CAPÍTULO 2 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS. Definições de termos utilizados em custos Gasto...
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CAPÍTULO 2
CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS
Definições de termos utilizados em custos
Gasto Sacrifício financeiro para obter um produto ou um serviço,
independentemente da finalidade. Valores pagos ou assumidos para obter a propriedade de
um bem. Totalidade do valor despendido para a aquisição de um
bem.
Investimento Gasto ativado em função de vida útil e de geração de
benefícios futuros. Bem de caráter permanente, não destinado à venda e nem destinado aos objetivos sociais (conceito contábil).
Custo Somatório do esforço físico ou monetário despendido na
produção de um bem ou serviço (Patrimônio).
2 CONCEITUAÇÕES
2 CONCEITUAÇÕES
Definições de termos utilizados em custos
Despesa Dispêndio ocorrido fora da área de produção de bem ou
serviço (Resultado).
Desembolso Pagamento resultante da aquisição de bens e serviços. Quitação de compromisso assumido.
Preço Valor estabelecido e aceito pelo vendedor para transferir a
propriedade de um bem ou para prestar um serviço.
Perda Valor despendido de forma anormal e involuntária.
Doação Valor despendido de forma normal e voluntária, sem
intenção de obtenção de receita.
2 CONCEITUAÇÕES
Definições de termos utilizados em custos Custo ou despesa para o adquirente é preço para o vendedor.
Gerencialmente não há distinção entre custo e despesa. Preço e custo podem ser iguais. Custo sob a óptica do comprador.
Preço sob a óptica do vendedor. Considerando-se apenas o vendedor, o custo é menor e o preço é
maior porque este contém o lucro. Aquisição de matéria-prima ou de um bem do ativo permanente,
por determi-nado preço estabelecido pelo vendedor, é um gasto que se transformará em custo no momento da aplicação na produção para a obtenção de um novo bem.
O custo pode ser o gasto total ou apenas parte. Gasto é genérico, é preço para o vendedor ou custo para o
comprador, independente da óptica do vendedor e do comprador. A denominação mais genérica de uma transação para aquisição
de qualquer bem é um gasto, podendo ou não se constituir em custo, porém, tem um preço e acarretará um desembolso imediato ou futuro.
2 CONCEITUAÇÕES
RESULTADO
RESULTADO
PATRIMÔNIO
RESULTADO
ESTOQUECUSTO
P
R
E
Ç
O
DESPESA
PERDA + DOAÇÃO
PERMANENTE NÃO DEPRECIÁVEL
Esquema dos termos utilizados em custos
Gasto = Desembolso
2 QUANTO À NATUREZA
Aspecto característico: Padronização das contas de custo: listagem dos títulos a
serem usados nas contas de custos, evitando o uso de títulos diferentes para registro da mesma operação em épocas diferentes.
Exemplos: Matéria-prima direta (MPD) Mão-de-obra direta (MOD) Depreciações (CGF) Aluguéis (CGF) Supervisão (CGF) etc.
Fórmula:CT =
MPD+MOD+CGF ...
2 QUANTO À FUNÇÃO
Aspecto característico: Órgão responsável pela ocorrência do custo.
Permite: Alocar os custos a cada função diferente da empresa; Cobrar responsabilidade do supervisor de cada órgão; Departamentalizar os custos; Elaborar e controlar orçamentos por cada função
existente no organograma da empresa.
Exemplos: Produção (CP) Administração (CA) Comercialização (CC)
Fórmula:CT = CP+CA+CC
2 QUANTO À CONTABILIZAÇÃO
Aspecto característico: Integração nos demonstrativos contábeis.
Exemplos: Realizados (CR)
Contas da demonstração do resultado A realizar (CAR)
Contas do balanço patrimonial
Fórmula: CT = CR+CAR
2 QUANTO À APURAÇÃO
Aspecto Característico: Tipo diferente de função de apuração de custos
CUSTOS DIRETOS (CD)Apropriáveis imediatamente a um só tipo de produto, ou serviço, ou função de custos. (Ex.: matéria-prima direta; mão-de-obra direta etc.)
CUSTOS INDIRETOS (CI)Ocorrem genericamente, sem possibilidade de apropriação direta a cada função de acumulação de custos diferente. (Ex.: aluguel; supervisão; energia elétrica; combus-tíveis; depreciações; água; material de limpeza etc.)PRODUTO “A” OU FUNÇÃO “A”
PRODUTO “B” OU FUNÇÃO “B”PRODUTO “C” OU FUNÇÃO “C”
PRODUTO “A” OU FUNÇÃO “A”PRODUTO “B” OU FUNÇÃO “B”PRODUTO “C” OU FUNÇÃO “C”
CT = CD+CI Fórmula:
2 QUANTO À APURAÇÃO
Comportamento dos custos:
“A”
“B”
“C”
CUSTOS INDIRETOS
FUNÇÕES DEACUMULAÇÃO
CUSTOS DIRETOS
INICIALMENTE NÃO TÊM DESTINO
DESTINO IMEDIATO
2 QUANTO À APURAÇÃO
Considerações Gerais
Sem esta classificação: Estudos e análises somente pelo resultado global Indefinições do produto mais e menos vantajoso Indefinição do órgão mais e menos eficiente Conclusões do tipo “empresa boa” ou “empresa ruim”
Identificação perfeita do custo direto com a função de acumulação de custo.
Distribuição das parcelas do custo indireto por rateio.
Com um único tipo de produto, apenas custos diretos.
2 QUANTO À FORMAÇÃO
Aspecto Característico: Volume de atividade do período
CUSTOS FIXOS (CF)
Custos de estrutura, que não guardam qualquer relação com o volume de atividade.Variação no volume de atividade não altera o custo.
Exemplos: • Aluguel mensal• Supervisão• Depreciação em linha reta• Energia elétrica para iluminação• Salários de vendedores
(despesa)• Impostos periódicos etc.
CUSTOS VARIÁVEIS (CV)
Custos diretamente relacionados com o volume de atividade.Variação do volume de atividade, o custo varia no mesmo sentido
Exemplos: • Matéria-prima• Mão-de-obra direta• Combustíveis de máquinas• Energia elétrica (força)• Mercadorias• Comissão de vendedores
(despesa)• Impostos proporcionais etc. CT = CF+CV Fórmula:
2 QUANTO À FORMAÇÃO
Gráfico dos custos totais
CT = CF+CV Fórmula:
VALOR
QUANTIDADE
CF
CV
CT
2 QUANTO À FORMAÇÃO
Custos Unitários
Conceitos antagônicos aos custos totais
Fixo unitário: - fixo total / quantidade - valores decrescentes com aumento do
volume de atividade e crescentes com redução do volume de atividade.
QUANTIDADE
VALOR
cf
CF
2 QUANTO À FORMAÇÃO
Custos Unitários
Conceitos antagônicos aos custos totais
Variável unitário: - variável total / quantidade - valores constantes independentes de
variação no volume de atividade
VALOR
CV
cv
QUANTIDADE
2 QUANTO À FORMAÇÃO
Gráfico dos Custos Totais e Unitários
2 QUANTO À FORMAÇÃO
Exercício de fixação: Se, na capacidade máxima de produção (10 unidades), o custo fixo total é de $1.000 e o variável constante total é de $3.000, tem-se a representação numa tabela de todos os custos quanto à formação, totais e unitários, nos diversos níveis de capacidade.
1.300,00800,00633,33550,00500,00466,67442,86425,00411,11400,00
300300300300300300300300300300
1.000,00500,00333,33250,00200,00166,67142,86125,00111,11100,00
1.3001.6001.9002.2002.5002.8003.1003.4003.7004.000
300600900
1.2001.5001.8002.1002.4002.7003.000
1.0001.0001.0001.0001.0001.0001.0001.0001.0001.000
123456789
10
CtCvCfCTCVCFQde.
2 QUANTO À FORMAÇÃO
Comportamento dos custos:
Varia inversamenteTotal por unidade
Varia proporcionalmenteTotal global
Não variaVariável unitário constante
Varia proporcionalmenteVariável total constante
Varia inversamenteFixo unitário
Não variaFixo total
COMPORTAMENTO EM RELAÇÃO À VARIAÇÃO DO VOLUME DA PRODUÇÃO
ESPÉCIE DE CUSTO
2 QUANTO À FORMAÇÃO
Comportamento dos custos variáveis: Constantes: variação na mesma proporção da atividade Progressivos: variação em proporção maior do que a da atividade Regressivos: variação em proporção menor do que a da atividade
85,00850,00115,001.150,0
0100,00
1.000,00
10
88,89800,00111,111.000,0
0100,00900,009
92,50740,00107,50860,00100,00800,008
95,71670,00104,29730,00100,00700,007
98,33590,00101,67610,00100,00600,006
100,00500,00100,00500,00100,00500,005
100,00400,00100,00400,00100,00400,004
100,00300,00100,00300,00100,00300,003
100,00200,00100,00200,00100,00200,002
100,00100,00100,00100,00100,00100,001
cvrCVrcvpCVpcvcCVcQ
nível máximo ideal
CVc – Custos variáveis constantes totaiscvc – Custos variáveis constantes unitáriosCVp – Custos variáveis progressivos totais
cvp – Custos variáveis progressivos unitáriosCVr – Custos variáveis regressivos totaiscvr – Custos variáveis regressivos unitários
2 QUANTO À FORMAÇÃO
CUSTOS MISTOS: • Custos que possuem duas parcelas (fixa e variável).• Uma ocorre independentemente de estar ou não
produzindo (parcela fixa).• Outra só ocorre em função da produção (parcela
variável).• Comportamento semelhante ao custo total.• Separação das parcelas usando as diferenças de
quantidade de produção e de valor do custo misto em períodos diferentes.
Exemplos: • Aluguel de loja de “shopping” (despesa). • Combustível utilizado por caldeira. • Energia elétrica consumida para manter forno
permanentemente aquecido.M = F+V Fórmula:
2 QUANTO À OCORRÊNCIA
MATÉRIA-PRIMA DIRETA
(=) ESTOQUE INICIAL(+) COMPRAS(-) ESTOQUE FINAL
CUSTOS INDIRETOSRATEADOS
MÃO-DE-OBRADIRETA
ESTOQUE INICIAL DE PRODUTOS EM
ELABORAÇÃO (EIPE)
ESTOQUE FINAL DE PRODUTOS EM
ELABORAÇÃO (EFPE)
CUSTODOS
PRODUTOS FABRICADOS
(CPF)
ESTOQUE INICIAL DE PRODUTOS ACABADOS
(EIPA)
ESTOQUE FINAL DE PRODUTOS ACABADOS
(EFPA)
CUSTODOS
PRODUTOS VENDIDOS
(CPV)
(+) (-)
(+) (-)
CUSTO INDIRETOCUSTO BÁSICO
CUSTO FABRIL(CFA)
CUSTO DIRETOCUSTO DE
TRANSFORMAÇÃO
Aspecto Característico: Estágio da ocorrência em que se apuram os custos