (R$ 2.340.195,16 BNDES e R$1.365.820,63 de MS).

SIGA – MSO Projeto Siga/MS é

voltado para a estruturação básica da gestão ambiental do Estado enquadrado no Programa de Modernização Ambiental- PMAE/BNDES - para gestão ambiental. Con-

templa ações para moderni-zação da gestão ambiental do Estado em seus aspectos físicos, organizacionais, ge-renciais, normativos, recur-sos humanos, tecnológicos e controle social, visando à promoção do desenvol-vimento sustentável com responsabilidade e transpa-rência.

O investimento para execução do Projeto é de R$ 14.746.020,48, sendo R$ 12.162.000,00 decorren-tes de operação de crédito junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômi-co e Social - BNDES e R$ 2.584.020,48 como contra-partida do Estado.

A construção do bloco administrativo do Imasul, a reforma dos prédios e de

unidades regionais, assim como a aquisição de veí-culos e de equipamentos possibilitarão condições de trabalho para o melhor atendimento ao público, com acomodações adequa-das e melhoria da qualidade dos serviços prestados à sociedade.

Os investimentos em recursos tecnológicos visam criar sistemas integrados de forma a facilitar aos usuários o acesso, virtual ou presen-cial, aos serviços prestados pelo órgão ambiental. Tam-bém estão sendo contem-pladas ações de fiscalização e monitoramento para ga-rantir o cumprimento das legislações e autorizações ambientais.

A capacitação dos re-

cursos humanos está pro-porcionando qualificação técnica e administrativa dos servidores do Imasul para o exercício de suas funções com segurança e qualidade.

Também estão sendo gerados os critérios de orde-namento do uso e ocupação do território através da ela-boração da 2ª Aproximação do Zoneamento Ecológico--Econômico (ZEE/MS), que possibilitará a adequada utilização dos recursos na-

turais, de forma sustentável e ecologicamente viável com a distribuição racional das atividades econômicas, e a implantação de infraestru-tura e serviços sociais.

ObRAS E AçõESJá foram concluídas

as obras de reforma da Regional de Aquidauana, reforma da Regional de Bo-nito, reforma dos prédios do Complexo da Sede Central em Campo Grande, a cons-trução do abrigo de barcos na sede em Campo Grande, contratação de empresa es-pecializada em consultoria técnica para elaboração de instrumentos necessários à municipalização da gestão ambiental, contratação de empresa especializada para fornecimento de licença permanente de uso de siste-ma informatizado de Gestão de Processos Ambientais e alocação de horas técnicas para ampliação de escopo, incluindo integração ao sis-tema Siriema, contratação de serviço técnico espe-cializado para capacitação de conselheiros de órgãos colegiados destinados à ges-tão ambiental e de recursos

hídricos do Estado de Mato Grosso do Sul, contratação de empresa especializada em realização de estudos e levantamentos das normas legais ambientais aplicáveis no Estado de Mato Grosso do Sul, com proposta de reformulação, adequação e remodelação, contratação de consultoria para elaborar Plano de Manejo da APA Rio Cênico Rotas Monçoei-ras e definir roteiro metodo-lógico de planejamento das Unidades de Conservação Estaduais de Mato Grosso do Sul, contratação de ser-viço técnico especializado para elaborar estudos socio-econômicos como forma de identificar as articulações municipais (em redes inter-nas e externas), a capacida-de de autossustentabilidade político-administrativa dos municípios de Mato Grosso do Sul, em especial dos Po-los de Ligação, e, a partici-pação e desempenho, destes municípios, nos Eixos de Desenvolvimento e nos Ar-cos de Expansão definidos na Primeira Aproximação do ZEE/MS, entre outras ações e aquisição de equi-pamentos.

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIV nº 588 08/12 a 14/12 de 201322 estadO

ministério do turismo premiacidades turísticas mais competitivas

avaLiaçãO

no Dourados Brilha, PraçaAntonio João vira palco da cultura

CULTURa

Da redaçãoCampo Grande – MS.

O Ministério do Tu-rismo premia na última segunda-feira (2) as cidades brasileiras que mais evolu-íram em competitividade, de acordo com a 5ª edição do Índice de Competitivi-dade do Turismo Nacional, ferramenta desenvolvida pelo Ministério do Turismo, Sebrae e Fundação Getúlio Vargas para mensurar o nível de desenvolvimento do turismo nacional.

O índice mede a com-petitividade de 65 destinos considerados indutores do desenvolvimento turístico do país, de acordo com o MTur. O objetivo da ava-liação é elevar o turismo à condição de atividade econômica essencial ao desenvolvimento do país, dado monitorado pela pasta desde 2008.

Entre os 65 destinos monitorados, 18 são os pre-miados: Vitória (ES), Porto Velho (RO), Florianópolis (SC), Campo Grande (MS), Goiânia (GO), Rio Branco (AC), Maceió (AL), Cuiabá (MT), Aracaju (SE), Porto Alegre (RS), Corumbá (MS), Lençóis (BA), Mata de São

Campo Grande, destaque em Serviços e Equipamentos Turísticos Corumbá, a cidade que mais evoluiu entre os municípios turísticos não-capitais

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João (BA), Ilhabela (SP), Pirenópolis (GO), Cáceres (MT), Tiradentes (MG), Ipojuca (PE).

Cada uma das cidades acima foi premiada pelo bom desempenho em pelo menos um dos 13 segmentos avaliados: infraestrutura geral, qualidade de acesso, serviços e equipamentos turísticos, atrativos, ma-rketing e a promoção do turismo, políticas públicas, cooperação regional, moni-toramento, economia local, capacidade empresarial, aspectos sociais, ambientais e culturais.

“O índice nos permite avaliar o estágio real de de-senvolvimento do turismo em cada município ou des-tino, entender onde as po-líticas de incentivo funcio-naram e onde elas precisam ser repensadas. Serve para orientar a gestão pública tanto em nível local como federal”, diz o ministro do Turismo, Gastão Vieira.

A capital que mais evo-luiu foi Vitória (de 66,7 para 73,9), considerando os dois últimos dados da pesquisa, 2011 e 2013. A capital capixaba se destacou especialmente no segmento

capacidade empresarial (90,2) pela presença de instituições de ensino de formação técnica. Também obteve destaque em econo-mia local (87,3), pelos bene-fícios de isenção ou redução de impostos para o setor.

Entre as não capitais, Corumbá (MS) foi a cidade que mais se desenvolveu nos últimos dois anos (48,6 para 57,7). Corumbá é hoje um polo de desenvolvimen-to da região Centro-Oeste principalmente pela infra-estrutura geral (75,2), o que se deve, em parte, ao serviço público de atendimento

médico em emergências 24 horas, e pelos atrativos tu-rísticos (69,2), o que se deve à conservação ambiental de seus recursos, especialmen-te no Pantanal.

O p a í s a p r e s e n t o u maior evolução nas se-guintes categorias: equi-pamentos turísticos (que passaram de 52 para 56,8), economia local (60,8 para 63,6) e capacidade em-presarial (59,3 para 61,2), considerando dados de 2011 e 2013 respectiva-mente. No evento, as ca-pitais e não capitais com melhores posições em cada

uma das categorias foram premiadas, assim como as que apresentaram as me-lhores práticas no turismo.

O Índice de Competiti-vidade do Turismo Nacional foi desenvolvido pelo Mi-nistério do Turismo, Sebrae e Fundação Getúlio Vargas para mensurar o nível de desenvolvimento do turis-mo nacional. A metodologia foi elaborada levando em consideração conceitos do Índice de Competitivida-de do Fórum Econômico Mundial, que avalia diver-sas dimensões do setor em escala global.

A Praça Antônio João tem ficado lotada; famílias deixam os bairros para se divertir com segurança no Dourados Brilha

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rotaA programação Dourados

Brilha, iniciada dia 1º para comemorar o Natal, inclui o Palco da Cultura, um espaço cultural que oferece oportu-nidade para o surgimento de novos talentos.

Lotada todos os dias por causa da programação do Natal, a Praça Antonio João é o espaço ideal para que pessoas e grupos comuns experimentem a sensação de se apresentar ao público. “É um espaço democrático criado pelo prefeito Murilo {Zauith--PSB} para a comunidade se manifestar”, diz o secretário de Cultura Carlos Fábio.

Sara Jenifer, 15, integrou o grupo de dança da Escola Etalívio Penzo, do Parque das Nações II, que se apresentou na noite da última terça-feira, 3. “Ensaiamos duas semanas, mas deu tudo certo. Foi uma conquista para a gente”, co-memora a adolescente. Ela diz que gosta de dança e pretende continuar se dedicando nessa área.

O professor Delson Ro-berto levou ao palco um grupo de estudantes de violão do projeto Clave de Sol. “É muito importante esse espaço para que os alunos coloquem em

prática o que aprendem nas aulas”. O projeto funciona na Escola Etalívio Penzo, mas atende alunos também das escolas Clori Benedetti e An-tônia Cândido de Melo. São 45 alunos atendidos.

Roberto também destaca a importância do Dourados Brilha como um evento de família. A prefeitura mandou ônibus para transportar os alunos ao evento.

Bianca Ortega, de 15 anos, aluna da Escola Municipal Alí-cio Araújo foi à Praça Antônio João acompanhada de toda a família para assistir as apre-sentações. “Está melhor que os outros anos; está muito bom. Tem lazer para a família toda”, disse Bianca, que estava com o pai Carlos, a mãe Adriana e as irmãs Bárbara, Brenda e Beatriz.

Também assistia as apre-sentações o casal Alex Noguei-ra, 23, e Daiane Sotolani, 19. Eles já tinham prestigiado o Dourados Brilha no domingo e voltaram porque gostaram muito. “É importante esses eventos; é um incentivo para a população de Dourados. É um evento para a família”, disse Alex.

Além do Palco da Cultu-

ra, o Dourados Brilha tem na Praça Antônio João a Casa do Papai Noel, a pista de patina-ção no gelo, a Árvore de Natal feita com 10 mil garrafas pet e a praça de alimentação.

Lorraine Pinheiro, 15, moradora no bairro Izidro Pe-droso, foi conhecer a Casa do

Papai Noel. Ela estava acom-panhada das primas Thainara Letícia, 15, e Júlia Isabela, 17. “Gostei de tudo; está muito bonita a decoração”.

As crianças também ado-raram a Casa do Papai Noel. Isabele Cristovan de Matos, de 7 anos, ficou encantada com o

tamanho da chave da cidade que o Papai Noel recebeu do prefeito Murilo. Júlia Soares, 7 anos, achou o Papai Noel muito bonito.

pROGRAMAçãOA programação segue

até o Natal. Na quarta-feira,

4, ocorreu a formatura das pessoas que receberam neste ano a qualificação profissional através do Qualifica Dourados. Em seguida aconteceram as apresentações do Nace e da Academia Ana Pavlova.

Na quinta-feira, a pro-gramação noturna constou de apresentações do Nace através da Academia Blanche Torres, música com Correinha e Grupo e ainda a participação especial de Marcos assunção, de Campo Grande. Fez parte ainda da programação, só que no Parque dos Ipês, o lançamento do livro de cordel de Rogério Fernandes Lemes e do livro infanto-juvenil de Ruth Helmann.

Na sexta-feira à noite a Praça Antonio João recebeu os projetos da assistência social. Lá se apresentaram o coral dos idosos, do Peti Indígena, dos Cras da Vila Cachoeirinha, Ca-naã I e aldeia indígena, além da apresentação de Camila Facca.

A programação completa da festa Dourados Brilha pode ser acessada no site oficial da Prefeitura de Dourados – www.dourados.ms.gov.br. Todas as noites, de 18h30 até 0h, a tarifa de ônibus custa R$ 1 para quem tem o cartão cidadão (tarja vermelha). (Fonte: Assecom).

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23estadO

instituto criado por Ana moser vai capacitar professores

CORUmbá

dE pAI pARA FILHO

Prefeitura do interior do Estado fechou contrato milionário com empresa de São Paulo sem licitação. A tal empresa é famosa por se envol-

ver em escândalos tipo receber sem prestar o serviço. Podem apostar que vem bomba e nós a repercutiremos na próxima edição.

COISA dE pRIMOS

Empresa com sede no interior do Estado que arrecadou milhões em obras está preste a receber o convite do Ministério Publico. São

inúmeras as obras que não saíram do papel. A proprie-tária e igual a Saci Pererê: nunca ninguém viu um de verdade, em carne e osso.

COISA dE pRIMOS - 1

O escritório da famosa prima fica no WORK CENTER. O Setor de Inteligência do Jornal Centro Oeste Popular está terminando de

fazer os devidos levantamentos e até agora já constatou que é tanto a dinheirama que está fazendo inveja ao Carlos Cachoeira e Companhia Ltda.

REI dAS ÁGUAS

Presidente de órgão estadual que vai ser can-didato a deputado estadual em 2014 andou deixando seus rastros milionários em algumas

operações obscuras. Foi tanta a grana arrecadada ao seu favor que está difícil de evitar um escândalo. Em breve a equipe de investigação do CO POPULAR trazer à tona todos os meios operacionais do cidadão que vem sendo chamado de “Rei das Águas”.

REI dAS ÁGUAS - 1

O famoso candidato a deputado teria investido alguns milhões de dólares em empresa se-diada em Ponta Porã, mas muitos serviços

não foram realizados, embora tenham sido todos eles pagos. Há quem garanta que os serviços que chegaram a ser conclusos foram superfaturados. Outra empresa, com sede na região de Dourados, que integra o rol de “beneficiários” do conhecido “Rei das Águas” teria como sócios apenas os conhecidos “laranjas” que, de podres, estariam prestes a caírem dos pés.

TApA bURACOS

As empresas que prestam serviços de tapa buraco em importantíssimo município do Estado estão de parabéns, pois, são as únicas

a receberem rigorosamente em dia. O famoso mentor, conhecido pela sua brilhante careca, não dorme no ponto e teria comandado um esquema que arrecadou milhões só nos primeiros meses da atual gestão. Só não esperavam que farta documentação viria parar justamente na redação do jornal CO POPULAR. Após finalização dos levantamentos tais documentos deverão ser encaminhados para devida análise do pessoal do Ministério Publico.

SOMbRA

Ex-assessor de deputado federal, que se en-volveu em escândalo no passado, continua operando em algumas prefeituras do interior

do Estado. Tudo indica que ele tem o aval do intocável parlamentar. Documentos que comprovam as operações vão fazer respigar ou molhar por completo a reeleição de certo candidato.

COISAS dE bRASIL

Um morador de rua foi o primeiro condenado após participação em manifestação ocorrida no Rio neste ano - provavelmente, também o

primeiro no país. Acusado de porte de artefato explosivo, ele terá de cumprir cinco anos e dez meses de prisão em regime fechado, segundo decisão de primeira instância da Justiça estadual. Cabe recurso.

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Conforme pude ler nos grandes sites de notícias, o Rafael Braga Vieira, 26, foi detido em 20 de junho, dia da maior manifestação ocorrida na

cidade, com participação de 300 mil pessoas, segundo especialistas da Coppe/UFRJ. O protesto terminou com um rastro de destruição no centro. Naquele dia, cinco pessoas foram presas e três menores de idade foram apreendidos por policiais. De acordo com a polícia e o Ministério Público, Vieira foi detido com dois coquetéis molotov saindo de uma loja abandonada na Avenida Presidente Vargas.

pÍzzARIA

Aqui em terras guaicurus o que ficou feio, mesmo, foi o resultado apresentado pela Co-missão Parlamentar de Inquérito da Saúde

– a CPI da Saúde, como foi denominada. Isto porque o presidente da mesma, deputado Amarildo Cruz (PT), inconformado com a blindagem de alguns figurões, votou contra o relatório final.

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A decisão de Amarildo causou constrangimen-to nos demais membros e pior ainda ficou a declaração do deputado Junior Mochi

(PMDB), relator da dita pizza, ou melhor CPI, dizendo que “amaciou” para o Bernal. Tal declaração pode levar o Ministério Público a questionar o parlamentar sobre o que ele quis dizer com isso.

MAIS pIzzA

Parece que tem vereador que fez baita dum ba-rulho durante a CPI do Calote e já está de malas prontas para integrar a base do Bernal. Pelo

jeito os camaleões invadiram a seara sul-mato-grossense. Porque, sinceramente, nunca vi uma turma mudar a to-nalidade do discurso tão radicalmente assim em tão curto espaço de tempo como está ocorrendo agora.

Prefeito recebeu a ex-jogadora de vôlei, Ana Moser, mentora do IEE

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A Prefeitura de Corum-bá e o Instituto Esporte e Educação (IEE) vão capa-citar cerca de 80 profissio-nais de Educação Física da Rede Municipal de Ensino (Reme) da cidade em 2014. A parceria foi firmada nessa quinta-feira, 05, quando o prefeito Paulo Duarte recebeu em seu gabinete a ex-jogadora de vôlei Ana Moser, fundadora da ins-tituição.

O objetivo, conforme explicou a ex-atleta, é for-talecer a prática esportiva na rede municipal, ajudan-do qualificar professores e

gestores a instituir rotinas de planejamento, estraté-gias de ensino e didáticas inclusivas de aprendizagem. “A Educação Física, muitas vezes, traz esse olhar de trabalhar apenas com os melhores atletas”, afirmou Ana Moser.

“Nossa proposta é am-pliar isso, aumentando a participação dos jovens em atividades que agregam valores positivos e qualifi-cando a ocupação dos es-paços públicos”, completou a ex-jogadora da Seleção Brasileira de Vôlei, eleita melhor atacante do Campe-

onato Mundial de Voleibol (1990) e melhor saque nas Olimpíadas de Barcelona (1992).

Cerca de 2.500 profes-sores de mais de 50 cidades já participaram da capaci-tação, que tem o apoio da mineradora Vale. Em Co-rumbá, a apresentação do Projeto Formação Continu-ada de Professores da Rede Pública deve ocorrer entre os dias 06 e 07 de feverei-ro. O primeiro módulo do curso tem carga horária de 80 horas/aulas presenciais, divididos em 5 encontros.

“Vamos dar todo apoio

a esse projeto. Acredito muito no esporte como transformador de vidas. A iniciativa é muito bem vinda e terá total atenção da Secretaria de Educação e da Fundação de Espor-tes”, afirmou Paulo Duarte, apontando os investimen-tos feitos pela Prefeitura nos espaços públicos do município.

“Estamos construindo um amplo e moderno com-plexo na parte alta (bairro Jardim dos Estados) dota-do de toda infraestrutura para a prática esportiva, que deve ficar pronto em meados do ano que vem. E também em 2014 vamos realizar a reforma completa do Ginásio Poliesportivo e do Centro Popular Na-ção Guató, inclusive com a cobertura das piscinas”, destacou.

O prefeito ainda apre-sentou a proposta de trans-formar o Parque Marina Gattass em mais um pólo esportivo da região panta-neira. “Corumbá sempre foi um grande celeiro de atletas. E queremos não só resgatar isso, mas também utilizar o esporte como instrumento de inclusão social e de melhoria da qualidade de vida da nossa população”, completou. A secretária municipal de educação, Roseane Limo-eiro, e o diretor-presidente da Funec, Elvécio Zequetto, também participaram do encontro.

Ari Basso participa da abertura do Congresso sul-mato-grossense

de Compras Públicas

siDROLÂnDia

Ari Basso participou de eventos para obter novas informações administrativas

Foto

Div

ulga

çãoO prefeito de Sidrolân-

dia, Ari Basso (PSDB), par-ticipou na manhã da última terça-feira, 3, da abertura do Congresso Sul-mato--grossense de Compras Pú-blicas. O evento que teve a participação da Confedera-ção Nacional dos Municí-pios (CNM) aconteceu nos dias 3 e 4 de dezembro no auditório do Sebrae/MS em Campo Grande.

Os objetivos da inicia-tiva foram de promover o diálogo entre prefeitos do Estado, capacitar as equi-pes técnicas das prefeituras quanto às compras públicas, aproximar os empresários das oportunidades de negó-cios existentes com o muni-cípio, estimular a aplicação dos benefícios previstos na Lei Geral da Micro e Pe-quena Empresa e capacitar os Agentes de Desenvolvi-mento para aplicarem as normas.

“Neste ano, Sebrae, Assomasul e o Tribunal de Contas intensificaram a sensibilização sobre a importância de se imple-mentar a lei, para que no próximo ano tenhamos ambiente favorável ao de-senvolvimento e municípios

aptos a se beneficiarem com novos projetos”, destaca Sandra Amarilha, gerente de Desenvolvimento Terri-torial e Políticas Públicas do Sebrae no MS.

Ari Basso destacou a importância dos gestores dos municípios participa-

rem dessas ações, logo que são repassadas informações relevantes que fazem a dife-rença em uma administra-ção pública. “Em congres-sos como este recebermos informações técnicas que são o diferencial na hora de tomar decisões”, finalizou.

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIV nº 588 08/12 a 14/12 de 201324 estadO

Com Fibrodisplasia Ossificante Progressiva, Alexandre é um exemplo de superação

EnTREvisTa

Josi PaesCampo Grande – MS.

Alexandre Palhares,e tem 29 anos, e é um exem-plo de vida e de superação. Ele possui um mal conhe-cido pela sigla FOP (de Fibrodisplasia Ossificante Progressiva) que é uma doença raríssima e genética que causa a formação de ossos no interior dos mús-culos, tendões, ligamentos e outros tecidos conectivos. Pontes de ossos “extra” se desenvolvem através das articulações (juntas do cor-po) restringindo progressi-vamente os movimentos. Na FOP, o corpo não somente produz muitos ossos, mas todo um esqueleto “extra” é formado, envolvendo o corpo e prendendo a pessoa em uma prisão de ossos. Nesta semana, ele falou um pouco sobre como é viver e conviver com o FOP:

pERGUNTA - Ale-xandre fale um pouco da sua história de vida.

ALEXANDRE PALHA-RES - Tenho 29 anos, e há 7 anos estou 24 horas por dia na cama. Sou filho de um pediatra e de uma dentista. Minha doença manifestou quando eu tinha dois anos e meio de idade. Nesta época perdi rapidamente parte dos meus movimentos de pescoço, coluna e braços, mesmo assim tive uma in-fância e adolescência nor-mal, frequentei escolas de ensino fundamental, médio e estava cursando faculdade de Tecnologia em Desenvol-vimento Web, foi quando entrei em crise com a do-ença e rapidamente perdi o movimento de minhas pernas devido ao congela-mento dos movimentos dos quadris e joelho. Até então fiz tudo e vivi intensamen-te tudo o que era possível viver.

pERGUNTA - Sobre a doença quando foi diagnosticada?

ALEXANDRE PALHA-

RES - Quando nasci apre-sentei meus dedões dos pés com um tipo joanete (halux valgo). Meu pai como médico pesquisou o que poderia significar aquele sinal, e constatou que era um estigma de uma doen-ça esquelética, e que não haveria o que fazer. Ele simplesmente fechou o livro e preferiu não acreditar, mas com o aparecimento dos primeiros sintomas, era hora de enfrentar a verdade e isto foi triste.

pergunta - Como você encara o fato de ter FOp?

ALEXANDRE PALHA-RES - A Fop é uma doença limitante, é um espirito livre e saudável dentro de um corpo completamente limitado em movimentos, uma espécie de auto prisão no seu próprio corpo.

pERGUNTA - Quais são suas maiores difi-culdades e seus maiores medos por ter Fibrodis-plasia?

ALEXANDRE PALHA-RES - Minhas maiores di-ficuldade é amanhecer e anoitecer no mesmo lu-gar, por dias, meses, anos, e meus maiores medos é que o tempo passe, que a vida pas-se sem que eu possa sair do lugar. E é por m o t i v o q u e a t u a l m e n t e estou em bus-ca de recursos para obter um carro que pos-sa me levar para outros lu-gares, mesmo sendo em cima de uma maca, talvez depois disso eu possa me locomo-ver para outros lugares em busca de adaptações de uma cadeira de rodas que possa facilitar minha vida.

pERGUNTA - Como foi o seu tratamento desde então?

ALEXANDRE PALHA-RES - Não existe um trata-mento estabelecido. Quan-do minha doença se ma-nifestou não se sabia nem mesmo onde estava o defei-to. Hoje já se sabe através do DNA que é um pequeno problema, mais que causa grandes estragos. Até hoje meus tratamentos foram

orientados pelo meu pai que tornou-se um estudioso do assunto, sendo atualmente referência nacional quando se fala nesta doença.

pERGUNTA - Campo grande tem estrutura para tratar pessoas com FOp?

ALEXANDRE PALHA-RES - Não. Nem Campo Grande, nem Brasil. Esta semana mesmo, minha mãe estava falando: e daí se nós conseguíssemos adaptar uma cadeira de rodas pra voce, onde voce poderia ir? E ela mesmo respondeu – acho que não dá pra voce

andar nem m e s m o n a rua aqui de casa. Nos Es-tados Unidos quase 100% dos pacien-tes com FOP tem condição de locomo-ção e mais fa-cilidades de adaptação de equipamen-tos que lhe dão melhor condição de vida.

p E R -G U N T A -

Até com quantos anos você se locomoveu so-zinho e o que foi mais difícil para você quando perdeu os movimentos?

ALEXANDRE PALHA-

RES - Como já disse antes, minha doença se iniciou quando eu tinha dois anos e meio, progrediu com a perda de alguns movimen-tos até meus oito anos de idade, depois eu tive um período de quase dez anos sem nenhuma manifesta-ção ou crises, parecia até mesmo que meu problema estava estacionado para sempre. Ledo engano, pois aos dezoito anos tive uma crise que prejudicou o mo-vimento da minha perna esquerda, e então comecei a me locomover com um scooter, e com ela ia para to-dos os lugares, até que com 23 anos durante uma forte crise perdi de uma semana para outra completamente todo o movimento do meu quadril e joelho da perna esquerda, o que me pôs deitado na cama.

pERGUNTA - Como você vê o apoio da fa-mília diante de tantos obstáculos?

ALEXANDRE PALHA-RES - A doença mudou completamente meu ritmo de vida e mudou também da minha família. Eu preso pelo meu próprio físico, e meus pais presos pelas obrigações de me cuidar e também de trabalhar incan-

savelmente para custear os salários das pessoas que se revezam para me cuidar 24 horas por dia. Na verdade esta é uma doença que não pertence somente à pessoa que apresenta ela, mas tam-bém a todos da família, pois estão diretamente envol-vidos, portanto o apoio da família é fundamental para ir em frente.

pERGUNTA - você acredita na evolução dos tratamentos ou até mesmo a cura para a FOp?

ALEXANDRE PALHA-RES - A vida é feita de perspectivas e temos que acreditar que algo melhor pode acontecer. A desco-berta da cura, ainda é um caminho sem luz, porém o controle da mesma está cada vez mais próximo. Nos Estados Unidos há o maior centro de pesquisa dessa doença, e aqui no Brasil meu pai trabalha em conjunto da UFMS, Uni-camp e UFMG em busca de um controle para a doença e quando isso acontecer, acredito ser em breve, só então outras alternativas serão oferecidas para re-cuperar os movimentos perdidos.

pERGUNTA - Ale-xandre por fim, gostaria que você mandasse uma mensagem para todas as pessoas que tem algum tipo de doença progres-siva.

ALEXANDRE PALHA-RES - E preciso viver sempre com bom humor, e aprender a dar importância a cada momento da vida, pois eles são únicos.

- Valorizar tudo que temos mesmo se temos di-ficuldades para enfrentar o dia a dia.

- Lembrar que apesar dos obstáculos e dificul-dades de hoje, temos que acreditar no amanhã.

- Não olhar para tras como um erro e sim como um aprendizado.