Cartilha 4 - PRAE
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OFICINA DE PLANEJAMENTO DE
CARREIRA
APRESENTAÇÃO
Esta cartilha foi produzida pelo projeto de extensão
“Oficinas de Orientação Profissional e Planejamento de Carreira”,
desenvolvido pelo grupo de pesquisa Avaliação e Intervenções no
Desenvolvimento Humano. O objetivo do projeto consiste em preparar
estudantes de ensino médio de escolas públicas de Santa Maria e
universitários da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) para o
planejamento de suas carreiras. Para tanto, são propostas oficinas que
abordam aspectos relevantes para o desenvolvimento de carreira, tais
como orientação profissional, gestão de tempo, estratégias de estudo,
elaboração de trabalhos científicos, apresentação oral de trabalhos,
elaboração de currículo e comportamento em entrevistas de seleção e
planejamento de carreira.
�Este material foi organizado e editado com o objetivo de servir como
material de apoio às atividades realizadas no projeto e difundir os
conhecimentos e ações trabalhados nas oficinas.
Espera-se que as informações contidas nesse material
e as atividades desenvolvidas nas oficinas
auxiliem na trajetória profissional dos
estudantes.
referências
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Teixeira, M. A. P. & Gomes, W. B. (2004). Estou me formando... e agora?: Reflexões e perspectivas de jovens formandos universitários. Revista Brasileira de Orientação Profissional, 5(1), 47-62.
equipeAna Cristina Garcia Dias
(Coordenadora e Professora do Programa de Pós-graduação em
Psicologia da Universidade Federal de Santa Maria )
Clarissa Tochetto de Oliveira
(Psicóloga – Mestranda do Programa em Psicologia da Universidade Federal
de Santa Maria)
ProduçãoProjeto de Extensão “Oficinas de Orientação Profissional e Planejamento de
Carreira”
IlustraçãoRômulo Viero Machado
Grupo de Pesquisa Avaliação e Intervenções no Desenvolvimento Humano
Rua Floriano Peixoto 1750, 3º andar. CEP: 97015-372.
Santa Maria – RS.
Contato: (55) 3220-9305
e-mail: [email protected]
introdução
Face à complexidade atual do mundo do trabalho, planejar a carreira profissional
é uma tarefa que adquire relevância crescente. O mercado de trabalho competiti-
vo, o aumento do número de profissionais com formação superior e a crise nos
empregos fazem com que a conquista de um espaço neste mercado dependa de
fatores como características pessoais, competências específicas e do estabeleci-
mento de uma rede de relações. Neste cenário, torna-se imprescindível o preparo
para a escolha de uma profissão, para a vida após o processo de escolarização
e para o desenvolvimento da carreira (Teixeira, 2002).
A qualificação exigida pelo mercado de trabalho pode ser tanto em termos
técnicos quanto em termos de habilidades pessoais. Gondim (2002) aponta três
habilidades como fundamentais na formação de perfis profissionais desejáveis:
(1) habilidades cognitivas, como raciocínio lógico e resolução de problemas;
(2) habilidades técnicas especializadas, como informática, língua estrangeira e
conhecimentos específicos da profissão;
(3) habilidades comportamentais e atitudinais, tais como cooperação, iniciativa e
empreendedorismo.
Há uma necessidade constante de qualificação pessoal e profissional para que o
indivíduo possa desenvolver as competências exigidas pelo mercado de trabalho.
Surge, assim, a necessidade de planejar a carreira. O objetivo da oficina de plane-
jamento de carreira é auxiliar os estudantes a planejar sua carreira, através do
estabelecimento de metas e de planos de ação para alcançá-las. Para tanto,
serão abordados três tópicos: autoconhecimento, comportamentos de explora-
ção e tomada de decisão.
TOTAL
MÉDIA
O QUE É PLANEJAMENTO DE CARREIRA?
Bardagi, M. P., & Hutz, C. S. (2012). Rotina acadêmica e relação com colegas e
professores: impacto na O termo carreira, no sentido comum da palavra, refere--
se a qualquer trabalho, remunerado ou não, realizado durante um período de
tempo (Robbins, 2005). A carreira pode também ser pensada como o caminho
que caracteriza a sucessão das atividades profissionais de uma pessoa ao longo
da vida (Dutra, 2008). Para alguns, esse caminho é mais ou menos linear ou
contínuo, mas para a maioria das pessoas não é assim. O mundo do trabalho tem
mudado tanto nas últimas décadas que as trajetórias de trabalho são cada vez
menos lineares (França, 2009). Nesse contexto, planejar a carreira é importante
porque aumenta as chances de se atingir os objetivos almejados.
O planejamento de carreira consiste em uma série de passos a serem tomados
visando atingir metas de carreira (Dutra, 2002). Ele possibilita que o sujeito progra-
me a trajetória necessária para alcançar seus objetivos e avalie se os conhecimen-
tos adquiridos são suficientes para realizar seus projetos.
Uma vez que o projeto de carreira organiza a adaptação do indivíduo à
realidade, propiciando equilíbrio entre o real e o ideal, o próprio sujeito já possui
uma avaliação sobre qual a possibilidade de sucesso que terá de acordo com as
suas condições socioeconômicas. Assim, cada vez mais um projeto de carreira está
sendo compreendido como norteador do projeto de vida das pessoas (Gonçal-
ves et al., 2008).
AUTOCONHECIMENTO
Para planejar a carreira é necessário saber onde se quer chegar, ou seja, é preciso
Conheça seu estilo de tomada de decisão, ou seja, os critérios que você
considera ao fazer escolhas em outros contextos.
Passo 2 – comportamentos de exploração
Conheça as vantagens e desvantagens das opções que você tem em mente.
Avalie de que forma cada opção se relaciona com suas metas pessoais e
profissionais.
Passo 3 – tomada de decisão
Implemente a decisão.
Lembre-seO que consideramos prioridade em uma fase de vida pode mudar no decorrer
do tempo. Assim, as decisões podem ser adequadas em determinado momento,
embora se possa mudar de ideia no futuro. As escolhas não precisam ser perma-
nentes, elas são passíveis de mudanças. Portanto, algo que você decidiu no
presente pode ser modificado ou adaptado no futuro.
Cuidado para não confundir a tomada de decisão com a “linha de chegada”! A
decisão de carreira consiste na forma escolhida para alcançar seus objetivos
pessoais e profissionais. Entretanto, um longo caminho ainda deve ser percorrido
para tal (Soares, 2002).
Exercício Preencha a tabela a seguir com seus objetivos profissionais e com os conheci-
mentos e habilidades necessários para alcançá-los.
Defina como, quando, onde e quanto precisará investir no seu desenvolvimento.
Avalie sua evolução a cada seis meses. Identifique se há necessidade de acres-
centar, adaptar ou excluir alguma etapa.
Você pode utilizar essas informações como critério para decidir em quais ativida-
des deve se envolver ou não com base nas contribuições que pode oferecer para
seus planos futuros.
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traçar METAS pessoais em relação à carreira escolhida. O autoquestionamento é
a forma mais eficaz para se chegar na definição de tais objetivos. Você deve se
perguntar:
Por que escolhi essa profissão?
Que estilo de vida quero ter?
O que é importante para mim?
É comum ouvir pessoas afirmarem que querem ser felizes e ter sucesso. Contudo, o
conceito de felicidade de uma pessoa pode ser diferente do conceito de outra.
Veja os exemplos:
Quero ser feliz. Quero trabalhar em uma empresa, ter horário de trabalho fixo,
perspectiva de crescimento e 13º.
Quero ser feliz. Quero ser uma profissional autônoma, definir meu próprio horário
de trabalho e tirar férias quando quiser.
Quero ser feliz. Quero trabalhar com outras pessoas e estar trocando ideias .
Quero ser feliz. Quero trabalhar no meu escritório e poder organizar documenta-
ção.
ATIVIDADELevantamento de Inclinações Profissionais Âncoras de Carreira – Edgar Schein (1996)
O preenchimento deste questionário pode auxiliá-lo a identificar que estilo de
profissional você é ou gostaria de ser. Leia as afirmativas abaixo e pontue cada
uma de 1 a 6, de acordo com a escala a seguir:
1 - Esta afirmação jamais se aplica a mim.
2 ou 3 - Esta afirmação ocasionalmente se aplica a mim.
4 ou 5 - Esta afirmação frequentemente se aplica a mim.
6 - Esta afirmação sempre se aplica a mim.
1. Sonho em ser tão bom no que faço que minha opinião de especia-
lista seja sempre solicitada.
2. Sinto-me mais realizado em meu trabalho quando consigo integrar e
dirigir o trabalho de outras pessoas.
3. Sonho em ter uma carreira que me dê a liberdade de executar meu
trabalho a meu modo e dentro do meu horário.
4. Considero segurança e estabilidade mais importantes do que
liberdade e autonomia.
5. Estou sempre à procura de idéias que me permitam dar início a um
empreendimento próprio.
6. Somente considerarei minha carreira um sucesso se achar que contri-
bui verdadeiramente para o bem-estar da sociedade.
7. Sonho com uma carreira que me possibilite solucionar problemas ou
vencer em situações extremamente desafiadoras.
8. Prefiro sair da empresa onde estou a ocupar um cargo que prejudi-
que a possibilidade de satisfazer meus interesses pessoais e familiares.
9. Só vou achar que minha carreira é um sucesso se puder aperfeiçoar
minha capacidade técnica ou funcional até o mais alto nível de
competência.
10. Sonho em estar à testa de uma organização complexa e tomar
decisões que afetem muitas pessoas.
11. Sinto-me mais realizado em meu trabalho quando tenho inteira
liberdade de definir minhas tarefas, horários e métodos.
Eu procuro me atualizar sobre as novas tendências do mercado de
trabalho como um todo.
Tenho realizado cursos ou assistido a palestras relativas à minha profis-
são.
Eu me coloco em situações que são novas para mim com o objetivo de
me conhecer melhor através de experiências diferentes.
Eu tenho buscado oportunidades para exercitar as habilidades
referentes à minha profissão.
Eu tenho parado para pensar sobre que tipos de atividades profissio-
nais realmente me interessam.
Costumo pensar sobre quais são minhas principais habilidades e
limitações.
Tenho avaliado meus interesses e preferências profissionais.
Eu tenho pensado na forma como o meu passado se relaciona com a
minha escolha profissional.
Eu tenho me questionado sobre o que eu realmente considero impor-
tante em uma profissão.
Eu tenho refletido sobre minha história pessoal quando penso sobre o
meu futuro profissional.
Eu tenho pensado sobre como o meu jeito de ser pode estar relacio-
nado com as minhas preferências profissionais.
Eu tenho refletido sobre como as habilidades que eu tenho combinam
com as atividades que me interessam.
Exploração de si
Durante a trajetória universitária, é esperado que os estudantes adquiram conheci-
mentos e aprendam técnicas específicas da profissão. Além desses aspectos,
sugere-se o envolvimento em atividades extracurriculares, que costumam estar
associadas a elementos importantes para o desenvolvimento da carreira, tais
como qualidade da identidade profissional, comprometimento com a formação,
satisfação com o curso, aprimoramento das habilidades de liderança e facilidade
de estabelecer relacionamentos interpessoais (Bardagi & Hutz, 2012; Fior & Mercu-
ri, 2009). O envolvimento em atividades extracurriculares também contribui para a
empregabilidade dos jovens (Hu & Wolniak, 2010; Stevenson & Clegg, 2011), já
que é valorizado pela maioria das empresas (Hu & Wolniak, 2010). Os próprios
universitários relatam que as atividades complementares proporcionam a aquisição
de conhecimentos e novas experiências que complementam o currículo básico,
satisfazem o desejo de vivenciar a profissão escolhida e, em alguns casos, são uma
fonte de renda para o acadêmico (Peres et al., 2007).
São exemplos de atividades extracurriculares: monitoria, iniciação científica,
projetos de extensão, grupos de estudos e pesquisa, órgãos de representação
estudantil, congressos e eventos científicos, estágios remunerados ou não (Bardagi
& Hutz, 2012; Fior & Mercuri, 2009).
TOMADA DE DECISÃOA tomada de decisão é a última etapa do planejamento de carreira. As etapas
anteriores (autoconhecimento e comportamentos exploratórios) combinadas
permitem uma de tomada de decisão informada.
Passo 1 – autoconhecimento
Conheça os fatores que interferem nas suas escolhas, como valores pessoais,
opinião de amigos e familiares.
12. Prefiro sair da empresa onde estou a aceitar um cargo que
coloque em risco minha segurança.
13. Acho mais importante tocar minha própria empresa do que ocupar
um alto cargo administrativo em uma empresa alheia.
14. Sinto-me mais realizado em relação à minha carreira quando
coloco minha capacidade a serviço de meus semelhantes.
15. Somente vou considerar minha carreira um sucesso se enfrentar e
superar situações muito difíceis.
16. Sonho com uma carreira que me permita conciliar minhas necessi-
dades pessoais, familiares e profissionais.
17. Tornar-me diretor técnico na área de minha especialidade me
atraia mais do que tornar-me diretor geral.
18. Somente vou achar que minha carreira é um sucesso se me tornar
diretor de alguma organização.
19. Somente vou achar que minha carreira é um sucesso se conseguir
total autonomia e liberdade.
20. Procuro empregos em organizações que me proporcionem uma
sensação de segurança e estabilidade.
21. Sinto-me mais realizado em minha carreira quando consigo construir
algo que seja inteiramente resultado de minhas idéias e esforços.
22. Acho mais importante utilizar minhas aptidões para fazer deste
mundo um lugar melhor para se viver e trabalhar do que para alcançar
um alto cargo administrativo.
23. Sinto-me mais realizado em relação à minha carreira quando
resolvo problemas aparentemente insolúveis ou venço em situações
muito adversas.
24. Somente acho que minha visa está sendo bem sucedida quando
consigo contrabalançar exigências pessoais, familiares e profissionais.
25. Prefiro sair da empresa onde estou a aceitar um cargo em esquema
rotativo que me afaste de minha área de especialidade.
26. Tornar-me diretor geral é mais interessante para mim do que ocupar
o cargo do diretor técnico do primeiro escalão em minha área de
especialidade.
27. Mais do que segurança, considero importante a oportunidade de
realizar o trabalho a meu modo, livre de regras e limitações.
28. Sinto-me mais realizado em meu trabalho quando acho que tenho
inteira segurança financeira e estabilidade no emprego.
29. Somente vou achar que minha carreira é um sucesso se conseguir
criar ou construir algo que seja uma produção ou idéia inteiramente
minha.
30. Sonho em ter uma carreira que dê uma verdadeira contribuição
para a humanidade e à sociedade.
31. Procuro oportunidades profissionais que desafiem minha capaci-
dade de solucionar problemas e/ou minha competitividade.
32. Para mim é mais importante conciliar as demandas de minha vida
pessoal e profissional do que alcançar um alto cargo administrativo.
33. Sinto-me mais realizado em meu trabalho quando sou capaz de
utilizar minhas aptidões e talentos.
34. Prefiro sair da empresa onde estou a aceitar um cargo que me
afaste da carreira administrativa.
35. Prefiro sair da empresa onde estou a aceitar um cargo que reduza
minha autonomia e liberdade.
COMPORTAMENTOS DE EXPLORAÇÃOOs comportamentos de exploração permitem desenvolver preferências antes da
efetivação de uma escolha profissional e da entrada no mundo do trabalho,
sendo voltada tanto para o interior quanto para o exterior do indivíduo (Super,
1963).
A exploração de si compreende comportamentos que produzem reflexão sobre
características de personalidade, interesses, habilidades, valores e influências
relacionadas à escolha ocupacional. Inclui a busca de informação sobre os tipos
de atividades profissionais que lhe interessam, sobre suas principais habilidades e
limitações e sobre o que você considera importante em uma profissão. Além disso,
envolve a experiência de situações novas com o objetivo de autoconhecimento
e, ainda, oportunidades para exercitar habilidades referentes à profissão que
você escolheu (Teixeira, Bardagi & Hutz, 2007).
Já a exploração do ambiente consiste em comportamentos que visam obter
informações sobre o mundo do trabalho. Inclui buscar informação sobre possibili-
dades de atuação, remuneração, crescimento profissional, oportunidades de
emprego, entre outros. Envolve, também, visitas a locais de trabalho para conhecer
de perto a rotina dos profissionais, bem como a realização de cursos e participa-
ção em palestras relativas à profissão (Teixeira, Bardagi & Hutz, 2007).
AtividadeAssinale as afirmações que você costuma realizar. Os itens que não foram marca-
dos servem de dica sobre o que você pode fazer para obter mais informações
para futuras tomadas de decisão.
(itens das Escalas de Exploração Vocacional - Teixeira, Bardagi & Hutz, 2007).
Quando ouço falar sobre uma nova atividade que me chama a
atenção eu procuro mais informações sobre ela.
Costumo ler livros (ou revistas), assistir a programas de TV (ou vídeos) ou
procurar páginas na Internet que trazem informações sobre minha
profissão ou outras de meu interesse.
Eu tenho visitado locais de trabalho para conhecer de perto o dia-a--
dia dos profissionais.
Eu converso com meus pais, professores ou amigos para conhecer mais
sobre as possibilidades profissionais.
Eu tenho buscado obter informações sobre o mercado de trabalho e
oportunidades de emprego nas áreas profissionais de minha preferên-
cia.
Quando procuro informações sobre uma atividade, eu também busco
descobrir quais são os seus possíveis aspectos negativos.
Eu tenho procurado conhecer as diversas possibilidades de atuação
profissional que existem na minha profissão (coisas diferentes que um
mesmo profissional pode fazer).
Eu tenho buscado informações sobre quanto ganham realmente os
profissionais que atuam nas áreas que me interessam.
Eu procuro conhecer as possibilidades de crescimento profissional que
existem na minha profissão ou em outras que me atraem.
Eu tenho procurado me informar sobre as principais dificuldades
encontradas pelos profissionais da minha área de interesse.
Eu tenho tentado conhecer o máximo que eu posso sobre as diversas
atividades profissionais que existem na atualidade.
Exploração do ambiente36. Sonho em seguir uma carreira que me permita sentir segurança e
assegure estabilidade.
37. Sonho em começar a fazer crescer meu próprio negócio.
38. Prefiro sair da empresa onde estou a aceitar um cargo que prejudi-
que minha habilidade de ser útil aos outros.
39. Acho mais importante solucionar problemas quase insolúveis do
que alcançar uma alta posição administrativa.
40. Sempre procurei oportunidades profissionais que interferissem o
mínimo possível em meus interesses pessoais e familiares.
Pontuação:
1. Releia as respostas e localize os itens aos quais você atribuiu mais pontos.
Escolha TRÊS itens que mais se aplicam a você e acrescente a cada um QUATRO
pontos.
2. Transcreva os números que você atribuiu aos itens para a tabela de contagem
de pontos abaixo.
3. Some as colunas e divida por cinco a fim de obter a média de cada uma das
oito dimensões de âncoras de carreira. Não se esqueça de acrescentar os quatro
pontos extras para cada um dos itens antes de somar e tirar a média de seus
resultados.
TOTAL
MÉDIA
TF GG AI SE CE SD DP EV
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16.
17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24.
25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32.
33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40.
Identificando sua Âncora de Carreira Competência Técnica/Funcional (TF)
Se sua âncora de carreira é a competência em alguma área técnica ou funcional,
você não abriria mão da oportunidade de aplicar suas habilidades nessa área e
de continuar desenvolvendo essas habilidades a um nível cada vez mais alto. Você
obtém seu senso de identidade com o exercício dessas habilidades e sente-se
totalmente realizado quando seu trabalho lhe permite ser desafiado nessas áreas.
Você pode estar disposto a gerenciar outras pessoas em sua área técnica ou
funcional, mas não se interessa pelo gerenciamento em si e evitaria a gerência
geral, porque precisaria desistir de sua própria área de especialidade. Seus
pontos do inventário nesta área estão na primeira coluna da folha de pontos, sob
TF.
Competência para Gerência Geral (GG)
Se sua âncora de carreira é a competência para a gerência geral, você não
abriria mão da oportunidade de subir a um nível alto o suficiente que lhe permita
integrar os esforços de outras pessoas em suas funções e ser responsável pelo
resultado de determinada unidade da organização. Você quer total responsabili-
dade pelos resultados e identifica seu próprio trabalho com o sucesso da organi-
zação para qual trabalha. Se você está em uma área técnica ou funcional
atualmente, aceita a situação como uma experiência de aprendizado necessária;
entretanto, ambiciona alcançar um cargo com funções generalistas o quanto
antes. Ter um alto cargo gerencial técnico não interessa. Seus pontos do inventário
nesta área estão na segunda coluna da folha de pontos sob GG.
como lida com sua situação familiar e como você se desenvolve, do que com
qualquer trabalho ou organização. Seus pontos no inventário dessa dimensão
estão na oitava da folha de pontos sob as letras EV.
Por que o resultado desse questionário pode ser útil?
As âncoras de carreira indicam que aspectos você valoriza no que se refere ao
trabalho e podem auxiliar na identificação de áreas de atuação dentro da sua
profissão.
Exemplo
Algumas pessoas que concluem o curso de Psicologia optam por trabalhar numa
clínica particular, o que possibilita definir os dias e horários em que irão trabalhar,
características das âncoras Autonomia/Independência e Estilo de Vida. Outras
pessoas podem escolher prestar concurso público a fim de desfrutar de estabilida-
de financeira e segurança no emprego (âncora Segurança/Estabilidade). Por
outro lado, há pessoas que decidem trabalhar em organizações empresariais para
exercer as competências técnicas e funcionais características da Psicologia Orga-
nizacional e do Trabalho (âncora Competência Técnica/Funcional), enquanto
outras abririam mão dessa função para gerenciar a equipe (âncora Competência
para Gerência Geral). Ainda há possibilidade de fundar o próprio negócio, como
uma consultoria (âncora Criatividade Empreendedora e/ou âncora Desafio Puro).
Por fim, é provável que pessoas que se identifiquem com a âncora Serviço/Dedica-
ção a uma causa envolvam-se com atividades de priorizem o bem-estar alheio.
Exercício
Identifique áreas de atuação da sua profissão que combinem com cada âncora
de carreira.
TOTAL
MÉDIA
Estar indeciso sobre o futuro profissional no início da vida adulta, isto é, não saber
o que fazer após o término do curso universitário, é mais a regra do que a exceção
(Mota & Taveira, 2010).
Uma certa indecisão é saudável e normal, pois permite que a pessoa “abra a
cabeça” para novas ideias, o que permite buscar e explorar novos caminhos e
oportunidades. Pessoas que têm certeza sobre determinado plano futuro tendem a
não cogitar e, consequentemente, não procurar outras opções. Assim, elas não tem
como saber se existe ou não outra atividade que lhes agradaria mais do que a sua
primeira decisão.
Entretanto, a indecisão pode se tornar um problema quando ela é crônica. Em
outras palavras, pode ser prejudicial quando a pessoa adota uma postura
passiva, ficando mais preocupada com o fato de não saber o que fazer do que
com tentativas de explorar as diversas opções existentes.
Pessoas com uma postura passiva diante do planejamento e desenvolvimento de
suas carreiras tendem a:
(1) estabelecer critérios insuficientes para constituir prioridades de carreira,
(2) possuir habilidades básicas deficitárias para a tarefa de transição ao mercado
de trabalho, tais como saber elaborar um currículo, buscar emprego ou quanto
cobrar por um serviço prestado, ou
(3) apresentar insuficiência de conteúdo científico no currículo, para estudantes
que aspiram seguir carreira acadêmica (Teixeira & Gomes, 2004).
Autonomia/Independência (AI)
Se sua âncora de carreira é autonomia/independência, você não renunciaria à
oportunidade de definir seu próprio trabalho, à sua própria maneira. Se você está
numa organização, quer permanecer em funções que lhe permitam flexibilidade
com relação a quando e como trabalhar. Se você não tolera regras e restrições
organizacionais de qualquer espécie, busca ocupações nas quais tenha a
liberdade que procura, tais como ensino ou consultoria. Para manter sua autono-
mia, você recusa oportunidades de promoção ou avanço. Talvez você até procu-
re ter seu próprio negócio para alcançar a sensação de autonomia; entretanto,
este motivo não é o mesmo que a criatividade empreendedora descrita mais
adiante. Seus pontos no inventário dessa dimensão estão na terceira coluna da
folha de pontos sob as letras AI.
Segurança/Estabilidade (SE)
Se sua âncora de carreira é a segurança/estabilidade, você não abriria mão de
sua segurança ou estabilidade no trabalho ou organização. Sua principal preocu-
pação é alcançar a sensação de ser bem sucedido, para ficar tranquilo. A âncora
está demonstrada na preocupação pela segurança financeira (tais como
aposentadoria e planos de pensão) ou segurança no emprego. Essa estabilidade
pode significar trocar sua lealdade e disposição de fazer qualquer coisa que seu
empregador lhe peça por uma promessa de garantia de emprego. Você se
preocupa menos com o conteúdo do seu trabalho e o posto que pode alcançar,
embora possa chegar a um alto nível, se seus talentos assim o permitirem. No que
se refere à autonomia, todo mundo tem certas necessidades de segurança e
estabilidade, especialmente em épocas que os encargos financeiros são grandes
ou quando se está para enfrentar a aposentadoria. Entretanto, as pessoas anco-
radas dessa maneira estão sempre preocupadas com essas questões e constroem
toda sua auto-imagem em torno do gerenciamento da segurança e estabilidade.
Seus pontos no inventário dessa dimensão estão na quarta coluna da folha de
pontos sob as letras SE.
Criatividade Empreendedora (CE)
Se sua âncora de carreira é a criatividade empreendedora, você não renunciaria
à oportunidade de criar sua própria organização ou empreendimento, desenvolvi-
das com sua própria capacidade e disposição de assumir riscos e superar obstá-
culos. Você quer provar ao mundo que pode criar um empreendimento que seja o
resultado do seu próprio esforço. Talvez você trabalhe para outros em alguma
organização, enquanto aprende e avalia oportunidades futuras, mas seguirá seu
próprio caminho assim que sentir que tem condições para isso. Você quer que seu
empreendimento seja financeiramente bem sucedido, como prova de sua capaci-
dade. Seus pontos no inventário estão na quinta coluna da folha de pontos sob
as letras CE.
Serviço/Dedicação a uma causa (SD)
Se sua âncora de carreira é serviço/dedicação a uma causa, você não renuncia-
ria à oportunidade e procurar um trabalho onde pudesse realizar alguma coisa útil,
como, por exemplo, tornar o mundo um lugar melhor para se viver, solucionar proble-
mas ambientais, melhorar a harmonia entre as pessoas, ajudar aos outros, melhorar
a segurança das pessoas, curar doenças através de novos produtos, etc. Você
busca essas oportunidades, mesmo que isto signifique mudar de organização, e
não aceita transferências ou promoções que o desviem do trabalho que preencha
esses valores.
Desafio Puro (DP)
Se sua âncora de carreira é o desafio puro, você não abriria mão da oportunida-
de de trabalhar na solução de problemas aparentemente insolúveis, para vencer
oponentes duros ou superar obstáculos difíceis. Para você, a única razão significa-
tiva para buscar um trabalho ou carreira é que este lhe permita vencer o impossível.
Algumas pessoas encontram esse desafio puro em alguns trabalhos intelectuais,
como, por exemplo, o engenheiro interessado apenas em desenhos extremamente
difíceis; outras encontram seu desafio em situações complexas, tais como um consul-
tor estrategistas, interessado apenas em clientes à beira da falência e que já
esgotaram todos os recursos; algumas o encontram na competição interpessoal,
como o atleta profissional ou vendedor que define cada venda como uma vitória
ou derrota. A novidade, variedade e dificuldade tornam-se um fim em si e se
alguma coisa é fácil, imediatamente torna-se monótona. Seus pontos no inventario
nessa dimensão estão na sétima coluna da folha sob as letras DP.
Estilo de Vida (EV)
Se sua âncora de carreira é o estilo de vida, você não abriria mão de uma
situação que lhe permita equilibrar e integrar suas necessidades pessoais, familiares
e as exigências de sua carreira. Você que fazer todos os principais segmentos de
sua vida trabalhar em conjunto para um todo integrado e, portanto, precisa de
uma situação de carreira que lhe dê suficiente flexibilidade para alcançar tal
inteigração. Talvez você precise sacrificar alguns aspectos da sua carreira (por
exemplo, uma mudança geográfica que fosse uma promoção, mas que desestrutu-
raria toda sua situação de vida), e você define o sucesso em termos mais amplos
do que simplesmente sucesso na carreira. Você sente que sua identidade está mais
vinculada ao modo de viver sua vida como um todo, onde você se estabelece,
como lida com sua situação familiar e como você se desenvolve, do que com
qualquer trabalho ou organização. Seus pontos no inventário dessa dimensão
estão na oitava da folha de pontos sob as letras EV.
Por que o resultado desse questionário pode ser útil?
As âncoras de carreira indicam que aspectos você valoriza no que se refere ao
trabalho e podem auxiliar na identificação de áreas de atuação dentro da sua
profissão.
Exemplo
Algumas pessoas que concluem o curso de Psicologia optam por trabalhar numa
clínica particular, o que possibilita definir os dias e horários em que irão trabalhar,
características das âncoras Autonomia/Independência e Estilo de Vida. Outras
pessoas podem escolher prestar concurso público a fim de desfrutar de estabilida-
de financeira e segurança no emprego (âncora Segurança/Estabilidade). Por
outro lado, há pessoas que decidem trabalhar em organizações empresariais para
exercer as competências técnicas e funcionais características da Psicologia Orga-
nizacional e do Trabalho (âncora Competência Técnica/Funcional), enquanto
outras abririam mão dessa função para gerenciar a equipe (âncora Competência
para Gerência Geral). Ainda há possibilidade de fundar o próprio negócio, como
uma consultoria (âncora Criatividade Empreendedora e/ou âncora Desafio Puro).
Por fim, é provável que pessoas que se identifiquem com a âncora Serviço/Dedica-
ção a uma causa envolvam-se com atividades de priorizem o bem-estar alheio.
Exercício
Identifique áreas de atuação da sua profissão que combinem com cada âncora
de carreira.
Identificando sua Âncora de Carreira Competência Técnica/Funcional (TF)
Se sua âncora de carreira é a competência em alguma área técnica ou funcional,
você não abriria mão da oportunidade de aplicar suas habilidades nessa área e
de continuar desenvolvendo essas habilidades a um nível cada vez mais alto. Você
obtém seu senso de identidade com o exercício dessas habilidades e sente-se
totalmente realizado quando seu trabalho lhe permite ser desafiado nessas áreas.
Você pode estar disposto a gerenciar outras pessoas em sua área técnica ou
funcional, mas não se interessa pelo gerenciamento em si e evitaria a gerência
geral, porque precisaria desistir de sua própria área de especialidade. Seus
pontos do inventário nesta área estão na primeira coluna da folha de pontos, sob
TF.
Competência para Gerência Geral (GG)
Se sua âncora de carreira é a competência para a gerência geral, você não
abriria mão da oportunidade de subir a um nível alto o suficiente que lhe permita
integrar os esforços de outras pessoas em suas funções e ser responsável pelo
resultado de determinada unidade da organização. Você quer total responsabili-
dade pelos resultados e identifica seu próprio trabalho com o sucesso da organi-
zação para qual trabalha. Se você está em uma área técnica ou funcional
atualmente, aceita a situação como uma experiência de aprendizado necessária;
entretanto, ambiciona alcançar um cargo com funções generalistas o quanto
antes. Ter um alto cargo gerencial técnico não interessa. Seus pontos do inventário
nesta área estão na segunda coluna da folha de pontos sob GG.
Autonomia/Independência (AI)
Se sua âncora de carreira é autonomia/independência, você não renunciaria à
oportunidade de definir seu próprio trabalho, à sua própria maneira. Se você está
numa organização, quer permanecer em funções que lhe permitam flexibilidade
com relação a quando e como trabalhar. Se você não tolera regras e restrições
organizacionais de qualquer espécie, busca ocupações nas quais tenha a
liberdade que procura, tais como ensino ou consultoria. Para manter sua autono-
mia, você recusa oportunidades de promoção ou avanço. Talvez você até procu-
re ter seu próprio negócio para alcançar a sensação de autonomia; entretanto,
este motivo não é o mesmo que a criatividade empreendedora descrita mais
adiante. Seus pontos no inventário dessa dimensão estão na terceira coluna da
folha de pontos sob as letras AI.
Segurança/Estabilidade (SE)
Se sua âncora de carreira é a segurança/estabilidade, você não abriria mão de
sua segurança ou estabilidade no trabalho ou organização. Sua principal preocu-
pação é alcançar a sensação de ser bem sucedido, para ficar tranquilo. A âncora
está demonstrada na preocupação pela segurança financeira (tais como
aposentadoria e planos de pensão) ou segurança no emprego. Essa estabilidade
pode significar trocar sua lealdade e disposição de fazer qualquer coisa que seu
empregador lhe peça por uma promessa de garantia de emprego. Você se
preocupa menos com o conteúdo do seu trabalho e o posto que pode alcançar,
embora possa chegar a um alto nível, se seus talentos assim o permitirem. No que
se refere à autonomia, todo mundo tem certas necessidades de segurança e
estabilidade, especialmente em épocas que os encargos financeiros são grandes
ou quando se está para enfrentar a aposentadoria. Entretanto, as pessoas anco-
TOTAL
MÉDIA
Estar indeciso sobre o futuro profissional no início da vida adulta, isto é, não saber
o que fazer após o término do curso universitário, é mais a regra do que a exceção
(Mota & Taveira, 2010).
Uma certa indecisão é saudável e normal, pois permite que a pessoa “abra a
cabeça” para novas ideias, o que permite buscar e explorar novos caminhos e
oportunidades. Pessoas que têm certeza sobre determinado plano futuro tendem a
não cogitar e, consequentemente, não procurar outras opções. Assim, elas não tem
como saber se existe ou não outra atividade que lhes agradaria mais do que a sua
primeira decisão.
Entretanto, a indecisão pode se tornar um problema quando ela é crônica. Em
outras palavras, pode ser prejudicial quando a pessoa adota uma postura
passiva, ficando mais preocupada com o fato de não saber o que fazer do que
com tentativas de explorar as diversas opções existentes.
Pessoas com uma postura passiva diante do planejamento e desenvolvimento de
suas carreiras tendem a:
(1) estabelecer critérios insuficientes para constituir prioridades de carreira,
(2) possuir habilidades básicas deficitárias para a tarefa de transição ao mercado
de trabalho, tais como saber elaborar um currículo, buscar emprego ou quanto
cobrar por um serviço prestado, ou
(3) apresentar insuficiência de conteúdo científico no currículo, para estudantes
que aspiram seguir carreira acadêmica (Teixeira & Gomes, 2004).
COMPORTAMENTOS DE EXPLORAÇÃOOs comportamentos de exploração permitem desenvolver preferências antes da
efetivação de uma escolha profissional e da entrada no mundo do trabalho,
sendo voltada tanto para o interior quanto para o exterior do indivíduo (Super,
1963).
A exploração de si compreende comportamentos que produzem reflexão sobre
características de personalidade, interesses, habilidades, valores e influências
relacionadas à escolha ocupacional. Inclui a busca de informação sobre os tipos
de atividades profissionais que lhe interessam, sobre suas principais habilidades e
limitações e sobre o que você considera importante em uma profissão. Além disso,
envolve a experiência de situações novas com o objetivo de autoconhecimento
e, ainda, oportunidades para exercitar habilidades referentes à profissão que
você escolheu (Teixeira, Bardagi & Hutz, 2007).
Já a exploração do ambiente consiste em comportamentos que visam obter
informações sobre o mundo do trabalho. Inclui buscar informação sobre possibili-
dades de atuação, remuneração, crescimento profissional, oportunidades de
emprego, entre outros. Envolve, também, visitas a locais de trabalho para conhecer
de perto a rotina dos profissionais, bem como a realização de cursos e participa-
ção em palestras relativas à profissão (Teixeira, Bardagi & Hutz, 2007).
AtividadeAssinale as afirmações que você costuma realizar. Os itens que não foram marca-
dos servem de dica sobre o que você pode fazer para obter mais informações
para futuras tomadas de decisão.
(itens das Escalas de Exploração Vocacional - Teixeira, Bardagi & Hutz, 2007).
24. Somente acho que minha visa está sendo bem sucedida quando
consigo contrabalançar exigências pessoais, familiares e profissionais.
25. Prefiro sair da empresa onde estou a aceitar um cargo em esquema
rotativo que me afaste de minha área de especialidade.
26. Tornar-me diretor geral é mais interessante para mim do que ocupar
o cargo do diretor técnico do primeiro escalão em minha área de
especialidade.
27. Mais do que segurança, considero importante a oportunidade de
realizar o trabalho a meu modo, livre de regras e limitações.
28. Sinto-me mais realizado em meu trabalho quando acho que tenho
inteira segurança financeira e estabilidade no emprego.
29. Somente vou achar que minha carreira é um sucesso se conseguir
criar ou construir algo que seja uma produção ou idéia inteiramente
minha.
30. Sonho em ter uma carreira que dê uma verdadeira contribuição
para a humanidade e à sociedade.
31. Procuro oportunidades profissionais que desafiem minha capaci-
dade de solucionar problemas e/ou minha competitividade.
32. Para mim é mais importante conciliar as demandas de minha vida
pessoal e profissional do que alcançar um alto cargo administrativo.
33. Sinto-me mais realizado em meu trabalho quando sou capaz de
utilizar minhas aptidões e talentos.
34. Prefiro sair da empresa onde estou a aceitar um cargo que me
afaste da carreira administrativa.
35. Prefiro sair da empresa onde estou a aceitar um cargo que reduza
minha autonomia e liberdade.
36. Sonho em seguir uma carreira que me permita sentir segurança e
assegure estabilidade.
37. Sonho em começar a fazer crescer meu próprio negócio.
38. Prefiro sair da empresa onde estou a aceitar um cargo que prejudi-
que minha habilidade de ser útil aos outros.
39. Acho mais importante solucionar problemas quase insolúveis do
que alcançar uma alta posição administrativa.
40. Sempre procurei oportunidades profissionais que interferissem o
mínimo possível em meus interesses pessoais e familiares.
Pontuação:
1. Releia as respostas e localize os itens aos quais você atribuiu mais pontos.
Escolha TRÊS itens que mais se aplicam a você e acrescente a cada um QUATRO
pontos.
2. Transcreva os números que você atribuiu aos itens para a tabela de contagem
de pontos abaixo.
3. Some as colunas e divida por cinco a fim de obter a média de cada uma das
oito dimensões de âncoras de carreira. Não se esqueça de acrescentar os quatro
pontos extras para cada um dos itens antes de somar e tirar a média de seus
resultados.
TOTAL
MÉDIA
TF GG AI SE CE SD DP EV
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16.
17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24.
25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32.
33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40.
Quando ouço falar sobre uma nova atividade que me chama a
atenção eu procuro mais informações sobre ela.
Costumo ler livros (ou revistas), assistir a programas de TV (ou vídeos) ou
procurar páginas na Internet que trazem informações sobre minha
profissão ou outras de meu interesse.
Eu tenho visitado locais de trabalho para conhecer de perto o dia-a--
dia dos profissionais.
Eu converso com meus pais, professores ou amigos para conhecer mais
sobre as possibilidades profissionais.
Eu tenho buscado obter informações sobre o mercado de trabalho e
oportunidades de emprego nas áreas profissionais de minha preferên-
cia.
Quando procuro informações sobre uma atividade, eu também busco
descobrir quais são os seus possíveis aspectos negativos.
Eu tenho procurado conhecer as diversas possibilidades de atuação
profissional que existem na minha profissão (coisas diferentes que um
mesmo profissional pode fazer).
Eu tenho buscado informações sobre quanto ganham realmente os
profissionais que atuam nas áreas que me interessam.
Eu procuro conhecer as possibilidades de crescimento profissional que
existem na minha profissão ou em outras que me atraem.
Eu tenho procurado me informar sobre as principais dificuldades
encontradas pelos profissionais da minha área de interesse.
Eu tenho tentado conhecer o máximo que eu posso sobre as diversas
atividades profissionais que existem na atualidade.
Exploração do ambiente
Eu procuro me atualizar sobre as novas tendências do mercado de
trabalho como um todo.
Tenho realizado cursos ou assistido a palestras relativas à minha profis-
são.
Eu me coloco em situações que são novas para mim com o objetivo de
me conhecer melhor através de experiências diferentes.
Eu tenho buscado oportunidades para exercitar as habilidades
referentes à minha profissão.
Eu tenho parado para pensar sobre que tipos de atividades profissio-
nais realmente me interessam.
Costumo pensar sobre quais são minhas principais habilidades e
limitações.
Tenho avaliado meus interesses e preferências profissionais.
Eu tenho pensado na forma como o meu passado se relaciona com a
minha escolha profissional.
Eu tenho me questionado sobre o que eu realmente considero impor-
tante em uma profissão.
Eu tenho refletido sobre minha história pessoal quando penso sobre o
meu futuro profissional.
Eu tenho pensado sobre como o meu jeito de ser pode estar relacio-
nado com as minhas preferências profissionais.
Eu tenho refletido sobre como as habilidades que eu tenho combinam
com as atividades que me interessam.
Exploração de si
1 - Esta afirmação jamais se aplica a mim.
2 ou 3 - Esta afirmação ocasionalmente se aplica a mim.
4 ou 5 - Esta afirmação frequentemente se aplica a mim.
6 - Esta afirmação sempre se aplica a mim.
1. Sonho em ser tão bom no que faço que minha opinião de especia-
lista seja sempre solicitada.
2. Sinto-me mais realizado em meu trabalho quando consigo integrar e
dirigir o trabalho de outras pessoas.
3. Sonho em ter uma carreira que me dê a liberdade de executar meu
trabalho a meu modo e dentro do meu horário.
4. Considero segurança e estabilidade mais importantes do que
liberdade e autonomia.
5. Estou sempre à procura de idéias que me permitam dar início a um
empreendimento próprio.
6. Somente considerarei minha carreira um sucesso se achar que contri-
bui verdadeiramente para o bem-estar da sociedade.
7. Sonho com uma carreira que me possibilite solucionar problemas ou
vencer em situações extremamente desafiadoras.
8. Prefiro sair da empresa onde estou a ocupar um cargo que prejudi-
que a possibilidade de satisfazer meus interesses pessoais e familiares.
9. Só vou achar que minha carreira é um sucesso se puder aperfeiçoar
minha capacidade técnica ou funcional até o mais alto nível de
competência.
10. Sonho em estar à testa de uma organização complexa e tomar
decisões que afetem muitas pessoas.
11. Sinto-me mais realizado em meu trabalho quando tenho inteira
liberdade de definir minhas tarefas, horários e métodos.
12. Prefiro sair da empresa onde estou a aceitar um cargo que
coloque em risco minha segurança.
13. Acho mais importante tocar minha própria empresa do que ocupar
um alto cargo administrativo em uma empresa alheia.
14. Sinto-me mais realizado em relação à minha carreira quando
coloco minha capacidade a serviço de meus semelhantes.
15. Somente vou considerar minha carreira um sucesso se enfrentar e
superar situações muito difíceis.
16. Sonho com uma carreira que me permita conciliar minhas necessi-
dades pessoais, familiares e profissionais.
17. Tornar-me diretor técnico na área de minha especialidade me
atraia mais do que tornar-me diretor geral.
18. Somente vou achar que minha carreira é um sucesso se me tornar
diretor de alguma organização.
19. Somente vou achar que minha carreira é um sucesso se conseguir
total autonomia e liberdade.
20. Procuro empregos em organizações que me proporcionem uma
sensação de segurança e estabilidade.
21. Sinto-me mais realizado em minha carreira quando consigo construir
algo que seja inteiramente resultado de minhas idéias e esforços.
22. Acho mais importante utilizar minhas aptidões para fazer deste
mundo um lugar melhor para se viver e trabalhar do que para alcançar
um alto cargo administrativo.
23. Sinto-me mais realizado em relação à minha carreira quando
resolvo problemas aparentemente insolúveis ou venço em situações
muito adversas.
Durante a trajetória universitária, é esperado que os estudantes adquiram conheci-
mentos e aprendam técnicas específicas da profissão. Além desses aspectos,
sugere-se o envolvimento em atividades extracurriculares, que costumam estar
associadas a elementos importantes para o desenvolvimento da carreira, tais
como qualidade da identidade profissional, comprometimento com a formação,
satisfação com o curso, aprimoramento das habilidades de liderança e facilidade
de estabelecer relacionamentos interpessoais (Bardagi & Hutz, 2012; Fior & Mercu-
ri, 2009). O envolvimento em atividades extracurriculares também contribui para a
empregabilidade dos jovens (Hu & Wolniak, 2010; Stevenson & Clegg, 2011), já
que é valorizado pela maioria das empresas (Hu & Wolniak, 2010). Os próprios
universitários relatam que as atividades complementares proporcionam a aquisição
de conhecimentos e novas experiências que complementam o currículo básico,
satisfazem o desejo de vivenciar a profissão escolhida e, em alguns casos, são uma
fonte de renda para o acadêmico (Peres et al., 2007).
São exemplos de atividades extracurriculares: monitoria, iniciação científica,
projetos de extensão, grupos de estudos e pesquisa, órgãos de representação
estudantil, congressos e eventos científicos, estágios remunerados ou não (Bardagi
& Hutz, 2012; Fior & Mercuri, 2009).
TOMADA DE DECISÃOA tomada de decisão é a última etapa do planejamento de carreira. As etapas
anteriores (autoconhecimento e comportamentos exploratórios) combinadas
permitem uma de tomada de decisão informada.
Passo 1 – autoconhecimento
Conheça os fatores que interferem nas suas escolhas, como valores pessoais,
opinião de amigos e familiares.
Conheça seu estilo de tomada de decisão, ou seja, os critérios que você
considera ao fazer escolhas em outros contextos.
Passo 2 – comportamentos de exploração
Conheça as vantagens e desvantagens das opções que você tem em mente.
Avalie de que forma cada opção se relaciona com suas metas pessoais e
profissionais.
Passo 3 – tomada de decisão
Implemente a decisão.
Lembre-seO que consideramos prioridade em uma fase de vida pode mudar no decorrer
do tempo. Assim, as decisões podem ser adequadas em determinado momento,
embora se possa mudar de ideia no futuro. As escolhas não precisam ser perma-
nentes, elas são passíveis de mudanças. Portanto, algo que você decidiu no
presente pode ser modificado ou adaptado no futuro.
Cuidado para não confundir a tomada de decisão com a “linha de chegada”! A
decisão de carreira consiste na forma escolhida para alcançar seus objetivos
pessoais e profissionais. Entretanto, um longo caminho ainda deve ser percorrido
para tal (Soares, 2002).
Exercício Preencha a tabela a seguir com seus objetivos profissionais e com os conheci-
mentos e habilidades necessários para alcançá-los.
Defina como, quando, onde e quanto precisará investir no seu desenvolvimento.
Avalie sua evolução a cada seis meses. Identifique se há necessidade de acres-
centar, adaptar ou excluir alguma etapa.
Você pode utilizar essas informações como critério para decidir em quais ativida-
des deve se envolver ou não com base nas contribuições que pode oferecer para
seus planos futuros.
O QUE É PLANEJAMENTO DE CARREIRA?
Bardagi, M. P., & Hutz, C. S. (2012). Rotina acadêmica e relação com colegas e
professores: impacto na O termo carreira, no sentido comum da palavra, refere--
se a qualquer trabalho, remunerado ou não, realizado durante um período de
tempo (Robbins, 2005). A carreira pode também ser pensada como o caminho
que caracteriza a sucessão das atividades profissionais de uma pessoa ao longo
da vida (Dutra, 2008). Para alguns, esse caminho é mais ou menos linear ou
contínuo, mas para a maioria das pessoas não é assim. O mundo do trabalho tem
mudado tanto nas últimas décadas que as trajetórias de trabalho são cada vez
menos lineares (França, 2009). Nesse contexto, planejar a carreira é importante
porque aumenta as chances de se atingir os objetivos almejados.
O planejamento de carreira consiste em uma série de passos a serem tomados
visando atingir metas de carreira (Dutra, 2002). Ele possibilita que o sujeito progra-
me a trajetória necessária para alcançar seus objetivos e avalie se os conhecimen-
tos adquiridos são suficientes para realizar seus projetos.
Uma vez que o projeto de carreira organiza a adaptação do indivíduo à
realidade, propiciando equilíbrio entre o real e o ideal, o próprio sujeito já possui
uma avaliação sobre qual a possibilidade de sucesso que terá de acordo com as
suas condições socioeconômicas. Assim, cada vez mais um projeto de carreira está
sendo compreendido como norteador do projeto de vida das pessoas (Gonçal-
ves et al., 2008).
AUTOCONHECIMENTO
Para planejar a carreira é necessário saber onde se quer chegar, ou seja, é preciso
TOTAL
MÉDIA
traçar METAS pessoais em relação à carreira escolhida. O autoquestionamento é
a forma mais eficaz para se chegar na definição de tais objetivos. Você deve se
perguntar:
Por que escolhi essa profissão?
Que estilo de vida quero ter?
O que é importante para mim?
É comum ouvir pessoas afirmarem que querem ser felizes e ter sucesso. Contudo, o
conceito de felicidade de uma pessoa pode ser diferente do conceito de outra.
Veja os exemplos:
Quero ser feliz. Quero trabalhar em uma empresa, ter horário de trabalho fixo,
perspectiva de crescimento e 13º.
Quero ser feliz. Quero ser uma profissional autônoma, definir meu próprio horário
de trabalho e tirar férias quando quiser.
Quero ser feliz. Quero trabalhar com outras pessoas e estar trocando ideias .
Quero ser feliz. Quero trabalhar no meu escritório e poder organizar documenta-
ção.
ATIVIDADELevantamento de Inclinações Profissionais Âncoras de Carreira – Edgar Schein (1996)
O preenchimento deste questionário pode auxiliá-lo a identificar que estilo de
profissional você é ou gostaria de ser. Leia as afirmativas abaixo e pontue cada
uma de 1 a 6, de acordo com a escala a seguir:
oBJE
TIVO
O
que
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lca
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Co
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APRESENTAÇÃO
Esta cartilha foi produzida pelo projeto de extensão
“Oficinas de Orientação Profissional e Planejamento de Carreira”,
desenvolvido pelo grupo de pesquisa Avaliação e Intervenções no
Desenvolvimento Humano. O objetivo do projeto consiste em preparar
estudantes de ensino médio de escolas públicas de Santa Maria e
universitários da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) para o
planejamento de suas carreiras. Para tanto, são propostas oficinas que
abordam aspectos relevantes para o desenvolvimento de carreira, tais
como orientação profissional, gestão de tempo, estratégias de estudo,
elaboração de trabalhos científicos, apresentação oral de trabalhos,
elaboração de currículo e comportamento em entrevistas de seleção e
planejamento de carreira.
�Este material foi organizado e editado com o objetivo de servir como
material de apoio às atividades realizadas no projeto e difundir os
conhecimentos e ações trabalhados nas oficinas.
Espera-se que as informações contidas nesse material
e as atividades desenvolvidas nas oficinas
auxiliem na trajetória profissional dos
estudantes.
introdução
Face à complexidade atual do mundo do trabalho, planejar a carreira profissional
é uma tarefa que adquire relevância crescente. O mercado de trabalho competiti-
vo, o aumento do número de profissionais com formação superior e a crise nos
empregos fazem com que a conquista de um espaço neste mercado dependa de
fatores como características pessoais, competências específicas e do estabeleci-
mento de uma rede de relações. Neste cenário, torna-se imprescindível o preparo
para a escolha de uma profissão, para a vida após o processo de escolarização
e para o desenvolvimento da carreira (Teixeira, 2002).
A qualificação exigida pelo mercado de trabalho pode ser tanto em termos
técnicos quanto em termos de habilidades pessoais. Gondim (2002) aponta três
habilidades como fundamentais na formação de perfis profissionais desejáveis:
(1) habilidades cognitivas, como raciocínio lógico e resolução de problemas;
(2) habilidades técnicas especializadas, como informática, língua estrangeira e
conhecimentos específicos da profissão;
(3) habilidades comportamentais e atitudinais, tais como cooperação, iniciativa e
empreendedorismo.
Há uma necessidade constante de qualificação pessoal e profissional para que o
indivíduo possa desenvolver as competências exigidas pelo mercado de trabalho.
Surge, assim, a necessidade de planejar a carreira. O objetivo da oficina de plane-
jamento de carreira é auxiliar os estudantes a planejar sua carreira, através do
estabelecimento de metas e de planos de ação para alcançá-las. Para tanto,
serão abordados três tópicos: autoconhecimento, comportamentos de explora-
ção e tomada de decisão.
equipeAna Cristina Garcia Dias
(Coordenadora e Professora do Programa de Pós-graduação em
Psicologia da Universidade Federal de Santa Maria )
Clarissa Tochetto de Oliveira
(Psicóloga – Mestranda do Programa em Psicologia da Universidade Federal
de Santa Maria)
ProduçãoProjeto de Extensão “Oficinas de Orientação Profissional e Planejamento de
Carreira”
IlustraçãoRômulo Viero Machado
Grupo de Pesquisa Avaliação e Intervenções no Desenvolvimento Humano
Rua Floriano Peixoto 1750, 3º andar. CEP: 97015-372.
Santa Maria – RS.
Contato: (55) 3220-9305
e-mail: [email protected]
O grupo de pesquisa
Avaliação e Intervenções no
Desenvolvimento Humano tem por
objetivos produzir conhecimentos para o
aprimoramento de teorias e práticas na área
de desenvolvimento humano, enfocando os proces�
sos de avaliação e de intervenções ao longo do
ciclo vital. Em particular, busca-se investigar os
fatores psicológicos, sociais e cognitivos envol�
vidos no desenvolvimento normal e em situações de
risco psicossocial. O grupo está empenhado na
quali�cação de alunos de graduação, pro�ssio�
nais e pesquisadores. Os projetos de pesquisa visam
aprofundar a compreensão desta temática e emba�
sar as intervenções realizadas nos projetos
de extensão.