CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE DOS ATRIBUTOS … · 10/12/2015 · 4º Seminário Ibero-Americano...
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CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE DOS ATRIBUTOS PATRIMONIAIS DO ENTORNO CULTURAL 2 DA ZONA ESPECIAL DE PRESERVAÇÃO 2 – CENTRO (ZEP 2) EM MACEIÓ/AL.
OLIVEIRA, A. L. D. ; HIDAKA, L. T. F.
1. Universidade Federal de Alagoas. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.
Endereço Postal [email protected]
2. Universidade Federal de Alagoas. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.
Endereço Postal [email protected]
RESUMO Este artigo tem como objetivo caracterizar e analisar, sob a ótica da conservação da significância cultural, os atributos materiais e imateriais do setor de Preservação do Entorno Cultural 2, situado na Zona Especial de Preservação 2 – Centro (ZEP2) de Maceió, em Alagoas. Na literatura, inicialmente entendeu-se a preservação do entorno como necessária para manter a integridade e ambiência do sítio, sendo esta uma área intermediária, onde a aplicação de parâmetros urbanísticos de conservação é menos rigorosa. Contudo, novas definições passaram a perceber o entorno como contribuinte na significância do bem tombado. Enfim, foi reconhecido o valor da arquitetura presente no entorno, que contribuía para contar a historia do lugar. Apesar deste novo entendimento, a Legislação de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural elaborada pela Secretaria Municipal do Planejamento e do Desenvolvimento de Maceió compreende que “o Setor de Preservação do Entorno Cultural é o espaço urbano de entorno aos Setores de Preservação Rigorosa (SPR), visando atenuar a interferência paisagística da urbanização sob estas áreas”. Esta definição nega a importância desta área enquanto atributos de bens imóveis, porém na região em estudo encontra-se uma grande concentração de imóveis históricos, que entre casas térreas e sobrados destacam-se: o Colégio Santíssimo Sacramento (fundado em 12 de abril de 1904), o Movimento de Cursilhos de Cristandade da Arquidiocese de Maceió, a Arquidiocese e o Crea-AL (construída nos primeiros anos do Século XX). Estas edificações estão sob a ameaça da valorização imobiliária da região que registra um número de edifícios de gabaritos elevados cada vez maior. Entendendo a ambiência como contribuinte para a significância cultural e identidade de um sítio, fica evidente o quão perigoso é tratar áreas de entorno como apenas proteção para os Setores de Preservação Rigorosa. A metodologia utilizada para analisar e caracterizar a área foi dividida em etapas, primeiro foi feita uma revisão teórica sobre conservação urbana, o que serviu de base para elaboração de uma tabela, instrumento para análise morfológica para identificação de atributos materiais e imateriais no sítio histórico urbano, e então foi possível fazer a análise do objeto empírico a partir do material obtido na etapa anterior, podendo identificar os valores patrimoniais. Sendo elaboradas novas planilhas com os resultados. Nestas, destaca-se o levantamento que caracteriza o entorno cultural 2, expondo o estado de conservação e a ambiência dos imóveis históricos. Verificou-se que se trata da arquitetura eclética, característica do final do século XIX e início do XX, marcada pela mistura de estilos e presença de ornamentos, a maioria das edificações com platibanda, sem recuo lateral e alinhadas com a via pública. Além disso, após analisar os dados, concluiu-se que a legislação vigente deveria ser mais
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rígida nas áreas de entorno, que no caso estudado possui um grande potencial e encontra-se bem conservada, porém sua ambiência é comprometida pela altura dos edifícios circundantes, que em número crescente ameaçam a integridade do sítio. A proteção desta área depende do valor atribuído a ela, é preciso reconhecer sua importância como essencial para a qualidade de vida e como referencia histórica. Palavras-chave: Entorno cultural; ambiência urbana; significância cultural; Zona Especial de Preservação - Centro histórico de Maceió/AL.
1. Introdução
As práticas recentes de planejamento de cidades relacionam os fundamentos do
planejamento estratégico à teoria do desenvolvimento sustentável e da conservação do
patrimônio cultural, buscando direções eficientes e eficazes com a minimização de perdas
sociais e dos vestígios da história.
Em Maceió esses vestígios históricos se concentram nas Zonas Especiais de Preservação,
previstas no Plano Diretor. O objetivo deste artigo é caracterizar e analisar, sob a ótica da
conservação da significância cultural, os atributos materiais e imateriais do setor de
Preservação do Entorno Cultural 2, situado na Zona Especial de Preservação 2 – Centro
(ZEP 2) de Maceió, em Alagoas.
A ZEP 2 juntamente com o bairro do Jaraguá (ZEP 1) e Trapiche, foram as primeiras a se
desenvolver, formando três núcleos distintos, interligados por pontes sobre o riacho
Salgadinho e o canal da Levada, em meados do século XIX, quando um plano foi traçado
para desenvolver a cidade, que cresceu eclética, a exemplo da Rua do Sol, que até o
momento não sofria influencia modernista. (DANTAS, C. L.; TENÓRIO, D. A.; MENEZES, J.
L. M., 2011, p. 27).
“O Centro foi, então, tomado pelo comércio e pelas edificações religiosas e
oficiais. Apesar das descaracterizações e da asfixia urbana dos logradouros,
ainda é nessa área que estão concentrados os principais monumentos da
cidade, como a Catedral metropolitana, Igreja dos Martírios (...).” (DANTAS,
C. L.; TENÓRIO, D. A.; MENEZES, J. L. M., 2011, p. 222).
A expressão monumento advém do latim monumentum, derivado de monere, que quer dizer
“advertir” ou lembrar”, significando, pois, aquilo que lhe traz algo à lembrança; algo edificado
para evocar, tocar pela emoção. Essa função memorial foi atribuída a muitas edificações,
designadas de monumentos históricos, bens que embora não tivessem sido edificados para
tal, designavam esse papel.
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A Carta de Burra (The Burra Charter) afirma que “Significância cultural significa valor
estético, histórico, científico, social ou espiritual para gerações passadas, presentes ou
futuras.” e que lugares com significância cultural devem ser preservados, pois um sítio
histórico evoca uma ligação profunda e inspiradora com a paisagem, além de fortalecer a
identidade local, enriquecendo a vida das pessoas (ICOMOS, 2013). GARCIA LAMAS
afirma que “Hoje, desenhar a cidade e nela intervir é também compreender e conhecer a
cidade antiga e a cidade moderna, as suas morfologias e processos de formação.” (1993,
p.28).
O Setor específico em estudo é o de Entorno 2, pois entende-se que sua preservação é
necessária para manter a integridade e ambiência do sítio. Esta é uma área intermediária,
onde a aplicação de parâmetros urbanísticos de conservação é menos rigorosa, porém, há
valor da arquitetura presente no entorno, que contribui para contar a história do lugar. Esta
ambiguidade é fruto da complexidade do conceito de entorno, que se modificou ao longo da
história.
Inicialmente, se restringia a uma área intermediária, de vizinhança, destinada a manter a
integridade e ambiência do sítio, esta desvalorização da região resultava em parâmetros
urbanísticos de conservação menos rigorosos, o que possibilitava a degradação da
arquitetura ali presente. Contudo, foi se percebendo que a área contribuía para a
significância do bem tombado, porém apesar desta valorização seu valor individual ainda
não era reconhecido. Enfim, foi reconhecida a importância da arquitetura presente no
entorno, que dotada de grande valor artístico e histórico contribuía para contar a historia do
lugar (MOTTA, L.; THOMPSON, A., 2010).
Apesar deste novo conceito, a Legislação de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural
elaborada pela Secretaria Municipal do Planejamento e do Desenvolvimento de Maceió
compreende que “o Setor de Preservação do Entorno Cultural é o espaço urbano de entorno
aos Setores de Preservação Rigorosa (SPR), visando atenuar a interferência paisagística da
urbanização sob estas áreas”. Este entendimento está ultrapassado e põe em riso a
integridade e significância do sítio, sendo possível compreender a importância da pesquisa,
que pretende chamar atenção para o potencial da arquitetura presente no entorno, que até o
momento é desperdiçado devido a uma legislação ineficiente.
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2. Métodos e técnicas
A Gestão do Patrimônio é um campo interdisciplinar, que abrange uma variedade de setores
de conhecimentos e práticas que apoiam processos de tomada de decisões estratégicas e
operacionais de ordem prática, orientados para conservação dos valores patrimoniais
integrada ao desenvolvimento urbano.
A metodologia utilizada visa analisar e caracterizar os atributos materiais e imateriais do
setor de Preservação do Entorno Cultural 2, situado na Zona Especial de Preservação 2 –
Centro (ZEP 2) de Maceió, em Alagoas. Para que isto fosse possível foram realizadas
algumas etapas.
Primeiramente foi feita uma revisão teórica sobre conservação urbana, quando foram
revistos e introduzidos conceitos básicos. Em seguida, esses conhecimentos adquiridos
facilitaram a leitura de títulos voltados para análise morfológica, dos quais se destaca “A
Apreensão da Forma da Cidade” de KOHLSDORF, M.E. que serviu de base para elaboração
de uma tabela, instrumento de análise morfológica para identificação de atributos materiais e
imateriais no sítio histórico urbano, que especifica os atributos materiais e imateriais a serem
analisados em cada item e como isso pode ser feito.
Material Imaterial
Elementos/itens Forma Efeitos e
campos visuais Uso Ambiência Crescimento
Sítio físico
Desenhos
(perspectivas,
cortes), modelos
(curvas de nível)
Desenhos
(perspectivas) e
fotografias
Listagem,
espacialização
e
caracterização
Avaliação da
interação
Malha
Desenhos (planta
baixa, mapas)
Mapeamento,
espacialização
e
caracterização
Avaliação da
interação
Avaliação
das
intensidades
e direções
Parcelamento
Desenhos (planta
baixa)
Desenhos
(perspectivas) e
fotografias
Mapeamento,
espacialização
e
caracterização
Avaliação da
interação
Avaliação
das
intensidades
e direções
Relações entre
cheios e vazios
Desenhos (planta
baixa)
Desenhos
(perspectivas) e
fotografias
Mapeamento,
espacialização
e
caracterização
Avaliação da
interação
Coroamento
Desenhos
(silhuetas, linhas
de coroamento)
Desenhos
(perspectivas) e
fotografias
Avaliação da
interação
Avaliação
das
intensidades
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e direções
Pontuação
Desenhos
(silhuetas, linhas
de pontuação)
Desenhos
(perspectivas) e
fotografias
Avaliação da
interação
Avaliação
das
intensidades
e direções
Linhas de força
Desenhos
(silhuetas, linhas
de força)
Desenhos
(perspectivas) e
fotografias
Avaliação da
interação
Avaliação
das
intensidades
e direções
Relações
Intervolumétricas
Desenhos (planta
baixa,
perspectiva)
Desenhos
(perspectivas) e
fotografias
Espacialização
e
caracterização
Avaliação da
interação
Relação edifício
lote
Desenhos (planta
baixa,
perspectiva)
Desenhos
(perspectivas) e
fotografias
Mapeamento,
espacialização
e
caracterização
Avaliação da
interação
Avaliação
das
intensidades
e direções
Conjunto de
fachadas
Desenhos
(fachadas)
Desenhos
(perspectivas) e
fotografias
Espacialização
e
caracterização
Avaliação da
interação
Tema base x tema
destaque
Desenhos
(perspectivas)
Desenhos
(perspectivas) e
fotografias
Espacialização
e
caracterização
Avaliação da
interação
Densidade
construtiva
Desenhos (planta
baixa),
mapeamento
Desenhos
(perspectivas) e
fotografias
Espacialização
e
caracterização
Avaliação da
interação
Rua
Desenhos (planta
baixa, cortes)
Desenhos
(perspectivas) e
fotografias
Listagem,
mapeamento,
caracterização
e
espacialização
Avaliação da
interação
Avaliação
das
intensidades
e direções
Parcela fundiária
Desenhos (planta
baixa)
Desenhos
(perspectivas) e
fotografias
Espacialização
e
caracterização
Avaliação da
interação
Praça
Desenhos
(perspectivas,
planta baixa)
Desenhos
(perspectivas) e
fotografias
Listagem,
mapeamento,
caracterização
e
espacialização
Avaliação da
interação
Avaliação
das
intensidades
e direções
Monumentos
Desenhos
(perspectivas,
esboços)
Desenhos
(perspectivas) e
fotografias
Espacialização
e
caracterização
Avaliação da
interação
Elementos de
informação
Desenhos
(perspectivas)
Desenhos
(perspectivas) e
fotografias
Espacialização
e
caracterização
Avaliação da
interação
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Pequenas
construções
Desenhos
(perspectivas)
Desenhos
(perspectivas) e
fotografias
Espacialização
e
caracterização
Avaliação da
interação
Mobiliário urbano
Desenhos
(perspectivas,
cortes)
Desenhos
(perspectivas) e
fotografias
Espacialização
e
caracterização
Avaliação da
interação
Legenda: Elemento urbano Conjunto urbano
Categoria sitio físico Categoria planta baixa Categoria conjunto de planos verticais
Categoria edificações Categoria elementos complementares
Tabela 1: Instrumento de Análise Morfológica.
Por fim, foi possível, a partir do material obtido na etapa anterior, fazer o levantamento que
caracteriza o entorno cultural 2, expondo o estado de conservação e a ambiência dos
imóveis históricos, o que se apresenta em forma de planilha, que será exposta mais adiante.
Assim, foi feita a análise do objeto empírico e identificaram-se os valores patrimoniais.
3. Resultados e discussão
Deve-se atentar para o desafio de “construir um modelo sustentável de sociedade e vida
urbana, baseado nos princípios de solidariedade, liberdade, equidade, dignidade e justiça
social, e fundamentado no respeito às diferentes culturas urbanas...” (CARTA MUNDIAL DO
DIREITO À CIDADE). Portanto, entende-se que é necessário respeitar e conservar o
patrimônio histórico, testemunho das gerações passadas.
Segundo a Carta de Burra (The Burra Charter) conservação engloba todos os processos de
proteção de um lugar para manter sua significância. Toda atividade humana e todo destino
humano de que se foi conservado testemunho têm o direito de reclamar para si um valor
histórico. A preservação do monumento é fundamental para que se mantenha o valor
histórico e sua transmissão para gerações vindouras. (ICOMOS, 2013).
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É importante ressaltar que se trata de uma área de entorno, onde nem sempre é atribuído o
devido valor, o que torna a área mais suscetível à descaracterização. A definição de
monumento histórico da Carta de Veneza reconhece o valor do entorno ao afirmar que
“monumento histórico compreende a criação arquitetônica isolada, bem como o sítio urbano
ou rural que dá testemunho de uma civilização particular, de uma evolução significativa ou
de um acontecimento histórico. Entende-se não só às grandes criações, mas também às
obras modestas, que tenham adquirido, com o tempo, uma significação cultural.” (ICOMOS,
1964).
Elaborada pela Secretaria Municipal do Planejamento e do Desenvolvimento de Maceió a
legislação vigente compreende que “o Setor de Preservação do Entorno Cultural é o espaço
urbano de entorno aos Setores de Preservação Rigorosa (SPR), visando atenuar a
interferência paisagística da urbanização sob estas áreas”. Esta definição nega a
importância desta área enquanto atributos de bens imóveis, porém através do levantamento
percebeu-se que na região em estudo encontra-se uma grande concentração de imóveis
históricos, como é possível verificar abaixo.
Imagem 1 - ZEP 2 – Centro de Maceió, ampliação do setor de entorno cultral 2. As
edificações aqui numeradas encontram-se na tabela abaixo. FONTE: SEMPLA, 2007 [adaptado].
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Tabela 2: Levantamento do Setor de Entorno Cultural 2 da Zona Especial de Preservação 2, Centro
de Maceió, AL. As referencias encontram-se na imagem acima.
Estas edificações estão sob a ameaça da valorização imobiliária da região que registra um
número de edifícios de gabaritos elevados cada vez maior. Entendendo a ambiência como
contribuinte para a significância cultural e identidade de um sítio, fica evidente o quão
perigoso é tratar áreas de entorno como apenas proteção para os Setores de Preservação
Rigorosa.
Além disso, com os levantamentos realizados no sítio histórico verificou-se que se trata da
arquitetura eclética, que se encontra bem conservada, porém é ameaçada pela altura dos
edifícios circundantes. O estilo arquitetônico é característico do final do século XIX e início
do XX, quando foi trazida da Europa e difundiu-se pelas capitais brasileiras, que ao fim do
regime colonial e início do império, teve necessidade de construir prédios para
administração pública, que introduziram em todo país o estilo neoclássico como padrão de
arquitetura oficial, que passou a ser adotado também nas construções civis (DANTAS, C. L.;
TENÓRIO, D. A.; MENEZES, J. L. M., 2011, p. 165). Marcada pela mistura de estilos do
passado para a criação de uma nova linguagem arquitetônica, dentre suas características
destaca-se a presença de ornamentos, utilização de cores claras, janelas amplas e altas,
uso de platibanda, falta de recuo lateral e alinhamento com a via pública, devido ao
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acelerado crescimento urbano que a cidade vivenciava na época. O tecido não sofreu
grandes alterações, porém no parcelamento é possível perceber modificações.
Entre casas térreas e sobrados alguns edifícios se destacam:
3.1. CREA-AL
Imagem 2: CREA-AL. Fonte: Google Street View, 2015.
Segundo relato do ex-morador Frederico George Brotherhood “A atual sede do Crea trata-se
de uma edificação construída nos primeiros anos do Século XX, para fins residenciais,
medindo 910 m² de área construída (incluída a garagem que hoje não existe mais) pelo
governador do Estado de Alagoas, sr. Euclides Malta, que morou com sua família por uns
bons anos, até que a repassou para outro governador, o sr. Batista Accioly. Este, por sua
vez, vendeu a casa ao sr. Abraão Knobe, um judeu de origem suíça, proprietário da firma
“Kuine Tecidos”, sediada em Recife, que depois de morar alguns anos nela deixou que a
mansão fosse a residência dos gerentes da filial, em Maceió.”
A casa onde funciona o Crea, na visão do antigo morador, ainda é uma das mais sólidas e
bem construída. É dotada de uma das mais belas vistas panorâmicas da cidade, com seus
quase 210º graus de vista livre. Todas as portas e janelas internas e externas são feitas de
madeira de Cedro, com soleira de mármore, embutidas em seus respectivos caixilhos. Os
assoalhos de ébano e amarelo são de madeiras nobres. A grande maioria das paredes,
segundo Frederico, são chamadas de “paredes dobradas” (mais de uma camada de tijolos
de espessura), tudo construído com o maior esmero, onde foram usados materiais de
primeiríssima qualidade.
Frederico afirma, sem medo de cometer erros, que por ter vivido 10 anos na casa, nunca
registrou infortúnios, tragédias ou infelicidades, daqueles que habitaram nas mais diferentes
épocas. Disse que dos 24 metros do terraço que se situa na parte traseira da casa, donde
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se tem uma das mais belas e magníficas vista da orla de Maceió e se desfruta de uma
perene sombra e abundante ventilação, percebia o quanto era gostoso de se morar,
admirando o mar. E, ao fazer essa narrativa, falando nela e dela, ficou emocionado porque
lhe trouxe grandes saudades e recordações de tempos idos e não mais vindos.
3.2. Colégio Santíssimo Sacramento
Imagem 3: Colégio Santíssimo Sacramento. Fonte: All Travels.
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Imagem 4: Colégio Santíssimo Sacramento. Fonte: Panorâmio.
O Colégio Santíssimo Sacramento é uma tradicional instituição católica de ensino particular
dirigida pela Congregação das Irmãs do Santíssimo Sacramento, fundada no dia 12 de
abril de 1904, é mantido pela Congregação das Irmãs do Santíssimo Sacramento, que foi
fundada em 30 de novembro de 1715 pelo Padre Pierre Vigne, em Boucieu-le-Roi - França.
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3.3. Movimento dos Cursilhos de Cristandade
Imagem 5: Movimento dos Cursilhos de Cristandade de Alagoas. Fonte: Google Street View, 2015.
Movimento de Cursilhos de Cristandade é, para seus integrantes, um imperativo sem o qual
não seria possível reconhecermos nossa própria identidade, atualizá-la e mantê-la, além de,
fazendo memória do passado, viver intensamente o presente e enfrentar com confiança o
futuro. A história do MCC deve ser concebida como a explicação das ideias, atitudes,
convicções e opções pastorais que, num dado momento, deram origem ao Movimento. A
Ação Católica, amplamente difundida na Espanha, país de origem, queria promover maior
autenticidade e implicar os leigos na vida da Igreja. Em poucos anos o movimento foi-se
difundindo por toda a América do Sul e, a partir dos EUA, país onde o primeiro Cursilho se
realizou em 1957, começou a difundir-se entre os países de língua inglesa. Em toda a
América o MCC se desenvolvia com muita vitalidade, mobilizava grande quantidade de
pessoas e grupos, produzia inserção na pastoral diocesana e fermentação evangélica de
ambientes. À medida que se expandia em nível mundial, eram estabelecidas, também, suas
estruturas básicas de serviço que eram e são as que realmente dão forma ao MCC como
tal. Embora profundamente marcado por suas origens e suas características, o Movimento
de Cursilhos encontrou terreno preparado para uma notável expansão, pois eram muitas as
iniciativas pastorais e os movimentos de renovação que se desenvolviam em quase todas
as Dioceses e Paróquias do Brasil.
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3.4. Arquidiocese de Maceió
Imagem 6: Arquidiocese de Maceió: Fonte: Google Street View, 2015.
A Arquidiocese de Maceió é uma das vinte e uma dioceses do Regional Nordeste II. O
Regional Nordeste II foi estruturado canonicamente em 396 anos, a saber de 1614 a 2010,
entre o pontificado de Paulo V a Bento XVI, isto é, 33 pontífices. Tais intervenções foram às
ereções das 21 dioceses que o compõe. A Arquidiocese de Maceió começou a ser criada
com a vigorosa expansão do Estado de Alagoas no sul da então diocese de Olinda. A
abundância de recursos naturais faz desta cidade centro de influxo turístico. A então diocese
de Olinda sendo desmembrada e dando origem a outras dioceses sulfragânias, a
05/12/1910, por decreto da sagrada congregação consistorial, foi então elevada à
Arquidiocese e Sede Metropolitana. Foi a primeira sede metropolita do Regional Nordeste II.
Sucedeu a são Pio X o papa Bento XV. Aos 03/04/1916 cria a diocese de Penedo pela bula
Catholicae ecclesiae cura, desmembrada da então diocese de Alagoas. Alagoas começava
a crescer e as necessidades espirituais do povo eram crescentes. Mediante duas dioceses,
os trabalhos apostólicos seriam muito mais viáveis. Um ano depois da ereção da diocese de
Penedo, a 25/08/1917 por decreto da sagrada congregação consistorial, a diocese de
Alagoas passou a denominar-se diocese de Maceió, continuado seu status de sulfragânia de
Olinda.
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Coube ao papa Bento XV a 13/02/1920 mediante a bula Inter varia elevar, a até então
diocese de Maceió, a categoria de Arquidiocese e sede metropolitana. Sua única sulfragânia
era a diocese de Penedo. No pontificado de João XXIII, sucessor de Pio XII, o anseio de
renovação marca profundamente seu pontificado. Esse pontífice quebra vários costumes
acidentais que marcaram profundamente a Igreja e convoca, com uma coragem intrépida, o
IIº Concílio na cidade do Vaticano. O laicato se manifesta como uma força extraordinária na
Igreja oculta e silenciosa que aos poucos se dá a conhecer, mediante a ação católica e os
movimentos de renovação e de volta às origens do cristianismo. Foi este mesmo espírito de
renovação que impulsionou João XXIII a 10/02/1962 criar a diocese de Palmeira dos Índios
pela bula Quam Supremam, desmembrada da Arquidiocese de Maceió e da diocese de
Penedo. Mediante este ato forma-se a província eclesiástica de Maceió, composta da
arquidiocese de Maceió, com suas respectivas sulfragânias: diocese de Penedo e Palmeira
dos Índios.
3.5. Igreja São Gonçalo
Imagem 7: Igreja São Gonçalo. Fonte: Flickr.
Esta igrejinha nem sempre teve essa função, situada no alto do morro do jacutinga, ponto
estratégico, costumava ser um armazém de munição, o que fez com que o local fosse
conhecido como morro do paiol ou morro da pólvora.
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Por volta de 1888 o armazém foi desativado, e o prédio recebeu uma nova função, de igreja,
sofrendo modificações. Seu exterior recebeu frontão e torre sineira e o interior elementos da
arquitetura religiosa, mudando sua feição sem perder a simplicidade original. São Gonçalo
do Amarante foi entoado Padroeiro. (DANTAS, C. L.; TENÓRIO, D. A.; MENEZES, J. L. M.,
2011, p. 227)
3.6. PROCON-AL
Imagem 8: PROCON-AL. Fonte: Edivaldo Junior – site de notícias.
A Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor, Procon, é um órgão estadual que
tem como objetivo orientar e defender os consumidores. Fiscalizar a aplicação das leis do
Código de Defesa do Consumidor é a principal atividade da instituição.
Em Alagoas, o Procon foi criado no dia 13 de novembro de 1987 e funcionou oficialmente no
dia 23 daquele mês. No dia 01/04/2014 o PROCON disponibilizou uma nova sede para
serviços de audiência, cartório e fiscalização, que conta com ampla infraestrutura que
comporta salas de audiência totalmente equipadas, além do setor de cartório, de
fiscalização e jurídico.
3.7. Edifícios de borda
O Setor de Entorno Cultural 2, faz fronteira com a Zona de preservação Rigorosa,
especificamente com a Rua do Sol, onde as atividades comerciais são intensas e apesar de
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estar na Zona de Preservação Rigorosa sofre com adaptações para uso comercial,
principalmente nas edificações cuja função original era residencial. Porém, esta rua é rica
em monumentos históricos que se encontram bem preservados.
A Rua do Sol é um claro exemplo do plano traçado no século XIX, e cresceu eclética, em
uma época de expansão comercial, quando Maceió se tornou Capital do estado que por
apresentar condições favoráveis para o crescimento comercial, e vivenciou o nascimento da
classe burguesa. Com isso ouve uma melhora dos materiais, devido à inserção do país no
comercio mundial, transformando Maceió em uma metrópole moderna. (DANTAS, C. L.;
TENÓRIO, D. A.; MENEZES, J. L. M., 2011).
Nesta região alguns edifícios se destacam por sua significância religiosa, histórica e
artística, além do seu atual estado de conservação:
3.7.1 Catedral Metropolitana
Imagem 9: Catedral Metropolitana. Fonte: Catedral Metropolitana de Maceió – site oficial.
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A Catedral foi inaugurada no dia 31 de dezembro de 1859, erguida na base do morro da
Jacutinga, onde acredita-se que existia a capela do engenho que deu nome a capital. Sua
construção foi resultado da união de esforços religiosos, políticos e dos fies que queriam
transmitir o desenvolvimento almejado da capital através de uma Igreja imponente, alta e
ampla.
Marcados pelo estilo neoclássico, desenhos do altar-mor original e outros elementos
integrantes, que vieram do Rio de Janeiro, caracterizaram sua fachada e interior. A Catedral
sofreu diversas modificações, dentre elas a modificação do sino original, vindo de Paris, que
foi danificado e substituído por um fundido em Coruripe, Alagoas. Porem apesar destas
mudanças acredita-se que o traço preponderante seja de Grandjean de Montigny, membro
da Missão artística francesa, suspeita que se confirmada agregará valor ao monumento.
Desde 1910 a catedral sofre severas alterações, reesposáveis por sua descaracterização,
como por exemplo as realizadas na escadaria frontal e altares. Porém a partir de
procedimentos de restauro vem se tentando respeitar suas características do século XIX,
reabilitando elementos originais. (DANTAS, C. L.; TENÓRIO, D. A.; MENEZES, J. L. M.,
2011, p. 224).
4º Seminário Ibero-Americano Arquitetura e Documentação Belo Horizonte, de 25 a 27 de novembro
3.7.2 Igreja do Bom Jesus dos Martírios
Imagem 10: Igreja Bom Jesus dos Martírios. Fonte: Photo Bucket.
A Igreja foi construída sobre os escombros da capelinha da Irmandade de Bom Jesus dos
Martírios, devido ao empenho da Irmandade do Bom Jesus. Está situada na frente do
palácio do governo e compõe um dos mais importantes conjuntos arquitetônicos
preservados, sua estrutura, contudo, sofreu intervenções que comprometem suas feições
originais.
O ecletismo é predominante em seus elementos internos e externos, a construção é
simétrica, tem sua fachada revestida por azulejos portugueses dos fins do século XIX e o
frontão neoclássico é encimado por cruz sobre peanha. “As torres sineiras têm coroamento
espiralado com quatro coruchéis dom mesmo formato nas extremidades, odos revestidos de
azulejos. As portas e janelas são ogivais, com abertura em duas folhas de madeira.”
(DANTAS, C. L.; TENÓRIO, D. A.; MENEZES, J. L. M., 2011, p. 226).
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3.7.3. Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos
Imagem 11: Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Fonte: Catedral Metropolitana de
Maceió – site oficial.
O templo foi edificado no mesmo local onde existia uma capelinha construída por negros,
datado em 1820. Com a criação da Irmandade do Rosário, em 1829, foi levado avante o
compromisso de se construir um templo que atendesse ao crescimento do número de fieis
que florescia e viria a ser a capital.
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3.7.4. Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas
Imagem 12: Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas. Fonte: Viaje a Brasil.
O Instituto abriga o mais representativo acervo iconográfico e documental sobre a história de
Alagoas, além de conjuntos de interesse arqueológico e etnográfico, obras de
arte, hemeroteca, fototeca, biblioteca e arquivo. Mantém o Museu do Instituto Histórico e
Geográfico, onde parte do acervo se encontra exposto permanentemente.
O Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas foi fundado em 2 de dezembro de 1869, tendo
sido o terceiro a ser criado no Brasil. Foi instalado a princípio no Liceu Alagoano, porém hoje
o Instituto se encontra localizado em um casarão datado de fins do século XIX, que
pertenceu a Américo Passos Guimarães. O imóvel foi desapropriado pelo governo estadual
em 1909 e cedido ao Instituto algum tempo depois. É tombado pelo Patrimônio Histórico de
Alagoas desde 1998.
4. Conclusão
Percebe-se cada vez mais um aumento da importância da participação social e das
questões relativas à subjetividade e intersubjetividade no processo da conservação e gestão
dos bens culturais. Todavia, ainda há uma lacuna quanto à operacionalização desses
4º Seminário Ibero-Americano Arquitetura e Documentação Belo Horizonte, de 25 a 27 de novembro
termos nos planos de conservação e de gestão, bem como em debates e discussões no
âmbito acadêmico. Esse problema ressalta a importância da realização deste trabalho,
principalmente por estudar a área de entorno, muitas vezes esquecida.
Através de pesquisas na área de conservação foi possível construir um instrumento que
proporcionou a introdução no objeto empírico e consequentemente o levantamento do sítio
em estudo. Assim, foi possível caracterizar o Setor de Preservação do Entorno Cultural 2 e
compreender sua importância como patrimônio histórico.
A carta de burra (The Burra Charter) afirma que modificações como adições e outras
mudanças talvez sejam aceitáveis se respeitarem e não distorcer ou obscurecer a
significância cultural do lugar, ou diminuir sua interpretação e apreciação. Essas mudanças
devem ser facilmente identificáveis como tal, porém devem respeitar e ter impacto mínimo
na significância cultural do lugar (ICOMOS, 2013). Isto não ocorre no sítio em estudo, pois a
ambiência de fins do século XIX e inicio do século XX é perdida com a agressividade da
fiação e altura dos edifícios circundantes, além da realização de reformas que agridem a
forma original dos edifícios.
Assim, concluiu-se que a legislação vigente deveria ser mais rígida nas áreas de entorno,
reconhecendo o novo conceito que entende a importância da arquitetura presente na região,
que no caso estudado possui um grande potencial e encontra-se bem conservada,
principalmente se comparado com algumas áreas do Setor de Preservação Rigorosa 1 (SPR
1), onde o comércio é intenso, porém sua ambiência é comprometida pela altura dos
edifícios circundantes, que em número crescente ameaçam a ambiência, e
consequentemente a integridade do sítio.
A proteção desta área depende do valor atribuído a ela, é preciso reconhecer sua
importância como essencial para a qualidade de vida e como referência histórica. Assim,
pretende-se dar continuidade na pesquisa, ampliando as discussões iniciadas nesta
comunicação.
5. Referencias bibliográficas
CARTA MUNDIAL DE DIREITO À CIDADE. Disponível em:
<http://www.polis.org.br/uploads/709/709.pdf>. Acesso em outubro de 2015.
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CREA-AL. Disponível em: <http://www.crea-al.org.br/portal/historico-do-crea-al/>. Acesso
em outubro de 2015.
CURSILHO. Disponível em: <http://www.cursilho.org.br/index.php/quem-somos/historia>.
Acesso em outubro de 2015.
DANTAS, C. L.; TENÓRIO, D. A.; MENEZES, J. L. M. Alagoas Memorável, Patrimônio
Arquitetônico. Maceió: Instituto Arnon de Mello, 2011.
ICOMOS – AUSTRÁLIA. (2013). The Burra Charter. Disponível em
<http://australia.icomos.org/wp-content/uploads/The-Burra-Charter-2013 Adopted-
31.10.2013.pdf>. Acesso em setembro de 2015.
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Acesso em setembro de 2015.
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PROCON-AL. Disponível em: <http://www.procon.al.gov.br/institucional/historico>. Acesso
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SEMPLA. Legislação de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural. Disponível em:
<http://sempla.maceio.al.gov.br/sempla/patrimonio/PATRIMONIOHISTORICOECULTURAL.
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TUDO NA HORA- NOTÍCIAS PROCON AL. Disponível em:
<http://tnh1.ne10.uol.com.br/noticia/maceio/2014/04/07/295325/procon-tem-nova-sede-para-
audiencias-e-fiscalizacoes>. Acesso em outubro de 2015.
Imagens:
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Imagem 2 disponível em: https://www.google.com.br/maps/@-9.6638332,-
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Imagem 12 disponível em: http://img.viajeabrasil.com/Conozca-los-museos-de-
Macei%C3%B3-2.jpg. Acesso em 14/10/2015.