Cartas na Mesa (Janeiro 2013)

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Rua Heronildes José da Silva, 190 - CEP: 88110-624 - Bairro Floresta, São José/SC - Telefones/Fax: 0800.646.1992 / (48) 3346.1992 / (48) 3346.3448 janeiro de 2013 - número 1 FILIADO A CUT E A FENTECT Impresso Especial 9912292945/2012-DR/SC SINTECT/SC CORREIOS 1.000 mil visitas às unidades em mais de 100 mil quilômetros No ano de 2012, os dirigentes do Sintect/SC colocaram o pé na estrada para conversar com os tra- balhadores. Foram cerca de 1.000 mil visitas às unidades por todo o es- tado de Santa Catariana, cobrindo quase 90%, dos locais de trabalho. Nos encontros, os dirigentes sindi- cais realizaram reuniões, prestaram esclarecimentos e auxílio jurídico à categoria. Em algumas unidades o sindicato esteve mais de uma vez. A presença dos dirigentes, prin- cipalmente nas cidades menores, do interior do estado, era uma reivindica- ção da categoria. Ao todo, a diretoria percorreu mais de 100 mil quilômetros pelo território catarinense. A partir das conversas com os trabalhadores está sendo possível elaborar um mapa das relações de trabalho dentro da estru- tura dos Correios no estado. “Já con- seguimos criar um ranking com as unidades com o maior número de re- clamações de trabalhadores por causa do assédio moral”, destaca o dirigente Hélio Samuel de Medeiros. Além disso, existem muitas unida- des com problemas de estrutura. “Falta de equipamentos como capa de chuva, bicicletas estragadas, prédios velhos, problemas de ventilação, e diversas outras situações que colocam em risco a saúde do trabalhador”, informa o di- rigente Fernando Alegre. As situações dos locais de traba- lho estão sendo registradas em fotos e vídeos e o sindicato está cobrando providências dos gestores da Direção Regional. Veja a seleção de fotos da Percorrida da Diretoria em 2012 no site do Sintect/SC. Conquistas do sindicato refletem no aumento do número de filiações Houve um expressivo aumento do número de filiações de trabalhadores ao Sintect/SC. O aumento das sindi- calizações é o resultado do trabalho dos dirigentes. De acordo com dados do sistema de informação da entidade, a filiação ocorrem com maior frequ- ência, às vésperas da negociação da Campanha Salarial. “Este ano, graças ao trabalho de formiguinha dos diri- gentes, está sendo possível estender esse período”, confirma o dirigente Pe- dro Rafael da Rosa. Este ano o número de filiações su- perou o de desfiliações. Hoje são três trabalhadores filiados, para cada des- filiação. Os dirigentes do Sintect/SC têm investido na relação com os traba- lhadores. Ir onde o trabalhador estiver, é um dos compromissos da atual ges- tão da entidade. Com o aumento das filiações o sindicato consegue ampliar os benefícios oferecidos aos trabalha- dores. Estão sendo entregues as carteirinhas solicitadas pelos filiados. 25 de janeiro: Dia do Carteiro

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Edição do jornal dos trabalhadores dos Correios do estado de Santa Catarina.

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Rua Heronildes José da Silva, 190 - CEP: 88110-624 - Bairro Floresta, São José/SC - Telefones/Fax: 0800.646.1992 / (48) 3346.1992 / (48) 3346.3448

janeiro de 2013 - número 1

FILIADO A CUT E A FENTECT Impresso Especial

9912292945/2012-DR/SC

SINTECT/SCCORREIOS

1.000 mil visitas às unidades em mais de 100 mil quilômetros

No ano de 2012, os dirigentes do Sintect/SC colocaram o pé na estrada para conversar com os tra-balhadores. Foram cerca de 1.000 mil visitas às unidades por todo o es-tado de Santa Catariana, cobrindo quase 90%, dos locais de trabalho. Nos encontros, os dirigentes sindi-cais realizaram reuniões, prestaram esclarecimentos e auxílio jurídico à categoria. Em algumas unidades o sindicato esteve mais de uma vez.

A presença dos dirigentes, prin-cipalmente nas cidades menores, do interior do estado, era uma reivindica-ção da categoria. Ao todo, a diretoria percorreu mais de 100 mil quilômetros pelo território catarinense. A partir das conversas com os trabalhadores está sendo possível elaborar um mapa das relações de trabalho dentro da estru-

tura dos Correios no estado. “Já con-seguimos criar um ranking com as unidades com o maior número de re-clamações de trabalhadores por causa do assédio moral”, destaca o dirigente Hélio Samuel de Medeiros.

Além disso, existem muitas unida-des com problemas de estrutura. “Falta de equipamentos como capa de chuva, bicicletas estragadas, prédios velhos, problemas de ventilação, e diversas outras situações que colocam em risco a saúde do trabalhador”, informa o di-rigente Fernando Alegre.

As situações dos locais de traba-lho estão sendo registradas em fotos e vídeos e o sindicato está cobrando providências dos gestores da Direção Regional. Veja a seleção de fotos da Percorrida da Diretoria em 2012 no site do Sintect/SC.

Conquistas do sindicato refletem no aumento do número de filiações

Houve um expressivo aumento do número de filiações de trabalhadores ao Sintect/SC. O aumento das sindi-calizações é o resultado do trabalho dos dirigentes. De acordo com dados do sistema de informação da entidade, a filiação ocorrem com maior frequ-ência, às vésperas da negociação da Campanha Salarial. “Este ano, graças ao trabalho de formiguinha dos diri-gentes, está sendo possível estender esse período”, confirma o dirigente Pe-dro Rafael da Rosa.

Este ano o número de filiações su-perou o de desfiliações. Hoje são três trabalhadores filiados, para cada des-filiação. Os dirigentes do Sintect/SC têm investido na relação com os traba-

lhadores. Ir onde o trabalhador estiver, é um dos compromissos da atual ges-tão da entidade. Com o aumento das filiações o sindicato consegue ampliar os benefícios oferecidos aos trabalha-dores.

Estão sendo entregues as carteirinhas solicitadas pelos filiados.

25 de janeiro: Dia do Carteiro

O papel do Assessor de Gestão de Relações Sindicais e do Trabalho (ASGET ) deveria ser o de interme-diar as negociações entre sindicato e ECT (resolver os problemas, ou pelo menos tentar), servindo como ponte de comunicação. Mas, em Santa Catarina, o ASGET vem de-sempenhando o papel de “bota do patrão”. Pisa e humilha os traba-lhadores. Quando sai em defesa de seu patrão, o diretor ditador, não mede esforços para agradá-lo: acu-sa os trabalhadores de usarem ates-tados para “ficar em casa”.

Uma ofensa aos trabalhadores que sofrem com o descaso da empresa que não contrata via Concurso Público, e entra com uma liminar para manter a Mão de Obra Tercerizada. Como se não bastasse os trabalhadores e as tra-balhadoras sofrem com o Sistema de Assédio Permanente (SAP), Sistema de Assedio ao Atendente Comercial (SARC) e Sistema de Assédio ao OTT (SAPIM).

Somos obrigados a ouvir deste emissário do Diretor Ditador que não temos direito de ficar doentes. Estas atitudes somadas a outras, como per-seguição a Delegado Sindical, Diri-gentes Sindicais e a defesa de chefes carrascos assim como a demora nas respostas de CT’s (cartas enviadas à empresa para solucionar problemas dos trabalhadores) demonstra o des-preparo deste que se mantém no car-go graças a sua madrinha política, e o mesmo se enche de orgulho em di-vulgar.

Somente desta maneira esta gestão ascendeu na empresa, pois competên-cia ele não possui, nunca fez RI ou qualquer outro processo seletivo para ocupar este cargo, e todos nós sabe-mos que este cargo, assim como ou-tros da DR/SC pertencem ao PT que fez um verdadeiro leilão entre seus lacaios para distribuição de cargos, onde o único requisito para assumir o

OPINIÃO

é a carteirinha de filiação ao partido, e o atestado de incompetência admi-nistrativa.

A máxima de quanto pior gestor, melhor, melhora seu conceito dentro do partido. O PT distribui seus cargos da maneira que lhe convier. A estes facínoras, lacaios e incompetentes, nossa resposta se dará nos tribunais da Justiça. Denúncias de assédio moral, perseguição a grevistas no pós-greve, coerção, quebra de ACT e inúmeras outras demandas judiciárias já estão tramitando na Justiça, inclusive no MPT e MPF

Ação do sindicato

Conseguimos reverter inúmeros processos de transferência arbitrária de funcionários por puro capricho e revanchismo do DR, que não poupou esforços em prejudicar trabalhadores pais de família, pelo simples fato de aderirem à greve e lutar por condições melhores de trabalho. Todos os casos de transferência arbitrários foram re-vertidos judicialmente.

O sindicato barrou todas suas ofen-sivas contra os trabalhadores e provou que ele é apenas um fantoche lacaio a serviço do partido e que não possui autonomia para transferir o trabalha-dor de um local de trabalho para ou-tro com intenção clara de reprimir: um atestado de burrice do tamanho do mundo, e com aval da direção incom-petente de Brasília.

Ascensão na carreira

Os gestores da DR/SC usaram o sindicato para promoção pessoal e foram “recompensados” pelo Partido dos Trabalhadores por “serviços pres-tados” a legenda à custa da traição a nossa categoria e perseguições aos grevistas. Estes, que um dia se “tra-vestiram” de dirigentes sindicais para angariar benefícios próprios, estão provando que nunca foram compro-

metidos com a categoria e muito me-nos com uma ECT pública.

É notório o sucateamento na DR/SC e isto está acontecendo no país in-teiro. No momento o objetivo é manter seus cargos a qualquer preço pisando nos trabalhadores, pois competência não é e nunca será seu forte! Estes la-caios tentaram a todo custo barrar o sindicato nas suas visitas em locais de trabalho, inclusive com liminar, que foi devidamente derrubada pelo Sin-tect/SC.

Segundo estes lacaios da DR/SC, o mês para o sindicato teriam ape-nas nove dias corridos, pois queriam que fizéssemos reuniões em local de trabalho apenas entre os dias 16 a 25 de cada mês. Uma política de amor-daçamento inaceitável pela direção do sindicato, e que gerou diversas idas a Delegacias de Policia pelo estado: Brusque por duas vezes, Tubarão, Araranguá e Lages.

Nossa política

Não aceitamos oportunistas ditan-do ordens dentro do sindicato, e muito menos pisando em Acordos Coletivos e desrespeitando a lei, e seguiremos sempre no sentido de levar o esclare-cimento e a informação aos trabalha-dores ecetistas, custe o que custar, e quantas vezes forem necessários es-taremos defrontes a um delegado de policia para fazer valer este direito da categoria.

A estes facínoras, abutres e depre-dadores do patrimônio público, nossa resposta se dará de forma legal, e o tempo se encarregará de limpar toda está sujeira dentro das DR’s da ECT, e quando começarem a cair de seus car-gos, assim como frutas podres, serão varridos para fora da empresa e joga-dos no lixo, pois este é o único lugar a que estes vermes têm direito de estar. Pois só assim conseguiremos manter nossa dignidade e salvar a empresa destas traças!

A política dos dirigentes do Sintect/SC é defender o trabalhador

SEJA SINDICALIZADO

Trabalhador sindicalizado da cidade de Joinville, aprovado em Concurso para função de Agente de Correios, desviado da sua fun-ção, passou a desempenhar ativida-des típicas de operador de triagem e transbordo (OTT). Ele acionou o Sintect/SC e ganhou na Justiça o direito a ser pago pela ECT, o Adi-cional de Atividade de Tratamento, previsto nos Acordos Coletivos de Trabalho da categoria. A determi-nação também inclui o cálculo de Férias, 1/3, gratificações natalinas e FGTS.

De acordo com a argumentação da defesa da ECT, as atribuições dos

Prédios alugados e não utilizados: uma fortuna dos Correios jogado no lixo pela DR/SC

A DR/SC paga aluguel mensal de oito edifícios não utilizados, enquanto os trabalhadores con-tinuam trabalhando nos prédios antigos. A situação tornou-se um problema porque além do gasto do dinheiro público alguns prédios es-tão em condições insalubres para o trabalhador.

Na manhã da terça-feira, 8/1, o muro em frente a agência dos Cor-reios de Xanxerê, onde fica o jardim, desmoronou. O dinheiro pago em aluguel poderia ser utilizado em me-lhorias nos locais de trabalho. Duran-te a percorrida pelo estado, o Sintect/SC verificou e fez um levantamento da situação. Há casos em que a em-presa está há mais de um ano pagan-do o aluguel para ter um nova estru-tura mas a transferência prédio não foi realizada.

“Já denunciamos a situação em Tijucas. O dinheiro está sendo mal utilizado. A situação se repete em outras cidades. O prédio está pronto para ser usado, com espaço amplo,

cargos em discussão OTT e Carteiro, atualmente denominado como Agen-te de Correios (Tratamento e Trans-bordo) e Agente dos Correios (Dis-tribuição e Coleta), respectivamente por vezes se confundem sem, no en-tanto, perderem a natureza de seus cargos. Entretanto o juiz do trabalho, do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª, não acatou a defesa e condenou a ECT ao pagamento de R$ 45 mil, acrescidos de juros e correção mone-tária.

O Sintect/SC aguarda a sentença de ações semelhantes de outros traba-lhadores filiados que estão tramitan-do na Justiça.

mas a DR/SC ainda não transferiu os trabalhadores”, indigna-se o dirigen-te Fernando Alegre.

No CDD Jaraguá do Sul, os tra-balhadores estão no prédio antigo, enquanto o novo, no terreno ao lado, continua vazio, e o diretor regional não consegue a liberação.

Na AC São Lourenço do Oeste a DR/SC paga aluguel da sede nova e os clientes são atendidos no prédio antigo. “É muito descaso com o di-nheiro público e falta de respeito à população e para com os trabalha-dores”, ressalta o dirigente Pedro Rafael. Também na AC Maravilha e na AC Dionísio Cerqueira está sendo pagos aluguéis de prédios novos e os trabalhadores continuam no aperto

Agente em Joinville ganha na Justiça R$ 45 mil por desvio de função

na antiga estrutura. O sindicato está denunciando a

situação e pedindo o apoio da popu-lação. O dinheiro pago em aluguéis poderia ser revertido em melhorias para todos.

A categoria também tem que con-tribuir enviando por email detalhes sobre as condições de trabalho em sua unidade, se possível com fotos para reforçar as denuncias que já es-tão pipocando por todo estado.

É importante expor para a socie-dade a maneira como a ECT trata seus trabalhadores pois no momento o discurso da empresa é o de moder-nização.

“Vamos levantar o tapete e jogar toda esta imundície para quem quiser ver, e quem sabe, a Justiça enfim seja feita, e algum órgão competente nos mande uma bóia de salvação, e aten-da o nosso pedido de socorro”, esbra-veja o dirigente Fernando Alegre.

A direção do Sintect/SC não mede esforços para buscar soluções para essas situações. É fundamental a par-ticipação e ajuda da categoria.

Em várias agências existem climatizado-res em caixas enquanto o trabalhador sofre com o calor. Nas visitas do sindicato as uni-dades surpreende a elevada temperatura em alguns ambientes. Têm unidades onde os trabalhadores demonstraram até o interes-se de pagar a instalação do próprio bolso. O sindicato alerta que este serviço compete a DR/SC e as chefias das agências. O discurso da ECT é de modernização, mas de concre-to só continua tirando o sangue e o suor dos trabalhadores para atingir as metas.

Sol, calor, suor e trabalho

A prestação de contas da atual gestão do Sintect/SC, referente ao ano de 2012, está publicada no site do sindicato.

A coerção é uma forma de exercer o poder pela imposição de uma vontade com intimida-ção, ameaças e punições. Entretanto, quando a coerção é usada frequentemente, perde seu efeito intimidador, gerando comportamentos profissionalmente “suicidas” por parte de suas vítimas: isso ocorre quando a própria coerção passa a ser menos suportável do que as consequências da ameaça utilizada.

O sindicato, como espaço de poder dos tra-balhadores, assegurou para os atuais gestores da DR/SC, a possibilidade de ocupar cargos na estrutura do governo federal. Quase todos os gestores de primeiro escalão da DR/SC são oriundos do movimento sindical.

Ao chegar aos cargos que hoje ocupam, invés de utilizar o conhecimento e a experi-ência de sindicalistas para negociar com os trabalhadores, os gestores estão aplicando a coerção para impor as determinações do Em-presa Brasileira de Correios e Telégrafos.

Hoje, pelo atos da Direção Regional, a ges-tão dos Correios em Santa Catarina está con-tra o movimento sindical dos trabalhadores dos Correios. O que causa revolta e indigna-ção é saber que o atual diretor regional dos Correios já “defendeu” a categoria, mas sua militância foi usada para alcançar: DINHEI-RO E PODER!

Agora, ocupando o cargo máximo da em-presa no estado, ao invés de valorizar os tra-balhadores, o diretor regional executa práti-cas de coerção que estão causando não apenas o conflito com o sindicato mas também pro-blemas psicológicos nos trabalhadores.

O SINTECT/SC é a única ferramenta para defender e lutar pelos direitos da cate-goria por isso após um balanço dos eventos ocorridos em 2012 publicamos nas próximas quatro páginas o dóssie “Ditadura Amarela” para expor a situação dos trabalhadores dos Correios em Santa Catarina.

DITADURA AMARELA

Correios em SC aplica a prática da ditadura militar contra os

trabalhadores pelas mãos da atual gestão da direção regional A presidenta Dilma Rousseff assumiu a presi-

dência da república, meses depois, por indicação

do Partido dos Trabalhadores (PT) e aliados as

composições dos membros das direções regionais

dos Correios foi formada. Em Santa Catarina, du-

rante o discurso de posse, o novo diretor da DR/SC

relembrou seu passado. Destacou que em seu con-

tracheque está registrado na empresa na função

de carteiro. O diretor ressaltou que estes seriam

motivos suficientes para não jogar no lixo um pas-

sado de sindicalista mesmo estando do outro lado

da mesa e assim cumpriria uma gestão preocupada

com as pessoas. O diretor também atuou como sin-

dicalista tendo sido dirigente do Sintect/SC.

Os dirigentes do Sintect/SC tinham claro que mesmo tendo um representante legítimo dos tra-balhadores dos Correios, na diretoria da empresa, a situação de negociação passaria por momentos de tensão, pois é da pratica sindical tencionar, mes-mo tendo um ex-dirigente sindical como diretor da ECT. A categoria acreditou que haveria negociação ou diálogo permanente.

Nos meses anteriores a greve de 2011, os DIRI-

GENTES do Sintect/SC tentaram um diálogo entre

as partes. Para o Sintect/SC o diálogo é sempre

o melhor caminho. Em Assembleia, os trabalhado-

res votaram e decidiram pela greve. A diretoria

do Sintect/SC avaliou que diante de um momento

de greve seria possível perceber as intenções do

novo diretor. A greve de 28 dias paralisou quase

80% da área operacional dos Correios em SC.

Infelizmente, nem precisou acabar a greve: o dire-

tor da regional em SC foi o primeiro no país a impe-

dir os trabalhadores grevistas a receber as guias-

-médicas. Os dirigentes do Sintect/SC solicitaram a

diretoria regional uma reunião para tentar um acor-

do pelo diálogo. Não obteve êxito. A DR/SC fechou as

portas. A Diretoria Regional, inclusive, ineditamente

tomou posição contra a organização sindical, impe-

dindo o acesso dos dirigentes aos locais de trabalho.

Os gestores da regional em Santa Catarina, orientado por determinação do gover-no federal, reprimiu, coibiu e perseguiu os trabalha-dores que aderiram à greve para reivindicar por seus direitos.

Correios em SC aplica a prática da ditadura militar contra os

trabalhadores pelas mãos da atual gestão da direção regional

O Diretor Regional Márcio Miranda apesar de estar ligado ao Partido dos Trabalhadores (PT), ter história como dirigente sindical, passou a aplicar ferramentas de coerção aos grevistas. O resultado é o acúmulo de inúmeras reclama-ções de trabalhadores.

O diretor regional tenta reduzir a organização sindical, a mesma que formou vários políticos nacionais como a Ministra Ideli Salvatti e o ex--presidente Lula. Ao invés de utilizar o conhecimento e a experiência dos tempos de luta sindical para nego-ciar com os trabalhadores, os gesto-res incorporam a prática do desprezo e da falta de respeito a categoria.

O índice de denúncias dos trabalhadores sobre assédio moral dobrou. As práticas de perseguição, transferências sem moti-vo justo, além de aplicação de SID’S por motivos fúteis, tornaram-se ferramentas constantes de coerção aos trabalhadores. Transferências de unidades

No ano passado, seis companheiros gre-vistas que trabalham nos CEEs, FNS e São José foram trocados acintosamente por companheiros dos CDDs Estreito e CDD São José. A prática ocorre sem consultar as partes e muito menos sem ao menos res-peitar os trabalhadores que estavam na fila do Sistema Nacional de Transferência (SNT).

Sindicato reverte decisão

O Sintect/SC foi a Justiça e conseguiu barrar todas as transferências. A Justiça entendeu que a “necessidade de serviço” é uma desculpa subjetiva, e não pode ser usada para prejudicar um trabalhador em suas funções e direitos, como por exem-plo, a manutenção de seu posto de serviço e lotação. Em Araranguá, um companheiro também foi transferido para Sombrio e a assessoria jurídica do Sintect/SC o trouxe de volta.

Assédio moral, perseguição e punição a trabalhadores honestos e batalhadores que ousaram reivindicar por seus direitos tornaram-se ferramentas de repressão pela DR/SC.

Perseguições e punições aos traba-lhadores que lutaram por seus direi-tos e por melhores condições de tra-balho

Os gestores pressionados por de-

terminações da Direção Regional

estão praticando o assédio moral

nas unidades. A intenção é criar um

ambiente de medo com a possibili-

dade de demissão dos trabalhadores.

A Ditadura Militar no Brasil teve uma duração

de 21 anos, iniciando no dia 31/03/1964 e tendo

seu término em 1985.

Policia é chamada para impedir os

dirigentes do Sintect/SC de se reunir

com os trabalhadores.

A DR/SC está entre as pri-

meiras no ranking de con-

quista de metas. Isso signi-

fica que em Santa Catarina

existem centenas de traba-

lhadores com problema de

saúde. Nem sempre o que é

bom para a empresa, é bom

para o trabalhador. Muitas

unidades dos Correios es-

tão com sérios problemas

de estrutura. Prédios an-

tigos, falta de ventilação e

de equipamentos. A Direção

Regional apresenta resul-

tados obtidos pelo esfoço

da categoria. Os dados são

uma satisfação ao gover-

no e respaldam as ações

prejudiciais ao trabalha-

dor para obter o “lucro” e a

conquista das metas.

DITADURA AMARELA

Quanto melhor os números da DR, PIOR é a situação do trabalhador ecetista!

Pesquisas de clima organizacional são um engodo

As metas atingidas pela DR/SC ocorrem na dire-

ção contrária aos benefícios, qualidade de vida e

melhorias das condições de trabalho. Os Cartei-

ros, os Atendentes e OTTs trabalham sofrendo com

pressões psicológicas, assédio moral, ações os-

tensivas dos gestores, punições e metas inatin-

gíveis dentro da carga horária. Nas unidades as

atividade ocorrem sob a ameaça da demissão. Luta do Sintect/SC contra o assédio moralO Sintect/SC denunciou para a Direção Regional

quais são os chefes truculentos. O assédio conti-

nua. Nem todas as unidades apresentam este pro-

blema. Alguns chefes mesmo discordando da pos-

tura da DR são obrigados a implantar a ditadura

para não serem punidos. Os chefes mais carrascos

são justamente os que estão tendo mais proteção

do diretor regional.

Assédio moral: unidades com o

maior número de denúncias dos

trabalhadores

Os sindicato elaborou a partir das re-clamações da categoria um ranking com ss unidades onde os trabalhadores mais sofrem assédio moral em Santa Catarina. São elas: CDD Brusque, CDD Barreiros, CDD Joaçaba, CDD Joinville (Leste), CEE Blu-menau, CEE Florianópolis, CDD Jaraguá do Sul, CDD Coral, CDD Concórdia e CDD Bal-neário Camborií. Nestas unidades a rejei-ção as chefias é de 90% dos trabalhadores.

Guias médicas

Durante a greve, os companheiros sen-tiam-se preocupados com parentes em tratamento, outros tinham a esposa à beira do parto e não estavam conse-guindo pegar as guias. Neste momento, a assessoria jurídica do Sintect/SC in-gressou com liminar e ganhou. A partir daí, os grevistas puderam participar da manifestação de maneira pacífica, sem ter atingida o direito ao cuidado de sua saúde ou de sua família.

Vale-alimentaçãoA Direção Regional, descontou o vale-ali-

mentação dos trabalhadores durante a gre-

ve. O sindicato entrou na Justiça e obteve

liminar liberando o vale para a categoria.

O Sintect/SC não aceitou e

nunca aceitará interferên-

cia da Direção Regional na

organização sindical.

OS MOTIVOS DA DR/SC PARA

IMPEDIR AS REUNIÕES DO

SINDICATO

A desculpa da DR é de que

nas unidades havia exces-

so de carga. A DR/SC mentiu,

pois conforme apurado pelos

dirigentes, a carga em todas

as unidades estava abaixo

da média, inclusive, as pró-

prias ferramentas de comu-

nicação da empresa atesta-

vam aos trabalhadores sobre

a normalidade da carga.

A Direção Regional de Santa Catarina en-trou com ação na Justiça [Interdito Proi-bitório], e obteve êxito, contra o Sintect/SC, para acabar com o livre acesso do sin-dicato aos locais de trabalho. As chefias de algumas unidades chegaram a acionar a polícia para impedir o sindicato de con-versar com os trabalhadores. Esta di-retoria do Sintect nunca irá aceitar que qualquer setor da ECT impeça o contato do trabalhador com sua entidade sindical. O trabalhador tem o direito de ser assistido e protegido.

Sintect/SC derruba a proibição

Após quase um ano de briga na Justiça, foi derrubado o Interdito Proibitório, e ago-ra o sindicato poderá estar nos locais de trabalho e fazer as reuniões setoriais, que é um direito do trabalhador.

Agora, para barrar o Sintect/SC e empre-sa desautoriza reuniões como ocorreu no CDD Barreiros, no CDD Estreito, no CDD São José, CDD Ingleses, CDD FNS, CDD FNS Sul, CDD FNS Norte, CDD Palhoça, CEE FNS e CEE São José.

MOT: Justiça novamente concedeu parecer favorável a ECT

Direção Regional proíbe sindicato de falar com os trabalhadores

A atividade fim da empresa não pode ser terceirizada. Entretanto, a empresa em ação judicial, conse-guiu reverter na Justiça a proibição da contratação de MOT’S, alegando a falta de mão de obra para a con-tinuidade dos serviços prestados a população. O Sintect/SC está fa-zendo de tudo para acabar com isso e obrigar a ECT a contratar os con-cursados.

Por isso, a direção do Sintect/SC, novamente impetrou ação contra a ECT. A direção do Sintect/SC re-afirma o compromisso de defesa da categoria, pela manutenção dos di-reitos conquistados na luta e pela melhoria nas condições de trabalho.

DITADURA AMARELA

Organização Sindical

Pelo fim da Ditadura, o povo se une e

vai as ruas protestar e exercer o di-

reito de escolha de uma outra forma

de governo.

SEMINÁRIODirigentes se retiram, após ofensas do Diretor Regional

Os dirigentes do Sintect/SC deci-diram se retirar do 1º Seminário so-bre Assédio Moral e Sexual, promo-vido pela ECT/SC, após terem sido hostilizados pela Direção Regional da empresa, durante a abertura do evento realizada no auditório do Cen-tro de Operação e Administração dos Correios, em São José.

Ao falar sobre as relações de assédio moral o Diretor Regional afirmou que os dirigentes teriam invadido locais de trabalho. “Eles [os dirigentes] invadem locais de trabalho e ofendem gestores”, frase proferida pelo Diretor Regional.

De acordo com os dirigentes a fra-se é um ataque a liberdade sindical e não resolve as dezenas de situações de assédio moral que estão ocorrendo nas unidades por todo o estado de Santa Ca-tarina.

Se ligue: se você estiver sofrendo com o assédio moral ou sexual entre em contato com os dirigentes do sindicato.

Jornal do Sintect/SC Site: www.sintectsc.org.br / Twitter: @sintectsc / Email: [email protected] / Sede - Rua Heronildes José da Silva, 190 - CEP: 88.110-624 - Bairro Floresta, São José/SC Contato por telefones/fax: 0800.646.1992 / (48) 3346.1992 / (48) 3346.3448 - Jornalista: Claudio Lucio Augusto (DRT/SC 2475) Tiragem: 4.000 mil

Fentect fala sobre a reunião com a ECT para tratar da PLR 2012 e 2013

De acordo com a Fentect a ECT não quer pagar a PLR. A direção da Federação está mobilizando os trabalhadores para pressionar os gestores da ECT para que seja paga a PLR 2012. “A empresa não está negociando com a categoria, man-tém uma postura unilateral e utiliza os seus meios de comunicação para mentir. Afirma que o governo pode-rá deixar de pagar a PLR. Para pio-rar, convocou os representantes dos trabalhadores para negociar a PLR de 2013. Eles não querem discutir o pagamento, querem falar sobre os critérios e metas”, afirmam os repre-sentantes da Fentect.

O acordo da Participação nos Lu-cros e Resultados (PLR) de 2012 não

Os dirigentes do Sintect/SC nunca invadiram qualquer local de trabalho. “Invasão de propriedade privada é crime e se tivesse ocorrido teríamos respondi-do criminalmente, o que não ocorreu”, completa o dirigente Gilmar Abati.

O direito de fazer reuniões com os trabalhadores está garantido em Acordo Coletivo de Trabalho. Ocorre na relação sindicato e Direção Regional uma que-da de braço. A gestão da Direção Regio-nal tem utilizado de todos os expedien-tes para coagir o trabalho do sindicato.

“As criticas e cobranças feitas pelo sindicato são referentes aos problemas na atuação de alguns gestores, que por consequência de suas ações tem causa-do problemas de saúde, de cunho psi-cológico nos trabalhadores”, reafirma o Secretário Geral, Hélio Samuel de Me-deiros.

Atualmente, os Correios tem em Santa Catarina, unidades com 25 traba-

lhadores onde 20% fazem uso de medi-cação para depressão. Os dados sobre absenteísmo [faltas ao trabalho] dão credibilidade a essa afirmação.

A realização de um Seminário de Assédio Moral e Sexual é a comprova-ção de que o Assédio é um mal que exis-te dentro da estrutura da ECT e precisa ser resolvido.

“Em momento algum a Direção Re-gional vai intimidar o sindicato, com qualquer tipo de discurso ofensivo, con-tra o sindicato, para fortalecer a ação das chefias contra os trabalhadores”, alerta o dirigente Josiel Reis.

A principal luta dos dirigentes do Sintect/SC é a de defender o trabalhador e exigir que os gestores da ECT respei-tem o maior patrimônio da empresa.

Os dirigentes retornaram ao audi-tório do COA para distribuir uma nota de repúdio e esclarecer aos presentes os motivos da indignação dos dirigentes.

foi assinado. A proposta apresentada pela ECT segue as orientações do pro-grama de metas. No dia 7 de dezembro a ECT recebeu a aprovação da propos-ta de PLR e de acordo com a empresa o pagamento referente ao exercício de 2012, será realizado durante o primeiro semestre de 2013.

A data limite estipulada pelos ór-gãos de controle externo para apresen-tação da proposta de acordo de PLR 2013 era o dia 15 de dezembro. Como o prazo não foi cumprido foi estabele-cida nova data atendendo à solicitação dos representantes dos trabalhadores. A ECT pediu a prorrogação do prazo para concluir as negociações.

O lucro da ECT em 2012 passa de 1 bilhão e a Federação quer o pagamento linear do lucro para os trabalhadores.

Os dirigentes do Sintect/SC iniciam o ano cobrando da Di-reção Regional dos Correios a melhoria do atendimento dos ambulatórios.

Em Chapecó, aumentou o número de reclamações dos tra-balhadores, que estão insatisfei-tos com a maneira como estão sendo tratados.

Os dirigentes enviaram CT para a empresa solicitando es-clarecimentos que justifiquem os problemas apurados pelos traba-lhadores.

Sintect/SC cobra melhoria no ambula-tório de Chapecó