Catálogo Figura Humana

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A

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Catálogo da exposição FIGURA HUMANA.

Transcript of Catálogo Figura Humana

  • A

  • apresenta

    15 de outubro a 14 de dezembro de 2014

    CAIXA Cultural Rio de Janeiro

    Alex Cerveny

    Andr Andrade

    Andr Renaud

    Camila Soato

    Clarice Gonalves

    Clarissa Campello

    Cristina Canale

    Daniel Lannes

    Danielle Carcav

    Eduardo Sancinetti

    Elo Carvalho

    Fbio Baroli

    Flvia Metzler

    Julia Debasse

    Marcelo Amorim

    Roberto Ploeg

    Rodrigo Bivar

    Rodrigo Cunha

    Rodrigo Martins

    Thiago Martins de Melo

    Vnia Mignone

    CURADORIA RAPHAEL FONSECA

  • "Demasiado longo seria descrever as tantas e belas fantasias de posturas

    diferentes que abrangem toda a Genealogia dos Pais, desde os lhos de No,

    destinada a mostrar a gerao de Jesus Cristo. Em tais guras, no se pode

    dizer a diversidade das coisas, como os drapeados, as expresses e uma in -

    nidade de caprichos extraordinrios e novos e belissimamente considerados,

    onde nada h que no se tenha levado a efeito com engenho. E todas as gu-

    ras esto em escoros belssimos e arti ciosos, e cada coisa que a se admira

    louvadssima e divina. Mas quem no admirar e no car atnito ao ver a

    terribilidade de Jonas, a ltima gura da Capela? Com a fora da arte, aque-

    la gura que se arqueia para trs anula a curvatura da abbada, que parece

    assim continuar em linha reta. Vencida pela arte do desenho, pelas sombras

    e luzes, a parede parece at mesmo encurvada em sentido contrrio"

    (Giorgio Vasari, bigrafo de Michelangelo Buonarroti [1475-1564], acerca do afresco

    do teto da Capela Sistina, na segunda edio de "As vidas dos mais famosos pintores,

    escultores e arquitetos", de 1568)

  • SUMRIO

    Apresentao 5

    Caixa Cultural Rio de Janeiro

    Figura Humana 7

    Raphael Fonseca

    Obras 12

    Mini biogra as 55

    Crditos 76

  • 4

  • 5Desde a pr-histria a representao plstica do ser humano tem sido um

    dos temas centrais das artes visuais no mundo ocidental. Hoje, porm,

    quando o gurativo j deixou h muito de ser uma imposio temtica, v-

    rios artistas contemporneos continuam a investigar a gura humana, no

    apenas como pesquisa formal, mas como um processo de re exo sobre

    novas questes que a cada dia se colocam.

    Ao apresentar ao pblico carioca a exposio Figura Humana, a CAIXA

    Cultural Rio de Janeiro rea rma sua funo de estimular a discusso e a

    disseminao de ideias e possibilitar o acesso gratuito produo artstica

    contempornea.

    Como uma das principais patrocinadoras da cultura no Brasil, a CAIXA

    destina, anualmente, mais de R$ 60 milhes de seu oramento para pa-

    trocnio a projetos culturais em espaos prprios e de terceiros, com mais

    destaque para exposies de artes visuais, peas de teatro, espetculos de

    dana, shows musicais, artesanato brasileiro e festivais de teatro e dana

    em todo o territrio nacional.

    Os projetos so escolhidos por meio de seleo pblica, uma opo

    da CAIXA para tornar mais democrtica e acessvel a participao de pro-

    dutores e artistas de todo o pas, e mais transparente para a sociedade o

    investimento dos recursos da empresa em patrocnio.

    CAIXA ECONMICA FEDERAL

  • 6

  • 7Ao folhearmos qualquer livro de histria da arte que pretende ser um guia

    da produo de imagens no mundo ocidental, no ser surpresa nos depa-

    rarmos com a repetio de uma mesma forma: o corpo humano. Tanto o seu

    protagonismo no que diz respeito escultura greco-romana quanto a sua di-

    versidade de posturas nas pinturas de afrescos mostram que l est a anato-

    mia humana para, literalmente, dar corpo a narrativas orais ou textuais. Mais

    do que isso, seria possvel ampliar essa viso eurocntrica da histria da

    arte e perceber a presena humana em um diverso nmero de imagens, que

    percorre um espao to extenso quanto a distncia entre o Mxico e o Ja-

    po: construes maias, pinturas ukiyo-e e cabeas iorubas em todas as

    culturas possvel apreender tentativas de se representar o corpo humano.

    Esta exposio parte desse fascnio, talvez instintivo, entre humanida-

    de e imagem para re etir a partir das possibilidades que o corpo humano

    ainda capaz de proporcionar na cultura contempornea. Pretende-se, po-

    rm, mais do que fazer um inventrio de guras humanas, reuni-las atravs

    de uma linguagem artstica portadora de uma histria espec ca a pintura.

    Tema de debates na teoria da arte desde o Renascimento, o lugar da gura

    humana j foi tanto pensado por um vis matemtico, numa busca por uma

    simetria perfeita entre as partes (como escrevia Alberti), quanto por meio

    de um embate direto entre artista e suporte, sem a necessidade de uma

    mediao pelo vis do desenho, como pregavam artistas e pensadores da

    pintura veneziana. Entre o desenho e a cor, entre a arte como projeto men-

    tal e a imagem como fora expressiva, a pintura no Brasil cobriu tetos de

    igrejas, discutiu a modernidade nas artes visuais e foi assassinada e res-

    suscitada por artistas e crticos na segunda metade do sculo XX.

    O que interessa a este projeto pensar, por meio de imagens, como um

    grupo de artistas trabalha de modo sistemtico junto aos conceitos de gura

    humana e pintura, palavras to caras s artes visuais. Em vez de proclam-la

    como um panorama da produo pictrica atual no Brasil, mais justo pensar

    esta reunio de trabalhos como uma pequena amostra da complexidade da

    linguagem pictrica em nosso pas pinta-se de Norte a Sul, por meio de pon-

    tos de vista existenciais e modos de se construir a imagem dos mais variados.

    RAPHAEL FONSECA

  • 8Para alguns artistas aqui presentes, a relao entre imagem e texto

    se faz essencial seja nos ttulos das obras, seja nas frases escritas ao

    lado de corpos que encaram o espectador. Outros pintores j se utilizam da

    fotogra a, e, aps trabalhar digitalmente na imagem e nas possibilidades

    de montagem, projetam esse resultado sobre a tela e se entregam aos

    pincis. Em contraponto, h quem se orgulhe da importncia do desenho,

    dos esboos e at mesmo da escultura em suas pesquisas. As citaes a

    artistas consagrados pintores ou no, brasileiros ou no tambm so

    um dado que merece lembrana. Alguns dos corpos que surgem nas telas

    aqui reunidas proclamam sua brasilidade em alto e bom tom; j outras

    pinceladas, no que diz respeito ao tema, poderiam ter sido produzidas em

    qualquer ponto do globo. Algumas telas nos incentivam ao riso, ao passo

    que outras proclamam sua melancolia e seu deslocamento do mundo por

    meio da solido.

    Entre as pinceladas violentas que demonstram um esforo fsico tal

    qual o do esporte e as proposies plsticas que lidam com miniaturas

    sobre a tela, chegando s vezes ao ponto do apagamento da pincelada,

    sempre se buscou um ponto de contato: o corpo humano. Distante de que-

    rer tomar partido de um tipo de pintura, pretende-se aqui trazer ao pblico

  • 9a multiplicidade de desejos, geogra as, geraes, escalas e materiais de

    vinte e um artistas que de tradicionais tm apenas a carga de sua pro sso

    como pintores.

    Ao m do dia, assim como uma criana que comea a desenhar ima-

    gens da sua famlia com lpis de cor, os artistas aqui reunidos olham suas

    pinturas nalizadas, respiram fundo e partem para a prxima. preciso se-

    guir na construo de novos labirintos que apenas a linguagem da pintura

    capaz de fornecer do mesmo modo que, enquanto pblico, tambm sen-

    timos a necessidade de olhar estes corpos pintados, tal qual um espelho.

    Raphael Fonseca (Rio de Janeiro, 1988 vive e trabalha no Rio de Janeiro) crti-

    co, curador e historiador da arte. Doutorando em Crtica e Histria da Arte (UERJ).

    Professor do Colgio Pedro II. Escreve periodicamente para a revista Art Nexus.

    Dentre as curadorias de exposies e mostras de cinema, destaque para Derek

    Jarman cinema liberdade (Caixa Cultural Recife, 2014); gua mole, pedra

    dura (I Bienal do Barro, Caruaru, PE, 2014); Deslize (Museu de Arte

    do Rio, 2014) e City as a process (Ural Industrial Biennial, Ekaterinburgo, Rssia,

    2012). curador-assistente da 10 edio da Bienal do Mercosul, a ser realizada

    em 2015. Organiza sua produo crtica e curatorial no blog Gabinete de Jernimo

    (http://gabinetedejeronimo.blogspot.com).

  • 10

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    Hoje eu canto a balada do lado sem luz/ a quem no foi permitido

    viver feliz e cantar como eu, diz Maria Bethnia, em cano de

    1976. Do lado iluminado desta pintura, um homem ergue seus

    braos para o cu e ta o espectador. A pintura de iluminuras e o

    carter bruto dos ex-votos so duas lembranas que sua anatomia

    e seu uso de cores ecoam. Se um lado traz as trevas, o outro ainda

    exibe a pungncia da esperana ainda possvel no s cantar

    e viver feliz, mas tambm exercer a pintura e compartilhar com o

    espectador os mistrios e dores dos afetos.

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    ALEX CERVENY

    Balada do lado sem luz, 2014leo sobre linho, 80 x 100 cmCortesia Casa TringuloFotogra a: Everton Ballardin

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    Diferentemente dos outros trabalhos reunidos nesta exposio,

    aqui no se percebe o toque do pincel. Ao optar por trabalhar

    com tinta automotiva em forma de spray sobre alumnio, os

    vestgios do gesto humano so substitudos pela falsa impresso

    de uma ausncia de espontaneidade na construo da obra.

    possvel a rmar que o planejamento, nesta obra, se fez

    essencial, mas, por outro lado, foi o descompasso inesperado

    entre aparelho televisivo e transmisso digital que proporcionou

    a captura de uma imagem onde os rostos protagonistas so

    compostos por pixels.

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    ANDR ANDRADE

    Le Ne, 2011automotiva sobre alumnio, 115 x 191 cmCortesia do artistaFotogra a: Andr Andrade

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    A presena do trabalho nesta imagem se d tanto pelo ttulo, que

    o lia claramente a uma empresa (de manuteno de gs), quanto

    pela postura do corpo, que aqui , mais do que central, de carter

    monumental. Somado ao material sobre o qual a tinta foi aplicada,

    a madeira compensada, este homem tem sua monumentalidade

    rea rmada por meio de um dilogo entre nossa imaginao suada

    do cansao de algum que trabalha com seu corpo sob o sol e a

    matria precria que d superfcie pintura.

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    ANDR RENAUD

    Homem da CEG II, 2010tinta PVA sobre madeira compensada, 160 x 120 cmCortesia do artistaFotogra a: Andr Renaud

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    A estrutura de ferro que mostra a placa que indica uma

    encruzilhada a mesma que permitiu uma dana. Por que no,

    ento, se apropriar de dois fazeres e uni-los na mesma imagem?

    As religies afro-brasileiras e a gura do Exu incorporam na

    gura de uma danarina de pole dance. As pinceladas rpidas,

    as cores vivas em destaque no fundo, alm da materialidade da

    pintura a leo so algumas das caractersticas vistas na pesquisa

    da artista. O uxo de referncias e de produo de imagens

    to intenso que faz jus frase escrita a lpis sobre a tela:

    amanh s hoje.

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    CAMILA SOATO

    Polex, 2014leo sobre tela, 220 x 110 cmAcervo Artur Fidalgo GaleriaFotogra a: Mario Grisolli

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    Um dos menores quadros da exposio portador de uma das

    cenas com mais espao de interveno do espectador quanto

    interpretao. Trs guras so vistas de costas; porm, um

    espelho frente mostra seus rostos. Seria possvel falar em uma

    con gurao familiar? Estariam as guras a cantar? Trata-se

    de trs vozes a entoar os mesmos versos ou seriam os dois da

    direita comandados pela gura mais velha? Sem certezas, nos

    entregamos pelos caminhos que as pinceladas deixaram nestes

    rastros de cabelo sobre a tela, e que mais parecem um frame de

    um lme com muitos acontecimentos por vir.

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    CLARICE GONALVES

    E vem mais do que so vistos, 2012leo sobre tela, 54 x 90 cmCortesia da artistaFotogra a: Loiro Cunha

  • 22

    Em uma exposio que gira em torno do corpo humano, uma

    pintura em que o protagonista se encontra de costas se torna

    essencial. Aps realizar uma residncia em um presdio de

    Fortaleza e de produzir uma srie de pinturas baseadas em

    fotogra as que os detentos tinham em suas carteiras, um deles

    perguntou artista se, diferentemente dos outros, ela no

    poderia fazer uma imagem de suas prprias costas. Eis, portanto,

    a origem deste orgulhoso tigre tatuado nas costas do praticante

    de muay-thai, que no nos deixa esquecer que corpo no

    sinnimo de frontalidade.

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    CLARISSA CAMPELLO

    Itaitinga IPPOO II, 2014automotiva sobre alumnio, 139 x 101 cmCortesia da artistaFotogra a: Clarissa Campello

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    Anjos so possivelmente um dos temas que mais tm aparies

    na representao pictrica no ocidente. Figuras de lamentao

    dos martrios de Cristo so tambm os responsveis por incitar

    um carter mais infantil, e mesmo domstico, em algumas

    cenas. Nesta pintura, porm, um anjo esquerda se torna uma

    possibilidade de se fazer e pensar a pintura pela chave da cor e

    da tenso entre gura e abstrao enxergamos o anjo pela sua

    forma e pelo ttulo da obra, mas no temos a mesma certeza em

    torno do outro rascunho de gura humana ao seu lado. Junto aos

    corpos que criam reas de cor, recortes verdes so espalhados

    na extenso da imagem e nos fazem lembrar que, antes de

    qualquer incidncia religiosa, temos diante dos nossos olhos

    apenas uma pintura.

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    CRISTINA CANALE

    Anjo, 2014leo sobre tela, 200 x 300 cmCortesia da artista e Galeria Nara RoeslerFotogra a: Uwe Walter

  • 26

    Ao pesquisar qualquer bibliografa sobre a relao entre pintura

    e corpo humano, este tema sempre se far presente: o nu

    feminino. Da Antiguidade aos grandes nomes da arte clssica

    e do modernismo, por muitas vezes homens pintores lanaram

    seu olhar sobre o corpo da mulher. Empoderamento do corpo

    feminino ou prosseguimento da tradio do olhar masculino

    sobre a nudez da mulher? My pussy ou no o poder,

    de acordo com Valesca Popozuda? A resposta cabe a cada

    espectador, mas a ironia da associao entre glteos e smbolo

    da nao brasileira certa.

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    DANIEL LANNES

    Pra frente, Brasil!, 2014leo sobre linho, 185 x 240 cmCortesia do artistaFotogra a: Leonardo Ramadinha

  • 28

    Transparncias e pequenos encontros de cores atravs de

    tintas aguadas (aquarela e guache) disputam a ateno do

    espectador. Acima, a repetio de um padro geomtrico orido

    d a composio daquilo que, talvez, poderamos chamar de

    fundo da composio. Abaixo, tornando o espao desta pintura

    um pouco claustrofbico, temos um leve choque de ondas que

    parecem tocar a personagem esquerda. Ao centro, porm, uma

    mulher mascarada se amalgama a um cavalo de carrossel e a

    um chafariz. para a sugesto de um m de Carnaval excessivo

    que esta imagem aponta, mas o estranhamento da artista com a

    fotogra a de uma miss chinesa que foi o ponto de partida para a

    produo da tela.

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    DANIELLE CARCAV

    Miss Trolling, 2014aquarela, guache e acrlica sobre papel, 135 x 110 cmCortesia da artistaFotogra a: Danielle Carcav

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    O quadro com a menor escala da exposio se faz grandioso por

    sua pesquisa cromtica entre tons de azul e amarelo que

    estes dois bustos se fundem em um. Mesmo unidos por um par de

    culos, so perceptveis suas diferenas quanto cor das orelhas

    e ao penteado nem sempre um mais um d um dois perfeito ou,

    como diria o Radiohead, s vezes dois e dois do cinco. Mesmo

    com suas idiossincrasias, o sol (ou o vermelho) persiste em arder

    acima destes corpos, e os dentes a ados do nico rosto que se v

    em detalhes uma combinao de perigo e volpia.

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    EDUARDO SANCINETTI

    culos para duas pessoas, 2014acrlica sobre tela, 50 x 60 cmCortesia do artistaFotogra a: Mario Grisolli

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    Muitos so os modos de se trabalhar com pintura a partir

    da diviso de uma composio em diversas telas a serem

    unidas posteriormente. Dentro da pesquisa desta artista,

    em alguns momentos estes limites entre as superfcies no

    so apenas encaixes, eles desempenham tambm potncias

    narrativas. Com guras que se encontram entre o aparecer e o

    desaparecimento em torno dos tons esbranquiados da pintura,

    uma mulher se camu a para o espao interno da imagem. Se

    o banco direita se oferece para que sentemos e observemos

    a imagem, esta gura feminina nos faz contempl-la entre os

    fantasmas de Michelangelo Pistoletto e George Segal.

  • 33

    ELO CARVALHO

    Caso ela queira car, 2014leo sobre tela, 95 x 140 cmCortesia da artistaFotogra a: Mario Grisolli

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    A palavra intifada vem do rabe e quer dizer agitao.

    Sua utilizao diz respeito, historicamente, chamada Primeira

    Intifada, ou seja, ao primeiro embate direto entre palestinos da

    Cisjordnia e Israel, em 1987. Nesta tela, porm, o mesmo nome

    suscita outra movimentao popular a de um grupo de adultos

    e crianas que, portando armas de plstico, posaram para

    uma cmera fotogr ca. Aqui temos um dos maiores desa os

    da narrativa pictrica: como organizar vrios corpos em uma

    mesma superfcie a partir de uma ao em comum? Na ausncia

    de personagens histricos e no dilogo com o espectador

    encontramos uma resposta que parte do humor, mas que

    tangencia tambm a potncia da fora coletiva no espao pblico.

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    FBIO BAROLI

    Intifada, 2012leo sobre tela, 220 x 480 cmCortesia do artistaFotogra a: Fbio Baroli

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    Um ambiente com decorao aparentemente domstica instiga

    o espectador a duvidar daquilo que se apresenta. O tom de

    dourado toma conta do espao e coloca em contato as paredes, a

    estrutura dos mveis, as bordas de um espelho, um globo de ouro

    e duas estruturas de apoio. Enquanto, esquerda, uma gura

    feminina tem seu corpo entre o deslizar e o ser perfurado por

    este aparato pontiagudo, ao seu lado, enxergamos uma cabea

    semelhante ao autorretrato pintado por Caravaggio ncada nesta

    pea. Sonho ou pesadelo? A pintura aqui pode ser vista como

    gurativa, mas os signi cados e signi cantes esto descolados,

    so um quebra-cabea sem resoluo para o espectador.

  • 37

    FLVIA METZLER

    A benfazeja, 2011leo sobre tela, 130 x 110 cmCortesia da artistaFotogra a: Jaime Acioli

  • 38

    Quando se pesquisa a relao entre pintura e corpo humano,

    encontrado muito material, por exemplo, sobre os pintores

    de grande escala que trabalham a partir do gesto expressivo

    e enrgico sobre a tela Francis Bacon, Rubens e Jenny

    Saville so apenas alguns casos. Os gurantes pintados nesta

    tela, porm, nos fazem lembrar que a miniatura no nega a

    potncia da narrativa pelos detalhes. Agrupados em torno

    de um meteoro de papel (ou, por outra visada, uma grande

    fogueira), aqui esto diversas guras carimbadas do cenrio

    artstico carioca a caminhar, conversar e, claro, analisar o prprio

    elemento central da pintura e viva So Joo!

  • 39

    JULIA DEBASSE

    A Vernissagem do Meteoro de Papel, 2014acrlica sobre linho, 132 x 112 x 8 cmCortesia da artistaFotogra a: Julia Debasse

  • 40

    Materiais paradidticos so, como seu termo anuncia, modos

    de chegar didtica, a arte de transmitir conhecimentos.

    As imagens, porm, que visam a essa nalidade, quando

    deslocadas de seu contexto bibliogr co originrio, so capazes

    de proporcionar outras camadas de leitura. Um grupo de

    crianas que parece brincar de pular carnia transferido da

    ingenuidade infantil para a perversidade do corpo. Uma nuvem

    de cor lils uniformiza o espao pictrico e preenche este palco

    com fumaa, que torna qualquer apreenso da realidade dbia,

    cheia de fuligem e, algumas vezes, txica o que para uns um

    salto, para outros apenas o incio.

  • 41

    MARCELO AMORIM

    Iniciao, 2011leo sobre tela, 150 x 200 cmCortesia Zipper GaleriaFotogra a: Lucas Cimino

  • 42

    Caim e Abel so nomes que no se encontram em ordem

    alfabtica um o primognito, o outro, o lho caula; um o

    assassino, o outro, a vtima. Nesta pintura lidamos, a partir da

    narrativa bblica, tambm com uma dualidade Caim esconde

    seu rosto e Abel se encontra no cho. Longe de Israel, estes dois

    homens esto dentro de uma residncia popular que poderia ser

    facilmente encontrada no s em Recife, mas em todo o Brasil. A

    temtica originria clssica, e o tratamento pictrico poderia ser

    lido nesta mesma direo. Um olhar atento aos detalhes (como o

    delicado tecido colorido abaixo da televiso) perceber, talvez,

    que h grande distncia entre academicismo e inteligncia a

    partir do domnio da linguagem formal da pintura.

  • 43

    ROBERTO PLOEG

    Caim e Abel, 2012leo sobre tela, 140 x 210 cmCortesia do artistaFotogra a: Gustavo Bettini

  • 44

    No canto de um bar ou de um restaurante, eles bebem um

    suco ou alguma cerveja estes detalhes no fazem diferena

    nesta composio, que tem como protagonista o lugar da

    conversa. A grande dimenso da pintura monumentaliza um

    ato aparentemente banal podemos lembrar, por exemplo,

    de obras de Edward Hopper a partir do recorte dos objetos

    e da perspectiva; por outro lado, a escala larga da imagem

    nos distancia deste. Trata-se da representao de uma ao

    que acontece numa temporalidade lenta e mais prxima da

    linguagem congeladora da fotogra a (assim como aquelas

    imagens ao lado dos dois tambm esto estticas, so quadros) do

    que do instante cinematogr co. Mesmo que tenha uma temtica

    antimonumental, a pintura ainda pode ter seus momentos ptreos.

  • 45

    RODRIGO BIVAR

    Platibanda, 2013leo sobre tela, 200 x 300 cmCortesia Galeria MillanFotogra a: Everton Ballardin

  • 46

    Mulheres e ces combinaes que possuram destaque mais de

    uma vez na produo de Lucian Freud. Some a isto as diversas

    fotogra as feitas do espao de trabalho do pintor (quase

    como um relicrio de uma revisitao nostlgica do ateli) e

    encontramos alguns ndices desta pintura. No lugar da vertente

    expressiva da cor e da pincelada do artista ingls, temos uma

    imagem que parece construda pela cautela de sua composio,

    por meio da preciso da fatura da cor. A nobreza do co se

    converte em uma bola de pelos, e ganham espao, mesmo que

    nos detalhes, os objetos diminudos a partir da perspectiva

    subjetivada do pintor. Mais do que uma obra feita after Freud,

    poderamos v-la como uma imagem para Freud, um pequeno

    monumento ao silncio de seu imaginrio.

  • 47

    RODRIGO CUNHA

    Sero no estdio (after Freud), 2013leo sobre tela, 140 x 140 cmCortesia Zipper GaleriaFotogra a: Gui Gomes

  • 48

    Enquanto, para alguns pintores, se faz importante a prtica do

    desenho como estudo preparatrio para o embate com a tela

    (tradio repensada atualmente a partir da projeo fotogr ca

    sobre a superfcie), outros artistas exercem o seu fazer a partir

    da relao entre o tridimensional e o bidimensional. Neste

    sentido, importante saber que a cabea de gesso, que aqui

    , mais do que protagonista, agente claustrofbico da pintura,

    foi primeiramente trabalhada enquanto objeto tridimensional.

    Enquanto numa primeira experincia se modelou a cabea de

    Michelangelo, num segundo momento um amigo do prprio

    artista foi o modelo. Tenta-se modelar a sua imagem, mas o

    xito no est na exatido da pea obtida, mas no processo de

    manipulao da matria que contribui para que a pintura tenha

    esta sobreposio de camadas de leo e reposicione os limites

    das linguagens artsticas.

  • 49

    RODRIGO MARTINS

    Gesso, 2014leo sobre tela, 160 x 130 cmColeo Fbio SzwarcwaldFotogra a: Rodrigo Martins

  • 50

    Pindorama sucumbe perante a ao das motosserras, mas a

    tragdia transformada em imagem no economiza no que diz

    respeito aos detalhes. Extensa tanto na horizontalidade quanto

    na ascenso das guras pintadas, o olhar se perde diante das

    diversas possibilidades de entrada nesta narrativa. A iconogra a

    crist acompanha cones afro-brasileiros, alm de smbolos da

    repblica brasileira e retratos estatais. rgos genitais pontuam

    a cena e criam uma sobreposio de tinta vermelha. Louvada

    desde a Antiguidade como uma arte silenciosa, quase podemos

    imaginar os gritos e a trilha sonora desta pintura em um lugar

    entre os cinemas de Ivan Cardoso e Z do Caixo.

  • 51

    THIAGO MARTINS DE MELO

    O Matriarcado de Pindorama Sucumbe Dana Estatal das Motosserras do Andrgino Flico Presidencial, 2012leo sobre tela, 260 x 360 cmColeo Tatiana e Eduardo BoueiriFotogra a: Cortesia Mendes Wood DM

  • 52

    Um corpo ao centro da imagem, justo na juno entre os dois

    painis, ta o interior dos olhos do espectador. Seu corpo e

    suas linhas contrastam com o tom quase uniforme do azul ao

    fundo, do mesmo modo como a frase imperativa esquerda

    esse circo meu. De quem? Daquele que se exibe aos olhos

    do pblico, tal qual num exerccio de argolas olmpicas? Do

    pintor, aquele que tem controle sobre a execuo e organizao

    da superfcie pictrica? Do espectador, que pode projetar as

    nuances que quiser sobre estas imagens? Sem um caminho

    unilateral para a resposta, aposto as chas naquilo que

    possibilitou a existncia desta exposio: o fenmeno artstico.

    Este circo, portanto, intrnseco polissemia das artes visuais.

  • 53

    VNIA MIGNONE

    Sem ttulo, 2013acrlica sobre MDF, 90 x 180 cmCortesia Casa TringuloFotogra a: Edouard Fraipont

  • 54

  • 55

    ALEX CERVENYSo Paulo SP, 1963

    Vive e trabalha em So Paulo SP

    Filho de um arquiteto e de uma professora espe-

    cializada no ensino de cegos, foi criado na zona

    oeste de So Paulo. Seu trabalho fundamen-

    talmente narrativo, desdobrando-se em diferen-

    tes tcnicas, como a pintura, o desenho e a es-

    cultura. Artista de formao livre, comeou a ex-

    por no ano de 1983. Recebeu, em 1986, o Gran-

    de prmio na 7a Mostra de Gravura da Cidade de

    Curitiba e, em 1991, participou da 21a Bienal Inter-

    nacional de So Paulo. Desde ento, mostra seu

    trabalho regularmente no Brasil e no exterior. Re-

    cebeu, em 2012, o Prmio Funarte-Marcantonio

    Vilaa pelas ilustraes do livro Pinquio (Co-

    sac Naify, 2011) e, com elas, ainda participou, em

    2013, da 30a Bienal de Artes Gr cas de Ljubl-

    jana, na Eslovnia. Em 2014, recebeu o Prmio

    Jabuti de melhor ilustrao pelo livro Decame-

    ron (Cosac Naify, 2013). Possui obras no acervo

    do Museu Nacional de Belas Artes, Museu de Ar-

    te Moderna-RJ, Museu de Arte Moderna-SP e da

    Pinacoteca do Estado de So Paulo. represen-

    tado, desde 2002, pela galeria Casa Tringulo.

    www.alexcerveny.com

  • 56

    ANDR ANDRADERio de Janeiro RJ, 1969

    Vive e trabalha no Rio de Janeiro RJ

    Estudou na Escola de Artes Visuais do Parque La-

    ge e nos grupos de estudo de Charles Watson e

    Araken. Participou de diversas feiras de arte e ex-

    posies, tais como: SP-Arte (2012 e 2014), ArtRio

    (2012 e 2013), Mais pintura (Centro Cultural da

    Justia Federal, Rio de Janeiro, 2013), A imagem

    em questo (Parque Lage, Rio de Janeiro, 2013),

    Retratos e autorretratos (Galeria MUV, Rio de

    Janeiro, 2013) e Porque no me contou sobre

    voc (Galeria Athena, Rio de Janeiro, 2013). Foi

    selecionado para o Arte Par 2011, com curado-

    ria de Paulo Herkenhoff e teve um ateli em USF

    Verftet, na Noruega, em 2004 e 2005. Recente-

    mente, seu trabalho foi adquirido pelo Museu de

    Arte do Rio MAR.

    www.andreandrade.net

  • 57

    ANDR RENAUDRio de Janeiro RJ, 1976

    Vive e trabalha no Rio de Janeiro RJ

    Bacharel em pintura pela Escola de Belas Artes

    da Universidade Federal do Rio de Janeiro e alu-

    no do programa Aprofundamento da Escola de

    Artes Visuais do Parque Lage (2012), foi assisten-

    te no ateli Barbosa/Ricalde, alm de ter colabo-

    rado na produo de Cildo Meireles, Ronald Du-

    arte e outros artistas. Foi premiado no Salo No-

    vssimos (2006), organizado pela Galeria IBEU-RJ,

    onde realizou sua primeira individual, em 2007.

    Entre outras exposies individuais, destaque para

    as que fez no Tribunal Regional do Trabalho (Rio de

    Janeiro, 2013) e no Galpo das Artes (Rio de Ja-

    neiro, 2014). Participou, tambm, da coletiva Des-

    lize (Museu de Arte do Rio, 2014).

    andrerenaudcontemporaneo.blogspot.com.br

  • 58

    CAMILA SOATOBraslia DF, 1985

    Vive e trabalha em So Paulo SP

    Leonina com ascendente em aqurio, tem 28 pri-

    maveras completadas. Sua trajetria na arte con-

    tempornea se iniciou por volta dos oito ou nove

    anos, quando foi Feira do Rolo e trocou sua bi-

    cicleta por um pangar. Desse dia em diante, vem

    trabalhando com a noo de fuleragem, conceito

    cunhado pelo grupo de pesquisa Corpos Inform-

    ticos, do qual faz parte, que contamina e pelo qual

    contaminada desde 2009. mestre em Poti-

    cas Contemporneas em Artes Visuais pelo Pro-

    grama de Ps-Graduao em Artes da Universida-

    de de Braslia. Sua pesquisa potica direcionada

    pintura que escolhe o descuido como potncia e

    que se afasta da assepsia e do virtuosismo tcni-

    co, abraando o fuleiro, o tosco e o mal-acabado.

    Entre suas exposies individuais, destaque para

    Nobres sem aristocracia: projeto vira-latas pu-

    ros n 5 (Zipper Galeria, So Paulo, 2014) e Vi-

    ra-latas tecnolgicos: inseres pictricas no es-

    pao urbano (Galeria Espao Piloto, Distrito Fe-

    deral, 2013). Destaque, tambm, para as coletivas

    do Prmio Pipa 2013 e para Abre Alas (A Gentil

    Carioca, Rio de Janeiro, 2013). Vencedora do voto

    popular no Prmio Pipa 2013.

    www.camilasoato.com

  • 59

    CLARICE GONALVESBraslia DF, 1985

    Vive e trabalha em Taguatinga DF

    Graduou-se em artes plsticas pela Universidade

    de Braslia em 2008. Em 2004, comeou a expor

    no pas, recebendo, em 2010, o diploma de exce-

    lncia no 9th Female Artists Art Annual Award

    Art Addiction Online Gallery, de Londres. Em

    2008, foi premiada no 13 Salo dos Novos Ar-

    tistas, em Santa Catarina. 2012 foi o ano de sua

    primeira individual em So Paulo. Em 2014, lan-

    ou seu primeiro livro, Clarice Gonalves o som

    do silncio, pela editora Briquet de Lemos, com

    curadoria de Graa Ramos. Possui obras no acer-

    vo do Museu de Arte de Joinville, em Santa Ca-

    tarina, na Galeria de Arte da Universidade de

    Gois (FAV-GO) e na Casa de Cultura da Amrica

    Latina, no Distrito Federal. Participa de feiras de

    arte no Rio de Janeiro e em So Paulo.

    claricegoncalves.blogspot.com.br

  • 60

    CLARISSA CAMPELLOVitria ES, 1978

    Vive e trabalha em Juazeiro BA

    Professora adjunta da Universidade do Vale do So

    Francisco UNIVASF desde fevereiro de 2013,

    artista plstica, doutora (2012) e mestre (2004)

    em linguagens visuais pelo Programa de Ps-

    Graduao em Artes Visuais da Universidade Fe-

    deral do Rio de Janeiro e graduada em pintura

    (2001) por esta mesma instituio. Mapeada pe-

    lo Programa Rumos Ita Cultural das Artes Visu-

    ais 2001/2003, recebeu o Prmio Interferncias

    Urbanas/Rio de Janeiro em 2008 e a bolsa de in-

    centivo SPA das Artes/Recife em 2009. Concluiu

    o programa Aprofundamento na Escola de Ar-

    tes Visuais do Parque Lage, foi selecionada para

    compor o 62 Salo de Abril, em Fortaleza, sen-

    do premiada com a bolsa viagem de incentivo

    produo, e integrou a mostra Sinais do fazer

    Intervenes urbanas no espao cotidiano, em

    Juazeiro do Norte. Tambm participou da pri-

    meira Bienal do Barro (2014), em Caruaru. Seu

    trabalho tem sido uma tentativa de investigar a

    pertinncia da pintura na contemporaneidade.

    representada pela galeria Srgio Gonalves,

    no Rio de Janeiro. Vive e trabalha em Juazei-

    ro, Bahia.

  • 61

    CRISTINA CANALERio de Janeiro RJ, 1961

    Vive e trabalha entre Berlim Alemanha

    e Rio de Janeiro RJ

    De 1980 a 1983 estudou desenho e pintura na Es-

    cola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de

    Janeiro, onde, em 1984, foi lanada pela mos-

    tra coletiva Como vai voc, Gerao 80?. Em

    1991, participou da 21 Bienal Internacional de

    So Paulo, recebendo o Prmio Governador do

    Estado. Em 1993, mudou-se para Berlim e, nesse

    ano, recebeu do Estado de Brandenburg a bolsa

    de ateli/residncia no Castelo de Wiepersdorf.

    De 1993 a 1996 estudou na Academia de Artes

    de Dsseldorf, com bolsa do Departamento de In-

    tercmbio Acadmico da Alemanha (DAAD), sen-

    do orientada pelo artista holands Jan Dibbets.

    Entre as exposies institucionais de que parti-

    cipou, destacam-se as mostras individuais no Pa-

    o Imperial, em 1995 e 2000, e no Museu de Ar-

    te Moderna, em 2010, no Rio de Janeiro; no Ins-

    tituto Tomie Ohtake, em So Paulo, em 2007; e

    no Instituto Figueiredo Ferraz, em Ribeiro Pre-

    to, em 2013. Possui obras no acervo do Museu de

    Arte Moderna-RJ, Museu de Arte Contempor-

    nea-USP, Museu de Arte Contempornea-Niteri,

    da Pinacoteca do Estado de So Paulo, do Insti-

    tuto Figueiredo Ferraz e do Ita Cultural.

    www.cristinacanale.com

  • 62

    DANIEL LANNESNiteri RJ, 1981

    Vive e trabalha no Rio de Janeiro RJ

    mestre em linguagens visuais pela Universi-

    dade Federal do Rio de Janeiro (2012) e bacha-

    rel em comunicao social pela Pontifcia Univer-

    sidade Catlica do Rio de Janeiro (2006). Rea-

    lizou, em 2014, a individual Costumes e, em

    2012, a exposio Dilvio, ambas na galeria Lu-

    ciana Caravello Arte Contempornea. Em 2011,

    apresentou as individuais Repblica (Museu de

    Arte Moderna do Rio de Janeiro) e S lazer (Ga-

    leria IBEU-RJ). Entre as exposies coletivas de

    que participou, destaque para Crer em fantas-

    mas (Caixa Cultural Braslia, 2013), Gramtica

    urbana (Centro de Arte Hlio Oiticica, Rio de Ja-

    neiro, 2012) e Arquivo geral (Centro Cultural da

    Justia Federal, Rio de Janeiro, 2009). Foi indica-

    do 10 edio do Programa de Prmios e Comis-

    ses da Cisneros Fontanals Art Foundation (2013)

    e selecionado para a short list do livro 100 pain-

    ters of tomorrow, da editora Thames & Hudson,

    em 2013. Possui obras em colees pblicas, co-

    mo a do Museu de Arte do Rio de Janeiro, do Ins-

    tituto Figueiredo Ferraz e do Museu de Arte Mo-

    derna do Rio de Janeiro.

  • 63

    DANIELLE CARCAVNatal RN, 1977

    Vive e trabalha no Rio de Janeiro RJ

    Em 2008, ingressou na Escola de Artes Visuais do

    Parque Lage, onde participou de cursos livres mi-

    nistrados pelos artistas Joo Magalhes, Suzana

    Queiroga e Daniel Senise. Suas pinturas integra-

    ram exposies coletivas em alguns sales de re-

    levncia nacional, como o 38 Salo de Santo An-

    dr, Novssimos (Galeria IBEU-RJ) e o 35 Luiz Sa-

    cilotto (So Paulo). Foi premiada, em 2010, no Sa-

    lo do Mato Grosso do Sul e em Atibaia (meno

    honrosa) e, em 2012, foi indicada ao Prmio PIPA.

    Em 2013, realizou sua primeira individual no Rio

    de Janeiro, Entre outros silncios, na Luciana

    Caravello Arte Contempornea, e participou do 3

    Prmio Belvedere, em Paraty (Rio de Janeiro), co-

    mo artista residente.

    www. ickr.com/photos/danielle-carcav/

  • 64

    EDUARDO SANCINETTIPiracicaba SP, 1982

    Vive e trabalha em So Paulo SP

    Graduou-se, em 2006, em artes plsticas pela

    UNESP, onde apresentou como trabalho nal uma

    pesquisa te rica e pr tica sobre seu processo cria-

    tivo, reforando a inter-relao dos conceitos ar-

    te e vida, com foco te rico e formal nas obras

    de H lio Oiticica, Lygia Clark e Gilles Deleuze. Sua

    produo no per odo seguinte passou a ser focada

    apenas no desenho e na pintura, e o artista come-

    ou a desenvolver pesquisa sobre o desenho como

    base fundante da produo e do pensamento arts-

    ticos. Fez curso de gravura em metal no Museu La-

    sar Segall, de fotogra a preto e branco no Centro

    Cultural Maria Ant nia e um per odo dos encontros

    de Acompanhamento de Processo Criativo com Ju-

    liana Monachesi e Guy Amado, no Ateli 397. Entre

    as exposies de que participou, destacam-se co-

    letivas como Nunca mais minta pra mim (Paran,

    2012); Processo Amado (Galeria Mezanino, So

    Paulo, 2012); Entre outros (Galeria +Soma, So

    Paulo, 2009); e a 18 Mostra de Arte da Juventude

    (So Paulo, 2007). J publicou em revistas na-

    cionais e internacionais, como Pesquisa FAPESP,

    U_MAG, Moon Mag/China, Trip, Zupi, Simples, entre

    outras. Em 2010, realizou sua primeira individual na

    Galeria Mezanino, intitulada Verde e vermelho.

    cargocollective.com/eduardosancinetti

  • 65

    ELO CARVALHONiteri RJ, 1980

    Vive e trabalha no Rio de Janeiro RJ

    Tem formao em pintura pela Universidade Fe-

    deral do Rio de Janeiro e frequentou cursos da

    Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Entre

    suas principais exposies, destacam-se a indi-

    vidual Mise-en-scne (Galeria IBEU-RJ, 2013)

    e as coletivas Das coisas que vimos pelo cami-

    nho (Centro Cultural Paschoal Carlos Magno,

    Niteri, 2010), 42 Novssimos (Galeria IBEU-RJ,

    2010), Como o tempo passa quando a gente se

    diverte (Galeria Tringulo-SP, 2011), XI Bienal

    do Recncavo Baiano (Bahia, 2012), Como se

    no houvesse espera (Centro Cultural da Justi-

    a Federal, Rio de Janeiro, 2014) e Novas aqui-

    sies da Coleo Gilberto Chateaubriand (Mu-

    seu de Arte Moderna-RJ, 2014).

    eloacarvalho.blogspot.com.br

  • 66

    FBIO BAROLIUberaba MG, 1981

    Vive e trabalha em Uberaba MG

    Bacharel em artes plsticas pelo Instituto de Artes

    da Universidade de Braslia, utiliza a linguagem da

    pintura como suporte para desenvolver sua po-

    tica, que lida com os conceitos da apropriao e

    do erotismo. Seus trabalhos mais recentes trazem

    questionamentos sobre o regionalismo e o ima-

    ginrio infantil no interior de Minas Gerais. Suas

    mais recentes exposies individuais foram: Mui-

    to pelo ao contrrio, no Centro Cultural Banco do

    Nordeste-CCBNB (Fortaleza) e Vendeta: a intifa-

    da (Funarte, Recife, 2012/2013). Entre as coleti-

    vas mais recentes, destacam-se: Prmio Aquisi-

    es Marcantonio Vilaa/Funarte 2013 (Museu

    de Arte Moderna-RJ, 2014); Duplo olhar (Pao

    das Artes, So Paulo, 2014) e Convite viagem

    Rumos Artes Visuais 2011/2013 (Instituto Ita

    Cultural, So Paulo, 2012). Os principais prmios

    que ganhou foram: Prmio Funarte de Arte Con-

    tempornea Galeria Nordeste de Artes Visuais

    (Recife, 2012) e 28 Salo Arte Par (Belm, 2011).

    Possui obras no acervo do Museu de Arte Moder-

    na-RJ, Brazil Golden Arts Investments BGA (So

    Paulo), Museu Nacional de Braslia e de colees

    particulares no Brasil e no exterior.

  • 67

    FLVIA METZLERRio de Janeiro RJ, 1974

    Vive e trabalha no Rio de Janeiro RJ

    Em 2004, ingressou no curso de pintura da Uni-

    versidade Federal do Rio de Janeiro, onde iniciou

    sua produo no m do ano seguinte. A partir de

    2006, comeou a participar de mostras coleti-

    vas nacionais e, em 2007, foi escolhida pela cr-

    tica Rebecca Wilson entre artistas de destaque

    da Your Gallery Saatchi Gallery (Londres, Rei-

    no Unido). Em 2009, realizou sua primeira ex-

    posio individual, por meio do Programa Anu-

    al de Exposies do Centro Cultural So Paulo,

    que foi apresentada tambm na Fundao Joa-

    quim Nabuco, em Recife, pelo Projeto Trajetrias.

    Em 2011, realizou individual no Museu Victor Mei-

    relles, em Florianpolis. Entre algumas exposi-

    es coletivas das quais a artista participou, des-

    tacam-se Arte Par, no Museu Histrico do Es-

    tado do Par, em Belm, com curadoria de Pau-

    lo Herkenhoff; Salo de Abril, na Galeria Antonio

    Bandeira, em Fortaleza, com curadoria de Agnal-

    do Farias; e Espelho re etido, no Centro de Ar-

    te Hlio Oiticica, no Rio de Janeiro, com curado-

    ria de Marcus Lontra. A artista tambm partici-

    pou da 12 Mostra Internacional de Arte, no Mu-

    seo de Arte Contemporneo MACUF, em A Co-

    rua, Espanha, e de Artesur: Collective Fictions,

    no Palais de Tokyo, em Paris.

  • 68

    JULIA DEBASSERio de Janeiro RJ, 1985

    Vive e trabalha no Rio de Janeiro RJ

    Frequentou aulas na Escola de Artes Visuais do

    Parque Lage entre 2004 e 2009 e foi seleciona-

    da para os workshops de jovens artistas na Ca-

    sa Daros (2008). J participou de dezenas de ex-

    posies coletivas no Brasil e de algumas no ex-

    terior. Destaque para a individual Ao meu preza-

    do predador (Artur Fidalgo Galeria, Rio de Janei-

    ro, 2014), com curadoria de Marcos Chaves. En-

    tre as exposies coletivas, destaque para Tre-

    pa trepa no campo expandido (SP-Arte, Labora-

    trio Curatorial, 2012); 6B: desenho contempo-

    rneo brasileiro (Centro Cultural da Justia Fe-

    deral, Rio de Janeiro, 2012); PLAY (Museu Bis-

    po do Rosrio Arte Contempornea, Rio de Ja-

    neiro, 2013) e 39 Salo de Arte de Ribeiro Pre-

    to (2014).

    juliadebasse.tumblr.com

  • 69

    MARCELO AMORIMGoinia GO, 1980

    Vive e trabalha em So Paulo SP

    Em 1993, iniciou estudos sobre fotogra a na Uni-

    versidade Catlica de Gois. Formou -se em comu-

    nicao social em 2000 pela Universidade Anhem-

    bi Morumbi, em So Paulo. Integrou o grupo de

    acompanhamento de processos artsticos com Ju-

    liana Monachesi e Guy Amado entre 2007 e 2008

    e participou do Ateli Fidalga, grupo de pesquisa

    coordenado por Albano Afonso e Sandra Cinto, en-

    tre 2009 e 2010. Dirige desde 2009 o Ateli 397,

    espao independente que promove a circulao,

    a produo e a exibio da arte contempornea.

    Amparado na apropriao de imagens coletadas

    em sebos, ilustraes e imagens de cinema e pu-

    blicidade, entre outros, recupera retalhos de me-

    mrias afetivas que simbolizam o passado de for-

    ma inexorvel. Realizou recentemente as seguin-

    tes exposies individuais: Como desenhar crian-

    as (Galeria IBEU, Rio de Janeiro, 2014); Primei-

    ra leitura (Zipper Galeria, So Paulo, 2014); Ven-

    triloquia (Temporada de Projetos, Pao das Artes,

    So Paulo, 2014). Entre as exposies coletivas de

    que participou, destaque para: As tramas do tem-

    po na arte contempornea: esttica ou potica?

    (Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeiro Preto, 2013)

    e Bem vindos (Zipper Galeria, So Paulo, 2013).

    marceloamorim.art.br

  • 70

    ROBERTO PLOEGValkenburg aan de Geul Holanda, 1955

    Vive e trabalha em Recife PE

    Veio em 1979 para o Brasil, no contexto de um es-

    tudo de mestrado em teologia latino-americana.

    Desde 1982 reside no Nordeste brasileiro. A mu-

    dana da teologia para a pintura no foi muito ra-

    dical para Roberto Ploeg. Segundo ele, teologia

    e arte so de essncia metafrica porque as du-

    as procuram apresentar, de maneira particular,

    experincias universais em imagens literrias e

    visuais. Nesse sentido, o telogo um artista da

    palavra. O caminho pessoal de Ploeg foi da pa-

    lavra imagem visual. Fez sua formao artsti-

    ca por meio de vrios cursos em instncias cul-

    turais em Olinda e Recife (MAC, O cina Guaiana-

    ses, Escolinha da Arte, UFPE, IAC, Fundaj). Aps

    anos de atividades como telogo da libertao

    no nordeste brasileiro, ele optou de nitivamen-

    te pela arte em 1995. Destaque para suas exposi-

    es individuais realizadas em 2011 (Galeria Ma-

    riana Moura, Pernambuco) e 2014 (Arte Plural

    Galeria, Pernambuco).

    robertoploeg.blogspot.com.br

  • 71

    RODRIGO BIVARBraslia DF, 1981

    Vive e trabalha em So Paulo SP

    Graduado em artes plsticas pela FAAP (So Pau-

    lo), ganhou o Prmio Aquisio do Centro Cultu-

    ral So Paulo em 2008, quando realizou sua pri-

    meira individual como parte do programa de ex-

    posies da instituio. Entre as individuais, des-

    taque para ... ainda, assim, utuante caiara

    (Galeria Millan, So Paulo, 2012), Turista azul

    (Temporada de Projetos, Pao das Artes, So Pau-

    lo, 2010) e as exposies nas galerias Mariana

    Moura (Pernambuco, 2011) e Fundao de Arte

    de Ouro Preto (2010). Entre as coletivas, desta-

    cam-se Correntes (Sesc Belenzinho, So Pau-

    lo, 2014), VideoBrasil (SESC Pompeia, So Paulo,

    2013), Pintura gurativa (Centro de Exposies

    Torre Santander, So Paulo, 2012), 7 SP seven

    artists from So Paulo (C.A.B. Contemporary Art,

    Bruxelas, Blgica, 2012) e Itinerrios, itinern-

    cias (Panorama da Arte Brasileira, Museu de

    Arte Moderna de So Paulo, 2011).

  • 72

    RODRIGO CUNHAFlorianpolis SC, 1976

    Vive e trabalha em Florianpolis SC

    Formado em pintura e gravura pela Universida-

    de do Estado de Santa Catarina, em Florianpo-

    lis. Entre suas exposies individuais, destaque

    para O mundo de dentro (Zipper Galeria, So

    Paulo, 2012), Temas para uma realidade (Ga-

    leria Mltipla de Arte, So Paulo, 2009) e Di-

    logos com Desterro (Museu Victor Meirelles,

    Florianpolis, 2008). Quanto s coletivas, vale

    lembrar as participaes nas feiras Art 13 Lon-

    don Fair (2013), SP-Arte (2012) e ArtRio (2012),

    alm de Como o tempo passa quando a gen-

    te se diverte (Casa Tringulo, So Paulo, 2011);

    Artistas brasileiros novos talentos (Salo

    Branco do Congresso Nacional, Distrito Federal,

    2009) e Rtulos (Museu de Arte de Santa Ca-

    tarina, 2007).

  • 73

    RODRIGO MARTINSRio de Janeiro RJ, 1988

    Vive e trabalha no Rio de Janeiro RJ

    Graduado em design gr co (Pontifcia Universi-

    dade Catlica do Rio de Janeiro, 2011), participou

    do grupo de estudos de Charles Watson (2012-

    2013) e, atualmente, cursa o programa Apro-

    fundamento na Escola de Artes Visuais do Par-

    que Lage. Realizou exposies individuais na Ca-

    samata (Rio de Janeiro, 2011), FB Gallery (Nova

    York, 2012) e Galeria Laura Marsiaj (Rio de Ja-

    neiro, 2014). Participou da coletiva Idolatria v

    (Galeria Laura Marsiaj, Rio de Janeiro, 2013) e do

    Prmio EDP (Instituto Tomie Ohtake, So Paulo,

    2014). Ganhador do primeiro lugar do referido

    prmio, realizar residncia no The Banff Centre,

    no Canad.

    r-martins.com

  • 74

    THIAGO MARTINS DE MELOSo Lus MA, 1981

    Vive e trabalha entre So Paulo SP

    e So Lus MA

    J participou de inmeras exposies coletivas,

    entre as quais esto: 31 Bienal Internacional de

    So Paulo (2014); Imagine Brazil, Astrup Fear-

    nley Museet, Oslo (2013) e Lyon (2014); Entre-

    temps... brusquement, et ensuite, 12e Bienna-

    le de Lyon (2013); To be with art is all we ask,

    Astrup Fearnley Museet, Oslo (2013); Zona tr-

    rida: certa pintura do nordeste, Santander Cul-

    tural de Recife (2012); Convite viagem, Ru-

    mos Artes Visuais, Ita Cultural, So Paulo (2012);

    Caos e efeito, Ita Cultural, So Paulo (2011);

    Os primeiros 10 anos, Instituto Tomie Ohtake,

    So Paulo (2011). Suas principais mostras indi-

    viduais foram: Teatro nag-cartesiano e o cor-

    te azimutal do mundo, Mendes Wood DM, So

    Paulo (2013); Thiago Martins de Melo, Mendes

    Wood DM, So Paulo (2011); e III Mostra do Pro-

    grama de Exposies, Centro Cultural So Pau-

    lo (2010). Seus trabalhos integram as colees

    permanentes do Thyssen-Bornemisza Art Con-

    temporary, Viena; do Astrup Fearnley Museum

    of Modern Art, Oslo; do Museu de Arte Moder-

    na do Rio de Janeiro Coleo Gilberto Chate-

    aubriand; do Museu de Arte do Rio; do Museu de

    Arte Contempornea do Cear; e do Museu do

    Estado do Par.

  • 75

    VNIA MIGNONECampinas SP, 1967

    Vive e trabalha em Campinas SP

    Exposies individuais: Museu de Arte Contem-

    pornea-USP, 2014; Casa Daros, Rio de Janei-

    ro, 2014; Mercedes Viegas Arte Contempornea,

    Rio de Janeiro, 2013; e Casa Tringulo, So Pau-

    lo, 2012. Exposies coletivas: Cruzamentos,

    Wexner Center for the Arts, Ohio, 2014; Se a pin-

    tura morreu o MAM o cu, Museu de Arte Mo-

    derna-RJ, 2011; Moving horizons The UBS Art

    Collection, National Art Museum of China, 2008;

    Nova Arte Nova, Centro Cultural Banco do Bra-

    sil, Rio de Janeiro, 2008; Contraditrio: Pano-

    rama da arte atual, Museu de Arte Moderna-SP,

    2008; 25 Bienal Internacional de So Paulo,

    2002; e Projeto Antarctica Artes com a Folha, Pa-

    vilho Padre Manuel da Nbrega, So Paulo, 1997.

    Prmios: II Concurso de Arte Itamaraty, 2012; Sa-

    lo Victor Meirelles, 2000; Salo de Arte de San-

    to Andr, 1999; Salo de Arte do Paran, 1998; Sa-

    lo de Piracicaba, 1998; Salo de Ribeiro Preto,

    1998; e Bienal Nacional de Santos, 1997.

    www.vaniamignone.com.br

  • 76

    EXPOSIO

    Curadoria

    Raphael Fonseca

    Coordenao-Geral

    Mauro Saraiva

    Produo

    Tisara Arte Produes

    Juliana Landgraf

    Jacson Trierveiler

    Programao Visual

    Adriana Cataldo e

    Priscila Andrade | Zellig

    Reviso

    Feiga Fiszon

    Iluminao

    Rogerio Kennedy

    Montagem

    Moiss Barbosa

    Kazuhiro Bedim

    Transporte

    Vanguardian Transportes

    Especializados

    Sinalizao

    Comvix Comunicao Visual

    Seguro

    Af nit

    Administrao

    Andre Fernandes

    Claudia Figueir

    Monica Machado

    Agradecimentos

    Alessandra Castaeda

    Daniela Seixas

    Felipe Abdalla

    Fernanda Lopes

    Jonas Arrabal

    Jorge Soledar

    Leandra Esprito Santo

    Sueli do Sacramento

    Tiago Cadete

    15 de outubro a 14 de dezembro de 2014

    LOCALCAIXA Cultural Rio de Janeiro | Galeria 4

    Avenida Almirante Barroso, 25, Centro

    Entrada franca | Permitido fotografar

    Classi cao indicativa: Livre

    Mediadores disponveis para acompanhar

    a visitao

    Telefone: 21 3980 3815

    facebook.com/caixaculturalriodejaneiro

    Baixe o aplicativo da CAIXA Cultural

    CATLOGO

    Realizao

    Tisara Arte Produes

    Coordenao Geral

    Mauro Saraiva

    Projeto Gr co

    Zellig

    Fotos

    Mario Grisolli (p. 4, p. 6,

    p. 8, p. 9, p. 10-11)

    Reviso de Textos

    Feiga Fiszon

    Tratamento das Imagens

    Zellig

    Produo Gr ca

    Antnio Fil

    Impresso

    Sol Gr ca

    DADOS INTERNACIONAIS PARA CATALOGAO NA PUBLICAO (CIP)

    F477

    Figura humana. Rio de Janeiro : Tisara : Caixa Cultural, 2014.76 p. : il. color. ; 28 cm.

    Catlogo de exposio realizada na Caixa Cultural, no Rio de Janeiro, de 15 de outubro a 14 de dezembro de 2014.

    Curadoria: Raphael Fonseca.

    ISBN 978-85-65710-06-0

    1. Pintura brasileira Sc. XXI Exposies. I. Fonseca, Raphael II. Tisara (Firma) III. Conjunto Cultural da Caixa (Rio de Janeiro, RJ)

    CDD- 759.981

    Roberta Maria de O. V. da Costa Bibliotecria CRB7 5587

  • arealizao patrocnio

    Distribuio gratuita Venda proibida