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Cenário econômico recente, perspectivas e macrotendências mundiais
José Ricardo Roriz CoelhoPresidente em Exercício da FIESP e do CIESP
SorocabaSetembro de 2018
Indústria paulista: Avaliação
das perspectivas para o
2º semestre
Fonte: Pesquisa Rumos da Indústria Paulista / FIESP
Elaboração: FIESP
Maior parcela das empresas espera que a situação deve
permanecer igual (neutra);
Mas há um viés negativo para o 2º semestre, pois, comparado
com 2017, há mais empresas neutras e pessimistas, e menos
otimistas;
77% das empresas não pretendem ampliar seu quadro de
empregados no 2º semestre deste ano;
Expectativa com relação à ampliação do quadro de empregados
no 2º semestre deste ano é bastante semelhante à de 2016 e
2017;
39,4% das empresas esperam um fechamento de vendas este ano
melhor do que em 2017. Mas o aumento esperado em 2018 é
bastante moderado, da ordem de 2,9% apenas.
Perspectiva para o 2º semestre
Fonte: Pesquisa Rumos da Indústria Paulista / FIESP
Elaboração: FIESP
A greve dos caminhoneiros foi o estopim para um quadro de maior pessimismo
Fonte: FGV Elaboração: Fiesp
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Ibre/FGV - Indicadores de confiançaCom ajuste sazonal
Construção
Indústria
Serviços
Comércio
Sinais de
reversão da
confiança
Fonte: FGV Elaboração: Fiesp
Mas por que a expectativa é
ruim?
Porque o desempenho da
economia em 2018 vem
sendo decepcionante
Fonte: IBGE Elaboração: Fiesp
A atividade econômica vem apresentando desempenho decepcionante
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1996.I
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Produto Interno Bruto - PIBSérie com ajuste sazonal (1996.I - 2018.II)
A economiadá sinais de estagnação
20
18
.II
Fonte: IBGE Elaboração: LCA e Fiesp
O atual ciclo de recuperação é um dos mais lentos da história da
economia brasileira
-8.5
-4.2
-7.6
-2.8-1.3 -0.8 -1.3
-5.2
-8.3
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5.5 5.9
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1ºTri 81 -1ºTri 83
3ºTri 87 -4ºTri 88
3ºTri 89 -1ºTri 92
2ºTri 95 -3ºTri 95
1ºTri 98 -1ºTri 99
2ºTri 01 -4ºTri 01
1ºTri 03 -2ºTri 03
4ºTri 08 -1ºTri 09
2ºTri 14 -4ºTri 16
Recessões brasileiras desde 1980Variação do PIB (em %) - Com ajuste sazonal
Queda acumulada na recessão Variação até T+6 trimestres (sobre o "fundo do poço")
Fonte: IBGE Projeção: Fiesp
Para 2018, nossa expectativa é de um crescimento do PIB de 1,5%, mas
essa projeção tem um viés de baixa
Projeções Focus:
Projeção Focus
2018
1,44%
Para o PIB da Indústria de Transformação esperamos crescimento de 1,8%
(projeção anterior era 3,1%)
Fonte: IBGE Projeção: Fiesp
0.72.1 2.7
9.1
2.21.2
6.1
4.1
-9.3
9.2
2.2
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-8.5
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1.7 1.8
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Indústria de Transformação - PIB
O nível do PIB da Transformação retrocede para 2004 e fica quase 15%
abaixo do pico atingido em 2013
Projeções Focus:
Fonte: IBGE Projeção: Fiesp
500.000
550.000
600.000
650.000
700.000
750.000
800.000
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PIB da Indústria de Transformação a preços de 2017
E as expectativas para os próximos anos não são promissoras, com aumento da Selic e baixo crescimento do PIB
2018 2019 2020 2021 2022
PIB (var. % a,a,) 1,44 2,50 2,50 2,50 2,50
SELIC (% a,a,) 6,50 8,00 8,00 8,00 8,00
Câmbio (R$/US$) 3,80 3,70 3,67 3,75 3,80
Resultado primário (% do PIB)
-2,10 -1,55 -1,00 -0,38 0,00
Resultado nominal (% do PIB)
-7,40 -6,85 -6,75 -6,20 -5,48
IPCA (var. % a.a) 4,16 4,11 4,00 3,92 3,75
Expectativas de mercado - Boletim FOCUS/BACEN
Fonte: BACEN/FOCUS Elaboração: Fiesp
Com base nesse cenário de crescimento do PIB a geração de empregos deve ser insuficiente, continuaríamos com mais de 10
milhões de desempregados até 2021
6.7 6.1 6.5
9.1
12.3 12.3 12.4 11.9
11.2 10.6
9.8
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
Número de Desempregados(Fim de Período - milhões) Projeção
A taxa de desemprego cairia de 11,8% em 2018 para 9,0% em 2022
Fonte: IBGE Projeção: Fiesp e Bacen/Focus
Mas por que a recuperação é lenta?
Desemprego elevado (geração de emprego com baixa
remuneração e vínculo informal)
Lento aumento do Crédito com pequena
redução de taxa de Juros (spreads
continuam elevados)
Incerteza política (eleições): as reformas
acontecerão? (ex. Previdência)
O spread médio de 2017 poderia ser 23,5 p,p, menor caso fosse compatível com o spread médio do período 2012-14
• De 2012 a 2014, a inadimplência (PF - recursos livres) era maior, 6,3% da carteira na média, mas o spread(PF - recursos livres) era menor, em média, 34,5% a,a,
• Se o spread de 2017 fosse compatível com o spread do período 2012-14 e ajustado pela inadimplência, eleseria de 31,1% a,a, ao invés dos 54,6% a,a, ocorrido,
Por exemplo, os spreads bancários ainda não refletiram devidamente a
queda da Selic e da inadimplência, o canal de crédito está obstruído
Fonte: Banco Central, Elaboração: Fiesp
Inadimplência e Spread de créditos com recursos livres – Pessoas físicas
23,5 pontos
percentuais de
spread cobrados
a mais
O ambiente de negócios não é
favorável às empresas
1º (>) Taxa de Juros Reais
1º (>) Spread Bancário
1º (>) Volatilidade Cambial
4º (>) Valorização Cambial¹
8º (>) Inflação
9º (>) Tributação Lucros das
empresas
20º (>) Carga Tributária
Nota: Análise dos indicadores de 1997 a 2016. 1- Período 2011/2017. 2-
Período 1997/2015
Entre 43 países (90% PIB mundial), o Brasil está classificado como:
38º Crédito Privado (% PIB)
40º Taxa de Investimento (% PIB)
35º Malha rodoviária/ferroviária
36º IDH
36º PISA Leitura, 37º Ciências,
39º Matemática²
41º Escolaridade²
A competitividade do país é fundamental para o seu
desempenho econômico, mas o Brasil não tem sido um país
competitivo
...entre os 43 países, o Brasil também está nas últimas posições em rankings de competitividade de instituições internacionais
➝ Burocracia Tributária Banco Mundial (2005/17)➝ 5,5% do PIB industrial (0,6% do PIB total)
➝ Gastos com Sistema de Justiça* (2014)➝ 1,8% do PIB
➝ Corruption Perceptions (2012/16)
➝ 2,3% do PIB
➝ World Competitiveness IMD (1997/16)
➝ Global Competitiveness WEF (2007/16)
➝ PISA (1997/2015)
➝ Global Innovation Cornell (2013/16)
➝ Global Entrepreneurship (2018)
32º
35º
36º
37º
41º
1º
38º
1º
*Total: Poder Judiciário + Ministério Público + Defensorias Públicas + Advocacia Pública. Fonte:
O custo da Justiça no Brasil: uma análise comparativa exploratória.
Luciano Da Ros (IFCH/UFRGS)
Mudanças estruturais são fundamentais para que o país
usufrua as oportunidades
mundiais que se apresentam
“
19
➝Recente Reforma
Tributária dos EUA coloca
novos desafios ao Brasil e
a outros países em
desenvolvimento
Depreciação de M&E em 1 ano
Redução de alíquota de IR Federal de 35%
para 21%
Para atrair investimento, aumentar a produtividade, e gerar
emprego e renda, muitos países REDUZIRAM a alíquota do IR das
EMPRESAS
Alíquotas de IRPJ Brasil e países selecionados (%), 2010 e 2018
Fonte: KPMG. Elaboração Departamento de Economia,
Competitividade e Tecnologia/FIESP.
21
40.7 40.0 35.0 34.0 34.0 33.3 31.4 30.0 29.4 28.0 28.0 25.5 25.0 24.2
34.0 33.0 30.9 30.0 30.0 29.0 27.0 25.0 25.0 25.0 25.0 24.0 23.0 19.0
2010
2018
Média
31,3
Média
27,1
Como estará o mundo em 2030?
Quais serão as macrotendências?
• Já que o mundo passa por grandes transformações que vão do crescimento da renda e
das populações à mudanças no modo de produzir, consumir, se locomover e se relacionar;
• Quais serão os impactos das mudanças na estrutura da demanda mundial e quais são as
oportunidades para o Brasil?
• Se, por um lado, o crescimento populacional levará ao aumento da demanda por
produtos básicos nos países menos desenvolvidos (ex. África subsaariana), o aumento
da renda no Leste Asiático e Pacífico impulsionará a procura por produtos
manufaturados sofisticados.
• Neste contexto, apresentaremos 8 megatendências mundiais de longo prazo que moldarão
a indústria e a sociedade e que são oportunidades para as empresas brasileiras
crescerem. Estes são temas complementares às tecnologias-chave que o estudo
Indústria 2027 e que podem, portanto, ser analisados e debatidos em conjunto.
Apresentação
Drivers de mudança mundial até 2030Crescimento populacional, crescimento econômico e da renda per capita
Leste AsiáticoBaixo crescimento
populacional.
Crescimento da
renda per capita.
Maior demanda por
bens sofisticados
África Subsaariana
Sul da Ásia
Oriente Médio
América Latina
América do Norte Europa Ocidental
Elevadas taxas de crescimento populacional e
econômico. 3º maior crescimento de renda
per capita até 2030 (2,1%a.a). Aumento
demanda por bens de consumo e insumos.
Crescimento
populacional,
econômico e renda
per capita. Maior
contribuição
crescimento
mundial
Crescimento, econômico
e de renda per capita.
Grande contribuição
crescimento mundial.
Crescimento
populacional
Baixo Crescimento
populacional e
econômico
África Subsaariana: Congo, Burundi, Quênia, Tanzânia, Uganda, Etiópia, Somália, Sudão, Camarões, Nigéria,Gabão, Serra Leoa, Ruanda, Senegal, entre outros.Sul da Ásia: Índia, Bangladesh, Butão, Nepal, Butão, Sri Lanka, Paquistão.Leste Asiático: Japão, China, Coreia Sul, Coreia do Norte, Hong Kong.Oriente Médio: Índia, Bangladesh, Butão, Nepal, Butão, Sri Lanka, Paquistão
Macrotendências mundiais
Mudança no padrão de produção
Aumento das tensões geopolíticas
Intensificação da demanda por alimentos
Aumento da demanda por energia
Expansão do entretenimento e turismo
Urbanização e emergência de megacidades
Infraestrutura moderna e competitiva
Envelhecimento da população
Maior demanda por alimentos
Água
- Dessalinização( US$ 15,3 bilhões
em 2018)
- Investimentos em saneamento
para reutilização de água
- Tratamento da água potável
- Soluções da indústria 4.0 para
redução do desperdício da coleta
e distribuição de água
Insumos do
Agronegócio
- Agricultura de precisão
- ($ 4,5 bi em 2020)
- Biotecnologia genômica
- Nanotecnologia
- Automação e robótica para
digitalização do campo
- Plasticultura para controle das
variações do clima
Alimentos
processados
- Alimentos funcionais
- Alimentos com maior validade
- Consumo de alimentos com
outros perfis (por ex, proteínas)
- Embalagens inteligentes
Maior demanda por alimentos Relacionado ao crescimento da população (principalmente nos países mais vulneráveis) e
aumento da renda.
• Brasil já realizou investimentos no setor e tem condições de
absorver o aumento da demanda mundial de alimentos;
• Mas.... Muitas tecnologias utilizadas no agronegócio ainda
são importadas. Por isto, tecnologias capazes de reduzir
custos e expandir as oportunidades de penetração do
produto nacional no exterior são essenciais para essa
estratégia
• Ex: nanotecnologia para ampliar validade de alimentos
• Além disto, importantes regiões do Brasil estão passando
por desertificação. Por isto, técnicas para dessalinização,
novas tecnologias e equipamentos que permitem a
reutilização da água são oportunidades nessa área;
• Por fim, há também oportunidades em alimentos funcionais.
Oportunidades para o Brasil
Aumento da demanda por energia
Aumento da demanda por energia
Distribuição de
energia
- Sistemas digitalizados
para distribuição
inteligente: “smart
grid” (US$ 65 bi em
2022)
- Consumidores serão
produtores
simultaneamente
- Necessidade de
investimentos públicos
em infraestrutura
energética
Armazenamento
de energia
- Baterias e capacitores
($ 400 bi)
- Formas alternativas
de estocagem de
energia para
substituição do lítio
(ex.: armazenamento
químico – H2)
Geração de
energia
renovável
- Eólica
- Fotovoltaica
- Hidroelétrica
- Biomassa e resíduos
Geração de
energia não
renovável
- Petróleo, gás natural e
gás de xisto (US$ 4 tri)
- Nuclear (geração,
maq/eq e etc.: $677bi)
- Geração distribuída de
energia
• O país tem dos maiores potenciais energéticos em fontes renováveis do mundo, principalmente, hidroelétrica;
• Tem também potencial de produção de máquinas e equipamentos para geração e distribuição de energia renovável;
• Possui tecnologias já desenvolvidas em biomassapara substituir o petróleo, como o etanol;
• Está entre os dez maiores produtores de energia eólica do mundo e conta com conhecimentotecnológico no desenvolvimento e produção de turbinas;
• O país praticamente ainda não utiliza energia solar. Com redução nos custos da tecnologia, é uma oportunidade.
Oportunidades para o Brasil
Entretenimento e Turismo
Entretenimento e Turismo
Economia criativa
- Cultura
- Audiovisual e mídia editorial
- Softwares e games
- Design, arquitetura e publicidade
Turismo
- Acomodação e alojamento
(US$ 1 tri)
- Museus e galerias
- Ecologia e aventura
Crescimento da renda e novas tecnologias “poupadoras” de trabalho permitirão maior tempo de lazer aos trabalhadores
• Embora o Brasil não figure entre os principais exportadores de bens e serviços criativos, setor já representa uma parcela importante da economia brasileira (~1 milhão de ocupações formais),
• Há oportunidade para crescimento das empresas brasileiras nos segmentos de consumo, com destaque para publicidade e arquitetura, explorando as novas mídias de comunicação. Nesses nichos há limitações para penetração de importados;
• Além disto, aumento do consumo pode impactar os segmentos de design, moda e aqueles ligados à cultura e às mídias.
Oportunidades para o Brasil
Mudança no padrão de produção
Eficiência energética e diminuição da emissão de poluentes terão cada vez mais importância no sistema de produção
Crescimento econômico demandará maior consumo
energéticoProdução com maior eficiência
energética será necessária para maior equilíbrio ambiental
Mudança no padrão de produção
Produção industrial deverá ser mais limpa.
Restrições comerciais favorecerão desenvolvimento de tecnologias não
poluentes.Crescente demanda por novas tecnologias
de controle ambiental.
Mudança no padrão de produção
Oportunidades para o Brasil
Diferentemente das demais tendências, essa tem características mais
horizontais, podendo-se incluir nela praticamente todos os setores
analisados
• Mas... Até que ponto será possível substituir os combustíveis
fósseis pelos renováveis?
• Até que ponto países desenvolvidos colocarão
restrições comerciais ao desenvolvimento de
tecnologias não poluentes (já que acesso ao seu
mercado é principal poder de barganha na
reversão do aquecimento global)?
• Qual o potencial do Brasil no desenvolvimento
de tecnologias mais eficientes?
Urbanização
• Tendências: - aumento da urbanização e sofisticação tecnológica que darão origem acidades inteligentes (“smart cities”);
- Automação e integração dos sistemas de transporte, energia, prevenção de acidentes,saneamento, água, etc.
A maioria da população brasileira vive no meio urbano e iniciativas em cidades inteligentespodem atenuar problemas de mobilidade e melhorar a qualidade de vida
(Gabriel Garcia de Oliveira, pesquisador do CPqD)
Urbanização
“
+ 1,35 bilhões Aumento da população mundial
até 2030
+ 1,29 bilhões Estarão nas cidades
• Cenário: aumento da urbanização,
sobretudo em áreas que estão crescendo
muito rápido: Leste asiático e pacífico, Sul da
Ásia e África subsaariana“
Urbanização - setores
Veículos elétricos e híbridos
(US$ 800 bilhões)
Gestão de trânsito com big
data
(US$ 139 bilhões)
Sensores, câmeras e motoristas
conectados orientam fluxo de carros
Transporte público
interconectado
(US$ 139 bilhões)
Usuários são avisados sobre localização
de ônibus/trens e tempos de espera
Transporte urbano
Infraestrutura social
Sistemas de saúde digitalmente
interligados (US$ 233 bilhões)
- Identificação de pontos críticos de saúde;
-Diagnósticos remotos e monitoramento dos
cidadãos
Plataformas de educação à
distância (US$ 240 bilhões)
Espaço urbano
Áreas públicas e de lazer
Áreas comuns de entretenimento e lazer por
conta da melhora na segurança
Habitação de baixo custo
(US$ 8 trilhões)
Casas modulares ou pré-fabricadas
Urbanização - setores
Câmeras e estruturas de
comando para segurança
(US$ 248 bilhões)
Análise de dados e imagens sobre
crimes subsidia policiamentoSe
gu
ran
ça
Brasil e Segurança pública:
• Brasil é recordista mundial em assassinatos;
• Gasta 3,78% do PIB com segurança;
• Movimenta R$ 15,2 bi com mercados ilícitos;
• Custos Intangíveis:
Menor qualidade de vida;
Perda de produtividade;
Interrupção dos negócios;
Maiores custos logísticos e de transportes;
Desestímulo a acumulação de capital, em face às incertezas;
Diminuição do turismo.
Oportunidades para o Brasil
Na Holanda, a Ericsson
conectou ¼ de todos os
semáforos do país com
inteligência artificial, e foi
capaz de reduzir em 10% o
congestionamento em
horários de pico
• Urbanização brasileira tem características
específicas: predomínio de cidades médias. Há
oportunidade para desenvolvimento de
tecnologias de big data para organização do
tráfego, que é crescente;
• Os sistemas rodoviários e ferroviários também
terão de se adaptar a estas características;
• Além disto, a falta de planejamento das cidades
originou problemas de mobilidade de grandes
contingentes de pessoas;
• Como país tem poucos recursos investidos em
habitação, saúde e educação, será necessário
racionalizá-los cada vez mais.
Infraestrutura
Infraestrutura
• Cenário:
Países em que ferrovias e portos estão obsoletos e precisam ser modernizados
(Estados Unidos e Europa)
Países em que, além de obsoletos, eles precisam se expandir para que
os países possam competir internacionalmente (América Latina)
• Tendências:
Modernização
dos transportes
Modernização dos
setores de energia
e telecomunicações
Infraestrutura
social, como
educação
Segundo a McKinsey, no transporte rodoviário, o
monitoramento de mercadorias em tempo
real pode reduzir até 25% dos custos e a escolha inteligente de
rotas, em até 20%
Infraestrutura
Comunicação
- Novas redes 5G
- Banda larga mais
potente
(US$ 65 bilhões)
- Antenas conectando
carros autônomos e
robôs nas fábricas
Água e
esgoto
- Integração de regiões
hidrográficas
- Distribuição inteligente
- Construção e
modernização da
estrutura de saneamento
- Sensores para detecção
de vazamentos e emissão
de alertas instantâneos
Transportes
integrados
- Rodoviário
- Ferroviário
- Hidroviário
- Aeroviário
(US$ 15,5 trilhões)
Insumos
minerais
- Mineração em áreas
difíceis
- Reutilização/reciclagem
de materiais
Oportunidades para o Brasil
• De forma geral, infraestrutura brasileira é
insuficiente e defasada;
• Nos transportes, infraestrutura brasileira ficou
precária e desatualizada;
• Além disto, há oportunidades em
telecomunicações, no desenvolvimento de
tecnologias auxiliares na expansão de sistemas em áreas
remotas, que são pouco exploradas por países
desenvolvidos.
Principais restrições vêm da insegurança jurídica
e do lado fiscal, já que os investimentos em
infraestrutura são geralmente feitos por empresas
em conjunto com governos.
Gasto em infraestrutura no
Brasil foi 33% menor
que o necessário* para
manter o estoque de capital
per capita e universalizar os
serviços de água, saneamento
e eletricidade
*Fonte: Frischtak e Davies (2014), com dados para o período 2010-12
A infraestrutura pode ser o principal driver de crescimento no curto e no médio prazo, já que
é imprescindível para o desenvolvimento das tecnologias da indústria 4.0
A Indústria 4.0 depende da modernização da infraestrutura
brasileira, sobretudo a de comunicações, pois depende
essencialmente da interconexão entre fábricas e consumidores.
É imprescindível que se possam armazenar, processar e
comunicar elevadas quantidades de dados, acessíveis de qualquer
lugar.
Envelhecimento
7,8% da
população atual
11,4% da
população BR
Idosos em 2030
• Cenário: envelhecimento das populações
Envelhecimento
Pessoas vivendo
mais de 100 anos
dentro de algum
tempo
Famílias tendo
menos filhos
608 milhões
(atuais)
836 milhões
Idosos em 2030
• Consequência: novo perfil demográfico serádeterminante das transformações da demandamundial
Envelhecimento
Equipamentos
médico-hospitalares
- Diagnósticos avançados
- Equipamentos cirúrgicos;
- Sensores para rastreamento e
programação de manutenção
hospitalar
- Demais equipamentos
(US$ 278 bilhões)
Atendimento a
domicílio
- Telemedicina
- Monitoramento por sensores
e chips adesivos
(US$ 43,4 bilhões)
Cosmética e
farmacêutica
- Codificação do DNA
- Nano e biotecnologia
(US$ 600 bilhões | US$ 3
trilhões)
- Etiquetas inteligentes em
remédios para prevenção
de falsificação
Oportunidades para o Brasil
A população idosa apresenta uma grande especificidade nos produtos e
serviços demandados e, por ser uma população com renda maior do que a populaçãomais jovem, isso terá impacto na estrutura de produtos e serviços que serãonecessários;
A população idosa brasileira envelhece a uma taxa superior à média mundial. O mercado brasileiro é relevante na garantia de que empresas nacionais
possam se estruturar internamente e, então, se
internacionalizarem. As compras governamentais têm o potencial de fazer com
que elas cresçam.
Tensões geopolíticas
• Cenário: turbulências políticas e econômicas mundiais recolocam a questão da segurança nacional, abrindo espaço para a indústria da defesa e segurança
• Consequência: aumento dos gastos militares globais
Os gastos militares em todo o mundototalizaram US$ 1,73 trilhão de dólares em2017, o que representa aumento de 1,1% emrelação a 2016*
Escassez de recursos
naturais (petróleo e água)Crises econômicasGuerras civis
US$ 1,73 trilhão gastos em 2017
(+1,1% ante 2016)
= US$ 230 por habitante da
Terra
Tensões geopolíticas
*Fonte: Instituto Sueco de Pesquisa: https://www.sipri.org/
Tensões geopolíticas
Segurança
- Cibersegurança
- Satélites e drones
- Robôs para
garantia da
segurança
(US$ 173,9 bilhões)
Controle de
imigração
- Big data para controle do
fluxo migratório
(US$ 57 bilhões)
Defesa
- Sistemas de identificação e
localização
- Armamentos e equipamentos
bélicos para segurança de
fronteiras
- Equipamentos de transporte
(caças, etc)
(US$ 30 bilhões)
Oportunidades para o Brasil
Ao contrário das outras indústrias, os países não comercializam tecnologias de ponta. Por isto é indispensável que se tenha uma indústria da defesa para
garantia da segurança nacional
No Brasil, apesar de haver empresas de armamentos, o foco é em baixa tecnologia e há pouco investimento em criptografia e transferência tecnológica
• É compreensível que os investimentos em tecnologia e inovação não sejam as prioridades entre
o rol de necessidades a serem transpostas pelas empresas brasileiras no curto prazo;
• Mas é preciso conhecer quais tecnologias estão à frente destes processos de
transformação e como a indústria pode incorporar esses novos elementos para buscar
responder a esse novo mundo digital;
• A transformação positiva precisa começar agora e deve envolver toda sorte de fornecedores
e parceiros.
Considerações
*Fonte: Folha de São Paulo, 07/08/18
Cenário curto prazo:
Lenta retomada da atividade econômica
Acúmulo de 13 milhões de desempregados
Incerteza no quadro político-eleitoral
Cenário longo prazo:
Transformações na estrutura de demanda
Aumento da concorrência externa
Desenvolvimento tecnológico em países emergentes
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