Cartilha 4 - PRAE

24
OFICINA DE PLANEJAMENTO DE CARREIRA

description

Cartilha da PRAE feita em dezembro de 2013 na FACOS agência

Transcript of Cartilha 4 - PRAE

Page 1: Cartilha 4 - PRAE

OFICINA DE PLANEJAMENTO DE

CARREIRA

Page 2: Cartilha 4 - PRAE

APRESENTAÇÃO

Esta cartilha foi produzida pelo projeto de extensão

“Oficinas de Orientação Profissional e Planejamento de Carreira”,

desenvolvido pelo grupo de pesquisa Avaliação e Intervenções no

Desenvolvimento Humano. O objetivo do projeto consiste em preparar

estudantes de ensino médio de escolas públicas de Santa Maria e

universitários da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) para o

planejamento de suas carreiras. Para tanto, são propostas oficinas que

abordam aspectos relevantes para o desenvolvimento de carreira, tais

como orientação profissional, gestão de tempo, estratégias de estudo,

elaboração de trabalhos científicos, apresentação oral de trabalhos,

elaboração de currículo e comportamento em entrevistas de seleção e

planejamento de carreira.

�Este material foi organizado e editado com o objetivo de servir como

material de apoio às atividades realizadas no projeto e difundir os

conhecimentos e ações trabalhados nas oficinas.

Espera-se que as informações contidas nesse material

e as atividades desenvolvidas nas oficinas

auxiliem na trajetória profissional dos

estudantes.

referências

Bardagi, M. P., & Hutz, C. S. (2012). Rotina acadêmica e relação com colegas e professores: impacto na evasão universitária. Psico, 43(2), 174-184.

Serviço de Orientação Profissional - UFRGS. Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Dutra, J. S. A Gestão em de carreira. In: Fleury, M. T. L. (org.). As pessoas na organização. p. 99-114. São Paulo: Gente, 2002.

Dutra, J. S. (2008). Gestão de pessoas: modelo, processos, tendências e perspectivas. São Paulo: Atlas.

Fior, C. A., & Mercuri, E. (2009). Formação universitária e flexibilidade curricular: importância das ativida-des obrigatórias e não obrigatórias. Psicologia da Educação, 29, 191-215.

França, A. C. L. (2009). Práticas de Recursos Humanos: Conceitos, Ferramentas e Procedimentos. São Paulo: Atlas.

Gondim, S. M. G. (2002). Perfil profissional e mercado de trabalho: relação com a formação acadêmica pela perspectiva de estudantes universitários. Revista Estudos de Psicologia, 7(2), 299-309.

Gonçalves, H. S., Borsoi, T. S., Santiago, M. A., Lino, M. V., Lima, I. N., & Frederico, R. G. (2008). Problemas da juventude e seus enfrentamentos: um estudo de representações sociais. Psicologia e Sociedade, 20(2), 217-225.

Hu, S., & Wolniak, G. C. (2010). Initial evidence on the influence of college student engagement on early career earnings. Research in Higher Education, 51(8), 750-766.

Mota, A. I., & Taveira, M. C. (2010). Exploração, dificuldades de tomada de decisão e indecisão vocacional. In M. C. Taveira & A. D. Silva (Orgs.). Desenvolvimento vocacional: avaliação e intervenção (p. 173-184). Braga: APDC.

Peres, C. M., Andrade, A. S., & Garcia, S. B. (2007). Atividades extracurriculares: multiplicidade e diferencia-ção necessárias ao currículo. Revista Brasileira de Educação Médica, 31(2), 147-155.

Robbins, S. P. (2005). Comportamento organizacional. São Paulo: Pearson Prentice Hall.

Schein, E. (1990). Career Anchors (discovering your real values). Jossey‐Bass: San Francisco.

SOARES, D. H. P. A escolha profissional do jovem ao adulto. São Paulo: Summus, 2002.

Stevenson, J., & Clegg, S. (2011). Possible selves: students orientating themselves towards the future through extracurricular activity. British Educational Research Journal, 37(2), 231-246.

Super, D. E. (1963). Vocational development in adolescence and early adulthood: tasks and behaviors. In D. E. Super, R. Starishevsky, N. Martin & J. P. Jordaan (Orgs.), Career development: self concept theory - essays in vocational development (pp.79-95). New York: College Entrance Examination Board.

Teixeira, M. A. P. A experiência de transição entre a universidade e o mercado de trabalho na adultez jovem. Tese de Doutorado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2002.

Teixeira, M. A. P., Bardagi, M. P., & Hutz, C. S. (2007). Escalas de Exploração Vocacional (EEV) para universitários. Psicologia em estudo, 12(1), 195-202.

Teixeira, M. A. P. & Gomes, W. B. (2004). Estou me formando... e agora?: Reflexões e perspectivas de jovens formandos universitários. Revista Brasileira de Orientação Profissional, 5(1), 47-62.

Page 3: Cartilha 4 - PRAE

equipeAna Cristina Garcia Dias

(Coordenadora e Professora do Programa de Pós-graduação em

Psicologia da Universidade Federal de Santa Maria )

Clarissa Tochetto de Oliveira

(Psicóloga – Mestranda do Programa em Psicologia da Universidade Federal

de Santa Maria)

ProduçãoProjeto de Extensão “Oficinas de Orientação Profissional e Planejamento de

Carreira”

IlustraçãoRômulo Viero Machado

Grupo de Pesquisa Avaliação e Intervenções no Desenvolvimento Humano

Rua Floriano Peixoto 1750, 3º andar. CEP: 97015-372.

Santa Maria – RS.

Contato: (55) 3220-9305

e-mail: [email protected]

introdução

Face à complexidade atual do mundo do trabalho, planejar a carreira profissional

é uma tarefa que adquire relevância crescente. O mercado de trabalho competiti-

vo, o aumento do número de profissionais com formação superior e a crise nos

empregos fazem com que a conquista de um espaço neste mercado dependa de

fatores como características pessoais, competências específicas e do estabeleci-

mento de uma rede de relações. Neste cenário, torna-se imprescindível o preparo

para a escolha de uma profissão, para a vida após o processo de escolarização

e para o desenvolvimento da carreira (Teixeira, 2002).

A qualificação exigida pelo mercado de trabalho pode ser tanto em termos

técnicos quanto em termos de habilidades pessoais. Gondim (2002) aponta três

habilidades como fundamentais na formação de perfis profissionais desejáveis:

(1) habilidades cognitivas, como raciocínio lógico e resolução de problemas;

(2) habilidades técnicas especializadas, como informática, língua estrangeira e

conhecimentos específicos da profissão;

(3) habilidades comportamentais e atitudinais, tais como cooperação, iniciativa e

empreendedorismo.

Há uma necessidade constante de qualificação pessoal e profissional para que o

indivíduo possa desenvolver as competências exigidas pelo mercado de trabalho.

Surge, assim, a necessidade de planejar a carreira. O objetivo da oficina de plane-

jamento de carreira é auxiliar os estudantes a planejar sua carreira, através do

estabelecimento de metas e de planos de ação para alcançá-las. Para tanto,

serão abordados três tópicos: autoconhecimento, comportamentos de explora-

ção e tomada de decisão.

TOTAL

MÉDIA

Page 4: Cartilha 4 - PRAE

O QUE É PLANEJAMENTO DE CARREIRA?

Bardagi, M. P., & Hutz, C. S. (2012). Rotina acadêmica e relação com colegas e

professores: impacto na O termo carreira, no sentido comum da palavra, refere--

se a qualquer trabalho, remunerado ou não, realizado durante um período de

tempo (Robbins, 2005). A carreira pode também ser pensada como o caminho

que caracteriza a sucessão das atividades profissionais de uma pessoa ao longo

da vida (Dutra, 2008). Para alguns, esse caminho é mais ou menos linear ou

contínuo, mas para a maioria das pessoas não é assim. O mundo do trabalho tem

mudado tanto nas últimas décadas que as trajetórias de trabalho são cada vez

menos lineares (França, 2009). Nesse contexto, planejar a carreira é importante

porque aumenta as chances de se atingir os objetivos almejados.

O planejamento de carreira consiste em uma série de passos a serem tomados

visando atingir metas de carreira (Dutra, 2002). Ele possibilita que o sujeito progra-

me a trajetória necessária para alcançar seus objetivos e avalie se os conhecimen-

tos adquiridos são suficientes para realizar seus projetos.

Uma vez que o projeto de carreira organiza a adaptação do indivíduo à

realidade, propiciando equilíbrio entre o real e o ideal, o próprio sujeito já possui

uma avaliação sobre qual a possibilidade de sucesso que terá de acordo com as

suas condições socioeconômicas. Assim, cada vez mais um projeto de carreira está

sendo compreendido como norteador do projeto de vida das pessoas (Gonçal-

ves et al., 2008).

AUTOCONHECIMENTO

Para planejar a carreira é necessário saber onde se quer chegar, ou seja, é preciso

Conheça seu estilo de tomada de decisão, ou seja, os critérios que você

considera ao fazer escolhas em outros contextos.

Passo 2 – comportamentos de exploração

Conheça as vantagens e desvantagens das opções que você tem em mente.

Avalie de que forma cada opção se relaciona com suas metas pessoais e

profissionais.

Passo 3 – tomada de decisão

Implemente a decisão.

Lembre-seO que consideramos prioridade em uma fase de vida pode mudar no decorrer

do tempo. Assim, as decisões podem ser adequadas em determinado momento,

embora se possa mudar de ideia no futuro. As escolhas não precisam ser perma-

nentes, elas são passíveis de mudanças. Portanto, algo que você decidiu no

presente pode ser modificado ou adaptado no futuro.

Cuidado para não confundir a tomada de decisão com a “linha de chegada”! A

decisão de carreira consiste na forma escolhida para alcançar seus objetivos

pessoais e profissionais. Entretanto, um longo caminho ainda deve ser percorrido

para tal (Soares, 2002).

Exercício Preencha a tabela a seguir com seus objetivos profissionais e com os conheci-

mentos e habilidades necessários para alcançá-los.

Defina como, quando, onde e quanto precisará investir no seu desenvolvimento.

Avalie sua evolução a cada seis meses. Identifique se há necessidade de acres-

centar, adaptar ou excluir alguma etapa.

Você pode utilizar essas informações como critério para decidir em quais ativida-

des deve se envolver ou não com base nas contribuições que pode oferecer para

seus planos futuros.

Page 5: Cartilha 4 - PRAE

oBJE

TIVO

O

que

pre

tend

o s

er/a

lca

nça

r?

Co

mo

alc

anç

are

i me

u o

bje

tivo

?

Q

ual?

Q

uand

o

Ond

e?

Inv

est

ime

nto

Form

açã

o n

eces

sária

Idio

ma

s ne

cess

ário

s

Red

e d

e co

nta

tos

Pro

jeto

s d

esen

volv

ido

s na

áre

a

(

ba

ckg

roun

d)

MÉT

ODO

Co

mp

etên

cia

s q

ue te

nho

e q

ue

dev

o d

esen

volv

er

Estra

tég

ias

pa

ra m

eu tr

ab

alh

o s

er

r

eco

nhec

ido

Ma

rketin

g p

esso

al

As

met

as

estã

o s

end

o a

ting

ida

s?

O q

ue p

oss

o m

od

ifica

r?

REVI

SÃO

Que

fato

res

não

fora

m c

ons

ider

ad

os

e a

feta

m o

s re

sulta

do

s?

traçar METAS pessoais em relação à carreira escolhida. O autoquestionamento é

a forma mais eficaz para se chegar na definição de tais objetivos. Você deve se

perguntar:

Por que escolhi essa profissão?

Que estilo de vida quero ter?

O que é importante para mim?

É comum ouvir pessoas afirmarem que querem ser felizes e ter sucesso. Contudo, o

conceito de felicidade de uma pessoa pode ser diferente do conceito de outra.

Veja os exemplos:

Quero ser feliz. Quero trabalhar em uma empresa, ter horário de trabalho fixo,

perspectiva de crescimento e 13º.

Quero ser feliz. Quero ser uma profissional autônoma, definir meu próprio horário

de trabalho e tirar férias quando quiser.

Quero ser feliz. Quero trabalhar com outras pessoas e estar trocando ideias .

Quero ser feliz. Quero trabalhar no meu escritório e poder organizar documenta-

ção.

ATIVIDADELevantamento de Inclinações Profissionais Âncoras de Carreira – Edgar Schein (1996)

O preenchimento deste questionário pode auxiliá-lo a identificar que estilo de

profissional você é ou gostaria de ser. Leia as afirmativas abaixo e pontue cada

uma de 1 a 6, de acordo com a escala a seguir:

Page 6: Cartilha 4 - PRAE

1 - Esta afirmação jamais se aplica a mim.

2 ou 3 - Esta afirmação ocasionalmente se aplica a mim.

4 ou 5 - Esta afirmação frequentemente se aplica a mim.

6 - Esta afirmação sempre se aplica a mim.

1. Sonho em ser tão bom no que faço que minha opinião de especia-

lista seja sempre solicitada.

2. Sinto-me mais realizado em meu trabalho quando consigo integrar e

dirigir o trabalho de outras pessoas.

3. Sonho em ter uma carreira que me dê a liberdade de executar meu

trabalho a meu modo e dentro do meu horário.

4. Considero segurança e estabilidade mais importantes do que

liberdade e autonomia.

5. Estou sempre à procura de idéias que me permitam dar início a um

empreendimento próprio.

6. Somente considerarei minha carreira um sucesso se achar que contri-

bui verdadeiramente para o bem-estar da sociedade.

7. Sonho com uma carreira que me possibilite solucionar problemas ou

vencer em situações extremamente desafiadoras.

8. Prefiro sair da empresa onde estou a ocupar um cargo que prejudi-

que a possibilidade de satisfazer meus interesses pessoais e familiares.

9. Só vou achar que minha carreira é um sucesso se puder aperfeiçoar

minha capacidade técnica ou funcional até o mais alto nível de

competência.

10. Sonho em estar à testa de uma organização complexa e tomar

decisões que afetem muitas pessoas.

11. Sinto-me mais realizado em meu trabalho quando tenho inteira

liberdade de definir minhas tarefas, horários e métodos.

Eu procuro me atualizar sobre as novas tendências do mercado de

trabalho como um todo.

Tenho realizado cursos ou assistido a palestras relativas à minha profis-

são.

Eu me coloco em situações que são novas para mim com o objetivo de

me conhecer melhor através de experiências diferentes.

Eu tenho buscado oportunidades para exercitar as habilidades

referentes à minha profissão.

Eu tenho parado para pensar sobre que tipos de atividades profissio-

nais realmente me interessam.

Costumo pensar sobre quais são minhas principais habilidades e

limitações.

Tenho avaliado meus interesses e preferências profissionais.

Eu tenho pensado na forma como o meu passado se relaciona com a

minha escolha profissional.

Eu tenho me questionado sobre o que eu realmente considero impor-

tante em uma profissão.

Eu tenho refletido sobre minha história pessoal quando penso sobre o

meu futuro profissional.

Eu tenho pensado sobre como o meu jeito de ser pode estar relacio-

nado com as minhas preferências profissionais.

Eu tenho refletido sobre como as habilidades que eu tenho combinam

com as atividades que me interessam.

Exploração de si

Page 7: Cartilha 4 - PRAE

Durante a trajetória universitária, é esperado que os estudantes adquiram conheci-

mentos e aprendam técnicas específicas da profissão. Além desses aspectos,

sugere-se o envolvimento em atividades extracurriculares, que costumam estar

associadas a elementos importantes para o desenvolvimento da carreira, tais

como qualidade da identidade profissional, comprometimento com a formação,

satisfação com o curso, aprimoramento das habilidades de liderança e facilidade

de estabelecer relacionamentos interpessoais (Bardagi & Hutz, 2012; Fior & Mercu-

ri, 2009). O envolvimento em atividades extracurriculares também contribui para a

empregabilidade dos jovens (Hu & Wolniak, 2010; Stevenson & Clegg, 2011), já

que é valorizado pela maioria das empresas (Hu & Wolniak, 2010). Os próprios

universitários relatam que as atividades complementares proporcionam a aquisição

de conhecimentos e novas experiências que complementam o currículo básico,

satisfazem o desejo de vivenciar a profissão escolhida e, em alguns casos, são uma

fonte de renda para o acadêmico (Peres et al., 2007).

São exemplos de atividades extracurriculares: monitoria, iniciação científica,

projetos de extensão, grupos de estudos e pesquisa, órgãos de representação

estudantil, congressos e eventos científicos, estágios remunerados ou não (Bardagi

& Hutz, 2012; Fior & Mercuri, 2009).

TOMADA DE DECISÃOA tomada de decisão é a última etapa do planejamento de carreira. As etapas

anteriores (autoconhecimento e comportamentos exploratórios) combinadas

permitem uma de tomada de decisão informada.

Passo 1 – autoconhecimento

Conheça os fatores que interferem nas suas escolhas, como valores pessoais,

opinião de amigos e familiares.

12. Prefiro sair da empresa onde estou a aceitar um cargo que

coloque em risco minha segurança.

13. Acho mais importante tocar minha própria empresa do que ocupar

um alto cargo administrativo em uma empresa alheia.

14. Sinto-me mais realizado em relação à minha carreira quando

coloco minha capacidade a serviço de meus semelhantes.

15. Somente vou considerar minha carreira um sucesso se enfrentar e

superar situações muito difíceis.

16. Sonho com uma carreira que me permita conciliar minhas necessi-

dades pessoais, familiares e profissionais.

17. Tornar-me diretor técnico na área de minha especialidade me

atraia mais do que tornar-me diretor geral.

18. Somente vou achar que minha carreira é um sucesso se me tornar

diretor de alguma organização.

19. Somente vou achar que minha carreira é um sucesso se conseguir

total autonomia e liberdade.

20. Procuro empregos em organizações que me proporcionem uma

sensação de segurança e estabilidade.

21. Sinto-me mais realizado em minha carreira quando consigo construir

algo que seja inteiramente resultado de minhas idéias e esforços.

22. Acho mais importante utilizar minhas aptidões para fazer deste

mundo um lugar melhor para se viver e trabalhar do que para alcançar

um alto cargo administrativo.

23. Sinto-me mais realizado em relação à minha carreira quando

resolvo problemas aparentemente insolúveis ou venço em situações

muito adversas.

Page 8: Cartilha 4 - PRAE

24. Somente acho que minha visa está sendo bem sucedida quando

consigo contrabalançar exigências pessoais, familiares e profissionais.

25. Prefiro sair da empresa onde estou a aceitar um cargo em esquema

rotativo que me afaste de minha área de especialidade.

26. Tornar-me diretor geral é mais interessante para mim do que ocupar

o cargo do diretor técnico do primeiro escalão em minha área de

especialidade.

27. Mais do que segurança, considero importante a oportunidade de

realizar o trabalho a meu modo, livre de regras e limitações.

28. Sinto-me mais realizado em meu trabalho quando acho que tenho

inteira segurança financeira e estabilidade no emprego.

29. Somente vou achar que minha carreira é um sucesso se conseguir

criar ou construir algo que seja uma produção ou idéia inteiramente

minha.

30. Sonho em ter uma carreira que dê uma verdadeira contribuição

para a humanidade e à sociedade.

31. Procuro oportunidades profissionais que desafiem minha capaci-

dade de solucionar problemas e/ou minha competitividade.

32. Para mim é mais importante conciliar as demandas de minha vida

pessoal e profissional do que alcançar um alto cargo administrativo.

33. Sinto-me mais realizado em meu trabalho quando sou capaz de

utilizar minhas aptidões e talentos.

34. Prefiro sair da empresa onde estou a aceitar um cargo que me

afaste da carreira administrativa.

35. Prefiro sair da empresa onde estou a aceitar um cargo que reduza

minha autonomia e liberdade.

COMPORTAMENTOS DE EXPLORAÇÃOOs comportamentos de exploração permitem desenvolver preferências antes da

efetivação de uma escolha profissional e da entrada no mundo do trabalho,

sendo voltada tanto para o interior quanto para o exterior do indivíduo (Super,

1963).

A exploração de si compreende comportamentos que produzem reflexão sobre

características de personalidade, interesses, habilidades, valores e influências

relacionadas à escolha ocupacional. Inclui a busca de informação sobre os tipos

de atividades profissionais que lhe interessam, sobre suas principais habilidades e

limitações e sobre o que você considera importante em uma profissão. Além disso,

envolve a experiência de situações novas com o objetivo de autoconhecimento

e, ainda, oportunidades para exercitar habilidades referentes à profissão que

você escolheu (Teixeira, Bardagi & Hutz, 2007).

Já a exploração do ambiente consiste em comportamentos que visam obter

informações sobre o mundo do trabalho. Inclui buscar informação sobre possibili-

dades de atuação, remuneração, crescimento profissional, oportunidades de

emprego, entre outros. Envolve, também, visitas a locais de trabalho para conhecer

de perto a rotina dos profissionais, bem como a realização de cursos e participa-

ção em palestras relativas à profissão (Teixeira, Bardagi & Hutz, 2007).

AtividadeAssinale as afirmações que você costuma realizar. Os itens que não foram marca-

dos servem de dica sobre o que você pode fazer para obter mais informações

para futuras tomadas de decisão.

(itens das Escalas de Exploração Vocacional - Teixeira, Bardagi & Hutz, 2007).

Page 9: Cartilha 4 - PRAE

Quando ouço falar sobre uma nova atividade que me chama a

atenção eu procuro mais informações sobre ela.

Costumo ler livros (ou revistas), assistir a programas de TV (ou vídeos) ou

procurar páginas na Internet que trazem informações sobre minha

profissão ou outras de meu interesse.

Eu tenho visitado locais de trabalho para conhecer de perto o dia-a--

dia dos profissionais.

Eu converso com meus pais, professores ou amigos para conhecer mais

sobre as possibilidades profissionais.

Eu tenho buscado obter informações sobre o mercado de trabalho e

oportunidades de emprego nas áreas profissionais de minha preferên-

cia.

Quando procuro informações sobre uma atividade, eu também busco

descobrir quais são os seus possíveis aspectos negativos.

Eu tenho procurado conhecer as diversas possibilidades de atuação

profissional que existem na minha profissão (coisas diferentes que um

mesmo profissional pode fazer).

Eu tenho buscado informações sobre quanto ganham realmente os

profissionais que atuam nas áreas que me interessam.

Eu procuro conhecer as possibilidades de crescimento profissional que

existem na minha profissão ou em outras que me atraem.

Eu tenho procurado me informar sobre as principais dificuldades

encontradas pelos profissionais da minha área de interesse.

Eu tenho tentado conhecer o máximo que eu posso sobre as diversas

atividades profissionais que existem na atualidade.

Exploração do ambiente36. Sonho em seguir uma carreira que me permita sentir segurança e

assegure estabilidade.

37. Sonho em começar a fazer crescer meu próprio negócio.

38. Prefiro sair da empresa onde estou a aceitar um cargo que prejudi-

que minha habilidade de ser útil aos outros.

39. Acho mais importante solucionar problemas quase insolúveis do

que alcançar uma alta posição administrativa.

40. Sempre procurei oportunidades profissionais que interferissem o

mínimo possível em meus interesses pessoais e familiares.

Pontuação:

1. Releia as respostas e localize os itens aos quais você atribuiu mais pontos.

Escolha TRÊS itens que mais se aplicam a você e acrescente a cada um QUATRO

pontos.

2. Transcreva os números que você atribuiu aos itens para a tabela de contagem

de pontos abaixo.

3. Some as colunas e divida por cinco a fim de obter a média de cada uma das

oito dimensões de âncoras de carreira. Não se esqueça de acrescentar os quatro

pontos extras para cada um dos itens antes de somar e tirar a média de seus

resultados.

TOTAL

MÉDIA

TF GG AI SE CE SD DP EV

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.

9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16.

17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24.

25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32.

33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40.

Page 10: Cartilha 4 - PRAE

Identificando sua Âncora de Carreira Competência Técnica/Funcional (TF)

Se sua âncora de carreira é a competência em alguma área técnica ou funcional,

você não abriria mão da oportunidade de aplicar suas habilidades nessa área e

de continuar desenvolvendo essas habilidades a um nível cada vez mais alto. Você

obtém seu senso de identidade com o exercício dessas habilidades e sente-se

totalmente realizado quando seu trabalho lhe permite ser desafiado nessas áreas.

Você pode estar disposto a gerenciar outras pessoas em sua área técnica ou

funcional, mas não se interessa pelo gerenciamento em si e evitaria a gerência

geral, porque precisaria desistir de sua própria área de especialidade. Seus

pontos do inventário nesta área estão na primeira coluna da folha de pontos, sob

TF.

Competência para Gerência Geral (GG)

Se sua âncora de carreira é a competência para a gerência geral, você não

abriria mão da oportunidade de subir a um nível alto o suficiente que lhe permita

integrar os esforços de outras pessoas em suas funções e ser responsável pelo

resultado de determinada unidade da organização. Você quer total responsabili-

dade pelos resultados e identifica seu próprio trabalho com o sucesso da organi-

zação para qual trabalha. Se você está em uma área técnica ou funcional

atualmente, aceita a situação como uma experiência de aprendizado necessária;

entretanto, ambiciona alcançar um cargo com funções generalistas o quanto

antes. Ter um alto cargo gerencial técnico não interessa. Seus pontos do inventário

nesta área estão na segunda coluna da folha de pontos sob GG.

como lida com sua situação familiar e como você se desenvolve, do que com

qualquer trabalho ou organização. Seus pontos no inventário dessa dimensão

estão na oitava da folha de pontos sob as letras EV.

Por que o resultado desse questionário pode ser útil?

As âncoras de carreira indicam que aspectos você valoriza no que se refere ao

trabalho e podem auxiliar na identificação de áreas de atuação dentro da sua

profissão.

Exemplo

Algumas pessoas que concluem o curso de Psicologia optam por trabalhar numa

clínica particular, o que possibilita definir os dias e horários em que irão trabalhar,

características das âncoras Autonomia/Independência e Estilo de Vida. Outras

pessoas podem escolher prestar concurso público a fim de desfrutar de estabilida-

de financeira e segurança no emprego (âncora Segurança/Estabilidade). Por

outro lado, há pessoas que decidem trabalhar em organizações empresariais para

exercer as competências técnicas e funcionais características da Psicologia Orga-

nizacional e do Trabalho (âncora Competência Técnica/Funcional), enquanto

outras abririam mão dessa função para gerenciar a equipe (âncora Competência

para Gerência Geral). Ainda há possibilidade de fundar o próprio negócio, como

uma consultoria (âncora Criatividade Empreendedora e/ou âncora Desafio Puro).

Por fim, é provável que pessoas que se identifiquem com a âncora Serviço/Dedica-

ção a uma causa envolvam-se com atividades de priorizem o bem-estar alheio.

Exercício

Identifique áreas de atuação da sua profissão que combinem com cada âncora

de carreira.

Page 11: Cartilha 4 - PRAE

TOTAL

MÉDIA

Estar indeciso sobre o futuro profissional no início da vida adulta, isto é, não saber

o que fazer após o término do curso universitário, é mais a regra do que a exceção

(Mota & Taveira, 2010).

Uma certa indecisão é saudável e normal, pois permite que a pessoa “abra a

cabeça” para novas ideias, o que permite buscar e explorar novos caminhos e

oportunidades. Pessoas que têm certeza sobre determinado plano futuro tendem a

não cogitar e, consequentemente, não procurar outras opções. Assim, elas não tem

como saber se existe ou não outra atividade que lhes agradaria mais do que a sua

primeira decisão.

Entretanto, a indecisão pode se tornar um problema quando ela é crônica. Em

outras palavras, pode ser prejudicial quando a pessoa adota uma postura

passiva, ficando mais preocupada com o fato de não saber o que fazer do que

com tentativas de explorar as diversas opções existentes.

Pessoas com uma postura passiva diante do planejamento e desenvolvimento de

suas carreiras tendem a:

(1) estabelecer critérios insuficientes para constituir prioridades de carreira,

(2) possuir habilidades básicas deficitárias para a tarefa de transição ao mercado

de trabalho, tais como saber elaborar um currículo, buscar emprego ou quanto

cobrar por um serviço prestado, ou

(3) apresentar insuficiência de conteúdo científico no currículo, para estudantes

que aspiram seguir carreira acadêmica (Teixeira & Gomes, 2004).

Autonomia/Independência (AI)

Se sua âncora de carreira é autonomia/independência, você não renunciaria à

oportunidade de definir seu próprio trabalho, à sua própria maneira. Se você está

numa organização, quer permanecer em funções que lhe permitam flexibilidade

com relação a quando e como trabalhar. Se você não tolera regras e restrições

organizacionais de qualquer espécie, busca ocupações nas quais tenha a

liberdade que procura, tais como ensino ou consultoria. Para manter sua autono-

mia, você recusa oportunidades de promoção ou avanço. Talvez você até procu-

re ter seu próprio negócio para alcançar a sensação de autonomia; entretanto,

este motivo não é o mesmo que a criatividade empreendedora descrita mais

adiante. Seus pontos no inventário dessa dimensão estão na terceira coluna da

folha de pontos sob as letras AI.

Segurança/Estabilidade (SE)

Se sua âncora de carreira é a segurança/estabilidade, você não abriria mão de

sua segurança ou estabilidade no trabalho ou organização. Sua principal preocu-

pação é alcançar a sensação de ser bem sucedido, para ficar tranquilo. A âncora

está demonstrada na preocupação pela segurança financeira (tais como

aposentadoria e planos de pensão) ou segurança no emprego. Essa estabilidade

pode significar trocar sua lealdade e disposição de fazer qualquer coisa que seu

empregador lhe peça por uma promessa de garantia de emprego. Você se

preocupa menos com o conteúdo do seu trabalho e o posto que pode alcançar,

embora possa chegar a um alto nível, se seus talentos assim o permitirem. No que

se refere à autonomia, todo mundo tem certas necessidades de segurança e

estabilidade, especialmente em épocas que os encargos financeiros são grandes

ou quando se está para enfrentar a aposentadoria. Entretanto, as pessoas anco-

Page 12: Cartilha 4 - PRAE

radas dessa maneira estão sempre preocupadas com essas questões e constroem

toda sua auto-imagem em torno do gerenciamento da segurança e estabilidade.

Seus pontos no inventário dessa dimensão estão na quarta coluna da folha de

pontos sob as letras SE.

Criatividade Empreendedora (CE)

Se sua âncora de carreira é a criatividade empreendedora, você não renunciaria

à oportunidade de criar sua própria organização ou empreendimento, desenvolvi-

das com sua própria capacidade e disposição de assumir riscos e superar obstá-

culos. Você quer provar ao mundo que pode criar um empreendimento que seja o

resultado do seu próprio esforço. Talvez você trabalhe para outros em alguma

organização, enquanto aprende e avalia oportunidades futuras, mas seguirá seu

próprio caminho assim que sentir que tem condições para isso. Você quer que seu

empreendimento seja financeiramente bem sucedido, como prova de sua capaci-

dade. Seus pontos no inventário estão na quinta coluna da folha de pontos sob

as letras CE.

Serviço/Dedicação a uma causa (SD)

Se sua âncora de carreira é serviço/dedicação a uma causa, você não renuncia-

ria à oportunidade e procurar um trabalho onde pudesse realizar alguma coisa útil,

como, por exemplo, tornar o mundo um lugar melhor para se viver, solucionar proble-

mas ambientais, melhorar a harmonia entre as pessoas, ajudar aos outros, melhorar

a segurança das pessoas, curar doenças através de novos produtos, etc. Você

busca essas oportunidades, mesmo que isto signifique mudar de organização, e

não aceita transferências ou promoções que o desviem do trabalho que preencha

esses valores.

Page 13: Cartilha 4 - PRAE

Desafio Puro (DP)

Se sua âncora de carreira é o desafio puro, você não abriria mão da oportunida-

de de trabalhar na solução de problemas aparentemente insolúveis, para vencer

oponentes duros ou superar obstáculos difíceis. Para você, a única razão significa-

tiva para buscar um trabalho ou carreira é que este lhe permita vencer o impossível.

Algumas pessoas encontram esse desafio puro em alguns trabalhos intelectuais,

como, por exemplo, o engenheiro interessado apenas em desenhos extremamente

difíceis; outras encontram seu desafio em situações complexas, tais como um consul-

tor estrategistas, interessado apenas em clientes à beira da falência e que já

esgotaram todos os recursos; algumas o encontram na competição interpessoal,

como o atleta profissional ou vendedor que define cada venda como uma vitória

ou derrota. A novidade, variedade e dificuldade tornam-se um fim em si e se

alguma coisa é fácil, imediatamente torna-se monótona. Seus pontos no inventario

nessa dimensão estão na sétima coluna da folha sob as letras DP.

Estilo de Vida (EV)

Se sua âncora de carreira é o estilo de vida, você não abriria mão de uma

situação que lhe permita equilibrar e integrar suas necessidades pessoais, familiares

e as exigências de sua carreira. Você que fazer todos os principais segmentos de

sua vida trabalhar em conjunto para um todo integrado e, portanto, precisa de

uma situação de carreira que lhe dê suficiente flexibilidade para alcançar tal

inteigração. Talvez você precise sacrificar alguns aspectos da sua carreira (por

exemplo, uma mudança geográfica que fosse uma promoção, mas que desestrutu-

raria toda sua situação de vida), e você define o sucesso em termos mais amplos

do que simplesmente sucesso na carreira. Você sente que sua identidade está mais

vinculada ao modo de viver sua vida como um todo, onde você se estabelece,

Page 14: Cartilha 4 - PRAE

como lida com sua situação familiar e como você se desenvolve, do que com

qualquer trabalho ou organização. Seus pontos no inventário dessa dimensão

estão na oitava da folha de pontos sob as letras EV.

Por que o resultado desse questionário pode ser útil?

As âncoras de carreira indicam que aspectos você valoriza no que se refere ao

trabalho e podem auxiliar na identificação de áreas de atuação dentro da sua

profissão.

Exemplo

Algumas pessoas que concluem o curso de Psicologia optam por trabalhar numa

clínica particular, o que possibilita definir os dias e horários em que irão trabalhar,

características das âncoras Autonomia/Independência e Estilo de Vida. Outras

pessoas podem escolher prestar concurso público a fim de desfrutar de estabilida-

de financeira e segurança no emprego (âncora Segurança/Estabilidade). Por

outro lado, há pessoas que decidem trabalhar em organizações empresariais para

exercer as competências técnicas e funcionais características da Psicologia Orga-

nizacional e do Trabalho (âncora Competência Técnica/Funcional), enquanto

outras abririam mão dessa função para gerenciar a equipe (âncora Competência

para Gerência Geral). Ainda há possibilidade de fundar o próprio negócio, como

uma consultoria (âncora Criatividade Empreendedora e/ou âncora Desafio Puro).

Por fim, é provável que pessoas que se identifiquem com a âncora Serviço/Dedica-

ção a uma causa envolvam-se com atividades de priorizem o bem-estar alheio.

Exercício

Identifique áreas de atuação da sua profissão que combinem com cada âncora

de carreira.

Identificando sua Âncora de Carreira Competência Técnica/Funcional (TF)

Se sua âncora de carreira é a competência em alguma área técnica ou funcional,

você não abriria mão da oportunidade de aplicar suas habilidades nessa área e

de continuar desenvolvendo essas habilidades a um nível cada vez mais alto. Você

obtém seu senso de identidade com o exercício dessas habilidades e sente-se

totalmente realizado quando seu trabalho lhe permite ser desafiado nessas áreas.

Você pode estar disposto a gerenciar outras pessoas em sua área técnica ou

funcional, mas não se interessa pelo gerenciamento em si e evitaria a gerência

geral, porque precisaria desistir de sua própria área de especialidade. Seus

pontos do inventário nesta área estão na primeira coluna da folha de pontos, sob

TF.

Competência para Gerência Geral (GG)

Se sua âncora de carreira é a competência para a gerência geral, você não

abriria mão da oportunidade de subir a um nível alto o suficiente que lhe permita

integrar os esforços de outras pessoas em suas funções e ser responsável pelo

resultado de determinada unidade da organização. Você quer total responsabili-

dade pelos resultados e identifica seu próprio trabalho com o sucesso da organi-

zação para qual trabalha. Se você está em uma área técnica ou funcional

atualmente, aceita a situação como uma experiência de aprendizado necessária;

entretanto, ambiciona alcançar um cargo com funções generalistas o quanto

antes. Ter um alto cargo gerencial técnico não interessa. Seus pontos do inventário

nesta área estão na segunda coluna da folha de pontos sob GG.

Page 15: Cartilha 4 - PRAE

Autonomia/Independência (AI)

Se sua âncora de carreira é autonomia/independência, você não renunciaria à

oportunidade de definir seu próprio trabalho, à sua própria maneira. Se você está

numa organização, quer permanecer em funções que lhe permitam flexibilidade

com relação a quando e como trabalhar. Se você não tolera regras e restrições

organizacionais de qualquer espécie, busca ocupações nas quais tenha a

liberdade que procura, tais como ensino ou consultoria. Para manter sua autono-

mia, você recusa oportunidades de promoção ou avanço. Talvez você até procu-

re ter seu próprio negócio para alcançar a sensação de autonomia; entretanto,

este motivo não é o mesmo que a criatividade empreendedora descrita mais

adiante. Seus pontos no inventário dessa dimensão estão na terceira coluna da

folha de pontos sob as letras AI.

Segurança/Estabilidade (SE)

Se sua âncora de carreira é a segurança/estabilidade, você não abriria mão de

sua segurança ou estabilidade no trabalho ou organização. Sua principal preocu-

pação é alcançar a sensação de ser bem sucedido, para ficar tranquilo. A âncora

está demonstrada na preocupação pela segurança financeira (tais como

aposentadoria e planos de pensão) ou segurança no emprego. Essa estabilidade

pode significar trocar sua lealdade e disposição de fazer qualquer coisa que seu

empregador lhe peça por uma promessa de garantia de emprego. Você se

preocupa menos com o conteúdo do seu trabalho e o posto que pode alcançar,

embora possa chegar a um alto nível, se seus talentos assim o permitirem. No que

se refere à autonomia, todo mundo tem certas necessidades de segurança e

estabilidade, especialmente em épocas que os encargos financeiros são grandes

ou quando se está para enfrentar a aposentadoria. Entretanto, as pessoas anco-

TOTAL

MÉDIA

Estar indeciso sobre o futuro profissional no início da vida adulta, isto é, não saber

o que fazer após o término do curso universitário, é mais a regra do que a exceção

(Mota & Taveira, 2010).

Uma certa indecisão é saudável e normal, pois permite que a pessoa “abra a

cabeça” para novas ideias, o que permite buscar e explorar novos caminhos e

oportunidades. Pessoas que têm certeza sobre determinado plano futuro tendem a

não cogitar e, consequentemente, não procurar outras opções. Assim, elas não tem

como saber se existe ou não outra atividade que lhes agradaria mais do que a sua

primeira decisão.

Entretanto, a indecisão pode se tornar um problema quando ela é crônica. Em

outras palavras, pode ser prejudicial quando a pessoa adota uma postura

passiva, ficando mais preocupada com o fato de não saber o que fazer do que

com tentativas de explorar as diversas opções existentes.

Pessoas com uma postura passiva diante do planejamento e desenvolvimento de

suas carreiras tendem a:

(1) estabelecer critérios insuficientes para constituir prioridades de carreira,

(2) possuir habilidades básicas deficitárias para a tarefa de transição ao mercado

de trabalho, tais como saber elaborar um currículo, buscar emprego ou quanto

cobrar por um serviço prestado, ou

(3) apresentar insuficiência de conteúdo científico no currículo, para estudantes

que aspiram seguir carreira acadêmica (Teixeira & Gomes, 2004).

Page 16: Cartilha 4 - PRAE

COMPORTAMENTOS DE EXPLORAÇÃOOs comportamentos de exploração permitem desenvolver preferências antes da

efetivação de uma escolha profissional e da entrada no mundo do trabalho,

sendo voltada tanto para o interior quanto para o exterior do indivíduo (Super,

1963).

A exploração de si compreende comportamentos que produzem reflexão sobre

características de personalidade, interesses, habilidades, valores e influências

relacionadas à escolha ocupacional. Inclui a busca de informação sobre os tipos

de atividades profissionais que lhe interessam, sobre suas principais habilidades e

limitações e sobre o que você considera importante em uma profissão. Além disso,

envolve a experiência de situações novas com o objetivo de autoconhecimento

e, ainda, oportunidades para exercitar habilidades referentes à profissão que

você escolheu (Teixeira, Bardagi & Hutz, 2007).

Já a exploração do ambiente consiste em comportamentos que visam obter

informações sobre o mundo do trabalho. Inclui buscar informação sobre possibili-

dades de atuação, remuneração, crescimento profissional, oportunidades de

emprego, entre outros. Envolve, também, visitas a locais de trabalho para conhecer

de perto a rotina dos profissionais, bem como a realização de cursos e participa-

ção em palestras relativas à profissão (Teixeira, Bardagi & Hutz, 2007).

AtividadeAssinale as afirmações que você costuma realizar. Os itens que não foram marca-

dos servem de dica sobre o que você pode fazer para obter mais informações

para futuras tomadas de decisão.

(itens das Escalas de Exploração Vocacional - Teixeira, Bardagi & Hutz, 2007).

24. Somente acho que minha visa está sendo bem sucedida quando

consigo contrabalançar exigências pessoais, familiares e profissionais.

25. Prefiro sair da empresa onde estou a aceitar um cargo em esquema

rotativo que me afaste de minha área de especialidade.

26. Tornar-me diretor geral é mais interessante para mim do que ocupar

o cargo do diretor técnico do primeiro escalão em minha área de

especialidade.

27. Mais do que segurança, considero importante a oportunidade de

realizar o trabalho a meu modo, livre de regras e limitações.

28. Sinto-me mais realizado em meu trabalho quando acho que tenho

inteira segurança financeira e estabilidade no emprego.

29. Somente vou achar que minha carreira é um sucesso se conseguir

criar ou construir algo que seja uma produção ou idéia inteiramente

minha.

30. Sonho em ter uma carreira que dê uma verdadeira contribuição

para a humanidade e à sociedade.

31. Procuro oportunidades profissionais que desafiem minha capaci-

dade de solucionar problemas e/ou minha competitividade.

32. Para mim é mais importante conciliar as demandas de minha vida

pessoal e profissional do que alcançar um alto cargo administrativo.

33. Sinto-me mais realizado em meu trabalho quando sou capaz de

utilizar minhas aptidões e talentos.

34. Prefiro sair da empresa onde estou a aceitar um cargo que me

afaste da carreira administrativa.

35. Prefiro sair da empresa onde estou a aceitar um cargo que reduza

minha autonomia e liberdade.

Page 17: Cartilha 4 - PRAE

36. Sonho em seguir uma carreira que me permita sentir segurança e

assegure estabilidade.

37. Sonho em começar a fazer crescer meu próprio negócio.

38. Prefiro sair da empresa onde estou a aceitar um cargo que prejudi-

que minha habilidade de ser útil aos outros.

39. Acho mais importante solucionar problemas quase insolúveis do

que alcançar uma alta posição administrativa.

40. Sempre procurei oportunidades profissionais que interferissem o

mínimo possível em meus interesses pessoais e familiares.

Pontuação:

1. Releia as respostas e localize os itens aos quais você atribuiu mais pontos.

Escolha TRÊS itens que mais se aplicam a você e acrescente a cada um QUATRO

pontos.

2. Transcreva os números que você atribuiu aos itens para a tabela de contagem

de pontos abaixo.

3. Some as colunas e divida por cinco a fim de obter a média de cada uma das

oito dimensões de âncoras de carreira. Não se esqueça de acrescentar os quatro

pontos extras para cada um dos itens antes de somar e tirar a média de seus

resultados.

TOTAL

MÉDIA

TF GG AI SE CE SD DP EV

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.

9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16.

17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24.

25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32.

33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40.

Quando ouço falar sobre uma nova atividade que me chama a

atenção eu procuro mais informações sobre ela.

Costumo ler livros (ou revistas), assistir a programas de TV (ou vídeos) ou

procurar páginas na Internet que trazem informações sobre minha

profissão ou outras de meu interesse.

Eu tenho visitado locais de trabalho para conhecer de perto o dia-a--

dia dos profissionais.

Eu converso com meus pais, professores ou amigos para conhecer mais

sobre as possibilidades profissionais.

Eu tenho buscado obter informações sobre o mercado de trabalho e

oportunidades de emprego nas áreas profissionais de minha preferên-

cia.

Quando procuro informações sobre uma atividade, eu também busco

descobrir quais são os seus possíveis aspectos negativos.

Eu tenho procurado conhecer as diversas possibilidades de atuação

profissional que existem na minha profissão (coisas diferentes que um

mesmo profissional pode fazer).

Eu tenho buscado informações sobre quanto ganham realmente os

profissionais que atuam nas áreas que me interessam.

Eu procuro conhecer as possibilidades de crescimento profissional que

existem na minha profissão ou em outras que me atraem.

Eu tenho procurado me informar sobre as principais dificuldades

encontradas pelos profissionais da minha área de interesse.

Eu tenho tentado conhecer o máximo que eu posso sobre as diversas

atividades profissionais que existem na atualidade.

Exploração do ambiente

Page 18: Cartilha 4 - PRAE

Eu procuro me atualizar sobre as novas tendências do mercado de

trabalho como um todo.

Tenho realizado cursos ou assistido a palestras relativas à minha profis-

são.

Eu me coloco em situações que são novas para mim com o objetivo de

me conhecer melhor através de experiências diferentes.

Eu tenho buscado oportunidades para exercitar as habilidades

referentes à minha profissão.

Eu tenho parado para pensar sobre que tipos de atividades profissio-

nais realmente me interessam.

Costumo pensar sobre quais são minhas principais habilidades e

limitações.

Tenho avaliado meus interesses e preferências profissionais.

Eu tenho pensado na forma como o meu passado se relaciona com a

minha escolha profissional.

Eu tenho me questionado sobre o que eu realmente considero impor-

tante em uma profissão.

Eu tenho refletido sobre minha história pessoal quando penso sobre o

meu futuro profissional.

Eu tenho pensado sobre como o meu jeito de ser pode estar relacio-

nado com as minhas preferências profissionais.

Eu tenho refletido sobre como as habilidades que eu tenho combinam

com as atividades que me interessam.

Exploração de si

1 - Esta afirmação jamais se aplica a mim.

2 ou 3 - Esta afirmação ocasionalmente se aplica a mim.

4 ou 5 - Esta afirmação frequentemente se aplica a mim.

6 - Esta afirmação sempre se aplica a mim.

1. Sonho em ser tão bom no que faço que minha opinião de especia-

lista seja sempre solicitada.

2. Sinto-me mais realizado em meu trabalho quando consigo integrar e

dirigir o trabalho de outras pessoas.

3. Sonho em ter uma carreira que me dê a liberdade de executar meu

trabalho a meu modo e dentro do meu horário.

4. Considero segurança e estabilidade mais importantes do que

liberdade e autonomia.

5. Estou sempre à procura de idéias que me permitam dar início a um

empreendimento próprio.

6. Somente considerarei minha carreira um sucesso se achar que contri-

bui verdadeiramente para o bem-estar da sociedade.

7. Sonho com uma carreira que me possibilite solucionar problemas ou

vencer em situações extremamente desafiadoras.

8. Prefiro sair da empresa onde estou a ocupar um cargo que prejudi-

que a possibilidade de satisfazer meus interesses pessoais e familiares.

9. Só vou achar que minha carreira é um sucesso se puder aperfeiçoar

minha capacidade técnica ou funcional até o mais alto nível de

competência.

10. Sonho em estar à testa de uma organização complexa e tomar

decisões que afetem muitas pessoas.

11. Sinto-me mais realizado em meu trabalho quando tenho inteira

liberdade de definir minhas tarefas, horários e métodos.

Page 19: Cartilha 4 - PRAE

12. Prefiro sair da empresa onde estou a aceitar um cargo que

coloque em risco minha segurança.

13. Acho mais importante tocar minha própria empresa do que ocupar

um alto cargo administrativo em uma empresa alheia.

14. Sinto-me mais realizado em relação à minha carreira quando

coloco minha capacidade a serviço de meus semelhantes.

15. Somente vou considerar minha carreira um sucesso se enfrentar e

superar situações muito difíceis.

16. Sonho com uma carreira que me permita conciliar minhas necessi-

dades pessoais, familiares e profissionais.

17. Tornar-me diretor técnico na área de minha especialidade me

atraia mais do que tornar-me diretor geral.

18. Somente vou achar que minha carreira é um sucesso se me tornar

diretor de alguma organização.

19. Somente vou achar que minha carreira é um sucesso se conseguir

total autonomia e liberdade.

20. Procuro empregos em organizações que me proporcionem uma

sensação de segurança e estabilidade.

21. Sinto-me mais realizado em minha carreira quando consigo construir

algo que seja inteiramente resultado de minhas idéias e esforços.

22. Acho mais importante utilizar minhas aptidões para fazer deste

mundo um lugar melhor para se viver e trabalhar do que para alcançar

um alto cargo administrativo.

23. Sinto-me mais realizado em relação à minha carreira quando

resolvo problemas aparentemente insolúveis ou venço em situações

muito adversas.

Durante a trajetória universitária, é esperado que os estudantes adquiram conheci-

mentos e aprendam técnicas específicas da profissão. Além desses aspectos,

sugere-se o envolvimento em atividades extracurriculares, que costumam estar

associadas a elementos importantes para o desenvolvimento da carreira, tais

como qualidade da identidade profissional, comprometimento com a formação,

satisfação com o curso, aprimoramento das habilidades de liderança e facilidade

de estabelecer relacionamentos interpessoais (Bardagi & Hutz, 2012; Fior & Mercu-

ri, 2009). O envolvimento em atividades extracurriculares também contribui para a

empregabilidade dos jovens (Hu & Wolniak, 2010; Stevenson & Clegg, 2011), já

que é valorizado pela maioria das empresas (Hu & Wolniak, 2010). Os próprios

universitários relatam que as atividades complementares proporcionam a aquisição

de conhecimentos e novas experiências que complementam o currículo básico,

satisfazem o desejo de vivenciar a profissão escolhida e, em alguns casos, são uma

fonte de renda para o acadêmico (Peres et al., 2007).

São exemplos de atividades extracurriculares: monitoria, iniciação científica,

projetos de extensão, grupos de estudos e pesquisa, órgãos de representação

estudantil, congressos e eventos científicos, estágios remunerados ou não (Bardagi

& Hutz, 2012; Fior & Mercuri, 2009).

TOMADA DE DECISÃOA tomada de decisão é a última etapa do planejamento de carreira. As etapas

anteriores (autoconhecimento e comportamentos exploratórios) combinadas

permitem uma de tomada de decisão informada.

Passo 1 – autoconhecimento

Conheça os fatores que interferem nas suas escolhas, como valores pessoais,

opinião de amigos e familiares.

Page 20: Cartilha 4 - PRAE

Conheça seu estilo de tomada de decisão, ou seja, os critérios que você

considera ao fazer escolhas em outros contextos.

Passo 2 – comportamentos de exploração

Conheça as vantagens e desvantagens das opções que você tem em mente.

Avalie de que forma cada opção se relaciona com suas metas pessoais e

profissionais.

Passo 3 – tomada de decisão

Implemente a decisão.

Lembre-seO que consideramos prioridade em uma fase de vida pode mudar no decorrer

do tempo. Assim, as decisões podem ser adequadas em determinado momento,

embora se possa mudar de ideia no futuro. As escolhas não precisam ser perma-

nentes, elas são passíveis de mudanças. Portanto, algo que você decidiu no

presente pode ser modificado ou adaptado no futuro.

Cuidado para não confundir a tomada de decisão com a “linha de chegada”! A

decisão de carreira consiste na forma escolhida para alcançar seus objetivos

pessoais e profissionais. Entretanto, um longo caminho ainda deve ser percorrido

para tal (Soares, 2002).

Exercício Preencha a tabela a seguir com seus objetivos profissionais e com os conheci-

mentos e habilidades necessários para alcançá-los.

Defina como, quando, onde e quanto precisará investir no seu desenvolvimento.

Avalie sua evolução a cada seis meses. Identifique se há necessidade de acres-

centar, adaptar ou excluir alguma etapa.

Você pode utilizar essas informações como critério para decidir em quais ativida-

des deve se envolver ou não com base nas contribuições que pode oferecer para

seus planos futuros.

O QUE É PLANEJAMENTO DE CARREIRA?

Bardagi, M. P., & Hutz, C. S. (2012). Rotina acadêmica e relação com colegas e

professores: impacto na O termo carreira, no sentido comum da palavra, refere--

se a qualquer trabalho, remunerado ou não, realizado durante um período de

tempo (Robbins, 2005). A carreira pode também ser pensada como o caminho

que caracteriza a sucessão das atividades profissionais de uma pessoa ao longo

da vida (Dutra, 2008). Para alguns, esse caminho é mais ou menos linear ou

contínuo, mas para a maioria das pessoas não é assim. O mundo do trabalho tem

mudado tanto nas últimas décadas que as trajetórias de trabalho são cada vez

menos lineares (França, 2009). Nesse contexto, planejar a carreira é importante

porque aumenta as chances de se atingir os objetivos almejados.

O planejamento de carreira consiste em uma série de passos a serem tomados

visando atingir metas de carreira (Dutra, 2002). Ele possibilita que o sujeito progra-

me a trajetória necessária para alcançar seus objetivos e avalie se os conhecimen-

tos adquiridos são suficientes para realizar seus projetos.

Uma vez que o projeto de carreira organiza a adaptação do indivíduo à

realidade, propiciando equilíbrio entre o real e o ideal, o próprio sujeito já possui

uma avaliação sobre qual a possibilidade de sucesso que terá de acordo com as

suas condições socioeconômicas. Assim, cada vez mais um projeto de carreira está

sendo compreendido como norteador do projeto de vida das pessoas (Gonçal-

ves et al., 2008).

AUTOCONHECIMENTO

Para planejar a carreira é necessário saber onde se quer chegar, ou seja, é preciso

Page 21: Cartilha 4 - PRAE

TOTAL

MÉDIA

traçar METAS pessoais em relação à carreira escolhida. O autoquestionamento é

a forma mais eficaz para se chegar na definição de tais objetivos. Você deve se

perguntar:

Por que escolhi essa profissão?

Que estilo de vida quero ter?

O que é importante para mim?

É comum ouvir pessoas afirmarem que querem ser felizes e ter sucesso. Contudo, o

conceito de felicidade de uma pessoa pode ser diferente do conceito de outra.

Veja os exemplos:

Quero ser feliz. Quero trabalhar em uma empresa, ter horário de trabalho fixo,

perspectiva de crescimento e 13º.

Quero ser feliz. Quero ser uma profissional autônoma, definir meu próprio horário

de trabalho e tirar férias quando quiser.

Quero ser feliz. Quero trabalhar com outras pessoas e estar trocando ideias .

Quero ser feliz. Quero trabalhar no meu escritório e poder organizar documenta-

ção.

ATIVIDADELevantamento de Inclinações Profissionais Âncoras de Carreira – Edgar Schein (1996)

O preenchimento deste questionário pode auxiliá-lo a identificar que estilo de

profissional você é ou gostaria de ser. Leia as afirmativas abaixo e pontue cada

uma de 1 a 6, de acordo com a escala a seguir:

oBJE

TIVO

O

que

pre

tend

o s

er/a

lca

nça

r?

Co

mo

alc

anç

are

i me

u o

bje

tivo

?

Q

ual?

Q

uand

o

Ond

e?

Inv

est

ime

nto

Form

açã

o n

eces

sária

Idio

ma

s ne

cess

ário

s

Red

e d

e co

nta

tos

Pro

jeto

s d

esen

volv

ido

s na

áre

a

(

ba

ckg

roun

d)

MÉT

ODO

Co

mp

etên

cia

s q

ue te

nho

e q

ue

dev

o d

esen

volv

er

Estra

tég

ias

pa

ra m

eu tr

ab

alh

o s

er

r

eco

nhec

ido

Ma

rketin

g p

esso

al

As

met

as

estã

o s

end

o a

ting

ida

s?

O q

ue p

oss

o m

od

ifica

r?

REVI

SÃO

Que

fato

res

não

fora

m c

ons

ider

ad

os

e a

feta

m o

s re

sulta

do

s?

Page 22: Cartilha 4 - PRAE

referências

Bardagi, M. P., & Hutz, C. S. (2012). Rotina acadêmica e relação com colegas e professores: impacto na evasão universitária. Psico, 43(2), 174-184.

Serviço de Orientação Profissional - UFRGS. Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Dutra, J. S. A Gestão em de carreira. In: Fleury, M. T. L. (org.). As pessoas na organização. p. 99-114. São Paulo: Gente, 2002.

Dutra, J. S. (2008). Gestão de pessoas: modelo, processos, tendências e perspectivas. São Paulo: Atlas.

Fior, C. A., & Mercuri, E. (2009). Formação universitária e flexibilidade curricular: importância das ativida-des obrigatórias e não obrigatórias. Psicologia da Educação, 29, 191-215.

França, A. C. L. (2009). Práticas de Recursos Humanos: Conceitos, Ferramentas e Procedimentos. São Paulo: Atlas.

Gondim, S. M. G. (2002). Perfil profissional e mercado de trabalho: relação com a formação acadêmica pela perspectiva de estudantes universitários. Revista Estudos de Psicologia, 7(2), 299-309.

Gonçalves, H. S., Borsoi, T. S., Santiago, M. A., Lino, M. V., Lima, I. N., & Frederico, R. G. (2008). Problemas da juventude e seus enfrentamentos: um estudo de representações sociais. Psicologia e Sociedade, 20(2), 217-225.

Hu, S., & Wolniak, G. C. (2010). Initial evidence on the influence of college student engagement on early career earnings. Research in Higher Education, 51(8), 750-766.

Mota, A. I., & Taveira, M. C. (2010). Exploração, dificuldades de tomada de decisão e indecisão vocacional. In M. C. Taveira & A. D. Silva (Orgs.). Desenvolvimento vocacional: avaliação e intervenção (p. 173-184). Braga: APDC.

Peres, C. M., Andrade, A. S., & Garcia, S. B. (2007). Atividades extracurriculares: multiplicidade e diferencia-ção necessárias ao currículo. Revista Brasileira de Educação Médica, 31(2), 147-155.

Robbins, S. P. (2005). Comportamento organizacional. São Paulo: Pearson Prentice Hall.

Schein, E. (1990). Career Anchors (discovering your real values). Jossey‐Bass: San Francisco.

SOARES, D. H. P. A escolha profissional do jovem ao adulto. São Paulo: Summus, 2002.

Stevenson, J., & Clegg, S. (2011). Possible selves: students orientating themselves towards the future through extracurricular activity. British Educational Research Journal, 37(2), 231-246.

Super, D. E. (1963). Vocational development in adolescence and early adulthood: tasks and behaviors. In D. E. Super, R. Starishevsky, N. Martin & J. P. Jordaan (Orgs.), Career development: self concept theory - essays in vocational development (pp.79-95). New York: College Entrance Examination Board.

Teixeira, M. A. P. A experiência de transição entre a universidade e o mercado de trabalho na adultez jovem. Tese de Doutorado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2002.

Teixeira, M. A. P., Bardagi, M. P., & Hutz, C. S. (2007). Escalas de Exploração Vocacional (EEV) para universitários. Psicologia em estudo, 12(1), 195-202.

Teixeira, M. A. P. & Gomes, W. B. (2004). Estou me formando... e agora?: Reflexões e perspectivas de jovens formandos universitários. Revista Brasileira de Orientação Profissional, 5(1), 47-62.

APRESENTAÇÃO

Esta cartilha foi produzida pelo projeto de extensão

“Oficinas de Orientação Profissional e Planejamento de Carreira”,

desenvolvido pelo grupo de pesquisa Avaliação e Intervenções no

Desenvolvimento Humano. O objetivo do projeto consiste em preparar

estudantes de ensino médio de escolas públicas de Santa Maria e

universitários da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) para o

planejamento de suas carreiras. Para tanto, são propostas oficinas que

abordam aspectos relevantes para o desenvolvimento de carreira, tais

como orientação profissional, gestão de tempo, estratégias de estudo,

elaboração de trabalhos científicos, apresentação oral de trabalhos,

elaboração de currículo e comportamento em entrevistas de seleção e

planejamento de carreira.

�Este material foi organizado e editado com o objetivo de servir como

material de apoio às atividades realizadas no projeto e difundir os

conhecimentos e ações trabalhados nas oficinas.

Espera-se que as informações contidas nesse material

e as atividades desenvolvidas nas oficinas

auxiliem na trajetória profissional dos

estudantes.

Page 23: Cartilha 4 - PRAE

introdução

Face à complexidade atual do mundo do trabalho, planejar a carreira profissional

é uma tarefa que adquire relevância crescente. O mercado de trabalho competiti-

vo, o aumento do número de profissionais com formação superior e a crise nos

empregos fazem com que a conquista de um espaço neste mercado dependa de

fatores como características pessoais, competências específicas e do estabeleci-

mento de uma rede de relações. Neste cenário, torna-se imprescindível o preparo

para a escolha de uma profissão, para a vida após o processo de escolarização

e para o desenvolvimento da carreira (Teixeira, 2002).

A qualificação exigida pelo mercado de trabalho pode ser tanto em termos

técnicos quanto em termos de habilidades pessoais. Gondim (2002) aponta três

habilidades como fundamentais na formação de perfis profissionais desejáveis:

(1) habilidades cognitivas, como raciocínio lógico e resolução de problemas;

(2) habilidades técnicas especializadas, como informática, língua estrangeira e

conhecimentos específicos da profissão;

(3) habilidades comportamentais e atitudinais, tais como cooperação, iniciativa e

empreendedorismo.

Há uma necessidade constante de qualificação pessoal e profissional para que o

indivíduo possa desenvolver as competências exigidas pelo mercado de trabalho.

Surge, assim, a necessidade de planejar a carreira. O objetivo da oficina de plane-

jamento de carreira é auxiliar os estudantes a planejar sua carreira, através do

estabelecimento de metas e de planos de ação para alcançá-las. Para tanto,

serão abordados três tópicos: autoconhecimento, comportamentos de explora-

ção e tomada de decisão.

equipeAna Cristina Garcia Dias

(Coordenadora e Professora do Programa de Pós-graduação em

Psicologia da Universidade Federal de Santa Maria )

Clarissa Tochetto de Oliveira

(Psicóloga – Mestranda do Programa em Psicologia da Universidade Federal

de Santa Maria)

ProduçãoProjeto de Extensão “Oficinas de Orientação Profissional e Planejamento de

Carreira”

IlustraçãoRômulo Viero Machado

Grupo de Pesquisa Avaliação e Intervenções no Desenvolvimento Humano

Rua Floriano Peixoto 1750, 3º andar. CEP: 97015-372.

Santa Maria – RS.

Contato: (55) 3220-9305

e-mail: [email protected]

Page 24: Cartilha 4 - PRAE

O grupo de pesquisa

Avaliação e Intervenções no

Desenvolvimento Humano tem por

objetivos produzir conhecimentos para o

aprimoramento de teorias e práticas na área

de desenvolvimento humano, enfocando os proces�

sos de avaliação e de intervenções ao longo do

ciclo vital. Em particular, busca-se investigar os

fatores psicológicos, sociais e cognitivos envol�

vidos no desenvolvimento normal e em situações de

risco psicossocial. O grupo está empenhado na

quali�cação de alunos de graduação, pro�ssio�

nais e pesquisadores. Os projetos de pesquisa visam

aprofundar a compreensão desta temática e emba�

sar as intervenções realizadas nos projetos

de extensão.