CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · analisar o papel da instituição escolar...

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA ETEC PROFESSOR MÁRIO ANTÔNIO VERZA Curso técnico em Administração LARISSA APARECIDA GOMES FANTINI LARISSA RODRIGUES DA SILVA LUANA POKLEN CUSTÓDIO MARIA EDUARDA ALVES DA SILVA O USO INDEVIDO DO CELULAR NO AMBIENTE ESCOLAR: Os impactos negativos na formação discente Palmital - SP 2016

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

TECNOLÓGICA PAULA SOUZA ETEC PROFESSOR MÁRIO ANTÔNIO VERZA

Curso técnico em Administração

LARISSA APARECIDA GOMES FANTINI LARISSA RODRIGUES DA SILVA

LUANA POKLEN CUSTÓDIO MARIA EDUARDA ALVES DA SILVA

O USO INDEVIDO DO CELULAR NO AMBIENTE ESCOLAR: Os impactos negativos na formação discente

Palmital - SP

2016

LARISSA APARECIDA GOMES FANTINI LARISSA RODRIGUES DA SILVA

LUANA POKLEN CUSTÓDIO MARIA EDUARDA ALVES DA SILVA

O USO INDEVIDO DO CELULAR NO AMBIENTE ESCOLAR: Os impactos negativos na formação discente

Trabalho de conclusão de curso apresentado à ETEC Professor Mário Antônio Verza, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Técnico em Administração. Orientadora: Professora Valdiza Maria do Nascimento Fadel

Palmital - SP 2016

“A ciência de hoje é a tecnologia de amanhã”. EDWARD TELLER

RESUMO O uso adequado de tecnologias em sala de aula pode contribuir para a efetividade do processo de ensino-aprendizagem. Contudo, este tem sido um assunto amplamente discutido no meio acadêmico, principalmente com relação ao uso do celular, fazendo com que a atuação do professor seja repleta de desafios. Assim, este trabalho de conclusão de curso aborda conceitos, legislação e um estudo de caso sobre o uso do celular no contexto escolar, bem como o cumprimento da legislação, que proíbe o uso deste equipamento em salas de aula de escolas no estado de São Paulo. Os resultados obtidos por meio desta proposta certamente podem contribuir para o aumento do conhecimento da sociedade sobre a existência da lei 12.730, bem como as dificuldades que as escolas enfrentam com relação ao seu cumprimento, enfatizando o quanto o uso indevido do celular pode ocasionar prejuízos no processo de aprendizagem.

Palavras-chave: Aprendizagem. Tecnologia. Celular. Legislação.

ABSTRACT The proper use of technologies in the classroom can contribute to the effectiveness of the teaching-learning process. However, this has been a subject widely discussed in the academic world, especially with regard to the use of the cell phone, making the teacher's performance be filled with challenges. Thus, this course completion work addresses concepts, legislation and a case study on the use of mobile phone in school context, as well as compliance with legislation, which prohibits the use of this equipment in classrooms of schools in the state of São Paulo. The results obtained through this proposal can certainly contribute to increase society's knowledge about the existence of Law 12.730, as well as the difficulties that schools face in relation to their compliance, emphasizing how improper use of the cell phone can cause harm in the learning process. Keywords: Learning. Technology. Cell phone. Legislation.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Uso da tecnologia no processo de ensino-aprendizagem....................... 18

Figura 2 – Conhecimento da lei número 12.730........................................................19

Figura 3 – Solução do problema ...............................................................................20

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................. 08

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................... 10

2.1 O PAPEL DA ESCOLA NA SOCIEDADE: HISTÓRICO E EVOLUÇÃO ...... 10

2.2 O USO DA TECNOLOGIA EM SALA DE AULA ........................................... 13

2.2.1 Uso indevido do celular no ambiente escolar e os impactos negativos na

formação discente ..............................................................................................

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3 RESULTADOS DO ESTUDO DE CASO ...................................... 18

3.1 VISÃO DOS DISCENTES ........................................................................... 18

3.2 VISÃO DOS DOCENTES ............................................................................ 19

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................... 21

REFERÊNCIAS ................................................................................ 22

APÊNDICES ..................................................................................... 25

ANEXO ............................................................................................. 28

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1 INTRODUÇÃO

Ao longo dos tempos foram realizados muitos estudos que buscaram

analisar o papel da instituição escolar na sociedade, a qual teve vários papéis, entre

eles, a responsabilidade por transformações sociais e individuais que continuam na

atualidade, onde o professor deixa de ser apenas transmissor do conhecimento para

ser considerado o agente fundamental na facilitação da construção do saber pelo

aluno.

Neste sentido, a tecnologia se torna intrínseca a efetividade deste processo,

visto que assim como ela está presente na vida dos alunos fora da sala de aula,

precisam ser utilizadas pelos professores no contexto escolar. Entretanto, uma

preocupação recorrente está relacionada a como ao emprego correto desses

recursos, principalmente o celular, que pode influenciar negativamente na formação

discente, impedindo que o aluno preste a devida atenção na aula.

Tendo em vista a relevância do assunto, este estuda visa propor uma

reflexão sobre a importância da tecnologia no contexto educacional atual, como foco

em como o uso indevido do celular pode prejudicar o processo de ensino-

aprendizagem.

1.1 OBJETIVOS

Constitui objetivo geral deste trabalho demonstrar os desafios enfrentados

pelos educadores com relação ao uso de tecnologias pelos discentes no ambiente

escolar, enfatizando o quanto o uso indevido do celular pode ocasionar prejuízos no

processo de aprendizagem.

Constituem objetivos específicos:

a) Realizar levantamento conceitual e na legislação pertinentes ao tema, a

fim de aumentar o conhecimento do leitor;

b) Identificar, sob uma perspectiva prática, como a tecnologia deve ser

empregada no ambiente escolar, com foco na utilização do celular pelos discentes;

c) Analisar de forma sistêmica os resultados obtidos por meio das pesquisas

teóricas e práticas, oferendo informações que possam contribuir na conscientização

de discentes, pais, professores e gestores escolares sobre os impactos do uso

indevido do celular no processo de aprendizagem.

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1.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Inicialmente foram feitas pesquisas bibliográficas em obras específicas e

artigos na internet sobre o tema, bem como análises documentais na legislação

brasileira e estadual vigente que aborda o uso de celular em ambiente escolar.

Posteriormente os resultados foram organizados na fundamentação teórica. Foi

feito um estudo de caso na Escola Técnica Estadual (ETEC) Professor Mário

Antônio Verza, localizada na cidade de Palmital, Estado de São Paulo. Tal estudo

será direcionado por duas coletas de dados. A primeira foi feita junto a 200 alunos

dos cursos técnicos regulares noturnos, através da aplicação de um questionário

misto (ANEXO A), por meio do qual buscou-se identificar qual a visão e o

conhecimento dos mesmos sobre o tema. A segunda realizou-se por meio de um

questionário misto (ANEXO B), aplicado junto a 15 docentes dos cursos

pesquisados, o que permitiu compreender a perspectiva dos educadores sobre a

temática.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo são organizados os resultados das pesquisas bibliográficas,

expondo os principais conceitos propostos por autores especialistas no assunto, tais

como, Antunes, Arroyo, Assunção, Batista, Benjamin, Correa, Delors, Enguita,

Fonseca, Freire, Gagné, Gomes, Piaget, Pourtois, Ribeiro, Rousseau, Silva, Souza,

Talita, Tedesco, Teixeira, Vygostsky.

2.1 O PAPEL DA ESCOLA NA SOCIEDADE: HISTÓRICO E EVOLUÇÃO

Pesquisas demonstram que a escola sempre exerceu um papel crucial para

o desenvolvimento da sociedade de uma forma geral. Contudo, a escola tem

enfrentado inúmeros desafios ao longo dos anos, visto que a globalização

tecnológica tem trazido impactos profundos nos processos de ensino-aprendizagem.

O homem, diferente de outros animais, não nasce com suas capacidades

desenvolvidas. É ao longo de sua vida, pelas relações que estabelece com outros

homens, no processo de socialização, que ele as desenvolve. Uma das razões pelas

quais isso ocorre é que o homem nasce e mantém, enquanto vive, a capacidade de

aprender e de ensinar, transmitindo, mas também produzindo e modificando, os

conhecimentos e a cultura.

Contudo, a educação, embora ocorra em todas as sociedades, não se

apresenta nelas de forma única. O que há, de fato, são educações, porque as

experiências de vida dos homens, suas necessidades e condições de trabalho, são

diferentes. Ao longo da história, em momentos e em sociedades determinadas, o

homem criou instituições encarregadas de transmitir certas formas de educação e de

saber. Então surgiram as escolas, contudo, nem assim a educação se dá de forma

única, variando de uma escola para outra. (RIBEIRO, 2003).

Assim a escola devia ser um lugar especial, nitidamente circunscrito onde se

reúnem os jovens, agrupados e divididos por classes ou faixa etária, mas assim

mesmo cada escola tem suas variedades de ensino, suas normas, critérios,

avaliações e cada uma transmitem e criam seus conhecimentos.

De acordo com Haddad (1985, p.01): "A escola não é uma só. Existem

escolas, cada uma atendendo àquilo que os interesses nela envolvidos permitem

que se produza".

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Assim, a escola tem que ser plural e a única capaz de formar cidadãos

preparados para uma sociedade marcada pela diversidade, e difundir valores cívicos

e democráticos. A escola é o grande espaço de socialização da criança, é onde ele

se prepara para viver civilizadamente, integrando uma sociedade. Para isso, deve

também ser um espaço lúdico e prazeroso, além de, certamente, ter competência

técnica, o conhecimento, e também competência política, no sentido de formar

cidadania. Segundo Arroyo (1995, p. 36): A educação moderna vai se configurando nos confrontos sociais e políticos, ora como um dos instrumentos de conquista da liberdade, da participação e da cidadania, ora como um dos mecanismos para controlar e dosar os graus de liberdade, de civilização, de racionalidade e de submissão suportáveis pelas novas formas de produção industrial e pelas novas relações sociais entre os homens. O que importa ressaltar é que relação entre educação e construção de uma nova ordem política não é invenção de educadores ou políticos, trata-se de uma relação que faz parte de um movimento maior de interpretação dos processos de educação e constituição das sociedades modernas.

Há muitas reflexões importantes a fazer, quando se fala em educação para a

sociedade, tais como a inserção da escola na comunidade, a formação de espíritos

críticos, o envolvimento da escola em projetos globais de transformação social, a

aproximação entre teorias e práticas, entre ideias e realidades, entre o

conhecimento e a existência real do estudante, entre educação e vida.

Neste sentido, fica claro que atualmente a educação na escola tem função

social e o objetivo é transmitir de maneira objetiva a cultura e a interação em

diversificados aspectos. A construção do conhecimento dentro do ambiente escolar

é importante, pois é através desse descobrimento através do estudo, pessoas são

preparadas a manter um papel de grande importância na sociedade seja ele qual

escolher contribuir para o sistema da sociedade.

É importante saber que na escola não se aprende somente as teorias

fundamentais para ler, escrever e fazer contas. A escola também tem grande

importância para o desenvolvimento crítico e ético de cada aluno. O homem vive em

sociedade a partir do momento que se inicia a fase escolar tendo que conviver com

pessoas fora de seu convívio familiar e aprendendo a respeitar e conviver

pacificamente com as diferenças. A ética é principiada desse ponto de partida, é na

escola que são passados os valores de cidadania, honestidade, moral e vai

depender de cada ser humano absorver e praticar o senso ético, portanto a escola

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tem muita importância nesse período tão singular da vida de cada um. Na atual

sociedade moderna em que nos encontramos, pelo contrário que muitas pessoas

pensam, a escola é de extrema importância na vida dos alunos em se tratando

desenvolvimento psíquico e moral. É na escola em que valores são principiados e

discutidos através de leituras e exemplos vividos, em que se tornar um cidadão de

bem é a maior riqueza de um homem. (RIBEIRO. 2003).

É importante que a família também seja aliada da escola, principalmente na

era da tecnologia. Mas segundo Enguita (1989, p.158): Professores e pais costumam prestar pouca atenção àquilo que não seja o conteúdo do ensino, isto é, da comunicação, e o mesmo faz a maioria dos estudiosos da educação. Entretanto, apenas uma pequena parte do tempo dos professores e alunos na escola é dedicada à transmissão ou aquisição de conhecimentos. O resto, a maior parte, é empregado em forçar ou evitar rotinas, em impor ou escapar ao controle, em manter ou romper a ordem. A experiência da escolaridade é algo muito mais ampla, profundo e complexo que o processo da instrução: algo que cala em crianças e jovens muito mais fundos e produz efeitos muito mais duradouros que alguns dados, cifras, regras e máximas que, na maioria dos casos, logo esquecerão. As atitudes, disposições, etc., desenvolvidos no contexto escolar serão logo transferidas a outros contextos institucionais e sociais, de forma que sua instrumentalidade transcende sua relação manifesta ou latente com os objetivos declarados da escola ou com seus imperativos de funcionamento.

Ainda, estudos têm mostrado que o ser humano durante toda sua vida tem

sido influenciado pelo meio em que vive e, sendo assim, fatores sociais, econômicos

e culturais têm contribuído para o seu desenvolvimento.

Desta forma entende-se que, assim como o desenvolvimento, a

aprendizagem acontece sob a influência de muitos fatores, entre eles, ambientais,

familiares, psicológicos, etc. Entre os estudiosos do desenvolvimento e do processo

ensino-aprendizagem encontramos Piaget e Vygotsky, que em seus estudos

revelam como os indivíduos pensam e se comportam nas diferentes fases da vida.

Embora as diferenças entre eles pareçam ser muitas, ambos comungam de pontos

de vistas semelhantes. Tanto Piaget quanto Vygotsky defendem a ideia de que a

criança não é um adulto em miniatura. Procuram sempre o homem na criança sem

pensar no que ela é antes de ser homem. Ambos viram o desenvolvimento da

criança como participativa, não acontece de maneira automática, portanto, o

processo de aprendizagem não é estático, muito menos mecânico, é ativo. É um

processo contínuo que ocorre durante toda a vida do indivíduo. ”Vivendo e

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aprendendo” se levar em consideração a sabedoria popular. Refletir sobre

desenvolvimento e aprendizagem se faz necessário, pois existem muitos pontos a

serem pensados no que se refere ao ato de aprender. (ROUSSEAU, 1999).

Gagné (1974), define a aprendizagem como sendo uma modificação na

disposição ou na capacidade do homem, modificação essa que pode ser retida e

que não pode ser simplesmente atribuída ao processo de crescimento.

Portanto, atualmente é possível compreender a aprendizagem como um

processo de mudança de comportamento adquirida através da experiência

construída por fatores emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais. Os meios

de vida, de estudos, por onde circulam os aprendizes são tão importantes quanto às

atividades educacionais que abrigam. Sua influência deve-se ao fato de que eles

são desigualmente motivadores, diferentemente estimulantes e mais ou menos

propícios a aprendizagens significativas. A cultura da instituição, da família e da

sociedade é igualmente um fator de ensino. (DELORS, 2005).

Assim, considerando que a tecnologia está presente no cotidiano da maioria

dos brasileiros, a escola exerce um papel fundamental no processo de extensão

desse meio de vida, onde o grande desafio imposto por essa realidade está

relacionado ao de fato de que a promoção do conhecimento no ambiente escolar é

intrínseco ao uso da tecnologia dentro e fora dele.

2.2 O USO DA TECNOLOGIA EM SALA DE AULA

A tecnologia tem um papel importante no desenvolvimento de habilidades

profissionais contemporâneas, por isso, torna-se necessário repensar o papel da

escola, mais especificamente as questões relacionadas ao emprego da tecnologia,

principalmente do celular no processo de ensino-aprendizagem.

Para Antunes (2007, p.70): “Com as novas tecnologias é possível

passarmos de uma escola especialista em ‘ensino’ para uma escola que se

especializa em aprendizagem”.

Esta realidade remete a uma nova forma de pensar e agir para lidar com as

informações, isso também requer do professor o desenvolvimento de estratégias

criativas que propicie ao aluno a busca de novas compreensões resultando numa

aprendizagem significativa.

O processo de ensino e aprendizagem desenvolvido formalmente nas

escolas vem sendo alvo de muitas críticas no que tange às metodologias adotadas

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em sala de aula, pois a tecnologia já é parte inerente ao processo de ensino-

aprendizagem, fazendo com que o professor tenha que repensar as metodologias de

ensino, incorporando estratégias que possam efetivamente gerar resultados

satisfatórios.

Neste encadeamento de valores pedagógicos, é importante considerar

sobre a enorme contribuição das metodologias que contemplam os recursos

tecnológicos mídias dentre elas o celular no processo de ensino e aprendizagem,

tendo em vista que este oportuniza ao educando o desenvolvimento de habilidades

exigidas pelo mercado de trabalho, que é dotado de tecnologias em todas as áreas

do conhecimento.

Antunes (2007, p.70), reforça que: Pode-se afirmar que os recursos eletrônicos chegaram para ficar e o desenvolvimento de competência para seu uso racional e criativo é cada vez mais desafiador. O importante nessas competências não está em se buscar o uso como se veste a camisa nova, ganha no Natal; ao invés de simplesmente usar, é importante ousar, criar, inventar, sugerir, desafiar.

O professor deixou de ser a fonte única e exclusiva de informações porque

os alunos estão globalizados via televisão, canais a cabo, internet, multimídia. Se

alguns ainda não estão é mais por falta de oportunidade que de desejo, cabe ao

professor, ao invés de criticar o uso do celular, estabelecer critérios para sua

utilização, fazendo com que o aluno passe a usá-lo de forma educativa e consciente.

(TIBA, 1998).

Diante desse contexto, a relação com o celular com a escola ainda é

bastante confusa e conflituosa, pois muitos professores se embatem em saber

quando e como usar essa tecnologia em sala de aula. Entretanto, não se pode

esquecer que o envolvimento do aluno no processo de aprendizagem é

fundamental, daí a necessidade da escola criar mecanismos que façam com que

este encontre sentido naquilo que constitui o foco dos estudos em cada situação da

sala de aula.

Assim, para Antunes (2007), o professor precisa dominar algumas

competências para que possa desenvolvê-las, visando estimular nos alunos o

desenvolvimento das competências propostas a estes, dentre as quais o professor

precisa ter o domínio e fazer uso de novas tecnologias, sendo que estão presentes

no cotidiano. E, segundo Perrenoud apud Antunes (2007, p 65): “A escola não pode

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ignorar o que se passa no mundo e as tecnologias de informação e de comunicação

nos impuseram novas formas de se relacionar com os outros no dia-a-dia ”.

Portanto, no processo educacional o papel do professor é de suma

importância, pois é ele quem cria os espaços, disponibiliza materiais, vivencia as

ações do aluno em sala de aula, ou seja, faz a mediação da construção do

conhecimento.

Através da inserção do celular em algumas atividades de sala de aula, os

alunos poderão conhecer uma forma lúdica e divertida de aprender os conteúdos.

Conforme Teixeira (1995, p. 34): “[...]. Assumir essa postura implica sensibilidade,

envolvimento, uma mudança interna, e não apenas externa, implica não somente

uma mudança cognitiva, mas principalmente, uma mudança afetiva”.

Assim, o que traz ludicidade para a sala de aula é muito mais uma atitude

lúdica do educador e dos educandos. Entretanto, é preponderante ressaltar, o quão

é necessário que o professor estabeleça claramente algumas regras quanto ao uso

do celular na escola de maneira adequada, estabelecendo limites para evitar a

dispersão dos alunos.

Nesse enfoque Freire (1996, p.104) enfatiza que “O educando que exercita

sua liberdade ficará tão mais livre quanto mais eticamente vá assumindo a

responsabilidade de suas ações”.

Então, a questão principal é que o professor tem papel fundamental em

transformar suas atividades pedagógicas através dos recursos tecnológicos

disponíveis, conscientizando-se da importância destes, e assim, oferecer aos seus

alunos subsídios para um desenvolvimento mais amplo e para a tão almejada

aprendizagem significativa.

Vale ressaltar que o uso inadequado do celular em sala de aula pode trazer

danos graves aos alunos, trazendo impactos negativos e déficit de aprendizagem, os

quais dificilmente serão recuperados.

Assim, é fundamental que refletir sobre o sentido pedagógico do uso da

tecnologia tem sala de aula, principalmente o celular, que distancia de uma

interpretação voltada unicamente para o uso inconsciente, cuja finalidade é

despertar a curiosidade, a criatividade, a criticidade e o prazer de descobrir o novo.

É através da necessidade de buscar o novo e da descoberta, que os seres humanos

constroem palavras, atos, ações, objetos, leis e normas.

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Desta forma, as escolas, ou seja, tanto professores, quanto alunos estão

inseridos em um processo contínuo de aprendizagem, em que o uso adequado e

consciente de tecnologias, principalmente do celular, se apresenta como um grande

desafio. Freire (1997, p. 35), completa que: “A educação tem caráter permanente.

Não há seres educados e não educados. Estamos todos nos educandos. Existem

graus de educação, mas estes não são absolutos”.

2.2.1 Uso indevido do celular no ambiente escolar e os impactos negativos na

formação discente

O uso indevido do celular em sala de aula tem sido uma verdadeira febre na

sociedade, e nas escolas esse cenário não é diferente, e em função da falta de

ponderação no uso, o celular tornou-se um grande vilão da aprendizagem quando

seu uso está dissociado ao contexto das aulas.

Tendo em vista os impactos negativos do uso indevido desta tecnologia no

ambiente escolar foi sancionada legislação voltada à regulamentação desta prática.,

e de acordo com o art. 1 da lei 12.730, de 11 de outubro de 2007: “Ficam os alunos

proibidos de utilizar telefone celular nos estabelecimentos de ensino do Estado,

durante o horário das aulas. ” (SÃO PAULO, 2007, p. 1).

Neste sentido, a proibição da utilização do celular em sala de aula em

escolas públicas do Estado de São Paulo não é uma imposição do professor, mas

está prevista na legislação brasileira. Contudo, esta é uma questão muito complexa,

visto que na prática, a lei não emplacou na medida e intensidade que os

profissionais da educação desejavam, pois para ser realmente eficaz a legislação

precisa trazer punição a fim de que o agente violador da regra se sinta penalizado

rigorosamente e tenha receio de violar suas diretrizes.

Na verdade, estudos demonstram que os alunos utilizam o celular em sala

de aula com objetivos dissociados aos das aulas, como por exemplo, para envio e

recebimento de mensagens, músicas, jogos, fotos, filmagens, gravação de voz,

acesso as redes sociais, dentre outros.

De acordo com a lei 12.730, de 11 de outubro de 2007, os alunos estão

sujeitos as punições cabíveis: O não cumprimento dos deveres e a incidência em faltas disciplinares poderão acarretar ao aluno as seguintes medidas disciplinares: I - Advertência verbal;

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II- Retirada do aluno de sala de aula ou atividade em curso e encaminhamento à diretoria para orientação; III- Comunicação escrita dirigida aos pais ou responsáveis; IV- Suspensão temporária de participação em visitas ou demais programas extracurriculares; V- Suspensão por até 5 dias letivos; VI- Suspensão pelo período de 6 a 10 dias letivos; VII-Transferência compulsória para outro estabelecimento. § 1º. As medidas disciplinares deverão ser aplicadas ao aluno em função da gravidade da falta, idade do aluno, grau de maturidade e histórico disciplinar, comunicando-se aos pais ou responsáveis; § 2º. As medidas previstas nos itens I e II serão aplicadas pelo professor ou diretor; § 3º. As medidas previstas nos itens III, IV e V serão aplicadas pelo diretor; § 4º. As medidas previstas nos itens VI e VII serão aplicadas pelo Conselho de Escola. (SÃO PAULO, 2007, p. 1).

Sob uma perspectiva real, é fato que a legislação não tem sido suficiente,

visto que as punições previstas não assustam os alunos, que continuam usando o

recurso de maneira ilegal. Vale dizer que o simples recolhimento do aparelho por

parte dos gestores da escola não resolve o problema, pois se trata apenas de uma

medida administrativa para coibir, mas de pouca eficácia.

É necessário punir de forma eficaz o aluno reincidente. Tal medida

administrativa, uma forma pedagógica, seria mais eficaz se ao recolher o aparelho,

por exemplo, viesse tangenciado por uma multa financeira e está revertida em favor

da escola, todavia, com ressalvas de que no mesmo ano havendo por três vezes a

reincidência o aparelho fosse recolhido a favor do Estado para ser doado a

entidades beneficentes ou leiloado.

Sob outro aspecto, não seria necessária nenhuma regulamentação legal se

o recurso pudesse ser utilizado de maneira adequada no ambiente escolar. Contudo,

esta perspectiva envolve questões enraizadas na cultura da sociedade, as quais

precisam ser trabalhadas no contexto familiar, mas principalmente, na escola, por

meio de práticas pedagógicas que possam inserir gradativamente esses recursos no

processo de ensino-aprendizagem, não como uma forma de coibir, mas de criar o

hábito do uso consciente do celular, demonstrando seus benefícios, bem como os

impactos do uso indevido do celular.

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3 RESULTADOS DO ESTUDO DE CASO

Neste capítulo, serão apresentados os principais resultados da pesquisa de

campo realizada com docentes e discentes da instituição Escola Técnica Professor

Mário Antônio Verza.

3.1 VISÃO DOS DISCENTES

O levantamento demonstrou que 60% dos discentes dos cursos técnicos

pesquisados são do gênero feminino e os demais são do masculino. Isso demonstra

o quanto as mulheres passaram a buscar qualificação para o mercado de trabalho.

Ainda, foi possível identificar que 55% dos entrevistados possuem entre 15 e

18 anos, 30% entre 19 e 25 anos, 6% entre 26 e 32 anos e os demais têm mais de

33 anos. Tais informações apontam a presença de muitos jovens em busca de

novos conhecimentos profissionais na área técnica em Administração,

Contabilidade, Serviços Jurídicos, Informática para internet e enfermagem.

Figura 1 – Uso da tecnologia no processo de ensino-aprendizagem

Fonte: Elaborado pelos autores (2016)

Na figura 1 fica evidente que, apesar da tecnologia estar presente em todas

as áreas do conhecimento, os discentes acham que este meio não é exatamente

essencial para a aprendizagem em todas as matérias, ou seja, depende da aula e do

conteúdo que se pretende desenvolver. Isso demonstra o quanto o aluno tem

consciência que o celular não é necessário em todos os momentos.

20%

78%

2%Achoqueémuitoimportante,poisatecnologiaestápresenteemquasetodososlugares;

Achointeressante,masnãoéfundamentalemtodasasmatérias;

Achoquenãoéimportanteemnenhumamatéria

19

Por outro lado, embora o uso do celular seja proibido legalmente dentro das

instituições públicas do estado de São Paulo, a pesquisa apontou que pelo menos

metade dos alunos dos cursos técnicos pesquisados utilizam o celular em sala de

aula, e nem sempre com propósitos relacionados ao conteúdo das aulas. Esta é

uma informação muito preocupante, que demonstra a falta de conscientização dos

discentes sobre a aplicabilidade da lei.

Figura 2 – Conhecimento da lei número 12.730

Fonte: Elaborado pelos autores (2016).

Como demonstra a figura 2, a maioria dos discentes da instituição, ou seja,

94% desconhecem a legislação que proíbe o uso do celular em ambiente escolar, e

somente 6% conhecem essa lei. Esta é uma informação importante, pois indica a

necessidade de conscientização discentes acerca do assunto.

Ainda, quando questionados sobre as possíveis soluções para o problema

do uso indevido do celular em sala de aula, 58% os discentes acham que esse

problema pode ser solucionado por meio de ações de conscientização e 32%

apontaram a prática de regras mais rígidas impostas pelos professores.

3.2 VISÃO DOS DOCENTES

A instituição conta com 19 professores atuantes no período noturno,

constituídos por 11 homens e 8 mulheres, que dividem-se entre os cursos oferecidos

pela instituição.

6%

94%

Sim

Não

20

A pesquisa demonstrou que 100% dos docentes entrevistados na instituição

conhecem a lei 12.730 e orientam seus alunos sobre a utilização de celulares em

sala de aula.

Com relação a opinião dos docentes em relação a se o uso do celular em

sala de aula pode atrapalhar no desenvolvimento da aprendizagem dos discentes, é

possível observar que que 65% acredita que o celular usado em sala de aula pode

atrapalhar a aprendizagem, enquanto 35% acha que o uso não atrapalha, pois, o

celular pode ser usado como um suporte para o desenvolvimento em sala de aula.

O levantamento de dados apontou que 53% dos docentes disseram que

apesar da orientação sobre a proibição do uso do celular em sala de aula, os

discentes ainda fazem uso deste recurso de forma indevida, conforme a figura 3.

Figura 3 – Solução do problema

Fonte: Elaborado pelos autores (2016)

Sobre possíveis soluções para o uso indevido do celular pelos discentes em

sala de aula, 80% dos entrevistados apontaram ações de conscientização dos

alunos, 13% acreditam que é fundamental que a prática de regras mais rígidas por

parte doe próprios docentes.

13%

80%

7%Pormeioderegrasmaisrígidasporpartedosprofessores;

AtravésdeaçõesdeconscienAzaçãodosalunos;

Outros

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Tendo em vista a relevância da reflexão acerca da educação

contemporânea, este trabalho teve como objetivo demonstrar os desafios

enfrentados pelos educadores com relação ao uso de tecnologias pelos discentes no

ambiente escolar, enfatizando o quanto o uso indevido do celular pode ocasionar

prejuízos no processo de aprendizagem. A partir da definição e objetivo do tema,

foram realizadas pesquisas para bibliográficas em obras específicas e artigos na

internet, como análises documentais na legislação brasileira e estadual vigente que

aborda o uso de celular em ambiente escolar. Tal levantamento permitiu

compreender a complexidade que o assunto contempla, visto que a incorporação

adequada da tecnologia no desenvolvimento das aulas ainda é um paradigma

cultural a ser superado de forma sistêmica. Em outras palavras, fica claro que,

embora exista uma legislação no Estado de São Paulo que proíbe o uso do celular

em escolas públicas, esta questão tem sido alvo de muitas discussões. Mesmo os

docentes orientando os discentes para não utilizarem o celular em sala de aula com

outros fins que não sejam para a aprendizagem, essa prática é muito comum.

Além disso, foi elaborado um estudo de caso na Escola Técnica Estadual

Professor Mário Antônio Verza, afim de demonstrar através de resultados concretos,

a opinião dos docentes e também dos discentes, tendo como resultado das

pesquisas a orientação em massa por meio dos docentes e o não cumprimento da

lei por metade dos discentes que participaram da pesquisa.

Em suma, o presente trabalho revelou que embora a tecnologia possa ser

aliada do professor no processo de ensino-aprendizagem, esta ainda é uma questão

polêmica, que envolve paradigmas inerentes a uma cultura negativa do uso do

celular em sala de aula, pois mesmo existindo legislação voltada a coibição do uso

indevido desse equipamento em sala de aula, sua prática é comum entre os

discentes. Desta forma, este estudo poderá contribuir para que toda comunidade

escolar possa ampliar a capacidade de conscientização sobre a importância do

cumprimento da lei, e sobretudo, sobre a necessidade de buscar formas harmônicas

de incorporar tecnologias para melhorar a qualidade das aulas e da eficiência e

eficácia do processo de ensino-aprendizagem.

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REFERÊNCIAS ANTUNES, Ricardo Luís Coltro. Adeus ao trabalho? Ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. 6. ed. São Paulo: Cortez, Campinas, SP: Editora da Universidade Estadual de Campinas, 1999, p. 13-38.

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25

APÊNDICES

APÊNDICE A - MODELO DE QUESTIONÁRIO APLICADO NO ESTUDO DE CASO – DISCENTES

1. Gênero

a) ( ) feminino b) ( ) masculino

2. Qual é a sua faixa etária?

a) ( ) de 15 a 18 anos;

b) ( ) de 19 a 25 anos;

c) ( ) de 26 a 32 anos;

d) ( ) mais de 33 anos.

3. Qual é o curso/módulo que você está matriculado?

a) ( ) I módulo do curso técnico em Administração;

b) ( ) III módulo do curso técnico em Administração;

c) ( ) II módulo do curso técnico em Contabilidade;

d) ( ) II módulo do curso técnico em Informática;

e) ( ) III módulo do curso técnico em Informática;

f) ( ) II módulo do curso técnico em Serviços Jurídicos;

g) ( ) III módulo do curso técnico em Serviços Jurídicos;

h) ( ) III módulo do curso técnico em Enfermagem;

4. O que você acha do uso de tecnologias pelo professor no processo de ensino-

aprendizagem na escola?

a) ( ) Acho que é muito importante, pois a tecnologia está presente em quase todos

os lugares;

b) ( ) Acho interessante, mas não é fundamental em todas as matérias;

c) ( ) Acho que não é importante em nenhuma matéria.

5. Você acha que é correto o aluno utilizar o celular em sala de aula?

a) ( ) Sim b) ( ) Não

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6. Você costuma utilizar o celular na sala de aula?

a) ( ) Sim b) ( ) Não

7. O seus professores orientam os alunos para que eles não utilizem o celular em

sala de aula?

a) ( ) Sim b) ( ) Não

8. Os seus colegas costumam utilizar o celular em sala de aula?

a) ( ) Sim b) ( ) Não

9. Você conhece a Lei nº 12.730?

a) ( ) Sim b) ( ) Não

10. Você acredita que o uso de celular em sala de aula atrapalha o processo de

aprendizado dos alunos?

a) ( ) Sim b) ( ) Não

11. Como você acha que o problema do uso indevido do celular no ambiente escolar

(em sala de aula) pode ser solucionado?

a) ( ) Por meio de regras mais rígidas por parte dos professores;

b) ( ) Através de ações de conscientização dos alunos;

c) ( ) Outro: _______________________________________________________

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APÊNDICE B - MODELO DE QUESTIONÁRIO APLICADO NO ESTUDO DE CASO – DIRETOR E DOCENTES

1. O que você acha do uso de tecnologias pelo professor no processo de ensino-

aprendizagem na escola?

a) ( ) Acho que é muito importante, pois a tecnologia está presente em quase todos

os lugares;

b) ( ) Acho interessante, mas não é fundamental em todas as matérias;

c) ( ) Acho que não é importante em nenhuma matéria.

2. Você costuma orientar os alunos para que eles não utilizem o celular em sala de

aula?

a) ( ) Sim b) ( ) Não

2.1 Em caso positivo, como é feita essa orientação? Isso traz algum impacto

negativo na menção do aluno?

R: ___________________

3. Os alunos costumam utilizar o celular em sala de aula?

a) ( ) Sim b) ( ) Não

4. Você conhece a Lei nº 12.730?

a) ( ) Sim b) ( ) Não

5. Você acredita que o uso de celular em sala de aula atrapalha o processo de

aprendizado dos alunos?

a) ( ) Sim b) ( ) Não

6. Como você acha que o problema do uso indevido do celular no ambiente escolar

(em sala de aula) pode ser solucionado?

a) ( ) Por meio de regras mais rígidas por parte dos professores;

b) ( ) Através de ações de conscientização dos alunos;

c) ( ) Outro: _______________________________________________________

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ANEXO

ANEXO A –Lei nº 12.730

LEI Nº 12.730, DE 11 DE OUTUBRO DE 2007

(Projeto de lei nº 132/2007, do Deputado Orlando Morando - PSDB)

Proíbe o uso telefone celular nos estabelecimentos de ensino do Estado,

durante o horário de aula

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte

lei:

Artigo 1º - Ficam os alunos proibidos de utilizar telefone celular nos

estabelecimentos de ensino do Estado, durante o horário das aulas.

Artigo 2º - O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de 90

(noventa) dias contados da data de sua publicação.

Artigo 3º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 11 de outubro de 2007.

JOSÉ SERRA

Maria Helena Guimarães de Castro

Secretária da Educação

Aloysio Nunes Ferreira Filho

Secretário-Chefe da Casa Civil

Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 11 de outubro de 2007.