CASA ACOLHEDORA E PONTO DE ENCONTRO
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JULIANA FURTADO ZORZETTO
CASA ACOLHEDORA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES VITIMADOS E PONTO DE ENCONTRO PARA A SOCIEDADE DE SERTÃOZINHO, SP.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Moura Lacerda para cumprimento das exigências para a obtenção do título de bacharel em Arquitetura e Urbanismo sob a orientação da professora Dra. Ruth Cristina Montanheiro Paolino.
RIBEIRÃO PRETO
2012
JULIANA FURTADO ZORZETTO
CASA ACOLHEDORA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES VITIMADOS E PONTO DE ENCONTRO PARA A SOCIEDADE DE SERTÃOZINHO, SP.
Examinador: _____________________________________________________________
Nome: Dra. Ruth Cristina Montanheiro Paolino
Instituição: Centro Universitário Moura Lacerda
Examinador: _____________________________________________________________
Nome:
Instituição: Centro Universitário Moura Lacerda
Examinador: _____________________________________________________________
Nome:
Instituição:
Ribeirão Preto, 22 de novembro de 2012.
Dedico este trabalho aos meus pais por todo o apoio e que estiveram
comigo todo o momento dessa longa etapa valiosa da minha vida.
Agradeço primeiramente a Deus, que me ofereceu a vida.
Sou grata aos meus pais por todo o apoio tanto emocionalmente
quanto financeiro, dando a mim a oportunidade dessa faculdade.
A minha irmã Mariana que sempre me acompanhou de perto.
Ao meu namorado Daniel pelo apoio nos momentos de tensões.
Agradeço aos meus amigos de faculdade por muitos trabalhos e
diversões juntos.
A minha orientadora Ruth e todos os professores no decorrer do
curso não menos importante, pelos conselhos, conhecimentos,
ensinamentos e paciência, por contribuírem para a concretização
deste trabalho.
Depende de nós
Quem já foi ou ainda é criança
Que acredita ou tem esperança
Quem faz tudo pra um mundo melhor
Depende de nós
Se esse mundo ainda tem jeito
Apesar do que o homem tem feito
Se a vida sobreviverá
(Ivans Lins)
RESUMO: O tema deste trabalho trata-se da proposta para um projeto arquitetônico
de um equipamento municipal, denominado por Casas Acolhedoras para crianças e
adolescentes vitimados e Ponto de Encontro para a sociedade de Sertãozinho,
criando a integração dos moradores das casas com a sociedade. O projeto busca a
flexibilidade dos ambientes e integração do interior com o exterior através de
elementos vazados, transparência e brises, oferecendo condições dignas de
desenvolvimento às crianças e aos adolescentes vitimados através de espaços de
encontro qualitativo de atendimento, lazer, convívio social e moradia digna, a fim de
promover o crescimento saudável com qualidade de vida e preparar os jovens para o
futuro. Buscou-se ocupar os vazios urbanos do Bairro escolhido e analisar as
influencias do Espaço Físico no Psicológico das crianças e adolescentes vitimados.
Aplicando o conceito da fenomenologia.
Palavras-chave: Casa Acolhedora; Equipamento Publico; Integração; Flexibilidade;
Fenomenologia.
ABSTRACT: The theme of this work is to the proposal for an architectural design of a city
equipment, called by Cosy Homes for children and adolescents victimized and Meeting Point
for Sertãozinho society, creating the integration of residents of homes with society. The
project seeks the flexibility of environments and integration of inner with the outer elements
through vasados, transparency and louvers, offering decent development of children and
adolescents victimized by meeting spaces qualitative care, leisure, social life and decent
housing in order to promote healthy growth and prepare young people for the future was
sought to occupy the empty urban neighborhood chosen and analyze the influences of
Physical Space in Psychological victimized children and adolescents. Applying the concept of
phenomenology.
keywords: Cozy House; Equipment Public; Integration; Flexibility; Phenomenology.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................14
1 A CRIANÇA E O ADOLESCENTE VITIMADOS..................................18
1.1 O CAMINHO ATÉ O ABRIGO...............................................22
1.2 O ABRIGO...........................................................................23
2 A IMPORTÂNCIA DOS ABRIGOS E DO ESPAÇO...............................24
2.1 O ESPAÇO FÍSICO PSICOLÓGICO.........................................27
2.2 A FENOMENOLOGIA..........................................................30
3 LEITURAS PROJETUAIS / ESPAÇOS INTEGRADORES........................33
3.1 RESIDÊNCIA BELVEDERE.....................................................35
3.2 ESCOLA CENTRO DE LUCIE AUBRAC...................................38
3.3 RESIDÊNCIA MW.................................................................41
3.4 RESIDÊNCIA QUINTA DA BARONESA..................................43
3.5 MERCADO MUNICIPAL DE SANTA CATERINA.....................45
4.LEITURA URBANA / EQUIPAMENTOS............................................47
4.1 A CIDADE.............................................................................48
4.2 O BAIRRO JARDIM ALVORADA...........................................52
4.2.1 USO DO SOLO E EQUIPAMENTOS........................56
4.2.2 HIERARQUIA VIÁRIA E OCUPAÇÃO DO SOLO......58
4.3 LEITURAS DOS LOTES E ENTORNO PARA O PROJETO PILOTO........60
4.4. OS ABRIGOS EXISTENTES...............................................................65
5 PROJETO ARQUITETÔNICO DO PLANO PILOTO..............................70
5.1 CONCEITOS E PARTIDO.......................................................71
5.2 ORGANOGRAMA................................................................73
5.3 DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA...................................75
5.4 PROPOSTA FINAL................................................................82
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................127
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................128
ANEXOS........................................................................................130
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 01: CAMINHO AO ABRIGO......................................22
FIGURA 02: PORTAS PIVOTANTES........................................34
FIGURA 03: AREA EXTERNA..................................................34
FIGURA 04: JOGO DE PLANOS..............................................34
FIGURA 05: JOGO DE LUZES.................................................34
FIGURA 06: MOSAICOS COLORIDOS....................................34
FIGURA 07: AMBIENTE AMPLIADO......................................36
FIGURA 08: PORTAS PIVOTANTES........................................37
FIGURA 09: PAREDE FUNCIONAL.........................................37
FIGURA 10: AREA EXTERNA..................................................39
FIGURA 11: BRINQUEDOTECA..............................................40
FIGURA 12: FECHAMENTO EM MADEIRA E VIDRO..............40
FIGURA 13: PAVIMENTO INFERIOR......................................41
FIGURA14: PAVIMENTO SUPERIOR......................................41
FIGURA 15: JOGO DE PLANOS..............................................42
FIGURA 16: JOGO DE VAZIOS...............................................42
FIGURA 17: ESPAÇO EXTERNO DIURNO...............................43
FIGURA 18: JOGO DE LUZES.................................................43
FIGURA 19: COZINHA INTEGRADA.......................................44
FIGURA 20: INTEGRAÇÃO SALA DE ESTAR...........................44
FIGURA 21: MOSAICOS COLORIDOS....................................45
FIGURA 22: COBERTURA INDEPENDENTE...........................45
FIGURA 23: CARACTERISTICAS GEOGRAFICAS.....................48
FIGURA 24: COORDENADAS GEOGRAFICAS.........................49
FIGURA 25: LOCALIZAÇÃO DE SERTÃOZINHO......................49
FIGURA 26: IMAGEM AEREA DE SERTÃOZINHO...................49
FIGURA 27: INSERÇÃO URBANA...........................................51
FIGURA 28: ZONEAMENTO..................................................53
FIGURA 29: DENSIDADE DE POP/HÁ....................................53
FIGURA 30: MAPA 1 USO DO SOLO......................................56
FIGURA 31: MAPA 2 EQUIPAMENTOS.................................57
FIGURA 32: MAPA 3 HIERARQUIA VIARIA............................58
FIGURA 33: MAPA 4 OCUPAÇÃO DO SOLO..........................59
FIGURA 34: VAZIOS URBANOS.............................................62
FIGURA 35: AREA 1 CASA ACOLHEDORA..............................63
FIGURA 36: AREA 7 PONTO DE ENCONTRO.........................64
FIGURA 37: PLANO DE MASSA FEMININO...........................65
FIGURA 38: PLANO DE MASSA MASCULINO........................66
FIGURA 39: DORMITÓRIOS DE 4 A 7 ANOS..........................67
FIGURA 40: OS BANHEIROS.................................................67
FIGURA 41: O TETO..............................................................68
FIGURA 42: SALA DE ESTUDO..............................................68
FIGURA 43: DORMITÓRIOS..................................................68
FIGURA 44: ÁREA VERDE AMPLA.........................................68
FIGURA 45: A COZINHA REFORMADA..................................69
FIGURA 46: A COZINHA ESPAÇOSA......................................69
FIGURA 47: A LAVANDERIA É EXTENSA................................69
FIGURA 48: ORGANOGRAMA CASA ACOLHEDORA..............73
FIGURA 49: ORGANOGRAMA PONTO DE ENCONTRO.........74
FIGURA 50: PROPOSTA 01 CASA ACOLHEDORA...................76
FIGURA 51: PROPOSTA 02 CASA ACOLHEDORA...................77
FIGURA 52: DORMITÓRIO CONJUGADO..............................78
FIGURA 53: INTEGRAR.........................................................78
FIGURA 54: PROPOSTA 01 PONTO DE ENCONTRO..............80
FIGURA 55: COBERTURA 01 PONTO DE ENCONTRO............80
FIGURA 56: COBERTURA 02 PONTO DE ENCONTRO............81
FIGURA 57: QUIOSQUE O1...................................................81
FIGURA 58: PROPOSTA 03....................................................82
FIGURA 59: ESTUDO INSOLAÇÃO.........................................84
FIGURA 60: CARTAS SOLARES..............................................84
FIGURA 61: PLANTA BAIXA CASA ACOLHEDORA (LAYOUT).91
FIGURA 62: PLANTA BAIXA ( COTAS E ZENITAIS).................92
FIGURA 63: PLANTA DE COBERTURA...................................93
FIGURA 64: CORTE A CASA ACOLHEDORA...........................94
FIGURA 65: DETALHE ZENITAIS............................................94
FIGURA 66: CORTE B CASA ACOLHEDORA...........................95
FIGURA 67: FACHADA CASA ACOLHEDORA.........................95
FIGURA 68: PISCINA.............................................................96
FIGURA 69: ABERTURA ZENITAL..........................................96
FIGURA 70: ESTUDO INSOLAÇÃO VERÃO 10h29m...............97
FIGURA 71: CONFIGURAÇÃO INSOLAÇÃO 1.........................97
FIGURA 72: ESTUDO INSOLAÇÃO VERÃO 15h31m...............98
FIGURA 73: CONFIGURAÇÃO INSOLAÇÃO 2.........................98
FIGURA 74: ESTUDO INSOLAÇÃO INVERNO 10h30m...........99
FIGURA 75: CONFIGURAÇÃO INSOLAÇÃO 3.........................99
FIGURA 76: ESTUDO INSOLAÇÃO INVERNO 15h30m.........100
FIGURA 77: CONFIGURAÇÃO INSOLAÇÃO 4.......................100
FIGURA 78:PERSPECTIVA INTERNA GERAL.........................101
FIGURA 79: FACHADA CASA ACOLHEDORA.......................101
FIGURA 80: PLANTA GERAL CASA ACOLHEDORA...............102
FIGURA 81:PERSPECTIVA SALA ASSISTIR............................102
FIGURA 82: PERSPECTIVA INTEGRAR.................................102
FIGURA 83: PERSPECTIVA ADMINISTRAR E ATENDER........102
FIGURA 84: VISTA POSTERIOR SEM COBERTURA...............103
FIGURA 85: VISTA POSTERIOR COM COBERTURA..............103
FIGURA 86: VISTA FRONTAL...............................................104
FIGURA 87: VISTA DE TRÁS DO VIDRO...............................104
FIGURA 88: VISTA DA AREA RECEBER................................104
FIGURA 89: VISTA DA AREA DO REDARIO..........................105
FIGURA 90: VISTA FECHAMENTO DAS CAIXAS...................105
FIGURA 91: PLANTA BAIXA P.DE E. LAYOUT E PILARES.....111
FIGURA 92: PLANTA BAIXA P.DE E. COTAS.........................112
FIGURA 93: COBERTURA 03 PONTO DE ENCONTRO..........113
FIGURA 94: PLANTA DE COBERTURA P. DE E.....................114
FIGURA 95: CORTE A PONTO DE ENCONTRO.....................115
FIGURA 96: CORTE B PONTO DE ENCONTRO.....................116
FIGURA 97: CORTE C PONTO DE ENCONTRO.....................117
FIGURA 98: DETALHE QUIOSQUE.......................................117
FIGURA 99: QUIOSQUE 02.................................................118
FIGURA 100: DETALHE DA ESTRUTURA QUIOSQUE 02......118
FIGURA 101: PERSPECTIVA FACHADA FRONTAL................119
FIGURA 102: PERSPECTIVA F. FRONTAL VISTA DE CIMA....119
FIGURA 103: CONFIGURAÇÃO INSOLAÇÃO 5.....................119
FIGURA 104: PERSPECTIVA FACHADA POSTERIOR.............120
FIGURA 105: FACHADA POSTERIOR VISTA DE CIMA..........120
FIGURA 106: PERSPECTIVA VISTA LATERAL DIREITA..........121
FIGURA 107: FACHADA FRONTAL L. DIREITA.....................121
FIGURA 108: FACHADA POSTERIOR L. DIREITA..................121
FIGURA 109: LATERAL ESQUERDA DA F. POSTERIOR.........122
FIGURA 110: LATERAL ESQUERDA DA F. FRONTAL............122
FIGURA 111: PERSPECTIVA INTERNA CENTRAL..................123
FIGURA 112: PERSPECTIVA PLAYGROUND.........................123
FIGURA 113: PERSPECTIVA ACADEMIA ABERTA................123
FIGURA 114: PERSPECTIVA QUIOSQUES............................124
FIGURA 115: ESPAÇO MEMÓRIA E EXPOSITIVO.................124
FIGURA 116: MUSICOS NO ESPAÇO EXPOSITIVO...............124
FIGURA 117: PLANTA DE SITUAÇÃO..................................125
FIGURA 118: IMPLANTAÇÃO..............................................126
O trabalho apresentado a seguir discorre sobre o processo
de projeção de um equipamento municipal, denominado
por Casas Acolhedoras para crianças e adolescentes
vitimados, casas estas que estão sendo projetadas nos
vazios urbanos, causados pela especulação imobiliária. O
uso desses espaços pode valorizar o entorno e a si mesmo
no bairro. A inserção desse equipamento é no bairro Jardim
Alvorada, na área urbana de Sertãozinho, situada no interior
de São Paulo, promovendo com isso, a integração dos
moradores com a sociedade, pois a casa acolhedora nesse
município encontra-se situada na área rural. A pesquisa
visa, ainda, analisar as influencias do Espaço Físico no
Psicológico das crianças e dos adolescentes.
Desse modo, buscou-se nesta pesquisa, responder a
seguinte questão: Como o Espaço Físico da Casas
Acolhedoras pode auxiliar nas melhorias das condições
Psicológicas de crianças e adolescentes?
“Souza afirma (1989) que, o espaço é o elemento material
através do qual a criança experimenta o calor, o frio, a luz, a
cor, o som e, numa certa medida, a segurança”. Como se
sabe, os elementos arquitetônicos presentes em um espaço
edificado, seja pela sua cor ou por uma forma inusitada, são
capazes de sensibilizar aqueles que usufruem do espaço por
pouco ou por muito tempo, fazendo com que a arquitetura
se torne parte da sua realidade positiva ou negativamente.
A fenomenologia é um dos fenômenos que explica essa
importância, pois é uma analise da memoria da primeira
infância, os sentimentos primordiais, que a criança tem e a
arquitetura influencia nessa memoria a partir de espaços
expressivos, para toda sua vida, sua identificabilidade
pessoal e vigor emocional, isso acaba sendo uma prova
convincente da importância e da autenticidade dessas
experiências.
Deste modo, Botton (2007, p.17) esclarece que, “a
arquitetura causa perplexidade também para inconsistência
de sua capacidade de gerar felicidade que a torna atraente
para nós“, pois, a arquitetura não precisa ser exuberante
para trazer felicidade e conforto as pessoas, mais deve ser
atraente, independente de sua dimensão e estilo, uma vez
que cada indivíduo tem preferências, gostos e necessidades
distintas.
A escolha por esta temática ocorreu, devido à necessidade
do município de Sertãozinho, pela falta de um equipamento
adequado para acolher crianças e adolescentes vitimados,
uma vez que, os dois Abrigos existentes estão com mais
crianças que o espaço físico comporta, tendo
aproximadamente de 20 a 25 crianças cada um, uma média
constante, pois todos os dias pode chegar ou sair algum
morador, por adoção, retorno dos pais, entre outras formas.
Nos dois espaços existentes há problemas de acessibilidade,
espacialidade e conforto. Sendo assim, analisar os abrigos
existentes foi importante para conhecer de perto o cotidiano
dessas crianças, bem como o programa em vigência e suas
necessidades.
As Casas Acolhedoras aqui propostas têm como objetivo
oferecer condições dignas de desenvolvimento as crianças
e os adolescentes vitimados, a fim de promover o
crescimento saudável e preparar os jovens para o futuro,
pois proporcionou suporte para 10 moradores no máximo,
fazendo com que essa instituição tenha característica de
uma casa familiar, para ter a noção do espaço e se sentirem
em uma família acolhedora, a responsável pela separação
desses pequenos grupos é assistente social, seguindo os
critérios de familiaridade se houver e faixa etária.
Esta monografia tem como o objetivo geral propor a criação
de uma moradia acolhedora para crianças e adolescentes
vitimados. Como objetivos específicos buscaram-se
• Propor a ocupação dos vazios urbanos do Bairro
Jardim Alvorada, localidade na qual pretende-se criar
a casa acolhedora
• Propor um espaço de encontro qualitativo de
atendimento, lazer e convívio social.
• Propor condições dignas de moradia baseando-se na
teoria estudada
• Analisar a influência do Espaço Físico no Psicológico
das crianças e dos adolescente.
• Do ponto de vista acadêmico, a pesquisa proposta
torna-se importante para discutir a relação do
Espaço Físico no Psicológico das crianças e
adolescentes vitimados, que é o foco principal desta
pesquisa.
A integração entre os moradores das casas acolhedoras com
a sociedade pode auxiliar esses indivíduos a serem mais
capacitados para enfrentar o futuro, com mais segurança e
autoestima. Pretendeu-se com o projeto do Ponto de
Encontro oferecer espaços, não só para os moradores das
casas, mas para toda comunidade do bairro, utilizando-o
para festas, oficinas, oficinas de dança, artesanato, pintura e
Informática, aberto ao publico além de exposições de
trabalhos dos moradores, proporcionando a integração entre
as crianças das casas acolhedoras e a sociedade.
Para alcançar os objetivos nesta pesquisa, foi necessário
levantamentos, para o reconhecimento de todos os fatores
que interferem direta e indiretamente na proposição do
objeto. Primeiramente, foi realizada uma pesquisa
bibliográfica sobre os conceitos expostos neste projeto de
pesquisa, para fundamentar os temas abordados. Foram
necessários levantamentos dos locais, onde se propõe a
implantação dos objetos, tais como: Levantamento da área
de intervenção, equipamentos existentes, seus programas, o
público atendido. Estudo de caso com os Abrigos Existentes.
Pesquisa de dados socioeconômicos e pesquisa de campo e
dados censitários provenientes de Censos do IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística).
1. A CRIANÇA E O ADOLESCENTE VITIMADOS1. A CRIANÇA E O ADOLESCENTE VITIMADOS
A violência contra o ser humano é um fato real e é cada vez
mais frequente e bárbaro em nosso cotidiano. Muitas vezes,
é dentro de casa que se tem o início a violência até mesmo
em proporção extrema.
Indiferentemente da condição social, cultural, econômica, de
credo ou de raça, a violência ocorre em qualquer classe
social, variando apenas o número de denúncias, que é maior
nas classes mais populares, que são pessoas que não
procuram manter imagens, pois não tem tanta preocupação
em zelar um nome na sociedade.
As classes populares encontram-se como meio facilitador da
violência doméstica e a baixa renda familiar. Mediante a esta
realidade socioeconômica, as famílias se encontram com o
desemprego, com o alcoolismo, que atuam como agravantes
no estado psicológico do possível agressor, este não possui
qualidade de vida convivendo com a inexistência do
saneamento básico, saúde ou lazer.
O desemprego juntamente com a realidade do salário
mínimo está gerando o abandono de milhares de crianças,
que acabam buscando na rua um complemento de renda
familiar.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente são
consideradas crianças até doze anos e adolescentes até
dezoito anos. Cabe lembrar aqui que, muitas crianças
comentem pequenos furtos com o intuito de estarem
auxiliando os pais com as “contas”, sendo que, muitas vezes,
por não conseguirem nenhum dinheiro na rua, as crianças
acabam sendo maltratadas psicologicamente e fisicamente
dentro do ambiente familiar. Convém mencionar também o
fato de que quando essas crianças não conseguem ganhar
esse dinheiro de forma “convencional” acabam muitas vezes
se prostituindo.
Diante de tais circunstâncias, as crianças estão expostas a
diversas formas de violência, em que se faz presente um
vínculo de afetividade entre vitima/agressor, que acaba
resultando em constrangimentos físicos e psíquicos
irreparáveis. Na verdade, são estes vinculos um dos
facilitadores da agressão.
Conforme registra o Estatuto da Criança e do Adolescente,
em seu artigo 4º, “a comunidade e a sociedade tem o dever
de assegurar com prioridade absoluta a efetivação dos
direitos referentes à vida da criança e do adolescente…”.
Como se sabe, a nossa sociedade é dirigida por orgãos
responsáveis por fazer cumprir as leis destinadas a assegurar
nossos direitos fundamentais e inerentes à vida.
As violências sociais em relação aos menores de idade
ocorrem no âmbito da saúde, da educação e do trabalho,
geralmente ocorrem pela:
A falta de assistência ao recém- nascido na sala de
parto podendo ser responsável por sequelas que
comprometerão sua qualidade de vida.
A exploração da criança no trabalho pelo mercado
formal e informal.
A falta de cuidados dos pais deve ser destacada,
sendo que várias atitudes inadequadas em relação
aos cuidados dos filhos, independem de condições
socio-econômicas e sim de uma disposição deles em
relação à criança.
As violências diretas ocorridas quando o agressor é visto sob
uma forma abragente, isto é não é individualizado e tendo a
responsabilidade “diluida” na sociedade:
Os altos indices de mortalidade infantil com causas
em doençcas como a disenteria, malaria,
tuberculose, etc;
Contaminação Ambiental;
Inanição; entre outras.
De um modo geral, pode-se dizer que violências como essas
acabam por gerar alterações corporais, mentais e sociais,
podendo ser ou não reversiveis, muitas vezes não sendo
intencional, mas sim previsiveis.
As violências diretas ocorrem quando o agente agressor é
visto de forma individual. Esse tipo de violência é causada de
forma intencional, gerando sequelas, alterações psíquicas e
em casos mais extremos até a morte, tais como:
Agressões corporais;
Abandono temporário intencional ou permanente;
Problemas familiares;
Privação de Afeto, Alimento, Medicamentos ou
ameaça verbal;
Agressão verbal;
Intoxicação ou envenenamentos;
Abuso Sexual;
Gravidez precoce;
Raptos; entre outras.
Por isso, que existe o Estatuto da criança e do adolescente,
que são leis destinadas a assegurar os direitos e a proteção
para todas as crianças e adolescentes de nosso país,
conforme pode ser observado no Anexo 01. O crescente
aumento de casos de todos os tipos de violências indicam
que esses direitos não são assegurados e deveres não são
cumpridos, isso traz a tona uma triste realidade da vida
crianças e adolescentes que são vitimadas na sociedade.
Quando ocorre a denúncia das formas de violências citadas
anteriormente, cabe ao Conselho Tutelar, que é um órgão
permanente e autônomo não jurisdicional, zelar pelo
cumprimento dos direitos da criança e do adolescente.
A denúncia a este órgão pode ser realizada por meio de um
numero de telefone disponível para denuncias anônimas: o
disque denuncias, as vitimas são recolhidas por assistente
social que as levam para o Conselho Tutelar, onde é feita a
triagem e a criança é encaminhados para os Abrigos
existentes, tentando sempre a reconciliação com a família.
Em alguns casos, não sendo possível a aproximação entre a
criança e a família, a criança acaba se tornando residente
fixo do abrigo.
DISQUE CONSELHO TUTELAR
ABRIGO
1.1 O CAMINHO ATÉ O ABRIGO
Figura 01: Caminho ao abrigo Fonte: Elaborado pela autora
As entidades que desenvolvem programas de abrigos;
segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, tem
deveres, caso contrário seu registro é negado. Os seus
deveres são os seguintes:
Oferecer condições adequadas de habitalidade,
higiene, salubridade e segurança;
Adotar princípios de Preservação dos Vínculos
Familiares;
Desenvolver atividades em regime de co-
educação, atentando para formação de pequenos
grupos, onde possam oferecer atendimento
personalizado;
Evitar o desmembramento de grupos de irmãos;
Evitar sempre que possível a transferência para
outras entidades de crianças abrigadas;
Cuidar para que participem na vida da
comunidade local e sejam preparados
gradativamente para o desligamento, ou seja,
completando uma determinada idade, eles
passam voltar para suas famílias ou serem
encaminhados para outros lugares;
Proporcionar a participação de pessoas da
comunidade no processo educativo desenvolvido
no abrigo;
Providenciar para que ocorra a integração em
suas famílias ou em famílias substitutas, quando
esgotados os recursos de manutenção na família
de origem.
Os abrigos para crianças e adolescentes vitimados exigem o
não envolvimento com drogas e a ausência de delitos leves
ou graves, conforme pode-se notado no Anexo 01 e 02,
art.90 do ECA.
1.2 O ABRIGO
2. A IMPORTÂNCIA DO ABRIGO E DO ESPAÇO2. A IMPORTÂNCIA DO ABRIGO E DO ESPAÇO
O Abrigo é a única opção de moradia para essas crianças
vitimadas e abandonadas, um lugar que elas possam ou não
ter rápida convivência, ou longa convivência até seus 18
anos que é o tempo máximo de permanência na instituição.
São crianças com problemas psicológicos muitas vezes por
conta de seu passado e até mesmo deficiência física. Tendo a
necessidade de um espaço apropriado que atenda suas
necessidades tanto psicológica quanto física. Segundo Arpini
(2003).
Na verdade, a instituição [abrigo] muitas
vezes se apresenta como a melhor
alternativa para um grande número de
crianças e adolescentes, o que determina a
necessidade de um comprometimento ainda
maior de suas ações, pois esse é o único
caminho para a superação dos trágicos
estereótipos de sua história (p.179, grifos do
autor).
Um dos principais motivos para projetar uma Casa
Acolhedora ideal para essas crianças e adolescentes são os
seguintes
Verificou que instituições inadequadas
causam grandes danos na etiologia de
transtornos psíquicos entre crianças
institucionalizadas, estavam presentes vários
fatores de riscos para doenças graves, como
a depressão analítica, como o isolamento
social e a perda dos laços familiares. (SPITZ,
1965/1998, não paginado, grifos do autor).
“O espaço é o elemento material através do qual a criança
experimenta o calor, o frio, a luz, a cor, o som e, numa certa
medida, a segurança.” (SOUZA, 1989, não paginado, grifos
do autor).
Deste modo, o Espaço Físico entra como um dos principais
elementos desse assunto, pois, ele necessita ter o poder de
envolvimento e de atração mais forte que as atrações de
riscos como as drogas e outros; criar ambientes que
confortam, que protejam as crianças e adolescentes
vitimados, que ensinam, emocionam e que não o
prejudiquem em seu psicológico e sim colaborem para a
superação das suas histórias de vida, espaços sensoriais que
induza o olfato, as sensações táteis e térmicas, os sons, a luz
e as cores nos ambientes.
A nítida tendência de se buscar “conforto” mediante o
simples cuidado com as condições físicas e mensuráveis
(como temperatura e umidade) adequadas ao corpo
humano. No meio profissional de Arquitetura de Interiores,
predomina um conceito de conforto mais abrangente.
Usualmente, reúne requinte, bom gosto e alguma emoção.
Mas, também existem os ambientes rústicos que parecem
muito confortáveis. Ou seja, conforto não é simplesmente
algo que o dinheiro pode comprar. A origem de “Conforto”
se explica pelo verbo “confortar” este vem do latim
Confortare e tem a mesma origem que “força”, levar força
significativa para consolar. (SCHMID, 2006, não paginado).
A questão do espaço sempre esteve presente em nossas
vidas, seja na forma como ele é organizado, distribuído e
direcionado, pelos que detém o poder, e se ele é apropriado
ou não para aqueles a quem se destina.
Tizard & Rees (1974) aponta que a qualidade do ambiente e
do cuidado institucional, é importante para impulsionar o
desenvolvimento de crianças institucionalizadas. Para
Schmid (2006),
O ambiente construído é, enfim, fonte de força
interior, consolo, conforto. Logo, é de
importancia demais para ser ignorado. É
também complexo demais para ser deixado de
lado, e ao mesmo tempo tão presente na vida
das pessoas que não o deveriam terceirizar por
completo. O cliente precisa conhecê-lo para
revelar ao profissional de arquitetura e
urbanismo suas vontades mais intimas. (não
paginado, grifos meus).
Ou seja, o que é confortável para um, não é para o outro,
cada cliente tem que revelar seu conceito de conforto, a
partir de sua cultura, seus gostos, suas necessidades e seus
costumes.
“NÓS CONFIGURAMOS NOSSOS EDIFICIOS E ELES NOS
CONFIGURAM” (CHURCHILL. apud. HALL, 2005, p. 132,
grifos meus).
Ao abordar o papel social da arquitetura, não apenas como a
investigação de sua condição de arte ou de serviço social,
mas trazendo para o centro do debate, os aspectos ético e
político, distintas questões que versam sobre a autonomia
da arquitetura, a noção de bem comum, as novas relações
homem- natureza e a ressurreição da noção de bem-estar
social. A reflexão fenomenológica sobre a arquitetura,
exaltando os seus elementos básicos e recuperando o
interesse pelas qualidades sensoriais dos materiais, luz e cor.
Menciondas por Nesbitt (2008), como fundamental da
2.1 O ESPAÇO FISICO - PSICOLOGICO
estética: “o efeito que uma obra de arquitetura produz no
observador” (p.16).
Tschumi assinala que “a arquitetura do prazer depende de
uma proeza especial, que é a de manter a arquitetura
obcecada consigo mesma de maneira tão ambígua que
jamais se rende à boa consciência ou a parodia, a debilidade
ou a neurose delirante” (TSCHUMI. apud. NESBITT, 2008, p.
581).
Para o arquiteto Juhani Pallasmaa, o significado depende da
capacidade dos projetos de simbolizar a existência ou
presença humana e, como os arquitetos modernos parecem
ter ignorado, da experiência espacial do trabalho.
(PALLASMAA, 1986. apud. NESBITT, 2008).
A experiência espacial da arquitetura, ao contrário, é
sintética, opera em vários níveis simultaneamente: mental-
físico, cultural- biológico, coletivo- individual etc. No capítulo
“fenômeno do lugar”, do livro “A Nova Agenda para
Arquitetura”, de autoria de Nesbitt, Norberg Schulz afirma
que “ morar numa casa é habitar o mundo” (SCHULZ. apud.
NESBITT, 2008, p.22-25). Essa concepção da casa como uma
condensação de uma experiência mais geral do mundo influi
na importância que Pallasmaa atribui ao lugar da morada.
“Na verdade uma casa é um instrumento metafísico, uma
ferramenta mítica com a qual procuramos dar a nossa
existência passageira um reflexo da eternidade”
(PALLASMAA. apud. NESBITT, 2008, p.22-25).
Com base na ideologia da Escola Bauhaus, a arquitetura é
ensinada e analisada como um jogo de formas, que combina
diversos elementos visuais de forma e espaço. Acredita-se
que esses elementos adquirem uma qualidade peculiar, que
estimula nossos sentidos da visão, a partir da dinâmica da
percepção visual, conforme registra a Psicologia da
Percepção.
A dimensão artística de uma obra de arte não está na coisa
física propriamente dita; ela só existe na consciência da
pessoa que passa pela experiência pessoal da obra. Assim, a
análise de uma obra de arte é um ato genuíno de
introspecção da consciência a ela submetida. Seus
significados não estão contidos nas formas, mas nas imagens
transmitidas pelas formas e na força emocional que elas
carregam.
A forma somente age sobre os sentimentos humanos por
meio do que ela representa. A riqueza de uma obra de arte
está na vitalidade das imagens, que ela desperta e
paradoxalmente, as imagens que permitem maior número
de interpretações são despertadas pelas formas mais
simples, mais arquetípicas.
A linguagem da arte é a linguagem dos símbolos, que podem
ser identificadas com a existência do homem. Se lhe falta um
contato com as memórias sensoriais, que vivem no
subconsciente e ligam os vários sentidos, a arte fica
inevitavelmente reduzida à mera decoração sem significado.
A experiência da arte é uma interação entre as memórias
corporificadas e o mundo. Ela também é vital ao se querer
descobrir por experiência própria, o significado da
arquitetura e perceber que o efeito da construção deve ter
uma contrapartida no mundo da experiência do observador.
Os arquitetos não projetam edifícios, primordialmente como
objetos físicos, mas sim com os sentimentos das pessoas que
os habitam. Por isso, o efeito da arquitetura nasce de
sentimentos básicos associados ao construir (NESBITT, 2008).
A fenomenologia é de natureza introspectiva e contrasta
com o desejo de objetividade do positivismo. A
fenomenologia busca descrever os fenômenos recorrendo
diretamente a consciência como tal, sem teorias e categorias
tiradas das ciências naturais ou da psicologia.
A fenomenologia da arquitetura é “olhar, contemplar” a
arquitetura a partir da consciência que a vivência, com o
sentimento arquitetônico em oposição à análise das
propriedades e proporções físicas da construção ou de um
quadro de referência estilístico, busca a linguagem interna
da construção.
Uma obra de arte é uma realidade somente quando se tem
uma experiência dela e ter experiência de uma obra de arte
significa recriar sua dimensão de sentimento. De acordo com
Nesbitt (2008),
Uma das mais importantes “matérias-primas” da
analise fenomenologia da arquitetura é a
memória da primeira infância. Estamos
habituados a pensar que as lembranças de
infância são produtos da consciência ingênua e
da capacidade de memorização imprecisa da
criança, algo muito interessante, mas de tão
pouco valor quanto nossos sonhos. Mas essas
duas ideias preconcebidas são erradas (p.22-25,
grifos meus).
Sem dúvida, o fato de que certas lembranças remotas
conservam para toda a vida sua identificabilidade pessoal e
vigor emocional, isso acaba sendo uma prova convincente da
importância e da autenticidade dessas experiências.
Assim, como os sonhos e devaneios diurnos revelam os
conteúdos mais verdadeiros e espontâneos de nossa mente.
A arquitetura não pode ser um mero jogo de formas. Essa
ideia não decorre do fato óbvio de que a arquitetura está
atrelada a sua finalidade prática e a muitas outras condições
externas. Mas, se uma construção não preenche as
condições básicas formuladas para ela, a fenomenologia
como símbolo da existência humana, não é capaz de influir
nos sentimentos e emoções ligados à nossa alma com as
imagens que um edifício cria. O efeito da arquitetura provém
2.2 A FENOMENOLOGIA
de uma série do que se pode chamar de sentimentos
primordiais. Esses sentimentos formam o genuíno
“vocabulário básico” da arquitetura, e é trabalhando com
eles, que a obra se torna arquitetura e não, por exemplo,
uma escultura de grandes dimensões ou uma cenografia. A
arquitetura é uma expressão direta da existência, da
presença humana no mundo (NESBITT, 2008).
Os tipos de experiência mencionados a seguir, pode
perfeitamente fazer parte dos sentimentos primordiais
gerados pela arquitetura:
• A casa como um signo de cultura na
paisagem, a casa como uma projeção
do homem e um ponto de referência
na paisagem;
• Acercar-se de um edifício, reconhecer
uma habitação humana ou uma
determinada instituição na forma de
uma casa;
• Entrar na esfera de influência de um
prédio, pisar em seu território, estar
perto do edifício;
• Ter um teto em cima da cabeça, estar
abrigado e à sombra;
• Entrar na casa, atravessar a porta,
cruzar a fronteira entra exterior e
interior;
• Chegar em casa, ou entrar na casa
para uma finalidade especifica;
expectativas e satisfação, sensação de
alienação e de familiaridade;
• Estar em um aposento da casa,
sensação de segurança, sensação de
intimidade ou isolamento;
• Estar na esfera de influência dos
pontos de convergência da
construção, como a mesa, a cama ou a
lareira;
• Deparar com a luz ou a escuridão que
domina o espaço, o espaço luz;
• Olhar pela janela, a ligação com a
paisagem (NESBITT, 2008, p.22-25).
Uma casa pode parecer construída para ter uma finalidade
prática, mas, na realidade, e um instrumento metafísico,
uma ferramenta mítica com a qual busca dar a nossa
existência passageira um reflexo da eternidade. A qualidade
da arquitetura não reside na sensação e realidade que
expressa, mas, ao contrário, em sua capacidade de
despertar nossa imaginação.
Uma experiência marcante da arquitetura sensibiliza toda
nossa receptividade física e mental (NESBITT, 2008, p.22-
25, grifos do autor).
Sendo assim nos projetos propostos é aplicado nos espaços
de uma forma expressiva, para crianças e adolescentes,
através de espaços verdes, usando também a inserção das
cores nos ambientes que ajuda a estimular a criatividade
dos moradores, o uso dos pátios, elementos moduláveis e
a transparência, fazendo a transições do interno com o
externo, essas praticas, como a teoria contribui no
psicológico no sentido de estimular os sentidos, a
memoria, pois são espaços sensoriais, afetando a
fenomenologia
3. LEITURAS PROJETUAIS - ESPAÇOS INTEGRADORES
3. LEITURAS PROJETUAIS - ESPAÇOS INTEGRADORES
Figura 05: Jogo de luzes. Fonte: (4)
Figura 02: Portas Pivotantes. Fonte: (1)
Figura 03: Área externa. Fonte: (2)
Figura 06: Mosaicos Coloridos. Fonte: (5)
Figura 04: Jogo de Planos Fonte: (3)
Para a leitura das obras foi escolhido os seguintes eixos de referências:
• A Integração dos espaços internos e externos;
• A flexibilidade dos ambientes com painéis moveis;
• A materialidade quanto o uso de materiais orgânicos
como a madeira, materiais fibrosos;
• Os tipos de armazenamento embutidos;
• Parede Viva;
E as seguintes obras:
Residência Belvedere...............
Escola Centro de Lucie Aubrac....
Residência Quinta da Baronesa.....
Mercado Municipal Santa Caterina..
Residência MW.......................
EIXOS DE REFERÊNCIAS
Analisando o projeto, seu partido arquitetônico que busca
privilegiar ao máximo a integração entre espaços externos e
internos, confundindo seus limites, e, assim, aumenta a
sensação de amplitude. Devido ao tamanho pequeno do
terreno, foram praticamente eliminados espaços residuais e
de transição (o hall de entrada, por exemplo, não existe, em
favor de uma permeabilidade visual com o jardim de
entrada, conseguindo através de grandes portas pivotantes
na fachada frontal).
A planta é retangular, compacta, estendendo-se até os
limites laterais do terreno. A iluminação dos espaços, além
das grandes portas nas fachadas frontal e de fundos, é feita
através de fechamento em vidro opaco (u-glass, que gera
um bom isolamento térmico, devido à camada de ar entre
eles) entre as lajes de cobertura, defasadas. Uma cobertura
em vidro sobre pergolado de concreto completa a
iluminação,através do jardim interno. Assim, a casa é plena
de luz natural indireta, zenital, o que, além de evitar a
iluminação artificial durante o dia, evita o calor excessivo
da luz solar direta.
Residência Belvedere / Anastasia
Arquitetos
Arquitetos: Anastasia Arquitetos
Ano: 2011
Área construída: 370 m²
Área do terreno: 450 m²
Tipo de projeto: Residencial
Status: Construído
Materialidade: Concreto e Vidro
Estrutura: Concreto
Localização: Belo Horizonte, Brasil
Implantação no terreno: Isolado
Equipe: Arquitetos Cortesia Anastasia Fic
Fotógrafo: Cortesia Anastasia Arquitetos
3.1 Residência Belvedere /
Anastasia Arquitetos
Arquitetos: Anastasia Arquitetos
Ano: 2011
Área construída: 370 m²
Área do terreno: 450 m²
Tipo de projeto: Residencial
Status: Construído
Materialidade: Concreto e Vidro
Estrutura: Concreto
Localização: Belo Horizonte, Brasil
Implantação no terreno: Isolado
Equipe: Arquitetos Cortesia Anastasia Fic
Fotógrafo: Cortesia Anastasia Arquitetos
O vento dominante vem da rua, portanto as portas de
entrada funcionam como reguladores da velocidade do
vento. Totalmente abertas no verão, favorecendo a
ventilação cruzada, e fechada no inverno, ou mesmo semi-
abertas quando se desejar pouca ventilação
A residência foi implantada no nível da rua, 1 metro acima
do terreno natural, para evitar desníveis e melhorar a
acessibilidade das áreas sociais. Torna- se, também, mais
protegida da umidade do solo. É importante lembrar que um
dos motivos da implantação compacta no terreno, foi
aumentar a permeabilidade do terreno, algo necessário nas
nossas cidades.
Coletores solares (que atendem a casa e à piscina) ocupam a
maior parte da laje de cobertura, o que inviabilizou o uso
dessa área, inicialmente cogitado.
Figura 07: Ambiente ampliado através da parede modulável, e a ligação do exterior com o interior. Fonte: (1).
Parede Modulável.
Fonte (1): http://www.archdaily.com.br/.../residencia-belvedere-anastasia-arquitetos/. Acesso em : 02 de abril de 2012.
Devido aos grandes vãos desejados, apoiados em poucos
pontos de fundação, e ao grande balanço da varanda, as
paredes superiores são vigas em concreto, feitas com formas
ripadas de madeira, deixadas aparentes . A sua estética é
derivada da sua opção estrutural, não sendo, portanto,
decorativa. Esta ginástica estrutural foi importante, uma vez
que pilares de apoio na varanda seriam contrários à intenção
de integração entre interior/exterior desejada.
O resultado foi uma residência leve (apesar de sua estética
em concreto aparente), iluminada e ventilada, com espaços
agradáveis e proporcionais, que realizam o desejo inicial de
maior aproveitamento de área externa possível, sendo uma
ótima referencia para o projeto.
Portas Pivotantes.
Parede Funcional.
Iluminação Natural.
Figura 08: Portas Pivotantes para a ampliação do ambiente, e para regular a velocidade do vento. Fonte: (1).
Figura 09: Parede funcional com armazenamento e iluminação natural. Fonte: (1).
Fonte (1): http://www.archdaily.com.br/.../residencia-belvedere-anastasia-arquitetos/. Acesso em : 02 de abril de 2012.
A instituição pública com uma forte identidade
A escola se distingue pela sua organização espacial e
desenho das fachadas de seus arredores. A forma livre
diferencia o prédio de seu entorno.
O complexo escolar é organizado em torno de dois pátios
que oferecem às crianças diferentes áreas ao ar livre. O pátio
do jardim de infância foi concebido como uma praça, o pátio
da escola fundamental como um trapézio. No sul, o campus
foi concluído pelo ginásio. Para o leste é o «Centre de
Loisirs", um dia em casa na França significa escola de dia
inteiro. O dia em casa também está aberta aos moradores do
bairro Província de França, e atua com sua biblioteca e
centro de documentação como "casa do bairro".
A entrada principal da escola está localizada no norte sob o
volume de pendendo da biblioteca. Visível a partir da rua de
Savoye, oferece um generoso pátio coberto para pais e
filhos. Sob este pátio coberto também há bicicletários. As
crianças pequenas têm um acesso direto a partir da área
coberta exterior para a sala do jardim de infância. A
entrada da escola primária está situada no oeste e pode ser
alcançado a partir do pátio através de uma passarela
coberta ao longo do edifício. O edifício da escola toda é
cercada por um corredor. Este corredor luminoso, com
janelas em tamanhos diferentes, dá acesso direto às salas de
aula e instalações.
3.2 Escola Centro de Lucie Aubrac / Dietmar Feichtinger Architectes Arquitetos: Dietmar Feichtinger Architectes
Endereço: Allée de Bourgogne, Nanterre , França
Design Equipe: Mathias Neveling, Anna Zottl, Um
Vranken, Markus Himmel, Jeanne Stern, Maria João Pita ,
DI Katja Pargger, chef de projet; Barbara Fellmann, DI
Dorit Boehme , Petra Meisenbichler
Área: 7.116m²
Conclusão:2012
Fotos: David Boureau , Dietmar Feichtinger Architectes
O corredor também proporciona um controle efetivo do
ruído para o isolamento das salas de aula. Todas as salas de
aula são extremamente ensolaradas pela sua orientação. As
instalações comuns como o jardim de infância e a escola de
ensino fundamental, como sala de informática, biblioteca,
sala de ginástica, sala de música e laboratório de línguas
pode ser alcançado pelos alunos de cada instituição de
forma separada, curta e clara. Os professores já têm
confirmado que a orientação do edifício é extremamente
fácil para as crianças.
Ao longo dos pisos de linóleo escolares foram estabelecidas.
As salas de aula variam em cor desde as áreas comuns.
Cada sala de aula foi equipado com painéis acústicos e uma
placa de parede enchimento feito de alumínio perfurado
com material absorvente. Os materiais escolares são
colocados em um armário de madeira nas salas de aula. Os
corredores em frente às salas de aula foram equipadas com
um banco de madeira contínua com sapateira integrado,
bem como cabides.
Figura 10: Área externa, sem muitos ornamentos, linhas retas, e sombra nas fachadas transparentes, através de brises e marquises. Fonte: (2).
Fachadas Transparentes.
Brises.
Marquise.
Fonte (2): http://www.archdaily.com.br/42565/centro-de-estudos-lucie-aubrac-dietmar-feichtinger-architectes/1332292392-036-dfa-david-boureau/. Acesso
em: 29 de março de 2011.
As fachadas são feitas de ripas de pinho não tratado. Através
do seu corte e individualmente montados alternando com
as superfícies de vidro, produzindo a ligação interior e
exterior e impedindo também uma visão direta dos
edifícios residenciais opostos. Esses elementos junto com os
telhados verdes formam uma unidade de forte contraste
com o ambiente.
Armazenamento embutido.
Fechamento em madeira e vidro.
Figura 11: Brinquedoteca e parede funcional como armazenamento. Fonte: (2).
Figura 12: Fechamento em madeira e vidro no período noturno. Fonte: (2).
Fonte (2): http://www.archdaily.com.br/42565/centro-de-estudos-lucie-aubrac-dietmar-feichtinger-architectes/1332292392-036-dfa-david-boureau/. Acesso em: 29 de março de 2011.
Analisando a Planta Baixa - Pavimento Inferior à integração
entre o terraço, a sala de estar e a sala de jantar, observa-se
a interação dos ambientes. Desses espaços, verifica-se a
integração do interior com o exterior. Apresentando espaços
amplos e a disposição dos ambientes de maior permanência
na face sul (a sala de estar, o terraço e os dormitórios) e de
menor permanência na face norte, como a cozinha, fazendo
sua higienização com o sol da tarde. Na Planta Baixa -
Pavimento Superior nota-se que a disposição dos
dormitórios na face sul, tem abertura a uma varanda, tendo
privacidade. O mobiliário utilizado é apenas o necessário,
proporcionando ambientes sem poluição visual.
Figura 13: Planta Baixa - Pavimento Inferior. Fonte: (3)
Figura 14: Planta Baixa - Pavimento Superior. Fonte: (3)
3.3 Residencia MW
Arquitetura e SketchUp: Ricardo Vidal
Colaboradora: Carolina Adloff
Local: Praia de Fagundes, Lucena- PB
Área do Terreno: 504m²
Área Construída: 566,73m²
Ano do Projeto: 2008
Fonte (3): http://ricardo-vidal.blogspot.com/2008/06/residncia-mw .html. Acesso em : 29 de março de 2012.
Na figura Jogo de planos, nota-se que fazem a integração do
interior com o exterior através de varandas recuadas e
estendidas, que no mesmo tempo que é coberto tem essa
ligação tendo livre acesso e através do terraço que a pessoa
do interior tem acesso ao exterior.
Terraço.
Varanda.
Na figura Jogo de Vazios, nota-se que fazem a integração
através de vazios que se estendem até o exterior, tendo a
impressão de estar fora e dentro ao mesmo tempo.
Vazios.
Figura 15: Jogo de planos. Fonte: (3).
Figura 16: Jogo de Vazios. Fonte: (3).
Fonte (3): http://ricardo-vidal.blogspot.com/2008/06/residncia-mw .html. Acesso em : 29 de março de 2012.
Analisando o Espaço externo diurno e o jogo de luzes
verifica-se que apresenta fachadas transparentes e grandes
aberturas, integrando o espaço interno com o externo e a
caixa estendida para fora elevada do nível do solo integrando
no espaço externo.
Aproveitamento da luz natural.
Caixa estendida.
Figura 17: Espaço Externo Diurno mostra aproveitamento da luz natural, através dos fechamentos moveis e transparência. Fonte: (4).
Figura 18: Jogo de Luzes, mostrando luzes artificiais que são as internas e a luz natural vindo do espaço externo fazendo ligação de ambos. Fonte: (4).
3.4 Residência Quinta Da Baronesa
Arquitetura: Studio Arthur Casas
Local: São Paulo
Ano do Projeto: 2010
Fonte (4): http://www.arthurcasas.com/pt/projetos/arquitetura_residencial/baronesa2010. Acesso em: 06 de maio de 2012.
A integração da cozinha ampla (figura00) com a parede viva
que ajuda purificar umidificar e refrescar o ar, localizada em
ótimo lugar, pois a cozinha é um ambiente exposto a vários
cheiros e temperatura mais alta que os outros ambientes
conforme a atividade feita, e apresenta poucos
equipamentos expostos à maioria embutidos sendo uma
forma de segurança para moradia com muitas crianças e
acaba com a poluição visual.
Parede Viva.
Equipamentos Embutidos.
Na figura 00 nota-se a integração da sala de estar e espaço
externo através do portão basculante que proporciona a
dinâmica de expandir o espaço tendo a bela vista do campo.
Portão Basculante.
Figura 19: Cozinha integrada á área verde através da parede viva e armários embutido. Fonte: (4).
Figura 20: Integração Sala de Estar e espaço externo. Fonte: (4).
Fonte (4): http://www.arthurcasas.com/pt/projetos/arquitetura_residencial/baronesa2010. Acesso em: 06 de maio de 2012.
Um dos mais antigos da cidade chama- se atenção pela sua
importância histórica e seu projeto arquitetônico audacioso.
No Ponto de encontro é referencia o conceito da cor, que se
destaca na cidade atraindo as pessoas e dando alegria, e a
sua Cobertura Independente com sinuosidade dando leveza
ao objeto.
Mosaicos Coloridos.
Cobertura Independente.
Figura 21: Mosaicos coloridos. Fonte: (5).
Figura 22: Cobertura Independente com sinuosidade. Fonte: (5).
3.5 Mercado Municipal de Santa Caterina
Arquitetos: Enric Miralles e Benedetta Tagliabue
Local: Barcelona
Fonte (5): http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1463662&page=7. Acesso em: 06 de maio de 2012.
Conclui que as obras analisadas acima apresentam eixos de referencias como a ligação do interior com exterior, através de
elementos moduláveis e transparentes, a flexibilidade dos ambientes apresentado nos dormitórios da Casa Acolhedora e nas
oficinas do Ponto de Encontro, proporcionando aumentar os ambientes. A criação da parede viva que ajuda purificar o ar do
ambiente, refrescar e umidificar muito necessário em nosso clima tropical que é muito quente e seco.
CONCLUSÃO DAS LEITURAS PROJETUAIS
4. LEITURA URBANA / EQUIPAMENTOS4. LEITURA URBANA / EQUIPAMENTOS
Foi escolhida a cidade de Sertãozinho, pela precariedade dos
dois abrigos existentes, e a falta de integração entre
moradores dos abrigos e a população local, necessitando
então de um novo projeto, tanto para ACOLHER essas
crianças e adolescentes, quanto para INTEGRA-LOS com a
comunidade.
Sertãozinho foi fundada em meados de 1877 e seu fundador
Antonio Malaquias Perdroso Esta cidade localiza-se a
nordeste do Estado de São Paulo, na região de Ribeirão
Preto, a 325 quilômetros da Capital do Estado. Sertãozinho é
considerada uma das cidades mais importantes da região,
pois, possui um significativo parque industrial é conhecida
em todo o Brasil por ser grande produtora de açúcar e álcool
merecendo, por isso, grande projeção.(NOSSA HISTÓRIA).
Desse modo, é a segunda maior da região metropolitana de
Ribeirão Preto com uma população de aproximadamente
111.000 habitantes. (DADOS DO IBGE, 2011).
Sertãozinho, ainda é pólo e referência comercial, pois, é uma
das poucas cidades médias a possuir tantas opções
comerciais. Pode-se dizer que há dois ciclos na vida
económica do município: o do café, que predominou até
mais ou menos 1936 e o da cana-de-açúcar, que no
momento, constitui a sua maior e quase absoluta fonte de
renda. (NOSSA HISTÓRIA).
4.1 A CIDADE
Figura 23: Características Geográficas Fonte : Dados IBGE,2011.
Figura 26: Imagem Aérea de Sertãozinho Fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.ph
Figura 25: Localização de Sertãozinho no Estado de São Paulo. No canto inferior esquerdo mapa do Brasil e Acima Estado de São Paulo Fonte: maps.google.com.br
LOCALIZAÇÃO
Figura 24: Coordenadas Geográficas Fonte: http://www.apolo11.com/latlon.php?uf=sp&cityid=5303
Quando se fala de instituições de abrigo para crianças e
adolescentes, a cidade de Sertãozinho, não é diferente da
realidade do Brasil, em termos da precariedade, pois os dois
abrigos existentes para crianças e adolescentes vitimados na
cidade, convivem com a dificuldade de recursos financeiros
por ser não governamental, uma vez que se mantém de
doações de pessoas físicas, e jurídicas, dependendo da
caridade da população não tendo uma renda fixa.
Atualmente, o Abrigo Masculino está localizado na Estrada
Municipal não pavimentada stz 137, está a 3,96 Km da Área
a ser projetado, e o Abrigo Feminino que está localizado na
marginal Carlos Ancheschi, está a 3,61 Km da Área a ser
projetado. Como podemos ver os dois objetos de estudo
ficam a uma distancia considerável da Cidade dificultando a
socialização. (Figura XX).
A INSERÇÃO URBANA
Figura: 27 Inserção Urbana Fonte: Google Earth, 2012.
CASAS ACOLHEDORAS
ABRIGO FEMININO
EXISTENTE
ABRIGO MASCULINO
EXISTENTE
Aproximadamente
4 KM
O bairro Jardim Alvorada foi escolhido para a implantação do
abrigo. Este Bairro está situado na zona leste da cidade de
Sertãozinho, interior do Estado de São Paulo. O referido
bairro é um dos maiores e mais antigos da cidade. Com área
de aproximadamente 1.162.892 m2, e com uma grande
população que chega aos 31.746 habitantes, segundo dados
do IBGE. Essa população é formada por famílias com poder
aquisitivo relativamente baixo. Pesquisas para o
desenvolvimento do Plano Diretor Municipal indicam que os
residentes do Jardim Alvorada possuem renda de R$ 674 a
R$ 818, sendo que, em algumas partes do bairro, a renda da
população não ultrapassa R$ 562, existindo famílias que
ganham somente R$ 39 mensais (PLANO DIRETOR, 2011).
O bairro encontra-se próximo a área central de Sertãozinho,
em alguns momentos fazendo divisa com a mesma. Até o
início da primeira década dos anos 2000, constituía a linha
férrea da FEPASA.
Marcado pela violência ocorreram situações preconceituosas
pelas quais passaram, devido ao preconceito de moradores
de outras contiguidades de Sertãozinho. Com o decorrer dos
anos e o desenvolvimento da cidade, órgãos públicos
trataram de transformar o desenho urbano do local, abrindo
as vias e melhorando a qualidade de vida dos moradores do
Jardim Alvorada.
Os projetos sociais desenvolvidos no bairro, tanto pela
prefeitura municipal, quanto pelas associações de bairro e
pelo centro comunitário, cuidaram pra que a população
possa ter uma perspectiva melhor do seu futuro.
Conceber o projeto das Casas Acolhedoras, equipamento
para integrar as crianças e adolescentes vitimados na cidade
em geral e a participação nessa comunidade, que será
instalado. Para fortalecer os laços entre os moradores do
bairro com os moradores das Casas Acolhedoras, é
necessário recuperar a identidade entre o usuário e a
arquitetura, que deve contribuir para a formação da
cidadania destes jovens.
4.2 O BAIRRO
Legislação Lei de Uso do Solo do Município de Sertãozinho
• Topografia- suave
• Clima – Tropical
Zoneamento - ZEIS (Zona de Especial Interesse Social)
Taxa de Ocupação - 80 %
Aproveitamento Maximo - 1,5
Coeficiente de Permeabilidade - 3%
Recuo Frontal ate 2 pav - 0 ou 3,00
Recuo Fundo ate 2 pav - 0
Recuo Lateral da divisa - 1,5
Recuo Divisa com a Rua - 0 ou 2,00
Figura 28 : Zoneamento Fonte: (PLANO DIRETOR, 2011, n.p, com alterações do autor)
Figura 29 : Densidade de pop/ha Fonte: (PLANO DIRETOR, 2011, n.p, com alterações do autor)
Para todos os Mapas a seguir é adotado um raio de 700 m da
área de referencia, sendo assim a Praça Elmo Pedro
Favaretto onde esta situada a antiga Estação Ferroviária de
Sertãozinho, foi um local de grande importância, uma vez
que ocorriam as trocas de mercadorias entre os outros
municípios, ajudando a economia local.
No Mapa 1 de Uso do Solo, situa-se na Zona de Especial
interesse Social , onde encontra-se usos do solo de várias
modalidades.
Os levantamentos foram feitos pela predominância do uso
em cada quadra, o que indica que a área é quase em sua
totalidade de uso residencial, obtendo ocorrências de uso
comercial, que se caracterizam em bares, pequenas lojas,
mercearias, papelarias e prestações de serviço, como
pequenas oficinas e delegacia. Além do Jardim Alvorada, a
área de intervenção atinge parte da área central de
Sertãozinho, onde se concentram os usos de prestação de
serviços e comercial, notando há predominância na Rua:
Sebastião Sampaio e Rua: Barão do Amazonas.
Quanto ao Mapa 2 de Equipamentos, nota que a 700 m da
área referencial existem equipamentos de segurança, lazer,
cultura, assistenciais e educacional, como escolas públicas e
municipais conceituadas no município como (Escola Dr.
Anacleto Cruz e Escola Dr. Antônio Furlan Júnior), o Clube
Público ( Mogiana) se destacando em festas e atividades
esportivas cada vez mais e postos de saúde. Foram
destacados equipamentos de interesse e grande importância
para o Projeto por ser Casas Acolhedoras e tratar-se de
crianças e adolescentes.
Quanto ao Mapa 3 de Hierarquia Viária nota-se pelo mapa
de equipamentos que concentram-se em uma "faixa"
ladeada por vias importantes para o acesso bairro-centro e
de fácil referência, a Rua Vol. Otto Gomes Martins e a Rua
Washington Luis. Existem outras duas vias de grande
importância presentes na área, que são a Rua Sebastião
Sampaio e a Rua: Barão do Rio Branco, que permite acesso
de umas das entradas da cidade direto ao centro e a outra, a
Rua Dr. Pio Dufles que fica perpendicular a anteriormente
LEITURA DOS MAPAS
citada, o que permite o acesso as extremidades do
perímetro urbano, atravessando praticamente toda a cidade.
Essa faixa onde estão localizados os equipamentos possui
fluxo moderado de veículos (automóveis e bicicletas), sendo
que, os que geram maior tráfego estão distantes, a mais de
quatrocentos metros, ao norte do local da edificação (um
supermercado) e outro ao sul do lote (Clube Literário).
Quanto ao Mapa 4 de Ocupação do Solo em relação à
ocupação do solo, verifica-se a predominância de edificações
térreas, salvo algumas exceções no centro da cidade,
constituídos por prédios residenciais com mais de 3
pavimentos.
JD. PARAÍS
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JD. N
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JD. I
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4.2.1 MAPA 1 - USO DO SOLO
Figura 30 : Mapa 1 Uso do solo Fonte: (PLANO DIRETOR, 2011, n.p, com alterações do autor)
JD. 5
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Figura 31 : Mapa 2 Equipamentos Fonte: (PLANO DIRETOR, 2011, n.p, com alterações do autor)
MAPA 2- EQUIPAMENTOS
Figura 32 : Mapa de Ocupação do solo Fonte: (PLANO DIRETOR, 2011, n.p, com alterações do autor)
4.2.2 MAPA 3- HIERARQUIA VIÁRIA
JD. PARAÍS
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Figura 33 : Mapa de Ocupação do solo Fonte: (PLANO DIRETOR, 2011, n.p, com alterações do autor)
MAPA 4- OCUPAÇÃO DO SOLO
Algumas propostas de melhoria nesta pesquisa é aproximar
em algumas atividades os moradores do abrigo em geral e,
principalmente os que apresentam familiaridade como
irmãos, primos e sobrinhos sendo muito importante essa
relação e incluir eles na cidade, causando a interatividade
com a população e preparando para o futuro, quando for à
hora de partir do local, transformando bons profissionais,
pois o sistema apresenta uma idade máxima de
permanência. Atualmente, os dois abrigos se localizam
aproximadamente a 4 km da cidade, o que acaba impedindo
a relação dos moradores dos Abrigos existentes com os
moradores da cidade e essa relação é muito importante
para o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes,
conforme mostra o ECA (Ver anexo 01). Devido a falta de
transporte em vários horários do dia, dificulta ainda mais
essa relação, pois não tendo a possibilidade de não
depender do transporte em função da distância, com a
aproximação facilitará, também, as visitas familiares que
segundo a Coordenadora do Abrigo Masculino existente
muitas famílias reclamam da distância e pela falta de
transporte público até o destino.
Como verificou-se em estudos, é muito importante para as
crianças e adolescentes em situações de rua, abandonados e
vítimas de agressões físicas e verbais de Sertãozinho, sendo
a melhor alternativa, um lugar que os protejam, que os
ensinam, emocionam, que não os prejudiquem em seu
psicológico e sim colabore para a superação das suas
historias de vida.
O objetivo dessa pesquisa é propor casas acolhedoras que
abriguem no máximo 10 moradores cada, no Bairro Jardim
Alvorada, para aproximar as crianças e adolescentes da
escala de moradia, como uma família. A responsável pela
separação desses grupos é a assistente social, que segue os
critérios de familiaridade se houver e faixa etária.
Referenciando o projeto na teoria do Espaço Físico no
psicológico das crianças e dos adolescentes e nas Leituras
Projetuais.
4.3 CRITERIOS DE ESCOLHA DAS AREAS
Foram levantados 9 vazios urbanos no bairro Jardim
Alvorada, próximo ao centro, com infra estrutura completa e
topografia pouco acidentada para a escolha das
áreas.(Figura 34). As áreas escolhidas foram a área 1 com
960m² (figura 35) para a Casa Acolhedora e área 7 com
5,114m² (figura 36) para o Ponto de Encontro, ambas
apresentando fácil acesso, principalmente a área 7, pois
ocupa meio lote oferecendo várias possibilidades de acesso,
topografia suave, tem toda a infra-estrutura básica
necessária (PROGRAMA GEO, 2012). A construção desses
equipamentos pode beneficiar bastante o local, valorizando-
o, tendo um uso que mantenha higienizado e salubre,
proporcionando para o município um projeto de Casa
Acolhedora e um Ponto de Encontro dessas Casas que falta
na cidade.
Os equipamentos do entorno é de grande importância na
escolha, pois apresenta o Clube Mogiana, clube público que
oferece atividades como futebol, hóquei, artesanato, yoga,
natação, circo, capoeira, dança e outras, e na proximidade
apresenta igreja, hospital, postinho de saúde, escolas de
ensino fundamental e superior, escola de inglês, aulas de
informática, e vários outros serviços e instituições. Na
questão do transporte público favorece muito, pois a linha
principal dos interbairros passa na Rua Washington Luiz uma
quadra da Casa Acolhedora.
AREAS DISPONIVEIS (VAZIOS URBANOS)
Figura 34: Vazios Urbanos Fonte: Prefeitura Municipal de Sertãozinho- 2012
1
5
3
9
7
2
8
4
6
AREA ESCOLHIDA PARA O PROJETO PILOTO DA CASA ACOLHEDORA
1
Figura 35: Área 1 Casa Acolhedora Fonte: Prefeitura Municipal de Sertãozinho - 2012
AREA ESCOLHIDA PARA O PROJETO PILOTO DO
PONTO DE ENCONTRO
Figura 36: Área 7 Ponto de Encontro Fonte: Prefeitura Municipal de Sertãozinho - 2012
7
AREA ESCOLHIDA PARA O PROJETO PILOTO DO PONTO DE ENCONTRO
O Abrigo feminino Nosso Lar é uma instituição que tem
como objetivo a proteção e cuidado de crianças e
adolescentes vitimadas de agressões físicas, verbais e
abandono.
É uma organização não governamental, que conta com a
ajuda do município de Sertãozinho, por meio de todos os
tipos de doações (dinheiro, alimentos, mobiliário, produto
de limpeza e outros) e tudo que pode ser útil para os
moradores.
Atualmente, este abrigo tem 30 moradoras, desde crianças
recém-nascidas até adolescentes de 18 anos.
Não foi permitida a visita ao Local por motivos de reformas.
4.4 PLANO DE MASSA DO ABRIGO FEMININO EXISTENTE (ESTUDO DE CASO)
Área Verde
Sala de TV
Dormitórios 14 à 16 anos
Dormitório de 10 à 14 anos
Armários
Dormitório de 4 à 10 anos
Despensa
Refeitório
Cozinha
Dormitório 0 à 4 anos
Casinhas de 16 à 18 anos
Salão e Auditório
Horta e Pomar
Circulação
Figura 37: Plano de Massa do Abrigo Existente Feminino Fonte: Elaborado pela autora a partir de visitas realizadas antes do inicio do trabalho.
Banheiro dos Bebes e sala dos remédios
Área Verde
Sala Assistente Social
Varanda
Deposito
Copa e sala
Informática
Sala Psicóloga e Pedagoga
Sala de TV
Deposito
Sala Coordenadora
Banheiros e Vestiários
Dormitórios
Sala brinquedos
Secadouro
Refeitório e Cozinha
Área de Serviço
Banheiro de Serviço
Quadra
Área churrasqueira
Circulação aberta
Pátio descoberto
Horta e Pomar
Deposito de Lixo Reciclável
Playground
Quartinho da bagunça
Sala de Estudo
Sala de TV para Estudos
Sala dos Materiais
PLANO DE MASSA DO ABRIGO MASCULINO EXISTENTE (ESTUDO DE CASO)
Figura 38: Plano de Massa do Abrigo Existente Masculino Fonte: Elaborado pela autora a partir de visitas realizadas, março, 2012.
O Abrigo masculino Filho de Deus é uma instituição que tem
como objetivo a proteção e cuidados de crianças e
adolescentes vitimadas de agressões físicas, verbais e
abandono. É uma organização não governamental, que
conta com a ajuda do município de Sertãozinho, por meio de
todos os tipos de doações (dinheiro, alimentos, mobiliário,
produto de limpeza e outros) e tudo que pode ser útil para
os seus moradores. Atualmente, esta instituição tem 27
moradores, desde recém-nascidos à até adolescentes de 18
anos.
Foi aplicado um questionário com a Coordenadora do
Abrigo, que responde muitas dúvidas sobre o local (anexos
04 e 05). Observe as fotos, a lotação das acomodações, a
falta de mobiliário apropriado e as situações precárias.
Figura 39: Dormitório de 4 a 7 anos, com camas de aparência hospitalar, com oito crianças-superlotado, o mais adequado, segundo a Coordenadora Jucélia seriam quartos individuais ou no máximo 2 crianças por dormitórios. Fonte: Arquivo Pessoal, 2012.
Figura 40: Os Banheiros sem portas, que tira toda a privacidade das crianças e dos adolescentes e a falta de acessibilidade na pia, as crianças menores precisando usar um banquinho de madeira. Fonte: Arquivo Pessoal, 2012.
O ABRIGO MASCULINO EXISTENTE (ESTUDO DE CASO)
Figura 44: Área verde ampla, mas sem muitos cuidados pela falta de funcionários destinados a essa função. Fonte: Arquivo Pessoal, 2012.
Figura 43: Dormitório de 0 a 3 anos, com quatro bebês e quatro entres 2 a 3 anos-super lotado o mais adequado segundo a Coordenadora Jucélia seria quartos para bebês de no máximo 2 e a separação das crianças com 2 e 3 anos. Fonte: Arquivo Pessoal, 2012.
Figura 42: Sala de Estudo com pé direito baixo, estreita, muito quente e escura, pela falta de ventilação e iluminação tanto natural como artificial. Fonte: Arquivo Pessoal, 2012.
Figura 41: O Teto de todos os dormitórios, em laje aparente pintado de cinza, escurecendo e esquentando o ambiente, pois a cor escura retém calor e absorve luz, impedindo a reflexão. Apresentando uma abertura que não atende o coeficiente de iluminação e ventilação adequado. Fonte: Arquivo Pessoal, 2012.
Figura 45: A cozinha reformada a pouco tempo, toda revestida com azulejo liso e branco, os instrumentos todos em alumínio como os armários, a coifa aumentando seu tempo de duração, as pias e bancadas em granito e fogão industrial, atendendo toda a necessidade dos moradores e funcionárias. Fonte: Arquivo Pessoal, 2012. Figura 46: A Cozinha é espaçosa e apresenta um pé direito alto, tendo ventilação na altura dos olhos e na altura máxima, sendo bem ventilada e iluminada, ficando muito higienizada e salubre. Fonte: Arquivo Pessoal, 2012.
Figura 47: A Lavanderia é extensa, bem salubre e ventilada, tendo 4 máquinas de lavar e tanques suficientes, que atende bem a necessidade do Abrigo, todos os armários de alumínio e tem a possibilidade de estender roupas no coberto em dias chuvosos. Fonte: Arquivo Pessoal, 2012.
Um dos pontos mais positivo desse Estudo, é o carinho e o
amor que os moradores recebem das funcionárias, muito
importante pra quem não tem expectativa de ter uma
família ou de voltar para a família, pois como vimos as
instalações não são tão boas, deixando a desejar em seu
programa de necessidades. Todos esses aspectos do estudo
de caso foram muito relevantes para os projetos piloto da
Casa Acolhedora e do Ponto de Encontro.
OS PONTOS POSITIVO DO ESTUDO DE CASO
5. PROJETO ARQUITETÔNICO DO PLANO PILOTO
5. PROJETO ARQUITETÔNICO DO PLANO PILOTO
A Proposta deverá integrar as crianças e adolescentes dos
Abrigos Existentes na área urbana de Sertãozinho, mediante
a uma arquitetura sensorial, apropriada para essa atividade
e confortável segundo estudos nessa pesquisa. Através de
Casas Acolhedoras de no máximo 10 moradores, que é a
moradia mais adequada para essas crianças e adolescentes
(Ver Anexo 04), oferecer condições dignas de
desenvolvimento como qualquer outra pessoa, é
fundamental nessa fase de inserção social, sendo que ela
busca a igualdade, uma dessas casas será na Área 1, que
seguirá o mesmo sistema construtivo, tipo de fechamento, o
programa, acabamento e o conceito, porém cada casa é
adaptada de acordo com seu terreno e à possibilidades de
expandir.
Apresenta um projeto na Área 7, que é um Ponto de
Encontro da sociedade de Sertãozinho, onde irá oferecer
Salão de Festa (para comemorações exposições e outras),
Área de Lazer (quadra, playground e academia aberta) e
Oficinas de Artes (Dança, Artesanato, Pintura, e Oficina
Digital como aprendizado em informática) aberto ao publico,
através de módulos criar elementos que deem ritmo e
dinamismo a esses equipamentos, por meio de ligações
entre eles.
Esse projeto tem como objetivo fazer o diferencial no
PSICOLÓGICO das crianças e adolescentes, através da
minimização do tempo de angústia, ansiedade por meio de
um espaço FÍSICO atraente, agradável, que elas gostem de
ficar naquele espaço.
Neste trabalho, é criado um projeto que faz a ligação do
interior e exterior, através de superfícies transparentes,
espaços abertos, espaços flexíveis, verdes, assim como os
conceitos identificados nas Leituras Projetuais, trazendo à
NATUREZA, o VENTO, a LUZ, para o interior, por meio de
espaços coletivos, individuais, que faça o tempo e a espera
das crianças e adolescentes se minimizarem, e ser menos
angustiante. A preocupação com a orientação solar dos
ambientes e direção do vento, é muito importante para um
PARTIDO E CONCEITO ARQUITETÔNICO
5.1 CONCEITOS E PARTIDOS
ambiente higienizado e salubre, dando a mesma
importância aos ruídos do entorno, com tratamento especial
nas paredes, deixando um ambiente apropriado para os
moradores. O projeto apresenta um programa com todas as
necessidades dos moradores e com a aproximação da
cidade, o que proporciona um grande impacto com a
população do entorno, pois a sociedade terá a oportunidade
de conhecer melhor essa realidade, o que atrairá mais
visitantes e doadores, devido ao fácil acesso, não sendo
mais um abrigo esquecido.
5.2 ORGANOGRAMA - CASA ACOLHEDORA (AREA 1)
Figura 48: Organograma Casa Acolhedora Fonte: Elaborado pela autora, 2012.
ORGANOGRAMA - PONTO DE ENCONTRO (AREA 7)
Figura 49: Organograma Ponto de Encontro Fonte: Elaborado pela autora, 2012.
Em relação ao programa, foram feitos estudos onde buscou-se a relação entre os usos na disposição no espaço e conclui que o
programa necessário da CASA ACOLHEDORA para 10 moradores dando prioridade a INTEGRAÇÃO FAMILIAR, LAZER E
CONFORTO são os seguintes:
1 sala para Administração;
2 salas de atendimento, para o rodizio dos profissionais necessários para as crianças e os adolescentes;
Espaços Integradores de lazer;
2 Banheiros Externos, feminino e masculino para eventos;
1 cozinha;
1 sala de estudo;
1 sala de estar;
1 sala de Tv;
4 dormitórios para as crianças e os adolescentes;
2 dormitórios para as cuidadoras ( mães e pais acolhedores).
5.3 DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA
Na figura 50 vê-se que a Proposta 01 da casa acolhedora,
como sobrado, seguindo a melhor inclinação solar do
terreno de cada ambiente. Nesta planta tem-se a divisão dos
dormitórios em pavimento térreo e pavimento superior,
sendo três dormitórios no pavimento térreo e os outros três
dormitórios no pavimento superior dificultando a relação
entre todos os moradores da casa, perdendo muito espaço,
dando prioridade ao recuo frontal, e além de uma grande
área para sala de administração e as salas de atendimentos
e o espaço de convívio ficando compactado e separado,
fugindo da ideia de integrar os espaços. Desta forma
necessitaria de espaços conjugais, para confirmar a ideia de
Integração Familiar, Lazer e Conforto dos moradores.
Área dos dormitórios divididos em dois pavimentos.
Recuo frontal, área administrativa e atendimento.
Espaço de convívio e lazer compactado sem integrações
Figura 50: Proposta 01. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Na figura 51 vê-se que a Proposta 02 é resolvida toda no
pavimento térreo, retirando o recuo frontal e diminuindo a
parte administrativa e de atendimento dando prioridade aos
outros programas. Mesmo retirando os dormitórios do piso
superior apresentado na planta anterior ainda falta uma
conexão entre estes espaços que se apresento muito
compartimentados, o espaço de convívio e lazer continua
compactado também. A proposta 03 (figura 58) é
apresentada na Proposta Final.
Dormitórios moduláveis para duas pessoas.
Dormitórios dos cuidadores.
Administração e Atendimento.
Espaço de convívio e lazer compactado sem integrações.
Figura 51: Proposta 02. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Os Dormitórios moduláveis para duas pessoas do mesmo
sexo, tendo uma única entrada, mesa para estudo e
banheiro. Pode ser notado na figura 52, necessitando um
pouco mais de privacidade e os armários centrais dificulta o
movimento da divisória móvel sendo assim a integração
entre as duas pessoas se tiverem vontade.
Armários centrais encostados na divisória móvel.
Entrada.
Os espaços verdes são elaborados pensando sempre na
integração dos espaços internos e externos, através de
elementos moveis. Podem ser notados na figura 53 os brises
moveis na cobertura só não tem continuação essa ideia, pois
pode ter problemas de escoamento das aguas pluviais, não
sendo um elemento barato e fácil de manutenção. O uso da
parede viva ajuda na umidificação, purificação do ar e
refrescar os ambientes próximos e os elementos em
balanços pode ser identificados através das áreas de
redários na Casa Acolhedora.
Brises Moveis na cobertura
Paredes Vivas
Elementos em balanço
Figura 53: Integrar. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 52: Dormitório Conjugado. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Programa necessário do Ponto de Encontro para sociedade de Sertãozinho dando prioridade a INTEGRAÇÃO FAMILIAR, LAZER
E CONFORTO:
1 Espaço de eventos com apoio de banheiros, fraldario e cozinha na parte interna;
3 Oficinas de Artes ( dança, artesanato e pintura);
1 Oficina Digital ( informática);
Espaços Integradores de lazer;
2 Banheiros/ Vestiários Externos, feminino e masculino;
1 banheiro Deficiente Físico;
1 Quadra Poliesportiva;
1 Academia Aberta;
1 Playground;
6 Quiosque de variadas atividades como alimentação, leitura e jogos;
1 Espaço de exposições.
Na figura 54 nota-se um estudo do ponto de encontro sem
escala, não apresenta os quiosque de atividades e o espaço
de exposições precisando de alteração para inseri-los,
também precisa de mudanças na falta de ritmo da circulação
e das atividades.
A cobertura é independente, de forma sinuosa, vê-se na
figura 55 que é dividida em três partes com mudanças de
altura onde apresenta aberturas de ventilação e os pilares
tem diâmetro maior encima onde a cobertura apoia e
próximo ao solo o diâmetro do pilar diminui-se pela metade,
dando uma impressão de leveza na estrutura metálica.
Cobertura Independente
Abertura de ventilação
Pilares
Circulação sem ritmo.
Atividades sem proporção.
Espaço á desenvolver os quiosque e espaço de exposições
Figura 54: Proposta 01 Ponto de Encontro Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 55: Cobertura 01 Ponto de Encontro. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Após a cobertura 01 (figura 55),foi elaborada a cobertura 02
(figura56) do Ponto de Encontro é analisada a referencia da
Cobertura do Mercado Municipal de Santa Caterina em
Barcelona seguindo como referencia o conceito da cor, que
se destaca na cidade atraindo as pessoas e dando alegria, e
a sua Cobertura Independente com sinuosidade dando
leveza ao objeto os pilares são o mesmo modelo da
cobertura 01. Apresenta telha de policarbonato na área
central entrando iluminação. A Cobertura 03 (figura 00) é
apresentada na Proposta Final.
Telha de Policarbonato
Os quiosques de atividades são desenvolvidos seguindo o
mesmo conceito da Cobertura do Ponto de encontro, o
conceito da sinuosidade, da independência e das cores.
O quiosque 01(figura 57) mostra o perfil, neste caso tem
travamento da estrutura metálica descendo ate o solo
fazendo o contraventamento, não apresentando o solo
totalmente livre tendo um obstáculo no jardim. O quiosque
02 (figura 00) é apresentado na Proposta Final.
Figura 56: Cobertura 02 Ponto de Encontro Fonte: Elaborada pela autora- 2012
Figura 57: Quiosque 01. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Na figura 58 vê-se que a Proposta 03 é a escolhida resolvida
toda no pavimento térreo, tendo a parte administrativa e
atendimento toda na parte frontal, isolada dos outros
ambientes, deixando os moradores com mais privacidade
tanto para o atendimento quanto nos outros ambientes. Foi
feito a conexão entre os ambientes essa citada na proposta
02, tirando à imagem de compartimentos, o espaço de
convívio e lazer se integrou em uma só área se separando
apenas dos jardins mais privativos projetados para estudar e
descansar pode-se notar no plano de massa ao lado, assim
harmonizando a planta da Casa Acolhedora da melhor forma
possível, não deixando de ser funcional.
Parte Administrativa
Conexão entre os ambientes
Espaço de Convívio e Lazer
Jardins de Estudo e descanso
5.4 PROPOSTA FINAL CASA ACOLHEDORA
Figura 58: Proposta 03. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Foi feito um Estudo de Insolação (figura 59) e Cartas Solares
(figura 60) para a criação do projeto corretamente nos
aspectos da incidência solar onde notou-se que na fachada
Norte tem incidência solar no período diurno a partir das
6:00h e vespertino até 18h00m fachada boa para as áreas
molhadas como área de serviço, pegando sol no outono,
inverno e começo da primavera. Na fachada Noroeste tem
sol no período diurno a partir das 09h30m um sol baixo e se
põe após as 18h00m um sol bem baixo, pegando sol no
inverno, primavera e começo do verão. Na fachada Oeste
não tem sol no período diurno só à tarde sendo péssimo
para os dormitórios e áreas de convívio, pois é a partir do
12h00m e se põe a partir das 18h00m, pegando sol nas
estações do inverno, primavera e o começo do verão. Na
fachada sudoeste incide após a 13h00m e vai a partir das
18h00m pegando o inverno, primavera e começo do verão.
Na fachada sul incide o dia todo nasce antes das 6h00m e se
põe após as 18h00m pegando a primavera, e todo o verão. A
fachada sudeste incide só no período diurno, nasce antes
das 6h00m e para de incidir na fachada ao 12h00m pegando
o verão e o outono inteiros. Na fachada leste incide só de
manhã, pegando o verão, outono e começo do inverno, uma
fachada boa para ambientes de convívio e trabalho que
precisa de pouca incidência solar e a fachada Nordeste
nasce antes das 6h00m e incidi ate 14h30m sumindo com
um sol alto, fachada ótima para dormitórios e outros
ambientes de descanso.
Figura 59: Estudo Insolação. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 60: Cartas Solares Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
NORTE
NOROESTE
LESTE
SUDESTE
SUL
SUDOESTE
OESTE
NORDESTE
O presente Memorial Descritivo tem por finalidade
estabelecer os serviços, fixando os métodos construtivos a
serem empregados na execução da presente obra de acordo
com o projeto, com área de 592,90m².
O referido projeto foi elaborado de acordo com as normas da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para construção
civil.
TECNOLOGIA
A estrutura e os fechamentos da Casa Acolhedora são de
alvenaria, tendo um custo mais barato, porém um pouco
mais demorada que outra tecnologia, mas por ser um
equipamento publico não tem muitos recursos financeiros,
tendo mais facilidade de ser construída dessa maneira.
FUNDAÇÕES
Para esse projeto foi sugerido o uso de sapatas de concreto com o
solução para as fundações, mas é recomendado o laudo e
sondagem do terreno para determinar a resistência do solo ,
recomendados pela NBR-6122.
ESTRTUTURA
Os pilares e as vigas serão de concreto armada.
INSTALAÇÕES
As três caixas d'águas se localizam em cima da laje próxima
as áreas molhadas facilitando a distribuição dos
encanamentos. Cada Caixa d’agua tem 1000 l. As instalações
hidráulicas e elétricas passam entre a laje, estas vão
estabelecendo conexões verticais para o abastecimento das
áreas.
IMPERMEABILIZAÇÃO Na parte superior das vigas de fundações bem como nas laterais,
será aplicado em toda sua extensão duas demãos de
impermeabilizante, e nas primeiras 02 fiadas da alvenaria de
tijolos.
MEMORIAL DESCRITIVO CASA ACOLHEDORA
ALVENARIA
As paredes serão executadas com alvenaria de tijolos de 8 furos os
de boa qualidade e resistência, de acordo com as medio as
nominais do Projeto Arquitetônico. Em todos os vãos de portas e
e janelas na edificação será utilizado as vergas e contra-vergas
e 10cm em concreto com 02 ferros de 8.0mm.
ESQUADRIAS:
A janela da fachada será do tipo basculante, com vidros
lisos fosco tipo fantasia.
As portas de todos os ambientes e as portas janela dos
dormitórios serão de madeira semi-oca com fechadura
comum de metal. Com diferentes tipos de abertura.
O portão de entrada e o portão eletrônico externos serão de
ferro galvanizado com detalhe de vidro liso fosco tipo
fantasia.
COBERTURA
A cobertura será de estrutura de madeira com telhas de
cerâmica do tipo portuguesa com inclinação de 30 %.
REVESTIMENTOS
As paredes externas e internas serão salpicadas com chapisco 1:3
de cimento e areia regular, emboçadas e rebocadas com
argamassa de cimento, cal e areia média no traço 1:1:6. As
paredes internas dos sanitários serão chapiscadas, emboçadas e
revestidas até altura do teto com azulejos de boa qualidade. Os
azulejos deverão ser rejuntados com rejunte pó fixador, anti-mofo
e anti-bactericida.
PINTURAS
As paredes externas e internas serão lixadas e pintadas com uma
demão de selador pigmentado e no mínimo de duas demãos de
tinta acrílica. O beiral de madeira será lixado e pintado com tinta
à esmalte sintético. As esquadrias de madeira serão lixadas e
pintadas com fundo preparador e tinta esmalte sintético.
O presente Memorial Justificativo tem por finalidade
descrever cada ambiente, a serem empregados na execução
da presente obra de acordo com o projeto, com área de
592,90m².
O referido projeto foi elaborado de acordo com as normas
da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para
construção civil.
FACHADA
A fachada foi elaborada com a mesma linguagem desde
portão de entrada até o portão eletrônico da garagem,
tendo um jardim tropical que é coberto por uma cobertura
em L vermelha diferenciando a fachada.
ADMINISTRAR E ATENDER
As duas salas de atendimento foi projetadas na parte frontal
da casa dando privacidade aos moradores e ao atendimento
isolado por seres crianças com grandes problemas
psicológicos com dificuldade de falar suas angustias e
magoas. Foi feitas duas salas por questões de horários, pois
nos dias de hoje não está muito fácil consegui concilia
horários dos profissionais, então enquanto um profissional
como, por exemplo, a psicóloga atende em uma sala a
assistente social pode fazer o atendimento na outra, para
não ter problemas futuramente. A sala de administração fica
próxima às salas de atendimento, facilitando o acesso aos
arquivos e nessa parte apresenta um lavabo que oferece
apoio a elas.
CIRCULAR (CIRCULAÇÃO DE ENTRADA)
A circulação da acesso interno a garagem, atendimento e
administração. Ela é circundada de cobogó que permite a
ventilação e iluminação entrar não tirando a privacidade de
quem está no atendimento e de quem está no jardim da
Diversão, inibindo a visão.
MEMORIAL JUSTIFICATIVO CASA ACOLHEDORA
RECEBER (VARANDA)
É a varanda de entrada para receber os visitantes,
convidados e outros, ela da visão total do jardim da diversão
e por uma grande porta de correr de vidro ela se amplia
para a área INTEGRAR.
INTEGRAR
O espaço de convívio integrar apresenta lounge de
descansos e o espaço da alimentação dos moradores, como
apoio tem um banheiro feminino e masculino com
ventilação e iluminação zenital, que também atende o
jardim da diversão, e quem está na piscina. Apresenta um
jogo de paredes onde são paineis e os moradores pode
expor seus trabalhos escolares e outros, também podendo
escrever nos murais, pois é tinta de lousa onde pode ser
apagado com facilidade.
JARDIM DA DIVERSÃO
O jardim da bagunça, onde as crianças e adolescentes pode
nadar, jogar bola, brincar em geral sem incomodar os outros
ambientes, tendo acesso da área INTEGRAR.
ALIMENTAR (COZINHA)
Uma cozinha planejada e ampla atendendo as necessidades
dos moradores e das cuidadoras, tendo uma porta de corre
na entrada facilitando o acesso a área integrar onde está a
mesa da alimentação. A ventilação é zenital e por uma porta
que da pra área plantar e colher.
PLANTAR E COLHER (HORTA)
A horta da casa onde as crianças e adolescentes ajudam a
cuidar para ter comida fresquinha, o tamanho é o ideal para
a quantidade de moradores.
ESTAR E CIRCULAÇÃO
A sala de estar para bate papo e outros, esse espaço
também da acesso a circulação dos dormitórios e os Brises
verticais localizados na sala oferece ampliação dessa área o
espaço vivo e o Plantar e colher.
ESTUDAR (SALA DE ESTUDOS)
Localiza-se no estar e circulação, é um ambiente isolado,
para não ter problemas com barulho, porém nas paredes
tem pinturas especiais para animar as crianças e
adolescentes estudarem onde apresenta mesas,
computadores, impressoras, e livros, motivando- os.
ASSISTIR (SALA DE TELEVISÃO)
Espaço grande com acomodações adequadas para assistir
Televisão. Esse espaço tem integração com o espaço externo
a partir dos brises de madeiras verticais que regula o ângulo
na posição desejada, controlando a luz e a ventilação. O
espaço externo apresenta o espaço vivo.
ESPAÇO VIVO
É um jardim vertical chamado parede viva, onde ajuda a
umidificar, purificar e refrescar os ambientes próximos,
perfeito para o nosso clima tropical que é muito quente e
seco. O corredor tem 2,20m com uma largura boa não sendo
estreito, e esses elementos quebra a impressão de longo.
Dando acesso a área de serviço.
AREA DE SERVIÇO
Localiza-se ao fundo da casa, tendo acesso pelo corredor
que sai da cozinha e também pelos brises verticais,
facilitando seu acesso. Apresenta a área de secadouro, que
fica isolada sem visão dos moradores e um banheiro de
apoio.
CIRCULAR (CIRCULAÇÃO DORMITÓRIOS)
As paredes internas dos dois corredores dos dormitórios
apresenta Dry Wall Ranhurado contribuindo na acústica.
DORMITÓRIOS
Os dormitórios das crianças e dos adolescentes são
individuais onde podem fazer a conexão de dois através da
porta de madeira de corre flexível, oferecendo a
possibilidade de amplia o ambiente para duas crianças
como, por exemplo, duas irmãs dormirem juntas se for o
desejo, reforçando a ideia da base familiar dessas crianças
que muitas vezes foram abandonadas ou não sabe nem o
que é uma família. Aprendendo a ideia na casa a partir da
família acolhedora. Os dormitórios apresentam o mobiliário
necessário e um banheiro que localiza entre eles com
ventilação e iluminação zenital, atendendo perfeitamente
duas crianças ou dois adolescentes. Esses quartos tem
ventilação e iluminação feita por uma porta janela que da
acesso ao jardim dos redarios, onde elas podem estudar,
descansar, até mesmo dormir no seu próprio quarto tendo a
vista do jardim e outras atividades tranquilas. A escolha dos
dormitórios é feita pela assistente social e psicóloga
seguindo sempre o partido de familiaridade e sexualidade. A
cada dois dormitórios de crianças e adolescentes apresenta
um dormitório da cuidadora ou do cuidador, tendo o
cuidado noturno de perto.
JARDIM DOS REDARIOS
O jardim tranquilo, isolado do Jardim da Diversão onde tem
redes para o descanso, a leitura e outras atividades
tranquilas.
PRANCHA 1- PLANTA BAIXA CASA ACOLHEDORA
(LAYOUT)
Figura 61: Planta baixa Casa Acolhedora (Layout) Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Brises Verticais moveis, controlando a ventilação e iluminação no ângulo que desejar.
Cobogó (ajudando na ventilação e iluminação dos ambientes, inibindo a visão preservando a privacidade dos moradores
Parede flexível de madeira ampliando os dormitórios.
Bloco de vidro fosco, inibindo a visão dos banheiros.
Espaço vivo (parede viva) Ajudando a purifica, umidifica e refresca os ambientes próximos.
TABELA DE ÁREAS DA CASA ACOLHEDORA
ÁREA DO TERRENO......................( 48 x 20) 960,00 m² ÁREA CONSTRUIDA..........592,90 m² ÁREA LIVRE........................367,10 m² TAXA DE OCUPAÇÃO.........61,76 %
PRANCHA 2- PLANTA BAIXA CASA ACOLHEDORA
(COTAS E ZENITAIS)
Figura 62: Planta baixa casa acolhedora (Cotas e Zenitais) Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
PRANCHA 3- PLANTA DE COBERTURA CASA ACOLHEDORA
Figura 63: Planta de Cobertura Casa acolhedora Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Placas de
Aquecimento Solar
PRANCHA 4- CORTE A E DETALHE ZENITAIS
Figura 64: Corte A Casa Acolhedora Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 65: Detalhe Zenitais. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 67: Fachada Casa Acolhedora. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
PRANCHA 5- CORTE B E FACHADA
Figura 66: Corte B Casa Acolhedora. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
A criação da piscina é devido ao clima tropical quente da
cidade, ajudando as crianças e os adolescentes a se
refrescarem, é elevada do nível do solo 1,40 m por
segurança, revestida por madeira de demolição envernizada
com verniz marítimo, dividida em duas partes, uma parte é o
SPA com uma profundidade de 0,40 cm para as crianças
menores e a parte maior com profundidade de 1,40 m, e na
cabeceira da piscina apresenta mosaico português branco.
Estudo Insolação piscina nas paginas 96, 97,98 e 99.
SPA com profundidade de 0,40 cm.
SPA com profundidade de 0,40 cm.
Parte maior com profundidade de 1,40 m.
Mosaico Português.
A ventilação e iluminação da Cozinha, Banheiros externos e
banheiros internos dos dormitórios, é resolvida através de
aberturas zenitais. Na figura 00, a abertura apresenta
venezianas nas laterais para a ventilação e telha de vidro na
parte superior para a iluminação, mostra o detalhe da calha
no encontro do telhado e da abertura zenital.
Telha de vidro.
Venezianas.
Telha de vidro.
Calha Figura 68: Piscina. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 69: Abertura Zenital. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
PERSPECTIVA ESTUDO INSOLAÇÃO PISCINA VERÃO
(10h29m)
Figura 70: Estudo Insolação Piscina Verão (10h29m) Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 71:Configuração Insolação 1. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
PERSPECTIVA ESTUDO INSOLAÇÃO PISCINA VERÃO
(15h31m)
Figura 72: Estudo Insolação Piscina Verão (15h31m) Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 73:Configuração Insolação 2. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 74: Estudo Insolação Piscina Inverno (10h30m) Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 75:Configuração Insolação 3. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
PERSPECTIVA ESTUDO INSOLAÇÃO PISCINA INVERNO
(10h30m)
Figura 76: Estudo Insolação Piscina Inverno (15h30m) Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 77:Configuração Insolação 4. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
PERSPECTIVA ESTUDO INSOLAÇÃO PISCINA AGOSTO
(15h30m)
PERSPECTIVA INTERNA GERAL E FACHADA
Figura 78: Perspectiva Interna Geral. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 79: Fachada Casa Acolhedora. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 80: Planta Geral. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 81: Perspectiva Sala Assistir. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 82: Perspectiva Integrar. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 83: Perspectiva Administrar e Atender. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
PERSPECTIVA PLANTA GERAL E PERSPECTIVAS AMBIENTES
PERSPECTIVAS VISTA POSTERIOR SEM COBERTURA E
COM COBERTURA
Figura 85:Vista Posterior com Cobertura. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 84: Vista Posterior sem Cobertura. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 86: Vista Frontal. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 88: Vista da Área Receber para o Jardim da Diversão. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 87: Vista de trás do vidro para o Jardim da Diversão Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
PERSPECTIVAS VISTA FRONTAL E JARDIM DA DIVERSÃO
PERSPECTIVAS VISTA FRONTAL E JARDIM DA DIVERSÃO
Figura 90: Vista Fechamento das Caixas Vermelhas. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
SAIDA DOS
DORMITÓRIOS
PARA O JARDIM
DOS REDARIOS
ESPAÇO VIVO
(PAREDE VIVA)
Figura 89: Vista da Área do Redario (Percolado) para o Jardim da Diversão. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
O presente Memorial Descritivo tem por finalidade
estabelecer os serviços, fixando os métodos construtivos a
serem empregados na execução da presente obra de acordo
com o projeto, com área de 2.913,32 m².
O referido projeto foi elaborado de acordo com as normas da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para construção
civil.
TECNOLOGIA
A estrutura e os fechamentos Do Ponto de encontro são de
alvenaria, tendo um custo mais barato, porém um pouco
mais demorada que outra tecnologia, mas por ser um
equipamento publico não tem muitos recursos financeiros,
tendo mais facilidade de ser construída dessa maneira.
FUNDAÇÕES
Para esse projeto foi sugerido o uso de tubulões de concreto
com o solução para as fundações, mas é recomendado o
laudo e sondagem do terreno para determinar a resistência do
solo , recomendados pela NBR-6122.
ESTRTUTURA
Os pilares e as vigas serão de concreto armada.
INSTALAÇÕES
As duas caixas d'águas se localizam em cima da laje do
espaço de eventos próxima as áreas molhadas facilitando a
distribuição dos encanamentos. Cada Caixa d’agua tem 1500
l. As instalações hidráulicas e elétricas passam entre a laje,
estas vão estabelecendo conexões verticais para o
abastecimento das áreas.
IMPERMEABILIZAÇÃO Na parte superior das vigas de fundações bem como nas laterais,
será aplicado em toda sua extensão duas demãos de
impermeabilizante, e nas primeiras 02 fiadas da alvenaria de
tijolos.
PROPOSTA FINAL PONTO DE ENCONTRO MEMORIAL DESCRITIVO
ALVENARIA
As paredes serão executadas com alvenaria de tijolos de 8 furos os
de boa qualidade e resistência, de acordo com as médio as
nominais do Projeto Arquitetônico. Em todos os vãos de portas e
e janelas na edificação será utilizado as vergas e contra-vergas
e 10cm em concreto com 02 ferros de 8.0mm.
ESQUADRIAS:
Todas as janelas, portas e portas janelas serão de ferro
galvanizado com fechadura de metal comum.
Todas as janelas dos banheiros, vestiários, cozinha, fraldario
e deposito serão do tipo basculante, com vidros lisos fosco
tipo fantasia.
COBERTURA
A cobertura é independente de estrutura metálica do tipo
treliça metálica com placas de aço sinuosas.
REVESTIMENTOS
As paredes externas e internas serão salpicadas com chapisco 1:3
de cimento e areia regular, emboçadas e rebocadas com
argamassa de cimento, cal e areia média no traço 1:1:6. As
paredes internas dos sanitários serão chapiscadas, emboçadas e
revestidas até altura do teto com azulejos de boa qualidade. Os
azulejos deverão ser rejuntados com rejunte pó fixador, anti-mofo
e anti-bactericida.
PINTURAS
As paredes externas e internas serão lixadas e pintadas com uma
demão de selador pigmentado e no mínimo de duas demãos de
tinta acrílica.
O presente Memorial Justificativo tem por finalidade
descrever cada ambiente, a serem empregados na execução
da presente obra de acordo com o projeto, com área de
2.913,32m².
O referido projeto foi elaborado de acordo com as normas
da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para
construção civil.
ESPAÇO DE EVENTOS
Destinado as Festas Publicas e particulares, e o lucro destes
eventos é para as Casas Acolhedoras. É uma área ampla para
atender até 400 pessoas com apoio de deposito, cozinha
industrial planejada, banheiro feminino, masculino,
deficiente e fraldario, todos os ambientes são bem
ventilados e iluminados, o salão tem 6,00m de pé direito, a
mesma altura da Quadra poliesportiva. Sendo os dois blocos
das extremidades.
OFICINAS DE ATIVIDADES
As oficinas são de dança, de criar (artesanato e pintura) e
oficina digital para ensina informática. Os trabalhos feitos
nas oficinas de artes poderão ser vendidos na área de
exposição. Todas as oficinas têm apoio de pia e armários, e
na área externa os banheiros e vestiários. As pessoas que
estão do lado de fora das oficinas tem visão da parte interna
através de grandes vidros e as oficinas tem portas janelas
que abre para a plataforma.
QUADRA POLIESPORTIVA
A quadra fica na extremidade oposta do espaço de eventos,
e esta disponível a vários esportes como futsal, vôlei e
outros. É circundada com uma malha de rede para impedir a
bola de ultrapassar aquela área.
MEMORIAL JUSTIFICATIVO PONTO DE ENCONTRO
JARDINS ORNAMENTAIS
Tem variados tipo de vegetação tropical com vários bancos
entre eles, se tornando espaços mais frescos, purificados e
umidificados, áreas agradáveis para uma leitura, bate papo e
descanso.
ESPELHO D’AGUA
Fica no centro da construção, pegando toda área coberta,
ajudando refrescar todo o ambiente, ele tem 0,25 cm de
profundidade e apresenta uma ponte de passagem em cima
dele ligando os espaços e contornado por um jardim que
refleti no espelho d’agua, tendo um efeito muito legal no
ambiente.
DIVERTIR (PLAYGROUND)
É o espaço para crianças brincar com uma variedade de
brinquedos como escorregador, balanço, gangorra, tuneis e
outros, podendo integrar as crianças do município.
ACADEMIA ABERTA
São aparelhos de exercícios onde os adolescentes, adultos e
até mesmo os pais dessas crianças que estão no playground,
terem o direito de se divertir também de uma maneira
saudável fazendo exercícios e vendo seus filhos brincar no
espaço apropriado para eles que fica na frente.
BANHEIROS E VESTIARIOS
Atende todo o equipamento se localizando ao centro do
projeto, ficando próximo a todas as atividades. Apresenta
também banheiro de deficiente com fácil acesso.
PLATAFORMA
No terreno tem a linha do trem que foi revitalizada e
colocado um vagão de trem, que remete as lembranças da
época férrea da cidade que foi muito importante fazendo as
ligações com os outros municípios. As portas janelas das
oficinas citadas acima têm saídas todas para essa plataforma
trazendo a ideia de estação. Nela apresenta bancos que dão
para os quiosques, jardim recreativo e para o espaço de
memoria e exposições.
ESPAÇO MEMORIA E EXPOSITIVO
Onde está localizado o vagão de trem com a história da
cidade na parte interna podendo ser visitado. O espaço de
exposições é para os trabalhos das oficinas, dos artistas do
município, para arte musical e outras atividades que
também se adequa ao local.
QUIOSQUES
São seis que estão localizados no Jardim Recreativo, onde
cada um deles tem um uso diferente como o de comer, ler e
jogar. Eles seguem a mesma linguagem da Cobertura
Principal.
JARDIM RECREATIVO
É amplo onde as crianças podem correr, brincar, e os
adolescentes e adultos podem fazer piqueniques e outros
desejos que adequa ao lugar.
AREA VERDE
Fica do outro lado da linha sendo uma área verde
preservada.
Figura 91: Planta Baixa Ponto de Encontro ( Layout e Pilares) Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
PRANCHA 6- PLANTA BAIXA PONTO DE ENCONTRO ( LAYOUT E PILARES)
TABELA DE ÁREAS PONTO DE ENCONTRO ÁREA DO TERRENO....................(95 x 53,84) 5,114.80 m² ÁREA CONSTRUIDA..........2.913,32 m² ÁREA LIVRE........................2.201,48 m² TAXA DE OCUPAÇÃO.........56,95 %
PRANCHA 7- PLANTA BAIXA PONTO DE ENCONTRO ( COTAS )
Figura 92: Planta Baixa Ponto de Encontro ( Cotas ) Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
A cobertura escolhida é a 03 (figura 93) pela sua sinuosidade na
direção frontal que pode ser usada como beiral. E a parte mais
baixa central usada como calha com condutores embutidos na
parte central dos pilares internos. A Cobertura acima do espelho
d’agua é de policarbonato transparente para ilumina a área
central do projeto.
Parte mais baixa usada como calha
Telha de Policarbonato
Sinuosidade na direção frontal
Figura 93: Cobertura 03 Ponto de Encontro Fonte: Elaborada pela autora- 2012
PRANCHA 8- PLANTA DE COBERTURA PONTO DE ENCONTRO
Figura 94: Planta de Cobertura Ponto de Encontro Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 95: Corte A Ponto de Encontro Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
PRANCHA 9- CORTE A PONTO DE ENCONTRO
Figura 96: Corte B Ponto de Encontro Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
PRANCHA 10- CORTE B PONTO DE ENCONTRO
Figura 97: Corte C Ponto de Encontro Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
PRANCHA 11- CORTE C PONTO DE ENCONTRO E DETALHE QUIOSQUE
Figura 98: Detalhe Quiosque Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
A estrutura de quiosque escolhida é o 02 (figura 99) que
deixa o solo livre sem nenhuma estrutura descendo até ele,
pois o contraventamento é feito por uma mão francesa
apresentada no detalhe da estrutura. O sistema de
escoamento de agua ocorre igual a do ponto de encontro
pela parte mais baixa da curva, servindo como calha
descendo pelo pilar central do quiosque com um condutor
embutido e o modelo do pilar central segue o mesmo do
Ponto de Encontro.
Figura 99: Quiosque 02. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 100: Detalhe Estrutura Quiosque 02. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
PERSPECTIVAS FACHADA FRONTAL
Figura 101: Perspectiva Fachada Frontal. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 102: Perspectiva Fachada Frontal vista de cima. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 103: Configuração Insolação 5. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
PERSPECTIVAS FACHADA POSTERIOR
Figura 104: Perspectiva Fachada Posterior. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 105: Perspectiva Fachada Posterior Vista de cima. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
PERSPECTIVAS LATERAL DIREITA
Figura 106: Perspectiva Vista Lateral Direita. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 107: Perspectiva Vista da Fachada Frontal lateral direita. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 108: Perspectiva Vista da Fachada Posterior lateral direita. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
PERSPECTIVAS LATERAL ESQUERDA
Figura 109: Perspectiva Lateral Esquerda da Fachada Posterior. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 110: Perspectiva Lateral Esquerda da Fachada Frontal. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
PERSPECTIVAS INTERNAS PONTO DE
ENCONTRO
Figura 111: Perspectiva Interna Central ( Espelho d’agua e Vagão). Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 112: Perspectiva Playground. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 113: Perspectiva Academia Aberta. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
PERSPECTIVAS EXTERNAS PONTO DE
ENCONTRO
Figura 114: Perspectiva Quiosques. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 115: Perspectiva Espaço Memória e Expositivo. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
Figura 116: Perspectiva Músicos no Espaço Expositivo. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
PRANCHA 12- PLANTA DE SITUAÇÃO
Figura 117: Planta de Situação. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
PRANCHA 13- IMPLANTAÇÃO
Figura 118: Implantação. Fonte: Elaborada pela autora, 2012.
O projeto da Casa Acolhedora e do Ponto de Encontro,
buscou promover a integração das pessoas através do
espaço proposto, dos ambientes e da materialidade.
A casa tem como objetivo integrar os moradores na
sociedade e o ponto de encontro integrar a sociedade em
geral da cidade para que eles trabalhem juntos para o
progresso do município sem diferenças e discriminações.
Com isso buscou-se ocupar os vazios urbanos do bairro
Jardim Alvorada causados pela especulação imobiliária
dando oportunidade de oferecer condições honestas de
desenvolvimento às crianças e aos adolescentes vitimados
através de espaços de encontro com qualidade de
atendimento, lazer, convívio social e moradia digna, a fim de
promover o crescimento saudável com qualidade de vida e
preparar os jovens para o futuro.
A construção da Casa Acolhedora é muito
importante, pois muitas vezes é o único caminho para um
grande numero de crianças e adolescentes, o que determina
uma grande necessidade de ter um local apropriado que é
onde elas vão tentar superar os trágicos estereótipos de sua
história. A fenomenologia é um dos fenômenos que explica
essa importância, pois é uma análise da memória da
primeira infância, dos sentimentos primordiais, que a criança
tem; a arquitetura pode influenciar nessa memória a partir
de espaços expressivos, estimulantes e lúdicos. A vivência eu
espaçi lúdicos e confortáveis, acolhedores marcam o
indivíduo para toda sua vida, na sua identificabilidade
pessoal e vigor emocional.
A proposta apresentada neste trabalho mostra-se viável, não
apenas no aspecto do papel social da arquitetura e como
forma de atuar no fator psicológico das crianças e jovens,
mas também na sua construção, pois não apresenta
soluções construtivas de alto custo. Deste modo o ambiente
construído é, enfim, fonte de força interior, consolo e
conforto. Logo, sua importância é grande demais pra ser
ignorado e complexo demais para ser deixado de lado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• ARPINI, Dorian Mônica. Repensando a perspectiva institucional e a intervenção em abrigos para crianças e adolescentes.
Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 23, n. 1, mar. 2003 .
• BACHELARD, Gaston. A poética do Espaço. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
• HALL, Edward.T. A dimensão Oculta. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
• NESBITT, Kate (Org). Uma nova agenda para a arquitetura. São Paulo: Cosac Naify, 2008.
• SCHMID, Aloísio Leoni. Ambientes que confortam: qual sua essência? Resenhas Online, São Paulo, 05.058, Vitruvius, out
2006. Disponível em:<http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/05.058/3128> Acesso em :10 de março
de 2012.
• SOUZA, Mayumi Lima. A cidade e a criança. São Paulo: Nobel, 1989.
• TIZARD E REES Revista Mal-Estar e Subjetividade. 1974. Disponível em:
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482007000200006&lng=pt&nrm=iso>Acesso em:10 de
março de 2012.
BRASIL. Estatuto da criança e do adolescente. São Paulo: Cortez, 1990.
• ENTREVISTA COM ASSISTENTE SOCIAL Sra Graziela Nadaleto.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• ENTREVISTA COM COORDENADORA DO LAR AMPARO FILHOS DE DEUS Sra Jucélia.
• SERTÃOZINHO. Prefeitura Municipal, Analise de Projeto, PROGRAMA GEO, março, 2012.
______. http\\www.sertaozinho.sp.gov.br/nossahistoria.htm/sertaozinho.com/historia.shtml. Acesso em: 08 de maio de 2011.
Sites:
• http://www.archdaily.com.br/.../residencia-belvedere-anastasia-arquitetos/. Acesso em: 29 de março de 2012.
• http://www.archdaily.com.br/42565/centro-de-estudos-lucie-aubrac-dietmar-feichtinger-architectes/1332292392-036-
dfa-david-boureau/. Acesso em: 29 de março de 2011.
• http://ricardo-vidal.blogspot.com/2008/06/residncia-mw.html. Acesso em: 29 de março de 2012.
• http://www.arthurcasas.com/pt/projetos/arquitetura_residencial/baronesa2010. Acesso em: 06 de maio de 2012.
• http://www.arthurcasas.com/pt/projetos/arquitetura_residencial/pkiporanga2008. Acesso em: 06 de maio de 2012.
• http://www.arthurcasas.com/pt/projetos/arquitetura_residencial/casaiporanga. Acesso em: 06 de maio de 2012.
ANEXOS ANEXOS
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, que são leis destinadas a assegurar os direitos e a proteção para todas as
crianças e adolescentes de nosso país.
O ECA determina entre outras coisas: o direito à vida, a saúde, à convivência familiar e comunitária, o direito ao respeito, à
dignidade, a sua educação, à proteção no trabalho. Portanto, torna-se dever da família, da comunidade e da sociedade em geral,
assegurar a efetivação desses direitos.
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de
desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.
Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvados as restrições legais;
II - opinião e expressão;
III - crença e culto religioso;
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;
V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;
VI - participar da vida política, na forma da lei;
01- ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA)
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o
exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:
Art. 71. A criança e o adolescente têm direito a informação, cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e produtos e
serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
Art. 90. As entidades de atendimento são responsáveis pela manutenção das próprias unidades, assim como pelo planejamento
e execução de programas de proteção e sócio-educativos destinados a crianças e adolescentes, em regime de:
§ 1o Será negado o registro à entidade que: (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
a) não ofereça instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade, higiene, salubridade e segurança;
I - preservação dos vínculos familiares e promoção da reintegração familiar; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
II - integração em família substituta, quando esgotados os recursos de manutenção na família natural ou extensa; (Redação dada
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
III - atendimento personalizado e em pequenos grupos;
IV - desenvolvimento de atividades em regime de co-educação;
V - não desmembramento de grupos de irmãos;
VI - evitar, sempre que possível, a transferência para outras entidades de crianças e adolescentes abrigados;
VII - participação na vida da comunidade local;
VIII - preparação gradativa para o desligamento;
IX - participação de pessoas da comunidade no processo educativo.
Art. 94. As entidades que desenvolvem programas de internação têm as seguintes obrigações, entre outras:
IV - preservar a identidade e oferecer ambiente de respeito e dignidade ao adolescente;
VII - oferecer instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade, higiene, salubridade e segurança e os objetos
necessários à higiene pessoal;
XI - propiciar atividades culturais, esportivas e de lazer;
As Crianças têm todos os Equipamentos necessários nos
Abrigos existentes?
Não, só os equipamentos básicos, nada fora do comum,
acho muito importante se tivessem uma sala de informática,
sala de estudos, Biblioteca, e uma área de recreação
adequada como playground, piscinas, pois a região é muito
quente, falta de equipamentos adequados para bebes como
um berçário, um fraldario, equipamentos que fariam a
diferença no cotidiano deles.
As acomodações são boas, apropriadas para essas
crianças?
Não, há pouco tempo atrás a pintura na partes interna dos
Abrigos eram cores escuras (marrom), um ambiente triste, a
despensa exposta para insetos e outros bichos como ratos e
baratas.
O que a Senhora acha da Inserção dos Abrigos na Área
Urbana de Sertãozinho?
Muito importante, facilitaria a vida dos moradores na
locomoção, na área urbana os maiores de 14 anos pra
frente, poderia ter mais liberdade, não dependeria tanto do
transporte, gerando ate menos gastos com combustível, se
sentiriam mais independentes (como escolher cursos e seus
horários, dentro do horário comercial) transformaria em
uma vida mais ativa.
02-ENTREVISTA COM ASSISTENTE SOCIAL Estagiou nos dois Abrigos de Sertãozinho durante seus estudos, que atualmente trabalha na Prefeitura Municipal de Sertãozinho
Sra Graziele Nadaletto
Se estivesse um projeto adequado, acomodações boas, a
senhora acha que implementaria qualidade de vida nos
moradores dos Abrigos ?
Lógico, melhoraria muito, com mais conforto e mais
atividades, ajudaria a diminuir a ansiedade, angustia e o
tempo de espera por uma família.
A Senhora acha que funciona Abrigos Mistos ( meninos e
meninas) no mesmo local com acomodações separadas e
área de recreação incomum ?
Acho muito legal, pois as crianças iriam se interagir melhor,
principalmente as com familiaridade, pois, atualmente nos
Abrigos existem muitos irmãos.
A Senhora acha que funciona Abrigos Mistos (meninos e
meninas) no mesmo local com acomodações separadas e
área de recreação incomum?
Acomodações Mistas está dentro da Lei do Estatuto da
Criança e do Adolescente, quando era na área urbana a 18
anos atrás, a entidade era mista mas com a necessidade de
uma área maior teve a separação, um abrigo feminino e um
masculino e os dois estão localizados na área rural em um
sítio, que uma vez por semana eles mantém contato, que
ocorre nas atividades de sábado. A Senhora Jucelia afirma
que na realidade que as acomodações se apresentam nos
dias de hoje, não teria essa oportunidade de juntar, pois
falta um espaço físico e infraestrutura de acordo para isso,e
a respeito da sexualidade tem que se trabalhar muito com
esse assunto e essa ligação sempre sobre o olhar das
cuidadoras, assim as crianças iriam interagir melhor,
principalmente as com familiaridade, que são muitas.
Quais são as atividades desenvolvidas durante a semana?
São muitas como: escola, aulas de informática, artesanato,
natação, atendimento de fonoaudiodiologa, psicóloga,
equoterapia, atletismo, terapia ocupacional, hóquei, Igreja,
catequese, crisma, perseverança (grupo religioso de jovens),
magia do circo, curso de preparação web design,
hidroterapia, fisioterapia.
Quais são os programas existentes?
Dormitórios, espaço de apoio (lavanderia, banheiros,
despensa, banheiro funcionários), brinquedoteca,
Informática, playground, refeitório, cozinha, sala de TV, sala
de estudo, berçário, fraldario, enfermaria e área de lazer.
03- ENTREVISTA COM COORDENADORA GERAL LAR DE AMPARO Á CRIANÇA FILHOS DE DEUS
Sra Jucélia Simor Schneider
Quantas crianças moram no abrigo e quantas funcionárias?
Hoje apresenta 26 crianças, mas amanha não se sabe, pois
tem bem mais acolhimento do que desacolhimento. São 20
funcionarias no período integral e 1 funcionaria no período
noturno
As Crianças têm todos os Equipamentos necessários no
Abrigo existente, às acomodações são boas, apropriadas
para essas crianças?
Sim, tem todos os equipamentos necessários, mas não que
estejam adequados, pois os dormitórios acomodam oito
crianças por faixa etária (0 a 3 anos, 4 a 7 anos, 8 a 13 anos e
14 a 18 anos) e o ideal seria quatro no máximo, os banheiros
deveriam ter chuveiros, pois são separados os vasos
sanitários em um cômodo e no outro chuveiro. Conforme fui
conhecendo as acomodações ela mesma falou, que iria ter
minhas respostas, e realmente foi o que aconteceu, a
brinquedoteca, sala de estudo, informática e sala da
psicóloga, são muito quentes, uma percepção minha que me
chamou muito a atenção foi os tetos de todos os
dormitórios em laje aparente pintada de cinza, e em uma
das paredes de todos os quartos tinha um armário em toda
a extensão de madeira escura. A Coordenadora tem 12 anos
de trabalho no lar, e estão sempre tentando fazer o melhor
que pode em ampliações, reformas, pois a cozinha,
lavanderia, e refeitório, construídos há pouco tempo são
muito bons, ambientes arejados, na Sala de TV a visão critica
seria a respeito da alta de mobiliário confortável, pois são
bancos de madeira.
O que a Senhora acha da Inserção do Abrigo na Área
Urbana de Sertãozinho?
Seria muito Bom, mas o maior ponto negativo é o
preconceito da sociedade, pois tentamos alugar uma casa na
cidade para facilitar o transporte, a visita dos parentes,
ficarmos mais próximo da sociedade e podermos dar mais
liberdade para os moradores, mas a população do entorno
foi contra, entrando com um a baixo assinado contra essa
mudança, justificando que teria muito barulho. E a
coordenadora fez uma comparação que eles aceitam escolas
e creches, com maior numero de crianças e adolescentes
que também provoca barulho, mas não aceitam um Lar de
Acolhimento.
Se estivesse um projeto adequado, acomodações boas, a
senhora acha que implementaria qualidade de vida nos
moradores dos Abrigos ?
Lógico, melhoraria muito, com mais conforto e mais
atividades, ajudaria a diminuir a ansiedade, angustia e o
tempo de espera por uma família.
O que a Senhora acha do objetivo do Trabalho de Projetar
CASAS ACOLHEDORAS?
Observando a evolução dos Abrigos, o mais adequado seria
essas casas acolhedoras, pois as crianças teriam mais
privacidade no local com pouco moradores, vivenciando a
escala de uma casa e não de uma instituição, teria um
ambiente familiar.